revista - Agrária
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revista EDIÇÃO I 07.201 5 Por trás de todo o trabalho bem planejado, executado e analisado, há pessoas empenhadas e capacitadas. Seja no campo ou atrás do computador, a cadeia produtiva da Agrária é desempenho de uma rede interligada por um princípio fundamental: o cooperativismo. Na edição de estreia, a Revista Agrária mostra que cooperados, colaboradores e a comunidade de Entre Rios são partes interdependentes de um processo único e bemsucedido. GESTÃO E DIVERSIFICAÇÃO PESQUISA DE SATISFAÇÃO NOVIDADES NAS GÔNDOLAS FOTO COOPERATIVA Alternativas de sustentabilidade para a atividade agrícola Leitores avaliam Informativo e apontam melhorias Agrária Farinhas lança campanha e novas embalagens Colaboradores e cooperados enviam imagens de geadas A EVOLUÇÃO EDITORIAL o longo de quase 16 anos, o Informativo Agrária passou por uma série de reestruturações, condizentes com diferentes momentos da Cooperativa. Nascido em 1999, como uma ferramenta de comunicação interdepartamental, o Informativo tornou-se um periódico mensal em agosto de 2004. A partir da edição de novembro de 2005, além de contar com impressão colorida, passou a responder como principal veículo de comunicação com cooperados e colaboradores da Agrária – função antes dividida com a Revista de Entre Rios, que se destinou especialmente à divulgação e preservação da cultura suábio-brasileira. Entre novembro de 2005 e junho de 2015, foram publicadas 89 edições. As evoluções editoriais e físicas visaram sempre atender e se adequar às demandas do leitor e da Cooperativa. Após a última alteração gráfica, em junho de 2013, em conformidade com a nova identidade visual, a assessoria de comunicação e marketing percebeu que a demanda era mais abrangente. Mais e mais, a ferramenta de comunicação ganha em peso estratégico. Percebeu-se que as 16 páginas eram, sem exceção, rapidamente preenchidas. Sobravam informações e faltava espaço. A criação de um periódico com maior envergadura, tanto em relação à abordagem dos assuntos quanto em alcance do público-alvo, tornava-se imperativa. Ao longo de pouco mais de um ano, foi desenvolvido e implantado o projeto de reestruturação do Informativo, que resultou nesta nova Revista Agrária. Apesar das 36 páginas desta edição inaugural, o periódico terá normalmente 32. Com inovações, visual mais leve e atrativo, baseado nos melhores exemplos do jornalismo, a publicação atingirá, além dos cooperados e todos os colaboradores, clientes, parceiros e fornecedores da Cooperativa. A fim de viabilizar as alterações pretendidas, assim como atender uma demanda latente de parceiros comerciais, também se abriu espaço para anunciantes. O processo foi possibilitado pelo emprego de esforços de diferentes áreas da Agrária, como a gerência administrativa e financeira, em especial os departamentos financeiro, tributário, controladoria, serviços corporativos, além da secretaria executiva, superintendência, diretoria e do próprio marketing. Paralelamente a toda a reestruturação, foi aplicada a pesquisa de satisfação do Informativo. Ação prevista independentemente da reestruturação, mas que veio a calhar perfeitamente na onda de mudanças: algumas sugestões apontadas por leitores já constam nesta primeira edição e outras serão postas em prática ao longo dos próximos meses. A comunicação periódica da Agrária com seus públicos-alvo, em especial o cooperado e o colaborador, além de necessária, é estratégica. A partir da Revista Agrária, a assessoria de comunicação e imprensa pretende fazer chegar as notícias mais importantes aos respectivos destinatários de forma eficiente e contundente. Se por um lado haverá editorias mais leves, de entretenimento, envolvimento e engajamento, como a Foto Cooperativa e a Receita Especialíssima, por outro, assuntos técnicos, como os relativos ao agronegócio dos cooperados e às unidades de negócios, poderão ser aprofundados da maneira como merecem. Esta edição número 1 da Revista Agrária inaugura uma nova era. O Informativo Agrária não morreu, sumiu nem “foi descontinuado”: ele simplesmente evoluiu, como um jovem talento que revela sua maturidade. E essa versão mais moderna, interativa, diversificada, atrativa e abrangente promete implementar na prática a experiência adquirida ao longo da última década, a fim de honrar o próprio passado, enquanto se pensa em um meio de comunicação cada vez mais assertivo para o nosso leitor. Assessoria de Comunicação e Imprensa Departamento de Marketing Cooperativa Agrária Agroindustrial ÍNDICE Cooperados, colaboradores e comunidade inseridos na cadeia produtiva da Agrária Gestão e Diversificação Alternativas para a sustentabilidade da atividade agrícola Expediente ESPECIAL A força humana do Cooperativismo revista REVISTA AGRÁRIA ANO I | Edição 1 | Julho de 2015 Foto Cooperativa Especial de Inverno Pesquisa de Satisfação do Informativo: Avaliação de leitores e melhorias implementadas na nova Revista Novidades nas Gôndolas: Agrária Farinhas lança campanha e apresenta novas embalagens Projeto Excelência: Feedback e comprometimento pelo sucesso De Olho: Avaliação do primeiro semestre de implantação ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO E IMPRENSA AGRÁRIA A Revista Agrária tem por objetivo divulgar fatos relevantes e pertinentes à Cooperativa Agrária Agroindustrial. É produzida e publicada mensalmente pela equipe de jornalistas da assessoria de comunicação e imprensa da Cooperativa. Klaus Pettinger: [email protected] Katrin Korpasch: [email protected] Jornalista responsável e editor-chefe: Klaus Pettinger Matérias e fotos: Katrin Korpasch e Klaus Pettinger Diagramação e Direção de Arte: Roberto Niczay - Prêmio Arkétipo Agrocomunicação www.arketipo.com.br Impressão: Gráfica Positiva e Editora Cascavel - PR. Contato Publicitário: Guerreiro Agromarketing: (44) 3026-4457 Tiragem: 2.000 Exemplares. Distribuição gratuita. Os pontos de vista expressos por pessoas entrevistadas e/ou artigos assinados não refletem necessariamente a opinião da Agrária. COOPERATIVA AGRÁRIA AGROINDUSTRIAL Fundação: 5 de maio de 1951 Endereço: Praça Nova Pátria Colônia Vitória | Entre Rios Guarapuava (PR) | CEP 85.139-400 Contato:[email protected] (42) 3625-8008 Visite o nosso site: www.agraria.com.br ®TM Marcas registradas de The Dow Chemical Company ou companhias afiliadas. AGORA O PARANÁ PODE CONTAR COM VERDICT® R • O graminicida mais eficiente contra o milho RR voluntário em qualquer estágio • Controla o capim-amargoso e o azevém resistente ao glifosato • Tradição da marca e confiabilidade, 20 anos de performance no campo Consulte o seu revendedor ou cooperativa para mais informações. Revista Agrária 5 DIVERSIFICAÇÃO Gestão e diversifica alternativas para a sustentabilidade da at A KATRIN KORPASCH melhor gestão, a sucessão e possibilidades de diversificação de atividades são questões recorrentes entre as inquietações de produtores rurais. Manter a propriedade sustentável em longo prazo, para que ela permaneça um meio viável de produção de renda para a geração atual e para a seguinte, é um desafio encarado no presente. O planejamento do futuro é, de acordo com o vice-presidente da Agrária, Manfred Majowski, uma preocupação constantemente em pauta na Cooperativa. “Já houve tentativas de diversificação que não obtiveram sucesso, há cooperados de diferentes portes – de pequenos a grandes produtores e, além disso, as propriedades estão sendo cada vez mais divididas”, analisa. “Precisa- 6 Revista Agrária mos encontrar alternativas a cada situação para que nossa atividade permaneça viável”. Para discutir ideias, apresentar exemplos e ampliar o panorama sobre o tema, a Agrária promoveu, em junho, o Seminário de Gestão e Diversificação da Atividade Agrícola. O evento contou com apresentações de projetos e iniciativas de sucesso das cooperativas Castrolanda, Batavo e Capal, e da Sekita Agronegócios. Na Castrolanda, aproximadamente sete a cada dez cooperados diversificam a atividade agrícola principalmente entre agricultura, suinocultura, pecuária leiteira e ovinocultura. Dos associados, 50% têm duas fontes de renda no campo, 10% têm três e 10% desenvolvem quatro atividades na propriedade. O presidente da cooperativa, Frans Borg, afirma que, para os pequenos e médios produtores, principalmente a suinocultura e bovinocultura de leite compreendem opções interessantes para agregar mais valor ao hectare da propriedade. “O limitante, no momento, é o tamanho da área. Então a produção de grãos precisa ser complementada com uma atividade mais intensiva, commodities agregam pouco”, explica. “Com a pecuária leiteira, por exemplo, nossos cooperados conseguem rentabilidade até dez vezes maior por hectare”, completa Borg, que ressalta ainda que, entre o sistema de confinamento e semiconfinamento, o último têm gerado maior margem e renda líquida aos associados. Fotos: KK DIVERSIFICAÇÃO No dia 11 de junho, o Centro Cultural Mathias Leh recebeu um público de aproximadamente 200 cooperados e familiares, além de colaboradores da Agrária, para o Seminário de Gestão e Diversificação da Atividade Agrícola. O diretor financeiro da Cooperativa, Arnaldo Stock, ressaltou a presença de muitos jovens e mulheres cooperadas. “Estamos muito contentes com o número e a qualidade do público, é muito bom vermos também tantas mulheres e jovens participando. São esses jovens cooperados que darão continuidade às atividades e a diversificação é muito importante para o futuro que eles vivenciarão”. ação: tividade agrícola A integração entre produção de grãos e pecuária também é a principal opção explorada pelos cooperados da Capal. A história da cooperativa teve início com a pecuária leiteira e suínos na década de 1960. Com o tempo, as duas atividades passaram a dividir importância com a agricultura, que foi implantada de maneira mais expressiva posteriormente. “Percebe-se, nitidamente, que, além de tudo, o preço da terra sobe muito. Então, as famílias que querem continuar no ramo, diversificam com suínos ou leite para manter receita suficiente”, explica o presidente Erik Bosch. “O milho, hoje, quase não tem valor para nós. Agregar em carne ou em leite traz muito mais retorno”, acrescenta. SOCIEDADE E CONDOMÍNIO Opção discutida entre os cooperados da Agrária, a formação de sociedades ou condomínios para a produção no campo teve exemplos de benefícios e resultados apresentados durante o seminário. Melkstad é um grupo de cinco famílias de cooperados da Batavo que se uniram para rentabilizar mais com a produção de leite. Para o presidente Renato Greidanus, que é um dos participantes do projeto, a grande vantagem de atuar em sociedade é ganhar escala. Além do ganho econômico direto, ter escala representa aumento de eficiência. “Com isso, temos um prêmio por volume e também a possibilidade de especializar as atividades e a cadeia, aumentando a qualidade do leite, baixando os custos de produção e viabilizando melhor do que se a iniciativa fosse empreendida individualmente”, expõe. Em conjunto, os participantes do grupo Melkstadt fazem exclusivamente a operação de produção de leite. Separadamente, cada um aplica sua especialidade para somar esforços e integrar a cadeia. “Quem tem especialidade maior na produção de grãos, por exemplo, pode se tornar o fornecedor da forragem; quem tem a possibilidade de fazer a recria de animais atua nesta área. Com isso, aproveitam-se potencialidades de cada sócio no processo”. Outra opção, quando se fala em condomínio, é a unificação total. A Sekita Agronegócios é um exemplo de sociedade bem sucedida neste modelo de atuação. Nascidos no Paraná e produtores exclusivamente de grãos até a década de 1980, Makoto Sekita, o irmão e o cunhado apostaram na diversificação de atividades e união de esforços para crescer nas pequenas áreas adquiridas em Minas Gerais. “As propriedades têm, em média, 80 hectares e, se continuássemos plantando apenas soja, não teríamos resultados”, explica o agricultor. Hoje, com terras, plantio, máquinas, transportadora e beneficiamento unificados, os 44 sócios estão entre os maiores produtores brasileiros de cenoura, beterraba e alho, além da produção leiteira. A empresa estudou possibilidades que dessem o maior retorno na área que disponibilizavam. Em custos, cenoura e beterraba representam R$ 30 mil/ha e alho em torno de R$70 mil/ha. “Mas o cálculo que fazemos é que os resultados equivalem, na produção de grãos, aos de uma área dez vezes maior. Ou seja, 80 hectares de hortaliças dão rentabilidade de 800 hectares de soja”, ressalta. “Se nós não tivéssemos nos unido, não teríamos chegado até aqui. No início, a unificação de toda a atividade parecia, para alguns sócios, uma perda. Mas esse sentimento foi anulado e hoje crescemos muito mais do que previmos”, comemora. (esq. p/ dir.) Leonardo Garcia e Makoto Sekita, da Sekita Agronegócios, Renato Greidanus, presidente da Batavo, Frans Borg, presidente da Castrolanda, e Erik Bosch, presidente da Capal, apresentaram opções de gestão e diversificação Revista Agrária 7 Fotos: Arquivo Sekita Agronegócios DIVERSIFICAÇÃO Makoto: o plantio do alho é realizado manualmente, esse é um dos motivos do alto custo de produção A beterraba, assim como a cenoura e o alho, são culturas irrigadas na Sekita Já estar organizado em uma cooperativa facilita o estabelecimento de condomínios. Para o presidente da Capal, as atuais e novas gerações precisam valorizar o que já foi conquistado em cooperação e apostar nos benefícios da produção em sociedade. “Além disso, há a possibilidade da própria integração entre as cooperativas. A Capal, por exemplo, tem sido convidada para muitos projetos pela Batavo e Castrolanda, o que para nós e nossos cooperados é ótimo”, resume Bosch. GESTÃO Buscar alternativas, ainda mais na situação econômica atual, é tido como imprescindível para a manutenção e crescimento da rentabilidade no campo. Para que atuais e novas possibilidades gerem resultados, a boa gestão das atividades no campo tem sido cada vez mais enfatizada. O estudo, planejamento e acompanhamento da produção e a visão do sistema produtivo como um todo são integrantes importantes para o sucesso. A Sekita, por exemplo, implementou a 8 Revista Agrária A produção de cenoura foi implementada pela Sekita em 1988 pecuária leiteira visando, principalmente, reduzir custos de fertilização na produção agrícola. Além de atingir o objetivo e gerar resultados por si só com a comercialização de leite, os recursos provenientes da integração de agricultura e pecuária são utilizados também para compostagem, geração de energia através de biogás e produção de milho e capim para silagem. “Para qualquer atividade que for implementada na propriedade, o mais interessante é aproveitar o máximo de recursos que a fazenda apresenta e realizar esta integração”, aconselha Makoto. “Eu nunca pensei que me tornaria produtor de leite e hoje, além das vantagens que esta atividade traz para o sistema produtivo, com planejamento e busca de informações, temos condições de produzir mais leite do que a média”. Comandada pela filha Ana Paula e pelo genro Leonardo Garcia, a produção de leite teve um sistema de gestão próprio introduzido, o que têm contribuído para os resultados positivos. “Temos indicadores, registros, Iniciando a atividade leiteira com três animais em lactação, em 2008, a Sekita é, atualmente, o 6º maior produtor de leite do Brasil. dados e históricos. Com isso, tem-se um controle e acompanhamento muito maior da atividade. De perto ou longe, sabemos o que ocorre no dia a dia da produção e, ao invés de apagar fogo, conseguimos prever situações”, explica Garcia. Da mesma forma, o programa de gestão técnica e econômica da produção de leite, desenvolvido na Castrolanda, dá aos 27 participantes um panorama completo sobre sua atividade. Com a coleta de dados mensais, a cooperativa mune o associado com dados como eficiência, resultados econômicos e técnicos, análise econômica e composição de custos. Com essas informações, a tomada de decisões em relação à atividade tem embasamento e assertividade. “Nem sempre os cooperados ficam à vontade para disponibilizar todos os números, mas esta análise traz vários benefícios”, diz Borg. Planejamento, informações e tecnologia são classificadas como parte importante para que qualquer atual e nova atividade tenham sucesso. “São questões inerentes. Primeiro, é preciso visualizar o negócio, saber o que se pretende atingir e, a partir daí, buscar o que existe de melhor em termos de tecnologia e informação e tentar adaptá-las à própria necessidade. Para ter sucesso não é preciso tentar inventar nada novo, mas conhecer algo que já existe e adaptá-lo“, finaliza Greidanus, presidente da Batavo. DIVERSIFICAÇÃO CASTROLANDA BATAVO CAPAL SEKITA AGRONEGÓCIOS Sede: Castro, Paraná Fundação: 1951 Número de cooperados: 837 Principais atividades dos cooperados que diversificam: produção de grãos, pecuária leiteira, suinocultura e ovinocultura Percentual de cooperados que têm duas ou mais atividades: 70% Sede: Carambeí, Paraná Fundação: 1925 Número de cooperados: 777 Principais atividades dos cooperados que diversificam e percentual de cooperados que têm duas ou mais atividades, não foi informado. Sede: Arapoti, Paraná Fundação: 1960 Número de cooperados: 2011 Principais atividades dos cooperados que diversificam: produção de grãos, pecuária leiteira e suinocultura Percentual de cooperados que têm duas ou mais atividades: 60% Sede: Rio Paranaíba, Minas Gerais Fundação: 1990 Número de sócios: 44 Principais atividades: produção de cenoura, beterraba, alho, milho, trigo, soja e leite em uma área total de aproximadamente 3600 hectares. ficiente para criar um projeto e levar a Cooperativa a outras regiões. Mas o projeto está em constante discussão, principalmente quando alguma oportunidade se apresenta. Em julho, por exemplo, recebemos o vice-governador da Bahia, que nos trouxe uma proposta de investimentos em áreas para um grande projeto. RA: Qual foi o resultado das demais possibilidades de diversificação? A Revista Agrária conversou com o gerente agrícola da Cooperativa, André Spitzner, sobre os projetos de gestão e diversificação da atividade agrícola na Agrária. Confira! RA: Em 2011 a Agrária apresentou aos cooperados os projetos de sustentabilidade. Quais deles estão sendo realizados? AS: A Cooperativa vem estudando vários projetos de sustentabilidade ao longo dos anos. Das dez possibilidades discutidas com os cooperados, cinco estão em andamento, implantação ou estruturação. As atividades de suinocultura e bovinocultura de leite, nas quais já havia cooperados produzindo, estão tendo continuidade. Outros dois projetos terão definições importantes neste mês. A horticultura está em fase de estruturação e será apresentada ao Conselho de Administração. A ideia inicial, que envolvia apenas a produção de tomate, está se tornando mais abrangente com a inclusão, principalmente, de cebola e batata. Este projeto avançará e, a partir do momento em que houver uma área representativa, implementaremos assistência técnica especializada para fornecer suporte aos cooperados. Já o projeto fundiário local, em que a Agrária pôs um total de aproximadamente 1300 hectares de terras à venda com juros de 2,5% ao ano e prazo de até 15 anos para quitação, está em fase de análise dos fluxos de caixa dos inscritos. Em breve, os cooperados que apresentarem viabilidade para a compra de uma ou mais áreas, serão chamados para fechar o negócio. No projeto Novas fronteiras, iniciativas e viagens foram organizadas pela Agrária. Até agora, cooperados têm atuado de maneira isolada. Ainda não houve uma demanda unificada forte o su- AS: Na bovinocultura de corte, chegou-se à conclusão de que, até para não criar uma sobreposição, indicaríamos a associação na Cooperaliança aos cooperados interessados. Esta cooperativa realiza um trabalho muito interessante e bem feito, oferecendo estrutura especializada. A ovinocultura, pela viabilidade questionável, não se mostrou tão atrativa. O projeto relativo a transportadoras foi estudado com a área de logística da Agrária e, apesar de demonstrar-se com alguns riscos, houve um momento bom de financiamento de caminhões e alguns cooperados investiram no negócio e hoje estão prestando serviço para a Cooperativa. Na avicultura o número mínimo de cooperados e volume de produção não foi alcançado, resultando no engavetamento do projeto. A iniciativa de condomínio na produção agrícola, em princípio, não teve muitos cooperados interessados. Mas acredito que, principalmente estes dois últimos projetos, ainda são possibilidades bastante interessantes futuramente. RA: Qual a avaliação do andamento dos projetos de bovinocultura leiteira e suinocultura? AS: Para apoiar a produção de leite e suínos, aprofundamos nosso relacionamento com as cooperativas Castrolanda, Batavo e Capal. Além do know how que elas nos disponibilizam na área, nossos cooperados comercializam a produção de carne e leite às Unidades de Beneficiamento de Leite e Unidade Industrial de Carnes. O papel da Agrária é dar suporte do ponto de vista de gestão. Sabendo que precisamos melhorar para oferecer todo o apoio que podemos, internamente estamos realizando uma reestruturação no departamento de pecuária. Ainda em julho, ele se torna um setor agregado ao departamento comercial de grãos, que terá um coordenador responsável por gerir tanto a comercialização, quanto fomento e pecuária. Optamos por esta mudança por verificamos que, da forma que estava constituído, o coordenador de pecuária precisava ocupar boa parte de seu tempo com questões administrativas do departamento. Com a alteração, ele volta a assumir a função de assistente técnico, tendo disponibilidade muito maior para atender o cooperado, seja no escritório ou no campo. Assim, pretendemos tornar a assistência na gestão das atividades de leite e suínos mais efetiva. RA: Qual é o posicionamento da Agrária em relação à gestão e diversificação das atividades dos cooperados? Como cooperados e Cooperativa podem, em conjunto, fazer com que novos projetos tenham sucesso? AS: Discutir a sucessão e sustentabilidade da atividade agrícola é extremamente importante. Já nos últimos anos, a produção de grãos não tem deixado uma margem suficiente para que os pequenos consigam adquirir mais terras. A tendência é que os médios e grandes continuem crescendo e que os pequenos apresentem dificuldades para se manter no ramo. Nesse sentido, a Agrária dá apoio técnico e econômico para a estruturação de novas atividades: temos o departamento de atendimento ao cooperado para simular financeiramente a entrada em uma nova atividade e, no aspecto técnico, estudamos, buscamos tecnologia e informações. Mas a iniciativa tem que partir do próprio cooperado. A Agrária definiu que, para começar um projeto novo, o ponto de partida é a demanda do cooperado. Sentimos que esta posição é questionada, mas acreditamos que o próprio cooperado deve optar pelo que pretende para seu futuro e de sua família. Temos receio de tomar essa decisão por ele, é como decidir por um filho o que ele deve ser. Se a Agrária sentir uma demanda firme e real, ela vai se preparar, buscar o domínio da tecnologia, caso ainda não a tenha, empreender um esforço e estudar seriamente essa atividade, estando ela ou não entre os dez projetos de sustentabilidade iniciais, mas a iniciativa tem que vir do cooperado. Revista Agrária 9 COMUNICAÇÃO ESTRATÉGICA Leitores avaliam Informativo em Pesquisa de Satisfação Considerado estratégico na comunicação entre Agrária e seus públicos-alvo para 91% dos leitores, o Informativo Agrária realizou pesquisa, com sugestões já contempladas nesta edição da Revista A KLAUS PETTINGER o todo, 138 pessoas responderam à Pesquisa de Satisfação sobre o Informativo Agrária, realizada entre os dias 18 de maio e 5 de junho. Colaboradores, fornecedores e cooperados expressaram opiniões a respeito de diferentes assuntos, desde a importância do periódico no processo de comunicação até o grau de satisfação quanto a determinados temas. Diversas sugestões refletiram em melhorias já empregadas nesta primeira edição da Revista Agrária. A pesquisa era uma demanda estratégica e passará a ser realizada anualmente no novo periódico. “Ficamos satisfeitos em saber que estamos no caminho certo, mesmos cientes de que existem pontos importantes que podemos aprimorar”, observa o coordenador de marketing da Agrária, Arival Cramer. O aumento na quantidade de exemplares, no intuito de atingir o maior número possível de colaboradores, além da implementação de assuntos antes não abordados, são reflexo do atendimento às demandas expressas na pesquisa. “Sabíamos que nem todos os colaboradores tinham acesso ao Informativo. Pretendemos resolver isso com a tiragem de 2.000 exemplares e ações estratégicas junto aos departamentos. Outra questão bastante 10 Revista Agrária citada se referia a assuntos não abordados, como notícias sobre o agronegócio nacional e internacional, algo imediatamente implementado. Agradecemos por cada contribuição apontada na pesquisa”, frisa o assessor de imprensa da Agrária, Klaus Pettinger. Além das respostas, houve cerca de 80 sugestões descritas pelos leitores, as quais irão pautar o aprimoramento constante da Revista Agrária, ao longo das próximas edições. ESTRATÉGICO Perguntados sobre o papel do Informativo no processo de comunicação entre o leitor e a Agrária, 91% julgaram que o periódico desempenha função “importante” ou “muito importante”. Entre colaboradores, o índice é de 92%, e entre cooperados, de 89%. No cômputo geral, 7% demonstraram-se indiferentes, 2% apontam-no como pouco relevante e 1% considera-o irrelevante. Do total, 37% disseram ler o Informativo sempre, 51% quase sempre, 15% só quando algum assunto lhes interessa e 1% não costuma ler. COMUNICAÇÃO ESTRATÉGICA PAPEL DO INFORMATIVO NO PROCESSO DE COMUNICAÇÃO ENTRE O LEITOR E A AGRÁRIA 7% 1% 1% 27% 64% Muito importante Muito importante Importante Importante Indiferente Indiferente Pouco importante Pouco importante Irrelevante Irrelevante GRAU DE SATISFAÇÃO De uma forma geral, 77% dos leitores estão “satisfeitos” ou “muito satisfeitos” com a forma como o Informativo trata assuntos de interesse dos públicos-alvo, contra 9% que se disseram “insatisfeitos” ou “muito insatisfeitos” (11% demonstraram-se “indiferentes” e 3% não responderam esta questão). Neste quesito, observou-se maior demanda por divulgação de assuntos como: “inovações”, “projetos novos ou em execução”; “ações internas dos departamentos” e “novidades tecnológicas” (confira nas estatísticas da p. 12). Por outro lado, “assuntos cotidianos da Agrária” alcançou o maior índice: 85%, entre satisfeitos e muito satisfeitos. Outros dois temas tiveram percepção semelhante dos leitores: “agricultura (Gerência agrícola, FAPA, assistência técnica, etc), com 81%, e “unidades de negócios (Indústrias) e produtos da Agrária”, com 78% de satisfeitos e muito satisfeitos. Quanto aos aspectos gerais do Informativo, os pontos mais bem avaliados são a diagramação (disposição de textos e imagens na página), com 91% de satisfeitos ou muito satisfeitos, periodicidade, com 88%, qualidade do papel, com 92%, e impressão, com 94% (veja as estatísticas completas na p. 12). PÚBLICO PARTICIPANTE Colaboradores 11885,5% Cooperados 1913,8% Fornecedores Total de participantes: 10,7% 138 100% Revista Agrária 11 COMUNICAÇÃO ESTRATÉGICA GRAU DE SATISFAÇÃO QUANTO ÀS MATÉRIAS PUBLICADAS SOBRE 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% AGRICULTURA GESTÃO INTERNA E COOPERATIVISMO AÇÕES INTERNAS DOS DEPARTAMENTOS SEGURANÇA OCUPACIONAL MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE INOVAÇÕES A Pesquisa de Satisfação do Informativo registrou a participação espontânea de 118 colaboradores, 19 cooperados e um fornecedor. Havia a possibilidade de participação online (pelo Portal do Cooperado e Intranet), bem como pelo preenchimento de formulário anexo à edição de maio do Informativo. PROJETOS NOVOS OU EM EXECUÇÃO UNIDADES DE NEGÓCIOS E PRODUTOS NOVIDADES TECNOLÓGICAS AGRONEGÓCIOS (FORA DA AGRÁRIA) Muito importante Pouco importante Importante Irrelevante Indiferente Sem resposta COTIDIANO DA AGRÁRIA GRAU DE SATISFAÇÃO QUANTO A 12 Revista Agrária CONTEÚDO DAS NOTÍCIAS DIAGRAMAÇÃO 56% 18% PERIODICIDADE QUALIDADE DO PAPEL 6% 8% 10% 1% 1% 7% 13% 7% VARIEDADE DE ASSUNTOS POR EDIÇÃO 2% 0% 1% 7% 10% 5% 3% 12% 30% 18% 23% 40% QUALIDADE DA IMPRESSÃO 13% 7% 3% 2% 38% 50% 20% 57% 60% 38% 54% 70% 68% 80% 70% 78% 90% 70% 100% PRAZO DE ENTREGA MERCADO Agrária Farinhas lança campanha e apresenta novas embalagens da Especialíssima e Bom Prato L KATRIN KORPASCH ançada oficialmente no dia 23 de junho, a nova campanha de marketing das farinhas domésticas da Agrária é integrada por diversas ações e divulgação em meios de comunicação. Nas duas primeiras semanas de julho, quem passou por supermercados de 12 municípios da região de Guarapuava pôde conferir ainda mais de perto as novidades. Durantes este período, as embalagens repaginadas da Especialíssima e Bom Prato atraíram os olhares dos consumidores, que receberam brindes e foram convidados a degustar receitas preparadas com os dois produtos. De acordo com a analista de produtos e negócios, Rafaela Lacerda Silva da Costa, a renovação da identidade visual é a principal inovação que vêm chamando a atenção na campanha. “Aproveitamos esse momento para a modernização do layout por que nosso consumidor já conhece e consegue diferenciar nossos produtos e para unir a percepção da nova campanha às novas embalagens”. Enquanto o comercial de rádio da Bom Prato tem a participação de Cezar Lima, morador de Entre Rios e que foi campeão do programa Big Brother Brasil 15, as novidades da Especialíssima incluem a participação de Kiara Limberger, da Kiara Cakes, e Zaelita Lopes, da Lopes Panificação. Junto com bolos e pães que são suas especialidades, ambas estão presentes, por exemplo, nos comerciais de televisão, cards colecionáveis de receitas, Fanpage no Facebook e Hotsite do produto. “Além de utilizarem demais farinhas industriais de nosso portfólio, as principais delícias preparadas por Kiara e Zaelita são feitas com Especialíssima”, explica Rafaela. A auxiliar administrativa Ana Szimanouski e a receita de seu Bolo Especial de Morango também estão nos materiais de divulgação da farinha. Ana foi a vencedora do concurso de culinária “Mãe que é especialíssima ganha prêmios”, promovido durante a Festa Mais Doce da Cidade, em maio. Além de premiações, Ana foi escolhida para integrar a campanha. “Desde criança eu gosto de fazer bolos e de morango é a minha especialidade. Para ficarem saborosas, todas as minhas receitas são feitas com a Especialíssima, em casa só usamos ela”, diz. ESTRATÉGIAS E POSICIONAMENTO DE PRODUTOS Desde a entrada em vigor da nova campanha, a farinha Agrária deixou o portfólio de produtos do moinho da Cooperativa. Especialíssima e Bom Prato tiveram seu posicionamento de mercado revisto e reforçado. A diretriz, estabelecida com base em amplas análises e estudos, evidencia os atributos de qualidade da Especialíssima e economia proporcionada Revista Agrária 13 CAMPANHA FARINHAS pela Bom Prato. “O foco da Especialíssima é a excelente qualidade. A campanha demonstra que ela é a farinha das melhores receitas e, quem mais entende de cozinha, usa e indica Especialíssima – desde quem prepara receitas em casa até o ramo profissional”, resume Rafaela. “Já a Bom Prato é nosso produto de combate, trazendo a proposta de economia. Ela é perfeita para preparar o pão de cada dia e as receitas cotidianas pelo melhor preço”, explica a analista. De acordo com o coordenador comercial da Agrária Farinhas, Guilherme Anizelli, a expectativa, oferecendo aos consumidores um produto de alta performance e um de baixo preço, “é consolidar ainda mais a qualidade da marca Especialíssima e atingir um volume maior de vendas da Bom Prato”. CAMPANHA É APRESENTADA EM ENCONTRO COM COLABORADORES DA AGRÁRIA FARINHAS Durante um encontro no moinho de trigo da Agrária, a analista de negócios e produtos da unidade, Rafaela Lacerda Silva da Costa, apresentou a nova campanha aos colaboradores da unidade. “Nossos colaboradores participam e contribuem com todo o processo do negócio, dos cuidados com a qualidade na linha de produção à divulgação da marca. Por isso é importantíssimo que eles conheçam, em primeira mão as novidades”, explica o coordenador do moinho de trigo, Rudolf Gerber. Para Wanessa Martins e Anderson Lass Santos, que trabalham na produção, a iniciativa foi válida. “Foi muito interessante, pois conhecendo as novidades já vamos começando a divulgar, comunicar as mudanças”, analisa Wanessa. “A apresentação das novas estratégias foi bem esclarecedora e o material de divulgação também ficou bem interessante”, completa Anderson. Daniel Charneski, também do setor de produção do moinho concorda. “Estamos sempre acompanhando os produtos da Agrária Farinhas no mercado. Trabalho no moinho fabricando a farinha e a consumo em casa. É uma cadeia, mantemos e atestamos a qualidade dos produtos para passarmos aos consumidores, incluindo a nós”. Visite o hotsite e a Fanpage no Facebook. Acesse www.especialissima.com.br e www.facebook.com/AgrariaFarinhas ou utilize os QR Codes abaixo: As ações em pontos de vendas foram realizadas entre 1º e 10 de julho em supermercados de Entre Rios, Guarapuava, Ivaiporã, Cantagalo, Ponta Grossa, Foz do Jordão, União da Vitória, Imbituva, Cruz Machado, Prudentópolis, Palmeira, São Mateus do Sul e Pitanga. Em 2014, a campanha da Especialíssima contou com três chefes de cozinha que utilizam a farinha das melhores receitas em suas preparações. Neste ano, as referências da gastronomia regional participantes são Kiara e Zaelita. Além disso, a novidade é a participação de quem prepara suas receitas com Especialíssima em casa, para a família, como a Ana. Afinal, quem mais entende de cozinha, usa e indica Especialíssima – desde quem prepara receitas em casa até o ramo profissional 14 Revista Agrária ESPECIAL – COOPERATIVISMO A FORÇA HUMANA do Cooperativismo KATRIN KORPASCH e KLAUS PETTINGER eu pai levava toda a safra em carroça, ao longo de 40 quilômetros, até a cidade vizinha, onde a negociava em um centro comercial. Não havia cooperativa, só alguns poucos se associavam. Logo, vendíamos conforme o preço que conseguíamos. A viagem de ida durava cerca de quatro horas e fazíamos o trajeto sempre que o dinheiro apertava. Aos meus 12, 13 anos eu já ia junto com ele, até que chegou a época em que tivemos que fugir”. O relato, que poderia se enquadrar a diversas realidades do agronegócio brasileiras, faz parte dos primeiros anos de vida do pioneiro Johann Geier, no início da década de 1940, em sua cidade natal: Obresch, na extinta Iugoslávia. Com a emigração ao Brasil, um fator tornou-se fundamental no estabelecimento e desenvolvimento do distrito de EnApós deixar a “Antiga tre Rios: o cooperativismo. Pátria”, em 1944, em Neste cenário, o destino e decorrência da Segunda o trabalho árduo, dia após Guerra Mundial, os Suábios do Danúbio dia, transformaram homens encontraram refúgio na e mulheres em símbolos de Áustria, onde grande um espírito de coletividaparte trabalhou para de. “O plantio de milho era famílias de agricultores. Em 1951, a partir de prorealizado em sete ou oito jeto da Ajuda Suíça para hectares. De forma manual. a Europa, com apoio do Ao longo do terreno de 500 governo brasileiro, 500 metros de comprimento, eu famílias vieram ao país e fundaram as cinco carregava sobre os ombros colônias que formam o um saco cheio de fertilizan- “ distrito de Entre Rios, em Guarapuava (PR). te. Meu sogro seguia à frente para fazer os dos e de toda a Agrária. “Você precisa necessulcos na terra. Eu vinha atrás e jogava, passo sariamente consorciar os princípios cooperatia passo, o adubo, enquanto a minha cunhada, vistas com uma boa gestão, para garantir a logo depois, lançava a semente de milho. Isso perpetuidade e os princípios, e não fugir da se sucedia durante vários dias”, explica a pio- essência”, observa o superintendente da Agráneira Irma Geier, 83, esposa de Johann, que ria, Adam Stemmer. Um formato de interesses múhoje, aos 88 anos, ainda tuos, que no caso da Agrária conta é um cooperado ativo. A Cooperativa Agrária foi com a fidelidade total do cooperado Assim que se estaconstituída em 5 de maio e possibilitou a superação de crises, o beleceu, Geier foi emde 1951, com o intuito de apoiar o desenvolvimento crescimento sustentável, o desenvolpregado pela Agrária. agrícola e social, bem vimento de planejamentos estratégiSua função, porém, ia como preservar a cultura cos, o investimento social e educacioalém de trabalhar para das famílias suábias nal, bem como a preservação cultural garantir o sustento dos da comunidade. “Percebo que a familiares. Durante dez anos, o pioneiro acordava cedo para dirigir Agrária se preocupa com o futuro. No ano equipamentos agrícolas comunitários: cada passado tivemos varias reuniões, propostas colônia tinha apenas um trator e três colhei- de diversificações, ou seja, ela está fazendo tadeiras. Ao lado de colegas de profissão, sua parte, pois sabe que está ficando cada vez ele limpava e arava a terra de dezenas de mais difícil de adquirir novas áreas”, observa o famílias, transportava árvores transformadas cooperado há dois anos, Christoph Ritter, 22. No mês do Dia do Cooperativismo, coposteriormente em tábuas para as casas e barracões e, ao final do ciclo, fazia a colheita. memorado mundialmente em 4 de julho, a Assim como no trabalho de Geier, o espírito Revista Agrária traz matéria especial sobre comunitário reinava e impulsionava o vaga- os elos que envolvem uma complexa rede roso, sacrificante e, muitas vezes, temerário interrelacionada. A manutenção do espírito cooperativista passa pelo olhar comum, com desenvolvimento da colônia. Seis décadas e meia depois, apesar de a possibilidade de crescimento individual. muitas vezes desacreditado, o cooperativismo Sempre com o olhar para um negócio suslevou a colônia de suábios a se tornar referên- tentável para toda a cadeia produtiva. Concia de produtividade agrícola no Brasil e, em fira nas próximas páginas o apoio e incentivo certa escala, mundialmente. A filosofia ainda dado pela Agrária a cooperados, colaboradoencontra ancoradouro na vida dos coopera- res e comunidade. “A pesquisa é uma base importantíssima para que o cooperado comece o seu trabalho com o pé direito”, analisa o gerente agrícola, André Spitzner. PESQUISA INFOS Fluem ao cooperado nos dias de campo regionalizados, de verão e no WinterShow, bem como em reuniões de divulgação dos resultados da pesquisa e no cotidiano com pesquisadores e assistência técnica. O cooperado da Agrária tem na FAPA (Fundação Agrária de Pesquisa Agropecuária) a segurança de iniciar sua produção sempre com materiais testados e aprovados. Os ensaios desenvolvidos na região de atuação da Agrária baseiam-se em necessidades de cooperados (produtividade) e das indústrias (qualidade). São oito áreas de pesquisa e atualmente 12 pesquisadores. Todos os produtos utilizados no campo são validados antes de serem repassados para recomendação dos agrônomos. “Temos produtividades que crescem anualmente, com médias acima das brasileiras de forma considerável”, observa o coordenador da FAPA, Leandro Bren. ASSISTÊNCIA TÉCNICA Sem vínculo comercial, a assistência técnica da Agrária conta atualmente com 12 grupos de agrônomos. “A confiança mútua é total e o agrônomo muitas vezes tem o papel de amigo e isso faz com que o anseio pela produtividade se realize”, observa o coordenador da assistência técnica, Leandro Bren. Os indicadores do departamento favorecem a busca constante pelo aprimoramento profissional dos agrônomos. “O agrônomo é contratado, treinado, monitorado e estimulado para que o cooperado ganhe dinheiro. Por isso, tentamos ter um corpo funcional altamente preparado para prestar o melhor serviço”, reforça André Spitzner. Da mesma forma, o apoio diário do cooperado em monitorar a lavoura é fundamental para que todos os objetivos sejam atendidos. 16 Revista Agrária Há casos em que o relacionamento profissional entre agrônomos e cooperados chega a mais de 30 anos, o atendimento visa unicamente apresentar e implementar os melhores resultados observados na pesquisa. “Visando a sustentabilidade, disponibilizamos assessoria financeira e comercial e atuamos como um canal de comunicação entre os produtores e a administração da Agrária em termos gerais. Por atendê-los diretamente, recebemos e levamos suas demandas, sugestões e questionamentos às respectivas áreas”, ressalta a coordenadora do departamento, Elisabeth Stader. “Estamos alinhados para fornecer insumos com preços competitivos e qualidade adequada, buscando satisfação e sustentabilidade para Cooperativa e cooperados”, explica o coordenador do departamento de Insumos, Bruno Dandolini. ATENDIMENTO O departamento de Atendimento ao Cooperado tem importância estratégica para o associado. Em termos de gestão, a área é a principal interface do cooperado com a Cooperativa. Acompanhando dados de custos de produção, produtividade, rentabilidade e comercialização, a equipe disponibiliza relatórios de fechamento de safra e situação financeira. No departamento, também são elaborados, calculados e analisados fluxo de caixa, projetos de custeios agrícolas, securitizações e investimentos, bem como projetados resultados com vendas de grãos e novas atividades. Adicionalmente, analistas e assistentes intermediam determinados aspectos com instituições financeiras e governamentais. O Portal do Cooperado, gerenciado pelo Atendimento, possibilita o acesso ao extrato financeiro, opções de vendas, opções comercializadas, posição física do estoque, movimentações por romaneio e solicitações de recursos. “Também apoiamos as áreas de insumos e comercialização de grãos por intermediar o registro e análise de solicitações, opções de vendas e reserva de insumos”, acrescenta Elisabeth. A capacidade de disponibilizar e certificar 100% da demanda dos cooperados torna a Unidade Sementes estratégica na garantia da qualidade produtiva, desde o início do cultivo. INSUMOS No suprimento de produtos empregados na atividade agrícola, o cooperado conta com o suporte de uma área especializada. A equipe realiza a gestão do planejamento, aquisição, recepção, armazenagem, expedição e monitoramento da qualidade dos produtos usados no campo. “As reservas são efetuadas junto aos agrônomos da Cooperativa e com o suporte de informações técnicas da FAPA. Assim, associa-se eficiência técnica à competitividade comercial, maximizando, ao cooperado, o custo-benefício dos produtos, princípios ativos e manejos”, ressalta. O departamento também administra o fornecimento de óleo diesel. “Estamos buscando melhorias no monitoramento da qualidade de todos os produtos através do aumento de amostragens, análises, visitas, estabelecimento de padrões de qualidade (SLA) e classificação de fornecedores”, acrescenta Bruno. “A fidelidade de nossos cooperados nos permite realizar as compras de forma organizada e centralizada, otimizando recursos, captando oportunidades e estabelecendo relacionamentos duradouros com os fornecedores”. Além dos próprios cooperados e da Agrária, esta relação estende seus benefícios à comunidade através de projetos sociais e ambientais como Mata Verde, Atlas Ambiental, Reciclando e Sempre Alerta, apoiados pelos fornecedores parceiros do departamento de Insumos. UNIDADE SEMENTES “As sementes são produzidas em casa com o acompanhamento dos nossos técnicos: é uma questão de qualidade”, frisa o gerente operacional, Oldir Frost, que acrescenta: “A boa produtividade começa com boa semente na hora do plantio”. Até 30 de junho deste ano, a unidade contabilizava a entrega de 99% de sementes de cevada e 70% das de trigo para a safra de inverno 2015. Ao todo, foram solicitadas 34 cultivares diferentes: número que almeja-se reduzir para garantir a qualidade do atendimento. Todas as variedades disponíveis foram antes testadas e aprovadas pela FAPA, para então serem disponibilizadas para multiplicação. Posteriormente, as sementes são beneficiadas e tratadas, de modo a atender as demandas do cooperado e também a comercialização externa. Revista Agrária 17 COMERCIALIZAÇÃO O departamento comercial de grãos oferece opções, como venda antecipada – em real ou dólar, contabilizando Chicago, prêmio e câmbio; venda da produção armazenada na fazenda – embarque direto; venda de lotes específicos e venda de lotes disponíveis. De acordo com o especialista de mercado, Fernando Stoetzer, todas as modalidades são efetuadas por opção de venda do cooperado, dando a ele a vantagem de optar tanto pelo momento quanto pelo valor com que deseja comercializar sua produção. “Os benefícios alcançados pela área comercial são repassados ao produtor no momento da venda, pois atuamos com preço de lote e não de balcão”, explica. “Assim, o cooperado sempre recebe o preço máximo praticado pelo mercado, não há retenção de valor para posterior bonificação”, completa. Para auxiliar o associado na tomada de decisão, diariamente o comercial de grãos emite relatórios sobre o mercado, preços praticados na região e em outras praças do Paraná e Brasil, perspectivas sobre o clima e referências sobre o andamento das safras em outras áreas produtoras. “Estamos trabalhando em outras formas de apoio e, em breve, os cooperados terão à disposição, através do celular, cotações de mercado, câmbio, notícias entre outras ferramentas”, ressalta. A Cooperativa dispõe de uma estrutura de apoio para a comercialização da produção do cooperado, atendendo aos requisitos de clientes internos e externos e buscando a melhor remuneração possível para proporcionar ao produtor a rentabilidade máxima de sua atividade. ARMAZENAGEM A gerência operacional abarca áreas que incorporam em si mesmas a metáfora dos elos de uma cadeia fechada de produção. Ao mesmo tempo em que a Unidade Sementes pode ser visto como o início do trabalho produtivo do cooperado, as Unidades Cereais representam seu final. As sementes beneficiadas, tratadas e cerificadas no padrão de qualidade da Agrária retornam, meses depois, multiplicadas em centenas de milhares de toneladas, às unidades de armazenagem disponibilizadas para escoar a safra da forma mais efetiva possível. “A Agrária está sempre preocupada, pois a armazenagem é destinada tanto às indústrias quando aos cooperados, que têm total preferência em época de safra”, observa Frost. “Conhecemos pessoas que não eram cooperados e tinham a preocupação quanto à entrega do produto, confiabilidade nas análises e garantia de chegar e poder descarregar, além da própria comercialização. Hoje estas mesmas pessoas são cooperadas da Agrária”, reforça. “A implementação destas formas de gestão torna a atividade dos cooperados mais competitiva e alinhada à missão e valores da Cooperativa com profissionalização da propriedade, redução de perdas nos processos e capitalização da empresa rural”, esclarece o analista de gestão da qualidade da Agrária Julio Alberto de Campos. CERTIFICAÇÕES A cada safra, o mercado tem se tornado mais exigente quanto à qualidade dos produtos. Atendimento a demandas específicas e propriedades rurais que cumprem determinadas certificações são possibilidades para manter a competitividade, agregar valor à produção, participar de mercados especializados e usufruir de vantagens comerciais. Através do PACR (Programa Agrária de Certificação Rural), a Agrária assessora os cooperados em cinco áreas de certificação das propriedades rurais: 5S Rural, Gerenciamento da Rotina, Gestão Ambiental, Saúde e Segurança Ocupacional e Gestão de Pessoas. Para participar do PACR, os cooperados podem solicitar à gerência de Gente e Gestão o diagnóstico e inclusão no programa de uma ou mais áreas de certificação. “Cada um tem requisitos próprios e as assessorias são realizadas por equipes e com ferramentas específicas”. Tido como um dos maiores gargalos do agronegócio nacional, a armazenagem de grãos tem na Agrária uma capacidade atual de aproximadamente um milhão de toneladas, somando-se as unidades de Pinhão, Colônia Vitória e Guarapuava – esta última iniciou recentemente a ampliação para 280.000 t adicionais. FALA COOPERADO Ser ‘cooperário’ (cooperado + funcionário) permite ter uma visão de dois ângulos diferentes da mesma organização. O desafio é aproveitar este conhecimento para o aprimoramento e melhorias nos processos diários, visando satisfação dos clientes internos e externos, rumo ao crescimento da cooperativa. É imprescindível que o ‘cooperário’ esteja totalmente alinhado com os princípios e valores da Agrária, atuando com ética e humildade.” No caso da nossa família, a Agrária é fundamental: agrega valor à nossa produção, tem a pesquisa e assistência técnica cedidas pela cooperativa e tudo isso é indispensável. Especialmente no meu caso, pois ainda sou novo e tenho pouca experiência. Atualmente, estudo na faculdade à noite e ajudo n agricultura durante o dia. Já inseri em nossa propriedade parte do conhecimento que adquiri em sala de aula”. Christoph Ritter, 22, cooperado há dois anos e cursando o último ano de agronomia. Claudia Hertz, cooperada e colaboradora do departamento Atendimento ao Cooperado desde 2006 Lembro-me como a vizinhança era muito boa: quando chegava a época de cobrir o telhado de uma casa ou barracão, todas vinham ajudar. Crianças, jovens, adultos, todos formavam filas e passavam as telhas de mão em mão. Em apenas meio dia, o telhado estava coberto. Essa ajuda mútua sempre foi um diferencial”. Irma Geier, 84, sobre o espírito de cooperação vigente nos primeiros anos de construção do distrito de Entre Rios, na década de 1950. O cooperativismo foi o suporte principal ao longo dos 64 anos de Entre Rios, tudo estava ligado a ele”. Johann Geier, 88, colaborador da Agrária nos primeiros dez anos de fundação e até hoje cooperado ativo. GESTÃO, RECONHECIMENTO E CRESCIMENTO A Agrária adota um modelo de gestão comparável às melhores empresas do mundo, propiciando o desenvolvimento dos colaboradores nas melhores práticas de gestão disponíveis”, enfatiza o gerente de Gente e Gestão da Cooperativa, Mauro José Vanz. Periodicamente, os colaboradores recebem um feedback de seu trabalho. A avaliação de desempenho possibilita que cada um conheça suas potencialidades e pontos de melhoria, permitindo adequações e consequente crescimento e ascensão em termos de carreira e remuneração. “Também através do modelo de recrutamento e seleção aberto e democrático, possibilita-se que, no decorrer do tempo se ascenda na carreira”, comenta o gerente. Além de contar com a participação nos resultados, o sistema de remuneração da Agrária é estruturado de forma técnica. Baseada na meritocracia e utilizando a pesquisa salarial para determinar as tabelas de salários, a Cooperativa visa remunerar seus colaboradores de forma justa, considerando o mercado de trabalho e os requisitos e responsabilidades de cada cargo. OPORTUNIDADES Outro destaque é o investimento da Agrária na capacitação e formação profissional de alta qualidade dos colaboradores. “Apoiamos e incentivamos cursos e treinamentos internos e externos, desde participações em fóruns e congressos, até especializações, mestrados e doutorados”, explica Mauro. Em 2014, foram iniciadas as atividades da Agrária Universidade. Abrangendo diversos módulos de educação corporativa, a universidade tem como objetivos a otimização do método de capacitação atual, bem como o aprimoramento e retenção do conhecimento gerado. A estruturação tem previsão de conclusão em 2017, quando a Agrária Universidade entrará em plena operação. MOTIVAÇÃO Atuando em conjunto, a gerência de Gente e Gestão e o departamento de Marketing estruturaram um projeto de endomarketing que será lançado em agosto. O objetivo é executar as ações voltadas aos colaboradores de forma mais estruturada. “Visamos, através do projeto, promover um ambiente de trabalho motivador, seguro, saudável e capaz de atrair e reter os melhores talentos e facilitar o atingimento das metas do propósito estratégico da Agrária”, explica o analista de marketing e comunicação da Cooperativa, Rodrigo Roman. Para isso, o projeto é composto por um conjunto de ações divididas em sete programas estratégicos e sob o guarda chuva da marca “Ser Agrária”: Mãos Dadas Pela Segurança, Bem-Estar, Inovação, Bem Informado, Programa Crescer, Integração e Foco do Cliente. 20 Revista Agrária FALA COLABORADOR Desde o meu primeiro dia na Agrária, percebi o quão importante ela é para Entre Rios e para Guarapuava. A preservação da cultura suábia deve-se aos esforços da comunidade, juntamente com o apoio incondicional da Cooperativa e, para o município, a importância econômica da Agrária é indiscutível. É bom poder fazer parte de uma empresa sólida, que possui uma história tão fascinante de grandes lutas, mas, principalmente, de grandes vitórias, e que não está parada no tempo, mas tem os olhos voltados para o futuro. O que mais me emociona ao trabalhar aqui é exatamente a inserção da Cooperativa na comunidade, ver que posso dar continuidade ao trabalho de muitos pioneiros e, mesmo não sendo natural de Entre Rios, me sentir parte dessa história. Diferentemente de outras empresas, aqui nos sentimos parte da família, pois nos relacionamos emocionalmente com o nosso trabalho. Trabalho aqui não falta, mas oportunidades de crescimento profissional surgem a todo o momento. Para aproveitá-las, é preciso estar preparado, seja com o conhecimento em idiomas ou especializações em áreas específicas.” Camila Cristina da Silva, departamento Comercial de Malte Colaboradora da Agrária desde 2014 A Cooperativa Agrária sempre foi um modelo de organização e, desde a época de minha graduação, sempre imaginei se poderia trabalhar aqui um dia. Como colaborador, pude conhecer as grandes diferenças em relação a outras empresas. A valorização do colaborador desde o primeiro dia de trabalho, as oportunidades de evolução pessoal e profissional, o desenvolvimento de atividades e a melhoria contínua dos processos com qualidade e respeito ao meio ambiente, as ações em apoio à comunidade e instituições de caridade, as inovações na formação do colaborador, no atendimento aos cooperados e o suporte às famílias, são fatores notáveis desses diferenciais. A expressiva visibilidade do nome Agrária é, sem dúvida, o reflexo das diversas atividades que a Cooperativa desenvolve em prol do fortalecimento do cooperativismo e sua abrangência a todos que a mantém. É um orgulho trabalhar nax Agrária e poder contribuir para que ela esteja sempre entre as melhores empresas do Brasil.” Andrey da Silva, departamento de Tecnologia da Informação Colaborador da Agrária desde 2012 Ser cooperado é buscar produtividade e qualidade na produção agrícola com o uso de recursos otimizados pela cadeia cooperativista. Ser colaborador é receber esta produção e torná-la diferenciada no mercado agroindustrial no qual a Cooperativa atua. Atingir este diferencial é o desafio contínuo quando se assume um posto de colaborador na Agrária. Posso dizer que a visão da organização quando se é, simultaneamente colaborador e cooperado, é muito abrangente e auxilia a entender melhor os trâmites, iniciativas e estratégias adotadas; não apenas em relação ao rumo e objetivos que a Cooperativa pretende alcançar, mas também ao meio e recursos com os quais pretende fazê-lo. A Agrária representa comprometimento, tanto com cliente quanto com fornecedor. Desta forma, a parceria com colegas colaboradores e demais cooperados é intrínseco às atividades que exerço.” Cássia Fassbinder, cooperada desde 2010 e colaboradora do departamento de Projetos desde 2011 Revista Agrária 21 COLABORANDO NA CONSTRUÇÃO DA HISTÓRIA 22 VALÉRIO TOMASELLI 40 ANOS DE AGRÁRIA MARIA DOLORES SCHNEIDERS 35 ANOS DE AGRÁRIA VALDOMIRO CARLOS HANYCZ 35 ANOS DE AGRÁRIA ”Em 1970 eu tinha terminado o segundo grau de agropecuária em São Leopoldo (RS) e me indicaram para a vaga de professor de agricultura do Colégio Imperatriz. Na entrevista, o Sr. Mathias (Leh, ex-presidente da Agrária) me disse: quero que você trabalhe para que os alunos tenham amor pela terra, porque eles serão agricultores e desde cedo eles têm de gostar desta área. Assim, comecei a caminhada como professor de técnicas agrícolas. No ano seguinte fiz vestibular de matemática na antiga Fafig (atual Unicentro) e me formei. Como havia muitos alunos, dei aula de agricultura e matemática. A cooperativa sempre foi uma entidade que nos via como participantes da comunidade, não apenas colaboradores. Fazíamos festa de São João, Dia dos Pais, joguei futebol pelo Entre Rios, no qual fui técnico do time juvenil. Sou de origem italiana, mas fui muito bem aceito, fiz grandes amizades aqui. A Agrária sempre teve a visão do todo, e a fundação da pesquisa foi o marco maior da visão da cooperativa, pois oferece ao produtor a certeza do que se precisa para ter sucesso no trabalho. Hoje somos referência em produtividade e qualidade: eu admiro o trabalho desses agricultores! Tanto eu quanto a Aurea (Tomaselli, esposa e também professora do Colégio) nos sentimos parte de uma comunidade que é única.” “Minha maior motivação é trabalhar pela preservação da nossa história. Para que tudo se mantenha com orgulho pelas próximas gerações a cultura, a tradição, o idioma, tudo o que nossos pais e avós construíram. E até onde eu puder contribuir para que isso se realize, eu o farei. Comecei a trabalhar na Agrária em fevereiro de 1978. Terminei o segundo grau e o primeiro passo, naquela época, era começar a trabalhar na Agrária. Iniciei na Secretaria, que então abrangia várias funções e aprendi diversas coisas importantes. Depois da Secretaria passei pelo Jugendcenter como líder de jovens, e posteriormente, a partir de 1991, comecei a trabalhar efetivamente no Museu. Acompanhamos muitas evoluções na Agrária: quando entrei, a maltaria, por exemplo, estava em construção e agora veja no que ela se transformou. Sempre quando há algo, um prêmio novo conquistado pela Agrária, nós temos orgulho, até porque podemos falar disso no Museu, como se fosse uma parte nossa e do nosso trabalho. Também foi professora de Heimatkunde (história suábia) e adorava fazê-lo. Se apenas um pouco do meu ensinamento ficou com o aluno, estarei satisfeita, pois saberei que alguma sementinha foi plantada”. “Lembro bem quando entrei: foi em 7 de fevereiro de 1980. Por coincidência, no dia 7 de fevereiro de 1995 passei para a FAPA. Iniciei no departamento técnico, que na época funcionava em conjunto com a pesquisa. Primeiro fui operador de máquinas, com o passar do tempo comecei a mexer com oficina e passei a mecânico de veículos e, finalmente, a mecânico agrícola, minha função atual. Sempre gostei de invenções e ganhei o apelido de “professor pardal”. Fomos três vezes campeões do CCQ (Círculo de Controle de Qualidade), criando implementos, máquinas e ferramentas, que não se encontrava no mercado, para atender nossas necessidades. Gosto do que faço e isso foi um dos motivos para estar aqui há tanto tempo. Além, claro, da liberdade que os pesquisadores e os diferentes coordenadores ao longo do tempo me deram para eu trabalhar e inventar algumas coisas. A Agrária é realmente um local muito bom para se trabalhar”. Revista Agrária Obrigado! OMUNIDAD GERÊNCIA SOCIOCULTURAL Através da gerência Sociocultural, a Agrária oferece estrutura na área saúde, educação e cultura para a comunidade de Entre Rios e região. FUNDAÇÃO CULTURAL SUÁBIO-BRASILEIRA A Fundação Cultural Suábio-Brasileira atua para manter vivas as raízes e identidade dos fundadores de Entre Rios e da Agrária. Para manter e promover a cultura e história dos Suábios do Danúbio, a Fundação coordena grupos culturais, escola de música, Museu Histórico, Rádio Universitária Entre Rios, Revista Entre Rios, Jugendcenter e promove eventos culturais. “A preservação da tradição permeia a vida da comunidade e da Cooperativa. A história de empenho e superação de nossos pioneiros nos proporcionaram a oportunidade de chegar até o patamar atual e alçar vôos mais altos, alcançando novos desafios e projetando o futuro. É importantíssimo, e é missão da FCSB, manter e incentivar a cultura suábia”, enfatiza a gerente sociocultural Viviane Schüssler. FUNDAÇÃO SEMMELWEIS O Hospital e a Farmácia Semmelweis atendem a comunidade de Entre Rios e pacientes de Guarapuava e região. “Nosso objetivo é oferecer um ambiente tranquilo e agradável para atendimentos e consultas eletivas nas especialidades que possuímos – clínica médica, pediatria, ginecologia e obstetrícia, cardiologia e neurologia – e internamentos de baixa complexidade”, ressalta a coordenadora da fundação, Andrea Milla Caus. Na instituição também são realizados diversos exames complementares, casos de urgência e emergência são estabilizados e encaminhados para hospitais de grande porte. Ao lado da Agrária, a Fundação Semmelweis conta com apoio da comunidade, cooperados e colaboradores da Cooperativa, além de empresas parceiras. COLÉGIO IMPERATRIZ DONA LEOPOLDINA Dedicado à formação integral dos alunos, o Colégio Imperatriz oferece ensino de qualidade a toda a comunidade, através da Educação Infantil, do Ensino Fundamental e Médio, e de cursos técnico-profissionalizantes. Entre os diferenciais da instituição está a presença do ensino da língua alemã na grade curricular e o desenvolvimento de projetos e parcerias para a realização de atividades esportivas, educacionais, sociais, culturais e ambientais. “O colégio atende a um grupo de aproximadamente 500 famílias, que buscam uma formação sólida e voltada aos objetivos acadêmicos e profissionais da atualidade. Os pilares para esse desenvolvimento são justamente a língua alemã, as atividades em diferentes áreas e a perspectiva de construção cooperativa”, explica o diretor da instituição, Luciano Egewarth. ENTIDADES MEIO AMBIENTE A Agrária promove a preservação e sustentabilidade ambiental através de ações e projetos para redução do impacto de suas atividades no meio ambiente. Exemplos são as práticas adotadas pelos cooperados no campo e a correta gestão de resíduos, monitoramentos para economia de recursos e investimentos destinados à redução de riscos ambientais e de acidentes no complexo industrial e administrativo. Além disso, a Cooperativa investe em matriz energética renovável e própria, apoia operadores ecológicos na coleta seletiva e participa de grupos e comitês para discussão da preservação e gestão ambiental da região. O comprometimento com a comunidade é um aspecto relevante para a Cooperativa, visto que seus pioneiros construíram, ao mesmo tempo, Entre Rios. Hoje, parte do apoio da Agrária aos moradores dá-se através da Associação Comunitária Central do distrito. “O grupo, que reúne a Cooperativa e os representantes das cinco colônias, dá suporte para a realização de eventos, paisagismo, melhorias estruturais e defende os interesses da comunidade por meio da intermediação de negociações e busca de recursos com instituições governamentais”, afirma Sérgio Cacilho, coordenador do departamento de Serviços Corporativos da Agrária. Além disso, a Cooperativa também apoia diversas entidades, instituições e eventos beneficentes. Internamente, os colaboradores promovem o PAIS (Programa Agrária de Integração Solidária), que inclui um conjunto de ações voluntárias, doações e campanhas de arrecadação. NÚMEROS Ao todo, a Agrária investe, por ano, cerca de R$ 750 mil em benefício direto à comunidade R$ 212 milhões pagos em impostos foram revertidos indiretamente em prol da população A Cooperativa emprega, de forma direta, mais de 1.300pessoas São mais de 200postos de trabalho terceirizados, além dos inúmeros empregos e renda gerados ao longo da cadeia produtiva Feedback e comprometimento para alcançar o sucesso KATRIN KORPASCH m qualquer projeto, comprometimento e engajamento dos envolvidos são essenciais para alcançar o sucesso. No Projeto Excelência não é diferente. O envolvimento de usuários chave, usuários líderes, analistas de TI e das próprias áreas da Agrária têm deixado evidente a relevância do processo de implantação do SAP. Quanto mais engajada a equipe, mais sucesso terá o projeto. Nesse sentido, a equipe de GMO (Gestão de Mudança Organizacional) gerencia a abertura para diálogo e a oportunidade de dar retorno em relação ao trabalho que está sendo desenvolvido. Ações que, através das entrevistas de engajamento e entrevistas das partes interessadas fomentam envolvimento ainda maior no Projeto Excelência. Internamente, usuários chave, usuários líderes e analistas de TI, participaram das entrevistas de engajamento. “Nestas conversas, foram abordados aspectos como a percepção E deles em relação à alocação no projeto e o seu relacionamento com a área de origem, se periodicamente a implementação do SAP tem sido discutida nos departamentos, por exemplo”, diz o consultor Gustavo Pereira. Para ele, o processo de mudança de um colaborador para uma área que não é a de origem não é simples. “É interessante possibilitar este feedback para verificar se a equipe sente que seu trabalho é reconhecido, já que as atividades desenvolvidas por ela constituem o sucesso do Projeto Excelência”, analisa Já o foco das entrevistas com as partes interessadas foi compreender as expectativas e anseios das lideranças da Agrária em relação ao projeto. “Através desta iniciativa buscamos facilitar o comprometimento e envolvimento, desde formadores de opinião, coordenadores, gerentes e diretoria. Procuramos visualizar a perspectiva deles tanto em relação aos próximos passos do projeto, quanto à Onda 01”, explica. USUÁRIOS CHAVE APRESENTAM BBP No dia 29 de junho, foi realizado, no Centro Cultural Mathias Leh, o 1º Workshop de Processos da Onda 02. Durante o encontro, os usuários chave do Projeto Excelência apresentaram os macrofluxos dos processos no SAP e os principais impactos organizacionais já mapeados das atividades e áreas impactadas pela segunda onda do projeto. Os usuários também comentaram as mudanças e melhorias que entram em vigor a partir do Go Live, no início de 2016. Fertilizantes e Sementes Revista Agrária 25 FOTO COOPERATIVA ESPECIAL: O cotidiano congelado da Agrária KLAUS PETTINGER O inverno iniciou oficialmente às 13h38 do dia 21 de junho, mas cinco dias antes foram registradas as temperaturas mais baixas do ano, até o fechamento desta edição. A estação meteorológica do Simepar/FAPA, localizado em Entre Rios, registrou mínima de 0,2ºC entre 6h30 e 7h15 do dia 16 de junho. Colaboradores e cooperados da Agrária não se intimidaram, esquentaram as lentes e capturaram o cotidiano da Cooperativa sob a ótica congelada das geadas. O número de envios justificou a abertura de uma página extra para a “Foto Cooperativa”. Com a iminência de novos dias com geadas nas próximas semanas, prepare a câmera, o olhar, as luvas e nos envie seu registro para o e-mail da assessoria de comunicação e imprensa da Agrária: [email protected]. Não se esqueça de enviar o nome do autor da imagem e uma breve descrição, incluindo o local e a data (mês e ano) em que foi registrada. A geada em primeiro plano com os campos de Entre Rios ao fundo compõem o registro da colaboradora Agatha dos Santos (FAPA). O caminho até a Fundação Agrária de Pesquisa Agropecuária tornou-se um expositor de belas paisagens, como prova a imagem da colaboradora Anna Betina Stemmer (FAPA) A colaboradora Emanuele Ferreira Kriger (FAPA) capturou a geada formada na Praça Nova Pátria, em frente ao prédio do antigo museu histórico A imagem bucólica da Chácara Lagoa Azul foi eternizada pelas lentes do cooperado Rudolf Egles A colaboradora Lindsey Esteche (Qualidade da Agrária Óleo e Farelo) flagrou o gramado em frente à Indústria de Óleo e Farelo de Soja, que também amanheceu com uma cobertura esbranquiçada A folha caída, prova da passagem do outono, também congelou, conforme percebeu o colaborador Andrey da Silva (TI) 26 Revista Agrária FOTO COOPERATIVA Foto Cooperativa já soma 37 contribuições publicadas KLAUS PETTINGER Contando com esta edição de julho, a Foto Cooperativa já soma 37 imagens publicadas, tanto de colaboradores quanto de cooperados. Todas as imagens estão automaticamente participando do concurso de fotografias a ser promovido no final do ano pela assessoria de comunicação e imprensa. Participe e concorra também. Os detalhes serão divulgados ao longo das próximas edições. A Foto Cooperativa é destinada a colaboradores e cooperados, com o intuito de estimular o senso de pertencimento em relação à Agrária e seu cotidiano. Envie-nos seus registros pelo e-mail da assessoria de comunicação e imprensa da Agrária: [email protected]. Lembre-se de nos enviar o nome do autor da imagem e uma breve descrição, incluindo o local e a data (mês e ano) em que foi registrada. Durante a assistência prestada em fazenda do cooperado Helmuth Seitz, o colaborador Tiago José Bombardelli (Assistência Técnica) registrou a colheita de feijão pós-milho A Unidade Guarapuava, com seus silos, a nova passarela e a Indústria de Grits e Flakes, está contempla na foto do colaborador Gianlucas Ferreira (Unidade Cereais de Guarapuava) A trainee Suelem Samara Werner enviou uma foto registrada na Agrária Farinhas. Com apoio da auxiliar de qualidade Marta Regina e da analista da qualidade Jessia Carneiro de Mello, Suelem ministrou um treinamento de BPF (Boas Práticas de Fabricação) aos colaboradores do moinho de trigo. Para repassar as informações de maneira mais efetiva, a trainee montou uma maquete, na qual os participantes identificaram e corrigiram as situações de não conformidade. O momento dos primeiros raios do amanhecer está eternamente arquivado na imagem da Unidade Vitória, produzida pelo colaborador Newton Fernandes (Manutenção) Ao observar o anoitecer de Entre Rios, a colaboradora Marina Stoetzer Echeverria (Secretaria Executiva) decidiu guardar como recordação o crepuscular jogo de luz e cores Revista Agrária 27 DE OLHO Grupo de Trabalho avalia primeiro semestre do “De Olho” na Agrária O “De Olho” conta com um grupo de trabalho (GT) composto por representantes das gerências da Cooperativa. A equipe discute e analisa periodicamente o andamento do programa de observação comportamental e diferentes aspectos relacionados à saúde e segurança ocupacional. Confira a avaliação dos membros do GT sobre os primeiros meses de implantação. Na Agrária Farinhas, na medida em que as abordagens foram sendo realizadas, verificamos mudanças consideráveis no comportamento dos colaboradores. Com isso, iniciou-se um processo de conscientização e os resultados apareceram a partir do momento em que passamos a atuar nos principais focos dos desvios identificados através do programa. Já percebemos a mudança de postura dos colaboradores ao realizar os trabalhos com segurança, avaliar as situações e cumprir procedimentos. O controle completo dos desvios é algo que conseguiremos com plenitude em médio prazo. Acredito que temos muito a evoluir, refinando as abordagens, tomando ações mais eficientes para a contenção dos desvios e buscando, assim, o comprometimento de todos com a segurança.” Marcio Iantas – supervisor do moinho de trigo Através do ‘De Olho’, estamos tendo a oportunidade de intervir em situações de desvios antes que elas se tornem um acidente. Desta forma, conseguimos maior envolvimento e participação dos colaboradores no que se refere à segurança. O colaborador observado passa a se sentir mais responsável pela própria segurança e principalmente pela de seus colegas de trabalho. A receptividade do programa tem sido ótima.” Cleuzimar Rodrigues Lisboa – supervisor da unidade florestal O ‘De olho’ é uma ferramenta muito boa e que acrescentou muito na minha forma de trabalhar, ajudando em relação à percepção e identificação de condições e ações inseguras que antes passavam despercebidas. O programa também mostrou um grande ganho devido à metodologia de abordagem, que instiga o observado a reconhecer o desvio praticado de forma proativa, sem punições e imposições. Muitas vezes, a indicação da solução para o desvio parte do próprio observado, revelando uma participação mais ativa, um acelerador do processo de conscientização de segurança.” Vinícius Küster Machado – supervisor da indústria de óleo Percebo a importância da observação e do acompanhamento das observações por elas ajudarem a corrigir hábitos que causam impacto no dia a dia. São situações desde uma postura incorreta, imprudência pela pressa ou a ansiedade de um problema a resolver, cansaço ou mesmo descuido. Muitas vezes, deixamos de lado pequenas ações de prevenção. Sabendo do programa, os colaboradores estão mais atentos nas suas atitudes, e o principal objetivo deve estar em ser sempre um bom exemplo.” Yeda Woiciekowski – gerência Administrativa e Financeira Estamos no início de uma longa caminhada e percebemos que segurança ainda não é um valor para muitos. Porém já é possível destacar alguns resultados positivos do programa ‘De Olho’. Um exemplo é em relação aos dados coletados desde a implantação da ferramenta, quando, na categoria ‘reação das pessoas’, tínhamos um índice de desvios alto e, após quatro meses, ele foi significativamente reduzido. O observado não precisa reagir ao ver que o líder ou um observador se aproxima, pois já está agindo de forma segura, está se conscientizando de que o maior favorecido por adotar um comportamento seguro é ele mesmo e sua família. A partir daí, segurança passa a ser um valor para essa pessoa.” Marcia Helena Mota de Arruda – coordenadora do Laboratório Central Quando o programa foi implantado, pude perceber certa desconfiança dos lideres por tratar-se de uma sistemática totalmente diferente do que estavam acostumados. Após um período de observações efetuadas tanto pelo gerente, coordenador e supervisores de nossa gerência, os colaboradores mudaram suas atitudes com relação à segurança, dentre as quais ressalto a utilização dos EPIs na unidade produtiva. Antes do ‘De Olho’, a preocupação principal dos colaboradores era utilizar e fiscalizar as BPF (Boas Práticas de Fabricação). No aspecto de segurança, a postura de ‘cuidar um do outro’ não era adotada. Hoje, percebo que existe uma preocupação muito grande dos colaboradores. Eles orientam quem está entrando nas instalações sobre equipamentos de proteção e, em trabalhos que oferecem riscos, buscam a orientação da supervisão. Tudo isso demonstra que a cultura de segurança no trabalho está sendo construída. Para a consolidação efetiva, a postura das lideranças nas observações deve continuar, melhorar e até ser intensificada. Acredito na melhoria contínua do programa.” Roberto de Souza – supervisor da maltaria 28 Revista Agrária FATOS E NOTAS Show de Sidney Magal em prol do Hospital Semmelweis Continuam as vendas de ingressos para o show beneficente organizado pela Fundação Semmelweis, em prol do único hospital localizado em Entre Rios. Os pontos de venda são o Supermercado Superpão, na Colônia Vitória, e o Supermercado Compre Mais, em Guarapuava. Tendo o cantor Sidney Magal como atração principal, o evento será realizado no dia 7 de agosto, a partir das 20h, no Pahy Centro de Eventos. O C-Dur Trio, de Entre Rios, abre o evento. As mesas, que dispõem de oito lugares, são comercializadas em três categorias, conforme a visão que proporcionam do palco. A realização do show tem o apoio da Arkétipo Agrocomunicação, Superpão, Prefeitura de Guarapuava, Donaubier, C-Dur Trio, Floricultura Sonho Encantado, Restaurante Casa Vecchia, Petit Bistrot e Freeway Intercooperação A diretoria, superintendência e membros do Conselho de Administração da Agrária visitaram, entre 23 e 24 de junho, as cooperativas Batavo e Castrolanda, com o objetivo de conhecer projetos de diversificação. Além disso, realizaram apresentação na Fundação ABC sobre o case Agrária no que diz respeito ao trabalho desenvolvido junto ao cooperado e à gestão profissional. “Fizemos uma apresentação para cerca de 70 pessoas, incluindo as diretorias e conselheiros de administração das três cooperativas”, explica o vice-presidente, Manfred Majowski. Visitas à Unidade Produtora de Leitões da Batavo, o Grupo Melkstad, um condomínio de produtores de leite de Carambeí, e o frigorífico da Unidade Industrial de Carnes, administrado pela Castrolanda, também estiveram no roteiro. “Foi bem interessante verificar como as cooperativas estão trabalhando os projetos de diversificação e essas visitas geram importantes aberturas de discussão para intercooperações”, frisa Majowski. As visitas foram realizadas em continuidade ao Seminário de Gestão e Diversificação da atividade agrícola sediada pela Agrária em junho. Fertilizantes Heringer Uma Empresa de Soluções para Nutrição de Plantas Uma linha completa, que fornece ao agricultor desde nutrientes quelatizados até formulações multinutrientes balanceadas e com elevada concentração, permitindo buscar altas produtividades. Tecnologia que incorpora substâncias húmicas com micronutrientes às fórmulas NPK, proporcionando melhor nutrição, vigor e desenvolvimento radicular. www.heringer.com.br 29 Revista Agrária FATOS E NOTAS Arraiá no Jugendcenter O tradicional Arraiá do Jugendcenter foi realizado no último dia 4, com a presença de um bom público. O evento, animado pela banda “Os Schilangueiros”, de Entre Rios, e por DJ, contou com o acendimento da fogueira, premiação de sinhozinho e sinhazinha mais bem caracterizados e venda de cachorro-quente, pipoca e quentão. Almoço festeja 25 anos da ABSER A Abser (Associação Beneficente das Senhoras de Entre Rios) comemorou 25 anos de existência com almoço no Clube da Colônia Samambaia, no dia 7 de junho. A associação foi constituída em 6 de junho de 1990 e tem como principais objetivos promover a assistência social à população carente de Entre Rios, promover proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice, tal como o amparo às crianças e adolescentes. Conheça mais a fundo a associação pelo site: www.abser.org.br. Visitas Agrária Malte Em junho, Rafael Bruno Mattes, coordenador comercial da Agrária Malte, e Evelaine Viviurka Cebulski, analista de importação e exportação da unidade, foram acompanhados por Franziska Weyermann e Dominik Maldoner em visitas realizadas a cervejarias e uma destilaria nos estados da região Sul. Dominik, mestre cervejeiro da Weyermann®, e Franziska que, junto com os pais Sabine e Thomas, é proprietária da maltaria alemã aproveitaram a estada em Entre Rios para o Worshop de Cervejas Especiais, promovido pela Agrária Malte, para conhecer clientes de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná. Recolhidos 6 t de “lixo eletrônico” Ação ambiental “Coleta de Lixo Eletrônico”, promovida pelo Grupo Escoteiros de Entre Rios (GEER), recolheu cerca de 6.000 kg de produtos inutilizados. A campanha, realizada na Colônia Vitória, entre 9 e 12 de junho, foi uma iniciativa do SESCAP, em parceria com o GEER e a Secretaria de Meio Ambiente de Guarapuava. Além da Colônia Vitória, houve pontos de coleta no Calçadão da rua XV de Novembro e na SUC Ambiental (ambas em Guarapuava). Gestão Agrária Com o objetivo de conhecer o modelo de gestão da qualidade e recursos humanos da Agrária, um grupo de 40 representantes de cooperativas do Mato Grosso do Sul visitou a Agrária no dia 18 de junho. Os visitantes fazem parte do Programa de Líderes de Cooperativas desenvolvido pela OCBMS e SESCOOP/MS. 30 Revista Agrária FATOS E NOTAS Agrária e Weyermann® 10 anos Concurso de cervejas A entrega de um quadro comemorativo, em 12 de junho, simbolizou a homenagem da Agrária pelos dez anos de parceria com a empresa alemã de maltes especiais, Weyermann®. Na ocasião, o diretor financeiro, Arnaldo Stock, e o superintendente da Cooperativa, Adam Stemmer, entregaram o presente a Franziska Weyermann, durante o Workshop de Cervejas Especiais. Franziska é filha de Sabine e Thomas Kraus-Weyermann, proprietários e diretores da empresa. A parceria entre a cooperativa e a empresa teve início em 2005, desde quando a cooperativa é representante exclusiva da maltaria alemã na comercialização de maltes especiais e extratos de malte no Brasil. Atualmente, a Agrária Malte também mantém parceria com HVG, Lallemand, Crisp, Dingemans, Charles Faram e Alpine Hops para a comercialização de insumos direcionados à produção cervejeira. Leia mais pelo QR-CODE: Abertas às 10h do dia 25 de junho, as 200 vagas para o 1º Concurso Nacional de Cervejas Caseiras esgotaram-se em cerca de 5 minutos. Promovida em parceria entre a Cooperativa Agrária e a Weyermann®, a competição será realizada no dia 19 de setembro, em Campinas e elegerá as melhores IPAs (India Pale Ale) tipo American IPA. Mais informações estão disponíveis no site: www.cervejascaseiras.com.br Revista Agrária informa Com o objetivo de publicar uma edição de lançamento especial, a Revista Agrária começou a ser distribuída, excepcionalmente, no dia 23 de julho. Em agosto, o prazo de início da distribuição retorna à data original: todo dia 15. Portanto, cooperados situados em Entre Rios e colaboradores devem receber a revista até por volta do dia 20 de cada mês. Leitores de outras cidades dependem da entrega do correio e têm prazo um pouco maior: em média, cinco dias úteis a mais. Caso observe atraso no recebimento da sua Revista Agrária, por favor, comunique-nos pelo e-mail: [email protected]. Obrigado. Revista Agrária 31 AGRONEGÓCIO USDA: índice de lavouras de soja BRDE libera R$ 575 milhões para cooperativas e cooperados Foto: OCEPAR A agência paranaense do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) encerrou o primeiro semestre deste ano com mais de R$ 800 milhões contratados somente no agronegócio, com linhas de crédito para cooperativas e produtores rurais cooperados. São R$ 575 milhões liberados a 14 cooperativas e mais de R$ 250 milhões diretamente a agricultores. A assinatura dos contratos de financiamento ocorreu no dia 14 de julho, em solenidade no gabinete do governador Beto Richa, em Curitiba, com a presença do presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski, e dirigentes das cooperativas, incluindo o diretor financeiro da Agrária, Arnaldo Stock. “O nosso estado tem o maior faturamento do cooperativismo brasileiro: são R$ 50,5 bilhões”, explicou o presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski. “Nessa nova fase das cooperativas agropecuárias, o forte é a agroindustrialização. Temos mais de 25 cooperativas colocando produtos nas prateleiras dos supermercados, dando mais estabilidade de preços e também maior tranquilidade ao cooperado”, acrescentou. (Fonte: Paraná Cooperativo) Melhores & Maiores A Cooperativa Agrária aparece novamente com destaque no ranking “Melhores & Maiores – as 1000 maiores empresas do Brasil”. A edição especial deste mês da Revista Exame traz os resultados referentes a 2014. No quesito “Investimento”, a Agrária aparece na 71ª posição, assim como em 14ª Agrária entre as maiores do agronegócio do Sul do País. No cômputo geral, a Cooperativa aparece na 283ª colocação e em 52º lugar entre os 400 maiores empresas do agronegócio. Campanha Produtor Solidário O Sindicato Rural de Guarapuava continua realizando mais uma edição de sua campanha Produtor Solidário. As doações podem ser entregues na sede do Sindicato Rural (R: Afonso Botelho, 58, Trianon). Mais informações pelo telefone: (42) 3623-1115. (Fonte: Sindicato Rural de Guarapuava) 32 Revista Agrária Equidade é tema do Dia Internacional do Cooperativismo A 93ª edição do Dia Internacional do Cooperativismo, celebrado em 4 de julho, levantou a bandeira da equidade e justiça social. Sob o tema “Escolha cooperativismo. Escolha equidade”, a data é promovida pela Aliança Cooperativa Internacional (ACI). Em artigo enviado a todas as cooperativas, o presidente da Ocepar, João Paulo Koslovski enfatizou a importância crescente do cooperativismo na promoção de desenvolvimento social e econômico dos cooperados do Paraná e do país. “A concentração de renda reduz as oportunidades de desenvolvimento dos jovens e restringe o acesso ao trabalho de melhor qualificação”, observou. “Mas as experiências bem-sucedidas do cooperativismo renovam nossas esperanças de que podemos sim superar séculos de injustiças”, acrescentou. (Fonte: Paraná Cooperativo) Na segunda-feira (13), o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) apontou redução no índice de lavouras de soja em boas ou excelentes condições no país. São 62% das lavouras em boas/excelentes condições, contra 63% da semana anterior. No caso do milho, o índice de lavouras em boas ou excelentes condições foi mantido em 69%. (Fonte: Notícias Agrícolas) Exportações de carne bovina O faturamento com a exportação de carne bovina brasileira, no primeiro semestre de 2015, atingiu US$ 2,7 bilhões, uma retração de 18% em faturamento e 14% em volume. No período foram embarcadas 656 mil toneladas do produto. Os números devem-se, em grande parte, à queda nas exportações para três grandes mercados: Hong Kong, Rússia e Venezuela. (Fonte: SNA) El Niño: maior em 50 anos As previsões para o El Niño deste ano começaram a mudar na medida em que o fenômeno vem ganhando força e, segundo informa o instituto norte-americano AccuWeather, esse pode ser o mais forte dos últimos 50 anos. As últimas previsões indicam ainda que o fenômeno poderia durar até o verão de 2016 na América do Sul e primavera do ano que vem na América do Norte. (Fonte: Notícias Agrícolas) INTERATIVIDADE As matérias desta Revista Agrária contam com QR-Codes ao lado e possibilitam a leitura complementar das notícias. Para acessá-las, basta utilizar qualquer leitor gratuito de QR-Code, que pode ser instalado em celulares e tablets. Basta posicionar seu aparelho sobre o código, que irá direcioná-lo ao site desejado, sem necessidade de digitar o endereço. Em caso de dúvidas, escreva-nos: [email protected]. FAPA informa próximos eventos TécnicoCientíficos Externos e Internos Eventos técnico-científicos externos 30/07 a 4/08 35º Congresso Brasileiro de Ciência do Solo, em Natal (RN). 3 a 6/08 8ª Congresso Brasileiro de Melhoramento de Plantas, em Goiânia (GO). 10 a 14/08 Congresso Brasileiro de Fitopatologia, em São Pedro (SP). 16 a 20/08 V Congresso Latino Americano de Analistas de Alimentos, em Natal (RN). Evento técnico-científico interno 31/08 Fonte: FAPA Apresentação Estratégia para Controle de Micotoxinas – Cooperados Revista Agrária 33 INGREDIENTES: 3 gemas 200 g de manteiga sem sal 1 xícara de açúcar 1 colher (chá) de baunilha Raspas de 1 limão 1 colher (sopa) de conhaque (opcional) 250 g de farinha de trigo Especialíssima 200 g de amido de milho 1 colher (sobremesa) de fermento em pó Recheio: Doce de leite 1 xícara de coco ralado para polvilhar 1 colher (chá) de canela em pó PREPARO: Em uma tigela, misture a manteiga, as gemas, o açúcar, a baunilha, as raspas de limão e o conhaque. Em seguida, adicione a farinha de trigo Especialíssima, o amido de milho e o fermento em pó peneirados até obter uma massa lisa e homogênea. Deixe descansar por 30 minutos. Em uma bancada enfarinhada, abra a massa com um rolo até espessura próxima de 5 mm. Corte os discos com a borda de um copo americano e asse-os em forno preaquecido até que estejam levemente dourados. Retire do forno e deixe esfriar. Recheie os discos e cubra com doce de leite. Depois, polvilhe os alfajores com canela e coco ralado. Rendimento: 20 alfajores Tempo de preparo: 50 minutos 34 Revista Agrária Você pode ter mais controle sobre os fatores de risco da sua lavoura. Comece bem, comece forte. Proteção do potencial produtivo Ação contra nematoides Uniformidade de stand com força anti-stress Controle de lagartas, inclusive da Helicoverpa TUGARÊ | CDM São Paulo Parceiro ideal para a soja Bt Uma boa lavoura começa na semente. CropStar é o tratamento com tecnologia exclusiva que combate os riscos da fase inicial, protegendo seu investimento contra pragas e promovendo mais vigor e qualidade de stand. Para uma melhor produtividade da sua lavoura, assuma o controle, desde o início. Melhor arranque inicial Também no Tratamento de Sementes Industrial, uma escolha mais prática. ATENÇÃO Este produto é perigoso à saúde humana, animal e ao meio ambiente. Leia atentamente e siga rigorosamente as instruções contidas no rótulo, na bula e receita. Utilize sempre os equipamentos de proteção individual. Nunca permita a utilização do produto por menores de idade. CONSULTE SEMPRE UM ENGENHEIRO AGRÔNOMO. VENDA SOB RECEITUÁRIO AGRONÔMICO. Faça o Manejo Integrado de Pragas. Descarte corretamente as embalagens e restos de produtos. Uso exclusivamente agrícola. www.bayercropscience.com.br 0800 011 5560 Soluções integradas para sementes. 0800 011 5560 35 www.seedgrowth.bayer.com.br Revista Agrária 36 Revista Agrária