Edição 58 - Julho/Agosto 2014 - Associação Nacional dos Ópticos

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Edição 58 - Julho/Agosto 2014 - Associação Nacional dos Ópticos
5.ª SÉRIE / Nº 58 / 2014 / Publicação Bimestral / €4,50
Visão de excelência dentro
das quatro linhas
“100% UV, o seu protector
ocular neste Verão”
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ESSILOR VARILUX S
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Ópticas Acreditadas
Sumário
5.ª Série - N.º 58
Julho/Agosto 2014
Visite-nos em:
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Editorial
5
www.facebook.com/opticos.ano
Em Foco
Para uma visão de excelência dentro das quatro linhas
6
Notícias
Entrevista
8
EyeSpeak, os óculos que dão voz a quem não
18
consegue comunicar
Opinião
Coração versus Dinheiro
21
Consciência ecológica plastificada
22
Uma ilusão real
23
Pag.6
Perspectiva Económica
Criar valor e ganhar competitividade:
seis regras simples
24
Volume de negócios a subir nas empresas portuguesas
26
Pag.32
Curiosidades
Aprender Braille de luva na mão
27
Óculos fora-de-jogo no Mundial 2014
28
Uma app que elimina o uso de óculos de leitura
29
Armações
Sol
Saúde Visual
30
A importância dos rastreios à visão nas escolas
32
Notícias ANO
Breves Saúde
Breves Negócios
34
Pag.18
Pag.26
31
Fotografia de Capa:
Istockphoto
39
41
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Ficha Técnica
Director
Rui Correia
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Coordenador
Eduardo Silva
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Editora
Paula Pinto Gonçalves
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Colaborador
Nuno Dias da Silva
4
Publicidade
Fernando Tomaz
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Grafismo e Paginação
Carlos Raposo
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Produção
Light Ideas, Consultoria de Comunicação
telefone: 912 135 990
Impressão
Fernandes & Terceiro, SA
Propriedade
ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS ÓPTICOS
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Espaço 3 e 4, 1750-323 Lisboa.
Tel.: 217 574 188/191
Fax: 217 594 733
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Periodicidade
Bimestral
Nº de registo no ICS
107048
Depósito legal
294619/09
Tiragem
1500 Exemplares
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Editorial
Inovação é palavra de ordem na Óptica
A inovação nasce das necessidades de
renovação e de evolução que todos os
organismos empresariais precisam para se
manterem actuais e competitivos. Como tal, a
inovação deverá ser parte integrante de uma
empresa, em especial, no sector da Óptica, pelo
constante contacto com produtos, equipamentos
e materiais em constante actualização
tecnológica.
Além disso, a nossa aposta na cíclica renovação
de conhecimentos dos nossos Associados, faz
com que a Associação inove nos serviços que
presta aos Associados, em especial, numa
comunicação cada vez mais directa e rápida
e em acções de formação à medida das
necessidades das empresas Associadas.
Acreditamos que, enquanto Associação
empresarial, devemos, não só representar
a inovação de quem representamos, mas
também anunciar as inovações em todo o
mercado da Óptica. Daí que esta edição da
VER destaque duas grandes novidades para o
sector. Por um lado, um estudo realizado por
diversos especialistas em visão desportiva,
que objectiva a excelência visual de árbitros
de futebol. Um estudo inédito em Portugal
e promissor na área da visão, que poderá
alterar a forma de actuar de uma inteira classe
profissional. Por outro lado, destacamos um
projecto nacional com enorme potencial alémfronteiras. Um par de óculos que usa a realidade
virtual em prol dos pacientes que, por diversas
condições de saúde, deixaram de conseguir
comunicar física e verbalmente, mas que ainda
processam pensamentos. Em entrevista à VER,
o responsável por esta inovação tecnológica
e humana, explica o funcionamento destes
óculos e explora as respectivas potencialidades,
inclusivamente para o nosso sector.
Este tipo de actuação inovadora enobrece os
sectores da Óptica e da Optometria em Portugal
e dinamiza todas as empresas que trabalham
neste mercado.
Nesta edição, apresentamos um outro tipo
de inovação, desta feita, na estrutura da
Direcção da Associação Nacional dos Ópticos.
Apresentamos, na rubrica Notícias ANO, a nova
directora, Paula Pinho, que revela a sua visão
sobre a Associação, o associativismo e o próprio
sector da Óptica em Portugal.
Na Perspectiva Económica, focamo-nos em
seis regras a seguir para criar valor na sua
empresa e ganhar competitividade, segundo
um livro publicado por dois consultores norteamericanos. Apresentamos ainda os últimos
dados divulgados pelo Barómetro PME Comércio
e Serviços, da Confederação do Comércio e
Serviços de Portugal, que perspectivam uma
melhoria no volume de negócios do tecido
empresarial português.
A Direcção
5
Em Foco
Para uma visão de excelência dentro
das quatro linhas
Entrevista a António Baptista Universidade do Minho
Quantas vezes acusámos um árbitro de não ver uma falta na grande área ou ter anulado
um golo válido? Para avaliar a visão dos profissionais da arbitragem nasceu o estudo “O
Olho em Acção: da Percepção ao Treino de Decisão”, um projecto inovador que envolve
todos os árbitros principais e assistentes da I Liga de Futebol em Portugal. A VER falou com
um dos autores do trabalho, o professor e investigador em Optometria da Escola de Ciências da Universidade do Minho, António Baptista, para saber como vai a visão dos árbitros
dentro e fora das quatro linhas. Em Outubro, o estudo deverá ser incluído num livro que
reúne trabalhos de investigação feitos na área da arbitragem e apresentado na sede da
Federação Portuguesa de Futebol, em Lisboa.
Quando e como nasceu o estudo “O Olho em Acção: da
Percepção ao Treino de Decisão”?
O estudo nasceu em 2012, num contexto de apoio a jovens
árbitros do quadro de potenciais talentos, desenvolvido no
Conselho de Arbitragem da Associação de Futebol de Braga.
Qual o principal objectivo?
O objectivo final é optimizar as capacidades visuais dos árbitros,
contribuindo para que tenham um desempenho de excelência.
6
Que fases tem o projecto? Em que fase se encontra?
O projecto tem três fases:
1) Identificar quais as características visuais específicas que
determinam a excelência no desempenho dos árbitros de
futebol e determinar quais as métricas que permitem avaliar
essas características de forma apropriada, exacta e repetível.
2) Identificar quais os valores padrão destas características em
árbitros de elite. Estes valores servem como metas a atingir
mas também poderão ser usados para avaliação de futuros
candidatos (recrutamento).
3) Desenvolver métodos (estratégias/procedimentos) para
optimizar as características visuais importantes para um
desempenho de excelência.
Os principais objectivos previstos para a fase 1 e 2 estão
concluídos, avançaremos para última fase.
A que testes visuais foram os árbitros submetidos?
Formam realizados questionários, avaliou-se a eficiência visual
(acuidade visual, refracção, visão binocular) e alguns parâmetros
de processamento da informação visual (tempos de reacção).
Além dos erros refractivos, que outro tipo de limitação
visual pode causar um mau desempenho destes
profissionais?
É uma questão que dá “pano para mangas”! Um dos principais
problemas que os árbitros reportam é o de “estar a olhar mas
não estar a ver”. Esta é uma situação que pode acontecer,
entre outros factores, porque o árbitro pode estar demasiado
focado numa determinada situação, não percebendo o que
se passa na “vizinhança”. Pode, ainda, dever-se à rapidez de
determinados acontecimentos, não dando tempo ao sistema
visual para processar a informação. Outra causa possível poderá
ser por ocultação parcial dos acontecimentos, devido ao mau
posicionamento do árbitro ou por barreiras visuais formadas
pelos corpos dos jogadores, obrigando o árbitro a reconstituir
a situação baseada em informação incompleta. No caso dos
árbitros assistentes existe uma situação que dificulta a marcação
correta do fora-de-jogo, a sua principal função, conhecida por
flashlag. De uma forma simples, esta ilusão óptica consiste em
percepcionar um corpo em movimento (jogador que recebe a
bola) mais adiantado do que realmente está quando existe um
marcador de tempo (momento do passe da bola). Devemos ter
sempre presente que, na realidade de um jogo, estas situações
surgem combinadas, e não isoladas, como, regra geral, são
apresentadas.
Que tipo de treino visual podem os árbitros realizar para
potenciar a visão durante os jogos?
Genericamente, são conhecidas as necessidades visuais
críticas para desempenho de excelência (de qualquer atleta) é
relativamente fácil escolher o tipo de treino, pois este encontrase na literatura da especialidade e ao alcance de qualquer
optometrista interessado no tema. O grande desafio é provar
que há transferência das habilidades treinadas, em ambiente de
“consultório”, para a realidade do jogo. Por exemplo, no caso já
mencionado do flashlag, o árbitro assistente interioriza, através
de treino, o “valor do seu erro” por forma a poder descontar
este valor no momento de decidir o fora-de-jogo. Este é o tipo
de treino usado para contornar uma limitação e está provado
ser eficaz.
Ainda que o livro só saia em O utubro, pode avançar com
algumas conclusões do estudo?
Nos parâmetros avaliados, os árbitros principais e assistentes
apresentaram bons resultados quando comparados com a
população em geral. No entanto, os árbitros principais estiveram
melhor que os assistentes. Considerando que a carreira dos
árbitros parte de uma base comum e desenvolve-se num
sistema competitivo, poderemos especular que uma melhor
visão poderá ter ajudado a chegar mais longe.
A equipa do estudo “O Olho em Acção:
da Percepção ao Treino de Decisão”
António Baptista, Sabrina Oliveira, Nuno Catarino e Filipe Macedo (Universidade do Minho), Pedro
Serra (Universidade da Beira Interior) e Brendan Barret, da Universidade de Bradford (Inglaterra).
O Conselho de Arbitragem da Associação de Futebol de Braga foi o berço deste projecto e o
Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol, o responsável pelo seu crescimento.
7
Notícias
Essilor inaugura Centro Europeu
de Tecnologia e Inovação em França
A Essilor inaugurou, no final de Abril, o maior pólo privado
dedicado à pesquisa e inovação do sector da Óptica Oftálmica
do mundo, em Créteil, França.
Como pioneira do progresso mais significativo em produtos
que revolucionaram o campo oftálmico - lentes multifocais,
lentes orgânicas, anti-reflexo e tratamentos resistentes a
riscos, e as lentes fotocromáticas orgânicas - o novo centro
de pesquisa da Essilor pretende acelerar a inovação e garantir
uma excelente visão para todos usuários de óculos. O
objectivo deste Centro de Tecnologia e Inovação é ultrapassar
os limites físicos das lentes oftálmicas, de forma a antecipar
as necessidades dos consumidores.
Com este pólo de investigação, a Essilor junta, no mesmo
local, a tecnologia e cerca de 900 pessoas, incluindo uma
extensa equipa de engenheiros e especialistas, de forma a
acelerar os projectos e o lançamento de novos produtos que
ajudem a tornar real a missão Essilor: melhorar a vida ao
melhorar a visão.
Este novo Centro junta-se a outros dois pólos Inovação e
Tecnologia Essilor - um nos Estados Unidos (Dallas) e outro
na Ásia (Singapura).
“A visão é o nosso sentido mais importante e desempenha
um papel essencial nas nossas vidas. O novo Centro é uma
plataforma poderosa para o desenvolvimento das lentes,
materiais e dos revestimentos de amanhã, que irão abrir
novas perspectivas na correcção e protecção visuais e
assumir o desafio da prevenção e saúde visual “, afirmou, em
comunicado, o Presidente e CEO da Essilor, Hubert Sagnières.
Exportações sobem 9,5% no sector
óptico italiano em 2014
8
No final de 2013, o sector de exportações da Óptica em Itália já
demonstrava uma tendência positiva de crescimento (+7,2%). O
primeiro trimestre de 2014 fixou agora o crescimento das exportações
de produtos ópticos em +9,5%, representando cerca de 772 milhões
de euros. Em concreto: as exportações de óculos de sol subiram 10%,
as armações, 8%. Os Estados Unidos, a França e a Alemanha são dos
principais responsáveis pela impulsão das exportações. “As exportações
são fundamentais para a nossa indústria, absorvendo uma parte
significativa da produção e sempre foram o nosso maior património”,
confirmou, em comunicado, o presidente da ANFAO – Associação
Nacional de Fabricantes de Artigos de Óptica, em Itália, Cirillo Marcolin.
“Nesse clima de confiança cautelosa - nacional e internacionalmente –
as exportações representam, mais uma vez, a marca da nossa indústria
que é projectada entre os melhores do sector.”
COMO ELES, VIVA A SILMO
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photographer pierre-anthony allard
SILMO - nova
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WWW.SILMOPARIS.COM
Notícias
F3M lança Trusty
a pensar nas PME
A F3M anunciou recentemente o lançamento do Trusty, um
sistema de acompanhamento e monitorização de infraestruturas tecnológicas, particularmente direccionado para
Pequenas e Médias Empresas (PME) e capaz de prevenir
ocorrências que coloquem em causa o normal funcionamento
dos centros de dados destas empresas. Com o Trusty, a F3M
pretende ajudar as PME nacionais na implementação de
Planos de Manutenção preventiva, na gestão dos sistemas,
manutenção das aplicações, vigilância sobre processos de
salvaguarda de dados e resposta pró-activa a ocorrências.
“As organizações, independentemente da sua dimensão,
estão cada vez mais dependentes dos sistemas de informação
para suportar aplicações críticas na operação diária dos seus
negócios, nesse sentido, a fiabilidade e resiliência dos centros
de dados é fundamental”, afirmou, em comunicado, Nuno
Maia, Business Manager da F3M.
Fadiga Ocular é tema
de Simpósio no Silmo
A organização do Salão Mundial de Óptica de Paris, Silmo,
de lentes à nutrição. No último dia do simpósio, os temas
divulgou recentemente o programa do Simpósio, a realizar-
focam-se na fadiga ocular nas crianças e jovens, abordando
se nos últimos dois dias do certame, 28 e 29 de Setembro.
o desenvolvimento escolar e os jogos de vídeo. Haverá ainda
O tema principal do Simpósio, orientado pela professora
dois workshops durante o Simpósio: o primeiro consistirá
universitária e Optometrista, Sarita Soni, é a fadiga ocular. Na
numa abordagem à fadiga ocular no contexto do gabinete e o
primeira sessão, os especialistas procurarão explicar o que é a
segundo numa apresentação dos óculos de realidade virtual,
fadiga ocular e a quem afecta, abordando os pontos de vista
Google Glass.
do Óptico, Optometrista e até do Ortoptista. A sessão seguinte
Inscreva-se no Simpósio através do site www.silmoparis.com.
apresenta as soluções para a fadiga ocular, desde a utilização
FC Barreirense
foi a jogo com
a MultiOpticas
10
A MultiOpticas patrocinou o FC Barreirense na Copa Foot 21,
o torneio internacional de futebol jovem que decorreu de 21
a 28 de Junho, na Ilha de São Miguel, nos Açores. A equipa
esteve representada em 3 escalões: sub9, sub10 e sub11 e
trouxe para casa seis troféus.
“A MultiOpticas apoia o desporto e os seus benefícios,
encarados como parte de um estilo de vida saudável,
associando-se também assim às comunidades locais, muitas
vezes, representadas por clubes como o Barreirense” explica
a Directora de Marketing da MultiOpticas, Carla Palaio.
A Copa Foot 21 é um evento desportivo de referência onde
participam clubes como o Sporting, Benfica, Porto, Braga,
Marítimo, Nacional e Atlético Madrid e que conta com Nuno
Gomes como padrinho.
Novartis
desenvolve
lentes para
diabéticos
com a Google
O Google e a farmacêutica suíça Novartis estabeleceram
uma parceria para desenvolver lentes de contacto capazes
de medir o nível de açúcar, um teste que os diabéticos
normalmente fazem várias vezes por dia picando os dedos
para obter uma gota de sangue, avançou recentemente o
jornal “Público”.
A ideia de usar lentes de contacto para medir a glicose é
discutida há anos, na indústria e no meio académico. As
lentes do Google, de que a empresa já tinha mostrado um
protótipo em Janeiro, e que divulgámos na edição 55 Janeiro/
Fevereiro da VER, contêm minúsculos dispositivos electrónicos
que medem de forma contínua a glicose no fluido lacrimal.
A informação pode depois ser transmitida para um outro
aparelho, como um telemóvel. Para os diabéticos, este
sistema seria mais cómodo, não apenas por evitar as picadas
nos dedos, mas também por permitir uma monitorização
constante do nível de açúcar.
Além da medição da glicose, as lentes também são capazes
de corrigir a presbiopia, ou seja, a dificuldade em ver ao
perto, frequentemente designada por “vista cansada” e que
é um problema que tende a surgir com a idade.
Um fim-de-semana em Paris
com o InstitutOptico e a Essilor
O InstitutOptico e a Essilor lançaram recentemente
a campanha “Já Está a Ver Paris de Perto”, em
vigor até dia 31 de Agosto, na qual oferecem um
fim-de-semana em Paris, para duas pessoas, na
compra de um par de lentes progressivas da gama
Essilor.
Para se habilitarem ao prémio, os clientes
InstitutOptico devem preencher um cupão,
entregue no acto da compra, e escrever uma frase
original com as palavras “InstitutOptico”, “Paris” e
“Essilor”.
Os autores das dez frases mais criativas ganham
uma viagem dupla à capital francesa. Esta
campanha, exclusiva das ópticas InstitutOptico,
oferece ainda aos clientes que comprarem um
par de lentes progressivas Essilor um par de lentes
Unifocais Coloridas sem tratamento adicional e um
desconto de 20% em armações Cierzo.
11
Notícias
O lado filantrópico da Essilor
A empresa internacional de fabrico de lentes fundou uma nova
organização de caridade na Índia, a Fundação Visão Essilor.
O lançamento desta nova organização em Bangalore inserese na estratégia do grupo em atender as necessidades visuais
de todas as pessoas no mundo e, em particular, dos 2,5 mil
milhões de pessoas que precisam de correcção da visão e que
não conseguem obter cuidados de saúde visual. A expansão da
Fundação Visão na Índia é o primeiro de uma série de benefícios
públicos que serão criados durante este ano em vários países,
sob os auspícios da Fundação Essilor.
Este primeiro passo pretende responder de forma mais rápida
às necessidades visuais das comunidades subdesenvolvidas na
Índia, onde se estima que 550 milhões de pessoas sofrem de
distúrbios visuais não tratados.
Nos últimos 25 anos, o Grupo tem prestado assistência a
milhares de pessoas, através da realização de cerca de 600 mil
exames à visão e da doação de óculos.
“Queremos agora capitalizar a experiência adquirida com a
Fundação Visão Essilor nos EUA e a energia das nossas equipas
em todo o mundo, para difundir progressivamente esta
instituição num número crescente de países, a fim de atingir,
até 2020, o nosso objectivo geral: proporcionar a correcção da
visão a quatro milhões de pessoas em todo o mundo “, disse o
Chief Corporate Mission Officer da Essilor Internacional, Jayanth
Bhuraragha.
Em breve, a Fundação Visão Essilor será instalada no Canadá,
China e Singapura.
Silmo instala-se
em Istambul
O Salão Mundial de Óptica, Silmo, juntou-se à organização da
e potencialidades que prometem o desenvolvimento de
feira de Óptica Istanbul Optik Fuari, Comexposium, e realizam,
novas oportunidades para as empresas do sector. A zona de
de 11 a 14 de Dezembro, a Silmo Istanbul Optical Fair, na
influência desta nova exposição de artigos ópticos estender-
capital da Turquia. Com um crescimento anual a rondar os
se-á aos países fronteiriços da Turquia, uma ponte entre os
10%, o mercado da Óptica turco demonstra dinamismo
continentes Europeu e Asiático.
Marcolin e Emilio
Pucci assinam
acordo
de licença mundial
exclusivo
12
O Grupo Marcolin e a Emilio Pucci assinaram um acordo
de licença mundial exclusivo para a concepção, produção
e distribuição de óculos de sol e oftálmicos desta marca
feminina italiana.
A licença, que começa a partir de Janeiro de 2015 com o
lançamento da primeira colecção de óculos de sol, terá a
duração de cinco anos, sendo renovável.
“Estamos muito satisfeitos por incluir a Emilio Pucci no nosso
portfólio de licenciamento. Em comum temos a elevada
afinidade na atenção ao produto e com os códigos e valores
da marca: esses elementos permitem-nos enfrentar, com
sucesso, um mercado cada vez mais desafiante. A nossa
oferta de produtos, incluindo a Emilio Pucci, vai proporcionar
qualidade adicional ao universo das mulheres a quem
nos dirigimos”, afirmou, em comunicado o CEO do Grupo
Marcolin, Giovanni Zoppas.
ProDesign
Denmark
apresenta colecção
amiga
do ambiente
A ProDesign Denmark tem uma colecção de armações
biodegradáveis, produzida num acetato composto por
80% de algodão. Esta colecção eco-friendly, do segmento
Zense da marca, foi criada a pensar nos utilizadores que
procuram um ar actual e elegante e que, ao mesmo
tempo, têm uma forte preocupação ambiental. Estão
disponíveis em dois tons de madeira – um mais claro e
outro mais escuro- e em 4 diferentes cores, naturalmente
inspiradas na natureza. A charneira metalizada oferece
um contraste elegante à armação.
Silhouette revive 50 anos de história
A comemoração do 50º aniversário da Silhouette justifica uma
viagem pelos principais modelos lançados pela marca austríaca
bem como pela introdução de novos materiais no panorama da
Óptica. Em 1964 foi lançada a primeira armação Silhouette no
mundo, com clara inspiração no movimento artístico pop art. Na
década de 70, surge a revista com o mesmo nome da marca,
que juntava ao típico catálogo de armações peças editoriais.
Ainda nos anos 70 são lançadas as primeiras armações griffe.
Na década de 80, claramente a época do nascimento do hip
hop norte-americano, a Silhouette adopta modelos de largas
dimensões, com muitas cores e formas diferentes, além de
introduzir um novo material: o SPX. A era das novas tecnologias,
anos 90, foi caracterizada na evolução da Silhouette pelo
regresso ao minimalismo dos modelos, começando a produzir
armações em titânio. Nos anos 2000, esse minimalismo é
reforçado pela receita que ainda hoje define a Silhouette, a ultraleveza. É nesta década que os astronautas da NASA começam
a usar óculos desta marca. Actualmente, a Silhouette aposta
no futuro e na constante inovação de modelos e materiais nas
suas colecções.
A Silhouette é distribuída em Portugal pela Modavisão, Grupo
Brodheim.
13
Notícias
As causas solidárias do Grupo
Conselheiros da Visão
qu
resp
co
Além de colocarem “A Saúde Ocular em Primeiro Lugar”, as
Ópticas Conselheiros da Visão destacam-se pelo apoio a outras
causas, em especial, “as que entendem como fundamentais
os padrões de saúde e bem-estar na sociedade moderna”,
conforme comunicado do Grupo.
Actualmente, o Grupo Conselheiros da Visão defende causas
em três diferentes vertentes: no desporto, com a Volta a
Portugal em Bicicleta, na cultura, através da peça de teatro
“Gisberta” e na saúde, com a campanha solidária “Olhe por
si - Juntos na Luta Contra o Cancro da Mama” e projecto de
erradicação da cegueira infantil evitável “Ambliopia Zero”.
No apoio que prestam à iniciativa desportiva, acompanhando
in loco a comitiva da Volta, o Grupo Conselheiros da Visão
percorreu as várias etapas da prova com a Unidade Móvel de
Rastreio Visual, em colaboração com os Ópticos Conselheiros
da Visão de cada localidade. Desta forma, o Grupo conseguiu
actuar, “não só na divulgação da causa solidaria ‘Olhe Por
Si - Juntos na Luta contra o Cancro da Mama’ mas ainda
nos cuidados primários de saúde ocular, com a concretização
do projecto de erradicação da cegueira infantil evitável
‘Ambliopia Zero’, além da identificação e aconselhamento
para eventuais anomalias e/ou patologias nos adultos”, lêse em comunicado.
A ida ao teatro
14
Integrado na causa “Olhe por si - Juntos na Luta Contra o
Cancro da Mama”, outro evento que marcou a posição
solidária do Grupo Conselheiros da Visão foi uma ida ao teatro,
no passado dia 28 de Julho, em Lisboa. Em cena, encontrase a peça “Gisberta”, cuja figura principal é a embaixadora
da causa, Rita Ribeiro. A sessão especial promovida pelos
Conselheiros da Visão lotou a capacidade da sala no Cinema
São Jorge.
Depois da actuação foi promovido um debate, moderado
pela jornalista Manuela Bica, sobre a problemática do cancro
da mama. No debate estiveram, além da actriz Rita Ribeiro,
o presidente do Grupo Conselheiros da Visão, Rafael Claro da
Silva, a vice-presidente da Associação Portuguesa de Apoio
à Mulher com Cancro da Mama, Lúcia Alves, os especialistas
Rui Serra Alves, Mafalda Casa-Nova, Lúcia Venâncio, que
contribuiu com o seu testemunho pessoal sobre a doença, e
apresentadora de televisão e actriz, Adelaide de Sousa, que
apresentou o seu projecto, Guerreiras de Portugal.
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Notícias
Fundação Carl Zeiss comemora 125 anos
A Fundação Carl Zeiss foi criada há 125 anos graças à visão
do físico alemão Ernst Abbe, que decidiu atribuir os lucros das
empresas Zeiss e SCHOTT para a promoção da ciência.
Desde 2007, a Fundação Carl Zeiss já recebeu 80 milhões de
euros das duas empresas do sector da Óptica para a promoção
da investigação científica, através da atribuição de bolsas para
as universidades. Esta Fundação é de vital importância para a
promoção da ciência na Alemanha e tem consequências muito
positivas para todos os ambientes de aplicativos ZEISS em todo
o mundo.
Embora datado de 1896, o estatuto da Fundação Carl Zeiss
ainda se aplica actualmente, pois descreve o modelo ideal do
“empreendedorismo responsável”. De acordo com a chanceler
alemã, Angela Merkel, que abriu recentemente as comemorações
do 125º aniversário, o estatuto da Fundação é “um documento
excepcional da história económica e social alemã”.
Proóptica
apresenta novo
logótipo
16
Com 21 anos de actividade, a Proóptica divulgou recentemente
a nova imagem, simbolizada através de quatro cores.
O verde simboliza a distribuição de armações e óculos de sol
de marcas internacionais como Tag Heuer, Nina Ricci, Frederic
Beausoleil ou Marius Morel, e a forte aposta pioneira nas
marcas portuguesas, que revela um cuidado especial com a
marca PORTUGAL e com a economia nacional.
O amarelo representa a distribuição das lentes oftálmicas Nikon,
que permitem reforçar o posicionamento de notoriedade,
excelente qualidade, diferenciação tecnológica e inovação,
acessível a todos os orçamentos.
O azul revela os acessórios de oficina e complementos de
consumo, garantidos pela marca alemã Breitfeld & Schliekert.
A Proóptica acrescenta valor pelas propostas de consultoria com
opções de equipamentos que optimizam o trabalho diário dos
Ópticos.
O laranja comunica a área mais recente da empresa, Design +
Arquitectura, especializada em remodelação de interiores de
ópticas, decoração e complementos.
Chris Brown
escolhe
Lanvin
O músico norte-americano, Chris Brown, surgiu
recentemente num evento, em Los Angeles, com
um modelo de sol da marca Lanvin. Os óculos
escolhidos pelo artista de hip-hop destacam-se
pela parte frontal, que junta os materiais metal
e acetato, e pelas hastes a imitar madeira. Esta
marca é distribuída em Portugal pela De Rigo
Vision.
EAOO procura temas para workshops
clínicos em Budapeste
A Academia Europeia de Optometria e Óptica (EAOO) convida
os especialistas em saúde visual a apresentarem propostas
para workshops clínicos, a decorrerem na próxima conferência
anual, em Budapeste (Hungria),de 14 a 17 de Maio de 2015.
Os abstractos podem ser enviados até ao próximo dia 8 de
Setembro e, preferencialmente, dedicados aos temas: visão
binocular, olho seco e lentes de contacto.
“Encorajamos o envio de propostas para interessantes e úteis
oportunidades únicas em Budapeste, sobre uma variedade de
workshops dos nossos colegas europeus para o encontro
tópicos e com o conteúdo para diferentes níveis de prática, que
do próximo ano”, reforça, em comunicado da EAOO, o
abrangerão tanto os recém-diplomados como os profissionais
presidente da Academia, Professor Paul Murphy. “Sabemos
mais experientes”, promete Murphy.
que a aprendizagem de competências clínicas é do interesse
Para mais informações, consulte o site da EAOO em
de muitos dos nossos delegados. Daí estarmos a oferecer
www.eaoo.info.
Catherine Deneuve e Marcolin
consolidam parceria
O Grupo Marcolin e Catherine Deneuve anunciaram, no início
“Estamos muito satisfeitos pela renovação desta licença. A
de Julho, a renovação do seu acordo de licença para o design,
senhora Catherine Deneuve é um símbolo, a nível mundial, de
produção e distribuição a nível mundial dos óculos de sol e
elegância intemporal, algo que a nossa empresa se orgulha
oftálmicos da marca Catherine Deneuve Lunettes. Inicialmente
de representar com estes produtos”, afirmou o CEO do Grupo
lançado através de uma parceria de licenciamento com a Viva
Marcolin Giovanni Zoppas. Já a actriz revelou estar “muito
Internacional em 1989, este novo acordo de vários anos foi
satisfeita com esta colaboração, este é realmente um grande
alargado para incluir o Grupo Marcolin.
casamento.”
17
Entrevista
EyeSpeak, os óculos que dão voz a quem
não consegue comunicar
Por: Paula Pinto Gonçalves
A ideia nasceu de um português. A necessidade veio do coração. Ivo Vieira, CEO da LusoVu/
LusoSpace, criou os EyeSpeak – um dispositivo de rastreio ocular – para transformar um
evento trágico “em algo significativo”. Em entrevista à VER, o Físico explica o projecto e
antecipa os próximos objectivos do EyeSpeak.
O que é o EyeSpeak?
É um dispositivo de rastreio ocular, com base em óculos de
realidade aumentada, que irá revolucionar os interfaces mãoslivres. O dispositivo é desenvolvido especialmente para a
população com limitações motoras e de fala.
18
Como funciona esta tecnologia?
O sistema consiste nuns óculos de realidade de realidade
aumentada que irão projectar um teclado virtual no campo
de visão do paciente. Adicionalmente, o sistema terá uma
microcâmara apontada aos olhos para monitorizar a posição
dos mesmos e deste modo perceber qual a tecla seleccionada.
Após escrever uma palavra ou conjunto de palavras, o paciente
poderá seleccionar o botão “falar” que irá traduzir em fala o
que foi escrito. O sistema será stand-alone e não necessita
de um PC ou um portátil para trabalhar. No entanto, caso se
pretenda também poderá ser utilizado como um rato virtual
para, por exemplo, aceder à internet.
Qual o objectivo principal do EyeSpeak?
A nossa missão consiste em dar voz às pessoas que não
conseguem comunicar. Neste marco da nossa “história”, o
A empresa do EyeSpeak
A LusoVU foi criada em Agosto 2013 e é um spin-off da LusoSpace, empresa 100% portuguesa,
que durante os últimos 12 anos tem vindo a criar soluções para o mercado Aeroespacial. Está a
criar aplicações de realidade aumentada para o mercado terrestre.
Actualmente, a LusoVU tem duas frentes principais de trabalho:
- Desenvolvimento de uma tecnologia disruptiva superior à utilizada no Google Glass, denominada
Lisplay. Por um lado, a tecnologia foi validade por uma prova de conceito com um campo de visão
de 70° muito maior que os 20° da Google Glass, e por outro, o sistema da LusoVu está totalmente
embutido em vidro, permitindo que seja pequeno, leve e sobretudo elegante.
- Desenvolvimento do produto EyeSpeak.
nosso objectivo é transferir o nosso conhecimento do Espaço
para a Terra, porque acreditamos que conseguimos fazer a
diferença! Conseguimos e podemos mudar a vida de muitas
pessoas. Por esse motivo, iremos fornecer um par de óculos
com o primeiro sistema de realidade aumentada autónomo,
baseado no rastreio ocular, concebidos especialmente para
pacientes diagnosticados com doenças com dificuldades
extremas motoras e de comunicação.
Os nossos óculos irão revolucionar a forma como estas pessoas
comunicam e interagem com o mundo. O EyeSpeak é rápido
e preciso, de fácil utilização, com uma latência muito reduzida
e autocalibrável, sem ser necessária a intervenção do seu
utilizador (excepto na sua primeira utilização). Providencia
uma experiência verdadeiramente nova, permitindo ao seu
utilizador interagir com o mundo como nunca antes interagiu:
através do movimento dos olhos. O dispositivo irá escrever e
“Os nossos óculos irão revolucionar a forma
como estas pessoas comunicam e interagem
com o mundo. O EyeSpeak é rápido e preciso,
de fácil utilização, com uma latência muito
reduzida e autocalibrável, sem ser necessária
a intervenção do seu utilizador (excepto na
sua primeira utilização). Providencia uma
experiência verdadeiramente nova, permitindo
ao seu utilizador interagir com o mundo como
nunca antes interagiu: através do movimento
dos olhos.”
Ivo Vieira
falar pelo utilizador.
Qual a motivação para o desenvolvimento desta
tecnologia?
A história por detrás do EyeSpeak é inspiradora: a ideia para
o desenvolvimento do dispositivo surgiu quando o meu pai
foi diagnosticado com esclerose lateral amiotrófica (ELA).
Aquando da notícia, decidi transformar este evento trágico em
algo significativo. Percebi que o profundo conhecimento da
minha equipa a nível tecnológico [a LusoVU é uma spin-off da
LusoSpace, uma empresa que desenvolve tecnologia de ponta
e de elevada qualidade para aplicações espaciais] poderia
ajudar a melhorar a vida de milhares de pessoas em todo o
mundo. Este facto representa um enorme estímulo e é por
este motivo que a LusoVU está completamente empenhada
em tornar este produto numa realidade.
Quem poderá beneficiar desta tecnologia?
Actualmente o EyeSpeak foi desenvolvido especificamente
para pessoas com doenças que afectam as capacidades de
comunicação, por exemplo Esclerose Lateral Amiotrófica
(ELA), Síndrome Encarceramento (LIS), Distrofia Muscular
(DM), Lesões da Medula Espinhal (LME), tetraplégicos, alguns
casos de lesões cerebrais traumáticas e outras doenças
semelhantes. Em futuras versões prevemos a sua utilização
com outras aplicações (realidade aumentada, jogos, etc.),
uma vez que terá uma fonte aberta de interface.
O que distingue o EyeSpeak de outros sistemas de
eyetracking?
Alguns doentes não conseguem falar porque lhes falta
a possibilidade de comandar os músculos. Por exemplo,
mais cedo ou mais tarde, isso há-de acontecer com todos
os doentes com ELA. Já existem sistemas no mercado que
utilizam eyetracking mas que padecem de vários problemas,
19
Entrevista
nomeadamente falta de liberdade pela necessidade de
utilização de um computador ou falta de precisão, porque a
câmara não está perto dos olhos e calibrações sempre que se
utiliza o produto. O EyeSpeak irá colmatar estas questões e
outras. Irá melhorar muito a vida destes doentes devolvendolhes a voz, qualquer que seja a posição em que o doente
se encontra (por exemplo enquanto está a fazer a higiene
diária), não necessitando de um computador, a calibração é
feita na primeira utilização e como são uns óculos de realidade
aumentada devolve a privacidade na navegação na internet e
envio de emails (por exemplo muito relevante também para
tetraplégicos).
Estão actualmente a proceder a uma campanha de
crowdfunding (financiamento colectivo). Qual o vosso
objectivo?
A LusoVU lançou uma campanha no Kickstarter [o maior site
de financiamento colectivo do mundo e que busca apoiar
projectos inovadores] entre os dias 16 de Junho e 16 de
Julho de 2014. O objectivo desta campanha foi angariar os
fundos necessários para comercializar o produto no prazo de
aproximadamente seis meses. O tempo é crucial para estas
pessoas. Adicionalmente, a LusoVU quis validar a importância
e o mercado existente para este produto. O resultado e
o feedback foram extremamente positivos e animadores:
chegou ao final da campanha com sucesso, com $128,181
(111%), 658 backers, 17.762 partilhas no Facebook e cerca de
50.000 visualizações no Twitter. Foi a empresa Portuguesa que
maior valor angariou no Kickstarter.
Onde serão produzidos os óculos e que tipo de materiais
são usados para a sua concepção?
A campanha crowdfunding terminou no dia 16 de Julho,
estando a LusoVU actualmente a consolidar, testar e terminar o
EyeSpeak. O local onde irá ser produzido ainda não está fechado.
A equipa encontra-se a finalizar a integração de uma câmara
de rastreamento ocular, uma unidade de processamento, um
altifalante, um microfone, um controlador e uma bateria. Está
ainda em fase de finalização um software para criar um teclado
O EyeSpeak foi desenvolvido
especificamente para pessoas com
doenças que afectam as capacidades
de comunicação, por exemplo Esclerose
Lateral Amiotrófica (ELA), Síndrome
Encarceramento (LIS), Distrofia Muscular
(DM), Lesões da Medula Espinhal (LME),
tetraplégicos, alguns casos de lesões
cerebrais traumáticas e outras doenças
semelhantes. Em futuras versões
prevemos a sua utilização com outras
aplicações (realidade aumentada, jogos,
etc.), uma vez que terá uma fonte aberta
de interface.
virtual e para processar os dados da microcâmara (seguimento
do olho/posição do olho e auto calibração).
As lentes do EyeSpeak poderão ser graduadas?
A base do EyeSpeak são os óculos de realidade aumentada
Epson BT-200, que tem inclusive a possibilidade de adicionar
lentes de prescrição e a inserção de lentes escuras.
O EyeSpeak pode ser usado de duas formas diferentes
com lentes correctivas: com a inserção de uma armação
especial que permite colocar lentes correctivas e poderão
ser incorporadas nos óculos de Realidade Aumentada (vem
disponível a armação para todos os EyeSpeak); e através da
colocação dos óculos de realidade aumentada por cima dos
normais do utilizador. Poderá funcionar ou não, dependendo
do tamanho dos óculos.
Perfil de Ivo Vieira
O CEO da LuvoVu, Ivo Vieira, tem uma Licenciatura em Engenharia
Física, uma pós-graduação em Tecnologias Aeroespaciais, um
doutoramento em Engenharia Física com tese em “Propulsão a
plasma em veículos espaciais” e um MBA da LisbonMBA.
Trabalha há 16 anos no sector espacial, 12 dos quais enquanto
CEO, com competências de gestão de projectos complexos.
20
Opinião
Coração versus Dinheiro
Caiu o pano sobre o mundial do Brasil 2014, considerado,
Os nossos craques (mas pouco, dizemos nós sobre a maioria
por muitos, o espectáculo de maior audiência acumulada do
dos eleitos de Paulo Bento), de egos enormes, assobiaram para
Planeta, que tem o condão de encenar o drama e a felicidade
o lado e meteram ao bolso mais umas dezenas de milhares
da vida. Para os fãs e especialmente para os que ignoram
de euros, nutrindo ainda mais as suas avultadas contas
a magia e o sortilégio do pontapé na bola, foi um mês de
bancárias. Por momentos, os nossos jogadores pareceram
autêntica overdose futebolística.
os mercenários dos Camarões, do Gana e da Nigéria que
Para evitar chover no molhado das centenas de análises que o
ameaçaram fazer greve ao não verem satisfeitas as suas
epílogo da prova gerou, arrisco fazer um rescaldo do Mundial,
exigências monetárias. Curiosamente, todas estas formações,
colocando o enfoque na forma como os Portugueses e os Gregos
incluindo a de Portugal, fizeram performances desastrosas.
encararam a competição. Os nossos representantes estiveram
Tudo isto é triste dentro e fora do campo. As selfies com
amorfos e sem chama, enquanto os helénicos, demonstrando
o Presidente da República, os excêntricos cortes de cabelo
uma alma de guerreiros, só foram derrotados no desempate
e as invasões de campo por parte das fãs tresloucadas em
por grandes penalidades, e, quando regressaram a Atenas,
Campinas não me comovem.
pediram ao primeiro-ministro que trocasse os prémios a que
Tudo isto é uma forma de estar pouco edificante para modelos
tinham direito pela construção de um centro de estágio para
sociais de milhões. Dizer que se comeu relva e se sentiu
as selecções. “Jogámos pelo nosso povo”, disseram os atletas,
orgulho na camisola que se envergou não chega. O mundial é
em comunicado. Um exemplo!
de 4 em 4 anos e, só por si, por se tratar da maior montra da
Duas nações intervencionadas pela Troika, mas com a
modalidade, devia ser prémio suficiente a sua participação.
mentalidade lusitana completamente ciosa dos valores
Se os campeões do coração e da generosidade foram os
materiais, não abrindo mão de qualquer privilégio. Mas as
Gregos e os Argelinos, os Alemães, justos vencedores da
lições que envergonham os nossos jogadores não se ficam
prova, converteram-se no símbolo maior da competência e
pelos Gregos. Os Argelinos, uma das selecções-revelação do
qualidade. Os anfitriões brasileiros desiludiram por serem
certame, também exibiram um enorme coração, doando os
mais europeus do que sul-americanos. Em jeito de balanço,
6,5 milhões de euros recebidos pela participação no Mundial
o país anfitrião demonstrou capacidade organizativa e a
- tendo chegado aos oitavos-de-final - à população da Faixa
população, apesar dos protestos, soube receber - o pior é a
de Gaza, na Palestina, a braços com situações humanitárias
factura que demorará décadas a liquidar…
deploráveis em consequência do eterno conflito com os
Em 2018, há mais. Na Rússia, quase de certeza com Putin
vizinhos israelitas. “Eles necessitam mais do que nós”,
no Kremlin, certamente com Cristiano Ronaldo a realizar o
escreveu na sua conta do Facebook Islam Slimani, o avançado
seu último mundial. Todos mais velhos, com mais cabelos
da Argélia que milita no Sporting.
brancos, esperemos que com uma nova atitude.
21
Opinião
Consciência ecológica
plastificada
22
Numa sociedade que se caracteriza pela carência e escassez,
O plástico contribui com quase metade do total do lixo
muitos de nós somos perdulários e ainda sonhamos viver
detectado, o que ganha especial relevância numa altura
numa comunidade na qual impera a abundância.
em que se comemorou, no passado dia 3 de Julho, o “Dia
Há poucas semanas, a imprensa veiculou uma notícia que
Internacional Sem Sacos”. Para assinalar a data, a organização
mereceu uma nota de rodapé - mas, em rigor, devia ter
ecologista Quercus instalou um estendal de sacos de
sido alvo de um amplo debate – no qual se garantia que “o
plástico na escadaria principal da Assembleia da República.
fundo do mar está cheio de lixo”. Garrafas, sacos de plástico,
Objectivo: alertar os deputados para o problema ambiental
vidro, metal, madeira, roupa, redes de pesca foram alguns
e económico da utilização de sacos de plástico, propondo
dos tipos de resíduos humanos encontrados nas profundezas
legislação aprovada no hemiciclo para a suspensão gradual
dos oceanos da Europa, segundo um estudo que destaca a
da sua oferta nas lojas, como ainda acontece no grande e no
necessidade de acções para impedir o aumento do lixo nos
pequeno retalho.
ambientes marinhos.
Se o uso excessivo de sacos descartáveis é uma praga de
A investigação, liderada pelo centro IMAR da Universidade
difícil erradicação - e eu até admito que sou daqueles que
dos Açores, concluiu que o plástico foi o item de lixo mais
mete sempre mais um saco dentro das compras quando a
comum no fundo marinho, enquanto os detritos associados
menina da caixa está distraída -, a frieza das estimativas
às actividades de pesca (redes e linhas presas no fundo)
refreiam os ímpetos dos mais afoitos nesta matéria: cada
são particularmente comuns em montes submarinos, bancos
português utiliza cerca de 466 sacos descartáveis por ano,
e cristas oceânicas. Ainda segundo a mesma investigação,
uma média que desce para 198 no total da Europa.
ficou demonstrado que o lixo humano está presente em todos
Numa altura em que quase toda a Europa, da Irlanda à França,
os habitats marinhos, das praias às zonas mais profundas e
passando por Itália e Espanha, está a penalizar o recurso a
remotas dos oceanos.
sacos de plástico, em Portugal ainda só estamos no domínio
Daqui se conclui que este imenso depósito de detritos
das campanhas de sensibilização. Também aqui ficaremos
podia ser, numa primeira análise, evitado e, numa segunda
na cauda do pelotão? A pedagogia anti-saco de plástico está
perspectiva, aproveitados e reciclados, mas a consciência
ao nível da maturidade das campanhas de educação sexual
ambiental é um ardiloso jogo de retórica. Tal como Jorge Jesus
em Portugal ou da sensibilização dos portugueses para a
disse sobre o fair play, a consciência ambiental é uma treta.
educação financeira. Basicamente o que falha é a educação,
Pela mesma perspectiva a expressão “pegada ecológica”, que
provavelmente o sector que mais maltratado tem sido nos
se refere em termos de divulgação ecológica à quantidade de
últimos anos.
terra e água que seria necessária para sustentar as gerações
Enquanto o Parlamento não legislar e as campanhas de
actuais, tendo em conta todos os recursos materiais e
sensibilização em prol de hábitos mais sustentáveis não
energéticos, gastos por uma determinada população, começa
prosperam, prometo fazer a minha parte. Sacos para as
a cair no domínio da utopia, fazendo perigar os indicadores
compras só trazidos de casa, de preferência reutilizáveis. O
de sustentabilidade ambiental, num planeta cada vez mais
ambiente agradece. As gerações futuras também.
desregulado.
Uma ilusão real
Vamos desafiar os leitores, como se estivéssemos em pleno
isso for. Significa isto que em vez de termos um Presidente
Trivial Pursuit, com uma pergunta para queijinho: O que
em Belém, se tivéssemos um Rei na Ajuda ou em Queluz,
têm em comum a Espanha, a Bélgica e a Holanda? Não
seríamos uma nação mais próspera, desenvolvida e confiante?
sabe? A resposta é que os respectivos soberanos abdicaram
Sinceramente não creio que a coroa fosse a solução para os
recentemente em favor dos seus descendentes. O motivo é
nossos problemas. Como os casos das recentes abdicações
comum às três nações: monarcas envelhecidos, monarquias
comprovam, os contos de fadas pertencem ao passado. Mais
caducas, a braços com sucessivos escândalos, com níveis de
do que questionar a natureza do regime, a crise reside no
popularidade medíocres e carecidas de refrescamento real,
facto de faltar o elo de ligação e a confiança entre os titulares
em toda a sua dimensão.
do poder e o povo, por esta se encontrar ferida de morte.
A crise das monarquias é praticamente transversal a toda a
O carisma e a credibilidade ainda não se vendem em
Europa, com a excepção honrosa, como em quase tudo, dos
saquinhos reutilizáveis, a preços módicos, num supermercado
britânicos, com a impante Rainha Isabel II a permanecer de
ao virar da esquina e, como em tudo na vida, ou tem-se ou
pedra e cal em Buckingham, com o novo fôlego dado pelo
não se tem.
jovem casal de príncipes, William e Kate, e do seu rebento,
Alguns analistas políticos garantem, com uma ponta de
George.
jocosidade, que já tivemos um rei sem coroa, que deu pelo
Porventura, a sucessão que mais impacto criou nos
nome de ….Mário Soares. A popularidade do fundador do PS
portugueses foi a que se concretizou na vizinha Espanha.
pode explicar a associação que fazem de este republicano
O eterno Juan Carlos de Bourbon deu, de alguma forma, e
à monarquia, o que lhe permitiu «reinar» em Belém uma
inesperadamente no timing, o lugar ao seu filho, Felipe - e
década. É certo que Cavaco Silva, o actual inquilino do palácio
à sua esposa, a plebeia e agora rainha Letizia - no trono do
rosa, para lá caminha, com a nuance de não convencer como
Palácio da Zarzuela, sede da realeza espanhola.
mais alto dignitário da nação. Assim o traduzem as sondagens.
As reacções foram céleres. A decisão de Juan Carlos abriu
O futuro dos países está longe de ser uma questão de cara
a porta a manifestações e apelos a um referendo sobre a
ou…Coroa. Está longe de ser uma discussão sobre a forma
monarquia espanhola.
de Estado. Está longe de ser uma questão dilemática entre
E como seria se em Portugal a democracia parlamentar
monárquicos e republicanos. Parece mais certo que o busílis
fosse, do dia para a noite, revertida para uma monarquia
reside no carácter, na personalidade e, essencialmente, na
parlamentar? Segundo as escassas sondagens efectuadas
competência de quem exerce o poder. A unidade nacional
até ao momento, são poucos os portugueses saudosos de ter
tanto se pode atingir com as bandeiras republicanas ou
um rei, pese embora o Presidente da República ser vaiado,
monárquicas hasteadas. O problema é de pessoas, não é de
invectivado e ver a sua popularidade atingir níveis deploráveis.
regimes. O problema é de confiança e é com esse ingrediente,
Em Portugal, o diagnóstico está feito. O problema da pátria
cada vez mais raro, que se consegue a continuidade e os
é a crise do regime e é preciso substituí-lo, seja lá o que
consensos.
Os textos de Opinião são da autoria do jornalista
Nuno Dias da Silva
23
Perspectiva Económica
Criar valor e ganhar competitividade:
seis regras simples
Por: Paula Pinto Gonçalves
Abriu uma óptica na mesma rua que a sua, os sites promovem os descontos das mesmas
marcas que tem no expositor, os seus clientes querem mais e melhor? Os impostos
aumentam, a burocracia aperta e o tempo parece não chegar para tudo? Revê-se nesta
situação? Yves Morieux e Peter Tollman, responsáveis pela empresa de Consultoria,
Boston Consulting Group, apresentam o caminho a seguir para gerir a complexidade dos
negócios actuais no livro “Six Simple Rules”.
24
A base para gerir a complexidade do seu negócio é…
descomplicar! Segundo os autores do livro “Six Simple Rules”,
instituir muitas regras, procedimentos ou estruturas pioram a
performance da sua empresa. Tais exigências tornam o seu
negócio rígido - incapaz de responder às necessidades do sector
onde está incluído - e fazem com que os seus colaboradores
percam tempo com tarefas que não acrescentam valor à
empresa. Assim, Morieux e Tollman defendem o conceito
de “simplicidade inteligente”, que torna as pessoas mais
autónomas, cooperantes e capazes de resolver problemas.
Para os autores, “só desta forma as organizações se podem
tornar mais ágeis, competitivas e reactivas”.
No livro, os autores apresentam seis regras simples para
promover maior autonomia e cooperação na sua empresa.
1. Compreender o que os seus colaboradores fazem
Conheça os contextos que formam comportamentos, ou seja, aprenda de que forma os seus colaboradores cooperam e
resolvem problemas ou como falham nas tarefas. Para tal, é necessário estabelecer objectivos e perceber o que fazem os
colaboradores para os atingir ou o que os impede.
2. Identificar quem promove a cooperação
Identifique os “integradores” na sua empresa, ou seja, aqueles que, quer sejam as pessoas ou os departamentos,
conseguem englobar todos no mesmo projecto. É essencial dar a quem promove a cooperação na empresa o poder, os
incentivos e a autoridade para terem sucesso.
3. Redefinir a atribuição de poder
Se mais pessoas tiverem autoridade para tomar decisões na organização, isso significa que podem resolver os seus
próprios problemas, ajudando tanto na estratégia global da empresa como a reforçar a sua liderança.
4. Aumentar a reciprocidade
O trabalho está a tornar-se cada vez mais interdependente. É, portanto, necessário criar as condições que assegurem que
as pessoas coloquem a sua autonomia ao serviço do grupo, com o objectivo de lidar com a complexidade das tarefas. Ao
tornarem-se mais dependentes umas das outras, as pessoas cooperam de forma mais eficaz.
5. Integrar as pessoas no futuro da organização
Incuta nos seus colaboradores a ideia de que o que acontece amanhã é reflexo do que fizeram hoje. Ao terem de
solucionar um problema que pode vir a afectá-las directamente, as pessoas compreendem a necessidade de resolver esse
mesmo problema de forma mais eficaz.
6. Castigar quem não coopera, não quem fracassa
Muitas empresas punem o falhanço. Mas, se as pessoas tiverem receio de falhar, tornam-se adversas à cooperação,
escondendo as dificuldades dos gestores e dos colegas de trabalho. Por esse motivo, os gestores devem recompensar as
pessoas que ultrapassam os problemas e penalizar aquelas que não trabalham em equipa para os resolver.
Em resumo, as seis regras apresentadas por estes analistas
têm como principal objectivo criar valor, ajudá-las a crescer
e alcançar a competitividade nas empresas lidando melhor
com a complexidade do negócio. “Desta forma, eliminará
problemas e custos”, sublinham os autores.
25
Perspectiva Económica
Volume de negócios a subir
nas empresas portuguesas
Segundo dados divulgados recentemente pela Confederação
do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) no Barómetro PME
Comércio e Serviços, a proporção das empresas cujo volume
de negócios reduziu, de Janeiro a Março deste ano, baixou
de 50% (registado no período homólogo de 2013) para
37%, perspectivando uma melhoria no tecido empresarial
português. Tal é confirmado ainda pelo número de empresas
cujo volume de negócios subiu: em quase 43% das empresas,
os valores ficaram acima da proporção registada no trimestre
homólogo (28,1%).
Em cerca de 21% das PME respondentes o volume de negócios
manteve-se, no primeiro trimestre de 2014, semelhante ao
período homólogo.
A proporção das empresas
cujo volume de negócios
reduziu, de Janeiro a Março
deste ano, baixou de 50%
(registado no período
homólogo de 2013) para
37%, perspectivando
uma melhoria no tecido
empresarial português.
26
Em quase 43% das
empresas, os valores
ficaram acima da proporção
registada no trimestre
homólogo (28,1%).
No Barómetro, quando questionadas sobre as causas da
evolução registada no volume de negócios, as empresas
apontaram a variação da procura associada à actual
conjuntura, como o factor principal para cerca de 70% das
PME respondentes (abaixo da proporção registada no quarto
trimestre de 2013, de quase 76%, mas semelhante à registada
no trimestre homólogo de 2013, de 70,3%). O segundo factor
mais assinalado como factor relevante para a variação ocorrida
no respectivo volume de negócios, voltou a ser a posição
competitiva da empresa face à concorrência, com cerca de
48% das empresas respondentes a considerarem que esse
factor influencia muito ou totalmente a evolução registada
no respectivo volume de negócios (proporção que compara
com 47,7% no 4º trimestre de 2013 e com 38,2% no primeiro
trimestre de 2013), ainda que tenha sido de cerca de 52% a
proporção das PME respondentes que consideram que esse
factor em nada ou pouco influenciou a variação das vendas.
Curiosidades
Aprender Braille de luva na mão
Mais de 39 milhões de pessoas em todo o mundo são cegas. Para muitas delas, o
sistema de leitura e escrita para invisuais – Braille – é uma ferramenta fundamental.
De acordo com os investigadores, apenas 10% dos cegos em
todo o mundo aprendem Braille. Os especialistas acreditam
que é algo negligenciado nas escolas e sublinham que o
sistema pode ser difícil de aprender em idades avançadas –
quando a cegueira é mais comum. Para potenciar o ensino
de Braille, uma equipa de pesquisadores do Instituto de
Tecnologia de Georgia, nos Estados Unidos, desenvolveram
uma luva para computador que ensina este sistema, mesmo
quando o utilizador está a realizar outras tarefas.
Para este estudo, os participantes tiveram de usar a luva
durante várias tarefas ao computador. Esta luva é equipada
com pequenos motores vibratórios, ligados aos nós dos dedos.
Durante o primeiro exercício, a luva vibrou numa sequência
correlacionada com um padrão de escrita de uma frase já
escrita em braille. Foram dadas aos participantes pistas áudio
para que soubessem que tipo de letras em Braille eram
produzidas através uma sequência particular dactilografada.
Foi pedido então a cada participante que dactilografasse a
frase no computador, já sem a ajuda da vibração da luva ou
áudio, enquanto os pesquisadores analisavam a precisão.
Na tarefa seguinte, foi pedido aos participantes que jogassem
um jogo no computador durante meia hora, como distracção,
enquanto usavam a luva. Metade dos participantes foram
presenteados com vibrações repetidas e notas áudio que
representavam a mesma frase do teste anterior, enquanto
os restantes participantes que actuaram como um grupo de
controlo e apenas receberam notas áudio.
Os pesquisadores sublinham que, durante os testes, os
participantes não tinham qualquer conhecimento prévio de
Braille e que não viam o resultado das respostas.
Comparando os resultados, os pesquisadores revelaram que
ambos os grupos tiveram níveis semelhantes de precisão.
No entanto, os que tiveram vibrações na luva e notas áudio
frequentes tiveram melhores resultados no segundo teste.
Os pesquisadores afirmam ainda que estes participantes
conseguiram inclusive passar da escrita Braille para a leitura.
“Após o teste de escrita, os alunos passivos conseguiram ler
e reconhecer mais de 70% das letras das frases”, afirmou
a co-autora do estudo, Caitlyn Seim. A especialista está
actualmente envolvida noutro estudo que utiliza a luva para
ensinar o alfabeto completo em Braille aos participantes. Até
ao momento, Caitlyn Seima afirma que 75% dos sujeitos
demonstram um nível de precisão perfeito ao dactilografar as
frases e que 90% lêem mais de 90% das letras em Braille em
apenas 4 horas de aprendizagem.
Fonte: Medical News Today
27
Curiosidades
Óculos fora-de-jogo no Mundial 2014
As bancadas dos estádios que receberam o Campeonato
Mundial de Futebol no Brasil encheram-se de adeptos, no
mínimo, originais. Perucas, cartazes, máscaras, pinturas
faciais: valeu tudo para chamar a atenção e apoiar a selecção
28
dos seus países. Destacamos aqui a originalidade dos óculos
usados pelos fãs de futebol no Brasil. É caso para perguntar:
será que conseguiram ver os jogos?
Uma app que elimina o uso
de óculos de leitura
E se os ecrãs dos computadores, tablets e smartphones
usassem óculos em vez dos utilizadores? Esse conceito já
esteve mais longe de existir, já que uma equipa do MIT
(Instituto de Tecnologia de Massachussets), em parceria com
tecnologia em breve, numa conferência internacional em
Vancouver, no Canadá - este algoritmo será capaz de alterar
a luz em cada um dos pixéis do ecrã. Com isso, ao passarem
pelos pequeninos furos do filtro de luz, os raios luminosos
a Microsoft, está a desenvolver uma tecnologia que promete
ajustar os ecrãs dos gadgets do dia-a-dia à distorção da
imagem causada pelas anomalias visuais mais comuns.
Por exemplo: no caso de um míope, o ecrã seria capaz
de alterar a imagem ao ponto de neutralizar a miopia,
corrigindo-a automaticamente. Seria como colocar os óculos
junto ao ecrã e não no rosto, o que pode ser interessante para
quem precisa de usar lentes de meia distância em tarefas
como ao usar o computador, ler um livro ou ver televisão.
De acordo com os pesquisadores responsáveis pelo projecto,
a tecnologia utiliza um algoritmo que distorce a imagem de
acordo com a prescrição de cada utilizador, funcionando em
conjunto com um filtro de luz que é colocado à frente do ecrã
no qual será aplicada.
Para os cientistas do MIT - que devem apresentar esta
chegarão à retina do observador de tal forma que será
possível corrigir a distorção causada pelos olhos.
Todo este processo será algo bastante individual, adequandose ao utilizador conforme as suas necessidades. Inicialmente,
a nova tecnologia será utilizada apenas para objectos de uso
pessoal, sendo que um dos principais beneficiados pela nova
técnica serão os pacientes que não conseguem correcção
apenas com lentes graduadas.
Esta nova tecnologia, porém, dificilmente acabará com
o uso das lentes correctivas, visto que resolve a falta de
“nitidez” apenas dos monitores luminosos e não nas demais
interacções visuais. Contudo, este pode ser um importante
passo dado pela ciência em prol de quem precisa ou quer
usar ecrãs de forma mais regular e tem problemas mais
sérios de visão.
29
Armações
Calvin Klein
Para a Primavera/Verão,
a Calvin Klein apresenta
modelos que combinam
duas tonalidades em blocos,
detalhes em metal e mistura
de materiais.
Distribuição: Marchon
G-Star
Modelo redondo numa armação
em acetato que não deixa
ninguém indiferente. A placa
de metal na charneira é o
pormenor final. Disponível
apenas em preto.
Distribuição: Marchon
Hally & Son
Os óculos Hally & Son
identificam-se pelo uso do
material chifre de búfalo.
Destaque para as pontas
arrendondadas.
Distribuição: Allison
30
Sol
Boss
A nova colecção de sol retrata a
inovação e elegância da marca
alemã, numa linha que espelha
o conforto de materiais ultraleves
e que se traduz em verdadeiras
inspirações de elegância masculina
para o Verão de 2014.
Distribuição: Sàfilo
Calvin Klein
Os modelos Calvin Klein
combinam o minimalismo da
armação com cores sofisticadas
e pormenores discretos.
Distribuição: Marchon
Moss
A nova colecção Moss
reinterpreta as tendências da
estação com modelos que
se destacam pelo design,
conjugação de cores e materiais
de qualidade.
Distribuição: Optivisão
Retro P
Versáteis, ergonómicos e cheios
de atitude, os óculos da marca
nacional RETRO P apresentam
lentes e hastes podem ser
personalizadas de acordo com
o estilo do cliente.
Distribuição: Óticas OCR
31
Saúde Visual
A importância dos rastreios
à visão nas escolas
Pais, médicos oftalmologistas e instituições escolares defendem uma maior regularidade
nos rastreios à visão nas escolas.
32
A Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO) afirmou
recentemente, em comunicado, que uma em cada cinco
crianças em idade escolar usa óculos devido a factores como
o aumento de tarefas, o uso de computadores e tablets, o
excesso de televisão e exposição à luz artificial, a componente
genética e a prematuridade.
Em declarações à Agência Lusa, a Confederação Nacional das
Associações de Pais (Confap) considera que estes deveriam ser
feitos com regularidade, para ajudar a combater o insucesso
escolar. “É preciso tentar perceber se, por exemplo, os casos
de dificuldades de aprendizagem se prendem com problemas
de visão e não com as capacidades das crianças”, defendeu
Jorge Ascensão, presidente da Confap, para quem, a realidade
é diferente de há 20 ou 30 anos e os rastreios podem ajudar
a prevenir riscos, pois as crianças começam mais cedo as
suas tarefas escolares, a jogar no computador ou a usar o
telemóvel.
Por sua vez, o vice-presidente da Associação Nacional de
Directores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP),
Filinto Lima, lembrou à Lusa que há muitas escolas públicas
que fazem rastreios à visão, mas que estes “não são regulares”.
“Há essa boa prática nas escolas públicas, juntamente com os
centros de saúde locais. Muitas vezes são as ópticas que vão
às escolas fazer esse rastreio, encaminhando se necessário
os miúdos para consultas da especialidade”. Contudo, o
“Os rastreios são gratuitos e dão a
indicação aos pais para irem depois a
uma consulta. Por exemplo, há pouco
tempo tive conhecimento do caso
de uma miúda que tinha vergonha
de dizer que via mal, o professor
percebeu e esta foi encaminhada
para o centro de saúde e afinal
tinha miopia. Se tivesse havido um
rastreio o problema poderá ter sido
detectado mais cedo.”
Vice-presidente da Associação Nacional
de Directores de Agrupamentos e Escolas
Públicas (ANDAEP), Filinto Lima
de computadores, comentou o oftalmologista Paulo Vale,
alertando para a importância dos rastreios a partir dos três
Nos últimos 18 meses, a política
de responsabilidade social da ANO
ajudou no rastreio a cerca de 950
crianças e adolescentes em escolas,
na zona da Grande Lisboa.
anos. “A percentagem de crianças que necessita de óculos
tem vindo a aumentar. Na idade escolar (até aos 16/17 anos)
temos uma percentagem de 20% e no pré-escolar (até aos
4/5 anos) de 5 a 7%”, revelou o especialista da SPO. Paulo
Vale sublinha que se trata de uma tendência mundial, nos
últimos anos. Na origem deste aumento estão vários factores,
como o aumento das tarefas escolares nas crianças, o uso
crescente de computadores e tablets, o excesso de televisão e
director lamentou que esta prática não seja feita com mais
a exposição à luz artificial, assim como a componente genética
regularidade. “Os rastreios são gratuitos e dão a indicação
e a prematuridade.
aos pais para irem depois a uma consulta. Por exemplo, há
pouco tempo tive conhecimento do caso de uma miúda que
tinha vergonha de dizer que via mal, o professor percebeu e
O papel da ANO
Além dos hospitais, centros de saúde e consultas de pediatria,
esta foi encaminhada para o centro de saúde e afinal tinha
os estabelecimentos de Óptica e a própria responsabilidade
miopia. Se tivesse havido um rastreio o problema poderá ter
social de alguns Associados em conjunto com a ANO têm um
sido detectado mais cedo”, salientou.
papel preponderante na realização de cuidados primários de
saúde visual nas escolas em Portugal. Nos últimos 18 meses,
Aumento do uso de computadores
a política de responsabilidade social da ANO ajudou no rastreio
Uma em cada cinco crianças em idade escolar usa óculos,
a cerca de 950 crianças e adolescentes em escolas, na zona
devido, entre outras causas, ao aumento de tarefas e uso
da Grande Lisboa.
Erros refractivos são a principal causa de diminuição da visão
Na infância, alguns erros refractivos devem ser corrigidos precocemente para prevenir
“o olho preguiçoso”, alerta a Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO).
O presidente da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO), Paulo Torres, salientou, em comunicado, que os erros
refractivos não podem ser prevenidos, mas podem ser diagnosticados e corrigidos. Nas crianças é importante que os erros
refractivos sejam corrigidos o mais precocemente possível para não condicionar o completo desenvolvimento da função
visual; isto é, para prevenir a ambliopia, o chamado “olho preguiçoso”.
33
Notícias ANO
DIRECÇÃO ANO
Paula Pinho
Directora
O que a motivou a integrar uma lista candidata a
Direcção da Associação Nacional dos Ópticos?
O motivo foi muito simples: acredito no poder do
Associativismo e sei que posso ajudar a Associação a tornarse num pólo de crescimento para todos. Sou viciada no
trabalho e sei que posso trabalhar em qualquer projecto
ao qual me exponham. Sei que posso fazer algo por esta
Associação, especialmente quando acreditam em mim.
Agora que é membro da Direcção, quais os seus
objectivos?
O meu primeiro objectivo é ouvir! Ouvir todos aqueles que,
em vez de perguntarem “o que é que a Associação faz
por mim!”, perguntam “o que é que podemos fazer pela
Associação?”. Objectivo uma gestão partilhada, uma gestão
que visa ajudar todos os que fazem parte da Associação. Um
caminho para a partilha de boas experiências, uma união de
facto.
34
Como vê actualmente a Associação Nacional dos
Ópticos?
Neste momento, um dos principais objectivos é dar mais
visibilidade à ANO, para que todos os Associados percebam
o que passa, qual é o caminho, de forma a alcançarmos o
ponto em que seja motivo de orgulho e de responsabilidade
acrescida ser membro da Associação. Não devemos esquecer
que a ANO contribuiu e continuará a colaborar na construção
e actualização do Referencial de formação, assim como no
novo modelo RVCC profissional. Através dos acordos, a ANO
é um instrumento de regulação das práticas comerciais e
promotora de grande dinâmica e vantagens comerciais.
Porém, de facto, esta não é ainda a imagem que conseguimos
passar. Temos de mostrar que a Associação está aqui para
todos nós. Será um dos desafios do mandato.
De que forma pode a ANO ajudar a dinamizar os
negócios dos Associados?
Temos de lutar por várias frentes. Elevar a marca ANO a todos
os níveis, aproximar o prescritor às Ópticas Acreditadas, levar
a cabo práticas de negociação mais correctas e transparentes,
ter um código de honra muito bem definido e fazer cumprir
esse código. E ouvir muito bem quais as necessidades de
cada um e estar lá para ajudar.
O que destaca no papel da ANO no sector da Óptica?
Neste momento a ANO tem um papel determinante na
formação dos quadros técnicos que compõem a realidade
da Óptica em Portugal. Com uma panóplia de cursos, desde
formação técnica em Óptica Ocular, a cursos de formação
linguística essenciais no nosso dia-a-dia, a Associação é
essencial neste campo. O apoio jurídico é uma realidade que
existe na Associação que me parece importantíssimo para
todos e de uma utilidade máxima, tal como a Revista Ver
enquanto meio de informação específico para a nossa área. É
determinante o facto de a Associação estar a ser gerida num
caminho de unificação e respeito por todos.
Em resumo, como define a ANO?
Associação - Organização de pessoas com vista a um fim
comum.
Nacional - De todos os pontos do país.
Ópticos- Somos todos nós.
ANO dinamiza vídeo nas redes sociais
“100% UV, o seu protector ocular
neste Verão”
Com o objectivo de sensibilizar os portugueses a usarem
seja, é preferível não usar qualquer tipo de óculo de sol do
óculos de sol com lentes certificadas e com protecção 100%
que um pseudo filtro solar ou lentes sem qualidade óptica,
contra os raios ultravioletas, a Associação Nacional dos
que podem provocar defeitos refractivos.”
Ópticos promoveu recentemente um vídeo na internet, em
Para Rui Correia, a mensagem a passar a todos os
especial, nas redes sociais. Com o mote, “100% UV, o seu
consumidores é clara: “Deverá sempre adquirir os seus óculos
protector ocular neste Verão”, a ANO passa a mensagem da
em Ópticas Acreditadas, pois, além de garantirem a melhor
importância de proteger a visão tal como se protege a pele
qualidade do produto, terá aconselhamento e assistência
aquando da exposição prolongada ao sol.
técnica garantidos pelos profissionais habilitados.”
Mais, a ANO chama a atenção para os malefícios não só
De sublinhar que a Associação produziu este vídeo através
do sol mas também dos artigos ópticos adquiridos fora do
de meios humanos e técnicos próprios, apostando numa
canal das Ópticas Acreditadas.
vertente de dinamização dos seus quadros bem como
O presidente da Direcção da ANO, Rui Correia, adianta:
optimização de custos.
“Além de não funcionarem como filtros, os óculos sem
Assista ao vídeo – publicado no site www.ano.com.
certificação, provocam dilatação pupilar, chegando assim
pt e em www.facebook.com/opticos.ano e partilhe-o
mais radiação prejudicial às estruturas oculares internas,
no site da sua empresa ou na sua página oficial no
provocando um aumento da probabilidade das lesões. Ou
Facebook!
Novos modelos Carrera
Inspiração vintage, cores contemporâneas
ANO marca presença em edição
do “Jornal de Negócios”
A Associação Nacional dos Ópticos marcou presença na edição
de 04 de Agosto do “Jornal de Negócios”, com uma interessante
explicação sobre as normas aplicáveis aos artigos de sol. No
âmbito de uma notícia alargada sobre a história dos óculos de
sol, o presidente da Direcção, Rui Correia, abordou a importância
do uso dos óculos de sol, caracterizando as lentes que ajudam
na protecção contra os raios UV.
Neste artigo, foi ainda objectivo da ANO salientar a importância do
aconselhamento técnico nas Ópticas Acreditadas, mencionando,
por outro lado, que “mais de metade dos portugueses usam
óculos sem aconselhamento técnico/certificação, ou sejam
adquiridos em situações de mercado paralelo ou lojas não
especializadas.”
35
Notícias ANO
Novos Associados
A rede de Associados da ANO está sempre a crescer. Apresentamos 2 novos Associados e 11 novos Estabelecimentos Associados:
Euronítida | Alfena
CCO Óptica | Lisboa
Novos Estabelecimentos Associados
36
Olhóptica | Vialonga
MultiOpticas | Cantanhede
Óptica Médica Estremoz | Estremoz
Adão Oculista | São João da Madeira
MultiOpticas | Almada
MultiOpticas | Fórum Madeira, Funchal
MultiOpticas | Funchal
MultiOpticas | Madeira Shopping, Funchal
MultiOpticas | Penafiel
Optivisão | Aveiro
MultiOpticas | Algés
Formação
Formação Profissio
nal Co-financiada
Formações Modular
es Certificadas
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FORMAÇÃO ANO
Centro Tecnológico de Formação de Lisboa
Rua Particular à Rua Ventura Abrantes, Espaço 3 e 4
1750-323 Lisboa
Tel.: 217 574 191
Centro Tecnológico de Formação de Porto
Rua Mártires da Liberdade, 192, 2.º, Sala 2.4
4050-392 Porto
formaçã[email protected]
A Associação Nacional dos Ópticos (ANO) representa todos
os que exerçam a actividade da óptica em Portugal.
Actualmente, tem cerca de 1.000 associados,
representando, directa ou indirectamente, 1.500
estabelecimentos de óptica. O principal objectivo da ANO é
representar os seus associados e defender os seus
interesses morais, profissionais e económicos.
A ANO tem dois centros de formação profissional, em Lisboa e
no Porto. A Associação é, desde 2008, uma entidade
formadora acreditada pela Direcção-Geral do Emprego e das
Relações de Trabalho (DGERT). As principais acções de
formação promovidas pela ANO são na área da Óptica Ocular e
Contactologia. Para os empresários da óptica iniciamos
recentemente módulos de aprendizagem na área da gestão,
que englobam temas como: stocks, oficina ou área financeira.
Notícias ANO
Associação
rastreia 51
utentes
do Centro
Comercial
Apolo 70
A Associação Nacional dos Ópticos (ANO), em parceria com a
Fundação São João de Deus, participou, no passado dia 25 de
Junho, na Semana da Saúde e Bem-Estar, pelo segundo ano
consecutivo. O evento decorreu no Centro Comercial Apolo 70,
no centro de Lisboa.
No total, foram rastreadas 51 pessoas – entre funcionários e
utentes do Centro Comercial, 35 do sexo feminino e 16 do sexo
masculino. Do sexo feminino, 20 pessoas não precisavam de
óculos. As restantes 15 não apresentaram boa acuidade visual.
Do sexo masculino, 11 tinham uma boa acuidade visual, sendo
que 5 apresentaram necessidade de consultar um especialista
da visão. Ou seja, no total, verificou-se que 61% dos rastreados
apresentaram boa visão.
A ANO agradece aos Associados Óptica Berna e Óptica
Columbano pela disponibilidade em participar nesta
acção de responsabilidade social ANO.
Empresas de Óptica iniciam 2ª Fase
do projecto Dinamizar
Trinta empresas de Óptica Associadas da ANO estão prestes a
iniciar a segunda fase do projecto Dinamizar. Designada por
fase de execução do Plano de Acção, as 30 empresas terão em
breve dois tipos de intervenção: consultoria e implementação
de acções de formação à medida das necessidades, cujo
levantamento foi realizado na primeira fase do projecto.
Ainda no âmbito do Dinamizar, estão a ser preparados
Seminários para os empresários participantes neste projecto,
que irão decorrer entre Outubro e Novembro, nas zonas do
Norte, Centro e Alentejo – áreas contempladas pela candidatura
aprovada ao Projecto DINAMIZAR, no âmbito do Programa
Operacional Potencial Humano (POPH).
As temáticas previstas para os Seminários são Gestão
Estratégica, Gestão Operacional, Gestão de Recursos Humanos
e Atendimento e Venda.
Todas estas acções do projecto Dinamizar envolvem a prestação
gratuita de serviços de consultoria e de formação, conduzidas
de forma personalizada e direccionadas para as necessidades
específicas das empresas participantes. O máximo objectivo é
que, no final deste projecto, as empresas participantes reúnam
todas as condições para serem entidades mais competitivas.
Para este projecto, a ANO conta com a parceria da empresa
4EMES – Consultores Associados, Lda., tanto na vertente da
consultoria como na da formação.
O projecto Dinamizar, apoiado pelo Fundo Social Europeu, inserido na medida 3.1.1. Programa de
Formação para PME, promovido pela Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) e
financiado pelo Programa Operacional Potencial Humano (POPH), tem como objectivo elevar a
capacidade competitiva das micro e pequenas e médias empresas do comércio e serviços, neste
caso, os associados da ANO inscritos neste projecto.
38
Breves Saúde
Quem mais
estuda, mais
míope é
Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos relaciona os níveis
revelam que, do grupo de participantes em análise, 53%
de escolaridade a uma maior prevalência e gravidade de
dos licenciados são míopes comparativamente com os
miopia, erro refractivo que afecta cerca de 42% da população
participantes que terminaram o secundário (35%) e os que
norte-americana. A pesquisa, divulgada na publicação
não frequentaram o ensino secundário (24%).
Opthalmology, da Academia Americana de Oftalmologia,
A equipa de especialistas afirma igualmente que quem
é conhecida com “Estudo de Saúde Gutenberg” e tentou
passou mais anos na escola tende a ser mais míope, sendo
demonstrar que os factores ambientais são mais fortes que a
que a miopia piora por cada ano adicional de estudo. Após
genética no desenvolvimento da miopia.
analisarem 45 marcadores genéticos relacionados com o
“A miopia desenvolve-se à medida que o nível educacional
desenvolvimento da miopia, concluíram que estes são menos
aumenta”, afirmam os autores do estudo. Os resultados
relevantes que o nível educacional.
Olhos biónicos
recuperam
visão parcial em
deficientes visuais
Cerca de uma centena de pessoas no mundo já usam “retinas
“A minha vida mudou”, disse à Agência France Press (AFP),
artificiais”. Criado por três diferentes empresas nos Estados
um paciente francês operado por Sahel e que teve implantado
Unidos, Alemanha e França, o Argus II é um sistema electrónico
um sistema Argus II, da empresa americana Second Sight.
implantado directamente na retina, permitindo que pessoas
“Quando uso este sistema nos olhos, torna-se indispensável.”
totalmente ou parcialmente cegas percebam formas e
O sistema é formado por óculos de sol, equipados com uma
contrastes de objectos. Alguns deficientes visuais com olhos
microcâmara, um aparelho electrónico que trata os dados
biónicos já conseguem mesmo ler “letras e palavras grandes”,
visuais captados pela câmara e um sistema que os transmite
afirmou o especialista francês José-Alain Sahel. “Esta não é
para o implante ocular. Mediante impulsos eléctricos, o
uma visão natural, mas uma percepção visual útil”, continuou
implante estimula artificialmente as retinas afectadas por
Sahel, que dirige o Instituto da Visão, um centro de pesquisa
retinose pigmentar, uma doença genética e degenerativa.
do hospital oftalmológico Quinze-Vingts em Paris.
Fonte: AFP
39
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decisões rápidas, como onde colocar os pés, ou por onde seguir de bicicleta,
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geometrias diferentes para aconselhar em função da utilização que o portador vai
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utilização da lente, sendo especificamente adaptada para o desporto ou para
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óculos de sol não gostam de ver nas suas lentes com anti-reflexo.
• Proporciona uma Protecção Extra: na face côncava da lente, elimina a transmissão dos raios UV que batem na lente e regressam ao olho. Mesmo com os
anti-reflexos de hoje há uma percentagem de raios UV que aftectam os olhos,
nomeadamente nas armações menos curvas, que deixam passar a luz lateral.
• Proporciona todos os benefícios de um anti-reflexo de nova geração com
propriedades anti-reflexo, anti-estático, anti-risco, hidrofóbico
• Protege a coloração e mantém a estética da lente por mais tempo
• Tratamento optimizado em função de cada tipo de indice
• Durabilidade do anti-reflexo aumentada (desde que sejam respeitadas as regras
de utilização de lentes oftálmicas tratadas)
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Breves Negócios
PME representam 99,8%
das empresas na Europa
C
M
Y
CM
MY
CY
CMY
K
42
O segmento das Pequenas e Médias Empresas (PME)
O trabalho, que foi recentemente apresentado na Católica
representa 99,8% do total das empresas na Europa,
- Lisbon Executive Education, analisa a performance das
empregando 87 milhões de trabalhadores e gerando 3,4
PME entre 2008 e 2013 em oito países da União Europeia -
milhões de biliões de euros de valor acrescentado para a
Portugal, Espanha, Irlanda, Reino Unido, França, Alemanha,
economia. Ou seja, emprega dois terços do total da mão-
Holanda e Suécia -, os quais asseguram 53% das PME -
de-obra europeia e gera aproximadamente 58% do valor
pouco menos de 60% do emprego e 70% do total do valor
acrescentado bruto total do segmento de mercado não
acrescentado gerado em todos os 27 Estados da União
financeiro. Em termos práticos, as PME na União Europeia
Europeia. Ou seja, estas oito nações têm 10,9 milhões de
são quase 20,6 milhões, o que torna difícil a cada uma
PME, que dão emprego a 51,6 milhões de trabalhadores
destacar-se ou dar nas vistas. E, por isso, há que estar bem
e que geram 2,4 milhões de biliões de euros de valor
focado no mercado, acrescentar valor ao que se produz, ter
acrescentado.
a dimensão certa, disciplina financeira, expandir a sua área
A contribuição do segmento das PME para o emprego total
de influência geográfica e, claro, assegurar que a equipa de
varia dos 52% no Reino Unido aos 79% em Portugal. Aliás, é
gestão à altura das necessidades. Estes são os seis factores
nos países intervencionados - Irlanda, Espanha e Portugal -
de sucesso determinantes que a Mazars, especialista
que as Pequenas e Médias Empresas têm maior no emprego
internacional em consultoria e auditoria, destaca no estudo
e mais contribuem para o valor acrescentado bruto: 69%
“Como ser uma PME de referência”.
em Portugal, 65% em Espanha e 50% na Irlanda.
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