Bastonário reuniu com direcção da APEF
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Bastonário reuniu com direcção da APEF
CAPA Data de atualização: outubro 2013. Publicidade. Escrito segundo o Novo Acordo Ortográfico. Atividade seguradora supervisionada pelo Instituto de Seguros de Portugal. Quando o assunto é a sua proteção temos a receita certa. PUB NOVOS PACKS: SEGURO DE SAÚDE Conte com a confiança AXA na sua proteção. CARTÃO CLUBE AXA - ORDEM FARMACÊUTICOS Totalmente gratuito, permite-lhe usufruir de descontos imediatos e diretos na rede de parceiros AXA. Saiba mais em www.axa.pt/clube-axa Já conhece as condições especiais para Farmacêuticos? No âmbito do protocolo AXA com a Ordem dos Farmacêuticos, oferecemos-lhe condições especiais e serviços exclusivos. Aproveite o conjunto de soluções de seguros para a proteção da sua vida profissional e da sua vida pessoal, em caso de imprevisto. Destacamos o seguro de saúde Vitalplan renovado, que lhe permite aceder a várias coberturas como exames complementares ou medicamentos, e a descontos pela inclusão do seu agregado familiar, entre outras. 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Capital Social 36.670.805 Euros As condições apresentadas são válidas até 31/12/2014. Não dispensa a consulta da informação pré-contratual e contratual legalmente exigida. Hoje é cada vez mais consensual a necessidade de a Sociedade tomar posição sobre as aplicações dos novos conhecimentos científicos e em especial das tecnologias que deles emergem. Para tal, são promovidos o estudo, a reflexão e o debate transdisciplinares e plurais da respectiva dimensão ética, com o objecti vo primordial de garantir que a ciência e a tecnologia se desenvolvem centradas no primado da pessoa humana e dos seus valores fundamentais e não se de gradam. Importa ter presente que a degradação ética da ciência e da tecnologia pode ocorrer, em particular, se elas se constituírem como fins em si mesmas, em subalternização ou detrimento dos superiores interesses da humanidade. Visando incessantemente o bem social e humano, a bioética, enquanto expressão de uma consciência p ública, assume pois uma importância crescente. Além das questões éticas de ordem geral anteriormente referidas, que, naturalmente persistem e assumem cada vez maior complexidade, hoje levantam‑se outras, não menos complexas, designadamente as decorrentes dos custos elevados das tecnologias inovadoras, com aplicação na área da saúde, e dos constrangimentos financeiros dos Estados e das famílias. Portugal foi um dos primeiros países europeus a sentir a necessidade de um conselho de bioética, de carácter nacional, que exprimisse a consciência pública da Sociedade em matérias que afectam todos em geral e cada um em particular. O Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida (CNECV), criado em 1990 e a funcio nar junto da Assembleia da República desde 2009, é um órgão consultivo das instâncias decisórias nacionais, mas independente destas, que, de acordo com o seu regime jurídico, “tem por missão analisar os problemas éticos suscitados pelos progressos científicos nos domínios da biologia, da medicina ou da saúde em geral e das ciências da vida”. O carácter transdisciplinar do CNECV é assegurado pela sua composição, integrando membros oriundos das mais diversas ciências humanas ou sociais e dos diferentes domínios das ciências da vida e da saúde. Com o objectivo de conferir ao Conselho um carácter diversificado e representativo de um envolvimento equilibrado da sociedade portuguesa, assim como das suas principais áreas profissionais e correntes éticas, os membros são designados quer pelo Parlamento, quer pelo Governo, quer ainda por ordens profissionais, universidades e outras entidades da sociedade civil. E de modo a garantir o carácter independente do Conselho, a lei esta belece que “os membros do CNECV são independentes no exercício das suas funções, não representando as entidades que os elegeram ou designaram”. Incompreensivelmente, até à recente aprovação pela Assembleia da República da alteração à Lei nº 24/2009, que estabelece o regime jurídico do CNECV, este não integrava qualquer membro especificamente designado pela Ordem dos Farmacêuticos. Ora, representando a Ordem dos Farmacêuticos uma das mais importantes profissões da saúde e também das que mais contacto directo têm com as grandes questões técnicas e éticas das ciências da vida, a situação configurava objectivamente uma lacuna da lei e feria de forma marcada o carácter transdisciplinar do Conse lho. Tal omissão tornava‑se ainda mais inaceitável na medida em que o CNECV integra na sua composição membros designados por outras Ordens, cujos profissionais, sendo certo que lidam directa e diariamente com questões éticas, morais, técnicas e científicas relativas às ciências da vida, não o fazem em maior grau que os farmacêuticos, a quem igualmente se deparam questões desta natureza, sendo aliás, muitas vezes, a primeira © JRS Reconhecidamente, vários desenvolvimentos científicos e tecnológicos que, nas últimas décadas, têm vindo a ser alcançados no domínio das ciências da vida sus citam importantes questões de natureza ética. Tornando, em muitos casos, tecni camente possível interferir em grau elevado com ou no cerne da vida – incluindo a vida humana –, tais progressos foram considerados por Luís Archer “avassala dores e com o poder de originar uma diferente visão da vida e do próprio Homem e de abrir caminho a profundas mudanças sociais, com impacto global que se estenderá às gerações futuras”. linha de intervenção do sistema de saúde no contacto directo com os cidadãos, no quadro das valências e responsabilidades legalmente atribuídas à profissão e diariamente asseguradas por milhares de farmacêu ticos, em particular na farmácia comunitária, farmácia hospitalar e análises clínicas. Além disso, hoje, mais do que nunca, grande parte das questões que se colocam ao nível da ética da saú de estão especialmente relacionadas com o medicamento, designadamente com a sua experimentação clínica e com o acesso dos doentes a terapêuticas inovadoras, em regra altamente dispendiosas. Muitas das dúvidas morais ou éticas que surgem a este nível, e às quais cabe ao CNECV dar resposta, só existem porque a evolução científica tem proporcionado novas abordagens terapêuticas e novos meios analíticos de diagnóstico, cuja administração e utilização, e sobretudo as circunstâncias em que devem ter lugar, são em si mesmas muitas vezes controversas. Por todas estas razões e também porque se aproximava o início de um novo mandato do CNECV, que se prolongará durante os próximos cinco anos, considerámos ser este o momento para a Ordem dos Farma cêuticos expor de forma fundamentada aos responsáveis políticos o seu entendimento sobre a matéria e, desse modo, contribuir positivamente para reparar a situação lacunosa. Neste contexto, diligenciamos junto da Presidente da Assembleia da República, da Comissão de Saúde, dos diferentes Grupos Parlamen tares e também junto do Governo, defendendo a alteração da supramencionada Lei publicada em 2009, de modo a assegurar que da composição do CNECV passasse a fazer parte um membro designado pela Ordem dos Farmacêuticos. Assumimos com convicção esta posição ao longo de todo o processo e registamos com satisfação o bom acolhimento dos argumentos da Ordem pelos diferentes Grupos Parlamentares. O amplo consenso gera do em torno desta causa dos farmacêuticos foi, aliás, traduzido por uma sistemática aprovação por unani midade em todas as votações realizadas, quer no plenário da Assembleia da República, quer na Comissão de Saúde, e também por declarações de grande consideração da parte de todos os Grupos Parlamentares para com a Profissão e a Ordem, tendo culminado com a aprovação por unanimidade da Lei nº 19/2015, de 6 de Março, já publicada, que altera pela primeira vez a mencionada Lei nº 24/2009, de 29 de Maio. Foi efectivamente um acontecimento de elevado valor institucional e profissional, por isso lhe dedico este meu editorial. Em Novembro de 2009 iniciei uma nova etapa na vida da Ordem, seja no seio da classe farmacêutica seja nas relações institucionais, em particular com os poderes políticos e titulares de órgãos de soberania. Como tenho afirmado, sempre procurei fazê‑lo, acompanhado pela Direcção e pelos demais órgãos da Ordem, com o firme desígnio de retomar e fazer valer uma história de prestígio e de repor, em plenitude, o cumprimento da missão estatutária da Ordem, em prol dos farmacêuticos e da saúde. Queremos reno vadamente contribuir para que a Ordem dos Farmacêuticos seja, cada vez mais, uma organização forte, coesa e representativa, virada para o exterior, o futuro e o progresso da nossa profissão. Para as grandes questões nacionais da saúde e da profissão e para o desenvolvimento económico e social do País. Para referências de ética, rigor e competência. Seja uma instituição em que, cada vez mais, os seus membros se revejam. E nela vejam uma fonte incontornável de equilíbrio e afirmação activa e construtiva, não apenas dentro da profissão, mas também junto do poder político e de todas as entidades parceiras. O modo exemplarmente positivo como este processo da recomposição do CNECV decorreu insere‑se bem no espírito de cooperação institucional que, a vários níveis, tenho procurado cultivar o mais fecundamente possível. Porque isso contribui, a final e de modo decisivo, para a boa e profícua realização dos nossos principais objectivos estatutários. Lisboa, 20 de Março de 2015 O Bastonário da Ordem dos Farmacêuticos NACIONAL pág8 pág11 pág14 pág18 pág20 pág21 pág22 pág23 pág24 pág25 pág25 pág26 pág27 pág28 pág30 pág30 pág34 pág34 pág35 pág36 pág39 pág40 pág42 pág42 pág43 pág44 pág46 pág48 pág50 pág51 pág52 pág53 pág54 pág55 pág55 pág56 pág57 pág58 pág59 pág60 pág62 pág63 pág65 pág65 pág66 pág67 pág67 pág68 pág69 pág70 pág70 pág73 pág74 pág78 Farmacêuticos representados no Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida OF adverte para risco de desestabilização do sector das Análises Clínicas Farmacêuticos disponíveis para colaborar na prevenção e controlo da diabetes Comissão prepara implementação de serviços farmacêuticos Bastonário reuniu com direcção da AFP Regime de incompatibilidades do SNS carece de revisão urgente OF pronunciou‑se sobre projecto de diploma que cria o SiNATS OF atenta à transposição da directiva europeia sobre boas práticas de distribuição OE 2015 prevê aumento de 0,6% da despesa em Saúde Tutela mantém países de referência para formação do preço dos medicamentos Governo e Apifarma assinaram novo acordo Livro assinala 75 anos da história da Indústria Farmacêutica em Portugal Apifarma apresentou estudos sobre modelos de financiamento e diagnóstico laboratorial Plano de Actividades e Orçamento para 2015 aprovados por unanimidade Quotizações para 2015 mantêm valores de 2014 Farmacêuticos com condições especiais na contratação de seguro de saúde Multicare Discussão alargada sobre modelo de competências farmacêuticas Relatório sobre publicidade a actos de saúde entregue à tutela Atrasos do Governo prejudicam mais de 300 mil profissionais Conferência comemorativa do 30º aniversário do CIM da OF Uso do medicamento é responsabilidade de todos os agentes Odette Ferreira foi homenageada Maria Luísa de Sá e Melo proferiu lição de jubilação FFUC e Academia Iberoamericana de Farmácia homenagearam Irene Silveira Rui Santos Ivo eleito membro da Academia de Farmácia Francesa Farmacêuticos hospitalares aguardam decisão sobre criação da carreira farmacêutica Exportações do sector da Distribuição atingiram 500 milhões de euros em 2013 APAC apresentou novas Normas para o Laboratório Clínico Bastonário na abertura do Encontro de Acompanhamento Farmacoterapêutico ARS‑LVT promoveu encontro entre serviços farmacêuticos dos cuidados primários Profissionais de Saúde chamados a promover utilização prudente dos antibióticos Governo apresentou Programas Operacionais do Portugal 2020 CHUC inaugurou exposição “Farmácia, a arte milenar de curar” Ministro inaugurou novo laboratório central do CHUC Bluepharma lança colecção “Farmacopeias Portuguesas” Equipa de investigadores farmacêuticos premiada em concurso europeu Professor da FFUC vai liderar estudo sobre doenças de Parkinson e Machado‑Joseph Prémio Novo Banco Inovação 2014 para projecto da FFUP Aplicação móvel vence primeira edição do Prémio João Cordeiro Douro Skincare recebeu Prémio Douro Empreendedor Estudo integra “Programa Inovar em Saúde” da Fundação Gulbenkian 8ª edição dos Prémios de Boas Práticas em Saúde Estudo efectuou revisão da medicação em idosos institucionalizados Peritos opõem‑se à transferência de doentes com VIH/sida para os centros de saúde II Encontro Ibero‑americano de Doenças Raras Jovens farmacêuticos debateram futuro da profissão Bastonário reuniu com direcção da APEF I Congresso Nacional Político dos Estudantes de Ciências Farmacêuticas AEFFUL organizou simposium científico Bastonário reuniu com presidente da AEFFUP Bastonário em iniciativas da AEFFUP Barómetro de Saúde do Jornal de Notícias Homenagem a André Campos Neves Administração de medicamentos injetáveis em farmácia de oficina FARMACÊUTICOS NA RADIOFARMÁCIA pág82 6rof BREVES pág84 AGENDA DO BASTONÁRIO pág86 BOLETIM DO CIM suplemento LEGISLAÇÃO suplemento REGIONAL pág95 pág96 pág99 COIMBRA LISBOA PORTO INTERNACIONAL pág100 pág101 pág101 pág102 OFA organizou I Semana da Farmácia Angolana pág103 pág103 pág104 pág105 pág105 pág106 pág106 pág107 pág107 pág108 pág110 pág112 pág113 pág114 Bastonário recebeu embaixadora de Cuba Bastonário reuniu com ministra da Saúde de Cabo Verde I Fórum Nacional do Sector Farmacêutico de Cabo Verde Tutela define procedimentos para formação em Portugal dos profissionais de saúde da CPLP Farmacêuticas moçambicanas recebidas pelo bastonário Bastonário no 1º Congresso Farmácia Estabelecimento de Saúde Bastonário no Fórum do SNGPC Farmacêutico obrigatório em todas as farmácias do Brasil Novo regulamento europeu de boas práticas de fabrico de substâncias activas Bastonário eleito tesoureiro da EurHeCA PGEU reuniu em Assembleia Geral Infarmed promoveu conferência nacional do Programa “Fakeshare” Estados membros partilham práticas de recrutamento internacional A Carteira Profissional Europeia está mais próxima Stakeholders europeus debatem qualificações profissionais EAHP debateu formação comum para especialidade em Farmácia Hospitalar TOPRA promoveu encontro de profissionais de assuntos regulamentares COLÉGIOS DE ESPECIALIDADE pág116 14º Encontro do CEAR DIÁSPORA FARMACÊUTICA pág118 MERCADO FARMACÊUTICO pág122 LEITURAS DO CIM pág124 FARMACÊUTICOS NA CIÊNCIA pág128 CENTRO DE DOCUMENTAÇÃO FARMACÊUTICA pág130 SUGESTÕES pág132 FICHA DO CIM pág133 DIRECTOR I CARLOS MAURÍCIO BARBOSA (BASTONÁRIO) CONSELHO EDITORIAL I JOSÉ VIEIRA GAVINO, JOÃO PAULO CRUZ, ANA TERESA BARRETO, ANA CRISTINA RAMA, EMA PAULINO, ANTÓNIO ROCHA E COSTA COORDENAÇÃO EXECUTIVA I PEDRO NANDIN DE CARVALHO PARTICIPARAM NESTA EDIÇÃO I BRUNO MACEDO, RICARDO SANTOS, LEONOR CARVALHO, LILIANE PINHEIRO (DIRECÇÃO NACIONAL), LUIS BAIÃO (INTERNACIONAL), HELENA VILAÇA (COLÉGIOS DE ESPECIALIDADE), LÚCIA S ANTOS (SECÇÃO REGIONAL DE COIMBRA), NUNO CARDOSO (SEC ÇÃO R EGIONAL DE LISBOA), MARIA LUÍS SANTOS (SECÇÃO REGIONAL DO PORTO), AURORA SIMÓN (CIM), MARIA ARMANDA RAMOS (LEGISLAÇÃO) SECRETÁRIA DE REDACÇÃO I VÂNIA PAULINO PUBLICIDADE I ORDEM DOS FARMACÊUTICOS, RUA DA SOCIEDADE FARMACÊUTICA, 18; 1169‑075 LISBOA; 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DESIGN I SUSANA VAZ ARTES GRÁFICAS, LDA EXECUÇÃO GRÁFICA I NEOGRAF – PROPRIEDADE, EDITOR E REDACÇÃO I ORDEM DOS FARMACÊUTICOS RUA DA SOCIEDADE FARMACÊUTICA, 18; 1169‑075 LISBOA NIPC: 500 998 760 TEL.: +351 213 191 380; FAX: +351 213 191 399; E‑MAIL: GERAL@ORDEMFARMACEUTICOS. PT. DEPÓSITO LEGAL N. º 77129/94 PUBLICAÇÃO INSCRITA NA ERS SOB O N.º 118027; PUBLICAÇÃO TRIMESTRAL; ISSN 0872‑7554 TIRAGEM:15.000 EXEMPLARES; ASSINATURA ANUAL: 20 € A REVISTA DA ORDEM DOS FARMACÊUTICOS NÃO ADOPTA AS REGRAS DO NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO OS ARTIGOS ASSINADOS NÃO REFLECTEM NECESSARIAMENTE O PONTO DE VISTA DA ORDEM DOS FARMACÊUTICOS Parlamento unânime em torno da pretensão da OF Farmacêuticos representados no Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida Mário Cruz/Lusa O plenário da Assembleia da República de dia 5 de Dezembro aprovou, na generalidade e por unanimidade, o projecto de lei conjunto apresentado pelo PSD, PS e CDS‑PP, na sequência de diligências efectuadas pela OF, para alteração do diploma que define a composição do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida, no sentido deste integrar um membro a designar pela OF. O projecto de lei apresentado pelo PSD, PS e CDS‑PP foi aprovado por unanimidade A iniciativa legislativa gerou um elevado consenso entre as diferentes bancadas parlamentares. No debate pré vio à aprovação, o deputado do PSD, Nuno Reis, desta cou que o Parlamento tinha a possibilidade de contribuir para o “enriquecimento do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida (CNECV)”, através da “inclusão de alguém que assegure especial qualificação no domí nio das questões da bioética”. “A exigente missão do CNECV em matérias tão complexas como os problemas éticos relacionados com a saúde em geral, com a me dicina ou com a biologia beneficiará com o contributo esclarecido de personalidades ligadas à Ordem dos Far macêuticos (OF)”, disse o deputado social‑democrata. A deputada socialista, Sandra Cardoso, destacou, por sua vez, que “existe actualmente um consenso na so ciedade portuguesa de que os farmacêuticos consti tuem uma das mais importantes profissões de saúde, que interage com os cidadãos, seja ao nível da Farmácia Comunitária, Hospitalar ou nas Análises Clínicas. Estes profissionais lidam directa e diariamente com questões éticas, morais, técnicas e científicas relativas às ciên cias da vida”. De acordo ainda com esta deputada, “o PS entende que se a intervenção em saúde é efectuada por equipas multidisciplinares, também se requer essa intervenção e abordagem multidisciplinar no CNECV. A composição com uma personalidade indicada pela OF irá reforçar a visão diversificada, multidisciplinar e repre sentativa das várias ciências da vida. Este alargamento vem claramente enriquecer a reflexão”, rematou. Da parte do CDS‑PP, o deputado Paulo Almeida con siderou que “faz todo o sentido que o CNECV benefi cie também do contributo de uma personalidade de reconhecido mérito indicada pela OF, tendo em conta as suas competências e atribuições”. Segundo revelou, Mário Cruz/Lusa o partido a que pertence subscreve “esta iniciativa no sentido de alargar o cariz multidisciplinar, que tanto é necessário ao CNECV, à área farmacêutica”. A deputada Paula Santos, do PCP, defendeu também “a integração de farmacêuticos no CNECV”, por se tra tarem de “profissionais de saúde com uma intervenção muito importante na prestação de cuidados de saúde” e que têm “uma perspectiva relevante em questões de ética e bioética”. Por fim, o deputado do BE, João Semedo, destacou que “a inclusão da OF é razoável em qualquer contexto e circunstância, mas nos tempos em que vivemos é mais A proposta de alteração da composição do CNECV foi apresentada pelo deputado do PSD, Nuno Reis O CNECV é um órgão consultivo independente que funciona junto da Assembleia da República e que tem por missão analisar os problemas éticos suscitados pelos progressos científicos nos domínios da biologia, da medicina ou da saúde em geral e das ciências da vida do que justificada, é inteiramente necessária, porque a OF será seguramente uma voz que vai introduzir racio nalidade na controvérsia e na tensão que existe entre racionalização e racionamento de medicamentos”. No final da sessão plenária, o projecto de lei foi apro vado por unanimidade e baixou à Comissão Parlamen tar de Saúde. A Direcção Nacional da OF registou com satisfação o desfecho da iniciativa, que muito valoriza e prestigia a profissão farmacêutica. OF IMPULSIONOU INICIATIVA LEGISLATIVA Na versão final aprovada reconhece‑se que na área das Ciências Farmacêuticas se “colocam as mais varia das questões éticas, até pelo constante acesso cien tífico a novos meios de diagnóstico e de tratamento de doenças”. A iniciativa explica ainda que a composição do CNE CV foi sendo paulatinamente alargada, passando a incluir membros designados pelas Ordens dos Bió logos e dos Enfermeiros, considerando “injustifica Composição do CNECV O Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida (CNECV) passará a ter seguinte composição (como re sultado da aprovação do Projecto de Lei nº 670/XXI, que altera o Decreto‑Lei nº 25/2009): – Seis pessoas de reconhecido mérito que assegurem especial qualificação na reflexão ética suscitada pelas ciências da vida, eleitas pela Assembleia da República segundo o método da média mais alta de Hondt, recaindo ainda a eleição em seis suplentes; – Nove pessoas de reconhecido mérito que assegurem especial qualificação no domínio das questões da bioé tica, designadas pela Ordem dos Médicos, pela Ordem dos Enfermeiros, pela Ordem dos Biólogos, pela Ordem dos Farmacêuticos, pela Ordem dos Advogados, pelo Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas, pela Academia das Ciências de Lisboa, pelo conselho médico‑legal do Instituto Nacional de Medicina Legal, ouvido o respectivo conselho técnico‑científico, e pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, I. P.; – Três pessoas de reconhecido mérito científico nas áreas da biologia, da medicina ou da saúde em geral e das ciências da vida e duas pessoas de reconhecido mérito científico nas áreas do direito, da sociologia ou da filosofia, todas designadas por resolução do Conselho de Ministros. A participação dos farmacêuticos nos trabalhos deste órgão, “contribuirá fortemente para dotar o CNECV de mais valências, aumentando assim as suas capacidades com o correspondente reflexo em termos de melhoria da sua intervenção no campo da saúde e das ciências da vida”, considerou o bastonário da” a ausência de um representante da OF, tendo em conta que a actividade do CNECV “se reporta a matérias com uma importante componente de no vas terapêuticas e, também, de inovação farmaco lógica”. “Acresce que os farmacêuticos constituem uma das mais importantes profissões da saúde que interage quotidianamente com os cidadãos, seja ao nível da farmácia comunitária ou hospitalar ou, ain da, das análises clínicas”, pode ler‑se no projecto de Lei nº 670/XII. Os farmacêuticos constituem uma das mais importantes profissões da saúde que interage quotidianamente com os cidadãos, seja ao nível da farmácia comunitária ou hospitalar ou, ainda, das análises clínicas”, pode ler‑se no projecto de Lei Em Julho do corrente ano, o bastonário da OF tomou a iniciativa de dirigir uma carta à presidente da As sembleia da República, da qual deu conhecimento aos ministros da Saúde e da Presidência e dos Assuntos Parlamentares, aos presidentes dos grupos parlamen tares e à presidente e deputados da Comissão Parla mentar de Saúde, na qual fundamentava a solicitação da inclusão de um membro designado pela OF neste Conselho (vide ROF 112 pág. 44). Posteriormente, durante o mês de Setembro, o diri gente da OF foi recebido em duas audiências, pelos grupos parlamentares do PSD e PS, reiterando a po sição da Ordem sobre a importância e a necessidade do CNECV integrar um membro designado pela insti tuição que representa os farmacêuticos portugueses. Durante estes encontros, os deputados reconhece ram a pertinência da solução proposta pela OF e asse guraram que iriam tomar a iniciativa legislativa agora aprovada em plenário. Em todos estes contactos, o bastonário da OF considerou “necessária uma revisão do diploma, de modo a que passe a prever a integra ção de um membro nomeado pela OF, tal como está já estabelecido relativamente a outras Ordens”. Se gundo o bastonário, a participação dos farmacêuticos nos trabalhos desta estrutura, “contribuirá fortemen te para dotar o CNECV de mais valências, aumentan do assim as suas capacidades com o correspondente reflexo em termos de melhoria da sua intervenção no campo da saúde e das ciências da vida”. Processo legislativo concluído O processo legislativo que levou à alteração da compo sição do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida (CNECV) ficou concluído a 6 de Março, com a publi cação da Lei nº 19/2015, que procede à primeira altera ção à Lei nº 24/2009 que aprovou o regime jurídico do CNECV. A única alteração introduzida pelo diploma agora publicado consiste na inclusão de um membro adicional, a designar pela Ordem dos Farmacêuticos, na composi ção do CNECV. O diploma foi aprovado em plenário da Assembleia da Re pública, por unanimidade, a 30 de Janeiro, tendo sido pos teriormente enviado à Comissão de Saúde para fixação da redacção final. Em reunião realizada a 2 de Fevereiro, a Comissão de Saúde aprovou, também por unanimidade, a versão final do projecto de lei, que, a 13 de Fevereiro, seguiu para promulgação pelo Presidente da República. A 2 de Março, o Chefe de Estado promulgou o diploma, o qual foi publicado a 6 de Março em Diário da República. Licenciamento dos laboratórios de análises clínicas e de genética médica OF adverte para risco de desestabilização do sector das Análises Clínicas As Portarias nos 166/2014 e 167/2014, que regulamentam o licenciamento dos laboratórios de análises clínicas e de genética médica, respectivamente, não atenderam às preocupações estruturais e fundamentais da OF, oportunamente apresentadas à tutela. Neste seguimento, a OF escreveu ao Ministério da Saúde alertando‑o para o risco de desestabilização do sector. No entender da OF, a nova regulamentação afasta‑se radicalmente da realidade dos laboratórios de análises clínicas Em carta dirigida ao ministro da Saúde, o bastonário da Ordem dos Farmacêuticos (OF) propôs um conjun to de alterações, tendo em vista o regular funciona mento do sector das Análises Clinícas, em matérias como a elaboração do Manual de Boas Práticas Labo ratoriais, as entidades responsáveis pelo licenciamen to, as valências do laboratório de análises clínicas, a definição de testes genéticos, a direcção técnica dos laboratórios de análises clínicas e de genética médica e no âmbito da actividade dos postos de colheita. Em todos estes aspectos, as alterações introduzidas pe los novos diplomas legais afastam‑se da realidade do funcionamento dos laboratórios de análises clinícas e colocam em risco o sector. Segundo a OF, as Portarias publicadas adoptam “um modelo que se afasta radicalmente da realidade dos laboratórios de análises clínicas”, sendo, “tecnicamen As Portarias publicadas adoptam “um modelo que se afasta radicalmente da realidade dos laboratórios de análises clínicas”, sendo, em vários aspectos, “tecnicamente incongruentes e com graves erros a nível técnico ‑científico”, considerou a OF te incongruentes e com graves erros a nível técnico ‑científico”. ELABORAÇÃO DO MANUAL DE BOAS PRÁTICAS LABORATORIAIS No entender da OF, estes diplomas relegam para segun do plano a intervenção dos profissionais deste sector na definição de boas práticas, “sem motivo aparente e sem que exista qualquer problema decorrente da forma como, até então, foi elaborado o Manual de Boas Prá ticas Laboratoriais, conjuntamente pela OF, pela Ordem dos Médicos (OM) e pela Comissão Técnica Nacional”. Os diplomas publicados transferem para o Instituto Na cional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) esta com petência, tornando os contributos dos profissionais do sector, através das respectivas Ordens Profissionais, facultativos. valências mínimas previstas na Portaria nº 166/2014 que podem desenvolver – entre a Bioquímica; Microbio logia; Hematologia; Imunologia e/ou Serologia; Endocri nologia laboratorial e estudo funcional dos metabolis mos, órgãos e sistemas; e Monitorização de fármacos e toxicologia clínica – dependa, em última instância, de um parecer prévio do INSA. A OF não entende qual o en quadramento administrativo ou o fundamento técnico ‑científico que enquadra e justifica este parecer prévio do INSA, uma vez que a Lei orgânica deste instituto classifica‑o enquanto “entidade vocacionada predomi nantemente para a investigação científica e desenvol vimento experimental em ciências da saúde, enquanto laboratório do Estado, designadamente na investiga ção epidemiológica, nos indicadores e determinantes da Saúde e na avaliação da qualidade de Serviços de Saúde”. A OF entende que as amostras biológicas colhidas num posto de colheita devem ser exclusivamente dirigidas ao laboratório do qual depende o referido posto, sob pena dos critérios de segurança do doente, da qualidade e da responsabilidade pelos serviços de saúde prestados não serem considerados Acresce que estes profissionais deixam de integrar as comissões de regulação e atribuição de licenciamen tos, mesmo tendo, na sua generalidade, desempenha do um vasto e irrepreensível trabalho no licenciamento da grande maioria dos laboratórios de análises clínicas a funcionar em Portugal, com excelente uniformização e eficácia de procedimentos. Em face das alterações introduzidas por estes diplomas, a OF questionou o Ministério da Saúde sobre “a existência de relatos, que não sejam do domínio público, de casos em que tenha sido colocada em causa a saúde dos utentes ou se algo correu mal com o modelo anteriormente em vigor”. A OF não vislumbra qualquer justificação plau sível para uma “mudança abrupta e estrutural”, que desconsidera os profissionais e os afasta cada vez mais do próprio sistema de saúde, “caminho esse que não defendemos e que não aconselhamos prosseguir”, referiu a OF. ENTIDADES RESPONSÁVEIS PELO LICENCIAMENTO A OF também não considera razoável que a decisão de autorização de novas valências, para além das quatro Assim, além de um conflito com as competências con feridas à Direcção‑Geral da Saúde e à Entidade Regula dora da Saúde nesta matéria, existem ainda fundadas reservas quanto à atribuição de competências na área do licenciamento a um laboratório concorrencial por ser “prestador de serviços à comunidade” e que funcionará, ao mesmo tempo, de acordo com a Portaria agora pu blicada, como consultor do regulador. VALÊNCIAS DOS LABORATÓRIOS DE ANÁLISES CLÍNICAS E DE GENÉTICA HUMANA A Portaria nº 166/2014 persistiu em excluir das va lências autorizadas para os laboratórios de análises clínicas a valência de Genética Humana, remetendo‑a para um licenciamento específico através da Portaria nº 167/2014. Com efeito, a Genética Humana tem vindo a assumir uma maior importância na área do diagnóstico clínico, facto que levou muitos laborató rios a considerarem como premente a actualização das infra‑estruturas, equipamentos e procedimentos nesse sentido, adoptando tecnologias e metodolo gias para abrangerem esta importante e cada vez mais reconhecida área. A OF considera que do ponto de vista técnico‑científico não se vislumbram motivos para que os mesmos profissionais, sob a responsabi lidade dos seus directores técnicos especialistas em Análises Clínicas, pela OF, e em Patologia Clínica, pela OM, que até então sempre foram reconhecidos para esta actividade, abruptamente deixem de o ser. DIRECÇÃO TÉCNICA DOS LABORATÓRIOS DE ANÁLISES CLÍNICAS E DE GENÉTICA HUMANA O diploma agora em vigor prevê ainda que “os labora tórios devem ter, para cada uma das valências (…), um director técnico, para além de um director do laborató rio, a designar entre os directores técnicos ou clínicos das diversas valências”. Ora, segundo a OF, persistem dúvidas sobre se é exigido um especialista por valência, o que obrigaria os laboratórios de análises clínicas licen ciados em todas as valências a terem pelo menos sete especialistas em Análises Clínicas ou Patologia Clínica. Do mesmo modo, advertiu a OF, encontra‑se omissa a obrigação de o titular da instalação garantir a indepen dência técnica, deontológica e ética do director técnico, aspecto fundamental para o exercício profissional. Ana Teresa Barreto entrevistada pela Antena 1 Em entrevista à Antena 1, Ana Teresa Barreto, da Di recção Nacional da Ordem dos Farmacêuticos (OF), apresentou as preocupações da Instituição sobre as portarias que vêm regulamentar o licenciamento dos laboratórios de análises clínicas. A dirigente da OF realçou, em particular, que o diploma retira aos labora tórios a possibilidade de realização de análises gené ticas e quebra o vínculo de responsabilidade entre os postos de colheita de amostras biológicas e o labora tório central. “O sector das Análises Clínicas tem dado um extraordinário contributo ao sector da Saúde em Portugal, através da complementaridade assistencial entre os sectores público e privado, com uma enorme e reconhecida eficiência para os cidadãos e para o Estado”, reafirmou o bastonário No caso específico da direcção técnica em laborató rios de genética, o diploma chega mesmo a impedir o direito ao exercício dos especialistas mais jovens com a especialidade conferida pelas respectivas Ordens. A referida Portaria prevê inclusivamente que a direcção técnica de um laboratório de genética médica possa ser atribuída a um profissional sem título de espe cialidade e que não necessite de estar inscrito numa Ordem profissional, colocando em causa questões de tutela ética, deontológica e disciplinar. POSTOS DE COLHEITA Por fim, em relação aos postos de colheita, a Porta ria refere que o laboratório de análises clínicas deve, aquando do pedido de licenciamento de novos postos, indicar qual o meio e condições de transporte utiliza dos para o laboratório central ou outros laboratórios. A este propósito, a OF entende que as amostras bioló gicas colhidas num posto de colheita devem ser exclu sivamente dirigidas ao laboratório do qual depende o referido posto, sob pena de os critérios de segurança do doente, da qualidade e da responsabilidade pelos serviços de saúde prestados não serem considerados. Este aspecto poderá permitir a mobilidade das amos tras entre laboratórios numa óptica de mercado, o que não é aceitável. No ofício dirigido ao ministro da Saúde, o bastonário da OF reforça que as alterações promovidas amea çam seriamente o sector e causam um enorme clima de desestabilização e desconfiança. Neste sentido, é solicitada a intervenção do membro do Governo, com vista a regularizar a situação do sector das Análises Clínicas, “que tem dado um extraordinário contributo ao sector da Saúde em Portugal, através da comple mentaridade assistencial entre os sectores público e privado, com uma enorme e reconhecida eficiência para os cidadãos e para o Estado”, reafirmou o bas tonário. Bastonário escreveu ao ministro da Saúde Farmacêuticos disponíveis para colaborar na prevenção e controlo da diabetes Entidades como a OMS, DGS, INE ou a Rede Médicos de Sentinela revelaram publicamente, por ocasião do Dia Mundial da Diabetes, alguns dados sobre a prevalência da diabetes em Portugal e no mundo. Os indicadores nacionais demonstram a necessidade de encontrar mais e melhores soluções na prevenção e controlo da doença, nomeadamente promovendo uma maior intervenção e acompanhamento do doente diabético pelos farmacêuticos comunitários. A Ordem destacou que o acompanhamento dos farmacêuticos aos doentes diabéticos contribui para prevenir hospitalizações e intervenções dispendiosas De acordo com os dados divulgados pelo Instituto Na cional de Estatística (INE), o número total de óbitos por diabetes mellitus mais do que duplicou nos últimos 30 anos, registando‑se um crescimento médio anual de 4,4 por cento nesse período. No ano passado, a diabetes foi a causa de morte de 4.546 pessoas e foi também responsável pela perda de 4.683 anos potenciais de vida, numa média de 7,9 anos de vida, tendo em conta os óbitos de pessoas com me nos de 70 anos (595 pessoas). O número total de óbitos por diabetes mellitus mais do que duplicou nos últimos 30 anos, registando‑se um crescimento médio anual de 4,4 por cento Prevalência da Diabetes em Portugal – 2013 por sexo e escalão etário HomensMulheres O INE destaca ainda que, em proporção, morre‑se mais de diabetes mellitus em Portugal do que na União Eu ropeia e as estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que a doença afecta cerca de 347 milhões de pessoas em todo o mundo, tendo sido responsável pela morte de 1,5 milhões de pessoas só em 2012, 80 por cento das quais nos países pobres. A OMS prevê também que, em 2030, a doença se torne a sétima causa de morte no mundo. Entre os indicadores divulgados por ocasião do Dia Mundial da Diabetes, encontram‑se também os relató rios do Observatório Nacional da Diabetes (OND), da Direcção‑Geral da Saúde e da Rede Médicos de Senti nela. 0,0% 6,3% 4,4% 10,7% 8,5% 7,1% 15,6% 5,0% 10,0% Diagnosticada 15,0% 20,0% Não diagnosticada 30,0% 27,0% 25,0% 10,3% 20,0% Dados do INE indicam que, em proporção, se morre mais 15,0% 12,7% 10,0% 5,0% 0,0% de diabetes mellitus em 6,2% 2,0% 0,9% 1,1% 20-39 anos Diagnosticada 16,7% 6,6% 40-59 anos 60-79 anos Não diagnosticada Portugal do que na União Europeia 35,0% 30,3% 30,0% 24,3% 25,0% 20,0% Denominado “Diabetes: Factos e Números”, o relató rio do OND revela que, a prevalência da diabetes em Portugal, voltou a aumentar em 2013, com 160 novos casos a surgirem diariamente e com a população dia bética a representar 25 por cento da mortalidade nos hospitais. A prevalência estimada da doença na popu lação portuguesa com idades compreendidas entre os 20 e os 79 anos (7,8 milhões de indivíduos) foi de 13 por cento, ou seja, mais de um milhão de portugueses, dos quais 44 por cento não estão diagnosticados. Por outro lado, quase metade (40 por cento) da população portuguesa entre os 20 e os 79 anos já tem diabetes ou pré‑diabetes. Segundo o referido relatório, o impacto do envelhe cimento da população reflectiu‑se num aumento de 1,3 pontos percentuais na taxa de prevalência da dia betes entre 2009 e 2013, o que corresponde a um crescimento na ordem dos 11 por cento, sublinha o relatório. A situação dos jovens relativamente à doença tam bém não é favorável, já que em 2013 foram detec tados 18,2 novos casos de diabetes tipo 1 por cada 100 mil jovens com idade inferior a 14 anos, valor bastante superior ao registado em 2004. 17,6% 15,0% 8,2% 10,0% 5,0% 0,0% 2,6% 1,5% 2039 Anos 6079 Anos 4059 Anos Homens Mulheres Fonte: Relatório do Observatório Nacional da Diabetes Custos associados à diabetes (em milhões de euros) Portugal 2011 2012 2013 Medicamentos Ambulatório Total 222,3 215,2* 228,5 * Medicamentos Ambulatório SNS 204,6 208,8 226,0 Tiras-Teste de Glicemia 54,0 46,0 52,8 Tiras-Teste de Glicemia – Encargo SNS 45,9 38,7 43,5 457,8 469,2 454,8 40,9 44,5 34,3 0,8 0,8 1,2 Hospitalização – GDH’s Total Diabetes Hospitalização – GDH’s DP Diabetes Bombas Infusoras de Insulina e Consumíveis – SNS Fonte: Relatório do Observatório Nacional da Diabetes (* — Estimativa) Quanto a aspectos positivos, o documento salienta a diminuição da mortalidade intra‑hospitalar das pessoas com diabetes, quer como diagnóstico principal, quer como diagnóstico associado. Ainda assim, em 2013 uma em cada quatro mortes ocorridas nas unidades do Serviço Nacional de Saúde (SNS) foi de uma pessoa com diabetes, correspondendo a um total de 11.679 indivíduos. BASTONÁRIO REITERA COMPETÊNCIAS E DISPONIBILIDADE DOS FARMACÊUTICOS No seguimento da publicação destes relatórios, o bas tonário da Ordem dos Farmacêuticos (OF) tomou a ini ciativa de escrever ao ministro da Saúde, reiterando as competências e a disponibilidade dos farmacêuticos portugueses para participar activamente na implemen tação de programas de promoção da saúde e preven “A intervenção dos farmacêuticos na diabetes deve contemplar a prevenção e identificação de indivíduos suspeitos, a autovigilância, o acompanhamento de doentes entre consultas médicas, a revisão da terapêutica, o desenvolvimento de programas de adesão à terapêutica e a integração de cuidados”, referiu o bastonário em carta enviada ao ministro da Saúde Há também uma diminuição do número de mortes nos internamentos em que a diabetes foi o diagnóstico prin cipal (menos 36 por cento na última década) e o aumen to do número de óbitos nos internamentos com registo de diabetes como diagnóstico associado (46 por cento nos últimos 10 anos). O relatório destaca ainda como positivo o facto de se ter verificado um aumento de 8,8 por cento do número de utentes com diabetes registados na rede de cuida dos de saúde primários em 2013, correspondendo a um acréscimo de 62 mil utentes, face ao ano anterior. Por outro lado, a diabetes representa 8 por cento das consultas dos cuidados primários, quando em 2011 re presentava 6 por cento. Já o relatório da Rede Médicos de Sentinela revelou que os centros de saúde registaram no ano passado 157 novos casos de diabetes mellitus, a maioria de mulheres. A idade mediana destes utentes foi de 63 anos, variando entre os 13 e os 87 anos, adianta a rede constituída por médicos de família que notificam volun tariamente casos ou episódios de doença e de outras situações relacionadas com a saúde dos utentes inscri tos nas suas listas. A diabetes, segundo os dados da Rede Médicos de Sentinela, levou ao internamento de cinco destes doentes e causou a morte de uma mulher. O relatório sublinha que “estes resultados reforçam a necessidade de manter a diabetes mellitus sob monito rização na rede”. ção da doença e das complicações secundárias, assim como no acompanhamento de doentes crónicos, no meadamente do doente diabético. Em carta enviada ao membro do Governo, o respon sável da OF realça que “a intervenção dos farmacêuti cos, na farmácia comunitária, é fundamental, quer pela elevada prevalência, quer pelo elevado contributo da “As intervenções dos farmacêuticos, nas farmácias, já previnem hoje hospitalizações e intervenções dispendiosas”, afirmou o bastonário diabetes para o aumento da despesa em saúde”. Esta intervenção, segundo a OF, deveria contemplar áreas como a prevenção e identificação de indivíduos suspei tos de diabetes, a autovigilância, o acompanhamento de doentes entre consultas médicas, a revisão da tera pêutica, o desenvolvimento de programas de adesão à terapêutica e a integração de cuidados. Conforme realçou no ofício, “as intervenções dos far macêuticos, nas farmácias, já previnem hoje hospitali zações e intervenções dispendiosas. É, no entanto, evi dente e já amplamente reconhecido por Ministérios da Saúde de outros países que o potencial da intervenção farmacêutica está ainda subaproveitado. Nesses países foram já dados passos importantes na correcção dessa lacuna, através da publicação de legislação no sentido, indirectos), o que corresponde a uma poupança mensal por doente de 43 euros”, recordou o bastonário. Assim, “a prestação destes serviços deverá ser realiza da em articulação com os objectivos do Plano Nacional de Saúde, bem como com as prioridades e indicadores definidos para os cuidados de saúde primários, e remu nerada de forma financeiramente sustentável para as farmácias”, defendeu o bastonário. “Uma avaliação económica do potencial impacto da intervenção das farmácias na diabetes estimou poupanças de 411 milhões de euros (custos directos e indirectos), o que corresponde a uma poupança mensal por doente de 43 euros”, recordou o bastonário não só de permitir a disponibilização de serviços diver sos em farmácia, como também de remunerar esses mesmos serviços pelo potencial de concretização de poupanças no sistema de saúde a jusante”. “Em Portugal, a intervenção dos farmacêuticos na dia betes teve o seu início nos anos 90, quando a preva lência se estimava ser de 5 por cento. Uma avaliação económica do potencial impacto da intervenção das farmácias na diabetes, realizada em 2010, estimou poupanças de 411 milhões de euros (custos directos e De acordo com uma avaliação externa do Programa de Cuidados Farmacêuticos na Diabetes, no âmbito do acordo sectorial de 2008 entre o Ministério da Saúde, a OF, a Associação Nacional das Farmácias e a Associação de Farmácias de Portugal, foram de monstradas melhorias em todos os parâmetros de terminados (pressão arterial, glicemia, colesterol e triglicerídeos) e concluiu‑se que este Programa foi efectivo no controlo de 211 em cada 1.000 doentes não controlados. “O Desafio da Diabetes” apresentado aos deputados A Sala do Senado da Assembleia da República aco lheu, no dia 11 de Novembro, um evento organizado pela Associação Protectora dos Diabéticos de Por tugal, Associação de Jovens Diabéticos de Portugal, Federação Internacional de Diabetes — região Europa e pela Sociedade Portuguesa de Diabetologia (SPD), com o apoio do Programa Nacional para a Diabetes da Direcção‑Geral da Saúde intitulado “O Desafio da Diabetes”. A iniciativa, que contou com a presença da presidente da Secção Regional de Lisboa da Ordem dos Farma cêuticos, Ema Paulino, em representação do bastoná rio, visou sensibilizar os deputados e a sociedade para a realidade da diabetes em Portugal. Durante a sua intervenção no período de debate, a dirigente da OF realçou a importância dos farmacêuticos na promoção da adesão à terapêutica, de modo a garantir‑se que o investimento feito em medicamentos produz resulta dos em saúde. No mesmo sentido, o presidente da SPD, José Luís Medina, na sua apresentação, referiu‑se aos farmacêu ticos como profissionais de saúde com grande proxi midade à população e com um importante papel no aconselhamento. A mesma opinião foi ainda partilhada pela consultora para os Assuntos de Política da Saúde da Presidência da República, Clara Carneiro, pela deputada Teresa Caeiro, e pelo director do Programa Nacional para a Diabetes, José Manuel Boavida, que destacaram o papel do farmacêutico no acompanhamento dos doentes, integrados em equipas multidisciplinares de profissionais de saúde, e defenderam a necessidade de se promover uma maior integração dos cuidados, nomeadamente em articulação com as farmácias. Ao abrigo do acordo assinado entre o Governo e associações de farmácias Comissão prepara implementação de serviços farmacêuticos Manuel Moura/Lusa A Comissão de Acompanhamento do funcionamento e desempenho dos serviços a desenvolver pelas farmácias no âmbito dos programas de Saúde Pública analisou a proposta de esquema de incentivos que serão concedidos às farmácias pelo seu contributo para o crescimento da quota de mercado dos medicamentos genéricos e definiu como prioridade a implementação dos programas de troca de seringas e de cuidados farmacêuticos na diabetes. As farmácias vão prestar um conjunto de serviços à população no âmbito de programas de Saúde Pública A Comissão de Acompanhamento do funcionamento e desempenho dos serviços a desenvolver pelas farmácias no âmbito dos programas de Saúde Pública, nos termos dos acordos assinados pelo Ministério da Saúde com a Associação Nacional das Farmácias (ANF) e com a As sociação das Farmácias de Portugal (AFP), em Julho de 2014, foi criada pelo Despacho nº 11751A/2014, do se cretário de Estado da Saúde. A Ordem dos Farmacêuticos (OF) está representada nes ta estrutura pela professora da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra e representante da OF na Comissão Nacional de Farmácia e Terapêutica, Isabel Vi tória Figueiredo. Integram ainda esta comissão, coorde A OF está representada na Comissão de Acompanhamento pela professora da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra, Isabel Vitória Figueiredo nada pelo presidente do Infarmed, Eurico Castro Alves, representantes da Administração Central do Sistema de Saúde, da Direcção‑Geral da Saúde, da ANF e da AFP. Além destes elementos, está também prevista a integra ção da Associação de Grossitas de Produtos Químicos e Farmacêuticos (Groquifar), pelo que será desencadeado o processo de nomeação do respectivo representante. Os trabalhos da Comissão de Acompanhamento envol veram a identificação dos serviços que podem vir a ser implementados ao abrigo do acordo estabelecido entre a tutela e as farmácias, em particular os programas de troca de seringas (vide Caixa) e de cuidados farmacêu ticos na diabetes, que foram considerados prioritários nesta fase. Em cima da mesa, está também a imple mentação de programas de promoção da adesão à te A implementação de serviços farmacêuticos na área da diabetes será articulada com o Programa Nacional de Prevenção e Controlo da Diabetes rapêutica, a administração da vacina contra a gripe sa zonal, programas terapêuticos de substituição opiácea e o teste rápido de detecção da infecção pelo VIH/sida. No que à diabetes diz respeito, foi também promovida uma reunião de trabalho especificamente sobre os cui dados farmacêuticos na diabetes com o objectivo de delinear uma estratégia com propostas concretas de acção, tendo o Infarmed apresentado três áreas passí veis de intervenção farmacêutica na diabetes: detecção, monitorização e educação. Também a ANF apresentou três projectos de serviços farmacêuticos nesta área: o primeiro dos quais na área da prevenção e detecção precoce de indivíduos em risco; o segundo de educação na primeira dispensa de um antidiabético; e o terceiro de revisão da terapêutica e monitorização do doente diabético polimedicado. A implementação de serviços farmacêuticos nestes domínios será agora articulada com o Programa Nacional de Prevenção e Controlo da Diabetes. Paralelamente, a Comissão de Acompanhamento no meou também a entidade independente, que terá por missão estudar e avaliar os serviços a desenvolver nas farmácias. Este trabalho será realizado pela Faculdade de Economia da Universidade do Porto, sob coordena ção do professor Álvaro Almeida. OF PRONUNCIOU‑SE SOBRE REGIME DE INCENTIVOS ÀS FARMÁCIAS Nas primeiras reuniões promovidas por esta estrutura foi analisado o esquema de atribuição de incentivos às farmácias que contribuam para o aumento da quota de genéricos. Como resultado deste trabalho, foi remetida à OF, para emissão de parecer, uma proposta de diploma que re gula a atribuição de uma remuneração adicional às far mácias participantes em programas de Saúde Pública, proposta essa que, na sua globalidade, a OF considera positiva. No seu parecer, a OF considerou que o montante dos incentivos e o modo de apuramento do valor da pou pança gerada por cada farmácia cumprem o objectivo de estimular cada farmácia, individualmente, a prosse guir o aumento da sua quota de genéricos de modo contínuo e progressivo. No entender da OF, o modelo previsto é equilibrado pela complementaridade entre a remuneração adicio nal para as farmácias que irão incrementar a sua quota de genéricos e aquelas que já contribuem significati vamente com uma quota de genéricos acima da mé dia nacional. A Ordem destacou ainda o facto de esta proposta permitir uma distribuição entre as farmácias e o Estado, de forma equitativa, dos resultados da poupança obtida. Não obstante, a OF sublinhou que a substituição por medicamentos genéricos é apenas um dos meios através dos quais os farmacêuticos podem contribuir para a racionalização dos recursos utilizados pelo Ser viço Nacional de Saúde e para a garantia de acesso dos utentes aos medicamentos. Segundo recordou a OF no seu parecer, há muitos outros contributos que os farmacêuticos poderão dar para essa optimização progressiva dos recursos existentes. Neste sentindo, foram referidas, a título de exem plo, as conclusões de um estudo desenvolvido pela IMS Health, onde foi apurado que uma medida que se traduza na optimização do processo de substitui ção por medicamentos genéricos representa apenas 1/10 do contributo comparativo de uma intervenção em matérias de promoção da adesão à terapêutica. Assim, segundo a OF, para além destas medidas de estímulo à dispensa de genéricos, que urge colocar em prática, é também essencial implementar outras medidas com igual ou superior eficácia na prossecu ção desse objectivo de optimização, como, por exem plo, em matéria de diagnóstico precoce e introdução atempada de terapêuticas medicamentosas, optimi zação da utilização de antibióticos, diminuição de er ros associados à medicação ou mesmo na gestão da medicação nos casos de toma simultânea por parte do utente de vários medicamentos. O ministro da Saúde, Paulo Macedo, e o presidente da Associação Nacional das Farmácias (ANF), Paulo Duar te, anunciaram o reínicio, em Janeiro de 2015, do pro grama de troca de seringas nas farmácias, suspenso desde 2012, começando pelo distrito de Setúbal, mas prevendo‑se o seu alargamento ao distrito de Lisboa ainda durante o primeiro mês de 2015. “Começaremos de forma progressiva a partir do início do ano, em Setúbal, depois progressivamente Lisboa, até atingir todo o país”, explicou Paulo Macedo à Agên cia Lusa. O presidente da ANF especificou que ainda em Janei ro o programa de troca de seringas será estendido ao distrito de Lisboa. “Acreditamos que em três ou quatro meses poderemos ter todos os distritos envolvidos”, disse o responsável. Desde 2012, quando o programa foi suspenso, a troca de seringas era feita apenas nos centros de saúde e em instituições de solidariedade social. “Mas sem dúvi da que, quer com a malha geográfica que as farmácias cobrem, quer com a colaboração activa das farmácias, podemos fazer melhor do que temos vindo a fazer”, sublinhou o ministro. Paulo Macedo explicou ainda que o protocolo com a ANF estabelece que se faça uma avaliação ao fim de um ano, para aferir custos. Ganhos estes que o governante espera “obviamente” ter. De pois dessa avaliação, as farmácias deverão ser remu neradas pelo serviço, que no primeiro ano é prestado gratuitamente. O governante revelou também que o Ministério e a ANF estão a debater os termos da imple Rui Minderico/Lusa Farmácias retomam programa de troca de seringas mentação de outros serviços nas farmácias, em áreas como a adesão terapêutica, a diabetes ou o aumento da quota dos genéricos. O bastonário da Ordem dos Farmacêuticos defendeu, em várias ocasiões, a continuidade deste programa nas farmácias portuguesas, quer em intervenções públicas, quer em reuniões com o ministro e os secretários de Estado do Ministério da Saúde, com o director‑geral da Saúde ou com director do Programa Nacional de Preven ção e Controlo da Infecção VIH/sida (PNVIH), António Diniz. Na sua opinião, o País deve reforçar a sua aposta na prevenção da doença, beneficiando dos importantes contributos que os farmacêuticos podem dar nesta ma téria e, muito particularmente, na diminuição do risco de transmissão do VIH e de outras doenças transmissíveis (hepatite B e C) na população toxicodependente. Análise do exercício profissional em Farmácia Comunitária Bastonário reuniu com direcção da AFP O bastonário da Ordem dos Farmacêuticos (OF), Carlos Maurício Barbosa, recebeu em audiência, no dia 9 de Dezembro, na sede da OF, em Lisboa, a direcção da As sociação de Farmácias de Portugal (AFP), nas pessoas da sua presidente, Manuela Pacheco, vice‑presidente, Isabel Cortez, secretária‑geral, Gracinda Sousa, e te soureira, Adília Teixeira. A acompanhar o bastonário nesta reunião esteve Ema Paulino, que integra a Direcção Nacional da OF. Durante o encontro foi dada a conhecer ao bastonário a nova estrutura da AFP, as suas principais preocupações e ainda analisados vários aspectos relacionados com a actividade das farmácias comunitárias. Durante esta reunião foram analisados vários aspectos relacionados com a actividade das farmácias comunitárias Bastonário reitera posição da OF em carta enviada ao ministro da Saúde Regime de incompatibilidades do SNS carece de revisão urgente O bastonário da OF reiterou junto do ministro da Saúde a urgência da intervenção da tutela na revisão do regime de incompatibilidades dos membros de comissões, grupos de trabalho, júris e consultores para as áreas do medicamento e do dispositivo médico no âmbito do SNS. Em carta enviada ao membro do Governo, o dirigente da Ordem dos Farmacêuticos (OF) alertou para os impac‑ tos negativos que o diploma que estabelece o regime de incompatibilidades tem gerado no funcionamento de muitas comissões sob a dependência do Ministério da Saúde. O tema já havia sido abordado durante uma reunião com o ministro da Saúde, na qual esteve também presente o secretário de Estado adjunto do ministro da Saúde, realizada em Março (vide ROF 110), altura em que foi transmitido ao dirigente da OF que o alcance verificado na implementação do regime de incompatibilidades não correspondia ao pretendido com a sua criação, tendo ainda sido revelado que seria apresentada uma solução que minimizasse os impactos negativos que se têm ve‑ rificado. Contudo, volvido quase um ano, ainda não foi comunicada qualquer solução. Recentemente, a OF teve conhecimento que também a Associação Europeia de Farmacêuticos Hospitalares (EAHP) enviou uma missiva ao ministro da Saúde, através do seu presidente, na qual dá conta da cessação de fun‑ ções de um importante membro português da sua direc‑ ção, como consequência dos efeitos do referido diploma, situação que o mesmo muito lamenta e não compreende. Ainda a este propósito, a OF deu conta ao presidente da Comissão Nacional de Farmácia e Terapêutica (CNFT) que se encontra impossibilitada, por via do referido re‑ gime, de designar todos os membros necessários para constituir os Grupos de Trabalho da CNFT, pois, em al‑ guns casos, os farmacêuticos identificados para repre‑ O regime de incompatibilidades tem criado dificuldades no funcionamento de inúmeras organizações e grupos de trabalho sentar a OF exercem funções remuneradas ao nível da farmácia, o que, à luz da legislação vigente, constitui uma incompatibilidade. O bastonário recordou ainda que, actualmente, os tra‑ balhos de muitas Comissões de Farmácia e Terapêutica das Administrações Regionais de Saúde se encontram estagnados em consequência da cessação de funções de alguns dos seus titulares, situação para a qual a OF alertou imediatamente após a entrada em vigor do di‑ ploma. A situação estendeu‑se ao ponto de todos os representantes da OF nessas Comissões terem abdi‑ cado dos seus cargos, tal como reportado pela OF ao Ministério da Saúde no início de 2014. A OF reiterou a urgência que a revisão deste regime as‑ sume, de modo a reverter‑se as consequências extrema‑ mente negativas que este regime de incompatibilidades tem criado no funcionamento de inúmeras organizações e grupos de trabalho estruturantes no sistema de saúde português. Há cerca de um ano, o Governo revelou que seria apresentada uma proposta que minimizasse os impactos negativos do diploma. Contudo, ainda não foi comunicada qualquer solução Parecer enviado ao secretário de Estado da Saúde OF pronunciou‑se sobre projecto de diploma que cria o SiNATS A OF considera que a iniciativa legislativa constitui uma medida estrutural para o sistema de saúde, que deve ter como prioridade a avaliação custo ‑efectiva das tecnologias de saúde, e não a redução de custos per se. A Ordem dos Farmacêuticos (OF) enviou ao secretário de Estado da Saúde o seu parecer sobre o projecto de Decreto‑Lei que cria o Sistema Nacional de Avaliação de Tecnologias de Saúde (SiNATS). Da análise à proposta de diploma, a OF alertou para a necessidade de se “assegurar que os contratos previs tos entre as entidades detentoras das tecnologias de saúde e o Estado sejam acompanhados da necessária alocação orçamental para os agentes do Serviço Na A OF entende que a prática de descontos “gera desigualdades no acesso aos medicamentos no nosso país, degrada os serviços prestados pelos farmacêuticos, descaracteriza a sua vocação assistencial e prejudica a sua aptidão para desenvolver iniciativas de saúde” cional de Saúde envolvidos, por forma a garantir que a decisão é rapidamente materializável no que respeita ao acesso dos doentes e disponibilização das terapêu ticas”. O documento submetido à apreciação dos parceiros do sector prevê a possibilidade da prática de descontos em bens desta natureza, o que mereceu total objecção por parte da OF. Conforme tem vindo reiteradamente a defender, a OF entende que a prática de descontos “gera desigualdades no acesso aos medicamentos no nosso país, degrada os serviços prestados pelos far macêuticos, descaracteriza a sua vocação assistencial e prejudica a sua aptidão para desenvolver iniciativas de saúde. Para além de constituir um incentivo ao consumo, ao estimular a agressividade comercial em torno destes produtos, revela‑se um forte revés à ele mentar salvaguarda da saúde pública e aos princípios de racionalização da despesa com medicamentos no nosso país”, realçou a OF no seu parecer. No âmbito da decisão de comparticipação das tecno logias de saúde, a Ordem considera “crucial saber dis tinguir inovação de novidade”, mas destaca também que “é igualmente fundamental reconhecer que existe inovação marginal, que, não sendo cutting edge, traz melhorias incrementais ou simplesmente oferece no vas opções terapêuticas, sempre relevantes para uma população marcada pela variabilidade interindividual na resposta aos medicamentos”. Relativamente à de cisão de descomparticipação, a Ordem entende que “deve ser tão objectivamente fundamentada quanto a comparticipação”, advertindo que, no caso dos me dicamentos, existem importantes oportunidades tera pêuticas alternativas, que podem ter eficácias e efec tividades inferiores. Distribuição grossista deve continuar a ser responsabilidade dos farmacêuticos OF atenta à transposição da directiva europeia sobre boas práticas de distribuição O bastonário da OF escreveu ao ministro da Saúde, manifestando a expectativa de que a transposição desta directiva para o ordenamento jurídico nacional mantenha o mesmo grau de exigência que o regime actualmente em vigor. A Portaria nº 348/98, de 15 de Junho, que transpôs para o ordenamento jurídico português as boas práti cas de distribuição de medicamentos de uso humano e medicamentos veterinários, estipula que “em cada local de distribuição deverá ser nomeado um represen tante de gestão com autoridade e responsabilidade definidas para assegurar que o sistema de qualidade seja concretizado e mantido, devendo assumir presen cialmente essas responsabilidades. Esta pessoa deve ção e distribuição por grosso dos medicamentos de uso humano e veterinário e dos dispositivos médicos” integram o conteúdo do acto farmacêutico, sendo que o acto farmacêutico é da exclusiva competência dos farmacêuticos. A bem da saúde pública e de todos os utentes con sumidores de medicamentos, o exercício das funções de responsável de um local de distribuição de medica mentos deve permanecer a cargo de um farmacêutico A bem da saúde pública e de todos os utentes consumidores de medicamentos, o exercício das funções de responsável de um local de distribuição de medicamentos deve permanecer a cargo de um farmacêutico devidamente habilitado pela OF ser farmacêutico devidamente habilitado pela Ordem dos Farmacêuticos” (OF), refere o diploma. No entan to, com a publicação de novas orientações da Comis são Europeia a este respeito passou a recomendar ‑se, quanto às habilitações do responsável, que “(…) é conveniente que tenha uma licenciatura em Farmácia”. Esta nova redacção motivou a preocupação da OF, que advertiu que, aquando da elaboração do novo diploma que proceda à transposição dessas novas orientações para ordenamento jurídico português, não se reduza o grau de exigência actualmente existente para esta função, por força da tradução da directiva europeia, o que constituiria um lapso legislativo. Segundo a OF, o estabelecimento desta possibilidade violaria o próprio Estatuto desta Ordem profissional, onde se estabelece que “armazenamento, conserva devidamente habilitado pela OF. Só assim se garan tem, segundo a OF, as necessárias condições para as segurar a qualidade dos medicamentos distribuídos às farmácias e posteriormente dispensados à população. A OF salientou ainda que a direcção técnica das far mácias, como estabelecimentos de dispensa de me dicamentos e produtos de saúde, apenas pode ser assegurada por um farmacêutico, pois só assim se garante a qualidade dos medicamentos dispensados aos utentes. Tal imposição deverá existir igualmente para os distribuidores grossistas, por identidade de razões. Na verdade, situando-se os distribuidores grossistas no patamar intermédio do circuito do me dicamento, igual preocupação no que respeita à ade quação das condições de armazenamento deverá serlhes imposta. Tutela definiu linhas estratégicas para o sector OE 2015 prevê aumento de 0,6% da despesa em Saúde A Lei do Orçamento de Estado (OE) para 2015 prevê um aumento dos encargos do Estado na área da Saúde na ordem dos 51 milhões de euros. Apesar do refor ço das verbas provenientes do OE e de uma previsão de redução da despesa com medicamentos, prevê‑se ainda um défice de cerca de 30 milhões de euros nas contas do SNS. A par do Orçamento, o Ministério da Saúde apresentou também as linhas estratégicas para o sector em 2015. Como novas fontes de financiamento do sistema, o Ministério da Saúde destaca a contribuição adicional da indústria farmacêutica para a sustentabilidade do SNS e procede ao aumento dos impostos especiais de consumo sobre o tabaco e o álcool, bem como à criação de uma contribuição adicional para o Instituto Nacional de Emergência Médica através do aumento da percentagem que incide sobre os prémios dos con tratos de seguros. Pelo contrário, o Executivo reafirma a intenção de não transformar as taxas moderadoras em fonte de financiamento do sistema, prevendo um decréscimo do seu valor em 0,9 por cento. No OE 2015 está igualmente prevista a redução da despesa directa das famílias com saúde, através do re forço para 15 por cento da percentagem de dedução à colecta de IRS das despesas de saúde, com aumento do limite para 1.000 euros (antes era de 838,44 euros). Pela primeira vez, a revisão anual de preços dos me dicamentos será alargada a todos os medicamen tos adquiridos pelos hospitais do SNS, e não só em ambulatório, sujeitos a receita médica, excepto ge néricos ou biossimilares, que, mesmo dispondo de preço de venda ao público autorizado, não tenham sido objecto de decisão de comparticipação. Esta revisão conduzirá a nova redução de preços dos me dicamentos em ambulatório, prevendo‑se ainda uma diminuição dos custos com convenções, meios com plementares de diagnóstico e terapêutica e disposi tivos clínicos. Entre as principais medidas previstas no OE 2015 para a área da Saúde está ainda a possibilidade de atribui ção de incentivos compensatórios, de suplemento re muneratório ou de carácter não pecuniário, a médicos que exerçam funções em zonas mais carenciadas com regime fiscal favorável. Do mesmo modo, tendo em vista agilizar o processo de contratação de profissio nais de saúde, o Governo pretende que a celebração ou renovação de acordo de cedência de interesse pú blico e de contratos de trabalho de profissionais de saúde pelas unidades integradas no sector empresa rial do Estado passem a carecer apenas de parecer prévio favorável a emitir pelo membro do Governo res ponsável pela área da saúde. Medidas previstas no âmbito da política do medicamento A nível sectorial são adiantadas várias iniciativas no âm bito da política do medicamento, de onde se destacam: – alteração do mecanismo relativo ao limite máximo para a despesa com medicamentos nos acordos com a indústria farmacêutica; – conclusão do Formulário Nacional de Medicamentos, quer para a prescrição em ambulatório quer para a prescrição hospitalar; – implementação de um sistema de avaliação de tec nologias de saúde que passe a incluir os dispositivos médicos e a reavaliar os medicamentos já em comer cialização, permitindo avaliar a respectiva efectivida de relativa e custo‑efectividade; – implementação de medidas conducentes ao objecti vo de quota dos genéricos de 60 por cento em volu me no mercado total; – intensificação dos esforços de promoção da saúde e de prevenção da doença, com relevo para os prin cipais determinantes de saúde, através de políticas públicas destinadas a diminuir a carga de doença e a garantir a sustentabilidade do sistema de saúde a longo prazo; – aplicação da directiva dos cuidados transfronteiriços; – aplicação da lei das terapêuticas não convencionais; – desmaterialização total da receita médica e de toda a cadeia de aviamento, facturação e conferência. Nesta área, o Governo pretende também expandir a utiliza ção da Plataforma de Dados da Saúde e introduzir novas funcionalidades. Eslovénia, Espanha e França Tutela mantém países de referência para formação do preço dos medicamentos O Ministério da Saúde, através da Portaria nº 231 ‑A/2014, de 12 de Novembro, definiu os países de re ferência a considerar em 2015 para a autorização dos preços dos novos medicamentos, bem como para efei tos de revisão anual de preços dos medicamentos do mercado hospitalar e do mercado de ambulatório. O diploma mantém a Eslovénia, Espanha e França como países de referência, à semelhança do que aconteceu em 2014, e suspende a revisão anual dos preços de medica mentos genéricos em 2015. Segundo o presidente do Infarmed, Eurico Castro Alves, a manutenção dos países de referência vai traduzir‑se numa diminuição dos preços dos medicamentos nos primeiros meses de 2015, prevendo‑se poupanças de 15 milhões de euros para o Estado e de sete milhões de euros para os utentes. Esta descida é justificada pelo facto de os preços dos medicamentos mudarem também nos países de referência para Portugal. “Vamos olhar e fazer a média e aplicar esse regime de preços aos nossos medicamen tos”, adiantou o presidente da autoridade reguladora. Contribuição para redução da despesa com medicamentos em 2015 Governo e Apifarma assinaram novo acordo O Ministério da Saúde e a Apifarma assinaram em No vembro passado um novo acordo para redução da des pesa do Estado com medicamentos. A Indústria Far macêutica contribuirá com 180 milhões de euros para este objectivo em 2015. As empresas que o subscre vam ficam isentas de pagar a taxa sobre vendas pre vista no Orçamento do Estado. O acordo assinado entre o Ministério da Saúde e a Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (Apifarma) visa “contribuir para a sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde (SNS), estando prevista uma contribuição de 180 milhões de euros por parte da indústria na redução da despesa pública com medi camentos em 2015. A contribuição total das empresas associadas da Apifarma e aderentes ao acordo apresenta como va lor mínimo 135 milhões de euros. Segundo explicou o ministro da Saúde, o objectivo da despesa pública com medicamentos para 2015 é de 2 mil milhões de euros, pelo que se esse valor for ultrapassado, os la boratórios terão de devolver o excedente em notas de crédito que os hospitais poderão usar na aquisição de fármacos, sem os pagar. Na cerimónia de assinatura deste novo acordo, o mi nistro da Saúde realçou o “esforço significativo” que as empresas farmacêuticas têm feito em defesa da sustentabilidade do SNS, realçando que “o contributo” que a indústria farmacêutica tem efectuado “é relevan te e deve ser reconhecido como tal”. As empresas que subscrevam o acordo ficam isentas de pagar a taxa sobre vendas previstas no OE 2015 Em representação da Apifarma, o vice‑presidente, Eduardo Pinto Leite, salientou que a associação “tem procurado privilegiar uma relação de diálogo e nego ciação com o Ministério da Saúde”, em defesa de “re sultados positivos para a sustentabilidade do SNS, o acesso dos doentes aos tratamentos e meios de diag nóstico de que necessitam e a capacidade operacional da cadeia de valor do medicamento”. O responsável da Apifarma sublinhou também que “Portugal possui hoje uma despesa pública em medicamentos abaixo da média europeia e um nível de preços dos mais bai xos na União Europeia, em ambulatório e em meio hospitalar”. As entidades que venham a aderir, individualmente e sem reservas, a este acordo ficam isentas da contri buição prevista no Orçamento de Estado para 2015, que veio aprovar um regime que cria uma contribui ção extraordinária da indústria farmacêutica sobre o seu volume de vendas. Segundo o Governo, esta nova taxa “tem por objectivo garantir sustentabilidade do SNS na vertente dos gastos com medicamentos”. Esta contribuição incide sobre o total das vendas rea lizadas pela indústria farmacêutica em cada trimestre, relativamente aos medicamentos comparticipados pelo Estado – taxa de 2,5 por cento nos medicamen tos incluídos em grupos homogéneos e nos medica mentos não incluídos em grupos homogéneos com au torização de introdução no mercado concedida há 15 ou mais anos e cujo preço seja inferior a 10 euros; e de 10,4 por cento para os restantes casos –, aos medica mentos sujeitos a receita médica restrita, bem como àqueles que disponham de autorização de utilização excepcional ou sejam destinados a consumo em meio hospitalar (taxa de 14,3 por cento), aos gases medi cinais e derivados do sangue e do plasma humanos e aos medicamentos órfãos (ambos com taxas de 2,5 por cento). Ao valor da contribuição podem, contudo, ser abatidas as despesas de investigação e desenvol vimento, desde que realizadas em território nacional. Não obstante a criação deste regime, o diploma prevê a celebração de um acordo entre o Estado e a indús tria farmacêutica, através da fixação de objectivos de valores máximos de despesa pública com medicamen tos e de contribuição de acordo com o volume de ven das das empresas. Com a participação do bastonário da OF Livro assinala 75 anos da história da Indústria Farmacêutica em Portugal A cerimónia de lançamento do livro da Apifarma decorreu no Laboratório Chimico no Museu Nacional de História Natural e da Ciência A Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (Apifarma) apresentou publicamente, no dia 11 de De zembro, num evento realizado no Laboratório Chimico do Museu Nacional de História Natural e da Ciência, em Lisboa, o livro intitulado “A Indústria Farmacêutica em Portugal – Saber Investir, Saber Inovar 75 anos”, que relata a evolução histórica da associação e das empre sas suas associadas desde 1939. A coordenação da obra esteve a cargo de José Aranda da Silva, bastonário da Ordem dos Farmacêuticos (OF) entre 2001 e 2007, e congrega testemunhos institucio nais de vários parceiros da associação, entre os quais o bastonário da OF, Carlos Maurício Barbosa. A cerimónia de apresentação do livro contou com a presença do mi nistro da Saúde e o bastonário da OF esteve represen tado por João Paulo Cruz, da Direcção Nacional da OF. Ciclo de Conferências “Saber Investir, Saber Inovar” Apifarma apresentou estudos sobre modelos de financiamento e diagnóstico laboratorial A Apifarma promoveu, ao longo do ano de 2014, a segunda edição do Ciclo de Conferências intitulado “Saber Investir, Saber Inovar”. A 15 de Outubro de correu a conferência dedicada ao tema “O Diagnóstico Laboratorial: O valor na Sustentabilidade e Qualidade em Saúde”; a 19 de Novembro, a sessão foi subordi nada ao tema “Financiamento: Investir na Equidade e na Sustentabilidade”. O bastonário da OF esteve re presentado em ambos os eventos, respectivamente, por Ana Teresa Barreto e João Paulo Cruz, da Direcção Nacional da OF. Na conferência sobre o diagnóstico laboratorial foi apre sentado um estudo que avaliou o grau de utilização dos exames de diagnóstico, como as análises clínicas, e o respectivo impacto na qualidade de vida do doente e na O estudo realizado pela Apifarma apurou que a implementação de um programa de rastreio da diabetes resultaria num benefício financeiro de cerca de um milhão de euros sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Os resultados deste trabalho indicam que a utilização atempada do Diagnóstico In Vitro (DIV) no tratamento e detecção de doenças como a diabetes, as infecções nosocomiais e a artrite reumatóide resultará em pou panças de 20 milhões de euros. A investigação apurou também que a implementação de um programa de rastreio da diabetes, numa amos tra de cinco por cento da população portuguesa com mais de 40 anos e face à prática clínica actual, resulta ria num “benefício financeiro aproximado de um milhão de euros”. A investigação concluiu ainda que “a imple mentação de um programa de rastreio na admissão hospitalar, seguido de medidas de prevenção e con trolo da infecção/descolonização, possibilita uma re dução na transmissão cruzada dentro do hospital, con duzindo a uma poupança aproximada de sete milhões O ministro da Saúde participou na última conferência de 2014 organizada pela Apifarma de euros para o SNS”. Outro benefício da medida seria a “redução de mais de 91 mil dias de internamento por ano”. Segundo as conclusões do trabalho, “o Estado poderia beneficiar de uma poupança de 186 milhões de euros advenientes principalmente de uma redução dos custos indirectos (ausência ao trabalho e perda de produtividade)”. A última conferência de 2014, sobre o “Financiamen to: Investir na Equidade e na Sustentabilidade”, contou com a participação do ministro da Saúde, Paulo Mace do, que sublinhou e agradeceu o importante contributo que a Indústria Farmacêutica tem dado para a susten tabilidade do SNS, principalmente no que respeita ao acesso aos melhores tratamentos, respondendo assim às necessidades de saúde da população. O economista José Félix Ribeiro apresentou os resul tados de um estudo Delphi realizado pela Apifarma, em que participaram vários peritos conhecedores do sector, entre os quais o bastonário da OF, no qual fo ram analisados modelos alternativos para a melhoria da situação actual do sistema de saúde e do seu fi nanciamento. O objectivo deste trabalho foi obter cenários de evo lução futura do sistema de saúde em Portugal, face ao contexto de curto/médio prazo que se desenha, e analisar as grandes tendências em termos de demogra fia, padrões de mobilidade e financiamento. De acordo com o autor do estudo, os peritos que participaram no questionário manifestaram‑se, em termos gerais, pela continuidade do actual sistema. Assembleia Geral da OF Plano de Actividades e Orçamento para 2015 aprovados por unanimidade A Assembleia Geral da Ordem dos Farmacêuticos (OF) realizada a 19 de Dezembro, no Salão Nobre da OF, aprovou, por unanimidade, o Plano de Actividades e o Orçamento apresentados pela Direcção Nacional para 2015 e também o Orçamento da OF para o mesmo ano. O bastonário apresentou as propostas da Direcção Nacional relativas ao Plano de Actividades e ao Orçamento para 2015 A Assembleia Geral da OF iniciou‑se com o ponto rela tivo à apresentação, discussão e deliberação sobre o Plano de Actividades da Direcção Nacional para 2015. O bastonário informou os farmacêuticos presentes so bre as grandes linhas de acção da OF para o ano 2015 e prestou esclarecimentos sobre iniciativas previstas para o próximo ano. Os delegados aprovaram por una nimidade o documento apresentado, tal como fizeram com o Orçamento da Direcção Nacional para 2015 e com o Orçamento Consolidado da OF para 2015. Antecedendo a realização da Assembleia Geral, realizaram‑se as Assembleias das Secções Regionais de Coimbra, Porto e Lisboa, que também aprovaram os respectivos Planos de Actividades e Orçamentos para 2015 e elegeram os farmacêuticos delegados à Assembleia Geral. O bastonário da OF marcou presença em todas estas Assembleias Regionais, tendo presta do esclarecimentos sobre a actividade da Ordem em 2014, bem como sobre as perspectivas de intervenção da instituição em 2015. Deliberações da Assembleia Geral de 19 de Dezembro •Aprovado, por unanimidade, o Plano de Actividades da Direcção Nacional para 2015; • Aprovado, por unanimidade, o Orçamento da Direc ção Nacional para 2015; • Aprovado, por unanimidade, o Orçamento Consolida do da Ordem dos Farmacêuticos para 2015. A Sua visão. O Nosso compromisso global. Linde: Living healthcare Actualmente deparamo-nos com uma nova realidade no campo dos cuidados de saúde, que nos coloca novos e desconhecidos desafios. Estamos conscientes deles. Afinal, estivemos sempre a seu lado, como especialistas em terapias com gases medicinais, trabalhando para garantir a segurança e a qualidade de vida dos doentes. Somos Linde Healthcare. Estamos presentes em 70 países em todo o mundo. Compreendemos as necessidades locais e expectativas, tanto quanto identificamos desafios desde uma perspectiva global. Utilizamos o nosso conhecimento com a finalidade de desenvolver soluções inovadoras ao nível dos cuidados de saúde, que cubram necessidades práticas e precisas. Por isso, esteja atento ao nosso desempenho. Encontrará reflexos da sua realidade. É por isso que somos Linde: Living healthcare. Linde Healthcare Av. Infante D.Henrique Lote 21-24 1800-217 LISBOA Telef: +351 21 831 04 20/90 | Fax: +351 21 859 13 29 email: [email protected] www.linde-healthcare.pt Deliberação da Direcção Nacional Quotizações para 2015 mantêm valores de 2014 A Direcção Nacional da Ordem dos Farmacêuticos (OF), tendo em consideração a difícil conjuntura nacional, com pronunciadas implicações a nível das famílias, empresas e instituições, e tendo presente, de um modo especial, a situação dos farmacêuticos no mercado de trabalho e dos jovens farmacêuticos, deliberou prescindir de ac tualizar as quotas e as jóias em 2015, mantendo assim os valores que vigoraram em 2014. Nos termos da deliberação da Direcção Nacional, mantém ‑se a redução em 5 por cento no valor nominal das quoti zações de 2015 para a modalidade de pagamento anual. Será ainda dada continuidade à possibilidade de os novos membros liquidarem de forma fraccionada o valor da jóia de inscrição, em três ou quatro prestações seguidas tri mestrais, e de suspensão do pagamento de quotizações aos farmacêuticos que se encontrem sem trabalho logo a partir do mês seguinte àquele em que teve lugar a desvin culação laboral. Protocolo entre a OF e a Luso‑Atlântica Farmacêuticos com condições especiais na contratação de seguro de saúde Multicare O Seguro de Saúde para farmacêuticos, agregados fa miliares e colaboradores é um seguro que responde às necessidades de assistência médica e hospitalar, num momento particularmente difícil dos cuidados de saúde. Com o aumento dos custos reais dos internamentos hospitalares, cuidados médicos em geral, exames de diagnóstico e tratamentos, este Seguro de Saúde per mite atenuar o impacto destas despesas, assegurando simultaneamente o acesso a uma saúde de qualidade. Com renovação anual a 1 de Outubro, o Seguro de Saúde Multicare, gerido pela Luso‑Atlântica, está dis ponível para adesão imediata e em qualquer momento a todos os farmacêuticos membros da Ordem e seus familiares. Consulte as condições de subscrição no Portal da Or dem dos Farmacêuticos e em www.lusoatlantica.pt, assim como as Condições Gerais e Particulares deste seguro. A equipa da Luso‑Atlântica, Corretor de Segu ros, S.A., encontra‑se disponível para qualquer es clarecimento através dos contactos telefónicos 211149280/1/2/4/5, do fax 211 149 249 ou do e‑mail [email protected]. Características do Seguro de Saúde –Idade‑limite para adesão: 65 anos –Idade‑limite de permanência Adesão feita até aos 55 anos: sem idade‑limite Adesão feita entre os 56 e os 65 anos: idade‑limite 75 anos –Apólice mista com prestações directas em rede e prestações de reembolso –Garantias . Garantia A: Internamento Hospitalar com extensão ao estrangeiro . Garantia B: Internamento Hospitalar + Ambulatório + Parto + Estomatologia + extensão ao estrangeiro – Manutenção na apólice quando a doença se prolonga por mais de uma anuidade Novidade na anuidade 2014/2015: –Manutenção dos prémios e condições para a próxima anuidade, em todos os escalões etários. – O âmbito territorial inclui Portugal e estrangeiro, sen do as despesas realizadas fora do território nacional sempre indemnizáveis em regime de reembolso, ou seja, fora da rede MultiCare. – A idade‑limite para adesão mantém‑se nos 65 anos (se a adesão for efectuada até aos 55 anos não há limite de permanência). Seguro de Saúde para farmacêuticos e agregados familiares Idade‑limite para adesão: 65 anos Idade‑limite de permanência: adesão até aos 55 anos - sem idade-limite; adesão entre os 56 e os 65 anos - idade-limite 75 anos Apólice mista com prestações directas em rede e prestações de reembolso Garantias: A - Internamento Hospitalar com extensão ao estrangeiro; B - Internamento Hospitalar + Ambulatório + Parto + Estomatologia + extensão ao estrangeiro Manutenção na apólice quando a doença se prolonga por mais de uma anuidade Uma parceria: Seguro de Saúde Multicare, gerido pela Luso Atlântica Consulte as condições de subscrição e as Condições Gerais e Particulares em www.ordemfarmaceuticos.pt ou solicite mais informações através da linha de apoio da Luso Atlântica: 211 149 280/1/2/4 NOVA CARTEIRA PROFISSIONAL DOS FARMACÊUTICOS CARACTERÍSTICAS: • Cartão de identificação profissional • Novo layout • Registo do resumo académico e profissional • Validade de 5 anos • Informação sobre a apólice de seguro de responsabilidade civil profissional • Três sistemas de leitura (chip, código de barras e banda magnética) • Autenticação nos sistemas de informação do Ministério da Saúde CARACTERÍSTICA OPCIONAL: • Assinatura Digital através de Certificado Digital Qualificado OBTENHA A SUA CARTEIRA PROFISSIONAL Autentique-se no Portal de Agendamento em www.ordemfarmaceuticos.pt/carteiraprofissional 1 Seleccione o dia e hora e conclua o seu agendamento 2 Seleccione o local preferencial para se deslocar 3 4 Compareça no local agendado. Posteriormente, receberá a Carteira Profissional na sua morada de residência Aceda ao Portal de Agendamento em www.ordemfarmaceuticos.pt/carteiraprofissional ACORDOS PROMOVEM INOVAÇÃO TECNOLÓGICA A parceria com o Banco Santander Totta surge da sua experiência na produção de cartões de identificação, da credibilidade institucional, da relação que já tem com muitos membros da Ordem dos Farmacêuticos e das condições oferecidas. A Ordem dos Farmacêuticos e o Banco Santander Totta garantem o total cumprimento das regras de protecção de dados. A segurança e a privacidade dos dados pessoais e profissionais dos Farmacêuticos estão integralmente assegurados. Também junto do Ministério da Saúde, através dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, a Ordem dos Farmacêuticos celebrou um acordo que prevê o acesso dos farmacêuticos à Plataforma de Dados da Saúde. O registo nessa plataforma deverá ser feito pelos farmacêuticos que, posteriormente, poderão aceder à informação clínicas dos utentes, desde que estes o autorizem. PARCEIROS • Financiador do projecto • Disponibiliza recursos humanos • Autenticação dos farmacêuticos no e logísticos para realizar os agendamentos e efectuar o pedido da nova Carteira Profissional • Emite o Certificado Digital Qualificado, caso o farmacêutico opte por assinatura digital Portal dos Profissionais da Saúde e acesso à Plataforma de Dados da Saúde e às suas funcionalidades • Assegura a produção personalizada da Carteira Profissional e o envio para morada de residência do farmacêutico. VALIDADE DA CARTEIRA PROFISSIONAL A actual Carteira Profissional mantém a sua validade até obter a nova Carteira Profissional. A validade da Carteira Profissional dependerá sempre do cabal cumprimento das obrigações do titular para com a Ordem dos Farmacêuticos. A demonstração da carteira profissional, perante entidades terceiras, implica a apresentação do último recibo de quotizações, que, em qualquer momento, poderá obter através da sua área privada no portal da Ordem dos Farmacêuticos (www.ordemfarmaceuticos.pt). Conselho para a Qualificação e Admissão promoveu sessão de trabalho Discussão alargada sobre modelo de competências farmacêuticas A OF está a desenvolver um modelo de atribuição de competências farmacêuticas para a profissão O Conselho para a Qualificação e Admissão (CQA) da Or dem dos Farmacêuticos (OF) promoveu uma sessão de trabalho, no Salão Nobre da OF, que envolveu membros do CQA, dos Conselhos dos Colégios de Especialidade, da Direcção Nacional, o bastonário e especialistas em diver sas áreas do exercício profissional. José Guimarães Morais, presidente do CQA, conduziu a reunião, apresentando as linhas gerais do estruturado modelo de atribuição de competências farmacêuticas e de especialidades baseadas em competências, no âmbito dos trabalhos que têm vindo a ser desenvolvidos por este Conselho. Foram apresentados também conceitos sob a perspectiva da prática farmacêutica, no caso específico da farmácia hospitalar, por António Melo Gouveia, a título de exemplo, bem como a possível articulação com as univer sidades, por Margarida Caramona. Após as apresentações, os participantes foram divididos em grupos para analisarem a informação e enriquecê‑la com a partilha de experiências. Seguiu‑se a apresenta ção e discussão de resultados, bem como os planos para o futuro. Esta sessão realizou‑se no seguimento do trabalho que tem vindo a ser feito pela Direcção Nacional, em colabo ração com o CQA e com os Colégios de Especialidade, para o desenvolvimento de um modelo baseado na atri buição de competências farmacêuticas, quer específicas de cada área profissional, podendo algumas constituir âncoras de especialidades – corporizando assim o mode lo de especialidades baseadas em competências – quer competências transversais a diferentes áreas de inter venção farmacêutica Como princípio geral do modelo de especialidades ba seadas em competências, para se aceder a uma espe cialidade atribuída pela OF tornar‑se‑á necessário obter previamente um conjunto definido de competências farmacêuticas. E para cada competência farmacêutica será instituído um programa específico, incluindo desig nadamente os requisitos necessários para a sua atribui ção pela OF. Naturalmente, este modelo será também aplicado a novas áreas de intervenção farmacêutica e a novas competências. Com efeito, as necessidades da população e a evolução dos sistemas de saúde determi nam que tenhamos que nos envolver e especializar em novas áreas e/ou obter novas competências. Grupo de trabalho concluiu análise Relatório sobre publicidade a actos de saúde entregue à tutela O Grupo de Trabalho (GT) constituído pelo Governo para analisar o regime jurídico aplicável aos actos de publi cidade praticados pelos prestadores de cuidados de saúde cumpriu o propósito da sua criação e entregou o relatório final à tutela. Este grupo, no qual a Ordem dos Farmacêuticos esteve representada por Luís Ma tias, terminou os seus trabalhos no final do prazo de 90 dias definidos no despacho constitutivo. “Não existe um regime jurídico próprio que regule a pu blicidade a actos de saúde, antes se torna necessário fazer um apelo a um conjunto de regras e normas nacio nais e comunitárias e de natureza dispersa, o que não se afigura suficiente na salvaguarda do direito à protec ção da saúde”, pode ler‑se no relatório produzido. A publicidade a medicamentos ficou excluída do âmbito da análise deste GT por constar já de legislação própria, contudo considerou‑se que “deve servir de princípio orientador quando se aborda a questão da publicidade a actividades com impacto em saúde. Esta publicidade encontra‑se sujeita a mecanismos de controlo bem defi nidos e restritos, em função da natureza e tipo dos bens em causa. No âmbito do marketing promocional de me dicamentos, todos os meios estão sujeitos à legislação de controlo ou fiscalização da publicidade, incluindo os canais de comunicação digitais, bem como os meios de comunicação mais convencionais”. O GT defende, por isso, que, apesar da sua natureza restritiva, algumas regras aplicadas no âmbito da publicidade a medica mentos “podem e devem ser extrapoladas para outras actividades com impacto em saúde, como sejam, a tí tulo exemplificativo: a indicação expressa da natureza do serviço ou bem em causa; o nome e a marca; as substâncias presentes na sua composição, quando se afigure pertinente; informações indispensáveis ao uso racional, incluindo indicações e precauções especiais; e aconselhamento ao utente para ler cuidadosamente as informações constantes do acondicionamento secun dário e do folheto informativo”. O relatório termina realçando que, “face à assimetria de informação existente entre os agentes e os consu midores e aos requisitos de validade e qualidade da in formação em causa (adequação, verdade, completude e transparência), poderá ser pertinente ter em considera ção a necessidade de salvaguarda da mediação por par te de uma entidade que garanta o cumprimento destes requisitos”. OF subscreve posição conjunta do CNOP sobre revisões estatutárias Atrasos do Governo prejudicam mais de 300 mil profissionais O Conselho Nacional das Ordens Profissionais (CNOP) denunciou, em carta aberta publicada na imprensa, o silêncio do Governo que, há quase dois anos, atrasa a adaptação dos Estatutos das Ordens Profissionais ao novo regime jurídico de criação, organização e funcio namento das associações públicas profissionais. O novo regime é uma das imposições do Memorando de Entendimento que o Governo de Portugal assinou com o Banco Central Europeu, a Comissão Europeia e o Fundo Monetário Internacional em Maio de 2011. Em causa está a vida profissional de mais de 300 mil profissionais e o cumprimento de uma lei de Janeiro de 2013. O presidente do CNOP, Orlando Monteiro da Silva, refe re que “os atrasos do Governo são inexplicáveis porque foi o próprio Executivo a impor às Ordens que, no espa ço de poucas semanas, adaptassem os seus estatutos para acomodar as alterações do novo regime. Não sem esforço, as Ordens cumpriram o seu papel e há mais de ano e meio que aguardam que o Governo avance com este processo. Este impasse é incompreensível e afecta o normal funcionamento das Ordens porque, em várias matérias, é controverso se normas dos actuais Estatutos devem continuar a ser aplicadas, pois há dú vidas da sua plena conformidade com a lei de Janeiro de 2013”. Orlando Monteiro da Silva revela ainda ter “en viado no início do Verão uma carta ao primeiro‑ministro solicitando a sua interferência e empenho na resolução desta questão, mas não obtivemos qualquer resposta. Embora haja informações de estar concluída e em con dições de ser apresentada ao Parlamento, o Conselho de Ministros tarda em aprovar uma Proposta de Lei de adequação de Estatutos”. Esgotados todos os prazos razoáveis para a obten ção de uma resposta efectiva a esta questão, o CNOP solicitou ao Governo que paute a sua conduta pelo cumprimento da Lei e pelo regular funcionamento das instituições. Conferência comemorativa do 30º aniversário do CIM da OF Farmacêuticos destacam papel dos centros de informação no apoio à prática profissional O Centro de Informação do Medicamento da OF comemorou em 2014 o seu 30º aniversário. Para assinalar a data, realizou‑se no dia 4 de Dezembro, no Hotel Lisboa Plaza, uma Conferência Comemorativa com o objectivo de promover uma reflexão sobre a actividade de Informação de Medicamentos, na qual foi reconhecida a importância dos centros de informação sobre medicamentos no apoio à actividade profissional dos farmacêuticos e de outros profissionais de saúde. A Conferência Comemorativa do 30º aniversário do Centro de Informação do Medicamento (CIM) da Ordem dos Farmacêuticos (OF) teve como propósito não só ce lebrar a data mas também avaliar o serviço prestado pelo CIM, através da perspectiva dos conferencistas, convidados e demais participantes, bem como recolher ideias e propostas para futuras actividades, que cada vez mais vão ao encontro das reais necessidades dos farmacêuticos e, por seu intermédio, das necessidades do doente. Ao longo desta conferência foi analisada a evolução dos centros de informação de medicamentos, as pers pectivas para o futuro, fazendo usufruto das novas tec nologias de informação e comunicação, e debatidas as necessidades dos farmacêuticos nesta área. Durante estes 30 anos, o CIM tem vindo a disponibilizar informa ção independente, avaliada e actualizada, destinada a resolver problemas específicos relacionados com o uso de medicamentos, apoiando os profissionais portugue ses e também os farmacêuticos dos países de língua oficial portuguesa. Este aspecto foi particularmente realçado durante a conferência comemorativa. O bastonário da OF anun ciou, durante a abertura do evento, a intenção de pro mover a utilização e o recurso aos serviços do CIM pelos farmacêuticos dos países africanos de língua ofi cial portuguesa através de um registo no Portal da OF que permitirá aos farmacêuticos dos países de língua portuguesa, que não sejam membros da Ordem, obter acesso aos serviços e à informação veiculada pelo CIM. O bastonário revelou ainda que o Portal da OF passa a dispor de um conjunto de novas funcionalidades re lacionadas com a actividade de informação activa do CIM, como a divulgação de notícias e artigos e a mais recente ferramenta de divulgação do CIM, as e‑Publica ções, que se juntam aos já disponíveis Boletim do CIM A abertura da conferência esteve a cargo do bastonário da OF, Carlos Maurício Barbosa A professora catedrática da FFUC, Margarida Caramona, proferiu a conferência inaugural O segundo painel do evento teve como convidados o director do Departamento de Acção Profissional do CGCOFE, Santiago Cuéllar, e o coordenador do Cadima, António Matas e Ficha Técnica. Na sua intervenção, o bastonário des tacou que “o CIM, ao longo dos anos, tem percorrido o seu caminho, com base em valores como o rigor técnico e científico e a qualidade e independência da informa ção”. Carlos Maurício Barbosa enalteceu ainda a visão de todos os que, nos últimos 30 anos, compreenderam a importância da informação de medicamentos para a classe farmacêutica, impulsionando a criação do CIM, em particular os bastonários Alberto Ralha e Alfredo Albuquerque, que o idealizaram e implementaram, res pectivamente, bem como o bastonário José Aranda da Silva e a directora técnica do CIM, Aurora Simón, que científica. Margarida Caramona considerou que a análi se da evidência científica é fundamental para o desen volvimento de instrumentos e ferramentas de apoio à decisão das autoridades e dos profissionais de saúde acerca dos medicamentos e realçou que o reforço das competências profissionais e a prestação de informa ção de qualidade a outros profissionais, doentes e ci dadãos em geral, como alguns dos futuros desafios da profissão farmacêutica. Em seguida, no painel “Centros de Informação de Me dicamentos – Olhando para o futuro”, moderado pelo bastonário da OF entre 2001 e 2007, José Aranda da O bastonário da OF anunciou a intenção de promover a utilização e o recurso aos serviços do CIM pelos farmacêuticos dos países africanos de língua oficial portuguesa, bem como um conjunto de novas funcionalidades na área do CIM no Portal da OF contribuíram decisivamente para a concretização e afir mação deste projecto. O programa do evento iniciou‑se com uma conferência inaugural da professora catedrática da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra (FFUC), Margari da Caramona, intitulada “Análise da evidência científica na tomada de decisões sobre medicamentos”. Nesta intervenção foi dado destaque à importância das pu blicações científicas e do acesso à informação para a prática profissional e reiterado o papel dos centros de informação sobre medicamentos, enquanto garantia da qualidade, independência e credibilidade da informação Silva, registaram‑se as apresentações do director do Departamento de Acção Profissional do Consejo Gene‑ ral de Colegios Oficiales de Farmacéuticos de España (CGCOFE), Santiago Cuéllar, do coordenador do Centro Andaluz de Documentación e Información de Medica‑ mentos (Cadime), António Matas, e da directora técnica do CIM, Aurora Simón. Estes conferencistas descreve ram a sua vasta experiência nesta actividade e referiram as importantes alterações ocorridas ao longo dos anos na prática da informação de medicamentos, decorrentes da evolução das tecnologias e dos sistemas de saúde. Elucidaram também sobre os aspectos em que deverá No final da conferência realizou‑se uma mesa redonda em que foi possível ouvir os testemunhos de utilizadores dos serviços do CIM assentar futuramente a melhoria do desempenho dos centros de informação, como a gestão eficaz da informa ção, a colaboração entre centros, a interligação entre as actividades de informação passiva e activa, o reforço do papel formativo dos centros e o recurso a ferramentas, como as redes sociais, que permitam aumentar a acessi bilidade aos utilizadores. Durante a tarde, foi apresentada a perspectiva dos utili de informação de medicamentos. Através das experiên cias descritas e dos desafios que se colocam às diversas áreas da profissão, esta Mesa permitiu também recolher ideias e opiniões fundamentais para melhorar e potenciar a função do CIM, como o reforço da proximidade com os utilizadores, a contribuição para o desenvolvimento, pelos alunos de Ciências Farmacêuticas, de competências de pesquisa e de utilização da informação, o maior en Os centros de informação podem e devem, numa perspectiva de futuro, continuar a desempenhar um importante papel na actividade profissional dos farmacêuticos, auxiliando na gestão e utilização do crescente volume de informação disponível zadores sobre a importância da informação para a prática farmacêutica. A Mesa Redonda em torno deste tema foi moderada por Ana Paula Martins, presidente da Mesa da Assembleia Regional de Lisboa da OF e professora da FFUL, e contou com as participações de Helena Marti nho, directora técnica da Farmácia Central de Almeirim, Érica Viegas, coordenadora dos Serviços Farmacêuticos do Hospital de São Francisco Xavier, Mara Guerreiro, professora do Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz, Joana Amaral, farmacêutica hospitalar da Administração Central do Sistema de Saúde, e Francis ca Charrua, farmacêutica consultora na área da saúde e do medicamento. Este debate ofereceu perspectivas variadas acerca da aplicabilidade do trabalho do CIM na prática farmacêutica quotidiana e todas as participantes consideraram importante o recurso ao apoio dos centros foque na prestação da informação activa e a promoção do desenvolvimento profissional e da formação contínua dos farmacêuticos. O encerramento da conferência esteve a cargo da direc tora técnica do CIM e da farmacêutica colaboradora do CIM, Ana Paula Mendes, que apresentaram as conclu sões do evento. De acordo com estas responsáveis, “os centros de informação podem e devem, numa perspec tiva de futuro, continuar a desempenhar um importante papel na actividade profissional dos farmacêuticos, auxi liando na gestão e utilização do crescente volume de in formação disponível”. Para esse efeito, “o CIM pretende estar cada vez mais disponível e próximo dos farmacêu ticos, de modo a dar resposta às reais necessidades de informação dos profissionais, mas também dos doentes e dos cidadãos”. Primeira Sessão de Discussão sobre a campanha desenvolvida pela OF Uso do medicamento é responsabilidade de todos os agentes A Secção Regional de Lisboa, no âmbito da campanha de consciencialização promovida pela OF sobre o uso responsável do medicamento, promoveu a realização, no dia 4 de Dezembro, no Hotel Vila Galé Ópera, em Lisboa, da primeira sessão de discussão sobre o tema da campanha: “Uso do Medicamento — Somos Todos Responsáveis”. A campanha pública desenvolvida pela OF apela ao envolvimento de todos os agentes no uso responsável do medicamento Esta iniciativa contou com a participação de representan tes do poder político, dos profissionais de saúde – farma cêuticos, médicos e enfermeiros –, dos doentes e con sumidores e todos reconheceram as suas responsabili dades na promoção do uso correcto dos medicamentos. A prelecção inicial desta sessão, que serviu de mote para o debate que lhe sucedeu, esteve a cargo de Thony Björk, vice‑presidente da Federação Internacio nal Farmacêutica (FIP), entidade que apoia a campanha desenvolvida pela OF. A temática do uso responsável do medicamento foi posteriormente debatida, com a moderação da jorna lista Fernanda Freitas, pelo deputado Nuno Reis, pelo bastonário da OF, Carlos Maurício Barbosa, pelo presi dente da Secção Regional do Sul da Ordem dos Médi cos, Jaime Teixeira Mendes, pelo presidente da Secção Regional do Sul da Ordem dos Enfermeiros, Alexandre Tomás, e pelo representante da Plataforma Saúde em Diálogo, Mário Beja Santos. Durante a sessão todos os intervenientes reconhece ram a importância da colaboração multidisciplinar na Os intervenientes reconheceram a importância da colaboração multidisciplinar na promoção do uso responsável do medicamento consciencialização da população para o uso responsá vel do medicamento, valorizando o slogan da campa nha “Somos Todos Responsáveis”. Foram discutidas algumas oportunidades de melhoria no uso do medi camento, entre as quais, a monitorização da adesão à terapêutica pelos profissionais de saúde, utilização do medicamento no tempo certo, a optimização do uso dos antibióticos e a diminuição de erros de medicação através da integração dos profissionais de saúde no acompanhamento ao utente. Livro biográfico “Uma Vida, Uma Luta” Odette Ferreira foi homenageada O auditório da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa foi palco, no dia 4 de Dezembro, de uma sessão de homenagem à professora e investigadora Maria Odette Santos‑Ferreira, referência incontornável da profissão farmacêutica e do País, que, na década de 80, alcançou o reconhecimento internacional por ter descoberto e caracterizado os primeiros casos de infecção pelo VIH do tipo 2. Além de Odette Santos‑Ferreira, usaram da palavra o ministro da Saúde, a deputada Maria Belém Roseira, a directora da FFUL e o presidente da AEFFUL Foram várias as personalidades que fizeram questão de marcar presença na homenagem à professora dou tora Odette Santos‑Ferreira, organizada pela Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa (FFUL). Durante esta cerimónia, que contou com a presença da primeira ‑dama, Maria Cavaco Silva, do ministro da Saúde, Paulo Macedo, e do bastonário da Ordem dos Farmacêuticos (OF), Carlos Maurício Barbosa, e também de deputa dos, membros e ex‑membros do Governo, altos dirigen tes das principais estruturas e organizações da área da Saúde e docentes, colaboradores e alunos da FFUL, foi efectuado o lançamento do livro biográfico “Uma Vida, Uma Luta”, que foi apresentado pela deputada Maria de Belém Roseira e cuja publicação contou com o apoio da OF, entre outras entidades. A abertura da sessão esteve a cargo da directora da FFUL, Matilde Castro, que recordou o percurso académi co e profissional de Odette Ferreira, que colocou Portu gal no mapa mundial da investigação sobre o VIH/sida. Seguidamente, o presidente da Associação dos Estu dantes da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa, Francisco Pires, testemunhou o apreço, reconhe cimento e admiração que os estudantes da FFUL nu trem por uma das suas mais emblemáticas professoras. Maria de Belém Roseira deu, em seguida, início à apre sentação da obra, da autoria da jornalista Sandra Nobre e editada pela Sopa de Letras. A ex‑ministra da Saúde, que assina o prefácio do livro, relatou alguns episódios das suas relações pessoais e profissionais com Odette Ferreira e revelou alguns pormenores sobre o conteúdo do livro, adiantando, por exemplo, que se trata de uma obra que descreve “o outro lado da vida da professora Odette” e, muito especialmente, “a sua vida pessoal e vivências privadas, até agora desconhecidas do grande público”. Visivelmente sensibilizada pela homenagem prestada, Odette Santos‑Ferreira agradeceu aos promotores da iniciativa e a todos com quem tem privado ao longo da vida, realçando que a realização dos vários projectos em que se envolveu só foi possível com a sua ajuda e apoio. “Com especial gratidão”, Odette Santos‑Ferreira dirigiu uma palavra à OF, “na pessoa do nosso bastonário, por tanto que se empenhou na publicação do livro e nesta cerimónia, pelo carinho que colocou neste projecto”. A sessão de homenagem contou com a participação de ilustres personalidades O ministro da Saúde, Paulo Macedo, também fez ques tão de estar presente na homenagem a “uma das mais relevantes personalidades da investigação biomédica em Portugal”. O governante destacou o seu apreço e o respeito pela homenageada, realçando que “a sua obra constitui um legado para todos nós”. Paulo Macedo sublinhou também na sua intervenção a sensibilidade que a investigadora sempre demonstrou para atender às necessidades e a disponibilidade para ajudar o pró ximo. No final da sua intervenção, o ministro da Saúde entregou a Odette Ferreira a medalha comemorativa dos 35 anos do Serviço Nacional de Saúde e enalte ceu também o facto de o seu trabalho ser reconhecido quer pelos seus pares, quer pela academia e quer pelos outros profissionais de saúde, num consenso que só é possível pelos seus relevantes contributos prestados ao País. Além do mérito na investigação e descoberta do VIH tipo 2, que teve um impacto decisivo na epidemiologia e no diagnóstico da infecção pelo VIH, Odette Santos ‑Ferreira distinguiu‑se também pela sua acção a nível pedagógico e cívico, nomeadamente através da criação e animação de estruturas de difusão de conhecimen tos e de apoio a doentes com infecção pelo VIH/sida. Durante oito anos, entre 1992 e 2000, assumiu a coor denação da Comissão Nacional de Luta Contra a Sida, por nomeação do então ministro da Saúde, Arlindo de Carvalho, tendo desenvolvido inúmeros projectos com impacto significativo na prevenção e disseminação da doença, entre os quais o programa de troca de serin gas nas farmácias “Diz não a uma seringa em segun da mão”, que teve como finalidade diminuir o risco de transmissão por via endovenosa do VIH/sida e de ou tras doenças transmissíveis (hepatite B e C) entre a po pulação toxicodependente. “Uma Luta, Uma Vida” “Uma Luta, Uma Vida” é o título do livro biográfico de Odette Santos‑Ferreira, cuja edição contou com o apoio da Ordem dos Farmacêuticos. Da autoria da jornalista Sandra Nobre, a obra retrata a riqueza da vida da professora e investigadora, rela tando uma série de histórias, peripécias e memórias resultantes de inúmeras conversas e de testemunhos de amigos. O livro convida os leitores a conhecerem a vida singular de uma das principais referências da pro fissão farmacêutica em Portugal e um dos nomes mais relevantes da investigação sobre o VIH/sida em todo o mundo. Bastonário assistiu à última aula da professora de Química Farmacêutica Maria Luísa de Sá e Melo proferiu lição de jubilação O Auditório Caetano de Santo António, na Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra (FFUC), foi pequeno para acolher todos quantos fizeram questão de assistir à última aula da professora catedrática de Química Farmacêutica, Maria Luísa de Sá e Melo. A lição de jubilação realizada no dia 17 de Dezembro, que intitulou “Sonhos de uma Vida – o tempo e as circunstâncias”, contou com a presença do bastonário da Ordem dos Farmacêuticos (OF). Maria Luísa Campeão Fernandes Vaz de Sá e Melo foi a primeira professora de Química Farmacêutica em Coimbra e foi uma das principais impulsionadoras da criação do Grupo de Química Terapêutica da Sociedade Portuguesa de Química, e a primeira presidente deste Grupo. Concretizou a integração do grupo português na Federação Europeia de Química Medicinal e preparou a candidatura de Portugal à organização do International Symposium on Medicinal Chemistry, a principal reunião científica europeia da área da Química Medicinal, que decorreu este ano em Lisboa. Enquanto docente, teve também uma importante colaboração na acção de cooperação da OF em Moçambique, visando a formação de farmacêuticos no Instituto Superior de Ciências e Tecnologia de Moçambique (ISCTEM), cuja coordenação do curso de Farmácia foi assumida pelo bastonário Carlos Maurício Barbosa, entre 1997 e 2007. Maria Luísa de Sá e Melo regeu e leccionou durante vários anos a disciplina de Química Maria Luísa de Sá e Melo com dirigentes do Núcleo de Estudantes de Farmácia da Associação Académica de Coimbra Farmacêutica, quer na vertente teórica quer na vertente laboratorial. A par das actividades de ensino e de investigação, teve uma notável dedicação à estrutura organizativa da Faculdade de Farmácia e da Universidade de Coimbra. Integrou a Assembleia de Representantes, a Assembleia da Universidade, o Senado da Universidade, o Conselho Pedagógico, o Conselho Directivo e a Comissão Interuniversitária da Reforma do Ensino Farmacêutico. Ocupou também os cargos de Directora do Laboratório de Química Farmacêutica, Coordenadora Científica do Centro de Estudos Farmacêuticos e presidente do Conselho Científico. Presentemente, coordena o Grupo de Química Medicinal e Descoberta de Fármacos do CNC – Centro de Neurociências e Biologia Celular de Coimbra. Tributo à ex‑bastonária da OF FFUC e Academia Iberoamericana de Farmácia homenagearam Irene Silveira A Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra (FFUC) e a Academia Iberoamericana de Farmácia organizaram no dia 17 de Outubro, na FFUC, um Acto Académico In Memoriam de Irene Silveira, bastonária da OF entre 2007 e 2008, professora catedrática da FFUC e académica numerária da Academia Iberoamericana de Farmácia. Na cerimónia, que se seguiu à lição inaugural de abertu- ra oficial dos cursos de Mestrado e de Doutoramento da FFUC, participaram Alberto Ramos, presidente da Academia Iberoamericana de Farmácia, a presidente da Secção Regional de Coimbra da Ordem dos Farmacêuticos, Ana Cristina Rama, em representação do bastonário, Benito del Castillo, doutor honoris causa pela FFUC, e Fernando Ramos, professor da FFUC, a quem coube recordar a antiga professora da FFUC. Sessão Académica Solene deu as boas‑vindas aos novos membros Rui Santos Ivo eleito membro da Academia de Farmácia Francesa O farmacêutico Rui Santos Ivo, presidente da Administra ção Central do Sistema de Saúde (ACSS), foi eleito mem bro correspondente europeu da Academia de Farmácia Francesa. A eleição, decorrida a 5 de Junho, foi confirma da na Sessão Académica Solene, realizada no dia 17 de Dezembro, na Sala de Actos da Faculdade de Ciências Far macêuticas e Biológicas da Universidade ParisDescartes. A Academia Nacional de Farmácia francesa tem como objectivos trabalhar em prol das ciências e técnicas rela cionadas com os domínios da farmácia, do medicamen to, da indústria farmacêutica, do ensino, da investiga ção científica, de questões jurídicas, éticas e ambientais e da protecção da Saúde Pública. Desenvolve neste contexto um trabalho de aconselhamento junto das instituições públicas, nomeadamente na emissão de pareceres nos diversos domínios da sua competência. RUI SANTOS IVO Presidente da ACSS Revista da Ordem dos Farmacêuticos (ROF): Que signi‑ ficado/importância atribui à sua eleição como membro correspondente da Academia de Farmácia Francesa? Rui Santos Ivo (RSI): A minha eleição como membro correspondente europeu da Academia Nacional de Far mácia francesa tem um significado especial para mim enquanto farmacêutico e com funções e responsabili dades quer na Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa, quer no sector da saúde, actualmente como Presidente do Conselho Diretivo da Administração Cen tral do Sistema de Saúde, I.P.. Tendo na minha carreira profissional mantido um per curso multifacetado e marcadamente europeu, vejo nesta nomeação um reconhecimento desse percurso, muito ligado à regulação do medicamento e à gestão da saúde, mas, simultaneamente coloca‑me uma gran de responsabilidade e novos e interessantes desafios. ROF: Qual será o seu papel enquanto membro corres‑ pondente? RSI: O papel do membro correspondente europeu é o de, em conjunto com os membros efectivos, nacionais e estrangeiros, integrar a Assembleia Geral da Academia Nacional de Farmácia, composta por mais de 300 peritos. Nessa qualidade terei um duplo papel, seja o de con tribuir para as actividades da Academia, levando as ex periências e vivências próprias do meu enquadramento e vivência profissional, seja a de promover a Academia fora do espaço francófono, potenciando sinergias com outras instituições, incluindo as europeias com as quais a Academia se pretende relacionar cada vez mais. ROF: Como decorreu o processo que conduziu à sua eleição? RSI: No início de 2014, fui convidado pela Academia a disponibilizar‑me para apresentar uma candidatura, submetendo o meu currículo, proposto por um sócio da academia, no caso o Dr. Yves Juillet, médico de for mação e já anterior presidente da Academia. A minha eleição ocorreu em sessão plenária de 5 de junho de 2014, tendo sido acolhido formalmente como membro em sessão específica em 17 de dezembro de 2014. ROF: Quais são os principais objetivos da Academia? RSI: A Academia Nacional de Farmácia francesa tem como principais objectivos trabalhar em prol das ciên cias e técnicas relacionadas com os domínios da far mácia, do medicamento, da indústria farmacêutica, do ensino, da investigação científica, de questões jurídicas, éticas, regulamentares e ambientais e da protecção da Saúde Pública. Desenvolve neste contexto um traba lho de aconselhamento junto das instituições públicas, nomeadamente na emissão de pareceres nos diversos domínios da sua competência. Mais informação sobre a Academia Nacional de Farmácia francesa pode ser con sultada em http://acadpharm.org/index.php. 7ª Semana APFH/XVII Simpósio Nacional Farmacêuticos hospitalares aguardam decisão da tutela sobre criação da carreira farmacêutica O evento organizado pela APFH juntou no Centro de Congressos do Estoril mais de uma centena de farmacêuticos hospitalares portugueses Os farmacêuticos hospitalares portugueses estiveram reunidos no Centro de Congressos do Estoril, por ocasião da 7ª Semana APFH ‑ Associação Portuguesa de Farmacêuticos Hospitalares. Na abertura do XVII Simpósio Nacional, subordinado ao tema “Terapêutica: um Fato à Medida ou um Fato Ajustado?”, o bastonário da OF salientou o papel destes profissionais de saúde no seio do Serviço Nacional de Saúde, reiterando também a importância da criação de uma carreira reservada aos farmacêuticos com vínculo à Administração Pública e que garanta um enquadramento específico e uma formação organizada e estruturada. Intervindo na abertura do evento, o dirigente da OF efectuou um ponto de situação sobre o processo de criação da carreira farmacêutica, assunto a que a OF tem vindo a atribuir a maior importância. Conforme re cordou, o Grupo de Trabalho criado pelo Ministério da Saúde para análise do enquadramento da actividade do farmacêutico no SNS entregou em Abril de 2014 ao secretário de Estado da Saúde o relatório final no qual é defendida a criação da carreira farmacêutica. Carlos Maurício Barbosa lembrou também o compromisso assumido publicamente em Setembro passado pelo membro do Governo, durante a sessão solene come morativa do Dia do Farmacêutico, de que o Governo irá encontrar a melhor solução para a carreira dos far macêuticos com vínculo à administração pública, tendo estimado que, no prazo de um ano, seja conhecida a decisão da tutela. O bastonário referiu‑se também às implicações do ac tual regime de incompatibilidades dos membros de co missões, grupos de trabalho, júris e consultores para as áreas do medicamento e do dispositivo médico no âmbito do SNS, nomeadamente no funcionamento de várias estruturas sob a dependência do Ministério de Saúde, como a Comissão Nacional de Farmácia e Tera pêutica e as Comissões de Farmácia e Terapêutica das Administrações Regionais de Saúde. A OF tem vindo a defender a necessidade de revisão deste regime, tendo efectuado várias diligências neste sentido junto do Mi nistério da Saúde, quer por escrito, em cartas enviadas ao ministro e secretário de Estado da Saúde, quer nos encontros com os membros de Governo, deputados e autoridades ligadas ao sector da saúde, a última no passado mês de Outubro, na sequência de uma carta dirigida ao ministro da Saúde pelo presidente da Asso ciação Europeia de Farmacêuticos Hospitalares, dando conta da cessação de funções de um importante mem bro português da sua direcção, como consequência do referido diploma. No final da sua intervenção, o bastonário felicitou a APFH pela organização de mais uma edição do seu Sim pósio Anual e saudou, de um modo especial, a sua pre sidente, Aida Batista. Durante o próximo ano, realizam ‑se eleições antecipadas para os órgãos sociais da as sociação e a actual presidente já manifestou intenção de não se recandidatar devido, exactamente, ao regime de incompatibilidades. Neste seguimento, o bastonário elogiou o trabalho desenvolvido pela actual presidente à frente da associação e enalteceu o papel da APFH na promoção da Farmácia Hospitalar. O Simpósio prosseguiu com a realização de várias ses sões plenárias, simpósios satélites e workshops, entre as quais uma sessão intitulada “Evidência em Farmá cia Hospitalar”, na qual interveio, em representação do bastonário da OF, a presidente da Secção Regional de Coimbra da OF, Ana Cristina Rama, com uma apresenta O bastonário da OF elogiou o trabalho desenvolvido pela direcção da APFH na defesa da actividade dos farmacêuticos hospitalares ção intitulada “O conhecimento como pilar estratégico para a evolução da Farmácia Hospitalar”. O evento ter minou no dia 21 de Novembro, com uma sessão solene, na qual o bastonário esteve representado por Armando Alcobia, do Conselho do Colégio de Especialidade de Farmácia Hospitalar. Catarina Oliveira assume presidência da APFH A farmacêutica hospitalar Catarina Oliveira, do Hospital de Vila Franca de Xira, foi eleita presidente da Associa ção Portuguesa de Farmacêuticos Hospitalares (APFH) para o mandato 2014-2018, sucedendo a Aida Batista, que, desde 2008, assumia a liderança da associação. As eleições para os novos órgãos sociais da APFH de correram a 13 de Dezembro, num sufrágio em que fo ram também eleitos os restantes membros da Direcção da associação, bem como da Mesa da Assembleia Geral e do Conselho Fiscal. Licenciada em Ciências Farmacêuticas pelo Instituto Su perior de Ciências da Saúde Egas Moniz, em 2000, Ca tarina Oliveira obteve o título de especialista em Farmá cia Hospitalar da Ordem dos Farmacêuticos em 2008. Em 2012, integrou, pela primeira vez, os órgãos sociais da associação, enquanto membro da Direcção. Do seu percurso profissional fazem também parte passagens pelos Serviços Farmacêuticos do Hospital Distrital de Santarém, Instituto Português de Oncologia de Lisboa, Hospital Amadora‑Sintra e Hospital da Luz. 1º Congresso Nacional da Groquifar Exportações do sector da Distribuição atingiram 500 milhões de euros em 2013 O 1º Congresso da Groquifar juntou profissionais e representantes de empresas que operam na área da Distribuição A Groquifar realizou nos dias 16 e 17 de Outubro, no Hotel Tivoli Oriente, em Lisboa, o seu 1º Congresso Nacional, no qual foram debatidas várias questões relacionadas com as diferentes áreas de distribuição abrangidas pela associação – farmacêutica, veterinária, química, agroquímica e controlo de pragas. Durante o evento foi apresentado um estudo que reflecte a evolução negativa do volume de negócio e dos resultados das empresas do sector, bem como do número de funcionários, e o crescimento das exportações, que, em 2013, atingiram 500 milhões de euros. Sob o tema “A Distribuição Química e Farmacêutica ‑ Presente e Futuro”, o 1º Congresso Nacional da Groqui far ‑ Associação de Grossitas de Produtos Químicos e Farmacêuticos, reuniu em Lisboa mais de uma centena de profissionais e representantes de empresas que ope ram no sector da Distribuição Farmacêutica e Química. Na abertura do evento, em que participaram o secre tário de Estado adjunto e da Economia, Leonardo Ma thias, e o presidente da Groquifar, Vérter Gomes, e em que o bastonário da Ordem dos Farmacêuticos esteve representado pelo vice‑presidente da Secção Regional de Lisboa, Eurico Pais, foi apresentado um estudo rea lizado pela empresa Informa D&B, segundo o qual o sector da Distribuição atingiu 500 milhões de euros em exportações no ano passado, sendo que 36 por cento das empresas da área da Distribuição Farmacêutica e 44 por cento da Distribuição Química são exportado ras. Este trabalho centrou‑se na evolução recente, na situação actual e na caracterização dos vários sectores de actividade representados pela Groquifar, destacando ainda o aumento de 225 por cento nas exportações no sector de controlo de pragas. Em 2013, a activida de das empresas associadas da Groquifar movimentou cerca de oito mil milhões de euros e empregou quase 16 mil funcionários, o que, ainda assim, representa um decréscimo em relação a anos anteriores. O presidente da Divisão Farmacêutica da Groquifar, Dio go Gouveia, defendeu a necessidade de uma maior ar ticulação entre o sector da Distribuição e o sistema de saúde, pois, no seu entender, “as empresas que operam na Distribuição Farmacêutica, nomeadamente de medi camentos, são empresas altamente especializadas, de elevada capacidade tecnológica e robotização, o que per mite níveis de serviço e eficiência bastante elevados”. Na sua opinião, esta articulação pode “potenciar e racionali zar bastante o processo associado à logística hospitalar, de centros de saúde, lares e misericórdias”. A título de exemplo, o responsável da Groquifar revelou que seria possível proceder à passagem de alguns medicamentos de dispensa exclusiva em ambiente hospitalar para o am bulatório. “Portugal tem uma boa rede de farmácias com a presença profissional do farmacêutico e fará sentido a passagem de alguns medicamentos para este canal, por forma a melhorar a acessibilidade dos doentes aos medicamentos e a sua utilização”, defendeu Diogo Gou veia, sublinhando, contudo, que “esta medida terá que ser estudada e enquadrada com todos os parceiros e organismos reguladores, assegurando os níveis de segu rança e integração de dados necessários”. Durante o evento, houve oportunidade para ouvir a opinião dos parceiros do sector sobre o panorama actual da Distribuição Farmacêutica O congresso envolveu também a realização de sessões paralelas dedicadas aos vários sectores de actividade da Groquifar e um painel de debate sobre o início do novo ciclo (2014‑2020) de aplicação dos fundos euro peus estruturais e de investimento, tendo a este pro pósito sido analisadas as várias formas de reforçar a competitividade e acrescentar valor na distribuição, a excelência na gestão, os meios de financiamento, a fis calidade verde e o novo Quadro de Referência Estraté gico Nacional (QREN ‑ Portugal 2020). Na sessão de encerramento, presidida pelo presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), João Vieira Lopes, foram apresentadas as conclusões do congresso pelo presidente da Groquifar, Vérter Gomes. Bastonário recebeu direcção da Divisão Farmacêutica da Groquifar O bastonário da Ordem dos Farmacêuticos (OF) recebeu no dia 6 de Novembro, na sede da OF, em Lisboa, a direc ção da Divisão Farmacêutica da Groquifar – Associação de Grossitas de Produtos Químicos e Farmacêuticos, nas pessoas do seu presidente, Diogo Gouveia, que repre senta a cooperativa de distribuição farmacêutica Udifar, e do vogal da direcção, Nuno Vasco Lopes, em represen tação da Alliance Healthcare. A nova direcção da Divisão Farmacêutica, no cargo desde Março de 2014, é ainda composta, enquanto vogais, pelos representantes das empresas Cooprofar, OCP Portugal e Plural. Durante a reunião foi manifestado o desejo de estreitar as relações entre as duas instituições e apresentado o plano de actividades da Divisão Farmacêutica da Gro quifar para o próximo ano, bem como os projectos a de senvolver. Um dos temas abordados no encontro disse respeito ao protocolo assinado entre a OF, a Groquifar, a Associação Portuguesa de Jovens Farmacêuticos e a O bastonário e os dirigentes da Groquifar analisaram a evolução do sector da Distribuição Grossista Associação Portuguesa de Estudantes de veio permitir a criação de um programa de estágios em empresas ligadas à distribuição grossista. O bastonário encerrou os trabalhos do XXI Encontro da APAC XXI Encontro Científico APAC apresentou novas Normas para o Laboratório Clínico A APAC realizou nos dias 10 e 11 de Outubro, no Sana Malhoa Hotel, em Lisboa, o seu XXI Encontro Científico, sob o tema “Pontes para o Futuro”. Ao longo do evento, foram abordadas várias matérias relacionadas com o exercício profissional dos farmacêuticos analistas clínicos, bem como alguns aspectos políticos e organizativos do sector. No Encontro foram apresentadas a Plataforma de Gestão Documental “eResults” e as novas Normas para o Laboratório Clínico, elaboradas em conjunto com a OF. Com a participação de mais de 200 profissionais do sector das Análises Clínicas, o XXI Encontro Científi co da Associação Portuguesa de Analistas Clínicos (APAC) potenciou um profícuo debate sobre a activi dade dos laboratórios de análises clínicas portugue ses e, muito particularmente, sobre os constrangi mentos económicos que afectam o sector, conforme realçou o presidente associação, Jorge Nunes de Oli veira. “Os tempos que atravessamos, num ambiente de constrangimento económico, as dificuldades e os problemas que temos de enfrentar desafiam‑nos a procurar novas oportunidades. No meio de interesses, por vezes contraditórios, acreditamos que este sector de enorme importância e imprescindível na prestação de cuidados de saúde saberá responder e correspon der às necessidades dos cidadãos e do sistema de saúde, continuando a ser uma das áreas em grande desenvolvimento na Medicina”, disse o responsável da APAC. O programa do Encontro debruçou‑se sobre vários as pectos da organização e política do sector, que têm um forte impacto na prestação de serviços de saúde e temas técnico‑científicos de interesse para a activi dade actual com valor acrescentado para os serviços de saúde prestados pelos laboratórios. No primeiro dia de trabalhos, foram apresentadas publicamente as novas Normas para o Laboratório Clínico, elabo radas conjuntamente pela APAC e pela Ordem dos Farmacêuticos (OF). Esta revisão representa um novo avanço no processo da Dupla Certificação, que, des de 2000, tem constituído um exemplo em matéria de implementação de Sistemas de Gestão da Qualidade no nosso País, com um interesse reconhecido pelos profissionais do sector e pelos laboratórios e um con tributo enorme para a segurança dos doentes. A apre sentação deste trabalho esteve a cargo de Jorge de Sá Peliteiro, tendo sido comentada por um conjunto de convidados, entre os quais a directora nacional da OF, Ana Teresa Barreto. Ainda durante o primeiro dia do evento, foi também apresentada a Plataforma de Gestão Documental “eRe sults”, desenvolvida pela Glintt, que a APAC colocará à disposição dos laboratórios de análises clinicas, ana tomia patológica e operadores da área da imagiologia, bem como ao serviço do Ministério da Saúde e dos cidadãos. De acordo com o presidente da associação, trata‑se de “uma mais‑valia que, respeitando a confi dencialidade e princípios éticos e legais, será capaz de tornar a prestação de serviços de saúde mais eficaz e com menos desperdício de recursos”. O programa do segundo dia do Encontro teve um cariz eminentemente técnico e científico, tendo‑se registado apresentações sobre temas como o papel dos laborató rios de análises clínicas no acompanhamento do idoso, a colheita de produtos biológicos em Microbiologia, as infecções urinárias, respiratórias e fúngicas, bem como as infecções associadas aos cuidados de saúde, o futu ro regulamento europeu dos dispositivos médicos de diagnóstico in vitro e os biomarcadores da neurodege nerescência e as novas estratégias de diagnóstico da infecção por VIH. O bastonário da OF com elementos da direcção da APAC Presente na sessão de encerramento do evento, na qual também participaram o presidente da APAC e o presidente da Associação Portuguesa de Médicos Pa tologistas (APOMEPA), Fernando Alves, o bastonário da OF, Carlos Maurício Barbosa, elogiou o trabalho que a APAC tem vindo a realizar na defesa dos laboratórios de análises clínicas e em prol do desenvolvimento do sector e, por conseguinte, da profissão farmacêutica. No final do evento, a APAC prestou ainda homenagem a três personalidades cuja intervenção foi determinante para a fundação da associação: Henrique Santos Silva, Joaquim Chaves, que se fez representar pelo filho, e Norberto Barreira. OF e APAC organizam formações na área da Qualidade A Ordem dos Farmacêuticos (OF) e a Associação Por tuguesa de Analistas Clínicos (APAC) acordaram a or ganização, de forma descentralizada e em parceria, de acções de formação dirigidas aos profissionais do sec tor sobre a dupla certificação pelas normas ISO 9001 e Normas para o Laboratório Clínico (NLC). No final de 2014 foi aprovada a revisão das NLC, a que se atribuiu a designação NLC:2015. É também do co nhecimento público a revisão da norma ISO 9001 que se encontra actualmente na fase DIS (Draft Internatio nal Standard), prevendo‑se a sua publicação em Setem bro de 2015 (ISO 9001:2015). O período de transição previsto para a ISO 9001 é de três anos a contar da data de publicação e os certifica dos ISO 9001:2008 deixarão de ser válidos a partir de Setembro de 2018. O mesmo sucederá relativamente às NLC actualmente em vigor, que terão de acompa nhar, no âmbito da dupla certificação, o mesmo timing. É, por isso, recomendável que os laboratórios certifica dos por estes normativos empreendam acções no sen tido de identificar as alterações, desenvolver um plano de implementação, formar e consciencializar todos os seus colaboradores e actualizar o seu sistema de ges tão da qualidade. As acções de formação organizadas pela OF e APAC vi sam assim permitir aos responsáveis pelos laboratórios e dos seus sistemas da qualidade identificarem as alte rações que devem ser integradas no sistema de gestão da qualidade, de modo a que o processo de transição seja adequado e realizado atempadamente . Evento decorreu em Évora Bastonário participou no Encontro de Acompanhamento Farmacoterapêutico O bastonário da OF participou no VIII Encontro de Acompanhamento Farmacoterapêutico, que decorreu nos dias 7 e 8 de Novembro, no Évora Hotel. Sob o tema “Contributos do Farmacêutico para a Sustentabilidade Económica do Sistema de Saúde”, os participantes procuraram demonstrar que o acompanhamento farmacoterapêutico pode poupar recursos ao SNS e contribuir para a sustentabilidade económica das farmácias. Nesta oitava edição do Encontro foram apresentados casos práticos de acompanhamento farmacêutico quer nos hospitais, quer em ambulatório Na abertura do evento, em que estiveram também pre sentes o presidente da Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo, o presidente da Comissão de Farmá cia e Terapêutica da ARS‑Alentejo e um representante da Câmara Municipal de Évora, o bastonário da Ordem dos Farmacêuticos (OF), Carlos Maurício Barbosa, realçou a importância do evento, “que há muitos anos tem vindo a cultivar a interacção entre farmacêuticos, médicos e ou tros profissionais de saúde e que tem feito um importante trabalho na área dos cuidados farmacêuticos e do segui mento farmacoterapêutico”. O bastonário felicitou a orga nização, referindo que o evento já faz parte do calendário farmacêutico português e que o trabalho realizado na área do acompanhamento farmacoterapêutico tem um grande valor para a profissão e para a sociedade pelos ganhos em saúde que proporciona, quer em termos clínicos, quer em termos económicos, quer ainda em termos humanos. Exemplos disso são o conjunto de serviços que foram apresentados no primeiro dia de trabalhos, como a mo nitorização de fármacos de estreita margem terapêutica em Farmácia Hospitalar – amicacina e vancomicina –, onde o limiar entre o efeito subterapêutico e a toxicidade é té nue, implicando, quer num caso quer noutro, o desperdí cio de recursos. Neste domínio, foi também evidenciada a importância da intervenção do farmacêutico hospitalar na reconciliação terapêutica e a posterior comunicação com o farmacêutico comunitário, que vai acompanhar o doen te após a alta médica, no sentido de minimizar erros de medicação. Durante este período, foram ainda apresen tados vários casos de cessação tabágica efectuados na farmácia comunitária e um estudo visando a elaboração de um guia de boas práticas para apoio na visita domici liária a idosos isolados e polimedicados. O período da tarde abriu com a conferência “Contributo para a Avaliação da Mais‑valia Económica do Acompa nhamento Farmacoterapêutico”, na qual foram apresen tados os dados clínicos de seis anos de prestação des te serviço em outsourcing. Face ao custo associado à ocorrência de um AVC em Portugal, estima‑se que tenha contribuído para uma redução de custos superior 2.210 euros por doente e por ano. Entrando em linha de conta com o custo das consultas, o retorno anual ascenderá a, pelo menos, 2.000 euros por doente, o que significa uma poupança mínima de 12 euros para o Serviço Nacional de Saúde (SNS) por cada euro investido no acompanha mento farmacoterapêutico. A fechar o primeiro dia de trabalhos, discutiu‑se o contri buto da actividade farmacêutica para a sustentabilidade económica do sistema de saúde. Considerando que o mercado das farmácias comunitárias apresenta caracte rísticas particulares, na medida em que estas não con trolam o preço dos medicamentos nem a procura, a sua capacidade para se ajustarem a alterações no contexto em que operam é bastante limitada. Como tal, será neces sário procurar novos modelos de remuneração que sejam menos dependentes do preço dos medicamentos e que englobem também outros actos farmacêuticos indepen dentes da dispensa de medicamentos. Esta é, aliás, uma tendência que se tem verificado a nível europeu sendo os chamados “círculos de qualidade” existentes na Suíça, um exemplo potencialmente ajustado à realidade portuguesa. O segundo dia de trabalhos iniciou‑se com um debate sobre o contributo do acompanhamento farmacotera pêutico para a sustentabilidade económica da farmácia comunitária, num painel que foi moderado pelo basto nário da OF. Neste âmbito, foi apresentado um trabalho que evidenciou que a implementação do serviço resultou num retorno económico de cerca de 17 euros por doente e por mês. Seguiu‑se o painel de actualização em farmacoterapia, no qual foram abordados a intervenção do farmacêutico na diabetes e na dor. No caso da diabetes, abordou‑se, sobretudo, a necessidade de racionalizar as prescrições como forma de poupança de recursos económicos. Se gundo um estudo recente do Infarmed, comparativamen te com outros países europeus, Portugal tem uma utili zação de armas terapêuticas mais dispendiosas (como é o caso dos inibidores da DPP‑4), à qual não parece cor responder uma melhoria clínica quando comparado com outros padrões de prescrição. Relativamente à dor, em que as terapêuticas disponíveis não apresentam signi ficativa inovação, o objectivo centrou‑se na capacitação dos farmacêuticos para conhecer e aplicar as principais O serviço de acompanhamento farmacoterapêutico constitui um modelo de remuneração da farmácia que se demarca do preço do medicamento e a afirma como entidade prestadora de cuidados de saúde medidas analgésicas, para acompanhar o doente com dor e para avaliar a resposta à terapêutica analgésica. Em conclusão, esta oitava edição do Encontro de Acom panhamento Farmacoterapêutico sublinhou a mais‑valia clínica do farmacêutico e avançou com dados inovadores sobre a mais‑valia económica, lançando a discussão que se impõe no seio dos profissionais para realçar a relevân cia também económica da actividade farmacêutica para a sociedade. Evento potenciou a partilha de experiências ARS‑LVT promoveu encontro entre serviços farmacêuticos dos cuidados primários A Unidade Orgânica de Farmácia da Administração Re gional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARS‑LVT) or ganizou no dia 7 de Novembro, em Cascais, o “Encontro Nacional dos Serviços Farmacêuticos dos Cuidados de Saúde Primários”. O evento possibilitou a partilha de experiências desenvolvidas pelos serviços farmacêuti cos que actuam nos cuidados primários, integrados nas ARS e nas Unidades Locais de Saúde. Com esta iniciativa, a ARS‑LVT realçou o papel dos ser viços farmacêuticos na procura de soluções que visem o uso responsável e racional do medicamento e demais produtos farmacêuticos, optimizando os recursos dis poníveis e afirmando o papel do farmacêutico nos cui dados prestados aos utentes da comunidade. Os painéis de debate afloraram ainda alguns temas que poderão pautar a intervenção dos farmacêuticos no futuro, como a gestão farmacoterapêutica do doente crónico, pela sua posição privilegiada no Serviço Na cional de Saúde, pela facilidade de articulação com os farmacêuticos hospitalares e comunitários e pela proxi midade e relacionamento com os médicos de medicina geral e familiar. Iniciativas assinalaram Dia Europeu do Antibiótico Profissionais de saúde chamados a promover utilização prudente dos antibióticos Antibiotics be responsible Each year, 30 EU/EEA countries report data on antimicrobial resistance to the European Antimicrobial Resistance Surveillance Network (EARS-Net) and on antimicrobial consumption to the European Surveillance of Antimicrobial Consumption network (ESAC-Net). Both networks are hosted at ECDC. The emergence and spread of antibiotic resistance, in other words the ability of bacteria to resist the action of an antibiotic, has become a recognised global problem. Antibiotic resistance severely limits the number of antibiotics available for the treatment of diseases. Antibiotic resistance Resistance occurs naturally and is developed through selective pressure, mutation and gene transfer. Each year, about 25 000 patients die in the EU from an infection caused by these drug-resistant bacteria. Streptococcus pneumoniae Macrolides 8.7 Consequences for hospital patients include delayed administration of appropriate antibiotic therapy, longer length of stay, higher healthcare costs and poor patient outcomes. % Resistance in the nt bacteria t: g-resista leas e multidru s each year of at cost s due to thes Infection in extra healthcare EU result Staphylococcus aureus Escherichia coli Aminopenicillins Meticillin 17.8 % Resistance 57.4 % Enterococcus faecalis Pseudomonas aeruginosa Klebsiella pneumoniae % Resistance 26.5 % Third-generation cephalosporins 21 Resistance Aminoglycosides (high-level) Fluoroquinolones O Dia Europeu do Antibiótico, celebrado a 18 de Novem bro, foi assinalado pela Direcção‑Geral da Saúde (DGS), através da direcção do Programa de Prevenção e Controlo de Infecções e Resistência aos Antimicrobianos (PPCIRA), com a realização de uma sessão comemorativa nacional, no auditório do Infarmed, em Lisboa, na qual o bastonário da Ordem dos Farmacêuticos (OF) esteve representado pelo professor da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa e representante da OF no Conselho Nacional para a Infecção VIH/sida, José Moniz Pereira. A sessão foi dirigida aos profissionais de saúde dos hos pitais, durante a manhã, e aos profissionais de saúde dos cuidados de saúde primários e continuados, na par te da tarde, e teve como objectivo divulgar experiências de boas práticas no país na área de apoio à prescrição de antibióticos. Ao longo do evento foram apresentados exemplos de boa articulação entre as intervenções de prevenção e controlo de infecção com intervenções de regulação do uso de antibióticos e ainda discutidas es tratégias de implementação. Resistance 25.7 % Resistance Os profissionais de saúde foram chamados a divulgar boas práticas no uso de antibióticos na comunidade O contacto diário que os farmacêuticos têm com os doentes constitui um importante instrumento para “influenciar a percepção e as atitudes que estes têm em relação às doenças de que sofrem e ao que consideram ser a sua necessidade de antibióticos”, sublinham o PPCIRA, ECDC e PGEU No âmbito desta efeméride, foi também divulgado o re latório “Portugal ‑ Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos em Números 2014”, segundo o qual Portugal ocupa o 9º lugar na tabela de 30 países europeus com maior consumo de antibióticos e apresenta ainda das mais elevadas taxas de resistên cia antimicrobiana. O documento da DGS revela uma redução global no consumo de antibióticos entre 2012 e 2014, com diminuições de 8 a 12 por cento, depen dendo do tipo de fármaco analisado. No caso específi co de uma das bactérias mais comuns nas unidades de saúde – Staphylococcus aureus –, houve mesmo uma redução de 15 por cento na taxa de resistência entre 2012 e 2014. Ainda assim, o país continua a estar entre os países europeus com maior taxa de resistência aos antibióticos usados para tratamento daquela bactéria. Os dados da DGS para o ambulatório indicam que os distritos com menor consumo global de antibióticos são Castelo Branco, Beja, Faro, Setúbal, Braga e Guarda. No final são reveladas várias recomendações para se rem aplicadas às unidades de saúde em 2015, como a redução da duração média do tratamento ou o aumento de dias livres de antibiótico. Outra das recomendações é a redução da percentagem de doentes que fazem pro filaxia com antibióticos antes de cirurgia. As mensagens‑chave da campanha desenvolvida este ano para assinalar o Dia Europeu do Antibiótico colocaram o enfoque sobre a automedicação com antibióticos e foram concebidas de modo a que os profissionais de saúde dina mizem a divulgação da informação sobre boas práticas no uso de antibióticos na comunidade. Neste âmbito, o direc tor do PPCIRA, José Artur Paiva, o director do Centro Eu ropeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC), Marc Sprenger, e o presidente do Grupo Farmacêutico da União Europeia, Štefan Krchňák, assinaram uma carta conjunta dirigida aos farmacêuticos portugueses na qual apelam à sua colaboração na promoção da utilização adequada dos antibióticos e na informação aos doentes sobre os riscos da automedicação com antibióticos. Estes responsáveis recordam que “na medicina huma na, a maior parte dos antibióticos (80 a 90 por cento) são utilizados no âmbito dos cuidados de saúde primá rios. A automedicação com antibióticos inclui não só a venda de antibióticos sem receita médica como a utili zação sem necessidade de sobras de antibióticos que as pessoas têm em casa”. Neste contexto, consideram que os farmacêuticos desempenham “um papel particu larmente importante, porquanto os antibióticos devem ser prescritos e dispensados de forma responsável e utilizados correctamente”. De acordo com inquéritos recentes, como o Eurobaróme tro, a esmagadora maioria dos doentes europeus com pra antibióticos com receita médica. “No entanto, uma obstinada minoria de doentes continua a obter antibió ticos sem receita médica (3 por cento) ou a recorrer a antibióticos que sobraram de prescrições anteriores (2 por cento). A gravidade do problema varia de país para Portugal ocupa o 9º lugar na tabela de 30 países europeus com maior consumo de antibióticos e apresenta ainda das mais elevadas taxas de resistência antimicrobiana país. É, pois, objectivamente necessário promover a utili zação adequada dos antibióticos junto dos doentes que se deslocam às farmácias em toda a Europa” defendem. “O seu contributo para sensibilizar a opinião pública para uma utilização prudente dos antibióticos é fundamen tal”, pode ainda ler‑se na referida carta, que sublinha o contacto diário que os farmacêuticos têm com os doen tes como um importante instrumento para “influenciar a percepção e as atitudes que estes têm em relação às doenças de que sofrem e ao que consideram ser a sua necessidade de antibióticos”. Para este efeito, o ECDC disponibiliza material informativo diverso, convidando os farmacêuticos a participar nesta campanha e a contribuir para contrariar a tendência alarmante de aumento da re sistência aos antibióticos observado em toda a Europa. Cerimónia oficial de lançamento Governo apresentou Programas Operacionais do Portugal 2020 O Governo apresentou no dia 19 de Dezembro, duran te uma cerimónia realizada no Auditório da Fundação Champalimaud, em Lisboa, em que esteve presente o bastonário da Ordem dos Farmacêuticos, os Programas Operacionais do Portugal 2020, vocacionados para a promoção da competitividade, internacionalização e re vitalização da economia e totalmente orientados para os resultados. O evento contou também com a presen ça de vários membros do Governo e da comissária euro peia para a Política Regional, Corina Creptu. Ao abrigo deste programa, o país vai receber 25 mil mi lhões de euros, tendo sido definidos objectivos temáti cos para estimular o crescimento e a criação de empre go, as intervenções necessárias para os concretizar e as realizações e resultados esperados com esses finan ciamentos. Entre as principais alterações introduzidas pelo Programa Portugal 2020 estão a desburocratiza ção do sistema, ao colocar sob responsabilidade do Es tado a obtenção de informação sobre os envolvidos de forma integrada com a Segurança Social, Direcção Geral dos Impostos e outras estruturas envolvidas e ainda as principais áreas de investimento, como é o caso da internacionalização, do capital humano, da geração de emprego e inclusão social, e da sustentabilidade e efi ciência dos recursos. Ministro da Saúde visitou exposição CHUC inaugurou exposição “Farmácia, a arte milenar de curar” A exposição foi organizada pelos Serviços Farmacêuticos do CHUC O bastonário da OF participou na inauguração da exposição O Centro Hospitalar da Universidade de Coimbra (CHUC) inaugurou no dia 30 de Outubro, a exposição “Farmácia, a arte milenar de curar”, que estará patente ao público, no hall dos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC), até Fevereiro de 2015. A cerimónia de inauguração con tou com a presença do bastonário da Ordem dos Farma cêuticos (OF), que se fez acompanhar pelos membros da Direcção Nacional da OF, João Paulo Cruz, Ema Paulino, António Rocha e Costa e Ana Cristina Rama. Esta exposição pretende mostrar a intervenção do farma cêutico como especialista do medicamento, integrado nas equipas de saúde e simultaneamente responsável pela prestação de cuidados farmacêuticos directamente ao doente, na cura da doença e na conquista da saúde ao longo dos tempos. A história da farmácia e do medica mento, desde o seu aparecimento, passando pela funda ção das escolas de Farmácia em Lisboa, Porto e Coimbra, até à actualidade, são alguns dos temas abordados nesta exposição. Além destes, são também abordadas as áreas da investigação e desenvolvimento, indústria farmacêu tica, farmácia hospitalar, farmácia comunitária e controlo analítico. Os visitantes são levados numa viagem através dos tempos, onde as imagens, os textos e as obras re presentadas permitem saber mais sobre a “evolução da farmácia e da profissão, do seu posicionamento no mun do da ciência e da investigação, bem como o seu papel actual”, segundo salienta a organização. A 16 de Dezembro, no âmbito de uma visita ao CHUC, o ministro da Saúde, Paulo Macedo visitou a exposição, acompanhado pelo bastonário da OF. O director dos Serviços Farmacêuticos do CHUC, José Feio, apresentou a exposição ao ministro da Saúde Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra Ministro inaugurou novo laboratório central O ministro da Saúde inaugurou o novo Laboratório Cen tral do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), “o maior e mais completo laboratório do Servi ço Nacional de Saúde (SNS)”. Na visita do membro do Governo ao CHUC, na qual participou também o basto nário da OF, foi explicado que o novo laboratório resulta da fusão e concentração, nas mesmas instalações, de seis laboratórios de análises que estavam dispersos pelo Centro Hospitalar, onde vários farmacêuticos ana listas clínicos exercem a sua actividade. Esta nova unidade, situada no edifício S. Jerónimo do CHUC é constituída por um núcleo central, onde estão instalados os auto‑analisadores e várias valências di ferenciadas, nomeadamente a microbiologia, hemato logia, imunologia, serologia infecciosa, imunoquímica, citometria de fluxo, assim como biologia molecular, cro matografia e espectrometria de massa, radioimunoen saio e autoimunidade. Além destas, incorpora também os exames de genética, assim como exames do labo ratório de saúde pública da Administração Regional de Saúde do Centro. O investimento em estruturas e na requalificação e redimensionamento do espaço, que está também preparado para a investigação e ensino, O novo laboratório do CHUC aumenta em 50% a capacidade instalada rondou os 500 mil euros. Os responsáveis acreditam que os ganhos de eficiência podem proporcionar uma poupança de dois milhões de euros, prevendo também um aumento de receitas. Primeira edição reproduz obra de 1794 Bluepharma lança colecção “Farmacopeias Portuguesas” A companhia farmacêutica Bluepharma, em cooperação com a Biblioteca Geral da Uni versidade de Coimbra (UC), lançou a colecção “Farmacopeias Portuguesas”, um conjunto de dez edições em facsimile, que serão pu blicadas ao ritmo de uma por ano. A apre sentação da obra decorreu no dia 18 de De zembro, na Biblioteca Joanina da UC, e o bas tonário da Ordem dos Farmacêuticos esteve representado por Odete Isabel, do Conselho de Deontologia Farmacêutica. A organização desta colecção sobre a arte e a técnica de preparar medicamentos está a cargo de João Rui Pita, professor da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra. A primeira edição facsimile da Farmacopeia Portuguesa de 1794 foi escrita pelo professor da UC, Francisco Tavares. “Ao fomentar esta coope ração com a Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra e com a Imprensa da Universida de de Coimbra, esperamos estar a contribuir para a preservação deste acervo histórico e para a divulgação destes referenciais da pro fissão farmacêutica”, disse o presidente do Conselho de Administração da Bluepharma, Paulo Barradas Rebelo. Segundo a Bluepharma, “são os princípios da qualidade, inscritos na farmacopeia, que nos têm permitido chegar a mais de 40 países com medi camentos produzidos em Coimbra. Por outro lado, esta edição é mais uma forma de contribuir tanto para a afir mação de Portugal no mundo na área das Ciências da Saúde, como para o prestígio da profissão farmacêutica”. Partnering for Cure Research Funding 2014 Equipa de investigadores farmacêuticos premiada em concurso europeu O farmacêutico e investigador Pedro Borrego recebeu, no dia 1 de Dezembro, durante o X Congresso Nacio nal de VIH/sida, organizado pela Associação Portugue sa para o Estudo Clínico da Sida, o prémio Partnering for Cure Research Funding 2014, no valor de 100 mil euros, pelo trabalho intitulado “Terapia Génica para a Cura da Infecção pelo VIH: utilização de replicões de ARN para actuar contra a entrada e a latência do VIH”. Além de Pedro Borrego, os farmacêuticos Nuno Ta veira e Helena Florindo integram também o grupo de trabalho que desenvolveu esta investigação. Esta investigação destacou‑se pela utilização da te rapia génica no combate à erradicação total do vírus através da implementação de duas novas e comple mentares estratégias ao nível da replicação viral. A primeira actua no sentido de evitar novas replicações virais através da introdução de material genético e consequente expressão de uma proteína que se ligará ao vírus, impedindo que este infecte as células não in fectadas. A segunda estratégia incide na latência viral, onde se prevê a inutilização do ADN viral presente nas células infectadas, através da introdução de material genético nestas células, o que permitirá a expressão de um sistema de edição genómica capaz de provocar O prémio foi entregue no decorrer do X Congresso Nacional de VIH/sida alterações irreversíveis no genoma viral. Desta forma, a produção de novos vírus fica impossibilitada. Segun do explicou o investigador, “este tratamento permite que se controle a infecção do VIH na ausência de me dicação antirretroviral”. PEDRO BORREGO Farmacêutico e investigador Revista da Ordem dos Farmacêuticos (ROF): Expli que‑nos, de forma resumida, em que consiste o tra‑ balho que foi distinguido com o Prémio Partnering for Cure Research Funding 2014. Pedro Borrego (PB): O Partnering for Cure Resear‑ ch Funding 2014 é um programa europeu da Bristol Myers‑Squibb para promover a investigação científica inovadora, financiando estudos desenhados para estu dar e desenvolver estratégias dirigidas para a cura de infecções virais crónicas, nomeadamente a infecção pelo HIV, HCV e HBV. Este estudo pré‑clínico tem como objectivo curar a in fecção pelo VIH através de duas estratégias novas e complementares de terapia genética que neutralizam duas etapas diferentes do ciclo de replicação viral: a entrada em novas células e a latência no interior de cé lulas já infectadas. A entrada nas células será impedida através da expressão de um péptido que se liga às par tículas virais no exterior da célula e impede a sua fusão com a célula alvo. Para actuar nas células com infecção latente, o novo sistema de edição genómica CRISPR/ Cas9 será utilizado para inactivar o genoma proviral, impedindo que novos vírus sejam produzidos. Os dois agentes antivirais (péptido inibidor de fusão e CRISPR/ Cas9) serão veiculados para o interior da célula sob a forma de RNA utilizando nanopartículas. A equipa ven cedora é constituída por mim, pelo Prof. Doutor Nuno Taveira e pela Profª. Doutora Helena Florindo. ROF: Acredita que a cura para o VIH/sida poderá ser uma realidade? A que distância estamos disso? PB: Sim, acredito que seja possível curar a infecção pelo VIH, mas neste momento é impossível projectar um horizonte temporal para atingir esse objectivo na prática clínica diária. A cura para a infecção pelo VIH é um domínio de intensa actividade de investi gação, sobretudo nos últimos 5 anos desde que foi noticiado o caso do “paciente de Berlim”. Após um transplante de medula óssea efectuado em condi ções muito particulares, este indivíduo tem‑se man tido livre de infecção, sendo considerado o primeiro e até agora único caso (potencialmente) curado para a infecção pelo VIH. Mas ainda hoje não se tem a certeza sobre o principal factor que levou a esta cura e infelizmente o mesmo sucesso não tem sido repli cado noutros casos. Sem dúvida que os progressos efectuados são muito significativos e se até há uns anos a cura para o VIH/SIDA era uma hipótese tes tada apenas em laboratório, actualmente existem múltiplos resultados de aplicação clínica nesta área, pelo que, na minha opinião, no futuro conseguiremos atingir esse objectivo. ROF: Quais são os próximos passos desta investiga‑ ção? PB: O estudo foi proposto para 2 anos e no final espe ramos ter demonstrado que as nossas estratégias de terapia genética permitem eliminar o VIH das células. Se formos bem sucedidos pretendemos avançar para estudos subsequentes em modelos animais, um passo indispensável rumo à cura da infecção pelo VIH. ROF: De que forma a sua formação em Ciências Far‑ macêuticas foi importante na investigação e no de‑ senvolvimento deste projecto? PB: Foi decisiva, sem dúvida. Desde que iniciei a minha actividade na investigação científica procurei sempre avaliar o potencial impacto clínico dos resultados que vou obtendo no laboratório. Sendo farmacêutico estou obviamente muito motivado em desenvolver novas soluções terapêuticas e de certa forma vou sempre alimentando o sonho de vir a “descobrir” um fármaco novo. Este estudo foi planeado nesse sentido, mas te mos a perfeita noção que se trata de um desafio enor me. Mas com trabalho e dedicação esperamos ser bem sucedidos. Farmacêutico professor da FFUC e investigador no CNC Luís Pereira de Almeida vai liderar estudo europeu sobre doenças de Parkinson e Machado‑Joseph O professor da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra (FFUC), Luís Pereira de Almeida, investi gador do Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC), vai liderar um novo estudo europeu sobre as doenças de Parkinson e de Machado‑Joseph, assumin do a coordenação de uma equipa portuguesa, cons tituída por duas dezenas de cientistas, e equipas de investigadores da Universidade do Luxemburgo e da Universidade Paris Descartes, anunciou a Universida de de Coimbra. Este novo projecto europeu, intitulado “SynSpread”, foi aprovado pelo programa comunitário “Joint Programme ‑Neurodegenerative Disease Research” (JPND), “a maior iniciativa global de combate às doenças neurodegene rativas”, que tem como objectivo “fomentar a descober ta das causas e tratamentos destas patologias”. Com a duração prevista de três anos e um orçamento global de 750 mil euros, o projecto visa identificar po tenciais alvos terapêuticos nas doenças de Parkinson e Machado‑Joseph e pretende “compreender o papel da migração de proteínas” envolvidas naquelas duas “doenças incuráveis”. “A investigação visa estudar a interacção que a autofa gia (mecanismo de limpeza no interior da célula) esta belece com a secreção de exossomas (vesículas expe lidas pelas células), e como contribuem para a difusão da doença a outras células do cérebro”, explicou Luís Pereira de Almeida, citado pela Lusa. O estudo será realizado em neurónios de doentes com Parkinson e Machado‑Joseph e recorrerá a “técnicas de neuroimagem para mapear o caminho que as pro teínas percorrem no contexto da autofagia e secreção de exossomas no cérebro”, acrescentou. “Os resulta dos desse mapeamento poderão contribuir”, segundo o professor da FFUC, para se prever “a progressão das doenças neurodegenerativas”. Kit para diagnóstico portátil da leishmaniose Prémio Novo Banco Inovação 2014 para projecto da FFUP O projecto inVita Sens, desenvolvido pelo grupo de Doenças Parasitárias do Instituto de Biologia Mole cular e Celular e pela Faculdade de Farmácia da Uni versidade do Porto foi o vencedor da 10ª edição do Concurso Nacional de Inovação promovido pelo Novo Banco (antigo Prémio BES Inovação). Os investiga dores desenvolveram um kit de diagnóstico portátil que, utilizando uma gota de sangue, permite o des piste da leishmaniose. Este método revelou‑se tam bém mais eficaz do que os métodos já existentes no mercado, permitindo reduzir até dez vezes o nú mero de resultados falsos negativos. Este trabalho tem vindo a ser desenvolvido pelos investigadores Célia Amorim, Anabela Cordeiro, Conceição Branco e Alberto Araújo há mais de uma década. Segundo re velaram, os objectivos passam agora por introduzir o kit no mercado veterinário, cujo custo estimado será de dez euros. O projecto recebeu os prémios de melhor projecto a concurso, entre 88 candidatos, no valor de 50 mil euros, e melhor projecto na categoria “Saúde, Ser viços e Tecnologias da Informação e Comunicação”, beneficiando também de outros apoios no valor de 35 mil euros. O trabalho distinguido pela iniciativa do Novo Banco tem vindo a ser desenvolvido há cerca de dez anos na FFUP A cerimónia de entrega dos prémios decorreu no dia 27 de Novembro, na presença do ministro da Econo mia, António Pires de Lima. CÉLIA AMORIM Coordenadora do projecto InVita Sens Revista da Ordem dos Farmacêuticos (ROF): Recorde ‑nos o trabalho desenvolvido ao longo de cerca de 10 anos que culminou agora com a criação do kit para a detecção da leishmaniose. Célia Amorim (CA): Desde há dez anos que o grupo das doenças parasitárias liderado pela professora Anabela Cordeiro tem dedicado a sua investigação ao estudo dos processos de infecção causados por para sitas Leishmania spp., protozoa que afectam cães e humanos. Em paralelo, tem‑se dedicado ao isolamento e identificação de antigénios que potenciam a respos ta imunológica, com o objectivo de criar uma nova vaci na para a leishmaniose. Ao longo destes anos, muitos dos antigénios sem função relevante nos processos estudados foram avaliados como marcadores de diag nóstico. Estes estudos foram realizados por estudan tes de Ciências Farmacêuticas. Verificou‑se que muitos dos marcadores que não originavam uma resposta imunológica forte possuíam excelentes características como marcadores em testes de diagnóstico da mesma doença. Atendendo às excelentes perspectivas, a Fun dação para a Ciência e Tecnologia concedeu uma bolsa de doutoramento a uma colaboradora, cujo plano de trabalhos se centra no refinamento e optimização dos melhores marcadores e combinações. A formulação encontrada é muito promissora face à falta de sensibi lidade e especificidade dos atuais kits de diagnóstico presentes no mercado. Com o objectivo de materializar este projecto com elevado potencial, fui contratada pela professora Anabela Cordeiro, em Dezembro de 2013, para de senvolver um kit de diagnóstico portátil para a refe rida doença. Abracei este projecto, concorremos ao programa COHITEC e o caminho foi‑se abrindo natu ralmente. A participação no programa de empreende dorismo da COHITEC permitiu uma análise mais pro funda sobre o que planeávamos fazer. Identificou‑se o mercado veterinário como principal porta de entra da para o kit, já que as barreiras regulamentares são menos exigentes, permitindo‑nos ganhar experiência para poder alavancar a futura introdução do kit no mercado humano. Em Novembro, fomos distinguidos como os Grandes Vencedores da 10ª edição do Concurso de Inovação Novo Banco, cujo prémio irá permitir a preparação e submissão da patente, bem como a criação de uma empresa centrada na Investigação e Desenvolvimento de kits de diagnóstico. ROF: Quais são as perspectivas para a comerciali‑ zação deste produto e sobre a sua aceitação pelo mercado? CA: Temos contactado diversos médicos veterinários conceituados no mercado nacional e internacional e realizado inquéritos de opinião a nível internacional. O feedback tem sido muito positivo, quer dos médicos veterinários, quer de potenciais distribuidores. Inclu sive, já fomos contactados por uma grande empresa multinacional da área da veterinária. Estamos também a conversar com empresas de capi tal de risco, pois necessitamos de recursos financei ros para a produção do protótipo, realização de es tudos multicêntricos, preparação do dossier técnico para a submissão ao Infarmed e à FDA, que requerem as certificações necessárias. Pretendemos comerciali zar o nosso produto em 2017. ROF: De que forma a sua formação em Ciências Far‑ macêuticas foi importante na investigação e no de‑ senvolvimento deste projecto? CA: A professora Anabela desenvolveu gosto e afini dade pelo ramo da imunologia. Isto repercutiu‑se na realização de um Mestrado em Imunologia e um Dou toramento em Ciências Biomédicas – especialidade de Imunologia. Fiz o meu doutoramento em Ciências Far macêuticas, com especialização em Química Analítica. Durante o doutoramento tive o privilégio de ser orien tada pela professora Conceição Branco Montenegro e pelo professor Alberto Araújo, no desenvolvimento de sensores potenciométricos para matrizes farmacêuti cas e alimentares. Este percurso juntamente com a formação básica em Engenharia proporcionou‑me co nhecimentos importantes para a realização deste pro jecto tão aliciante. Prémio João Cordeiro Aplicação móvel vence primeira edição O projecto DigitalPharma, uma aplicação móvel capaz de revolucionar a relação dos utentes com a sua far mácia, por facilitar o acesso ao medicamento, a ade são à terapêutica e a farmacoviligância, foi o grande vencedor da primeira edição do “Prémio João Cordeiro – Inovação em Farmácia”, uma iniciativa da Associação Nacional das Farmácias (ANF) em homenagem à visão empreendedora do líder histórico da associação, João Cordeiro. Além da DigitalPharma, foi também distinguido, na ca tegoria “Instrumentos de Gestão”, o projecto Evolufar ma, uma solução de comunicação multicanal de origem espanhola que permite às farmácias aproximarem‑se mais da comunidade que servem. A primeira edição do Prémio distinguiu uma aplicação móvel destinada às farmácias Dois projectos farmacêuticos entre os finalistas Douro Skincare recebeu Prémio Douro Empreendedor A empresa Douro Skincare, uma start‑up fundada em 2013 por ex‑alunas da Faculdade de Farmácia da Uni versidade do Porto e que produz cosméticos a partir de derivados do vinho do Porto, foi uma das empresas distinguidas na II edição do Prémio Douro Empreende dor, na categoria “Empresas com menos de dois anos”. A gala de entrega de prémios decorreu na Universida de de Trás‑os‑Montes e Alto Douro (UTAD) no dia 28 de Novembro e contou com a presença do primeiro ‑ministro, Pedro Passos Coelho, e do sociólogo António Barreto, autor do livro recentemente reeditado “Douro – rio, gente e vinho”. O Prémio Douro Empreendedor é uma iniciativa coor denada pela UTAD e pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR‑N), co ‑financiada pelo “ON.2 – O Novo Norte” (Programa Ope A empresa fundada por ex‑alunas da FFUP foi uma das vencedoras racional Regional do Norte) através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, e que conta com o pa trocínio da EDP. MARIANA ANDRADE Fundadora da Douro Skincare Revista da Ordem dos Farmacêuticos (ROF): Qual o sig‑ nificado e a importância da distinção do Prémio Douro Empreendedor, na categoria “empresas com menos de dois anos”? Mariana Andrade: A atribuição de um Prémio é sempre um reconhecimento do nosso trabalho e isso é o mais importante. No caso concreto do Prémio atribuído pela Rede Douro Empreendedor mais ainda, porque valida a pertinência do nosso projeto para a notoriedade e valo rização desta região. Este é um dos desígnios da nossa empresa mas nem sempre a associação de produtos cos méticos ao Douro é reconhecida e encarada como uma oportunidade para rentabilizar o Douro. Por isso ficamos muito motivadas com este prémio. A categoria só poderia ser esta porque de facto a Douro Skincare é uma startup e ainda não fez dois anos. Eu pensava que o primeiro ano fosse o mais difícil mas não. O segundo ano é mais ainda porque para além de continuar a estar tudo por fazer já nos começam a ser exigidas provas de viabilidade que no primeiro ano não se podem exigir. Isto quanto ao significa do do Prémio. Quanto à importância, deve ser realçado o facto de uma série de instituições, empresas, empresários e figuras ligadas ao Douro nos passarem a conhecer, nos integrarem nas suas atividades e nos passarem a consi derar como parceiros. Um caso concreto é a nossa parce ria com a Associação Bagos D´Ouro, por exemplo. Outra parceria que nasceu na Gala de atribuição deste prémio foi com a empresa Douro Memories. Outra vantagem é a divulgação, saíram várias notícias na imprensa e isso é muito importante para quem aparece de novo. ROF: Que perspectivas pode este prémio abrir para o de‑ senvolvimento da empresa? M.A.: Este Prémio dá‑nos credibilidade e esse valor é im portante para vender os produtos no mercado externo. Mas o que mais contribui para o desenvolvimento é a in tegração de uma empresa do Porto no Douro, para além da ligação que os produtos têm pela sua composição, marca e imagem. Objectivamente, esperemos ainda que o Prémio nos abra portas no mercado interno que é o mais difícil para produtos do nosso segmento. Entre os finalistas desta edição esteve também o projec to “W|inove – It´s a Grape Idea”, criado por ex‑alunos da FFUP, através da FARMA|inove ‑ Associação para o Em preendedorismo e Inovação da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto, que propõe a utilização de um mé todo inovador para as análises químicas vinícolas. BRUNO MACEDO, MIGUEL MAIA E LUÍS MAGALHÃES Farmacêuticos, promotores efectivos do projecto W|inove ‑ it’s a grape idea Revista Ordem dos Farmacêuticos (ROF): Em que con‑ siste o projeto apresentado a concurso pela FARMA|i‑ nove no âmbito dos Prémios Douro Empreendedor? Bruno Macedo(BM)/Miguel Maia (MM)/Luís Maga‑ lhães(LM): O Projeto W|inove‑it’s a grape idea! propõe a utilização de uma metodologia automática que permita a modernização das análises físico‑químicas efetuadas no controlo de qualidade da indústria vitivinícola. As téc nicas analíticas utilizadas actualmente pelos produtores apresentam diversas desvantagens, nomeadamente os baixos ritmos de amostragem e o consumo elevado de amostras e reagentes, tornando o processo moroso, caro e com a produção de um grande volume de resíduos. O objectivo deste projeto passa pela implementação da tec nologia SIA‑LOV, do inglês Sequential injection analysis – Lab on Valve como um processo analítico que permita a análise multiparamétria do vinho durante o seu controlo de qualidade. Esta tecnologia tem vindo a ser desenvolvi da nos últimos anos por investigadores do Departamento de Química Analítica da Faculdade de Farmácia da Univer sidade do Porto e tem mostrado resultados surpreenden tes: possibilita a análise dos principais parâmetros do vi nho de forma automatizada, rápida, exacta, com consumo mínimo de amostras e reagentes (na ordem do microlitro), e recorrendo apenas a um único equipamento, de dimen sões reduzidas e portátil. Além disso, como o processo está informatizado, permite o fácil armazenamento de resultados e a avaliação de tendências entre colheitas. Es tes fantásticos resultados dão‑nos garantias de que a sua implementação junto da indústria trará com certeza mais ‑valias no dia‑a‑dia dos produtores e cooperativas. ROF: Qual o significado e a importância de ter sido nomeado como um dos finalistas desta iniciativa? BM/MM/LM: A nomeação deste projecto como finalis ta num concurso constituído por um júri marcadamente do sector vitivinícola e empresarial mostrou que não so mos os únicos a acreditar que a W|inove está no bom caminho. Vamos continuar a melhorar a nossa ideia e a concorrer a diversos concursos de financiamento com o objetivo de angariar o capital que nos possibilite come çar os trabalhos de I&D para a validação da metodologia analítica. ROF: Como surgiu este projeto? BM/MM/LM: A ideia deste projecto partiu da aposta na transferência de tecnologia pela FARMA|inove, com o intuito de colocar no mercado trabalhos de investigação científica desenvolvidos na Faculdade de Farmácia da Uni versidade do Porto e que possam ser aplicados directa mente no sector industrial, contribuindo para a moderni zação e competitividade das empresas. Da proximidade entre a FARMA|inove e o Departamento de Química Ana lítica da FFUP surgiu a ideia de explorar a metodologia SIA‑LOV, que tem vindo a ser desenvolvida neste labora tório nos últimos anos resultando em diversos artigos pu blicados na área da automatização de processos. A equi pa formou‑se de forma natural, e a sua multidisciplinarida de é a chave para o sucesso deste projecto: a W|inove é constituída por dois doutorados em química analítica (um deles farmacêutico), dois farmacêuticos e um enólogo. A partir daqui as coisas foram surgindo, com motivação e muita dedicação e trabalho. Formou‑se uma equipa extre mamente funcional e cujo hobbie é a inovação. Projecto “Prevenir é o Melhor Remédio” da FARMA|inove Estudo integra “Programa Inovar em Saúde” da Fundação Gulbenkian O estudo “Prevalência e Caracterização de Doentes Ido sos Polimedicados da Zona Norte de Portugal”, da As sociação para o Empreendedorismo e Inovação da Fa culdade de Farmácia da Universidade do Porto (FFUP) ‑ FARMA|inove, foi seleccionado para integrar o “Progra ma Inovar em Saúde”, da Fundação Calouste Gulbenkian. Este trabalho faz parte do projecto “Prevenir é o melhor remédio”, da FARMA|inove, e centra‑se no uso do medi camento enquanto preocupação de Saúde Pública, pro movendo o seu uso racional. No estudo distinguido pela Fundação Calouste Gulbenkian pretende‑se avaliar, na re gião Norte, o perfil de uma amostra da população idosa, no que respeita à polimedicação, e, numa fase posterior, a intervenção farmacêutica. O estudo será realizado pe los estudantes estagiários do último ano do Mestrado In tegrado em Ciências Farmacêuticas, que poderão contac tar com os utentes e, assim, adquirir maior experiência. O seu carácter inovador prende‑se com o facto de ser realizado por estudantes estagiários de Ciências Farma cêuticas, por ser inédito na região Norte do país e por envolver também uma importante componente de pro moção da saúde. Desta forma, os futuros farmacêuticos podem adquirir, logo durante a formação académica, hábitos de comunicação e noções sobre formas de lidar com os utentes, bem como estudar a população idosa. O estudo será realizado em três fases: numa fase ini cial será efectuado um diagnóstico e caracterização da população idosa da região Norte; posteriormente será efectuado o tratamento estatístico para perceber a di mensão do problema e serão definidas as estratégias de intervenção a implementar na última fase. O apoio de 5 mil euros da Fundação Calouste Gulbenkian vai permitir acelerar a sua concretização. Actualmente, o estudo decorre com mais de 50 estu dantes de Ciência Farmacêuticas em farmácias da região norte de Portugal. A FARMA|inove é um projecto da autoria de um grupo de estudantes da FFUP, mas que integra também antigos alunos (alumni) da Faculdade e que visa estabelecer pon tes entre os sectores académico, empresarial e social, nas vertentes das Indústrias Farmacêutica, Alimentar, Química e Biológica. ANA SARA GOMES, CRISTINA MOURA E JOANA COSTA Chief Research Officer, Project Coordinator e Chief Communications Officer da FARMA|inove Revista da Ordem dos Farmacêuticos (OF): Como sur‑ giu a possibilidade de realizar um estudo sobre a pre‑ valência e caracterização dos doentes idosos polime‑ dicados na região Norte do país? Ana Sara Gomes (ASG)/ Cristina Moura (CM)/ Joana Costa (JC): O estudo faz parte do projeto “Prevenir é o melhor remédio” da FARMA|inove e centra‑se na utiliza ção do medicamento enquanto preocupação de Saúde Pública, promovendo o seu uso racional dada a sua im portância terapêutica, económica e social. O Farmacêuti co, como Profissional de Saúde em constante contacto direto com a população em geral, tem a capacidade de intervir tendo em vista a obtenção de ganhos em saúde. Assim, o estudo surge com naturalidade dada a necessida de de detetar a utilização menos correcta do medicamen to, de identificar os fatores responsáveis dessa utilização e de avaliar as intervenções necessárias para melhorar a sua utilização junto da população mais idosa. O porquê de ser junto dos mais idosos prende‑se com o facto de a maioria dos indivíduos com mais de 65 anos serem polimedicados, isto é, consumirem 5 ou mais medicamentos simultanea mente e, por vezes, fazendo um uso pouco responsável da medicação que se traduz, na maioria dos casos, no consu mo excessivo de medicamentos e/ou outros produtos para fins medicinais, ou não indicados, ou então na subutilização de outros essenciais para o controlo das doenças. A região Norte é aquela em que, por um lado, estamos sediados, e por outro é a região com mais população do nosso país. Entendemos que este estudo é crucial na medida em que irá detectar e identificar factores responsáveis pela má utilização do medicamento, avaliando também inter venções necessárias para a melhoria da sua utilização. ROF: De que forma este projecto pode ser considera‑ do inovador? ASG/CM/JC: O estudo revela‑se inovador através da possibilidade de contacto de futuros Farmacêuticos com os utentes, adquirindo uma maior experiência e conscien cialização da importância da prevenção e do problema da polimedicação. Como tal, os estudantes estagiários serão os responsáveis pela primeira fase do Projecto, re colhendo informação sobre a amostra da população em estudo, através do preenchimento de inquéritos. O estudo da população idosa, sendo um setor bastante significativo da população, cria hábitos de comunicação, laços e a confiança com o utente. O Farmacêutico é um profissional de Saúde que estabelece contacto directo com o utente, sendo bastante importante esta experiência para a formação e crescimento profissional do futuro farmacêu tico. Este projecto promove a Saúde enquanto bem público e global e contribui para formação dos farmacêuticos es tagiários enquanto profissionais de Saúde de proximidade. ROF: Quais serão os próximos passos deste trabalho e quando é expectável que possam ser divulgados os primeiros resultados? ASG/CM/JC: O Projecto está divido em três fases prin cipais com diferentes objectivos. A Fase I já se apresenta em curso e tem como objectivo o Desenho do estudo e recolha de informação. Neste momento já temos mais de 50 estagiários no terreno para a recolha de informação e esse é um ponto crucial nesta fase para que os resultados sejam proveitosos. A Fase II baseia‑se na elaboração de protocolos de inter venção farmacêutica. Como tal, é necessária pesquisa e revisão bibliográfica sobre temas fulcrais identificados nos resultados da Fase I, assim como conhecimento de guide‑ lines para a elaboração da estrutura dos protocolos. Por último, a Fase III tem como objectivo a implemen tação desses mesmos protocolos junto da população e/ou de profissionais de Saúde, através da gestão de colaboradores e deslocação junto dos utentes alvo. Queremos conhecer a raíz do problema, identificar de que forma o podemos resolver e ir para o terreno. Te mos essa vontade que também nos assiste como uma responsabilidade social. ROF: E de que forma o apoio concedido pela Fundação Calouste Gulbenkian poderá ajudar e acelerar a sua concretização? ASG/CM/JC: O apoio concedido irá acelerar a realização das diversas fases do Projecto. O reconhecimento pela Fundação Calouste Gulbenkian é um alicerce para a con cretização de cada etapa de forma eficiente com o objec tivo de chegada à Fase III com um projecto consolidado e de modo mais acelerado. O facto de termos recebido o total do valor a que nos propusemos, 5.000 euros, e integrar o Programa Inovar em Saúde da Fundação Gulbenkian dá confiança a toda a equipa e mostra que estamos a trilhar um caminho longo, difícil mas nobre e necessário. 8ª edição dos Prémios de Boas Práticas em Saúde Trabalho realizado nos Serviços Farmacêuticos do Hospital de Santa Cruz entre os distinguidos Foram entregues no dia 20 de Novembro os Prémios de Boas Práticas em Saúde, uma iniciativa conjunta da Direcção‑Geral da Saúde, da Administração Central dos Sistema de Saúde e da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Hospitalar, que vai na sua oitava edi ção. A anteceder a cerimónia de divulgação dos premia dos, em que o bastonário da Ordem dos Farmacêuti cos esteve representado por Ana Mirco, da direcção da Secção Regional de Lisboa, foram apresentados alguns dos projectos que submeteram candidaturas. Um dos projectos distinguido com uma Menção Honro sa foi apresentado pela farmacêutica Tânia Laranjeira, do Hospital de Santa Cruz, em Lisboa, intitulado “Moni torização e prevenção da co‑prescrição de sinvastatina em inibidores potentes CYP3A4”. Este trabalho reforça a contra‑indicação da administração concomitante da sinvastatina com qualquer fármaco que seja inibidor po tente da CYP3A4 (inCYP3A4) pelo risco aumentado de reacções adversas medicamentosas. A primeira fase do projecto teve como objectivo avaliar a prevalência, em meio hospitalar, da co‑prescrição de sinvastatina e inCY P3A4. Numa segunda fase, o objectivo foi avaliar a efi cácia da implementação de alertas informáticos de se gurança na diminuição da prevalência da co‑prescrição. TÂNIA LARANJEIRA Farmacêutica do Hospital de Santa Cruz Revista da Ordem dos Farmacêuticos (ROF): O que motivou a realização deste trabalho no Hospital de Santa Cruz sobre a co ‑prescrição de sinvastatina com inibidores potentes da CYP3A4? Tânia Laranjeira (TL): A segurança do doente é uma preocupação crescente e um importante indicador da qualidade dos cuidados prestados a nível hospitalar. Na actualidade, a doença iatrogénica assume‑se como um dos aspectos críticos dos cuidados de saúde. Como sa bemos, a utilização de medicamentos não é isenta de riscos, pois qualquer medicamento tem um potencial de Reacções Adversas associado. As interacções me dicamentosas surgem como uma importante causa de iatrogenia evitável, na medida em que muitas reacções adversas a medicamentos (RAM) são potenciadas por interacções medicamentosas. Dando apoio ao Serviço de Cardiologia decidimos debruçar‑nos sobre o perfil de segurança das estatinas e, mais concretamente, sobre a sinvastatina. Apesar de ser um fármaco geralmente bem tolerado, a sinvastatina apresenta um potencial au mentado de RAM graves, quando administrada conco mitantemente com um inibidor potente do CYP3A4. Por outro lado, trata‑se de um fármaco amplamente utilizado na população, o que permitiu que um maior número de doentes pudesse beneficiar da nossa intervenção. ROF: Qual foi a incidência detectada desta co‑prescrição e que procedimentos foram adoptados para a sua mini‑ mização e/ou para a alteração dos padrões de prescri‑ ção? TL: A co‑prescrição de sinvastatina com um inibidor potente do CYP3A4 foi identificada em 7,1 por cento dos nossos doentes, o que está de acordo com os re sultados publicados por outros centros internacionais. Tratando‑se de uma utilização contra‑indicada, decidimos implementar um sistema informatizado de alertas de se gurança para a co‑prescrição de sinvastatina com inibi dores potentes do CYP3A4, com o objectivo de diminuir a sua incidência. Este sistema adverte para o potencial risco aumentado de reacções adversas associadas à sin vastatina, sempre que este fármaco é prescrito concomi tantemente com um inibidor potente do CYP3A4. Esta estratégia permitiu diminuir significativamente a preva lência desta co‑prescrição no centro hospitalar. Também o período de tempo de co‑prescrição diminuiu com a im plementação do sistema de alertas de segurança. ROF: Qual o papel dos Serviços Farmacêuticos hos‑ pitalares na detecção de situações semelhantes e de que forma podem actuar para minimizar a ocorrên‑ cia de reacções adversas? TL: Todas as prescrições médicas dos doentes interna dos são alvo de validação farmacêutica, previamente à dispensa dos medicamentos. Nesta etapa são identifi cados eventuais problemas relacionados com os medi camentos sendo fundamental o contributo do farma cêutico na optimização dos resultados terapêuticos. As reacções adversas podem limitar o potencial terapêuti co de um fármaco. Neste âmbito, a implementação de sistemas de alertas de segurança que advirtam para o risco aumentado de eventos adversos é uma ferramen ta útil de apoio à decisão médica, na gestão do risco clínico e parece ser uma estratégia eficaz na diminui ção do número de novos casos, aumentando a segu rança do doente. No futuro, gostaríamos de estender este sistema de alertas a outras co‑prescrições contra ‑indicadas. Estudo publicado recente na Revista Portuguesa de Farmacoterapia Revisão da medicação de idosos institucionalizados Um estudo realizado por um grupo de investigadores do Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz (ISCSEM), intitulado “Revisão da Medicação em Idosos Institucionalizados: Aplicação dos Critérios STOPP e START” e publicado na edição de Outubro da Revista Portuguesa de Farmacoterapia, efectuou a revisão da medicação de idosos institucionalizados em lares de ter ceira idade. Dos 1.315 medicamentos analisados, 16,27 por cento foram considerados potencialmente inade quados e 6,84 por cento como potencialmente omissos. Os resultados indicam ainda que mais de 75 por cento dos indivíduos incluídos na amostra tinham entre a sua medicação um ou mais medicamentos potencialmente inadequados e cerca de 43 por cento tinham um ou mais medicamentos potencialmente omissos. Para este trabalho foram convidados a participar qua tro lares de idosos da região de Lisboa e Vale do Tejo e do Alentejo, constituindo‑se uma amostra total de 126 indivíduos (com idade igual ou superior a 65 anos e a utilizar 5 ou mais medicamentos). De acordo com os autores, a utilização destes crité rios STOPP (Screening Tool of Older Person´s Pres‑ criptions) e START (Screening Tool to Alert doctors to Right Treatment) permite identificar uma quantidade considerável de medicamentos potencialmente inade quados (MPI) e medicamentos potencialmente omissos (MPO), “constituindo‑se uma ferramenta que contribui para rever e, em função disso, alterar, se necessário, a terapêutica instituída no idoso”. Nas conclusões deste trabalho pode ler‑se que “o de senvolvimento de competências específicas para o cui dado ao doente geriátrico pelo farmacêutico, poderá ser determinante para oportunidades futuras de inter venção farmacêutica e valorização do seu papel”. Estudo sobre financiamento e contratualização Peritos opõem‑se à transferência de doentes com VIH/sida para os centros de saúde Foram apresentados no dia 28 de Outubro, numa ses são realizada no Auditório do Infarmed em Lisboa, que contou com a presença de João Paulo Cruz, da Direcção Nacional da Ordem dos Farmacêuticos (OF), em repre sentação do bastonário, os resultados do estudo de senvolvido, desde 2011, pela Escola Nacional de Saúde Pública, em colaboração com a Gilead Sciences, desig nado “VIH/sida: Financiamento e Contratualização as sente na Eficiência e Qualidade”. A maioria dos peritos que integrou o painel Delphi, entre os quais o bastoná rio da OF, opõe‑se à transferência dos tratamentos de doentes com VIH para os centros de saúde, mas reco nhece a importância dos cuidados de saúde primários no diagnóstico precoce da doença. O principal objectivo deste estudo foi “compreender se o modelo de financiamento do VIH/sida se adequa às boas práticas definidas para esta área de tratamento”. Para o efeito, foram convidados 295 peritos de dife rentes áreas profissionais, que consideraram (71 por cento) que “não se deve equacionar a transferência dos doentes para o médico de medicina geral e familiar, mesmo com menor complexidade de tratamento”. No entanto, 87,1 por cento dos peritos referiu a impor tância dos cuidados de saúde primários para o diagnós tico precoce, concluindo que “o tratamento é reservado aos hospitais” e que os médicos especialistas têm difi culdade em dar alta para o tratamento nos centros de saúde. Em relação aos indicadores sugeridos para monitori zação do modelo de financiamento, uma larga maioria propôs o tempo desde a infecção e detecção, a adesão à terapêutica e o acesso à inovação. “Em termos da articulação de cuidados é consensual que a reorganização passa por uma liderança clínica for te (74,2 por cento) e pelo abandono de uma lógica de serviços em favor de uma abordagem multidisciplinar (83,9 por cento)”, lê‑se nas conclusões. Uma larga maioria dos peritos (93,5 por cento) refere que “os utentes devem poder saber se estão a ser tratados numa unidade que segue o estado da arte e consideram que deve ser implementado um mecanismo de auditoria ao cumprimento das Normas de Orientação Clínica”. II Encontro Ibero‑americano de Doenças Raras Mário Cruz/Lusa Rainha de Espanha e primeira‑dama de Portugal na sessão de encerramento Letizia Ortiz e Maria Cavaco Silva visitaram a Casa dos Marcos, que é uma iniciativa da Raríssimas A Federação das Doenças Raras de Portugal (FEDRA) e a Alianza Iberoamericana de Enfermedades Poco Fre‑ cuentes (ALIBER) organizaram entre os dias 3 e 7 de Novembro, na Casa dos Marcos, sede da Associação Raríssimas, o II Encontro Ibero‑americano de Doenças Raras, que contou com as participações, na sessão de encerramento, da Rainha de Espanha, Letizia Ortiz, da primeira‑dama de Portugal, Maria Cavaco Silva, e a pre sença do bastonário da Ordem dos Farmacêuticos, entre outras individualidades. Intervindo no encerramento do evento, a Rainha Letizia de Espanha afirmou que a investigação é essencial no combate às doenças raras, salientando que muitas vezes é difícil conseguir o diagnóstico correto que ajude a mitigar os sintomas. “Todos sabem o que é uma enfermidade rara e como afecta quem dela padece e a sua família. Sabe mos que muitas vezes é difícil alcançar o diagnóstico cor reto e ter acesso a tratamentos que ajudem a combater o avanço da doença e a mitigar os sintomas”, disse a Rainha de Espanha, citada pela Lusa. Letizia Ortiz realçou que muitas doenças raras incapacitam os que delas sofrem e levam a desigualdades, em muitos casos de crianças e jovens. “Sabemos o que significa ter uma doença rara, o sofrimento e o seu enorme custo eco nómico, pessoal e emocional. Neste desafio, apenas a in vestigação científica pode fazer com que avancemos, por isso incentivo e apoio, porque a investigação científica é imprescindível e é um dever irrenunciável”, frisou. A Rainha deixou ainda uma palavra de apreço à associação Raríssi mas: “são estas associações que, em primeira instância, acolhem e atendem as famílias que procuram respostas e ajuda. Não nos podemos esquecer que na zona ibero ‑americana existem mais de 35 milhões de pessoas com doenças de baixa prevalência”, concluiu. A primeira‑dama de Portugal, Maria Cavaco Silva, madri nha da Associação Raríssimas, afirmou, por sua vez, que existem em Portugal entre 600 a 800 mil pessoas com doenças raras, referindo que ainda existe muito caminho para “desbravar”. “Para várias doenças raras, ainda que identificadas, a causa permanece desconhecida mas exis tem fatores comuns (...). São incapacitantes, crónicas, de generativas e de intervenção continuada e paliativa, exi gindo um elevado apoio psicossocial, económico e cultural ao doente e à sua família”, defendeu. Maria Cavaco Silva disse que as doenças raras estão a despertar a atenção de investigadores de todo o mundo e elogiou a criação, em breve, de um Centro de Investigação na casa dos Mar cos, que vai ser dirigido pela investigadora Maria do Carmo Fonseca. “Os progressos alcançados em algumas destas doenças incentivam‑nos a não desistir e a unir esforços. Há que partilhar responsabilidade e iniciativas entre as po líticas públicas de cada país, os doentes ou seus represen tantes, profissionais de saúde, investigadores e também empresas farmacêuticas”, disse ainda. GoPharma 2014 Jovens farmacêuticos debateram futuro da profissão A Associação Portuguesa de Jovens Farmacêuticos (APJF) organizou nos dias 17, 18 e 19 de Outubro, na Figueira da Foz, a terceira edição do GoPharma, sob o tema “O Farmacêutico de amanhã”. O evento reuniu jo vens farmacêuticos, estudantes de Ciências Farmacêu ticos e representantes de entidades ligadas ao sector, a fim de realçar exemplos concretos do farmacêutico en quanto mais‑valia na Saúde em Portugal. A presidente da Secção Regional de Lisboa da Ordem dos Farmacêu ticos (OF), Ema Paulino, em representação do bastoná rio, participou numa Mesa Redonda dedicada à “Inova ção da Profissão”. João Paulo Cruz, gestor do medica mento do Centro Hospitalar Lisboa Norte e membro da Direcção Nacional da OF, foi outro dos oradores convi dados do evento, intervindo na Mesa Redonda sobre a “Sustentabilidade do Sector do Medicamento”. O evento proporcionou momentos de confraternização entre os estudantes de Ciências Farmacêuticas de todo o país Dirigentes estudantis efectuaram balanço do mandato Bastonário reuniu com direcção da APEF O bastonário da Ordem dos Farmacêuticos (OF) rece beu, no dia 3 de Dezembro, na sede da OF, em Lisboa, o presidente da Associação Portuguesa de Estudan tes de Farmácia (APEF), Carlos Afonso, num encontro realizado dias antes da tomada de posse dos novos órgãos sociais da associação e em que foi, por isso, efectuado um balanço do último mandato. O dirigente da OF esteve acompanhado nesta reunião pela pre sidente da Secção Regional de Lisboa, Ema Paulino, enquanto o presidente da APEF se fez acompanhar pelos vice‑presidentes para as áreas de Relações Ex ternas e de Relações Internas, Steve Estevão e David Santana, respectivamente. Os representantes dos estudantes de Ciências Farma cêuticas salientaram as iniciativas desenvolvidas pela OF no âmbito da promoção da empregabilidade no sector farmacêutico, nomeadamente o protocolo as sinado em Abril entre a OF, Groquifar ‑ Associação de Grossitas de Produtos Químicos e Farmacêuticos, As sociação Portuguesa de Jovens Farmacêuticos (APJF) e APEF, que permitiu a criação de um programa de es tágios em empresas ligadas à distribuição grossista, e também a importância da criação pela OF da catego ria de membro estudante, que tem vindo a cumprir o O bastonário e o presidente da APEF analisaram as iniciativas desenvolvidas pelas duas instituições objectivo de promover uma aproximação dos futuros farmacêuticos à profissão. Os dirigentes da APEF des tacaram também, entre as várias iniciativas organiza das durante o mandato, as reuniões realizadas com representantes dos diferentes grupos parlamentares e sublinharam os resultados do Student Exchange Program, que colocam Portugal no primeiro lugar des ta actividade de intercâmbio estudantil. Por sua vez, o bastonário felicitou os responsáveis da associação pelos trabalhos desenvolvidos ao longo do mandato que agora termina. I Congresso Nacional Político dos Estudantes de Ciências Farmacêuticas Congresso apelou à intervenção política Uma das últimas iniciativas da anterior direcção da APEF foi a realização do I Congresso Nacional Político dos Estudantes de Ciências Farmacêuticas, nos dias 22 e 23 de Novembro, no auditório da FFUL. Sob o tema “(Re)Visão do Sector Farmacêutico”, foram abordadas ao longo do evento matérias como a formação dos fu turos farmacêuticos, as diferentes áreas profissionais, a valorização do farmacêutico pela sociedade e o envol vimento destes profissionais de saúde na vida política. O bastonário da Ordem dos Farmacêuticos (OF) es teve representado pelo secretário‑geral da OF, Bruno Macedo, no painel intitulado “Farmacêutico no Mundo Político”, no qual participaram também o deputado Ri cardo Baptista Leite, a consultora para os Assuntos de Política da Saúde da Presidência da República, Clara Carneiro, o ex‑presidente da Associação Nacional das Farmácias (ANF), João Cordeiro, e Humberto Alexandre Martins, director para a área profissional da ANF. Durante este painel, foi discutida a relevância do papel interventivo dos farmacêuticos na política, quer a nível parlamentar, quer a nível executivo e de proximidade. Os intervenientes concordaram que, actualmente, é muito difícil ter interlocutores na política parlamentar que consigam falar sobre Saúde na perspectiva dos profissionais de saúde, exemplo disso é o facto de, dos 230 deputados, apenas oito serem da área da Saúde. Este “ranking” é liderado pelos deputados formados em Direito, Economia e Gestão. Foram igualmente partilhadas, durante este painel, al O Congresso contou com a participação de personalidades e representantes de entidades ligadas ao sector gumas experiências, tanto do foro pessoal como do conhecimento geral, do papel activo do farmacêutico a nível político e da sua relação com a população, em função da proximidade. Foi também abordada a neces sidade de interligação entre sectores, designadamente entre a Saúde e a Educação. O deputado Ricardo Ba tista Leite reforçou a necessidade de valorizar o papel do farmacêutico, quer nas equipas multidisciplinares de saúde, quer nas estruturas de decisão. O bastonário da OF esteve também representado pela secretária técnica para o desenvolvimento profissional contínuo, Andreia Bruno, no painel intitulado “Valoriza ção do Farmacêutico”, em que foram abordadas as va lências da profissão e o impacto dos contributos dos farmacêuticos na sociedade. Bastonário da cerimónia de posse Novos órgãos sociais da APEF O bastonário da Ordem dos Farmacêuticos esteve pre sente, no dia 7 de Dezembro, na cerimónia de tomada de posse dos novos órgãos sociais da APEF, realizada no auditório da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto (FFUP). Durante o ano lectivo 2014/2015, a associação será presidida por João Pedro Souto, da FFUP, e terá ainda como vice‑presidentes as estudantes Sofia Raquel Al meida, da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa (FFUL), para a área das Relações Internas, e Re gina Dias, da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra (FFUC), para área das Relações Externas, Joël de Oliveira, da FFUL, na qualidade de tesoureiro, e Diana João Pedro Souto, novo presidente da APEF Jordão, da FFUC, enquanto secretária, completando as sim o elenco directivo da APEF para o próximo mandato. Evento dedicado à genética AEFFUL organizou simposium científico O Simposium Científico organizado pela AEFFUL foi subordinado ao tema “Gen[Ética] – Do Diagnóstico à Terapêutica Personalizada” A Associação dos Estudantes da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa (AEFFUL), através do Gabi nete de Educação e Formação, organizou no dia 13 de Novembro, no Auditório da FFUL, o seu IV Simposium Científico de Saúde, subordinado ao tema “Gen[Ética] – Do Diagnóstico à Terapêutica Personalizada”, no qual foram apresentadas diferentes perspectivas e implica ções sobre os progressos científicos na área da gené tica. O evento contou com a presença de João Paulo Cruz, da Direcção Nacional da OF, em representação do bastonário. Procurando colmatar algumas lacunas relativas à inser ção dos recém‑diplomados em Ciências Farmacêuticas no mercado de trabalho, o Gabinete de Estágios e Saídas Profissionais da AEFFUL organizou, nos dias 23 e 24 de Outubro, a I Feira de Emprego AEFFUL. No primeiro dia foram abordados alguns aspectos teóricos relacionados com o processo de procura de emprego; o segundo dia do evento foi preenchido com a realização de entrevis tas fictícias e apresentações de empresas. A OF esteve representada no evento, através do secretário técnico para a área internacional, Luís Baião, que efectuou uma apresentação sobre o panorama actual e futuro dos far macêuticos em Portugal e no Mundo. Durante o ano de 2014, a AEFFUL comemorou o seu cen tenário, tendo promovido diversas iniciativas para assi nalar esta importante data, algumas das quais contaram com o apoio institucional da Ordem dos Farmacêuticos (OF) ou a presença do bastonário, ou seu representante. Entre as iniciativas realizadas esteve a “Exposição AEF FUL 100 anos. Um sonho de gerações”, inaugurada a 17 de Outubro, no átrio da Faculdade de Farmácia da Uni versidade de Lisboa (FFUL), numa cerimónia que contou com a participação da presidente da Secção Regional de Lisboa, Ema Paulino, em representação do bastonário. Esta mostra visa enaltecer os principais acontecimentos que marcaram a história e mudaram o rumo desta asso ciação de estudantes. Também no âmbito destas comemorações, a CENTAE FFUL ‑ Comissão Organizadora das Comemorações do Centenário da AEFFUL, organizou no dia 15 de Novem bro o Fórum Educativo “100 Anos Depois, Pensamos o Futuro”, no qual foi debatido o plano curricular do Mes trado Integrado em Ciências Farmacêuticas da FFUL e analisadas possíveis alterações, no sentido de o adequar às necessidades do mercado de trabalho farmacêutico. Neste evento, em que o bastonário esteve também re presentado pela presidente da Secção Regional de Lis boa, Ema Paulino, foram ainda apresentados os resulta dos de um questionário realizado junto dos profissionais farmacêuticos sobre o referido plano curricular, cuja divul gação contou com o apoio da OF. Novos órgãos sociais empossados Os novos órgãos sociais da Associação dos Estudantes da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa (AEFFUL) foram empossados no dia 18 de Dezembro para o mandato 2014/2015, numa cerimónia realiza da no Auditório da FFUL em que o bastonário da Or dem dos Farmacêuticos esteve representado pelo vice ‑presidente da Secção Regional de Lisboa, Eurico Pais. Estudantes apresentam ideias para plano curricular do MICF Bastonário reuniu com presidente da AEFFUP O bastonário da Ordem dos Farmacêuticos esteve reu nido no dia 24 de Outubro com o presidente da As sociação de Estudantes da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto (AEFFUP), João do Souto, num encontro em que o representante dos estudantes da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto (FFUP) apresentou um conjunto de ideias para o plano curricu lar do Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas (MICF) leccionado na FFUP, que visam uma aproximação do ensino à realidade actual da profissão farmacêutica. Novos órgãos sociais da AEFFUP A 9 de Dezembro realizaram‑se as eleições para o man dato 2014/2015 dos órgãos sociais da AEFFUP. A as sociação será agora presidida pela estudante do 5º ano do MICF, Luísa Queirós, que juntamente com os res tantes membros da direcção e demais órgãos sociais tomaram posse a 11 de Dezembro, numa cerimónia realizada no auditório da FFUP em que também esteve presente o bastonário da OF. Sarau cultural e congresso científico Bastonário em iniciativas da AEFFUP O bastonário da Ordem dos Farmacêuticos participou, no dia 28 de Outubro, na 13ª edição do Sarau Cultural da AEFFUP, no Teatro Sá da Bandeira, no Porto, e foi repre sentado por Ema Paulino, da Direcção Nacional da OF, na 9ª edição do seu Congresso Científico, realizado a 20 e 21 de Novembro, sob o tema “Toxicomanias e Drogas de Abuso”, que participou na Mesa Redonda com o título “Automedicação e abuso de fármacos”. Candidaturas até 12 de Julho de 2015 Júri: Prof. Doutor Francisco Carvalho Guerra (presidente) Prof. Doutor José Pereira Miguel Prof. Doutor Henrique de Barros Prof.ª Doutora Margarida Caramona Prof.ª Doutora Ana Paula Martins Prof.ª Doutora Patrícia Cavaco Silva Prémio de Investigação Científica Professora Doutora Maria Odette Santos-Ferreira A Direcção Nacional da Ordem dos Farmacêuticos instituiu em 2010 o Prémio de Investigação Científica Professora Doutora Maria Odette Santos-Ferreira, homenageando, deste modo, a ilustre farmacêutica e professora universitária e, ao mesmo tempo, visando promover a investigação científica realizada por farmacêuticos no domínio da saúde pública. Todos os farmacêuticos inscritos na Ordem e com as quotizações regularizadas poderão apresentar a sua candidatura. REGULAMENTO 1. 2. 3. 4. 1. 2. 3. 4. 1. 2. 3. 4. Cláusula 1.ª Do objectivo geral do Prémio Com o propósito de contribuir para a promoção e dinamização da investigação em Saúde Pública por farmacêuticos em Portugal, a Ordem dos Farmacêuticos atribui anualmente um prémio de investigação científica designado por Prémio de Investigação Científica Professora Doutora Maria Odette Santos-Ferreira. Este Prémio visa distinguir em 2015, no período do mandato da Direcção Nacional, o melhor projecto científico desenvolvido por farmacêuticos portugueses na área da Saúde Pública, cujo contributo destaque o papel do farmacêutico na sociedade e a sua valorização naquela área. O Prémio de Investigação Professora Doutora Maria Odette Santos-Ferreira consiste na atribuição de um montante de 10.000 euros aos investigadores do projecto distinguido, na entrega do respectivo diploma em cerimónia pública e na publicação do respectivo resumo pela Ordem dos Farmacêuticos. Caso o júri o delibere, e por aprovação pela Direcção Nacional da Ordem dos Farmacêuticos, poderão ser também atribuídas Menções Honrosas, correspondendo à atribuição de Diploma respectivo. Cláusula 2.ª Da abertura do concurso A atribuição do Prémio de Investigação Científica Professora Doutora Maria Odette Santos-Ferreira terá uma periodicidade trianual coincidindo, preferencialmente, a divulgação da sua atribuição com o Congresso Nacional dos Farmacêuticos. O período de candidatura ao Prémio será divulgado a todos os farmacêuticos portugueses através dos meios de comunicação da Ordem dos Farmacêuticos, nomeadamente da Revista da Ordem dos Farmacêuticos e da Newsletter electrónica. O período para recepção de candidaturas será, no mínimo, de 3 meses, cabendo à Ordem dos Farmacêuticos definir a data final deste processo. Será elaborado um processo de entrada e registo no qual constará a identificação dos candidatos, o título completo dos trabalhos e a data de entrega dos mesmos. Cláusula 3.ª Da formalização das candidaturas Podem candidatar-se ao Prémio de Investigação Científica Professora Doutora Maria Odette Santos-Ferreira os farmacêuticos inscritos na Ordem dos Farmacêuticos, desde que tenham as quotas em dia. Os projectos a concurso deverão ser desenvolvidos exclusivamente por farmacêutico(s) ou tendo farmacêutico(s), nos moldes do ponto anterior, como autor(es) principal(ais). A candidatura ao Prémio de Investigação Científica Professora Doutora Maria Odette Santos-Ferreira consistirá no envio dos elementos solicitados, em formato electrónico, dentro do período definido nos moldes da Cláusula 2.ª, para a Ordem dos Farmacêuticos, através do e-mail [email protected]. A candidatura ao Prémio de Investigação Científica Professora Doutora Maria Odette Santos-Ferreira deverá ser redigida em português ou inglês, incluindo: a) Formulário de candidatura preenchido, disponibilizado pela Ordem dos Farmacêuticos; b) Resumo que não exceda as 2000 palavras, donde conste: • Título do trabalho; • Autores e respectivos contactos (endereço, telefone, correio electrónico); • Identificação das instituições onde o trabalho foi realizado; • Objectivos e fundamentação; • Pertinência do objecto da investigação; • Materiais e métodos utilizados; • Resultados e conclusões; • Interesse, relevância e aplicabilidade dos resultados do trabalho; • Adequação do trabalho aos objectivos do Prémio de Investigação Científica Professora Doutora Maria Odette Santos-Ferreira. a) Curriculum vitae abreviado (máximo de 3 páginas) do(s) autor(es) principal(ais); b) Declaração de interesses (fontes de financiamento suplementares ao projecto; relações contratuais ou outras com os promotores, membros da Ordem dos Farmacêuticos ou do Júri); c) Os trabalhos de investigação clínica que envolvam experimentação animal ou humana deverão apresentar evidência do adequado cumprimento dos requisitos ético-legais aplicáveis. Cláusula 4.ª Da verificação da elegibilidade das candidaturas 1. De forma prévia à sua avaliação pelo Júri, será escrutinado o cumprimento das condições de elegibilidade de candidatura. 2. São critérios de elegibilidade, nomeadamente, os seguintes: a) Os trabalhos deverão ser inéditos; b) Não serão admitidas candidaturas em incumprimento de quaisquer dos elementos constantes do processo de candidatura; c) Não serão admitidas candidaturas de investigadores que tenham sido distinguidos com a atribuição de prémio no ano anterior, nem se 50% do grupo de investigadores já foi distinguido no ano anterior; d) Não serão admitidas candidaturas de trabalhos cujos autores sejam membros dos corpos sociais da Ordem dos Farmacêuticos ou do Júri do Prémio de Investigação Professora Doutora Maria Odette Santos-Ferreira. 3. Da decisão de admissão ou exclusão será dada informação escrita aos candidatos, por carta registada, sem possibilidade de recurso ou reclamação. Cláusula 5.ª Da constituição do Júri 1. O Júri será constituído por, no mínimo, 3 farmacêuticos nomeados pela Direcção Nacional da Ordem dos Farmacêuticos com reconhecido mérito científico e relevante experiência na avaliação de projectos científicos. 2. A Direcção Nacional da Ordem dos Farmacêuticos designará também o elemento que assumirá as responsabilidades de Presidente do Júri a quem competirá a coordenação do trabalho de avaliação das candidaturas e processo de decisão de atribuição do referido Prémio. Cláusula 6.ª Dos critérios de apreciação das candidaturas Na atribuição do Prémio de Investigação Científica Professora Doutora Maria Odette Santos-Ferreira, o Júri apreciará o mérito dos trabalhos e projectos candidatos, mediante a ponderação dos seguintes parâmetros de avaliação, por ordem decrescente: a) Originalidade do projecto / trabalho; b) Utilidade/aplicabilidade expectável dos resultados da investigação; c) Actualidade do tema; d) Pertinência do trabalho para o âmbito dos objectivos do concurso; e) Qualidade do CV do(s) autor(es); f) Qualidade do instituto onde o projecto foi desenvolvido; g) Existência de colaborações com outras instituições nacionais ou internacionais. 1. 2. 3. 4. 5. Cláusula 7.ª Do funcionamento do Júri e da atribuição do Prémio A atribuição do Prémio de Investigação Científica Professora Doutora Maria Odette Santos-Ferreira será feita em reunião do Júri e de acordo com os critérios estipulados neste Regulamento. As decisões do Júri serão tomadas por maioria absoluta de votos, e delas não caberá recurso. Em caso de empate, o Presidente do Júri terá voto de qualidade. De cada reunião do Júri será lavrada, no livro respectivo, uma acta assinada por todos os seus membros. O Júri poderá, se assim o entender, não atribuir qualquer dos prémios, se nenhum dos trabalhos apresentados a concurso o justificar. Cláusula 8.ª Da apresentação pública dos trabalhos premiados A entrega dos prémios e respectivos diplomas será feita, sempre que possível, numa cerimónia do Congresso Nacional dos Farmacêuticos, em sessão solene promovida pela Ordem dos Farmacêuticos, pela mão do Senhor Bastonário ou membro da Direcção Nacional. Cláusula 9.ª Do pagamento do Prémio O pagamento dos montantes atribuídos ao Prémio de Investigação Científica Professora Doutora Maria Odette Santos-Ferreira será efectuado por cheque endossado ao primeiro autor do trabalho, sendo a proporção da distribuição do prémio entre os vários autores da responsabilidade dos mesmos, ocorrendo após a elaboração do resumo referido na Cláusula 10ª. Cláusula 10.ª Da publicação dos trabalhos 1. Os autores dos trabalhos mantêm o direito de publicar os resultados obtidos em revistas científicas, autorizando contudo a sua publicação pela Ordem dos Farmacêuticos no âmbito da divulgação do Prémio de Investigação Científica Professora Doutora Maria Odette Santos-Ferreira. 2. Os autores dos trabalhos premiados deverão elaborar um breve resumo do mesmo para utilização em publicações da Ordem dos Farmacêuticos e para apresentação pública na data da Cerimónia Solene. Os resumos não deverão comprometer o carácter sigiloso do trabalho premiado. 3. De forma acessória, a Ordem dos Farmacêuticos poderá também apoiar a publicação do trabalho original de investigação em revistas científicas internacionais com revisão inter-pares, se tal for solicitado pelos autores, através de decisão pela Direcção Nacional da Ordem dos Farmacêuticos. 4. Na publicação de quaisquer resultados decorrentes dos trabalhos premiados deverão os respectivos autores fazer menção ao prémio recebido e à sua origem. Cláusula 11.ª Dos casos omissos Os casos omissos serão decididos pelo Júri, com posterior aprovação pela Direcção Nacional da Ordem dos Farmacêuticos, de que não cabe recurso. Bastonário integra o painel de peritos Barómetro de Saúde do Jornal de Notícias O bastonário da Ordem dos Farmacêuticos e professor da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto, Carlos Maurício Barbosa, é um dos sete convidados que integram o painel mensal do barómetro “Tomar o Pulso a Portugal” para a área da Saúde. Nas edições Barómetro de 18 de Outubro Ébola, uma epidemia que precisa de milhões Jornal de Notícias (JN): O ébola é uma ameaça preocu‑ pante para Portugal ou para a Europa? Carlos Maurício Barbosa (CMB): É uma séria ameaça mundial. A OMS decretou o estado de emergência de saúde pública internacional. Em Portugal e na Europa o risco deve‑se à deslocação de pessoas de e para zonas endémicas, o que implica vigilância activa. de Outubro, Novembro e Dezembro, os peritos foram convidados a pronunciar‑se sobre os surtos de ébola e legionella, sobre a complementariedade entre os servi ços públicos de saúde e o sector privado e sobre o de sempenho de hospitais do Serviço Nacional de Saúde. denada e os hospitais do SNS envolvidos têm sido ca pazes de responder adequadamente. JN: Há 15 hospitais públicos autorizados a receber ca‑ sos de saúde privados (vindos de seguradoras, hospi‑ tais privados ou do estrangeiro). Concorda? CMB: Sim, faz todo o sentido. O sistema de saúde deve assentar cada vez mais num modelo de complementari dade e concorrência entre os sectores público, privado e social, em que os utentes tenham liberdade de escolha. Barómetro de 22 de Dezembro JN: A generalidade dos hospitais nacionais podem ser apetrechados rapidamente caso exista uma epi‑ demia? CMB: Em Portugal não faz sentido falar em epidemia mas sim em casos pontuais. Segundo a DGS, o País está preparado para fazer face a casos que venham a ser identificados. Estão definidos 3 hospitais de refe rência e emitidas orientações para profissionais de saú de e população. Os excessos de Natal ou os excessos do resto do ano? Jornal de Notícias (JN): Depois do Hospital de São João, o Santo António é considerado o melhor hospi‑ tal do país. Comentário. Carlos Maurício Barbosa (CMB): Parabéns! Reconheci damente, são dois hospitais com elevado desempenho e equipas motivadas e dedicadas à missão do Serviço Nacional de Saúde. Barómetro de 15 de Novembro O melhor sistema público é o da Saúde Jornal de Notícias (JN): Os meios e acções de combate à legionella provam a eficácia do Serviço Nacional de Saúde? Carlos Maurício Barbosa (CMB): As autoridades de saúde têm sabido enfrentar a situação de forma coor JN: Qual o melhor conselho a seguir para evitar pro‑ blemas (coração e acidentes vasculares cerebrais) li‑ gados aos excessos da quadra natalícia? CMB: Hábitos de vida saudáveis, incluindo uma alimen tação equilibrada, devem constituir uma prática per manente e quotidiana. Um certo excesso, desde que pontual, como na quadra natalícia, poderá ser tolera do. Obviamente, as pessoas com doenças crónicas, em especial os diabéticos e os hipertensos, devem fazê‑lo com um pouco menos de excessos. Professor e investigador da FFUC Homenagem a André Campos Neves André Campos Neves, professor catedrático jubilado da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra, fa leceu no dia 20 de Novembro, aos 88 anos. Natural de Cepos, no concelho de Arganil, licenciou‑se em Farmácia pela Faculdade de Farmácia da Universida de do Porto, decorria o ano de 1950, onde mais tarde concluiu também o doutoramento. Em 1957, obteve o doutoramento em Química, pela Universidade de Glas gow, sob a orientação de Derek Barton, Prémio Nobel da Química em 1969. A sua intervenção foi decisiva, enquanto deputado da então Assembleia Nacional (1965‑1969), para a restau ração das faculdades de Farmácia de Coimbra e de Lis boa, bem como na reforma do ensino de 1978. Foi membro de várias sociedades científicas, entre as quais a Royal Chemical Society e a American Chemical Society, e autor e co‑autor de vários estudos sobre Quí mica e Farmacologia. Durante vários anos, dirigiu o Laboratório de Química Far macêutica da FFUC, tendo sido também um dos poucos docentes que integrou o Senado da UC antes e depois da Revolução. Entre 1970 e 1974, foi vereador da Câma ra Municipal de Coimbra, e em 1990 presidiu à Comissão Cultura das Comemorações do 7º Centenário da Universi dade. Do seu currículo fazem ainda parte a presidência da Associação de Antigos Estudantes de Coimbra, do Con selho Científico da FFUC e mandatos como dirigente da André Campos Neves (1926‑2014) Associação Cristã da Mocidade e do Rotary Club. Além de professor e investigador da FFUC, o seu percurso profissional esteve também ligado à Indústria Farmacêuti ca, tendo sido um dos fundadores dos laboratórios Euro ‑Labor e Medinfar e sócio dos Infar‑Laboratórios Andrade. André Campos Neves esteve ligado durante vários anos aos órgãos sociais da Associação Académica de Coimbra, da qual era o sócio nº 9, assumindo sempre um papel acti vo em vários momentos da vida do clube, como em 1984, quando promoveu uma reunião que levaria o Clube Aca démico de Coimbra a passar a Associação Académica de Coimbra, como Organismo Autónomo de Futebol. DEPOIMENTOS Ao longo da minha carreira como Docente da Faculda de de Farmácia do Porto tive várias oportunidades em que me foi dado privar com o Professor Doutor André Campos Neves, tanto a nível pessoal como profissional. Posso até dizer que o Professor Campos Neves “acom panhou” a minha carreira académica, como membro de vários Júris que procederam à avaliação das minhas ati vidades (Doutoramento, Agregação, etc.). Deixo aqui o meu testemunho de apreço, e (porque não dizê‑lo?) de carinho, pela figura desse Homem e Professor, como alguém por quem sempre nutri um enorme respei to e admiração, tanto pela sua postura, como ter por ter sido um elemento dinamizador e enriquecedor do Ensino e Investigação da Química Orgânica e Farmacêutica na Fa culdade de Farmácia da Universidade de Coimbra. Quando revejo o passado recordo um Professor Cam pos Neves com uma retórica sempre fluente e asser tiva, tendo proferido a Oração de Sapiência em 1984 intitulada “A evolução do medicamento e as suas pers pectivas futuras”. Atrevo‑me a dizer‑se que essa sua in tervenção, de há já trinta anos, poderá ser considerada um exemplo do que hoje se designa de inter e transdis ciplinaridade, e em que termina dizendo: “Tenhamos por isso consciência do bem que já possuímos e usemos entretanto com sabedoria, determinação e humildade também, esse preciosíssimo capital que a Farmacote rapia põe ao serviço dos homens, da sua saúde, do seu bem‑estar,… da sua felicidade!” Creio que nessa conclusão poderemos encontrar algu mas das “palavras‑chave” mais significativas que rege ram a vida e a obra de André da Silva Campos Neves. Madalena M. M. Pinto Professora Catedrática da FFUP No dia 21.11.2014 os sinos da Torre da Universidade de Coimbra dobravam e a Faculdade de Farmácia fazia o luto de uma das figuras que a marcaram, a do Professor Ca‑ tedrático Jubilado Doutor André da Silva Campos Neves. Licenciado em Farmácia pela Universidade do Porto, doutorado em Química pela Universidade de Glasgow e em Farmácia pela Universidade do Porto, foi nomeado Professor Catedrático em 1970. Gerações de estudantes o recordarão pelas suas bri‑ lhantes aulas de Química Orgânica e de Química Inorgâ‑ nica Farmacêutica (1952‑1996). O Professor Campos Neves tinha uma energia e uma for‑ ça de vontade ímpares. Em 1965 equipou o Laboratório de Química na Faculdade de Farmácia. Mas, para além de um laboratório, soube criar a atmosfera certa e transmitir aos seus colaboradores o entusiasmo pela investigação em esteróides, que iniciara durante o seu doutoramento com o Professor Barton, prémio Nobel da Química. Como deputado à Assembleia Nacional (1966‑69), as suas importantes intervenções contribuíram de forma decisiva para o restabelecimento das Faculdades de Farmácia de Coimbra e de Lisboa, passando estas a en‑ sinar os 5 anos da licenciatura em Farmácia. Integrou a Comissão Inter‑Universitária, onde defendeu uma profunda reforma curricular dos cursos de Ciências Farmacêuticas, a qual se veio a concretizar em 1978. Em 1984, distinguiu‑se pela eloquente Oração de Sa‑ piência, que proferiu na Abertura Solene das Aulas da Universidade de Coimbra sobre ”A Evolução do Medica‑ mento e suas Perspectivas Futuras”. Foi um professor e um investigador, com uma marcada participação na indústria farmacêutica nacional. Serviu a academia nas suas múltiplas facetas. Atravessou épocas e circunstâncias com uma dignidade e vertica‑ lidade ímpares. O Professor Campos Neves transmitiu‑nos um profundo sentido de hierarquia, de disciplina e de dever. Ensinou ‑nos o sentido da vida profissional e científica de um Aca‑ démico, em que o ensino deve vir em primeiro lugar, mas o quanto é importante investigar para ensinar. A rectidão e o respeito que transmitia foram marcantes para todos os seus alunos, colegas e amigos. Acima de tudo, era amigo dos seus amigos, independentemente dos seus credos ou convicções. Foi com sentido pesar que tomei conhecimento do fa‑ lecimento do Professor Catedrático Jubilado Doutor André da Silva Campos Neves no passado dia 21 de Novembro. Este pequeno texto pretende ser apenas uma singela homenagem a um homem a quem o ensi‑ no e a investigação em Farmácia muito devem. Um ho‑ mem que deixou um legado científico que marcou várias gerações de alunos, docentes e investigadores, muito além da Universidade de Coimbra. Dotado de um espírito brilhante, o Professor André da Silva Campos Neves encetou uma formação científica internacional após a conclusão da licenciatura em Far‑ mácia pela Universidade do Porto. Obteve o grau de Doutor em 1957 pela Universidade de Glasgow, sob orientação do Professor Sir Derek Barton, prémio No‑ bel de Química, ao qual se adicionou o grau de Doutor em Farmácia pela Universidade do Porto obtido em 1958, tendo continuado a sua carreira académica na Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra (FFUC). O elemento que mais me marcou na carreira do Pro‑ fessor Campos Neves foi o profundo impacto que teve na Química Farmacêutica em Portugal. Numa área onde não havia tradição de escola científica, o Professor Campos Neves abriu horizontes até então desconhecidos. Com o seu brilhantismo, associado à sua experiência internacional, introduziu a química dos esteróides em Portugal, e assim revolucionou o ensino da Química Farmacêutica. O entusiasmo transmitido aos seus colaboradores permitiu criar uma escola que se tornou num dos pilares mais visíveis da FFUC. Des‑ de muito cedo no meu percurso académico fiquei fasci‑ nado pela elegância dos trabalhos realizados no grupo de investigação criado pelo Professor Campos Neves. A química por si desenvolvida teve sempre um notá‑ vel sentido inovador e prático, ao qual não é alheio o seu envolvimento no ambiente empresarial. Também me marcou profundamente o carinho com que sempre acompanhou o trajeto dos investigadores mais jovens, fazendo questão de estar sempre presente na Sala de Atos para as suas provas de doutoramento. É de ainda de salientar o papel decisivo que teve para o restabelecimento das Faculdades de Farmácia de Coimbra e de Lisboa, facto que viria a transformar radicamente o ensino e a investigação a nível nacional. O legado do Professor Campos Neves é, portanto, enorme. Deixa uma marca científica e pedagógica que atravessa várias gerações de Farmacêuticos. Deixa uma imagem de serviço e dedicação à academia que perdurará na memória de todos. Maria Luísa de Sá e Melo Professora Catedrática da FFUC Rui Moreira Professor Catedrático da FFUL Plano de Formação na Área da Qualidade Formações na Área da Qualidade para o Sector Farmacêutico Actualização ISO 9001:2015 (FDIS) – O que há de novo para o sector farmacêutico Sistemas de Gestão da Qualidade (ISO 9001) e Auditorias no sector farmacêutico Código da Formação – FQ01/2015 Código da formação – FQ20/2015 L – 27 JUNHO | 09:30-18:30 C – 4 JULHO | 09:30-18:30 P – 11 JULHO | 09:30-18:30 L – 16, 17, 18, 19, 20, 21 MARÇO | 09:30-18:30 C – 06, 07, 15, 16, 17, 18 ABRIL | 09:30-18:30 P – 25, 26 MAIO; 1, 2, 3 JUNHO | 09:30-18:30 SINOPSE SINOPSE O referencial de gestão da qualidade mais utilizado em todo o mundo está em revisão, prevendo-se que a sua nova versão seja publica00038/1/2015 da no final de 2015. A cada 5 anos este 0,7 CDP referencial sofre revisão para manter a sua actualidade e responder às tendências do mercado e compatibilidade com outros sistemas de gestão, nomeadamente a ISO 14001. Neste momento a ISO 9001 está no quinto nível, de um total de seis níveis de revisão, chamado Final Draft International Stage (FDIS). O modelo de revisão resulta de um processo de consenso de um painel internacional de peritos. No final da acção de formação o formando deverá estar apto a interpretar os requisitos da Norma ISO 9001e conhecer as principais alterações para a nova versão de 2015. Deverá ainda tomar consciência de que a perspectiva de gestão do risco e das oportunidades têm uma preponderância central na melhoria dos processos que agora têm de estar alinhados com a direcção estratégica da entidade. Esta formação é altamente recomendada às gestões de topo, aos dinamizadores da qualidade, aos farmacêuticos auditores e a todos os farmacêuticos que exercem em ambientes com sistemas de gestão da qualidade implementados. Pretende-se que os formandos adquiram conhecimentos básicos sobre a implemen00036/1/2015 tação de Sistemas de Gestão da Qualidade 4,0 CDP (SGQ) no sector farmacêutico, nomeadamente a aplicação da Norma ISO 9001 vigente, bem como conhecimentos sobre métodos e técnicas de auditorias da qualidade. No final da acção de formação o formando deverá estar apto a: – Interpretar os requisitos da Norma ISO 9001; – Compreender o que é um SGQ, os seus princípios, objectivos e vantagens; – Conceber uma abordagem por processos e sua gestão; – Conhecer os procedimentos documentados exigidos pela Norma e a documentação envolvida num SGQ; – Analisar e estudar os processos e procedimentos associados ao SGQ; – Compreender os conceitos, princípios e as práticas de auditoria; – Aplicar os Métodos e Técnicas de Auditorias a SGQ; – Planear, preparar, executar e relatar uma auditoria; – Conhecer as orientações para avaliar a eficácia de um SGQ; – Participar e Acompanhar os Planos e Acções de Melhoria.dos com os objectivos da norma. L – Secção Regional de Lisboa | C – Secção Regional de Coimbra | P – Secção Regional do Porto Formação Não membros Membros OF Valor reduzido* 0,6 CDP 60 € 50 € 35 € 0,7 CDP 80 € 65 € 45 € 4,0 CDP 300€ * O valor reduzido é aplicável a membros da OF: – Inscritos na Bolsa de Auditores da OF – Que concluíram o MICF nos últimos 2 anos – Que comprovem não ter vínculo laboral Boas Práticas de Distribuição Checklists – como usar a ferramenta da Qualidade Código da formação – FQ22/2015 Código da Formação – FQ02/2015 L – 17 OUTUBRO | 09:30-18:30 C – 20 JUNHO | 09:30-18:30 P – 14 MARÇO | 09:30-18:30 L – 20 JUNHO | 09:30-17:30 C – 11 ABRIL | 09:30-17:30 P – 16 MAIO | 09:30-17:30 SINOPSE SINOPSE As Boas Práticas de Distribuição (BPD) são um elemento fundamental da normaliza00037/1/2015 ção de um elemento charneira da cadeia de 0,7 CDP valor do medicamento e produtos de saúde. O conhecimento e aplicação das BPD estão, como todas as normas, sujeitos a dúvidas e dificuldades de interpretação e aplicação prática que são, a par do desenvolvimento da norma e seu futuro, o objecto desta introdução às Boas Práticas de Distribuição. No final da acção de formação o formando deverá conhecer as Boas Práticas de Distribuição no contexto de grossista e prégrossista e identificar não conformidades de sistemas implementados com os objectivos da norma. As checklists são hoje uma realidade nas mais variadas actividades das sociedades modernas. A sua importância no sector da 00035/1/2015 saúde tem vindo a crescer e a diversificar0,6 CDP se tanto em utilizações como em suportes. Esta proliferação não tem, no entanto, sido acompanhada por uma utilização criteriosa desta ferramenta que permita a optimização das suas potencialidades, não sendo assim difícil cruzarmonos com exemplos menos conseguidos desta ferramenta. No final da acção de formação o formando deverá conhecer os diferentes tipos de checklists, as suas finalidades, suportes e ciclo de desenvolvimento (do desenho à validação e melhoria contínua) e ficar habilitado a uma utilização prática e optimizada desta ferramenta. Para mais informação, por favor, consulte www.ordemfarmaceuticos.pt Para mais informação: FICHA DE INSCRIÇÃO Nome: Área de actividade profissional: São aceites fotocópias da Ficha de Inscrição N.º Cart. Profissional: __ __ __ __ __ Para emissão de factura Nome Entidade: Morada: E-mail: Pagamento: N.º Contribuinte: __ __ __ __ __ __ __ __ __ Cód. Postal: __ __ __ __ — __ __ __ Telemóvel: __ __ __ __ __ __ __ __ __ Códigos das formações: FQ __ __ + FQ __ __ + FQ __ __ Cheque n.º endossado à Ordem dos Farmacêuticos, no valor de: Transferência bancária: IBAN - PT50 0033 0000 0018 2339 7280 5 no valor de: € € Preencha em maiúsculas de forma legível e clara e devolva à Ordem dos Farmacêuticos através do fax 21 319 13 99 ou através do email: [email protected]. A inscrição só é aceite após a recepção do respectivo pagamento. Para pagamentos por transferência bancária deverá ser enviado o comprovativo de pagamento. Em caso de desistência, apenas será devolvido o montante pago, se esta for comunicada até 8 dias úteis antes do início da actividade formativa. ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS INJETÁVEIS EM FARMÁCIA DE OFICINA Cristina Moreira Santos*, Filipe Azoia**, Mara Pereira Guerreiro* *Farmacêutica, ** Advogado O atual regime jurídico das farmácias de oficina con‑ sagrou a possibilidade destas prestarem serviços far‑ macêuticos de promoção da saúde e do bem‑estar dos utentes1. A definição dos serviços farmacêuticos que podem ser prestados foi posteriormente regulamenta‑ da por Portaria2, consagrando, entre outros, a possibi‑ lidade da administração de medicamentos e de vacinas não incluídas no Plano Nacional de Vacinação (PNV). Esta é uma realidade que tem paralelo em diversos paí‑ ses, nomeadamente em algumas regiões do Canadá, nos Estados Unidos da América, Reino Unido, Irlanda, Austrália e Nova Zelândia. Em qualquer destes países, os farmacêuticos têm que completar uma formação es‑ pecífica, de modo a obter a certificação necessária para administração de medicamentos. Neste artigo, pretendemos recordar os requisitos para a administração de medicamentos injetáveis nas far‑ mácias de oficina e refletir sobre a responsabilidade do farmacêutico na prestação deste serviço. Para discutir a temática apresenta‑se um caso hipotético, que pre‑ tende ilustrar um cenário extremo (vide Caixa). 1. FORAM CUMPRIDOS OS REQUISITOS PARA A ADMINISTRAÇÃO DE INJETÁVEIS? A Ordem dos Farmacêuticos publicou, em 2009, uma norma de orientação farmacêutica sobre a administra‑ ção de medicamentos injetáveis3, que elenca vários re‑ quisitos para administração destes medicamentos. Posteriormente a Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, I. P. (doravante simplesmente de‑ signada por INFARMED) publicou a Deliberação nº 139/ CD/2010, de 21 de outubro, retificada pela Deliberação nº 145/CD/2010, de 4 de novembro, com os requisitos necessários para a administração de vacinas não incluí‑ das no PNV, com vista a garantir que a prestação deste serviço se processa com todas as condições necessárias à segurança dos utentes e dos profissionais de saúde. Embora estas Deliberações se refiram apenas à admi‑ nistração de vacinas não incluídas no PNV, considera‑se que, pelas semelhanças entre os serviços, são extensí‑ veis à administração de medicamentos injetáveis. A “administração de vacinas nas farmácias de oficina é da responsabilidade do farmacêutico diretor técnico da Caso hipotético •A Dª Maria, 72 anos, dirige‑se à farmácia do bairro e pede ao Farmacêutico Rui Santos para lhe administrar uma injeção de um anti ‑inflamatório não esteróide (AINE). Não tem receita mas o medicamento “faz‑lhe muito bem quando anda aflita das dores”. O farma‑ cêutico conduz a Senhora ao gabinete de atendimento personalizado e administra‑lhe o medicamento. Termi‑ nada a administração despede‑se da cliente enquanto faz os registos. •Maria detém ‑se na área de atendimento ao público em conversa com um membro da equipa; às tantas diz sentir tonturas e “comichão no corpo”. É reconduzi‑ da ao gabinete de atendimento. Enquanto liga para o 112, Rui Santos verifica que Maria desenvolve dificul‑ dade respiratória. Ao aguardar telefonicamente pelo contacto com um médico do INEM, Rui Santos tenta recordar‑se onde está arrumado o procedimento para atuar nestas circunstâncias, que obteve quando fez o curso, mas só consegue pensar no facto da farmácia não dispor de equipamento para intervir em caso de suspeita de anafilaxia. O Diretor Técnico diz que “é mui‑ to caro e são problemas que raramente acontecem”; o pessoal que administra vacinas e injetáveis foi tranqui‑ lizado dizendo que “se alguma coisa acontecesse” a responsabilidade era dele (Diretor Técnico). Finalmente, com o médico em linha, é‑lhe recomendado que admi‑ nistre adrenalina à Dª Maria; Rui Santos explica ao mé‑ dico que a farmácia não dispõe de adrenalina nem de oxigénio. • Entretanto chega o INEM, que toma conta da ocorrên‑ cia e conduz a Dª Maria ao hospital. • Passado alguns dias o filho da Dª Maria apresenta‑se na Farmácia; alterado, diz que a mãe sofreu uma rea‑ ção anafilática e acabou por falecer. Já tinha problemas e “o coração não aguentou”. Acrescenta “não tinham nada que dar a injeção à minha mãe, ainda para mais quando não há condições para o serviço funcionar”, termina referindo “isto não vai ficar assim”. farmácia de oficina e deve ser executada por farmacêu‑ ticos com formação adequada reconhecida pela Ordem dos Farmacêuticos ou por enfermeiros específica e ex‑ clusivamente contratados para esse efeito”4. Neste contexto, a Direção Nacional da OF5 aprovou os requisitos mínimos para o reconhecimento da formação no âmbito da administração de vacinas e medicamentos injetáveis, bem como os requisitos mínimos para o reco nhecimento da formação de atualização neste domínio e o reconhecimento retroativo da formação realizada no pe ríodo anterior à entrada em vigor deste reconhecimento da OF. Segundo este normativo os farmacêuticos deverão obter um certificado reconhecendo a respetiva competên cia, após frequência de uma ação de formação específica, reconhecida pela OF. Este certificado tem uma validade de cinco anos, após os quais o farmacêutico deverá fre quentar uma ação de formação de atualização, igualmen te reconhecida pela OF, visando a obtenção da respetiva recertificação. Para efeitos de recertificação, o Diretor Téc nico da Farmácia deve emitir uma declaração que compro ve a prática de administração de vacinas e medicamentos injetáveis na farmácia, exercida pelo farmacêutico. Esta declaração deve ser apresentada pelo farmacêutico no momento de inscrição na formação de atualização. Caso não exista comprovativo da prática, o farmacêutico deve frequentar nova ação de formação inicial de certificação. De referir, ainda, que é obrigatória a frequência de for mação complementar de Suporte básico de vida ou Su porte básico de vida/Desfibrilação automática externa, cujo certificado tem uma validade que varia entre dois e cinco anos conforme o ano de realização do curso (após o que a formação terá que ser repetida). Assim, para que o farmacêutico Rui Santos esteja habi litado a efetuar a administração de injetáveis, deve ter o certificado válido, reconhecendo a competência para administração de vacinas e injetáveis, emitido pela OF, e o certificado válido da formação complementar em Suporte básico de vida ou Suporte básico de vida/Des fibrilação automática externa. Em termos de instalações, a administração de injetáveis tem que decorrer em instalações adequadas e autono mizadas – gabinete de atendimento personalizado ‑ com área mínima de 7 m2 (ou pelo menos 5 m2, caso a farmácia não se enquadre no regime regra)6. No que respeita ao equipamento, o local de administra ção de injetáveis deve possuir, designadamente7: –Marquesa ou cadeira reclinável; –Estrutura adequada à arrumação do material; –Espaço para preparação das vacinas; –Contentores para recolha de material perfurante e cortante e de material contaminado; –Contentor com tampa e pedal para lixo comum; –Desinfetante de mãos, desinfetante de superfície, ál cool a 70º, compressas, luvas e pensos rápidos. A farmácia deve, igualmente, dispor dos meios neces sários ao tratamento de uma reação anafilática decor rente da administração do injetável, nomeadamente8: –Adrenalina 1:1000 (1mg/ml); –Oxigénio com debitómetro a 15 l/min; – Ressuscitadores auto‑insufláveis com reservatório de vários tamanhos e respetivas máscaras faciais; –Mini‑nebulizador com máscara e tubo, de uso único; –Soro fisiológico (administração intra‑venosa); –Salbutamol (solução respiratória); –Hidrocortisona e prednisolona (injetáveis); –Esfigmomanómetro normal; –Estetoscópio. Finalmente, existem registos obrigatórios9. Rui Santos deve registar os dados relativos ao doente (nome e data de nascimento), à vacina10 (nome, lote e via de adminis tração) e ao farmacêutico11 (dados profissionais). Estes registos devem ser mantidos na farmácia em suporte de papel ou eletrónico e ser fornecidos ao INFARMED, de forma anonimizada, sempre este careça dessa informa ção para monitorização e fiscalização do cumprimento do disposto na Portaria nº 1429/2010, de 2 de novembro. Em resumo, para administrar medicamentos injetáveis existem requisitos obrigatórios ao nível do pessoal ha bilitado, instalações, equipamento e registos. No caso apresentado é evidente que os requisitos referentes aos meios para atuação em caso de suspeita de reação anafilática não foram cumpridos. 2. AS REAÇÕES ANAFILÁTICAS SÃO RARAS? Os dados disponíveis na literatura científica sobre incidên cia e prevalência de anafilaxia fornecem apenas uma esti mativa aproximada da verdadeira dimensão do fenómeno, pois existem dificuldades no seu diagnóstico, bem como sub‑registo. Nos países desenvolvidos a prevalência de anafilaxia por todas as causas estima‑se em 0,05 a 2% da população geral12 , sendo os medicamentos considerados os principais desencadeantes na idade adulta13. Estudos nacionais14,15 com base em notificação espontânea de rea ções anafiláticas indicam que os fármacos mais frequente mente envolvidos são os AINE e os antibióticos, o que no geral é concordante com a literatura internacional16. Em resumo, não se pode afirmar que a anafilaxia é uma situação rara, embora possa assumir gravidade ligeira ou moderada, não sendo necessariamente fatal. À me dida que aumenta a administração de injetáveis em far mácias é expectável que estas se depararem com este tipo de situações com maior frequência. A “raridade” de reações anafiláticas, alegada pelo Dire tor Técnico neste caso, não serve de escusa a dispor de equipamento para intervir em caso de suspeita de ana filaxia, em particular adrenalina 1mg/ml. Este medica mento constitui tratamento de primeira linha; o atraso na administração ou a sua ausência estão associados a um pior prognóstico (designadamente maior gravidade do episódio anafilático e fatalidades)17. 3. A CONDUTA DO DIRETOR TÉCNICO É DEONTOLOGICAMENTE ACEITÁVEL? O Estatuto da Ordem dos Farmacêuticos (EOF), no ca‑ pítulo respeitante à deontologia profissional, refere que “a principal responsabilidade do farmacêutico é para com a saúde e bem estar do doente e do cidadão em geral, devendo por o bem dos indivíduos à frente dos seus interesses pessoais ou comerciais”18. A conduta do Diretor Técnico viola claramente este dever. Acresce que Rui Santos, para além de subordinado, é seu colega, pelo que o diretor técnico deveria evitar no relacio‑ namento condutas contrárias “aos valores éticos da sua profissão”19. Embora o diretor técnico seja “responsável pelos actos relacionados com o exercício da actividade farmacêutica praticados por outros profissionais sob sua direcção”20, esta responsabilidade não deve ser invocada para cer‑ cear a autonomia técnica de Rui Santos, que se encon‑ tra consagrada estatutariamente21. Conclui‑se portanto que a conduta do Diretor Técnico não é deontologicamente aceitável, por violar vários de‑ veres dispostos no EOF. 4. O FARMACÊUTICO QUE ADMINISTROU O INJETÁVEL PODE SER RESPONSABILIZADO? O farmacêutico pode ser responsabilizado criminalmen‑ te pela prática de um crime de homicídio por negligência, punido com pena de prisão até 3 anos, ou, em caso de negligência grosseira, com pena de prisão até 5 anos22. Para eventualmente apreciar a negligência grosseira po‑ derão ser importantes vários aspetos da conduta de Rui Santos, que não estão conformes com a boa prática, em particular: • Dispensar um medicamento injetável sujeito a receita médica sem apresentação da mesma, não se tratando de um caso de força maior, devidamente justificado23; •Aceitar administrar o medicamento na ausência de material adequado para intervenção em caso de rea‑ ção anafilática; • Não executar avaliação prévia, através de questioná‑ rio, que permitiria detetar eventuais contraindicações e identificar fatores de risco para a reação anafilática grave ou fatal; • Não assegurar que a Dª Maria aguardava na farmácia, sob vigilância, o tempo necessário para que, em caso de reação anafilática, recebesse os cuidados adequa‑ dos; •Não dispor de procedimento escrito de emergência no gabinete (ou em local facilmente acessível) e não treinar o procedimento regularmente, o que contribui para incapacidade em atuar de forma adequada. O farmacêutico pode ser ainda responsabilizado disci‑ plinarmente, pela Ordem dos Farmacêuticos, por não ter cumprido deveres para com a profissão24 – “promo‑ ver o direito de acesso a um tratamento com qualida‑ de, eficácia e segurança” e exercer a profissão “com a maior diligência, zelo e competência” – e deveres do farmacêutico de oficina ou hospitalar25, nomeadamente “promover junto do doente a utilização segura, eficaz e racional dos medicamentos” e “Assegurar, em todas as situações, a máxima qualidade dos serviços que presta, de harmonia com as boas práticas de farmácia”. Para instaurar o procedimento disciplinar é necessário que o órgão disciplinar competente (tratando‑se de um membro “ordinário” o conselho jurisdicional regional26 da secção em que Rui Santos se encontra inscrito) tome co‑ nhecimento dos indícios da infração cometida, por escrito, designadamente através de queixa dirigida diretamente à Ordem dos Farmacêuticos pelo filho da doente27. Se o filho da doente apresentar uma reclamação no livro de re‑ clamações da farmácia28 ou no sítio da Internet do Infar‑ med destinado a este efeito29 , este comunica a mesma à Ordem dos Farmacêuticos30. A sanção disciplinar pode ir da advertência até à suspensão até 15 anos31. 5. QUAL É A RESPONSABILIDADE DO DIRETOR TÉCNICO? O diretor técnico pode ser responsabilizado disciplinar‑ mente pelo proprietário da Farmácia (o caso apresentado não esclarece se são a mesma entidade), por não ter cum‑ prido os seus deveres de assegurar que os medicamentos sujeitos a receita médica só são dispensados aos utentes que a não apresentem em casos de força maior, devida‑ mente justificado32, de verificar o cumprimento das regras deontológicas da atividade farmacêutica33 e de assegurar o cumprimento dos princípios e deveres previstos no regi‑ me jurídico das farmácias de oficina e na demais legislação reguladora da atividade farmacêutica34. O diretor técnico pode ser ainda responsabilizado disci‑ plinarmente, pela Ordem dos Farmacêuticos, por não ter cumprido os deveres previamente citados: deveres para com a profissão35 e deveres do farmacêutico de oficina e hospitalar36, bem como o dever de responsabilidade técnica37 (“O farmacêutico é responsável pelos actos re‑ lacionados com o exercício da actividade farmacêutica praticados por outros profissionais sob a sua direcção”). 6. EXISTEM OUTRAS CONSEQUÊNCIAS PARA O PROPRIETÁRIO DA FARMÁCIA? O proprietário da Farmácia pode ser responsabilizado ci‑ vilmente pelos danos sofridos pela utente, ou seja, pode ser condenado no pagamento de uma indemnização38. Porém, tem o direito de exigir do Rui Santos o reembol‑ so de tudo quanto pagar, excepto se houver também culpa da sua parte39. Pode ainda ser responsabilizado contraordenacional mente pelo incumprimento dos deveres do diretor téc nico40 . A moldura contraordenacional foi recentemente agravada41; as contraordenações graves são puníveis com coima entre €2000 e 10% do volume de negócios da farmácia, conforme soma dos valores de vendas e de prestações de serviços efetuadas no exercício an terior ao da prática da contraordenação, declarados para efeitos de IRS ou IRC (se pessoa coletiva)42, ou €75 000, consoante o que for inferior. CONCLUSÃO Administrar um injetável quando a farmácia não dispõe das condições para o fazer e ocorre um incidente fatal pode resultar em responsabilidade cumulativa para os vários intervenientes: • Farmacêutico que administra o injetável – responsabi lidade criminal e disciplinar; • Diretor Técnico da Farmácia – responsabilidade disci plinar; •Proprietário da Farmácia – responsabilidade civil e contraordenacional. Conforme patente na análise deste caso, a responsabilida de do Diretor Técnico pelos atos praticados na farmácia não exime o farmacêutico que administra injetáveis da respon sabilidade inerente aos seus próprios atos. No limite este pode ser condenado a prisão, sem prejuízo da responsabi lidade disciplinar decidida pela Ordem dos Farmacêuticos. O caso que discutimos é um caso hipotético de uma situação limite, desde logo improvável pelo conjunto de desconformidades com a boa prática. Esta abordagem pretendeu explorar as responsabilidades associadas aos novos desafios profissionais, nomeadamente os que a Portaria nº 1429/2007, de 2 de novembro, veio colocar às farmácias e aos farmacêuticos. De facto, o alarga mento do conjunto de serviços farmacêuticos passíveis de serem prestados nas farmácias e, em alguns casos, pelos farmacêuticos tem, como consequência, novas responsabilidades mas também a oportunidade de tor nar a intervenção farmacêutica mais abrangente e com capacidade de resposta às necessidades da população, cada vez mais exigente e esclarecida. Faça‑nos chegar eventuais comentários ao artigo ou su gestões de temas no âmbito da Deontologia e Legisla ção Farmacêutica ([email protected]) Notas 1 Decreto‑Lei n.º 307/2007, de 31 de agosto, Artigo 36.º 2 Portaria n.º 1429/2007, de 02 de novembro. 3 Departamento da Qualidade, Ordem dos Farmacêuticos. Norma de Orientação Farmacêutica – Administração de Medicamentos Injectáveis. 2009. 4 Deliberação do INFARMED n.º 139/CD/2010, de 21 de outubro que regulamenta a administração de vacinas não incluídas no PNV, retificada pela Deliberação n.º 145/CD/2010, de 04 de novembro 5 Direcção Nacional da Ordem dos Farmacêuticos. Reconhecimento da formação de farmacêuticos. Administração de vacinas e medi camentos injectáveis em farmácia comunitária. 2013. 6 Deliberação n.º 1502/2014, de 30 de julho. 7 Deliberação n.º 139/CD/2010, de 21 de outubro, retificada pela De liberação n.º 145/CD/2010, de 04 de novembro, do Conselho Dire tivo do INFARMED. Conforme já referido considera‑se este requisito extensível a outros medicamentos injetáveis que não vacinas. 8 Ibidem. 9 Deliberação nº 139/CD/2010, de 21 de Outubro, retificada pela Deliberação nº 145/CD/2010, de 04 de Novembro, do Conselho Diretivo do INFARMED. 10 Considera‑se este requisito extensível a outros medicamentos in jetáveis. 11 Embora as Deliberações 139/CD/2010, de 21 de Outubro, e 145/ CD/2010, de 04 de Novembro, do Conselho Diretivo do INFAR MED apenas façam referência ao farmacêutico, considera‑se que o registo de dados profissionais se refere também ao enfermeiro. 12 Thong BY‑H, Tan T‑C. Epidemiology and risk factors for drug aller gy. Br J Clin Pharmacol. 2011; 71(5): 684–700. 13 Simons FER, Ardusso LRF, Bilò MB, Dimov V, Ebisawa M, El‑Gamal YM, et al. World Allergy Organization Guidelines for the assessment and management of anaphylaxis. WAO J. 2011 Aug; 12(4): 13–37. 14 Faria E, Rodrigues‑Cernadas J, Gaspar A, Botelho C, Castro E, Lo pes A, et al. Anafilaxia induzida por fármacos: Registo Nacional 2007‑2010. Rev Port Imunoalergologia. 2012; 20(2): 93-107. 15 Ribeiro‑Vaz I, Marques J, Demoly P, Polónia J, Gomes ER. Drug ‑induced anaphylaxis: a decade review of reporting to the Portu guese Pharmacovigilance Authority. Eur J Clin Pharmacol. 2013 Mar; 69(3): 673–81. 16 Vide, por exemplo, Thong et al. 17 Lieberman P, Nicklas R a, Oppenheimer J, Kemp SF, Lang DM, Ber nstein DI, et al. The diagnosis and management of anaphylaxis practice parameter: 2010 update. J Allergy Clin Immunol. 2010 Sep;126(3): 477-80. e1-42. 18 Decreto‑Lei nº 288/2001, de 10 de novembro, Artigo 81º. 19 Decreto‑Lei nº 288/2001, de 10 de novembro, Artigo 110º. 20 Decreto‑Lei nº 288/2001, de 10 de novembro, Artigo 82º. 21 Decreto‑Lei nº 288/2001, de 10 de novembro, Artigo 99º. 22 Código Penal, Artigo 137º, 23 Decreto‑Lei nº 307/2007, de 31 de Agosto. 24 Decreto‑Lei nº 288/2001, de 10 de novembro, Artigo 81º. 25 Decreto‑Lei nº 288/2001, de 10 de novembro, Artigo 87º, Alíneas a) e d). 26 Regulamento Disciplinar da Ordem dos Farmacêuticos, 2011, Arti go 20º. 27 Regulamento Disciplinar da Ordem dos Farmacêuticos, 2011, Arti go 22º. 28 Decreto‑Lei nº 307/2007, de 31 de Agosto, Artigo 38º, Nº 1. 29 Decreto‑Lei nº 307/2007, de 31 de Agosto, Artigo 38º, Nº 3. 30 Decreto‑Lei nº 307/2007, de 31 de Agosto, Artigo 45º, Nº 3. 31 Decreto‑Lei nº 288/2001, de 10 de novembro, Artigo 118º. 32 Decreto‑Lei nº 307/2007, de 31 de Agosto, Artigo 21º, Nº 1, Alínea d). 33 Decreto‑Lei nº 307/2007, de 31 de Agosto, Artigo 21º, Nº 1, Alínea i). 34 Decreto‑Lei nº 307/2007, de 31 de Agosto, Artigo 21º, Nº 1, Alínea j). 35 Decreto‑Lei nº 288/2001, de 10 de novembro, Artigo 81º. 36 Decreto‑Lei nº 288/2001, de 10 de novembro, Artigo 87º, Alíneas a) e d). 37 Decreto‑Lei nº 288/2001, de 10 de novembro, Artigo 82º. 38 Código Civil, Artigo 500º, Nos 1 e 2. 39 Código Civil, Artigo 500º, Nº 3. 40 Decreto‑Lei nº 307/2007, de 31 de agosto, Artigo 47º‑A, Nº 1, Alínea j). 41 Lei nº 51/2014, de 25 de agosto. 42 Decreto‑Lei nº 307/2007, de 31 de agosto, Artigo 50º‑A. Radiofarmácia Um universo em exploração As operações ligadas aos radiofármacos, nomeadamen te a sua preparação, cálculo de doses e demais funções, conforme estabelecido pelo Decreto‑Lei nº 501/99, es tão inseridas no ramo de Farmácia e no ramo de Física Hospitalar do regime legal da carreira dos técnicos supe riores de saúde, no que respeita à área hospitalar. Assim, algumas responsabilidades dos farmacêuticos que exer cem nesta área são partilhadas com outros profissionais, como físicos, físico‑químicos e engenheiros físicos. No entanto, sendo os radiofármacos classificados como medicamentos, à luz do Estatuto do Medicamento (Decreto‑Lei nº 176/2006), as indústrias farmacêuticas que se dedicam à sua produção, necessitam que a direc ção técnica seja assegurada por um farmacêutico espe cialista em Indústria Farmacêutica, título atribuído pela Ordem dos Farmacêuticos (OF). Fernando Martins, responsável pela Unidade de Produção de Radiofármacos da ADACAP em Portugal “Todas as tarefas que desempenho, nomeadamente no controlo de qualidade de radiofármacos, utilizam as mesmas técnicas analíticas usadas com fármacos não radioactivos, pelo que a formação de base dos farmacêuticos é inteiramente aplicável, havendo apenas lugar às necessárias adaptações”, considera o responsável pela Unidade de Produção de Radiofármacos da ADACAP em Portugal Com a consagração legal da actividade farmacêutica no âmbito da Radiofarmácia, tem vindo a verificar‑se uma crescente especialização dos farmacêuticos que envere dam por este ramo, concordante com o desenvolvimen to significativo desta área. Também no meio universitário se regista um interesse crescente, patente na adaptação dos currículos universitários de Ciências Farmacêuticas a esta especialidade e à criação de cursos de especializa ção e pós‑graduação especificamente dirigidos aos far macêuticos que nela exercem ou pretendem exercer. Os radionuclídeos, os isótopos, a radioactividade ou a to mografia não são tradicionalmente temas aprofundados pela maioria dos farmacêuticos. Contudo, são os profis sionais que lidam com estes temas no seu dia‑a‑dia que contribuem para a evolução do uso de radiofármacos no diagnóstico e tratamento de determinadas doenças. “Em Portugal, a área da Radiofarmácia é pequena, quando comparada com países como Espanha e Fran ça, onde a Radiofarmácia é uma especialidade autóno ma dentro da profissão farmacêutica”, revela o farma cêutico Fernando Martins, responsável pela Unidade de Produção de Radiofármacos da Advanced Accelerator Applications Portugal (ADACAP), onde está localizado o Ciclotrão do Porto, e que recentemente obteve o título de especialista em Indústria Farmacêutica pela OF. O especialista reconhece também que as “oportunidades nesta área em Portugal não são muitas”. Ainda assim, também admite que “os farmacêuticos não a poderão es colher se não souberem que existe. Julgo que faz falta divulgar esta área enquanto saída profissional, sobretudo junto de quem está a iniciar a sua actividade”. Além de uma maior divulgação desta saída profissional, sugere a realização de estágios e visitas a laboratórios de Radiofar mácia, “quer em hospitais quer em unidades de fabrico”. Este foi aliás o percurso que o conduziu às funções que hoje ocupa na ADACAP, onde assume, entre outras funções, a responsabilidade pela garantia da qualidade, farmacovigilância e controlo de qualidade dos radiofár macos aí produzidos, trabalhando directamente com o director técnico na libertação dos lotes. Recordando esse percurso, Fernando Martins, reconhece que tam bém “não conhecia a área, mas, motivado pela minha curiosidade, decidi embarcar neste desafio”. Antes de ingressar na indústria radiofarmacêutica, mais especifi camente no projecto do Ciclotrão do Porto, o seu trajec to profissional incluiu passagens pelos Serviços Farma cêuticos do Hospital Pedro Hispano, pelo laboratório de Radiofarmácia do Serviço de Medicina Nuclear do mes mo hospital e pelo Serviço de Medicina Molecular dos Hospitais Privados de Portugal. Destas suas experiências, conclui, hoje, que “os farma cêuticos enfrentam a competição séria de outros pro fissionais” nesta área. “O farmacêutico possui como principal mais‑valia a sua formação de base em ciências como a Química Analítica e a Bioquímica, bem como a sua preparação laboratorial”, conhecimentos esses que, na sua opinião, permitiram uma adaptação “sem grande dificuldade a uma área fora do comum em termos de saídas profissionais”. Segundo explica, “todas as tare “O farmacêutico possui como principal mais‑valia na área da Radiofarmácia a sua formação de base em ciências como a Química Analítica e a Bioquímica, bem como a sua preparação laboratorial”, explica Fernando Martins fas que desempenho, nomeadamente no controlo de qualidade de radiofármacos, utilizam as mesmas técni cas analíticas usadas com fármacos não radioactivos, pelo que a formação de base é inteiramente aplicável, havendo apenas lugar às necessárias adaptações.” Este especialista trabalha com profissionais de outras áreas e participa na selecção de candidatos a diferentes posições para a empresa, tendo realçado que a forma ção de base dos farmacêuticos “é superior”. A título de exemplo, destaca que “os conhecimentos sobre técnica asséptica é outra mais‑valia que as empresas desta área podem adquirir, ao decidirem integrar um farmacêutico nas suas equipas”. Funções dos farmacêuticos na Radiofarmácia De acordo com o Decreto‑Lei nº 501/99, ao farmacêuti co que exerce na área profissional específica de Radiofar mácia no âmbito hospitalar são atribuídas as seguintes funções: – O cumprimento das exigências legais sobre medicamen tos, radiofármacos, estupefacientes e psicotrópicos; – A colaboração em acções de investigação clínica com medicamentos e radiofármacos; –O planeamento na área específica dos protocolos de aplicação dos radiofármacos, quer de diagnóstico quer de terapêutica, assegurando a optimização e o controlo da qualidade; – A preparação e o controlo da qualidade dos radiofár macos nos aspectos do controlo físico‑químico, quí mico, radioquímico, biológico e farmacológico, bem como a preparação e cálculo de doses químicas e ra dioquímicas a administrar ao doente; –A responsabilidade pela recepção e administração de radiofármacos nos estabelecimentos ou serviços onde exercem funções; – Os doseamentos in vitro com recurso a produtos mar cados com radionuclídeos. Na área da Indústria Farmacêutica, o director técnico (farmacêutico especialista em Indústria Farmacêutica pela OF) assume, entre outras, as seguintes responsa bilidades: – Assegurar o cumprimento das Boas Práticas de Fabrico; – Assegurar a qualidade do medicamento radiofarma cêutico de acordo com a respectiva autorização de introdução no mercado; – Atestar que cada lote de fabrico respeita as normas aplicáveis; – Elaborar os relatórios de certificação da qualidade; – Diligenciar para que as substâncias activas e outras matérias‑primas sujeitas a operações de fracciona mento sejam analisadas de modo a garantir a sua qualidade e pureza; – Zelar pelo armazenamento e acondicionamento dos medicamentos e matérias‑primas. Tutela renova mandato de Grupo de Trabalho dedicado ao combate à fraude no SNS Infarmed e Agência Portuguesa de Ambiente assinam protocolo O Ministério da Saúde procedeu à renovação do man dato do Grupo de Trabalho “Combate às irregularidades praticadas nas áreas do Medicamento e dos Meios Com plementares de Diagnóstico e Terapêutica”, mantendo assim o interesse em procurar esclarecer, com recurso a contributos pluridisciplinares — médicos, farmacêuticos, economistas, juristas, controladores — situações aparen temente anómalas, procedendo, sempre que estejam su ficientemente indiciadas práticas que podem ser qualifi cadas como irregulares (ou mesmo ilegais), ao respectivo encaminhamento para as autoridades competentes, se jam elas da esfera administrativa/disciplinar ou criminal. Esta estrutura é coordenada pelo representante do Ministé rio da Saúde, integrando ainda dois representantes da Ad ministração Central do Sistema de Saúde, um da Inspecção ‑Geral das Actividades em Saúde, outro dos Serviços Parti lhados do Ministério da Saúde e outro ainda do Infarmed. A actividade operacional deste Grupo de Trabalho é sedeada nas instalações da Administração Central do Sistema de Saúde. Fonte: Newsletter da OF, 24/10/2014 O Infarmed e a Agência Portuguesa do Ambiente, assina ram um protocolo que estabelece as regras de colabora ção e de cooperação quanto à partilha, disponibilização e actualização de informação especializada sobre risco am biental do medicamento e sua ocorrência no meio hídrico. O protocolo irá abranger, também, o enquadramento da responsabilidade pela gestão dos resíduos de embala gens dos titulares de autorização de introdução no mer cado de medicamentos de uso humano, cuja avaliação do risco ambiental já faz parte integrante dos procedimen tos adoptados, ou de outras autorizações que permitam a comercialização de medicamentos. Este protocolo, redigido em acordo com os objectivos es tabelecidos pelos VI e VII Programas Quadro em Matéria de Ambiente da União Europeia, coloca em evidência a im portância da articulação entre o Ambiente e a Saúde como conceitos visivelmente interligados na sociedade contem porânea, em que a sua protecção se impõe como essen cial para a sustentabilidade do seu desenvolvimento. Fonte: Infarmed, 13/11/2014 Farmácias geram poupança São cada vez mais os casos de medidas políticas, por toda a Europa, em que o reforço das competências das farmá cias nas redes de cuidados de saúde primários gera me lhores cuidados de saúde e poupanças a todos os níveis. Em Inglaterra, por exemplo, remunera‑se o acompanha mento de doentes que iniciam medicação crónica; em França e na Bélgica, as farmácias têm um papel determi nante na monitorização e no acompanhamento de doen tes crónicos; em Espanha, foi assinado um acordo que visa a participação activa das farmácias nas políticas de saúde pública, na promoção da saúde e prevenção da doença, cooperação e gestão clínica da farmácia. Fonte: Newsletter ANFonline, 05711/2014 Juiz do Tribunal de Contas considera que “farmacêuticos foram vilipendiados sem razão” O juiz jubilado do Tribunal de Contas, Carlos Moreno, con cedeu uma entrevista à revista Farmácia Portuguesa, na qual avalia as medidas de austeridade e a situação das farmácias portuguesas. Segundo este magistrado, “os farmacêuticos e as farmácias estão em crise manifesta. Foram demasiado vilipendiados sem razão”. Carlos Moreno considera que “os farmacêuticos conti nuam a ser frequentemente – e de forma devota e gra tuita – o único apoio de proximidade aos doentes mais velhos ou mais pobres”. Na opinião do magistrado, “atri buir às farmácias um papel activo na prevenção da saúde em geral e, em particular, no controlo da diabetes, da hipertensão e do colesterol, acarretaria seguramente va lor acrescentado imediato para uma melhor saúde dos portugueses”. Fonte: Farmácia Portuguesa, Jul/Set 2014 Infarmed apresentou Plano de Actividades para 2015 O Conselho Consultivo do Infarmed esteve reunido no dia 19 de Novembro para analisar o Plano de Actividades para 2015 da autoridade nacional do medicamento. A reunião, presidida pelo vice‑presidente do Infarmed, Hélder Mota Filipe, e na qual esteve também presente a vogal do Con selho Directivo, Paula Almeida, contou com a participação do bastonário da Ordem dos Farmacêuticos. Além do Pla no de Actividades, foi também apresentado aos membros do Conselho Consultivo o relatório de resultados do Gabi nete de Gestão de Acesso ao Medicamento. Fonte: Newsletter da OF, 21/11/2014 “Super‑bactérias” poderão estar a matar mais do que o cancro Bactérias resistentes a antibióticos matarão pelo menos 10 milhões de pessoas por ano a partir de 2050, mais do que o número actual de mortes provocadas por cancro, se não forem tomadas providências pelas autoridades de saúde em todo o mundo. Um estudo encomendado pelo governo britânico levou em conta projecções do instituto de pesquisas Rand Eu rope e da empresa de consultoria KPMG para calcular não apenas taxas de mortalidade provocadas pelas cha madas “super‑bactérias”, como também o seu impacto económico nos sistemas de saúde. Segundo os autores, os custos de tratamento de infecções causadas por es sas “super‑bactérias” chegarão a 100 biliões de dólares nas próximas décadas. Mas são justamente os países emergentes que poderão ser os mais atingidos pelo au mento no número de casos. Actualmente, as infecções de superbactérias, associa das a doenças como a E. coli e a tuberculose, matam cerca de 700 mil pessoas por ano em todo o mundo, ao passo que o cancro mata 8,2 milhões. De acordo com as projecções deste estudo, as mortes anuais relacio nadas com casos de doenças resistentes a antibióticos poderão chegar em 2050 a 4,7 milhões na Ásia, 4,1 em África e 392 mil na América Latina. A escalada prevista pelo estudo poderia provocar uma redução de entre 2% a 3% no crescimento económico global. Fonte: BBC, 11/12/2014 Linde investe em novo centro de serviços partilhados na Maia O grupo Linde, que opera na área de gases e engenharia, investiu meio milhão de euros num novo centro de servi ços partilhados na Maia, que irá criar 90 empregos até final de 2016. “A criação deste centro representa uma grande oportunidade para posicionar Portugal como um futuro prestador de serviços a nível regional ou mesmo mundial e demonstra um investimento estratégico no país, com a oportunidade de gerar novos empregos qualificados e multilingues”, adiantou a empresa, em comunicado. Até 2016, “está previsto que o centro estenda a sua cobertu ra regional a outros países da Europa Ocidental, criando cerca de 90 postos de trabalho qualificados multilingues” e exporte serviços “para países como Portugal, Espanha, França, Bélgica, Luxemburgo e Holanda», acrescenta. O grupo está presente no mercado português através da Linde Portugal e da Linde Saúde, fornecendo gases industriais e medicinais a mais de 8.000 clientes e assis tindo no domicílio mais de 50 mil doentes em todo o ter ritório, refere a empresa. No ano passado, o grupo Linde contava com 345 trabalhadores no mercado português e registou uma facturação de 77 milhões de euros. Fonte: Lusa, 26/11/2014 Farmacêuticos espanhóis aprovam Declaração de Córdoba O XIX Congresso Nacional Farmacéutico, organizado en tre os dias 22 e 24 de Outubro, pelo Consejo General de Colegios Farmacéuticos de Espanha, em colaboração com o Colegio Oficial de Farmacéuticos de Córdoba apro vou uma Declaração “que assume o compromisso da Far mácia Comunitária para melhorar a atenção aos utentes, apostando no profissionalismo, na prática assistencial e na colaboração com outros profissionais de saúde”, ex plicou a presidente da Consejo General de Colegios Farmacéuticos, Carmen Peña. A Declaração de Córdoba “é um chamamento para a profis são farmacêutica e para a evolução da farmácia, adaptando ‑se às novas necessidades sociais e de saúde dos doentes e do sistema de saúde”, pode ler‑se no documento. Com esta iniciativa, os farmacêuticos espanhóis decla ram a sua vontade de participar no processo de reforma do sistema nacional de saúde, através de uma farmácia renovada, profissional e sustentável. Fonte: Newsletter da OF, 31/10/2014 Diminuíram novos casos de tuberculose e de infecção pelo VIH/sida A Direcção‑Geral da Saúde (DGS), através do Programa Nacional VIH/sida 2012‑2016, realizou no dia 17 de De zembro, a apresentação pública do Relatório “Infecção VIH, SIDA e Tuberculose em números ‑ 2014”. A sessão contou com as participações do ministro da Saúde, do secretário de Estado adjunto do ministro da Saúde, do director‑geral da Saúde e do director do Programa, António Diniz, e o bas tonário da Ordem dos Farmacêuticos esteve representado por João Paulo Cruz, membro da Direcção Nacional. De acordo com este relatório, foram notificados no ano pas sado 2.195 novos casos de tuberculose, o que representa uma taxa de incidência de 21,1/100.000 habitantes. A taxa de incidência da doença no nosso País diminuiu 7 por cento em 2013, face ao ano anterior, com as cidades do Porto e de Lisboa a registarem a maior incidência de todo o país. No que diz respeito à infecção pelo VIH/sida, o relatório da DGS revela que os novos casos diminuíram acentuadamen te em 2013, em relação a 2012, assim como o número de mortes associadas à infecção. Comparando os anos de 2012 e 2013, verificou‑se um “decréscimo acentuado” de 13,7 por cento no número de novos casos de infecção por VIH, de 21,2 por cento no número de novos casos de sida, e de 8,6 por cento no número de óbitos associados à infec ção por VIH. Fonte: Newsletter da OF, 19/12/2014 Distinguidos cinco hospitais com melhor desempenho em 2013 A IASIS, uma empresa multinacional de origem espanhola que se dedica a estudos de “benchmarking” para organiza ções prestadoras de cuidados de saúde, promoveu, pela primeira vez no nosso país, a atribuição de prémios aos hospitais do Serviço Nacional de Saúde que apresentaram melhores níveis de desempenho em 2013. Os vencedores foram conhecidos no dia 9 de Dezembro, durante uma cerimónia realizada na Universidade Nova de Lisboa, que contou com a presença do bastonário da Ordem dos Far macêuticos. O estudo incluiu todos os hospitiais do SNS, incluindo os hospitais em regime de Parceria Público Privada (PPP), num total de 33 hospitais e 8 Unidades Locais de Saúde (ULS). Apenas foram excluídas desta análise, por razões técnicas de comparabilidade, as unidades hospitalares es pecializadas (oncologia, psiquiatria e reabilitação, designa damente). Para esta análise, os hospitais foram classificados em cin co grupos, de acordo com os grupos já constituídos pela Administração Central do Sistema de Saúde para efeitos de financiamento, tendo também sido criado um “cluster” próprio para os hospitais inseridos em ULS. Em cada um destes grupos foram distinguidas as unidades com melhor desempenho em 2013. Assim, entre os hospi tais de nível “B”, foi distinguido o Hospital de Santa Maria Maior, em Barcelos; nas unidades de nível “C” foi distinguido o Centro Hospitalar de Entre Douro e Vouga; o Hospital do Espírito Santo, em Évora, foi o vencedor entre as unidades de nível “D”; no nível “E” foi distinguido o Centro Hospitalar do Porto; e, finalmente, entre as “ULS” o prémio de melhor desempenho foi para a ULS do Litoral Alentejano. Fonte: Newsletter da OF, 12/12/2014 Inauguração do Centro de Informação sobre Medicamentos da Universidade Lúrio (UniLúrio) Local: Nampula, Moçambique Carlos Maurício Barbosa e José Aranda da Silva Sessão de Assinatura do Protocolo de Colaboração entre a Ordem dos Farmacêuticos e a Universidade Lúrio (UniLúrio) Reunião com a Directora Executiva da Sociedade Moçambicana de Medicamentos Local: Maputo, Moçambique Carlos Maurício Barbosa e José Aranda da Silva Reunião com o Director Nacional da Central de Medicamentos e Artigos Médicos do Ministério da Saúde de Moçambique Local: Nampula, Moçambique Carlos Maurício Barbosa e José Aranda da Silva Cerimónia de Encerramento do VI Congresso da Associação Nacional de Escolas Profissionais (ANESPO) “Ensino Profissional - Uma Referência, Um Desígnio Nacional” Organização: Associação Nacional de Escolas Profissionais Local: Fórum Municipal Luísa Todi, Setúbal Bastonário representado por Eurico Pais Local: Maputo, Moçambique Carlos Maurício Barbosa e José Aranda da Silva Cerimónia de Entrega do Prémio “Envelhecimento Activo Dra. Maria Raquel Ribeiro” Organização: Associação Portuguesa de Psicogerontologia Local: Auditório Montepio, Lisboa Bastonário representado por Sofia Oliveira Martins Reunião com Dirigentes da Associação dos Farmacêuticos de Moçambique (AFARMO) Local: Maputo, Moçambique Carlos Maurício Barbosa e José Aranda da Silva Sessão com Farmacêuticos de Moçambique Local: Hotel Polana, Moçambique Carlos Maurício Barbosa e José Aranda da Silva Jantar com o Presidente da Associação de Farmacêuticos dos Países de Língua Portuguesa (AFPLP) Cerimónia Nacional Comemorativa do Dia do Médico Veterinário Organização: Ordem dos Médicos Veterinários Local: Hotel Four Views Baía, Funchal Bastonário representado por Elena Rodrigues da Silva Local: Maputo, Moçambique Carlos Maurício Barbosa e José Aranda da Silva Cerimónia Solene de Comemoração do Aniversário da Implantação da República Visita ao Hospital Privado de Maputo Local: Maputo, Moçambique Carlos Maurício Barbosa e José Aranda da Silva Organização: Câmara Municipal de Lisboa Local: Salão Nobre dos Paços do Concelho, Lisboa Bastonário representado por Ema Paulino Reunião com o Presidente da Comissão Instaladora da Ordem dos Farmacêuticos de Moçambique Local: Maputo, Moçambique Carlos Maurício Barbosa e José Aranda da Silva Ciclo de Conferências “Vidas com Sentido” – Conferência dedicada a Artur Morgado Ferreira dos Santos Silva Organização: Fundação Mário Soares Local: Fundação Mário Soares, Lisboa Bastonário representado por Pedro Coelho Jantar com o Senhor Ministro da Saúde de Moçambique Local: Maputo, Moçambique Carlos Maurício Barbosa e José Aranda da Silva Apresentação Pública da “Corrida Juntos contra a Fome” Organização: Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) Local: Sede da CPLP, Lisboa Bastonário representado por Ana Teresa Barreto IV Fórum da Entidade Reguladora da Saúde “Acreditação e Certificação em Saúde” Organização: Entidade Reguladora da Saúde Local: Fundação Dr. António Cupertino de Miranda, Porto Bastonário representado por Rui Loureiro Visita à Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade Lúrio (UniLúrio) Local: Nampula, Moçambique Carlos Maurício Barbosa e José Aranda da Silva Reunião com o Reitor da Universidade Lúrio (UniLúrio) Local: Nampula, Moçambique Carlos Maurício Barbosa e José Aranda da Silva Conferência Gulbenkian “Afirmar o Futuro - Políticas Públicas para Portugal” Organização: Fundação Calouste Gulbenkian Local: Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa Bastonário representado por João Paulo Cruz Semana da Farmácia Angolana “O Acesso a farmacêuticos é acesso à saúde” Organização: Ordem dos Farmacêuticos de Angola Local: Luanda, Angola Carlos Maurício Barbosa (Orador) Seminário da Saúde Militar “Saúde Militar, que Futuro?” Organização: Associação de Oficiais das Forças Armadas Local: Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa Bastonário representado por Augusto Remédios Fórum Saúde Região “Visita ARSLVT” Reunião do Grupo de Trabalho “Professional Issues” do Grupo Farmacêutico da União Europeia (PGEU) Organização: PGEU Local: PGEU, Bruxelas Bastonário representado por Luís Baião Organização: Associação Portuguesa de Engenharia e Gestão da Saúde Local: Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, Lisboa (ARSLVT) Bastonário representado por Ema Paulino Conferência “Diagnóstico Laboratorial: O valor na sustentabilidade e qualidade em saúde” I Symposium “Foods for Health and Wellness: Perspectives in Oncology” Organização: Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (APIFARMA) Local: Pavilhão do Conhecimento – Ciência Viva, Lisboa Bastonário representado por Ana Teresa Barreto Organização: Lisbon PH - Empresa Júnior da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa Local: Infarmed, Lisboa Bastonário representado por João Paulo Cruz Seminário da Saúde Militar “Saúde Militar que Futuro?” Organização: Associação de Oficiais das Forças Armadas Local: Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa Bastonário representado por Augusto Remédios Sessão de Abertura das I Jornadas CBIOS “Ensinar Investigar - Aprender” Organização: Universidade Lusófona Local: Universidade Lusófona, Lisboa Bastonário representado por Eurico Pais III Encontro “Metrologia na Saúde” Organização: Comissão Sectorial para a Saúde (CS/09) Local: Instituto Português da Qualidade, Caparica Bastonário representado por Carolina Mosca 1º Congresso Nacional da GROQUIFAR “A Distribuição Química e Farmacêutica - Presente e Futuro” Organização: Associação de Grossistas de Produtos Químicos e Farmacêuticos (Groquifar) Local: Hotel Tivoli Oriente, Lisboa Bastonário representado por Eurico Pais Cerimónia de Abertura do Ano Académico 2014/2015 Organização: Universidade de Lisboa Local: Aula Magna Universidade de Lisboa Bastonário representado por José Morais Inauguração da Exposição de Caligrafia Japonesa Organização: Academia de Arte Caligráfica do Japão, Embaixada do Japão e Fundação Calouste Gulbenkian Local: Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa Bastonário representado por Bruno Macedo I Congresso Farmácia “Estabelecimento de Saúde” Jornadas Técnicas e Científicas de Ciências Farmacêuticas Organização: Universidade Jean Piaget de Angola Local: Centro de Convenções de Talatona, Luanda, Angola Carlos Maurício Barbosa (Orador) Conferência Internacional “O Novo Consumidor – Tendências para o Futuro” Organização: Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (DECO) Local: Centro Cultural de Belém, Lisboa Bastonário representado por Ema Paulino 21º Encontro Científico da Associação Portuguesa de Analistas Clínicos (APAC) “Pontes para o Futuro” Organização: APAC Local: Sana Malhoa Hotel, Lisboa Bastonário representado por Ana Teresa Barreto (Comentadora) Organização: Conselho Regional de Farmácia de São Paulo; Sindicato dos Farmacêuticos no Estado de São Paulo, Conselho Federal de Farmácia; Federação Nacional dos Farmacêuticos e Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais Local: Centro de Convenções Rebouças, São Paulo, Brasil Carlos Maurício Barbosa Conferência Internacional “Como a Biotecnologia pode Contribuir para Revitalizar a Economia Portuguesa” Organização: Diário Económico e Associação Portuguesa de Bioindústria (P-Bio) Local: Sana Lisboa Hotel, Lisboa Bastonário representado por Rui Loureiro Sessão de Abertura do XX Congresso Nacional da Ordem dos Engenheiros “Engenharia 2020 - Uma Estratégia para Portugal” Organização: Ordem dos Engenheiros Local: Centro de Congressos da Alfândega do Porto Bastonário representado por João Paulo Carneiro Sessão Solene de Abertura do Ano Lectivo 2014/2015 do Instituto de Higiente e Medicina Tropical (IHMT) Organização: IHMT Local: Aula Magna do IHMT, Lisboa Bastonário representado por João Paulo Cruz Sessão Comemorativa do Dia Nacional da Luta Contra a Dor Sessão de Encerramento do 21º Encontro Científico Associação Portuguesa de Analistas Clínicos “Pontes para o Futuro” Organização: Associação Portuguesa de Analistas Clínicos (APAC) Local: Sana Malhoa Hotel, Lisboa Carlos Maurício Barbosa (Orador) Organização: Associação Portuguesa para o Estudo da Dor (APED) Local: Faculdade de Medicina da Universidade do Porto Bastonário representado por Florbela Braga Comemoração dos 25 anos do Laboratório de Análises Clínicas de Gaia Organização: Laboratório de Análises Clínicas de Gaia Local: Casa Barbot / Casa da Cultura, Vila Nova de Gaia Bastonário representado por António Rocha e Costa rof87 Inauguração da Exposição “AEFFUL 100 anos. Um Sonho de Gerações” Organização: Associação dos Estudantes da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa (AEFFUL) Local: Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa Bastonário representado por Ema Paulino Acto Académico em memória da Senhora Prof.ª Doutora Maria Irene Silveira Organização: Academia Iberoamericana de Farmácia e Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra (FFUC) Local: FFUC Bastonário representado por Ana Cristina Rama Sessão de Abertura do Simpósio “Cuidados e Saúde do Cabelo” Organização: Sociedade Portuguesa de Ciências Cosmetológicas, Associação Brasileira de Cosmetologia e Universidade Lusófona Local: Universidade Lusófona, Lisboa Carlos Maurício Barbosa Cerimónia Comemorativa do Dia Nacional do Mutualismo Organização: União das Mutualidades Portuguesas Local: Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa Bastonário representado por João Silveira Reunião com o Presidente da Direcção da Associação de Estudantes da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto (AEFFUP) Local: AEFFUP Carlos Maurício Barbosa Entrevista sobre a Campanha da Ordem dos Farmacêuticos “Uso Responsável do Medicamento” I Congresso Farmácia “Estabelecimento de Saúde” Organização: Conselho Regional de Farmácia de São Paulo; Sindicato dos Farmacêuticos no Estado de São Paulo, Conselho Federal de Farmácia; Federação Nacional dos Farmacêuticos e Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais Local: Centro de Convenções Rebouças, São Paulo, Brasil Carlos Maurício Barbosa (Comentador) Local: Instalações do Porto Canal, Senhora da Hora Carlos Maurício Barbosa Conferência “Vírus Ébola - Ameaças sem Fronteiras?” Organização: Delegação Norte da Associação Nacional das Farmácias (ANF) Local: Delegação Norte da ANF, Porto Bastonário representado por João Paulo Carneiro III GoPharma “O Farmacêutico de amanhã” Organização: Associação Portuguesa dos Jovens Farmacêuticos Local: Figueira da Foz Bastonário representado por Ema Paulino (Oradora) Sessão Solene comemorativa do 146º aniversário da Real Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Lisboa Organização: Real Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Lisboa Local: Teatro Nacional de S. Carlos, Lisboa Bastonário representado por Bruno Macedo Seminário “Currículos de Nível Elevado no Ensino das Ciências: Conceptualização do Conhecimento e das Capacidades” Organização: Conselho Nacional de Educação (CNE) Local: CNE, Lisboa Bastonário representado por José Morais Workshop “O Futuro do Sistema de Saúde em Portugal num contexto de consolidação orçamental” Organização: Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (APIFARMA) Local: Pavilhão do Conhecimento - Ciência Viva, Lisboa Bastonário representado por João Paulo Cruz Mesa Redonda sobre “Inovação | Custos e Benefícios?” Organização: Associação Portuguesa de Engenharia e Gestão da Saúde Local: Secção Regional do Norte da Ordem dos Médicos, Porto Bastonário representado por João Paulo Cruz (Orador) Sessão Pública de apresentação dos resultados do Estudo “VIH/SIDA: Financiamento e Contratualização, assente na Eficiência e Qualidade” Organização: Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade Nova de Lisboa Local: Infarmed, Lisboa Bastonário representado por João Paulo Cruz XIII Sarau Cultural da Associação de Estudantes da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto (AEFFUP) Reunião com o Presidente do Conselho de Administração da Previsión Sanitaria Nacional (PSN) de Espanha Organização: AEFFUP Local: Teatro Sá da Bandeira, Porto Carlos Maurício Barbosa Local: Lisboa Carlos Maurício Barbosa I Feira de Emprego da Associação dos Estudantes da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa (AEFFUL) Organização: AEFFUL Local: Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa Bastonário representado por Luís Baião (Orador) Reunião do Conselho Geral do Conselho Nacional das Ordens Profissionais (CNOP) Organização: CNOP Local: Ordem dos Engenheiros, Lisboa Bastonário representado por Bruno Macedo Tertúlia “Destinos finais dos químicos e medicamentos nas águas residuais domésticas e industriais” Reunião da Direcção Nacional da Ordem dos Farmacêuticos Local: Secção Regional de Coimbra da Ordem dos Farmacêuticos Carlos Maurício Barbosa e directores nacionais Organização: NEF/AAC Local: Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra Bastonário representado por Fernando Ramos (Orador) Sessão Solene de Encerramento das Comemorações do Dia Mundial da Arquitectura 2014 Organização: Ordem dos Arquitectos Local: Ordem dos Arquitectos, Lisboa Bastonário representado por Eurico Pais Ciclo de Conferências “Uma alavanca para o Futuro” Organização: Secção Regional de Lisboa da Ordem dos Farmacêuticos Local: Sana Malhoa Hotel, Lisboa Carlos Maurício Barbosa Reunião com a Embaixadora da República de Cuba em Portugal Local: Sede Nacional da Ordem dos Farmacêuticos, Lisboa Carlos Maurício Barbosa Reunião de apresentação da Associação EurHeCA à Ordem dos Enfermeiros Local: Sesimbra Hotel & Spa Bastonário representado por Bruno Macedo e Luís Baião Reunião com a Direcção da Associação de Grossistas de Produtos Químicos e Farmacêuticos (Groquifar) Local: Sede Nacional da Ordem dos Farmacêuticos, Lisboa Carlos Maurício Barbosa e Ema Paulino Sessão de Trabalho para discussão alargada sobre o modelo de competências da Ordem dos Farmacêuticos Local: Sede Nacional da Ordem dos Farmacêuticos, Lisboa Carlos Maurício Barbosa Cerimónia de Abertura do Ano Lectivo 2014/2015 e Entrega dos Diplomas aos alunos do Curso de 2013/2014 Organização: Centro de Estudos Superiores da Indústria Farmacêutica (CESIF) Local: Associação Nacional das Farmácias, Lisboa Bastonário representado por Bruno Macedo Conferência Internacional “O Futuro Imediato dos Sistemas de Saúde” Organização: Associação Portuguesa de Engenharia e Gestão da Saúde Local: Hotel Pestana Palace, Lisboa Bastonário representado por João Paulo Cruz (Comentador) Sessão Comemorativa do 20º Aniversário do Hospital do SAMS Organização: SAMS - Prestação Integrada de Cuidados de Saúde Local: Fundação Champalimaud, Lisboa Carlos Maurício Barbosa Jornada de Reflexão no âmbito do Dia do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) “Institutos Nacionais de Saúde nas Políticas de Saúde Nacionais e Europeia” Organização: INSA Local: INSA, Lisboa Bastonário representado por Eurico Pais Cerimónia de Encerramento do II Encontro Ibero-Americano de Doenças Raras Reunião com a Associação Portuguesa de Analistas Clínicos Local: Secção Regional do Porto da Ordem dos Farmacêuticos Bastonário representado por Ana Teresa Barreto, António Rocha e Costa, Franklim Marques e Luísa Espinhaço Organização: Federação das Doenças Raras de Portugal Local: Casa dos Marcos, Moita Carlos Maurício Barbosa Sessão Solene do XXIII Congresso do Ordem dos Médicos Dentistas Organização: Ordem dos Médicos Dentistas Local: Exponor, Matosinhos Bastonário representado por João Paulo Carneiro Sessão de Abertura do VIII Encontro de Acompanhamento Farmacoterapêutico Organização: Grupo de Acompanhamento Farmacoterapêutico de Évora e Acompanhamento Farmacoterapêutico, Lda. Local: Évora Hotel Carlos Maurício Barbosa Inauguração da vídeo-exposição 7 mil milhões de Outros Reunião de apresentação da Associação EurHeCA à Ordem dos Médicos Dentistas Local: Secção Regional do Porto da Ordem dos Farmacêuticos Carlos Maurício Barbosa Reunião de apresentação da Associação EurHeCA à Ordem dos Nutricionistas Local: Sede da Ordem dos Nutricionistas, Porto Carlos Maurício Barbosa Cerimónia de Abertura Solene do Ano Lectivo 2014/2015 da Academia Militar Organização: Academia Militar Local: Aquartelamento da Academia Militar, Amadora Bastonário representado por Augusto Remédios Organização: Fundação EDP, Fundação GoodPlanet, BNP Paribas e Projeto Memória Local: Museu da Electricidade, Lisboa Bastonário representado por Eurico Pais Sessão de Encerramento do Encontro Nacional dos Serviços Farmacêuticos dos Cuidados de Saúde Primários 2014 “Partilhar o presente para planear o futuro” Organização: Unidade Orgânica de Farmácia da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) Local: Pousada de Cascais Bastonário representado por Ema Paulino Comemoração do 40º Aniversário da Plural Organização: Plural Local: Quinta do Seminário, Coimbra Bastonário representado por Fernando Ramos rof89 VIII Encontro de Acompanhamento Farmacoterapêutico Organização: Grupo de Acompanhamento Farmacoterapêutico de Évora e Acompanhamento Farmacoterapêutico, Lda. Local: Évora Hotel Carlos Maurício Barbosa (Orador) Sessão de Encerramento do VIII Encontro de Acompanhamento Farmacoterapêutico Organização: Grupo de Acompanhamento Farmacoterapêutico de Évora e Acompanhamento Farmacoterapêutico, Lda. Local: Évora Hotel Bastonário representado por Isabel Vitória Fórum “Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados: Prós e Contras” Organização: Conselho Regional de Farmácia do Estado do Rio de Janeiro Local: Rio de Janeiro, Brasil Carlos Maurício Barbosa (Orador) II Jornadas Ibéricas de Toxicologia “Toxicologia Clínica” Organização: Núcleo de Estudantes de Ciências Farmacêuticas da Universidade da Beira Interior (UBI) Local: Faculdade de Ciências da Saúde da UBI, Covilhã Bastonário representado por Ana Paula Duarte Conferência “Fakeshare: National Conference - Parceiros no combate à comercialização ilegal de medicamentos na Internet” Organização: Infarmed Local: Infarmed, Lisboa Bastonário representado por Ema Paulino e João Paulo Cruz “First meeting on forming a common training framework for hospital pharmacy specialisation in Europe” Organização: European Association of Hospital Pharmacists (EAHP) Local: Novotel Brussels Airport, Bruxelas, Bélgica Bastonário representado por Andreia Bruno Sessão de Abertura do 13º Congresso Nacional de Oncologia “Perspectiva Multidisciplinar e Multiprofissional da Oncologia” Organização: Sociedade Portuguesa de Oncologia Local: Centro de Congressos da Alfândega do Porto Bastonário representado por Florbela Braga Conferência “Vírus Ébola: Ameaça sem Fronteiras?” Organização: Delegação Centro da Associação Nacional das Farmácias Local: Reitoria da Universidade de Coimbra Bastonário representado por Ana Cristina Rama Fórum Educativo: 100 anos depois, pensamos o futuro Organização: Associação dos Estudantes da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa Local: Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa Bastonário representado por Ema Paulino Conferência “Alzheimer e o Mediterrâneo: Trabalhando em Parceria para um Melhor Entendimento” Organização: Alzheimer Portugal e Associação Monegasca para a Investigação sobre a Doença de Alzheimer Local: Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa Bastonário representado por Ema Paulino Cerimónia Comemorativa do 32º Aniversário da Cooperativa de Ensino Superior Politécnico e Universitário (CESPU) Organização: CESPU Local: Igreja de S. João Baptista da Foz, Porto Bastonário representado por Luís Rocha Sessão Informativa “O Desafio da Diabetes” Organização: Programa Nacional para a Diabetes da Direcção-Geral da Saúde Local: Assembleia da República, Lisboa Bastonário representado por Ema Paulino Inauguração do Novo Edifício de Ambulatório do Hospital Lusíadas Lisboa Conferência “SiNATS - O Novo Sistema de Avaliação” Organização: Lusíadas Saúde Local: Auditório do novo Hospital Lusíadas Saúde, Lisboa Bastonário representado por João Paulo Cruz Organização: Associação Portuguesa de Engenharia e Gestão da Saúde Local: Centro Hospitalar do Porto Bastonário representado por Florbela Braga Sessão de Abertura do IV Simpósio Científico de Saúde Associação dos Estudantes da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa (AEFFUL) “Gen(Ética) do Diagnóstico à terapêutica personalizada” Sessão Comemorativa do Dia Europeu do Antibiótico Organização: AEFFUL Local: Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa Bastonário representado por João Paulo Cruz Organização: Programa de Prevenção de Infecções e Resistência aos Antimicrobianos da Direcção-Geral da Saúde Local: Infarmed, Lisboa Bastonário representado por José Moniz Pereira Assembleia Geral do Grupo Farmacêutico da União Europeia (PGEU) Organização: PGEU Local: Bruxelas, Bélgica Bastonário representado por Ema Paulino Fórum “Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados: Prós e Contras” Organização: Conselho Regional de Farmácia do Estado do Rio de Janeiro Local: Rio de Janeiro, Brasil Carlos Maurício Barbosa (Orador) Conferência “Financiamento: Investir na Equidade e na Sustentabilidade” Organização: Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (APIFARMA) Local: Centro Cultural de Belém, Lisboa Bastonário representado por João Paulo Cruz Reunião Ordinária do Conselho Consultivo do Infarmed Organização: Infarmed Local: Infarmed, Lisboa Carlos Maurício Barbosa Concerto “Rigoletto” de Giuseppe Verdi Organização: Reitoria da Universidade de Lisboa e Caixa Geral de Depósitos Local: Aula Magna da Reitoria da Universidade de Lisboa Bastonário representado por João Paulo Cruz Sessão de Abertura da 7ª Semana APFH - 17º Simpósio Nacional da APFH “Terapêutica: Um Fato à Medida ou um Fato Ajustado?” Organização: Associação Portuguesa de Farmacêuticos Hospitalares (APFH) Local: Centro de Congressos do Estoril Carlos Maurício Barbosa II Congresso Nacional de Prevenção Oncológica / II Congresso Nacional dos Direitos dos Doentes Organização: Núcleo Regional do Norte da Liga Portuguesa Contra o Cancro Local: Fundação Cupertino de Miranda, Porto Bastonário representado por João Paulo Cruz (Orador) 8ª Edição do Prémio de Boas Práticas em Saúde Organização: Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Hospitalar Local: Infarmed, Lisboa Bastonário representado por Ana Mirco Sessão Solene de Abertura do I Simpósio Ibérico da Diabetes “Diabetes: da patologia genérica à complicação local severa” Organização: Sociedade de Feridas e Centro de Investigação em Ciência e Tecnologias da Saúde da Universidade de Évora Local: Centro Cultural de Arronches, Portalegre Bastonário representado por Fernando Miranda Abertura Inaugural do XVII Congresso Português de Parasitologia Organização: Sociedade Portuguesa de Parasitologia e Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra (FFUC) Local: FFUC Bastonário representado por Maria de Lurdes Costa Almeida Seminário “Compras Públicas na Saúde” Organização: Conselho de Administração dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde Local: Universidade Católica Portuguesa, Lisboa Bastonário representado por Antonieta Lucas Cerimónia Solene de Abertura do Ano Lectivo 2014/2015 da Escola de Serviço de Saúde Militar Organização: Escola de Serviço de Saúde Militar Local: Escola de Serviço de Saúde Militar, Lisboa Bastonário representado por Augusto Remédios I Congresso Nacional Político dos Estudantes de Ciências Farmacêuticas Organização: Associação Portuguesa de Estudantes de Farmácia Local: Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa Bastonário representado por Bruno Macedo e Andreia Bruno (Oradores) Sessão “Evidência em Farmácia Hospitalar” da 7ª Semana da APFH Organização: Associação Portuguesa de Farmacêuticos Hospitalares (APFH) Local: Centro de Congressos do Estoril Bastonário representado por Ana Cristina Rama (Oradora) Reunião do Conselho Geral do Conselho Nacional das Ordens Profissionais (CNOP) Organização: CNOP Local: Ordem dos Engenheiros, Lisboa Bastonário representado por Bruno Macedo Reunião da Associação EurHeCA Sessão de Abertura da 16ª Edição do Programa Avançado de Gestão para Farmacêuticos (PAGEF) Organização: Associação EurHeCA Local: Varsóvia, Polónia Carlos Maurício Barbosa Organização: Universidade Católica Portuguesa Local: Universidade Católica Portuguesa, Lisboa Bastonário representado por Bruno Macedo Sessão de Abertura do 5º Congresso Internacional dos Hospitais “Serviço Nacional de Saúde. (Re)Conhecer as Mudanças” Sessão “Portugal 2020” Organização: Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Hospitalar Local: Infarmed, Lisboa Bastonário representado por António Melo Gouveia IX Congresso Científico da AEFFUP “Toxicomanias e Drogas de Abuso” Organização: Associação de Estudantes da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto (AEFFUP) Local: Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto Bastonário representado por Ema Paulino (Oradora) Organização: Conselho Nacional das Ordens Profissionais Local: Ordem dos Engenheiros, Lisboa Bastonário representado por Bruno Macedo e Andreia Bruno Sessão de Abertura do XVII Congresso Nacional de Medicina / VIII Congresso Nacional do Médico Interno “Saúde, Passado, Presente e Futuro” Organização: Ordem dos Médicos Local: Reitoria da Universidade de Lisboa Bastonário representado por Antonieta Lucas Sessão de Encerramento da 7ª Semana APFH - 17º Simpósio Nacional da APFH “Terapêutica: Um Fato à Medida ou um Fato Ajustado?” Organização: Associação Portuguesa de Farmacêuticos Hospitalares (APFH) Local: Centro de Congressos do Estoril Bastonário representado por Armando Alcobia Cerimónia dos Prémios Ambiente 2014 Organização: Valormed Local: Cavalariças do Hotel Pestana Palace, Lisboa Bastonário representado por Eurico Pais V Conferência Anual “Portugal: The right place to invest and build partnerships in Health” Organização: Health Cluster Portugal Local: Reitoria da Universidade Nova de Lisboa Bastonário representado por Ema Paulino rof91 Cerimónia de Abertura do Symposium “The Future of Science in the 21st Century: Science and Ethics” of the European Academy of Sciences Organização: Câmara Municipal do Porto Local: Casa do Infante, Porto Bastonário representado por Francisco Carvalho Guerra Seminário “Qualidade e Segurança nos Cuidados de Enfermagem” Organização: Comissão Sectorial 09 do Instituto Português da Qualidade Local: Escola Superior de Enfermagem / Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa Bastonário representado por Rui Loureiro Conferência “VIH e os Afectos” Organização: Associação Portuguesa para a Prevenção e Desafio à Sida (SER+) Local: Assembleia da República, Lisboa Bastonário representado por José Moniz Pereira I Fórum Nacional do Sector Farmacêutico “O Medicamento nos cuidados da Saúde” Organização: Direcção Geral de Farmácia e do Medicamento do Ministério da Saúde de Cabo Verde Local: Praia, Cabo Verde Carlos Maurício Barbosa (Orador) Simpósio APTFeridas 2014 “Infecção e Qualidade: Que Desafios” Organização: Associação Portuguesa de Tratamento de Feridas Local: Centro de Congressos da Exponor, Matosinhos Bastonário representado por Florbela Braga I Jornadas da Juventude “Se Tás na Onda Previne!” (S.T.O.P.!) Organização: Fundação Portuguesa de Cardiologia Local: Unidade Central do Pólo das Ciências da Saúde, Coimbra Bastonário representado por Fernando Ramos (Orador) Sessão de Apresentação das “Recomendações para a Longevidade” Organização: Associação Amigos da Grande Idade - Inovação e Desenvolvimento Local: Assembleia da República, Lisboa Bastonário representado por Eurico Pais Conferência “Pensar a Saúde – Acesso do Cidadão à Inovação Terapêutica – Oncologia” 3º Encontro de Outono das Unidades de Saúde Familiar (USF) “BI - Ferramenta de Contratualização e Qualidade” da Associação Nacional de Unidades de Saúde Familiar Organização: Associação Nacional de Unidades de Saúde Familiar Local: Secção Regional do Norte da Ordem dos Médicos, Porto Bastonário representado por Ema Paulino Sessão de Encerramento do 35º Congresso Português de Geriatria e 16º Congresso Português de Gerontologia Social Organização: Sociedade Portuguesa de Geriatria e Gerontologia Local: Centro Ismaili, Lisboa Bastonário representado por Isabel Vitória Organização: Escola Nacional de Saúde Pública Local: Centro Cultural de Belém, Lisboa Bastonário representado por João Paulo Cruz Conferência “Crescer? Sim, Claro. Mas Como?” Organização: SIC Notícias e Caixa Geral de Depósitos Local: Arena Campo Pequeno, Lisboa Bastonário representado por Eurico Pais Reunião com a Associação Portuguesa de Estudantes de Farmácia (APEF) Local: Sede Nacional da Ordem dos Farmacêuticos, Lisboa Carlos Maurício Barbosa e Ema Paulino Symposium “Ebola - The Outbreak” Organização: Lisbon PH - Empresa Júnior da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa (FFUL) Local: FFUL Bastonário representado por Bruno Macedo Conferência de Encerramento “Desafios Globais: projecção para o futuro” Organização: Câmara dos Despachantes Oficiais Local: Centro Cultural de Belém, Lisboa Bastonário representado por Eurico Pais Conferência Comemorativa dos 30 anos do Centro de Informação do Medicamento da Ordem dos Farmacêuticos Organização: Ordem dos Farmacêuticos Local: Hotel Lisboa Plaza Carlos Maurício Barbosa IV Colóquio NECiFarm “Indústria Farmacêutica: uma realidade assim tão distante?” Organização: Núcleo de Estudantes de Ciências Farmacêuticas da Universidade do Algarve (NECiFarm) Local: Campus de Gambelas da Universidade do Algarve, Faro Bastonário representado por Antonieta Lucas (Oradora) Sessão de Encerramento do XX Congresso Nacional do Partido Socialista (PS) Organização: PS Local: Parque de Exposições da FIL, Lisboa Bastonário representado por Isaura Martinho Cerimónia de Homenagem à Professora Doutora Maria Odette Santos-Ferreira e lançamento do seu Livro Biográfico “Uma Vida, Uma Luta” Organização: Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa (FFUL) com a colaboração da Ordem dos Farmacêuticos Local: FFUL Carlos Maurício Barbosa Sessão de Discussão “Uso do Medicamento - Somos Todos Responsáveis” Organização: Secção Regional de Lisboa da Ordem dos Farmacêuticos Local: Hotel Vila Galé Opera, Lisboa Carlos Maurício Barbosa Sessão de Abertura das 4ªs Jornadas Nacionais ÉticoJurídicas da Infecção VIH/SIDA “Novos Problemas do VIH e SIDA” Organização: Fundação Portuguesa “A Comunidade contra a Sida” Local: Centro Hospitalar Universitário de Coimbra Carlos Maurício Barbosa Inauguração da Exposição “Almada Negreiros: O que nunca ninguém soube que houve” Organização: Fundação EDP Local: Museu da Electrecidade, Lisboa Bastonário representado por Ricardo Santos VII Fórum Nacional sobre a Gestão do Medicamento em Meio Hospitalar Organização: Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares Local: Fundação Museu do Oriente, Lisboa Bastonário representado por João Paulo Cruz e Armando Alcobia Ciclo de Seminários Nutrição Comunitária “Autarquias que alimentam o futuro” Organização: Ordem dos Nutricionistas Local: Universidade Fernando Pessoa, Porto Bastonário representado por Pedro Barata Reunião da Direcção Nacional da Ordem dos Farmacêuticos Local: Sede Nacional da Ordem dos Farmacêuticos, Lisboa Carlos Maurício Barbosa e directores nacionais Jantar Comemorativo do 75º Aniversário da APIFARMA e Apresentação Pública da Obra “A Indústria Farmacêutica em Portugal – Saber Investir Saber Inovar 75 Anos” Organização: Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (APIFARMA) Local: Laboratório Chimico do Museu Nacional de História Natural e da Ciência, Lisboa Bastonário representado por João Paulo Cruz Cerimónia de Tomada de Posse dos Novos Órgãos Sociais da Associação de Estudantes da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto (AEFFUP) Organização: AEFFUP Local: Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto Carlos Maurício Barbosa Assembleia Regional da Secção Regional do Porto da Ordem dos Farmacêuticos Local: Secção Regional do Porto da Ordem dos Farmacêuticos Carlos Maurício Barbosa Cerimónia de Tomada de Posse dos Órgãos Sociais da Associação Portuguesa de Estudantes de Farmácia (APEF) Organização: APEF Local: Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto Carlos Maurício Barbosa Sessão Solene de Abertura do Ano Lectivo 2014/2015 e Cerimónia de Entrega de Diplomas Organização: Instituto Superior de Ciências da Saúde – Norte Local: Campus Universitário de Gandra Bastonário representado por João Paulo Carneiro Assembleia Regional da Secção Regional de Lisboa da Ordem dos Farmacêuticos Reunião com a Presidente da Associação de Farmácias de Portugal (AFP) Local: Sede Nacional da Ordem dos Farmacêuticos, Lisboa Carlos Maurício Barbosa Local: Sede Nacional da Ordem dos Farmacêuticos, Lisboa Carlos Maurício Barbosa e Ema Paulino Cerimónia de Entrega dos Prémios TOP 5’14 “TOP 5’14 – A Excelência dos Hospitais” Organização: IASIST Portugal Local: Reitoria da Universidade Nova de Lisboa Carlos Maurício Barbosa Inauguração do novo Laboratório Central do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) Organização: CHUC Local: CHUC Carlos Maurício Barbosa Conferência “Missing Innovation” Organização: Revista Portuguesa de Farmacoterapia Local: Infarmed, Lisboa Carlos Maurício Barbosa Sessão Comemorativa do 66º Aniversário da Declaração Universal dos Direitos do Homem Organização: Ordem dos Advogados Local: Ordem dos Advogados, Lisboa Bastonário representado por Joaquim Marques Assembleia Regional da Secção Regional de Coimbra da Ordem dos Farmacêuticos Local: Secção Regional de Coimbra da Ordem dos Farmacêuticos Carlos Maurício Barbosa Visita ao Serviço de Reprodução Humana do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) Organização: CHUC Local: CHUC Carlos Maurício Barbosa Visita ao Centro de Crioconservação – oncofertilidade do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) Organização: CHUC Local: CHUC Carlos Maurício Barbosa Visita à Exposição “Farmácia, a arte milenar de curar” Organização: Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) Local: CHUC Carlos Maurício Barbosa rof93 Assembleia Geral do Conselho Nacional das Ordens Profissionais (CNOP) Organização: CNOP Local: Ordem dos Notários, Lisboa Bastonário representado por Bruno Macedo Cerimónia de Tomada de Posse dos Órgãos Sociais da Associação dos Estudantes da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa (AEFFUL) Organização: AEFFUL Local: Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa Bastonário representado por Eurico Pais Última Aula / Aula de Jubilação da Senhora Professora Doutora Maria Luísa Campeão Fernandes Vaz de Sá e Melo Organização: Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra (FFUC) Local: FFUC Carlos Maurício Barbosa Reunião do Conselho Consultivo e de Acompanhamento do Plano Nacional de Saúde 2012-2016 Organização: Direcção-Geral da Saúde Local: Centro de Histocompatibilidade do Sul, no Hospital Pulido Valente, Lisboa Bastonário representado por Bruno Macedo Cerimónia de Lançamento dos Programas Operacionais do Portugal 2020 Organização: Ministério do Desenvolvimento Regional Local: Fundação Champalimaud, Lisboa Carlos Maurício Barbosa Apresentação Pública do Relatório “Infecção VIH, SIDA e Tuberculose em números - 2014” Organização: Programa Nacional para a Infecção VIH/Sida da Direcção-Geral da Saúde Local: Infarmed, Lisboa Bastonário representado por João Paulo Cruz Reunião da Direcção Nacional da Ordem dos Farmacêuticos Local: Sede Nacional da Ordem dos Farmacêuticos, Lisboa Carlos Maurício Barbosa e directores nacionais Cerimónia de Lançamento da Colecção “Farmacopeias Portuguesas” Organização: Universidade de Coimbra, Bluepharma, Biblioteca Geral e Imprensa da Universidade Local: Biblioteca Joanina, Coimbra Bastonário representado por Odete Isabel Assembleia Geral da Ordem dos Farmacêuticos Local: Sede Nacional da Ordem dos Farmacêuticos, Lisboa Carlos Maurício Barbosa Jantar de Natal da Secção Regional de Lisboa da Ordem dos Farmacêuticos Organização: Secção Regional de Lisboa da Ordem dos Farmacêuticos Local: Restaurante “O Conchas”, Lumiar Carlos Maurício Barbosa Reunião do Conselho Fiscal Nacional da Ordem dos Farmacêuticos Reunião do Conselho Nacional da Qualidade Reunião do Conselho Jurisdicional Nacional Reunião do Conselho para a Qualificação e Admissão Reunião do Conselho Editorial do Boletim do Centro de Informação do Medicamento ROF 113 Out/Dez 2014 PAT: TECNOLOGIAS ANALÍTICAS EM-PROCESSO NA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA INTRODUÇÃO MITOS Define‑se e exemplifica‑se o que são Tecnologias Analíti‑ cas Em‑Processo (Process Analytical Technology) e o seu papel fundamental na implementação de QbD (Quality by Design) na Indústria Farmacêutica (IF). Num artigo anterior1 apresentou‑se o conceito da produção farmacêutica obede‑ cendo a novas ciências do fabrico, como as baseadas em QbD e na Gestão dos Riscos para a Qualidade (QRM) do produto final. Esta discussão é extremamente actual se se considerarem as transformações recentes na FDA e EMA, já reflectidas nas ICH Q10 (Pharmaceutical Quality System), Q11 (Development and Manufacture of Drug Substances) e na futura ICH Q12 (Lifecycle Management), de que a indústria deverá adoptar uma cultura da qualidade e não uma cultura da conformidade.2 Um dos mitos que existem em relação ao PAT é a de que se trata apenas de monitorização em‑processo e que esta está muito desenvolvida e bem aceite na indústria química há mui‑ to tempo, devendo a IF apenas usar o que já foi provado nes‑ sas indústrias!4 O que existe na verdade na indústria química é um controlo de qualidade em tempo‑real e normalmente in‑situ de determinadas propriedades uma de cada vez (e.g., numa petroquímica mede‑se com um cromatógrafo de gás em‑tempo real e in‑situ numa destilação a concentração de determinado hidrocarboneto específica e selectivamente). No entanto, o que o PAT propõe é muito mais do que a medição rápida de uma propriedade. É a possibilidade de estimar o estado do próprio processo, com referência ao tipo de me‑ canismos de funcionamento subjacentes, e escolher o tipo de acção mais adequado para eliminar ou mitigar o efeito de desvios operatórios na qualidade do produto final, realizan‑ do esta actuação várias operações unitárias a montante do fim‑da‑linha (end‑of‑pipe) onde se obtém o produto final. Re‑ tomando o exemplo petroquímico anterior, é medir ao mes‑ mo tempo as várias espécies presentes num processo e em tempo‑real verificar se as estequiometrias são as esperadas (e.g., se existe alguma desactivação do catalisador utilizado). Um outro mito é o de que o uso de PAT se limita a empresas com grande número de lotes do mesmo produto. De facto, é nossa experiência que existem benefícios consideráveis na aplicação de estratégias PAT em empresas multiproduto com pequenas produções, pouco frequentes, de produtos de alto valor acrescentado, e também no caso de empresas com gran‑ des volumes de produtos de valor unitário reduzido. O retorno ao investimento existe sempre, desde que se considere inte‑ gralmente o ciclo de vida e desde que se opte por uma solução PAT adequada (viz., muitas vezes simples análises de controlo em‑processo, IPC). PAT é uma estratégia que integra uma componente de mo‑ nitorização (baseada em medidas em‑processo), uma com‑ ponente onde a informação extraída dessa monitorização é posta em perspectiva, em termos do histórico processual (e.g., comparando a trajectória medida para a execução cor‑ rente do processo com as verificadas em lotes concluídos com sucesso), uma componente que avalia a existência de desvios e a sua origem (viz., detecção e diagnóstico) e final‑ mente uma componente de actuação sobre o processo (i.e., A DEFINIÇÃO DE PAT Segundo a FDA,3 PAT são sistemas para concepção, análi‑ se e controlo de processos de fabrico através de medidas realizadas em tempo‑útil (i.e., durante o processamento) de atributos de desempenho e de qualidade críticos de matérias‑ ‑primas e produtos intermédios, com o objectivo de assegurar a qualidade do produto final. Em duas palavras: compreensão e controlo! Ou seja, é um esforço de intensificação da monito‑ rização, com o objectivo de melhorar o grau de conhecimento existente sobre cada passo ou operação unitária do processo (viz., dos fenómenos mais relevantes com um impacto nos atributos de qualidade do produto final) e dessa forma ter uma base racional e quantitativa para todas as actividades relacionadas com a produção do produto ao longo do seu ciclo de vida (concepção do processo de produção, aumento de escala, produção em rotina e melhoria contínua). O uso de PAT nas etapas iniciais de desenvolvimento de um produto (e.g., ensaios galénicos) ou de um processo (e.g., escalona‑ mento) reduz significativamente tempos de desenvolvimento pela muito maior quantidade de informação que é possível extrair de cada campanha experimental. Durante as fases de produção, o uso de PAT permite identificar oportunidades de melhoria e é melhor capturado e documentado todo o históri‑ co processual (i.e., dados, informação e conhecimento) facili‑ tando enormemente todo o tipo de investigações que sejam necessárias levar a cabo retrospectivamente. de controlo) de modo a repor o estado desejado para o pro‑ cesso. Deste modo PAT só é verdadeiramente conseguida quando se estabelece este ciclo virtuoso entre estas etapas de avaliação e actuação no processo (Fig. 1). Como é fácil de verificar existe um paralelismo evidente entre PAT‑QbD e estratégias Lean‑6‑Sigma de operação (cf. explanado em artigo anterior1). A Melhorias no processo promovidas por alterações no controlo de qualidade (IPCs) ROI’s típicos de € 50 a 100 mil/ano B Melhorias na qualidade do produto final promovidas por alterações ao processo de fabrico (dentro das gamas registadas NOR) ROI’s típicos de € 1 a 5 milhões/ano C Utilização de PAT para acelerar o desenvolvimento, industrialização e time-to-market (6-24 meses) de novos produtos ROI’s típicos > 100 milhões/NDA Figura 1 ‑ O conceito PAT baseia‑se na interligação de 4 componentes. Figura 2 – Cenários de implementação PAT e ROIs associados. FERRAMENTAS DE MONITORIZAÇÃO PAT MAIS COMUNS melhoria a nível global do processo (pensar globalmente, agir localmente). Ter uma equipa multidisciplinar, começar peque‑ no, crescer passo‑a‑passo, ter um modelo de governança com benefícios partilhados entre quem desenvolve a solução PAT e quem dela beneficia de modo a tornar sustentável a introdução deste novo paradigma. A esmagadora maioria das técnicas analíticas em‑processo utilizadas em estratégias PAT são obviamente baseadas em técnicas que possuem a capacidade de capturar de forma integral (holística) diferentes propriedades (químicas e físicas) de uma matriz complexa. Só dessa forma é possível capturar em cada momento de um processo o seu verdadeiro estado (e.g., numa granulação conhecer o tamanho médio, proprieda‑ des relacionadas com a estabilidade mecânica, a facilidade de escoamento, ou conteúdo em humidade e API dos grânulos). Por essas razões, as espectroscopias usando quase todos os tipos de luz estão omnipresentes: infravermelho (próximo ou médio), Raman, fluorescência, dieléctrica, micro‑ondas, etc. De todas estas, sem dúvida a que mais se afirmou ao longo da última década foi a espectroscopia NIR (near‑infrared).5 A dimensionalidade dos dados obtidos (espectros), a quantida‑ de gerada por lote e o facto de ser em geral necessário con‑ siderar simultaneamente múltiplos comprimentos de onda e diferenças pequenas entre espectros, obriga à utilização de técnicas de análise e de calibração multivariadas. Esses métodos estão implementados em diversos softwares co‑ merciais e todos os equipamentos para aplicações PAT vêm já com alguns destes softwares. A boa utilização de todas estas técnicas (“boas práticas”) constitui a diferença funda‑ mental entre um trabalho bem feito (eficaz e confiável ao longo do tempo) ou não. CONCLUSÃO Durante o ciclo de vida de um produto produzido por QbD, existe permanentemente um duplo foco sobre o processo e o produto. PAT é um novo paradigma de controlo de qualidade, cujo foco é todo o processo e não um ponto ou propriedade específicos do processo ou dos materiais em‑processamento. A possibilidade de controlar a qualidade por antecipação ainda durante o processamento, de modo a evitar efeitos irreversí‑ veis na qualidade do produto final, é o objectivo da utilização de estratégias PAT. A Fig. 2 refere os indicadores de retorno ao investimento (ROI) obtidos pelos autores em mais de 50 projectos nos últimos 10 anos em colaborações industriais em diversos países. José Cardoso Menezes Professor, Instituto Superior Técnico, Universidade de Lisboa Pedro M. Felizardo Doutor em Engenharia Química, CTO 4Tune Engenharia Lda FACTORES DE SUCESSO Definir o objectivo pretendido para a implementação PAT. Escolher adequadamente a componente de monitorização. Entender diversos aspectos do processo ao qual se irá apli‑ car a ferramenta (e.g., a sua dinâmica, as fases que contém, o tipo de mecanismos presentes mais importantes). Usar adequadamente a monitorização e os métodos de extracção da informação analítica, numa perspectiva de compreensão do processo, estimativa de estado e de controlo, e não numa óptica simplista de substituição analítica pura e simples de determinada propriedade química ou física. Ter uma abor‑ dagem holística ao processo e avaliar o tipo de acções de Referências bibliográficas 1. 2. 3. 4. 5. Menezes JC, Gouveia F. Quality by Design (QbD): Manufacturing‑Sciences para o Séc. XXI. Boletim do CIM 2014; Jul/Set: 1‑2. Em: ROF. 2014; 112. 2014 PDA Pharmaceutical Quality Metrics Conference. Exploring Quality Culture and Quality Systems Maturity. Dec 2‑4, Washington, DC (USA). FDA, Guidance for Industry PAT – A Framework for Innovative Pharmaceutical Devel‑ opment, Manufacturing, and Quality Assurance, September 2004. Menezes JC. The PAT Toolbox & Skills‑Set: what we have learned, so far! 9th. Kollo‑ quium Prozessanalytik, BASF‑Ludwigshafen: “100 years of PAT”, Nov. 28‑29, 2013. Alcalà M, Blanco M, Menezes JC, Felizardo PM, Garrido A, Pérez D, Zamora E, Pasqui‑ ni C Romañach RJ. Near‑Infrared Spectroscopy in Laboratory and Process Analysis. Encyclopedia of Analytical Chemistry. Wiley, 2012. HIPOCOLESTEROLÉMIAS Quando falta colesterol… INTRODUÇÃO Odiado, demonizado, alvo de múltiplas investigações e de cus‑ tos milionários em fármacos (que visam diminui‑lo, ou controlá‑ ‑lo) o colesterol é na verdade uma molécula indispensável à vida animal que existe de modo ubiquitário nos tecidos e órgãos de todos os vertebrados. Relembremos que é um componente das membranas plasmáticas e das camadas que formam as bainhas de mielina do sistema nervoso central e periférico;1 é um precursor necessário à síntese de ácidos biliares, hor‑ monas esteróides, oxiesteróis e neuroesteróis;2 um composto essencial à progressão da mitose3 possuidor de propriedades sinaptogénicas4 e moduladoras da morfogénese embrionária.5 O colesterol presente no organismo tem origem exógena e endógena. Esta última é responsável por satisfazer cerca de 80% das necessidades diárias6 e corresponde à fração produ‑ zida in vivo por um vasto conjunto de enzimas que catalisam as cerca de 30 reações necessárias à síntese integral da molé‑ cula a partir de acetil‑CoA . HIPOCOLESTEROLÉMIA A hipocolesterolémia foi definida como uma situação fisiológi‑ ca que se caracteriza por concentrações de colesterol total e LDL inferiores ao percentil cinco da população geral ajustada para idade, sexo e raça.7 Na década de 90 foi pela primeira vez evidenciada a dramá‑ tica consequência de baixos níveis de colesterol em células mitóticas, com a descrição do efeito devastador da hipocoles‑ terolémia no desenvolvimento fetal. Esta foi suportada pela descoberta de um conjunto de doenças metabólicas causadas por mutações nos genes que codificam enzimas envolvidas na síntese endógena de colesterol. Este grupo foi crescendo à medida que novas patologias, fenótipos e genes mutados fo‑ ram sendo descritos.8 Apesar de compartilharem algumas ca‑ racterísticas clínicas comuns – incluindo morfogénese anormal e atraso de crescimento – estas doenças metabólicas heredi‑ tárias são ainda pouco reconhecidas na prática clínica. DÉFICES DA BIOSSÍNTESE DE COLESTEROL Nos doentes com comprometimento da biossíntese do co‑ lesterol há um desenvolvimento embrionário anormal o qual leva ao aparecimento de diversas características fenotípicas ainda no período pré‑natal, uma vez que a passagem do coles‑ terol através da barreira placentária é limitada.8,9 O processo patológico subjacente à carência em colesterol decorre como consequência do bloqueio da via metabólica responsável pela sua síntese. Por um lado há carência em colesterol nos tecidos periféricos e sistema nervoso central e, por outro, observa‑ ‑se uma acumulação de esteróis precursores em quantidades anómalas, que podem ser incorporados nomeadamente a nível membranar, modificando as suas propriedades, ou ser meta‑ bolizados, originando compostos distintos suscetíveis de exer‑ cer uma ação biológica distinta.5 Presentemente encontram‑se descritas nove doenças metabó‑ licas afetando a conversão do primeiro esterol da via metabó‑ lica (lanosterol) em colesterol.5,10 O nome, défice enzimático, gene envolvido e características principais destas patologias encontram‑se indicados no quadro. A mais frequente e mais estudada deste grupo de doenças hereditárias do metabolismo é a síndrome de Smith‑Lemli‑ ‑Opitz (SLOS). Foi descrita em termos clínicos pela primeira vez em 196411 como uma síndrome caracterizada por atraso mental e malformações várias, e redefinida na década de no‑ venta como doença hereditária do metabolismo quando lhe foram inesperadamente associadas a hipocolesterolémia12 e mutações no gene DHCR7.13,14 A SLOS é causada pelo dé‑ fice da última enzima da via da biossíntese do colesterol, a 7‑dehidrocolesterol redutase (EC.13.1.21) que catalisa a con‑ versão de 7‑dehidrocolesterol (7DHC) em colesterol. O fenó‑ tipo dos doentes é bastante variado,15 havendo desde for‑ mas ligeiras10 até quadros polimalformativos multiorgânicos incompatíveis com a vida.9 Caracteriza‑se por um padrão de dismorfias faciais minor (ptose palpebral, narinas anteverti‑ das, micrognatia, fenda palatina, úvula bífida), alterações dos membros (sindactilia do segundo e terceiro dedos dos pés, po‑ lidactilia pós‑axial), anomalias congénitas múltiplas incluindo: pseudo‑hermafroditismo no sexo masculino, hipolobulação pul‑ monar, agenesia renal, alterações cardíacas e cerebrais, bem como hipotonia neonatal, atraso de crescimento, alterações comportamentais e atraso do desenvolvimento psicomotor.15 A incidência estimada com base na deteção de níveis au‑ mentados de 7‑dehidrocolesterol, é de 1:10 000 a 1:60 000 recém‑nascidos vivos.5 A suplementação em colesterol, seja através de uma intervenção dietética quer recorrendo a su‑ plementos sintéticos, constitui a medida terapêutica mais fre‑ quentemente utilizada, embora com resultados limitados.15 O diagnóstico baseia‑se na deteção de concentrações anormal‑ mente altas do composto marcador – 7‑dehidrocolesterol – no sangue ou tecidos do doente e é normalmente feita por espec‑ trometria de UV ou cromatografia gasosa.14 O diagnóstico pré‑ ‑natal (DPN) deve ser equacionado nas gestações em que se verifiquem simultaneamente três condições: i) concentração de estriol livre materno baixa; ii) cariótipo fetal normal (excluin‑ do assim uma anomalia cromossómica) e iii) alterações eco‑ gráficas evidenciando atraso de crescimento intrauterino ou malformações fetais.8,9 O doseamento dos esteróis presentes no líquido amniótico (LA) permite realizar o DPN bioquímico,9 enquanto que o DPN molecular (baseado na identificação de mutações causais no gene responsável pela síndrome), pode ser feito recorrendo ao ADN extraído diretamente do LA, vilo‑ sidades coriónicas, ou respetivas culturas, sendo útil na confir‑ mação de resultados bioquímicos ambíguos.8 EFEITO TERATOGÉNICO DE FÁRMACOS QUE INTERFEREM COM A BIOSSÍNTESE DO COLESTEROL Muitas mulheres em idade fértil tomam regularmente me‑ dicação, levando a que em muitas gestações ocorra uma ex‑ posição precoce a uma vasta gama de fármacos. Compostos que bloqueiem passos cruciais da biossíntese do colesterol podem exercer um efeito teratogénico, mimetizando os defei‑ tos enzimáticos primários, originando fenocópias que podem assemelhar‑se ao fenótipo da doença hereditária corresponden‑ te. Entre os medicamentos com estas propriedades encontram‑ ‑se alguns antifúngicos (fluconazol), antineoplásicos (tamoxife‑ no) e fármacos para controlo da hipercolesterolémia.8 Resumindo, do lado oposto às hipercolesterolémias, patolo‑ gias frequentes e bastante conhecidas, estão as hipocoles‑ terolémias, doenças raras, carenciais, com manifestações e início pré‑natal, constituindo cada caso um modelo vivo das QUADRO 1 – DÉFICES DA BIOSSÍNTESE DE COLESTEROL Patologia SLOS Desmosterolose Latosterolose Síndrome de AB com alterações genitais e da esteroidogénese MIM 270400 Enzima deficitária 3b‑Hidroxiesterol D7‑redutase 602398 3b‑Hidroxiesterol D24‑redutase 607330 3b‑Hidroxiesterol D5‑dessaturase 201750 P450 oxidoredutase Gene e Localização cromossómica DHCR7 11q12‑13 DHCR24 1p31.1‑p3.3 SC5D 11q23.3 POR 7q11.2 Modo de transmissão Fenótipo AR h7-DHC, h8-DHC, icolesterol nos tecidos. Sindactilia 2º e 3º dedos dos pés, AM, microcefalia, atraso de desenvolvimento pós‑natal, narinas antevertidas, ptose, micrognatia, anomalias genitais, polidactilia, fenda palatina/ úvula bífida, lobulação pulmonar anormal, alterações renais, cataratas, estenose do piloro. AR hDesmosterol, icolesterol nos tecidos. Malformações congénitas múltiplas esqueléticas e do SNC. Só há 5 casos na literatura os quais apresentam variabilidade fenotípica marcada, embora as malformações se enquadrem com o descrito para os demais défices da biossíntese do colesterol. AR hLatosterol, icolesterol nos tecidos. Há uma sobreposição parcial com o fenótipo SLOS. Apesar da variabilidade fenotípica, os 3 casos identificados apresentam em comum múltiplas anomalias congénitas, nomeadamente dismorfia facial, microcefalia, polidactilia pós‑axial e envolvimento hepático. AR Alteração da esteroidogénese. Craniossinostose, sinostose radiohumeral, hipoplasia da face média, outras malformações esqueléticas, contracturas articulares múltiplas, alterações genitourinárias afectando ambos os sexos (por vezes com ambiguidade da genitália externa). Mortalidade de cerca de 80% no período neonatal. Displasia de Greenberg 215140 3b‑Hidroxiesterol D14‑ redutase LBR 1q42.1 AR Vestígios de colesta-8(9),14-diene-3b-ol, colesta-8(9),14,24-trien-3b-ol nos tecidos fetais. Osteocondrio‑displasia incompatível com a vida. Hidropsia fetal, calcificações ectópicas, encurtamento rizomélico dos membros, face dismórfica, higroma cístico, hiploplasia pulmonar, hematopoiese extramedular, polidactilia. Défice da oxidase dos C4metilesteróis 607545 Isoenzima da oxidase dos C4‑metilesteróis SC4MOL 4q3 2‑q34 AR h4a-metilesteróis, h4,4’- dimetilesteróis na pele e sangue, icolesterol total, i HDL, i LDL. Microcefalia, cataratas congénitas, artralgias, atraso de desenvolvimento e dermatite psoriasiforme 302960 Esterol D8‑ ‑D7 isomerase EBP Xp11.22‑ ‑11.23 XD h8-DHC, hcolesta-8(9)-en-3b-ol, icolesterol nos tecidos. Eritrodermia ictiosiforme, encurtamento assimétrico dos ossos longos, calcificações da traqueia, laringe e epífises dos ossos longos, cataratas, escoliose, anomalias das costelas e vértebras. Letal na maioria dos casos do sexo masculino. 308050 C4‑esterol desidrogenase NSDHL Xq28 XD Marcadores bioquímicos praticamente indetectáveis. Hemidisplasia congénita com eritrodermia ictiosiforme e defeitos nos membros, lesões cutâneas nas dobras, malformações esqueléticas ipsilaterais sendo comum, a hipoplasia digital e agenesia completa de membros. Mortal nos indivíduos do sexo masculino. XR Sem marcadores bioquímicos. Identificado em 2 famílias com AM ligado ao X, microcefalia, convulsões com início na infância, malformações do córtex cerebral, face característica (com fendas palpebrais oblíquas, ponte nasal alta, palato alto e arqueado e micrognatia), aspecto longílineo, hiperactividade e irritabilidade. CDPX2 Síndrome de CHILD Síndrome CK 300831 C4‑esterol desidrogenase(*) NSDHL Xq28 Legenda: MIM –Mendelian Inheritance in Man database, SLOS ‑ Síndrome de Smith‑Lemli‑Opitz, CDPX2 – Condrodisplasia puntata do tipo 2, CHILD – Hemidisplasia congénita com nevus ictiosiorme e alterações dos membros, AB – Antley Bixler, AR ‑ autossómico recessivo, XR ‑ ligado ao X recessivo, XD ‑ Ligado ao X dominante, AM – Atraso mental, SNC – sistema nervoso central, 7‑DHC – 7‑dehidrocolesterol, 8‑DHC – 8‑dehidrocolesterol, h aumento, i diminuição, (*) alelos hipomórficos sensíveis à temperatura. consequências biológicas de cada bloqueio metabólico de per si. O estudo destes défices e das alterações bioquímicas e ce‑ lulares associadas permite aprofundar o conhecimento sobre o eventual efeito teratogénico de alguns fármacos e equacionar novas abordagens terapêuticas da hipercolesterolémia. Maria Luís Cardoso Farmacêutica, Mestre em Genética Humana Aplicada Referências bibliográficas 1. Clayton PT. Disorders of cholesterol biosynthesis. Arch Dis Child.1998; 78: 185‑ ‑189. 2. Porter FD. Smith‑Lemli‑Opitz syndrome: pathogenesis, diagnosis and management. Eur J Hum Genet. 2008; 16:535‑41. 3. Suárez Y, Fernández C, Ledo B, Martin M, Gómez‑Coronado D, Lasunción MA. Sterol stringency of proliferation and cell cycle progression in human cells. Biochim Biophys Acta. 2005; 1734: 203‑213. 4. Göritz C, Mauch DH, Pfrieger FW. Multiple mechanisms mediate cholesterol‑induced synaptogenesis in a CNS neuron. Mol Cell Neurosci. 2005; 2:190‑201. 5. Porter FD, Herman GE. Malformation syndromes caused by disorders of cholesterol synthesis. J Lipid Res. 2011; 52(1):6‑34. 6. Xu F, Rychnovsky SD, Belani JD, Hobbs HH, Cohen JC, Rawson RB. Dual Roles for Cholesterol in mammalian cells. PNAS. 2005; 102:14551‑14556 7. Moutzouri E, Elisaf M, Liberopoulos EN. Hypocholesterolemia. Curr Vasc Pharmacol. 2011; 9(2):200‑12. 8. Cardoso ML, Barbosa M, Fortuna AM, Marques F. Current issues regarding prenatal diagnosis of inborn errors of cholesterol biosynthesis. In Prenatal Diagnosis ‑ Mor‑ phology Scan and Invasive Methods, Richard Kwong Wai Choy and Tak Yeung Leung (Ed.), 2012;(7)111‑136 ISBN: 978‑953‑51‑0614‑2. 9. Cardoso ML, Fortuna AM, Castedo S, Martins M, Montenegro N, Jakobs C, Clayton P, Vilarinho L. Diagnóstico Pré‑natal de Síndrome de Smith‑Lemli‑Opitz. Arq Med. 2005; 19(1‑2): 23‑27. 10. Cardoso ML, Barbosa M, Serra D, Martins E, Fortuna A, Reis‑Lima M, Bandeira A, Bal‑ reira A, Marques F. Living with inborn errors of cholesterol biosynthesis: lessons from adult patients. Clin Genet. 2013. doi: 10.1111/cge.12139. 11. Smith DW, Lemli L, Opitz JA. A newly recognized syndrome of multiple congenital anomlies. J Pediatr. 1964; 64:210‑7. 12. Tint GS, Irons M, Elias ER, Batta AK, Frieden R, Chen T, Salen G. Defective Choleste‑ rol Biosynthesis Associated with the Smith‑Lemli‑Opitz syndrome. New Engl J Med 1994; 330:107‑13. 13. Waterham HR, Wijburg FA, Hennekam RC, Vreken P, Poll‑The BT, Dorland L, Duran M, Jira PE, Smeitink JA, Wevers RA, Wanders RJ. Smith‑Lemli‑Opitz syndrome is caused by mutations in the 7‑dehydrocholesterol reductase gene. Am J Hum Genet. 1998; 63(2):329‑38. 14. Cardoso ML, Balreira A, Martins E, Nunes L, Cabral A, Marques M, Lima MR, Marques JS, Medeira A, Cordeiro I, Pedro S, Mota MC, Dionisi‑Vici C, Santorelli FM, Jakobs C, Clayton PT, Vilarinho L. Molecular studies in Portuguese patients with Smith‑Lemli‑ ‑Opitz syndrome and report of three new mutations in DHCR7. Mol Genet Metab. 2005; 85(3):228‑35. 15. Cardoso ML, Bandeira A, Lopes A, Rodrigues M, Venâncio M, Marques JS, Janeiro P, Ferreira I, Quelhas D, Sequeira S, Soares G, Lourenço T, Rodrigues R, Gaspar A, Nunes L, Marques F, Martins E. A síndrome de Smith‑Lemli‑Opitz: características fenotípicas e genotípicas dos doentes portugueses. Acta Ped Port. 2012;43(2):47‑52. BOLETIM DO CIM ‑ Publicação trimestral de distribuição gratuita da Ordem dos Farmacêuticos Director: Carlos Maurício Barbosa Conselho Editorial: Aurora Simón (editora); Clementina Varelas; Francisco Batel Marques; J. A. Aranda da Silva; M.ª Eugénia Araújo Pereira; Paula Iglésias; Rodrigo Campos; Rui Pinto; Sérgio Simões; Teresa Soares. Os artigos assinados são da responsabilidade dos respectivos autores. Legislação mais relevante publicada no período de 1 de Outubro a 31 de Dezembro de 2014 ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA Lei Nº 77/2014, de 11 de novembro de 2014 (DR I.ª Série, Nº 218, 11‑11‑2014) Procede à vigésima primeira alteração ao Decreto‑Lei nº 15/93, de 22 de janeiro, que aprova o regime jurídico aplicável ao tráfico e con‑ sumo de estupefacientes e substâncias psicotrópicas, aditando a substância alfa‑fenilacetoacetonitrilo à tabela anexa V. Resolução da Assembleia da República Nº 85/2014, de 15 de outubro de 2014 (DR I.ª Série, Nº 199, 15‑10‑2014) Recomenda ao Governo medidas concretas em defesa dos Cuida‑ dos de Saúde Primários no Algarve, dos utentes e dos profissio‑ nais de saúde. Lei Nº 82‑A/2014, de 31 de dezembro de 2014 (DR I.ª Série, Nº 252, 1ª Supl., 31‑12‑2014) Aprova as Grandes Opções do Plano para 2015. Lei Nº 82‑B/2014, de 31 de dezembro de 2014 (DR I.ª Série, Nº 252, 1ª Supl., 31‑12‑2014) Orçamento do Estado para 2015. MINISTÉRIOS DA AGRICULTURA E DO MAR DL Nº 170/2014, de 7 de novembro de 2014 (DR Iª Série, Nº 170, 07‑11‑2014) Procede à nona alteração ao Decreto‑Lei Nº 154/2005, de 6 de Se‑ tembro, transpondo a Diretiva de Execução Nº 2014/78/UE, da Comis‑ são, de 17 de junho de 2014, e a Diretiva de Execução Nº 2014/83/ UE, da Comissão, de 25 de junho de 2014, que alteram os anexos I, II, III, IV e V à Diretiva Nº 2000/29/CE, do Conselho, de 8 de maio de 2000, relativa às medidas de protecção contra a introdução no espaço europeu de organismos prejudiciais aos vegetais e os produtos vege‑ tais e contra a sua propagação no interior da União Europeia. Polícia de Segurança Pública é assumida pelo Serviço Nacional de Saúde. MINISTÉRIO DA ECONOMIA E DA SAÚDE Portaria Nº 222/2014, de 4 de novembro de 2014 (DR Iª Série, Nº 213, 04‑11‑2014) Define o regime de preços e comparticipações a que ficam sujeitos os reagentes (tiras‑teste) para determinação de glicemia, cetone‑ mia e cetonúria e as agulhas, seringas e lancetas destinadas a pes‑ soas com diabetes. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CIÊNCIA Despacho Nº 14967/2014, de 28 de novembro de 2014 (DR 2ª Série, Nº 238, 10‑12‑2014) Designa o Senhor Professor Doutor João António de Sampaio Rodrigues Queiroz para exercer, em comissão de serviço, o cargo de Diretor‑Geral da Direção‑Geral do Ensino Superior do Ministério da Educação e Ciência. Despacho Nº 15260/2014, de 9 de dezembro de 2014 (DR 2ª Série, Nº 242, 16‑12‑2014) Designa em regime de substituição, para exercer o cargo de direc‑ tor geral da Direção Geral da Educação, o licenciado José Vítor dos Santos Duarte Pedroso. MINISTÉRIOS DAS FINANÇAS E DA ECONOMIA Despacho Nº 13786/2014, de 21 de outubro de 2014 (DR 2ª Série, Nº 220, 13‑11‑2014) Aprova os preços relativos a atos e serviços prestados pela Autoridade de Segurança Alimentar e Económica, constantes das tabelas anexas ao presente despacho que dele fazem parte integrante. MINISTÉRIOS DA ADMINISTRAÇÃO INTERNA E DA SAÚDE MINISTÉRIO DA SAÚDE Gabinetes dos Secretários de Estado Adjunto do Ministro da Administração Interna e da Saúde Portaria Nº 260/2014, de 15 de dezembro de 2014 (DR I ª Série, Nº 260, 15‑12‑2014) Aprova o Regulamento do Transporte de Doentes. Gabinetes dos Secretários de Estado Adjunto e do Orçamento, Adjunto do Ministro da Administração Interna e da Saúde Despacho Nº 13500/2014, de 29 de outubro de 2014 (DR 2ª Série, Nº 216, 07‑11‑2014) Determina que a comparticipação às farmácias por parte dos siste‑ mas de assistência na doença da Guarda Nacional Republicana e da Despacho Nº 12284/2014, de 30 de setembro de 2014 (DR 2ª Série, Nº 192, 06‑10‑2014) Determina e atualiza o montante do benefício a partir do qual é exi‑ gível a respetiva comunicação ao INFARMED. Revoga o Despacho Nº 4138/2013, de 20 de março. Deliberação Nº 2009/2014, de 2 de outubro de 2014 (DR 2ª Série, Nº 212, 03‑10‑2014) Distribuição de pelouros pelos membros do conselho diretivo da ACSS, I. P. Portaria Nº 200/2014, de 3 de outubro de 2014 (DR Iª Série, Nº 191, 03‑10‑2014) Fixa o valor mínimo obrigatório e estabelece as condições do se‑ guro de responsabilidade civil a celebrar pelos profissionais das terapêuticas não convencionais. PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS – CONSELHO DE MINISTROS Despacho Nº 13779‑A/2014, de 6 de outubro de 2014 (DR 2ª Série, Nº 219, 2º Suplemento, 12‑11‑2014) Define procedimentos inerentes à formação profissional no Ser‑ viço Nacional de Saúde (SNS) por parte de profissionais de saúde provenientes de países da Comunidade de Países de Língua Portu‑ guesa (CPLP), detentores de qualificações de nível superior. Resolução Nº 27/2014, de 25 de setembro de 2014 (DR 2ª Série, Nº 192, 06‑10‑2014) Designa membros do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida. Louvor Nº 530/2014, de 14 de outubro de 2014 (DR 2ª Série, Nº 204, 22‑10‑2014) Expressa um profundo reconhecimento ao Professor Doutor João Carvalho das Neves, ao Dr. Rui Ivo, ao Dr. Alexandre Lourenço e ao Dr. Paulo Vasconcelos, ao cessarem funções na Administração Central do Sistema de Saúde I.P.. Despacho Nº 13163‑B/2014, de 29 de outubro de 2014 (DR 2ª Série, Nº 209, 29‑10‑2014) É lançada a “Iniciativa para a Informação centrada no utente do Sistema de Saúde”, sob o formato de um grupo Técnico, doravan‑ te designada por “Informação no Sistema na Saúde” e determina os seus objectivos e composição. Despacho Nº 13163‑C/2014, de 29 de outubro de 2014 (DR 2ª Série, Nº 209, 2º Suplemento, 29‑10‑2014) Designação dos membros da Comissão Nacional para os Centros de Referência. Portaria Nº 231/2014, de 11 de novembro de 2014 (DR Iª Série, Nº 218, 11‑11‑2014) Aprova o Regulamento Interno do Grupo Hospitalar Instituto Português de Oncologia Francisco Gentil. Portaria Nº 231‑A/2014, de 12 de novembro de 2014 (DR Iª Série, Nº 219, 1º Suplemento, 12‑11‑2014) Estabelece os países de referência a considerar em 2015 para a autorização dos preços dos novos medicamentos, bem como para efeitos de revisão anual de preços dos medicamentos do mercado hospitalar e do mercado de ambulatório. DL Nº 173/2014, de 13 de novembro de 2014 (DR Iª Série, Nº 224, 19‑11‑2014) Procede à terceira alteração ao Decreto‑Lei Nº 124/2011, de 29 de dezembro, que aprova a Lei Orgânica do Ministério da Saúde, à primeira alteração ao Decreto‑Lei Nº 35/2012, de 15 de fevereiro, que aprova a orgânica da Administração Central do Sistema de Saúde, I.P., e à segunda alteração ao Decreto‑Lei Nº 22/2012, de 30 de janeiro, que aprova a orgânica das Administrações Regio‑ nais de Saúde, I.P. Resolução do Conselho de Ministros Nº 79/2014, de 23 de outubro de 2014 (DR Iª Série, Nº 250, 29‑12‑2014) Aprova o Plano Nacional para a Redução dos Comportamentos Aditivos e das Dependências 2013‑2020 e o Plano de Ação para a Redução dos Comportamentos Aditivos e das Dependências 2013‑2016. Portaria Nº 270/2014, de 17 de dezembro de 2014 (DR Iª Série, Nº 246, 22‑12‑2014) Aprova a lista de substâncias e métodos proibidos em Competição e fora de competição e revoga a Portaria Nº 9/2014, de 17 de janeiro. REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES – SECRETARIA REGIONAL DA SAÚDE Portaria Nº 68/2014, de 1 de outubro de 2014 (JO, Iª Série, Nº 115, 20‑10‑2014) Aprova o novo Programa Regional de Vacinação, (PRV 2014). Revoga a Portaria Nº 5/2013, de 23 de janeiro. Despacho Nº 2379/2014, de 28 de novembro de 2014 (JO, 2ª Série, Nº234, 04‑12‑2014) Cria o Programa de Prevenção e Controlo de Infeção e das Resis‑ tências Antimicrobianas da Região Autónoma dos Açores (PPCIRA ‑ RAA) e nomeia os elementos que constitui o Grupo de Coordena‑ ção Regional do PPCIRA‑RAA. REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA – ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Decreto Legislativo Regional Nº 15/2014/M, de 3 de dezembro de 2014 (DR, Iª Série, Nº 234, 03‑12‑2014) Adapta à administração regional autónoma da Madeira a Lei Nº 81/2009, de 21 de agosto, que institui um sistema de vigilância em saúde pública, que identifica situações de risco, recolhe, actualiza, ana‑ lisa e divulga os dados relativos a doenças transmissíveis e outros ris‑ cos em saúde pública, bem como prepara planos de contingência face a situações de emergência ou tão graves como de calamidade pública. REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA – SECRETARIA REGIONAL DOS ASSUNTOS SOCIAIS Portaria Nº 235/2014, de 5 de dezembro de 2014 (JO 1ª Série, Nº193, 12‑12‑2014) MINISTÉRIOS DA SAÚDE, DA EDUCAÇÃO E CIÊNCIA E DA SOLI‑ DARIEDADE, EMPREGO E SEGURANÇA SOCIAL Despacho Nº 12337/2014, de 19 de setembro de 2014 (DR 2ª Série, Nº 193, 07‑10‑2014) Determina a composição do Conselho Consultivo para as Tera‑ pêuticas não Convencionais. MINISTÉRIO DA SOLIDARIEDADE, EMPREGO E SEGURANÇA SOCIAL DL Nº 154/2014, de 20 de outubro de 2014 (DR Iª Série, Nº 202, 20‑10‑2014) Cria uma medida excepcional de apoio ao emprego que se traduz na redução temporária da taxa contributiva a cargo da entidade empregadora. Aplica e adapta à Região a Portaria Nº 248/2013, de 5 de agosto, do Ministério da Saúde, que aprova o regulamento de notificação obrigatória de doenças transmissíveis e outros riscos em saúde pública. Despacho Nº 318/2014, de 22 de dezembro de 2014 (JO 2ª Série, Nº 239, 29‑12‑2014) Fixa o período transitório de utilização do sistema de prescrição de medicamentos por via eletrónica na Região. Despacho Nº 319/2014, de 22 de dezembro de 2014 (JO 2ª Série, Nº 239, 29‑12‑2014) Dá nova redação ao Nº 8, do Despacho Nº 88/2014, de 16 de maio, que aprovou os modelos de materialização e pré‑impresso da receita médica resultante da prescrição por via eletrónica e manual, assim como o modelo da guia de tratamento. Legislação mais relevante publicada no período de 1 de Outubro a 31 de Dezembro de 2014 COMISSÃO Regulamento Delegado (UE) Nº 1040/2014, de 25 de julho de 2014 (JO, L 288, 02‑07‑2014) Altera a Diretiva 2001/112/CE do Conselho relativa aos sumos de frutos e a determinados produtos similares destinados à alimenta‑ ção humana para adaptar o anexo I ao progresso técnico. Regulamento Delegado (UE) Nº 1062/2014, de 4 de agosto de 2014 (JO, L 294, 10‑10‑2014) Relativo ao programa de trabalho para o exame sistemático de to‑ das as substâncias ativas existentes em produtos biocidas, referi‑ das no Regulamento (UE) Nº 528/2012 do Parlamento Europeu e do Conselho. Regulamento de execução (UE) Nº 1076/2014, de 10 de outubro de 2014 (JO, L 296, 14‑10‑2014) Relativo à autorização de uma preparação que contém um extrac‑ to de aroma de fumeiro‑2b0001 como aditivo em alimentos para cães e gatos. Regulamento (UE) Nº 1084/2014, de 15 de outubro de 2014 (JO, L 298, 16‑10‑2014) Altera o anexo II do Regulamento (CE) Nº 1333/2008 do Parla‑ mento Europeu e do Conselho no que diz respeito à utilização de difosfatos (E‑450) como agente levedante e regulador de acidez em massas com levedura preparadas. Regulamento de execução (UE) Nº 1090/2014, de 16 de outubro de 2014 (JO, L 299, 17‑10‑2014) Aprova a utilização da substância ativa permetrina em produtos biocidas dos tipos 8 e 18. Regulamento (UE) Nº 1092/2014, de 16 de outubro de 2014 (JO, L 299, 17‑10‑2014) Altera o anexo II do Regulamento (CE) Nº 1333/2008 do Parla‑ mento Europeu e do Conselho no que diz respeito à utilização de edulcorantes em determinadas pastas de barrar à base de futas e produtos hortícolas. Regulamento (UE) Nº 1093/2014, de 16 de outubro de 2014 (JO, L 299, 17‑10‑2014) Altera e rectifica o anexo II do Regulamento (CE) Nº 1333/2008 do Parlamento Europeu e do Conselho no que diz respeito à utilização de determinados corantes em queijos curados aromatizados. Regulamento (UE) Nº 1094/2014, de 17 de outubro de 2014 (JO, L 300, 18‑10‑2014) Altera o anexo I do Regulamento (CE) Nº 1334/2008 do Parlamen‑ to Europeu e do Conselho no que diz respeito a determinadas subs‑ tâncias aromatizantes. Regulamento (UE) Nº 1119/2014, de 16 de outubro de 2014 (JO, L 304, 23‑10‑2014) Altera o anexo III do Regulamento (CE) n.º396/2005 do Parlamento Europeu e do Conselho no que se refere aos limites máximos de resíduos de cloreto de benzalcónio e cloreto de didecildimetilamó‑ nio no interior e à superfície de determinados produtos. Regulamento (UE) Nº 1123/2014, de 22 de outubro de 2014 (JO, L 304, 23‑10‑2014) Altera a Diretiva 2008/38/CE que estabelece uma lista das utilizações previstas para os alimentos com objectivos nutricionais específicos destinados a animais. Regulamento (UE) Nº 1126/2014, de 17 de outubro de 2014 (JO, L 305, 24‑10‑2014) Altera os anexos II, III e V do Regulamento (CE) Nº 396/2005 do Parlamento Europeu e do Conselho no que se refere aos limites máximos de resíduos de assulame, cianamida, diclorana, flumioxa‑ zina, flupirsulfurão‑metilo, picolinafena e propisocloro no interior e à superfície de certos produtos. Regulamento (UE) Nº 1127/2014, de 20 de outubro de 2014 (JO, L 305, 24‑10‑2014) Altera os anexos II e III do Regulamento (CE) Nº 396/2005 do Parlamento Europeu e do Conselho no que se refere aos limites máximos de resíduos de amitrol, dinocape, fipronil, flufenacete, pendimetalina, propizamida e piridato no interior e à superfície de determinados produtos. Regulamento (UE) Nº 1154/2014, de 29 de outubro de 2014 (JO, L 309, 30‑10‑2014) Recusa autorizar determinadas alegações de saúde sobre os ali‑ mentos que não referem a redução de um risco de doença ou o desenvolvimento e a saúde das crianças. Decisão 2014/763/UE, de 24 de outubro de 2014 (JO, L 320, 06‑11‑2014) Estabelece os critérios ecológicos para a atribuição do rótulo ecoló‑ gico da UE a produtos de higiene absorventes. Decisão 2014/767/UE, de 23 de julho de 2013 (JO, L 323, 07‑ 11‑2014) Relativa ao auxílio estatal S.A. 35062 (13/N‑2) executado por Por‑ tugal a favor da Caixa Geral de Depósitos. Regulamento de execução (UE) Nº 1236/2014, de 18 de novembro de 2014 (JO, L 332, 19‑11‑2014) Relativo à autorização de L‑valina produzida por Corynebacterium glutamicum (DSM 25202) como aditivo em alimentos para animais de todas as espécies. Regulamento Delegado (UE) Nº 1252/2014, de 28 de maio de 2014 (JO, L 337, 25‑11‑2014) Complementa a Diretiva 2001/83/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, no que se refere aos princípios e directrizes de boas prá‑ ticas de fabrico de sustâncias ativas destinadas a medicamentos para uso humano. Regulamento de execução (UE) Nº 1277/2014, de 1 de dezembro de 2014 (JO, L 346, 02‑12‑2014) Altera o Regulamento (UE) Nº 37/2010 no que diz respeito à subs‑ tância lasolocida. Decisão de execução 2014/890/UE, de 8 de dezembro de 2014 (JO, L 353, 10‑12‑2014) Autoriza a colocação no mercado de óleo de chia (Salvia hispânica) como novo ingrediente alimentar ao abrigo do Regulamento (CE) Nº 258/97 do Parlamento Europeu e do Conselho. Regulamento de execução (UE) Nº 1359/2014, de 18 de dezembro de 2014 (JO, L 365, 19‑12‑2014) Altera o anexo do Regulamento (UE) Nº 37/2010 no que se refere à substância tulatromicina. Decisão 2014/893/UE, de 9 de dezembro de 2014 (JO, L 354, 11‑12‑2014) Estabelece os critérios ecológicos para a atribuição do rótulo eco‑ lógico da União Europeia a produtos cosméticos enxaguáveis. CONSELHO Regulamento de execução (UE) Nº 1316/2014, de 11 de dezembro de 2014 (JO, L 355, 12‑12‑2014) Aprova a substância ativa Bacillus amyloliquefaciens subsp. plantarum estirpe D747, em conformidade com o Regulamento (CE) Nº 1107/2009 do Parlamento Europeu e do Conselho relati‑ vo à colocação de produtos fitofarmacêuticos no mercado, e que altera o anexo do Regulamento de Execução (UE) Nº 540/2011 da Comissão e autoriza os Estados‑Membros a prorrogar as autoriza‑ ções provisórias concedidas para essa substância ativa. Decisão de execução 2014/905/UE, de 11 de dezembro de 2014 (JO, L 358, 13‑12‑2014) Autoriza a colocação no mercado de um copolímero de éter me‑ tilvinílico‑anidrido maleico como novo ingrediente alimentar, nos termos do Regulamento (CE) Nº 258/97 do Parlamento Europeu e do Conselho. Regulamento (UE) Nº 1327/2014, de 12 de dezembro de 2014 (JO, L 358, 13‑12‑2014) Altera o Regulamento (CE) Nº 1881/2006 no que diz respeito aos teores máximos de hidrocardonetos aromáticos policíclicos (PAH) em carne e produtos à base de carne fumados de modo tradicional e em peixe e produtos da pesca fumados de modo tra‑ dicional. Decisão de execução 2014/907/UE, de 11 de dezembro de 2014 (JO, L 359, 16‑12‑2014) Autoriza a colocação no mercado de Clostridium butyricum (CBM 588) como novo ingrediente alimentar, nos termos do Regula‑ mento (CE) Nº 258/97 do Parlamento Europeu e do Conselho. Regulamento de execução (UE) Nº 1330/2014, de 15 de dezembro de 2014 (JO, L 359, 16‑12‑2014) Aprova a substância ativa meptildinocape, em conformidade com o Regulamento (CE) Nº 1107/2009 do Parlamento Europeu e do Conselho relativo à colocação dos produtos fitofarmacêuticos no mercado, e que altera o anexo do Regulamento de Execução (UE) Nº 540/2011 da Comissão. Regulamento de execução (UE) Nº 1334/2014, de 16 de dezembro de 2014 (JO, L 360, 17‑12‑2014) Aprova a substância ativa gama‑cialotrina, em conformidade com o Regulamento (CE) Nº 1107/2009 do Parlamento Europeu e do Conselho, relativo à colocação dos produtos fitofarmacêuticos no mercado, e que altera o anexo do Regulamento de Execução (UE) Nº 540/2011 da Comissão e autoriza os Estados‑Membros a prorrogar as autorização provisórias concedidas a essa substância ativa. Regulamento (UE) Nº 1342/2014, de 17 de dezembro de 2014 (JO, L 363, 18‑12‑2014) Altera, no respeitante aos anexos IV e V, o Regulamento (CE) Nº 850/2004 do Parlamento Europeu e do Conselho relativo a po‑ luentes orgânicos persistentes. Regulamento de execução (UE) Nº 1358/2014, de 18 de dezembro de 2014 (JO, L 365, 19‑12‑2014) Altera o Regulamento (CE) Nº 889/2008 que estabelece normas de execução do Regulamento (CE) Nº 834/2007 do Conselho no respeitante à origem dos animais de aquicultura utilizados na pro‑ dução biológica, às práticas de produção aquícola, aos alimentos para animais de aquicultura utilizados na produção biológica e aos produtos e substâncias que podem ser utilizados na aquicultura biológica. Decisão 2014/688/UE, de 25 de setembro de 2014 (JO, L 287, 01‑10‑2014) Sujeita a medidas de controlo a substância 4‑iodo‑2,5‑dime‑ toxi‑N‑(2‑metoxibenzil) fenetilamina (25I‑NBOMe), a substân‑ cia 3,4‑dicloro‑N‑[[1‑(dimetilamino) ciclo‑hexil] benzamida (AH‑ 7921), a substância 3,4‑metilenodioxipirovalerona (MDPV) e a substância 2‑(3‑metoxifenil)‑2‑(etilamino) ciclo‑hexanona (meto‑ xetamina). Conclusões 2014/C 438/04, de 6 de dezembro de 2014 (JO, C 438, 06‑12‑2014) Sobre a vacinação enquanto instrumento eficaz no domínio da saúde pública. Conclusões 2014/C 438/05, de 6 de dezembro de 2014 (JO, C 438, 06‑12‑2014) Sobre a segurança dos pacientes e a qualidade dos cuidados de saúde, incluindo a prevenção e o controlo de infecções associadas aos cuidados de saúde e à resistência antimicrobiana. Conclusões 2014/C 438/06, de 6 de dezembro de 2014 (JO, C 438, 06‑12‑2014) Sobre a inovação em benefícios dos doentes. PARLAMENTO EUROPEU E CONSELHO Regulamento (UE) Nº 1143/2014, de 22 de Outubro de 2014 (JO, L 317, 04‑11‑2014) Relativo à prevenção e gestão da introdução e propagação de es‑ pécies exóticas invasoras. AGÊNCIA EUROPEIA DE AVALIAÇÃO DO MEDICAMENTO Lista 2014/C 386/01, de 31 de outubro de 2014 (JO, C 386, 31‑10‑2014) Relativa às autorizações de introdução no mercado dos medica‑ mentos de 1 de julho de 2014 a 31 de julho de 2014. Lista 2014/C 386/02, de 31 de outubro de 2014 (JO, C 386, 31‑10‑2014) Relativa às autorizações de introdução no mercado dos medica‑ mentos de 1 de setembro de 2014 a 30 de setembro de 2014. Lista 2014/C 386/03, de 31 de outubro de 2014 (JO, C 386, 31‑10‑2014) Relativa às autorizações de introdução no mercado dos medica‑ mentos de 1 de setembro de 2014 a 30 de setembro de 2014. Lista 2014/C 428/01, de 28 de novembro de 2014 (JO, C 428, 28‑11‑2014) Relativa às autorizações de introdução no mercado dos medica‑ mentos de 1 de outubro de 2014 a 31 de outubro de 2014. Lista 2014/C 428/02, de 28 de novembro de 2014 (JO, C 428, 28‑11‑2014) Relativa às autorizações de introdução no mercado dos medica‑ mentos de 1 de outubro de 2014 a 31 de outubro de 2014. Lista 2014/C 467/01, de 30 de dezembro de 2014 (JO, C 467, 30‑12‑2014) Relativa às autorizações de introdução no mercado dos me‑ dicamentos de 1 de novembro de 2014 a 30 de novembro de 2014. Lista 2014/C 467/02, de 30 de dezembro de 2014 (JO, C 467, 30‑12‑2014) Relativa às autorizações de introdução no mercado dos me‑ dicamentos de 1 de novembro de 2014 a 30 de novembro de 2014. Iniciativa do FRCOP Ordens Profissionais do Centro esclareceram dúvidas da população O Fórum Regional do Centro das Ordens Profissionais (FRCOP) assinalou o Dia Nacional do Idoso, comemo rado a 1 de Outubro, com realização de uma acção in titulada “Consultório ‑ Pessoas Mais Velhas: Ser, dar e receber”, no Centro Comercial Dolce Vita Coimbra, na qual, de forma absolutamente graciosa, as Ordens re presentadas nesta estrutura – advogados, arquitectos, economistas, enfermeiros, engenheiros, farmacêuticos, médicos, médicos dentistas, médicos veterinários, no tários e revisores oficiais de contas – prestaram acon selhamento à população nas respectivas áreas. Esta iniciativa traduziu‑se numa intervenção prática de esclarecimento técnico dos profissionais aos cidadãos, em particular à população idosa. Cada uma das Ordens presentes teve um slogan que permitiu às pessoas per ceber e identificar o que podem esperar dos respectivos profissionais, a utilidade do seu desempenho. Esta acção do FRCOP, este ano liderado por Ana Cristi Ana Cristina Rama, presidente da SRC, e Lúcia Santos, secretária técnica da SRC, na acção realizada no Centro Comercial Dolce Vita Coimbra na Rama, presidente da Secção Regional de Coimbra da Ordem dos Farmacêuticos, foi organizada na sequência da realização do Fórum Envelhecimento Activo e Sau dável (FEAS), que decorreu na Figueira da Foz, a 20 de Setembro (vide ROF 112, pág. 82). Obra intitulada “Geriatria ‑ Saber e Praticar” FRCOP associou‑se à apresentação do livro de Manuel Veríssimo No âmbito das iniciativas organizadas pelo Fórum Re gional do Centro das Ordens Profissionais (FRCOP) para assinalar o Dia Nacional do Idoso, realizou‑se no dia 1 de Outubro, na Secção Regional do Centro da Or dem dos Médicos, a sessão de apresentação do livro “Geriatria ‑ Saber e Praticar”, da autoria do médico do Centro Hospitalar Universitário de Coimbra, e professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC), Manuel Veríssimo. A apresentação da obra esteve a cargo de Helena Sal danha, professora catedrática jubilada da FMUC. Na mesa esteve também a presidente da Secção Regional de Coimbra (SRC) da Ordem dos Farmacêuticos e do FR COP, que justificou a associação do Fórum à iniciativa: “a temática da obra enquadra‑se no tema central deste ano das actividades que têm vindo a ser organizadas pelo Fórum – o envelhecimento activo e saudável. Além disso, ver o Fórum associado ao lançamento de uma obra de autor tão prestigiado constituiu motivo de es pecial orgulho e motivação”, disse a presidente da SRC. CONSELHO JURISDICIONAL REGIONAL DE COIMBRA Por decisão do Supremo Tribunal Administrativo datada de 30.10.2014, transitada em julgado, não foi admitido recurso de revista interposto do acórdão do Tribunal Cen tral Administrativo do Norte, pelo que se confirma a deci são daquele Tribunal Central. A decisão do Tribunal Central Administrativo do Norte foi de anulação do acto impugnado, isto é, a anulação da decisão do Conselho Jurisdicional Regional de Coimbra que aplicou à Senhora Dra. Margarida Maria Cruz Serra Pires de Lima a pena disciplinar de suspensão por 14 anos. “Uma Alavanca para o Futuro” SRL realizou conferência dedicada ao empreendedorismo Na conferência organizada pela SRL foram apresentados exemplos de empreendedorismo na área da Saúde A Secção Regional de Lisboa realizou, no dia 30 de Outu bro, no Hotel Sana Malhoa, em Lisboa, mais uma edição do seu Ciclo de Conferências, desta feita subordinada ao tema “Uma Alavanca para o Futuro”. O evento contou com a presença do bastonário da Ordem dos Farmacêu ticos e as participações do vice‑reitor da Universidade de Lisboa, com competências delegadas na área da inves tigação, empreendedorismo e transferência de conheci mento, Rogério Gaspar, do professor da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa (FFUL) e membro organizador da StartHealth@ULisboa, João Gonçalves, da responsável pelo acompanhamento das empresas in cubadas da Startup Lisboa, Marta Miraldes, e do CEO da LisbonPH, uma empresa júnior da FFUL, João Roma. Durante esta conferência foram apresentados diversos exemplos de empreendedorismo, com natural desta que para as iniciativas na área da Saúde e programas de aceleração de negócios. Comissão de Avaliação analisou trabalhos de 18 candidatos BInov distingue três projectos No seguimento do período de candidaturas para a Bolsa de Inovação (BInov) da Secção Regional de Lisboa, inicia tiva que visa a promoção do desenvolvimento da Ciência, contribuindo para a realização e divulgação de projectos de investigação nas áreas de intervenção farmacêutica em Portugal, a Comissão de Avaliação da BInov (CABI nov), presidida por Filipa Duarte Ramos, professora da FFUL, procedeu à avaliação das 18 candidaturas recebi das. A CABInov reconheceu grande qualidade em todas as candidaturas, sendo que a bolsa, no valor de 5.000 eu ros, foi dividida entre três projectos: “Melhorar a adesão de doentes polimedicados a partir de sistemas de Prepa ração Individualizada da Medicação: Uma experiência em farmácias comunitárias portuguesas”; “Monitorização te rapêutica individualizada de bussulfano em doentes sob regimes de condicionamento pré‑transplante de células progenitoras hematopoiéticas no IPO de Lisboa” e “Mi soprostol Vaginal – Desenvolvimento de uma formulação de libertação prolongada”. A Direcção da SRL congratula os autores dos projectos premiados, convidando todos os farmacêuticos a parti cipar na próxima edição da BInov. Diabetes e uso responsável do medicamento serão temas de livros infanto‑juvenis Geração Saudável prepara novas iniciativas A Geração Saudável, projecto de promoção e educa ção para a saúde da Secção Regional de Lisboa (SRL), continua a merecer destaque junto das escolas e po pulações por onde passa. Durante o último semestre de 2014, foram cerca de 3.500 alunos, das escolas nos distritos de Lisboa, Santarém e Setúbal, que tive ram hipótese de usufruir das formações no âmbito da diabetes, da obesidade infantil e do enfarte agudo do miocárdio. Perspectivando o ano de 2015, a Geração Saudável reservou algumas iniciativas e novidades, nomea damente o lançamento de uma colecção de livros infanto‑juvenil sobre temáticas de grande importância e impacto na Saúde Pública, os primeiros dos quais sobre a diabetes e o uso responsável do medicamen to. Associada ao lançamento desta colecção, será or ganizada uma exposição para celebrar o sucesso do projecto. Para além destas iniciativas, o projecto vai continuar com as formações nas escolas e populações, perspec tivando resultados superiores aos de 2014, susten tando assim o crescimento progressivo que a Geração Saudável tem vindo a alcançar. SRL aposta no desenvolvimento profissional contínuo Novas acções de formação em 2015 Conscientes da importância do desenvolvimento profis sional contínuo do farmacêutico, que desempenha um papel de destaque no sistema de saúde e em todas as fases do circuito do medicamento, bem como da afir mação das suas competências multidisciplinares, face à celeridade da evolução das tecnologias da saúde e das necessidades do indivíduo e dos sistemas de saúde em geral, a Secção Regional de Lisboa (SRL) pretende reali zar diversas acções de formação que visem a promoção das competências, capacidades e experiência profissio nal dos farmacêuticos, assim como o desenvolvimento de possíveis oportunidades de melhoria. Neste sentido, a SRL tem previsto para o primeiro se mestre de 2015 diversas acções de formação diferen ciadas, como por exemplo, o curso de administração de vacinas e medicamentos injectáveis, suporte básico de vida, formação em feridas, formação em dispositivos médicos, curso de primeiros socorros, formações em temáticas de saúde mental e cardiologia, entre outros. Para mais informações visite a página da Formação Contínua da SRL no portal da OF. SRL mantém aposta na promoção do papel dos farmacêuticos junto dos mais novos Farmácia/Laboratório Saúde na KidZania Lisboa A Secção Regional de Lisboa (SRL) tem como um dos seus principais propósitos a promoção, valorização e dignificação do farmacêutico e das suas competências técnico‑científicas, essenciais na sua actuação como o profissional de saúde mais próximo da população, pers pectivando a integração e a incrementação de valor na cadeia de prestação de cuidados de saúde. A Farmácia/Laboratório Saúde na KidZania Lisboa é um projecto dedicado às crianças, que na visita a este espaço adquirem conhecimentos sobre o papel de sempenhado pelos farmacêuticos na sociedade e nas suas diferentes áreas de intervenção, designadamen te a farmácia comunitária, análises clínicas e produção de medicamentos na indústria farmacêutica. O espaço encontra‑se dividido em três áreas distintas, sendo que as crianças podem explorar a profissão farmacêutica através da participação em diferentes actividades. Desde a abertura do espaço da SRL, em 2009, a KidZa nia, localizada no Centro Comercial Dolce Vita Tejo, já foi visitada por mais de um milhão de pessoas. Várias iniciativas previstas para 2015 Regional de Lisboa apresentou Plano de Actividades A Secção Regional de Lisboa (SRL) da Ordem dos Farma cêuticos apresentou o seu Plano de Atividades para o ano de 2015, tendo por base as linhas orientadoras de finidas pela direcção da SRL como essenciais na prosse cução dos seus desígnios: contribuir para a qualificação e desenvolvimento profissional contínuo do farmacêutico; proporcionar modelos e ferramentas de suporte à práti ca profissional; e aproximar os farmacêuticos à socieda de e aos cidadãos. O Plano de Actividades contempla, para além das inicia tivas habituais, alguns objectivos novos, entre os quais: o desenvolvimento de uma aplicação móvel da SRL; a dinamização dos trabalhos e desenvolvimento do projec to de construção da SRL; o dia aberto da SRL; jornadas científicas em colaboração com a Sociedade Portuguesa de Farmácia Clínica e Farmacoterapia; promoção do Fórum Regional do Sul das Ordens Profissionais; desenvolvimen to do protocolo de colaboração com o ACES de Amado ra; colecção de livros temáticos da Geração Saudável; e a contínua dinamização da campanha de consciencialização “Uso do Medicamento – Somos Todos Responsáveis”. O Plano de Actividades foi aprovado pelos membros da SRL na Assembleia Regional de Lisboa realizada a 12 de Dezembro e a Direcção da SRL convida todos os colegas a participar nas iniciativas que serão promovidas ao lon go de 2015. Noites da Ordem da SRP Testamento Vital na perspectiva do médico legista Pinto da Costa O professor catedrático jubilado pelo Instituto de Ciên cias Biomédicas Abel Salazar, José Eduardo Pinto da Costa, foi o convidado da última sessão de 2014 das “Noites da Ordem”, uma iniciativa da Secção Regional do Porto (SRP) da Ordem dos Farmacêuticos, que se assume como um espaço de reflexão e discussão, em ambiente informal, sobre os mais variados temas rela cionados com a Saúde e actividade farmacêutica. O evento decorreu no dia 20 de Outubro, na sede da SRP, tendo o conhecido médico legista efectuado uma prelecção sobre o “Testamento Vital”. A sessão foi mo derada pelo presidente da Assembleia Regional do Por to da OF, Franklim Marques, e contou também com a participação do jurista, Daniel Gonçalves. A pertinência do tema e a reconhecida competência e idoneidade do conferencista convidado traduziram‑se numa elevada afluência por parte dos membros da SRP a esta iniciativa, tendo‑se registado um profícuo e inte ressante debate sobre o impacto da disponibilização do Registo Nacional do Testamento Vital, através do qual os cidadãos podem deixar expresso que tratamentos pretendem ou não receber em caso de doença. Acções de formação sobre administração de injectáveis e farmacoeconomia SRP promove actualização de conhecimentos A Secção Regional do Porto (SRP) da Ordem dos Far macêuticos (OF), dando continuidade ao seu plano de formação contínua para 2014, realizou nos dias 3 e 4 de Outubro uma acção de formação para renovação da certificação para administração de injectáveis nas farmácias. Esta actividade teve uma forte componen te prática, através da leccionação do curso de Suporte Básico de Vida, com o módulo de Desfibrilhação Auto mática Externa, devidamente certificado pelo Conse lho Português de Ressuscitação, e que segue as mais recentes recomendações internacionais. Numa pers pectiva mais teórica, foram também focados todos os pontos considerados fundamentais pela OF para reno vação da certificação. Noutro âmbito, foi também organizada pela SRP, no dia 6 de Dezembro, uma acção de formação sobre Far macoeconomia, uma das disciplinas da Economia que actualmente mais impacto tem na tomada de decisão sobre a terapêutica a utilizar, fundamentalmente devido à necessidade de gerir recursos escassos em saúde, op timizando a sua rentabilidade. Esta formação foi leccio nada por Sofia Andrade, mestre em Investigação Clínica pela Universidade Pompeu Fabra e pharmacoeconomic manager na Roche Farmacêutica, que utilizou exemplos concretos no processo de avaliação de tecnologias de saúde, com vista a fornecer ferramentas que ajudem a compreender o processo de tomada de decisão e, inclu sive, a avaliar o impacto de processos internos. Bastonário português em painel dedicado à regulamentação e regulação OFA organizou I Semana da Farmácia Angolana A Ordem dos Farmacêuticos de Angola (OFA) organizou, em Luanda, entre os dias 3 e 10 de Outubro, a primeira edição da Semana da Farmácia Angolana, evento que assinalou também o primeiro aniversário da criação da OFA. Sob o tema “O acesso a farmacêuticos é acesso à saúde”, o programa contemplou conferências, cursos, workshops e a segunda edição da Expofarma. O secretário de Estado da Saúde ladeado pelos bastonários das Ordens dos Farmacêuticos de Angola e Portugal A abertura do evento esteve a cargo do secretário de Estado da Saúde angolano, Carlos Masseca, seguindo‑se um primeiro painel sobre regulamentação e regulação far macêutica, que teve como orador convidado o bastonário da Ordem dos Farmacêuticos (OF). Carlos Maurício Barbo sa saudou todos os farmacêuticos angolanos e elogiou o desenvolvimento que a profissão tem tido no país, quer em termos de recursos humanos e de equipamentos de saúde, quer na área regulamentar. Para o bastonário, a criação da OFA, há um ano atrás, potenciou o desenvol vimento do sector farmacêutico no país, tendo vindo a contribuir decisivamente para um maior reconhecimento da importância do farmacêutico no sistema de saúde. Durante a sua intervenção neste evento, o bastonário caracterizou o sistema de saúde português, a sua re gulação nos diferentes planos e referiu‑se ao papel do farmacêutico no sistema de saúde, evidenciando a sua importância em áreas como a prevenção da doença e a promoção da saúde, mas também no acompanhamento dos doentes crónicos. O ministro da Saúde de Angola, José Van‑Dúnen participou na sessão de encerramento da Semana da Farmácia Angolana À margem da I Semana da Farmácia Angolana, o basto ‑nário da Ordem dos Farmacêuticos (OF) participou tam bém nas II Jornadas de Ciências Farmacêuticas da Univer sidade Jean Piaget de Angola, onde efectuou uma con ferência sobre o papel da OF na regulação da profissão farmacêutica. Encontro à margem do I Fórum Nacional do Sector Farmacêutico Bastonário reuniu com ministra da Saúde de Cabo Verde O bastonário da Ordem dos Farmacêuticos (OF), Car los Maurício Barbosa, esteve reunido no dia 28 de Novembro com a ministra da saúde de Cabo Verde, Cristina Fontes Lima, que se fez acompanhar pela di rectora geral da Farmácia e do Medicamento, Ângela Silvestre. Durante este encontro foi analisado o sec tor farmacêutico cabo‑verdiano, bem como as refor mas em curso, e estudadas acções de cooperação a desenvolver em 2015 entre a OF e o Ministério da Saúde de Cabo Verde, designadamente no que respei ta à formação de quadros farmacêuticos do Ministério da Saúde. Na reunião foram estudadas acções de cooperação entre Portugal e Cabo Verde no sector farmacêutico I Fórum Nacional do Sector Farmacêutico de Cabo Verde Bastonário realçou vantagens dos genéricos para os doentes e sistema de saúde Os farmacêuticos cabo‑verdianos discutiram a política farmacêutica no país O Ministério da Saúde de Cabo Verde, através da Direc ção Geral de Farmácia e do Medicamento, realizou, entre os dias 26 e 28 de Novembro, o I Fórum Nacional do Sector Farmacêutico sob o tema “O Medicamento nos Cuidados de Saúde”. O bastonário da Ordem dos Farma cêuticos (OF) foi um dos oradores convidados do evento, tendo proferido uma conferência sobre “O Sector Farma cêutico em Portugal”. Na sua intervenção durante este Fórum, o dirigente da OF começou por apresentar alguns indicadores sobre o sistema de saúde português, a sua organização e o papel dos farmacêuticos nas diferentes áreas profissionais. No âmbito da Farmácia Comunitária, Carlos Maurício Barbosa explicou os serviços farmacêuticos disponibilizados à po pulação, evidenciando a sua importância em áreas como a prevenção da doença e a promoção da saúde, mas tam bém no acompanhamento dos doentes crónicos. O evento teve como objectivo discutir a actualização da política farmacêutica cabo‑verdiana, que data de 2003, com vista a acompanhar as exigências actuais tanto a nível nacional como internacional. O Ministério da Saúde de Cabo Verde pretendeu assim actualizar esse instru mento estratégico para o sector farmacêutico, assente no crescimento do mercado de medicamentos, na ra cionalidade e na sustentabilidade, visando o acesso e a equidade aos cuidados de saúde, onde se inserem a assistência medicamentosa e as novas tecnologias de saúde. Ao longo do evento realizaram‑se vários debates entre profissionais de saúde, operadores do sector e socieda de civil para a troca de experiências e recolha de contri butos para as reformas do sector farmacêutico em Cabo Verde, tendo como foco principal o doente, o acesso e a sustentabilidade do sistema nacional de saúde. Em declarações à comunicação social de Cabo Verde, o bastonário da OF sublinhou as vantagens económicas para os cidadãos e para o Estado resultantes da utiliza ção de medicamentos genéricos Única fábrica de medicamentos a operar em Cabo Verde Bastonário visitou a Inpharma No final do I Fórum Nacional do Sector Farmacêutico, o bastonário da Ordem dos Farmacêuticos visitou a indús tria farmacêutica Inpharma, a única fábrica de medica mentos a operar em Cabo Verde e que abastece cerca de 40 por cento do mercado interno. Carlos Maurício Barbo sa esteve acompanhado nesta visita pela directora geral da Farmácia e do Medicamento, Ângela Silvestre, e pelo presidente da Associação dos Farmacêuticos dos Países de Língua Portuguesa (AFPLP), Lucílio Williams tendo sido recebido pela directora de Operações da Inpharma, Melina Vieira A Inpharma é participada pela empresa portuguesa La besfal e tem também como um dos principais accionis tas a Emprofac, uma empresa do Estado cabo‑verdiano, dedicando‑se à produção, comercialização e exportação de medicamentos e outros produtos farmacêuticos, no meadamente para os mercados angolano, moçambica no, da Guiné‑Bissau e de S. Tomé e Príncipe. Fundado em 1991, o laboratório iniciou a actividade de produção em 1993, estando acreditado, desde 2008, pelo Labo ratório de Controlo de Qualidade, segundo o referencial normativo NP EN ISO/IEC 17025. Em 2009 a empresa foi dividia em três unidades orgânicas conceptuais: área fabril, área não produtiva (certificada pela APCER, desde 2010, segundo a Norma NP EN ISO 9001) e Inlab (Labo ratório de Controlo de Qualidade). Recomendação da OF incluída no diploma Tutela define procedimentos para formação em Portugal dos profissionais de saúde da CPLP O Ministério da Saúde, através do Despacho nº 13779 ‑A/2014, de 12 de Novembro, definiu os procedimen tos inerentes à formação profissional no Serviço Nacio nal de Saúde (SNS) por parte de profissionais de saúde provenientes de membros da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), detentores de qualificações de nível superior. O diploma estabelece as condições de concessão da formação, a sua natureza e duração, as regras de trami tação, as formas de avaliação e os organismos respon sáveis pela sua realização e acompanhamento. A Ordem dos Farmacêuticos (OF) foi uma das entida des consultadas durante o período de auscultação aos parceiros sobre a proposta de despacho elaborada pelo Governo, tendo na altura sugerido que não fosse man datório o registo dos profissionais no órgão de regu lação, dado que, no caso da OF, o registo pressupõe reconhecimento de diploma universitário por uma insti tuição de ensino superior, além de que os estágios, em particular os de curta duração, pressupõem sempre a existência de um tutor devidamente inscrito no órgão de regulação que se responsabiliza pelo formando no decurso do estágio. A recomendação da OF foi aceite e incluída no diploma, deixando a inscrição no órgão regulador prevista ape nas para os casos em que tal seja aplicável. De visita à Ordem dos Farmacêuticos Bastonário recebeu embaixadora de Cuba A embaixadora de Cuba em Portugal, Johana Tablada de La Torre, efectuou uma visita de cortesia ao bas tonário da Ordem dos Farmacêuticos (OF), no dia 6 de Novembro, num encontro em que foi abordado o de senvolvimento de relações bilaterais entre os sectores farmacêuticos de ambos os países. A diplomata realçou o desempenho do sector farma cêutico e biotecnológico cubano e destacou também a importância da Feira Internacional de Havana na promo ção de relações entre as indústrias farmacêuticas por tuguesa e cubana. O bastonário sublinhou a capacidade exportadora das empresas portuguesas nas áreas do medicamento, dispositivos médicos e materiais de la boratório e manifestou a disponibilidade da OF para a realização de iniciativas conjuntas, em particular com o Colégio de Farmacêuticos de Cuba. O bastonário e a embaixadora evidenciaram disponibilidade para realização de acções conjuntas Visita à OF no final do estágio em Portugal Farmacêuticas moçambicanas recebidas pelo bastonário As farmacêuticas moçambicanas Laize Botas e Melanie Ferrão, docentes do curso de Farmácia da Universidade Lúrio (UniLúrio) de Moçambique, concluíram em Dezem bro um estágio em Portugal. No final de uma estadia de cerca de duas semanas no nosso país, as duas farma cêuticas visitaram as instalações da OF, em Lisboa, onde foram recebidas pelo bastonário. No breve encontro com as colegas moçambicanas, o diri gente da OF tomou conhecimento do modo como havia decorrido o estágio realizado na Associação para Inves tigação Biomédica e Inovação em Luz e Imagem (AIBILI), nomeadamente no Centro de Avaliação de Tecnologias de Saúde e na Unidade de Farmacovigilância do Centro, sob a direcção do professor da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra, Francisco Batel Marques. O bastonário apresentou às docentes moçambicanas as competências e atribuições da OF e, na sequência da visi ta ao Centro de Informação do Medicamento (CIM) da OF, manifestou a disponibilidade deste serviço da OF para prestar o esclarecimento das dúvidas dos farmacêuticos moçambicanos e, em particular destas duas farmacêuti cas, ambas colaboradoras do Centro de Informação so bre Medicamentos da UniLúrio, inaugurado em Outubro pelo bastonário da OF, durante uma visita oficial ao país. As farmacêuticas moçambicanas realizaram um estágio na AIBILI No âmbito das acções de cooperação que a OF desen volve com Ministério da Saúde de Moçambique (MISAU) estiveram também em Portugal, no final do mês de Ou tubro, as farmacêuticas Rosila Khan e Dulce Molande, que trabalham na área de Assuntos Regulamentares do MISAU. Esta visita de capacitação técnica cobriu as áreas de pós‑registo de Produtos Farmacêuticos e as Boas Práticas de Importação de Produtos Farmacêuti cos as farmacêuticas. O Infarmed, como habitualmente apoiou e acolheu os respectivos estágios de Rosila Khan na Direcção de Avaliação de Medicamentos e de Dulce Molande na Direcção de Inspecção e Licenciamento. Organizado pelo Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo Bastonário no 1º Congresso Farmácia Estabelecimento de Saúde O evento organizado pelo CRF‑SP teve a participação do ministro da Saúde brasileiro, deputados federais e representantes de várias entidades ligadas ao sector farmacêutico do Brasil O Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo (CRF‑SP), no Brasil, organizou nos dias 17 e 18 de Outubro, no Centro de Convenções de Rebouças, o 1º Congresso Farmácia Estabelecimento de Saúde, sob o tema “Oportunidades e Desafios”, promovendo assim uma discussão sobre o papel social da farmácia no Brasil. O bastonário da Ordem dos Farmacêuticos integrou a mesa da sessão de abertura oficial do Congresso, junta mente com o presidente do CRF‑SP, Pedro Menegasso, o presidente da Anfarmag, Ademir Valério, o assessor do Conselho Federal de Farmácia do Brasil, Tarcísio Palhano, o representante da Fenafar, Alexandre Maga lhães, e o presidente do Sinfar, Glicério Maia. Carlos Maurício Barbosa foi também um dos convida dos da Mesa Redonda intitulada “Novas possibilidades em serviços e produtos para a Farmácia Estabelecimen to de Saúde”, moderada pelo presidente do CRF‑SP e que contou também com as participações do deputado federal, Arlindo Chinaglia, do presidente do Conselho Estadual dos Secretários Municipais de Saúde, Fernan do Monti, da professora da Faculdade de Ciências Far macêuticas da Universidade de São Paulo, Silvia Stor pirtis, da directora da Associação Brasileira de Farma cêuticos Homeopatas, Deusa do Carmo Stippe Sobra, e do representante da Feifar, Luciano Rena. O ministro da Saúde brasileiro, Arthur Chioro, esteve pre sente no início dos trabalhos do Congresso, tendo pro ferido a Palestra Magna “10 anos da Política Nacional de Assistência Farmacêutica e a Farmácia no Brasil”, na qual mostrou os avanços da assistência farmacêutica ao longo dos anos. “O consumo de medicamentos, muitas vezes, é realizado sem critério no nosso país. Por isso, a assistência farmacêutica é de extrema importância e deve ser trabalhada pelas secretarias municipais, esta duais, Ministério da Saúde e não apenas pela profissão farmacêutica”, disse o governante, citado pelo CRF‑SP. No final da sua intervenção, Arthur Chioro deixou uma mensagem aos farmacêuticos brasileiros reforçando a sua importância enquanto “componente fundamental das redes de atenção” e “como parte do cuidado inte gral”. “Assim avançamos na possibilidade de um Sistema Único de Saúde que garanta melhor cuidado à saúde de todos os brasileiros”, considerou o ministro. Este congresso ficou também marcado pela apresenta ção, durante o encerramento, da “Carta de São Paulo”, que define dez características e qualidades para que a farmácia seja reconhecida como “farmácia 10 estrelas”. Organizado pelo Conselho Regional de Farmácia do Estado do Rio de Janeiro Bastonário no Fórum do SNGPC O bastonário da Ordem dos Farmacêuticos (OF), Carlos Maurício Barbosa, foi um dos oradores convidados do Fórum do Sistema Nacional de Gerenciamento de Pro dutos Controlados (SNGPC), organizado nos dias 13 e 14 de Novembro pelo Conselho Regional de Farmácia do Estado do Rio de Janeiro. O dirigente da OF efectuou uma palestra sobre a regu lamentação do sector do medicamento em Portugal e participou em duas Mesas Redondas, juntamente com Ana Paula Queirós, conselheira federal do Conselho Federal de Farmácia (CFF), em representação do pre sidente do CFF, Walter João, e outros representantes das autoridades brasileiras ligadas ao sector do medica mento, como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). O bastonário apresentou alguns indicadores de saú de em Portugal e explicou a classificação de medica mentos vigente em Portugal, nomeadamente no que se refere ao controlo das substâncias estupefacientes e psicotrópicas, desde o cultivo à dispensa, passando pela produção e distribuição, bem como as responsabili dades e condições de cada interveniente neste circuito, Bastonário com farmacêuticos do Estado do Rio de Janeiro em particular os procedimentos de dispensa em farmá cias comunitárias e hospitalares. Carlos Maurício Barbosa explicou também aos colegas brasileiros o circuito controlado da administração de vacinas e medicamentos injectáveis em farmácia co munitária, desde a certificação da competência dada pela OF, ao processo de registo da administração de vacinas não incluídas no Plano Nacional de Vacinação nas farmácias. Medida Provisória perde eficácia Farmacêutico obrigatório em todas as farmácias do Brasil O ano de 2014 entrou para a história da farmácia bra sileira com o culminar de 20 anos de espera pela apro vação da Lei nº 13021/14, de 8 de Agosto, que deter minou as farmácias como sendo estabelecimentos de saúde que requerem obrigatoriamente – para o seu fun cionamento – a responsabilidade e assistência técnica de um Farmacêutico registado (vide ROF 112, pg. 102). No entanto, no mesmo dia, foi aprovada também a Me dida Provisória nº 653/14, que introduziu uma ressalva aplicável a farmácias consideradas como pequenas ou micro‑empresas. Nos casos de interesse público, em que houvesse necessidade da existência de uma farmá cia e na falta de farmacêutico, a MPV 653/14 permitiria que o órgão sanitário de fiscalização local licenciasse estabelecimentos desta natureza sob a alçada da res ponsabilidade técnica de “prático de farmácia, oficial de farmácia ou outro, igualmente inscrito no Conselho Re gional de Farmácia”. Esta medida foi fortemente contestada pelo Conselho Federal de Farmácia, pelo Fórum Nacional de Luta pela Valorização da Profissão Farmacêutica e por deputa dos do Parlamento brasileiro. Na mira das contesta ções está o racional que implica que a actividade das farmácias não tem o seu papel assistencial afecto à dimensão da empresa. O tratamento diferenciado não deve ter impacto nos utilizadores do serviço e, por este motivo, não haveria razão para isentar estes estabele cimentos de cumprirem normas de saúde. Pois se os riscos envolvidos na actividade de dispensa de medica mentos são os mesmos para toda a actividade e se são independentes da dimensão e localização da empresa, a MPV 653/14 é destituída de sentido. Contudo, a MPV 653/14 perdeu a eficácia durante a tramitação legal, ao não ter sido votada pelo Parlamen to brasileiro no prazo devido, que já tinha sido prorroga do até aos 4 meses subsequentes à aprovação. Em vigor a partir de 25 de Maio Novo regulamento europeu de boas práticas de fabrico de substâncias activas Foi publicado no Jornal Oficial da União Europeia o Re gulamento Delegado (UE) nº 1252/2014 da Comissão de 28 de maio de 2014, que estabelece os princípios e directrizes de Boas Práticas de Fabrico de substâncias activas destinadas aos medicamentos de uso humano, incluindo substâncias activas destinadas à exportação. O regulamento é aplicável nos Estados membros da UE a partir de 25 de Maio. Assembleia Geral realizada em Varsóvia Bastonário eleito tesoureiro da EurHeCA Os membros da Associação das Autoridades Competen tes Europeias para as Profissões de Saúde (EurHeCA) estiveram reunidos em Assembleia Geral, no dia 21 de Novembro, em Varsóvia, na Polónia. Durante esta As sembleia Geral, a Ordem dos Farmacêuticos (OF) de Por tugal e a Ordem dos Farmacêuticos da Bélgica foram eleitas, por unanimidade, para os cargos vacantes da associação. O bastonário da OF assume assim o cargo de tesoureiro, enquanto o cargo de secretário da Mesa da EurHeCA, é assumido pelo director da Ordem belga, Francis Patout. Nesta reunião foi também efectuado um ponto de situa ção sobre os trabalhos e intervenções da EurHeCA em iniciativas de âmbito europeu, como a “Joint Action on European Health Workforce Planning and Forecasting”, projecto financiado pela Comissão Europeia com o objec tivo de proporcionar aos Estados membros a capacida de de desenvolver e utilizar modelos de planeamento e de previsão de necessidades de profissionais de saúde, onde a Administração Central do Sistema de Saúde tem participado, em representação do Ministério da Saúde de Portugal, e onde a OF tem sido um dos parceiros nacio nais fundamentais para o enriquecimento desse trabalho. Foram também temas desta Assembleia Geral o reco nhecimento mútuo das qualificações profissionais, ao abrigo do Acto para o Mercado Único, e os mais recentes A EurHeCA apresentou o projecto de portal europeu para identificação do registo de profissionais de saúde dados sobre a carteira profissional europeia aplicada às profissões de saúde. Neste âmbito, a EurHeCA apresen tou ainda o desenvolvimento do projecto de portal euro peu para identificação do registo de profissionais de saú de, que tem sido uma das soluções promovidas por esta associação para promover a segurança dos doentes. Apresentação da EurHeCA a Ordens profissionais portuguesas O presidente da EurHeCA, Patrick Fortuit, acompa nhado pela consultora da associação, Mariane Cimino, deslocou‑se a Portugal para apresentar a organização às Ordens dos Médicos Dentistas, Enfermeiros e Nu tricionistas. O bastonário da Ordem dos Farmacêuticos (OF), Carlos Maurício Barbosa, acompanhou os responsáveis da as sociação nas reuniões realizadas no dia 5 de Novembro, no Porto, com os bastonários das Ordens dos Médicos Dentistas e dos Nutricionistas, Orlando Monteiro da Sil va e Alexandra Bento, respectivamente. No dia seguinte, a OF promoveu também a realização de uma reunião de apresentação à Ordem dos Enfermeiros (OE), na qual es teve presente o bastonário da OE, Germano Couto. Patrick Fortuit explicou que a organização pretende assumir‑se como uma plataforma de partilha de interesses e troca de informação entre as entidades competentes. Para este efeito, está actualmente a ser criada uma lista gem de autoridades profissionais para todos os países da UE, de acordo com os termos da directiva das qualifica ções profissionais (2005/36/CE). Além disso, a criação de uma carteira profissional europeia para os profissionais de saúde tem sido um dos principais assuntos debatidos nos encontros organizados por esta associação. Actualidade farmacêutica europeia em discussão PGEU reuniu em Assembleia Geral Os membros do Grupo Farmacêutico da União Europeia (PGEU) estiveram reunidos em Assembleia Geral, no dia 13 de Novembro, em Bruxelas, numa reunião em que o bastonário da Ordem dos Farmacêuticos esteve repre sentado pela presidente da Secção Regional de Lisboa, Ema Paulino. Além dos assuntos internos relacionados com a orgâ nica do PGEU, foram discutidas várias matérias relacio nadas com o sector farmacêutico na Europa, entre as quais a participação do PGEU na European Medicines Verification Organisation, os desenvolvimentos do pro jecto “Dot Pharmacy” e vários outros aspectos relacio nados com o exercício profissional, com as iniciativas do PGEU e com a legislação europeia. Esta Assembleia Geral marcou também o final do man dato da presidência eslovaca do Grupo, na pessoa de Štefan Krchnak, da Câmara dos Farmacêuticos Eslovaca. Em Janeiro, o cargo é assumido pela Irlanda, pela terceira vez na história do PGEU, na pessoa de Darragh O´Lou ghlin, anterior presidente da Irish Pharmacy Union. Um mês antes da Assembleia Geral, a 13 de Outubro, o Grupo de Trabalho para os Assuntos Profissionais do PGEU esteve também reunido em Bruxelas. A agenda desta reunião, na qual a Ordem dos Farmacêuticos es teve representada pelo secretário técnico para a área internacional, Luís Baião, contemplou a apresentação dos termos em que podem vir a ser implementados os serviços farmacêuticos previstos no acordo assinado pelo Ministério da Saúde português e as associações representativas das farmácias, em Julho deste ano. “Parceiros no combate à comercialização ilegal de medicamentos na Internet” Infarmed promoveu conferência nacional do Programa “Fakeshare” O Infarmed organizou no dia 14 de Dezembro, uma das conferências nacionais do projecto “Fakeshare”, destinado à protecção dos cidadãos contra os riscos associados à comercialização ilegal de medicamentos na Internet, na qual a Ordem dos Farmacêuticos esteve representada pelo secretário técnico para a área inter nacional, Luís Baião. Este projecto, coordenado pela agência italiana regula dora do medicamento e do qual o Infarmed é também um dos parceiros, é co‑financiado pela União Europeia, através do Programa para a Prevenção e Luta contra o Crime. Na abertura do evento, o vice‑presidente do Infarmed, Hélder Mota Filipe, referiu a importância da regulação da cadeia do medicamento para evitar problemas de saúde pública causados por medicamentos falsificados, que têm conseguido chegar ao público maioritariamen te através da venda ilegal na Internet. O programa “Fakeshare” teve início em Julho 2013 e terá a duração de dois anos, pressupondo a gestão par tilhada da monitorização de sites ilegais associados à venda de medicamentos. O programa estima que 62 por cento dos medicamentos adquiridos online sejam contrafeitos e que 96 por cento das “farmácias” online sejam ilegais, pelo que se impõe a implementação de medidas que garantam a segurança do cidadão. O programa prevê constituir uma plataforma centraliza da que permita aos cidadãos poderem avaliar o nível de confiança dos sites de venda online e a identificação de medicamentos falsificados já conhecidos. Já previsto pela Directiva 2011/62/UE, relativa aos medicamentos falsificados, o programa “Fakeshare” irá acompanhar os respectivos actos delegados, nomea damente os relacionados com o número identificador único dos medicamentos e com o logotipo comum de identificação utilizado pelos sites licenciados para a venda online de medicamentos. Os profissionais de saúde serão chamados a apoiar a informação ao públi co, além de representarem um papel‑chave na geração de alertas sobre medicamentos falsificados. Projecto para planeamento e previsão das necessidades de profissionais de saúde Estados membros partilham práticas de recrutamento internacional A Joint Action for Health Workforce Planning and Forecasting (JAHWF) reuniu nos dias 4 e 5 de Dezembro, em Roma, sob os auspícios da presidência italiana do Conselho da União Europeia. Esta foi a segunda conferência global desta iniciativa e teve como tema a “Melhoria das metodologias de planeamento e recolha de dados na Europa”. O objectivo desta conferência em Roma foi a partilha de experiências e boas práticas entre Estados‑membros da União Europeia (UE) de forma a poder retirar conclusões que possam vir a constituir um Manual de Metodologias de Planeamento. Esta conferência teve como foco a em pregabilidade dos profissionais de saúde, a melhoria das metodologias de planeamento e a aplicabilidade do Códi go de Prática de Recrutamento Internacional de Profissio nais de Saúde da Organização Mundial de Saúde (OMS). No seguimento dos encontros globais anteriores dos grupos de trabalho, que tiveram lugar em Bratislava e em Lisboa (vide ROF 110, pg. 103), tem sido referida a aplicabilidade do referido Código de Prática Mundial da OMS, do qual se aguarda o próximo relatório de imple mentação, em 2016. Este Código de Prática foi criado em 2010 pela OMS para estabelecer e promover princípios voluntários para o recrutamento ético de profissionais de saúde de outros Estados. Desta forma, desencoraja‑se o recrutamento activo destes profissionais em países em desenvolvimento, com sistemas de saúde mais frágeis, que facilmente ficariam comprometidos com a escassez de profissionais de saúde. Durante a conferência houve uma partilha de experiên cias sobre recrutamento internacional de profissionais de saúde de alguns Estados: o caso da Finlândia que criou as suas próprias directrizes para o recrutamento ético de profissionais de saúde numa cooperação interministerial e os protocolos criados pelo governo da Moldávia para contornar as crescentes tendências de emigração dos seus médicos e enfermeiros. Outros projectos de partilha de profissionais de saúde têm ocorrido com graus variados de sucesso como na Alemanha e na Irlanda. O Estado alemão investiu num projecto de recrutamento de enfermeiros do Vietname para preencher a lacuna que tinha destes profissionais nas estruturas assistenciais para pessoas idosas. Estes enfermeiros, com um curso de estudos concluído no Viet name e com idades abaixo dos 25 anos, tiveram cursos intensivos de 6 meses de língua alemã ainda em Hanói e seguidamente uma semana de curso intercultural na Ale manha. Para o exercício profissional destes enfermeiros constatou‑se que esta preparação linguística não foi su ficiente e que seria necessário compensá‑la. Também ao nível dos cuidados de enfermagem prestados foi neces sário complementar a sua formação de base. O Estado alemão gastou 1,2 milhões de euros neste projecto com a ajuda de fundos europeus para o ensino de língua ale mã. Até ao momento, as unidades de cuidados onde fo ram integrados estes profissionais têm enaltecido esta experiência como muito positiva. O projecto JA‑HWF visa promover a colaboração entre Estados‑membros da UE na preparação do futuro das profissões de saúde A Irlanda, que entre 2000 e 2008 era um destino privile giado para profissionais de saúde estrangeiros, viu este cenário invertido com a chegada da crise económica e financeira. Desde 2010 que se esforça por aplicar o Códi go de Prática da OMS, tendo em linha de conta o acordo firmado com a autoridade competente para os médicos e cirurgiões do Paquistão. Na sequência dos trabalhos desta reunião do JAHWF, será preparado o próximo Manual de Planeamento dos Profissionais de Saúde, que entra em fase de teste, sen do Portugal um dos países‑piloto, com intervenção da Administração Central do Sistema de Saúde, parceiro na cional associado a esta iniciativa. EVOLUÇÃO DO TRABALHO DA JAHWF O objectivo geral do projecto é a colaboração entre Estados‑membros para a preparação do futuro das pro fissões de saúde, explorando as necessidades vindou ras tanto ao nível de números como de competências, visando nunca comprometer a autosuficiência dos paí ses de origem. Há a necessidade de produzir ferramen tas que permitam auxiliar os Estados‑membros a faze rem face a estes problemas de uma forma estruturada e atempada para poderem adaptar a oferta educativa e profissional. Esta acção conjunta está a ser desenvol vida em grupos de trabalho diferentes com objectivos particulares (ver tabela 1) que têm reunido independen temente. A Ordem dos Farmacêuticos (OF) está representada através da afiliação nas organizações parceiras do pro jecto: o Grupo Farmacêutico da União Europeia (PGEU) e a Associação das Autoridades Competentes Euro peias para as Profissões de Saúde (EurHeCA). Particularmente no âmbito do WP4, a OF tem sido ac tiva nos contactos solicitados aos parceiros, nomeada mente aos inquéritos sobre a mobilidade dos profissio nais de saúde. Nestas pesquisas, o grupo de trabalho tem‑se inteirado da visão dos diferentes stakeholders nacionais relativos ao foco que este assunto tem nas organizações. Com o último inquérito, por exemplo, decorrido em Novembro, pretendeu‑se conhecer os indicadores que Na sequência dos trabalhos desta reunião do JAHWF, será preparado o próximo Manual de Planeamento dos Profissionais de Saúde, que entra em fase de teste, sendo Portugal um dos países‑piloto, com intervenção da Administração Central do Sistema de Saúde, parceiro nacional associado a esta iniciativa O JAHWF tem o apoio dos fundos do Programa para a Saúde da União Europeia e tem como parceiros os Mi nistérios da Saúde dos Estados‑membros, bem como as organizações europeias representativas dos profis sionais de saúde no âmbito europeu. podem ser mais relevantes, os desafios e limitações en volvidos na recolha de dados estatísticos, as ferramen tas que são utilizadas no apoio dado a estas tarefas e a possibilidade de se fazer uso do Sistema de Informação do Mercado Interno (IMI) para a recolha de informação. TABELA 1 – GRUPOS DE TRABALHO E ATRIBUIÇÕES DENTRO DO JA‑HWF GRUPO DE TRABALHO DESCRIÇÃO WP1 Coordenação e gestão do projecto WP2 Disseminação e comunicação aos parceiros WP3 Avaliação da implementação e acompanhamento dos objectivos WP4 Recolha de dados e indicadores para o planeamento das profissões de saúde WP5 Partilha de boas práticas e experiências entre estados‑membros WP6 Estimativa das necessidades futuras em termos de habilitações e competências dos profissionais de saúde através de metodologias de “exploração do horizonte” WP7 Consolidação de resultados tendo em vista a sustentabilidade do projecto Farmacêuticos na primeira fase para avançar em 2016 Carteira Profissional Europeia está mais próxima No seguimento de uma reunião do Grupo de Coordenadores para o Reconhecimento das Qualificações Profissionais (RQP), ocorrida a 17 de Junho, foi publicado a 9 de Setembro um documento estratégico que pretende lançar as fundações do Acto de Execução para implementação da Carteira Profissional Europeia (CPE) na UE. A Directiva 2013/55/UE introduziu as alterações fun damentais à Directiva 2005/36/CE relativa ao RQP, nomeadamente no que se refere à aplicação da CPE, através dos Artigos 4º-A a 4º-E. Nestes artigos prevê ‑se que a introdução da CPE para uma determinada pro fissão esteja sujeita às seguintes condições prévias: (i) mobilidade relevante ou potencial de mobilidade consi derável; (ii) expressão de interesse pelas partes interes sadas; (iii) profissão regulamentada num número signifi cativo de Estados‑membros. Foram pré‑seleccionadas 7 profissões: médicos, far macêuticos, enfermeiros, fisioterapeutas, engenheiros, guias de montanha e agentes de imobiliário. Numa im plementação em duas fases, prevê‑se que a primeira contemple, entre as profissões da saúde, as profissões de farmacêutico, enfermeiro e fisioterapeuta, para po derem arrancar com CPE a partir de 2016 (final do pe ríodo de transposição da directiva 2011/55/UE). A segunda fase está prevista para 2018, dois anos volvidos sobre o referido prazo de transposição e ca pitalizando com a experiência das outras profissões no funcionamento do sistema. Na segunda fase prevê‑se que entrem as profissões de médico, engenheiro e as especialidades dentro das profissões de farmacêutico e enfermeiro. A CPE será um documento electrónico gerado após a introdução de dados pessoais do Farmacêutico (cf. ROF 110, pg. 91). O pedido de CPE deverá ser feito por cada cidadão que pretenda empreender na mobilidade pro fissional dentro da UE. A submissão do pedido de CPE será por via electrónica, através de uma área privada no sistema IMI (ver Perguntas e Respostas) onde lhe serão pedidos os dados referentes à profissão, país de ori gem, país de destino (acolhimento), tipo de actividade (estabelecimento permanente ou prestação temporária de serviços) e regime de RQP. A interface irá criar auto maticamente uma ficha de identificação profissional e pedir a informação relevante, bem como os documen tos que permitam atestar a situação perante o exercício da profissão. Os dados recolhidos na ficha poderão ser reutilizados em submissões futuras. A ficha circula entre as autoridades competentes envol vidas, de maneira a que possam cooperar na partilha de informação como a referente às qualificações profis sionais e às necessidades documentais para o exercício profissional. A área privada permitirá ao cidadão gerir o progresso de emissão da sua CPE, incluindo proce der aos pagamentos que tenham de ser efectuados, consultar os seus direitos sobre os dados, descarregar O pedido da Carteira Profissional Europeia poderá ser feito por cada cidadão que pretenda empreender na mobilidade profissional dentro da UE documentação sobre o estado da sua CPE, submeter informação ou documentação adicional e, ainda, reque rer a rectificação, eliminação ou bloqueio de dados pes soais contidos na sua área privada. A interface deverá permitir a geração de um documento electrónico demonstrativo do resultado do procedimen to do pedido de CPE. Este documento terá elementos de segurança para garantir a sua autenticidade (gera ção através de uma autoridade competente e conteúdo genuíno) e integridade (dados conforme o original, sem terem sido alterados por entidades externas). A Comissão Europeia irá também criar uma ferramen ta de acesso para que as partes interessadas (como sejam as entidades empregadoras ou as associações sectoriais) possam verificar a validade e autenticidade de uma CPE. De qualquer forma, as partes interessa das poderão manter os contactos que já empreendiam até hoje junto das autoridades competentes, de modo a atestar a validade e autenticidade dos documentos. No caso de uma actualização substancial dos dados no sistema IMI, relativos à capacidade de exercício profis sional de um determinado cidadão ao abrigo da CPE, será gerada uma mensagem neutra de modo a avisar as partes interessadas para contactarem a autoridade competente do Estado‑membro de acolhimento para mais informação, sempre no espírito da presunção de inocência do portador da CPE. Perguntas e respostas sobre a Carteira Profissional Europeia O QUE É A CARTEIRA PROFISSIONAL EUROPEIA? A carteira profissional europeia terá a forma de um cer tificado eletrónico e é o modo de tornar os processos de reconhecimento profissionais mais céleres, simples e transparentes em todos os países da UE. Um profissional que pretenda estabelecer-se noutro Estado-membro poderá iniciar o processo de pedido da CPE directamente no Sistema de Informação do Mercado Interno (IMI), em vez de ter de enviar o pedi do às autoridades do país estrangeiro, como acontece actualmente. O sistema IMI, já utilizado pelas autoridades compe tentes para comunicarem de forma segura e fidedigna entre si, virá a ser utilizado pelos cidadãos individual mente para requerer a CPE. O sistema IMI reencami nha o pedido para a autoridade competente respectiva que confirma a regularidade do registo profissional e emite a CPE na forma de um certificado electrónico. O certificado electrónico da CPE só será válido mediante a apresentação de comprovativo de identidade válido. QUANDO PODERÁ ENTRAR EM VIGOR A CPE? A legislação relativa à CPE deverá surgir na sequência de um Acto de Execução que entra em vigor 20 dias após a sua publicação no Jornal Oficial da União Euro peia, ou noutra data determinada especificamente na quele acto. Independentemente da data marcada para a entrada em vigor, esta deverá ser sempre posterior à data limite para a transposição da Directiva 2013/55/ UE que altera a Directiva 2005/36/CE relativa ao reco nhecimento das qualificações profissionais (RQP), nes te caso, após 19 de Janeiro de 2016. O QUE SÃO ACTOS DE EXECUÇÃO? Desde o Tratado de Lisboa, que procedeu à modifica ção dos actos jurídicos da União Europeia, convivem en quanto instrumentos legislativos os Actos Delegados e Actos de Execução. O Acto Delegado é assim desig nado por o legislador delegar na Comissão o poder de adoptar medidas que alteram elementos não essenciais de um outro acto legislativo, normalmente ligados a as pectos técnicos. O Acto de Execução, também origina do na Comissão Europeia, reflecte o poder de aplicação directa e uniforme de medidas legislativas em todos os Estadosmembros da UE, para lá da incumbência legisla tiva nacional dos mesmos Estadosmembros. QUEM SÃO AS AUTORIDADES COMPETENTES? As autoridades competentes, que controlam o registo dos profissionais em cada Estado‑membro, deverão estar já designadas antes do final da data‑limite para a transposição. Prevê‑se que haja uma fase de treino e testes para a operacionalização da CPE que envolva todas as autoridades competentes. Em Portugal as autoridades competentes para as pro fissões regulamentadas da área da saúde ficaram defi nidas com a publicação da Portaria nº 35/2012, de 3 de Fevereiro, sendo a Ordem dos Farmacêuticos desig nada como autoridade competente para a profissão de farmacêutico e suas especialidades. COMO FICA GARANTIDA A PROTECÇÃO DE DADOS PESSOAIS NOS PROCESSOS DE CPE? Os dados introduzidos para a submissão de pedido de CPE poderão ser apagados caso o requerente assim o assinale, não ficando disponíveis para futuros pedidos. A autoridade competente também poderá rectificar ou invalidar dados submetidos para atestar a conformida de do registo original. Em todo o caso, a rectificação ou eliminação de uma CPE implica a notificação de todos os envolvidos para se poderem arquivar os dados nos termos das leis nacionais vigentes. A rectificação ou eliminação de um pedido ou de uma CPE constante na base de dados não impede o reconhe cimento das qualificações profissionais, que se mantém através dos métodos utilizados até ao momento mes mo com a existência da CPE. Fórum para o Mercado Único 2014 Stakeholders europeus debatem qualificações profissionais O Fórum para o Mercado Único foi criado no âmbito do Acto para o Mercado Único que pavimentou o caminho para a livre circulação de mercadorias, serviços, capital e pessoas. No Acto para o Mercado Único, apresenta do pela Comissão Europeia em Abril de 2011, foram estabelecidas doze medidas para estimular o cresci mento e reforçar a confiança na União Europeia. Em Outubro de 2012, a Comissão propôs um segundo pacote de medidas (Acto para o Mercado Único II) de modo a desenvolver o mercado único e explorar ple namente as suas potencialidades enquanto motor de crescimento. O Fórum para o Mercado Único surge como plataforma de discussão que junta periodicamente os participan tes dos mercados, como, por exemplo, as empresas, as associações empresariais, os parceiros sociais, as organizações não‑governamentais e os representan tes dos cidadãos, dos parlamentos e das autoridades públicas dos diferentes níveis do governo. Este Fórum pretende analisar o Mercado Único, a transposição e A OF tem acompanhado este Fórum quer directamente, quer através das associações europeias de que faz parte, nomeadamente a EurHeCA, sobretudo no domínio das Qualificações Profissionais aplicação de Directivas com ele relacionadas e a troca de melhores práticas entre os Estados‑membros da União Europeia. O Fórum contribui com as suas con Reflexões sobre a Carteira Profissional Europeia no Fórum para o Mercado Único Na reunião de Dezembro de 2014 do Fórum para o Mer cado Único, Pierre Delsaux, Director‑Geral Adjunto para o Mercado Interno, Indústria e PME’s da Comissão Eu ropeia, referiu que a CPE surge como uma solução con creta a alguns obstáculos ao Mercado Único. No seu entendimento, as qualificações profissionais são impor tantes tanto para os cidadãos como para a economia e a CPE tem o potencial de se tornar uma ferramenta muito vantajosa, mas, para isso, tem de se tornar uma realidade prática e utilizada por todos. A CPE “está no epicentro de vários conceitos desen volvidos na Directiva relativa ao reconhecimento das qualificações profissionais como o nível de qualificação, a formação, o acesso parcial e o desenvolvimento pro fissional contínuo”, de acordo com Lidia Germani, coor denadora nacional do Mercado Interno da Presidência do Conselho de Ministros de Itália. Alguns dos peritos reunidos reflectiram sobre as con dicionantes económicas europeias que promovem o aumento da mobilidade profissional entre Estados ‑membros, considerada ainda muito abaixo do seu ple no potencial, e reconheceram que a CPE é apenas uma medida positiva de uma carteira mais vasta de outros elementos. Prevê-se que este sistema facilite a distri buição de profissionais num curto prazo de tempo de zonas onde estão em excesso para locais onde os re cursos humanos são escassos. Finalmente, Martin Frohn, chefe da unidade de livre mo vimento de profissionais, da Direcção‑Geral do Mercado Interno, Indústria e PME’s da Comissão Europeia, refe riu que “a CPE será um documento electrónico trocado entre dois Estados‑membros. Tratar‑se‑á de uma apli cação electrónica embutida como um novo módulo no Sistema IMI”. Para Frohn, a CPE não poderá funcionar sem outra ferramenta emparelhada – o mecanismo de alerta. Este mecanismo exigirá maior cooperação entre as autoridades competentes e isto passará também pelo IMI. clusões para a avaliação de políticas e representa um papel importante na monitorização da implementação gradual do Acto para o Mercado Único e dos seus im pactos no dia‑a‑dia dos cidadãos. O Fórum reuniu pela primeira vez em 2011 no Fórum de Cracóvia e voltou a reunir‑se nos anos seguintes alar gando sempre o tempo de reunião e, em 2014, o Fórum multiplicou‑se numa série de reuniões ao longo do ano, nos diferentes domínios de actividade do Mercado Único. Alguns temas têm sido analisados e debatidos no Fórum desde o início, como o reconhecimento das qua lificações profissionais e a constituição de uma Cartei ra Profissional Europeia (CPE), a integração do sector dos Serviços no Mercado Único, o mercado e o comér cio digital, a integração dos sistemas bancário e fiscal, a interacção dos sistemas de saúde e solidariedade social, apenas para referir alguns. A Ordem dos Farmacêuticos tem acompanhado este Fórum quer directamente, quer através das associa ções europeias de que faz parte, nomeadamente a EurHeCA, sobretudo no domínio das Qualificações Profissionais. Sobre este tema foram contemplados quatro encontros, na edição de 2014 do Fórum: – Nos dias 16 e 17 de Outubro reuniram em Varsóvia sobre o tema, “Modernizar o acesso às profissões” com particular incidência sobre a protecção do inte resse público, a avaliação da regulação e das refor mas no sector imobiliário, turístico, dos ofícios tradi cionais e do negócio. – Em Berlim, a 14 de Novembro, o Fórum reuniu com foco na experiência da Alemanha após a reforma de Alguns temas têm sido analisados e debatidos no Fórum desde o início, como o reconhecimento das qualificações profissionais e a constituição de uma Carteira Profissional Europeia (CPE) uma série de ofícios tradicionais em 2003/2004 e al guns aspectos dos exercícios de reconhecimento mú tuo destas áreas, com o tema “Regular as profissões efeitos e caminhos futuros”. – A “Carteira Profissional Europeia” foi o tópico da reu nião em Roma, a 1 de Dezembro. Tendo em vista o objectivo da UE de ter a primeira CPE em 2016, esta conferência centrou‑se neste assunto, apresentando os antecedentes políticos e debatendo os trabalhos em curso para a primeira emissão da CPE. Os parti cipantes reflectiram sobre o potencial da CPE para modificar os processos de reconhecimento mútuo no seio da UE. OF representada na reunião EAHP debateu quadro de formação comum para especialidade em Farmácia Hospitalar A Associação Europeia de Farmacêuticos Hospitala res (EAHP) promoveu no dia 10 de Novembro, em Bruxelas, uma reunião para debater o processo e mé todo de construção de um quadro de formação co mum para a especialização em Farmácia Hospitalar na Europa. Participaram neste evento os representantes dos paí ses da União Europeia que têm programas de especia lização em pós‑graduação para o exercício em Farmácia Hospitalar e que têm requisitos de natureza obrigatória para obtenção da especialidade – Bélgica, França, Itália, Holanda, Espanha e Portugal. A Ordem dos Farmacêuticos (OF) esteve representada pela secretária técnica para o desenvolvimento profis sional contínuo, Andreia Bruno. Esta reunião foi organizada na sequência da publicação da directiva europeia relativa ao reconhecimento das qualificações profissionais e do regulamento europeu relativo à cooperação administrativa através do siste ma de informação do mercado interno. O objectivo destes peritos é assegurar os mais eleva dos padrões de cuidados prestados aos doentes tra tados nos sistemas de saúde dos países participantes e também que o quadro de formação comum de espe cialistas em Farmácia Hospitalar permita a mobilidade destes entre os países aderentes. Simpósio anual da TOPRA em Bruxelas Profissionais de assuntos regulamentares europeus reunidos O simpósio anual organizado pela TOPRA contou com a participação da presidente do Conselho do Colégio de Especialidade de Assuntos Regulamentares da OF, Antonieta Lucas Nos dias 13 e 15 de Outubro de 2014 realizou‑se em Bruxelas o Symposium Anual da TOPRA – The Organi‑ sation for Professionals in Regulatory Affairs, que teve lugar no centro de congressos “The Square”. Neste evento, de tema “Matching modern regulation with modern medicine – a patient centred approach to regulatory affairs?”, esteve presente Antonieta Lucas, presidente do Conselho do Colégio de Especialidade de Assuntos Regulamentares, em representação do basto nário da Ordem dos Farmacêuticos. A abertura do Symposium ficou a cargo da directora exe cutiva da TOPRA e do CEO da agência reguladora do medicamento belga (Federal Agency for Medicines and Health Products), Lynda Wight e Xavier De Cuyper, res pectivamente. A apresentação “A patient centred approach to re gulatory affairs” foi proferida por Nicola Bedlington, secretária‑geral do European Patient Forum (EPF), orga nização não‑governamental que representa associações de doentes, abrangendo mais de 150 milhões de porta dores de doenças crónicas. Durante esta apresentação foram abordadas três áreas: ensaios clínicos, dispositi vos médicos e avaliação em tecnologias de saúde, onde o EPF desempenhou um papel positivo no que toca à implementação de reformas na regulamentação destas três áreas sempre com o enfoque no doente. Relativamente ao primeiro tema, a regulamentação da União Europeia (UE) em ensaios clínicos, foram apresen tados os resultados de um trabalho conjunto do EPF e outras instituições da UE, que fez com que actualmente os comités de ética para os ensaios clínicos tenham em consideração as opiniões dos doentes. Além disso, foi abrangida a questão da transparência dos dados dos ensaios clínicos, onde se salientou o facto de que seria benéfica a existência de linhas orientadoras adicionais para o formato e conteúdo do sumário, aquando do desenho dos ensaios clínicos. Foram sublinhadas, além destas, outras falhas, nomeadamente a falta de um guia comum para a informação e consentimento informado a dar aos doentes, bem como uma falta de consenso e linhas orientadoras em relação ao envolvimento dos doentes no desenho dos ensaios clínicos. A legislação dos dispositivos médicos foi uma área bas tante trabalhada pelo EPF que promoveu o envolvimento dos doentes para que seja aproveitada toda a informação sobre a qualidade e segurança dos dispositivos médicos. Esta abordagem permitiu que a segurança do doente fos se uma prioridade, assegurando a transparência do pro cesso e promovendo o acesso equitativo a dispositivos médicos de alta qualidade a todos os cidadãos da UE. A terceira área abordada na apresentação foi a avalia ção de tecnologias da saúde, em que mais uma vez, o EPF defende a capacitação dos doentes para que este jam envolvidos na avaliação das tecnologias de saúde. A European Patients’ Academy on Therapeutic Inno‑ vation (EUPATI) actua no sentido de educar e informar os doentes, o que contribuiu para que a Investigação e Desenvolvimento se centre neles. A apresentação con cluiu que os doentes estão empenhados em colaborar e comprometem‑se a trabalhar para que se assegure o acesso equitativo aos cuidados de alta qualidade centra dos no doente. 33ª RACI 2015 Reunião Anual do Colégio de Indústria Conselho do Colégio de Especialidade de Indústria Farmacêutica da Ordem dos Farmacêuticos Beyond the Evidence 00012/01/2015 0,9 CDP 29, 30 e 31 de Maio de 2015 | Hotel Monte Real Palace | Monte Real, Leiria Mais informações e inscrições em: www.ordemfarmaceuticos.pt P R É M I O P R É M I O PRÉMIO JOÃO CORDEIRO INOVAÇÃO EM FARMÁCIA M A I S FA R M Á C I A, M A I S S A Ú D E. M A I S FA R M Á C I A, M A I S S A Ú D E. INICIATIVA INICIATIVA APOIOS APOIOS I N O V A Ç Ã O I N O V A Ç Ã O E M E M F A R M Á C I A F A R M Á C I A CANDIDATURAS ATÉ 30 DE JUNHO DE 2015 www.premiojoaocordeiro.pt www.premiojoaocordeiro.pt Tem um projeto, uma ideia, uma visão para a Farmácia com valor para a sociedade portuguesa? 14º Encontro do CEAR Especialistas debateram regulamentação em matéria de publicidade e transparência O Conselho do Colégio de Especialidade de Assuntos Regulamentares realizou no dia 11 de Dezembro, no Hotel Real Palácio, em Lisboa, o seu 14º Encontro, no qual foram debatidas questões relacionadas com a publicidade a medicamentos e produtos de saúde e as obrigações de comunicação ao Infarmed no âmbito da transparência. Antonieta Lucas, presidente do CEAR, deu início aos trabalhos do 14º Encontro Entre os oradores convidados do 14º Encontro do Co légio de Especialidade de Assuntos Regulamentares (CEAR) da Ordem dos Farmacêuticos (OF) fizeram parte os membros da Equipa de Publicidade do Infarmed – a farmacêutica Susana Matos, a jurista Mariana Teixeira e o publicitário Miguel Costa –, os farmacêuticos da Bayer, António Dias responsável de assuntos regulamentares, e Ricardo Coimbra responsável de compliance, e ainda a gestora de projecto para a área da transparência da Gilead, Clara Miguel. A abertura dos trabalhos esteve a cargo da presidente do Conselho do CEAR, Antonieta Lucas, que fez uma introdução ao tema, passando depois a palavra a Ma riana Teixeira, que abriu o primeiro painel. No primeiro painel foi tema a “Perspectiva Regula Foram abordados os requisitos legais da publicidade a medicamentos, tendo sido mencionados os elementos obrigatórios e proibidos nesta actividade, bem como nas campanhas de saúde mentar em Matéria de Publicidade – Medicamentos e Produtos de Saúde”. Este painel iniciou‑se com uma pequena abordagem à publicidade enquanto técnica de comunicação de massas, e com a clarificação da diferença entre os conceitos de “publicidade” e “in formação”. Posteriormente foi abordado o conceito mais objectivo de publicidade a medicamentos, onde foi exposto claramente aquilo que deve estar incluído ou excluído no âmbito da mesma, integrando ainda os requisitos legais da publicidade a medicamentos. De seguida foram referidas as condições de publicidade a medicamentos dirigida ao público em geral, mencio nando quais os elementos obrigatórios e os elemen tos proibidos neste tipo de publicidade, e ainda da pu blicidade a campanhas de saúde. A temática sobre a publicidade a medicamentos dirigida aos profissionais de saúde foi mencionada também no primeiro painel, onde se falou da forma e conteúdo da mesma, bem como dos elementos proibidos e obrigatórios, fazendo referência à informação clínica relevante. A propósito do enquadramento legal da publicidade a dispositivos médicos, foram também abordados os elementos sujeitos a inclusão ou exclusão da mesma, bem como a diferença que deve existir na publicidade a dispositivos médicos para profissionais de saúde ou para o grande público, sendo que neste último grupo a publicidade deve promover o uso seguro do disposi tivo. Da mesma forma foi abordado o enquadramento Foi versado o assunto da transparência na publicidade, onde se esclareceu que a legislação (nacional e internacional) e enquadramento legal da publicidade a medicamentos, dispositivos médicos e produtos cosméticos visa assegurar a transparência relativamente a esta temática foi mencionada a ques tão da publicidade em eventos de indústria farmacêu tica, salientando‑se a importância da separação clara entre a entidade organizadora do evento e os patroci nadores, e da existência de uma declaração de conflito de interesses por parte dos palestrantes em eventos deste tipo. Fez‑se, ainda, uma pequena abordagem à Foram apresentados aspectos relevantes da plataforma de notificação do Portal da Transparência do Infarmed e da interacção entre as autoridades, profissionais de saúde e empresas farmacêuticas nesta plataforma legal dos produtos cosméticos, embora com menos detalhe. Por fim, foi discutido o assunto da cedência de amostras gratuitas, e do incumprimento da legis lação associada. Foi versado o assunto da transparência na publicida de, onde se esclareceu que a legislação (nacional e in ternacional) e enquadramento legal da publicidade a medicamentos, dispositivos médicos e produtos cos méticos visa assegurar a transparência, e por este mo tivo deve ser adequadamente dirigida tanto ao público geral como a profissionais de saúde. A transparência nas peças publicitárias deve ter em conta determina das características, como a identificação de alguns pormenores, a fundamentação daquilo que alega, e a colaboração com as autoridades competentes. Ainda rede global anti‑corrupção referindo‑se o facto de par te da população portuguesa ter uma imagem menos boa da indústria farmacêutica. Já no segundo painel do Encontro, que versou sobre “Plataforma de Comunicações – Transparência e Publi cidade”, tanto da parte de Miguel Costa como de Cla ra Miguel, foram apresentados aspectos relevantes da plataforma de notificação do Portal de transparência do Infarmed e da interacção entre as autoridades, profis sionais de saúde e empresas farmacêuticas nesta pla taforma. Também por parte dos oradores do Infarmed foram apresentadas respostas a perguntas frequentes colocadas sobre a publicidade a produtos de saúde, proporcionando um debate aberto e esclarecedor entre participantes e palestrantes. Entrevista a Fernando Mota, um farmacêutico gestor de ensaios clínicos na Novartis, em Basileia A aposta nacional nos ensaios clínicos deve ter continuidade A área dos ensaios clínicos tem vindo a merecer especial atenção por parte das autoridades e instituições ligadas ao sector da Saúde. Na qualidade de gestor de ensaios clínicos na área cardiovascular da multinacional Novartis, Fernando Mota aplaude o esforço que tem vindo a ser empreendido para tornar o país mais competitivo nesta área, até porque este crescimento traduz‑se na criação postos de trabalho qualificados e em mais‑valias clínicas e económicas. Revista da Ordem dos Farmacêuticos (ROF): Que fun‑ ções e responsabilidades assume actualmente na No‑ vartis? Fernando Mota (FM): Neste momento, sou responsá vel pela gestão de ensaios clínicos (Senior Global Trial Leader – GTL) na área cardiovascular. Esta é uma fun ção que implica uma colaboração com os mais diversos departamentos dentro da empresa, sendo que cabe ao GTL a responsabilidade de todos os aspectos operacio nais dos ensaios clínicos. ROF: Como surgiu a oportunidade de trabalhar na sede da empresa? FM: Como tinha funções semelhantes numa empresa em Portugal (Bial) recebi vários contactos de headhun‑ ters. Na altura, de entre as várias propostas que tive, a da Novartis foi a mais interessante. Por um lado, por que ofereceu um apoio excelente de relocation, mas também porque surgiu na altura em que eu tinha ter minado o ensaio pivotal para a re‑submissão do Aptiom (acetato de eslicarbazepina) na Food & Drug Adminis tration (FDA), o que também era importante para mim. Fernando Mota, Senior Global Trial Leader na Novartis, em Basileia ROF: Quais os factores que mais pesaram na sua deci‑ são de emigrar para a Suíça? FM: A decisão de sair de Portugal prendeu‑se sobretu do com a necessidade de progredir profissionalmente e procurar outros desafios. Na verdade, para além da Bial, havia poucas empresas em Portugal em que fosse possível fazer uma carreira nesta área. Felizmente, cada vez mais há oportunidades de se tra balhar em Portugal, inclusive, porque algumas multina cionais (seja a indústria farmacêutica ou CROs) reconhe cem que temos excelentes profissionais. Portanto, es sas oportunidades vão surgindo sobretudo pelo mérito das pessoas que trabalham em Portugal. A decisão pela Novartis foi, sem dúvida, pela empatia durante todo o processo de entrevista e por todo o apoio que tornou a logística da mudança muito fácil. Obviamente, que a decisão pela Suiça foi motivada pela diferença salarial com todas as outras propostas. ROF: E quais foram os principais desafios desta decisão? FM: O principal desafio foi, sem dúvida, a parte fami liar, essencialmente, pela preocupação que eu e a minha mulher tinhamos sobre o que seria melhor para os nos sos filhos. Mas esse desafio foi minimizado pela minha mulher, que não só me deu todo o apoio, mas também manteve uma clareza de raciocínio que permitiu tomar mos esta decisão. Claro que depois tivemos os desafios práticos de ir para um novo país em que não se fala a mesma língua. Sim, porque em Basileia fala‑se alemão e eu não tinha qualquer base. Desde procurar casa ou mudar a carta de condução, foram várias etapas superadas. Existe já uma comunidade portuguesa na própria Novartis que está sempre disposta a dar uma “ajudinha”. Depois vieram os desafios profissionais, se bem que nesse aspecto não acho que tenha sido muito diferente de mudar de empresa em Portugal. A Novartis é uma empresa muito dinâmica em que as pessoas estão sempre dispostas a ajudar. Não senti grandes dificulda des em integrar‑me na empresa. sua capacidade de “dar horas à empresa”. Em cargos menos diferenciados poderá fazer algum sentido, mas infelizmente essa regra é aplicada até a cargos mais di ferenciados. Na Suiça, ou pelo menos na Novartis, a ava liação de desempenho é feita com base no cumprimento de objectivos independentemente de onde ou quando, o que faz com que os trabalhadores sejam mais responsa bilizados pela sua gestão de tempo. Acho que essa diferente de mentalidade torna o tempo de trabalho na Suiça mais produtivo e permite uma maior qualidade de vida. Por outro lado, também é possível ir de encontro às necessidades das pessoas através de part ‑time ou outras modalidades de trabalho que permitem um melhor equilíbrio entre a vida pessoal e o trabalho. Mas não se fique com a ideia que é tudo muito fácil. Na verdade é preciso trabalhar muito para se progredir numa empresa como a Novartis, mas a flexibilidade que é dada permite manter um bom equilíbrio. ROF: E como são vistos os farmacêuticos na Suíça? FM: Tenho muito contacto com farmacêuticos de dife De acordo com Fernando Mota, Portugal tem “poucos centros diferenciados para poder realizar ensaios clínicos, porque não existem pessoas suficien temente treinadas para poder haver mais centros de ensaios clínicos. Poucos hospitais têm equipas dedicadas a apoiar os ensaios clínicos, mas os que criam essa estrutura têm excelentes resultados” ROF: Mantém, no âmbito das suas funções, contactos regulares com a ´filial´ portuguesa? FM: Felizmente mantenho algum contacto com os co legas em Portugal. Infelizmente ainda não tive ensaios em que Portugal participasse, mas espero que isso ve nha a acontecer brevemente. De resto tenho alguns co legas e amigos com os quais mantenho contacto, não necessariamente relacionado com as minhas funções. rentes nacionalidades, não necessariamente com far macêuticos suiços. O curso de Ciências Farmacêuticas (PharmD) é muito bem reconhecido na área de ensaios clínicos, sendo que, por exemplo, nalguns cargos pe dem PharmD ou PhD. Não tenho muito contacto com a realidade da farmácia comunitária na Suiça, mas as farmácias são bastante semelhantes ao que vemos em Portugal. ROF: Quais são, na sua opinião, as principais diferenças entre os hábitos laborais dos suíços e dos portugueses? FM: Não acho que se possa falar de uma maneira tão ge nérica, até porque temos muitos portugueses a adoptar e adaptar facilmente os “hábitos laborais suiços”. Penso que a maneira como as empresas são lideradas tem um maior impacto do que os trabalhadores em si. Em Portu gal ainda se valoriza muito o tempo que se está no tra balho, o que não está directamente relacionado com o tempo que se está efectivamente a trabalhar. Portanto, os trabalhadores em Portugal são muito louvados pela ROF: Durante o último ano, as autoridades de saú‑ de portuguesas (Ministério da Saúde e Infarmed, em particular, mas também a Apifarma e o Health Cluster Portugal) têm procurado tornar o país mais competiti‑ vo na área dos ensaios clínicos. Como interpreta esta estratégia e que medidas podem ser adoptadas, no seu entender, para impulsionar e agilizar os projectos de investigação clínica em Portugal? FM: Há duas vertentes diferentes nessa pergunta. Por um lado, há o objectivo de tornar o país mais competiti vo em termos de ensaios clínicos. Isto significa sermos um país atractivo para realizar ensaios clínicos, para permitir aos nossos doentes testarem o que há de mais recente em termos de investigação clínica. Penso que temos feito algum progresso, mas ainda precisamos de mais infraestruturas, sobretudo a nível da formação. Temos poucos centros diferenciados para poder realizar ensaios clínicos, porque não existem pessoas suficien temente treinadas para poder haver mais centros de ensaios clínicos. Poucos hospitais têm equipas dedica das a apoiar os ensaios clínicos, mas os que criam essa estrutura têm excelentes resultados. “Acho que temos excelentes universidades e muito potencial, mas parece‑me que muitas dessas universidades têm poucas pontes com o mundo empresarial, o que dificulta que todo esse potencial saia de dentro do meio académico”, considera este farmacêutico A outra vertente é haver investigação e empreendedo rismo em Portugal, para haver mais projectos de inves tigação em saúde. Felizmente, acho que temos exce lentes universidades e muito potencial, mas parece‑me que muitas dessas universidades têm poucas pontes com o mundo empresarial, o que dificulta que todo esse potencial saia de dentro do meio académico. Não sei se hoje é muito diferente, mas durante a minha licen ciatura tive pouco contacto com colegas que estavam fora do mundo académico. Penso que haveria beneficio por parte das universidades em trazer mais colegas do mundo empresarial para partilhar as suas experiências, o que provavelmente facilitaria e promoveria uma maior cooperação entre esses dois ambientes. Ou seja, acho que sem dúvida temos muito potencial científico em Portugal, mas parece‑me que precisamos de mais ma turidade para traduzir todo esse potencial em algo com significado económico. Por isso, acho que já se tem feito bastante, mas que temos que continuar a trabalhar e incentivar o cresci mento nesta área, pois significa empregos qualificados e uma mais‑valia para o nosso país. ROF: Os profissionais farmacêuticos enfrentam ac‑ tualmente problemas de empregabilidade, o que não acontecia até há bem poucos anos atrás. Na sua opi‑ nião, existem oportunidades para os farmacêuticos portugueses na Suíça? FM: A farmácia comunitária sempre foi vista como um porto seguro para nós, farmacêuticos, sendo que esta realidade nos fez descurar uma série de áreas para as quais estamos perfeitamente habilitados. Tenho proposto à Ordem a realização de acções de pro moção do emprego a farmacêuticos em ensaios clínicos. Tenho tentado sensibilizar a Faculdade de Farmácia para esse mesmo facto, mas ainda não houve qualquer se guimento por parte dessas instituiçoes. Aliás, na minha tese de mestrado discuti exactamente como a nossa formação base podia sofrer ligeiras adaptações para au mentar a empregabilidade dos farmacêuticos nesta área. Isto é um exemplo que me toca, mas penso que será muito semelhante em outras áreas. Ainda não é tarde, mas estamos a perder muito tempo. Quanto a emigrar para qualquer país, não tenho dúvidas que os nossos farmacêuticos estão preparados para o desafio (só no meu edifício em Basileia trabalham qua tro farmacêuticos portugueses). Mas penso que as nos sas instituições têm de trabalhar para a criação de par cerias que permitiam facilitar o percurso para aqueles que pretendem seguir esse percurso. Neste momento, não tenho conhecimento que haja algo semelhante. ROF: Que mensagem poderá deixar aos farmacêuti‑ cos, principalmente aos mais jovens, que equacionam a possibilidade de deixar o país para exercer a profis‑ são e, muito especialmente, para aqueles que vêm a Suíça como um potencial destino profissional? FM: Para os colegas mais jovens, penso que há imen sas possibilidades a explorar e recomendo que tenham uma experiência no estrangeiro. O programa Erasmus é uma excelente oportunidade. Várias empresas têm internships, pelo que devem pro curar essas oportunidades, pois têm que construir um currículo que lhes permita competir com pessoas das mais variadas formações. Para quem procura um tra balho, penso que deverá procurar inicialmente funções semelhantes em Portugal e depois iniciar a procura de trabalho na Suiça. E claro, investir na própria formação para se poderem diferenciar o mais possível. Evidentemente que cada caso é diferente, mas fazer parte de redes profissionais, como o LinkedIn, pode fa cilitar o contacto com outros colegas na área de inte resse que poderão posteriormente dar algumas ideias e sugestões. Mas o meu único conselho é recolher informação sobre o trabalho que se pretende e depois ser muito persis tente. 75th FIP World Congress of Pharmacy and Pharmaceutical Sciences Düsseldorf, Germany 00306/10/2014 29 September - 3 October 2015 2,65 CDP Better practice – science based, evidence driven – on your doorstep in Düsseldorf The 2015 FIP congress in Düsseldorf, Germany, invites practitioners, researchers and academics from all over the world to delve into the issue of working towards the best possible pharmacy practice, which should be based on pharmaceutical sciences and has to be evidence driven. A. DEFINING EVIDENCE-BASED USE OF MEDICINES Just what are the scope and limitations of scientific evidence? From complementary medicines and cancer immunotherapy to novel biopharmaceutics tools and effects of drugs on driving – discover what is known and what it really means. _ B. PRACTICE THROUGH SCIENCE AND SCIENCE THROUGH PRACTICE How do advances in science affect the advice you give? And how can information from practice make the knowledge we have more powerful? It’s not only up to scientists to gather the evidence! Among the topics in The 2015 FIP congress is organised in collaboration with Expopharm which is the largest pharmaceutical trade fair in Europe. this congress stream are how food impacts on drug efficacy and the use of surveys to generate locally relevant evidence. _ C. CREATING PROGRESS – INNOVATING WITH THE HUMAN TOUCH Can drug development be patient-friendly? Can care in a world of innovation and progress be patient-centred? Come and find out first hand from colleagues who are making innovations in science and practice. _ D. CLOSING THE GAP FOR ACHIEVING PROFESSIONAL EXCELLENCE What needs to be done to ensure advanced practice and professional excellence? Hear about strategic workforce development, specialisation in pharmacy and the different ways in which medicines optimisation is being achieved around the globe. Excellence is achievable! _ E. TARGETING YOUR INTEREST Are environmental issues your passion? Are you concerned about violence in the workplace or how to cope in a disaster? Or do you want to be a great leader? This final congress stream covers all these areas and more! _ For more information please visit: www.fip.org/dusseldorf2015 75t h FIP CO WOR NG LD RES S O consumo em ambulatório de medicamentos e produtos de saúde Retrato do ano 2014 O ano 2014 caracterizou‑se por uma ligeira contração do mercado dos medicamentos (ambulatório), pela desaceleração no cres cimento do mercado dos medicamentos genéricos (MG), pelo crescimento em valor dos dispositivos médicos e pelo decréscimo nos mercados dos produtos de cosmética e higiene pessoal e dos produtos de nutrição e dietética. O consumo em ambulatório para o total dos medicamentos e produtos de saúde representou mais de 311 milhões de em balagens (uma variação de -0,9% face a 2013) e cerca de 3.137 milhões de euros (-0,2% do que no ano anterior). Os medicamentos apresentaram um decréscimo em valor face ao ano anterior (-0,5%), fruto da redução do consumo em volume (-0,9%), embora contrariado por uma variação ligeira positiva do PVP médio por embalagem (+0,3%). O decréscimo em valor foi mais significativo nos sujeitos a receita médica (MSRM) não genéricos. Os produtos de saúde, com 16,8% de quota do mercado, apresentaram variação positiva face ao ano anterior (+1,4%), resultado dos crescimentos verificados nos dispositivos médicos e suplementos alimentares. Quota de mercado em Valor em 2014 e variação face a 2013 MG 17% var +5,7% Medicamentos 83,2% var -0,5% OTC Marca 9,1% var +1% Dermocosmética 6,7% var -1,4% MSRM Marca 57,1% var -2,5% DIsposit. Médicos 5,5% var +5% Suplementos 3,8% var +2,1% Nutrição 0,8% var -1,4% Produtos de Saúde 16,8% var +1,4% Fonte: Market Watch Ao longo de 2014 assistiu‑se à redução do forte crescimento médio mensal do mercado em valor dos MG (a partir do 2º trimestre), à tendência negativa dos MSRM não genéricos por redução das embalagens vendidas e ao cresci mento em valor dos dispositivos médicos (desde maio), fruto da variação positiva do PVP. Variação Mensal 2014/2013 em Valor (%) MSRM Marcas MG OTC Marcas Dermocosmética Dispositivos Médicos Suplementos Nutrição 25% 20% 15% 10% 5% 0% -5% -10% -15% -20% Jan Fev Fonte: Market Watch Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set OutNov Dez As 10 principais DCI em valor para os MSRM representaram em 2014 16% do mercado, com destaque para o forte crescimento verificado nas DCI Dabigatrano etexilato (Pradaxa) e Paracetamol. De referir ainda a tendência negativa verificada nas DCI Metformina + Vildagliptina e Rosuvastatina (-1,1%). 10 principais DCI em 2014 para MSRM (em milhões de euros) 0 10 20 30405060 70 Metformina + Vildagliptina (var 2014/2013 - 1,1%) Rosuvastatina (-1%) Metformina + Sitagliptina (+2,4%) Fluticasona + Salmeterol (-0,1%) Pregabalina (+8,4%) Paracetamol (+16%) Sinvastatina (+3,3%) Dabigatrano etexilato (+36,7%) Olmesartan medoxomilo + Hidroclorotiazida (+8,9%) Ácido acetilsalicílico (+7,3%) Marcas Fonte: Market Watch MG No caso dos OTC, as 10 principais classes hmR3 representaram em 2014 72% no mercado em valor deste segmen to, sendo de destacar o crescimento registado nos tranquilizantes para adulto (H02.2.1.), fruto do lançamento de novos produtos. 10 principais classes hmR3 em 2014 para os OTC (em milhões de euros) 0 51015 20253035 4045 H10.1.1. - Anti-inflamat e Amti-Reum (5,6% var 2014/2013) H08.1.1. - Venotrópico (-6%) H01.1.1. - Expectorantes (-3,6%) H04.2.3. - Laxantes (-0,4%) H01.2.1. - Inflamação garganta (3,4%) H03.1.1. - Antigripais (1,5%) H09.1.1. - Cicatrizantes de feridas e hemostáticos (1,3%) H02.1.1. - Analgésicos e Antipiréticos (-4,8%) H01.3.2. - Descongestionante Nasal (3,5%) H02.2.1. - Tranquilizantes Adulto (15,1%) H01.3.2. - Antitússicos (2,8%) H09.1.2. - Desinfectante Feridas (-0,3%) Fonte: Market Watch 10 principais classes hmR3 em 2014 dos Produtos de Saúde (em milhões de euros) 0 10 2030 40 5060 H26.1.3. - Glicemia (-0,2% var 2014/2013) H16.4.1. - Anti-envelhecimento e anti-rugas mulher (1%) H05.1.1. - Multivitaminas com Minerais (3%) H02.4.1. - Estimulante Cérebro e Memória (-2,2%) H10.2.1. - Alívio dor e articulações (10,6%) H07.1.1. - Lubrificantes e lágrimas artificiais (7,1%) H31.1.7. - Higiene e cuidado da dentadura (4,2%) H17.9.3. - Protetor solar adulto (-4,3%) H17.15.6. - Antiqueda de cabelo (-6,1%) H13.3.2. - Produtos perda de peso (-12,5%) Fonte: Market Watch Nas 10 classes principais do segmento dos produtos de saúde, com 31% de quota do mercado em valor em 2014, de referir o crescimento verificado nos suplementos para alívio da dor das articulações e nos lubrificantes oculares e lágrimas artificiais. Os suplementos para perda de peso apresentaram a mais forte contração do segmento. Os conteúdos publicados nesta secção são da inteira responsabilidade da hmR. Que papel para os farmacêuticos em equipas inter‑ disciplinares de cuidados primários para doentes com alterações da memória? An interdisciplinary memory clinic: a novel practice setting for pharmacists in primary care. Rojas‑Fernandez CH, Patel T, Lee L. Ann Pharmacother. 2014; 48(6): 785‑95. Os farmacêuticos têm sido responsáveis pelo desenvolvi mento de modelos de prática inovadores. Exemplos disto incluem a participação em programas de manejo de hiper tensão, hiperlipidémia, diabetes, insuficiência cardíaca, entre outras. Menos habitual é a participação do farmacêutico em equipas interdisciplinares de cuidados primários, destinadas a apoiar doentes com alterações da memória. Devido ao en velhecimento da população, é expectável um aumento da incidência e prevalência da doença de Alzheimer e outras demências. Frequentemente coexistem com a demência ou tras patologias crónicas, sendo que aquela implica um maior risco de efeitos adversos causados por polimedicação, erros e má adesão à terapêutica. Assim, um farmacêutico adequa damente formado estaria na melhor posição para avaliar o regime farmacoterapêutico destes doentes. Neste artigo é descrito o modo como, no Canadá, os far macêuticos clínicos foram integrados em grupos interdisci plinares que apoiam os médicos de família no diagnóstico e tratamento dos doentes com queixas cognitivas ou afecta dos por demência. Cerca de metade destas equipas incluem farmacêuticos, provenientes da própria rede de cuidados pri mários, ou da farmácia comunitária e hospitalar. Para além da formação inicial proporcionada a toda a equipa, o farma cêutico recebe formação adicional em aspectos relacionados com a avaliação e farmacoterapia de doentes com demên cias, bem como em farmacoterapia geriátrica. O farmacêutico efectua uma revisão da medicação prévia ao dia da avaliação do doente, com base no registo médico elec trónico, de modo a optimizar o tempo dispendido no dia da consulta, focando‑se nas comorbilidades e na medicação que podem ter impacto cognitivo adverso. No dia da consulta, o farmacêutico entrevista o cuidador do doente, obtendo dados adicionais sobre o historial – efeitos adversos, erros de medi cação e capacidade de gerir a terapêutica e adesão; o doente também é entrevistado, de modo a avaliar a sua percepção acerca da medicação e a envolvê‑lo na tomada de decisões. A adequabilidade do regime terapêutico é avaliada tendo por base critérios abrangentes como uso excessivo, uso insufi ciente ou uso inadequado, mas também o impacto potencial no défice cognitivo e na adesão à terapêutica. É colocado ênfase na importância de evitar fármacos que contribuam para o défice cognitivo, para a ocorrência de quedas ou iatro genia evitável. Quando são detectados problemas que não estão directamente relacionados com a alteração cognitiva, estes são transmitidos ao médico de família. Após recolhidos todos os dados a equipa reúne‑se e o far macêutico contribui para o desenvolvimento e optimização do regime farmacoterapêutico. As eventuais alterações são discutidas com o doente e/ou o cuidador e implementadas em 1 a 2 semanas. São agendadas consultas de seguimen to e eventuais dúvidas que surjam entretanto podem ser esclarecidas por correio electrónico. Os autores do artigo pretendem publicar novo trabalho que avalia os resultados devidos à intervenção do farmacêuti co; de qualquer modo, fazem uma sinopse dos resultados preliminares obtidos em 36 doentes, que resultaram em 88 recomendações de intervenção, sendo as mais frequentes a descontinuação de medicação, início de medicação, altera ção da dose, mudança para fármaco alternativo, reforço da adesão e educação do doente/cuidador. Os autores concluem que a participação do farmacêutico nestas equipas pode contribuir para uma individualização dos cuidados a estes doentes complexos, mas que são necessá rios estudos adicionais para definir o modelo de intervenção e estabelecer o impacto da inclusão do farmacêutico nos resul tados dos doentes. São importantes os erros de medicação nos cuida‑ dos primários? Safety of medication use in primary care. Olaniyan JO, Ghaleb M, Dhillon S, Robinson P. Int J Pharm Practice. 2014 Jun 22. doi: 10.1111/ijpp.12120. http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/ijpp.12120/pdf Os erros de medicação são um dos principais problemas re lacionados com a segurança nos cuidados de saúde e po dem causar importantes danos. Tem sido enfatizado o seu carácter evitável e a possibilidade de recorrência. Contudo, existem poucos estudos sobre erros que tenham sido reali zados nos cuidados primários. O propósito deste trabalho foi efectuar uma revisão dos estu dos que abordam as taxas de erros de medicação existentes nos cuidados primários e identificar os estudos sobre inter venções destinadas à sua prevenção. Os autores tentam ava liar a magnitude dos erros de medicação como um problema da segurança do medicamento nos cuidados primários. Foi realizada uma revisão sistemática da literatura em algu mas das principais bases de dados (PubMed, International Pharmaceutical Abstracts, Embase, PsycINFO, PASCAL, Science Direct, Scopus, Web of Knowledge, CINAHL PLUS) entre 1999 e Novembro de 2012, e através das principais publicações foi procurada outra bibliografia adicional. Foram incluídos 33 estudos que estimam a incidência de er ros de medicação e 36 que incluem uma avaliação do impacto das intervenções de prevenção de erro, incluindo sistemas in formatizados, prescrição electrónica, alertas de apoio à pres crição, intervenções educativas ou uso de códigos de barras, entre outros. A avaliação mostrou que os erros de medicação são comuns, com taxas de erro muito variáveis (entre <1% e > 90%), dependendo da parte do sistema estudado e tam bém das definições e métodos utilizados. A fase mais crítica é a prescrição e os grupos mais susceptíveis de ser afectados por erros importantes são os idosos (com mais de 65 anos) e crianças (menores de 18 anos). As intervenções para redução dos erros implementadas de forma individual mostram míni mas melhoras na segurança dos medicamentos. Esta revisão proporciona uma perspectiva internacional sobre a segurança do uso de medicamentos através do sistema de gestão de medicamentos nos cuidados primários. Para a pre venção de erros de medicação e aumento da segurança, é ne cessária a implementação de intervenções centradas nos as pectos mais perigosos do sistema e nos grupos de população que se apresentam como mais susceptíveis. A colaboração na implementação das intervenções existentes pode oferecer mais opções para melhorar a segurança da medicação. Quais os medicamentos de alto risco nos doentes crónicos? Medicamentos de alto riesgo en pacientes crónicos. ISMP‑España. Boletín. 2014; 38. http://www.ismp‑espana.org/ficheros/Boletin%2038%20 %28Octubre%202014%29.pdf Os doentes crónicos recebem múltiplos fármacos e, por este motivo, são particularmente afectados pelo surgimento de erros de medicação. Este boletim apresenta o resultado de um projecto desenvolvido em Espanha com a finalidade de elaborar uma listagem de medicamentos de alto risco para os doentes com doenças crónicas. Os fármacos incluídos fo ram seleccionados combinando o uso da melhor evidência disponível com a opinião de especialistas. Relativamente a este tipo de medicação crónica é aconse lhável a implementação de práticas de segurança eficazes, que devem incluir medidas de actuação nos diversos proces sos relacionados com a utilização dos medicamentos: pres crição, distribuição, administração, seguimento do tratamen to e educação dos doentes e dos cuidadores. O trabalho considera como grupos terapêuticos de alto risco em doentes crónicos: antiagregantes plaquetários (incluindo ácido acetilsalicílico), anticoagulantes orais, antiepilépticos com margem terapêutica estreita (carbamazepina, fenitoína e ácido valpróico), anti‑inflamatórios não esteróides, antipsi cóticos, benzodiazepinas, bloqueadores beta adrenérgicos, citotóxicos orais, corticosteróides (toma ≥ 3 meses), diuréti cos da ansa, antidiabéticos orais, imunossupressores, insu linas e opióides. Também inclui medicamentos específicos como: amiodarona/dronedarona, digoxina, espironolactona/ eplerenona e metotrexato oral (uso não oncológico). Quais as principais publicações sobre a farmacotera‑ pia das doenças infecciosas em 2013? Significant publications on infectious diseases pharmaco‑ therapy in 2013. Hunter AS, Guervil DJ, Perez KK, Schilling AN, Verheyden CN, Vuong NN, Xu R. Houston Infectious Diseases Network. Am J Health‑Syst Pharm. 2014; 71(22): 1974‑88. Um grupo de farmacêuticos e outros profissionais com ex periência foram convidados a indicar os artigos sobre a far macoterapia das doenças infecciosas publicados em 2013 em revistas biomédicas que, segundo o seu critério, tinham sido mais significativos e com um maior impacto. Foram compilados 27 artigos sobre temas gerais relacionados com doenças infecciosas e 26 específicos sobre vírus da imuno deficiência humana (VIH) ou sida. O artigo apresenta um resumo dos 11 artigos que obtive ram as maiores qualificações na opinião destes especialistas. Os assuntos classificados nos primeiros lugares incluem te mas como: o uso de cefepima para infecções por bactérias gram‑negativas devidas a beta lactamases AmpC ou por enterobactérias produtoras de beta lactamases de espectro alargado, a optimização da terapia antibiótica pelo uso de per fusão contínua ou prolongada, incluindo a perfusão contínua de beta‑lactâmicos em sépsis grave, recomendações sobre a monitorização farmacocinética da vancomicina, recomen dações relativas a exposição ocupacional ao VIH, o uso do inibidor oral da integrase dolutegravir para o tratamento do VIH e novas abordagens no tratamento da endocardite por enterococo e do Clostridium difficile, como o transplante fe cal a partir de dadores saudáveis nos doentes com infecção recorrente. Quais são os serviços clínicos remunerados efectua‑ dos por farmacêuticos? Paying pharmacists for patient care: A systematic review of remunerated pharmacy clinical care services. Houle SK, Grindrod KA, Chatterley T, Tsuyuki RT. Can Pharm J (Ott). 2014; 147(4): 209‑32. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4212445/ A expansão das áreas de prática e a diminuição das receitas relacionadas com a dispensa favorecem que os farmacêu ticos adoptem cada vez mais serviços de cuidados clínicos no seu exercício. Para que a prestação de serviços clínicos possa ser sustentável na prática, os farmacêuticos devem poder ser remunerados. O objectivo deste trabalho foi actualizar uma revisão sistemáti ca anterior, identificando programas de cuidados clínicos farma cêuticos remunerados em todo o mundo e elaborar um relató rio sobre os resultados observados. Foi realizada uma pesquisa da literatura em várias bases de dados, incluindo MEDLINE, Embase e International Pharmaceutical Abstracts. Também foi efectuada uma pesquisa da literatura cinzenta e da Internet. Identificaram‑se artigos e programas até Dezembro de 2012, sendo incluídos se não tinham sido abrangidos por uma revisão anterior efectuada por estes mesmos autores. Os autores identificaram sessenta novos programas remu nerados existentes no Canadá, Estados Unidos da América, Europa, Austrália e Nova Zelândia, com uma complexidade variável, desde o aconselhamento na contracepção de emer gência até ao acompanhamento em casos de sintomas me nores ou na gestão global dos medicamentos. Poucos programas avaliaram os resultados destes serviços (utilização, tempo necessário, efectividade clínica, ou resul tados económicos), o que seria importante para mostrar o retorno do investimento. Contudo, quando disponíveis, indi caram uma lenta aceitação, mas também uma melhoria nos marcadores de doenças crónicas e uma redução de custos. Os diversos programas existentes e a remuneração por ser viços de cuidados clínicos efectuados por farmacêuticos são altamente variáveis. Apesar da duplicação do número deste tipo de serviços remunerados desde 2006 a nível mundial, os modelos de serviços incluídos e as taxas oferecidas continuam a variar significativamente, mesmo dentro de áreas geográ ficas semelhantes, e os dados de avaliação dos programas continuam a ser colectados de uma forma muito irregular. Os autores incentivam a realização de análises do tempo ne cessário para realização dessas actividades e dos resultados alcançados, para garantir que as taxas são suficientes para sustentar essas actividades de atendimento ao doente. Os autores animam também os farmacêuticos a aproveitar as oportunidades existentes que permitam mostrar a necessi dade de serviços remunerados e enfatizam a necessidade de recolher ao mesmo tempo dados sobre os resultados destes serviços nos doentes e no sistema de saúde. Estes programas vão assumir previsivelmente um papel maior no futuro. Além de garantir que a remuneração é ade quada em relação ao tempo despendido no atendimento e que os critérios de inclusão dos doentes são suficiente mente amplos para garantir o acesso aos cuidados, os far macêuticos também deverão efectuar alterações necessá rias, físicas e relacionadas com o sistema de trabalho, para adaptar‑se a esse tipo de actividades. As benzodiazepinas aumentam o risco de doença de Alzheimer? Benzodiazepine use and risk of Alzheimer’s disease: case-control study. Billioti de Gage S, Moride Y, Ducruet T, Kurth T, Verdoux H, Tournier M, Pariente A, Bégaud B. BMJ. 2014; 349: g5205. http://www.bmj.com/content/349/bmj.g5205.long Estudo de casos e controlos realizado no Canadá em 8980 adultos com idade superior a 66 anos entre os anos 2000 e 2009. O estudo envolveu 1796 indivíduos com um diagnós tico inicial de demência, que foram comparados com 7184 controlos (pessoas sem demência da mesma idade e resi dentes na mesma comunidade durante o mesmo período). Trabalhos anteriores mostraram efeitos nocivos das benzo diazepinas na memória e na capacidade cognitiva, mas a sua associação à doença de Alzheimer tem sido controversa. Neste estudo, o uso de benzodiazepinas foi sempre asso ciado a um risco aumentado de doença de Alzheimer [odds ratio (OR) ajustada 1,51; intervalo de confiança 95% (IC 95%), 1,36-1,69]. Não se encontrou associação para uma dose cumulativa inferior a 91 doses prescritas diárias. Foi obser vada uma relação dose-efeito cumulativa entre a exposição a benzodiazepinas (durante ao menos 90 dias) e o risco de doença de Alzheimer. A força de associação aumentou com a exposição: (OR 1,32. IC 95%, 1,01-1,74) para 91-180 do ses prescritas diárias e (OR 1,84. IC 95%, 1,62 - 2,08) para mais de 180 doses prescritas diárias. Também aumentou a força da associação com a semivida do fármaco: (OR 1,43. IC 95%, 1,27-1,61) para benzodiazepinas de efeito curto e (OR 1,70. IC 95%, 1,46-1,98) para as benzodiazepinas de ac tuação mais prolongada. As benzodiazepinas de efeito mais prolongado associaram‑se a um maior risco que as de efeito curto, o que reforça a possibilidade de uma associação causal. O uso de benzodiazepinas foi associado a um risco aumen tado de desenvolvimento de demência, um risco significati vamente superior, especialmente nos casos de exposição mantida superior a 6 meses e quando se trata de fármacos de longa duração de acção. Os autores consideram que, ainda que esta relação não seja definitiva, o amplo uso de benzodia zepinas deve ser considerado um problema de saúde pública. O rastreio do PSA pode reduzir a mortalidade pelo cancro da próstata? Screening and prostate cancer mortality: results of the Eu‑ ropean Randomised Study of Screening for Prostate Cancer (ERSPC) at 13 years of follow‑up. Schröder FH, Hugosson J, Roobol MJ, Tammela TL, Zappa M, Nelen V, Kwiatkowski M, Lujan M, Määttänen L, Lilja H, Denis LJ, Recker F, Paez A, Bangma CH, Carlsson S, Puliti D, Villers A, Rebillard X, Hakama M, Stenman UH, Kujala P, Taari K, Aus G, Huber A, van der Kwast TH, van Schaik RH, de Koning HJ, Moss SM, Auvinen A; ERSPC Investigators. Lancet. 2014; 384 (9959): 2027-35. O European Randomised Study of Screening for Prostate Cancer (ERSPC)* é um estudo multicêntrico e aleatorizado envolvendo 162 388 homens que se destina a avaliar o uso do rastreio do antigénio específico da próstata (PSA) em oito países europeus. Este trabalho de actualização do ERSPC confirma uma substancial redução na mortalidade por cancro de próstata atribuível à realização do teste de PSA. Após 13 anos de seguimento, o ERSPC mostrou que o ras treio do PSA em homens entre os 55 e os 69 anos está asso ciado a uma redução relativa de 21% no risco de mortalidade por cancro da próstata e a um aumento no benefício absoluto em relação aos dados que tinham sido obtidos aos 9 e 11 anos de seguimento. O benefício absoluto de triagem aumen tou de forma constante com maior tempo de seguimento. Contudo, devido aos potenciais danos associados ao sobre diagnóstico na triagem e ao excesso de tratamentos resul tante, os autores concluem que os programas de rastreio de rotina ainda não podem ser recomendados. O sobrediag nóstico ocorre em cerca de 40% dos casos detectados pela triagem. Um resultado positivo na prova poderia provocar tratamentos que podem originar reacções adversas, como a incontinência e a impotência. É necessária uma maior investigação sobre a forma mais adequada de redução do sobrediagnóstico, evitando des necessários procedimentos de biópsia e reduzindo o núme ro muito elevado de homens que actualmente devem ser submetidos a biópsia e tratados, para ajudar apenas alguns doentes. Uma abordagem promissora é a utilização da tec nologia ressonância magnética multiparamétrica, que parece ser capaz de diagnosticar selectivamente o cancro de prós tata agressivo e evitar o diagnóstico de outros tumores, que talvez tenham um crescimento tão lento que poderia não representar um perigo importante para a saúde. Em resumo, apesar dessa nova evidência da eficácia do uso do PSA para reduzir a mortalidade por cancro da próstata, permanecem as dúvidas quanto ao facto de os benefícios do rastreio superarem os danos, e os autores concluem que os programas de rastreio PSA sistemáticos não devem ser considerados neste momento. *http://www.erspc.org/ Aurora Simón Ana Paula Mendes Centro de Informação do Medicamento Os artigos podem ser consultados no CIM. Quando os artigos são de acesso gratuito, são indicados os endereços na Internet. 2 5 01 Reunião Anual Conselho do Colégio de Especialidade de Assuntos Regulamentares da Ordem dos Farmacêuticos Competências Regulamentares 25 e 26 de Junho de 2015 | Casa das Histórias Paula Rego, Cascais 00167/4/2015 0,64 CDP II SIMPÓSIO LUSO-BRASILEIRO DE FARMÁCIA 2015 12 de Setembro, 14:00 Foz do Iguaçu, BRASIL Mais informações em www.ordemfarmaceuticos.pt 00169/4/2015 0,35 CDP Organização: ORDEM DOS FARMACÊUTICOS Rua da Sociedade Farmacêutica, 18 1169-075 Lisboa - Portugal tel. (+351) 213 191 380 | fax. (+351) 213 191 399 e-mail: [email protected] www.ordemfarmaceuticos.pt CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA SHCGN-CR 712/713 Bloco “G” Koja 30 Brasília - DF - Brasil - CEP: 70760-670 tel. (+5561) 2106 6535 | fax. (+5561) 3349 6553 e-mail: [email protected] www.cf.org.br TÍTULO: Estudo da Influência da Varia ção do Aporte Dietário da Água sobre a Fisiologia Cutânea AUTOR: Maria Lídia Palma PROGRAMA: Doutoramento em Bio medicina ORIENTADORES: Prof.ª Doutora Ma ria Julia Bujan; (Facultad de Medicina y Ciencias de la Salud da Universidad de Alcalá); Prof. Doutor Luis Monteiro Rodrigues (Escola de Ciências e Tecno logias da Saúde da Universidade Lusó gona de Humanidades e Tecnologias) INSTITUIÇÃO: Facultad de Medicina y Ciencias de la Salud da Universidad de Alcalá, Espanha A água como principal componente do corpo humano é vital para a vida e desempenha um papel essencial no equilíbrio fi siológico geral. Face à ausência de uma definição clara, quanto à relação entre os aportes de água na dieta e o impacto na normal fisiologia cutânea, formulamos a seguinte hipótese de trabalho: poderá a hidratação da pele humana, in vivo, ser alterada pelas variações do aporte dietário de água? Para verificar esta hipótese propusemos os seguintes objetivos: 1) Selecionar uma população de estudo em que pudessemos garantir uma dieta semelhante entre si, tendo especial atenção ao consumo e contributos de água. 2) Uma vez controlada a dieta da população em estudo, fazer variar o aporte diário de água, durante um período de tempo determinado, para avaliar o impacto dessa alteração, sobre a fisiologia da pele, in vivo. Realizámos um estudo de estimulação com água, aberto, com parativo, randomizado de dois grupos, estratificados por con TÍTULO: Acerca do Impacto do Aumen to da Massa Corporal sobre a Pele Hu mana ‑ Contribuição para o Estudo dos Efeitos da Obesidade sobre a Norma Fisiologia Cutânea AUTOR: Liliana Patrícia da Veiga Durão Barbosa Tavares PROGRAMA: Doutoramento em Bio medicina ORIENTADORES: Prof.ª Doutora Ma ria Julia Bujan; (Facultad de Medicina y Ciencias de la Salud da Universidad de Alcalá); Prof. Doutor Luis Monteiro Rodrigues (Escola de Ciências e Tecnologias da Saúde da Universidade Lusógona de Humanidades e Tecnologias) INSTITUIÇÃO: Facultad de Medicina y Ciencias de la Salud da Universidad de Alcalá, Espanha À medida que a prevalência da obesidade continua a aumen tar de forma alarmante, os estudos acerca do impacto da obe sidade ao nível da fisiologia humana multiplicam‑se. Sendo a obesidade humana um fator determinante na fisiopatologia de diversas co‑morbilidades, justifica‑se procurar um padrão de ca racterização, morfológico e funcional, de um dos órgãos que sofre maiores alterações com esta doença. Por este facto, foi colocada a seguinte questão: “Quais as principais diferenças funcionais que se instalam na pele humana in vivo, em função do excesso de peso, considerando em particular a dinâmica da água na pele e o seu comportamento biomecânico?” Foi efe sumo de água total, com a duração de quatro semanas, com avaliações no dia zero (T0), no dia quinze (T1) e no dia 30 (T2), com o objectivo de identificar as alterações na hidratação e nas propriedades biomecânicas da pele in vivo. A estimulação com água correspondeu à quantidade de 2000mL/dia (tendo como base o valor dietário de referência, (DVR) da EFSA para as mulheres) adicionada aos hábitos dietários da amostra identifi cados e contabilizados através do QFA. As variáveis avaliadas ao longo do estudo foram a hidratação cutânea avaliada pelos sistemas MoistureMeter‑SC® e MoistureMeter‑D®, expressa em Unidades Arbritárias (UA), como indicador da função de “barrei ra” selecionamos a PTEA, expressa em g/m2/h avaliada pelo Tewameter® TM 300. Afim de avaliar a relação entre a hidrata ção e as propriedades biomecânicas da pele humana “in vivo” seleccionamos a extensibilidade máxima Uf, a retração elástica Ua, a elasticidade total Ua/Uf, a função elástica Ur/Ue e o índi ce visco‑elástico Uv/Ue, avaliados por Cutometria, pelo sistema Cutometer® SEM 580. A nossa hipótese foi testada comparan do as médias das alterações das variáveis dependentes dos dois grupos de consumo de água ao longo do estudo através da análise Anova de Medições Repetidas (GLM). Afim de com parar as variáveis estudadas entre si utilizámos o coeficiente de correlação de Spearman. Para todos os testes foi adoptado um grau de confiança de 95%. Os resultados obtidos permitiram‑nos concluir que: O aumento do consumo de água tem um impacto tão mais po sitivo na fisiologia cutânea quanto menor for o hábito de consu mo diário deste nutriente, revelando‑se neste caso, com clara melhoria dos teores de água disponível na epiderme e derme. A quantidade de água disponível na derme e epiderme influencia o comportamento biomecânico da pele com melhoria da exten sibilidade, retração elástica e porção visco‑elástica da pele em especial nas regiões anatómicas menos expostas, nomeada mente na perna e no antebraço. tuado um estudo em 89 voluntárias do sexo feminino, com idades compreendidas entre os 19 e os 46 anos (32±7 anos de idade), saudáveis. A amostra foi dividida em quatro grupos, de acordo com o IMC. As medições dos parâmetros de hidra tação cutânea e biomecânica foram efetuadas na face (zonas zigomática e frontal), na região mamária e na região abdominal. Foi desenvolvida uma metodologia capaz de identificar as alte rações biométricas resultantes de alterações da pele ao nível da função envelope e função barreira. Para além disso, foram identificadas alterações em todas as variáveis com a alteração do peso, bem como correlações significativas entre as variáveis de hidratação e biomecânica, para todas as áreas anatómicas. Os resultados obtidos sugerem que a metodologia desenvolvi da demonstrou ser especialmente útil ao estudo das caracterís ticas cutâneas de doentes obesos. Para além disso, foi encontrada uma correlação significativa entre as variáveis de hidratação e de comportamento biomecâ nico, o que contribui para reforçar a ideia de interdependência destas variáveis. Os resultados sugerem ainda que a redução drástica de peso, superior a 20%, registada nos indivíduos obe sos (obesidade mórbida) após cirurgia para a redução de peso, permite uma recuperação dos indicadores biomecânicos e de hidratação da sua pele para valores comparáveis aos indivíduos com IMC normal. As conclusões obtidas permitem‑nos elevar a nossa hipótese à categoria de Tese e afirmar que: “O exces so de peso determina a alteração de algumas das principais variáveis funcionais cutâneas, afectando quer a fisiologia da água cutânea e a função “barreira” quer o seu comportamento biomecânico e estas, naturalmente, devem estar na base da fisiopatologia de alguns dos processos patológicos associados a esta doença. TÍTULO: A Qualidade dos Serviços prestados pelas Farmácias Comunitá rias, A perspetiva dos utentes e dos prestadores AUTOR: Maria Marisol da Silva Gon calves PROGRAMA: Mestrado em Gestão e Economia de Serviços de Saúde ORIENTADOR: Prof.ª Doutora Teresa Maria Rocha Fernandes Silva (FEP) INSTITUIÇÃO: Faculdade de Economia da Universidade do Porto O conceito Qualidade transformou‑se num assunto incontorná vel, primeiro na indústria dos produtos/bens e posteriormente na indústria dos serviços, muito por imposição dos clientes que estão cada vez mais informados e mais exigentes, mas tam bém pelo crescimento acentuado deste setor nos últimos anos. Assim o Marketing de Serviços transformou‑se numa área de extrema importância que permite escrutinar o serviço prestado. A temática da mensuração da Qualidade do serviço presta do é do interesse de todos os intervenientes, que na área da saúde não se resumem a clientes e prestadores mas também aos governos, companhias de seguros, universidades, entre outros. Particularmente na área da saúde os benefícios ultra passam as eventuais repercursões em lucros ou quotas de mercado, pois estudos demonstram que um maior nível de qualidade dos serviços prestados está associada uma melho ria da qualidade de vida da comunidade e um aumento da pro dutividade nacional. O presente estudo centra‑se na avaliação da qualidade do serviço prestado pelas Farmácias Comunitárias recorrendo à escala Servperf que é constuída pelas cinco dimensões que os utentes mais valorizam num prestador de serviços: os elemen tos tangíveis, a segurança, empatia, capacidade de resposta e fiabilidade. A sua aplicação, através da contribuição directa de cerca de 180 Farmácias, permitiu a criação de uma base de dados de cerca de 3400 inquéritos respondidos, de utentes e prestadores. Foi possível constatar que os utentes apresentam uma perce ção da qualidade dos serviços prestados, por este prestador de serviços de saúde, muito elevada, 6,74 sendo a dimensão com pontuação mais favorável a Segurança, que é também a caraterística que os utentes mais valorizam na maioria dos prestadores de serviços. Com base nos resultados obtidos é possível concluir que o ins trumento Servperf é adequado para mensurar a qualidade dos serviços prestados pelas Farmácias, revelando‑se desta forma uma ferramenta ao alcance das Farmácias para averiguar o ní vel de qualidade dos serviços que prestam, e assim direcionar e fundamentar decisões estratégicas e operacionais. E–LEARNING ORDEM DOS FARMACÊUTICOS Conhecimento à distância de um clique Novas Acções de Formação Princípios Básicos em Bacteriologia e Imunoensaio 00011/01/2015 0,6 CDP em parceria com a bioMérieux Actualização de Conhecimentos para Farmacêuticos 00049/02/2015 0,5 CDP Para mais informações visite o Portal da Ordem dos Farmacêuticos, em www.ordemfarmaceuticos.pt rof129 CENTRO DE DOCUMENTAÇÃO FARMACÊUTICA Livro de Atas das Sessões Literárias da Sociedade Farmacêutica de Lisboa Nº 1 Em 1834, um grupo de farmacêuticos de Lisboa, com ideais liberais, subscreveu uma petição pedindo a suspensão das inspeções do físico-mor, assim como a liberalização do preço dos medicamentos e a reforma da legislação sobre o exercício farmacêutico. A vitória deste movimento de farmacêuticos, veio iniciar a história do associativismo farmacêutico em Portugal, com a criação da Sociedade Farmacêutica de Lisboa. Prova fulcral das ideologias desse grupo de farmacêuticos é o Primeiro Livro de Atas das Sessões Literárias da Sociedade Farmacêutica de Lisboa, que contém 138 atas datadas de 24 de Julho de 1835 a 25 de Outubro de 1840. Aqui, encontram-se registadas todas as ideias e debates, sendo apenas aprovado o que por voto maioritário fosse deliberado. A primeira instalação da Sociedade Farmacêutica de Lisboa, como indica a ata número 1 deste livro, foi na Botica do Hospital Real de São José de Lisboa, da qual era Administrador o Sócio e Fundador José Dionísio Correia. Nesta primeira sessão foram realizadas as primeiras eleições para a Mesa da Assembleia geral, nas quais foram eleitos José Vicente Leitão, como Presidente, Guerreiro, como Vice-Presidente, José Dionísio Correia, 1º Secretário e António de Carvalho, 2º Secretário. Pelas palavras de José Dionísio Correia, é dado a saber que o alvo da Sociedade passa pelo “progresso da Pharmácia em toda a sua extenção, de tudo que for concernente à Saúde Pública, e de socorrer aquelles de 130 rof seus membros, viuvas, e filhos que para o Futuro se acharem em circunstancias de deverem ser por ella auxiliados”. Neste livro estão registados os mais distintos debates, como o modelo e timbre do Diploma de sócio a ser aplicado, a tipologia de membros desde Sócio efetivo a Sócio correspondente e respetivos papeis. Temas como exercício da profissão farmacêutica e ensino eram dados como urgentes, tendo já nesta época sido pedido ao governo a “creação de Escollas [de Farmácia], pela utilidade que resulta naô só aos Pharmacêuticos, como á Naçaô em geral”, sendo elaboradas propostas para novas formas de exames de Farmácia. Nas atas, encontram-se registados os nomes dos novos sócios inscritos, entre cada sessão e a sua admissão. Desde a implantação da Sociedade, foram constantes as doações dos seus membros para a constituição do seu arquivo e biblioteca, facto que se pode verificar nos registos constantes neste livro. Cedo começou a Sociedade a receber respostas à oferta de seus préstimos, com pedidos de Municípios e outras Entidades para a realização de análises diversas, fazendo jus à preocupação com a saúde pública, que já na época existia. Tal preocupação era uma constante, tendo mesmo sido pedida, em sessão desta Sociedade, a denúncia de “charlatães”, pessoas não qualificadas que produziam e vendiam medicamentos sem terem conhecimentos científicos, e, também a análise de re- médios medicinais indígenas e ou exóticos pela Sociedade, para atestar os seus benefícios ou perigos para a saúde pública. Neste livro, encontra-se registada a cedência por parte da Rainha, de espaços no Convento do Carmo, sito em Lisboa, para o estudo botânico. Documentadas encontram-se também as eleições e nomeações a cargos a desempenhar na Sociedade ou nas respetivas comissões, e as sessões solenes dos primeiro e segundo aniversários da sua instituição. Neste livro estão assinalados os mais diversos projetos em que se encontrava a Sociedade, como é exemplo a realização do primeiro Regimento Interno da Sociedade, a elaboração de uma obra farmacêutica em língua portuguesa, a redação do Código Farmacêutico e de um Plano de Reforma Farmacêutica, a preparação de um Compêndio para o estudo preliminar dos alunos de Farmácia, a criação da Companhia Comercial Farmacêutica e da Polícia Farmacêutica, bem como a elaboração de matérias científicas para o Jornal da Sociedade Farmacêutica, cuja criação também se verifica nas atas deste livro. Desde a instalação da Sociedade que eram constantes os debates pela elaboração de Estatutos que viessem estabelecer os ideais pretendidos pelos seus Fundadores e Sócios, e neles estavam presentes as preocupações para com a Farmácia, em toda a sua extensão, assim como, a aplicação para o bem da saúde pública e a preo- cupação com os seus membros e respetivas famílias. A 7 de Maio de 1838 são publicados em Portaria do Ministério do Reino, por aprovação da Rainha, os novos Estatutos, nos quais, a até então Sociedade passa a ser designada como “Sociedade Farmacêutica Lusitana”, registada na ata n.º 85 de 27 de Maio desse ano, que se encontra neste livro. A Sociedade Farmacêutica Lusitana teve na sua atividade um papel importante para a classe farmacêutica, para o exercício e ensino de Farmácia em Portugal, bem como nas melhorias evidenciadas na saúde pública. Os constantes debates pela melhoria da Farmácia e suas envolventes deram início às conquistas que se verificaram ao longo dos tempos, conquistas essas, que foram registadas com afinco desde a primeira ata das sessões da Sociedade, permitindo que seja possível reconhecer o caminho percorrido pela Farmácia e pelo Farmacêutico até aos dias de hoje. [O Livro de Atas das Sessões Literárias da Sociedade Farmacêutica de Lisboa nº 1 contém 156 folhas numeradas e rubricadas por José Vicente Leitão e foi exibido na exposição histórico-bibliográfica por ocasião das IV Jornadas Farmacêuticas Portuguesas, organizadas pelo Sindicato Nacional dos Farmacêuticos, no Porto, em 1965. O documento pode ser consultado presencialmente no Centro de Documentação Farmacêutica (CDF) da Ordem dos Farmacêuticos ou através de uma pesquisa online na página electrónica do CDF, em www.cdf.pt, introduzindo no campo de pesquisa a cota PT/OF/CDF/C-A/001-001/0001.] CENTRO DE DOCUMENTAÇÃO FARMACÊUTICA DA ORDEM DOS FARMACÊUTICOS Morada: Rua Castro Matoso 12 B, 3000-104 Coimbra | Telefone: 239 851 446 E-mail: [email protected] | Website: www.cdf.pt Horário de Atendimento: 2ª a 5ª feira: 10H00 - 12H30 / 14H00 - 17H30 | 6ª feira: 10H00 - 12H30 Uma Luta, Uma Vida Autora: Sandra Nobre Editor: Sopa de Letras “Cientista de méritos indiscutíveis, Maria Odette Santos Ferreira iden tificou o HIV de tipo 2 – uma descoberta que revolucionou a epidemio logia e o diagnóstico da sida e que contribuiu para a atribuição, em 2008, do Prémio Nobel da Medicina a Luc Montaigner, Françoise Barré ‑Sinoussi e Harald zu Hausen. Mas, porque a riqueza da vida de Odette Santos não se esgota nesse facto, é toda uma série de histórias, peri pécias e memórias o que Sandra Nobre se propõe a relatar neste livro. Nas palavras da autora, ele «surge como um álbum de fotografias, retratos instantâneos de alguns momentos mais marcantes» da vida da investigadora portuguesa.” A Indústria Farmacêutica em Portugal – Saber Investir, Saber Inovar. 75 anos EVENTOS EM PORTUGAL Reunião Anual do Colégio de Indústria Farmacêutica 29 a 31 de Maio de 2015 Hotel Monte Real Palace Reunião Anual do Colégio de Especialidade de Assuntos Regulamentares 25 e 26 de Junho de 2015 Casa das Histórias Paula Rego, Cascais Comemorações do Dia do Farmacêutico 2015 Simpósio “Acessibilidade ao Medicamento: o que mudou nos últimos 40 anos” Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra 26 de Setembro de 2015 Sessão Solene Comemorativa do Dia do Farmacêutico 2015 26 de Setembro de 2015 Hotel Quinta das Lágrimas, Coimbra 1 Autores: Vários Editor: Apifarma “A Indústria Farmacêutica em Portugal – Saber Investir, Saber Inovar 75 Anos” é o título da obra que documenta a história do sector em Por tugal através do seu contributo para a Ciência, a Saúde e a Economia nacionais desde 1939. Editada pela APIFARMA, por ocasião da celebra ção do seu 75º aniversário, a obra apresenta também um conjunto de testemunhos institucionais de parceiros da associação. Coordenada por José Aranda da Silva, “A Indústria Farmacêutica em Portugal – Saber Investir, Saber Inovar 75 anos” relata a evolução histórica das APIFARMA e empresas associadas, dando a conhecer o impacto desse desenvolvimento na transformação do conhecimento científico e da Saúde Pública , sem esquecer a sua importância econó mica e estratégica.” 19as Jornadas Científicas de Análises Clínicas 3 de Outubro de 2015 Hotel Mercure Figueira da Foz 2nd EuCheMS Congresso on Green and Sustainable Chemistry 4 a 7 de Outubro de 2015 Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade Nova de Lisboa, Monte da Caparica Simpósio Pré-Congresso Nacional dos Farmacêuticos´2015 29 de Outubro de 2015 Centro de Congressos de Lisboa Congresso Nacional dos Farmacêuticos´2015 29 a 31 de Outubro de 2015 Centro de Congressos de Lisboa Farmácia Clínica – Série de Manuais de Especialização do Hospital Israelita Albert Einstein EVENTOS NO ESTRANGEIRO Coordenadores: Silvana Maria de Almeida, Wladmir Mendes Borges Filho, Fábio Teixeira Ferracini Editora: Manole “O livro aborda os conceitos de farmácia, farmacologia e farmaco cinética clínicas e continua por temas de grande importância, como dispensação, automação, farmacovigilância, farmacoeconomia e qualidade em farmácia. Em seguida, concentra‑se no controle de in fecção hospitalar, nos antibióticos e na resistência bacteriana, além de tratar das unidades de terapia intensiva e, por fim, discorrer so bre avaliação tecnológica, transplante, oncologia, geriatria, pneumo logia e diabete, contribuindo para a área da farmácia clínica dentro do contexto hospitalar.” 2º Simpósio Luso-Brasileiro de Farmácia 10 a 12 de Setembro de 2015 Foz do Iguaçu - Paraná, Brasil 75º Congresso Mundial da Federação Internacional de Farmácia (FIP) 29 de Setembro a 3 de Outubro de 2015 Dusserldorf, Alemanha Associação de Farmacêuticos dos Países de Língua Portuguesa (AFPLP) www.afplp.org Associação de Farmacêuticos dos Países de Língua Portuguesa (AFPLP) é uma associação de A carácter profissional e científico, sem fins lucrativos, que visa, fundamentalmente, promover as ciências farmacêuticas e defender os interesses da profissão farmacêutica em todos os países de língua portuguesa. Foi fundada em Junho de 1993 e desde então tem vindo a assumir várias posições sobre o exercício farmacêutico nos países de língua portuguesa e contribuindo para estreitar os laços de união entre todos os seus membros, promovendo a troca de experiências e o relacionamento pessoal e profissional entre todos os farmacêuticos e estudantes de Farmácia de língua portuguesa. Em 2015, por ocasião do XI Congresso Mundial de Farmacêuticos de Língua Portuguesa, que decorre em Maputo, nos dias 26 e 27 de Março, procedeu à renovação da sua página electrónica, assumindo uma nova imagem e uma maior dinâmica na produção de conteúdos e divulgação de informação sobre a profissão farmacêutica no mundo lusófono. ROF 113 Out/Dez 2014 ALIMENTOS FUNCIONAIS Existe evidência crescente de que alguns componentes dos alimentos, tradicionalmente não considerados nutrientes, podem proporcionar benefícios em saúde. A utilização dos alimentos para melhoria da saúde e redução do risco de doença, para além do aporte de energia e nutrientes, é uma evolução relativamente às intervenções nutricionais tradicionais e originou o conceito de alimento funcional.1-4 DEFINIÇÃO A definição de alimentos funcionais com maior aceitação é a do ILSI Europe (International Life Sciences Institute) no documento de consenso FUnctional FOod Science in Europe (FUFOSE). Estabelece que um alimento pode ser considerado funcional se foi satisfatoriamente demonstrado que possui um efeito benéfico numa ou em várias funções específicas do organismo, além dos efeitos nutricionais habituais, que seja relevante para a melhoria do estado de saúde e bem-estar, ou para a redução do risco de doença.1,4,5 Devem ser um alimento propriamente dito quanto às suas características, forma de consumo e valor nutritivo4-6 e demonstrar os seus efeitos em quantidades normalmente consumidas na dieta;1,4 não poderão ser um comprimido, cápsula ou qualquer forma de suplemento alimentar.1,4,5 Em termos práticos, e recorrendo a alguns exemplos, um alimento funcional pode ser:1,2,5,7 – Um alimento natural inalterado (ex. pescado azul, com elevado teor de ácidos gordos ómega n-3); – Um alimento no qual um componente foi aumentado pelo processo de produção ou outras tecnologias (ex. tomates com maior teor de licopeno, sumo de fruta com teor aumentado de antioxidantes, enriquecimento do leite em cálcio ou vitamina D, ou do teor de fibra em cereais de pequeno-almoço); – Um alimento ao qual foi adicionado um componente, por meios tecnológicos ou biotecnológicos, que aporte benefícios (ex. creme de barrar com adição de fitoesteróis, óleos alimentares enriquecidos com vitamina E, iogurte com adição de prebiótico ou probiótico, arroz enriquecido com vitamina A); – Um alimento do qual foi removido um componente por meios tecnológicos ou biotecnológicos, de modo a que o alimento proporcione um benefício que de outra forma não existiria (ex. iogurte com redução do teor de gordura); – Um alimento no qual um componente foi substituído por outro com propriedades favoráveis (ex. refrigerantes nos quais se substituiu o açúcar por edulcorantes); – Um alimento cuja biodisponibilidade de um componente tenha sido modificada (ex. arroz geneticamente modificado de modo a aumentar a biodisponibilidade do ferro); – Uma combinação do acima indicado. ALEGAÇÕES A preocupação actual com a saúde torna os consumidores mais vulneráveis a mensagens enviesadas nas quais se exaltem deter- minadas propriedades de um alimento, ou ingrediente, separando-os do contexto normal da dieta e do estilo de vida.4,6 É necessário comprovar a eficácia destes produtos e evitar declarações falsas ou exageradas sobre as suas propriedades,4 com risco de consumos exagerados, ou de descuido da terapêutica farmacológica.4,6 A promoção dos efeitos benéficos de um alimento funcional é feita através de alegações, incluídas nos rótulos ou publicidade.7 Nos países da União Europeia, o Regulamento CE 1924/2006 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 20 de Dezembro de 2006, estabeleceu a regulação específica relativa às alegações nutricionais e de propriedades saudáveis dos alimentos, podendo diferenciar-se diferentes tipos de alegações – nutricionais e de saúde, que por sua vez podem ser de propriedades saudáveis, ou de redução do risco de doença:1,4,7,8 – Alegações nutricionais, em que se afirme, sugira, ou se dê a entender que um alimento possui propriedades nutricionais benéficas específicas devido ao seu aporte energético ou composição, no que diz respeito à presença, ou ausência, de nutrientes específicos ou de outras substâncias.1,7,8 – Alegações de propriedades saudáveis, em que se afirme, sugira, ou se dê a entender que existe uma relação entre uma categoria de alimentos, um alimento, ou um dos seus constituintes, e a saúde;1,8 são alegações funcionais genéricas, relativas ao papel do alimento na manutenção de funções corporais, como o crescimento, ou o controlo do peso, mas também psicológicas e comportamentais, incluindo o controlo da sensação de fome ou de saciedade.7 – Alegações de redução de risco de doença, em que se afirme, sugira, ou se dê a entender que o consumo de uma determinada categoria de alimentos, um alimento, ou um dos seus constituintes reduz significativamente um factor de risco de desenvolvimento de uma doença.1,7,8 A regulamentação europeia determina que as alegações sejam pré-aprovadas e constem de uma lista de alegações autorizadas.7 Devem ser suportadas por dados científicos,4,7,8 submetidos à Agência Europeia de Segurança Alimentar (EFSA).4,8 Uma alegação de saúde deve basear-se em estudos metodologicamente correctos, realizados em humanos. Os estudos intervencionais são geralmente mais úteis que os observacionais.1,4 COMPONENTES FUNCIONAIS Iremos em seguida descrever sucintamente alguns dos componentes funcionais mais reconhecidos. Probióticos. Designa os microrganismos que sobrevivem à passagem pelo tracto gastrointestinal e exercem funções benéficas no organismo. São considerados probióticos diversos microrganismos pertencentes aos géneros Lactobacillus, Streptococcus e Bifidobacterium.1,2 Devem cumprir certos critérios, entre os quais se contam não possuirem propriedades patogénicas, serem de origem humana, resistirem ao pH gástrico e à bílis, terem a capacidade de colonizar o intestino e ter um efeito para a saúde clinicamente provado.2 São incor- ficha técnica porados essencialmente em produtos lácteos,1,2 mas também se podem encontrar noutros tipos de alimentos fermentados, como p. ex., aveia, verduras, enchidos ou chá.1 Os probióticos têm sido utilizados em patologias gastrointestinais, como diarreias, ou intolerância à lactose,1,2 e estão em investigação possíveis efeitos anti-inflamatórios e imunomoduladores.1 Prebióticos. São hidratos de carbono não digeríveis e não absorvíveis, que funcionam como substrato trófico dos probióticos e da microflora intestinal do cólon, estimulando o seu crescimento e actividade. Entre os mais utilizados contam-se a inulina e frutoligossacáridos,1,2 que são incorporados em produtos lácteos, bolachas, sumos, entre outros.2 Os prebióticos podem incrementar a flora intestinal e optimizar as suas funções.1 Podem favorecer o trânsito intestinal; a sua fermentação produz ácidos gordos de cadeia curta que promovem a absorção de cálcio1,2 e possivelmente ajudam a regular o metabolismo hepático dos lípidos.1 Encontram-se em investigação os seus efeitos sobre o sistema imunitário.1,2 Os simbióticos são alimentos que incluem na sua composição probióticos e prebióticos, como é o caso de preparados lácteos ricos em fibra fermentados por bifidobactérias.2 Fibra dietética. Conjunto de substâncias de origem vegetal resistentes à hidrólise das enzimas digestivas, mas que podem ser parcialmente fermentáveis pelas bactérias do cólon.1,2 Agrupam-se em polissacáridos, oligossacáridos e compostos não polissacáridos (lignina). Os polissacáridos incluem a celulose, a hemicelulose, as pectinas, gomas e mucilagens. Os oligossacáridos incluem principalmente os fructooligossacáridos (FOS) e galactoligossacáridos (GOS). A lignina é um polímero não digerível, não absorvível e não fermentável.1 Distinguem-se 2 tipos: fibra solúvel (gomas, mucilagens, pectinas, betaglucanos, polissacáridos e oligossacáridos), que é fermentável, e fibra insolúvel (celulose, hemicelulose, lignina), que pode ser não fermentável, ou parcialmente fermentável.1,2 Entre as principais acções fisiológicas atribuídas à fibra dietética encontram-se a manutenção de um adequado funcionamento intestinal e a prevenção e tratamento da obstipação.1 Contribui também para a redução dos níveis plasmáticos de colesterol e para a modulação da glicémia.1,2 É incorporada principalmente no pão, produtos de pastelaria, bolachas, produtos lácteos e algumas bebidas.2 Fitosteróis. Podem existir na forma livre – estanóis, ou esterificada – esteróis. São estruturalmente semelhantes ao colesterol. Os esteróis mais abundantes são o sitosterol, campesterol e estigmasterol1,2 encontrando-se também pequenas quantidades dos esteróis saturados (estanóis) correspondentes, como o sitostanol e o campestanol.1 São mais abundantes em alimentos como frutos secos, cereais e óleos vegetais.1,2 Ajudam a reduzir os níveis de colesterol. Quando estão presentes na dieta em quantidades suficientes reduzem a absorção intestinal do colesterol, o que estimula a expressão hepática dos receptores do colesterol LDL, favorecendo a sua captura e contribuindo para a redução dos níveis plasmáticos.1,2 Os esteróis vegetais não são fáceis de adicionar aos alimentos;2 a sua esterificação com ácidos gordos insaturados permite uma incorporação mais fácil. Por este motivo a indústria alimentar costuma adicioná-los a margarinas para barrar, bebidas lácteas e iogurtes,1,2 ou a óleos e molhos para saladas.2 Polifenóis. Pertencem a várias classes, consoante a sua estrutura química básica.1,2 Alguns dos polifenóis presentes nos alimentos são a hesperidina, presente nos citrinos; a quercetina, presente em frutos não cítricos – maçãs, pêras, uvas, cerejas,2 frutos secos1 e noutros vegetais, como o chá verde, os brócolos, a cebola, etc.; as catequinas, também presentes no chá verde, chocolate negro e vinho; as antocianidinas, responsáveis pela coloração de frutas como a groselha, o arando vermelho, as romãs, as cerejas, etc.; os taninos e as proantocianidinas; os carotenóides como o licopeno e a luteína, presentes no tomate, melancia, alperce, ou em legumes de folha verde, respectivamente; os estilbenos, como o resveratrol, presente na pele das uvas. Todos estes ingredientes se adicionam a diversos tipos de alimentos, como lacticínios, sumos, etc.2 Possuem actividade antioxidante,1,2 pensando-se que possam neutralizar os radicais livres, substâncias químicas envolvidas nas reacções de stress oxidativo que afectam as células e que têm sido associadas a diversas doenças crónicas e ao processo de envelhecimento.2 Diversos estudos epidemiológicos têm associado o consumo de alimentos ou bebidas ricas em polifenóis a um menor risco de doenças relacionadas com o envelhecimento. Contudo, estes estudos podem estar enviesados por factores como a grande variedade de polifenóis presentes nos alimentos, bem como o desconhecimento do teor presente na maioria deles, permanecendo ainda por esclarecer os seus eventuais benefícios.1 Fitoestrogénios. Entre os mais estudados contam-se os isoflavonóides, os lignanos e os cumestranos. Têm a capacidade de se unir aos receptores estrogénicos, apresentando actividade estrogénica,1,2 mas também antiestrogénica.1 Estão presentes em alimentos de origem vegetal, principalmente na soja, linhaça e alfalfa, mas também em cereais, legumes, frutas e verduras. Podem ser adicionados a bebidas lácteas, sumos, iogurtes, bolachas, etc.2 Têm sido associados a efeitos protectores relativamente a certas neoplasias, doenças cardiovasculares e osteoporose, mas com evidências contraditórias.1 Ácidos gordos insaturados. Os ácidos gordos monoinsaturados contêm uma dupla ligação, como o ácido oleico, que está presente em quase todas as gorduras animais e em alguns óleos vegetais, especialmente no azeite. Os ácidos gordos polinsaturados, com mais do que uma dupla ligação, classificam-se em função da posição da última ligação dupla relativamente ao grupo metilo terminal. Segundo isto, existem duas séries: n-3 e n-6, também conhecidos por ómega-3 e ómega-6. Entre os ómega-3 destacam-se o ácido alfalinolénico, que é um ácido gordo essencial e que se encontra naturalmente em óleos vegetais, como o de soja e linhaça,1,2 e outros ácidos gordos que se podem sintetizar a partir daquele e que são o ácido eicosapentaenóico (EPA) e o docosa-hexaenóico (DHA), presentes especialmente no pescado azul.2 Entre os ómega-6, destaca-se o ácido linoleico, que é um ácido gordo essencial, precursor do ácido araquidónico. Encontra-se principalmente em óleos vegetais de milho, soja e girassol.1,2 Relacionam-se com a redução do risco de patologia cardiovascular, ao melhorar o perfil e o conteúdo dos lípidos séricos.2 Os alimentos funcionais podem proporcionar ingredientes benéficos de uma forma prática,5 mas não devem constituir a compensação para uma dieta inadequada.6 Podem, quando convenientemente utilizados, contribuir para a melhoria da saúde e para a minimização dos riscos de determinadas doenças.2 Ana Paula Mendes Farmacêutica Referências bibliográficas 1. Alimentos funcionais. Madrid, Instituto de Nutrición y Transtornos Alimentarios, 2007. [acedido a 12-01-2014] Disponível em: http://www.madrid.org/cs/Satellite?blobcol=urldata&blobheader=application/pdf&blobkey=id&blobtable=MungoBlobs&blobwhere=1196188347088&ssbinary=true 2. Bardón R, Franco E, Pérez P, Doménech R, López A. Alimentos funcionales (1.ª parte): ingredientes bioctivos. Práctica Farmacéutica 2009; (15): 7-12. 3. Position of the Academy of Nutrition and Dietetics: Functional food. J Acad Nutr Diet. 2013; 113: 1096-113. 4. Vidal MC. Alimentos funcionales. Algunas reflexiones en torno a su necesidad, seguridad y eficacia y a cómo declarar sus efectos sobre la salud. Humanitas 2008; [acedido a 12-01-2014] (24). Disponível em: http://www.fundacionmhm.org/www_humanitas_es_numero24/articulo.pdf 5. Functional foods. European Comision. Luxembourg, Publications Office of the European Union, 2010. [acedido a 12-01-2014] Disponível em: ftp://ftp.cordis.europa.eu/pub/fp7/kbbe/docs/functional-foods_en.pdf 6. Vidal MC, Font A. ¿Cuándo deben recomendarse los alimentos funcionales? JANO 2006; [acedido a 12-01-2014] (1617): 30-33. Disponível em: http://www.hablemosclaro.org/Repositorio/biblioteca/b_182_Cuando_deben_recomendarse_los_alimentos_funcionales.pdf 7. Pravst I. Functional Foods in Europe: A Focus on Health Claims. In: Valdez B. (Ed.). Scientific, Health and Social Aspects of the Food Industry, (2012) ISBN: 978-953307-916-5, InTech. [acedido a 12-01-2014] Disponível em: http://cdn.intechopen.com/pdfs-wm/27385.pdf 8. Gonzalez C, Meléndez L, Álvarez C. Alimentos como medicamentos: la delgada línea divisoria entre la industria farmacéutica e la industria alimentaria. Rev Esp Salud Pública 2012; 86: 313-317. PENSA NO FUTURO DO SEU FILHO? NÃO SE PREOCUPE. JÁ TEMOS A SOLUÇÃO. Agora, todos os familiares em primeiro grau dos sócios do MONAF podem beneficiar dos nossos planos de complemento de reforma. Os colaboradores efectivos das farmácias também. Não importa a profissão deles. Os farmacêuticos são solidários. Telefone: 213 400 690/693 E-mail: [email protected] www.monaf.pt Contracapa Pub Congresso OF