GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO

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GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO
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GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
COLÉGIO ESTADUAL MONTE REAL – EFM
Rua João Benedetti, 19 – Distrito Monte Real
Telefone/Fax: (43) 3596 1110
E-mail: [email protected]
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Santo Antônio da Platina
2011
2
SUMÁRIO
1. APRESENTAÇÃO.....................................................................................................................................4
2. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO.....................................................................................5
3.OBJETIVOS GERAIS DO PROJETO POLÍTICO PEGAGÓGIGO....................................................6
4. MARCO SITUACIONAL.........................................................................................................................6
4.1. ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR.......................................................................................6
4.2. BREVE HISTÓRICO DA REALIDADE.................................................................................................7
4.3. HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO.............................................................................................................7
4.4. CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE ESCOLAR.........................................................................8
4.5. PORTE DA ESCOLA...............................................................................................................................9
4.6. REGIME DA ESCOLA............................................................................................................................9
4.7. CLASSIFICAÇÃO....................................................................................................................................9
4.8. PROMOÇÃO............................................................................................................................................9
4.9. DEPENDÊNCIA ....................................................................................................................................10
4.10. PROGRESSÃO PARCIAL...................................................................................................................10
4.11. QUANTIDADE DE PROFESSORES EM CADA SETOR..................................................................10
4.12. FORMAÇÃO DOS PROFISSIONAIS EM EDUCAÇÃO....................................................................10
4.13. PROBLEMAS EXISTENTES NO COLÉGIO......................................................................................13
4.14. GESTÃO DEMOCRÁTICA.................................................................................................................17
4.15. DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS ......................................................................18
5. MARCO CONCEITUAL........................................................................................................................20
5.1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA DO COLÉGIO..................................................................................20
5.2. ORGANIZAÇÃO DO TEMPO ESCOLAR...........................................................................................25
5.3. ORGANIZAÇÃO CURRICULAR.........................................................................................................26
5.4. MATRIZ CURRICULAR.......................................................................................................................29
5.5. EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS............................................................................33
5.6. ENSINO DE HISTÓRIA DO PARANÁ.................................................................................................33
5.7. ENSINO DE FILOSOFIA E SOCIOLOGIA..........................................................................................33
5.8. CONCEPÇÃO DAS AÇÕES DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS.................................................................33
5.9. CONCEPÇÃO DE COMPLEMENTAÇÃO CURRICULAR ................................................................33
5.10. CONCEPÇÃO DE DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS.......................................34
5.11. CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO.......................................................................................................34
6. MARCO OPERACIONAL......................................................................................................................37
6.1. AÇÃO DA ESCOLA..............................................................................................................................37
6.2. OBJETIVOS ..........................................................................................................................................37
6.3. AÇÕES DO TRABALHO PEDAGÓGICO E ADMINISTRATIVO......................................................38
3
6.4. ORGANIZAÇÃO INTERNA DA ESCOLA-FUNÇÃO/AÇÃO............................................................40
6.5. PAPEL E PARTICIPAÇÃO DAS INSTÂNCIAS COLEGIADAS........................................................41
6.6. AÇÕES RELATIVAS Á FORMAÇÃO CONTINUADA.....................................................................41
6.7. ATIVIDADES ESCOLARES EM GERAL ...........................................................................................42
6.8. PROGRAMA VIVA A ESCOLA...........................................................................................................42
6.9. QUALIFICAÇÃO DOS ESPAÇOS PEDAGÓGICOS...........................................................................43
7. ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO.................43
BIBLIOGRAFIA............................................................................................................................................44
CALENDÁRIO ESCOLAR...........................................................................................................................47
ATA DE CONSTRUÇÃO DO PPP...............................................................................................................48
ATA DE APROVAÇÃO DO PPP................................................................................................................49
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO..............................50
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE ARTES...........................................................................51
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FISÍCA....................................................59
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE FILOSOFIA...................................................................81
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE FÍSICA..........................................................................87
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE GEOGRAFIA................................................................90
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE HISTÓRIA....................................................................96
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA..........................................103
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE MATEMÁTICA..........................................................115
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE BIOLOGIA.................................................................123
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE QUÍMICA...................................................................134
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE SOCIOLOGIA............................................................137
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE LEM – INGLÊS.........................................................141
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE CIÊNCIAS..................................................................152
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE ENSINO RELIGIOSO................................................180
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE CELEM-ESPANHOL..................................................184
COMPLEMENTAÇÃO ESCOLAR............................................................................................................206
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1. APRESENTAÇÃO
O PPP do Colégio Monte Real procura situar o Colégio diante do horizonte de possibilidades
educacionais. Através da reflexão e o trabalho realizado em conjunto por todos os profissionais da escola,
buscou-se atender às Diretrizes do Sistema Estadual de Educação, bem como as necessidades locais e
específicas dos educandos,
, o suporte para a concretização da identidade de nosso Colégio e do
oferecimento de garantias para
um ensino de qualidade, bem como, a construção de meios para
enfrentamento da exclusão social.
Por estar situado no meio rural, nosso PPP não pode se furtar a interagir com o conceito de Educação
do Campo enquanto bandeira a ser empunhada em favor dos interesses do homem do campo. Dessa forma,
considerar sua realidade é quesito fundamental nas ações educativas desenvolvida pela Escola. No entanto,
ao considerar a especificidade do campo, é tomado o cuidado para não fragmentar a visão campesina da
realidade. Assim, a diversidade cultural e os saberes do campo são contextualizados com o universo social,
para que o homem do campo consiga perceber sua realidade na relação de causa e efeito com o amplo
universo social ao qual pertence. Tudo o que acontece na sociedade produz reflexos no campo e vice-versa,
uma vez que eles são organismos intrínsecos, e isto será trabalhado pela escola para que o campesino
perceba sua interação nesse processo. Nessa interação, no entanto, o campesino sempre foi visto pela
sociedade como um ser passivo, e em muitos casos se portou assim, assumindo a ideologia dominante.
Entretanto muitos foram os momentos em que o campesino se movimentou quando percebeu as injustiças de
que era acometido. Canudos, Contestados, Ligas Camponesas são apenas algumas dessas manifestações. O
que se percebe, é que o campo nunca se manteve pacífico e ordeiro frente às desigualdades. Hoje, a luta
armada e/ou repressiva já não fazem mais eco. A luta agora, é política e ideológica. É neste sentido que o
viés político da Educação do Campo – assumido pela Escola e traduzido neste PPP – procura libertar a
consciência política campesina, desnudar a realidade e as formas ideológicas que nebulam as desigualdades.
Assim, é missão dessa Escola contribuir para a formação de um campesino atuante frente as forças sociais e
políticas que trazem consequências a seu meio. Empoderar o sujeito do campo política e ideologicamente,
para que ele se perceba como proponente das medidas necessárias à emancipação do campo e autonomia
campesina.
A necessidade de um Projeto Político Pedagógico na Escola antecede a qualquer decisão política ou
exigência legal, já que enquanto educadores e membros da instituição escola, devemos ter claro a que
horizonte pretendemos chegar com os nossos alunos, com a comunidade e com a sociedade, caso contrário
não estaremos exercendo o nosso papel de educador, mas simplesmente de “aventureiro”, que não sabe onde
quer chegar.
O presente projeto foi elaborado coletivamente pela comunidade escolar, através de discussões,
debates, pesquisas, grupos de estudos, chegando-se ao consenso para que o mesmo fosse sistematizado.
Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente, em seu Capítulo IV, Art. 53, a criança e o
adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o
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exercício da cidadania e qualificação para o trabalho. É também direito dos pais ou responsáveis ter ciência
do processo pedagógico, bem como participar da definição das propostas educacionais. Portanto, o referido
projeto também contou com a participação ativa dos pais e/ou responsáveis dos alunos na elaboração das
propostas educacionais aqui mencionadas, conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente.
O Projeto Político Pedagógico encontra-se amparado pela LDB – Lei 9.9394/96, onde constam:
Art. 12 - INCISO I - Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema
de ensino, terão a incumbência de:
"I - elaborar e executar sua proposta pedagógica".
Art.13 e 14 - Definem as incumbências docentes com relação ao projeto pedagógico.
No Projeto Político Pedagógico destacam-se três atos : Situacional, Conceitual e Operacional.
No Marco Situacional, em discussão com o coletivo da escola, partimos da prática social dentro da
realidade na qual está inserida, explicitando de maneira crítica seus problemas e necessidades.
No Marco Conceitual, em face da realidade descrita e analisada, buscou-se condições para construir a
escola, educação, gestão, currículo, ensino, aprendizagem e avaliação ao ideal da escola que pretendemos.
No Marco Operacional, definimos as linhas de ação, reorganizando o trabalho pedagógico escolar na
perspectiva administrativa, pedagógica, financeira e político-educacional, redimensionando-os através da
realidade concreta.
2. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO.
Colégio Estadual Monte Real Ensino Fundamental e Médio. Código: 00718
NRE: Jacarezinho. Código: 017
Dependência administrativa do Estadual – Código 0007-6
Santo Antônio da Platina – Código 2430
Rua João Benedeti, 19 – Distrito de Monte Real.
Fone Fax: (43)3596 - 1110
Entidade Mantenedora: Governo Estadual do Paraná
Ato de Autorização do Colégio: Resolução nº 3163/82 de 05/01/1983
Ato de Reconhecimento do Colégio: Resolução nº 2353/85 de 30/05/1985
Ato Administrativo de aprovação do Regimento Escolar: nº 035/08
Distância do Colégio do NRE: 32 Km
Local: Rural/ do Campo
Site do Colégio: [email protected]
E-Mail: [email protected]
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3. OBJETIVOS GERAIS DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Este Projeto tem por objetivo apresentar a realidade escolar da nossa comunidade e propor ações que
venham beneficiar o nosso aluno e estabelecer posições a serem tomadas tais como:
-o desenvolvimento pleno da capacidade de aprender do aluno;
-proporcionar ao educando uma educação gratuita, laica e de qualidade;
-preparar o aluno para o exercício da cidadania;
-levar o aluno a reconhecer-se como sujeito transformador da história.
4. MARCO SITUACIONAL
4.1. ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR
O Colégio conta hoje com 95 alunos no período matutino e 67 alunos no período noturno, perfazendo
um total de 162 alunos. Contamos atualmente com 23 professores, 2 pedagogas, ''1 funcionário da equipe
técnico administrativa, 3 funcionários de serviços gerais e 1 diretora
4.1.1. Modalidade de Ensino:
O Colégio oferta as séries finais do Ensino Fundamental (5ª a 8ª séries) e o Ensino Médio, sendo
caracterizado como Educação do Campo. Ofertamos ainda uma Sala de Recursos e uma turma de Centro de
Língua estrangeira Moderna (CELEM), que funcionam no período vespertino.
4.1.2. Número:
No turno da manhã funcionam 4 turmas:
5ª série com 33 alunos
6ª série com 30 alunos
7ª série com 21 anos
8ª série com 11 alunos
Já no turno vespertino funcionam (2) duas turmas do Programa Viva a Escola com 72 alunos, (1) uma
Sala de recursos que atende alternadamente 13 alunos, (1) uma Turma de CELEM com 38 alunos e (1) uma
sala de Apoio de Matemática com 12 alunos e (1) uma sala de apoio de Português com 12 alunos.
No período noturno temos 3 (três) turmas de Ensino Médio, e 2 (duas) turmas
Fundamental. O número de alunos envolvidos está descrito abaixo:
7ª série com 19 alunos
8ª série com 15 alunos
de Ensimo
7
1º ano do Ensino Médio com 14 alunos
2º ano do Ensino Médio com 11 alunos
3º ano do Ensino Médio com 8 alunos
4.1.3. Turno de Funcionamento:
Períodos matutino, vespertino e noturno.
4.1.4. Ambientes Pedagógicos:
O número total de salas de aulas são quatro. No período da manhã são utilizadas as quatro salas e no
período noturno, além de usar as salas citadas, utiliza-se ainda uma sala emprestada da Escola Municipal.
No período da tarde funciona uma sala de recurso para os alunos do ensino fundamental. Também
funciona no período da tarde duas turmas do Programa Viva a Escola, e outra turma do CELEM. Além de
Sala de Apoio de Língua Portuguesa e Matemática. Contamos também com uma biblioteca, uma sala
Laboratório de Informática contando com 20 computadores com acesso a internet e linguagem Linux
Para atividades físicas é utilizada uma quadra coberta próxima a Escola, pertencente à comunidade.
4.2. Breve Histórico da Realidade:
No atual contexto da realidade social, nosso Colégio enfrenta problemas comuns em relação à
sociedade brasileira, que muitas vezes apresenta crises nos aspectos políticos, sociais, culturais e
econômicos, ocasionados pelas desigualdades sociais, enfrentadas pela maioria da população e refletidas no
desemprego, na educação, na saúde, na segurança, etc.
O Estado do Paraná, inserido neste contexto, recebe influências do mesmo, sofrendo suas
consequências, porém, vemos que sempre que possível tenta solucionar estes problemas, investindo em
vários setores, principalmente na educação.
Com relação ao Município, a realidade não é diferente desse quadro, enfrentando problemas de
desemprego, desvalorização do trabalhador e baixa qualidade de vida, porém buscando alternativas para o
enfrentamento e superação dessa realidade. Ressaltamos que essa realidade se apresenta fundamentada em
pesquisas e fatos observados, imprensa falada e escrita e discussões com todos os envolvidos neste projeto.
4.3. Histórico da Instituição:
Remanescente da Escola Isolada Osso de Porco do Distrito de Monte Real, município de Santo
Antônio da Platina, Paraná, que de acordo com alguns livros de chamada encontrados no arquivo da escola,
data-se de 1940, sem ato oficial. Em 1945, a escola passou a chamar-se Escola Isolada “Rui Barbosa”, até
8
1959. Em 1960, sem ato oficial, passou a chamar-se Grupo Escolar de Monte Real. Isto já funcionando em
seu prédio de alvenaria, que antes era de madeira, localizado na rua João Benedetti, s/nº, no Distrito de
Monte Real, município e comarca de Santo Antônio da Platina – Paraná. O ato oficial documentado é o
Decreto nº 3.463/72 de 30/03/73, quando houve mudança da denominação para Casa Escola de Monte Real.
Nesta época, iniciaram-se as 1ª e 5ª séries ginasiais, como extensão do Colégio Estadual Rio Branco. Com a
implantação da Lei 5.692/71, gradativa no ano de 1982, de acordo com a Resolução nº 3.165/82 de 24/11/82,
a escola passou a chamar-se Escola Estadual Monte Real – Ensino de 1º Grau, funcionando de 1ª a 4ª séries,
pela manhã, e de acordo com a Resolução nº 931/83 de 11/03/83 nos termos da Lei nº 5.692/71, nº 746/83 do
Departamento de Ensino de 1º Grau, fica autorizada a funcionar as 5ª e 6ª séries de 1º Grau, ficando
desativada do Colégio Estadual Rio Branco – Ensino de 1º e 2º Graus.
Com a Resolução nº 288/84 de 26/01/84 fica autorizada a implantação da 7ª e 8ª séries do Ensino de 1º
Grau, encontra-se funcionando de 1ª a 4ª séries, no período diurno, e 5ª a 8ª séries, no período noturno.
Através da Resolução nº 336/92, o Diretor Geral da Secretaria de Estado da Educação, delega à
Prefeitura Municipal de Santo Antônio da Platina, em assumir os encargos de 1ª a 4ª séries da Escola
Estadual Monte Real – Ensino de 1º Grau.
A Resolução nº 2867/96 autorizou o funcionamento do Curso de 2º Grau – Educação Geral,
denominado Colégio Estadual Monte Real – Ensino de 1º e 2º Graus, no ano de 1996.
No ano de 1999 abriu a primeira turma do Ensino Médio e permanece em regime de cessação gradativa
o antigo curso de Educação Geral.
O Colégio Estadual Monte Real oferece o Ensino Regular Fundamental e Médio, com atividades de
complementação curricular nas áreas de língua Espanhola, Mídias e Produção do Conhecimento e Literatura.
4.4. Caracterização da Comunidade Escolar
Nossa Comunidade Escolar é composta, em sua maioria, de trabalhadores rurais. Nossos alunos são
provenientes de famílias humildes, carentes, nível sócio econômico baixo, residentes em sítios, chácaras, os
quais dependem quase que exclusivamente do próprio cultivo da terra para sobreviverem.
A baixa escolaridade dos pais muitas vezes reflete na perspectiva de futuro dos seus filhos. Percebe-se
um desinteresse por parte de alguns alunos do período noturno quanto ao estudo, pois muitas vezes vêm à
escola exaustos, sonolentos e alguns sem alimentação, devido às próprias condições de trabalho e também
econômicas.
É importante ressaltar também que a maioria do alunado utiliza-se de transportes coletivos para vir à
escola, e em épocas de colheitas, alguns faltam às aulas ou abandonam o curso para se dedicarem
exclusivamente ao trabalho agrícola.
9
4.5. Porte da escola
A escola está enquadrada como porte 2.
4.6. Regime da Escola
Esta instituição funciona no regime regular.
4.7. Classificação
O processo de classificação acontece na medida em que há incompatibilidade entre a etapa de
estudos do aluno e a idade do mesmo, sua experiência e desenvolvimento adquiridos por meios formais ou
informais. Desta forma inicia-se o processo de classificação que poderá se dar de três formas:
a) Por promoção, para aqueles alunos que obtiveram aproveitamento, na série anterior, na
própria escola.
b) Por transferência de alunos provenientes de outras escolas do país ou do exterior,
considerando a classificação da escola de origem.
c) Mediante avaliação elaborada em conjunto, por professores e equipe pedagógica,
independentemente da escolarização anterior, para posicionar o aluno na série compatível ao seu grau de
desenvolvimento e experiência, sejam este adquirido por meios formais ou informais.
É importante ressaltar que a classificação tem caráter pedagógico e é centrada no aluno, visando o
melhor desenvolvimento deste, sendo assim, a classificação do aluno deverá ser analisada, acompanhada e
decidida por uma comissão formada entre corpo docente, equipe pedagógica e direção da escola. Após a
tomada de decisão pela realização deste processo, os docentes deverão elaborar uma avaliação diagnóstica a
fim de comprovar o nível de desenvolvimento do aluno, depois em concordância com o aluno, o mesmo
deverá iniciar o processo. É necessário que todo o processo seja registrado em atas, que os instrumentos de
avaliação sejam arquivados e que os resultados sejam registrados no Histórico Escolar do aluno.
4.8. Promoção
A promoção é o resultado do conjunto de avaliações feitas pelo aluno, considerando também a
frequência do aluno durante o período letivo. Para que o aluno seja promovido para a série seguinte ele
precisa ter a média mínima anual de 6,0 (seis vírgula zero), e 75% de frequência que o mínimo exigido por
lei. Sendo que o resultado final dar-se-á resultante da seguinte fórmula.
MF= 1ºBim. + 2º Bim. + 3º Bim. + 4º Bim. = 6,0
4
10
4.9. Dependência
A dependência se dará quando o aluno não obteve aprovação final em até três disciplinas no regime
seriado, podendo cursá-las no ano seguinte, concomitantemente às séries seguintes. As disciplinas em
dependência deverão ser cursadas em contraturno, para a aprovação na dependência, o aluno deverá ter a
frequência de 75% e a média final de 6,0. Se não houver horário compatível, deverá se elaborado um plano
especial de estudos em um horário que seja compatível.
4.10. Progressão Parcial
O aluno poderá ser matriculado em Progressão Parcial, nas circunstâncias em que o aluno não
obtendo aprovação final em até três disciplinas em regime seriado, poderá cursá-las subsequentemente e
concomitantemente às séries seguintes.
4.11. Quantidade de Professores em cada setor
Estando ainda no início do ano letivo, não é possível ter com precisão a quantidade de professores
atuantes em cada setor, portanto, os dados aqui presentes são estimativas, com base na demanda para 2011 e
no quadro existente em 2010.
EF – anos finais
Ensino Médio
S. de Recursos
S. de Apoio
CELEM/
Viva Escola
Espanhol
17
13
1
2
1
3
4.12. Formação dos Profissionais em Educação
4.12.1 Professores
Nome do Profissional
Fátima D'Ávila Bittencourt
Formação
Ensino Superior - Geografia
Especialização: Geografia e psicopedagogia
Gilciara Neris de Souza
Ensino Superior: Letras e Inglês
Especialização: Literatura, Ed. Especial, Psicopedagogia
Gilmara Neris de Souza Prado
Ensino Superior:Arte
Especialização: Arte e Educação, Ed. Especial
Glasielli Cleisi da Silva
Ensino Superior: Língua Portuguesa; Artes; Pedagogia
Especialização: Arte e Educação; Educação Especial
11
Gustavo César Simões
Ensino Superior: Educação Física
Especialização:Fisiologia dos exercícios Físicos, Ed.
Especial Inclusiva
Ivone Marques de Oliveira
Ensino Superior: Língua Portuguesa
Especialização em Ed. Especial,Língua Portuguesa
Joseli Angélica Orsini Zava
Ensino Superior: Ciências e Pedagogia
Especialização em Educação Especial
Julio Cesar Rezende
Ensino Superior: História
Especialização em História.
Leni Regina Crespo de Freitas
Especialização em Português e Inglês.
Leni: Letras/ Anglo- Educação Física
Leomárcia Aparecida Antunes Ferreira
Ensino Superior: Letras/inglês
Especialização: Didatização e Língua Inglesa
Luis Augusto Ormenese
Ensino Superior: Ciências – Habilitação em Química.
Especialização: Química
Osvaldo Contini Filho
Ensino Superior: Matemática
Especialização em Avaliação
Sandra Mara Lopes da Cruz
Ensino Superior: Ciências habilitação em Matemática.
Especialização em Matemática e Psicopedagogia.
Sarita Regina Silva de Oliveira
Ensino Superior: Ciências
Especialização: Ciências e Matemática
Telma Sosmitzky da S. Galhardi
Ensino Superior:Ciências habilitação em Biologia .
Especialização - Matemática
Ana Karolina de Freitas
Ensino Superior: História
Especialização: Ed. Especial
4.12. 2 Direção
Dalva Maria José Pedroso
Ensino Superior – Ciências Físicas e Biológicas e
Especialização: Instrumentalização para o Ensino de
Ciências
4.12. 3 Equipe Pedagógica
Márcia Regina de Souza Auguts
Ensino Superior: Pedagogia
Especialização: Educação Especial
12
4.12. 4 Administrativo
Lucilene Prates Tomaz Saidler
Ensino Superior: Administração
Especialização: Gestão Escolar
Reginaldo Motta de Sozua
Ensino Superior: Pedagogia
Rinaldo de Souza Machado
Ensino Superior: Administração
4.12. 5 Serviços Gerais
Iracema Isabel da Silva Borges
Ensino Fundamental
Ana Vitória de Souza Coelho
Ensino Fundamental
13
4.13. Índice de Aproveitamento Escolar
ESTATÍSTICA ANUAL
Ano: 2007
Ensino Fundamental – Período: manhã
INDICADORES
5ª A
6ª A
7ª A
8ª A
TOTAL
MATRICULADOS
24
16
20
18
78
APROVADOS
23
14
18
14
69
1
2
2
6
1
1
REPROVADOS
TRANSFERIDOS
1
1
1
2
DESISTENTES
Ensino Fundamental – Período: noturno
INDICADORES
5ª B
6ª B
7ª B
8ª B
TOTAL
MATRICULADOS
10
12
17
20
59
APROVADOS
6
6
9
13
24
2
2
1
2
4
5
REPROVADOS
TRANSFERIDOS
1
DESISTENTES
RECLASSIFICADOS
1
3
4
4
11
Ensino Médio – Período: noturno
INDICADORES
1ª A
2ª A
3ª A
TOTAL
MATRICULADOS
38
18
23
79
APROVADOS
24
17
17
58
REPROVADOS
6
1
7
TRANSFERIDOS
2
4
6
DESISTENTES
4
RECLASSIFICADOS
3
1
5
3
14
Ano: 2008
Ensino Fundamental – Período: manhã
INDICADORES
5ª A
6ª A
7ª A
8ª A
TOTAL
MATRICULADOS
30
24
9
18
81
APROVADOS
25
24
9
15
73
REPROVADOS
3
1
4
TRANSFERIDOS
2
2
4
Ensino Fundamental – Período: noturno
INDICADORES
7ª B
8ª B
TOTAL
MATRICULADOS
16
11
27
APROVADOS
8
7
15
REPROVADOS
2
2
4
TRANSFERIDOS
2
DESISTENTES
4
2
1ª A
2ª A
3ª A
TOTAL
MATRICULADOS
36
24
15
75
APROVADOS
19
18
12
49
REPROVADOS
3
TRANSFERIDOS
4
3
1
8
DESISTENTES
10
3
2
1
2
6
Ensino Médio – Período: noturno
INDICADORES
3
Ano: 2009
Ensino Fundamental – Período: manhã
INDICADORES
5ª A
6ª A
7ª A
8ª A
TOTAL
MATRICULADOS
35
29
24
8
96
APROVADOS
31
24
22
6
83
REPROVADOS
3
2
1
1
7
TRANSFERIDOS
1
2
1
1
5
DESISTENTES
1
1
15
Ensino Fundamental – Período: noturno
INDICADORES
8ª B
MATRICULADOS
11
APROVADOS
7
REPROVADOS
2
TRANSFERIDOS
2
Ensino Médio – Período: noturno
INDICADORES
1ª A
2ª A
3ª A
TOTAL
MATRICULADOS
18
19
19
56
APROVADOS
11
13
15
39
REPROVADOS
2
3
1
6
TRANSFERIDOS
1
1
DESISTENTES
4
2
2
3
9
Ano: 2010
Ensino Fundamental – Período: manhã
INDICADORES
5ª A
6ª A
7ª A
8ª A
TOTAL
MATRICULADOS
34
33
27
16
110
APROVADOS
29
30
17
11
87
REPROVADOS
2
1
1
TRANSFERIDOS
1
1
8
DESISTENTES
2
RECLASSIFICADO
1
1
5
15
3
1
Ensino Fundamental – Período: noturno
INDICADORES
4
7ª B
8ª B
TOTAL
MATRICULADOS
21
18
39
APROVADOS
6
11
17
REPROVADOS
5
2
7
TRANSFERIDOS
1
2
3
DESISTENTES
9
3
12
16
Ensino Médio – Período: noturno
INDICADORES
1ª A
2ª A
3ª A
TOTAL
MATRICULADOS
22
16
9
47
APROVADOS
9
10
8
27
REPROVADOS
3
1
TRANSFERIDOS
2
DESISTENTES
8
4
1
5
3
13
4.13.1. Análise Crítica dos Problemas Existentes no Colégio
Analisando os dados estatísticos do Colégio em relação à evasão e repetência nos anos de , 2007, 2008
e 2009, podemos constatar que um grande problema está na evasão, que está concentrada nas turmas do
noturno. Apesar dos trabalhos de conscientização da importância dos estudos por parte de professores,
equipe pedagógica e direção, observa-se que o alto índice de evasão geralmente ocorre por motivos de
trabalho, principalmente no período noturno. Quanto ao número de reprovações, os índices poderão ser
reduzidos ainda mais através dos trabalhos de recuperação, reforço, sala de recurso e apoio.
A comunidade carente, composta em sua maioria por trabalhadores rurais, possui muitas pessoas
analfabetas, que por falta de oportunidades, não puderam ir à escola, portanto é maior o compromisso que a
escola tem com a universalização do conhecimento, dinamizando o desenvolvimento do Programa Paraná
Alfabetizado.
A indisciplina e o desinteresse por parte de alguns alunos, a falta de compromisso de alguns pais
diante da educação também interferem no processo ensino-aprendizagem.
Os professores, por sua vez, recebem formação continuada, através de cursos, grupos de estudos,
seminários de atualização uma vez que no cenário educacional o professor deve ser um eterno pesquisador
objetivando aperfeiçoar sua prática.
Quanto aos funcionários, são oferecidos cursos específicos para suas funções, havendo um salto
qualitativo após a implantação do ex-funcionário.
Em relação à organização do espaço, são necessárias salas para laboratórios de ciências,
para
enriquecimento das aulas, bem como mais recursos financeiros para adquiri-los.O Colégio adota critérios de
gestão democrática, buscando a participação do coletivo da escola. A participação da comunidade escolar
nos eventos promovidos é razoável, uma vez que existem as dificuldades de locomoção por se tratar de
espaço rural, e disponibilidade de tempo.
Quanto à relação professores, funcionários, direção e pedagogos, observa-se um trabalho integrado.
Essa escola recentemente foi denominada como Escola de Campo uma vez que está localizada
geograficamente no campo e tem como educandos esses sujeitos, filhos de pequenos agricultores,
assentados, lavradores, sem-terra, bóias-frias, meeiros, entre outros. Sendo assim ela deve garantir um
17
projeto educativo próprio, e isso muito nos tem incomodado, pois esses sujeitos tem uma raiz cultural
própria, um jeito de viver e de trabalhar, distinto do mundo urbano. Faz-se necessário a qualificação
adequada dos docentes para atuar nessa realidade, buscando a renovação pedagógica , uma vez que os
currículos são deslocados das necessidades e das questões do campo e dos interesses dos seus sujeitos. É
urgente se contrapor a idéia de que escola de campo é escola pobre , ignorada e marginalizada, fugindo do
discurso “sair do campo para poder estudar e estudar para sair do campo” e sim reafirmar que é preciso
estudar para viver no campo.
4.14. Gestão Democrática.
4.14.1. Conselho de Classe:
O Conselho de Classe é um órgão colegiado de natureza consultiva e deliberativa em assuntos
didático-pedagógicos, com atuação restrita a cada classe do estabelecimento de ensino, tendo por objetivo
avaliar o processo ensino-aprendizagem na relação professor-aluno e os procedimentos adequados a cada
caso.
O Conselho de Classe é realizado bimestralmente, conforme o Calendário Escolar, com a participação
de todos os professores e equipe pedagógica e também com a participação indireta dos alunos, através de um
questionário respondido previamente pela turma, opinando sobre o processo ensino-aprendizagem, fazendo
críticas e dando opiniões e sugestões. Este questionário é lido pelo pedagogo e analisado pelos demais.
4.14.2. Instâncias Colegiadas:
O Conselho Escolar é um órgão colegiado de natureza consultiva, deliberativa, fiscal e decisório, com
objetivo de estabelecer o Projeto Político Pedagógico da escola, critérios relativos a sua ação, organização,
funcionamento e relacionamento com a comunidade, nos limites da legislação em vigor e compatíveis com
as diretrizes e política educacional traçados pela Secretaria de Estado Educação.
O Conselho Escolar é convocado sempre que há necessidades de deliberar sobre assuntos de sua
competência, sendo um órgão de auxílio à Direção.
O colégio está caminhando para a formação do Grêmio Estudantil, e foram eleitos um representante de
cada turma para se fazer representar nos Conselhos de Classe e demais instâncias quando necessário.
A APMF, ou similares, pessoa jurídica de direito, é um órgão de representação de pais, mestres e
funcionários do Estabelecimento de Ensino, não possuindo caráter político-partidário, religioso, racial e nem
fins lucrativos. Seus dirigentes e conselheiros são eleitos por tempo determinado e não são remunerados.
A APMF participa ativamente no gerenciamento dos recursos materiais e financeiros, bem como dos
eventos promovidos pelo Colégio.
18
4.14.3. Hora-atividade:
A Hora Atividade é organizada de acordo com o horário de aula dos professores, não sendo possível à
organização da mesma conforme cronograma proposto por este NRE, devido ao corpo docente atuar em
várias escolas em horários e dias não compatíveis. A escola está localizada no Distrito de Monte Real, o qual
se localiza a 12 km de distância do espaço urbano, o que dificulta ainda mais o acesso, impossibilitando a
aplicação desse cronograma. Os professores utilizam a Hora Atividade para preparar aulas,corrigir
atividades, sanar dúvidas com a coordenação e direção, bem como receber algumas orientações, organizar o
material pedagógico na web., atender a alunos e pais, atualizar-se e capacitar-se através de leituras de textos
e de livros pertinentes à sua disciplina ou de interesse geral.
4.15. Desafios Educacionais Contemporâneos
4.15.1 Inclusão
O Colégio viabiliza a inclusão de alunos com necessidades especiais, conscientizando os demais
alunos sobre a importância desta convivência para ambos, derrubando preconceitos e fortalecendo a
igualdade. Temos frequentando o colégio alunos com deficiência intelectual,os quais tem recebido
atendimento especializado na sala de recursos.
4.15.2 Educação do Campo
Um olhar sobre a nossa história nos mostra como as lutas e as organizações populares foram
formando sujeitos coletivos conscientes dos seus direitos, e colocando a educação como um elemento
fundamental nesse processo de formação e transformação humana e social. Assim, é papel da educação
contribuir para a construção de um ambiente educativo, que:
•
Considere a diversidade e a heterogeneidade dos grupos humanos e sua relação com o
meio ambiente/natureza, com a terra, com a cultura, com o mundo do trabalho e com as relações sociais;
•
Valorize os conhecimentos dos diferentes sujeitos da aprendizagem e que o conhecimento
produzido, tenha sentido e significado, que contribuam para melhorar a vida das pessoas;
•
Respeite as diversas formas dos sujeitos relacionarem-se com a terra, com o mundo do trabalho e
a cultura;
•
Considere o desenvolvimento das pessoas não só por meio da integração dos diferentes
processos formativos, mas valorizando a escolarização, direito universal dos diversos grupos
humanos.
19
O desafio é ressignificar os conhecimentos já trazidos pelos jovens e a própria comunidade, e ser
capaz de produzir novos e melhores conhecimentos, garantindo um espaço educativo, no qual exista de
forma permanente a circularidade de saberes.
A educação do campo tem um vínculo com a matriz pedagógica do trabalho e da cultura. Ela nasce
colada ao trabalho e à cultura do campo. E não pode perder isso em seu projeto. A leitura dos processos
produtivos e culturais formadores dos sujeitos que vivem no campo é tarefa fundamental da construção do
projeto político e pedagógico da Educação do Campo.
O trabalho contribui de forma significativa na formação do ser humano: a Educação do Campo
precisa recuperar toda uma tradição pedagógica de valorização do trabalho como principio educativo, de
compreensão do vínculo entre educação e produção, e de discussão sobre as diferentes dimensões e métodos
de formação do trabalhador(a), de educação profissional, cotejando todo este acúmulo de teorias e de
práticas com a experiência especifica de trabalho e de educação dos camponeses(as).
Pensar isso do ponto de vista pedagógico mais amplo, enquanto processos de humanização dos
sujeitos é pensar como estes processos podem/devem ser trabalhados nos diferentes espaços educativos do
campo. O que significa hoje fazer a formação das trabalhadoras e dos trabalhadores jovens e adultos do
campo? E o que significa educar as crianças e os/as adolescentes do campo a formação de sua identidade de
trabalhador(a), e especialmente sua identidade de trabalhador(a) campo?.
Outros elementos fundamentais da educação na relação entre a cultura e comunicação, na busca de
compreender diferentes linguagens, utilizar técnicas de organização de atividades que potencializem o
resgate da memória coletiva das comunidades, dos saberes e das histórias, como princípios do processo de
ensino-aprendizagem.
Nesse sentido a educação como fenômeno social possui dimensões básicas a serem consideradas:
Uma diz respeito à educação enquanto prática social que envolve processos formais, informais e não formais,
com suas características próprias, sua cultura e sua história. E ainda a dimensão do campo de estudo,
considerando a riqueza das práticas pedagógicas, dos processos de construção do conhecimento e da
articulação teoria-prática.
A educação do Campo e no campo ocorre tanto em espaços escolares como fora deles. Envolve
saberes, métodos, tempos e espaços físicos diferenciados. Portanto, não são apenas os saberes construídos na
sala de aula, mas também aqueles acumulados na produção, na família, na convivência social, na cultura, no
lazer e nos movimentos sociais. A sala de aula é um espaço específico de sistematização, análise e de síntese
das aprendizagens, se constituindo assim, num local de encontro das diferenças, sem que estas sejam
colocadas como desigualdades. É na diferença que se produzem novas formas de ver, estar e se relacionar
com o mundo.
20
4.15. 3 Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena
Em atendimento a Lei nº 11645/08 de 10 de março de 2008, o Colégio Estadual Monte Real –
EFM, passa a instituir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade das temáticas “História e
Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena” nos estabelecimentos de Ensino Fundamental e Médio, bem
como os Desafios Educacionais Contemporâneos, Programa Viva a Escola, Programa Fera e Consciência,
Jogos Colegiais e Programa Paraná Alfabetizado, os quais são amparados pelas Diretrizes Curriculares e pela
própria LDB 9394/96.
4.15.4. Programa Viva a Escola
Atualmente percebemos que a vulnerabilidade social atinge grande parte de nossos alunos visto que
pela necessidade socioeconômica, os pais têm uma carga horária de trabalho extensiva e não conseguem
acompanhar seus filhos de forma efetiva, ficando os mesmos com o tempo ocioso e sem orientação
adequada, correndo risco.
Assim, o programa Viva a Escola vem preencher esta lacuna, proporcionando a esses alunos um
atendimento em contraturno com atividades curriculares de complementação, na área de seu interesse.
Reconhecemos a importância desse vultuoso programa, pois o mesmo vem de encontro com os
anseios em atender integralmente nossos alunos.
4.15.5 CELEM
O colégio oferece o curso de Espanhol em contra-turno.
5. MARCO CONCEITUAL
5.1. Fundamentação Teórica do Colégio:
Filosofia do colégio. A filosofia do C. E. Monte Real – EFM. Está baseada nos princípios de
liberdade e nos ideais de solidariedade humana, que tem por finalidade o pleno desenvolvimento do
educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho (LDB – Artigo 2º). O
C. E. Monte Real, adota a mesma pedagogia da SEED, a Pedagogia Histórica-Crítica, que propõe uma
interação entre conteúdo e a realidade concreta, visando a transformação da sociedade através da ação,
compreensão do educando, que enfoca nos conteúdos, uma produção histórico-social de todos os homens.
Princípios e fins norteadores da educação
21
Os princípios norteadores da educação deste estabelecimento de ensino estão inseridos nos artigos 2º
e 3º da LDB nº 9394/96, como a seguir:
Art. 2º. A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios da liberdade e nos ideais de
solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o
exercício da cidadania e suas qualificações para o trabalho.
Art. 3º. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I – igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II – liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber;
III – pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas;
IV – respeito à liberdade e apreço à tolerância;
V - coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
VI - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
VII – valorização do profissional da educação escolar;
VIII–gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos sistemas de ensino;
IX - garantia de padrão de qualidade;
X - valorização da experiência extra-escolar;
XI - vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.
Objetivos
Ensino Fundamental – 5ª a 8ª séries
Os objetivos norteadores do Ensino Fundamental (5ª a 8ª séries) deste estabelecimento de ensino está
inserido no artigo 32 da LDB nº 9394/96, como a seguir:
Art. 32 – O ensino fundamental, com duração mínima de oito anos, obrigatório e gratuito na escola pública,
terá por objetivo a formação básica do cidadão, mediante:
I - desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da
escrita e do cálculo;
II - a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, tá tecnologia, das artes e dos valores
em que se fundamenta a sociedade;
III - o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista aquisição de conhecimento e
habilidades e a formação de atitudes e valores;
IV - o fortalecimento dos vínculos da família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca
em que se assenta a vida social.
§ 1º – O ensino fundamental regular será ministrado em língua portuguesa, assegurada às comunidades
indígenas a utilização de suas línguas maternas e processos próprios de aprendizagem.
22
Ensino Médio
Os objetivos norteadores do Ensino Médio deste estabelecimento de ensino está inserido no artigo 35
da LDB nº 9394/96, como a seguir:
I
-
a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino fundamental,
possibilitando o prosseguimento de estudos;
II - a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para continuar aprendendo, de modo a
ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores;
III- o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da
autonomia intelectual e do pensamento crítico;
IV - a compreensão dos fundamentos cientifico-tecnológicos dos processos produtivos relacionando a teoria
com a prática, no ensino de cada disciplina.''
Concepção de homem - O homem é um ser natural e social, ele age na natureza transformando-a
segundo suas necessidades
Considerando o homem um ser social, ele atua e interfere na sociedade, se encontra com o outro nas
relações familiares, comunitárias, produtivas e também na organização política, garantindo assim sua
participação ativa e criativa nas diversas esferas da sociedade.
Concepção de sociedade - Para Severino (1998), a sociedade é um agrupamento tecido por uma série
de relações diferenciadas e diferenciadoras. É configurada pelas experiências individuais do homem,
havendo uma interdependência em todas as formas da atividade humana, desenvolvendo relações,
instaurando estruturas sociais, instituições sociais e produzindo bens, garantindo a base econômica e é o jeito
específico do homem realizar sua humildade.
Em nosso Colégio, queremos formar sujeitos críticos, capazes de interagir na sociedade,
desempenhando bem o seu papel de cidadão. Segundo Saviani, “é preciso entender como funciona a
sociedade, não se limitando às aparências, mas compreender as leis que a regem. Não são leis naturais, mas
sim leis históricas, ou seja, que se constituem historicamente”. Priorizamos uma educação de qualidade,
valorizando a cultura de cada um, tentando solucionar os problemas do dia-a-dia. Um povo com cultura é um
povo desenvolvido. Sendo assim, buscamos ainda contribuir na superação do analfabetismo, isso significa
resgatar a dívida histórica da sociedade paranaense para com aquelas pessoas jovens, adultas ou idosas que
não tiveram acesso à escolarização e não possuem o domínio da escrita e da leitura. Isso significa oferecer a
essas pessoas o direito básico do acesso à educação, pública e de qualidade.
Os Desafios Educacionais Contemporâneos dos quais citamos: Sexualidade, Educação Fiscal,
Drogadição, Combate a Violência, Questões Ambientais, Etc., serão trabalhados durante todo o ano letivo,
envolvendo todas as disciplinas, a comunidade escolar, objetivando a conscientização de todos sobre as
questões contemporâneas, desvelando mitos através de pesquisas, debates, palestras, etc. buscando
informações, esclarecendo dúvidas pertinentes aos temas.
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Concepção de ciência - A ciência nasce da necessidade de explicar os fatos observados de forma
sistematizada utilizando métodos. Educação aliada à cultura científica, leva ao conhecimento científico,
sistematizado, desenvolvendo o senso crítico do aluno, para que ele transforme a sua realidade econômica,
social e política, e possa conviver de maneira democrática com as diferenças sócio-econômicas, étnicas e
culturais, afinal, a cultura é resultado de toda a produção humana (Saviani).
Concepção de educação e de mundo - A educação é uma prática social, uma atividade específica dos
homens situando-os dentro da história, ela não muda o mundo, mas o mundo pode ser mudado pela sua ação
na Sociedade e nas suas relações de trabalho. Desse modo, segundo Paulo Freire: “nossa presença no mundo
não é a de quem a ele se adapta, mas de quem nele se insere”. É a posição de quem luta para não ser apenas
objeto, mas sujeito também da história.
Educação do Campo – A Educação do Campo é um projeto educacional compreendido a partir dos
sujeitos que tem o campo como seu espaço de vida. Nesse sentido, ela é uma educação que deve ser no e do
campo – No, porque “o povo tem o direito de ser educado no lugar onde vive”; Do, pois “o povo tem o
direito a uma educação pensada desde o seu lugar e com a sua participação, vinculada à sua cultura e às suas
necessidades humanas e sociais” (Caldart, 2002, p. 26). Nesse sentido, busca ampliar e superar a visão do
rural como local de atraso, no qual as pessoas não precisam estudar ou basta uma educação precarizada e
aligeirada.
Campo, nesta concepção, é entendido como lugar de vida onde as pessoas produzem conhecimento na
sua relação de existência e sobrevivência. Há uma produção cultural no campo que deve se fazer presente na
escola. A organização dos saberes escolares, isto é, os conteúdos devem ser trabalhados para que se efetive a
valorização dos povos do campo na escola.
A escola do campo precisa olhar para o mundo a sua volta, se apropriar da sua história, da sua cultura,
dando significado a ele na articulação dos saberes escolares necessários a formação humana. A escola do
campo também tem uma tarefa importante para ressignificar o olhar sobre o homem e a mulher do campo
construído e reproduzido no currículo escolar. Isso implica em dar voz aos saberes, a cultura, a história do
campo e de seus sujeitos. Produzir novos saberes para serem socializados no currículo escolar.
Concepção de escola - A escola é uma instituição especializada para operar a passagem do saber
espontâneo ao saber sistematizado, da cultura popular à cultura erudita. A concepção educacional do Colégio
é discutir todo o saber que cada indivíduo traz consigo, através da convivência com seus familiares e novos
saberes compartilhados ou adquiridos por meio de veículos de comunicação, livros, escola, etc., portanto, é
fundamental para a construção da identidade de um povo, valorizar e respeitar sua imensa pluralidade
cultural, conquistas e experiências pelas quais estes passaram. A educação é libertadora porque, segundo
Boff (2000, p. 77), se faz necessário desenvolver uma educação que nos abra para uma democracia integral,
capaz de produzir um tipo de desenvolvimento socialmente justo e ecologicamente sustentado.
O Colégio tem como objetivo, hoje e sempre, a busca de uma sociedade sem preconceito, sem
desigualdade, mais humana, justa, em que cada indivíduo se sinta pleno em seus direitos, com seu espaço na
sociedade.
24
Para isto, nossa escola deve ser democrática, participativa, onde todos possam contribuir para formar o
educando crítico, criativo, que esteja apto para exercer o direito de cidadania.
O Colégio se identifica com uma proposta pedagógica histórico-crítica, pois entende que a principal
missão da escola é a sua função social de garantir o acesso de todos aos saberes científicos produzidos pela
humanidade.
Concepção de conhecimento - Conforme Freire, “o conhecimento é sempre conhecimento de alguma
coisa, é sempre ‘intencionado’, isto é, está sempre dirigido para alguma coisa”. O ato de conhecer, portanto,
representa um caminho privilegiado para a compreensão da realidade, o conhecimento sozinho não
transforma a realidade; transforma a realidade somente a conversão do conhecimento em ação.
Concepção de tecnologia – A tecnologia deve ser entendida como uma ferramenta sofisticada e
alternativa no contexto educacional, pois a mesma pode contribuir para o aumento das desigualdades, ou
para a inserção social se vista como uma forma de estabelecer mediações entre o aluno e o conhecimento em
todas as áreas. A tecnologia tem um impacto significativo não só na produção de bens e serviços, mas
também no conjunto das relações sociais e nos padrões culturais vigentes.
Concepção de ensino e aprendizagem – É o processo que se dá a partir da relação entre sujeitos
mediados pelo conhecimento, onde os papéis dos diferentes sujeitos expressam muito das concepção
educativa ali existente.
É necessária uma reflexão constante no processo ensino-aprendizagem, envolvendo todo o sistema
educacional, recebendo opiniões e críticas de toda a comunidade escolar.
Concepção de avaliação – A prática avaliativa na educação desenvolve-se como foco principal no
processo ensino-aprendizagem, e tem sido utilizada basicamente para verificar o desempenho escolar dos
alunos, tanto em sala de aula quanto em programas de avaliação de rendimento escolar em âmbito nacional.
O processo de avaliação carrega em si uma força transformadora que deve ser reconhecida, mobilizada e
explorada. A natureza das ações de descrever, atribuir valor, analisar, levantar hipótese, compreender,
inerentes ao ato de avaliar, traz consigo o primeiro passo das transformações a serem realizadas. Quando se
compreende o problema, as soluções se iluminam.
Concepção de cidadania – De acordo com Boff (2000,p.51) “ cidadania é um processo históricosocial que capacita a massa humana a forjar condições de consciência, de organização e de elaboração de um
projeto e de práticas no sentido de deixar de ser massa e de passar a ser povo, como sujeito histórico,
plasmador de seu próprio destino”.
Finalizando, o Colégio tem como missão um ensino voltado para o exercício da cidadania, garantindo
a ampliação das capacidades para combater a dualização da sociedade que gera desigualdades cada vez
maiores. Buscamos alcançar a contemporaneidade através de um ensino voltado para a construção do
conhecimento, a formação do caráter, assegurando um leque de oportunidades, ou seja, um caminho bem
sucedido, através do resgate e promoção da qualidade desse ensino.
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Para alcançarmos tudo isso, devemos manter uma relação solidária, envolvendo escola, professores,
alunos e comunidade, para construir uma sociedade justa e que todos sejam comprometidos com o coletivo,
para um efetivo exercício da cidadania.
A fundamentação teórica que norteia a prática pedagógica está embasada na LDB, Diretrizes
Curriculares Estaduais, Estatuto da Criança e do Adolescente, Capacitação Continuada, Grupos de Estudos,
Jornadas Pedagógicas, etc.
A democratização da escola se expressa no aprendizado de práticas democráticas, no exercício da
cidadania, efetivando-se como exercício permanente de formação de sujeitos participativos e democráticos.
Abrindo os portões e muros escolares como um exercício para a efetivação da participação popular no
interior da escola e desta na comunidade, é que vamos superar a lógica burocrática, fragmentada e autoritária
que ainda permeia o cotidiano da escola.
A gestão democrática é uma prática cotidiana que contém o princípio da reflexão, da compreensão e da
transformação que envolve, necessariamente, a formulação de um Projeto Político Pedagógico libertador.
A superação da cultura da gestão autoritária só vai acontecer com o debate e a construção coletiva.
Com a participação de toda comunidade escolar, via Conselhos de Escola, Conselhos de Classe, Grêmios
Estudantis, Reuniões de pais e mães e Reuniões pedagógicas que aprofundem a construção acerca da escola
que queremos e de como construí-la. Refletindo e buscando soluções em conjunto, com consensos possíveis
e trabalhando com os dissensos como algo saudável na formação de sujeitos democráticos.
A Formação Continuada tem como objetivos principais capacitar e atualizar professores, funcionários
e equipe pedagógica. É realizada através de Cursos, Seminários, Reuniões, Grupos de Estudos, Simpósios,
proporcionados pela SEED, NRE e pela própria escola.
Estes eventos são realizados com datas e horários específicos, previstos no calendário escolar,
cumpridos rigorosamente de acordo com a determinações dos órgãos já citados. São realizados no próprio
Colégio e outros Estabelecimentos de Ensino, bem como em outras cidades como Faxinal do Céu, Londrina,
Curitiba, Jacarezinho, etc. Os recursos materiais utilizados são os mais diversos possíveis, como textos,
retro-projetor, data-show, vídeos, computadores, entre outros.
A organização da hora atividade deverá ser esquematizada conforme cronograma fornecido pelo NRE,
dentro das possibilidades.
No Conselho de Classe, queremos implantar a participação efetiva dos alunos, presente através do seu
representante de turma, em momentos específicos, aproveitando o momento para discutir e avaliar as práticas
pedagógicas.
5.2. Organização do tempo escolar
O tempo escolar é organizado por séries. O Ensino Fundamental de 5ª a 8ª séries é de 4 anos e o
Ensino Médio se organiza em de 3 anos, cumprindo respectivamente os 200 dias letivos anuais, utilizando
todo o tempo escolar para efetivo trabalho com os alunos. O tempo escolar compreende o período de
26
vigência pedagógica dos estudantes no ambiente escolar durante o curso básico. O tempo escolar é o tempo
pedagógico de aprendizagens significativas durante toda a vida. Porém, não basta dar todo o tempo
necessário, é preciso que o aluno tenha uma ajuda diferenciada para aprender. O professor deve ter
sensibilidade e adequar o conteúdo ao ritmo de seus alunos. O tempo deve ser aproveitado ao máximo, tanto
por parte de professores quanto de alunos para uma efetiva aprendizagem.
A escola precisa estar atenta à organização significativa do trabalho pedagógico. Por isso, a
organização deve ser pautada numa visão do conhecimento interdisciplinar e transdisciplinar, que possibilita
o estabelecimento de relações recíprocas entre vivências, conteúdos e realidade.
5.3. Organização Curricular
A organização curricular é por disciplinas, trabalhadas de forma integrada e interdisciplinar.
Concepção Curricular – O Papel do Currículo na formação humana do aluno, os limites e as possibilidades
da prática docente
O currículo escolar é o resultado de escolhas intencionais que fazemos dentro do imenso conjunto de
conhecimentos produzidos pela humanidade. As dificuldades residem em saber escolher, em primeiro lugar,
o que norteia nossas escolhas. Queremos que este currículo resulte numa seleção de conteúdos essenciais na
formação do aluno crítico, atuante, participativo, cultivando os valores de uma sociedade.
O conceito de currículo tem se modificado ao longo do tempo. O sentido mais usual relaciona-se ao
conteúdo, à matriz curricular, à organização dos conteúdos distribuídos pelas disciplinas e sua carga horária.
Outra definição aponta para planejamento, onde se procura escrever com exatidão os objetivos. Outra ainda
liga o currículo ao conjunto de experiências vividas pelos alunos, numa concepção mais próxima da ação do
aluno, que deve viver uma série de experiências educativas sob a orientação da escola.
Todas essas definições estão presentes nas nossas práticas. O currículo se relaciona a um conjunto de
experiências, organizadas pelas escolas e pelas quais a escola se responsabiliza e disponibiliza aos alunos,
com o objetivo que os alunos aprendam algo. O eixo do currículo, em torno do qual ele gira, é o
CONHECIMENTO ESCOLAR. A centralidade do currículo é o conhecimento, pois a escola deve ensinar.
O currículo apresenta algumas características:
•
Ele é o instrumento sistematizador, organizador do processo educativo escolar. É através dele que se
materializa a ação educativa;
•
Envolve ao mesmo tempo intenções e práticas, colocadas em ação para concretizar as intenções;
•
Ele é um conjunto de escolhas que ocorrem nas escolas e vão até a sala de aula, em cada aula que se
dá;
•
O currículo gera efeitos, contribui para a construção das identidades, deixa marcas. A marca de uma
instituição, de um professor, de um conhecimento.
27
As escolhas devem ser feitas de maneira coletiva. Construir um currículo não é um trabalho técnico,
que uma pessoa faz para os outros seguirem. O planejamento, a implementação e a avaliação de um currículo
deve ser uma tarefa de cada um e a preocupação constante deve ser a insatisfação com o existente e a busca
do novo. Coletivamente, devemos ter condições de decidir o que se considera significativo que os alunos
aprendam, como fazer para que ele compreenda o mundo em que vive e tente mudá-lo.
Quanto à seleção e organização do currículo, devemos, em primeiro lugar pensar nos objetivos da
escola. Este deve ser o principal critério de seleção curricular. É preciso enfrentar as questões curriculares
dentro de cada área do conhecimento. Para isso é preciso estabelecer duas discussões, que se complementam:
uma de ordem social e política e outra de ordem epistemológica, compreendendo as suas relações.
Nenhum professor pode abdicar do direito e do dever de discutir o currículo com o qual vai trabalhar.
O aperfeiçoamento profissional é indispensável para uma boa atuação do professor em sua prática cotidiana,
pois vem influenciar positivamente, articulando fundamentação teórica e prática.
O currículo deve contemplar também os Desafios Educacionais Contemporâneos. De acordo com a
atual LDB, nº 9394/96, a difusão de valores fundamentais ao interesse social, aos direitos e deveres dos
cidadãos, de respeito ao bem comum e à ordem democrática devem ser discutidos na escola. A cidadania
também implica no fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de
tolerância recíproca em que assenta a vida social. Para objetivar-se o aprimoramento do educando como
pessoa humana, inclui-se a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento
crítico.
São fins da educação que, deverão ser alcançados se trabalhados de forma articulada com as diversas
áreas do conhecimento, por meio de diferentes linguagens na prática docente. Daí a função de mediação do
professor, que deve desenvolver uma prática pedagógica que articule conteúdos e empregue recursos
didático-pedagógicos facilitadores da aprendizagem.
A Lei nº 11645 de 10 de março de 2008 altera a Lei 10.639 de 09 de janeiro de 2003, inclusa na nº
9394 de 20 de dezembro de 1996 – LDBN, para instituir no currículo oficial da Rede de Ensino a
obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro- Brasileira e Indígena (Art.26 –A) nos estabelecimentos
de Ensino Fundamental e Médio, passa a vigorar com nova redação, objetivando atitudes, posturas e valores
que preparem os cidadãos para uma vida de fraternidade e partilha entre todos, sem as barreiras estabelecidas
por séculos de preconceitos, estereótipos e discriminações.
O Currículo contempla ainda os Desafios Educacionais Contemporâneos, Programa Viva a Escola,
Programa Fera e Consciência, Jogos Colegiais e Programa Paraná Alfabetizado, os quais são amparados
pelas Diretrizes Curriculares e pela própria LDB 9394/96
O sucesso das políticas públicas de Estado, institucionais e pedagógicas, visando a reparações,
reconhecimento e valorização da identidade, da cultura e da história dos negros e indígenas brasileiros
dependem necessariamente de condições físicas, materiais, intelectuais e afetivas favoráveis para o ensino e
para aprendizagens; em outras palavras, todos os alunos, bem como seus professores, precisam sentir-se
valorizados e apoiados. Depende também de maneira decisiva, da reeducação das relações entre negros,
28
indígenas e brancos, de trabalho conjunto, de articulação entre processos educativos escolares, políticas
públicas, movimentos sociais, visto que as mudanças éticas, culturais, pedagógicas e políticas nas relações
étnico-raciais não se limitam à escola.
Assim sendo, a educação das relações étnico-raciais impõe aprendizagens entre brancos e negro e
indígenas, trocas de conhecimentos, quebra de desconfianças, projeto conjunto para construção de uma
sociedade justa, igual e equânime.
A escola, enquanto instituição social e responsável por assegurar o direito da educação a todo e
qualquer cidadão, deverá se posicionar politicamente, como já vimos, contra toda e qualquer forma de
discriminação. A luta pela superação do racismo e da discriminação racial é, pois, tarefa de todo e qualquer
educador, independentemente de seu pertencimento étnico-racial, crença religiosa ou posição política. Daí a
necessidade de se insistir e investir para que os professores, além de sólida formação na área específica de
atuação, recebam formação que os capacite não só a compreender a importância das questões relacionadas à
diversidade étnico-racial, mas a lidar positivamente, com elas e, sobretudo, criar estratégias pedagógicas que
possam auxiliar a reeduca-las.
29
5.4. Matriz Curricular.
Ensino Fundamental Matutino
30
Ensino Fundamental Noturno
31
Matriz Curricular do Ensino Médio Vespertino
32
Matriz Curricular do Ensino Médio Noturno
33
5.5. Educação das relações Étnico-raciais
O ensino da História e Cultura Afro-Brasileira, africana e indígena tornam-se obrigatórios nas
escolas brasileiras a partir das leis nº 10.639/03 e nº 11.645/08.
De acordo com a resolução CP nº1 de 17/06/2004, ficam instituídas as Diretrizes Curriculares
Nacionais Para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura AfroBrasileira e Africana. Sendo assim passa a integrar as discussões na disciplina de história esta temática acima
citada.
5.6. Ensino de História do Paraná
Historicamente o ensino de história do Paraná, oscilou entre a sua obrigatoriedade e a não
obrigatoriedade durante anos. Porém com a lei 13.381/2001 o ensino de História do Paraná passa a ser
obrigatório em nossos currículos. No caso desta instituição as disciplinas de História e Geografia abordam os
conteúdos de História do Paraná nas 5ªs e 6ªs séries e 1º Ano do Ensino Médio , concomitantemente aos
conteúdos ministrados.
5.7. Ensino de Filosofia e Sociologia
Em concordância com a Deliberação nº06/06 do CEE, o ensino de Filosofia e Sociologia são
ofertados no Ensino Médio como disciplinas da Base Nacional comum, possuindo diretriz curricular estadual
específica, a qual é a base para a elaboração curricular destas disciplinas.
5.8. Concepção das ações Didático-pedagógicas
As ações didático-pedagógicas são atividades ofertadas aos alunos com o intuito de enriquecer e
ampliar os horizontes educacionais de nossos educandos. Sendo assim, este colégio oferta em contra-turno às
aulas da matriz curricular o CELEM (centro de língua estrangeira moderna) de Língua Espanhola, em sua
modalidade de curso básico de 2 anos. Também propiciamos a nossos alunos a participação no Fera Com
Ciência e nos Jogos Colegiais do Paraná.
5.9. Concepção de Complementação Curricular
O governo do Estado do Paraná assume como políticas públicas as Atividades Pedagógicas de
Complementação Curricular através do Programa Viva a Escola.
Entendemos por complementação curricular, atividades relativas aos recortes do conteúdo disciplinar
previsto na Proposta Pedagógica Disciplinar e na Proposta Pedagógica da escola, realizada numa seleção de
atividades organizadas.
34
O Programa Viva a Escola está organizado a partir de quatro núcleos de conhecimento: Expressivo
Corporal, Científico-Cultural, Apoio à Aprendizagem e Integração à Comunidade e a Escola.
A complementação curricular deverá respeitar as Diretrizes Curriculares Nacionais, as Diretrizes
Curriculares para a Educação Básica do Estado do Paraná e as necessidades pedagógicas e sociais dos
educandos e da escola, descritas no Projeto Político Pedagógico.
5.10. Concepção de Desafios Educacionais Contemporâneos
Os desafios Educacionais Contemporâneos compreendem cinco temas que dizem respeito à realidade
social atual e que perpassam o relacionamento diário dentro de todas as instituições escolares. Na tentativa
de auxiliar no trabalho com estes temas tão inquietantes o Departamento da Diversidade da SEED propôs
cadernos temáticos com sugestões de atividades onde tais temas podem ser abordados. Vale ressaltar que tais
temas podem ser trabalhados dentro dos diversos conteúdos escolares, sem que haja necessidade de tratar
estes temas em separado dos conteúdos.
Os Desafios Educacionais contemporâneos são cinco:
•
Educação Ambiental
•
Prevenção ao uso indevido de drogas
•
Relações Étnico-Raciais
•
Sexualidade
•
Violência na escola
5.11. Concepção de Avaliação
A avaliação é um instrumento didático-pedagógico utilizado para reflexão da prática dos professores e
alunos, num processo contínuo e dinâmico.
A avaliação é objeto de constantes pesquisas, voltadas para enfoques variados: político, filosófico,
tecnológico e sociológico. Inclui um julgamento a respeito do significado do resultado. É feito a partir de
algum critério, expectativa ou padrão de desempenho estabelecido. O julgamento deve levar a um
diagnóstico sobre os problemas apontados pelo resultado e também para uma ação corretiva. Para que isto
ocorra, os instrumentos devem ser muito bem elaborados, de forma que professores e alunos possam
compreender os problemas de desempenho a partir dos resultados.
Não se deve desprezar os instrumentos de medida (provas, testes ...) só porque, muitas vezes, eles dão
resultados que não nos agradam.
Uma das maiores preocupações é com o ensino de qualidade, como um diferencial na vida dos alunos.
Espera –se que o aluno seja capaz de saber mais sobre si e que consiga refletir sobre a realidade que o cerca,
35
que seja coerente e consequente. A escola deve ser responsável pelo desenvolvimento cognitivo, afetivo e
moral dos alunos. Estes devem aprender e se desenvolver, vencendo seus limites e dificuldades.
A avaliação deve garantir a meta de qualidade de desempenho para todos, no sentido de aquisição de
conhecimentos, indo além da meta quantitativa, garantindo a qualidade educativa que implica consciência
crítica e da capacidade de ação, do saber e na formação do indivíduo.
Nossa escola propõe a avaliação mediadora, formativa e somativa, pautada na ação-reflexão-ação dos
envolvidos no processo educacional.
Nessa perspectiva, a avaliação somativa tem caráter de essência, ao elaborar um parecer sobre o aluno.
É necessário o apoio proporcionado pelos registros sistemáticos para subsidiar esse parecer. A avaliação
somativa leva a somar um ou mais resultados, de forma contínua, para que o professor possa tomar uma
decisão permeada por uma visão global. Assim, este tipo de avaliação considera os progressos e limitações
de cada aluno ao enfrentar os desafios decorrentes da aprendizagem. O que muda é o uso da informação, e
não a sua natureza.
A avaliação formativa permite ao professor colocar em prática ações que sirvam para corrigir rumos,
rever, melhorar, reformar, adequar a eficácia do ensino. A preocupação está em não fragmentar o processo
ensino-aprendizagem, mas relacionar o erro e a semelhança ao acerto.
“A avaliação mediadora deverá utilizar métodos interpretativos e descritivos de análise. Corrige ou
analisa as respostas dos alunos, com a intenção de orientá-los em sua dimensão de coerência, precisão e
profundidade na abordagem do tema.” (Hoffmann, 1998).
A avaliação institucional é instrumento valioso para a construção do conhecimento, num processo
dinâmico. Nessa perspectiva, os critérios de qualidade devem incorporar valores culturais, éticos, filosóficos,
sociais, psicológicos, enfim, valores humanos.
O Estabelecimento utilizará como procedimentos do processo avaliativo: avaliações orais e escritas,
atividades individuais ou em grupos, relatórios, entrevistas, apresentação de trabalhos, debates, pesquisas e
outros recursos que o professor achar necessário.
A avaliação traduzirá num trabalho cooperativo entre Direção, Pedagogos, Corpo Docente e a Família,
integrados na diagnose dos problemas que interferem no processo ensino-aprendizagem, para dar-lhes
solução adequada.
A avaliação será realizada durante todo o processo educacional, verificando sempre os conteúdos
necessários e fundamentais para a aprendizagem do aluno, dando subsídios ao professor para emitir
julgamento e atribuir ao aluno, ao final de cada bimestre, a nota relativa ao rendimento escolar.
Obrigatoriamente deve constar de no mínimo dois instrumentos de avaliação (Regimento Escolar art.105 –
parágrafo único) para todos os períodos de estudo e disciplinas. A partir de 2011 obedecendo ao Adendo do
Regimento Escolar, a nota bimestral constituir-se-á da seguinte maneira: 5,0 + 5,0 = 10,0; sendo que 5,0
correspondente ao no mínimo dois instrumentos de avaliação escritos, preferencialmente, provas e ou testes e
que os 5,0 pontos restantes, dizem respeito a atividades realizadas em sala de aula, trabalhos individuais ou
36
em grupos e tarefas de casa. Vale ressaltar que os instrumentos de avaliação são diversificados podendo ser
seminários, trabalhos de pesquisa, relatórios, provas escritas, dentre outros.
A recuperação de estudos será ofertada obrigatoriamente por este Estabelecimento de Ensino, de forma
concomitante, contínua e progressiva durante o período letivo, visando melhoria do aproveitamento escolar e
aperfeiçoamento do currículo.
Para que os conteúdos sejam recuperados, os professores deverão utilizar técnicas e estratégias
pedagógicas adequadas às dificuldades de aprendizagem demonstradas pelos alunos, assumindo várias
formas como: estudo dirigido, pesquisas, atividades individuais e em grupo com monitoramento de alunos
que se sobressaem no conteúdo, avaliação oral, escrita e dramatizada.
O Colégio oferta uma sala de recursos para os alunos das 5˚ a 8˚ séries, com transtornos funcionais de
aprendizagem, para auxiliá-los nas suas dificuldades, com um trabalho diferenciado, complementando a
aprendizagem de sala de aula.
A adaptação é realizada através de atividades didático-pedagógicas, desenvolvidas sem prejuízo das
atividades normais da série em que o aluno está matriculado, para que possa seguir com proveito o novo
currículo, sendo realizada durante os períodos letivos, através de um programa especial ministrado pelo
professor da disciplina.
Para efetivação do processo, a equipe pedagógica, comparando o currículo, irá especificar as
adaptações a que o aluno estará sujeito, elaborando um plano próprio, flexível, e com a participação do
professor da disciplina.
A adaptação é um compromisso do aluno, que cumprirá as atividades elaboradas pelo professor da
disciplina, tendo por base o conteúdo programático da série em que a disciplina constar.
As atividades serão elaboradas pelo próprio professor, poderão compreender um roteiro de tarefas
realizadas pelo aluno, como: leitura de livros, pesquisas, exercícios, e outras atividades julgadas necessárias
pelo professor da disciplina. As atividades serão acompanhadas pelo professor da disciplina e equipe
pedagógica.
Conforme o Regimento Escolar, este estabelecimento não ofertará o regime de progressão parcial
como modalidade de promoção. Para transferência recebida, com direito adquirido na escola de origem,
atenderemos com o regime de progressão parcial para as disciplinas que compõem a matriz curricular do
nosso Estabelecimento de Ensino.
A Classificação é realizada no Estabelecimento segundo orientações do NRE, para posicionar o aluno
na série compatível com a idade, experiência e desempenho adquiridos, sendo realizada por promoção, para
alunos que cursaram com aproveitamento a série anterior na própria escola, ou por transferência, para alunos
procedentes de outras escolas, ou independentemente da escolarização anterior, mediante avaliação feita pela
escola. Ela tem caráter pedagógico, centrado na aprendizagem e é realizada conforme o Regimento Escolar.
Na Reclassificação a escola avalia o grau de desenvolvimento e experiência do aluno, levando em
conta as normas curriculares, para encaminhá-lo ao período compatível com sua experiência e desempenho.
37
Os pais ou responsáveis tem o direito ao conhecimento do processo pedagógico, bem como de
participar da definição das propostas educacionais, sendo realizado através de boletins, reuniões bimestrais,
avisos, bilhetes e quando for convocado para comparecer à escola, ou sempre que assim o desejar, visando o
pleno desenvolvimento da educação dos seus filhos.
6. MARCO OPERACIONAL
6.1. Ação da Escola
Nos deparamos com inúmeros desafios para a efetivação dos princípios da educação e da escola que
desejamos, que precisam ser feitos no cotidiano da escola, em seu movimento permanente de reflexão, de
diálogo, de enfrentamento e de construção coletiva.
Portanto, estas ações a serem desenvolvidas na escola visam uma reflexão coletiva, sobre o que
planejamos e o que fazemos para podermos encontrar caminhos para uma escola humanizadora.
6.2. Objetivos
•
Repensar a prática pedagógica, seus avanços, seus problemas, a fim de democratizar o acesso e
garantir a permanência do aluno, visando a qualidade do ensino;
•
Desenvolver potencial criativo dos alunos, como a formação globalizada, desenvolvendo a
consciência crítica;
•
Promover desenvolvimento integral do educando, através de sua participação ativa no processo
educativo, pela formação intelectual, científica, física, espiritual, social, formando uma consciência
crítica;
•
Garantir a transmissão – assimilação do conhecimento científico e processos de ensino –
aprendizagem em todo o trabalho pedagógico;
•
Elaborar, juntamente com a comunidade escolar, projetos educacionais voltado para a construção de
uma educação emancipadora;
•
Promover a participação da comunidade escolar via conselhos de escola, grêmios estudantis,
reuniões de pais e mães, reuniões pedagógicas, reuniões da APMF, buscando soluções em conjunto;
•
Incentivar a prática da solidariedade, respeitando a diversidade cultural para lutar contra a
discriminação de raça, orientação sexual, portadores de necessidades especiais, entre outras;
•
Ampliar os espaços de participação e formação continuada de funcionários, professores, pedagogos,
conselheiros e alunos;
•
Superar o autoritarismo, através da gestão democrática, tomando decisões em conjunto que visem à
construção de um Projeto Pedagógico viável e de uma escola pública de qualidade.
38
6.3. Ações do Trabalho Pedagógico e Administrativo
•
A sala de recursos, será ofertada aos alunos das 5ª a 8ª séries, com 20 h/aula semanais, sendo um
trabalho dos professores e equipe pedagógica, em relação aos
conteúdos e metodologias
empregadas, bem como o acompanhamento do desempenho e rendimento dos alunos, visando sanar
suas dificuldades e superar defasagens, em todas as disciplinas, através de um trabalho diferenciado;
•
Com relação às 5ª séries, será realizado um trabalho em conjunto com equipe pedagógica,
professores e alunos novos em relação ao período de adaptação destes, envolvendo um trabalho
diferenciado devido às dificuldades enfrentadas pela série, quanto a horários, disciplinas, ritmo das
atividades, avaliações, etc.;
•
O trabalho com a disciplina de Ensino Religioso será realizado pelo professor dessa disciplina e
acompanhado pela equipe pedagógica, para que o mesmo aborde questões de religiosidade moral,
ética, valores, atitudes e conhecimentos sobre as diversidades religiosas e culturais. As aulas devem
estimular os alunos a participarem através de atividades em grupo, jogos, dinâmicas, debates,
montagem de painéis, cartazes, etc., serão ministradas a alunos de 5ª e 6ª séries.
•
No Ensino Noturno grande parte dos alunos são trabalhadores rurais, havendo, portanto, a
necessidade de constante incentivo ao estudo, bem como direcionar o trabalho pedagógico para a
realidade de Escola de Campo na qual estão inseridos;
•
O Planejamento de Ensino será elaborado no início do ano letivo e realimentado ao final dos
primeiro semestre e sempre que se fizer necessário. A equipe pedagógica fará um acompanhamento
através de conversas acerca dos conteúdos, metodologias e avaliações empregadas, dificuldades
encontradas e as mudanças necessárias para a melhoria do trabalho educativo;
•
As Reuniões Pedagógicas serão realizadas três durante o ano letivo, programadas em calendário
escolar, ou sempre que for necessário para discutir assuntos relativos ao processo ensino –
aprendizagem, implementação de projetos, grupos de estudos, tomada de decisões acerca de assuntos
pedagógicos e administrativos, bem como resolução de problemas e sugestões;
•
Recuperação de Estudos será realizada com atividades diferenciadas, trabalhadas de forma dinâmica
e flexível e também com atividades extra – classe, tarefas, pesquisas, que reforçam os conteúdos dos
trabalhados em sala, criando hábitos de estudos.
•
Promoção de palestras sobre temas relevantes e atuais;
•
Promoção de atividades esportivas e culturais: visitas a clubes, caminhadas ecológicas, gincanas,
feiras e exposições culturais realizadas por outras comunidades escolares;
•
Desenvolvimento de projetos que incentivem a interpretação de textos, música, arte, teatro, coral,
concursos, poesia, desenhos etc.;
•
Abordagem de Temas Educacionais Contemporâneos e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena:
Meio ambiente, drogadição, sexualidade humana, combate a violência, ECA, Educação Fiscal, etc.,
39
que serão trabalhados durante todo o ano letivo através de pesquisas, debates, palestras, produções,
apresentações artísticas, etc.
•
Oferecer turma de alfabetização para jovens, adultos e idosos que não tiveram oportunidade de
estudar através do Paraná-Alfabetizado.
•
Oportunizar através do Programa viva Escola, a complementação curricular, enriquecendo prática
pedagógica.
•
Organização de reuniões com Conselho Escolar, APMF, Professores, Alunos e Pais para discussão e
reflexão acerca do processo ensino – aprendizagem e da tomada de decisões;
•
Realização de campanhas comunitárias que incentivem a solidariedade, a paz, a ajuda mútua e a
inclusão;
•
Valorização profissional dos envolvidos no processo educacional, através do incentivo aos estudos e
da participação de cursos, seminários, etc.
•
Oferecer condições para o funcionamento do laboratório de Ciências, Química, Biologia, adequando
as aulas teórico – práticas.
Buscaremos parcerias com outras instituições como Sanepar, Copel, Secretaria Municipal de Saúde,
Conselho Tutelar, Serviço de Assistência Social, Corpo de Bombeiros,Secretaria Municipal do Meio
Ambiente, Patrulha Escolar, entre outros.
A avaliação, gerenciamento e otimização dos recursos financeiros serão realizadas através de reuniões
com o Conselho Escolar, APMF, visando à aplicação adequada dos recursos provenientes do Fundo
Rotativo, PDDE e promoções realizadas pelo Colégio.
O relacionamento entre a Equipe Administrativa (Direção e Funcionários), Equipe Pedagógica e Corpo
Docente deverá ser de maneira participativa, com a integração de todos, ajudando-se mutuamente, visando
uma melhoria da qualidade do ensino.
O Colégio adotará critérios de participação da família e comunidade através de reuniões , palestras,
festividades, comemorações, realização de serviços voluntários de saúde.
As reuniões de acompanhamento com a presença dos pais ou responsáveis, serão feitas bimestralmente
ou conforme a necessidade, sempre que surjam problemas para serem resolvidos, contando também com a
participação dos professores.
As palestras serão realizadas esporadicamente durante o ano letivo, sendo convidados profissionais
atuantes na comunidade, onde serão esclarecidos assuntos referentes a temas importantes como: saúde,
trânsito, combate à violência, meio ambiente entre outros, complementando o trabalho realizado pelos
professores em relação aos desafios educacionais contemporâneos, contando com a presença de toda
comunidade escolar.
Esses eventos serão marcados conforme datas previstas no calendário, na medida em que for possível a
sua organização e efetivação, pois esse planejamento é flexível conforme as possibilidades.
40
6.4. Organização Interna da Escola – Função/ação
6.4.1. Direção
À Direção cabe a gestão dos serviços escolares, no sentido de garantir o alcance dos objetivos
administrativos e pedagógicos do Estabelecimento de Ensino, bem como colocar em prática o plano de ação
definido no início do ano letivo.
6.4.2. Equipe Pedagógica
A Equipe Pedagógica é o órgão responsável pela coordenação, implantação e implementação, no
Estabelecimento de Ensino, das diretrizes pedagógicas emanadas pela Secretaria de Estado da Educação,
subsidiando o Diretor e o Conselho Escolar, acompanhando o processo de ensino, atuando junto a
professores, pais e alunos, no sentido de analisar os resultados da aprendizagem com vista a sua melhoria e
efetivando ações que estão diretamente relacionados com o pedagógico, com o exercício cotidiano de busca
de coerência entre a teoria e a prática.
6.4.3. Corpo Docente
Ao Corpo Docente compete estabelecer processo de ensino e de aprendizagem tendo sempre o respeito
humano ao aluno, participando de todas as atividades escolares, sempre que solicitado, organizando e
atualizando seu planejamento e registros escolares, aperfeiçoando-se profissionalmente através de
capacitações, grupos de estudos, reuniões, seminários, pesquisas e outros eventos.
6.4.4. Equipe Administrativa
É o setor que serve de suporte ao funcionamento de todos os setores do Estabelecimento de Ensino,
proporcionando condições para que os mesmos cumpram sua reais funções. Tem ao seu encargo todo o
serviço de escrituração escolar e correspondência do estabelecimento, organizando e mantendo em dia todos
os documentos, observando o cumprimento dos prazos estabelecidos.
6.4.5. Serviços Gerais
Os Serviços Gerais têm ao seu encargo o serviço de manutenção, prevenção, segurança e merenda
escolar do Estabelecimento de Ensino, devendo estar integrados à Proposta Educacional do mesmo,
mantendo a organização e a limpeza em todas as suas dependências, atendendo as solicitações da Direção e
efetuando demais tarefas correlatas à sua função.
41
6.5. Papel e Participação das Instâncias Colegiadas
6.5.1. Grêmio Estudantil
Incentivar a Formação e participação do Grêmio Estudantil, atuar em conjunto com a Direção em
benefício do Colégio e dos alunos, através de participações em reuniões, dando sugestões e na tomada de
algumas decisões, nas festividades, comemorações e atividades envolvendo os alunos.
6.5.2. Alunos representantes de turma
Serão eleitos de forma democrática pelos próprios alunos no início do período letivo, dando suporte à
Direção, Equipe Pedagógica, Professores, atuando em sala de aula como verdadeiros representantes. Serão
convocados a participarem do Conselho de Classe, representando sua turma, dando sugestões, fazendo
críticas construtivas em benefício do processo ensino – aprendizagem.
6.5.3. Conselho Escolar
Será convocado sempre que houver necessidade de deliberar assuntos de sua competência, auxiliando a
Direção na tomada de decisões.
6.5.4. Conselho de Classe
Será realizado bimestralmente conforme o calendário escolar e sempre que se fizer necessário, com a
participação dos professores e equipe pedagógica, bem como com a participação dos representantes de
turma, que levarão ao referido Conselho os pareceres de sua classe.
6.5.5. APMF
Buscaremos a participação ativa da APMF, juntamente com a direção no gerenciamento dos recursos
materiais e financeiros, reuniões e eventos promovidos pela escola.
6.6. Ações Relativas à Formação Continuada
Serão realizadas mediante Cursos, Seminários, Simpósios, Grupos de Estudo, disponibilizados pela
Secretaria de Educação, Núcleo Regional, aos professores, funcionários, pais e alunos. A escola promoverá
encontros com a comunidade escolar, no próprio colégio, bimestralmente, ou conforme a possibilidade, onde
serão montados grupos de estudos para reflexão e debate sobre diversos temas relacionados à educação, bem
como palestras com profissionais convidados.
42
6.7. Atividades escolares em geral e as ações Didático-pedagógicas a serem desenvolvidas durante o
tempo escolar.
Serão realizadas atividades extra-classe, como passeios e visitas a EFAPI, Trilha Ecológica “Mata do
Godói”, Exposições Culturais de outros Estabelecimentos de Ensino, Passeatas pela Paz, Desfile Cívico e
atividades esportivas e recreativas em Clubes de Campo.
Serão desenvolvidos Programas envolvendo aspectos da cidadania como Preservação do Meio
Ambiente, Fera Com Ciência, Programa Agrinho, Conferência Infanto Juvenil pelo Meio Ambiente,
Programa Segurança com Paz na Escola, FICA, Jogos Colegiais, Inclusão escolar e valorização da vida,
questões sociais, saúde (sexualidade e drogas), valores morais, violência dentro e fora da escola, e outros
promovidos pela escola. Estes assuntos serão trabalhados através de cartazes, murais, conferências,
exposições orais, palestras com profissionais da comunidade, contando também com a participação da
mesma.
Atividades culturais e esportivas, bem como campanhas de conscientização e solidariedade também
serão desenvolvidas, com a participação da comunidade, conforme a necessidade.
A Escola terá uma equipe interdisciplinar encarregada da supervisão e desenvolvimento de ações que
dêem conta da aplicação efetiva das diretrizes estabelecidas na Deliberação 04/2006, que trata da Educação
das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana e indígena ao
longo do período letivo, e não apenas em datas festivas, enfatizando a grande contribuição dos negros e
indígenas, levando o aluno a discutir, analisar, argumentar e avançar na compreensão e valorização da
cultura africana e indígena e suas contribuições para a humanidade.
Os conteúdos serão desenvolvidos em todas as disciplinas, em forma de pesquisa, levantamento de
dados, debates, painéis, leitura de textos, de imagens, filmes, oficinas, que auxiliem a organização e
recondução das relações entre os descendentes africanos e indígenas, de europeus e de outros povos.
6.8. Programa Viva a Escola
As Atividades Pedagógicas de complementação curricular têm como objetivos:
a) dar condições para que os profissionais da educação, os educandos e a comunidade escolar
desenvolvam atividades pedagógicas além do turno escolar;
b) viabilizar o acesso, permanência e participação dos educandos em atividades pedagógicas de seu
interesse oferecidas pelo Estabelecimento de Ensino;
c) possibilitar o a educando maior integração na comunidade escolar, ao realizar atividades que os
levem à interação com os colegas, professores e comunidade.
Após análise e aprovação do Conselho Escolar sobre as atividades de complementação curricular,
ficou decidido que serão desenvolvidas através do Programa Viva a Escola, as seguintes atividades
pedagógicas científico-cultural:
43
•
A hora da leitura
•
A Construção do Conhecimento através da Mídias
6.8.1.A hora da Leitura
Esta atividade complementar terá a finalidade de proporcionar aos educandos incentivo à leitura, seu
desenvolvimento intelectual, valorizando a socialização e integração dos mesmos nas práticas de leitura e
produção de textos de variados generos literários. A prática da leitura se faz necessária para que desperte nos
alunos prazer e gosto pela mesma, que por sua vez, é um processo que consiste na atividade ativa do leitor e
também viabiliza o acesso, permanência e participação dos alunos na melhoria de sua oralidade, na produção
de textos entre outros.
6.8.2.
A Construção do Conhecimento através da Mídias
O advento da informática criou uma nova facilidade na criação de mídias que agora começam a
aparecer em volume significativos. Então é necessário preparar os alunos para os recursos midiativos
englobando as novas tecnologias de informação e comunicação, gerando conhecimentos e troca de
informações, já que as mídias bem como a informática vem sendo cada vez mais utilizada.
Desta forma, espera-se que com estes Programas, na medida em que há um aprofundamento dos
conhecimentos científicos, seja possível resgatar a dignidade humana de nossos educandos elevando a autoestima, o respeito mútuo e a melhoria na saúde mental e física dos mesmos.
6.9. Qualificação dos espaços pedagógicos
Quanto aos espaços pedagógicos, contamos com quatro salas de aula, biblioteca, uma sala de
professores, que também é utilizada como laboratório de Informática.
O laboratório de Ciências está sendo montado em sala própria, aguardando alguns recursos e reparos.
A aquisição de novos computadores veio ampliar o laboratório de informática, que dispõe atualmente
de acesso à internet via satélite, para enriquecer as aulas com pesquisas em todas às áreas de conhecimento.
7. Acompanhamento e avaliação do Projeto Político Pedagógico
As avaliações do desempenho dos docentes, pedagogos, funcionários e direção serão realizadas
através de questionários com os alunos, onde os resultados serão analisados para as devidas considerações e
melhorias no trabalho pedagógico.
Serão realizadas, também, auto-avaliações bimestrais com o objetivo de rever a prática, buscando
melhorar a qualidade do trabalho pessoal.
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Quanto ao acompanhamento do Projeto Político Pedagógico, foram realizadas reuniões com
representantes de turmas, funcionários, professores, pais, Conselho Escolar, APMF e Direção da Escola, com
fins informativos, bem como para tomada de decisões e sugestões viáveis para a elaboração e implantação do
mesmo, sendo realizado coletivamente, conforme instruções recebidas e cronograma proposto por este
Estabelecimento.
A partir da vigência do presente projeto, este será realimentado periodicamente, conforme a
necessidade, contando com a participação de todos os envolvidos na sua elaboração.
O Projeto Político Pedagógico será avaliado através de reuniões semestrais com os vários segmentos,
para discussão sobre a sua aplicabilidade, incorporando as mudanças necessárias conforme sugestões da
comunidade escolar.
BIBLIOGRAFIA
BRASIL. Leis, decretos, etc. Lei Federal nº 8069/90, de 13 de junho de 1990: dispõe sobre o Estatuto da
Criança e do Adolescente, e dá outras providências. Brasília, 1990.
BRASIL. Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394/96. Brasília:
MEC, 1996.
Caderno de Debates – IV Conferência Estadual de Educação da APP – Sindicato.
Material da Capacitação Descentralizada ( Curso de Diretrizes Pedagógicas e Administrativas para a
Educação Básica) SEED – Governo do Estado do Paraná – CADEP
Revista Gestão em Rede, nº 65, Outubro, 2005.
FRIGOTTO, Gaudêncio. Fundamentos de um Projeto Político Pedagógico. In: Demerval Saviani e a
educação brasileira: o simpósio de Marília. São Paulo, Cortez. 1994 p.180-191.
DEMO, Pedro. Participação é conquista: Noções de política social participante. São Paulo, Cortez, 1998.
DUARTE Valdir P Duarte, Escola Pública no Campo: Problemática e perspectivas: um estudo a partir
do Projeto vida na roça, Francisco Beltrão, Paraná, ASSESOAR, 2003
Organizadores: Solange Von Onçay, Rogéria Pereira Alba, Ed. ASSESOAR,
Disciplina de
Desenvolvimento Rural Sustentável.: Para além da disciplina e do Rural- DRS – Francisco Beltrão.
2007
45
BOFF, Leonardo. Projetos Políticos e modelos de cidadania. In: Boff, L. Depois de 500 anos: que Brasil
queremos? Petrópolis, RJ Vozes, 2000. P.57 – 74.
46
Esse Projeto Político Pedagógico foi construído coletivamente (ata anexa), por isso, é compromisso de todos.
Equipe Organizadora:
Santo Antônio da Platina, fevereiro, 2011.
__________________________________
Dalva Maria José Pedroso
Diretora
___________________________________
Marcia Regina de Souza Auguts
Pedagoga
47
Calendário Escolar 2011
48
Ata de construção do PPP
49
Ata de aprovação do PPP
50
COLÉGIO ESTADUIAL MONTE REAL – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
RUA JOÃO BENEDETI, 19 – DISTRITO DE MONTE REAL - CEP 86430000
FONE / FAX: (43) 3596 1110
ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
SANTO ANTONIO DA PLATINA- PARANÁ
E-mail: [email protected]
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
A partir das Diretrizes Curriculares do Ensino Fundamental e Médio, os professores e pedagogos
tiveram a responsabilidade de elaborar a presente Proposta Curricular, contemplando a realidade da escola e
dos alunos que a freqüentam, de modo que a concepção de disciplina e seus fundamentos teóricometodológicos façam sentido na organização e tratamento dos conteúdos e, mais especificamente, na
aprendizagem dos alunos. Este foi, portanto, o espaço para os professores, na sua disciplina de atuação,
expressarem as relações entre os conteúdos escolares, historicamente construídos e os saberes de seus alunos
e da comunidade. Constituiu-se também, num momento de compartilhar experiências com outros
professores, estabelecer novas relações profissionais e de adotar práticas comprometidas com o zelo pelo
processo de ensino e de aprendizagem desenvolvidos na escola.
Portanto, esta ação educacional pretende além de desenvolver capacidade para tomada de decisão,
oferecer aos estudantes e ao próprio corpo docente uma reconstrução reflexiva da realidade, tomando como
ponto de partida as teorias, conceitos, procedimentos, costumes, etc., que existem na sua comunidade e aos
quais se devem facilitar o acesso. A proposta curricular deve ser entendida como expressão de uma política
cultural, na medida em que seleciona conteúdos e práticas de uma dada cultura para serem trabalhados no
interior da escola. Assim sendo o currículo é a expressão dinâmica do conceito que a escola e o sistema de
ensino têm sobre o desenvolvimento dos seus alunos e que se propõe realizar com e para eles.
51
PROPOSTA PEDAGÓCICA CURRICULAR DE ARTE
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Desde o século XVI, com a ação dos jesuítas, encontramos o ensino da Arte presente no Brasil, cujo
objetivo principal era a catequização dos grupos que aqui habitavam. Este ensino incluía a Retórica, a
Literatura, a Escultura, a Pintura, a música e as Artes Manuais. Com a expulsão dos jesuítas pelo Marquês de
Pombal, o pensamento iluminista e positivista foi preponderante no ensino público brasileiro.
A Reforma Educacional Brasileira – Reforma Pombalina (1792- 1800) – fez com que o ensino da
Arte perdesse a importância. O desenho, por exemplo, foi associado à matemática na forma de Desenho
Geométrico.
No início do século XIX, D. João VI incentivava o ensino da Arte - o que resultou na Academia de
Belas Artes do Rio de Janeiro (1826) – porém, o ensino ainda era influenciado pelo iluminismo, priorizando
a área cientifica. Essa visão foi ratificada na 1º Reforma Educacional do Brasil República em 1890, realizada
por Benjamin Constant, cujo objetivo ainda era valorizar a Ciência e a Geometria.
A partir de 1931, por influência de Heitor Villa – Lobos, o ensino de Arte fez-se presente no
primeiro projeto de educação pública de massa por meio do Canto Orfeônico imprimindo na escola uma
primeira noção da Arte como linguagem.
Com a lei 5692 de 1971, foi fundada uma nova visão tecnicista e entendendo o educador de Artes
como um profissional polivalente, o ensino da Arte passa a ser obrigatório no currículo das escolas
brasileiras, porém como forma de atividade e não disciplina. Somente em 1996, a Lei 9394 de Diretrizes e
Bases da Educação ratifica a obrigatoriedade do ensino da Arte na Educação Básica e a Arte passa a compor
a Área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias. Em 1997, com a publicação dos Parâmetros Curriculares
Nacionais e dos Referenciais, a Música, Artes Visuais, Dança e Teatro foi indicado como áreas de
conhecimento autônomas dentre da disciplina de Arte.
Atualmente, o trabalho na disciplina de Arte exige do educador reflexões que contemplem a arte
efetivamente como área do conhecimento e não como meio “DE APRESENTAÇÃO GERAL DA
DISCIPLINA
Desde o século XVI, com a ação dos jesuítas, encontramos o ensino da Arte presente no Brasil, cujo
objetivo principal era a catequização dos grupos que aqui habitavam. Este ensino incluía a Retórica, a
Literatura, a Escultura, a Pintura, a música e as Artes Manuais. Com a expulsão dos jesuítas pelo Marquês de
Pombal, o pensamento iluminista e positivista foi preponderante no ensino público brasileiro.
A Reforma Educacional Brasileira – Reforma Pombalina (1792- 1800) – fez com que o ensino da
Arte perdesse a importância. O desenho, por exemplo, foi associado à matemática na forma de Desenho
Geométrico.
No início do século XIX, D. João VI incentivava o ensino da Arte - o que resultou na Academia de
Belas Artes do Rio de Janeiro (1826) – porém, o ensino ainda era influenciado pelo iluminismo, priorizando
52
a área cientifica. Essa visão foi ratificada na 1º Reforma Educacional do Brasil República em 1890, realizada
por Benjamin Constant, cujo objetivo ainda era valorizar a Ciência e a Geometria.
A partir de 1931, por influência de Heitor Villa – Lobos, o ensino de Arte fez-se presente no
primeiro projeto de educação pública de massa por meio do Canto Orfeônico imprimindo na escola uma
primeira noção da Arte como linguagem.
Com a lei 5692 de 1971, foi fundada uma nova visão tecnicista e entendendo o educador de Artes
como um profissional polivalente, o ensino da Arte passa a ser obrigatório no currículo das escolas
brasileiras, porém como forma de atividade e não disciplina. Somente em 1996, a Lei 9394 de Diretrizes e
Bases da Educação ratifica a obrigatoriedade do ensino da Arte na Educação Básica e a Arte passa a compor
a Área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias. Em 1997, com a publicação dos Parâmetros Curriculares
Nacionais e dos Referenciais, a Música, Artes Visuais, Dança e Teatro foi indicado como áreas de
conhecimento autônomas dentre da disciplina de Arte.
Atualmente, o trabalho na disciplina de Arte exige do educador reflexões que contemplem a arte
efetivamente como área do conhecimento e não como meio “dom”,entretenimento ou terapia. O objetivo da
proposta pedagógica para o ensino de Arte no Ensino fundamental e Médio no Paraná é o aprendizado da
Arte como linguagem, visando a um ser reflexivo, autônomo e inserido criticamente na realidade em que
vive.
A Arte – fruto da percepção e da necessidade da expressão humana – é concretizada utilizando-se de
elementos próprios da linguagem artística. A Arte nos fornece uma simbologia própria e, portanto outras
leituras do mundo que nos cerca. Ou seja, “as diversas leituras de mundo via diferentes linguagens – não
somente a verbal – possibilitam-nos conhecer, reconhecer, re-significar e expressar o sentido da vida em
sociedade.” (Marques e Brasil, 2005).
A Arte como linguagem utiliza – se de símbolos e de elementos próprios que estão presentes na Dança
(movimento e não movimento), na Música (sons), no Teatro (dramatização), e nas Artes Visuais (forma e
luz). Essa discussão em torno da Arte como linguagem ponderá o entendimento de que a arte não apenas
suscita sentimentos, mas pressupõe diálogo, comunicação e conhecimento.
Na cultura escolar, os saberes são apropriados pela escola de maneira singular, dando-lhes um sentido
pedagógico (Sacristan, J. G. 2001). Na escola, esse trabalho ressignifica os saberes e os conceitos científicos
produzidos na sociedade. Assim sendo, um dos elementos essenciais que caracteriza o ensino da Arte no
ambiente escolar é o fato de que, na escola, temos a responsabilidade de relacionar, questionar, experimentar,
refletir e contextualizar os trabalhos artísticos a fim de que façam sentido em nossas próprias vidas e na
construção da sociedade brasileira.
É com base nestes pressupostos que trataremos a Arte como linguagem artística. A partir das
concepções da arte, esta proposta considera alguns pontos conceituais que contribuem para as reflexões a
respeito do objeto de estudo desta disciplina : conhecimento estético, conhecimento artístico e o
conhecimento contextualizado.
53
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
A disciplina de Arte no Ensino Fundamental e no Ensino Médio contempla as linguagens das artes visuais,
da dança, da música, e do teatro e os conteúdos estruturantes selecionados para essa disciplina vem constituir
a base para a prática pedagógica. Articulados entre si, esses conteúdos estruturantes compreendem todos os
aspectos do objeto de estudos e oferecem possibilidades de organização dos conteúdos específicos.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES PARA O ENSINO FUNDAMENTAL
ÁREAS
ELEMENTOS
CONTEÚDOS
MOVIMENTOS E
FORMAIS
Imagem
ESPECÍFICOS
Espaço visual
PERÍODOS
Pré-História
Ponto
Espaço material
Arte Indígena (Paranaense)
Linha
Leitura
Modernismo (Tarsila do Amaral e Portinari)
Forma
Bi e /Tridi-mensional
Impressionismo
ARTES
Textura
Contraste
Movimentos do século XX
VISUAIS
Luz
Ritmo
Cultura Afro
Sombra
Equilíbrio
Movimento
Decomposição da cor
Cor e pigmento
Simetria
Tons e Matrizes
MÚSICA
Percepção Rítmica
Manusear, Classificar,
Sons
Experimentar.
Qualidade do som
Sons naturais e culturais
Estrutura Musical
Intensidade, Duração e Altura.
Gêneros
Improvisação
Movimento
Espaço
Ação corporal
Saltar, Deslocar, Gesticular.
Ritmo
DANÇA
Espaço
Tempo
Fluência
Técnicas
54
Coreografia
Personagem
Gêneros
Expressão Corporal
(representação)
Expressão Gestual
Espaço cênico
Expressão Vocal
TEATRO
Expressão Facial
Cenografia
Iluminação
Sonoplastia
Envio de roteiro
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES PARA O ENSINO MÉDIO
ÁREAS
ELEMENTOS
COTEÚDOS
MOVIMENTO E
FORMAIS
ESPECÍFICOS
PERÍODO
Ponto
Figurativa
Arte Pré-História
Linha
Abstrata
Arte no Egito Antigo
Superfície
Figura/fundo
Arte Grego-Romana
Textura
Bidimensional/Tridi-mensional
Arte Pré-Colombiana
ARTES
Volume
Semelhanças
nas Américas
VISUAIS
Luz
Contrastes
Arte Oriental
Cor
Ritmo visual
Arte Africana
Gêneros
Arte Medieval
Técnicas
Renascimento
Altura
Ritmo
Barroco
Duração
Melodia
Neoclassicismo
Timbre
Harmonia
Romantismo
Intensidade
Intervalo melódico
Realismo
Densidade
Intervalo Harmônico
Impressionismo
Tonal
Expressionismo
Modal
Fauvismo
Gêneros
Cubismo
Técnicas
Abstracionismo
Improvisação
Dadaísmo
MÚSICA
Surrealismo
55
TEATRO
Personagem:Ex-
Representação
Op-art
pressões
Sonoplastia/iluminação/cenografi
Pop-art
corporais,
a/
Teatro Pobre
vocais, gestuais e Figurino/caracterização/maquiage
Teatro do Oprimido
faciais.
m/Adereços
Música Serial
Ação
Jogos teatrais
Música Eletrônica
Espaço cênico
Roteiro
Rap, Funk, Techo
Enredo
Gêneros
Movimento
Técnicas
Ponto de apoio
Música Minimalista
corporal
Salto e queda
Arte Engajada
Tempo
Rotação
Hip hop
Espaço
Formação
Dança Moderna
Deslocamento
Vanguarda Artística
Sonoplastia
Arte Brasileira
Coreografia
Arte paranaense
Gêneros
Indústria Cultural
Técnicas
Cultura Afro
DANÇA
Para o Ensino Fundamental as formas de relação da arte com a sociedade serão tratadas numa
dimensão ampliada, enfatizando a associação da arte com a cultura e da arte com a linguagem e para o
Ensino Médio, a partir de uma verticalização e de um aprofundamento dos conteúdos, a ênfase será maior na
associação da arte com o conhecimento, da arte com o trabalho criador e da arte com a ideologia. Dessa
forma, o aluno da educação básica terá acesso ao conhecimento presente nessas diferentes formas de relação
da arte com a sociedade, de acordo com a proximidade das mesmas com o seu universo. O professor, por sua
vez, ao selecionar os conteúdos específicos que irá desenvolver, enfocará essas formas de relação da arte
com a sociedade com maior ou menor ênfase, abordando o objeto de estudo por meio dos conteúdos
estruturantes.
A Cultura - Afro é colocada Artisticamente nos conteúdos estruturantes, para que se faça
conhecimento desta Cultura de forma aberta e amplificada. As influências Africanas em nossas vidas, onde
os negros não são vistos somente como descendentes de escravos.
De acordo com a lei nº 11645 de 10 de março de 2008 fica estabelecido para o ensino fundamental e médio
o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena, a que se refere este artigo incluirá diversos aspectos
da história e da ciltura que caracterizam a formação da população brasileira , a partir desses dois grupos
étnicos, tais como o estudo da história da África e dos africanos, a luta do negros e dos povos indígenas
brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade nacional resgatando a suas contribuições nas áreas
social, econômica e política, pertinentes a história do Brasil.
56
O ensino da história afro- brasileira , africana e indígena tem por objetivo reconhecer e valorizar a
identidade histórica e cultural dos mesmos, bem como a divulgar e produzir conhecimentos, atitudes,
posturas e valores que preparem o cidadão para uma vida de fraternidade e partilha entre todos sem as
barreiras estabelecidas por séculos de preconceitos e esterótipos e de discriminação.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A Metodologia é o elemento da pedagogia que está mais intimamente ligado à prática em sala de
aula. Este trabalho deve ser pautado pela relação que o ser humano tem com a arte, essa relação é de produzir
arte, desenvolver um trabalho artístico ou de sentir e perceber as obras artísticas.
Na metodologia do ensino de arte, devemos contemplar três momentos de organização pedagógica: o sentir e
perceber, o conhecimento e o trabalho artístico.
Sentir e perceber:
É possibilitar aos alunos o acesso às obras artísticas de música, teatro, dança e artes visuais para que
os mesmos possam familiarizar-se com as diversas formas de produção da arte, bem como, envolver a
apreciação dos objetos da natureza e da cultura.
O trabalho do professor é o de possibilitar o acesso e mediar essa apreciação apropriação com o
conhecimento sobre arte, para que o aluno possa interpretar as obras e a realidade, transcendendo as
aparências, aprendendo parte da totalidade da realidade humano-social.
Conhecimento em Arte:
Conhecimento em arte, na perspectiva desta proposta materializa-se no trabalho escolar com os
conteúdos estruturantes (elementos formais, composição, movimentos e períodos, tempo e espaço) da
disciplina e como eles se constituem nas artes visuais, dança música e teatro.
É imprescindível que o professor considere a origem cultural e o grupo social dos alunos,
trabalhando em suas aulas os conhecimentos produzidos na comunidade e as manifestações artísticas que
produzem significado de vida para estes alunos, tanto na produção como na fruição.
A abordagem dos conteúdos (conhecimentos) não deve ser feita somente como aula teórica e sim
contida no sentir e perceber e no trabalho artístico, pois o conhecimento em arte se efetiva somente quando
esses três momentos são trabalhados.
Arte é um campo do conhecimento humano, produto da criação e do trabalho de indivíduos, histórica
e socialmente datados, onde cada conteúdo tem sua origem e história, que devem ser conhecidas para melhor
compreensão por parte do aluno.
Este conhecimento transforma-se, através do tempo, em função dos modos de produção social, o que
implica, para o aluno, conhecer como se organizam as várias formas de produzir arte, como também, a
maneira pela qual a sociedade estrutura-se historicamente.
57
Trabalho Artístico
A prática artística (trabalho criador) é expressão privilegiada do aluno e momento do exercício as
imagens e criação. Apesar das dificuldades que a escola encontra para desenvolver estas práticas, elas são
fundamentais, pois a arte não pode ser apreendida somente de forma abstrata, o processo de produção do
aluno acontece quando ele interioriza e se familiariza com os processos artísticos e humanizados os sentidos.
Essa abordagem metodológica é essencial no processo ensino-aprendizagem em arte. Esses três
momentos metodológicos são importantes para o trabalho em sala de aula, pois apesar de serem
interdependentes, é preciso planejar a aula com recursos e metodologia específica para cada um desses
momentos.Podendo utilizar os recursos tecnológicos disponíveis da escola como: TV, DVDs, vídeo, câmera
digital, internet, retro-projetor, microfone, aparelho de som, etc.
Utilizaremos um mesmo encaminhamento metodológico, tanto para o Ensino Fundamental como para o
Ensino Médio, o que irá diferenciar será o aprofundamento em relação aos conteúdos do Ensino Médio.
O encaminhamento pode iniciar-se por qualquer desses momentos, mas o fundamental é que no
processo o aluno tenha realizado trabalhos referentes ao sentir e perceber, ao conhecimento e ao trabalho
artístico.
AVALIAÇÃO
A avaliação em Artes deverá levar em conta as relações estabelecidas pelo aluno entre os
conhecimentos em arte e a sua realidade, evidenciadas tanto no processo, quanto na produção individual e
coletiva desenvolvida a partir desses saberes. É necessário referir-se ao conhecimento específico das
linguagens artísticas, tanto em seus aspectos experimentais (práticos) quanto conceituais (teóricos), pois a
avaliação consiste e fundamentada, permite ao aluno posicionar-se em relação aos trabalhos artísticos
estudados e produzidos.
A avaliação significativa exige fundamentação, para que abra portas e aponte caminhos para o
redimensionamento das práticas pedagógicas, pois o professor participa do processo e compartilha a
produção do aluno.
A avaliação em arte supera dessa forma, o papel de mero instrumento de medição de apreensão de
conteúdos, busca propiciar aprendizagens socialmente significativas para o aluno. Sendo processual e sem
estabelecer parâmetros comparativos entre os alunos, estará discutindo dificuldades e progressos de cada um
a partir de sua própria produção. Assim sendo, considerará o desenvolvimento do pensamento estético,
levando em conta a sistematização dos conhecimentos para a leitura da realidade. Avaliar exige, acima de
tudo, que se defina aonde se quer chegar, que se estabeleçam nos critérios para, em seguida, escolherem-se
os procedimentos, inclusive aqueles referentes à seleção dos instrumentos que serão utilizados no processo
de ensino e de aprendizagem.
58
BIBLIOGRAFIA
Arte História e Produção – Carla, Paulo e Raquel Vale.
Arte e Produção
Reviver nossa Arte
Link da Arte – Roseli Vitrela e Jaqueline Arruda.
Diretrizes Curriculares da Arte para o Ensino Fundamental e Médio.
Novos Caminhos – Música, Movimento e Artes Visuais.
59
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A Educação Física permite uma abordagem biológica, antropológica, sociológica, psicológica,
fisiológica e política das práticas corporais, justamente por sua constituição interdisciplinar, por estar
integrada ao projeto geral de escolarização.
Pensar em educação física a partir de uma mudança significa uma reflexão sobre influencia do atual
modelo de ensino, o qual muitas vezes não contempla a enormes riquezas das manifestações corporais,
propiciando uma educação voltada para uma consciência crítica, onde o trabalho, enquanto categoria, é um
dos princípios fundamentais das reflexões acerca da disciplina.
As primeiras sistematizações que o conhecimento sobre as práticas corporais recebem em solo
nacional ocorrem a partir de teorias oriundas da Europa. Sob a égide de conhecimentos metodológicos e da
instrução física militar, a então denominada ginástica surgiu, principalmente, a partir de uma preocupação
com o desenvolvimento da saúde e a formação moral dos cidadãos brasileiros. Esse modelo de prática
corporal pautava-se em prescrições de exercícios visando ao aprimoramento de capacidades e habilidades
físicas como a força, a destreza, a agilidade e a resistência, além de visar à formação do caráter, da
autodisciplina, de hábitos higiênicos, do respeito à hierarquia e do sentimento patriótico.” (SOARES, 2004,
p. 70).
No ano de 1882, Rui Barbosa emitiu o parecer n. 224, sobre a Reforma Leôncio de Carvalho, decreto
n. 7.247, de 19 de abril de 1879, da Instrução Pública. Entre outras conclusões, afirmou a importância da
ginástica para a formação de corpos fortes e cidadãos preparados para defender a Pátria, equiparando-a, em
reconhecimento, às demais disciplinas (SOARES, 2004). Conforme consta no próprio parecer, “[...] com a
medida proposta, não pretendemos formar nem acrobatas nem Hércules, mas desenvolver na criança o
quantum de vigor físico essencial ao equilíbrio da vida humana, à felicidade da alma, à preservação da Pátria
e à dignidade da espécie” (QUEIRÓS apud CASTELLANI FILHO, 1994, p. 53).
No início do século XX, especificamente a partir de 1929, a disciplina de Educação Física tornou-se
obrigatória nas instituições de ensino para crianças a partir de 6 anos de idade e para ambos os sexos, por
meio de um anteprojeto publicado pelo então Ministro da Guerra, General Nestor Sezefredo Passos. Propõe
também a criação do Conselho Superior de Educação Física com o objetivo de centralizar, coordenar e
fiscalizar as atividades referentes ao Desporto e à Educação Física no país e também a elaboração do Método
Nacional de Educação Física. (LEANDRO, 2002, p. 34).
No que se refere à disciplina de Educação Física, a introdução dos temas transversais acarretou,
sobretudo, num esvaziamento dos conteúdos próprios da disciplina. Temas como ética, meio ambiente, saúde
e educação sexual tornaram se prioridade no currículo, em detrimento do conhecimento e reflexão sobre as
práticas corporais historicamente produzidas pela humanidade, entendidos aqui como objeto principal da
Educação Física.
60
Pode e deve ser trabalhada em interlocução com outras disciplinas que permitam entender a Cultura
Corporal em sua complexidade, ou seja, na relação com as múltiplas dimensões da vida humana, tratadas
tanto pelas ciências humanas, sociais, da saúde e da natureza.
A Educação Física é parte do projeto geral de escolarização e, como tal, deve
estar articulada ao projeto político-pedagógico, pois tem seu objeto de estudo e ensino próprios, e trata de
conhecimentos relevantes na escola. Considerando o exposto, defende-se que as aulas de Educação Física
não são apêndices das demais disciplinas e atividades escolares, nem um momento subordinado e
compensatório para as “durezas” das aulas em sala.
Se a atuação do professor efetiva-se na quadra, em outros lugares do ambiente escolar e em
diferentes tempos pedagógicos, seu compromisso, tal como o de todos os professores, é com o projeto de
escolarização ali instituído, sempre em favor da formação humana. Esses pressupostos se expressam no trato
com os conteúdos específicos, tendo como objetivo formar a atitude crítica perante a Cultura Corporal,
exigindo domínio do conhecimento e a possibilidade de sua construção a partir da escola.
Busca-se, assim, superar formas anteriores de concepção e atuação na escola pública, visto que a
superação é entendida como ir além, não como negação do que precedeu, mas considerada objeto de análise,
de crítica, de reorientação e/ou transformação daquelas formas. Nesse sentido, procura-se possibilitar aos
alunos o acesso ao conhecimento produzido pela humanidade, relacionando-o às práticas corporais, ao
contexto histórico, político, econômico e social.
Visando romper com a maneira tradicional como os conteúdos têm sido tratados na Educação Física,
faz-se necessário integrar e interligar as práticas corporais de forma mais reflexiva e contextualizada, o que é
possível por meio dos Elementos Articuladores17.
Tais elementos não podem ser entendidos como conteúdos paralelos, nem tampouco trabalhados
apenas teoricamente e/ou de maneira isolada. Os elementos articuladores alargam a compreensão das
práticas corporais, indicam múltiplas possibilidades de intervenção pedagógica em situações que surgem no
cotidiano escolar.
Podemos exemplificar isto através dos seguintes sistemas de complexos temáticos:
•
Cultura Corporal e Corpo;
•
Cultura Corporal e Ludicidade;
•
Cultura Corporal e Saúde;
•
Cultura Corporal e Mundo do Trabalho;
•
Cultura Corporal e Desportivização;
•
Cultura Corporal – Técnica e Tática;
•
Cultura Corporal e Lazer;
•
Cultura Corporal e Diversidade;
•
Cultura Corporal e Mídia.
61
Os elementos articuladores alargam a compreensão das práticas corporais, indicam múltiplas
possibilidades de intervenção pedagógica em situações que surgem no cotidiano escolar. São, ao mesmo
tempo, fins e meios do processo de ensino/aprendizagem, pois devem transitar pelos Conteúdos Estruturantes
e específicos de modo a articulá-los o tempo todo.
Por se tratar de uma disciplina na área humana, o aprendizado da Educação Física, justifica-se
devido às discussões, problematizações e à necessidade de práticas e manifestações da Cultura Corporal
pelos alunos.
O objetivo maior da Educação Física segundo o PCN do Ensino Médio, é uma ampla compreensão e
atuação das manifestações da cultura corporal. As discussões e as práticas fundamentadas na Cultura
Corporal possibilitam a problematização de questões importantes para o desenvolvimento crítico do aluno e
a desnaturalização de alguns conceitos como, por exemplo, o de que a competitividade individualista, dos
tempos atuais, é inata ao ser humano.
O conhecimento da disciplina para os alunos é tão importante como essencial, pois a Educação
Física por sua natureza aborda o ser humano numa visão holística. Assim sendo através dos seus conteúdos e
metodologias pode-se mudar a visão de um “correr por correr” sem sentido, dando subsídios para o educando
no sentido do embasamento científico, reflexão crítica de manifestações e práticas corporais, bem como uma
parcela de contribuição na sua formação como individuo atuante numa sociedade, respeitando valores e
diferenças, ou seja, realizar a educação pelo movimento e não a educação do movimento, desvinculando
assim o professor-treinador e o aluno-atleta.
OBJETIVOS GERAIS
A Disciplina de Educação Física tem como objetivo a totalidade das manifestações corporais e sua
potencialidade formativa, que podem transformar o espaço pedagógico repleto de significados. Ainda
podemos citar como objetivo: Expressar, através das práticas, múltiplas relações étnicas, de gênero, de
violência, de sexualidade, dos limites e possibilidades corporais entre outras, as quais pretendem possibilitar
a comunicação e a interação de diferentes indivíduos com eles mesmos, com os outros,com seu meio social e
natural.
CONTEÚDOS DO ENSINO FUNDAMENTAL
5ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
•
Esporte;
•
Jogos e brincadeira;
62
•
Dança
•
Ginástica;
•
Lutas
CONTEÚDO BÁSICO
•
Esporte
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
•
Futebol
•
Handebol
•
Brincadeiras de roda
•
Jogos de tabuleiro
•
Jogos de estafetas
•
Jogos dramáticos e de interpretação
CONTEÚDO BÁSICO
•
Jogos e Brincadeiras
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
•
Brincadeiras de rua/populares
•
Brinquedos
•
Brincadeira de roda
•
Jogos de tabuleiro
•
Jogos de estafetas
•
Jogos dramáticos e de interpretação
CONTEÚDO BÁSICO
Dança
63
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
•
Danças folclóricas
•
Atividades de expressão corporal
•
Cantigas de roda
CONTEÚDO BÁSICO
•
Ginástica
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
•
Ginástica artística
•
Atividades circenses
•
Ginástica natural
CONTEÚDO BÁSICO
•
Lutas
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
•
Judô
•
Karate
•
Taekwondo
•
Capoeira
6ª SÉRIE
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
•
Esporte
CONTEÚDO BÁSICO
•
Coletivo
64
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
•
Futsal
•
Voleibol
•
Handebol
CONTEÚDO BÁSICO
•
Individual
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
•
Atletismo
•
Tênis de mesa
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
•
Jogos
•
Brincadeiras
CONTEÚDOS BÁSICOS
•
Jogos cooperativos
•
Jogos de tabuleiro
•
Jogos e brincadeiras populares
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
•
Dama
•
Xadrez
•
trilha
•
Resta um
•
Construção coletiva de jogos
•
Queimada
•
Mãe pega
•
Stop
65
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
•
Dança
CONTEÚDO BÁSICO
•
Danças de rua
CONTEÚDO BÁSICO
•
Esporte
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
•
Origem e contexto em que se desenvolveu o break;
•
Experimentação de movimentos corporais.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
•
Ginástica
CONTEÚDO BÁSICO
•
Ginástica rítmica
CONTEÚDO ESPECÍFICO
•
Luta
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
•
Estudar os aspectos históricos e culturais da ginástica rítmica;
•
Aprender sobre as posturas e elementos ginásticos
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
•
Luta
66
CONTEÚDOS BÁSICOS
•
Lutas de aproximação;
•
Capoeira.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
•
Origem das lutas e a evolução na história;
•
Vivenciar jogos adaptados para aprender movimentos carasterísticos da luta.
7ª SÉRIE
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
•
Esporte
CONTEÚDO BÁSICO
•
Coletivo
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
•
Futsal
•
Voleibol
•
Handebol
CONTEÚDO BÁSICO
•
Individual
CONTEÚDO ESPECÍFICO
•
Tênis de mesa
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
•
Jogos
•
Brincadeiras
67
CONTEÚDOS BÁSICOS
•
Jogos de tabuleiro
•
Jogos cooperativos
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
•
Xadrez
•
Dama
•
Trilha
•
Resta um
•
Futpar
•
Tato contato
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
•
Ginástica
CONTEÚDO BÁSICO
•
Ginástica geral
CONTEÚDO ESPECÍFICO
•
Jogos gímnicos (rolamentos,estrela)
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
•
Lutas
CONTEÚDO BÁSICO
•
Capoeira
68
CONTEÚDO ESPECÍFICO
•
Aprender movimentos direcionados à projeção e imobilização
8ª SÉRIE
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
•
Esporte
CONTEÚDO BÁSICO
•
Coletivos
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
•
Futsal
•
Voleibol
•
Handebol
CONTEÚDO BÁSICO
•
Individual
CONTEÚDO ESPECÍFICO
•
Tênis de mesa
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
•
Jogos
•
Brincadeiras
CONTEÚDOS BÁSICOS
•
Jogos de tabuleiro
69
•
Jogos dramáticos
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
•
RPG
•
Xadrez
•
Dama
•
Trilha
•
Resta um
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
•
Dança
CONTEÚDOS BÁSICOS
•
Danças criativas
•
Danças Folclóricas
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
•
Atividades de expressão corporal
•
Samba
•
Quadrilha
•
Atletismo
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
•
Ginástica
CONTEÚDO BÁSICO
•
Ginástica de academia
70
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
•
Alongamentos
•
Ginástica localizada
1ª SÉRIE
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
•
Esporte
CONTEÚDO BÁSICO
•
Coletivo
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
•
Futsal
•
Voleibol
•
Handebol
CONTEÚDO BÁSICO
•
Individual
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
•
Tênis de mesa
•
Atletismo
CONTEÚDO ESTRUTURANTES
•
Jogos
•
Brincadeira
CONTEÚDOS BÁSICOS
71
•
Jogos de tabuleiro
•
Jogos Cooperativos
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
•
Dama
•
Trilha
•
Xadrez
•
Resta um
•
Futpar
•
Tato contato
•
Cadeira livre
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
•
Dança
CONTEÚDO BÁSICO
•
Danças de rua
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
•
Funk
•
Break
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
•
Ginástica
CONTEÚDO BÁSICO
•
Ginástica de academia
72
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
•
Alongamentos
•
Ginástica aeróbica
•
Relaxamento
•
Relaxamento
•
Esteroide anabolizantes
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
•
Lutas
CONTEÚDO BÁSICO
•
Lutas de aproximação
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
•
Jiu-jitsu
•
Capoeira
2ª SÉRIE
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
•
Esporte
CONTEÚDO BÁSICO
•
Coletivos
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
•
Futsal
•
Voleibol
•
Handebol
73
CONTEÚDO BÁSICO
•
Individual
CONTEÚDO ESPECÍFICO
•
Tênis de mesa.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
•
Jogos
•
Brincadeiras
CONTEÚDOS BÁSICOS
•
Jogos dramáticos
•
Jogos de tabuleiro
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
•
Jogos de improvisação
•
Jogos de mímica.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
•
Dança
CONTEÚDOS BÁSICOS
•
Danças Criativas
•
Danças Folclóricas
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
•
Atividades de expressão corporal
•
Fandango
74
•
Frevo
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
•
Ginástica
CONTEÚDO BÁSICO
•
Ginástica de Academia
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
•
Alongamentos
•
Ginástica localizada
•
Relaxamento
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
•
Lutas
CONTEÚDO BÁSICO
•
Lutas que mantém à distância
CONTEÚDO ESPECÍFICO
•
Taekwondo
3ª SÉRIE
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
•
Esporte
CONTEÚDO BÁSICO
75
•
Coletivos
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
•
Futsal
•
Voleibol
•
Handebol
CONTEÚDO BÁSICO
•
Individual
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
•
Tênis de mesa
•
Atletismo
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
•
Jogos
•
Brincadeiras
CONTEÚDO BÁSICO
•
Jogos Cooperativos
•
Jogos de Tabuleiro
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
•
Futpar
•
Tato contato
•
Dança das cadeiras cooperativas
•
Xadrez
•
Dama
•
Trilha
76
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
•
Dança
CONTEÚDO BÁSICO
•
Danças de salão
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
•
Forró
•
Soltinho
•
Vanerão
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
•
Ginástica
CONTEÚDO BÁSICO
•
Ginástica de Academia
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
•
Step
•
Ginástica localizada
•
Relaxamento
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
•
Lutas
CONTEÚDO BÁSICO
•
Lutas que mantém à distância
77
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
•
Karatê
•
Judô
Além dos conteúdos propostos será trabalhado a História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena,
assegurado pelas Leis nº 10639/03, 11645/08 história e cultura afro-brasileira e Africana,
visando
abordagens positivas, a Lei sempre na perspectiva de contribuir para que o aluno índio e negro descendente
mirem-se positivamente, e ressaltar a valorização da história de seu povo, da cultura de matriz africana e
indígena, da contribuição para o país e para a humanidade.
METODOLOGIA
ENSINO FUNDAMENTAL
A Educação Física no Ensino Fundamental pretende, por meio das práticas corporais, seja do
esporte, da dança, da ginástica, dos jogos brinquedos e brincadeiras, ir além da dimensão motriz, levando em
conta as várias experiências manifestadas pelo corpo, manifestações estas, de alegria, raiva, dor, violência,
preconceito, sexualidade, etc.
Sua concepção está pautada na corporalidade, entendida como a expressão criativa e consciente
do conjunto das manifestações culturais historicamente produzidas, as quais pretendem possibilitar a
comunicação e a interação de diferentes indivíduos com eles mesmos, com os outros e com seu meio social.
É importante ressaltar o caráter investigativo que a Educação Física assume no fazer cotidiano,
pois seu papel será relacionar o que é específico de cada comunidade com o que é universal ou majoritário
em termos corporais. E para tanto é fundamental conhecer a cultura ou as culturas que envolvem a realidade
da escola em que se está inserido.
O professor deve procurar mobilizar práticas que firmem valores e sentidos que ampliem as
possibilidades formativas, evitando formas de discriminação, segregação e competição exacerbada. É tarefa
do professor mediar situações conflitantes que envolvam a corporalidade por meio do diálogo e da reflexão,
dispondo de argumentos que favoreçam o esclarecimento dos sujeitos envolvidos no processo educativo. No
seu trabalho com os alunos o professor deve oportunizar uma maior reflexão sobre o corpo, reconhecendo e
atribuindo a ele sentidos éticos e estéticos, inspirando experiências que possam ser de fato consideradas
como formativas, não as restringindo apenas à prática de movimentos. Para tanto a aula pode ser
desenvolvida em três momentos:
78
Proposição do que vai ser executado: exposição dos conteúdos e sua problematização, buscando formas de
organização para sua execução, discutindo com os alunos as formas de execução das práticas corporais
procurando descobrir as possibilidades e os limites de cada um no desenvolvimento da atividade proposta;
Execução do que foi proposto: Observação das atividades realizadas pelos alunos e as diferentes
manifestações advindas da prática corporal;
Reflexão sobre o que foi realizado: é um momento para repensar as atitudes durante a aula, levantar os
aspectos positivos e negativos junto aos alunos. Oportuniza um maior conhecimento sobre os alunos que, ao
interagirem entre si conhecem outras culturas.
Os conteúdos específicos são desenvolvidos de quinta a oitava série, num crescente aprofundamento e
complexidade baseado nas noções de cultura escolar e corporalidade, que implica reconhecer o que é
especificidades das escolas. Os recursos tecnológicos a serem utilizados serão: televisão, DVD, computador,
aparelho de som, cronômetro.
ENSINO MÉDIO
O Ensino Médio tem como base a concepção crítico-superadora, portanto os conteúdos não
precisam ser organizados numa sequencia baseada em pré-requisitos, mas sim, abordados segundo o
princípio da complexidade crescente, onde um mesmo conteúdo pode ser discutido tanto na primeira como
na terceira série do Ensino Médio, mudando, portanto, o grau de complexidade que possivelmente o
professor irá apresentar, estabelecendo diferenças de entendimento e de relações entre o conteúdo e possíveis
elementos articuladores.
A metodologia crítico-superadora aponta para as seguintes estratégias de ensino:
Prática social: Uma primeira leitura da realidade, um contato inicial com o tema a ser estudado.
Problematização: Criação de uma necessidade para que o educando, por meio de sua ação, busque o
conhecimento. Momento em que a prática social é posta em quentão, analisada, interrogada, levando em
consideração e contudo a ser trabalhado e as exigências sociais de aplicações desse conteúdo.
Instrumentalização: é quando o conteúdo sistematizado é posto a disposição dos alunos para que o
assimilem e o recriem e, ao in, transforme-o em um instrumento de construção pessoal.
Catarse: é a fase em que o educando sistematiza e manifesta o que assimilou, traduzindo oralmente ou por
escrito a compreensão que teve de todo o processo de trabalho. É capaz de entendê-lo em novo patamar,
mais elevado, mais consistente e mais bem estruturado.
79
Retorno à prática social: é o ponto de chegada do processo pedagógico na perspectiva histórico-crítica.
Representa a transposição do teórico para o prático dos objetivos da unidade de estudo, das dimensões do
conteúdo e dos conceitos adquiridos. Professor e aluno modificam-se intelectualmente e qualitativamente em
relação a suas concepções sobre o conteúdo que reconstruíram, passando de um estágio de menor
compreensão científica a uma fase de maior clareza.
AVALIAÇÃO
Tradicionalmente, a avaliação em Educação Física tem priorizado os aspectos quantitativos de
mensuração do rendimento do aluno, em gestos técnicos, destrezas motoras e qualidades físicas, visando
principalmente à seleção e à classificação dos alunos.
Os professores, historicamente, praticam a verificação e não a avaliação, sobretudo porque a aferição
da aprendizagem escolar tem sido feita, na maioria das vezes, para classificar os alunos em aprovados e
reprovados. Chega-se à conclusão de que, mesmo havendo ocasiões em que se deem oportunidades para os
alunos se recuperarem, a preocupação recai em rever os conteúdos programáticos para recuperar a nota
(LUCKESI, 1995).
Com as transformações ocorridas no campo das teorizações em Educação e Educação Física,
principalmente a partir dos anos 80 e 90, a função da avaliação começou a ganhar novos contornos, sendo
profundamente criticadas as metodologias que priorizam testes, materiais e sistemas com critérios e objetivos
classificatórios e seletivos. Esses estudos têm conduzido os professores à reflexão e ao aprofundamento,
buscando novas formas de compreensão dos seus significados no contexto escolar.
É a partir desse novo referencial teórico e das discussões até então desenvolvidas nestas Diretrizes
que são indicados critérios, ferramentas e estratégias que reflitam a avaliação no contexto escolar. O objetivo
é favorecer maior coerência entre a concepção defendida e as práticas avaliativas que integram o processo de
ensino e aprendizagem.
Partindo-se desses critérios, a avaliação deve se caracterizar como um processo contínuo,
permanente e cumulativo, tal qual preconiza a LDB nº 9394/96, em que o professor organizará e reorganizará
o seu trabalho, sustentado nas diversas práticas corporais, como a ginástica, o esporte, os jogos e
brincadeiras, a dança e a luta.
A avaliação poderá ocorrer por meio de provas, exposição de trabalhos, produção de textos, presença
e participação.
80
REFERÊNCIAS
Diretrizes Curriculares da Educação Física – DCE
Cadernos Temáticos. História e Cultura Afro-Brasileira e Africana e Educação no Campo
FREIRE, João Batista. Educação como Prática Corporal. 2004.
Metodologia da Educação Física. – Coletivo de Autores – São Paulo: Cortez, 1992.
PARANÁ, O Estado do. Livro Didático Público de Educação Física para o Ensino Médio. Curitiba, PR:
SEED, 2006.
TEIXEIRA, Hudson Ventura. Educação Física e Desportos. – 1996.
SILVA, João Bosco da. Educação Física, esporte, lazer: aprender a aprender fazendo. Londrina: Lido,
1995.
FREIRE, João Batista. Pedagogia do Futebol. Londrina: Midiograf, 1998.
PARANÁ. Secretaria de Estado de Educação. Superintendência da Educação. Departamento da Educação
Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Educação Física. Curitiba, 2008.
DARIDO,S.C. Educação Física na escola: questões e reflexões. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan S.A,
2003.
www.diadiaeducacao.pr.gov.br
www.edecacaofisica.com.br
www.confef.org.br
http://pedagogiadohandebol
81
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE FILOSOFIA
APRESENTAÇÃO
Esta Proposta Pedagógica Curricular para o Ensino de Filosofia foi elaborada tendo como
referencia as Diretrizes Curriculares de Filosofia para a Educação Básica do Estado do Paraná e
as especificidades desta modalidade de ensino que considera os educandos sujeitos de um
processo histórico em que a experiência vivida fora dos processos de educação institucionalizada
constitui forte elemento formativo.
Constituída como pensamento há mais de 2600 anos, a Filosofia, que tem a sua origem na
Grécia antiga, traz consigo o problema de seu ensino a partir do embate entre o pensamento de
Platão e as teorias sofistas. Naquele momento tratava-se de compreender a relação entre o
conhecimento e o papel da retórica no ensino. Por um lado Platão admitia que sem uma noção
básica das técnicas de persuasão, a pratica de ensino de Filosofia teria efeito nulo sobre os
jovens. Por outro lado, também pensava que se o ensino de Filosofa se limitasse à transmissão
de técnicas de sedução do ouvinte, por meio de discursos, o perigo seria outro: a Filosofia
favoreceria posturas polêmicas, como o relativismo moral ou o uso pernicioso do conhecimento.
A preocupação maior com a delimitação de metodologias para o ensino de Filosofia é
garantir que os métodos de ensino não lhe deturpem o conteúdo.
As Diretrizes Curriculares para o ensino de Filosofia propõe que este ensino seja um
espaço para criação de conceitos, unindo a Filosofia ao filosofar como atividades indissociáveis
que dão vida a aula.
Como disciplina na matriz curricular do Ensino Médio, considera-se que a Filosofia pode
viabilizar interfaces com as outras disciplinas para a compreensão do mundo da linguagem, da
literatura, da historia, das ciências e da arte. A Filosofia se apresenta como conteúdo filosófico e
como exercício que possibilita ao estudante desenvolver o próprio pensamento.
Por isso é importante não fazer apenas uma leitura histórica dos textos filosóficos, o que
seria uma atualização de formas antigas que colocaria em risco a atividade filosófica. Ir ao texto
filosófico ou a historia da Filosofia não significa trabalhar numa perspectiva em que esses
conteúdos passem a ser a única preocupação das aulas. Eles são importantes na medida em que
atualizam o problema filosófico a ser tratado com os educandos.
O trabalho realizado em sala de aula deve assegurar a experiência do especifico da
atividade filosófica. Este exercício poderá se manifestar em cada aula refazendo o percurso
filosófico. O educador organiza a aula propondo problematizações, leituras filosóficas e analise de
textos, organiza debates, propõe pesquisas, sistematizações e elaboração de conceitos.
82
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
As Diretrizes Curriculares para o Ensino de Filosofia propões seis conteúdos estruturantes, que
são conhecimentos de uma disciplina, que se constituíram historicamente, em contextos e
sociedades diferentes, mas que ganham sentido político, social e educacional, tendo em vista o
estudante de Ensino Médio.
•
Mito e Filosofia
•
Teoria do Conhecimento
•
Ética
•
Filosofia Política
•
Filosofia da Ciência
•
Estética
Os conteúdos estruturantes não devem ser entendidos isoladamente,de modo estanque,sem
comunicação. Eles são dimensões da realidade que dialogam entre si, com as ciências, com a
arte, com a historia, com a cultura, enfim com as demais disciplinas.
•
Mito e Filosofia
A compreensão histórica de como surgiu o pensamento racional/ conceitual entre os gregos
foi decisiva no desenvolvimento da cultura da civilização ocidental. Entender a conquista da
autonomia da racionalidade diante do mito, marca o advento de uma etapa fundamental do
pensamento e do desenvolvimento de todas as concepções cientificas produzidas ao longo da
história.
Conteúdos básicos:
Saber Mítico;
Saber Filosófico;
Relação Mito e Filosofia;
Atualidade do Mito;
O que é filosofia?
2. Teoria do Conhecimento
Constituída como campo do conhecimento filosófico de forma autônoma apenas na Idade
Moderna, a teoria do conhecimento se ocupa de modo sistemático com a origem, a essência e a
83
certeza do conhecimento humano. Alem de evidenciar os limites do conhecimento, possibilita ao
educando perceber fatores históricos que influíram na elaboração e retomar problemáticas já
pensadas na perspectiva de novas soluções relativas a seu tempo.
Conteúdos Básicos:
•
Possibilidade do conhecimento;
•
As formas de conhecimento;
•
O problema da verdade;
•
A questão do método;
•
Conhecimento e lógica
3. Ética
Ética é o estudo dos fundamentos da ação humana. Possibilita analise critica para
atribuição de valores. Enquanto conteúdo escolar tem por foco a reflexão da ação individual ou
coletiva na perspectiva da Filosofia.Mais que ensinar valores específicos trata-se de mostrar que o
agir fundamentado propicia conseqüências melhores e mais racionais que o agir sem razão ou
justificativa. No Ensino médio, é importante chamar a atenção para os novos desafios da ética na
vida contemporânea.
Conteúdos Básicos:
•
Ética e moral
•
Pluralidade Ética
•
Ética e Violência
•
Razão, desejo e vontade
•
Liberdade: autonomia do sujeito e a necessidade das normas
4. Filosofia Política
A Filosofia Política busca compreender os mecanismos que estruturam e legitimam os
diversos sistemas políticos, discute relações de poder e concebe novas potencialidades para a
vida em sociedade. As questões fundamentais da política perpassam a Historia da Filosofia, nas
obras de grandes pensadores, da antiguidade e contemporaneidade.
84
No Ensino Médio, a Filosofia Política por meio dos textos filosóficos, te, por objetivo
problematizar conceitos como cidadania, democracia, soberania, justiça, igualdade e liberdade,
dentre outros, de maneira a preparar o estudante para uma ação política consciente e efetiva.
Conteúdos Básicos:
•
Relações entre comunidade e poder;
•
Liberdade e igualdade política;
•
Política e Ideologia;
•
Esfera publica e privada;
•
Cidadania formal e / ou participativa
5. Filosofia da Ciência
Filosofia da Ciência é o estudo critico dos princípios, das hipóteses e dos resultados das
diversas ciências. Sua importância consiste em refletir criticamente sobre o conhecimento
cientifico, para conhecer e analisar o processo de construção da ciência do ponto de vista lógico,
lingüístico, político, filosófico e histórico.
È importante estudar na perspectiva da produção e do produto do conhecimento cientifico,
problematizar o método e possibilitar o contato com o modo como os cientistas trabalham e
pensam.
Conteúdos Básicos:
•
Concepções de ciência;
•
A questão do método cientifico;
•
Contribuições e limites da ciência;
•
Ciência e Ideologia;
•
Ciência e ética
6. Estética
Compreender a sensibilidade, a representação criativa, a apreensão intuitiva do mundo
concreto e a forma como elas determinam as relações do homem com o mundo e consigo
mesmo. Voltada principalmente para a beleza e a arte esta ligada a realidade e as pretensões
humanas de dominar, moldar, representar, reproduzir, completar, alterar, apropriar-se do mundo
como realidade humanizada.
85
Conteúdos Básicos:
•
Natureza da arte;
•
Filosofia e arte;
•
Categorias estéticas: feio, belo, sublime, trágico, cômico, grotesco, gosto, etc
•
Estética e Sociedade
ENCAMINHAMENTOS METODOLOGICOS
A abordagem teórico- metodológica deve ocorrer mobilizando para o estudo da Filosofia
sem doutrinação, dogmatismo e niilismo.
Basicamente dar-se –à em quatro momentos:
•
Mobilização para o conhecimento: Instigar e motivar possíveis relações entre o cotidiano e
o conteúdo filosófico a ser desenvolvido ( exibição de filme ou imagem, leitura de um texto,
etc.)
•
Problematização: Quando professor e estudantes levantam questões, identificam
problemas e investigam o conteúdo
•
Investigação: Analisar o problema, que pode ser o primeiro passo para possibilitar a
experiência filosófica. Dessa forma a partir de problemas atuais estudados da Historia da
Filosofia, dos textos clássicos e de sua abordagem contemporânea, o estudante pode
formular conceitos e construir seu discurso filosófico.
•
Criação de Conceitos: Ao final desse processo o estudante encontrar-se apto a elaborar
um texto, no qual terá condições de discutir, comparar e socializar idéias e conceitos.
O ensino de Filosofia deverá dialogar com os problemas do cotidiano, com o universo do
estudante – as ciências,arte, historia, cultura - a fim de problematizar e investigar o conteúdo
estruturante e básicos sob a perspectiva da pluralidade filosófica, tomando como referencia , os
textos filosóficos clássicos e seus comentadores.
AVALIAÇÃO
Conforme a LDB 9394/96, artigo 24,
a avaliação deve ser concebida na sua função
diagnostica e processual, tendo a função de subsidiar e mesmo redirecionar o curso da ação no
processo ensino aprendizagem.
A avaliação de Filosofia se inicia com a mobilização para o conhecimento, por meio da
analise comparativa do que o estudante pensava antes e do que pensa após o estudo. Assim
torna-se possível entender a avaliação como um processo.
86
REFERENCIAS
Diretrizes Curriculares de Filosofia - SEED
BRASIL. LDB 9.394/96 PARANÁ.
Diretriz Curricular para o Ensino Médio.
Livros didáticos.
87
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE FÍSICA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Entende-se que o ensino da Física deve enfatizar fenômenos físicos com redução da ênfase na
formulação Matemática, sem perder a consistência teórica, vendo a importância da compreensão da evolução
dos sistemas físicos, e suas aplicações na sociedade contemporânea.
Qualificando temas da Física Moderna, lembrando que a física é uma ciência em processo de
construção. A Física tem como objetivo de estudo o universo, em toda a sua complexidade. Por
isso a disciplina de Física propõe aos estudantes o estudo da natureza que permite elaborar modelos de
evolução cósmica, investigar os mistérios do mundo microscópico das partículas que compõe a matéria, ao
mesmo tempo permite desenvolver novas fontes de energia e criar novos materiais, produtos e tecnologias.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/BÁSICOS
Movimentos
Quantidade de movimento (momentum) e inércia.
A conservação do momentum.
Variação da quantidade de movimento e impulso: 2ª Lei de Newton.
Conceito de equilíbrio e 3ª Lei de Newton.
Potência Movimentos retilíneos e curvilíneos .
Gravitação Universal.
A energia e o principio da conservação da energia .
Sistemas oscilatórios: movimentos periódicos,oscilações num sistema de massa mola, ondulatória, acústica.
Movimentos dos fluídos: propriedades físicas da matéria, estados de agregação, viscosidade dos fluídos,
comportamento de superfícies e as interações mecânicas.
Introdução aos sistemas caóticos.
Termodinâmica
1ª Leis da Termodinâmica: Lei Zero da Termodinâmica, equilíbrio térmico, propriedades termométricas,
medidas de temperatura;
2ª Lei da Termodinâmica: máquinas térmicas, á idéia de entropia,processos irreversíveis/reversíveis;
3ª Lei da Termodinâmica: as hipóteses da sua formulação, o comportamento da matéria nas proximidades do
zero absoluto.
88
A idéia da Termodinâmica desenvolvidas no âmbito da Mecânica Quântica e da Mecânica Estatística. A
quantização da energia no contexto da Termodinâmica.
Eletromagnetismo
Conceitos de carga elétrica e pólos magnéticos;
As Leis de Maxwell: Lei de Coulomb, Lei de Gauss, Lei de Faraday, Lei de Ampére e Lei de Lenz.
Campos elétrico e magnético, as linhas de campo;
Força elétrica e magnética, Força de Lorentz;
Circuitos elétricos e magnéticos: elementos do circuito, fontes de energia num circuito;
As ondas eletromagnéticas: a luz como onda eletromagnética;
Propriedades da luz como onda e como partícula: A Dualidade onda-partícula; Óptica Física e Geométrica. A
dualidade da matéria;
As interações eletromagnéticas, a estrutura da matéria.
Os conteúdos abordados nesta proposta têm como finalidade fazer com que o aluno compreenda que
a produção do conhecimento cientifico é parte da cultura humana.
Toda a tecnologia tem grande importância no conhecimento de Física e faz parte do cotidiano do
aluno. Por isso, é importante buscar-se o entendimento das possíveis relações entre o desenvolvimento da
ciência e da tecnologia as diversas transformações culturais, sociais e econômicas.
Elevadores hidráulicos, panela de pressão, ultra-sonografia, máquina fotográfica, óculos, telescópios,
aquecimento global, resíduos químicos no ambiente, tecnologia na produção vegetal – estufas, bactérias e
degradação de petróleo, influencia da alimentação na saúde, instrumentos de medida, tecnologias em
produtos elétrico, consumo de energia elétrica residencial, bússola, microfone e alto-falante, pára-quedas e
asa deltas, tecnologia da comunicação, pilhas, baterias e questões ambientais, educação, educação ambiental,
educação do campo, agricultura e tecnologias.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
-Prática de Leitura de texto;
-Consideração dos conhecimentos prévios dos alunos;
-Utilização de materiais gráficos diversos(fotos, gráficos, tirinhas);
-Utilização do laboratório de ciência e de informática.(TV Pendrive)
AVALIAÇÃO
•
Buscar sempre uma avaliação do processo de aprendizagem como um todo.
•
Realizar Leitura compreensiva do texto científico;
89
•
Ao avaliar deve-se considerar a apropriação do conteúdo pelos estudantes. Considerar o
progresso dos estudantes quanto aos aspectos históricos, conceituais e culturais, a evolução das
idéias e a não neutralidade da ciência.
•
Deve-se buscar sempre, uma avaliação do processo de aprendizagem como um todo, não só
para verificar o aprendizado, mas para, a partir dela, o professor encontrar subsídios para intervir.
BIBLIOGRAFIA
Diretrizes curriculares de Física para o ensino médio.
90
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE GEOGRAFIA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A Geografia tem como objeto de estudo o “Espaço Geográfico”, entendido como o espaço produzido
(LEFEBURE,1974) e apropriado pela sociedade, composta por objetos (naturais, culturais e técnicos) e
ações (relações sociais, culturais, políticas e econômicas) inter-relacionadas (SANTOS, 1996). Desta
perspectiva os objetos geográficos são indissociáveis das ações humanas, mesmo sendo eles objetos naturais.
O espaço geográfico é dinâmico, não se apresenta pronto e acabado. É necessário que o aluno
compreenda essa dinamicidade do processo de construção do espaço.
A geografia fornece ao educando uma visão crítica e construtiva do seu espaço no âmbito social,
físico e histórico, passando a fazer parte do processo de mudança do mundo em que vive.
A relevância da geografia está no fato de que todos os acontecimentos do mundo têm uma dimensão
espacial, onde o espaço é a materialização dos tempos da vida social. Portanto, a escola é um dos lugares que
produz, analisa e sistematiza conhecimentos subsidiando os alunos para que
sejam capazes de interpretar com olhar crítico o mundo que o cerca, sem deixar de considerar a diversidade
das temáticas geográficas e suas diferentes formas de abordagem.
As teorias críticas da geografia possibilitam um ensino geográfico com base na análise das relações
sócio-espaciais, nas diversas escalas geográficas, do local ao global, retornando ao local.
A cultura africana, afro-brasileira, indígena e a educação do campo são parte integrante dos
conteúdos para que se conheça a diversidade cultural, bem como suas influências marcantes na cultura
brasileira e suas contribuições. Tendo sempre em vista o respeito à diversidade cultural, racional, social e
econômica. Estes termos seguem as Leis 10639/03 e 11645/08.
Conteúdos do Ensino Fundamental e Médio (conteúdos por série/ano - estruturantes/específicos)
5ª SÉRIE
Conteúdos Estruturantes:
•
Dimensão econômica do espaço geográfico.
•
Dimensão política do espaço geográfico.
•
Dimensão cultural demográfica do espaço geográfico.
•
Dimensão sócio-ambiental do espaço geográfico.
Conteúdos Básicos:
•
Formação e transformação das paisagens naturais e culturais;
•
Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e de produção;
91
•
Formação, localização e exploração dos recursos naturais;
•
A distribuição espacial das atividades produtivas, a transformação da paisagem, a (re) organização
do espaço geográfico;
•
As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista;
•
A mobilidade populacional e as manifestações sócio-espaciais da diversidade cultural;
As diversas regionalizações do espaço geográfico.
6ª SÉRIE
Conteúdos Estruturantes:
•
Dimensão econômica do espaço geográfico.
•
Dimensão política do espaço geográfico.
•
Dimensão cultural demográfica do espaço geográfico.
•
Dimensão sócio-ambiental do espaço geográfico.
Conteúdos Básicos:
•
Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território brasileiro;
•
A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção;
•
As diversas regionalizações do espaço brasileiro;
•
As manifestações sócio-espaciais da diversidade cultural;
•
A transformação demográfica da população, sua distribuição espacial, indicadores e estatísticos da
população;
•
Movimentos migratórios e suas motivações;
•
O espaço rural e a modernização da agricultura;
•
Os movimentos sociais, urbanos e rurais e a apropriação do espaço;
•
A formação, o crescimento das cidades a dinâmica do espaço urbano e urbanização;
•
A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re) organização do espaço geográfico;
•
A circulação de mão-de-obra das mercadorias e das informações.
7ª SÉRIE
Conteúdos Estruturantes:
•
Dimensão econômica do espaço geográfico.
•
Dimensão política do espaço geográfico.
92
•
Dimensão cultural demográfica do espaço geográfico.
•
Dimensão sócio-ambiental do espaço geográfico.
Conteúdos Básicos
•
As diversas regionalizações do espaço geográfico;
•
A formação, mobilidade das fronteiras e a re-organização dos territórios do continente americano;
•
A nova ordem mundial, os territórios supra-nacionais e o papel do Estado.
•
O comércio e suas implicações sócio-espaciais;
•
Circulação de mão-de-obra do capital, das mercadorias e informações;
•
A distribuição espacial das atividades produtivas, a re-organização do espaço geográfico;
•
As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista;
•
O espaço rural e a modernização da agricultura;
•
A transformação demográfica da população, sua distribuição espacial e os indicadores estatísticos;
•
Os movimentos migratórios e suas motivações;
•
A mobilidade populacional e as manifestações só-espaciais da diversidade cultural;
•
A formação, a localização e exploração dos recursos naturais.
8ª SÉRIE
Conteúdos Estruturantes:
•
Dimensão econômica do espaço geográfico.
•
Dimensão política do espaço geográfico.
•
Dimensão cultural demográfica do espaço geográfico.
•
Dimensão sócio-ambiental do espaço geográfico.
Conteúdos Básicos
•
As diversas regionalizações do espaço geográfico;
•
A nova ordem mundial, os territórios supra-nacionais e o papel do Estado;
•
A revolução técnico-científico – informacional e os novos arranjos no espaço da produção;
•
O comércio mundial e as implicações sócio-espaciais;
•
A formação, mobilidades da fronteiras e a reconfiguração territorial;
•
A transformação demográfica da população, sua distribuição espacial e os indicadores estatísticos;
•
As manifestações sócio-espaciais da diversidade cultural;
•
Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações;
93
•
A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a reorganização do espaço
geográfico;
•
A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção;
•
O espaço em rede: produção, transporte e comunicações, na atual configuração territorial.
ENSINO MÉDIO
Conteúdos Estruturantes:
•
Dimensão econômica do espaço geográfico.
•
Dimensão política do espaço geográfico.
•
Dimensão cultural demográfica do espaço geográfico.
•
Dimensão sócio-ambiental do espaço geográfico.
Conteúdos Básicos
•
A formação e a transformação das paisagens.
•
A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção.
•
A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do espaço geográfico.
•
A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.
•
A revolução técnico-científica-informacional e os novos arranjos no espaço de produção.
•
O espaço rural e a modernização da agricultura.
•
O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração territorial.
•
A circulação da mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações.
•
Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.
•
As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.
•
A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização recente.
•
A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população.
•
Os movimentos migratórios e suas motivações.
•
As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.
•
O comércio e as implicações socioespaciais
•
As diversas regionalizações do espaço geográfico.
•
As implicações socioespaciais do processo de mundialização.
•
A nova ordem mundial, os territórios supernacionais e o papel do Estado.
94
Os conteúdos estruturantes se inter-relacionam e reúnem em seus conteúdos específicos, os
grandes conceitos geográficos que somente inter-ligados tornam-se significativos e contribuem para
a compreensão do espaço Geográfico, onde, não são, desde sempre os mesmos conteúdos que
constituem o campo de estudo da Geografia, enquanto estes citados acima tiveram sua abordagem
teórica reelaborada, em função das transformações históricas que modificaram as relações sócioespaciais em diferentes escalas geográficas.
Dos conteúdos estruturantes, derivam os conteúdos específicos, os quais devem ser abordados a partir das
relações entre poder, espaço-tempo e sociedade-natureza, pois essas relações estão perpassando os mesmos,
garantindo assim a totalidade da abordagem.
Considera-se que, ao concluir o Ensino Fundamental, o aluno terá noções geográficas sobre os
diferentes recortes territoriais do planeta. No Ensino Médio esses conhecimentos serão aprofundados em
abordagens que considerem o princípio de complexidade crescente, enfatizando um tratamento relacional dos
conteúdos, respeitando a crescente capacidade de abstração do aluno, agora adolescente e a conseqüente
possibilidade de formações conceituais mais amplas.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A paisagem local e o espaço vivido são as referências para o professores organizarem seu trabalho e,
a partir daí, introduzir os alunos nos espaços geográficos.
O aluno precisa aprender a dialogar com o espaço geográfico para compreender os diferentes
elementos desse espaço, e para isso o professor
deve manter constante diálogo, debates,
realizar
experiências e reflexões que estabeleçam relações entre as comunidades animais e vegetais que povoam a
terra.
Os conhecimentos das diferentes culturas é importante para o aluno entender o processo simultâneo
de mundialização e fragmentação em que vive a humanidade face ao diversidades culturais impondo internet,
95
e–mail e a mídia de um modo geral como comunicação rápida para a compreensão desse mundo tecnológico
que se renova dia-a-dia.
A geografia como outras ciências humanas dá ao aluno a possibilidade de pensar o homem por
inteiro em sua dimensão humana e social aberto ao novo com força para intervir na realidade da qual é
participante.
As atividades serão trabalhadas de forma crítica e dinâmica, e serão abordados e enfocados temas
do conteúdo estruturante de acordo com algumas metodologias como:
Interpretação de texto; atividades cartográficas; gráficos e tabelas e dados estatísticos (fazendo a leitura e
atividades de cada recurso);
Uso de recursos áudio visuais – fotos, ilustrações, filmes, charges, reportagens, enfocando temas
relevantes, aproveitando os recursos tecnológicos disponíveis na escola, como: vídeo, DVD, aparelho de
som, retroprojetor, etc.
Aula de campo – com atividades dirigidas de acordo com a pesquisa; fazer a visita in loco,
sistematizando a observação, descrição, relatos, registro de informações;
Pesquisas bibliográficas, com a exposição de cartazes, orais, individuais e/ou grupos;
Aulas expositivas e orais, utilizando-se livros didáticos, textos de apoio.
AVALIAÇÃO
Na avaliação é importante considerar o conhecimento prévio, as hipóteses e os domínios dos alunos
e relaciona-los com as mudanças que ocorrem no processo de ensino e aprendizagem.
Para a efetivação da avaliação utilizaremos instrumentos que terão como alguns pressupostos:
procedimentos atitudinais, a aquisição de conteúdos conceituais, observando pensamentos ou argumentos
lógicos; coerentes e críticos.
A avaliação será diagnóstica, somativa, contínua e gradativa, contemplando as diferentes práticas
pedagógicas. A proposta avaliativa será bem clara para os alunos, ou seja, será esclarecido previamente,
como eles serão avaliados.
BIBLIOGRAFIA
Diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental – julho 2006.
Diretrizes Curriculares para o Ensino Médio- julho 2006.
Série Novo Ensino Médio - Lucia Marina e Tércio
Geografia – De olho no mundo do trabalho - Hélio Carlos Garcia e Tito Marcio Garavelho
Geografia Geral – O espaço natural e sócio-econômico - Marcos de Amorim Coelho e Lygia Terra
Paraná – Aspectos da Geografia - José Mauro Palhares
96
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE HISTÓRIA
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
O histórico da disciplina tem como objetivo suscitar reflexões a respeito dos aspectos políticos,
econômicos, culturais, sociais, bem como das relações entre o ensino da disciplina com a produção do
conhecimento histórico, sem a pretensão de esgotar o tema.
A História, enquanto disciplina escolar, possibilita ampliar estudos sobre as problemáticas
contemporâneas, situando-se nas diversas temporalidades, redimensionando aspectos da vida em sociedade e
sobre o papel do indivíduo nas transformações do processo histórico. O objeto do estudo da história são
processos relativos às ações e às relações humanas praticadas no tempo, bem como os sentidos que os
sujeitos deram às mesmas.
A finalidade da História é expressa no processo de produção do conhecimento humano sob a forma
da consciência histórica dos sujeitos voltada para a interpretação dos sentidos do pensar histórico por meio
da compreensão da provisoriedade deste conhecimento.
Os conteúdos estruturantes são saberes, conhecimentos considerados fundamentais para
compreensão de estudo da disciplina escolar.
Nesta proposta curricular, os conteúdos estruturantes de História do Ensino Fundamental e do
Ensino Médio ( Relações de Trabalho, Relações de Poder, Relações Culturais) aqui apresentados em suas
respectivas dimensões, articulações ou inter-relações, estão em consonância com os fundamentos teóricos
metodológicos da disciplina.
Nos dias atuais, pretende-se analisar também as principais características do currículo da disciplina,
suas permanências, mudanças, rupturas e a inserção da produção historiográfica nas práticas escolares, a fim
de definir diretrizes curriculares que orientam a organização do currículo para o Ensino Fundamental e
Médio na Rede Pública Estadual.
A História tem como objetivo de estudos os processos históricos relativos às ações e ás relações
humanas praticadas no tempo, bem como os sentidos que os sujeitos deram às mesmas, tendo ou não
consciência dessas ações. Já as relações humanas produzidas por estas ações podem ser definidas como
estruturas sócio-históricas, ou seja, são as formas de agir, de pensar ou de racionalizar, de representar, de
imaginar, de instituir , portanto de se relacionar social, cultural e politicamente através de:
•
Construir a identidade social, individual e com as gerações passadas;
•
Aprender o tempo histórico como instrução cultural;
•
Reconhecer e valorizar fontes documentais de natureza diversa;
•
Valorizar o direito de cidadania dos indivíduos, dos grupos e dos povos;
97
•
Identificar os diferentes tipos de duração temporais ou várias temporalidades (acontecimentos
breves, conjunturas e estruturais);
•
Extrair informações das diversas fontes documentais e interpretá-las;
•
Comparar problemáticas atuais e de outros tempos;
•
Redimensionar o presente em processos contínuos e nas relações que mantém com o passado.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES DO ENSINO FUNDAMENTAL
5ª série
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
•
Relações de trabalho
•
Relações de poder
•
Relações culturais
CONTEÚDOS BÁSICOS
•
A experiência humana no tempo.
•
Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo.
•
As culturas locais e a cultura comum.
6ª série
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
•
Relações de trabalho
•
Relações de poder
•
Relações culturais
CONTEÚDOS BÁSICOS
•
As relações de propriedade.
•
A constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade.
•
A relação entre o campo e a cidade.
•
Conflitos e resistências e produção cultural campo/cidade
98
7ª série
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
•
Relações de trabalho
•
Relações de poder
•
Relações culturais
CONTEÚDOS BÁSICOS
•
História das relações da humanidade com o trabalho.
•
O trabalho e a vida em sociedade.
•
O trabalho e as contradições da modernidade.
•
Os Trabalhadores e as conquistas de direito.
8ª série
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
•
Relações de trabalho
•
Relações de poder
•
Relações culturais
CONTEÚDOS BÁSICOS
•
A constituição das instituições sociais.
•
A formação do Estado.
•
Sujeitos, Guerras e revoluções.
99
ENSINO MÉDIO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
•
Relações de trabalho
•
Relações de poder
•
Relações culturais
CONTEÚDOS BÁSICOS
•
Tema 1
Trabalho escravo, Servil, Assalariado e o Trabalho Livre.
•
Tema 2
Urbanização e industrialização.
•
Tema 3
O estado e as relações de poder.
•
Tema 4
Os sujeitos, as revoltas e as guerras.
•
Tema 5
Movimentos sociais, políticos e culturais e as guerras e revoluções.
•
Tema 6
Cultura e religiosidade.
Os conteúdos estruturantes do Ensino Fundamental são conhecimentos considerados fundamentais
para a compreensão e organização de estudos da disciplina, deles derivam os conteúdos específicos que
compõem o trabalho pedagógico e a relação ensino–aprendizagem.
É importante ressaltar que as dimensões da vida humana constituem enfoques significativos para o
conhecimento de História. O aluno deve ser estimulado a compreender fenômenos de amplo efeito sobre
100
diferentes recortes sincrônicos, diacrônicos, permanências e continuidades a partir de movimentos de interrelações, em que os conteúdos não sejam tomados de forma isolada.
Na disciplina de História do Ensino Fundamental a Cultura afro–brasileira, africana, História do
Paraná e Indígena será trabalhada construindo um novo olhar sobre a História nacional, regional e local,
ressaltando a contribuição dos africanos e afrodescendentes na constituição da nação brasileira.Também
serão abordadas as questões relativas a Educação do Campo.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES DO ENSINO MÉDIO
•
Relações de Trabalho.
•
Relações de Poder.
•
Relações Culturais.
O trabalho expressa a relação que os seres humanos estabelecem entre si e a natureza ao realizar as
atividades de transformação de elementos da natureza, os homens se relacionam entre si.
Assim, o estudo de relações de trabalho no Ensino Médio deve contemplar diversos tipos de fontes
históricas, para que professores e alunos possam a partir de diferentes visões perceber a História para além
dos documentos oficiais.
A investigação sobre as relações de trabalho a partir de problemáticas do presente, tais como:
impactos ambientais, movimentos sociais e culturais, desemprego, desigualdade social, fome, violência etc.,
e articuladores aos demais conteúdos estruturantes, permite aos alunos e professores entender como as
relações de trabalho foram construídas no decorrer do processo histórico.
O estudo das relações de poder geralmente remete a idéia de poder político. Porém, as relações de
poder não se limitam somente à dimensão política, essas relações encontram-se também na dimensão
econômico–social e na dimensão cultural, ou seja, em todo corpo social.
O entendimento que as relações de poder são exercidas nas diversas instâncias sócio–históricas,
como o mundo do trabalho, as políticas pública e as diversas instituições, permite ao aluno perceber que
estas relações fazem parte de seu cotidiano.
O estudo das relações culturais deve considerar a especificidade de cada sociedade e relações entre
elas. O processo histórico constituído na relação entre as diversas sociedades é o que pode ser chamado de
cultura comum.
O estudo das relações humanas do passado parte de problematizações feitas no presente, o ambiente,
as paisagens, os territórios, os caminhos, as conquistas territoriais, as migrações, etc., fazem parte do
conhecimento histórico bem como da memória social de uma sociedade. O modo como o espaço é
apresentado pelos homens que vivem em um determinado local, a localização e a relação entre os seres
humanos e o ambiente constituem a categoria de análise, espaço que, junto com a categoria de análise tempo,
permite a delimitação de marcos históricos que são necessários ao estudo de um tema.
101
Em todas as séries do ensino Médio, os conteúdos estruturantes permitem aos professores
desenvolverem seus trabalhos em sala de aula a partir de problemáticas contemporâneas bem como os que
representam as demandas sociais estabelecidas em lei, tais como: a lei 10.639/09/2003, a qual estabelece a
obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira” bem como a lei estadual 13.381/12/2001 a
qual toma obrigatória a inclusão de conteúdos da história do Paraná.
Os conteúdos estruturantes estão organizados ao longo do curso do ensino médio e evidenciam como
seqüência dos conteúdos do Ensino Fundamental assumindo uma dimensão mais ampla. Constituem um
processo histórico, dinâmico, no qual a abordagem deve ser reelaborada conforme o contexto histórico que
os alunos estão inseridos.
METODOLOGIA
A metodologia proposta por esta diretriz curricular tem como base a utilização dos conteúdos
estruturantes, os quais deverão estar articulados com a fundamentação teórica e os temas selecionados pelos
professores e devem estar assegurados no projeto Político Pedagógico da Escola. A Metodologia de História
deve-se constituir do processo histórico das diversas sociedades humanas, desde as comunidades primitivas e
a sociedade atual globalizada.
Os conteúdos da disciplina de História serão desenvolvidos de forma que cada tema trabalhado seja
uma oportunidade oferecida aos alunos para possibilitar um aprendizado eficiente.
Caberá, ao problematizar o conteúdo propondo a produção do conhecimento, considerando que a
apropriação pelo aluno é processual, exigindo assim, constante retomada do mesmo.
Este encaminhamento metodológico terá que ir além do livro didático, buscando outros referenciais
que possam compreender o conteúdo tratado em sala de aula.
Para enriquecimento das aulas, o uso da biblioteca e dos materiais didáticos, tecnológicos tais como:
DVD, TV, CD, filmes, retroprojetores, computador, etc., é de fundamental importância, sendo orientado pelo
professor.
AVALIAÇÃO
Ao propor reflexões sobre a avaliação no ensino de História neste currículo, objetiva-se favorecer a
busca da coerência entre a concepção da história defendida e as práticas avaliativas que integram o processo
de ensino e de aprendizagem. A avaliação deve ser colocada a serviço da aprendizagem de todos os alunos,
de modo que permeie o conjunto das ações pedagógicas.
Refutam-se as práticas avaliativas que priorizam o caráter classificatório, autoritário, que
desvinculam a sua função da aprendizagem, que não se ocupam dos conteúdos e do seu tratamento conforme
as concepções pedagógicas definidas no projeto pedagógico da escola.
102
Propõe-se para o ensino de História uma avaliação formal, processual, continuada e diagnóstica,
considerando três aspectos importantes: (1) a apropriação de conceitos históricos; (2) o aprendizado dos
conteúdos estruturantes e, (3) específicos.
A avaliação deve possibilitar uma constante elaboração não só do conhecimento produzido, mas da
ação pedagógica como um todo.
BIBLIOGRAFIA
PARANÁ. Diretrizes Curriculares de História para o Ensino Fundamental. Curitiba: Secretaria de Estado da
Educação e Superintendência da Educação, 2006.
______. Diretrizes Curriculares de História para o Ensino Médio. Curitiba: Secretaria de Estado da Educação
e Superintendência da Educação, 2006.
103
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA
APRESENTAÇÃO
Considerando o percurso histórico da disciplina de Língua Portuguesa na
Educação Básica brasileira, e confrontando esse percurso com a situação de analfabetismo funcional, de
dificuldade de leitura compreensiva e produção de textos apresentada pelos alunos – segundo os resultados
de avaliações em larga
escala e, mesmo, de pesquisas acadêmicas – as Diretrizes Curriculares Estaduais de Língua Portuguesa
requerem, neste momento histórico, novos posicionamentos em relação às práticas de ensino; seja pela
discussão crítica dessas práticas, seja pelo envolvimento direto dos professores na construção de alternativas.
Essas considerações resultaram, nas DCE, numa proposta que dá ênfase à língua viva, dialógica, em
constante movimentação, permanentemente reflexiva e produtiva. Tal ênfase traduz-se na adoção das
práticas de linguagem como ponto central do trabalho pedagógico. Este aspecto será mais amplamente
explicitado quando se abordar o Conteúdo Estruturante da disciplina.
Para alcançar tal objetivo, é importante pensar sobre a metodologia. Se o trabalho com a Língua deve
considerar as práticas linguísticas que o aluno traz ao
ingressar na escola, é preciso que, a partir disso, seja trabalhada a inclusão dos saberes necessários ao uso da
norma padrão e acesso aos conhecimentos para os multiletramentos6, a fim de constituírem ferramentas
básicas no aprimoramento das aptidões linguísticas dos estudantes.
É tarefa da escola possibilitar que seus alunos participem de diferentes práticas sociais que utilizem a
leitura, a escrita e a oralidade, com a finalidade de inseri-los nas diversas esferas de interação. Se a escola
desconsiderar esse papel, o sujeito ficará à margem dos novos letramentos, não conseguindo se constituir no
âmbito de uma sociedade letrada.
Dessa forma, será possível a inserção de todos os que frequentam a escola pública em uma sociedade
cheia de conflitos sociais, raciais, religiosos e políticos de forma ativa, marcando, assim, suas vozes no
contexto em que estiverem inseridos.
O estudo dos conhecimentos linguísticos, deve propiciar ao aluno a reflexão sobre as normas de uso
das unidades da língua, de como elas são combinadas para produzirem determinados efeitos de sentido,
profundamente vinculados a contextos e adequados às finalidades pretendidas no ato da linguagem.
Tendo em vista a concepção de linguagem como discurso que se efetiva nas diferentes práticas
sociais, o processo de ensino-aprendizagem na disciplina de língua, busca:
•
empregar a língua oral em diferentes situações de uso, saber adequá-la a cada contexto e
interlocutor;
•
reconhecer as intenções implícitas nos discursos do cotidiano e propiciar a possibilidade de um
posicionamento diante deles;
104
•
desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas por meio de práticas sociais que
considerem os interlocutores, seus objetivos, o assunto tratado, além do contexto de produção;
•
analisar os textos produzidos, lidos e/ou ouvidos, possibilitando que o aluno amplie seus
conhecimentos linguístico-discursivos;
•
aprofundar, por meio da leitura de textos literários, a capacidade de pensamento crítico e a
sensibilidade estética, permitindo a expansão lúdica da oralidade, da leitura e da escrita;
•
aprimorar os conhecimentos linguísticos, de maneira a propiciar acesso às ferramentas de expressão
e compreensão de processos discursivos,
•
proporcionando ao aluno condições para adequar a linguagem aos diferentes contextos sociais,
apropriando-se, também, da norma padrão.
CONTEÚDOS
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Durante muito tempo, o ensino de Língua Portuguesa foi ministrado por
meio de conteúdos legitimados no âmbito de uma classe social dominante e pela tradição acadêmica/escolar.
Esses conteúdos, entretanto, não conseguiram universalizar o domínio das práticas linguísticas, notadamente
as referentes à norma padrão, que constitui a norma legitimada e prestigiada no contexto da sociedade
brasileira. Na tentativa de mudar esse quadro, no Brasil, na década de 1980, algumas pesquisas na área da
linguística foram realizadas e apresentaram abordagens pedagógicas pautando-se na concepção interacionista
de linguagem para o ensino/aprendizagem de Língua Materna.
Entende-se por Conteúdo Estruturante, em todas as disciplinas, o conjunto de saberes e
conhecimentos de grande dimensão, os quais identificam e organizam uma disciplina escolar. A partir dele,
advêm os conteúdos a serem trabalhados no dia-a-dia da sala de aula. A seleção do Conteúdo Estruturante
está relacionada com o momento histórico-social. Na disciplina de Língua Portuguesa, assume-se a
concepção de linguagem como prática que se efetiva nas diferentes instâncias sociais, sendo assim, o
Conteúdo Estruturante da disciplina que atende a essa perspectiva é o discurso como prática social.
No processo de ensino-aprendizagem, é importante ter claro que quanto maior o contato com a
linguagem, nas diferentes esferas sociais, mais possibilidades se tem de entender o texto, seus sentidos, suas
intenções e visões de mundo. A ação pedagógica referente à linguagem, portanto, precisa pautar-se na
interlocução, em atividades planejadas que possibilitem ao aluno a leitura e a produção oral e escrita, bem
como a reflexão e o uso da linguagem em diferentes situações. Desse modo, sugere-se um trabalho
pedagógico que priorize as práticas sociais. Tradicionalmente, a escola tem agido como se a escrita fosse a
língua, ou como se todos os que nela ingressam falassem da mesma forma. No ambiente escolar, a
racionalidade se exercita com a escrita, de modo que a oralidade, em alguns contextos educacionais, não é
muito valorizada; entretanto, é rica e permite muitas possibilidades de trabalho a serem pautadas em
situações reais de uso da fala e na produção de discursos nos quais o aluno se constitui como sujeito do
processo interativo.
105
CONTEÚDOS BÁSICOS: Os conteúdos básicos são os conteúdos fundamentais para cada série da etapa
final do Ensino Fundamental e para o Ensino Médio, considerados imprescindíveis para a formação
conceitual dos estudantes nas diversas disciplinas da educação básica. A lei 10.639/03, que trata da História e
Cultura Afro-Brasileira e Africana e a Lei 11.645/08, referente à História e Cultura Afro-Brasileira e
Indígena), serão trabalhadas das seguintes formas: análise e reflexão de textos, confecção de poemas,
pesquisas sobre os escritores e outros.
ENSINO FUNDAMENTAL
•
5ª SÉRIE/6º ANO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
CONTEÚDOS BÁSICOS
GÊNEROS DISCURSIVOS
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística, serão adotados como conteúdos
básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação. Caberá ao professor fazer a
seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta
Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as características da
escola e com o nível de complexidade adequado a cada uma das séries.
LEITURA
•
Tema do texto;
•
Interlocutor;
•
Finalidade;
•
Aceitabilidade do texto;
•
Informatividade;
•
Discurso direto e indireto;
•
Elementos composicionais do gênero;
•
Léxico;
•
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função
•
das classes gramaticais no texto, pontuação,
•
recursos gráficos (como aspas, travessão,
106
•
negrito), figuras de linguagem.
ESCRITA
•
Tema do texto;
•
Interlocutor;
•
Finalidade do texto;
•
Informatividade;
•
Argumentatividade;
•
Discurso direto e indireto;
•
Elementos composicionais do gênero;
•
Divisão do texto em parágrafos;
•
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação,
•
recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;
•
Processo de formação de palavras;
•
Acentuação gráfica;
•
Ortografia;
•
Concordância verbal/nominal.
ORALIDADE
•
Tema do texto;
•
Finalidade;
•
Argumentatividade;
•
Papel do locutor e interlocutor;
•
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;
•
Adequação do discurso ao gênero;
•
Turnos de fala;
•
Variações linguísticas;
•
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.
6ª SÉRIE/7º ANO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
CONTEÚDOS BÁSICOS
107
GÊNEROS DISCURSIVOS
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística, serão adotados como conteúdos
básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação. Caberá ao professor fazer a
seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta
Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as características da
escola e com o nível de complexidade adequado a cada uma das séries.
LEITURA
•
Tema do texto;
•
Interlocutor;
•
Finalidade do texto;
•
Informatividade;
•
Aceitabilidade;
•
Situacionalidade;
•
Intertextualidade;
•
Informações explícitas e implícitas;
•
Discurso direto e indireto;
•
Elementos composicionais do gênero;
•
Repetição proposital de palavras;
•
Léxico;
•
Ambiguidade;
•
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos
gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.
ESCRITA
•
Tema do texto;
•
Interlocutor;
•
Finalidade do texto;
•
Informatividade;
•
Discurso direto e indireto;
•
Elementos composicionais do gênero;
•
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos
gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;
•
Processo de formação de palavras;
•
Acentuação gráfica;
•
Ortografia;
108
•
Concordância verbal/nominal.
ORALIDADE
•
Tema do texto;
•
Finalidade;
•
Papel do locutor e interlocutor;
•
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc;
•
Adequação do discurso ao gênero;
•
Turnos de fala;
•
Variações linguísticas;
•
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
•
Semântica.
7ª SÉRIE/8º ANO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
CONTEÚDOS BÁSICOS
GÊNEROS DISCURSIVOS
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística, serão adotados como conteúdos
básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação. Caberá ao professor fazer a
seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta
Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as características da
escola e com o nível de complexidade adequado a cada uma das séries.
LEITURA
•
Conteúdo temático;
•
Interlocutor;
•
Intencionalidade do texto;
•
Aceitabilidade do texto;
•
Informatividade;
•
Situacionalidade;
•
Intertextualidade;
•
Vozes sociais presentes no texto;
109
•
Elementos composicionais do gênero;
•
Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
•
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos
gráficos como aspas, travessão, negrito;
•
Semântica:
operadores argumentativos;
ambiguidade;
sentido conotativo e denotativo das palavras no texto;
expressões que denotam ironia e humor no texto.
ESCRITA
•
Conteúdo temático;
•
Interlocutor;
•
Intencionalidade do texto;
•
Informatividade;
•
Situacionalidade;
•
Intertextualidade;
•
Vozes sociais presentes no texto;
•
Elementos composicionais do gênero;
•
Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
•
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos
gráficos como aspas, travessão, negrito;
•
Concordância verbal e nominal;
•
Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e sequenciação do texto;
•
Semântica: - operadores argumentativos; - ambiguidade; - significado das palavras;
conotativo e denotativo; - expressões que denotam ironia e humor no texto.
ORALIDADE
•
Conteúdo temático;
•
Finalidade;
•
Aceitabilidade do texto;
•
Informatividade;
•
Papel do locutor e interlocutor;
•
Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas ...;
•
Adequação do discurso ao gênero;
sentido
110
•
Turnos de fala;
•
Variações lingüísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);
•
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
•
Elementos semânticos;
•
Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);
•
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
8ª SÉRIE/9º ANO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
CONTEÚDOS BÁSICOS
GÊNEROS DISCURSIVOS
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística, serão adotados como conteúdos
básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação. Caberá ao professor fazer a
seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta
Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as características da
escola e com o nível de complexidade adequado a cada uma das séries.
LEITURA
•
Conteúdo temático;
•
Interlocutor;
•
Finalidade Intencionalidade do texto;
•
Aceitabilidade do texto;
•
Informatividade;
•
Situacionalidade;
•
Intertextualidade;
•
Temporalidade;
•
Discurso ideológico presente no texto;;
•
Vozes sociais presentes no texto;
•
Elementos composicionais do gênero;
•
Relação de causa e consequência entre as partes e
•
elementos do texto;
111
•
Partículas conectivas do texto;
•
Progressão referencial no texto;
•
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos
gráficos como aspas, travessão, negrito;
•
Semântica: - operadores argumentativos; - polissemia; - sentido conotativo e denotativo; expressões que denotam ironia e humor no texto.
ESCRITA
•
Conteúdo temático;
•
Interlocutor;
•
Intencionalidade do texto;
•
Informatividade;
•
Situacionalidade;
•
Intertextualidade;
•
Temporalidade;
•
Vozes sociais presentes no texto;
•
Elementos composicionais do gênero;
•
Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
•
Partículas conectivas do texto;
•
Progressão referencial no texto;
•
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos
gráficos como aspas, travessão, negrito, etc.;
•
Sintaxe de concordância;
•
Sintaxe de regência;
•
Processo de formação de palavras;
•
Vícios de linguagem;
•
Semântica: - operadores argumentativos; - modalizadores; - polissemia.
ORALIDADE
•
Conteúdo temático ;
•
Finalidade;
•
Aceitabilidade do texto;
•
Informatividade;
•
Papel do locutor e interlocutor;
•
Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas ...;
112
•
Adequação do discurso ao gênero;
•
Turnos de fala;
•
Variações lingüísticas (lexicais, semânticas, prosódicas entre outras);
•
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, conectivos;
•
Semântica;
•
Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.);
•
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
Na sala de aula e nos outros espaços de encontro com os alunos, os professores de Língua
Portuguesa e Literatura têm o papel de promover o amadurecimento do domínio discursivo da oralidade, da
leitura e da escrita, para que os estudantes compreendam e possam interferir nas relações de poder com seus
próprios pontos de vista, fazendo deslizar o signo-verdade-poder em direção a outras significações que
permitam, aos mesmos estudantes, a sua emancipação e a autonomia em relação ao pensamento e às práticas
de linguagem imprescindíveis ao convívio social. Esse domínio das práticas discursivas possibilitará que o
aluno modifique, aprimore, reelabore sua visão de mundo e tenha voz na sociedade.
No que diz respeito à prática de oralidade, no dia-a-dia da maioria das pessoas, a fala é a prática
discursiva mais utilizada. Nesse sentido, as atividades orais precisam oferecer condições ao aluno de falar
com fluência em situações formais; adequar a linguagem conforme as circunstâncias (interlocutores, assunto,
intenções); aproveitar os imensos recursos expressivos da língua e, principalmente, praticar e aprender a
convivência democrática que supõe o falar e o ouvir. Ao contrário do que se julga, a prática oral realiza-se
por meio de operações linguísticas complexas, relacionadas a recursos expressivos como a entonação.
Com relação ao exercício da escrita, nestas Diretrizes, leva em conta a relação entre o uso e o
aprendizado da língua, sob a premissa de que o texto é um elo de interação social e os gêneros discursivos
são construções coletivas. Assim, entende-se o texto como uma forma de atuar, de agir no mundo. Escrevese e fala-se para convencer, vender, negar, instruir, etc.. inicialmente, essa prática requer que tanto o
professor quanto o aluno planejem o que será produzido: é o momento de ampliar as leituras sobre a temática
proposta; ler vários textos do gênero solicitado para a escrita, a fim de melhor compreender a esfera social
em que este circula; delimitar o tema da produção; definir o objetivo e a intenção com que escreverá; prever
os possíveis interlocutores; pensar sobre a situação em que o texto irá circular; organizar as idéias;
No trabalho com a leitura vemos que ela é vista como um ato dialógico, interlocutivo. O leitor, nesse
contexto, tem um papel ativo no processo da leitura, e para se efetivar como co-produtor, procura pistas
formais, formula e reformula hipóteses, aceita ou rejeita conclusões, usa estratégias baseadas no seu
conhecimento linguístico, nas suas experiências e na sua vivência sócio-cultural.
Ler é familiarizar-se com diferentes textos produzidos em diversas esferas sociais - jornalística,
artística, judiciária, científica, didático-pedagógica, cotidiana, midiática, literária, publicitária, etc. No
113
processo de leitura, também é preciso considerar as linguagens não-verbais. A leitura de imagens, como:
fotos, cartazes, propagandas, imagens digitais e virtuais, figuras que povoam com intensidade crescente
nosso universo cotidiano, deve contemplar os multiletramentos mencionados nestas Diretrizes.
È preciso propiciar o desenvolvimento de uma atitude crítica que leva o aluno a perceber o sujeito
presente nos textos e, ainda, tomar uma atitude responsiva diante deles. Sob esse ponto de vista, o professor
precisa atuar como mediador, provocando os alunos a realizarem leituras significativas. Assim, o professor
deve dar condições para que o aluno atribua sentidos a sua leitura, visando a um sujeito crítico e atuante nas
práticas de letramento da sociedade.
É importante que o professor trabalhe com seus alunos as estruturas de apelo, demonstrando a eles
que não é qualquer interpretação que cabe à literatura, mas aquelas que o texto permite. As marcas
linguísticas devem ser consideradas na leitura literária; elas também asseguram que as estruturas de apelo
sejam respeitadas. Agindo assim, o professor estará oportunizando ao aluno a ampliação do horizonte de
expectativa.
AVALIAÇÃO
Dentro da Lei n. 9394/96, de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN), tem destaque a
chamada avaliação formativa (capítulo II, artigo 24, inciso V, item a: “avaliação contínua e cumulativa do
desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao
longo do período sobre os de eventuais provas finais”).
A oralidade verificará a participação do aluno nos diálogos, relatos e discussões, a clareza que ele
mostra ao expor suas ideias, a fluência da sua fala, a argumentação que apresenta ao defender seus pontos de
vista. O aluno também deve se posicionar como avaliador de textos orais com os quais convive, como:
noticiários, discursos políticos, programas televisivos, e de suas próprias falas, formais ou informais, tendo
em vista o resultado esperado.
Leitura: serão avaliadas as estratégias que os estudantes empregam para a compreensão do texto lido,
o sentido construído, as relações dialógicas entre textos, relações de causa e consequência entre as partes do
texto, o reconhecimento de posicionamentos ideológicos no texto, a identificação dos efeitos de ironia e
humor em textos variados, a localização das informações tanto explícitas quanto implícitas, o argumento
principal, entre outros.
Tendo em vista o multiletramento, também é preciso avaliar a capacidade de se colocar diante do
texto, seja ele oral, escrito, gráficos, infográficos, imagens, etc.
O professor pode propor questões abertas, discussões, debates e outras atividades que lhe permitam
avaliar a reflexão que o aluno faz a partir do texto.
Escrita: é preciso ver o texto do aluno como uma fase do processo de produção, nunca como produto
final. O que determina a adequação do texto escrito são as circunstâncias de sua produção e o resultado dessa
ação. É a partir daí que o texto escrito será avaliado nos seus aspectos discursivo textuais, verificando: a
114
adequação à proposta e ao gênero solicitado, se a linguagem está de acordo com o contexto exigido, a
elaboração de argumentos consistentes, a coesão e coerência textual, a organização dos parágrafos.
Com o uso da língua oral e escrita em práticas sociais, os alunos são avaliados continuamente em
termos desse uso, pois efetuam operações com a linguagem e refletem sobre as diferentes possibilidades de
uso da língua, o que lhes permite o aperfeiçoamento linguístico constante, o letramento.
Para que as propostas das Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa e Literatura se efetivem na
sala de aula, é imprescindível a participação pró-ativa do professor. Engajado com as questões de seu tempo,
tal professor respeitará as diferenças e promoverá uma ação pedagógica de qualidade a todos os alunos.
REFERÊNCIAS
BRASIL/MEC, Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para
o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Brasília- DF, 2004.
_______. Lei n. 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Altera a Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que
estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a
obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira”, e dá outras providências. In: Brasil.
Ministério da Educação. Diretrizes curriculares nacionais para a educação das relações étnico-raciais e
para o ensino de história e cultura afro-brasileira e africana. Brasília: MEC/Secretaria Especial de
Políticas de Promoção de Igualdade Racial/ Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e
Diversidade. 2004.
_______. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996.In:BRASIL/MEC. Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional. Brasília: MEC, 1996. PARANÁ. Lei 13.381, de 18 de dezembro de 2001. Torna
obrigatório, no ensino fundamental e médio da rede pública estadual de ensino, conteúdos da disciplina
história do Paraná. Diário Oficial do Paraná, Curitiba, n. 6134, 18 dez. 2001.
________. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Língua
Portuguesa. Curitiba, 2009.
115
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE MATEMÁTICA
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:
A história da Matemática nos revela que os povos das antigas civilizações conseguiram desenvolver
os rudimentos de conhecimentos matemáticos que vieram a compor a matemática que se conhece hoje.
Como ciência, a matemática emergiu somente mais tarde na Grécia entre os séculos VI e V a.C. Foi através
dos pitagóricos, que ocorreram as preocupações sobre a importância e o papel da matemática no ensino e na
formação de pessoas. Embora o objeto de estudo da Educação Matemática, ainda encontre-se em processo
de construção, pode-se dizer que ele está centrado na prática pedagógica da matemática, de forma a
envolver-se com as relações entre o ensino, a aprendizagem e o conhecimento matemático. Outra finalidade
apontada pelos autores “é fazer com que o estudante construa, por intermédio do conhecimento matemático,
valores e atitudes de natureza diversa, visando à formação integral do ser humano e, particularmente, do
cidadão, isto é, do homem público”. A concepção da Educação Matemática não pode ser tomada por práticas
autoritárias, sendo assim, o ensino da Matemática, assim como todo ensino, contribui para as transformações
sociais não apenas através da socialização do conteúdo matemático, mas também através de uma dimensão
política que é intrínseca a essa socialização. Trata-se da dimensão política contida na própria relação entre o
conteúdo matemático a forma de sua transmissão – assimilação.
A educação matemática proposta pela LDB E DCE, tem como objetivo resgatar para o processo de
ensino e aprendizagem de Matemática, levando o aluno a se apropriar destes conhecimentos ao ponto de que
“compreenda os conceitos e princípios matemáticos, raciocine claramente e comunique ideias matemáticas,
reconheça suas aplicações e aborde problemas matemáticos com segurança”. (LORENZATO e VILA, 1993,
p. 41)
Tendo em vista que a Matemática ainda é uma ciência entendida com atividade humana em
construção, cabe ao professor uma ação pedagógica com um ensino que ofereça aos estudantes análises,
discussões, conjecturas, apropriação de conceito e formulação de ideias, as quais possibilitem a construção
de uma sociedade mais desenvolvida, pensante e capaz de elaborar uma nova história.
Pensar numa prática docente a partir da Educação Matemática, portanto, implica pensar na sociedade
em que vivemos, constituindo-se, assim, o ato de ensinar numa ação reflexiva e política. Esta é a Educação
Matemática proposta para estas Diretrizes Curriculares de Matemática. Este campo de investigação prevê a
formação de um estudante crítico, capaz de agir com autonomia nas suas relações sociais e, para isso, é
necessário que ele se aproprie de conhecimentos, dentre eles o matemático.
Construir o conhecimento matemático, por meio de uma visão histórica em que os conceitos são
apresentados, discutidos, construídos e reconstruídos, influenciando na formação do pensamento humano e
na produção de sua existência por meio das idéias e das tecnologias. Ensinar matemática para que o aluno
116
amplie seu conhecimento e, por conseguinte, contribua para o desenvolvimento da sociedade. Desenvolver o
ensino da matemática como instrumento para a compreensão, a investigação, a inter-relação com o ambiente,
e seu papel de agente de modificações do indivíduo, provocando mais que simples acúmulo de conhecimento
técnico, o progresso do discernimento político.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E CONTEÚDOS BÁSICOS:
PROPOSTA DE CONTEÚDOS PARA DISCIPLINA DE MATEMÁTICA
ENSINO FUNDAMENTAL:
Série Conteúdo:
5ª Série
NÚMEROS E ÁLGEBRA:
- Sistemas de Numeração;
- Números Naturais;
- Múltiplos e divisores;
- Potenciação e radiciação;
- Números Fracionários;
- Números decimais.
GRANDEZAS E MEDIDAS:
- Medidas de comprimento;
- Medidas de massa;
- Medidas de área;
- Medidas de volume;
- Medidas de tempo;
- Medidas de ângulos;
- Sistema Monetário.
GEOMETRIAS:
- Geometria Plana;
- Geometria Espacial.
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO:
- Dados, tabelas e gráficos;
117
- Porcentagem.
6ª Série
NÚMEROS E ÁLGEBRA:
- Números Inteiros;
- Números racionais;
- Equação e Inequação do 1º grau;
- Razão e proporção;
- Regra de três.
GRANDEZAS E MEDIDAS:
- Medidas de temperatura;
- Ângulos.
GEOMETRIAS:
- Geometria Plana;
- Geometria Espacial;
- Geometrias Não- Euclidianas.
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO:
- Pesquisa Estatística;
- Média Aritmética;
- Moda e mediana;
- Juros simples.
7ª Série
NÚMEROS E ÁLGEBRA:
- Números Irracionais;
- Sistemas de Equações do 1º grau;
- Potências;
- Monômios e Polinômios;
- Produtos Notáveis.
GRANDEZAS E MEDIDAS:
- Medida de comprimento;
118
- Medida de área;
- Medidas de ângulos.
GEOMETRIAS:
- Geometria Plana
- Geometria Espacial;
- Geometria Analítica;
- Geometrias não-Euclidiana.
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO:
- Gráfico e Informação;
- População e amostra.
8ª Série
NÚMEROS E ÁLGEBRA:
- Números Reais;
- Propriedades dos radicais;
- Equação do 2º grau;
- Teorema de Pitágoras;
- Equações Irracionais;
- Equações Biquadradas;
- Regra de Três Composta.
GRANDEZAS E MEDIDAS:
- Relações Métricas no Triângulo Retângulo;
- Trigonometria no Triângulo Retângulo;
FUNÇÕES:
- Noção intuitiva de Função Afim .
- Noção intuitiva de Função Quadrática.
GEOMETRIAS:
- Geometria Plana;
- Geometria Espacial;
- Geometria Analítica;
119
- Geometria Não- Euclidiana.
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO:
- Noções de Análise Combinatória;
- Noções de Probabilidade;
- Estatística;
- Juros Composto.
PROPOSTA DE CONTEÚDOS PARA DISCIPLINA DE MATEMÁTICA
ENSINO MÉDIO:
Conteúdos Estruturantes e Conteúdos Básicos:
NÚMEROS E ÁLGEBRA:
- Números reais;
- Números complexos;
- Sistemas lineares;
- Matrizes e Determinantes;
- Polinômios.
- Equações e Inequações
Exponenciais, Logarítmicas e Modulares.
GRANDEZAS E MEDIDAS:
- Medidas de área;
- Medidas de Volume;
- Medidas de Grandezas Vetoriais;
- Medidas de Informática;
- Medidas de Energia;
- Trigonometria.
FUNÇÕES:
- Função Afim;
- Função Quadrática;
- Função Polinomial;
- Função Exponencial;
- Função Logarítmica;
- Função Trigonométrica;
120
- Função Modular;
- Progressão Aritmética;
- Progressão Geométrica.
GEOMETRIAS:
- Geometria Plana;
- Geometria Espacial;
- Geometria Analítica;
- Geometrias Não- Euclidianas.
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO:
- Analise Combinatória;
- Binômio de Newton;
- Estudo das Probabilidades;
- Estatística;
- Matemática Financeira.
Conteúdo Afro-brasileiro Lei nº 11645/03/08: Reflexão referente à cultura afro-brasileira, com
intuito de preparar uma construção de críticas construtivas, e apontar soluções para
construção de
relacionamentos positivos em relação às diversidades. Especificamente montar gráficos e fazer porcentagens
referente pesquisas realizadas na própria escola.
Essa proposta curricular tem como principio educativo a perspectiva do campo, uma vez que a
prática social é a agricultura familiar, o trabalho do campo, os conhecimentos e valores construídos
históricamente no campo. Assim a educação escolar estará vinculada organicamente a essa problemática, no
sentido de explicações de suas contradições , ao mesmo tempo, construindo um conhecimento com base nas
ciências, na história e na filosofia.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Valorizar os conhecimentos de cada aluno, quer sejam adquirido em séries anteriores ou de forma
intuitiva. Estes conhecimentos e experiências provenientes das vivências dos alunos deverão ser
aprofundados e sistematizados, com objetivo de validá-los cientificamente, ampliando-os e generalizando-os.
É importante a utilização de recursos didáticos pedagógicos e tecnológicos como instrumentos de
aprendizagem.
Desenvolver os conhecimentos matemáticos a partir do processo dialético que possa intervir como
instrumento eficaz na aprendizagem das propriedades e relações matemáticas, bem como as diferentes
representações e conversões através da linguagem e operações simbólicas, formais e técnicas. Objetivando
121
uma formação científica geral, os procedimentos e estratégias a serem desenvolvidas pelo professor
objetivam garantir ao aluno o avanço em estudos posteriores, na aplicação dos conhecimentos matemáticos
em atividades tecnológicas, cotidianas, das ciências e da própria ciência matemática.
Em relação às abordagens, destacam-se a análise e interpretação crítica para resolução de problemas,
não somente pertinentes à ciência matemática, mas, como nas demais ciências que, em determinados
momentos, fazem uso da matemática.
Possibilitar aos estudantes análises, discussões, conjecturas, apropriação de conceitos e formulação
de idéias. Aulas expositivas, pesquisas extra-classe, trabalho em grupo, aula-prática. Utilização de material
concreto.
Recursos Tecnológicos: vídeo, Dvds, TV, retro-projetor, computador, internet, etc.
Os conteúdos propostos nestas diretrizes devem ser abordados por meio de tendências metodológicas
da Educação Matemática que fundamentam a prática docente, como:
-Resolução de problemas;
-Modelagem matemática;
-Uso de mídias tecnológicas;
-Etnomatemática;
-História da Matemática;
-Investigações matemáticas.
AVALIAÇÃO
Propor atividades em sala de aula, sempre insistir com os alunos para que explicitem os
procedimentos adotados e que tenham a oportunidade de explicar oralmente ou por escrito as suas
afirmações, quando estiverem tratando algoritmos, resolvendo problemas, entre outras. A avaliação deve ser
continua, diagnóstica, cumulativa, participativa e somativa.
O professor deverá apresentar encaminhamentos diversos como trabalho extraclasse, pesquisas,
tarefas, prova escrita, pesquisas na biblioteca e internet, atividades em grupo e duplas bem como a
observação, a intervenção, a revisão de noções e subjetividade, isto é, buscar diversos métodos avaliativos,
incluindo o uso de materiais manipuláveis, computador e calculadora.
O professor deve considerar as noções que o estudante traz, decorrentes da sua vivência, de modo a
relacioná-las com os novos conhecimentos abordados nas aulas de Matemática. Assim, será então possível
que as práticas avaliativas finalmente superem a pedagogia do exame para basearem-se numa pedagogia do
ensino e da aprendizagem.
BIBLIOGRAFIA
Diretrizes Curriculares de Matemática para o Ensino Fundamental e Médio, versão preliminar – 2008.
122
LDB 9.394/96
LORENZATO e VILA, 1993, p. 41
123
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE BIOLOGIA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:
Ao longo da história da humanidade, a preocupação com a descrição dos seres vivos e dos
fenômenos naturais levou o homem a diferentes concepções sobre o que é VIDA.
Desde o homem primitivo, em sua condição de caçador e coletor, as observações dos diferentes tipos
de comportamento dos animais e da floração das plantas, foram sendo registradas nas pinturas rupestres
dentro das cavernas.
Sendo assim, os conhecimentos apresentados pela disciplina de Biologia no Ensino Médio não
implicam o resultado de apreensão contemplativa da natureza em si, mas evidenciam o esforço de entender,
explicar, usar e manipular os recursos naturais.
Na Idade Média, sob a influência do cristianismo, a Igreja tornou-se uma instituição poderosa, o
conhecimento do universo foi associado a Deus, institucionalizando o dogmatismo teocêntrico, porém,
mesmo sob a influência da Igreja, dentro das universidades medievais compostas no séc. XII, as divergências
relativas aos estudos dos fenômenos naturais prenunciaram mudanças de pensamento dos que não se
enquadravam à escolástica; ao romper à visão teocêntrica, a explicação para os fenômenos naturais passou a
ter uma nova trajetória na história da humanidade.
O período entre Idade Média e Idade Moderna foi marcado por mudanças significativas em diversos
segmentos, como por exemplo, a navegação, a ampliação favorável de trocas de mercadorias, o que
propiciou a abertura de novos caminhos para as revoluções industriais do séc. XVIII.
Já no período da Renascença, surgiram novas contribuições para o ensino da Biologia, Carl von
Linné, fundador do sistema moderno de classificação cientifica, em sua obra Systema Naturae(1735), propôs
a organização dos seres vivos a partir de características estruturais, anatômicas e comportamentais, mantendo
a visão de mundo estático idêntico, mantendo o principio da criação divina, o ser perfeito.
Sob a influencia do pensamento positivista, reafirmou-se o pensamento mecanicista, que compreende
que, para entender o funcionamento da Vida, a Biologia precisou fracionar os seres vivos em partes cada vez
mais especializadas e menores, para entender as relações e causa, efeito e funcionamento de cada uma delas.
No final do séc. XVIII e inicio do séc.XIX, a imutabilidade da VIDA foi questionada com as
evidências do processo evolutivo dos seres vivos, estudos sobre a mutação dos seres vivos foram
apresentadas por Monet e Erasmus Darwin.
Lamarck, outro naturalista da época, adepto da teoria da geração espontânea, criou o conceito de
sistema evolutivo em constante mudança.
Já no início do séc. XIX, o também naturalista britânico Charles Darwin, apresentou suas idéias sobre a
evolução das espécies, quando se afirmou que todos os seres vivos atuais e do passado tiveram origem
evolutiva e que o principal agente de modificação seria a ação da seleção natural sobre a ação individual,
124
criou-se a base para a Teoria da evolução das espécies, assentada no ponto de integração entre pensamento
científico e filosófico.
Para consolidar suas teorias, Darwin demonstrou evidências evolutivas, as quais foram consideradas provas e
suporte de suas concepções: registro de fósseis, distribuição geográfica das espécies, anatomia e embriologia
comparadas e a modificação de organismos domesticados.
A partir dessas provas, ele foi um dos primeiros a aplicar o que hoje é conhecido como Método
hipotético-dedutivo.
As leis que regulam a hereditariedade, tal como foi proposto por Mendel, eram desconhecidas de
Darwin. Na época, o modelo usado para explicar a hereditariedade defendia a herança por misturas, das quais
patrimônios heterogêneos dariam origem à homogeneidade entre indivíduos.
Em 1865, Mendel apresentou sua pesquisa sobre a transmissão de características entre os seres vivos.
Ainda não se conheciam os mecanismos de divisão celular e de transmissão de caracteres hereditários, mas
Mendel realizou diversos cruzamentos entre ervilhas para observar como as características eram
transmitidas.
Destaca-se também que a Biologia fez grandes progressos no séc. XIX, com a proposição da Teoria
celular, onde vários cientistas e botânicos, afirmavam que todas as coisas vivas, eram compostas por células,
com aperfeiçoamento dos estudos sobre a origem da vida.
No séc. XX, a nova geração de geneticistas confirmou os trabalhos de Mendel e provocou uma
revolução conceitual em Biologia, tal concepção contribuiu para a construção de um modelo explicativo dos
mecanismos evolutivos, vinculados ao material genético, o que marcou a influência do pensamento biológico
evolutivo.
Na década de 1930, os currículos escolares ampliaram a abordagem dos conhecimentos biológicos,
pois fatores sociais e econômicos passaram a ser considerados, entretanto, a ênfase no conteúdo se manteve
sob um ensino de natureza descritivo, livresco e memorístico.
Já na década de 1950, os alunos estudavam os vários grupos de organismo separadamente e as suas
relações filogenéticas, e as aulas práticas tinham como meta ilustrar as aulas teóricas.
A tradicional divisão em botânica e zoologia passou do estudo sistemático das diferenças dos seres
vivos para a análise dos fenômenos comuns entre eles, incluindo assuntos sobre constituição molecular,
ecologia, genética e evolução.
Decorrentes das pesquisas nessas áreas destacaram-se, nesse período, a importância ao método
científico e a preocupação com a Formação do Cidadão.
O sistema de ensino brasileiro sofreu mudanças significativas com a promulgação da LDB
(5692/71), que fixava Diretrizes e Bases da Educação. Essa lei trazia alterações que continham os aspectos
liberais constantes na lei anterior e estabelece um ensino tecnicista para atender ao regime vigente do estado.
Em 1980, os conteúdos de biologia eram aprendidos com base na observação, a partir da qual
poderiam ser explicados por raciocínio lógicos comprovados pela experimentação. Surgiu então no Brasil
125
um movimento pedagógico que reconheceria como fonte de inspiração a análise do processo de produção do
conhecimento na Ciência.
Na década de 1990, surgiu outro campo de pesquisa, o da mudança conceitual, os estudos buscavam
compreender explicações previamente existentes, com análises do empreendimento do individuo no processo
de mudança para uma explicação científica.
Apesar da tentativa de superar o ensino tradicional e tecnicista com a pedagogia histórico-crítica, tal
proposta apresentava uma visão de totalidade caracterizando “conteudista” os conhecimentos de Biologia.
Em 1998, foram promulgadas as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio, para
normatizar a LDB. O ensino passou a ser organizado por áreas de conhecimento, ficando a Biologia disposta
na área de Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias.
Os PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais), apontaram como objeto de estudo na disciplina de
biologia o fenômeno VIDA, em sua diversidade de manifestações, eles apresentaram propostas inovadoras
de avanços teóricos e metodológicos, numa tentativa de romper as concepções teóricas anteriores, mas na
verdade promoveram um esvaziamento dos conteúdos formais, com a presença de temas geradores e criação
de subsistemas, em que valores, conhecimentos e capacidades, estariam continuamente em transformação,
orientados por uma sociedade aberta, controlada pela competência individual.
Nas últimas décadas as mudanças estão ocorrendo de forma muito rápida, vivemos num mundo em
contínua transformação, não só tecnológica, como também social, cada vez mais, a sociedade vai ter que
opinar sobre problemas éticos referentes a organismos geneticamente modificados, bebês de proveta, mães
de aluguel e etc. O ensino de Biologia para o ensino médio deve preparar os adolescentes na sua maioria para
uma vida adulta, onde mais importante do que apresentar grande quantidade de conceitos, é fornecer aos
jovens maneiras de buscar informações, estimulá-los a questionar e propor soluções em diversos aspectos
sócio-biológicos.
Em suma o maior objetivo do Ensino de Biologia hoje, é que os jovens “aprendam a aprender”, isto
é, saibam procurar respostas de que precisem, há uma necessidade de que a escola repense seu papel, de
conteudista e acadêmica, dando uma atenção real à necessidade do indivíduo, preparando-o para a vida, para
o mercado de trabalho e para a cidadania.
Para que tudo isso se efetive, faz-se necessário que o ensino de Biologia seja ágil e instigante,
devendo fomentar a análise crítica e estimular o posicionamento consciente dos alunos diante de situações no
seu cotidiano; espera-se que os alunos adquiram uma visão crítica do que lhe é proposto e apresente o
conhecimento como resultado do fazer humano, não fragmentado nem atemporal.
Resgatar no contexto histórico como se desenvolveu o conhecimento científico,
Abordar os conhecimentos científicos escolares, orientando que eles têm origem nos modelos
construídos a partir da investigação da Natureza.
Propiciar o acesso ao conhecimento da história da Biologia, associando os conhecimentos científicos
com os contextos políticos, éticos, econômicos e sociais que originaram sua construção.
126
Propagar os conhecimentos científicos recentes, convictos que a produção científica não deve ser
entendida como uma verdade absoluta.
Apropriar-se das informações referentes os avanços científicos e tecnológicos, as questões sociais e
ambientais.
Propiciar o enriquecimento da cultura científica do aluno, rompendo com obstáculos conceituais e
adquirindo maiores condições de estabelecer relações conceituais, interdisciplinares e contextuais.
Utilizar uma linguagem que permita comunicar-se com o outro e que possa fazer da aprendizagem
dos conceitos científicos algo significativo no seu cotidiano.
Propiciar acesso aos conteúdos científicos escolares que tenham significados para estabelecer
relações “substantivas e não arbitrárias” entre o que conhece de aprendizagens anteriores e o que aprende de
novo.
Propiciar a integração conceitual que estabeleça relações conceituais, interdisciplinares e
contextuais; superando a construção fragmentada do conhecimento.
Analise e discuta interesses econômicos, políticos, aspectos éticos e bioéticos da pesquisa científica
que envolva a manipulação genética.
Para que se efetive a valorização da cultura dos povos do Campo na escola, é necessário repensar a
organização dos saberes escolares, isto é, os conteúdos específicos a serem trabalhados, as experiências a
serem apresentadas pelos professores, sinalizando que esta reorganização pode ser articulatória,
sistematizando os conteúdos de Biologia com a realidade do Homem do Campo.
Os saberes escolares localiza-se em dois planos: os saberes da experiência trazida pelos alunos com
os saberes da experiência trazida pelos professores, somados aos específicos de cada área do conhecimento.
Elencar temas centrais para a prática pedagógica escolar da Escola de Campo, pode ser um caminho
para articular os conhecimentos específicos das áreas. Por exemplo: Meio Ambiente, Trabalho na terra,
Alimentação, Saúde podem ser temas de projetos escolares, porem a essência do trabalho estará na
articulação a ser feita entre as áreas do conhecimento científico. O envolvimento de professores, equipe
pedagógica, alunos e comunidade rural é um dos caminhos para a realização da participação social e
garantira da qualidade de aproximação disciplinar.
Cabe à escola valorizar as indagações feitas pelos alunos da Escola de Campo e seu aprofundamento,
para que ocorram apropriação e produção de novos conhecimentos.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E ESPECIIFICOS DO ESINO DE BIOLOGIA
Nestas DCEs, valoriza-se a construção histórica dos conhecimentos biológicos articulados a cultura
cientifica, socialmente valorizada. A formação do sujeito crítico, reflexivo e analítico, portanto, consolida-se
por meio de um trabalho em que o professor reconhece a necessidade de superar concepções pedagógicas
anteriores, aos mesmo tempo em que compartilha com os alunos a afirmação e a produção de saberes
científicos a favor da compreensão do fenômeno Vida.
127
Organização dos Seres Vivos; (a classificação dos seres vivos é uma tentativa de compreender a
diversidade biológica, de maneira a agrupar e categorizar as espécies extintas ou não; atualmente adota-se o
sistema dos cinco reinos, baseados na proposta de Whittaker).
Mecanismos Biológicos; (para compreender o funcionamento das estruturas que compõem os seres
vivos, fez-se necessário, ao longo da construção do pensamento biológico, pensar o organismo de forma
fragmentada, permitindo análises especializadas de cada função biológica, sob uma visão microscópica do
mundo natural).
Biodiversidade; (pretende-se discutir os processos pelos quais os seres vivos sofrem modificações,
mutações, perpetuam uma variabilidade genética e estabelecem relações ecológicas, garantindo a diversidade
dos seres vivos, destacando o pensamento biológico evolutivo).
Manipulação Genética, (poderão ser estudados os avanços tecnológicos da genética molecular, as
biotecnologias aplicadas e aspectos bioéticos dos avanços biotecnológicos, como fertilização in vitro e
células-tronco, clonagem, eutanásia, transgênicos, entre outros temas).
DISCRIMINAÇÃO DOS CONTEÚDOS POR SÉRIES
Os conteúdos estruturantes estão assim definidos: Organização dos Seres Vivos; Mecanismos
Biológicos; Biodiversidade; Manipulação Genética. Destaca-se que estes conteúdos serão trabalhados de
forma interligada, associada aos conteúdos básicos, e não fragmentada, permitindo o desenvolvimento
conceitual e não o conceito como algo pronto e acabado.
1ª Série
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
Organização dos Seres Vivos;
Mecanismos Biológicos;
Biodiversidade;
Manipulação Genética.
CONTEÚDOS BÁSICOS
1- Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos e filogenéticos.
2- Sistemas biológicos: anatomia, morfologia, fisiologia.
3- Mecanismos de desenvolvimento embriológico.
4- Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos.
5- Teorias evolutivas.
6- Transmissão das características hereditárias.
7- Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e a interdependência com o ambiente.
128
8- Organismos Geneticamente Modificados.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Vida e Composição Química dos Seres Vivos
Vida e Energia
Ciclos da Matéria
Sucessão Ecológica
Desequilíbrios ambientais
Ecossistemas e Populações
Relações entre os seres vivos
Relação entre os seres vivos
Origem da Vida
Introdução à Citologia e Membranas celulares
Citoplasma e Organelas
Divisão Celular: Mitose e Meiose
2ª Série
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Biodiversidade
Organização dos seres vivos
CONTEÚDOS BÁSICOS
Classificação dos seres vivos
Sistemas biológicos: anatomia, morfologia, fisiologia
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Fungos
Os grandes grupos das plantas
Os grandes grupos das plantas
Briófitas
Pteridófitas
Gimnospermas
Angiospermas
Histologia Vegetal
Reino Animal
Poríferos e Cnidários
Platelmintos e Nematelmintos
129
Moluscos e Anelídeos
Artrópodes
Equinodermos
Cordados: peixes, anfíbios, répteis,aves e mamíferos.
3ª Série
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Mecanismos Biológicos
Manipulação Genética
CONTEÚDOS BÁSICOS
Mecanismos de desenvolvimento embrionário
Transmissão das características hereditárias
Teorias evolutivas
Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e interdependência com o ambiente.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Embriologia animal
Histologia animal
Genética 1ª Lei de Mendel
Polialelia
Genética
Evolução
Ecologia
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO:
Compreender o fenômeno da Vida e sua complexidade de relações, na disciplina de Biologia,
significa analisar uma Ciência em transformação, cujo caráter provisório permite a reavaliação dos seus
resultados e possibilita mudar conceitos e teorias elaborados em cada momento histórico, social, político,
econômico e cultural.
O desenvolvimento dos conteúdos estruturantes deverá ocorrer de forma integrada, à medida que se
discute um conteúdo específico do conteúdo estruturante, biodiversidade, por exemplo, requer
conhecimentos sobre os mecanismos biológicos e organização dos seres vivos, para compreender melhor
porque determinados fenômenos acontecem e como a Vida se organiza na Terra para tais implicações dos
avanços biológicos decorrentes.
130
Como recurso metodológico, é recomendável diagnosticar primeiro as idéias dos alunos,
favorecendo debates em sala de aula, pois ele oportuniza análise e contribui para a formação de um sujeito
investigativo, interessado, que busca conhecer e compreender a realidade.
Para que aconteça a efetivação do processo pedagógico com os conteúdos específicos de Biologia
em sala de aula, faz-se necessário:
a prática social, que se caracteriza como ponto de partida cujo objetivo é perceber e denotar, às concepções
alternativas do aluno a partir de uma visão sincrética, desorganizada, de senso comum a respeito do conteúdo
a ser trabalhado;
a problematização do assunto, implica no momento para detectar e apontar as questões a serem resolvidas na
prática social e, por conseqüência, estabelecer que conhecimentos são necessários para a resolução destas
questões e as exigências sociais de aplicação do conhecimento;
a instrumentalização, consiste em apresentar os conteúdos sistematizados para que os alunos assimilem e os
transforme em instrumento de construção pessoal e profissional;
a catarse seja a fase de aproximação entre o conhecimento adquirido pelo aluno e o problema em questão. A
partir da apropriação dos instrumentos culturais, transformados em elementos ativos de transformação social,
o aluno passa a entender e elaborar novas estruturas de conhecimento, ou seja, passa da ação para a
conscientização.
O retorno à prática social, se caracteriza pela apropriação do saber concreto e pensado para atuar e
transformar as relações de produção que impedem a construção de uma sociedade igualitária. A visão
sincrética apresentada pelo aluno no inicio do processo passa de um estágio de menor compreensão do
conhecimento para uma fase de maior clareza e compreensão.
AVALIAÇÃO:
Conceber e considerar a avaliação em Biologia um instrumento de aprendizagem, que permita
fornecer um feedback adequado para promover o avanço dos alunos. Ao considerar o professor coresponsável pelos resultados que os alunos obtiverem o foco da pergunta muda, devemos ampliar o conceito
e a prática da avaliação ao conjunto de saberes, destrezas e atitudes que contemplem a aprendizagem de
conceitos biológicos e que superem sua habitual limitação a rememoração de conteúdos conceituais.
É preciso compreender a avaliação como prática emancipatória, desse modo, na disciplina de
Biologia, avaliar implica num processo cuja a finalidade é obter informações necessárias sobre o
desenvolvimento da prática pedagógica para nela intervir e reformular os processos de aprendizagem.
Enfim, a avaliação como instrumento analítico prevê um conjunto de ações pedagógicas pensadas e
realizadas ao longo do ano letivo, de modo que professores e alunos se tornem observadores dos avanços e
das dificuldades encontradas, a fim de superarem os obstáculos existentes.
É preciso compreender a avaliação como prática emancipadora. Desse modo, a avaliação na
disciplina de Biologia passa a ser entendida como instrumento com finalidade de obter informações
131
necessárias sobre o desenvolvimento da prática pedagógica para nela intervir e reformular os processos de
aprendizagem.
A avaliação como instrumento reflexivo prevê um conjunto de ações pedagógicas pensadas e
realizadas pelo professor durante o ano letivo, de modo que professor e aluno tornem-se observadores das
dificuldades e avanços acontecidos: conceber e utilizar a avaliação como instrumento capaz de fornecer um
feedback adequado para promover o avanço necessário; ampliar o conceito e a prática da avaliação ao
conjunto de saberes, destrezas e atitudes que interesse contemplar na aprendizagem de conceitos biológicos,
superando sua habitual limitação à rememoração receptiva de conteúdos conceituais; introduzir formas de
avaliação da prática docente como instrumento de melhoria do ensino.
A temática será abordada de modo a explorar os conteúdos estruturantes das disciplinas de modo a
interligá-los nas áreas da medicina, saúde, biotecnologia, biodiversidade, educação, cultura, direito, etc.
Podem ser explorados por exemplo, o estudo das teorias antropológicas; teorização da noção de raça numa
abordagem da teoria racial crítica, isto é, que se baseie na recuperação da história e da memória, em oposição
ao tradicional, empírico e estéril; estudo das características biológicas (biotipo) dos diversos povos (sabe-se
que a África é o berço da humanidade e que as maiores civilizações se desenvolveram lá, que a civilização
egípcia era negra) ; estudo da biotecnologia (esta vem sendo adotada desde as civilizações gregas e egípcias
na fabricação de vinhos, queijos e cervejas); farmacologia: significado a pseudo – superioridade racial,
enfim, sabendo que o currículo é um espaço de poder e, todas as disciplinas com suas especificidades devem
possibilitar a releitura e a valorização da cultura, da história e da identidade africana e dos afro-descendentes,
contribuindo assim para o desenvolvimento do combate ao racismo e a outras formas de discriminação.
Assim, com o transcorrer das ações que culminam nos processos de avaliação, espera-se que o aluno:
Do 1º ano:
- Identifique e compare as características dos diferentes grupos de seres vivos;
- Classifique os seres vivos quanto ao número de células (unicelular e pluricelular), tipo de organização
celular (procarionte e eucarionte), forma de obtenção de energia (autótrofo e heterótrofo) e tipo de
reprodução (sexuada e assexuada);
- Identifique a estrutura e o funcionamento das organelas citoplasmáticas;
- Reconheça a importância e identifique os mecanismos bioquímicos e biofísicos que ocorrem no interior das
células;
- Compreenda os mecanismos de funcionamento de uma célula: digestão, reprodução, respiração, excreção,
sensorial, transporte de substâncias;
- Identifique os fatores bióticos e abióticos que constituem os ecossistemas e as relações existentes entre
estes;
- Compreenda a importância e valorize a diversidade biológica para manutenção do equilíbrio dos
ecossistemas;
132
- Reconheça as relações de interdependência entre os seres vivos e destes com o meio em que vivem;
Do 2º ano:
- Identifique e compare as características dos diferentes grupos de seres vivos;
- Estabeleça as características específicas dos micro-organismos, dos organismos vegetais e animais, e dos
vírus;
- Classifique os seres vivos quanto ao número de células (unicelular e pluricelular), tipo de organização
celular (procarionte e eucarionte), forma de obtenção de energia (autótrofo e heterótrofo) e tipo de
reprodução (sexuada e assexuada);
- Reconheça e compreenda a classificação filogenética (morfológica, estrutural e molecular dos seres vivos);
- Compreenda a autonomia, morfologia, fisiologia e embriologia dos sistemas biológicos (digestório,
reprodutor, cardiovascular, respiratório, endócrino, muscular, esquelético, excretor, sensorial e nervoso);
- Compare e estabeleça diferenças morfológicas entre os tipos celulares mais frequentes nos sistemas
biológicos (histologia);
Do 3º ano:
- Compreenda a autonomia, morfologia, fisiologia e embriologia dos sistemas biológicos (digestório,
reprodutor, cardiovascular, respiratório, endócrino, muscular, esquelético, excretor, sensorial e nervoso);
- Reconheça e analise as diferentes teorias sobre a origem da vida e a evolução das espécies;
- Reconheça a importância da estrutura genética para manutenção da diversidade dos seres vivos;
- Compreenda o processo de transmissão das características hereditárias entre os seres vivos;
- Identifique os fatores bióticos e abióticos que constituem os ecossistemas e as relações existentes entre
estes;
- Identifique algumas técnicas de manipulação de material genético e os resultados decorrentes de sua
aplicação/utilização;
- Compreenda a evolução histórica da construção dos conhecimentos biotecnológicos aplicados à melhoria
da qualidade de vida da população e à solução dos problemas sócio-ambientais;
- Relacione os conhecimentos biotecnológicos às alterações produzidas pelo homem na diversidade
biológica;
- Analise e discuta interesses econômicos, políticos, aspectos éticos e bioéticos da pesquisa científica que
envolvem a manipulação genética.
133
REFERÊNCIAS
AMABIS E MARTHO. Biologia. Editora Moderna
CHEIDA, Luiz Eduardo. Biologia Integrada. Volume Único. FTD
CLÈZIO & BELLINELLO. Biologia (suplementos para o professor). Volume Único – Atual Editora.
KRASILCHIK, Myriam. Prática de Ensino de Biologia. 4 ed. Rev. e. Ampl. São Paulo: Editora da
Universidade de São Paulo, 2005.
LAWRENCE, J. Biologia. Editora Nova Geração.
PARANÁ. Secretaria de Estado de Educação. Superintendência da Educação. Departamento da Educação
Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Biologia. Curitiba, 2008.
www.diaadiaeducacao.pr.gov.br
134
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE QUÍMICA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A Química está ligada intimamente a todo o desenvolvimento das civilizações, a partir das primeiras
necessidades do homem pré-histórico, tais como: necessidades de sobrevivência, de comunicação, de
desenvolvimento de técnicas de domínio de fogo, etc. Também não se pode falar da história da Química sem
se reportar a fatos políticos, religiosos e sociais.
O poder, representado pela riqueza, e a cura de todas as doenças, sinônimo de vida eterna, são buscas
incessantes da humanidade. Sendo assim, as primeiras citações acerca da Química são provenientes da
alquimia, que buscava o elixir da vida eterna e a pedra filosofal. O século XIX foi o período no qual a ciência
se consolidou e passou a definir as marcas na caminhada da humanidade. A
s primeiras atividades de
caráter educativo envolvendo a Química no Brasil, surgiram também neste século, provenientes das
transformações de ordem política e econômica que ocorriam na Europa. Muito embora existam, atualmente,
formas distintas de conceber o ensino de Ciências e de Química, a pedagogia sócio-histórica já é um
referencial teórico na prática de alguns professores. Qual seria a concepção de ensino de Química que
romperia com as abordagens tradicionais do objeto de estudo da disciplina? Chassot, propõe "alternativas
para um ensino com utilidade onde se busca mostrar uma educação, através da Química, que: contribua para
alfabetização científica do cidadão e da cidadã; faça a migração do esoterismo ao exoterismo e, assim,
facilite a leitura do mundo". (CHASSOT, 1995, p. 151).
Acredita-se, pois, que o ensino de Química que leva à alfabetização científica do sujeito deve estar
centrado na inter-relação de dois componentes básicos: conhecimento químico e o contexto social,
possibilitando o entendimento do mundo sua interação com ele, enfatizando o histórico da Química,
contextualizando a Química no meio ambiente e no desenvolvimento agrícola, enfim, reconhecer o papel
da Química em todo o processo de desenvolvimento das civilizações a partir das primeiras necessidades
humanas, como processo produtivo industrial, rural, ambiental e com o desenvolvimento científico,
tecnológico e os aspectos sócio- político- culturais, dentro dos limites éticos e morais.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES :
MATÉRIA E SUA NATUREZA
BIOGEOQUÍMICA
QUÍMICA SINTÉTICA
CONTEÚDOS BÁSICOS:
MATÉRIA
SOLUÇÃO
VELOCIDADE DAS REAÇÕES
EQUILÍBRIO QUÍMICO
135
LIGAÇÃO QUÍMICA
REAÇÕES QUÍMICAS
FUNÇÕES QUÍMICAS
RADIOATIVIDADE
ÓXIDO-REDUÇÃO
GASES
Conteúdo referentes a Cultura Afro-brasileiroa, Africana e Indígena Lei nº 11645/03/08 : Estudo das
característica biológicas (biotipo dos diversos povos); bem como as contribuições dos povos africanos de
seus ascendentes para os avanços da Ciência e da tecnologia.
Essa proposta curricular tem como princípio educativo a perspectiva do campo, uma vez que a
prática social é a agricultura familiar, o trabalho do campo, os conhecimentos e valores construídos
historicamente no campo. Assim a educação escolar estará vinculada organicamente a essa problemática, no
sentido de explicações de suas contradições , ao mesmo tempo, construindo um conhecimento com base nas
ciências, na história e na filosofia.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA:
Implementar uma relação dialógica em sala de aula expressa em oportunidades pelas quais as
múltiplas formas de pensar e as pré-concepções dos alunos entrem em contato umas com as outras,
vinculando o cotidiano do aluno ao conhecimento cientifico, valorizando os conhecimentos de cada aluno,
quer seja adquirido em séries anteriores ou de forma intuitiva. Estes conhecimentos e experiências
provenientes das vivências dos alunos deverão ser aprofundados e sistematizados, com objetivo de validá-los
cientificamente, ampliando-os e generalizando-os. Sendo assim, quando a abordagem for do conteúdo
estruturante Biogeoquímica, dialogar com a atmosfera, hidrosfera e litosfera; na abordagem do conteúdo
estruturante Química Sintética, o foco é a produção de novos materiais e com o conteúdo estruturante
Matéria e sua natureza relacionar o comportamento macroscópico e microscópico da matéria. Para os
conteúdos estruturantes Biogeoquímica e Química Sintética, a sistematização dos conceitos acontecerá por
meio das abordagens histórica, sociológica, ambiental, representacional e experimental dos conteúdos
químicos. Para o conteúdo estruturante matéria e sua natureza, a abordagem representacional explorando as
fórmulas químicas e modelos amplamente. Enfatizando também a utilização de modelos para explicar
comportamentos microscópicos e experimentação para compreensão dos fenômenos químicos. Os trabalhos
poderão ser desenvolvidos através de aulas expositivas e práticas, pesquisas extra-classe, palestras
relacionadas às atividades químicas desenvolvidas na região, videoconferências, seminários, etc. A
tecnologia digital foi um avanço no processo de aprimoramento da prática pedagógica. A implantação de
laboratório de química e informática, bem como os programas educativos vistos via satélite e via internet a
partir dos conteúdos pedagógicos, serão utilizados na prática docente.
136
AVALIAÇÃO:
A avaliação deve ser continua, diagnóstica, cumulativa, participativa e somativa, podendo o
professor utilizar-se dos seguintes instrumentos: leitura e interpretação de textos, produção de textos, leitura
e interpretação da Tabela Periódica, pesquisas bibliográficas, relatórios de aulas em laboratório, avaliação
escrita e oral, apresentação de seminários, conferências, simpósios, etc.
Esse processo deve ser desenvolvido de acordo com o contexto escolar e com o Projeto Político
Pedagógico da Escola.
BIBLIOGRAFIA
Diretrizes Curriculares de Química para o Ensino Médio 2008.
137
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE SOCIOLOGIA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A Sociologia, ciência marcada pela análise e eventuais intervenções na realidade social, os métodos
específicos da disciplina não impedem que discordâncias apaixonadas sobre o que é, e o que deve ser a
realidade, aflorem no debate científico.
Induzida como disciplina oficial nos cursos secundários no início do período do séc. XX, e no
decorrer deste, ora foi implantada, ora retirada.
Retornando, a Sociologia no presente tem o papel histórico que vai muito além da leitura e
explicações teóricas da sociedade.
Objetivos da Sociologia
•
Levar o aluno a compreender as diferentes formas de organização social e os processos,
indissociados das situações econômicas, políticas e culturais de cada sociedade no tempo e no
espaço.
•
Contribuir para o desenvolvimento da argumentação do aluno, estimulando o senso crítico como
meio de questionamentos concernentes à realidade social, cooperando para a sua constituição
como sujeito da história e, consequentemente, para o exercício da cidadania ativa.
•
Desnaturalização das ações que se estabelecem na sociedade.
•
Percepção de que a realidade social é histórica e socialmente construída.
•
Explicitar e explicar problemáticas sociais concretas e contextualizadas, descobrindo pré-noções
e pré-conceitos.
•
Questionamento quanto à existência de verdades absolutas, sejam elas na compreensão do
cotidiano, ou na constituição da ciência.
•
Inserção do aluno como sujeito social que compreende a sua realidade imediata, mas que
também percebe o que se estabelece além dela.
CULTURA AFRO-BRASILEIRA, AFRICANA E INDÍGENA
De acordo com a lei 10.639/03, apresentamos algumas sugestões de atividades:
•
Realização de atividades que propiciem o contato com a cultura africana e afro-descendente,
culminando em desfiles, exposições, mostra de teatro e dança, nas quais sejam apresentados
penteados, vestimentas, adereços, utensílios, objetos e rituais resultantes desse processo;
•
Valorizar a diversidade étnica brasileira, a partir de discussões e atividades que tenham como
foco a criança e o jovem negro, a sua família em diferentes contextos sociais e profissionais;
138
•
Elaboração de pesquisas e debates sobre o espaço dos afrodescendentes e de sua cultura nos
meios de comunicação de massa (em especial na TV).
DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS
O compromisso com a formação do cidadão ativo faz com que a escolarização assuma alguns
princípios básicos que, tradicionalmente não era da sua área, até mesmo era tabu falar sobre determinados
assuntos, sexo, por exemplo, só de maneira conceitual, técnica, pois quem devia falar sobre isso era a
família; hoje, já não é possível ficar alheia à medida que a gravidez na adolescência aumenta a cada ano –
observada na própria escola –, a violência, as drogas já chegaram à escola, e em vista disso, abordagens
sobre indisciplina, meio ambiente, drogadição, saúde, ética entre outros devem ser discutidos à luz da
realidade, pois os temas sugeridos são fundamentais tanto para a própria formação do aluno quanto para a
sua atuação de modo crítico na sociedade, constituindo-se, pois, de conhecimentos sociais relevantes e
presentes no seu dia-a-dia.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS DA DISCIPLINA
ESTRUTURANTES
1. O Surgimento da Sociologia e Teorias Sociológicas
•
Formação e consolidação da Sociedade capitalista e o desenvolvimento do pensamento social;
•
Teorias sociológicas clássicas: Comte, Durkhein, Engels e Marx Weber;
•
O desenvolvimento da Sociologia no Brasil.
2. Processo de Socialização e as Instituições Sociais
•
Processo de Socialização.
•
Instituições sociais: Familiares; Escolares; Religiosas;
•
Instituições de Reinserção (prisões, manicômios, educandários, asilos, etc.).
3.Cultura e Indústria Cultural
•
Desenvolvimento antropológico do conceito de cultura e sua contribuição na análise das
diferentes sociedades;
•
Diversidade cultural;
•
Identidade;
•
Indústria cultural;
•
Meios de comunicação de massa;
•
Sociedade de consumo;
139
•
Indústria cultural no Brasil
•
Questões de gênero;
•
Cultura afro-brasileira e africana;
•
Culturas indígenas.
4.Trabalho, Produção e Classes Sociais
•
O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades;
•
Desigualdades sociais: estamentos, casta, classes sociais;
•
Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições;
•
Globalização e Neoliberalismo;
•
Relações de trabalho;
•
Trabalho no Brasil.
5. Poder, Política e Ideologia
•
Formação e desenvolvimento do Estado Moderno
•
Democracia, autoritarismo, totalitarismo;
•
Estado no Brasil
•
Conceitos de Poder;
•
Conceitos de Ideologia;
•
Conceitos de dominação e legitimidade;
•
As expressões da violência das sociedades contemporâneas.
6. Direito, Cidadania e Movimentos Sociais
•
Direitos: civis, políticos e sociais;
•
Direitos Humanos;
•
Conceito de Cidadania;
•
Movimentos Sociais
•
Movimentos Sociais no Brasil;
•
A questão ambiental e os movimentos ambientalistas;
•
A questão das ONG's.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Em Sociologia devemos atentar especialmente para a proposição de problematizações,
contextualizações, investigações e análises, encaminhamentos que podem ser realizados a partir de diferentes
recursos, como a leitura de textos sociológicos, textos didáticos, textos jornalísticos e obras literárias.
Esses encaminhamentos podem também partir ou ser enriquecidos se lançarmos mão de
recursos audiovisuais, que assim como os textos, também são passíveis de leitura. A utilização de filmes,
140
imagens, músicas e charges constituem importante elemento para os alunos relacionarem o a teoria com sua
prática social, possibilitando a construção coletiva dos novos saberes.
Em Sociologia, a pesquisa de campo, quando viável, deve ser proposta de maneira que
articule os dados levantados à teoria estudada, propiciando um efetivo trabalho de compreensão e crítica de
elementos da realidade social do aluno.
Para que o aluno seja colocado como sujeito de seu aprendizado, faz-se necessária a articulação
constante entre as teorias sociológicas e as análises, problematizações e contextualizações propostas. Essa
prática deve permitir que os conteúdos estruturantes dialoguem constantemente entre si e permitir também
que o conhecimento sociológico dialogue com os conhecimentos específicos das outras disciplinas que
compõem a grade curricular do Ensino Médio.
AVALIAÇÃO
O processo histórico de constituição da Sociologia como ciência;
Como as teorias clássicas relacionam-se com o mundo contemporâneo;
Que o pensamento sociológico constrói diferentes conceitos para a compreensão da sociedade e dos
indivíduos.
Que os conceitos formulados pelo pensamento sociológico contribuem para capacidade de análise e crítica
da realidade social que os cerca.
Que as múltiplas formas de se analisar a mesma questão ou fato social refletem a diversidade de interesses
existentes na sociedade.
BIBLIOGRAFIA
Secretaria de Educação do Estado do Paraná. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do
Estado do Paraná - Sociologia. Curitiba, 2006.
LORENSETTI, E. et all. Sociologia. Curitiba: SEED-pr, 2006.
TOMAZZI, Nelson (org. Iniciação à Sociologia.
Livro Didático Público.
Caderno Temático: História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Governo do Paraná.
141
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA -LEM –INGLÊS
APRESENTAÇÃO
No Brasil, o ensino de línguas estrangeiras está vinculado à organização social e histórica do país.
No início da colonização, os jesuítas ensinavam latim às comunidades indígenas com o propósito de
dominação e expansão do catolicismo. De 1581 a 1640, período em que se estabeleceu a União Ibérica, os
jesuítas foram considerados pelos espanhóis um entrave para as demarcações territoriais, o que culminou
com a expulsão da Ordem dos territórios portugueses na América. A partir de 1759, foi constituído o ensino
régio no Brasil, o qual era garantido pelo Estado. A língua estrangeira oferecida continuava sendo o latim e
os professores contratados eram não-religiosos.
O ensino de línguas modernas ganhou reconhecimento com a chegada da família real ao Brasil e
abertura dos portos ao comércio. Os currículos passaram a oferecer o Inglês e Francês visando o intercâmbio
comercial. Em 1837, foi fundado o Colégio Pedro II que se tornou modelo por quase um século, as línguas
ensinadas ali eram o francês, o inglês e o alemão. De 1929 a 1931, a língua italiana também foi ofertada
neste colégio.
A abordagem tradicional, que tinha como método ensinar através da escrita e da gramática, durou
desde a educação jesuítica até o advento da Reforma Francisco Campos, a qual instituiu o Método Direto.
Neste, a língua materna perdia a função de mediadora no processo de aprendizagem, o professor se
comunicava exclusivamente em língua estrangeira durante as aulas.
No governo Vargas (1937), o francês apresentava pouca vantagem em relação ao inglês. O espanhol
começou a ser ensinado em detrimento ao alemão, o italiano e o japonês por motivo da 2ª Guerra Mundial, e
o latim permaneceu como língua clássica. A língua espanhola foi valorizada como língua estrangeira porque
representava um modelo de patriotismo a ser seguido pelos estudantes e o respeito do povo espanhol às suas
tradições.
Com o tempo, o ensino de língua inglesa foi fortalecido e se deu pela dependência econômica e cultural do
Brasil em relação aos Estados Unidos. O inglês teve garantia curricular por ser o idioma mais utilizado no
comércio internacional.
Após a Segunda Guerra, a partir de 1950, a educação no Brasil passou a direcionar o foco para a
profissionalização do estudante, visando, sobretudo, o desenvolvimento econômico do país. Com a
promulgação da LDB nº 4024, em 1961, os estados ficaram desobrigados a manter nos currículos o ensino de
LE. Este, por sua vez, ficou ainda mais desprestigiado com a ascensão dos militares ao comando do Brasil.
Os militares alegavam que as línguas estrangeiras eram prejudiciais à cultura brasileira e ainda, que a escola
não deveria ser porta de entrada de meios anticulturais. Em 1976, o ensino de LE voltou a ser prestigiado e
obrigatório no 2° grau e recomendado no 1º grau. Porém, uma condição gerou insatisfação ao quadro de
professores: o número de aulas ficou reduzido a uma aula semanal.
142
No Paraná houve movimentos de professores insatisfeitos com o modelo de currículo para LE e
dessa insatisfação surgiu o Centro de Línguas Estrangeira no Colégio Estadual do Paraná. Com a
mobilização de professores organizados em associações, a Secretaria de Estado da Educação oficializou a
criação dos Centros de Línguas Estrangeiras Modernas (CELEMs) em 1986.
Baseada em dar suporte aos educandos sobre a cultura de outros povos e consequentemente sua
língua, a Língua Estrangeira Moderna estrutura-se no princípio de que o desenvolvimento do educando deve
incorrer as três práticas essenciais ao processo de ensino-aprendizagem de uma língua: leitura, escrita e
oralidade. No entanto, é preciso que esse processo supere, segundo as Diretrizes, “a visão de ensino apenas
como meio para atingir fins comunicativos que restringem sua aprendizagem como experiência de
identificação social e cultural” (DCE, 2009, p. 53) e sim ofereça possibilidades para que o aluno perceba e
compreenda a diversidade cultural e linguística presente na aprendizagem da língua e, consequentemente
construa significados em relação ao mundo em que vive.
Dessa forma, o objetivo do ensino de língua estrangeira deixa de ser apenas o linguístico e passa a
ser um caminho para que o aluno:
use a língua em situações de comunicação oral e escrita;
vivencie, na aula de Inglês, formas de participação que lhe possibilitem estabelecer relações entre ações
individuais e coletivas;
compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e, portanto, passíveis de
transformação na prática social;
tenha maior consciência sobre o papel da Língua Inglesa na sociedade;
reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, bem como seus benefícios para o
desenvolvimento cultural do país.
Assim, a pedagogia crítica deve ser o referencial teórico que alicerça o trabalho pedagógico com a Língua
Inglesa, com o objetivo de levar o educando à “apropriação crítica e histórica do conhecimento como
instrumento de compreensão das relações sociais e para transformação da realidade.” (DCE, 2009, p. 52)
CONTEÚDOS
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Os conteúdos estruturantes se constituem através da história, são
legitimados socialmente e, por isso, são provisórios e processuais, está relacionado co o momento históricosocial. Ao tomar a língua como interação verbal, como espaço de produção de sentidos, buscou-se um
conteúdo que atendesse a esta perspectiva. Desta forma, define-se como conteúdo estruturante da Língua
Estrangeira Moderna o Discurso como prática social.
CONTEÚDOS BÁSICOS: Os conteúdos básicos são os conteúdos fundamentais para cada série da etapa
final do Ensino Fundamental e para o Ensino Médio, considerados imprescindíveis para a formação
conceitual dos estudantes nas diversas disciplinas da educação básica. A lei 10.639/03, que trata da História e
143
Cultura Afro-Brasileira e Africana e a Lei 11.645/08, referente à História e Cultura Afro-Brasileira e
Indígena), serão trabalhadas à medida que surgirem oportunidades atreladas ao conteúdo da disciplina.
ENSINO FUNDAMENTAL
5ª SÉRIE/6º ANO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
CONTEÚDOS BÁSICOS
GÊNEROS DISCURSIVOS
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística, serão adotados como conteúdos
básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação. Caberá ao professor fazer a
seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta
Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as características da
escola e com o nível de complexidade adequado a cada uma das séries.
LEITURA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
•Elementos composicionais do gênero;
• Léxico;
• Repetição proposital de palavras;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.
ESCRITA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Informatividade;
•Elementos composicionais do gênero;
144
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;
• Ortografia;
•Concordância Verbal/nominal.
ORALIDADE
• Tema do texto;
• Finalidade;
• Papel do locutor e interlocutor;
•Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias,repetição, recursos semânticos.
6ª SÉRIE/7º ANO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
CONTEÚDOS BÁSICOS
GÊNEROS DISCURSIVOS
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística, serão adotados como conteúdos
básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação. Caberá ao professor fazer a
seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta
Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as características da
escola e com o nível de complexidade adequado a cada uma das séries.
LEITURA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
•Elementos composicionais do gênero;
• Léxico;
145
• Repetição proposital de palavras;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.
ESCRITA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Informatividade;
•Elementos composicionais do gênero;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;
• Ortografia;
•Concordância Verbal/nominal.
ORALIDADE
• Tema do texto;
• Finalidade;
• Papel do locutor e interlocutor;
•Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias,
repetição, recursos semânticos.
7ª SÉRIE/8º ANO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
CONTEÚDOS BÁSICOS
GÊNEROS DISCURSIVOS
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística, serão adotados como conteúdos
básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação. Caberá ao professor fazer a
seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta
146
Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as características da
escola e com o nível de complexidade adequado a cada uma das séries.
LEITURA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
•Elementos composicionais do gênero;
• Léxico;
• Repetição proposital de palavras;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.
ESCRITA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Informatividade;
•Elementos composicionais do gênero;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;
• Ortografia;
•Concordância Verbal/nominal.
ORALIDADE
• Tema do texto;
• Finalidade;
• Papel do locutor e interlocutor;
•Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias,
repetição, recursos semânticos.
8ª SÉRIE/9º ANO
147
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
CONTEÚDOS BÁSICOS
GÊNEROS DISCURSIVOS
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística, serão adotados como conteúdos
básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação. Caberá ao professor fazer a
seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta
Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as características da
escola e com o nível de complexidade adequado a cada uma das séries.
LEITURA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
•Elementos composicionais do gênero;
• Léxico;
• Repetição proposital de palavras;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.
ESCRITA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Informatividade;
•Elementos composicionais do gênero;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos
gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;
• Ortografia;
•Concordância Verbal/nominal.
ORALIDADE
• Tema do texto;
• Finalidade;
• Papel do locutor e interlocutor;
148
•Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias,
repetição, recursos semânticos.
ENSINO MÉDIO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
CONTEÚDOS BÁSICOS
GÊNEROS DISCURSIVOS E SEUS ELEMENTOS COMPOSICIONAIS
Caberá ao professor a seleção de gêneros, nas diferentes esferas sociais de circulação, de acordo com a
Proposta Pedagógica Curricular e com o Plano de Trabalho Docente, adequando o nível de complexidade de
cada série.
LEITURA
• Identificação do tema;
• Intertextualidade;
• Intencionalidade;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Léxico;
• Coesão e Coerência;
• Marcadores do Discurso;
• Funções de classes gramaticais no texto;
• Elementos semânticos;
• Discurso direto e indireto
• Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;
• Recursos estilísticos (figuras de linguagem);
• Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como aspas, travessão,
negrito);
• Variedade linguística;
• Acentuação gráfica;
• Ortografia;
149
ESCRITA
• Tema do texto ;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Intencionalidade do texto;
• Intertextualidade;
• Condições de produção;
• Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto);
• Vozes sociais presentes no texto;
• Vozes verbais;
• Discurso direto e indireto;
• Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;
• Léxico;
• Coesão e coerência;
• Funções das classes gramaticais no texto;
• Elementos semãnticos;
• Recursos estilísticos( figuras de linguagem);
• Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como aspas, travessão,
negrito);
• Variedade linguística;
• Ortografia;
• Acentuação gráfica.
ORALIDADE
• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc ...;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Variações linguísticas;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito;
• Adequação da fala ao contexto;
• Pronúncia.
150
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
Segundo as Diretrizes, a Língua Inglesa tem como conteúdo estruturante o discurso enquanto prática
social, sendo assim o professor deverá embasar as práticas de leitura, oralidade e escrita nos mais diversos
gêneros textuais, verbais e não-verbais. Esse trabalho utilizará atividades diversificadas, que priorizem o
entendimento da função e estrutura do texto em questão, para só depois trabalhar os aspectos gramaticais que
o compõem. Assim, o ensino deixará “de priorizar a gramática para trabalhar com o texto, sem, no entanto,
abandoná-la.” (DCE, 2009, p. 63)
No que diz respeito à prática de oralidade, o professor deverá expor os alunos a textos orais e/ou
escritos com o intuito de levá-los a expressar ideias em Língua Inglesa, mesmo que com limitações, e ainda
possibilitar que exercitem sons e pronúncias desta língua. Com esse intuito, o professor pode direcionar
debates orais, seminários, dramatizações, júri simulado, declamações, entrevistas, etc.
Com relação à escrita, deverão ser apresentadas atividades de produção de texto que assumam papel
significativo para o aluno. Para que isso ocorra, o professor precisará esclarecer qual o objetivo da produção,
para quem se escreve, quais as situações reais de uso do gênero textual em questão, ou seja, qualquer
produção deve ter sempre um objetivo claro, pré-determinado.
No trabalho com a leitura, as atividades desenvolvidas devem possibilitar ao aluno um novo modo de
ver a realidade, a leitura deverá ir além daquela compreensiva, linear, para trazer-lhe um “novo modo de ver
a realidade” (DCE, 2009, p. 66).
É importante ressaltar que os trabalhos com os aspectos gramaticais não serão abandonados, no
entanto passarão a ser visto pela ótica da analise lingüística, que não considera a gramática fora do texto. Em
seu trabalho com as práticas discursivas descritas acima o professor fará uso de livros didáticos e
paradidáticos, dicionários, revistas, jornais, vídeos, revistas, internet, DVD, CD, TV multimídia, jogos, etc
que servirão para ampliar o contato e a interação com a língua e a cultura.
Considerando a flexibilidade dada pelo trabalho com os gêneros textuais, serão trabalhados ainda
temas como cultura afro-brasileira, cultura indígena, sexualidade, drogas, meio-ambiente entre outros que
possibilitem o estímulo do pensamento crítico do aluno.
AVALIAÇÃO
Avaliar, no dicionário Aurélio, significa: determinar a valia ou o valor de; apreciar ou estimar o merecimento
de; fazer a apreciação; ajuizar. Avaliar implica em apreciação e valoração. No entanto, a avaliação escolar
está inserida em um amplo processo, o processo de ensino/aprendizagem.
A avaliação da aprendizagem em Língua Estrangeira Moderna está articulada aos fundamentos teóricos
explicitados nestas Diretrizes e na LDB n. 9394/96.
Ao propor reflexões sobre as práticas avaliativas, objetiva-se favorecer o processo de ensino e de
aprendizagem, ou seja, nortear o trabalho do professor, bem como propiciar que o aluno tenha uma dimensão
do ponto em que se encontra no percurso pedagógico.
151
Segundo Luckesi (1995, apud DCE, 2009, p. 69), para que a avaliação assuma “o seu verdadeiro
papel, ela deve subsidiar a construção da aprendizagem bem-sucedida”, deixando de ser um simples
instrumento de mediação da apreensão de conteúdos. Assim, o processo avaliativo deverá servir para
reflexão acerca dos avanços e dificuldades dos alunos e ainda, servirá como norteadora do trabalho do
professor, que poderá, a partir dele, identificar “identificar as dificuldades, planejar e propor outros
encaminhamentos que busquem superálas.” (DCE, 2009, p. 71)
Para que isso se efetive, o professor deverá observar a participação do aluno, sua interação verbal, o
uso que este faz da língua durante as atividades propostas, bem como a capacidade que ele demonstra para
levantar hipóteses a respeito da organização textual, para perceber a intencionalidade do texto e seu autor,
etc. Sendo assim, a avaliação será diagnóstica, somatória e cumulativa.
Ainda, ao avaliar o desempenho dos alunos, serão levados em consideração os objetivos propostos
no Regimento e no Projeto Político-Pedagógico da escola e serão utilizados os seguintes instrumentos:
provas, trabalhos orais e escritos (individuais e em grupos), produção de textos orais e escritos que
demonstram capacidade de articulação entre teoria e prática. A recuperação para o aluno que não atingir
resultado satisfatório se dará por meio de recuperação de conteúdo. A expressão dos resultados desse
processo será feita conforme o previsto no Regimento Escolar deste estabelecimento, referente ao sistema de
avaliação.
REFERÊNCIAS
BRASIL/MEC, Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o
Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Brasília- DF, 2004.
_______. Lei n. 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Altera a Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que
estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a
obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira”, e dá outras providências. In: Brasil.
Ministério da Educação. Diretrizes curriculares nacionais para a educação das relações étnico-raciais e para o
ensino de história e cultura afro-brasileira e africana. Brasília: MEC/Secretaria Especial de Políticas de
Promoção de Igualdade Racial/ Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade. 2004.
_______. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996.In:BRASIL/MEC. Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional. Brasília: MEC, 1996. PARANÁ. Lei 13.381, de 18 de dezembro de 2001. Torna obrigatório, no
ensino fundamental e médio da rede pública estadual de ensino, conteúdos da disciplina história do Paraná.
Diário Oficial do Paraná, Curitiba, n. 6134, 18 dez. 2001.
________. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Língua
Estrangeira Moderna. Curitiba, 2009.
152
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE CIÊNCIAS
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o conhecimento científico que resulta da
investigação da Natureza. Do ponto de vista científico, entende-se por Natureza o conjunto de elementos
integradores que constitui o Universo em toda sua complexidade. Ao Homem cabe interpretar racionalmente
os fenômenos observados na Natureza, resultantes das relações entre elementos fundamentais como tempo,
espaço, matéria, movimento, força, campo, energia e vida.
De acordo com as DCEs; a Natureza legitima, então, os objetos de estudo das ciências naturais e da
disciplina de Ciências. Denominar uma determinada ciência de natural é uma maneira de enunciar tal forma
de legitimação. Chauí (DCEs) corrobora tal afirmação ao lembrar que no século XIX, sob influência dos
filósofos franceses e alemães, dividiu-se o conhecimento científico a partir de critérios como: tipo de objeto
estudado, tipo de método empregado e tipo de resultado obtido. Assim, as chamadas ciências naturais
passaram a ser tomadas como um saber distinto das ciências matemáticas, das ciências sociais e das ciências
aplicadas, bem como dos conhecimentos filosóficos, artísticos e do saber cotidiano. As relações entre os
seres humanos com os demais seres vivos e com a Natureza ocorrem pela busca de condições favoravéis de
sobrevivência. Contudo, a interferência do Homem sobre a Natureza possibilita incorporar experiências,
técnicas, conhecimentos e valores produzidos na coletividade e transmitidos culturalmente. Sendo assim, a
cultura, o trabalho e o processo educacional asseguram a elaboração e a circulação do conhecimento
cientifíco, estabelecem novas formas de pensar, de dominar a Natureza, de compreendê-la e se apropriar dos
seus recursos.
Segundo KNELLER, a historicidade da ciência está ligada não somente ao conhecimento científico,
mas também às técnicas pelas quais esse conhecimento é produzido, as tradições de pesquisa que o
produzem e as instituições que as apóiam. Nesses termos, analisar o passado da ciência e daqueles que a
construíram, significa identificar as diferentes formas de pensar sobre a Natureza, interpretá-la e
compreendê-la, nos diversos momentos históricos.
Dentre os epistemólogos contemporâneos, Gaston Bachelard (1884-1962) contribuiu de forma
significativa com reflexões voltadas à produção do conhecimento científico, apontando caminhos para a
compreensão de que, na ciência, rompe-se com modelos científicos anteriormente aceitos como explicações
para determinados fenômenos da natureza. Para esse autor existem três grandes períodos do desenvolvimento
do conhecimento científico: estado pré-científico, estado científico e novo espiríto científico.
No estado pré-científico, esse pensamento representa, segundo Bachelard (1996), um período
marcado pela construção racional e empírica do conhecimento científico.
Este estado representa a busca da superação das explicações míticas, com base em sucessivas
observações empíricas e descrições técnicas de fenômenos da natureza, além de intenso registro dos
conhecimentos científicos desde a Antiguidade até fins do séc. XVIII.
153
RONAN afirma, com o pensamento mítico, o ser humano se preocupava com a divindade dos
acontecimentos e não com as causas desses fenômenos. Pelo mito e pelas divindades o ser humano
expressava o entendimento do mundo natural sob o ponto de vista “de um mundo divino operando no mundo
da natureza” .
Aristóteles (século III a.C.), ao propor um modelo de Universo único, finito e eterno,
composto por esferas que se dispunham em círculos concêntricos em relação à Terra, descrevendo
movimentos circulares perfeitos,formulou as bases para o modelo geocêntrico. A explicação para a dinâmica
do Universo, sistematizada por Aristóteles, pressupunha a existência de um quinto elemento da Natureza, o
éter, constituinte da lua, dos planetas e das estrelas fixas; essas esferas consideradas superiores à esfera da
Terra, referência imóvel e central (modelo geocêntrico).
A alquimia, por sua vez, desde a Antiguidade, era uma prática que objetivava, principalmente, a
transmutação dos metais e a busca pelo elixir da vida eterna, com a cura de todas as doenças (RONAN,
1997c). Outra interpretação da finalidade da alquimia relacionava-a com uma prática de investigação a
respeito da constituição da matéria para dividir os compostos em elementos e estudar sua recombinação. Tal
interpretação foi superada no século XVIII.
No estado científico, o século XIX foi, segundo Bachelard (1996), um período histórico marcado
pelo estado científico, em que um único método científico é constituído para a compreensão da Natureza.
No período do estado científico buscou-se a universalidade do método cartesiano de investigação dos
fenômenos da natureza, com maior divulgação do conhecimento científico em obras caracterizadas por uma
linguagem mais compreensível.
No estado científico o mundo passa e ser entendido como mutável e o Universo como infinito.
Novos estudos permitiram considerar a evolução das estrelas, as evidências de mudanças na crosta terrestre e
a extinção de espécies, bem como a transformação da matéria e a conservação de energia.
Além dos conhecimentos produzidos a partir das pesquisas sobre a constituição da matéria,
desenvolveram-se estudos sobre a transformação e a conservação dessa matéria na Natureza. Tais estudos,
associados aos conhecimentos relativos à lei da conservação da energia, contribuíram para o entendimento de
que na Natureza ocorrem ciclos de energia, o que se contrapôs à idéia de criação e destruição e estabeleceu
modelos de transformação da energia na Natureza.
Nesse mesmo contexto, a mecânica clássica e o modelo “newtoniano-cartesiano” influenciaram
fortemente o pensamento científico que se apropriou das “verdades” mecanicistas para explicar o
funcionamento dos seres vivos, a dinâmica da natureza, o movimento dos corpos celestes e os fenômenos
ligados à gravitação.
O período do estado científico foi marcado, também, por publicações de cunho científico nãoliterárias, com linguagem menos apropriada à divulgação, voltadas a uma elite intelectual que as acessava
por meio dos cursos universitários.
154
No estado do novo espírito científico configura-se também, como um período fortemente marcado
pela aceleração da produção científica e a necessidade de divulgação, em que a tecnologia influenciou e
sofreu influências dos avanços científicos.
A preocupação crescente com a educação científica vem sendo defendida não só por educadores em
ciências, mas por diferentes profissionais; seus objetivos têm tido uma grande abrangência. Nesse sentido,
torna-se importante discutir os diferentes significados e funções que se têm atribuído à educação científica
com o intuito de levantar referenciais para estudos na área de currículo, filosofia e política educacional que
visem analisar o papel da educação científica na formação do cidadão.
Devemos estar centrados no compreender o conteúdo científico e no compreendera função social da
ciência.
Pela natureza do conhecimento científico, não se pode pensar no ensino de seus conteúdos de forma
neutra, sem que se contextualize o seu caráter social, nem há como discutir a função social do conhecimento
científico sem uma compreensão do seu conteúdo.
Os conteúdos de Ciências valorizam conhecimentos científicos das diferentes ciências de referência
– Biologia, Física, Química, Geologia, Astronomia, entre outras. O ensino de Ciências deve promover interrelações entre os conteúdos selecionados, de modo a promover o entendimento do objeto de estudo da
disciplina de Ciências. Essas inter-relações devem ser fundamentar nos Conteúdos Estruturantes (ciência
atividade humana).
A disciplina de ciências tem como objetivos gerais:
Resgatar no contexto histórico como se desenvolveu o conhecimento científico,
Abordar os conhecimentos científicos escolares, orientando que eles tem origem nos modelos construídos a
partir da investigação da Natureza.
Propiciar o acesso ao conhecimento da história da ciência, associando os conhecimentos científicos com os
contextos políticos, éticos, econômicos e sociais que originaram sua construção.
Propagar os conhecimentos científicos recentes, convictos que a produção científica não deve ser entendida
como uma verdade absoluta.
Apropriar-se das informações referentes os avanços científicos e tecnológicos, as questões sociais e
ambientais.
Propiciar o enriquecimento da cultura científica do aluno, rompendo com obstáculos conceituais e
adquirindo maiores condições de estabelecer relações conceituais, interdisciplinares e contextunstrução
fragmentada do conhecimento.
Compreender: origem e evolução do Universo (Astronomia); a constituição dos corpos (Matéria); a
constituição dos sistemas orgânicos e fisiológicos (Sistemas Biológicos); a conservação e transformação de
energia (Energia); o conceito de biodiversidade (Biodiversidade).
Utilizar uma linguagem que permita comunicar-se com o outro e que possa fazer da aprendizagem
dos conceitos científicos algo significativo no seu cotidiano.
155
Propiciar acesso aos conteúdos científicos escolares que tenham significados para estabelecer relações
“substantivas e não arbitrárias” entre o que conhece de aprendizagem anteriores e o que aprende de novo.
Propiciar a integração conceitual que estabeleça relações conceituais, interdisciplinares e contextuais;
superando a construção fragmentada do conhecimento.
Compreender: origem e evolução do Universo (Astronomia); a constituição dos corpos (Matéria); a
constituição dos sistemas orgânicos e fisiológicos (Sistemas Biológicos); a conservação e transformação de
energia (Energia); o conceito de biodiversidade (Biodiversidade).
CONTEÚDOS
5ª série – Ensino Fundamental
CONTEÚDOS BÁSICOS CIÊNCIAS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Astronomia, Matéria, Sistemas Biológicos, Energia, Biodiversidade.
1. Conteúdos Básicos de Astronomia
Universo – Galáxias, Movimento do Universo.
Movimentos Terrestres e Celestes – Eclipse do Sol, eclipse da Lua, fases da Lua, constelações, dias e noites.
Movimentos Terrestres e Celestes – Rotação, translação, estações do ano.
Astros – Estrelas, planetas, planetas anões, satélites naturais, anéis, meteoros,meteoritos, cometas.
2. Conteúdos Básicos de Matéria
Constituição da matéria - Conceito de matéria, atmosfera terrestre primitiva, camadas atmosféricas, solos,
rochas, minerais, água.
3. Conteúdos Básicos de Sistemas Biológicos
Níveis de Organização – Organismo, sistemas, órgãos, tecidos, células, unicelular,pluricelular, procarionte,
eucarionte, autótrofo, heterótrofo.
4. Conteúdos Básicos de Energia
Formas de Energia - Energia elétrica, energia eólica.
Conversão de Energia - Fontes de energia renováveis e não-renováveis.
Transmissão de Energia – Mudanças de estado físico.
5. Conteúdos Básicos de Biodiversidade
Organização dos Seres Vivos – Deriva continental, Diversidade das espécies, extinção de espécies,
comunidade, população.
156
Ecossistemas – Conceito de biodiversidade, ecossistemas (dinâmica e características)
Os conteúdos específicos estão presentes nos conceitos fundamentais de Ciências que podem estar
relacionados com conceitos de mais de um conteúdo estruturante, de acordo com o encaminhamento e as
preferências do autor, garantindo a articulação entre eles. Para tal, é necessário que os conteúdos específicos
da disciplina de Ciências sejam entendidos na sua complexidade de relações, envolvendo a integridade de
natureza científica, não dissociada em áreas de conhecimento físico, químico ou biológico, mas acrescida das
possíveis relações conceituais, interdisciplinares e contextuais.
POSSÍVEIS RELAÇÕES
RELAÇÕES CONCEITUAIS: vulcões, tsunamis, terremotos, desertos, chuva ácida, fósseis, efeito estufa,
ação do vento, luminosidade, tornados, camada de ozônio, gases, fontes de energia renováveis e não
renováveis, entre outras.
RELAÇÕES INTERDISCIPLINARES: territórios brasileiros, lendas indígenas, leituras de diferentes
narrativas (língua portuguesa e língua estrangeira moderna), medidas de grandezas, pinturas rupestres,
renascença, esportes aquáticos, literatura brasileira e os casos de doenças, influência da altitude na prática de
esportes, medidas de grandezas, localização geográfica, distribuição dos seres vivos no planeta, Revolta da
Vacina, crescimento da população humana, as doenças e as condições sociais de moradias, representação da
natureza em obras de arte, evolução cultural do ser humano, formas de comunicação humana, o ser humano e
suas relações com o sagrado, mitos e outras explicações sobre a origem da vida, distribuição da população
humana, importação e exportação de alimentos, práticas esportivas, taxas de natalidade, mortalidade e
fecundidade, medidas de grandezas, o contexto da Revolução científica, instrumentos musicais, órgãos
sensoriais e a arte, entre outras.
RELAÇÕES DE CONTEXTO: instrumentos astronômicos, história da astronomia, contaminação da água,
desertificação, minerais e a tecnologia: jóias, relógios e outros, mineração, sismógrafos, poluição do solo,
poluição da água, queimadas, desmatamento, manejo do solo para agricultura, compostagem, contaminação
do solo, conservação dos aqüíferos, tratamento da água, lixo tóxico, aquecimento global, biotecnologia,
plástico biodegradável, fibra ótica, elevadores hidráulicos, lixo e o ambiente, coleta seletiva de lixo, reservas
ambientais – APA, código florestal brasileiro, fauna brasileira ameaçada de extinção, ação humana nos
ecossistemas, desmatamento, poluição do ar, balões e aviões, instrumentos de vôo , aquecimento global,
saneamento básico, questões de higiene, alimentos transgênicos, aterro sanitário, coleta seletiva e reciclagem,
usinas geradoras de energia, forno microondas, lâmpadas, chuveiro elétrico, consumo de energia elétrica
residencial, bússola, microfone e alto-falante, pára-quedas e asa deltas, tecnologia da comunicação, pilhas,
157
baterias e questões ambientais, Código de Trânsito – acidentes de trânsito, educação ambiental, educação do
campo, agricultura e tecnologia, entre outras.
6ª série
CONTEÚDOS BÁSICOS CIÊNCIAS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Astronomia, Matéria, Sistemas Biológicos, Energia, Biodiversidade.
1. Conteúdos Básicos de Astronomia
Astros – Constituição físico-química dos astros.
Sistema solar – Geocentrismo, heliocentrismo.
2. Conteúdos Básicos de Matéria
Constituição da matéria - Composição do planeta Terra primitivo, a Terra antes do surgimento da vida,
atmosfera terrestre primitiva, crosta terrestre, manto terrestre,núcleo terrestre, estrutura química da célula.
3. Conteúdos Básicos de Sistemas Biológicos
Célula - Teoria celular, tipos celulares, mecanismos celulares, estrutura celular, fotossíntese, reserva
energética.
Morfologia e Fisiologia dos Seres Vivos – Características gerais dos seres vivos, órgãos e sistemas animais e
vegetais,
4. Conteúdos Básicos de Energia
Formas de Energia - Energia luminosa, energia térmica
Conversão de Energia - A interferência da energia luminosa nos seres vivos, sistemas ectotérmicos, sistemas
endotérmicos,
5. Conteúdos Básicos de Biodiversidade
Organização dos Seres Vivos – , diversidade das espécies, extinção
de espécies.
Sistemática – Classificação dos seres vivos, categorias taxonômicas, filogenia, populações.
Ecossistemas – Eras geológicas.
158
Interações Ecológicas – Interações ecológicas, sucessões ecológicas, cadeia alimentar, seres autótrofos e
heterótrofos.
Origem da Vida – Conceito de biodiversidade, biogênese, teorias sobre o surgimento da vida, geração
espontânea.
Evolução dos Seres Vivos – Teorias evolutivas
Sistemática – Classificação dos seres vivos,
categorias taxonômicas,
filogenia,populações.
Os conteúdos específicos estão presentes nos conceitos fundamentais de Ciências que podem estar
relacionados com conceitos de mais de um conteúdo estruturante, de acordo com o encaminhamento e as
preferências do autor, garantindo a articulação entre eles. Para tal, é necessário que os conteúdos específicos
da disciplina de Ciências sejam entendidos na sua complexidade de relações, envolvendo a integridade de
natureza científica, não dissociada em áreas de conhecimento físico, químico ou biológico, mas acrescida das
possíveis relações conceituais, interdisciplinares e contextuais.
POSSÍVEIS RELAÇÕES
RELAÇÕES CONCEITUAIS:
ação do vento, luminosidade, tornados, camada de ozônio, a ação de
substâncias químicas no organismo, gases, fontes de energia renováveis e não renováveis, Ilhas de calor,
entre outras.
RELAÇÕES INTERDISCIPLINARES: territórios brasileiros, lendas indígenas, leituras de diferentes
narrativas (língua portuguesa e língua estrangeira moderna), medidas de grandezas, pinturas rupestres,
renascença, esportes aquáticos, literatura brasileira e os casos de doenças, influência da altitude na prática de
esportes, medidas de grandezas, localização geográfica, distribuição dos seres vivos no planeta, Revolta da
Vacina, crescimento da população humana, as doenças e as condições sociais de moradias, representação da
natureza em obras de arte, evolução cultural do ser humano, formas de comunicação humana, o ser humano e
suas relações com o sagrado, mitos e outras explicações sobre a origem da vida, distribuição da população
humana, importação e exportação de alimentos, práticas esportivas, taxas de natalidade, mortalidade e
fecundidade, medidas de grandezas, o contexto da Revolução científica, instrumentos musicais, órgãos
sensoriais e a arte, entre outras.
RELAÇÕES DE CONTEXTO: Inovação tecnológica, fermentação, contaminação da água, poluição do solo,
poluição da água, queimadas, desmatamento, manejo do solo para agricultura, contaminação do solo,
tratamento da água, lixo tóxico, elevadores hidráulicos, lixo e o ambiente, unidades de conservação,
ocupação da mata atlântica, exploração da Amazônia, conservação da mata ciliar, exploração da mata das
araucárias, tráfico de animais, ação humana nos ecossistemas, espécies exóticas, desenvolvimento industrial,
impactos ambientais, desmatamento, exploração da caça e pesca, tráfico de animais e vegetais, poluição do
159
ar , aquecimento global, resíduos químicos no ambiente, uso de agrotóxicos na agricultura, Instituições
governamentais e ONG, tecnologia na produção vegetal – estufas, bactérias e degradação de petróleo,
dengue e saúde pública no Brasil, vigilância epidemiológica, biotecnologia dos fungos, automedicação:
antibióticos, polinização provocada pelo homem, hidroponia, interferência do ser humano na produção de
frutos de comercialização, comercialização da carnes exóticas, vacinas e soros, raças e preconceitos raciais,
fome e desnutrição, questões de higiene, tecnologia e testes diagnósticos, saneamento básico, medicamentos,
influência da alimentação na saúde
, aterro
sanitário, corantes e tingimento de tecidos, projeto Genoma Humano, gravidez precoce, DSTs, pilhas,
baterias e questões ambientais, Código de Trânsito – acidentes de trânsito, educação ambiental, educação do
campo, agricultura e tecnologia, entre outras.
7ª série
CONTEÚDOS BÁSICOS CIÊNCIAS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Astronomia, Matéria, Sistemas Biológicos, Energia, Biodiversidade.
1. Conteúdos Básicos de Astronomia
Movimentos Terrestres e Celestes – a esfera terrestre e seu sistema de coordenadas, a esfera celeste e seu
coordenadas.
Origem e evolução do Universo – Teorias sobre a origem do Universo ( Teorias Cosmogônicas),
modelos de Universo finito, modelos de Universo infinito, modelos de Universo inflacionário, modelos
de Universo em expansão, a teoria da relatividade e a cosmologia moderna.
2. Conteúdos Básicos de Matéria
Constituição química da matéria – alimentos , sangue, tecidos.
3. Conteúdos Básicos de Sistemas Biológicos
Célula - Mecanismos celulares, estrutura celular, respiração celular, fotossíntese, reserva energética.
Morfologia e Fisiologia dos Seres Vivos – Órgãos e sistemas animais e vegetais, estrutura e funcionamento
dos tecidos, tipos de tecidos, mecanismos biológicos de diferentes seres vivos, sistemas comparados
(aspectos evolutivos), sistemas exclusivos de algumas espécies, diversidade de estruturas e sistemas de
acordo com os diferentes grupos de seres vivos e suas particularidades, como por exemplo, sistema
digestório, sistema cardiovascular, sistema excretor, sistema urinário.
160
Mecanismos Morfologia e Fisiologia dos Seres Vivos
sistemade Herança Genética –
– sistema
Noções de hereditariedade,
sensorial ,
cromossomos,
sistema
reprodutor ,
gene,DNA, RNA, mitose,
meiose.
4. Conteúdos Básicos de Energia
Formas de Energia -
Energia mecânica, energia térmica, energia luminosa, energia,nuclear, energia
elétrica, energia química, energia eólica.
5. Conteúdos Básicos de Biodiversidade
Evolução dos Seres Vivos – Teorias evolutivas
Os conteúdos específicos estão presentes nos conceitos fundamentais de Ciências que podem estar
relacionados com conceitos de mais de um conteúdo estruturante, de acordo com o encaminhamento e as
preferências do autor, garantindo a articulação entre eles. Para tal, é necessário que os conteúdos específicos
da disciplina de Ciências sejam entendidos na sua complexidade de relações, envolvendo a integridade de
natureza científica, não dissociada em áreas de conhecimento físico, químico ou biológico, mas acrescida das
possíveis relações conceituais, interdisciplinares e contextuais.
POSSÍVEIS RELAÇÕES
RELAÇÕES CONCEITUAIS: a ação de substâncias químicas no organismo, gases, fontes de energia
renováveis e não renováveis, entre outras.
RELAÇÕES INTERDISCIPLINARES: territórios brasileiros, lendas indígenas, leituras de diferentes
narrativas (língua portuguesa e língua estrangeira moderna), medidas de grandezas, pinturas rupestres,
renascença, esportes aquáticos, literatura brasileira e os casos de doenças, influência da altitude na prática de
esportes, medidas de grandezas, localização geográfica, distribuição dos seres vivos no planeta, Revolta da
Vacina, crescimento da população humana, as doenças e as condições sociais de moradias, representação da
natureza em obras de arte, evolução cultural do ser humano, formas de comunicação humana, o ser humano e
suas relações com o sagrado, mitos e outras explicações sobre a origem da vida, distribuição da população
humana,
importação e exportação de alimentos, práticas esportivas, taxas de natalidade, mortalidade e fecundidade,
medidas de grandezas, o contexto da Revolução científica, instrumentos musicais, órgãos sensoriais e a arte,
entre outras.
161
RELAÇÕES DE CONTEXTO: tecnologia na produção vegetal – estufas, bactérias e degradação de petróleo,
dengue e saúde pública no Brasil, vigilância epidemiológica, biotecnologia dos fungos, automedicação:
antibióticos, polinização provocada pelo homem, hidroponia, interferência do ser humano na produção de
frutos de comercialização, saneamento básico, comercialização da carnes exóticas, vacinas e soros, raças e
preconceitos raciais, fome e desnutrição, questões de higiene, tecnologia e testes diagnósticos, saneamento
básico, obesidade, anorexia e bulimia, melhoramento genético e transgenia, alimentos transgênicos, exames
sangüíneos, transfusões e doações sangüíneas, soros e vacinas, medicamentos, hemodiálise, terapia gênica,
CTNBio, influência da alimentação na saúde, consumo de drogas, métodos contraceptivos, Organização
Mundial da Saúde, reprodução humana assistida, projeto Genoma Humano, gravidez precoce, DSTs, pilhas,
baterias e questões ambientais, Código de Trânsito – acidentes de trânsito, educação ambiental, educação do
campo, agricultura e tecnologia, entre outras.
8ª série
CONTEÚDOS BÁSICOS CIÊNCIAS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Astronomia, Matéria, Sistemas Biológicos, Energia, Biodiversidade.
1. Conteúdos Básicos de Astronomia
Gravitação Universal – Leis de Kepler, leis de Newton.
2. Conteúdos Básicos de Matéria
Constituição da matéria - Conceito de matéria, átomos, modelos atômicos, elementos químicos, íons,
ligações químicas substâncias, reações químicas, funções químicas inorgânicas ácidos, sais, bases, óxidos,lei
da conservação da massa,compostos orgânicos.
Propriedades da matéria –Massa, volume densidade, compressibilidade, elasticidade, divisibilidade,
indestrutibilidade,
impenetrabilidade,
maleabilidade,
ductibilidade,
flexibilidade,
elasticidade,
permeabilidade, condutibilidade, dureza, tenacidade, cor, brilho, sabor, textura, odor.
3. Conteúdos Básicos de Sistemas Biológicos
Mecanismos Morfologia e Fisiologia dos Seres Vivos - Noções de hereditariedade, cromossomos, gene,
DNA, RNA, mitose, meiose.
4. Conteúdos Básicos de Energia
162
Conversão de Energia - Sistemas semi-conservativos, ciclos de matéria, eletromagnetismo, movimentos,
velocidade, aceleração, colisões, trabalho, potência, eletromagnetismo, conversão de energia potencial em
cinética.
Transmissão de Energia – Irradiação, convecção, condução, sistemas de transmissão de energia, leis de
Newton, máquinas simples, sistemas mecânicos, equilíbrio de forças.
5. Conteúdos Básicos de Biodiversidade
Interações Ecológicas – Ciclos biogeoquímicos, relações interespecíficas, relações intraespecíficas.
Os conteúdos específicos estão presentes nos conceitos fundamentais de Ciências que podem estar
relacionados com conceitos de mais de um conteúdo estruturante, de acordo com o encaminhamento e as
preferências do autor, garantindo a articulação entre eles. Para tal, é necessário que os conteúdos específicos
da disciplina de Ciências sejam entendidos na sua complexidade de relações, envolvendo a integridade de
natureza científica, não dissociada em áreas de conhecimento físico, químico ou biológico, mas acrescida das
possíveis relações conceituais, interdisciplinares e contextuais.
POSSÍVEIS RELAÇÕES
RELAÇÕES CONCEITUAIS: gases, fontes de energia renováveis e não renováveis, Ilhas de calor,
máquinas simples - alavancas, polia, engrenagens, entre outras.
RELAÇÕES INTERDISCIPLINARES: territórios brasileiros, lendas indígenas, leituras de diferentes
narrativas (língua portuguesa e língua estrangeira moderna), medidas de grandezas, pinturas rupestres,
renascença, esportes aquáticos, literatura brasileira e os casos de doenças, influência da altitude na prática de
esportes, medidas de grandezas, localização geográfica, distribuição dos seres vivos no planeta, Revolta da
Vacina, crescimento da população humana, as doenças e as condições sociais de moradias, representação da
natureza em obras de arte, evolução cultural do ser humano, formas de comunicação humana, o ser humano e
suas relações com o sagrado, mitos e outras explicações sobre a origem da vida, distribuição da população
humana, importação e exportação de alimentos, práticas esportivas, taxas de natalidade, mortalidade e
fecundidade, medidas de grandezas, o contexto da Revolução científica, instrumentos musicais, órgãos
sensoriais e a arte, entre outras.
RELAÇÕES DE CONTEXTO: lixo e o ambiente, biotecnologia, plástico biodegradável, elevadores
hidráulicos, panela de pressão, ultra-sonografia, máquina fotográfica, óculos, telescópios , aquecimento
global, resíduos químicos no ambiente, tecnologia na produção vegetal – estufas, bactérias e degradação de
163
petróleo, influência da alimentação na saúde, consumo de drogas, métodos contraceptivos, Organização
Mundial da Saúde, instrumentos de medidas, tecnologias em produtos de eletrônica, dessanilização, panela
de pressão, ligas metálicas, aterro sanitário, biodiesel, corantes e tingimento de tecidos, estações de
tratamento de esgoto, biogás, adubos e fertilizantes químicos, coleta seletiva e reciclagem, usinas geradoras
de energia, instrumentos e escalas termométricas, acidentes, forno microondas, lâmpadas, chuveiro elétrico,
consumo de energia elétrica residencial, bússola, microfone e alto-falante, pára-quedas e asa deltas,
tecnologia da comunicação, pilhas, baterias e questões ambientais, Código de Trânsito – acidentes de
trânsito, educação ambiental, educação do campo, agricultura e tecnologia, entre outras.
Em nosso trabalho será contemplada a legislação vigente: Lei 10639/03 –história e cultura afrobrasileira e africana, Lei 11645/08 – história e cultura dos povos indígenas, Lei 9795/99 – política nacional
de educação ambiental.
Dessa forma, serão inseridos temas relacionados a História e Cultura Afro- Brasileira e Indígena
através de análise e reflexão sobre a diversidade cultural e racial reconhecendo os afro-brasileiros como
sujeitos na construção da sociedade e do país, ressaltando os valores que precisam ganhar amplitude e status
de conhecimento, na perspectiva de uma sociedade multicultural e pluriétnica , lei 11.645/03/08 que integra a
História e Cultura afro-Brasileira e Indígena ao Currículo de Ensino Fundamental e Médio.
Essa proposta curricular tem ainda, como principio educativo a perspectiva do campo, uma vez que a
prática social é a agricultura familiar, o trabalho do campo, os conhecimentos e valores construídos
históricamente no campo. Assim a educação escolar estará vinculada organicamente a essa problemática, no
sentido de explicações de suas contradições , ao mesmo tempo, construindo um conhecimento com base nas
ciências, na história e na filosofia.
METODOLOGIA
Na metodologia, nós, professores nos embasamos na teoria da aprendizagem de Ausubel que propõe
que os conhecimentos prévios dos alunos sejam valorizados, para que possam construir estruturas mentais
utilizando, como meio, mapas conceituais que permitem descobrir e redescobrir outros conhecimentos,
caracterizando, assim, uma aprendizagem prazerosa e eficaz.
A aprendizagem é muito mais significativa à medida que o novo conteúdo é incorporado às
estruturas de conhecimento de um aluno e adquire significado para ele a partir da relação com seu
conhecimento prévio. Ao contrário, ela se torna mecânica ou repetitiva, uma vez que se produziu menos essa
incorporação e atribuição de significado, e o novo conteúdo passa a ser armazenado isoladamente ou por
meio de associações arbitrárias na estrutura cognitiva. Quando o conteúdo escolar a ser aprendido não
consegue ligar-se a algo já conhecido, ocorre o que Ausubel chama de aprendizagem mecânica, ou seja,
quando as novas informações são aprendidas sem interagir com conceitos relevantes existentes na estrutura
cognitiva. Assim, a pessoa decora fórmulas, leis, mas esquece após a avaliação.
164
Para haver aprendizagem significativa são necessárias duas condições. Em primeiro lugar, o aluno
precisa ter uma disposição para aprender: se o indivíduo quiser memorizar o conteúdo arbitrária e
literalmente, então a aprendizagem será mecânica. Em segundo, o conteúdo escolar a ser aprendido tem que
ser potencialmente significativo, ou seja, ele tem que ser lógica e psicologicamente significativo: o
significado lógico depende somente da natureza do conteúdo, e o significado psicológico é uma experiência
que cada indivíduo tem. Cada aprendiz faz uma filtragem dos conteúdos que têm significado ou não para si
próprio.
Ao selecionarmos os conteúdos a serem ensinados, organizaremos nosso trabalho docente tendo
como referências: o tempo disponível para o trabalho pedagógico (horas/aula semanais); o Projeto Político
Pedagógico da escola, os interesses da realidade local e regional onde a escola está inserida, a análise crítica
dos livros didáticos de Ciências disponíveis e informações atualizadas sobre os avanços da produção
científica.
Na organização do plano de trabalho docente faremos reflexões a respeito das relações a serem
estabelecidas entre os conteúdos, dos recursos pedagógicos disponíveis, das estratégias de ensino que podem
ser utilizadas e das expectativas de aprendizagem para um bom resultado final.
Em nosso ensino de Ciências, alguns aspectos serão considerados essenciais tanto para a nossa
formação quanto para nossa atividade pedagógica. Abordaremos, assim três aspectos importantes, a saber: a
história da ciência, a divulgação científica e a atividade experimental.
Assim, no momento da seleção dos conteúdos, das estratégias e dos recursos instrucionais, dentre
outros critérios, levaremos em consideração o desenvolvimento cognitivo dos estudantes.
Entretanto, sabemos e consideraremos outras variáveis que interferem no processo ensinoaprendizagem de conceitos científicos, dentre elas o enraizamento das concepções alternativas, as
apropriações culturais locais ou regionais, a concepção de ciência do professor e a qualidade de sua prática
de ensino.
Utilizaremos em nossa prática para garantir o processo ensino-aprendizagem de forma
bem
articulada os seguintes itens:
· recursos pedagógicos/tecnológicos que enriquecem a prática docente, tais como: livro didático, texto de
jornal, revista científica, figuras, revista em quadrinhos, música, quadro de giz, mapa (geográficos, sistemas
biológicos, entre outros), globo, modelo didático (torso, esqueleto, célula, olho, desenvolvimento
embrionário, entre outros), microscópio, lupa, jogo, televisor, computador, retroprojetor, entre outros;
· de recursos instrucionais como organogramas, mapas conceituais, mapas de relações, diagramas V,
gráficos, tabelas, infográficos, entre outros;
· de alguns espaços de pertinência pedagógica, dentre eles, feiras, laboratórios, exposições de ciência,
seminários e debates.
As estratégias de ensino e os recursos pedagógico-tecnológicos e instrucionais são
fundamentais para nossa prática docente. Além disso, contribuem de forma significativa para melhorar as
condições de aprendizagem aos estudantes.
165
Diante de todas essas considerações propõem-se alguns encaminhamentos metodológicos que serão
valorizados em nosso ensino de Ciências, tais como: a problematização, a contextualização, a
interdisciplinaridade, a pesquisa, a leitura científica, a atividade em grupo, a observação, a atividade
experimental, os recursos instrucionais e o lúdico.
Abordagem problematizadora
A ação de problematizar é mais do que a mera motivação para se iniciar um novo conteúdo. Essa
ação possibilita a aproximação entre o conhecimento alternativo dos estudantes e o conhecimento científico
escolar que se pretende ensinar. A problematização como estratégia de ensino pode ser efetuada,
evidenciando-se duas dimensões: na primeira, levaremos em conta o conhecimento de situações
significativas
apresentadas
pelos
estudantes,
problematizando-as;
na
segunda,
realizaremos
a
problematização de forma que o estudante sinta a necessidade do conhecimento científico escolar para
resolver os problemas apresentados.
Relações contextuais
Contextualizar é uma forma de articular o conhecimento científico com o contexto histórico e
geográfico do nosso aluno, com outros momentos históricos, com os interesses políticos e econômicos que
levaram à sua produção para que o conhecimento disciplinar seja potencialmente significativo. A
contextualização pode ser um ponto de partida, de modo a abordar o conteúdo de modo mais concreto e
próximo à realidade do nosso aluno para uma posterior abordagem abstrata e específica. A contextualização
pode, também, ser utilizada como ponto de chegada caso façamos a opção por iniciar a nossa prática com
conteúdos mais abstratos e reflexivos.
Nesse caso, contextualizar significa aproximar os conteúdos científicos escolares das estruturas
sociais, políticas, éticas, tecnológicas, econômicas, entre outras. Esta aproximação, no âmbito pedagógico, se
estabelece por meio de metodologias que fazem uso, necessariamente, de conceitos teóricos precisos e
claros, voltados para a abordagem das experiências sociais dos sujeitos históricos produtores do
conhecimento.
Relações interdisciplinares
A abordagem interdisciplinar como pressuposto metodológico considera que muitos
conteúdos, ainda que específicos, se articulam permanentemente com outros conteúdos e
isso torna necessária uma aproximação entre eles, mesmo entre os tratados por diferentes disciplinas
escolares.
As relações interdisciplinares se estabelecem quando conceitos, modelos ou práticas de uma dada disciplina
são incluídos no desenvolvimento do conteúdo de outra. Em Ciências, as relações interdisciplinares podem
166
ocorrer quando
buscamos nos conteúdos específicos de outras disciplinas, contribuições para o
entendimento do objeto de Ciências, o conhecimento científico resultante da investigação da Natureza.
Pesquisa
A pesquisa é uma estratégia de ensino que visa à construção do conhecimento. Essa estratégia iniciase na procura de material de pesquisa, passa pela interpretação desse material e chega à construção das
atividades. A pesquisa pode ser apresentada na forma escrita e/ou oral, entretanto, para que os objetivos
pedagógicos sejam atingidos, se faz necessário que seja construída com redação do próprio aluno, pois ao
organizar o texto escrito ele precisará sistematizar idéias e explicitar seu entendimento sobre o conteúdo com
recursos do vocabulário que domina. Na apresentação oral o aluno deve superar a simples leitura e repetição,
evidenciando a compreensão crítica do conteúdo pesquisado e explicitando a sua interpretação.
Divulgação científica
A leitura científica como estratégia de ensino, permite aproximação entre alunos e nós, professores,
pois propicia o trabalho interdisciplinar e proporciona um maior aprofundamento de conceitos. Cabe
analisarmos o material a ser trabalhado, levando em conta o grau de dificuldade da abordagem do conteúdo,
o rigor conceitual e a linguagem utilizada. Dentre os diversos materiais de divulgação que podem ser
utilizados como recursos pedagógicos, sugerem-se:
1. Revistas Ciência Hoje e Ciência Hoje para as Crianças – Publicação da Sociedade Brasileira para
o Progresso da Ciência – www.sbpcnet.org.br
2. Revista Eletrônica Café Orbital – Publicação do Observatório Nacional – Disponível em
www.on.br (Ministério da Ciência e Tecnologia).
3. Revistas Scientific American e Scientific American Brasil – Publicação da Editora Duetto –
Disponível em www.sciam.com.br
4. Portal dia-a-dia educação - Projeto Folhas – Disponível em www.diaadiaeducacao.pr.gov.br
5. Coleção Explorando o Ensino – Educação Básica, Ministério da Educação – Disponível em
www.mec.gov.br
Atividade em grupo
No trabalho em grupo, o aluno tem a oportunidade de trocar experiências, apresentar suas
proposições aos outros alunos, confrontar idéias, desenvolver espírito de equipe e atitude colaborativa. Esta
atividade permite aproximar o estudo de Ciências dos problemas reais, de modo a contribuir para a
construção significativa de conhecimento pelo estudante.
167
Observação
A estratégia da observação estimula nosso aluno, a capacidade de observar fenômenos em seus
detalhes para estabelecer relações mais amplas sobre eles. Por outro lado, permite que nós, professores,
perceber as dificuldades individuais de interpretar tais fenômenos devido à falta de atenção e a lacunas
teórico-conceituais. Esta estratégia é uma alternativa viável e coerente com a própria natureza da disciplina,
pois o aluno pode desenvolver observações e superar a simples constatação de resultados, passando para
construção de hipóteses que a própria observação possibilita.
Atividade Experimental
A inserção de atividades experimentais em nossa prática docente apresenta-se como uma importante
estratégia de ensino e aprendizagem, quando mediada por nós, professores, de forma a desenvolver o
interesse nos alunos e criar situações de investigação para a formação de conceitos. Tais atividades não têm
como único espaço possível o laboratório escolar, visto que podem ser realizadas em outros espaços
pedagógicos, como a sala de aula, e utilizar materiais alternativos aos convencionais. Entretanto, é
importante que nossas práticas proporcionem discussões, interpretações e se coadunem com os conteúdos
trabalhados na sala. Não devemos, portanto, propiciar apenas momento de comprovação de leis e teorias, ou
meras ilustrações das aulas teóricas.
Recursos Instrucionais
Os recursos instrucionais (mapas conceituais, organogramas, mapas de relações, diagramas V,
gráficos, tabelas, infográficos, entre outros) podem e devem ser usados na análise do conteúdo científico
escolar, no trabalho pedagógico/tecnológico e na avaliação da aprendizagem. Esses recursos são
instrumentos potencialmente significativos para sala de aula porque se fundamentam na aprendizagem
significativa e subsidiam nosso trabalho com o conteúdo científico escolar, porque são compostos por
elementos extraídos da observação, da experimentação, da contextualização, da interdisciplinaridade, entre
outros. Assim, ampliam a possibilidade do nosso aluno criar sentido para o que está aprendendo e tornam a
aprendizagem significativa, seja no momento da aula, seja no momento da avaliação.
Os recursos instrucionais não possuem modelo único e não existem regras fixas a serem utilizadas na
sua construção. Por exemplo, mapas de conceitos podem ter estruturas diversas, pois ultrapassam a idéia de
serem apenas sínteses conceituais.
Lúdico
O lúdico é uma forma de interação do aluno com o mundo, podendo utilizar-se de instrumentos que
promovam a imaginação, a exploração, a curiosidade e o interesse, tais como jogos, brinquedos, modelos,
168
exemplificações realizadas habitualmente por nós, professores. O lúdico permite uma maior interação entre
os assuntos abordados e, quanto mais intensa for esta interação, maior será o nível de percepções e
reestruturações cognitivas realizadas pelo estudante. O lúdico será considerado nas estratégias de ensino
independentemente da série e da faixa etária do aluno, porém, adequaremos a elas quanto ao
encaminhamento, à linguagem e aos recursos utilizados como apoio.
AVALIAÇÂO
A avaliação é atividade essencial do processo ensino-aprendizagem dos conteúdos científicos e, de
acordo com a Lei de Diretrizes e Bases nº 9394/96 deve ser contínua e cumulativa em relação ao
desempenho do estudante, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos.
INSTRUMENTOS
A diversificação dos instrumentos de avaliação está indissociavelmente ligada à concepção de
avaliação contínua e formativa.
Se a avaliação contínua e formativa visa a aprendizagem, a formação do aluno, então essa
continuidade precisa se concretizar, de fato, nas diferentes atividades de ensino/aprendizagem que acontecem
na sala de aula.
INSTRUMENTO 1
ATIVIDADE DE LEITURA COMPREENSIVA DE TEXTOS
A avaliação da leitura de textos é uma das possibilidades para que verifiquemos a compreensão dos
conteúdos abordados em aula, analisando o conhecimento prévio do aluno e aquele adquirido na Educação
Básica. Assim, devemos considerar algumas situações para esse tipo de avaliação: a escolha do texto, o
roteiro de análise e os critérios de avaliação.
Os textos utilizados para leitura devem se referir ao conteúdo e à discussão atual apresentada em
aula. São importantes a adequação ao nível de ensino, bem como à faixa etária do aluno. A escolha criteriosa
dos textos é relevante para não se perder o foco do conteúdo abordado, de modo a permitir, com a reflexão e
a discussão, a ampliação dos horizontes de conhecimento.
Critérios de Avaliação
Neste contexto são utilizaremos critérios que possibilitem avaliar os conhecimentos dos alunos, de
forma clara e adequada, na especificidade de cada disciplina.
Ao avaliar a leitura dos alunos devemos considerar:
169
houve compreensão das idéias presentes no texto, com o aluno interagindo com o texto por meio de
questionamentos, concordâncias ou discordâncias;
o aluno, ao falar sobre o texto, expressou suas idéias com clareza e sistematizou o conhecimento de forma
adequada;
foram estabelecidas relações entre o texto e o conteúdo abordado em sala de aula.
INSTRUMENTO 2
Projeto de pesquisa bibliográfica
O Projeto de pesquisa bibliográfica, para os alunos da Educação Básica, constitui-se numa consulta
bibliográfica que tem como finalidade proporcionar ao aluno o contato com o que já foi escrito ou pensado
sobre o tema que ele está pesquisando. Esse contato, entretanto, não poderá se resumir à mera cópia. O aluno
precisa construir esse conhecimento e, para isso, não é suficiente apenas o título da pesquisa.
O projeto de pesquisa bibliográfica demanda nosso papel de orientador. Isso requer que tenhamos
conhecimento do acervo da Biblioteca Escolar, tanto dos livros quanto periódicos ou outros materiais, para
podemos fazer indicações de leituras para nossos alunos. Além da Biblioteca Escolar, podemos e devemos
indicar artigos ou textos, e mesmo sites, ampliando o leque de opções de leitura para que nosso aluno tenha
subsídios de qualidade para fundamentar a produção de seu texto.
A solicitação de uma pesquisa exige enunciado claro e recortes precisos do que se propõe ao aluno.
Passos para uma consulta bibliográfica:
1.Contextualização
Significa abordar o tema de forma a identificar a situação, o contexto (espaço / temporal) no qual o
problema a seguir será identificado. É uma introdução ao tema.
2. Problema
Uma questão levantada sobre o tema, uma situação problema, apresentados de forma clara, objetiva e
delimitando o foco da pesquisa na busca de solução para o problema.
3. Justificativa
Argumentar sobre a importância da pesquisa para o contexto em que alunos e professores
encontram-se inseridos.
4. Revisão bibliográfica/ consulta bibliográfica
É o texto escrito pelo aluno, a partir das leituras que fez. Na escrita, o aluno deve remeter-se aos
textos lidos, através de citações ou paráfrases, referenciando-os adequadamente.
Critérios de avaliação:
Para avaliarmos analisaremos os passos da consulta bibliográfica se estão atendendo as orientações.
170
INSTRUMENTO 3
PRODUÇÃO DE TEXTO
As atividades de produção escrita devem considerar a característica dialógica e interativa da linguagem e o
processo interlocutivo. Isso significa compreender que a linguagem – e, por conseguinte, os textos – se
constroem justamente nas práticas de linguagem que se concretizam nas atividades humanas. Qualquer texto
produzido é sempre uma resposta a outros textos, está sempre inserido num contexto dialógico.
Consideraremos, então, as circunstâncias de produção dos textos que solicitaremos aos nossos alunos
para que eles possam assumir-se como locutor e, desta forma, conforme propõe Geraldi (1997), ter o que
dizer; razão para dizer; como dizer, interlocutores para quem dizer.
As propostas de produção textual precisam “corresponder àquilo que, na verdade, se escreve fora da
escola – e, assim, sejam textos de gêneros que têm uma função social determinada, conforme as práticas
vigentes na sociedade”.
Há diversos gêneros , nas diferentes disciplinas da Educação Básica, que podem e devem ser
trabalhados em sala de aula para aprimorarmos a prática de escrita numa abrangência maior de esferas de
atividade.
Na prática da escrita, há três etapas articuladas:
planejar o que será produzido, tendo em vista a intenção;
escrever a primeira versão sobre a proposta apresentada;
revisar, reestruturar e reescrever o texto, na perspectiva da intencionalidade definida.
Critérios de avaliação:
Produzir textos atendendo às circunstâncias de produção (gênero, interlocutor, finalidade, etc.);
Expressar as idéias com clareza (coerência e coesão);
Adequar a linguagem às exigências do contexto de produção, dando-lhe diferentes graus de formalidade ou
informalidade, atendendo especificidades da disciplina em termos de léxico, de estrutura;
Elaborar argumentos consistentes;
Produzir textos respeitando o tema;
Estabelecer relações entre as partes do texto;
Estabelecer relação entre a tese e os argumentos elaborados para sustentá-la.
171
INSTRUMENTO 4
PALESTRA/ APRESENTAÇÃO ORAL
A apresentação oral é uma atividade que nos possibilita avaliar a compreensão do aluno a respeito do
conteúdo abordado; a qualidade da argumentação; a organização e exposição das idéias. Tanto pode ser a
apresentação oral de um trabalho que foi escrito como pode ter a forma de uma palestra, logicamente
adequada em questões como tempo de duração (Não se vai pedir a um aluno da Educação Básica que
pronuncie uma palestra de grande duração, esgotando as possibilidades de um conteúdo).
Os critérios de avaliação que utilizaremos nessa atividade são:
Conhecimento do conteúdo;
Argumentos selecionados;
Adequação da linguagem;
Seqüência lógica e clareza na apresentação;
Produção e uso de recursos;
INSTRUMENTO 5
Atividades Experimentais
São aquelas atividades que têm, de fato, a característica de experimentação. São práticas que dão
espaço para que o aluno crie hipóteses sobre o fenômeno que está ocorrendo.
Com as atividades experimentais levaremos em consideração as dúvidas, o erro, o acaso, a intuição.
Não devemos, portanto, antecipar para o nosso aluno os resultados ou os próprios caminhos da observação,
uma vez que, na construção do conhecimento, o processo que ocorre é tão importante quanto o produto.
É fundamental que o experimento seja significativo no contexto daquele conhecimento com o qual
nossos alunos estão envolvidos, entendemos que esta significação está diretamente relacionada a uma
discussão teórica consistente, muito mais do que com a sofisticação dos equipamentos.
A atividade experimental nos possibilita que avaliemos o aluno quanto à sua compreensão do
fenômeno experimentado, do conceito a ser construído ou já construído, a qualidade da interação quando o
172
trabalho se realiza em grupo, entre outras possibilidades. Ressaltaremos que o uso adequado e conveniente
dos materiais, só poderá ser avaliado de fato se as atividades de experimentação forem sistemáticas. Não
conseguiremos uma utilização apropriada do ambiente e do instrumental se estas atividades forem apenas
eventuais.
A proposição de uma atividade experimental requer clareza no enunciado, para que o aluno
compreenda o que vai fazer, que recursos vai utilizar. O registro das hipóteses e dos passos seguidos no
procedimento são importantes para avaliarmos juntos a atividade.
Critérios de avaliação:
quanto à sua compreensão do fenômeno experimentado,
do conceito a ser construído ou já construído,
a qualidade da interação quando o trabalho se realiza em grupo, entre outras possibilidades.
INSTRUMENTO 6
Projeto de Pesquisa de Campo
O trabalho de campo é um método capaz de nos auxiliar na busca de novas alternativas para o
processo de ensino-aprendizagem, colaborando com eficácia a construção de conhecimentos e para a
formação dos nossos alunos como agentes sociais. Silva (Texto Grupo de Estudos – 2º encontro) descreve o
trabalho de campo como: a revelação de novos conteúdos decorre da descoberta de que a observação
investigativa proporciona, paralelamente à interpretação, à análise reflexiva e crítica que possibilita a
formulação de noções ou conceitos; a realização das ações, notadamente no trabalho docente, insere na
dimensão pedagógica como o ato de fazer, refutada a reprodução, e como ação compartilhada, refutado o
protagonismo exclusivo de nós, professores, (ou do livro didático) que coloca nosso aluno no papel de
protagonista da própria aprendizagem.
Uma pesquisa de campo deve ter um planejamento prévio que demande a busca de informações nos
lugares que se pretende trabalhar, o que propicia uma experiência educacional insubstituível.
Encaminhamento que utilizaremos para a pesquisa de campo:
Preparar o conteúdo a ser desenvolvido, definir tanto o conteúdo estruturante como o específico, discutindo
com os alunos em sala de aula. É importante investigar os interesses do alunos e suas expectativas;
Escolher o local, fazer o reconhecimento do mesmo antecipadamente;
Elaborar um roteiro de trabalho com todas as instruções necessárias, questionamentos ou problematização;
Os alunos devem ser orientados para registrarem as informações, no local;
173
Definir o material necessário para a pesquisa de campo;
Escolher a data, horário e instruir alunos de como devem proceder, o que levar;
Em classe o trabalho de organização dos dados e exame do material coletado, concluindo assim o trabalho
prático.
O projeto de pesquisa de campo nos possibilita avaliar o desempenho dos alunos durante todo o
processo, observando a adequação de seus procedimentos em relação ao tema da pesquisa e aos dados que se
quer coletar.
A conclusão do projeto ocorrerá na forma de relatórios, elaboração de croquis, produção de texto,
cartazes, avaliação escrita, entre outros, nos quais os alunos avaliaram sua compreensão a respeito do
conhecimento construído, sua capacidade de análise dos dados coletados, sua capacidade de síntese.
Critérios de avaliação:
Avaliaremos analisando o encaminhamento da pesquisa de campo.
INSTRUMENTO 7
Relatório
O Relatório é um conjunto de descrições e análise da atividade desenvolvida. Os relatórios auxiliam
no aprimoramento da habilidade nesta área específica da comunicação escrita. É, também, um instrumento
de ensino, pois possibilita ao aluno a reflexão sobre o que foi realizado, reconstruindo seu conhecimento, o
qual foi desenvolvido na aula de campo, pesquisa, laboratório, atividade experimental, entre outras.
O relatório deve apresentar quais dados ou informações foram coletadas ou desenvolvidas e como
esses dados foram analisados, bem como quais resultados podem-se extrair deles.
Este é um instrumento que pode ser utilizado a partir de quaisquer atividades desenvolvidas durante
o processo de ensino e aprendizagem.
O relatório deve apresentar os dados ou informações coletadas, ou procedimentos desenvolvidos,
que análises foram feitas e a quais resultados obtivemos.
São elementos do relatório:
1. Introdução: Informações iniciais que apresentem o trabalho que deu origem ao relatório, apontando quais
são os objetivos desta atividade, bem como a relevância do conteúdo abordado, dos conceitos construídos.
2. Metodologia e materiais : descreve, objetiva e claramente, como realmente se deu o trabalho ou atividade
desenvolvida. Embora seja uma descrição suscinta, não pode omitir informações que sejam relevantes para
174
que o leitor compreenda a respeito do que se está falando, ou para uma reflexão que permita que se aprimore
a atividade.
3. Análise: é a descrição dos dados coletados durante os procedimentos e dos resultados que foram obtidos.
Na análise podem constar os elementos e situações interessantes que tenham acontecido. Nesta parte do
relatório, o estudante pode utilizar tabelas, gráficos, imagens, que permitam uma visualização melhor dos
resultados. É importante, na análise, que se estabeleçam as relações entre a atividade, os procedimentos
realizados e o objeto de estudo e as discussões teóricas que deram origem à atividade em questão.
Considerações Finais:
Neste item do relatório será possível observar se a atividade desenvolvida foi
significativa na construção do conhecimento, já que, aqui, o aluno vai apresentar os resultados obtidos de
forma crítica, confrontando-os com os objetivos da atividade realizada. Este é um item importante, pois vai
possibilitar ao estudante a apreciação sobre o trabalho realizado, seus objetivos, a aprendizagem alcançada.
Critérios de avaliação:
- Avaliaremos analisando os elementos do relatório.
INSTRUMENTO 8
Seminário
O seminário é um procedimento metodológico que tem por objetivos a pesquisa, a leitura e a
interpretação de textos. Trata-se de uma discussão rica de idéias, onde cada um participa questionando, de
modo fundamentado, os argumentos apresentados.
A elaboração de um seminário, além de aprofundar e complementar as explicações feitas em aula,
cria, ainda, a possibilidade de colocar o aluno em contato direto com a atividade científica e engajá-lo na
pesquisa.
Segundo Frota-Pessoa, os seminários não devem ser trabalhados como se fossem aulas expositivas
dadas pelos alunos, onde relatam sobre assuntos estudados em livros. Os seminários devem trazer, também,
o relato de atividades realizadas pela equipe, tais como experimentos, observações, coleta de dados,
entrevista com especialistas, entre outros. Além disso, esta atividade permite que o aluno fale em público,
ordene as idéias para expô-las, ouça críticas debatendo-as, perca a inibição e fale aos colegas com seriedade.
Essa forma de avaliação em seminário merece atenção especial por nossa parte, pois podemos
cometer erros em relação aos alunos que têm dificuldade em se expressar. É importante que a a avaliação do
seminário seja dividida em itens, com valores específicos para cada um deles. Entre algumas possibilidades,
é importante que avaliemos: a consistência dos argumentos, tanto na apresentação quanto nas réplicas; a
compreensão do conteúdo abordado (a leitura compreensiva dos textos utilizados); a adequação da
175
linguagem; a pertinência das fontes de pesquisa; os relatos trazidos para enriquecer a apresentação; a
adequação e relevância das intervenções dos integrantes do grupo que assiste a apresentação.
O aluno precisa saber como foi realizada essa avaliação, para que veja onde falhou e possa melhorar
em outras oportunidades. Os itens devem ser discutidos com os alunos na ocasião em que o seminário for
proposto.
Critérios de avaliação:
a consistência dos argumentos, tanto na apresentação quanto nas réplicas;
a compreensão do conteúdo abordado (a leitura compreensiva dos textos utilizados);
a adequação da linguagem; a pertinência das fontes de pesquisa;
os relatos trazidos para enriquecer a apresentação;
a adequação e relevância das intervenções dos integrantes do grupo que assiste a apresentação.
INSTRUMENTO 9
DEBATE
É no debate que podemos expor nossas idéias e, ouvindo os outros, nos tornarmos capazes de avaliar
nossos argumentos. Mas, para que isso ocorra, é preciso garantir a participação de todos. Na tentativa de
assegurar a ética e a qualidade do debate, os participantes devem atender as seguintes normas, que
constituem-se em possíveis critérios de avaliação:
1. Aceitar a lógica da confrontação de posições, ou seja, existem pensamentos divergentes;
2. Estar dispostos e abertos a ultrapassar os limites das suas posições pessoais;
3. Explicitar racionalmente os conceitos e valores que fundamentam a sua posição;
4. Admitir o caráter, por vezes contraditório, da sua argumentação;
5. Buscar, na medida do possível, por meio do debate, da persuasão e da superação de posições particulares,
uma posição de unidade, ou uma maior aproximação possível entre as posições dos participantes;
6. Registrar, por escrito, as idéias surgidas no debate.
Além disso, o debate nos possibilita avaliar:
- o uso adequado da língua portuguesa em situações formais;
- o conhecimento sobre o conteúdo da disciplina envolvido no debate;
- a compreensão sobre o assunto específico debatido e sua relação com o conteúdo da disciplina.
176
INSTRUMENTO 10
Atividades com textos literários
Ao utilizar textos literários como recurso de aprendizagem poderemos, entre várias possibilidades,
enriquecer as discussões acerca do conteúdo que está sendo discutido; apresentar o conteúdo no contexto de
outra linguagem; utilizá-lo como metáfora do que está sendo exposto.
O trabalho com o texto literário passa por três momentos necessários para sua efetivação: a escolha
do texto, a elaboração da atividade em si (seja através de questões, seja por um roteiro de leitura), os critérios
de avaliação.
Na escolha do texto, devemos nos atentar para adequação do mesmo, tanto no que tange ao nível de
ensino do aluno, quanto à faixa etária do mesmo, ou ainda a linguagem utilizada.
Na elaboração da atividade, devemos considerar a especificidade da nossa disciplina, porém, vale
lembrar que dela poderão resultar trabalhos escritos, orais ou expressos por meio de recursos artísticos tais
como colagens, charges, gravuras, etc.
A atividade com o texto literário possibilita avaliarmos:
a compreensão e interpretação da linguagem utilizada no texto;
a articulação do conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o texto literário lido.
o reconhecimento dos recursos expressivos específicos do texto literário.
INSTRUMENTO 11
Atividades a partir de recursos Audiovisuais
Os recursos audiovisuais permitem situações de ensino/aprendizagem que podem enriquecer o
trabalho com os conteúdos das disciplinas.
O trabalho com filmes, documentários, músicas, teatro, entre outros, demanda a nossa pesquisa
sobre o recurso a ser levado para os alunos.
Qualquer que seja o recurso escolhido, é preciso considerar que o conteúdo abordado naquela mídia
não está didatizado, vem apresentado em linguagem específica e com intencionalidade diferente daquela que
existe na escola. A didatização do conteúdo cabe a nós, professores.
As atividades efetivadas com os recursos audiovisuais nos possibilita avaliar, entre outros critérios:
a compreensão e interpretação da linguagem utilizada;
a articulação do conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o conteúdo apresentado pelo audiovisual;
o reconhecimento dos recursos expressivos específicos daquele recurso;
177
INSTRUMENTO 12
TRABALHO EM GRUPO
O objetivo do trabalho em grupo é desenvolver dinâmicas com pequenos grupos, na tentativa de
proporcionar, aos alunos, experiências que facilitem o processo de aprendizagem.
A perspectiva para o trabalho em grupo é aquela em que as ações pedagógicas envolvam o aluno,
seja nas tarefas realizadas por seu grupo, seja na definição de atitudes que promovam uma interação social; é
aquela em que as ações de um aluno o conduzem a compartilhar conhecimento, contribuindo de forma
significativa para a sua aprendizagem. Nesta prática pedagógica, nossas
ações são as de um orientador que acompanha o trabalho do grupo e que, na medida da necessidade,
redireciona as atividades.
Quando se considera que os alunos se aproximam do objeto de estudo de formas e com intensidades
diferentes, a realização do trabalho em grupo apresenta-se como ocasião de enriquecimento desta
aproximação, tendo em vista o trabalho coletivo. Além disso, perguntas ou observações que muitos alunos
não colocam para nós, são socializadas no grupo.
O trabalho em grupo pode ser proposto a partir de diferentes atividades, sejam elas, escritas, orais,
gráficas, corporais, construção de maquetes, painéis, mural, jogos e outros, abrangendo os conhecimentos
artísticos, filosóficos e científicos.
Nessas atividades, poderemos avaliar se cada aluno:
Demonstra os conhecimentos formais da disciplina, estudados em sala de aula, na produção coletiva
de trabalhos na sala de aula ou em espaços diferenciados;
Compreende a origem da construção histórica dos conteúdos trabalhados e sua relação com a
contemporaneidade e o seu cotidiano.
INSTRUMENTO 13
QUESTÕES DISCURSIVAS
Essas questões fazem parte do cotidiano escolar dos alunos e possibilitam verificar a qualidade da
interação do aluno com o conteúdo abordado em sala de aula. Uma questão discursiva nos possibilita avaliar
o processo de investigação e reflexão realizado pelo aluno durante a exposição/discussão do conteúdo, dos
conceitos. Além disso, a resposta a uma questão discursiva permite que identifiquemos com maior clareza o
erro do aluno, para que possamos dar a ele a importância pedagógica que tem no processo de construção do
conhecimento.
178
Este tipo de questão exige resposta clara, concisa e completa e estas características decorrem da
compreensão que o aluno tenha sobre o conteúdo abordado pela questão e de sua capacidade de análise e
síntese, uma vez que escrever muito não garante uma resposta completa. Alguns critérios devem ser
considerados:
Verificar se o aluno compreendeu o enunciado da questão. Se não houve esta compreensão, é preciso
considerar se está havendo falha na leitura do aluno ou se o próprio enunciado carece de clareza e
objetividade.
Observar, quando for o caso, se o aluno planejou a solução, e se essa tentativa foi adequada.
Capacidade do aluno se comunicar por escrito, com clareza, utilizando-se da norma padrão da língua
portuguesa.
Observar se houve a sistematização do conhecimento de forma adequada.
Na elaboração destas questões devemos apresentar um enunciado de forma clara, com qualidade e
linguagem adequada. O bom planejamento da questão, o grau de dificuldade e os critérios previamente
considerados são pontos importantes que constituem o processo de avaliação.
INSTRUMENTO 14
QUESTÕES OBJETIVAS
Este tipo de questão deverá ser utilizada como um componente da avaliação, nunca deve ser aplicada
como a única ou principal forma avaliativa, pois seu principal objetivo é a fixação do conteúdo.
Uma questão objetiva deve apresentar um enunciado objetivo e esclarecedor, usando um vocabulário
conceitual adequado, possibilitando ao aluno a compreensão do que foi solicitado. Para a construção desse
tipo de questão devemos definir o grau de dificuldade de cada questão direcionada para cada série com vistas
a não cometer injustiças.
A questão objetiva possibilita avaliarmos a leitura compreensiva do enunciado; a apropriação de
alguns aspectos definidos do conteúdo; a capacidade de se utilizar de conhecimentos adquiridos.
BIBLIOGRAFIA
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO BÁSICA, Grupos de Estudos 2008, 2º Encontro, Avaliação – um
processo Intencional e Planejado
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ, Superintendência da Educação - Diretrizes
Curriculares de Ciências para o Ensino Fundamental - 2008
179
REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO V 12 N 36 SET/DEZ 2007 - Universidade de Brasília, Programa
de Pós-Graduação em Educação e Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências; Educação científica
na perspectiva de letramento como prática social: funções, princípios e desafios, Wildson Luiz Pereira dos
Santos.
Rev. PEC, Curitiba, v.2, n.1, p.37-42, jul. 2001-jul. 2002, TEORIA DA APRENDIZAGEM
SIGNIFICATIVA SEGUNDO AUSUBEL, Adriana Pelizzari, Maria de Lurdes Kriegl, Márcia Pirih Baron,
Nelcy Teresinha Lubi Finck, Solange Inês Dorocinski.
180
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE ENSINO RELIGIOSO
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
O Histórico da disciplina de Ensino Religioso, pretende apresentar marcos importantes na
constituição deste componente curricular, tendo em vista a definição de diretrizes curriculares que orientem a
sua implementação nas escolas da rede pública estadual.
O Ensino Religioso era tradicionalmente, o ensino da Religião Católica Romana, Religião oficial do
Império conforme determinava a constituição de 1824. Após a proclamação da República o ensino passou a
ser laico, público, gratuito e obrigatório, rejeitando, portanto, a hegemonia católica que exercia até o
monopólio de ensino. A partir da constituição de 1934, o Ensino Religioso passou a ser como disciplina na
escola pública.
O Ensino Religioso, embora de matrícula facultativa, cumpre parte importante na formação da
criança, pois, atualmente, em meio a tanta intolerância religiosa faz-se necessário estabelecer relações entre
culturas, espaços e diferenças como forma de incutir o respeito pela crença do outro.
Desenvolver a vivência do diálogo e do respeito às diferenças pessoais, culturais e religiosas em seu
social, através da identificação dessas diferenças e semelhanças a fim de firmar atitudes de paz,
compreensão, solidariedade e superação de toda forma de preconceito.
Reconhecer a importância dos ritos sociais, culturais e religiosos na vida das pessoas, bem como os
símbolos, os rituais e as espiritualidades das diferentes Tradições Religiosas que orientam a vivência da fé
dos adeptos, sua experiência e relação com Transcedente, desenvolvendo respeito pela experiência e
expressão religiosa das culturas afros do Brasil.
Identificar a diversidade cultural na realidade social e conhecer a origem histórica das diferenças
religiões, bem como um dado da cultura, situando-se nele e desenvolvendo o diálogo, o sentido da tolerância
e do convívio respeitoso das religiões africanas presentes no Brasil.
O Ensino Religioso na LDBN 9.394/96,no artigo 33, adota princípio de que o Ensino Religioso é
parte integrante essencial ma formação do ser humano, como pessoa e cidadão sendo de responsabilidade do
Estado a sua oferta na educação pública.
CULTURA AFRO–BRASILEIRA E AFRICANA E INDÍGENA
A inserção da Lei 10.639/03, História e Cultura afro–brasileira e Africana e a lei 11.643/08, História
e Cultura afro-brasileira e Indígena, nas Diretrizes Curriculares Nacionais, faz-se necessário para conhecer a
situação desses povos que aqui vivem e aprender a valoriza-los é para que isso aconteça é preciso trabalhar
desde as suas origens até a situação atual. Este tipo de abordagem leva os alunos a entenderem a
complexidade das origens da população brasileira como uma confluência de heranças que se
181
preservam,vencendo políticas explícitas de homogeneização cultural havidas no passado, resistindo,
recolocando-se, recriando-se, ativas em diferentes momentos da história.
A existência de cultura, tecnologia e modos de vida própria desses povos são pontos ainda obscuros
na história do Brasil, que está para ser contada: a história dos negros e dos índios. Como até então, essas
questões passaram em branco no ensino tradicional de História do Brasil e nos livros didáticos, agora,
justifica-se um tratamento à parte, propondo uma visão ampla sobre a trajetória dessas culturas e etnias,
como forma de resgatar a dignidade desses povos que também são partes integrantes e essenciais da nossa
própria história.
DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS
O compromisso com a formação do cidadão ativo faz com que a escolarização assuma alguns
princípios básicos que, tradicionalmente não eram da sua área, até mesmo era tabu falar sobre determinados
assuntos, sexo, por exemplo, só de maneira conceitual, técnica, pois quem devia falar sobre isso era a
família; hoje, já não é possível ficar alheia à medida que a gravidez na adolescência aumenta a cada ano –
observada na própria escola –, a violência, as drogas já chegaram à escola, e em vista disso, abordagens
sobre indisciplina, meio ambiente, drogadição, saúde, ética entre outros devem ser discutidos à luz da
realidade, pois os temas sugeridos são fundamentais tanto para a própria formação do aluno quanto para a
sua atuação de modo crítico na sociedade, constituindo-se, pois, de conhecimentos sociais relevantes e
presentes no seu dia-a-dia.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Entende-se por conteúdos estruturantes os saberes os conhecimentos de grande amplitude, conceitos
ou práticas que identificam e organizam os campos de estudos a serem desenvolvidos como:
Paisagem Religiosa: Entende-se como Paisagem Religiosa o lugar ou espaço geográfico que
remetem as experiências do sagrado. O homem consagra certos espaços porque necessita viver e conviver,
ele precisa locomover-se num mundo sagrado, que possa a assumir significados diversos. Transformando-se
num lugar especialmente simbólico, que resulta das crenças existentes entre tradições religiosas.
Universo Simbólico Religioso: São linguagem que expressam sentidos, possuem função de
comunicar. Os símbolos também podem ser definidos como algo que veicula uma concepção, podendo ser
uma palavra, um som, um gesto, um ritual, uma obra, etc.
Os símbolos são parte essencial da vida humana, todo o ser humano se constitui, se constrói por meio
de inúmeras linguagens simbólicas.
Textos Sagrados: Eles abrangem as comunicações expressas nas pinturas de corpos, paredes, vitrais,
abordam diferentes formas de linguagens além daquelas escritas ou transmitidas pela forma oral, e escritas
entre outras.
182
BÁSICOS
5ª série
Organizações religiosas
Lugares Sagrados
Textos Sagrados orais ou escritos
Símbolos Religiosos
6ª série
Temporalidade Sagrada
Festas Religiosas
Ritos
Vida e Morte
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Os Conteúdos Básicos devem ser tratados sob a ótica dos três Conteúdos Estruturantes.
A linguagem utilizada deve ser a científica e não a religiosa a fim de superar as tradicionais aulas de
religião.
É vedada toda e qualquer forma de proselitismo e doutrinação, entendendo que os conteúdos do Ensino
Religioso devem ser trabalhados enquanto conhecimento da diversidade sócio-político e cultural.
AVALIAÇÃO
Para efetivar o processo de avaliação no Ensino Religioso, é necessário definir os instrumentos e estabelecer os critérios que explicitem o quanto o aluno se apropriou do conteúdo específico da disciplina e foi
capaz de relacioná-lo com as outras disciplinas. A avaliação pode revelar também em que medida a prática
pedagógica, fundamentada no pressuposto do respeito à diversidade cultural e religiosa, contribui para a
transformação social.
A apropriação do conteúdo trabalhado pode ser observada pelo professor em diferentes situações de
ensino e aprendizagem. Eis algumas sugestões que podem ser tomadas como amplos critérios de avaliação
no Ensino Religioso:
· o aluno expressa uma relação respeitosa com os colegas de classe que têm opções religiosas diferentes da
sua?
· o aluno aceita as diferenças de credo ou de expressão de fé?
· o aluno reconhece que o fenômeno religioso é um dado de cultura e de identidade
183
de cada grupo social?
· o aluno emprega conceitos adequados para referir-se às diferentes manifestações
do sagrado?
A avaliação é um elemento integrante do processo educativo na disciplina do Ensino Religioso.
Cabe, então, ao professor implementar práticas avaliativas e construir instrumentos de avaliação que permi tam acompanhar e registrar o processo de apropriação de conhecimentos pelo aluno em articulação com a in tencionalidade do ensino explicitada nos planos de trabalho docente. O que se busca, em última instância,
com o processo avaliativo é identificar em que medida os conteúdos passam a ser referenciais para a compre ensão das manifestações do sagrado pelos alunos.
Diante da sistematização dos resultados da avaliação, o professor terá elementos para planejar as necessárias intervenções no processo pedagógico, bem como para retomar as lacunas identificadas na aprendizagem do aluno. Terá também elementos indicativos dos níveis de aprofundamento a serem adotados em
conteúdos que desenvolverá a posteriori e da possível necessidade de reorganização do trabalho com o objeto e os conteúdos estruturantes.
Para a avaliação do conhecimento na disciplina de Ensino Religioso, deve-se levar em conta as especificidades de oferta e freqüência dos alunos nesta disciplina que todo professor ao ministrá-la deve estar ciente, pois tal disciplina está em processo de implementação nas escolas e, por isso a avaliação pode contri buir para sua legitimação como componente curricular. Apesar de não haver aferição de notas ou conceitos
que impliquem aprovação ou reprovação do aluno, recomenda-se que o professor registre o processo avaliativo por meio de instrumentos que permitam à escola, ao aluno, aos seus pais ou responsáveis a identificação
dos progressos obtidos na disciplina. A avaliação permite diagnosticar o quanto o aluno se apropriou do conteúdo, como resolveu as questões propostas, como reconstituiu seu processo de concepção da realidade social e, como, enfim, ampliou o seu conhecimento em torno do objeto de estudo do Ensino Religioso, o sagra do, sua complexidade, pluralidade, amplitude e profundidade.
BIBLIOGRAFIA
MARCHON Bent ; KIEFFER, Jean François. As grandes religiões do mundo.
Diretrizes curriculares de ensino religioso para o ensino fundamental. Secretaria de Educação de estado da
educação.
ELIADE, Mircea. Tratado de história das religiões
184
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR CELEM – ESPANHOL
Histórico
Os centros de Língua Estrangeira Moderna funcionam no Estado do Paraná desde 1986, quando
então foi regulamentado pela secretária de educação em exercício naquele momento Gilda Poli Rocha
Loures, ofertando línguas estrangeiras diferentes das constantes na matriz curricular daquele momento.
Durante o decorrer destes 23 anos de implantação o CELEM passou por diversas reorganizações, assim
como em alguns momentos por mudanças de objetivos. Atualmente o Celem se estende por todos os Núcleos
Regionais de Educação do Estado do Paraná, configurando-se como um curso de grande alcance para que se
tenha acesso à língua estrangeira moderna em nosso estado"
Justificativa
De acordo com a lei federal nº 11.161/05 e com o PARECER CEE/CEB N' 331/09, a oferta do
ensino de outra língua estrangeira de modo optativo, além daquela ofertada na matriz curricular de cada
instituição passa a ter caráter obrigatório, tendo isto em vista, bem como as necessidades da. vida atual, este
estabelecimento propõe o funcionamento do CELEM com oferta de Língua Espanhola. O qual funcionará em
conformidade com as diretrizes curriculares estaduais (DCE's) do Paraná
O Ensino de LEM se justifica com prioridade pelo objetivo de desenvolver a competência
comunicativa(linguística, textual, discursiva e sociocultural), ou seja, este desenvolvimento deve ser
entendido como a progressiva capacidade de realizar a adequação do ato verbal às situações de comunicação.
Apresentação da Disciplina
No âmbito do processo de ensino e aprendizagem das Línguas Estrangeiras Modernas ( LEM), as
Diretrizes Curriculares da Educação Básica ( DCE) para Língua Estrangeira Moderna, afirmam que ''as
propostas curriculares e os métodos de ensino são instigados a atender às expectativas e demandas sociais
e contemporâneas e a propiciar a aprendizagem dos conhecimentos historicamente produzidos às novas
gerações." DCE, 2008, p.38).
Diante disto, observa-se que "na atualidade, vem ocorrendo modificações significativas no campo
da ciência principalmente no âmbito dos estudos linguísticos no que diz respeito a aquisição da língua
estrangeira (LE)".(WOGINSK, 2005, s/p)
A resolução nº 3904/2OOB de 27 de agosto de 2008, reitera:a importância que a aprendizagem de
Línguas Estrangeiras Modernas (LEM) tem no desenvolvimento do ser humano quanto a compreensão de
valores sociais e a aquisição de conhecimento sobre outras culturas (SUED/SEED, 2008).
185
Sendo que a comunicação ocorre também por meio de textos, pode-se dizer que o objetivo do ensino
de LEM corresponde ao desenvolvimento da capacidade de produzir e compreender textos nas mais diversas
situações de comunicação.
Contudo:
Um dos objetivos de Língua Estrangeira Moderna é que os envolvidos no processo
pedagógico façam uso da língua que estão aprendendo em situações significativas relevantes, isto é, que não
de limitem ao exercício de uma mera prática de formas linguísticas descontextualizadas. Trata-se da inclusão
social do aluno numa sociedade reconhecidamente diversa e complexa através do comprometimento mútuo.
(DCE, 2008, p.57)
Sendo assim fica evidente, a importância que a habilidade de compreensão e expressão tem no
ensino e aprendizagem de LEM oportunizando ao aluno a possibilidade de compreender e expressar-se
observando os princípios da gramática e dos elementos culturais.
Também será explorada a habilidade de compreensão leitora visando a interpretação, compreensão, a
leitura e a produção (oral, escrita e visual de diferentes gêneros textuais).
CONTEÚDOS
Para o ensino e aprendizagem de língua Estrangeira Moderna, as discussões pertinentes aos
conteúdos encontram-se imbricadas em seu conteúdo estruturante, bem como nos conteúdos básicos,
propostos pelas Diretrizes Curriculares da Educação Básica para LEM.
A disciplina de LEM concebe como conteúdo estruturante o Discurso como prática social e ao
mesmo tempo caracteriza os gêneros ( textuais, do texto, discursivos, do discurso) como conteúdos básicos
abordados dentro das práticas discursivas.
Os gêneros do discurso segundo Bakhtin ( 1952, p. 279 ), são definidos como "tipos relativamente
estáveis e heterogêneos de enunciados dentro de uma esfera de utilização da língua" e, ainda caracterizados
por três elementos: o conteúdo temático, o estilo e a construção composicional.
Para Marcushi ( 2006, p 35 ) os gêneros textuais " são um tipo de gramatica social (grifo do autor)
isto é, uma gramática da enunciação". Sendo assim,
são definidos como textos orais ou escritos
materializados em situações comunicativas recorrentes ( portanto ) organizam nossa fala e escrita assim
como a gramática organiza as formas linguísticas. ( MARCUSH 1,206, p. 35 ).
Não cabe mais a escola apenas ensinar o aluno a ler e escrever em e/ou na LEM é preciso instruí-lo a
relacionar a língua às suas práticas sociais.
Reafirma-se a necessidade de explorar as práticas da oralidade, leitura e escrita a partir da seleção
dos gêneros textuais. Conforme Bakhtin (1952), o indivíduo primeiro define o seu propósito, para então
decidir o gênero textual que utilizará..
186
No que se refere às práticas da oralidade, percebe-se a necessidade de trabalhar a língua falada
oportunizando ao aluno perceber sua função social, sendo que o próprio aluno utilizará os diferentes gêneros
de acordo com seus próprios interesses.
O trabalho com a oralidade nas aulas de LEM " têm como objetivo expor os alunos a textos orais,
pertencentes aos diferentes discursos (...) é aprender a expressar ideias em Língua estrangeira mesmo que
com limitações (...) também é importante que o aluno se familiarize com os sons específicos da língua que
estás aprendendo" ( DCE, 2008, p. 66 ).
Objetiva-se valorizar a importância que a oralidade tem na sala de aula de LEM, bem como explorar
aqueles gêneros textuais próprios da oralidade como, a publicidade da televisão e da rádio, por exemplo.
No que diz respeito à prática da leitura, observa-se que o papel primordial da utilização dos gêneros
textuais na aprendizagem de LEM, torna a aquisição do conhecimento mais significativa e mais próxima das
práticas sociais das quais o aluno interage.
De acordo com as DCE ( 2008 ), a respeito da leitura discursiva, na medida em que os alunos
reconheçam que os textos são representações da realidade, são construções sociais, eles terão uma posição
mais crítica em relação a tais textos. Poderão rejeitá-los ou reconstruí-los a partir de seu universo de sentido,
o qual lhes atribui coerência pela construção de significados ( DCE, 2008, p. 65 ).
Koch e Elias (2007, p.37 ), apontam para o fato da leitura ser " uma atividade de construção de
sentido que pressupõe a interação autor-texto-leitor, é preciso considerar que, nessa atividade, além das
pistas e sinalizações que o texto oferece, entram em jogo os conhecimentos do leitor'.
Ainda, o processo de leitura a partir dos gêneros textuais considerando que estes são constituídos de
um determinado modo e com uma certa função dentro de um domínio discursivo, requer a construção de
sentidos dos textos considerando que, a escrita/fala baseiam-se em formas padrão e relativamente estáveis de
estruturação e é por essa razão que, cotidianamente, em nossas atividades comunicativas, são incontáveis as
vezes em que não somente lemos textos diversos, como também produzimos ou ouvimos enunciados
(KOCH, ELIAS, 2007 p 101)
No que diz respeito as práticas da escrita, " não se pode esquecer, que ela deve ser vista como uma
atividade sociointeracional, ou seja, significativa', (DCE, 2008, p. 66).
As condições dessa produção escrita e o uso de variados gêneros textuais desenvolverão no aluno, a
possibilidade ou necessidade de usar a língua escrita como forma de comunicação, de interlocução em
situações na qual a expressão escrita se apresente como uma resposta a um desejo ou uma necessidade de
comunicação, de interação, e que o aluno tenha, pois, objetivos para escrever e destinatários (leitores) para
quem escrever (SOARES, 1999 apud WOGINSKI, 2008, p. 63).
No ensino de LEM, salienta-se a importância de desvincular-se (pelo menos parcialmente) das
questões de adequação formal no processo da escrita para focar-se também à adequação comunicativodiscursiva do texto'.
Conforme Koch e Elias (2009), a produção recorre a conhecimentos armazenados na memória. Esses
conhecimentos resultam das inúmeras atividades em que o produtor se envolveu ao longo da vida, bem como
187
são concebidos pela ativação de modelos cognitivos sobre as práticas interacionais, históricas e
culturalmente constituídas, portanto, para a atividade de escrita, o produtor precisa ativar modelos que possui
sobre práticas 'comunicativas configuradas em textos, levando em conta elementos que entram em sua
composição ( modo de organização ), além de aspectos do conteúdo, estilo,função e suporte de
veiculação (KOCH; ELIAS, 2009, p. 43).
A elaboração de atividades que envolvam a diversidade dos gêneros textuais, como a (re)produção
de uma carta (formal ou informal) ou um bilhete certamente atenderão a demanda das práticas linguísticas da
escrita, bem como oportunizarão a reflexão sobre os mecanismos linguísticos que envolvem o processo da
escrita
Portanto; é necessário considerar "o que os alunos precisam aprender sobre a ação da linguagem
configurada no gênero?"
É necessário ainda, destacar que também serão abordados conteúdos referentes à Cultura Afrobrasileira, africana e indígenas conforme as leis, 10.639/2003 e 11645/2008.
A seguir encontram-se listados os conteúdos a serem abordados durante o Curso do CELEM,"bem
como, os gêneros textuais que poderão ser abordados de acordo com as necessidades que forem surgindo.
CONTEUDOS BÁSICOS – P1
Gêneros textuais e esfera social de circulação
Esfera cotidiana de circulação:
*Bilhete
*Carta pessoal
*Cartão felicitações
*Cartão postal
*Convite
*Letra de música
*Receita culinária
Esfera publicitária de circulação:
*Anúncio
*Comercial Para rádio
*Fôlder
*Paródia
*Placa
*Publicidade Comercial
*Slogan
188
Esfera produção de circulação:
*Bula
*Embalagem
*Placa
*Regra de jogo
*Rótulo
Esfera jornalística de circulação:
*Anúncio classificados
*Cartum
*Charge
*Entrevista
*Horóscopo
*Reportagem
*Sinopse de filme
Esfera artística de circulação:
*Autobiografia
*Biografia
Esfera escolar de circulação:
*Cartaz
*Diálogo
*Exposição oral
*Mapa
*Resumo
Esfera literária de circulação:
*Conto
*Crônica
*Fábula
*História em quadrinhos
*Poema
Esfera midiática de circulação:
*Correio eletrônico (e-mail)
*Mensagem de texto (SMS)
189
*Telejornal
*Telenovela
*Videoclipe
PRÁTICA DISCURSIVA:
Oralidade
Fatores de textualidade centradas no leitor:
*Tema do texto;
*Aceitabilidade do texto;
*Finalidade do texto;
*lnformatividade do texto;
*lntencionalidade do texto;
*Situacionalidade do texto;
*Papel do locutor e interlocutor;
*Conhecimento de mundo;
*Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos;
*Adequação do discurso ao gênero;
*Turnos de fala;
*Variações linguísticas.
Fatores de textualidade centradas no texto:
*Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos;
*Adequação da fala ao contexto (uso de distintivos formais e informais como conectivos, gírias, expressões,
repetições);
*Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.
PRÁTICA DISCURSIVA:
Leitura
Fatores de textualidade centradas no leitor:
*Tema do texto;
*Conteúdo temático do gênero;
*Elementos composicionais do gênero;
*Propriedades estilísticas do gênero;
*Aceitabilidade do texto;
*Finalidade do texto;
*Informatividade do texto;
*Intencionalidade do texto;
190
*Situacionalidade do texto;
*Papel do locutor e interlocutor;
*Conhecimento de mundo;
*Temporalidade;
*Referência textual.
Fatores de textualidade centradas no texto:
*Intertextualidade;
*Léxico: repetição, conotação, denotação, polissemia;
*Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
*pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito);
*Partículas conectivas básicas do texto.
PRÁTICA DISCURSIVA:
Escrita
Fatores de textualidade centradas no leitor:
*Tema do texto;
*Conteúdo temático do texto;
*Elementos composicionais do gênero;
*Propriedades estilísticas do gênero;
*Aceitabilidade do texto;
*Finalidade do texto;
*lnformatividade do texto;'
*lntencionalidade do texto;
*Situacionalidade do texto;
*Papel do locutor e interlocutor;
*Conhecimento de mundo
*Temporalidade;
*Referência textual.
Fatores de textualidade centradas no texto:
*lntertextualidade;
*Partículas conectivas básicas do texto;
*Vozes do discurso: direto e indireto;
*Léxico: emprego de repetições, conotação, denotação, polissemia, formação das palavras, figuras de
linguagem;
*Emprego de palavras e/ou expressões com mensagens implícitas e explicitas;
191
*Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação,figuras de
linguagem, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);
*Acentuação gráfica;
*Ortografia;
*Concordância verbal e nominal.
CONTEÚDOS BÁSICOS – P2
Esfera Social de Circulação e seus gêneros textuais.
*Esfera cotidiana de circulação:
*Comunicado
*Curriculum Vitae
*Exposição oral
*Ficha de inscrição
*Lista de compras
*Piada
*Telefonema
Esfera publicitária de circulação:
*Anúncio
*Comercial para televisão
*Fôlder
*lnscrições em muro
*Propaganda
*Publicidade Institucional
*Slogan
Esfera produção de circulação:
*Instrução de montagem
*Instrução de uso
*Manual técnico
*Regulamento
Esfera jornalística de circulação:
*Artigo de opinião
*Boletim do tempo
*Carta do leitor
*Entrevista
192
*Notícia
*Obituário
*Reportagem
Esfera jurídica de circulação:
*Boletim de ocorrência
*Contrato
*Lei
*Ofício
*Procuração
*Requerimento
Esfera escolar de circulação:
*Aula em vídeo
*Ata de reunião
*Exposição oral
*Palestra
*Resenha
*Texto de opinião
Esfera literária de circulação:
*Contação de história
*Conto
*Peça de teatro
*Romance
*Sarau de poema
Esfera midiática de circulação:
*Aula virtual
*Conversação chat
*Correio eletrônico (e-mail)
*Mensagem de texto (SMS)
*Videoclipe
PRÁTICA DISCURSIVA:
Oralidade
Fatores de textualidade centradas no leitor:
193
*Tema do texto;
*Aceitabilidade do texto;
*Finalidade do texto;
*Informatividade do texto;
*lntencionalidade do texto;
*situacionalidade do texto;
*Papel do locutor e interlocutor;
*Conhecimento de mundo;
*Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos;
*Adequação do discurso ao gênero;
*Turnos de fala;
*Variações linguísticas.
Fatores de textualidade centradas no texto:
*Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos;
*Adequação da fala ao contexto (uso de distintivos formais e informais como conectivos, gírias, expressões,
repetições);
*Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.
PRÁTICA DISCURSIVA
Leitura
Fatores de textualidade centradas no leitor:
*Tema do texto;
*Conteúdo temático do texto; I
*Elementos composicionais do gênero;
*Propriedades estilísticas do gênero;
*Aceitabilidade do texto;
*Finalidade do texto;
*lnformatividade do texto;
*Intencionalidade do texto;
*Situacionalidade do texto;
*Papel do locutor e interlocutor;
*Conhecimento de mundo;
*Temporalidade;
*Referência textual.
194
Fatores de textualidade centradas no texto:
* Intertextualidade;
*Léxico: repetição, conotação, denotação, polissemia;
*Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, figuras de
linguagem, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito);
*Partículas conectivas básicas do texto;
*Elementos textuais lexical de palavras italicizadas, negritadas, sublinhadas, números, substantivos próprios;
*Interpretação da rede de relações semânticas existentes entre itens lexicais recorrentes no título, subtítulo,
legendas e textos.
PRÁTICA DISCURSIVA:
Escrita
Fatores de textualidade centradas no leitor:
*Tema do texto;
*Conteúdo temático do texto;
*Elementos composicionais do gênero;
*Propriedades estilísticas do gênero;
*Aceitabilidade do texto;
*Finalidade do texto;
*Informatividade do texto;
*lntencionalidade do texto;
*Situacionalidade do texto;
*Papel do locutor e interlocutor;
*Conhecimento de mundo;
*Temporalidade;
*Referência textual.
Fatores de textualidade centradas no texto:
*Intertextualidade;
*Partículas conectivas básicas do texto;
*Vozes do discurso: direto e indireto;
*Léxico: emprego de repetições, conotação, denotação, polissemia, formação das palavras, figuras de
linguagem;
*Emprego de palavras e/ou expressões com mensagens implícitas e explicitas;
*Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação,liguras de
linguagem, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);
*Acentuação gráfica;
195
*Ortografia
*Concordância verbal e nominal.
Metodologia da Disciplina
A metodologia referente à disciplina de Língua Estrangeira Moderna, está pautada na seguinte
afirmação de que, o trabalho com a Língua Estrangeira em sala de aula parte do entendimento do papel das
línguas nas sociedades como mais do que meros instrumentos de acesso à informação; as línguas estrangeiras
são possibilidades de conhecer, expressar e transformar modos de entender o mundo e de construir
significados. ( DCE, 2008, p.63).
Dessa forma, os procedimentos teórico-metodológicos possibilitarão atender as necessidades do
aluno enfatizando em demasia os aspectos e as experiências cotidianas.
Temos então que, "o ponto de partida da aula de Língua Estrangeira Moderna será o texto verbal e
não- verbal, como unidade de linguagem em uso" (DCE, 2008, p. 63), bem como afirma Marcushi (2003, p.
22), de que “é impossível se comunicar verbalmente e não ser por algum gênero, assim como é impossível se
comunicar verbalmente a não ser por algum texto”. Portanto, a principal ferramenta de ensino é justamente a
funcionalidade da língua de estudo sendo que o aluno é conduzido a vivenciar situações concretas (reais) de
fala e escrita e a desempenhar funções linguísticas a partir do uso de textos.
Assim, as práticas do ensino de LEM estarão subsidiadas pela apropriação dos, vários gêneros
textuais em atividades diversificadas, analisando a função do gênero estudado, sua composição, a
distribuição de informações, o grau de informação presente ali, a intertextualidade, os recursos coesivos, a
coerência e, somente depois de tudo isso, a gramática em si (DCE, 2008, p.61).
Observa-se que sempre foram utilizados textos para o desenvolvimento de atividades de
compreensão leitora e produção escrita. No entanto, o que se abordava a partir do uso desses textos eram os
aspectos gramaticais visando os elementos puramente estruturais da língua isto é, concebendo-a como código
e desconsiderando a enquanto discurso.
Ao utilizar-se dos diferentes gêneros textuais com fins educacionais, obtem-se textos didatizados, ou
seja, textos muitas vezes elaborados para atender determinadas necessidades da sala de aula como a
exploração de algum aspecto gramatical, por exemplo.
Com relação à “escolarização dos gêneros”, Kleiman (1998) refere-se ao fato de que ao “escolarizar”
esses gêneros, certamente servirão de pretexto para o ensino do código da língua sem atrelar-se aos aspectos
discursivos como a definição do gênero, bem como as práticas discursivas pertinentes a este: oralidade,
leitura e escrita.
No que se refere a didatização de gêneros textuais, Woginski (2008, p. 63), reitera que, devemos
lembrar, de que o uso e o manejo de um gênero textual, qualquer que seja ele, deve provocar no aluno a
curiosidade e a busca pela expressão, atribuição e (re)construção de sentidos com os textos. (grifo do
autor)
196
O ensino de LEM deverá abordar também as questões relacionadas às literaturas de Línguas
Estrangeiras, pois os textos literários são materiais muito ricos não se limitando a aspectos estruturais da
língua, bem como estes textos literários divulgam, aproximam e valorizam a cultura de um povo.
Sobre a questão do potencial didático dos gêneros textuais do domínio literário, observa-se que a
literatura é um meio ideal para desenvolver a consciência e a apreciação do uso da linguagem em suas
diferentes manifestações, já que aquela apresenta a linguagem em um contexto autêntico, em registros e
dialetos variados, dentro de um marco social (MCKAY 1982 apud WOGINSKI, 2004, s/p).
As DCE (2008, p, 67) demonstram que “ao apresentar textos literários aos alunos, devem-se propor
atividades que colaborem para que ele analise os textos e os perceba como prática social de uma sociedade
em um determinado contexto sociocultural”
De acordo com Woginski (2008, p. 64), fundamentado nos estudos de Lopes-Rossi (2006), “o
trabalho com os gêneros desenvolvido através de projetos pedagógicos é ideal para melhorar a apropriação
das características típicas dos gêneros”.
Assim sendo, é necessário que estes projetos pedagógicos sejam organizados em “ módulos
didáticos” objetivando a aquisição da língua-alvo partindo do gênero textual como conteúdo básico da
disciplina de LEM, conforme abaixo.
a) módulo didático de leitura, no qual o aluno será levado a caracterizar o gênero de estudo e a
reconhecê-lo na sociedade tendo como base uma necessidade (ou motivo) de produção (de interação) escrita
ou oral, bem como discutir e conhecer as propriedades discursivas, temáticas ( o que geralmente é dito nesses
mesmos gêneros), estilísticas (o que geralmente é registrado como marca enunciativa do produtor desses
gêneros, o que é utilizado como recurso linguístico e a análise linguística: recursos gramaticais, lexicais e
recursos não-verbais) e composicionais (como geralmente é organizado esse gênero, qual é a sua
característica e a sua sequência tipológica) do gênero selecionado;
b) módulo didático de produção escrita, neste momento aluno e professor poderão planejar a
produção e coletar informações para a primeira versão da escrita do texto. Na sequência revisar e re-escrever
o texto produzido em colaboração (aluno e professor) e por fim a produção final procurando aproximá-lo
daqueles gêneros que circulam na sociedade;
c) módulo didático de divulgação ao público, onde aluno e professor poderão indicar o suporte
(meio) para a circulação do gênero produzido, bem como realizar ações para efetivar esta circulação fora da
sala de aula e se possível da escola.
As atividades desenvolvidas através de “módulos didáticos” deverão se caracterizar como uma
sequência didática a qual é definida como “um conjunto de atividades escolares organizadas de maneira
sistemática, em torno de um gênero textual oral ou escrito” (DOLZ NOVERRAZ; SCHNEUWLY, 2004, p.
97).
Salienta-se que as atividades elaboradas para o ensino de LEM, deverão ser desenvolvidas em três
etapas:
197
a) etapa de pré-leitura, objetiva-se ativar os conhecimentos prévios do aluno, bem como discutir
questões referentes à temática, construir hipóteses e antecipar elementos do texto que poderão ser tratados a
partir do texto, antes mesmo da leitura;
b) etapa de leitura, propõe-se comprovar ou desconsiderar as hipóteses anteriormente apresentadas;
c) etapa de pós-leitura, na qual pretende-se explorar a compreensão de leitura e expressão escrita,
bem como atividades que explorem a compreensão e expressão oral e a elaboração de atividades variadas,
não necessariamente ligadas aos elementos gramaticais.
Por último, salienta-se que na aula de Língua Estrangeira Moderna o aspecto cultural deverá
caraclerizar-se como prática e hábito no processo de aquisição de uma LEM, pois segundo Giovannini
(1996) citado por Woginski (2004, s/p), “uma língua desvinculada de sua cultura converte-se em um
instrumento estéril e carente de significados”. Portanto ensinar os elementos culturais que regem uma língua
e esses articulados aos próprios elementos linguísticos dessa língua favorecem além da aquisição da língua,
também a aquisição do modo de viver daqueles que a falam. Logo abaixo, constam os encaminhamentos
metodológicos, de acordo com as Diretrizes Curriculares do Língua Estrangeira Moderna.
METODOLOGIA - P1
Organizar apresentações de textos produzidos pelos alunos;
*Orientar sobre o contexto social de uso do gênero oral trabalhado;
*Propor reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos;
*Preparar apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu uso formal e
informal;
*Estimular a expressão oral (contação de histórias), comentários, opiniões sobre os diferentes gêneros
trabalhados, utilizando-se dos recursos extralinguísticos, como: entonação, expressões faciais corporal e
gestual, pausas e outros;
*Selecionar os discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como: cenas de desenhos,
programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem entre outros.
*Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros atrelados à esfera social de circulação;
*Considerar os conhecimentos prévios dos alunos;
*Desenvolver atividades de leitura em três etapas:
- pré-leitura (ativar conhecimentos prévios, discutir questões referentes a temática, construir
hipóteses e antecipar elementos do texto, antes mesmo da leitura);
- leitura (comprovar ou desconsiderar as hipóteses anteriormente construídas);
- pós-leitura (explorar as habilidades de compreensão e expressão oral e escrita objetivando a
atribuição e construção de sentidos com o texto).
*Formular questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;
*Encaminhar as discussões sobre: tema, intenções, intertextualidade;
198
*Contextualizar a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época;
*Utilizar de textos verbais diversos que dialoguem com textos não-verbais, como: gráficos, fotos, imagens,
mapas;
*Socializar as ideias dos alunos sobre o texto;
* Estimular leituras que suscitem no reconhecimento das propriedades próprias de diferentes gêneros:
- temáticas (o que é dito nesses gêneros);
- estilísticas (o registro das marcas enunciativas do produtor e os recursos linguísticos);
- composicionais (a organização, as características e a sequência tipológica).
*Planejar a produção textual a partir da delimitação do tema, do interlocutor, do gênero, da finalidade;
*Estimular a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto;
*Acompanhar a produção do texto;
*Encaminhar e acompanhar a re-escrita textual: revisão dos argumentos (ideias), dos elementos que
compõem o gênero;
*Analisar a produção textual quanto à coerência e coesão, continuidade temática, à finalidade, adequação da
linguagem ao contexto;
*Conduzir à reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos"
*Oportunizar o uso adequado de palavras e expressões para estabelecer a referência textual;
*Conduzir a utilização adequada das partículas conectivas básicas;
*Estimular as produções nos diferentes gêneros trabalhados.
METODOLOGIA - P2
*Organizar apresentações de textos produzidos pelos alunos;
*Orientar sobre o contexto social de uso do gênero oral trabalhado;
*Propor reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos;
*Preparar apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu uso formal e
informal;
*Estimular a expressão oral (contação de histórias), comentários, opiniões sobre os diferentes gêneros
trabalhados, utilizando-se dos recursos extralinguísticos, como: entonação, expressões faciais, corporal e
gestual, pausas e outros;
*Selecionar os discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, corno: cenas de desenhos,
programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem entre outros.
*Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros atrelados à esfera social de circulação;
*Utilizar estratégias de leitura que possibilite a compreensão textual significativa de acordo com o objetivo
proposto no trabalho com o gênero textual selecionado;
*Desenvolver atividades de leitura em três etapas:
199
- pré-leitura (ativar conhecimentos prévios, discutir questões referentes a temática, construir
hipóteses e antecipar elementos do texto, antes mesmo da leitura);
- leitura (comprovar ou desconsiderar as hipóteses anteriormente construídas);
- pós-leitura (explorar as habilidades de compreensão e expressão oral e escrita objetivando a
atribuição e construção de sentidos com o texto);
*Formular questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;
*Encaminhar as discussões sobre: tema, intenções, finalidade, intertextualidade;
*Utilizar de textos verbais diversos que dialoguem com textos não-verbais, como: gráficos, fotos, imagens,
mapas;
*Relacionar o tema com o contexto cultural do aluno e o contexto atual;
*Demonstrar o aparecimento dos modos e tempos verbais mais comuns em determinados gêneros textuais;
*Estimular leituras que suscitem no reconhecimento das propriedades próprias de diferentes gêneros:
- temáticas (o que é dito nesses gêneros);
- estilísticas'(o registro das marcas enunciativas do produtor e os recursos linguísticos);
- composicionais (a organização, as características e a sequência tipológica).
*Planejar a produção textual a partir da delimitação do tema, do interlocutor, do gênero, da finalidade;
*Estimular a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto;
*Acompanhar a produção do texto;
*Encaminhar e acompanhar a re-escrita textual: revisão dos argumentos (ideias), dos elementos que
compõem o gênero;
*Analisar a produção textual quanto à coerência e coesão, continuidade temática, à finalidade, adequação da
linguagem ao contexto;
*Conduzir à reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos.
*Oportunizar o uso adequado de palavras e expressões para estabelecer a referência textual;
*Conduzir a utilização adequada das partículas conectivas básicas;
*Estimular as produções nos diferentes gêneros trabalhados.
AVALIAÇÃO
A avaliação do rendimento escolar será ampla e contínua no sentido de revelar o aproveitamento e o
grau de desenvolvimento atingido pelo aluno, bem como, de proceder à apuração para fins de aprovação:
a) proporcionar ao aluno a possibilidade de fazer uma síntese das experiências educacionais
vivenciadas.
b) possibilitar através de registro de dados, controle e a identificação das dificuldades e deficiências
do aluno no processo de aprendizagem.
200
Na apuração do rendimento, escolar levar-se-á em conta as diversas formas de avaliação. A
avaliação será constante, tendo um caráter de diagnóstico das dificuldades e de assessoramento na superação
das mesmas e deverá abranger:
a) Avaliação de Aprendizagem Escrita - com referência aos conteúdos básicos da disciplina de
LEM;
b) Avaliação de Aprendizagem Oral - conhecimento da forma estândard da língua de estudo, bem
como o conhecimento e a valorização das variantes linguísticas (escolhas, estilos, criatividade e variação da
língua) a partir dos conteúdos básicos da disciplina de LEM;
c) Atividades Avaliativas - trabalhos escritos e/ou orais desenvolvidos individualmente e/ou em
grupos como recursos para a fixação dos conteúdos básicos da disciplina de LEM;
d) Atividades Extraclasse - trabalhos de pesquisa, exercícios de caráter prático, materiais de apoio e
projeto interculturais resultantes dos conteúdos básicos da disciplina de LEM, objetivando a
complementação dos estudos da língua-alvo e de acordo como o Plano de Trabalho Docente.
Ao final das avaliações de aprendizagem (escrita e oral), bem como das atividades avaliativas e das
atividades extraclasse de cada (bimestre, trimestre ou semestre, de acordo com o Projeto Político
Pedagógico) será atribuída uma média (bimestral, trimestral ou semestral) e posteriormente uma média anual
a cada aluno.
Conforme a lnstrução Normativa nº 019/2008 de 31 de outubro de 2008:
6.11 A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma escala de 0,0 (zero
vírgula zero) a 10,0 (dez vírgula zero) (...) 6.16 Os alunos do CELEM que apresentarem frequência mínima
de 75% do total de horas letivas e a média anual igual ou superior a 6,0 (seis, vírgula zero) serão
considerados aprovados ao final do ano letivo (SUED/SEED,2008, p.5).
Salienta-se que ao estabelecer critérios para a avaliação, a seleção de conteúdos, os
encaminhamentos metodológicos e a clareza dos critérios de avaliação elucidam a intencionalidade do
ensino, enquanto a diversidade de instrumentos e técnicas de avaliação possibilita aos estudantes variadas
oportunidades e maneiras de expressar seu conhecimento (DCE,2008, p.33).
Por fim, de acordo com as DOE (2008, p.32), "os instrumentos de avaliação devem ser pensados e
definidos de acordo.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO - P1
Espera-se que o aluno:
*Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal e/ou informal);
*Apresente suas ideias com clareza, coerência;
*Utilize adequadamente entonação, pausas, gestos;
*Organize a sequência de sua fala;
*Respeite os turnos de fala;
201
*Explore a oralidade, em adequação ao gênero proposto;
*Exponha seus argumentos;
*Compreenda os argumentos no discurso do outro;
*Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões (quando necessário em língua materna);
*Utilize expressões faciais corporais e gestuais, pausas e entonação nas exposições orais, entre outros
elementos extralinguísticos que julgar necessário.
*Realize leitura compreensiva do texto;
*Identifique o conteúdo temático;
*Identifique a ideia principal do texto;
*Deduza os Sentidos das palavras e/ou expressões a partir do contexto;
*Perceba o ambiente (suporte) no qual circula o gênero textual;
*Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e
denotativo;
*Analise as intenções do autor;
*Identifique e reflita sobre as vozes sociais presentes no texto;
*Faça o reconhecimento de palavras e/ou expressões que estabelecem a referência textual;
*Amplie seu léxico, bem como as estruturas da língua (aspectos gramaticais) e elementos culturais.
*Expresse as ideias com clareza;
*Elabore e re-elabore textos de acordo com o encaminhamento do professor, atendendo:
- às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade);
- à continuidade temática;
*Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;
*Use recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade, etc;
*Utilize adequadamente recursos linguísticos como: pontuação, uso e função do artigo, pronome, numeral,
substantivo, adjetivo, advérbio, etc.;
*Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, em conformidade com o gênero
proposto;
*Use apropriadamente elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos atrelados aos gêneros
trabalhados;
*Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a referência textual.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO - P2
Espera-se que o aluno:
*Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal e/ou informal);
*Apresente suas ideias com clareza, coerência;
*Utilize adequadamente entonação, pausas, gestos;
202
*Organize a sequência de sua fala;
*Respeite os turnos de fala;
*Explore a oralidade, em adequação ao gênero proposto;
*Exponha seus argumentos;
*Compreenda os argumentos no discurso do outro;
*Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões (quando necessário em língua materna);
*Utilize expressões faciais corporais e gestuais, pausas e entonação nas exposições orais, entre outros
elementos extralinguísticos que julgar necessário.
* Realize leitura compreensiva do texto com vista a prever o conteúdo temático, bem como a ideia principal
do texto através da observação das propriedades estilísticas do gênero (recursos como elementos gráficos,
mapas, fotos, tabelas);
*Localize informações explícitas e implícitas no texto;
*Deduza os sentidos das palavras e/ou expressões a partir do contexto;
*Perceba o ambiente (suporte) no qual circula o gênero textual;
*Reconheça diversos participantes de um texto (quem escreve, a quem se destina, outros participantes);
*Estabeleça o correspondente em língua materna de palavras ou expressões a partir do texto;
*Analise as intenções do autor;
*Infira relações intertextuais;
*Faça o reconhecimento de palavras e/ou expressões que estabelecem a referência textual;
*Amplie seu léxico, bem como as estruturas da língua (aspectos gramaticais) e elementos culturais.
*Expresse as ideias com clareza;
*Elabore e re-elabore textos de acordo com o encaminhamento do professor, atendendo:
-às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade);
-à continuidade temática;
*Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;
*Use recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade, etc;
*Utilize adequadamente recursos linguísticos como: pontuação, uso e função do artigo, pronome, numeral,
substantivo, adjetivo, advérbio, etc.;
*Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, em conformidade com o gênero
proposto;
*Use apropriadamente elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos atrelados aos gêneros
trabalhados;
*Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a referência textual;
*Defina fatores de contextualização para o texto (elementos gráficos, temporais).
203
REFERENCIAS
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_Linguística aplicada ao ensino do espanhol como língua estrangeira - a interlíngua - interface espanhol e
inglês: um estudo de caso com falantes da língua portuguesa. In: Anais. V Encontro de Iniciação Científica e
V Mostra de Pós-Graduação. Faculdade Estadual de Filosofia Ciências e Letras (FAFIUV). União da Vitória
(PR): Meio magnético (CD-ROOM), 2005. 07 p.
_Conto literário: ferramenta de aproximação didática no ensino da língua espanhola. ln: Anais. IV Encontro
de Iniciação Científica e IV Mostra de Pós-Graduação. Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras
(FAFIUV). União da Vitória (PR): Meio magnético (CD-ROOM), 2004.05 p.
206
COMPLEMENTAÇÃO CURRICULAR
Programa Viva a Escola
•
Atividade 1: Construção do Conhecimento através das mídias
•
Núcleo de conhecimento/ disciplinas contempladas: CIENTÍFICO-CULTURAL, Ciências
•
Justificativa:
As mídias, bem como a informática, vem adquirindo cada vez mais relevância no cenário
educacional. Sua utilização como instrumento de aprendizagem e sua ação no meio social vem
aumentando de forma rápida entre nós. Nesse sentido, a educação vem passando por mudanças
estruturais e funcionais frente a essa nova realidade, os professores devem lançar mão dos recursos
tecnológicos para otimizar o processo ensino-aprendizagem, entretanto os alunos não dispõem de
informações básicas sobre Tv miltimídia,informática, Tv/video, etc. Esses assuntos são abordados
na disciplina de ciências, entretanto pouco explorados, devido o número reduzido de aulas e o
acúmulo de conteúdos. Sendo assim, faz se necessário preparar os alunos para o uso desses recursos
midiáticos englobando
as novas tecnologias da informação e comunicação, a educação, a
participação, possibilitando a construção de uma cidadania, critica e participativa . Será um meio
para promover a melhoria da qualidade de vida, garantir maior liberdade social, gerar conhecimento
e troca de informações.
•
Objetivos:
•Dinamizar as aulas de Ciências, utilizando as mídias bem como o laboratório de informática como
ferramentas pedagógicas no processo de ensino-aprendizagem, dando suporte aos professores na
prática de sala de aula;
•Incorporar ao ensino de Ciências as diferentes fontes de informação e recursos tecnológicos para
adquirir e construir conhecimentos;
•Orientar o aluno na utilização das tecnologias de informação, como meio pra apropriação dos
conhecimentos científicos;
•Oferecer aos alunos interessados, a oportunidade de elaborarem e desenvolverem, sob supervisão de
profissional competente, periódicos escolares, jornais, murais, etc.
•Contribuir positivamente para a aquisição de conhecimentos científicos bem como para uma
inclusão digital e tecnológica por parte dos alunos, professores e comunidade;
•
Critérios de participação:
Ser aluno deste colégio; ter interesse pelos conteúdos de ciências, priorizando os alunos em situação
de vulnerabilidade social.
207
•
Atividade 2: Atividades Literárias
•
Núcleo de conhecimento/ disciplinas contempladas: CIENTÍFICO-CULTURAL- Língua
Portuguesa.
•
Justificativa: O presente Programa terá a finalidade de proporcionar aos educandos incentivo à
leitura, seu desenvolvimento intelectual, valorizando a socialização e integração dos mesmos nas
práticas de leitura e produção de textos de variados gêneros literários.
A prática da leitura se faz necessária para que desperte nos alunos prazer e gosto pela mesma, que
por sua vez, é um processo que consiste na atividade ativa do leitor e também viabiliza o acesso,
permanência e participação dos alunos na melhoria de sua oralidade, na produção de textos entre
outros.
•
Objetivos: Propiciar a prática de leitura aos educandos em suas diversas formas fundamentada na
participação, formação integral, rendimento e valorização do ser humano, contribuindo para a
melhoria e qualidade da aprendizagem auxiliando no processo de formação de jovens leitores;
promover o desenvolvimento intelectual, pessoal e social dos educandos através da prática de
leitura;confrontar a linguagem formal e informal;identificar as palavras no contexto;viabilizar os
valores e práticas de leitura como prática de atividades lúdicas.
5. Critérios de participação: Alunos da rede pública que apresentem interesse no programa, alunos de
acordo com suas necessidades socioeducacionais, priorizando aqueles que se encontram em situação de
vulnerabilidade social.