Edição 58 - Julho/Agosto 2014 - Associação Nacional dos Ópticos
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Edição 58 - Julho/Agosto 2014 - Associação Nacional dos Ópticos
5.ª SÉRIE / Nº 58 / 2014 / Publicação Bimestral / €4,50 Visão de excelência dentro das quatro linhas “100% UV, o seu protector ocular neste Verão” PUB ESSILOR VARILUX S PUB Ópticas Acreditadas Sumário 5.ª Série - N.º 58 Julho/Agosto 2014 Visite-nos em: www.ano.com.pt Editorial 5 www.facebook.com/opticos.ano Em Foco Para uma visão de excelência dentro das quatro linhas 6 Notícias Entrevista 8 EyeSpeak, os óculos que dão voz a quem não 18 consegue comunicar Opinião Coração versus Dinheiro 21 Consciência ecológica plastificada 22 Uma ilusão real 23 Pag.6 Perspectiva Económica Criar valor e ganhar competitividade: seis regras simples 24 Volume de negócios a subir nas empresas portuguesas 26 Pag.32 Curiosidades Aprender Braille de luva na mão 27 Óculos fora-de-jogo no Mundial 2014 28 Uma app que elimina o uso de óculos de leitura 29 Armações Sol Saúde Visual 30 A importância dos rastreios à visão nas escolas 32 Notícias ANO Breves Saúde Breves Negócios 34 Pag.18 Pag.26 31 Fotografia de Capa: Istockphoto 39 41 Envie os seus comentários e/ou sugestões para [email protected] Ficha Técnica Director Rui Correia [email protected] Coordenador Eduardo Silva [email protected] Editora Paula Pinto Gonçalves [email protected] Colaborador Nuno Dias da Silva 4 Publicidade Fernando Tomaz [email protected] Grafismo e Paginação Carlos Raposo [email protected] Produção Light Ideas, Consultoria de Comunicação telefone: 912 135 990 Impressão Fernandes & Terceiro, SA Propriedade ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS ÓPTICOS Rua Particular à Rua Ventura Abrantes, Espaço 3 e 4, 1750-323 Lisboa. Tel.: 217 574 188/191 Fax: 217 594 733 [email protected] Periodicidade Bimestral Nº de registo no ICS 107048 Depósito legal 294619/09 Tiragem 1500 Exemplares Os textos assinados são da responsabilidade dos seus autores e reflectem exclusivamente as respectivas opiniões. A Direcção da revista VER reserva o direito de recusar a publicação de textos, imagens e de publicidade que considere contrários aos fins da revista ou à respectiva orientação editorial. Os originais publicados são propriedade da revista VER. É autorizada a reprodução total ou parcial de artigos ou de quaisquer outros textos pelos meios de comunicação social, sujeita à indicação da fonte e, sempre que possível, do título e do nome do autor. Os contactos com a redacção e/ou com a publicidade deverão ser efectuados para os Serviços Administrativos da ANO. Editorial Inovação é palavra de ordem na Óptica A inovação nasce das necessidades de renovação e de evolução que todos os organismos empresariais precisam para se manterem actuais e competitivos. Como tal, a inovação deverá ser parte integrante de uma empresa, em especial, no sector da Óptica, pelo constante contacto com produtos, equipamentos e materiais em constante actualização tecnológica. Além disso, a nossa aposta na cíclica renovação de conhecimentos dos nossos Associados, faz com que a Associação inove nos serviços que presta aos Associados, em especial, numa comunicação cada vez mais directa e rápida e em acções de formação à medida das necessidades das empresas Associadas. Acreditamos que, enquanto Associação empresarial, devemos, não só representar a inovação de quem representamos, mas também anunciar as inovações em todo o mercado da Óptica. Daí que esta edição da VER destaque duas grandes novidades para o sector. Por um lado, um estudo realizado por diversos especialistas em visão desportiva, que objectiva a excelência visual de árbitros de futebol. Um estudo inédito em Portugal e promissor na área da visão, que poderá alterar a forma de actuar de uma inteira classe profissional. Por outro lado, destacamos um projecto nacional com enorme potencial alémfronteiras. Um par de óculos que usa a realidade virtual em prol dos pacientes que, por diversas condições de saúde, deixaram de conseguir comunicar física e verbalmente, mas que ainda processam pensamentos. Em entrevista à VER, o responsável por esta inovação tecnológica e humana, explica o funcionamento destes óculos e explora as respectivas potencialidades, inclusivamente para o nosso sector. Este tipo de actuação inovadora enobrece os sectores da Óptica e da Optometria em Portugal e dinamiza todas as empresas que trabalham neste mercado. Nesta edição, apresentamos um outro tipo de inovação, desta feita, na estrutura da Direcção da Associação Nacional dos Ópticos. Apresentamos, na rubrica Notícias ANO, a nova directora, Paula Pinho, que revela a sua visão sobre a Associação, o associativismo e o próprio sector da Óptica em Portugal. Na Perspectiva Económica, focamo-nos em seis regras a seguir para criar valor na sua empresa e ganhar competitividade, segundo um livro publicado por dois consultores norteamericanos. Apresentamos ainda os últimos dados divulgados pelo Barómetro PME Comércio e Serviços, da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal, que perspectivam uma melhoria no volume de negócios do tecido empresarial português. A Direcção 5 Em Foco Para uma visão de excelência dentro das quatro linhas Entrevista a António Baptista Universidade do Minho Quantas vezes acusámos um árbitro de não ver uma falta na grande área ou ter anulado um golo válido? Para avaliar a visão dos profissionais da arbitragem nasceu o estudo “O Olho em Acção: da Percepção ao Treino de Decisão”, um projecto inovador que envolve todos os árbitros principais e assistentes da I Liga de Futebol em Portugal. A VER falou com um dos autores do trabalho, o professor e investigador em Optometria da Escola de Ciências da Universidade do Minho, António Baptista, para saber como vai a visão dos árbitros dentro e fora das quatro linhas. Em Outubro, o estudo deverá ser incluído num livro que reúne trabalhos de investigação feitos na área da arbitragem e apresentado na sede da Federação Portuguesa de Futebol, em Lisboa. Quando e como nasceu o estudo “O Olho em Acção: da Percepção ao Treino de Decisão”? O estudo nasceu em 2012, num contexto de apoio a jovens árbitros do quadro de potenciais talentos, desenvolvido no Conselho de Arbitragem da Associação de Futebol de Braga. Qual o principal objectivo? O objectivo final é optimizar as capacidades visuais dos árbitros, contribuindo para que tenham um desempenho de excelência. 6 Que fases tem o projecto? Em que fase se encontra? O projecto tem três fases: 1) Identificar quais as características visuais específicas que determinam a excelência no desempenho dos árbitros de futebol e determinar quais as métricas que permitem avaliar essas características de forma apropriada, exacta e repetível. 2) Identificar quais os valores padrão destas características em árbitros de elite. Estes valores servem como metas a atingir mas também poderão ser usados para avaliação de futuros candidatos (recrutamento). 3) Desenvolver métodos (estratégias/procedimentos) para optimizar as características visuais importantes para um desempenho de excelência. Os principais objectivos previstos para a fase 1 e 2 estão concluídos, avançaremos para última fase. A que testes visuais foram os árbitros submetidos? Formam realizados questionários, avaliou-se a eficiência visual (acuidade visual, refracção, visão binocular) e alguns parâmetros de processamento da informação visual (tempos de reacção). Além dos erros refractivos, que outro tipo de limitação visual pode causar um mau desempenho destes profissionais? É uma questão que dá “pano para mangas”! Um dos principais problemas que os árbitros reportam é o de “estar a olhar mas não estar a ver”. Esta é uma situação que pode acontecer, entre outros factores, porque o árbitro pode estar demasiado focado numa determinada situação, não percebendo o que se passa na “vizinhança”. Pode, ainda, dever-se à rapidez de determinados acontecimentos, não dando tempo ao sistema visual para processar a informação. Outra causa possível poderá ser por ocultação parcial dos acontecimentos, devido ao mau posicionamento do árbitro ou por barreiras visuais formadas pelos corpos dos jogadores, obrigando o árbitro a reconstituir a situação baseada em informação incompleta. No caso dos árbitros assistentes existe uma situação que dificulta a marcação correta do fora-de-jogo, a sua principal função, conhecida por flashlag. De uma forma simples, esta ilusão óptica consiste em percepcionar um corpo em movimento (jogador que recebe a bola) mais adiantado do que realmente está quando existe um marcador de tempo (momento do passe da bola). Devemos ter sempre presente que, na realidade de um jogo, estas situações surgem combinadas, e não isoladas, como, regra geral, são apresentadas. Que tipo de treino visual podem os árbitros realizar para potenciar a visão durante os jogos? Genericamente, são conhecidas as necessidades visuais críticas para desempenho de excelência (de qualquer atleta) é relativamente fácil escolher o tipo de treino, pois este encontrase na literatura da especialidade e ao alcance de qualquer optometrista interessado no tema. O grande desafio é provar que há transferência das habilidades treinadas, em ambiente de “consultório”, para a realidade do jogo. Por exemplo, no caso já mencionado do flashlag, o árbitro assistente interioriza, através de treino, o “valor do seu erro” por forma a poder descontar este valor no momento de decidir o fora-de-jogo. Este é o tipo de treino usado para contornar uma limitação e está provado ser eficaz. Ainda que o livro só saia em O utubro, pode avançar com algumas conclusões do estudo? Nos parâmetros avaliados, os árbitros principais e assistentes apresentaram bons resultados quando comparados com a população em geral. No entanto, os árbitros principais estiveram melhor que os assistentes. Considerando que a carreira dos árbitros parte de uma base comum e desenvolve-se num sistema competitivo, poderemos especular que uma melhor visão poderá ter ajudado a chegar mais longe. A equipa do estudo “O Olho em Acção: da Percepção ao Treino de Decisão” António Baptista, Sabrina Oliveira, Nuno Catarino e Filipe Macedo (Universidade do Minho), Pedro Serra (Universidade da Beira Interior) e Brendan Barret, da Universidade de Bradford (Inglaterra). O Conselho de Arbitragem da Associação de Futebol de Braga foi o berço deste projecto e o Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol, o responsável pelo seu crescimento. 7 Notícias Essilor inaugura Centro Europeu de Tecnologia e Inovação em França A Essilor inaugurou, no final de Abril, o maior pólo privado dedicado à pesquisa e inovação do sector da Óptica Oftálmica do mundo, em Créteil, França. Como pioneira do progresso mais significativo em produtos que revolucionaram o campo oftálmico - lentes multifocais, lentes orgânicas, anti-reflexo e tratamentos resistentes a riscos, e as lentes fotocromáticas orgânicas - o novo centro de pesquisa da Essilor pretende acelerar a inovação e garantir uma excelente visão para todos usuários de óculos. O objectivo deste Centro de Tecnologia e Inovação é ultrapassar os limites físicos das lentes oftálmicas, de forma a antecipar as necessidades dos consumidores. Com este pólo de investigação, a Essilor junta, no mesmo local, a tecnologia e cerca de 900 pessoas, incluindo uma extensa equipa de engenheiros e especialistas, de forma a acelerar os projectos e o lançamento de novos produtos que ajudem a tornar real a missão Essilor: melhorar a vida ao melhorar a visão. Este novo Centro junta-se a outros dois pólos Inovação e Tecnologia Essilor - um nos Estados Unidos (Dallas) e outro na Ásia (Singapura). “A visão é o nosso sentido mais importante e desempenha um papel essencial nas nossas vidas. O novo Centro é uma plataforma poderosa para o desenvolvimento das lentes, materiais e dos revestimentos de amanhã, que irão abrir novas perspectivas na correcção e protecção visuais e assumir o desafio da prevenção e saúde visual “, afirmou, em comunicado, o Presidente e CEO da Essilor, Hubert Sagnières. Exportações sobem 9,5% no sector óptico italiano em 2014 8 No final de 2013, o sector de exportações da Óptica em Itália já demonstrava uma tendência positiva de crescimento (+7,2%). O primeiro trimestre de 2014 fixou agora o crescimento das exportações de produtos ópticos em +9,5%, representando cerca de 772 milhões de euros. Em concreto: as exportações de óculos de sol subiram 10%, as armações, 8%. Os Estados Unidos, a França e a Alemanha são dos principais responsáveis pela impulsão das exportações. “As exportações são fundamentais para a nossa indústria, absorvendo uma parte significativa da produção e sempre foram o nosso maior património”, confirmou, em comunicado, o presidente da ANFAO – Associação Nacional de Fabricantes de Artigos de Óptica, em Itália, Cirillo Marcolin. “Nesse clima de confiança cautelosa - nacional e internacionalmente – as exportações representam, mais uma vez, a marca da nossa indústria que é projectada entre os melhores do sector.” COMO ELES, VIVA A SILMO PUB photographer pierre-anthony allard SILMO - nova production visitantes silmo 2013 setembro o efeito A F E I R A I N T E R N A C I O N A L D A Ó T I C A PA R I S 2 0 1 4 WWW.SILMOPARIS.COM Notícias F3M lança Trusty a pensar nas PME A F3M anunciou recentemente o lançamento do Trusty, um sistema de acompanhamento e monitorização de infraestruturas tecnológicas, particularmente direccionado para Pequenas e Médias Empresas (PME) e capaz de prevenir ocorrências que coloquem em causa o normal funcionamento dos centros de dados destas empresas. Com o Trusty, a F3M pretende ajudar as PME nacionais na implementação de Planos de Manutenção preventiva, na gestão dos sistemas, manutenção das aplicações, vigilância sobre processos de salvaguarda de dados e resposta pró-activa a ocorrências. “As organizações, independentemente da sua dimensão, estão cada vez mais dependentes dos sistemas de informação para suportar aplicações críticas na operação diária dos seus negócios, nesse sentido, a fiabilidade e resiliência dos centros de dados é fundamental”, afirmou, em comunicado, Nuno Maia, Business Manager da F3M. Fadiga Ocular é tema de Simpósio no Silmo A organização do Salão Mundial de Óptica de Paris, Silmo, de lentes à nutrição. No último dia do simpósio, os temas divulgou recentemente o programa do Simpósio, a realizar- focam-se na fadiga ocular nas crianças e jovens, abordando se nos últimos dois dias do certame, 28 e 29 de Setembro. o desenvolvimento escolar e os jogos de vídeo. Haverá ainda O tema principal do Simpósio, orientado pela professora dois workshops durante o Simpósio: o primeiro consistirá universitária e Optometrista, Sarita Soni, é a fadiga ocular. Na numa abordagem à fadiga ocular no contexto do gabinete e o primeira sessão, os especialistas procurarão explicar o que é a segundo numa apresentação dos óculos de realidade virtual, fadiga ocular e a quem afecta, abordando os pontos de vista Google Glass. do Óptico, Optometrista e até do Ortoptista. A sessão seguinte Inscreva-se no Simpósio através do site www.silmoparis.com. apresenta as soluções para a fadiga ocular, desde a utilização FC Barreirense foi a jogo com a MultiOpticas 10 A MultiOpticas patrocinou o FC Barreirense na Copa Foot 21, o torneio internacional de futebol jovem que decorreu de 21 a 28 de Junho, na Ilha de São Miguel, nos Açores. A equipa esteve representada em 3 escalões: sub9, sub10 e sub11 e trouxe para casa seis troféus. “A MultiOpticas apoia o desporto e os seus benefícios, encarados como parte de um estilo de vida saudável, associando-se também assim às comunidades locais, muitas vezes, representadas por clubes como o Barreirense” explica a Directora de Marketing da MultiOpticas, Carla Palaio. A Copa Foot 21 é um evento desportivo de referência onde participam clubes como o Sporting, Benfica, Porto, Braga, Marítimo, Nacional e Atlético Madrid e que conta com Nuno Gomes como padrinho. Novartis desenvolve lentes para diabéticos com a Google O Google e a farmacêutica suíça Novartis estabeleceram uma parceria para desenvolver lentes de contacto capazes de medir o nível de açúcar, um teste que os diabéticos normalmente fazem várias vezes por dia picando os dedos para obter uma gota de sangue, avançou recentemente o jornal “Público”. A ideia de usar lentes de contacto para medir a glicose é discutida há anos, na indústria e no meio académico. As lentes do Google, de que a empresa já tinha mostrado um protótipo em Janeiro, e que divulgámos na edição 55 Janeiro/ Fevereiro da VER, contêm minúsculos dispositivos electrónicos que medem de forma contínua a glicose no fluido lacrimal. A informação pode depois ser transmitida para um outro aparelho, como um telemóvel. Para os diabéticos, este sistema seria mais cómodo, não apenas por evitar as picadas nos dedos, mas também por permitir uma monitorização constante do nível de açúcar. Além da medição da glicose, as lentes também são capazes de corrigir a presbiopia, ou seja, a dificuldade em ver ao perto, frequentemente designada por “vista cansada” e que é um problema que tende a surgir com a idade. Um fim-de-semana em Paris com o InstitutOptico e a Essilor O InstitutOptico e a Essilor lançaram recentemente a campanha “Já Está a Ver Paris de Perto”, em vigor até dia 31 de Agosto, na qual oferecem um fim-de-semana em Paris, para duas pessoas, na compra de um par de lentes progressivas da gama Essilor. Para se habilitarem ao prémio, os clientes InstitutOptico devem preencher um cupão, entregue no acto da compra, e escrever uma frase original com as palavras “InstitutOptico”, “Paris” e “Essilor”. Os autores das dez frases mais criativas ganham uma viagem dupla à capital francesa. Esta campanha, exclusiva das ópticas InstitutOptico, oferece ainda aos clientes que comprarem um par de lentes progressivas Essilor um par de lentes Unifocais Coloridas sem tratamento adicional e um desconto de 20% em armações Cierzo. 11 Notícias O lado filantrópico da Essilor A empresa internacional de fabrico de lentes fundou uma nova organização de caridade na Índia, a Fundação Visão Essilor. O lançamento desta nova organização em Bangalore inserese na estratégia do grupo em atender as necessidades visuais de todas as pessoas no mundo e, em particular, dos 2,5 mil milhões de pessoas que precisam de correcção da visão e que não conseguem obter cuidados de saúde visual. A expansão da Fundação Visão na Índia é o primeiro de uma série de benefícios públicos que serão criados durante este ano em vários países, sob os auspícios da Fundação Essilor. Este primeiro passo pretende responder de forma mais rápida às necessidades visuais das comunidades subdesenvolvidas na Índia, onde se estima que 550 milhões de pessoas sofrem de distúrbios visuais não tratados. Nos últimos 25 anos, o Grupo tem prestado assistência a milhares de pessoas, através da realização de cerca de 600 mil exames à visão e da doação de óculos. “Queremos agora capitalizar a experiência adquirida com a Fundação Visão Essilor nos EUA e a energia das nossas equipas em todo o mundo, para difundir progressivamente esta instituição num número crescente de países, a fim de atingir, até 2020, o nosso objectivo geral: proporcionar a correcção da visão a quatro milhões de pessoas em todo o mundo “, disse o Chief Corporate Mission Officer da Essilor Internacional, Jayanth Bhuraragha. Em breve, a Fundação Visão Essilor será instalada no Canadá, China e Singapura. Silmo instala-se em Istambul O Salão Mundial de Óptica, Silmo, juntou-se à organização da e potencialidades que prometem o desenvolvimento de feira de Óptica Istanbul Optik Fuari, Comexposium, e realizam, novas oportunidades para as empresas do sector. A zona de de 11 a 14 de Dezembro, a Silmo Istanbul Optical Fair, na influência desta nova exposição de artigos ópticos estender- capital da Turquia. Com um crescimento anual a rondar os se-á aos países fronteiriços da Turquia, uma ponte entre os 10%, o mercado da Óptica turco demonstra dinamismo continentes Europeu e Asiático. Marcolin e Emilio Pucci assinam acordo de licença mundial exclusivo 12 O Grupo Marcolin e a Emilio Pucci assinaram um acordo de licença mundial exclusivo para a concepção, produção e distribuição de óculos de sol e oftálmicos desta marca feminina italiana. A licença, que começa a partir de Janeiro de 2015 com o lançamento da primeira colecção de óculos de sol, terá a duração de cinco anos, sendo renovável. “Estamos muito satisfeitos por incluir a Emilio Pucci no nosso portfólio de licenciamento. Em comum temos a elevada afinidade na atenção ao produto e com os códigos e valores da marca: esses elementos permitem-nos enfrentar, com sucesso, um mercado cada vez mais desafiante. A nossa oferta de produtos, incluindo a Emilio Pucci, vai proporcionar qualidade adicional ao universo das mulheres a quem nos dirigimos”, afirmou, em comunicado o CEO do Grupo Marcolin, Giovanni Zoppas. ProDesign Denmark apresenta colecção amiga do ambiente A ProDesign Denmark tem uma colecção de armações biodegradáveis, produzida num acetato composto por 80% de algodão. Esta colecção eco-friendly, do segmento Zense da marca, foi criada a pensar nos utilizadores que procuram um ar actual e elegante e que, ao mesmo tempo, têm uma forte preocupação ambiental. Estão disponíveis em dois tons de madeira – um mais claro e outro mais escuro- e em 4 diferentes cores, naturalmente inspiradas na natureza. A charneira metalizada oferece um contraste elegante à armação. Silhouette revive 50 anos de história A comemoração do 50º aniversário da Silhouette justifica uma viagem pelos principais modelos lançados pela marca austríaca bem como pela introdução de novos materiais no panorama da Óptica. Em 1964 foi lançada a primeira armação Silhouette no mundo, com clara inspiração no movimento artístico pop art. Na década de 70, surge a revista com o mesmo nome da marca, que juntava ao típico catálogo de armações peças editoriais. Ainda nos anos 70 são lançadas as primeiras armações griffe. Na década de 80, claramente a época do nascimento do hip hop norte-americano, a Silhouette adopta modelos de largas dimensões, com muitas cores e formas diferentes, além de introduzir um novo material: o SPX. A era das novas tecnologias, anos 90, foi caracterizada na evolução da Silhouette pelo regresso ao minimalismo dos modelos, começando a produzir armações em titânio. Nos anos 2000, esse minimalismo é reforçado pela receita que ainda hoje define a Silhouette, a ultraleveza. É nesta década que os astronautas da NASA começam a usar óculos desta marca. Actualmente, a Silhouette aposta no futuro e na constante inovação de modelos e materiais nas suas colecções. A Silhouette é distribuída em Portugal pela Modavisão, Grupo Brodheim. 13 Notícias As causas solidárias do Grupo Conselheiros da Visão qu resp co Além de colocarem “A Saúde Ocular em Primeiro Lugar”, as Ópticas Conselheiros da Visão destacam-se pelo apoio a outras causas, em especial, “as que entendem como fundamentais os padrões de saúde e bem-estar na sociedade moderna”, conforme comunicado do Grupo. Actualmente, o Grupo Conselheiros da Visão defende causas em três diferentes vertentes: no desporto, com a Volta a Portugal em Bicicleta, na cultura, através da peça de teatro “Gisberta” e na saúde, com a campanha solidária “Olhe por si - Juntos na Luta Contra o Cancro da Mama” e projecto de erradicação da cegueira infantil evitável “Ambliopia Zero”. No apoio que prestam à iniciativa desportiva, acompanhando in loco a comitiva da Volta, o Grupo Conselheiros da Visão percorreu as várias etapas da prova com a Unidade Móvel de Rastreio Visual, em colaboração com os Ópticos Conselheiros da Visão de cada localidade. Desta forma, o Grupo conseguiu actuar, “não só na divulgação da causa solidaria ‘Olhe Por Si - Juntos na Luta contra o Cancro da Mama’ mas ainda nos cuidados primários de saúde ocular, com a concretização do projecto de erradicação da cegueira infantil evitável ‘Ambliopia Zero’, além da identificação e aconselhamento para eventuais anomalias e/ou patologias nos adultos”, lêse em comunicado. A ida ao teatro 14 Integrado na causa “Olhe por si - Juntos na Luta Contra o Cancro da Mama”, outro evento que marcou a posição solidária do Grupo Conselheiros da Visão foi uma ida ao teatro, no passado dia 28 de Julho, em Lisboa. Em cena, encontrase a peça “Gisberta”, cuja figura principal é a embaixadora da causa, Rita Ribeiro. A sessão especial promovida pelos Conselheiros da Visão lotou a capacidade da sala no Cinema São Jorge. Depois da actuação foi promovido um debate, moderado pela jornalista Manuela Bica, sobre a problemática do cancro da mama. No debate estiveram, além da actriz Rita Ribeiro, o presidente do Grupo Conselheiros da Visão, Rafael Claro da Silva, a vice-presidente da Associação Portuguesa de Apoio à Mulher com Cancro da Mama, Lúcia Alves, os especialistas Rui Serra Alves, Mafalda Casa-Nova, Lúcia Venâncio, que contribuiu com o seu testemunho pessoal sobre a doença, e apresentadora de televisão e actriz, Adelaide de Sousa, que apresentou o seu projecto, Guerreiras de Portugal. in qualidade PUB RIGOR Conselheiros - nova responsabilidade social cooperativismo integridade RIGOR qualidade RIGOR rigor integridade credibilidade responsabilidade social cooperativismo integridade RIGOR ooperativismo novação integridade responsabilidade social ponsabilidade social cooperativismo ualidade responsabilidade social credibilidade qualidade qualidade Rua Sousa Lopes, 6B (Loja), 1600-207 | tel. 217 819 123 | fax. 217 993 714 e-mail. [email protected] | www.conselheirosdavisao.pt | http://www.facebook.com/CONSELHEIROS.DA.VISAO Notícias Fundação Carl Zeiss comemora 125 anos A Fundação Carl Zeiss foi criada há 125 anos graças à visão do físico alemão Ernst Abbe, que decidiu atribuir os lucros das empresas Zeiss e SCHOTT para a promoção da ciência. Desde 2007, a Fundação Carl Zeiss já recebeu 80 milhões de euros das duas empresas do sector da Óptica para a promoção da investigação científica, através da atribuição de bolsas para as universidades. Esta Fundação é de vital importância para a promoção da ciência na Alemanha e tem consequências muito positivas para todos os ambientes de aplicativos ZEISS em todo o mundo. Embora datado de 1896, o estatuto da Fundação Carl Zeiss ainda se aplica actualmente, pois descreve o modelo ideal do “empreendedorismo responsável”. De acordo com a chanceler alemã, Angela Merkel, que abriu recentemente as comemorações do 125º aniversário, o estatuto da Fundação é “um documento excepcional da história económica e social alemã”. Proóptica apresenta novo logótipo 16 Com 21 anos de actividade, a Proóptica divulgou recentemente a nova imagem, simbolizada através de quatro cores. O verde simboliza a distribuição de armações e óculos de sol de marcas internacionais como Tag Heuer, Nina Ricci, Frederic Beausoleil ou Marius Morel, e a forte aposta pioneira nas marcas portuguesas, que revela um cuidado especial com a marca PORTUGAL e com a economia nacional. O amarelo representa a distribuição das lentes oftálmicas Nikon, que permitem reforçar o posicionamento de notoriedade, excelente qualidade, diferenciação tecnológica e inovação, acessível a todos os orçamentos. O azul revela os acessórios de oficina e complementos de consumo, garantidos pela marca alemã Breitfeld & Schliekert. A Proóptica acrescenta valor pelas propostas de consultoria com opções de equipamentos que optimizam o trabalho diário dos Ópticos. O laranja comunica a área mais recente da empresa, Design + Arquitectura, especializada em remodelação de interiores de ópticas, decoração e complementos. Chris Brown escolhe Lanvin O músico norte-americano, Chris Brown, surgiu recentemente num evento, em Los Angeles, com um modelo de sol da marca Lanvin. Os óculos escolhidos pelo artista de hip-hop destacam-se pela parte frontal, que junta os materiais metal e acetato, e pelas hastes a imitar madeira. Esta marca é distribuída em Portugal pela De Rigo Vision. EAOO procura temas para workshops clínicos em Budapeste A Academia Europeia de Optometria e Óptica (EAOO) convida os especialistas em saúde visual a apresentarem propostas para workshops clínicos, a decorrerem na próxima conferência anual, em Budapeste (Hungria),de 14 a 17 de Maio de 2015. Os abstractos podem ser enviados até ao próximo dia 8 de Setembro e, preferencialmente, dedicados aos temas: visão binocular, olho seco e lentes de contacto. “Encorajamos o envio de propostas para interessantes e úteis oportunidades únicas em Budapeste, sobre uma variedade de workshops dos nossos colegas europeus para o encontro tópicos e com o conteúdo para diferentes níveis de prática, que do próximo ano”, reforça, em comunicado da EAOO, o abrangerão tanto os recém-diplomados como os profissionais presidente da Academia, Professor Paul Murphy. “Sabemos mais experientes”, promete Murphy. que a aprendizagem de competências clínicas é do interesse Para mais informações, consulte o site da EAOO em de muitos dos nossos delegados. Daí estarmos a oferecer www.eaoo.info. Catherine Deneuve e Marcolin consolidam parceria O Grupo Marcolin e Catherine Deneuve anunciaram, no início “Estamos muito satisfeitos pela renovação desta licença. A de Julho, a renovação do seu acordo de licença para o design, senhora Catherine Deneuve é um símbolo, a nível mundial, de produção e distribuição a nível mundial dos óculos de sol e elegância intemporal, algo que a nossa empresa se orgulha oftálmicos da marca Catherine Deneuve Lunettes. Inicialmente de representar com estes produtos”, afirmou o CEO do Grupo lançado através de uma parceria de licenciamento com a Viva Marcolin Giovanni Zoppas. Já a actriz revelou estar “muito Internacional em 1989, este novo acordo de vários anos foi satisfeita com esta colaboração, este é realmente um grande alargado para incluir o Grupo Marcolin. casamento.” 17 Entrevista EyeSpeak, os óculos que dão voz a quem não consegue comunicar Por: Paula Pinto Gonçalves A ideia nasceu de um português. A necessidade veio do coração. Ivo Vieira, CEO da LusoVu/ LusoSpace, criou os EyeSpeak – um dispositivo de rastreio ocular – para transformar um evento trágico “em algo significativo”. Em entrevista à VER, o Físico explica o projecto e antecipa os próximos objectivos do EyeSpeak. O que é o EyeSpeak? É um dispositivo de rastreio ocular, com base em óculos de realidade aumentada, que irá revolucionar os interfaces mãoslivres. O dispositivo é desenvolvido especialmente para a população com limitações motoras e de fala. 18 Como funciona esta tecnologia? O sistema consiste nuns óculos de realidade de realidade aumentada que irão projectar um teclado virtual no campo de visão do paciente. Adicionalmente, o sistema terá uma microcâmara apontada aos olhos para monitorizar a posição dos mesmos e deste modo perceber qual a tecla seleccionada. Após escrever uma palavra ou conjunto de palavras, o paciente poderá seleccionar o botão “falar” que irá traduzir em fala o que foi escrito. O sistema será stand-alone e não necessita de um PC ou um portátil para trabalhar. No entanto, caso se pretenda também poderá ser utilizado como um rato virtual para, por exemplo, aceder à internet. Qual o objectivo principal do EyeSpeak? A nossa missão consiste em dar voz às pessoas que não conseguem comunicar. Neste marco da nossa “história”, o A empresa do EyeSpeak A LusoVU foi criada em Agosto 2013 e é um spin-off da LusoSpace, empresa 100% portuguesa, que durante os últimos 12 anos tem vindo a criar soluções para o mercado Aeroespacial. Está a criar aplicações de realidade aumentada para o mercado terrestre. Actualmente, a LusoVU tem duas frentes principais de trabalho: - Desenvolvimento de uma tecnologia disruptiva superior à utilizada no Google Glass, denominada Lisplay. Por um lado, a tecnologia foi validade por uma prova de conceito com um campo de visão de 70° muito maior que os 20° da Google Glass, e por outro, o sistema da LusoVu está totalmente embutido em vidro, permitindo que seja pequeno, leve e sobretudo elegante. - Desenvolvimento do produto EyeSpeak. nosso objectivo é transferir o nosso conhecimento do Espaço para a Terra, porque acreditamos que conseguimos fazer a diferença! Conseguimos e podemos mudar a vida de muitas pessoas. Por esse motivo, iremos fornecer um par de óculos com o primeiro sistema de realidade aumentada autónomo, baseado no rastreio ocular, concebidos especialmente para pacientes diagnosticados com doenças com dificuldades extremas motoras e de comunicação. Os nossos óculos irão revolucionar a forma como estas pessoas comunicam e interagem com o mundo. O EyeSpeak é rápido e preciso, de fácil utilização, com uma latência muito reduzida e autocalibrável, sem ser necessária a intervenção do seu utilizador (excepto na sua primeira utilização). Providencia uma experiência verdadeiramente nova, permitindo ao seu utilizador interagir com o mundo como nunca antes interagiu: através do movimento dos olhos. O dispositivo irá escrever e “Os nossos óculos irão revolucionar a forma como estas pessoas comunicam e interagem com o mundo. O EyeSpeak é rápido e preciso, de fácil utilização, com uma latência muito reduzida e autocalibrável, sem ser necessária a intervenção do seu utilizador (excepto na sua primeira utilização). Providencia uma experiência verdadeiramente nova, permitindo ao seu utilizador interagir com o mundo como nunca antes interagiu: através do movimento dos olhos.” Ivo Vieira falar pelo utilizador. Qual a motivação para o desenvolvimento desta tecnologia? A história por detrás do EyeSpeak é inspiradora: a ideia para o desenvolvimento do dispositivo surgiu quando o meu pai foi diagnosticado com esclerose lateral amiotrófica (ELA). Aquando da notícia, decidi transformar este evento trágico em algo significativo. Percebi que o profundo conhecimento da minha equipa a nível tecnológico [a LusoVU é uma spin-off da LusoSpace, uma empresa que desenvolve tecnologia de ponta e de elevada qualidade para aplicações espaciais] poderia ajudar a melhorar a vida de milhares de pessoas em todo o mundo. Este facto representa um enorme estímulo e é por este motivo que a LusoVU está completamente empenhada em tornar este produto numa realidade. Quem poderá beneficiar desta tecnologia? Actualmente o EyeSpeak foi desenvolvido especificamente para pessoas com doenças que afectam as capacidades de comunicação, por exemplo Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), Síndrome Encarceramento (LIS), Distrofia Muscular (DM), Lesões da Medula Espinhal (LME), tetraplégicos, alguns casos de lesões cerebrais traumáticas e outras doenças semelhantes. Em futuras versões prevemos a sua utilização com outras aplicações (realidade aumentada, jogos, etc.), uma vez que terá uma fonte aberta de interface. O que distingue o EyeSpeak de outros sistemas de eyetracking? Alguns doentes não conseguem falar porque lhes falta a possibilidade de comandar os músculos. Por exemplo, mais cedo ou mais tarde, isso há-de acontecer com todos os doentes com ELA. Já existem sistemas no mercado que utilizam eyetracking mas que padecem de vários problemas, 19 Entrevista nomeadamente falta de liberdade pela necessidade de utilização de um computador ou falta de precisão, porque a câmara não está perto dos olhos e calibrações sempre que se utiliza o produto. O EyeSpeak irá colmatar estas questões e outras. Irá melhorar muito a vida destes doentes devolvendolhes a voz, qualquer que seja a posição em que o doente se encontra (por exemplo enquanto está a fazer a higiene diária), não necessitando de um computador, a calibração é feita na primeira utilização e como são uns óculos de realidade aumentada devolve a privacidade na navegação na internet e envio de emails (por exemplo muito relevante também para tetraplégicos). Estão actualmente a proceder a uma campanha de crowdfunding (financiamento colectivo). Qual o vosso objectivo? A LusoVU lançou uma campanha no Kickstarter [o maior site de financiamento colectivo do mundo e que busca apoiar projectos inovadores] entre os dias 16 de Junho e 16 de Julho de 2014. O objectivo desta campanha foi angariar os fundos necessários para comercializar o produto no prazo de aproximadamente seis meses. O tempo é crucial para estas pessoas. Adicionalmente, a LusoVU quis validar a importância e o mercado existente para este produto. O resultado e o feedback foram extremamente positivos e animadores: chegou ao final da campanha com sucesso, com $128,181 (111%), 658 backers, 17.762 partilhas no Facebook e cerca de 50.000 visualizações no Twitter. Foi a empresa Portuguesa que maior valor angariou no Kickstarter. Onde serão produzidos os óculos e que tipo de materiais são usados para a sua concepção? A campanha crowdfunding terminou no dia 16 de Julho, estando a LusoVU actualmente a consolidar, testar e terminar o EyeSpeak. O local onde irá ser produzido ainda não está fechado. A equipa encontra-se a finalizar a integração de uma câmara de rastreamento ocular, uma unidade de processamento, um altifalante, um microfone, um controlador e uma bateria. Está ainda em fase de finalização um software para criar um teclado O EyeSpeak foi desenvolvido especificamente para pessoas com doenças que afectam as capacidades de comunicação, por exemplo Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), Síndrome Encarceramento (LIS), Distrofia Muscular (DM), Lesões da Medula Espinhal (LME), tetraplégicos, alguns casos de lesões cerebrais traumáticas e outras doenças semelhantes. Em futuras versões prevemos a sua utilização com outras aplicações (realidade aumentada, jogos, etc.), uma vez que terá uma fonte aberta de interface. virtual e para processar os dados da microcâmara (seguimento do olho/posição do olho e auto calibração). As lentes do EyeSpeak poderão ser graduadas? A base do EyeSpeak são os óculos de realidade aumentada Epson BT-200, que tem inclusive a possibilidade de adicionar lentes de prescrição e a inserção de lentes escuras. O EyeSpeak pode ser usado de duas formas diferentes com lentes correctivas: com a inserção de uma armação especial que permite colocar lentes correctivas e poderão ser incorporadas nos óculos de Realidade Aumentada (vem disponível a armação para todos os EyeSpeak); e através da colocação dos óculos de realidade aumentada por cima dos normais do utilizador. Poderá funcionar ou não, dependendo do tamanho dos óculos. Perfil de Ivo Vieira O CEO da LuvoVu, Ivo Vieira, tem uma Licenciatura em Engenharia Física, uma pós-graduação em Tecnologias Aeroespaciais, um doutoramento em Engenharia Física com tese em “Propulsão a plasma em veículos espaciais” e um MBA da LisbonMBA. Trabalha há 16 anos no sector espacial, 12 dos quais enquanto CEO, com competências de gestão de projectos complexos. 20 Opinião Coração versus Dinheiro Caiu o pano sobre o mundial do Brasil 2014, considerado, Os nossos craques (mas pouco, dizemos nós sobre a maioria por muitos, o espectáculo de maior audiência acumulada do dos eleitos de Paulo Bento), de egos enormes, assobiaram para Planeta, que tem o condão de encenar o drama e a felicidade o lado e meteram ao bolso mais umas dezenas de milhares da vida. Para os fãs e especialmente para os que ignoram de euros, nutrindo ainda mais as suas avultadas contas a magia e o sortilégio do pontapé na bola, foi um mês de bancárias. Por momentos, os nossos jogadores pareceram autêntica overdose futebolística. os mercenários dos Camarões, do Gana e da Nigéria que Para evitar chover no molhado das centenas de análises que o ameaçaram fazer greve ao não verem satisfeitas as suas epílogo da prova gerou, arrisco fazer um rescaldo do Mundial, exigências monetárias. Curiosamente, todas estas formações, colocando o enfoque na forma como os Portugueses e os Gregos incluindo a de Portugal, fizeram performances desastrosas. encararam a competição. Os nossos representantes estiveram Tudo isto é triste dentro e fora do campo. As selfies com amorfos e sem chama, enquanto os helénicos, demonstrando o Presidente da República, os excêntricos cortes de cabelo uma alma de guerreiros, só foram derrotados no desempate e as invasões de campo por parte das fãs tresloucadas em por grandes penalidades, e, quando regressaram a Atenas, Campinas não me comovem. pediram ao primeiro-ministro que trocasse os prémios a que Tudo isto é uma forma de estar pouco edificante para modelos tinham direito pela construção de um centro de estágio para sociais de milhões. Dizer que se comeu relva e se sentiu as selecções. “Jogámos pelo nosso povo”, disseram os atletas, orgulho na camisola que se envergou não chega. O mundial é em comunicado. Um exemplo! de 4 em 4 anos e, só por si, por se tratar da maior montra da Duas nações intervencionadas pela Troika, mas com a modalidade, devia ser prémio suficiente a sua participação. mentalidade lusitana completamente ciosa dos valores Se os campeões do coração e da generosidade foram os materiais, não abrindo mão de qualquer privilégio. Mas as Gregos e os Argelinos, os Alemães, justos vencedores da lições que envergonham os nossos jogadores não se ficam prova, converteram-se no símbolo maior da competência e pelos Gregos. Os Argelinos, uma das selecções-revelação do qualidade. Os anfitriões brasileiros desiludiram por serem certame, também exibiram um enorme coração, doando os mais europeus do que sul-americanos. Em jeito de balanço, 6,5 milhões de euros recebidos pela participação no Mundial o país anfitrião demonstrou capacidade organizativa e a - tendo chegado aos oitavos-de-final - à população da Faixa população, apesar dos protestos, soube receber - o pior é a de Gaza, na Palestina, a braços com situações humanitárias factura que demorará décadas a liquidar… deploráveis em consequência do eterno conflito com os Em 2018, há mais. Na Rússia, quase de certeza com Putin vizinhos israelitas. “Eles necessitam mais do que nós”, no Kremlin, certamente com Cristiano Ronaldo a realizar o escreveu na sua conta do Facebook Islam Slimani, o avançado seu último mundial. Todos mais velhos, com mais cabelos da Argélia que milita no Sporting. brancos, esperemos que com uma nova atitude. 21 Opinião Consciência ecológica plastificada 22 Numa sociedade que se caracteriza pela carência e escassez, O plástico contribui com quase metade do total do lixo muitos de nós somos perdulários e ainda sonhamos viver detectado, o que ganha especial relevância numa altura numa comunidade na qual impera a abundância. em que se comemorou, no passado dia 3 de Julho, o “Dia Há poucas semanas, a imprensa veiculou uma notícia que Internacional Sem Sacos”. Para assinalar a data, a organização mereceu uma nota de rodapé - mas, em rigor, devia ter ecologista Quercus instalou um estendal de sacos de sido alvo de um amplo debate – no qual se garantia que “o plástico na escadaria principal da Assembleia da República. fundo do mar está cheio de lixo”. Garrafas, sacos de plástico, Objectivo: alertar os deputados para o problema ambiental vidro, metal, madeira, roupa, redes de pesca foram alguns e económico da utilização de sacos de plástico, propondo dos tipos de resíduos humanos encontrados nas profundezas legislação aprovada no hemiciclo para a suspensão gradual dos oceanos da Europa, segundo um estudo que destaca a da sua oferta nas lojas, como ainda acontece no grande e no necessidade de acções para impedir o aumento do lixo nos pequeno retalho. ambientes marinhos. Se o uso excessivo de sacos descartáveis é uma praga de A investigação, liderada pelo centro IMAR da Universidade difícil erradicação - e eu até admito que sou daqueles que dos Açores, concluiu que o plástico foi o item de lixo mais mete sempre mais um saco dentro das compras quando a comum no fundo marinho, enquanto os detritos associados menina da caixa está distraída -, a frieza das estimativas às actividades de pesca (redes e linhas presas no fundo) refreiam os ímpetos dos mais afoitos nesta matéria: cada são particularmente comuns em montes submarinos, bancos português utiliza cerca de 466 sacos descartáveis por ano, e cristas oceânicas. Ainda segundo a mesma investigação, uma média que desce para 198 no total da Europa. ficou demonstrado que o lixo humano está presente em todos Numa altura em que quase toda a Europa, da Irlanda à França, os habitats marinhos, das praias às zonas mais profundas e passando por Itália e Espanha, está a penalizar o recurso a remotas dos oceanos. sacos de plástico, em Portugal ainda só estamos no domínio Daqui se conclui que este imenso depósito de detritos das campanhas de sensibilização. Também aqui ficaremos podia ser, numa primeira análise, evitado e, numa segunda na cauda do pelotão? A pedagogia anti-saco de plástico está perspectiva, aproveitados e reciclados, mas a consciência ao nível da maturidade das campanhas de educação sexual ambiental é um ardiloso jogo de retórica. Tal como Jorge Jesus em Portugal ou da sensibilização dos portugueses para a disse sobre o fair play, a consciência ambiental é uma treta. educação financeira. Basicamente o que falha é a educação, Pela mesma perspectiva a expressão “pegada ecológica”, que provavelmente o sector que mais maltratado tem sido nos se refere em termos de divulgação ecológica à quantidade de últimos anos. terra e água que seria necessária para sustentar as gerações Enquanto o Parlamento não legislar e as campanhas de actuais, tendo em conta todos os recursos materiais e sensibilização em prol de hábitos mais sustentáveis não energéticos, gastos por uma determinada população, começa prosperam, prometo fazer a minha parte. Sacos para as a cair no domínio da utopia, fazendo perigar os indicadores compras só trazidos de casa, de preferência reutilizáveis. O de sustentabilidade ambiental, num planeta cada vez mais ambiente agradece. As gerações futuras também. desregulado. Uma ilusão real Vamos desafiar os leitores, como se estivéssemos em pleno isso for. Significa isto que em vez de termos um Presidente Trivial Pursuit, com uma pergunta para queijinho: O que em Belém, se tivéssemos um Rei na Ajuda ou em Queluz, têm em comum a Espanha, a Bélgica e a Holanda? Não seríamos uma nação mais próspera, desenvolvida e confiante? sabe? A resposta é que os respectivos soberanos abdicaram Sinceramente não creio que a coroa fosse a solução para os recentemente em favor dos seus descendentes. O motivo é nossos problemas. Como os casos das recentes abdicações comum às três nações: monarcas envelhecidos, monarquias comprovam, os contos de fadas pertencem ao passado. Mais caducas, a braços com sucessivos escândalos, com níveis de do que questionar a natureza do regime, a crise reside no popularidade medíocres e carecidas de refrescamento real, facto de faltar o elo de ligação e a confiança entre os titulares em toda a sua dimensão. do poder e o povo, por esta se encontrar ferida de morte. A crise das monarquias é praticamente transversal a toda a O carisma e a credibilidade ainda não se vendem em Europa, com a excepção honrosa, como em quase tudo, dos saquinhos reutilizáveis, a preços módicos, num supermercado britânicos, com a impante Rainha Isabel II a permanecer de ao virar da esquina e, como em tudo na vida, ou tem-se ou pedra e cal em Buckingham, com o novo fôlego dado pelo não se tem. jovem casal de príncipes, William e Kate, e do seu rebento, Alguns analistas políticos garantem, com uma ponta de George. jocosidade, que já tivemos um rei sem coroa, que deu pelo Porventura, a sucessão que mais impacto criou nos nome de ….Mário Soares. A popularidade do fundador do PS portugueses foi a que se concretizou na vizinha Espanha. pode explicar a associação que fazem de este republicano O eterno Juan Carlos de Bourbon deu, de alguma forma, e à monarquia, o que lhe permitiu «reinar» em Belém uma inesperadamente no timing, o lugar ao seu filho, Felipe - e década. É certo que Cavaco Silva, o actual inquilino do palácio à sua esposa, a plebeia e agora rainha Letizia - no trono do rosa, para lá caminha, com a nuance de não convencer como Palácio da Zarzuela, sede da realeza espanhola. mais alto dignitário da nação. Assim o traduzem as sondagens. As reacções foram céleres. A decisão de Juan Carlos abriu O futuro dos países está longe de ser uma questão de cara a porta a manifestações e apelos a um referendo sobre a ou…Coroa. Está longe de ser uma discussão sobre a forma monarquia espanhola. de Estado. Está longe de ser uma questão dilemática entre E como seria se em Portugal a democracia parlamentar monárquicos e republicanos. Parece mais certo que o busílis fosse, do dia para a noite, revertida para uma monarquia reside no carácter, na personalidade e, essencialmente, na parlamentar? Segundo as escassas sondagens efectuadas competência de quem exerce o poder. A unidade nacional até ao momento, são poucos os portugueses saudosos de ter tanto se pode atingir com as bandeiras republicanas ou um rei, pese embora o Presidente da República ser vaiado, monárquicas hasteadas. O problema é de pessoas, não é de invectivado e ver a sua popularidade atingir níveis deploráveis. regimes. O problema é de confiança e é com esse ingrediente, Em Portugal, o diagnóstico está feito. O problema da pátria cada vez mais raro, que se consegue a continuidade e os é a crise do regime e é preciso substituí-lo, seja lá o que consensos. Os textos de Opinião são da autoria do jornalista Nuno Dias da Silva 23 Perspectiva Económica Criar valor e ganhar competitividade: seis regras simples Por: Paula Pinto Gonçalves Abriu uma óptica na mesma rua que a sua, os sites promovem os descontos das mesmas marcas que tem no expositor, os seus clientes querem mais e melhor? Os impostos aumentam, a burocracia aperta e o tempo parece não chegar para tudo? Revê-se nesta situação? Yves Morieux e Peter Tollman, responsáveis pela empresa de Consultoria, Boston Consulting Group, apresentam o caminho a seguir para gerir a complexidade dos negócios actuais no livro “Six Simple Rules”. 24 A base para gerir a complexidade do seu negócio é… descomplicar! Segundo os autores do livro “Six Simple Rules”, instituir muitas regras, procedimentos ou estruturas pioram a performance da sua empresa. Tais exigências tornam o seu negócio rígido - incapaz de responder às necessidades do sector onde está incluído - e fazem com que os seus colaboradores percam tempo com tarefas que não acrescentam valor à empresa. Assim, Morieux e Tollman defendem o conceito de “simplicidade inteligente”, que torna as pessoas mais autónomas, cooperantes e capazes de resolver problemas. Para os autores, “só desta forma as organizações se podem tornar mais ágeis, competitivas e reactivas”. No livro, os autores apresentam seis regras simples para promover maior autonomia e cooperação na sua empresa. 1. Compreender o que os seus colaboradores fazem Conheça os contextos que formam comportamentos, ou seja, aprenda de que forma os seus colaboradores cooperam e resolvem problemas ou como falham nas tarefas. Para tal, é necessário estabelecer objectivos e perceber o que fazem os colaboradores para os atingir ou o que os impede. 2. Identificar quem promove a cooperação Identifique os “integradores” na sua empresa, ou seja, aqueles que, quer sejam as pessoas ou os departamentos, conseguem englobar todos no mesmo projecto. É essencial dar a quem promove a cooperação na empresa o poder, os incentivos e a autoridade para terem sucesso. 3. Redefinir a atribuição de poder Se mais pessoas tiverem autoridade para tomar decisões na organização, isso significa que podem resolver os seus próprios problemas, ajudando tanto na estratégia global da empresa como a reforçar a sua liderança. 4. Aumentar a reciprocidade O trabalho está a tornar-se cada vez mais interdependente. É, portanto, necessário criar as condições que assegurem que as pessoas coloquem a sua autonomia ao serviço do grupo, com o objectivo de lidar com a complexidade das tarefas. Ao tornarem-se mais dependentes umas das outras, as pessoas cooperam de forma mais eficaz. 5. Integrar as pessoas no futuro da organização Incuta nos seus colaboradores a ideia de que o que acontece amanhã é reflexo do que fizeram hoje. Ao terem de solucionar um problema que pode vir a afectá-las directamente, as pessoas compreendem a necessidade de resolver esse mesmo problema de forma mais eficaz. 6. Castigar quem não coopera, não quem fracassa Muitas empresas punem o falhanço. Mas, se as pessoas tiverem receio de falhar, tornam-se adversas à cooperação, escondendo as dificuldades dos gestores e dos colegas de trabalho. Por esse motivo, os gestores devem recompensar as pessoas que ultrapassam os problemas e penalizar aquelas que não trabalham em equipa para os resolver. Em resumo, as seis regras apresentadas por estes analistas têm como principal objectivo criar valor, ajudá-las a crescer e alcançar a competitividade nas empresas lidando melhor com a complexidade do negócio. “Desta forma, eliminará problemas e custos”, sublinham os autores. 25 Perspectiva Económica Volume de negócios a subir nas empresas portuguesas Segundo dados divulgados recentemente pela Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) no Barómetro PME Comércio e Serviços, a proporção das empresas cujo volume de negócios reduziu, de Janeiro a Março deste ano, baixou de 50% (registado no período homólogo de 2013) para 37%, perspectivando uma melhoria no tecido empresarial português. Tal é confirmado ainda pelo número de empresas cujo volume de negócios subiu: em quase 43% das empresas, os valores ficaram acima da proporção registada no trimestre homólogo (28,1%). Em cerca de 21% das PME respondentes o volume de negócios manteve-se, no primeiro trimestre de 2014, semelhante ao período homólogo. A proporção das empresas cujo volume de negócios reduziu, de Janeiro a Março deste ano, baixou de 50% (registado no período homólogo de 2013) para 37%, perspectivando uma melhoria no tecido empresarial português. 26 Em quase 43% das empresas, os valores ficaram acima da proporção registada no trimestre homólogo (28,1%). No Barómetro, quando questionadas sobre as causas da evolução registada no volume de negócios, as empresas apontaram a variação da procura associada à actual conjuntura, como o factor principal para cerca de 70% das PME respondentes (abaixo da proporção registada no quarto trimestre de 2013, de quase 76%, mas semelhante à registada no trimestre homólogo de 2013, de 70,3%). O segundo factor mais assinalado como factor relevante para a variação ocorrida no respectivo volume de negócios, voltou a ser a posição competitiva da empresa face à concorrência, com cerca de 48% das empresas respondentes a considerarem que esse factor influencia muito ou totalmente a evolução registada no respectivo volume de negócios (proporção que compara com 47,7% no 4º trimestre de 2013 e com 38,2% no primeiro trimestre de 2013), ainda que tenha sido de cerca de 52% a proporção das PME respondentes que consideram que esse factor em nada ou pouco influenciou a variação das vendas. Curiosidades Aprender Braille de luva na mão Mais de 39 milhões de pessoas em todo o mundo são cegas. Para muitas delas, o sistema de leitura e escrita para invisuais – Braille – é uma ferramenta fundamental. De acordo com os investigadores, apenas 10% dos cegos em todo o mundo aprendem Braille. Os especialistas acreditam que é algo negligenciado nas escolas e sublinham que o sistema pode ser difícil de aprender em idades avançadas – quando a cegueira é mais comum. Para potenciar o ensino de Braille, uma equipa de pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Georgia, nos Estados Unidos, desenvolveram uma luva para computador que ensina este sistema, mesmo quando o utilizador está a realizar outras tarefas. Para este estudo, os participantes tiveram de usar a luva durante várias tarefas ao computador. Esta luva é equipada com pequenos motores vibratórios, ligados aos nós dos dedos. Durante o primeiro exercício, a luva vibrou numa sequência correlacionada com um padrão de escrita de uma frase já escrita em braille. Foram dadas aos participantes pistas áudio para que soubessem que tipo de letras em Braille eram produzidas através uma sequência particular dactilografada. Foi pedido então a cada participante que dactilografasse a frase no computador, já sem a ajuda da vibração da luva ou áudio, enquanto os pesquisadores analisavam a precisão. Na tarefa seguinte, foi pedido aos participantes que jogassem um jogo no computador durante meia hora, como distracção, enquanto usavam a luva. Metade dos participantes foram presenteados com vibrações repetidas e notas áudio que representavam a mesma frase do teste anterior, enquanto os restantes participantes que actuaram como um grupo de controlo e apenas receberam notas áudio. Os pesquisadores sublinham que, durante os testes, os participantes não tinham qualquer conhecimento prévio de Braille e que não viam o resultado das respostas. Comparando os resultados, os pesquisadores revelaram que ambos os grupos tiveram níveis semelhantes de precisão. No entanto, os que tiveram vibrações na luva e notas áudio frequentes tiveram melhores resultados no segundo teste. Os pesquisadores afirmam ainda que estes participantes conseguiram inclusive passar da escrita Braille para a leitura. “Após o teste de escrita, os alunos passivos conseguiram ler e reconhecer mais de 70% das letras das frases”, afirmou a co-autora do estudo, Caitlyn Seim. A especialista está actualmente envolvida noutro estudo que utiliza a luva para ensinar o alfabeto completo em Braille aos participantes. Até ao momento, Caitlyn Seima afirma que 75% dos sujeitos demonstram um nível de precisão perfeito ao dactilografar as frases e que 90% lêem mais de 90% das letras em Braille em apenas 4 horas de aprendizagem. Fonte: Medical News Today 27 Curiosidades Óculos fora-de-jogo no Mundial 2014 As bancadas dos estádios que receberam o Campeonato Mundial de Futebol no Brasil encheram-se de adeptos, no mínimo, originais. Perucas, cartazes, máscaras, pinturas faciais: valeu tudo para chamar a atenção e apoiar a selecção 28 dos seus países. Destacamos aqui a originalidade dos óculos usados pelos fãs de futebol no Brasil. É caso para perguntar: será que conseguiram ver os jogos? Uma app que elimina o uso de óculos de leitura E se os ecrãs dos computadores, tablets e smartphones usassem óculos em vez dos utilizadores? Esse conceito já esteve mais longe de existir, já que uma equipa do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachussets), em parceria com tecnologia em breve, numa conferência internacional em Vancouver, no Canadá - este algoritmo será capaz de alterar a luz em cada um dos pixéis do ecrã. Com isso, ao passarem pelos pequeninos furos do filtro de luz, os raios luminosos a Microsoft, está a desenvolver uma tecnologia que promete ajustar os ecrãs dos gadgets do dia-a-dia à distorção da imagem causada pelas anomalias visuais mais comuns. Por exemplo: no caso de um míope, o ecrã seria capaz de alterar a imagem ao ponto de neutralizar a miopia, corrigindo-a automaticamente. Seria como colocar os óculos junto ao ecrã e não no rosto, o que pode ser interessante para quem precisa de usar lentes de meia distância em tarefas como ao usar o computador, ler um livro ou ver televisão. De acordo com os pesquisadores responsáveis pelo projecto, a tecnologia utiliza um algoritmo que distorce a imagem de acordo com a prescrição de cada utilizador, funcionando em conjunto com um filtro de luz que é colocado à frente do ecrã no qual será aplicada. Para os cientistas do MIT - que devem apresentar esta chegarão à retina do observador de tal forma que será possível corrigir a distorção causada pelos olhos. Todo este processo será algo bastante individual, adequandose ao utilizador conforme as suas necessidades. Inicialmente, a nova tecnologia será utilizada apenas para objectos de uso pessoal, sendo que um dos principais beneficiados pela nova técnica serão os pacientes que não conseguem correcção apenas com lentes graduadas. Esta nova tecnologia, porém, dificilmente acabará com o uso das lentes correctivas, visto que resolve a falta de “nitidez” apenas dos monitores luminosos e não nas demais interacções visuais. Contudo, este pode ser um importante passo dado pela ciência em prol de quem precisa ou quer usar ecrãs de forma mais regular e tem problemas mais sérios de visão. 29 Armações Calvin Klein Para a Primavera/Verão, a Calvin Klein apresenta modelos que combinam duas tonalidades em blocos, detalhes em metal e mistura de materiais. Distribuição: Marchon G-Star Modelo redondo numa armação em acetato que não deixa ninguém indiferente. A placa de metal na charneira é o pormenor final. Disponível apenas em preto. Distribuição: Marchon Hally & Son Os óculos Hally & Son identificam-se pelo uso do material chifre de búfalo. Destaque para as pontas arrendondadas. Distribuição: Allison 30 Sol Boss A nova colecção de sol retrata a inovação e elegância da marca alemã, numa linha que espelha o conforto de materiais ultraleves e que se traduz em verdadeiras inspirações de elegância masculina para o Verão de 2014. Distribuição: Sàfilo Calvin Klein Os modelos Calvin Klein combinam o minimalismo da armação com cores sofisticadas e pormenores discretos. Distribuição: Marchon Moss A nova colecção Moss reinterpreta as tendências da estação com modelos que se destacam pelo design, conjugação de cores e materiais de qualidade. Distribuição: Optivisão Retro P Versáteis, ergonómicos e cheios de atitude, os óculos da marca nacional RETRO P apresentam lentes e hastes podem ser personalizadas de acordo com o estilo do cliente. Distribuição: Óticas OCR 31 Saúde Visual A importância dos rastreios à visão nas escolas Pais, médicos oftalmologistas e instituições escolares defendem uma maior regularidade nos rastreios à visão nas escolas. 32 A Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO) afirmou recentemente, em comunicado, que uma em cada cinco crianças em idade escolar usa óculos devido a factores como o aumento de tarefas, o uso de computadores e tablets, o excesso de televisão e exposição à luz artificial, a componente genética e a prematuridade. Em declarações à Agência Lusa, a Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap) considera que estes deveriam ser feitos com regularidade, para ajudar a combater o insucesso escolar. “É preciso tentar perceber se, por exemplo, os casos de dificuldades de aprendizagem se prendem com problemas de visão e não com as capacidades das crianças”, defendeu Jorge Ascensão, presidente da Confap, para quem, a realidade é diferente de há 20 ou 30 anos e os rastreios podem ajudar a prevenir riscos, pois as crianças começam mais cedo as suas tarefas escolares, a jogar no computador ou a usar o telemóvel. Por sua vez, o vice-presidente da Associação Nacional de Directores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), Filinto Lima, lembrou à Lusa que há muitas escolas públicas que fazem rastreios à visão, mas que estes “não são regulares”. “Há essa boa prática nas escolas públicas, juntamente com os centros de saúde locais. Muitas vezes são as ópticas que vão às escolas fazer esse rastreio, encaminhando se necessário os miúdos para consultas da especialidade”. Contudo, o “Os rastreios são gratuitos e dão a indicação aos pais para irem depois a uma consulta. Por exemplo, há pouco tempo tive conhecimento do caso de uma miúda que tinha vergonha de dizer que via mal, o professor percebeu e esta foi encaminhada para o centro de saúde e afinal tinha miopia. Se tivesse havido um rastreio o problema poderá ter sido detectado mais cedo.” Vice-presidente da Associação Nacional de Directores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), Filinto Lima de computadores, comentou o oftalmologista Paulo Vale, alertando para a importância dos rastreios a partir dos três Nos últimos 18 meses, a política de responsabilidade social da ANO ajudou no rastreio a cerca de 950 crianças e adolescentes em escolas, na zona da Grande Lisboa. anos. “A percentagem de crianças que necessita de óculos tem vindo a aumentar. Na idade escolar (até aos 16/17 anos) temos uma percentagem de 20% e no pré-escolar (até aos 4/5 anos) de 5 a 7%”, revelou o especialista da SPO. Paulo Vale sublinha que se trata de uma tendência mundial, nos últimos anos. Na origem deste aumento estão vários factores, como o aumento das tarefas escolares nas crianças, o uso crescente de computadores e tablets, o excesso de televisão e director lamentou que esta prática não seja feita com mais a exposição à luz artificial, assim como a componente genética regularidade. “Os rastreios são gratuitos e dão a indicação e a prematuridade. aos pais para irem depois a uma consulta. Por exemplo, há pouco tempo tive conhecimento do caso de uma miúda que tinha vergonha de dizer que via mal, o professor percebeu e O papel da ANO Além dos hospitais, centros de saúde e consultas de pediatria, esta foi encaminhada para o centro de saúde e afinal tinha os estabelecimentos de Óptica e a própria responsabilidade miopia. Se tivesse havido um rastreio o problema poderá ter social de alguns Associados em conjunto com a ANO têm um sido detectado mais cedo”, salientou. papel preponderante na realização de cuidados primários de saúde visual nas escolas em Portugal. Nos últimos 18 meses, Aumento do uso de computadores a política de responsabilidade social da ANO ajudou no rastreio Uma em cada cinco crianças em idade escolar usa óculos, a cerca de 950 crianças e adolescentes em escolas, na zona devido, entre outras causas, ao aumento de tarefas e uso da Grande Lisboa. Erros refractivos são a principal causa de diminuição da visão Na infância, alguns erros refractivos devem ser corrigidos precocemente para prevenir “o olho preguiçoso”, alerta a Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO). O presidente da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO), Paulo Torres, salientou, em comunicado, que os erros refractivos não podem ser prevenidos, mas podem ser diagnosticados e corrigidos. Nas crianças é importante que os erros refractivos sejam corrigidos o mais precocemente possível para não condicionar o completo desenvolvimento da função visual; isto é, para prevenir a ambliopia, o chamado “olho preguiçoso”. 33 Notícias ANO DIRECÇÃO ANO Paula Pinho Directora O que a motivou a integrar uma lista candidata a Direcção da Associação Nacional dos Ópticos? O motivo foi muito simples: acredito no poder do Associativismo e sei que posso ajudar a Associação a tornarse num pólo de crescimento para todos. Sou viciada no trabalho e sei que posso trabalhar em qualquer projecto ao qual me exponham. Sei que posso fazer algo por esta Associação, especialmente quando acreditam em mim. Agora que é membro da Direcção, quais os seus objectivos? O meu primeiro objectivo é ouvir! Ouvir todos aqueles que, em vez de perguntarem “o que é que a Associação faz por mim!”, perguntam “o que é que podemos fazer pela Associação?”. Objectivo uma gestão partilhada, uma gestão que visa ajudar todos os que fazem parte da Associação. Um caminho para a partilha de boas experiências, uma união de facto. 34 Como vê actualmente a Associação Nacional dos Ópticos? Neste momento, um dos principais objectivos é dar mais visibilidade à ANO, para que todos os Associados percebam o que passa, qual é o caminho, de forma a alcançarmos o ponto em que seja motivo de orgulho e de responsabilidade acrescida ser membro da Associação. Não devemos esquecer que a ANO contribuiu e continuará a colaborar na construção e actualização do Referencial de formação, assim como no novo modelo RVCC profissional. Através dos acordos, a ANO é um instrumento de regulação das práticas comerciais e promotora de grande dinâmica e vantagens comerciais. Porém, de facto, esta não é ainda a imagem que conseguimos passar. Temos de mostrar que a Associação está aqui para todos nós. Será um dos desafios do mandato. De que forma pode a ANO ajudar a dinamizar os negócios dos Associados? Temos de lutar por várias frentes. Elevar a marca ANO a todos os níveis, aproximar o prescritor às Ópticas Acreditadas, levar a cabo práticas de negociação mais correctas e transparentes, ter um código de honra muito bem definido e fazer cumprir esse código. E ouvir muito bem quais as necessidades de cada um e estar lá para ajudar. O que destaca no papel da ANO no sector da Óptica? Neste momento a ANO tem um papel determinante na formação dos quadros técnicos que compõem a realidade da Óptica em Portugal. Com uma panóplia de cursos, desde formação técnica em Óptica Ocular, a cursos de formação linguística essenciais no nosso dia-a-dia, a Associação é essencial neste campo. O apoio jurídico é uma realidade que existe na Associação que me parece importantíssimo para todos e de uma utilidade máxima, tal como a Revista Ver enquanto meio de informação específico para a nossa área. É determinante o facto de a Associação estar a ser gerida num caminho de unificação e respeito por todos. Em resumo, como define a ANO? Associação - Organização de pessoas com vista a um fim comum. Nacional - De todos os pontos do país. Ópticos- Somos todos nós. ANO dinamiza vídeo nas redes sociais “100% UV, o seu protector ocular neste Verão” Com o objectivo de sensibilizar os portugueses a usarem seja, é preferível não usar qualquer tipo de óculo de sol do óculos de sol com lentes certificadas e com protecção 100% que um pseudo filtro solar ou lentes sem qualidade óptica, contra os raios ultravioletas, a Associação Nacional dos que podem provocar defeitos refractivos.” Ópticos promoveu recentemente um vídeo na internet, em Para Rui Correia, a mensagem a passar a todos os especial, nas redes sociais. Com o mote, “100% UV, o seu consumidores é clara: “Deverá sempre adquirir os seus óculos protector ocular neste Verão”, a ANO passa a mensagem da em Ópticas Acreditadas, pois, além de garantirem a melhor importância de proteger a visão tal como se protege a pele qualidade do produto, terá aconselhamento e assistência aquando da exposição prolongada ao sol. técnica garantidos pelos profissionais habilitados.” Mais, a ANO chama a atenção para os malefícios não só De sublinhar que a Associação produziu este vídeo através do sol mas também dos artigos ópticos adquiridos fora do de meios humanos e técnicos próprios, apostando numa canal das Ópticas Acreditadas. vertente de dinamização dos seus quadros bem como O presidente da Direcção da ANO, Rui Correia, adianta: optimização de custos. “Além de não funcionarem como filtros, os óculos sem Assista ao vídeo – publicado no site www.ano.com. certificação, provocam dilatação pupilar, chegando assim pt e em www.facebook.com/opticos.ano e partilhe-o mais radiação prejudicial às estruturas oculares internas, no site da sua empresa ou na sua página oficial no provocando um aumento da probabilidade das lesões. Ou Facebook! Novos modelos Carrera Inspiração vintage, cores contemporâneas ANO marca presença em edição do “Jornal de Negócios” A Associação Nacional dos Ópticos marcou presença na edição de 04 de Agosto do “Jornal de Negócios”, com uma interessante explicação sobre as normas aplicáveis aos artigos de sol. No âmbito de uma notícia alargada sobre a história dos óculos de sol, o presidente da Direcção, Rui Correia, abordou a importância do uso dos óculos de sol, caracterizando as lentes que ajudam na protecção contra os raios UV. Neste artigo, foi ainda objectivo da ANO salientar a importância do aconselhamento técnico nas Ópticas Acreditadas, mencionando, por outro lado, que “mais de metade dos portugueses usam óculos sem aconselhamento técnico/certificação, ou sejam adquiridos em situações de mercado paralelo ou lojas não especializadas.” 35 Notícias ANO Novos Associados A rede de Associados da ANO está sempre a crescer. Apresentamos 2 novos Associados e 11 novos Estabelecimentos Associados: Euronítida | Alfena CCO Óptica | Lisboa Novos Estabelecimentos Associados 36 Olhóptica | Vialonga MultiOpticas | Cantanhede Óptica Médica Estremoz | Estremoz Adão Oculista | São João da Madeira MultiOpticas | Almada MultiOpticas | Fórum Madeira, Funchal MultiOpticas | Funchal MultiOpticas | Madeira Shopping, Funchal MultiOpticas | Penafiel Optivisão | Aveiro MultiOpticas | Algés Formação Formação Profissio nal Co-financiada Formações Modular es Certificadas PUB FORMAÇÃO ANO Centro Tecnológico de Formação de Lisboa Rua Particular à Rua Ventura Abrantes, Espaço 3 e 4 1750-323 Lisboa Tel.: 217 574 191 Centro Tecnológico de Formação de Porto Rua Mártires da Liberdade, 192, 2.º, Sala 2.4 4050-392 Porto formaçã[email protected] A Associação Nacional dos Ópticos (ANO) representa todos os que exerçam a actividade da óptica em Portugal. Actualmente, tem cerca de 1.000 associados, representando, directa ou indirectamente, 1.500 estabelecimentos de óptica. O principal objectivo da ANO é representar os seus associados e defender os seus interesses morais, profissionais e económicos. A ANO tem dois centros de formação profissional, em Lisboa e no Porto. A Associação é, desde 2008, uma entidade formadora acreditada pela Direcção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT). As principais acções de formação promovidas pela ANO são na área da Óptica Ocular e Contactologia. Para os empresários da óptica iniciamos recentemente módulos de aprendizagem na área da gestão, que englobam temas como: stocks, oficina ou área financeira. Notícias ANO Associação rastreia 51 utentes do Centro Comercial Apolo 70 A Associação Nacional dos Ópticos (ANO), em parceria com a Fundação São João de Deus, participou, no passado dia 25 de Junho, na Semana da Saúde e Bem-Estar, pelo segundo ano consecutivo. O evento decorreu no Centro Comercial Apolo 70, no centro de Lisboa. No total, foram rastreadas 51 pessoas – entre funcionários e utentes do Centro Comercial, 35 do sexo feminino e 16 do sexo masculino. Do sexo feminino, 20 pessoas não precisavam de óculos. As restantes 15 não apresentaram boa acuidade visual. Do sexo masculino, 11 tinham uma boa acuidade visual, sendo que 5 apresentaram necessidade de consultar um especialista da visão. Ou seja, no total, verificou-se que 61% dos rastreados apresentaram boa visão. A ANO agradece aos Associados Óptica Berna e Óptica Columbano pela disponibilidade em participar nesta acção de responsabilidade social ANO. Empresas de Óptica iniciam 2ª Fase do projecto Dinamizar Trinta empresas de Óptica Associadas da ANO estão prestes a iniciar a segunda fase do projecto Dinamizar. Designada por fase de execução do Plano de Acção, as 30 empresas terão em breve dois tipos de intervenção: consultoria e implementação de acções de formação à medida das necessidades, cujo levantamento foi realizado na primeira fase do projecto. Ainda no âmbito do Dinamizar, estão a ser preparados Seminários para os empresários participantes neste projecto, que irão decorrer entre Outubro e Novembro, nas zonas do Norte, Centro e Alentejo – áreas contempladas pela candidatura aprovada ao Projecto DINAMIZAR, no âmbito do Programa Operacional Potencial Humano (POPH). As temáticas previstas para os Seminários são Gestão Estratégica, Gestão Operacional, Gestão de Recursos Humanos e Atendimento e Venda. Todas estas acções do projecto Dinamizar envolvem a prestação gratuita de serviços de consultoria e de formação, conduzidas de forma personalizada e direccionadas para as necessidades específicas das empresas participantes. O máximo objectivo é que, no final deste projecto, as empresas participantes reúnam todas as condições para serem entidades mais competitivas. Para este projecto, a ANO conta com a parceria da empresa 4EMES – Consultores Associados, Lda., tanto na vertente da consultoria como na da formação. O projecto Dinamizar, apoiado pelo Fundo Social Europeu, inserido na medida 3.1.1. Programa de Formação para PME, promovido pela Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) e financiado pelo Programa Operacional Potencial Humano (POPH), tem como objectivo elevar a capacidade competitiva das micro e pequenas e médias empresas do comércio e serviços, neste caso, os associados da ANO inscritos neste projecto. 38 Breves Saúde Quem mais estuda, mais míope é Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos relaciona os níveis revelam que, do grupo de participantes em análise, 53% de escolaridade a uma maior prevalência e gravidade de dos licenciados são míopes comparativamente com os miopia, erro refractivo que afecta cerca de 42% da população participantes que terminaram o secundário (35%) e os que norte-americana. A pesquisa, divulgada na publicação não frequentaram o ensino secundário (24%). Opthalmology, da Academia Americana de Oftalmologia, A equipa de especialistas afirma igualmente que quem é conhecida com “Estudo de Saúde Gutenberg” e tentou passou mais anos na escola tende a ser mais míope, sendo demonstrar que os factores ambientais são mais fortes que a que a miopia piora por cada ano adicional de estudo. Após genética no desenvolvimento da miopia. analisarem 45 marcadores genéticos relacionados com o “A miopia desenvolve-se à medida que o nível educacional desenvolvimento da miopia, concluíram que estes são menos aumenta”, afirmam os autores do estudo. Os resultados relevantes que o nível educacional. Olhos biónicos recuperam visão parcial em deficientes visuais Cerca de uma centena de pessoas no mundo já usam “retinas “A minha vida mudou”, disse à Agência France Press (AFP), artificiais”. Criado por três diferentes empresas nos Estados um paciente francês operado por Sahel e que teve implantado Unidos, Alemanha e França, o Argus II é um sistema electrónico um sistema Argus II, da empresa americana Second Sight. implantado directamente na retina, permitindo que pessoas “Quando uso este sistema nos olhos, torna-se indispensável.” totalmente ou parcialmente cegas percebam formas e O sistema é formado por óculos de sol, equipados com uma contrastes de objectos. Alguns deficientes visuais com olhos microcâmara, um aparelho electrónico que trata os dados biónicos já conseguem mesmo ler “letras e palavras grandes”, visuais captados pela câmara e um sistema que os transmite afirmou o especialista francês José-Alain Sahel. “Esta não é para o implante ocular. Mediante impulsos eléctricos, o uma visão natural, mas uma percepção visual útil”, continuou implante estimula artificialmente as retinas afectadas por Sahel, que dirige o Instituto da Visão, um centro de pesquisa retinose pigmentar, uma doença genética e degenerativa. do hospital oftalmológico Quinze-Vingts em Paris. Fonte: AFP 39 publi reportagem NOVAS LENTES SHAMIR ATTITUDE III® FASHION & SHAMIR ATTITUDE III® SPORT COM NOVO TRATAMENTO SHAMIR GLACIER SUN™ Sempre na vanguarda da pesquisa de lentes oftálmicas inovadoras e de alto desempenho, a Shamir volta a ser pioneira e lança a nova e revolucionária gama de lentes solares personalizadas Shamir Attitude III® e um novo e exclusivo tratamento Shamir Glacier Sun™. AS NOVAS SHAMIR ATTITUDE III® COM SHAMIR GLACIER SUN™ PROPORCIONAM-LHE: 1. Duas novas geometrias de acordo com a utilização do portador 2. Todas as bases de curvatura 3. Protecção Extra com o novo tratamento Shamir Glacier Sun™ A nova gama Shamir Attitude III® apresenta-lhe uma novidade exclusiva - duas geometrias diferentes, com duas marcas técnicas, para aconselhamento muito especializado: Shamir Attitude III® FASHION e Shamir Attitude III® SPORT. PUB A gama Shamir Attitude III® responde a todas as ametropias, e no caso da presbiopia, apresenta 2 geometrias inovadoras, aconselhadas em função da utilização que o portador vai dar aos óculos de sol: PUBLIREPORTAGEM SHAMIR SHAMIR ATTITUDE III® FASHION para utilização generalista dos óculos de sol ao ar livre, proporcionando uma visão sem limites. Quando o portador das lentes procura graduar os seus óculos de sol para os utilizar durante as suas actividades ao ar livre, como passear, estar na esplanada, ir às compras, deslocar-se simplesmente em ambientes exteriores. Disponível em todas as matérias, cores e com opção do tratamento espelhado Shamir Power Mirrors. SHAMIR ATTITUDE III® SPORT para uma utilização mais focada na prática desportiva, sendo multi-desporto. Para o portador que corre, caminha ou anda de bicicleta várias vezes por semana, e procura uma solução visual mais focada no desporto, ainda que a possa utilizar também para simplesmente passear. O design da progressiva Shamir Attitude III® SPORT tem um novo campo visual chamado “safety zone” que permite ao desportista fazer uma permanente análise do terreno e tomar decisões rápidas, como onde colocar os pés, ou por onde seguir de bicicleta, patins, etc. ........ A gama de lentes Shamir Attitude III® apresenta uma revolução em termos de geometrias e também na disponibilidade de bases de curvatura dos óculos de sol actuais, desde os mais planos aos mais ergonómicos muito curvos. As novas Shamir Attitude III® apresentam uma opção única e diferenciadora que lhe proporciona um aconselhamento mais personalizado aos seus clientes: 2 geometrias diferentes para aconselhar em função da utilização que o portador vai dar aos óculos: utilização generalista ao ar livre ou utilização mais focada no desporto, sendo multi-desporto. Com benefícios únicos para a prática de desporto e para os óculos de moda, as lentes Shamir Attitude III® Sport & Shamir Attitude III® Fashion incorporam as 4 mais avançadas tecnologias Shamir: Eye-Point Technology III®, tecnologia que melhora a experiência visual independentemente da prescrição ou da escolha da armação; Natural Posture™, tecnologia que permite ao portador adoptar a sua postura natural; IntelliCorridor™, proporciona uma optimização do perfil da potência especificamente em função da utilização da lente, sendo especificamente adaptada para o desporto ou para outras actividades; e a tecnologia As-Worn Quadro™, também única e exclusiva, esta tecnologia garante um conforto visual total para qualquer tipo de armação. O Novo tratamento Shamir Glacier Sun™ é também revolucionário, pois é Acromático e oferece uma Protecção EXTRA contra os raios UV • Revolucionário é acromático, sem a cor residual inestética que os portadores de óculos de sol não gostam de ver nas suas lentes com anti-reflexo. • Proporciona uma Protecção Extra: na face côncava da lente, elimina a transmissão dos raios UV que batem na lente e regressam ao olho. Mesmo com os anti-reflexos de hoje há uma percentagem de raios UV que aftectam os olhos, nomeadamente nas armações menos curvas, que deixam passar a luz lateral. • Proporciona todos os benefícios de um anti-reflexo de nova geração com propriedades anti-reflexo, anti-estático, anti-risco, hidrofóbico • Protege a coloração e mantém a estética da lente por mais tempo • Tratamento optimizado em função de cada tipo de indice • Durabilidade do anti-reflexo aumentada (desde que sejam respeitadas as regras de utilização de lentes oftálmicas tratadas) PUB PUBLIREPORTAGEM SHAMIR A SHAMIR ATTITUDE III® É A MARCA TÉCNICA DE LENTES SOLARES TOPO DE GAMA ACONSELHADA PELOS ESPECIALISTAS Breves Negócios PME representam 99,8% das empresas na Europa C M Y CM MY CY CMY K 42 O segmento das Pequenas e Médias Empresas (PME) O trabalho, que foi recentemente apresentado na Católica representa 99,8% do total das empresas na Europa, - Lisbon Executive Education, analisa a performance das empregando 87 milhões de trabalhadores e gerando 3,4 PME entre 2008 e 2013 em oito países da União Europeia - milhões de biliões de euros de valor acrescentado para a Portugal, Espanha, Irlanda, Reino Unido, França, Alemanha, economia. Ou seja, emprega dois terços do total da mão- Holanda e Suécia -, os quais asseguram 53% das PME - de-obra europeia e gera aproximadamente 58% do valor pouco menos de 60% do emprego e 70% do total do valor acrescentado bruto total do segmento de mercado não acrescentado gerado em todos os 27 Estados da União financeiro. Em termos práticos, as PME na União Europeia Europeia. Ou seja, estas oito nações têm 10,9 milhões de são quase 20,6 milhões, o que torna difícil a cada uma PME, que dão emprego a 51,6 milhões de trabalhadores destacar-se ou dar nas vistas. E, por isso, há que estar bem e que geram 2,4 milhões de biliões de euros de valor focado no mercado, acrescentar valor ao que se produz, ter acrescentado. a dimensão certa, disciplina financeira, expandir a sua área A contribuição do segmento das PME para o emprego total de influência geográfica e, claro, assegurar que a equipa de varia dos 52% no Reino Unido aos 79% em Portugal. Aliás, é gestão à altura das necessidades. Estes são os seis factores nos países intervencionados - Irlanda, Espanha e Portugal - de sucesso determinantes que a Mazars, especialista que as Pequenas e Médias Empresas têm maior no emprego internacional em consultoria e auditoria, destaca no estudo e mais contribuem para o valor acrescentado bruto: 69% “Como ser uma PME de referência”. em Portugal, 65% em Espanha e 50% na Irlanda. PUB Shamir Descubra a Protecção Total para os seus olhos. Protecção Total PUB UV Agora com ESSILOR ® As lentes Essilor Protecção Total reúnem a protecção ocular necessária no quotidiano, optimizando todos os benefícios ® que uma única lente oftálmica pode incluir. Com Essilor Protecção Total protege* os seus olhos de: • Radiações UV - Garante uma protecção a 100% das radiações UVA e UVB nocivas. 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