Abruc- 22 - Associação Brasileira das Universidades Comunitárias
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Abruc- 22 - Associação Brasileira das Universidades Comunitárias
Ano X - N o 38 Mai/Jun - 2006 C O PA D O M U N D O MEMÓRIAS E PAIXÕES IES engajadas no momento esportivo que une nações Associação Brasileira das Universidades Comunitárias SEPN - Quadra 516, Conjunto D (Prédio do Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras - CRUB) CEP: 70 770-524 - Brasília-DF Telefax: (61) 3349-3300 / 3347- 4951 Home page: www.abruc.org.br DIRETORIA PRESIDENTE Eustáquio Afonso Araújo, Reitor da PUC-Minas 1° VICE-PRESIDENTE Gilmar Bedin, Reitor da UNIJUÍ 2° VICE-PRESIDENTE Frei Gilberto Gonçalves Garcia, Reitor da USF 1º VOGAL Pe. Jésus Hortal Sanchez, Reitor da PUC-Rio 2º VOGAL João Otávio Bastos Junqueira, Reitor do UNIFEOB CONSELHO FISCAL Antonio Mario Pascual Bianchi, Assessor Especial da Reitoria da PUCRS Gilberto Luiz Agnolin, Reitor da UNOCHAPECÓ Mara Regina Rösler, Reitora da URI S UPLENTES Vilmar Thomé, Reitor da UNISC Ir. Irani Rupolo, Reitora do UNIFRA Paulo Eduardo Marcondes de Salles, Pró-Reitor de Administração do Centro Universitário São Camilo SECRETÁRIO -EXECUTIVO José Carlos Aguilera ASSESSORA DE IMPRENSA Patrícia Goulart CONSELHO EDITORIAL Eliane Borges Assessora de Comunicação Social da UCG ○ ○ Rosa Ana Bisinella Coordenadora de Comunicação Social da UCS Beatriz Elias Assessora de Comunicação Social da UNIMEP Júlio César Gonçalves Assessor de Comunicação Social da UNISO Robnaldo Fidalgo Salgado Assessor de Imprensa da UNISANTOS ○ ○ Maria Carmen Caprara Costamilan Coordenadora da Assessoria de Comunicação e Marketing da UNISC 2 Maio/Junho - 2006 ○ ○ ○ ○ ○ TIRAGEM 15 mil exemplares ○ ○ EDITORAÇÃO ELETRÔNICA Licurgo S. Botelho (61) 3349-5274 ○ ○ EDITORA-GERAL Patrícia Goulart Reg. Prof. no 1.126/83 - DF ○ ○ ○ ○ E-mail: [email protected] ○ Home page: www.abruc.org.br ○ Telefax: (61) 3349-3300 / 3347-4951 ○ ○ Comentário sobre o conteúdo editorial, sugestões, críticas e releases. ○ ○ REDAÇÃO ○ ○ FALE CONOSCO ○ ○ ○ ○ ○ ○ ASSESSORES ADMINISTRATIVOS Hermes Nunes Lamotte Marilda Bauer As fotos utilizadas nesta edição foram cedidas pelas instituições. (Capa - foto principal: Renata Kerber) Ín d ice 6 Agenda 7 Nova filiada sobre o Financiamento da 8 Ensaio Extensão no País 10 Genética na prevenção do câncer 11 SAP se instala na Unisinos 16 Arte, história e reflexão elabora projeto regional 17 UNIVATES Vale dos Lácteos 18 Professores e bolsistas da UNISC mostram que estudar pode e deve ser divertido Control C + Control V assombram o ensino Trabalhos Comunitários 20 XII Assembléia da ABRUC Entrevista com Eustáquio Afonso 4e5 Comunitárias catarinenses assinam acordos e desenvolvem atividades conjuntas Trabalhando com mais saúde e bem-estar Venha brincar na PUCPR 22 Univali presta atendimento ao Bairro Dom Bosco vão capacitar jovens no 23 Universidades mercado de trabalho Psicologia da USC estimula amamentação 24 Hospital Pequeno Anjo completa quatro anos 25 PUC-Minas desenvolve 18 projetos na região mais carente de Betim Programa da Unochapecó orienta estudantes Engenharia Química da FEI comemora 60 anos 12 14 Feevale leva peças utilizadas por atletas em Copas do Mundo para shopping de Novo Hamburgo 26 Projeto da UniSantos oferece tratamento psicológico gratuito PUC-Campinas socializa projetos e pesquisa 27 sobre pessoa com deficiência Leitura Obrigatória 29 30 Unisc recebe doação de cinco mil livros e revistas Obras da UPF Editora são reconhecidas pela FNLIJ Resenha de livros Professora da UCPel estuda o Orkut 19 PUCRS - Feira de Promoção da Saúde Maio/Junho - 2006 28 3 XII ASSEMBLÉIA DA ABRUC Comunitárias se reúnem na PUC-Rio A XII Assembléia da ABRUC aconteceu na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), no último dia 15 de maio. Na ocasião, estiveram presentes, compondo a mesa de abertura do evento, o presidente da entidade, reitor Eustáquio Afonso Araújo (PUC-Minas), e o anfitrião, reitor da PUC-Rio, Pe. Jésus Hortal. Choque de Gestão – Logo após a abertura dos trabalhos, Antônio Augusto Junho Anastasia, ex-secretário de Planejamento e Gestão e de Defesa Social de Minas Gerais e atual assessor do governador Aécio Neves, proferiu a palestra “O Choque de Gestão. Uma experiência em Minas Gerais”. Em seguida, falou o representante do Ministério da Educação, o atual diretor do Departamento de Desenvolvimento de Educação Superior, Manoel Palácios, que aproveitou a oportunidade para esclarecer dúvidas da platéia sobre o programa do MEC de expansão do ensino superior. Desafios - José Tarcísio Amorim, psicanalista, professor de Filosofia e Teologia do Instituto Dom João Rezende Costa, encerrou os trabalhos da manhã abordando o tema “Os Desafios da PósModernidade na Educação”. Na palestra, Amorim lembrou os problemas en- frentados atualmente pela juventude diante da necessidade de convergência dos planos existencial e profissional. Assembléia – No período da tarde, reitores e representantes das IES puderam debater assuntos como a importância da ABRUC como membro eleito do Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS); a presença de mais um representante das comunitárias, reitor Aldo Vannucchi (Uniso), no Conselho Nacional de Educação (CNE); e o ProUni, com discussão em torno do decreto-ponte; e a Reforma Universitária. A entidade aprovou ainda o ingresso na ABRUC de mais uma filiada: o Centro Universitário de Votuporanga, do estado de São Paulo (ver pág 7). Jésus Hortal (PUC-Rio) fala aos reitores Mesa de trabalho da Assembléia 4 Maio/Junho - 2006 Reitores de várias regiões do País visitaram... Antônio Augusto Anastasia Manoel Palácios José Tarcísio Amorim A platéia participou ativamente das... As Assembléias da ABRUC vêm a cada ano debatendo, além da agenda oficial que engloba temas como o ProUni, o FIES e a filantropia, assuntos diversificados que dizem respeito às várias frentes que a entidade vem abrindo no cenário educacional. Ouvimos o presidente, Eustáquio Afonso para sabermos como a diretoria da ABRUC avalia esse fato. ...o campus da PUC-Rio Calendário de eventos – No final da Assembléia, Eustáquio Afonso informou a data e o local do Fórum de Extensão das Universidades Comunitárias – evento que faz parte do calendário da ABRUC e que acontecerá em Belo Horizonte, no próximo dia 30 de julho, na Pontifica Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-Minas). O presidente da entidade aproveitou a oportunidade para apresentar proposta para a criação de mais um evento para a ABRUC: o Fórum de Relações Internacionais. ...discussões sobre os temas apresentados Comunitárias – Como o senhor analisa a atuação da ABRUC, hoje, como entidade de classe e os resultados alcançados no cenário político-educacional? Eustáquio Afonso – A ABRUC hoje é uma entidade absolutamente ouvida e respeitada pelo poder público e pelos diversos segmentos da educação do País. O relacionamento que conseguimos construir, na gestão anterior e estamos dando continuidade nessa atual, com o Ministério da Educação, é intenso e tem dado muita força às IES comunitárias. O fato é que, hoje, representamos uma fatia expressiva do ensino superior do País – quase 700 mil alunos do total de quatro milhões. Somos quase 25% do total e isso nos oferece possibilidades para falar de forma aberta, inclusive, com segmentos de cenários outros, além da educação, como o da assistência social. Questões pendentes estão sendo negociadas por meio do diálogo aberto. Internamente, a ABRUC tem, também, se fortalecido a cada dia. Já somos 51 universidades e centros universitários. A reforma estatutária que virá poderá elevar esse número, uma vez que poderemos abraçar faculdades isoladas que tenham os mesmos princípios e a mesma missão que os centros e as universidades comunitárias. Mesmo com todas as dificuldades, estamos caminhando com muita rapidez e solidez, consolidando uma posição estruturada nas intenções e na missão das nossas instituições. Comunitárias - O senhor destacaria alguma decisão importante dessa última Assembléia da entidade? Eustáquio Afonso – A principal decisão tomada foi dar continuidade às ações. Continuaremos dialogando com o poder público. Não interessa a ninguém um confronto. Estamos conversando inclusive com a UNE. São questões que vêm sendo trabalhadas e que levam ao equilíbrio, satisfazendo a todos. A verdade não pertence a nós nem a ninguém: a verdade pertence a um processo de negociação. E toda negociação envolve concessões e ganhos. Vamos continuar trabalhando nesse sentido. Comunitárias - Quando ocorrerá uma nova assembléia das comunitárias? Eustáquio Afonso – Ainda não tem data certa, mas no segundo semestre nos reuniremos para avaliar questões como a Reforma Universitária, que estará no Congresso Nacional. Maio/Junho - 2006 5 Agenda 26/04 - ABRUC eleita membro do CNAS A ABRUC se tornou membro representativo da sociedade civil no Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS). Com um total 48 votos, a entidade foi eleita primeirasuplente na gestão 2006/2008. O número expressivo de votos recebidos no primeiro processo eletivo enfrentado pela instituição veio confirmar a maturidade e a importância, bem como os posicionamentos que garantiram o nível de confiança demonstrado por seus eleitores. Empenho - Para o secretário-executivo da entidade, José Carlos Aguilera, o resultado alcançado foi fruto do empenho de todas as IES comunitárias que motivaram a habilitação de suas mantenedoras. Posse – No dia 18/05, o CNAS empossou seus novos membros na presença do ministro Patrus Ananias, da secretária-executiva, Márcia Lopes, e do secretário de Assistência Social, Osvaldo Russo. Nivaldo Pessinatti, Ir. Josi da CRB,Silvio Iung (presidente CNAS), Ir. Rosita e José Carlos Aguilera (ABRUC) na solenidade de posse do CNAS 03/05 - ABRUC agraciada com medalha na sessão comemorativa dos 40 anos de CRUB O 2° vice-presidente da ABRUC, reitor Gilberto Gonçalves Garcia (USF), representando o presidente da ABRUC, reitor Eustáquio Afonso Araújo (PUC-Minas), recebeu das mãos do presidente do CRUB, reitor Manassés Claudino Fonteles (Mackenzie), no dia 3 de maio, no auditório Petrônio Portela, no Senado Federal, a medalha comemorativa dos 40 anos de atividades do Conselho. Na ocasião, estiveram presentes, além de reitores, representantes do mundo acadêmico e diversas autoridades, como o ministro da Educação Fernando Haddad e o senador Cristovam Buarque, que se pronunciou em nome dos agraciados. 6 Maio/Junho - 2006 04/05 - Aldo Vannucchi Conselheiro do CNE O reitor da Universidade de Sorocaba (UNISO) e ex-presidente da ABRUC, Aldo Vannuchi, foi indicado membro da Câmara de Educação Superior, do Conselho Nacional de Educação (CNE). O processo de escolha, pelo Executivo, dos integrantes das câmaras de Educação Básica e Superior aconteceu dia 5 de maio. As propostas foram apresentadas por diversas entidades representativas da sociedade civil. Entre os escolhidos para a Câmara de Educação Superior, dois foram reconduzidos: Edson de Oliveira Nunes e Marília Ancona Lopes continuarão no organismo por mais quatro anos, período de duração do mandato. Os demais, além de Vannucchi, são: Hélgio Henrique Casses Trindade e Luiz Bevilacqua. A Câmara de Educação Básica terá Maria Izabel Azevedo Noronha, Mozart Neves Ramos, Regina Vinhaes Gracindo, Wilson Roberto de Mattos e Gersem José dos Santos Luciano, conhecido como Gersem Baniwa. ABRUC - Com as novas indicações, o CNE tem agora três membros na Câmara de Educação Superior que já fizeram parte da diretoria da ABRUC. Dois deles, Antonio Carlos Ronca (PUC-SP) e Aldo Vannucchi (UNISO), presidiram a entidade e Clélia Craveiro (UCG) já exerceu a função de vice-presidente. Nova filiada UNIFEV: o maior pólo de educação superior do noroeste paulista Centro Universitário de Votuporanga (UNIFEV), com 40 anos de tradição, está localizada na região noroeste paulista e conta hoje com aproximadamente seis mil alunos em 30 cursos de graduação, divididos nas áreas de Saúde, Educação, Tecnologia, Ciências Jurídicas, Negócios, Comunicação, além dos cursos de especialização e MBA. Dos cursos oferecidos pela instituição, o de Tecnologia em Produção Moveleira está entre os dois únicos do país a obterem Conceito “A” para fins de reconhecimento da comissão avaliadora do Ministério de Educação. Já a graduação de Direito alcançou a marca O Reitor Marcelo Ferreira Lourenço de mais de 70% de aprovação no exame 125 da Ordem dos Advogados do Brasil, 6º lugar no estado de São Paulo. O Curso de Educação Física destacou-se ainda no Enade, ficando em segundo lugar no estado. Com cerca de 70% de seus docentes portadores dos títulos de mestre ou doutor, a UNIFEV conta hoje com toda estrutura necessária para o atendimento das necessidades de graduações e de pós-graduações, bem como para a realização dos projetos extensionistas, que nos últimos cinco anos atenderam gratuitamente cerca de 270 mil pessoas. CIDADE UNIVERSITÁRIA A construção da Cidade Universitária do UNIFEV já está em pleno desenvolvimento e este ano será inaugurado o primeiro bloco de salas de aula. O novo complexo terá investi- mento total de R$ 80 milhões, projetados para dez anos. A estrutura conta com uma área de 26 alqueires, onde serão edificados agências bancárias, área de lazer e alimentação, complexo esportivo com ginásio de esportes e piscina olímpica coberta e aquecida, bibliotecas, auditórios, um anfiteatro e um observatório, além de vários blocos acadêmicos e administrativos. Maio/Junho - 2006 7 ENSAIO SOBRE O FINANCIAMENTO DA EXTENSÃO NO PAÍS Um estudo sobre o fomento Evandro Luís Amaral Ribeiro* Daiane Princepe** A Extensão é elemento constituinte do processo ensino-aprendizagem. E mais, a prática extensionista de uma instituição universitária atende à sua própria natureza, porque engloba em suas atividades, a finalidade da própria instituição universitária.1 Por sua vez, ela atende ao caráter dialógico, axiológico e metodológico em que se funda e se erige a Universidade. É através do desempenho de suas funções básicas de ensino, pesquisa e extensão que a instituição revela o seu compromisso social. O ForExt tem-se debruçado com afinco a estudar, sistematizar e refletir o papel e o lugar da extensão no processo ensino-aprendizagem. No mesmo sentido, com relação à extensão, o Ministério da Educação entende ser ela uma instância de mediação entre as instituições de educação superior e a sociedade, o locus capaz de construir um projeto de desenvolvimento cultural, econômico e social e promover uma profunda relação com a sociedade. Nesse sentido, compete igualmente ao Estado, prioritariamente, criar as condições políticas, definindo autonomia e prerrogativas correlatas, garantindo condições de financiamento e tributação, estabelecendo processos de avaliação e regulação para o adequado funcionamento do sistema. As instituições são, prioritariamente, responsáveis pelas condições acadêmicas, apresentando e debatendo critérios de qualidade, eqüidade e relevância que atendam às exigências da sociedade.2 Evandro Luís Amaral Ribeiro Daiane Princepe O presente artigo quer fazer uma amostragem parcial do cenário atual sobre o aporte estatal para o financiamento da atividade extensionista no País. A pesquisa ateve-se a nove chamadas públicas, sendo oito do Ministério da Ciência e Tecnologia, quatro foram agenciadas pelo CNPq, quatro pela FINEP e uma do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, com recursos do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Apenas uma delas é do ano de 2004, as demais são de 2005. Editais analisados 1) Edital MCT/MMA/SEAP/SEPPIR/ CNPq nº 026/2005- Apoio a Projetos de Tecnologias Sociais para Comunidades Tradicionais e Povos Indígenas; 2) Edital CT-Agro/CT-Hidro/MCT/CNPq nº 019/ 2005 - Apoio a Projetos de Extensão e Disponibilização de Tecnologias para Inclusão Social; 3) Edital CT-Agro/CT-Hidro/ MCT/CNPq nº 18/2005 - Apoio a Projetos de Tecnologias Sociais para Inclusão Social dos Catadores de Materiais Recicláveis; 4) Edital CT-Hidro/MCT/ CNPq – nº 15/2005 -Apoio a Projetos no Âmbito da Ação Vertical Popularização da Ciência: Olhando para a Água, do Fundo Setorial de Recursos Hídricos; 5) Chamada Pública MCT/FINEP/Ação Transversal-Tecnologias Assistivas nº 09/ 2005 – Apoio a Projetos de Pesquisa e Desenvolvimento de Tecnologias Assistivas para Inclusão Social de Pessoas Portadoras de Deficiência e de Idosos; 6) Chamada Pública MCT/FINEP/ MDS – Empreendimentos Solidários Agroalimentares nº 01/2005 - Seleção de propostas visando à incubação de empreendimentos solidários agroalimentares voltados à promoção de sistemas locais de segurança alimentar e nutricional; 7) Chamada Pública MCT/ Finep/MDS/Caixa–Rede de Tecnologia Social–Incubação de Empreendimentos Solidários nº 01/2005–Apoio a Projetos de Reaplicação de Tecnologia de Incubação de Empreendimentos Solidários; 8) Chamada Pública MCT/Finep/FVA – * Pró-Reitor Comunitário da Universidade São Francisco. ** Agente Comunitário. 1 PETERS, T. Discurso de Abertura do Encontro Nacional do ForExt, Recife, 2001: 59. 2 http://portal.mec.gov.br/sesu/index.php?option=content&task=view&id=442&Itemid=303. Acesso em 25/04/2006. O sistema a que se refere o site do Ministério diz respeito ao SIEX. No entanto, este artigo quer demonstrar que atualmente o financiamento para a Extensão estende-se para além das instituições de ensino superior públicas e estatais. 8 Maio/Junho - 2006 Mas é preciso salientar o papel que as universidades comunitárias vêm desempenhando no cenário nacional da educação superior, em especial et in casu, na Extensão. O Gráfico 3 mostra que, em se considerando o grau de participação efetiva no aporte estatal, as universidades comunitárias apresentam situação semelhante às dos institutos tecnológicos, em terceira ordem de grandeza. Esta participação está acima de 10% do total dos aportes financeiros. Os segmentos privado, poder público e organizações da sociedade civil não chegam a esse patamar. A maciça participação é das universidades públicas. Habitare nº 02/2004 - Seleção Pública de Propostas para Apoio a Projetos de Cooperação Tecnológica no Âmbito do Programa de Tecnologia de Habitação Habitare; 9) Chamada Pública PNUD/ MDS/BRA 05/028 – Inclusão Produtiva. O total do aporte referenciado é de R$34,8 milhões, distribuídos por região geográfica, como mostra o Gráfico 1. Com relação ao perfil das instituições participantes, para este estudo, estão agrupadas da seguinte forma: universidades e IES públicas, comunitárias e privadas, institutos tecnológicos, poder público (entendido como Poderes e órgãos subnacionais) e outros, entendendo as organizações da sociedade civil e terceiro setor, como ONGs, OSCIPs etc. As universidades comunitárias são as filiadas à ABRUC. A distribuição de projetos contemplados é representada conforme o Gráfico 2. A maior participação nos projetos se dá pelas universidades e IES públicas e estatais, denotando, para todos os efeitos, seu grande potencial e notória competência nas atividades extensionistas. Considerando que apenas recentemente há o reconhecimento do segmento comunitário entre as universidades privadas, o que se deu mediante prestimoso trabalho abarcado pela ABRUC e, na Extensão, pela atuação do ForExt, com os demais Fóruns Nacionais de Extensão, especialmente o ForproEx, a inclusão das comunitárias nos editais e chamadas públicas de Extensão serviu para demonstrar a competência e a habilidade institucionais dessas universidades, o que se justifica pelo acima demonstrado. A contar pelos dois anos (2004 e 2005), em que se facultou a participação das universidades comunitárias nestes editais, elas, por sua vez, vêm desempenhando o seu papel com competência, cujo reconhecimento se dá, concretamente, pela aprovação de seus 34 projetos de Extensão, conforme demonstrado. Com certeza, as instituições comunitárias têm ainda muito a contribuir para o cenário não só da Extensão como também para o do ensino superior como um todo. Este estudo dá conta apenas de um cenário nacional e parcial a partir da Extensão. Ele não esgota qualquer análise sobre as universidades comunitárias, muito menos sobre a Extensão. Mas serve (ao menos) para indicar que a participação das comunitárias no cenário da Extensão está se firmando, com entusiasmo e empenho. Maio/Junho - 2006 9 Genética na prevenção do câncer Equipe da USC avalia predisposição hereditária e oferece apoio continuado ao paciente s possíveis influências genéticas na incidência de males como o câncer apontam para necessidade de aconselhamentos clínicos especializados. Na Clínica de Educação para a Saúde (CEPs), da Universidade do Sagrado Coração (USC), a equipe de Genética Médica presta atendimento oncogenético a pacientes e familiares, respondendo questionamentos e analisando a predisposição hereditária. Os atendimentos podem ser agendados por meio de vários convênios particulares, inclusive pelo SUS (Sistema Único de Saúde). O médico geneticista Antonio José Brussolo Cunha, integrante da equipe da Avaliação Genética da CEPs/USC, avalia que a experiência clínica justifica a necessidade de acompanhamento oncogenético a pacientes e familiares. Segundo ele, análises científicas mostram que o câncer é causado por influências ambientais e predisposição hereditária, daí a importância da avaliação genética. Brussolo cita o exemplo de que parentes consangüíneos de um paciente com câncer de pulmão, fumantes ou não-fumantes, correm risco quatro vezes maior de contraírem o câncer do que uma pessoa com o histórico familiar isento da doença. Segundo a equipe de genética médica da CEPs, a área é uma especialidade que estuda doenças here- A 10 Maio/Junho - 2006 que um órgão ou sistema, cuja origem são genes específicos transmitidos nas famílias”, explica o médico. A doutora Leila Maria Vieira, coordenadora da CEPs/USC e integrante da área de enfermagem da equipe de genética médica, afirma que o aconselhamento Leila Maria Vieira, coordenadora do CEPs/USC genético na área da oncologia consiste no ditárias que podem gerar mutações diagnóstico da doença do paciente, sogênicas e alterações cromossômicas, cau- mado a seu histórico familiar, para sadoras de doenças, como o câncer. assim estabelecer riscos e apontar atituBrussolo explica que o câncer, concei- des de prevenção e de diagnóstico da tualmente, é uma doença genética e que doença. 10% dos casos são considerados hereAtendimento continuado - A equiditários pela ciência. No trabalho reali- pe de genética médica da CEPs/USC avazado na CEPs/USC a equipe orienta e lia o histórico familiar do paciente e utiesclarece, por exemplo, a diferença en- liza critérios científicos para apontar os tre câncer familial e câncer hereditário. possíveis casos e predisposições heredi“O câncer é chamado familial quan- tárias. do existe na mesma família vários memNas consultas, os pacientes são subbros afetados por câncer, com grau de metidos a entrevistas para coleta de parentesco próximo ou distante e com dados, análises de risco, recebem infortumores semelhantes ou não, porém mação técnico-científica, suporte e existem diversos fatores ambientais e aconselhamento psicológico, apoio para genéticos envolvidos no aparecimento a tomada de decisão perante o tratadestes tumores. Já o câncer hereditário mento do câncer e acompanhamento são tipos de neoplasias que afetam mais continuado. SAP se instala na Unisinos U m evento simples, realizado na ala residencial do Palácio Piratini, oficializou uma enorme vitória para o futuro do Rio Grande do Sul e, até mesmo, do País: a vinda da SAP, um Centro Global de Serviços, para o campus da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), em São Leopoldo. “Não foi uma vitória apenas da Unisinos e de São Leopoldo, foi do Rio Grande do Sul e do País. A parceria coloca o Brasil na rota de inovação tecnológica”, afirmou o reitor Marcelo Fernandes de Aquino. Para o governador Germano Rigotto, a instalação da SAP no estado dá início a um ciclo virtuoso. “Trazer uma empresa desse porte para o Rio Grande do Sul tem um valor incrível para nós. Atrás dela, devem vir várias outras empresas, fazendo do segmento de Tecnologia da Informação uma forte alavanca para o desenvolvimento do Rio Grande”, celebrou. “O Pólo de Informática de São Leopoldo é um exemplo de integração com a universidade e de absorção de mão-de-obra qualificada”, complementou. Essa aliança, entre outros fatores, levou a SAP a escolher a Unisinos. “Após dois anos de batalha, consegui concretizar um projeto pessoal e de toda a diretoria da SAP Brasil, e num formato ainda melhor do que o concebido inicialmente”, salientou o diretor-presidente da SAP Brasil, José Ruy Antunes. Reitor Marcelo de Aquino assina, na presença do governador Germano Rigotto, documento que oficializa a instalação da SAP na Unisinos Por dentro da SAP Há 30 anos, nove funcionários davam início àquela que se tornaria a maior fabricante de softwares de gestão empresarial no mundo. De lá para cá, um único movimento marcou a trajetória da SAP nessas três décadas: crescimento. E acelerado. Com mais de 32 mil clientes espalhados pelo planeta, no ano passado, a alemã faturou 8,5 bilhões de euros. Somente no Brasil, foram 124 milhões de euros. A empresa desfruta de uma clientela invejável: Basf, Gerdau Açominas, Nestlé, Unibanco, Votorantim Celulose e Papel, McDonald’s, Volkswagen. Quanto a parceiros de desenvolvimento e suporte, nada menos que IBM, Microsoft, Intel, Sun e Softtek ajudam a SAP a manter 62% do mercado mundial de softwares de gestão. Único na América Latina, o Centro Global de Serviços de São Leopoldo nasceu em cinco de junho voltado ao atendimento de clientes, em especial, os estrangeiros. A estimativa é de que 95% da rentabilidade do centro sejam provenientes de exportações. Devido à pequena diferença de horário, o principal público-alvo serão empresas instaladas nas Américas, mas a unidade poderá atender clientes de qualquer parte do mundo. O centro abre suas portas com 40 funcionários, número que será dobrado no segundo semestre. Em dois anos, a unidade deverá contar com cerca de 400 pessoas. Além dos empregos diretos, a SAP deve gerar entre 800 e 1,2 mil vagas indiretas de trabalho até 2008. Maio/Junho - 2006 11 Curso nasceu em 1946 para suprir necessidade de expansão da indústria paulista Engenharia Química da FEI comemora 60 anos Com mais de dois mil profissionais formados, o curso foi o primeiro a ser criado por uma instituição não-governamental no Brasil A lém do Dia do Químico, celebrado em 18 de junho, os engenheiros químicos formados pelo Centro Universitário da Fundação Educacional Inaciana (FEI) têm um grande motivo para comemorar: os 60 anos do Curso de Engenharia Industrial Química da instituição, um dos primeiros e mais promissores do Brasil, criado para ajudar a suprir as necessidades da expansão da indústria de base que se instalava no estado de São Paulo nos anos 40. De uma aula magna, proferida em maio de 1946, na Rua São Joaquim, em São Paulo, o curso é considerado hoje um dos principais celeiros de profissionais da área de Química do País. Entre os exalunos,o curso coleciona nomes importantes como o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan; o ex-ministro das Co- 12 Maio/Junho - 2006 Alunos desenvolvem estudos como preparação e produção de combustíveis municações, Sérgio Motta; diretor-presidente da Sakura Nakaya, Renato Kenji; e o executivo de Projetos da PQU (Petroquímica União), Jorge Rosa. O Curso de Engenharia Industrial Química foi o primeiro a ser implantado durante a criação da Faculdade de Engenharia Industrial, que mais tarde passou a ofe- recer mais seis áreas da Engenharia: Mecânica, Civil, Têxtil, Elétrica, Produção e Metalurgia/Materiais. A antiga Faculdade de Engenharia Industrial, que era mantida pela Fundação de Ciências Aplicadas - agora denominada Fundação Educacional Inaciana Pe. Sabóia de Medeiros - foi transformada em Departamentos do Centro Universitário. Com dois mil engenheiros químicos formados, o curso da FEI foi o primeiro de uma instituição não-governamental e o terceiro a surgir no Brasil. “A criação do curso foi um marco importante que contribui até hoje para o desenvolvimento econômico e social do Brasil”, avalia Marcio Rillo, reitor da FEI. O Curso de Engenharia Química da FEI atravessa um excelente momento, com uma elevada margem de empregabilidade (85%), forma 40 engenheiros químicos por ano. “Privilegiamos o desenvolvimento de processos e produtos e também as pesquisas de iniciação científica”, explica Luiz Carlos Bertevello, professor-doutor e coordenador do curso. Segundo ele, o currículo é atento às necessidades da indústria, que busca profissionais capazes de criar e absorver inovações tecnológicas. “Além disso, 2/3 do tempo do aluno são gastos em laboratórios, projetos e estágios”, acrescenta. A idade garante privilégios ao curso, que reúne um dos mais elevados níveis de capacitação do corpo docente e atualização de laboratórios. Dos 18 professores, 70% têm doutorado e só este ano mais de R$ 800 mil serão investidos na ampliação do laboratório de combustível, de análise instrumental, termodinâmica e de automação e controle de processos. “A regra no departamento é acompanhar o ritmo de modernização da indústria química”, destaca Bertevello. Vocação - O curso é, também, um dos exemplos da vocação industrial que permeou a criação da Faculdade de Engenharia Industrial, resultado de uma ação conjunta de padres jesuítas e empresários paulistas. Com isso, marcas como Rhodia, Basf, Tintas Coral, Oxiteno, Menver, Solplas, Bombril, Magno e Smar estão na lista das parcerias, realizadas em 60 anos de curso, que é responsável por importantes pesquisas, como o desenvolvimento do projeto do álcool da mandioca – uma alternativa de fonte energética nos anos 70 – e a criação da primeira palha de aço inoxidável do Brasil. Na linha de pesquisas, o Curso de Engenharia Química da FEI realiza estudos sobre preparação e produção de combustíveis; produção de biodiesel; fracionamento e preparação de gasolina automotiva; purificação de óleos vegetais comestíveis; desenvolvimento de embalagens alimentícias de PVC; avaliação e análise de risco em processos industriais; aproveitamento energético; purificação de enzimas vegetais; desenvolvimento de materiais poliméricos com aplicações nas áreas de autopeças e embalagens;e automação e controle de processos industriais, com aplicação de inteligência artificial e controle convencional. Arranjos produtivos Pesquisa da UCPel apura visão do jovem sobre universidade, empresa e governo C om vistas a contribuir como subsídio para estudos e alternativas que visam à empregabilidade futura de jovens universitários, o professor da Escola de Educação da Universidade Católica de Pelotas (UCPel), Pedro Ernesto Andreazza, desenvolveu uma pesquisa na área de educação, tecnologia e inclusão, intitulada Implicações das Novas Tecnologias na Organização do Trabalho: Uma visão do aluno trabalhador. Na elaboração da pesquisa colaboraram os professores Jabr Hussein Deeb Haj Omar e Christiane Heemann. A pesquisa – O trabalho aborda os resultados de um levantamento realizado com jovens universitários trabalhadores da UCPel. A enquete investiga e avalia, por meio do nível de satisfação dos entrevistados, os múltiplos aspectos que envolvem o novo mundo do trabalho. O eixo central da pesquisa é a interação universidade, empresas e governo nos arranjos produtivos, enfocando o tema do desemprego entre os jovens, a tecnologia e a inovação. “Sem o encadeamento de arranjos institucionais entre os setores acadêmico, empresarial e público, apoiados em políticas de desenvolvimento tecnológico reorientado, com a utilização crescente de recursos em pesquisa e tecnologia como ferramentas, o Brasil estaria na contramão da nova economia”. De acordo com a pesquisa, o papel atual do conhecimento coloca as universidades, os centros de pesquisas e a tecnologia como partes integrantes do processo de produção. Para Andreazza, a parceria universidade e iniciativa privada gera resultados em benefício da sociedade. Fórum - O trabalho de Andreazza foi apresentado no III Fórum Nacional de Educação, realizado no mês de maio, no Rio Grande do Sul. O Fórum procura socializar, debater e confrontar as teorias e práticas produzidas por professores e pesquisadores brasileiros em questões como: formação, trabalho, educação e inclusão social. Maio/Junho - 2006 13 Memórias da Copa Museu Nacional do Calçado do Centro Universitário Feevale mostra peças utilizadas por atletas em Copas do Mundo N o clima de Copa do Mundo, o Museu Nacional do Calçado (MNC), do Centro Universitário Feevale, em São Leopoldo (RS), está participando, ao lado da Fundação Scheffel e do NovoShopping, da exposição “Memórias da Copa”, inaugurada em maio e que permanecerá aberta ao público por 90 dias. O espaço da instituição, denominado “Kulturplatz”, foi reformulado para a mostra e recebeu as cores azul, branca e amarela e piso de grama sintética. Além de peças do acervo do Museu, a exposição apresenta fotos inéditas de Alceu Feijó, o único fotógrafo do Rio Grande do Sul que cobriu a Copa do Mundo de 1970, realizada no México. As imagens foram cedidas pela empresa jornalística Caldas Júnior, a quem pertence o Correio do Povo, jornal para o O espaço do Feevale foi reformulado para a Mostra e recebeu as cores azul, verde, branco e amarelo 14 Maio/Junho - 2006 UNICAP qual Feijó trabalhava na época. Integram ainda a exposição entrevistas com pessoas da comunidade falando de suas vivências relativas à Copas do Mundo, informações e imagens de Júlio Kunz Filho (primeiro atleta da região de colonização alemã que jogou na Seleção Brasileira - 1920,1921 e 1922) e a exibição do documentário “História das Copas do Mundo”, organizado pela Fifa. Para o curador da exposição Memórias da Copa e da Fundação Scheffel, Ângelo Reinheimer, as peças do MNC chuteiras de Ronaldinho Gaúcho, Taffarel e Everaldo e a camisa da seleção assinada por Falcão – contribuem com a construção visual do tema. “O MNC trouxe à exposição evidências materiais da Copa do Mundo. Esperamos um recorde de público”, afirmou Reinheimer. Documentário - Está sendo exibido, ainda, o documentário “Fifa Futebol: O Melhor do Século”, de Orlando Duarte, que mostra imagens como a do título mundial do Corinthians de 2000, do primeiro mundial em 1930, entrevistas exclusivas, histórias sobre os grandes times, clubes e grandes jogadores como Pelé, Ronaldo e Maradona. Professores e alunos participam da cobertura da Copa do Mundo No dia 9 de junho, quando as seleções da Alemanha e da Costa Rica entraram no estádio Allianz-Arena, na cidade alemã de Munique, os olhos do planeta estavam voltados para a Copa do Mundo 2006. Equipes de reportagem de diferentes lugares do globo trabalham na transmissão dos jogos entre eles quatro profissionais da Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP). Os professores do Departamento de Comunicação Social e Turismo (DCST), Álvaro Filho e Marcelo Abreu e os alunos do Curso de Jornalismo, Rembrandt Júnior e Aroldo Costa foram os escalados para a cobertura do evento. Álvaro Filho, correspondente do Sistema Jornal do Commercio de Comunicação, tem a tarefa de enviar matérias sobre a Copa do Mundo para sua colu- na, que durante a competição se transforma em página inteira, e para o blog Missão Alemanha, que assina no portal JC on-line. “Procuro dar uma olhada, durante a cobertura, para ver como se processa o evento”, revela o professor, explicando que pretende fugir um pouco do convencional. “São coberturas paralelas”, explica. Os textos da coluna trazem curiosidades sobre os bastidores da competição, como o trabalho das equipes internacionais de reportagem. Além disso, Álvaro apresenta as cidades onde a Seleção Brasileira jogará. O blog serve como um diário de viagem. Nele, o jornalista mostra o diaa-dia na Alemanha e promove eleições interativas com os leitores. Quem visita o site pode escolher o próximo destino do correspondente com sugestões como: se ele observará o treino de uma ou outra seleção, por exemplo, ou se visitará um museu ou outro ponto turístico qualquer. O professor Álvaro Filho já participou de outras coberturas esportivas internacionais. Em 1998 cobriu a Copa do Mundo da França, em 2004 as Olimpíadas de Atenas, na Grécia, além do torneio de tênis de Wimbledon, na Inglaterra, em 2001. Além disso é autor de três livros: Bola por Mato, Graças a Zeus e Tudo o que as Mulheres Queriam Saber Sobre Futebol e Tinham Medo de Perguntar. O narrador esportivo da Rádio Jornal e aluno do 4º período de Jornalismo da UNICAP, Aroldo Costa, está estreando em coberturas internacionais. Já Rembrandt Júnior, narrador esportivo da Rede Globo e que está no ultimo período do Curso de Jornalismo da UNICAP, viaja para o Rio de Janeiro. Lá, ele transmitirá alguns jogos e participará de debates tanto para a Globo como para o canal por assinatura SportTV. Ele já trabalhou dessa mesma forma no mundial do Japão e Coréia, em 2002. Maio/Junho - 2006 15 Animais que viveram há 11 mil anos no cerrado brasileiro convidam visitante a refletir sobre a vida na Terra Foto: Marta Carneiro Arte, história e reflexão A vida no cerrado mineiro há 11 mil anos pode ser apreciada na exposição permanente “A Grande Extinção – 11 Mil Anos”, inaugurada em 7 de maio, no Museu de Ciências Naturais da PUC-Minas. O curador da exposição, o paleontólogo Castor Cartelle, afirma que “agora se mostra à comunidade algo pesquisado ao longo de 30 anos. Aí está, para que se conheça essa parte da história. É uma coleção simplesmente primorosa. Um compêndio de arte, de história e de reflexão”. No segundo andar do Museu, 20 animais completos – preguiça-gigante, tigre-dente-de-sabre, mastodonte, tatucanastra, entre outros – e mais de 200 peças compõem o acervo, que é uma referência internacional na área. “Aqui temos o maior e mais completo macaco fóssil encontrado em todo o mundo, o Protopithecus brasiliensis”, destaca Cartelle. Trabalho minucioso - Mas, além de expor o trabalho minucioso dos paleontólogos, Cartelle explica que, com essa exposição, pretende provocar reflexões na contemporaneidade. “Se animais desse porte foram extintos de forma natural, imagine o que pode acontecer se os homens continuarem queimando, destruindo a nossa casa comum?”, indaga. O Museu convidou o artista visual Tarcísio Ribeiro e a designer de produtos Cristina Abjaode e estabeleceu um encontro entre a arte contemporânea e a ciência natural. “A exposição tem uma cenografia conceituada. Do lado de fora das vitrines, sugerimos a queimada, a depredação, pois tudo é mais escuro. Dentro das vitrines é verde, sugerindo a 16 Maio/Junho - 2006 Preguiça-gigante faz parte do acervo da PUC-Minas: referência internacional vida. Esse contraste causa uma inquietação”, explica Tarcísio. O cenário, de acordo com o artista visual, valoriza e dá mais visibilidade às peças, mas não compete com elas, há uma harmonia. Cristina Abjaode define o trabalho feito por eles como um “projeto com estética. Não trabalhamos só o design, mas pensamos nas questões de economia, de segurança e do aproveitamento pedagógico para os visitantes”. Área de contemplação - Depois de passar por três árvores de metal com acabamento de oxidação e cinco metros e meio de altura, que representam as gameleiras que crescem nas clareiras das grutas, e ver as peças nas vitrines através de vidros que simulam cristais, o visitante encontrará um mural de 13 metros de largura e quatro metros de altura. “Essa é a área de contemplação. Diante desse painel, as pessoas irão refletir”, afirma Cartelle. Utilizando a téc- nica óleo sobre tela, o artista plástico Walter Lara reproduziu a vida na Era Pleistocênica e proporcionou o reencontro de animais extintos com alguns que ainda hoje podem ser encontrados. A preponderância dos tons de verde exprime a idéia de vida na tela, que, instalada a 60 centímetros do chão e com uma leve curvatura, proporciona às pessoas uma sensação de inserção na paisagem. “De frente para o painel, a pessoa terá a linha do horizonte à altura dos olhos. E para as crianças também ficará confortável admirar”, esclarece. Lara se envolveu com o conceito da exposição e diz que também teve “a intenção de provocar uma discussão, pois os fósseis nos remetem à vida e nos fazem questionar o sentido dela”. Design agrega ciência e arte - Para a coordenadora do Museu, Tudy Câmara, “além do valor científico, que é muito importante, essa exposição tem o dife- rencial de um design que agrega ciência e arte. Ela é grandiosa, tem uma cenografia impactante e uma mensagem educativa fundamental”. Os visitantes também têm acesso a uma atividade interativa na exposição. Através de uma parceria com a Escola de Engenharia Mecatrônica, foram instalados cinco computadores, nos quais os visitantes poderão conhecer o hábito alimentar e o processo de mastigação de animais herbívoros, carnívoros e onívoros. Para desenvolver os movimentos das cabeças dos animais, foram realizadas cerca de 50 tomografias dos crânios, doadas pelo Centro de Imagem Axial. Coleção é destaque na América Latina - A coleção do Museu de Ciências Naturais da PUC-Minas é uma das principais do País e da América Latina. “Essa é uma coleção aberta à comunidade científica e tem atraído pesquisadores de vários países, como Argentina, Estados Unidos, Canadá, Espanha e França”, afirma Cartelle. Mais de cem trabalhos científicos já foram publicados a partir da pesquisa desse grupo, que é o mais antigo da Universidade. “Uma doutoranda americana está vindo a Belo Horizonte para estudar o macaco Protopithecus brasiliensis”, informa o pesquisador. “O Museu é um espaço de aulas práticas para os alunos da graduação e da pós-graduação”, garante Tudy. De todo o acervo exposto no local, apenas algumas peças são originais. “Nós desenvolvemos tecnologia para reproduzir as peças e as originais ficam preservadas na coleção, organizadas de maneira científica”, explica a diretora do Museu. Para a realização da Exposição, o Museu contou com recursos de R$ 250 mil, provenientes da Fundação Vitae, de São Paulo. Anualmente, o Museu recebe mais de 36 mil visitantes e o público principal são estudantes do ensino fundamental e médio. UNIVATES elabora projeto regional Vale dos Lácteos tenta à forte representatividade da agropecuária na atividade econômica do Vale do Taquari, onde, entre os principais produtos de origem animal, destacam-se o leite e o queijo, o Centro Universitário UNIVATES está lançando o projeto regional Vale dos Lácteos. Desenvolvido pela Pró-Reitoria de Pesquisa, Extensão e Pós-Graduação, Escritório de Relações com o Mercado (ERM) e o Programa Repensando o Agro no Vale do Taquari, o projeto tem como objetivo gerar o desenvolvimento biotecnológico da região, por meio da geração de novos produtos e da agregação de valor aos produtos lácteos. Inicialmente, o projeto vai diagnosticar a produção e a transformação de produtos lácteos no Vale do Taquari e, com base nos resultados apurados, serão estabelecidas parcerias com empresas e cooperativas locais, bem como com instituições européias que possuem avançadas A tecnologias/processos de fabricação de produtos lácteos. Entre as atividades previstas estão a realização de visitas de empresários, produtores e pesquisadores do Vale do Taquari a instituições européias e a vinda de representantes dessas instituições para o Vale, para a realização de palestras, seminários e cursos, disseminando, assim, conhecimentos e novas tecnologias. A formação e a consolidação do conhecimento dos envolvidos no projeto acontecerão por meio de módulos de extensão que abordarão conceitos de biotecnologia aplicados ao desenvolvimento de novos produtos lácteos (com maior valor agregado) e novos processos de produção. Para servir de suporte à caracterização e à avaliação das amostras estudadas, será necessária a implantação de um Laboratório de Análises de Leite – Rede Leite no Vale do Taquari, devidamente equipado, para realizar análises da qualidade do leite. Projeto prevê o desenvolvimento biotecnológico da região do Vale do Taquari Maio/Junho - 2006 17 Brincando e aprendendo Professores e bolsistas da UNISC mostram que estudar pode e deve ser divertido É possível brincar e, ao mesmo tempo, estudar e aprender Física, Matemática, Química ou Biologia? Para um grupo de professores e bolsistas do Centro de Ciências da Universidade de Santa Cruz do Sul (Ceciunisc), a resposta é sim. Tornar as duas atividades compatíveis, prazerosas e, acima de tudo, complementares vem sendo objeto de estudo e pesquisa na Universidade há 13 anos, originando, em 2003, o projeto produção e avaliação de materiais didático-pedagógicos. Desde 1983 o Ceciunisc vem incentivando a criação e o desenvolvimento de jogos e brincadeiras que estimulem o aprendizado de forma lúdica, didática e divertida. Nesse período, centenas de alunos e bolsistas apresentaram em salas de aula, durante e após a graduação, uma diversidade de idéias com o objetivo de despertar em crianças de 5ª a 8ª série o gosto pela Matemática, Física, Química e Biologia. “Com o projeto, a idéia agora é fazer um levantamento dos conteúdos e das estratégias abordadas em escolas da região de abrangência Novas técnicas – Para a coordenadora da área de Matemática, Liane Wendling Roos, a idéia do projeto não se limita a entregar fórmulas prontas aos professores. “O objetivo é estar sempre incentivando professores e alunos a testarem novas técnicas”. Lecy Kothe, também coordena a área de Matemática; os professores Benhur Borges Jogos educativos estimulam a atenção de crianças de 5ª a 8ª séries Rodrigues, a área de Física; e da universidade”, ressalta a coordena- Rosana de Cássia de Souza Schneider,a dora-geral do trabalho, Tânia Bernhard, de Química. professora do Departamento de BioloConforme os professores, os jogos gia e Farmácia. “Com isso, pretendemos educativos estimulam a atenção, a coelaborar um caderno de atividades com ordenação motora, a criatividade e o as técnicas utilizadas e avaliadas”, regis- raciocínio da criança. “É possível dar tra. Segundo ela, o trabalho já está qua- aulas com materiais alternativos e de se pronto. A previsão é de que, ainda baixo custo”, salienta Tânia. este ano, o material possa ser impresso Alguns experimentos do projeto: e distribuído para professores de toda a Movimentos da Terra; Construindo uma região. “O passo seguinte é transformar Bússola; Comparando Rapidez; Modelao material em CD e ainda disponibilizar gem Matemática; Verificador de as técnicas por meio de uma home page, Empuxo; Gerador de Estrelas; Pólos permitindo que os usuários avaliem as Magnéticos; Relógio de Gotas de Água; práticas utilizadas”, adianta ela. Balança; Origami e Jogo imobiliário. Control C + Control V assombram o ensino studantes abusam do Ctrl C + Ctrl V na produção de trabalhos e comprometem a qualidade do aprendizado e a capacidade de criação. O tema foi matéria principal de uma edição do jornal da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas). A equipe do jornal não teve qualquer dificuldade em encontrar estudantes, dentro e fora da universidade, que copiam textos da Internet na produção de trabalhos escolares e acadêmicos. E 18 Maio/Junho - 2006 Alguns até demonstraram interesse em exibir suas identidades, mas foram avisados que seus nomes e respectivos cursos seriam preservados. O plágio é uma prática antiga no meio educacional, mas se difundiu nas últimas décadas pela praticidade e diversidade das ferramentas oferecidas pela rede de computadores. Professores alertam que esse comportamento pode levar à perdas de criatividade e prejudicar o processa- Professora da UCPel estuda o Orkut Orkut, uma rede social filiada ao site de buscas Google, é uma coleção de figurinhas. É o que aponta um estudo da jornalista e pesquisadora Raquel Recuero, professora da Escola de Comunicação Social da Universidade Católica de Pelotas (Ecos/UCPel). A convite da Google, Raquel apresentou seu trabalho para representantes da empresa, em São Francisco, nos Estados Unidos, de onde retornou no início do mês de maio. O estudo integra o trabalho de doutorado da jornalista sobre as dinâmicas das redes sociais na internet, desenvolvido há dois anos na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Veículo de lazer – Segundo Raquel, o Orkut como ferramenta profissional está relegado a segundo plano. “Ele é apontado pela maioria dos usuários como um veículo de lazer e entretenimento”, esclarece. “O site passou a ser uma tendência”, completa. Bem ou mal, isso está relacionado ao valor social e ao status que o veículo projeta. “Tentase, de alguma forma, atrair as pessoas que passam a fazer parte do universo social. Quem não está, entra; quem sai, volta. Por isso torna-se uma necessidade”, continua ela. “Constrói-se uma imagem. Estão lá as melhores fotos, os desenhos produzidos em teclas de compu- O mento de informação e raciocínio. Depoimentos de alunos confirmam esses problemas e ainda apontam a dependência da Internet e os tropeços no mercado de trabalho. Além da falta de ética, os Códigos Civil e Penal consideram crime a cópia de textos sem citação do autor. Sites de busca, trabalhos manuscritos e chamada oral são algumas das medidas adotadas pelos educadores para coibir a ação de maus alunos. usuários. Os homens correspondem a 54%. Um dado que, segundo Raquel, pode ser decodificado como igualitário, já que nem sempre as informações são fiéis. Prova disso é o índice de menores que mantêm perfil no site: a expressiva maioria. “Embora proibido para menores de 18 anos, adolescentes e crianças mentem a idade para ter acesso ao programa”, esclarece. Jornalista Raquel Recuero estudou dinâmicas de Fenômeno de usuáredes sociais na internet rios no Brasil, o Orkut tador (ascii), e-mails, MSN e links para ainda não cativou os americanos. Curiofotologs e weblogs. Quanto maior o nú- samente, segundo Raquel, ele começa a mero de amigos, mais prestígio social e surgir como uma “onda” em países como popularidade. Você não é um eu físico e a Índia, o Irã e o Paquistão. “Embora não sim um eu construído. Há uma luta para falem o mesmo idioma, o perfil do usuáque o leitor interaja com você e veja o rio destes lugares possui as mesmas características”, afirma ela. Na Europa, o quanto você é legal”, descreve. Comportamentos – O estudo de destaque é a Estônia, com características Raquel Recuero revela novos comporta- tão marcantes quanto o Brasil. “No Bramentos que estão vindo à tona por meio sil, embora não haja um levantamento do Orkut. Inicialmente criado para a tro- por estados, as regiões Sul e Sudeste são ca de recados (ou scraps), o Orkut pas- apontadas como as principais usuárias do sou a ser utilizado em conversas e jogos site. Posição oposta a do Norte, onde os virtuais. “As pessoas passaram a utilizá- usuários praticamente não existem. O interesse da Google por informalo como um complemento de suas relações sobre a versão brasileira do site está ções sociais. Relações estas que, muitas vezes, sequer existiam na vida cotidia- na ascensão do Orkut no País. O grupo na”, explica ela. “Como exemplo pode- já trabalha com um sistema de mos citar as comunidades, que são utili- rastreamento para identificar conteúdos zadas muito mais para construir uma indevidos. “Eles estão cada vez mais imagem do que propriamente para preocupados com isso”, revela Raquel. interação. Aliás, há pouquíssima Há cerca de um mês, os usuários taminteração nas comunidades. Apenas 5% bém passaram a desfrutar de um servidos usuários interagem nos grupos do ço que disponibiliza as últimas cinco qual fazem parte. A maior interação se pessoas com acesso ao seu perfil. Além de um mecanismo de identificação, a ferdá por meio dos scraps”, diz. Fenômeno verde e amarelo – Ain- ramenta permite interagir com os demais da segundo o trabalho de Renata, cerca usuários que passam pelo perfil. “Eles de um terço dos 22 milhões de brasilei- sabem que as pessoas reagiram a isso, ros com acesso à Internet está no mas argumentam que pode ser Orkut, algo entorno de sete milhões de desativado”, explica. Maio/Junho - 2006 19 Tr a b a l h o s Comunitários Comunitárias catarinenses assinam acordos e desenvolvem atividades conjuntas A s três universidades comunitárias da região Oeste de Santa Catarina assinaram documentos que formalizam o desenvolvimento de atividades conjuntas. Através de um termo de cooperação acadêmica, a Universidade Comunitária Regional de Chapecó (Unochapecó), a Universidade do Oeste de Santa Catarina (Unoesc) e a Universidade do Contestado (UnC) implementam atividades de interesse comum envolvendo o ensino, a pesquisa e a extensão, operacionalizadas através de programas, projetos e ações. Em decorrência desse termo de cooperação, também foi assinado acordo para a implantação de um programa de mestrado interinstitucional. A solenidade de assinatura dos dois documentos foi realizada em 11 de abril, na Reitoria da Unochapecó. Assinaram os documentos os reitores da UnC, Gaston Mário Bojarski, e da Unochapecó, Gilberto Luiz Agnolin, e o pró-reitor de Pesquisa, Extensão e Pós-Graduação da Unoesc, Luiz Carlos Lückmann. O ato também teve a presença de outros dirigentes, docentes e técnicos das três instituições, entre eles o pró-reitor de Pesquisa, Extensão e PósGraduação da UnC, Darci Martinello, e a Trabalhando com mais saúde e bem-estar G inástica laboral, orientação postural e ergonômica, acompanhamento nutricional e atividades terapêuticas fazem parte da rotina semanal de funcionários de vários setores da Universidade de Sorocaba (Uniso). Eles participam do Programa Unisaúde, implantado, em julho de 2004, pela PróReitoria Administrativa, com o objetivo de consolidar, dentro da cultura organizacional, práticas voltadas à promoção da qualidade de vida dos colaboradores. 20 Maio/Junho - 2006 Vida saudável - O Programa possui uma equipe multidisciplinar, integrada por profissionais das áreas de Recursos Humanos, Nutrição, Esportes, Terapia Ocupacional, Medicina e Segurança do Trabalho. Já participaram do Unisaúde 66 funcionários do Setor de Relacionamento, onde foi desenvolvido o projeto-piloto, da Biblioteca e mais recentemente do Setor de Serviços de Apoio. “Um dos principais objetivos é fazer com o que colaborador tenha uma vida vice-reitora de Pesquisa, Extensão e PósGraduação da Unochapecó, Maria Assunta Busato. Para firmarem o termo de cooperação, as três universidades levaram em consideração o papel histórico e estra- A solenidade de assinatura dos documentos aconteceu na Unochapecó tégico que vêm cumprindo na região a partir da estruturação das fundações mantenedoras de origem municipal e com gestão privada. Também avaliaram a necessidade de evitar a duplicação de esforços e de recursos humanos, orça- mentários e materiais, além de organizar e mobilizar de maneira racional os interesses comuns para assegurar resultados eficientes para a comunidade no desenvolvimento de atividades de interesse regional conduzidas por qualquer uma das três universidades. O documento estabelece a forma de operacionalização dos programas, projetos e ações, os compromissos das universidades e a forma de coordenação para fomentar o desenvolvimento regional sustentável do Oeste de Santa Catarina. Outro documento assinado entre as três universidades foi um termo de acordo que institui, de forma conjunta, o Programa de Mestrado em Desenvolvimento Rural. O projeto desse curso será autorizado por ato do Conselho Universitário de cada uma das instituições associadas e encaminhado à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), do Ministério da Educação, para aprovação, e ao Conselho Nacional de Educação. O acordo prevê que o programa será sediado no primeiro triênio na Unochapecó, no segundo na Unoesc e no terceiro na UnC, tendo como ministrantes doutores das três ins- O programa possui equipe multidisciplinar de Recursos Humanos, Nutrição, Esportes, Terapia Ocupacional, Medicina e Segurança do Trabalho mais saudável dentro e fora da Instituição, melhorando seu nível de saúde e também o clima organizacional, estimulando sua criatividade e o desenvolvi- mento da comunicação e da socialização, independentemente da hierarquia”, explica a terapeuta ocupacional Lílian Zanoni, da equipe do Programa. tituições. As 20 vagas anuais serão divididas paritariamente. Outras ações desenvolvidas - A discussão sobre a possibilidade de serem realizados conjuntamente cursos de mestrado e de doutorado foi iniciada pela Unochapecó, Unoesc e UnC em 2004. Juntas, as três universidades possuem 39 mil alunos na graduação, cinco mil na pós-graduação e 2.430 docentes, mais da metade com mestrado e doutorado. Conjuntamente, as três universidades já realizam o Programa de Educação Superior para o Desenvolvimento Regional, do qual também participam as 14 Secretarias de Desenvolvimento Regional localizadas no Oeste. Iniciativa pioneira na educação superior brasileira, esse programa objetiva influenciar o desenvolvimento estratégico da região Oeste e inclui um curso superior seqüencial e uma pós-graduação em nível de especialização em Administração Pública. Participam do programa cerca de 700 alunos de graduação, que são subsidiados em 70% da mensalidade de seus cursos e freqüentam gratuitamente o curso seqüencial de Agentes para o Desenvolvimento Regional, com três anos de duração. Etapas - O Unisaúde é desenvolvido em quatro etapas. Na primeira, é feita a apresentação dos objetivos e atividades a serem realizadas pelo setor que irá iniciálo. Na segunda etapa, a equipe faz uma avaliação individual, que compreende entrevista com o funcionário, análise das condições de vida e de trabalho, avaliação nutricional e clínica e análise de exame ambulatorial (triglicérides, colesterol, glicemia e hemograma), entre outras. Na terceira etapa, são iniciadas as atividades semanais de terapia ocupacional, acompanhamento nutricional, ginástica laboral, avaliação e orientação postural e ergonômica. A quarta e última etapa consiste na manutenção do Programa; os funcionários continuam com a ginástica laboral e ainda participam de um grupo de terapia. Maio/Junho - 2006 21 Tr a b a l h o s Comunitários Venha brincar na PUCPR A Direção de Relações Internas, por meio do Núcleo de Projetos Comunitários, realiza pelo segundo ano consecutivo, com os alunos de graduação, um evento denominado Venha Brincar na PUCPR. Trata-se de uma atividade de educação e integração social que acontece quinzenalmente com crianças da Vila das Torres. No dia 20 de maio, o projeto contou com a participação dos alunos das 2ª séries da Escola Estadual Manoel Ribas. “Inicialmente fechamos parceria com esta escola, mas nossa intenção é ampliar o convite para toda a comunidade paranaense”, conta Marilda Corbelline, coordenadora do Núcleo de Projetos Comunitários da PUCPR. O evento conta com a participação de aproximadamente 25 alunos de diversos cursos de graduação da PUCPR e ocorre nas instalações da Universidade, na área do complexo esportivo. São atendidas em cada edição cerca de 100 crianças com idade entre 6 a 14 anos. O projeto conta ainda com o apoio dos funcionários das equipes de segurança e infra-estrutura. “Além de disponibilizar para a comunidade nossas instalações e equipamentos, o objetivo do projeto é trabalhar de forma lúdica e antecipada nas crianças o sonho acadêmico”, declara Marilda. Segundo a diretora da Escola Manoel Ribas, Denise Maria Sentoni, o projeto tem trazido resultados interessantes. “As crianças estão muito motivadas com o projeto e percebemos uma significativa melhora no comportamento delas, o fato de elas entrarem em contato com uma realidade diferente fez com que aprendessem a respeitar mais os limites”, esclarece a diretora. Tipos de ações desenvolvidas: atividades físicas e esportivas; visita educativa à universidade; a hora de ouvir histórias; a hora do cineminha; atividades de recreação; oficina de dança; os minutos da criança; vamos brincar de teatro; hora de cantar; atividades de artesanato; e apresentação de espetáculos teatrais. Universidade do Vale do Itajaí (Univali), em conjunto com o Programa Saúde da Família (PSF), promoveu recentemente a 1a edição do “Rua da Saúde” (fotos). O evento que objetiva estabelecer relações com a comunidade residente em bairros da região do entorno da instituição oferece atendimento nas áreas de Medicina, Enfermagem, Farmácia, Nutrição, Psicologia, Odontologia, entre outras. Nessa primeira edição, foram prestados serviços como: verificação da pressão arterial, esclarecimentos sobre saúde mental, orientações sobre homeopatia, atendimento odontológico, orientação de enfermagem e medicina, avaliação e orientação nutricional. A 22 Maio/Junho - 2006 Fotos: Rafael Weiss Univali presta atendimento ao Bairro Dom Bosco Universidades vão capacitar jovens no mercado de trabalho O Ministério do Desenvolvimento gógico, o diferencial que o torna uma reSocial e Combate à Fome (MDS) ferência nessa área. “Há alguns anos, o repassou, recentemente, ao Programa das curso sob a visão de seus professores, souNações Unidas para o Desenvolvimento be observar essa questão e a possibilida(PNUD), R$ 8 milhões para serem inves- de de crescer neste sentido, desenvolventidos em 38 projetos de inclusão produti- do projetos de extensão como o implanva de jovens. O objetivo é aproveitar o tado na comunidade de Brejaúbas e que conhecimento das universidades públicas deu origem ao projeto contemplado pelo e comunitárias brasileiras para inserir jo- MDS”, esclareceu. Ainda segundo a vens carentes no mercado de trabalho. O reitora, o Proage recebeu referência esanúncio dos projetos pecial por parte do vencedores foi feito, no MDS em face ao seu último dia 11 de maio, ineditismo, criatividapelo ministro do Desende e resposta social na volvimento Social, comunidade onde será Patrus Ananias. Das 28 desenvolvido. IES selecionadas, 11 são Capacitação proComunitárias. fissional – Segundo o Dois dos projetos ministro Patrus Anaserão desenvolvidos no nias, os projetos vão fainterior do Rio Grande vorecer a capacitação do Sul, na cidade de profissional dos jovens São Francisco de Assis, Reitora da Univale, Inguelore de de baixa renda que tecom o apoio da Univer- Souza, Ministro Patrus Ananias nham entre 18 e 24 e Lucien Muñoz (PNUD) sidade Regional Inteanos. “É uma cooperagrada do Alto Uruguai e das Missões ção que estamos estabelecendo com uni(URI). O primeiro será a criação da Uni- versidades para que possamos juntos dedade Industrial Regional das Missões. O senvolver programas de apoio à juventusegundo projeto recebeu o nome de In- de, especialmente jovens pobres, no sencubadora de empreendimentos popula- tido da sua capacitação profissional e da res na “Querência do Bugio”. Desta vez, sua inserção comunitária”, afirmou. Aino foco é desenvolver uma incubadora de da segundo ele, a escolha dos jovens que pequenos empreendimentos populares vão participar dos projetos e as ações efeque favoreçam o desenvolvimento local tivas serão feitos no prazo máximo de um sustentável. ano. Todas as regiões do País têm projeProjeto da Univale - A Universidade tos: 16 no Sudeste, oito no Nordeste, oito Vale do Rio Doce (Univale), de Governa- no Sul, três na região Norte e três no Cendor Valadares (MG), também está entre tro-Oeste. “O objetivo é implantar uma as universidades comunitárias que rece- agroindústria formada por jovens de 18 berão recursos federais do Programa das a 24 anos. A unidade vai capacitar os enNações Unidas para o Desenvolvimento volvidos na produção de frutas, transfor(PNUD), de Agroecologia e Ecoesporte mação e comercialização dos produtos em (Proage), desenvolvido por professores formas de sucos, geléias e conservas. O dos cursos de Educação Física e História objetivo é fixar o jovem na região. da instituição foi o projeto aprovado. SeNo total, serão atendidas 780 famígundo a reitora Inguelore Scheunemann lias cadastradas no Programa Bolsade Souza, a vocação do curso de Educa- Família, especialmente jovens em situação Física para esportes da natureza, da ção de vulnerabilidade social e econôUnivale, expressa, em seu projeto peda- mica. Maio/Junho - 2006 23 Tr a b a l h o s Comunitários Psicologia da USC estimula amamentação O curso de graduação em Psicologia da Universidade do Sagrado Coração (USC), através da disciplina Psicologia Hospitalar desenvolverá este ano, na Associação Hospitalar de Agudos, o projeto “Aleitamento: um gesto de amor”, supervisionado pela professora Maria de Fátima Belancieri e realizado por suas estagiárias, Fabiane Faria e Vivian de França. O projeto está com inscrições abertas e será desenvolvido até o mês de dezembro. Segundo as estagiárias, o projeto visa beneficiar todas as gestantes. Afinal, a amamentação, além de fortalecer a saúde do bebê, traz inúmeros benefícios para recuperação da mãe após o parto. O projeto ressalta que para a criança o benefício vem em forma de afeto e saúde, pois amamentar é o primeiro momento de carinho e vínculo entre a mãe e o seu filho, além de proporcionar uma nutrição superior protegendo contra infecções, alergias e muitas outras doenças. O local do projeto, A Associação Hospitalar de Agudos é uma entidade de Beneficência sem fins lucrativos, fundada em 1908 na cidade de Agudos. As alunas realizaram uma observação da instituição e verificaram a necessidade de informar e orientar as futuras mamães sobre a amamentação, para atingir a conscientização, pois foi constatada baixa incidência do aleitamento materno no município. Tendo em vista o resultado de baixo índice de amamentação em Agudos, as estagiárias e a professora pretendem implementar um programa educativo de estímulo e conscientização sobre a importância do aleitamento materno. Segundo elas, a sociedade será beneficiada com a conscientização do aleitamento materno, pois os resultados são mais saúde, nutrição e bem-estar para a população. Fatos que trazem benefícios econômicos, pois o aleitamento materno custa menos que as alimentações ar- tificiais e os tratamentos com doenças comuns a bebês não amamentados. O Hospital de Agudos já aponta inúmeras vantagens com o projeto. A instituição acredita que o aumento do índice de amamentação deve proporcionar um ambiente emocional mais calmo e tranqüilo, menos infecções neonatais, menos trabalho para a equipe de saúde e melhor imagem e resultados no trabalho do hospital. Leite materno - O leite materno é o primeiro e o mais completo alimento para o bebê, todas as vitaminas, proteínas, minerais e outros nutrientes estão presentes e garantem o melhor crescimento e desenvolvimento da criança. Porém, o índice do não-aleitamento ou interrupção precoce do aleitamento está cada vez mais freqüente. Dessa forma pretende-se abordar o incentivo ao aleitamento materno e analisar se com o programa educativo pode-se gerar um aumento no índice de amamentação. Hospital Pequeno Anjo completa quatro anos O Hospital Universitário Pequeno Anjo (Hupa), administrado pela Universidade do Vale do Itajaí (Univali), completou, no último mês de abril, quatro anos de atividades. Atendendo uma média de quatro mil crianças de 0 a 14 anos, dos onze municípios que formam a microrregião da Foz do Rio Itajaí-Açu, o hospital realiza, em média, 4,7 mil 24 Maio/Junho - 2006 atendimentos, 120 cirurgias e 260 internações mensais. A maioria das intervenções é feita pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Com um corpo clínico de 51 médicos, que atendem em diversas especialidades, o Pequeno Anjo conta ainda com serviço social, de nutrição e dietética, fisioterapia, psicologia, radiodiagnóstico por imagem, análises clínicas e farmácia hospitalar. Investimentos na estrutura física e na otimização ou criação de serviços do hospital têm sido uma constante, assim como ações para a melhoria da qualidade do atendimento e do funcionamento de seus diversos setores, com a promoção de treinamentos e cursos de capacitação para seus colaboradores. E m 2005, o Conselho Municipal da Criança e do Adolescente de Betim, cidade de Região Metropolitana de Belo Horizonte, solicitou à PUC-Minas uma pesquisa cujo objetivo era retratar a situação da criança e do adolescente do município. Um amplo estudo comparativo foi realizado pela PUC-Minas em Betim. “Os resultados demonstraram a região do bairro Citrolândia como a de piores condições sociais no município de Betim e menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da região metropolitana de Belo Horizonte”, destaca o professor Gilberto Damasceno, sociólogo, cientista político e um dos coordenadores da pesquisa. O processo de exclusão da região acompanha o histórico da Colônia Santa Izabel, mais antigo sanatório para hansenianos de Minas Gerais, localizada no bairro. Diante desse quadro, o Núcleo Universitário implantou um programa de extensão na região que envolve 18 projetos dos 10 cursos do Núcleo Universitário. Há projetos dentro de temas como Terceira Idade, Educação, Meio Ambiente e Saúde, Trabalho e Renda e Necessidades Especiais, com mais de 100 alunos e 30 professores envolvidos, beneficiando uma população de cerca de 25 mil habitantes. Alunos e professores passaram por um programa de formação para atuar na região. A PUC-Minas em Betim, através do Curso de Enfermagem, também ganhou um espaço dentro da Colônia que será transformado em um centro de atenção permanente aos pacientes. O programa conta com o apoio da Prefeitura Municipal, da Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig), do Ministério da Saúde e da Secretaria Estadual de Saúde. Para o pró-reitor da PUC-Minas em Betim, professor Miguel Valle, o programa na regional Citrolândia é o reflexo da Fotos: Alethéa Casal PUC-Minas desenvolve 18 projetos na região mais carente de Betim Alunos cuidam e esclarecem dúvidas dos moradores da Colônia preocupação da Universidade com as questões sociais da comunidade a sua volta. A iniciativa, para a pró-reitora de extensão da PUC-Minas, professora Vera Victer, destaca a pesquisa e a extensão como parte inerente do fazer acadêmico: “Não podemos separar ensino, pesquisa e extensão no processo de produção do conhecimento”. Responsabilidade social - José Roque Inácio tem 82 anos e reside na Colônia Santa Izabel desde 1958. Ele conta que mora no local desde que teve o diagnóstico de hanseníase confirmado. “Na época, o preconceito era grande e a gente vivia isolada”, lembra. Feliz com a presença de alunos e professores, José desabafa: “Desde que vim para cá ninguém da minha família veio me ver. Hoje minha família são os moradores da Colônia. Fico muito feliz quando as pessoas vêm nos visitar, principalmente quando trazem coisas boas para a nossa vida”. A professora Maria José Antunes, coordenadora do programa de extensão na Colônia Santa Izabel, lembra a responsabilidade de cada um dos envolvidos no programa: “Atividades deste porte mexem profundamente com a vida de todos os envolvidos”. Lidiane Guimarães Souza, aluna do 6º período de Ciências Biológicas, é uma das estagiárias. Ela atua em um projeto de extensão em ecologia e saúde. “Acreditava que só ficaria em sala de aula e aprenderia nos livros. Hoje vejo que aprendo muito mais quando estou em contato com o outro, nas atividades junto à comunidade”, frisa. Do isolamento à integração - Para o Dr. Shigeru Ricardo Sekiya, diretor da Colônia Santa Izabel, o processo de empobrecimento da região do Citrolândia advém do preconceito: “A idéia de isolamento dos hansenianos em sanatórios veio com a política sanitária da década de 20. Com a descoberta da cura, houve uma abertura para que os pacientes voltassem a viver em sociedade, mas não foi dada nenhuma estrutura para que eles se reintegrassem dignamente. Muitos deixaram a Colônia e passaram a viver no seu entorno em condições de pobreza”. De acordo com o médico, a região do Citrolândia é exemplo das discrepâncias sociais não só em Betim, mas em todo o País. “Todo pessoa que se aproxima da realidade cresce como profissional e como ser humano. O programa da PUC-Betim é um dos melhores projetos de integração entre universidade e comunidade que conheço e é uma iniciativa esperada por nós há muito tempo”, analisa. Maio/Junho - 2006 25 Tr a b a l h o s Comunitários Programa da Unochapecó orienta estudantes Universidade Comunitária Regional de Chapecó (Unochapecó) lançou o Programa de Orientação Profissional. O POP Unochapecó foi apresentado em solenidade que contou com a presença de alunos do ensino médio, dirigentes, professores, técnicos e alunos da universidade. Por meio de performances, as personagens Pink e Blue mostraram a proposta do programa: oportunizar aos estudantes do Ensino Médio, especialmente da terceira série, espaço para explorar o universo das profissões, com a orientação de equipe especializada na área, formada especialmente por alunos do Curso de Psicologia. O vice-reitor de Graduação, Odilon Luiz Poli, explicou que a Unochapecó elaborou o programa ao perceber que muitos estudantes, ao ingressar no ensino superior, o fazem com pouca clareza sobre suas habilidades, seus interesses e sobre a natureza do curso escolhido. “Essa situação tem gerado prejuízo e desconforto para os estudantes e suas famílias e para a própria universidade, uma vez que – não raro – culmina com a interrupção do curso através de transferências e até mesmo da desistência”, complementou. A do Rio Grande do Sul e do Sudoeste do Paraná. Serão envolvidos aproximadamente 9 mil alunos do ensino médio, entre eles em torno de 4 mil estudantes matriculados na terceira série. O programa, que ocorrerá de maio a outubro e terá continuidade em 2007, será desenvolvido em quatro etapas. Na primeira haverá um trabalho de sensibilização nas escolas, com todas as turmas do ensino médio, incluindo professores, sobre o mundo do trabalho e a importância da orientação profissional. Na segunda etapa serão feitas atividades em sala de aula para estimular a reflexão sobre o autoconhecimento e o conhecimento das profissões, Reitor Gilberto Agnolin destacou a importância do mediante a utilização de técprograma que renova compromisso com a comunidade nicas específicas de orientaPor sua vez, o reitor Gilberto Agnolin des- ção profissional, visando à facilitação da tacou que a Unochapecó, ao lançar esse escolha. programa, renova o seu compromisso Na seqüência do programa haverá social com a comunidade regional. Dis- entrevista com os alunos para orientar, se, ainda, que o programa começou a sanar dúvidas e auxiliar na tomada de nascer nas visitas realizadas por alunos à decisão. A última etapa ocorrerá na universidade e com a participação em Unochapecó, onde os estudantes terão feiras e outros eventos para apresentar a possibilidade de acompanhar depoios cursos da universidade. mentos e esclarecimentos feitos por proNeste primeiro semestre, o progra- fissionais de diferentes áreas sobre a proma atingirá mais de 60 escolas públicas fissão de sua escolha, bem como esclae privadas do Oeste Catarinense, Norte recer dúvidas sobre o curso escolhido. Psicoterapia Breve Projeto da UniSantos oferece tratamento psicológico gratuito D esenvolvido por estagiários do Curso de Psicologia da Universidade Católica de Santos (UniSantos), o tratamento psicológico Psicoterapia Breve já atendeu cerca de duas mil pessoas em seus dez anos de existência. Idealizado, implantado e supervisionado pelo professor doutor Hélio Alves, titular da disciplina Psicologia Institucional e Comu- 26 Maio/Junho - 2006 nitária, o projeto é uma técnica de terapia destinada a pessoas com crises existenciais. Nesses dez anos, acadêmicos da UniSantos atuaram junto a crianças, adolescentes, adultos e idosos que tiveram alteração brusca de personalidade. O início, na Febem - O projeto-piloto do Psicoterapia Breve foi implantado na Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor (Febem), do Guarujá (SP), visando reintegrar adolescentes infratores e em situação de risco. Com os resultados positivos, Hélio Alves aprofundou o trabalho que, em 1996, inspirou a criação de um Pronto Socorro Psicológico e de um Plantão Psicológico que despertaram a atenção de educadores e autoridades de organismos de assistência a menores. Hoje, centros comunitários e igrejas católicas, Delegacia da Infância e da Juventude, Delegacia da Mulher, Cadeia Pública Feminina e Presídio de Samaritá, em São Vicente (SP) estão Roberta Puccetti, coordenadora do Ciad, no evento A Universidade Socializando a Diversidade PUC-Campinas socializa projetos e pesquisa sobre pessoa com deficiência A tento à proposta da Campanha da Fraternidade 2006, cujo tema é sobre a inclusão das pessoas portadoras de deficiência no meio social, o Centro Interdisciplinar de Atenção ao Deficiente (Ciad), da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), realizou em maio último o encontro A Universidade Socializando a Diversidade. O evento teve como objetivo apresentar as 15 pesquisas e os trabalhos de extensão realizados nas várias áreas da instituição, voltados para pessoas com deficiências. Participaram do evento instituições filiadas à Federação das Entidades Assistenciais de Campinas (Feac) e outras 63 instituições independentes. Selo Comemorativo - O Ciad atende à cerca de 600 pessoas com deficiência por semana, algumas encaminhadas pelas instituições e outras pelos próprios familiares. Sua coordenadora, Roberta Puccetti, é também professora da Faculdade de Artes Visuais e pesquisadora do tema. Sua tese de doutorado é sobre educação artística e inclusão dos portadores de necessidades especiais. Além das apresentações de pesquisas e projetos, foi lançado no evento o engajados no serviço. Objeto de pesquisa da tese que deu o grau de doutor em Psicologia ao professor Hélio Alves, o atendimento em Psicoterapia Breve foi ampliado. Do tratamento aos adolescentes, passou às crianças a partir Professor Hélio de sete anos, alfabetizadas, adultos, idosos, moradores de rua, doentes internados em enfermarias de hospitais, deficientes auditivos e pesso- as responsáveis por pacientes acamados. Para se comunicar com os portadores de deficiência auditiva, estagiárias aprimoraram seu contato, fazendo um curso de Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS). Apontada como um trabalho Alves comunitário gratificante, a experiência é considerada pelos estagiários como fundamental para o enriquecimento profissional. selo comemorativo dos 15 anos de atividades do Ciad. Ciad promove eventos sobre inclusão - De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), no Brasil, cerca de 14,5% da população é formada por pessoas com algum tipo de deficiência. Segundo Roberta Puccetti, somente na década de 80 este grande contingente populacional passou a sair de suas casas. “A partir da década de 90 as pessoas com deficiência tiveram mais oportunidades de inclusão na sociedade, mas ainda há muito a ser feito”, observa. O Ciad promoverá, durante todo o ano de 2006, atividades que fomentem o debate sobre a sociedade e os deficientes. Estão previstos simpósios, mostra itinerante de artes, o lançamento de um programa de tevê em parceria com a TV PUC-Campinas, torneios olímpicos especiais e um festival sobre artes sem barreiras. Ainda em maio, alunos e professores da PUC-Campinas participaram do I Fórum Capacitando para Diversidade Special Olimpics: Artes sem Barreira. O ponto alto da programação para este ano será o Congresso Nacional sobre Inclusão de Pessoas com Deficiência, a ser realizado em novembro e que deve reunir os principais especialistas brasileiros na PUC-Campinas. Maio/Junho - 2006 27 Tr a b a l h o s Comunitários FEIRA DE PROMOÇÃO DA SAÚDE dos pacientes. “Quem necessita usar óculos pode escolher e levar sua armação. Assim, o paciente tem mais facilidade para solucionar seus problemas. Afinal, a armação é cara e a consulta difícil de conseguir”, observa o médico Alexander os atendimentos. No Sorrisão, doutoran- Sapiro. dos de Estomatologia realizaram exames Higiene bucal - Na ocasião, as de prevenção do câncer bucal e crianças aprenderam lições de higiene agendaram consultas no Serviço de bucal com acadêmicos de Odontologia. Estomatologia do Hospital São Lucas Eles ensinaram a maneira correta de usar para pacientes que apresentaram algu- a escova e o fio dental no Escovódromo ma lesão na cavidade bucal. No ônibus - espaço equipado com espelhos e pias, Oftalmológico, médicos e alunos de cedido pela Associação Brasileira de Medicina verificaram a acuidade visual Odontologia do Rio Grande do Sul. “É preciso ter cuidado para não machucar a gengiva e usar pouca pasta dental para evitar engolir. Os pais podem ajudar porque as crianças ainda não têm toda a coordenação motora”, registra a aluna Angélica Frighetto. Acadêmicas do Curso de Enfermagem fizeram aferições de pressão, orientaram sobre a necessidade da prática do exercíFamílias inteiras são assistidas por alunos e cio físico e a alimenprofessores da universidade tação, encaminhando pacientes diagnosticados como hipertensos para atendimento em outras especialidades. Os estudantes da Faculdade de Farmácia promoveram a aplicação de dosagens de glicose e, em casos especiais, encaminhavam pacientes para o atendimento cardiovascular. O Curso de Fisioterapia esteve presente orientando a execução de exercícios físicos, de alongamento e de reeducação postural. A verificação do índice de massa corporal foi feita por acadêmicas do Curso de Nutrição, que esclareceram sobre cuidados na alimentação de pessoas portadoras de doenças como hipertensão, diabetes e também de idosos. As mulheres puderam fazer o exame da mama com ajuda de alunas da Faculdade de Medicina. Comunidade assistida entenas de pessoas receberam atendimento e orientação gratuitos, no último dia 28 de maio, durante a Feira de Promoção da Saúde, realizada na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), campus de Viamão. Atividades como avaliação oftalmológica, odontológica, dermatológica, consultas de prevenção ao câncer de mama e dosagem sérica de glicose foram oferecidas à população. Famílias inteiras de comunidades mais pobres da cidade aproveitaram a oportunidade para avaliar a saúde e prevenir possíveis problemas. Segundo o vice-diretor do Centro de Pastoral e Solidariedade da PUCRS, Marcelo De Bastiani, mais de 200 alunos e professores trabalharam na Feira, que, pela primeira vez, foi realizada fora de Porto Alegre. “O trabalho vai onde há maior necessidade. Desta vez, a beneficiada foi a comunidade do município de Viamão”, esclarece. Ônibus-consultórios - Os ônibus Sorrisão (da Província Marista) e Oftalmológico (do Lions Club) foram utilizados por professores e alunos para 28 Maio/Junho - 2006 Fotos: Gilson Oliveira C Leitura Obrigatória (higienização, classificação e catalogação) e, brevemente, estará à disposição das comunidades acadêmica e regional. “A Unisc agradece a confiança e o ato generoso da família Pellanda em compartilhar esse patrimônio conosco”, destaca Remedi. A coleção possui um importante conjunto de clássicos da Literatura brasileira, portuguesa e universal. Destacam-se, entre outros, a obra completa de Machado de Assis, de Eça de Queiroz e de Luiz de Camões, além de A Comédia HumaUnisc recebeu da família Pellanda biblioteca que representa na, de Honoré de grande parte da produção intelectual do século 20 Balzac. Também há gia, Religião, Literatura e História. raras coleções de revistas que marcaram Conforme o professor José Martinho época, como Revista do Globo e O Rodrigues Remedi, do Departamento de Cruzeiro, além de uma ampla série de História e Geografia da Unisc, o acervo livros de arte e reproduções em litografia passará por um tratamento técnico e off-set. Unisc recebe doação de cinco mil livros e revistas A Biblioteca Central e o Centro de Documentação da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) receberam uma rica doação da família Pellanda, de Porto Alegre. Cerca de cinco mil livros, revistas e objetos da Coleção Elmira e Ernesto Pellanda foram entregues pelo filho do casal, Luiz Ernesto Cabral Pellanda, e sua esposa, Nize Maria Campos Pellanda, que é professora da Universidade. A biblioteca particular da família representa grande parte da produção intelectual do século 20, abrangendo um período que vai da década de 20 até meados dos anos 90. É um acervo importante pela sua qualidade e dimensão, com obras raras e coleções completas em diferentes áreas como Psicanálise, Psicolo- Obras da UPF Editora são reconhecidas pela FNLIJ uas obras publicadas pela Editora da Universidade de Passo Fundo, Além da Plataforma Nove e Meia Pensando o fenômeno Harry Potter, organizado por Sissa Jacoby (PUCRS) e Miguel Rettenmaier (UPF), e Questões de Literatura para Jovens, organizado pelos professores Miguel Rettenmaier e Tania Rösing, foram reconhecidas pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ) com o selo Altamente Recomendável da instituição, mérito que confirma a qualidade da produção editorial da UPF. Para a responsável pela UPF Editora, Tania Rösing, o currículo de uma universidade se enriquece também pela qualidade de suas publicações, excelência de D suas linhas editoriais e reconhecimento na comunidade científica da contribuição dos autores para o aprimoramento da ciência, da educação e da cultura. Segundo Tania, a trajetória de sucesso da UPF Editora foi acelerada nos últimos quatro anos e os resultados devem ser divididos com todos os funcionários do setor, incansáveis na manutenção da qualidade gráfica das obras. Premiação - Além do reconhecimento às obras, o título Altamente Recomendável pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil credencia a editora a usar um selo nas obras agraciadas e auxilia sua distribuição nacional. Os dois livros também estão automaticamente concorrendo ao Prêmio FNLIJ. Maio/Junho - 2006 29 L eitura Obrigatória Pedagogia e Comunicação no registro da liberdade Sandra de Fátima Pereira Tosta Editora PUC-Minas Interessada em investigar as relações da Igreja Católica com a educação no Brasil, especialmente com a formação de comunicadores sociais, a autora revisita os eventos históricos que mudaram a face da Igreja no País, em particular Minas Gerais, de 1930 a 1970. Detém-se na criação da Escola de Comunicação da PUC-Minas, em 1971, onde o inovador projeto político-pedagógico despertou atenção nacional, levando outras escolas de comunicação do País a reformularem suas estratégias acadêmicas. Política e Verdade no pensamento de Martin Heidegger Pedro Rabelo Erber Editora PUC-Rio O livro apresenta a Filosofia de Martin Heidegger (1889-1976) a partir da complexa perspectiva da sua compreensão da política. A obra acompanha as diversas etapas da reflexão do filósofo alemão sobre o assunto. O texto se desenvolve sobre um pano de fundo questionador: o pensamento de Heidegger exerce uma contribuição relevante ao debate político contemporâneo? Tecnologia da Informação no Agronegócio Cooperativo Org. Roberto Max Protil e André Luiz Zambalde Editora Champagnat O livro trata da adoção, uso e impactos da Tecnologia da Informação (TI) no agronegócio cooperativo. A tese defendida é a de que a fundamentação teórica, acompanhada de uma abordagem prática, permite melhor compreender e utilizar a computação e a informática nas organizações. O objetivo principal é oferecer um referencial conceitual, ilustrar e relatar experiências que possam auxiliar as cooperativas a monitorar, organizar e captar as informações para uma melhor organização interna. Controvérsia Jurídica Uma introdução filosófica Alcides Telles Júnior Editora Universitária Leopoldianum Da UniSantos O livro é uma reflexão a respeito das precondições existenciais do dissenso interlocutório sobre a Justiça e o Direito, consistente no lado dimensional humano da estética, da ética e da dialética. 30 Maio/Junho - 2006 INSTITUIÇÕES FILIADAS Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-CAMPINAS) Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MINAS) Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO) Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) Universidade Católica de Brasília (UCB) Universidade Católica de Goiás (UCG) Universidade Católica de Pelotas (UCPeL) Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP) Universidade Católica de Petrópolis (UCP) Universidade Católica do Salvador (UCSaL) Universidade Católica de Santos (UNISANTOS) Universidade Católica Dom Bosco (UCDB) Universidade da Região da Campanha (URCAMP) Universidade de Caxias do Sul (UCS) Universidade de Cruz Alta (UNICRUZ) Universidade de Passo Fundo (UPF) Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) Universidade de Sorocaba (UNISO) Universidade do Sagrado Coração (USC) Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS) Universidade Metodista de Piracicaba (UNIMEP) Universidade Reg. do Noroeste do Est. do Rio G. do Sul (UNIJUÍ) Universidade Reg. Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI) Universidade Santa Úrsula (USU) Universidade São Francisco (USF) Centro Universitário Metodista Bennett (UniBENNETT) Universidade Metodista de São Paulo (UMESP) Universidade do Vale do Paraíba (UNIVAP) Centro Universitário de João Pessoa (UNIPÊ) Universidade Presbiteriana Mackenzie Universidade Vale do Rio Verde de Três Corações (UNINCOR) Universidade da Região de Joinville (UNIVILLE) Centro Universitário São Camilo (São Camilo) Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC) Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL) Centro Universitário da FEI Centro Universitário Fundação Santo André (FSA) Centro Universitário UNIVATES (UNIVATES) Centro Universitário FEEVALE (FEEVALE) Centro Universitário Salesiano de São Paulo (UNISAL) Centro Universitário da Fundação de Ensino Octávio Bastos (UNIFEOB) Centro Universitário La Salle (UNILASALLE) Universidade Comunitária Regional de Chapecó (UNOCHAPECÓ) Universidade do Planalto Catarinense (UNIPLAC) Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI) Centro Universitário Franciscano (UNIFRA) Universidade Vale do Rio Doce (UNIVALE) Centro Universitário Católico Auxilium (UniSALESIANO) Centro Universitário de Votuporanga (UNIFEV) (19) (31) (11) (41) (21) (51) (61) (62) (53) (81) (24) (71) (13) (67) (53) (54) (55) (54) (51) (15) (14) (51) (19) (55) (54) (21) (11) (21) (11) (12) (83) (11) (35) (47) (11) (48) (48) (11) (11) (51) (51) (19) (19) (51) (49) (49) (47) (55) (33) (18) (17) 3756-7000 3319-4144 3670-8000 3271-1515 3114-1001 3320-3500 3356-9000 3227-1000 3284-8000 3216-4000 2244-4000 3324-7500 3205-5555 3312-3800 3242-8244 3218-2100 3321-1500 3316-8100 3717-7300 2101-7000 3235-7000 3591-1122 3124-1515 3332-0200 3522-1255 2554-2500 4034-8000 2557-1001 4366-5600 3947-1000 2106-9200 2114-8766 3239-1000 3461-9000 6169-4000 3431-2500 3621-3000 4353-2900 4979-3300 3714-7000 3586-8800 3471-9700 3634-3300 3476-8500 3321-8000 3251-1022 3341-7500 3220-1200 3279-5500 3636-4242 3405-9999 SEPN - Quadra 516, Conjunto D (Prédio do Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras - CRUB) CEP: 70.770-524 - Brasília-DF Telefax: (61) 3349-3300 / 3347-4951 Associação Brasileira das Universidades Comunitárias www.abruc.org.br Maio/Junho - 2006 31 Associação Brasileira das Universidades Comunitárias SEPN - Quadra 516, Conjunto D (Prédio do Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras - CRUB) CEP: 70 770-535 - Brasília-DF Telefax: (61) 3349-3300 / 3347-4951 Home page: www.abruc.org.br 32 Maio/Junho - 2006
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