- Revista Mercado Rural

Transcrição

- Revista Mercado Rural
Janeiro 2012 • n°1
Brahman,
a raça que mais cresce
no Brasil
Feileite comemora sucesso
Entrevista
Presidente do Sistema
FAEMG: Roberto Simões
Haras Fazenda Nova
se destaca na criação de
Pôneis
Janeiro 2012
1
2
Janeiro 2012
Editorial
Redação
Unique Comunicação e Eventos
Av. Barão Homem de Melo - 4.500/324 - Estoril
BH/MG - Tel.: (31) 3653-0633
[email protected]
Editora e jornalista responsável
Amanda Ribeiro - MT10662/MG
[email protected]
Diretor Comercial
Marcelo Lamounier
[email protected]
Colaboração
Assessorias de imprensa: Asemg, Faemg, ABPM,
Hertape Calier Saúde Animal SA, Feileite, ACBB,
Souza Lima Corretora, Agência Bela Geraes,
Design Resorts, Rehagro, C2 Rural, Canal de Lance,
Sindbebidas, Acerva Mineira e Megazoo.
Direção de Arte
Flávio de Almeida
Assinaturas
Unique Comunicação e Eventos
Periodicidade
Trimestral
Tiragem
5.000 exemplares
A Revista não se responsabiliza por conceitos
ou informações contidas em artigos assinados
por terceiros.
É com muita satisfação que
lançamos a revista Mercado Rural,
um projeto editorial voltado para o
poderoso mercado do agronegócio,
com foco em Minas Gerais, no
criador e no produtor rural.
Nosso objetivo em produzir
uma revista com esse conceito é
levar aos nossos leitores o melhor
conteúdo sobre o agronegócio brasileiro, abordar reportagens com criadores
das diversas raças e diversificar o conteúdo editorial para produzirmos matérias
atrativas e de qualidade.
Com tiragem trimestral, a revista Mercado Rural escolhe criteriosamente cada matéria,
artigo e entrevista, focando no que é de interesse do público ligado ao agronegócio.
Nossos articulistas foram escolhidos cuidadosamente para discutir questões
pertinentes aos setores e tratar de temas atuais e de fundamental importância para
todos envolvidos neste negócio.
Nessa primeira edição, preparamos com carinho o conteúdo aqui disponível.
Falamos um pouco sobre a raça Brahman que apresenta grande crescimento e
destaque dentre as raças zebuínas, além disso, contamos também um pouco da
trajetória de Adalberto Cardoso, um conhecido criador da raça e sua Fazenda Braúnas.
Não poderíamos deixar de falar da era da internet presente no agronegócio brasileiro
e do crescimento da transmissão de leilões pela internet. Entrevistamos o querido amigo
e experiente leiloeiro Rodrigo Costa que nos contou sobre sua história de sucesso.
A raça de cavalos Pônei ocupou com destaque a capa dessa edição que traz
uma bela matéria sobre o Haras Fazenda Nova, de criação de Pedro Corrêa e família.
Contamos como o profissionalismo e a dedicação do criador na criação de pôneis
contribui para o melhoramento da raça no Brasil.
Destacamos também um dos maiores eventos do agronegócio brasileiro de
2011, a Feileite e nossos leitores poderão conferir como ele foi especial e importante
para a cadeia produtiva leiteira brasileira.
Entre outros assuntos abordamos às exportações, grãos, cursos de especialização em
agronegócio, a criação exótica das lhamas, psitacídeos e leishmaniose em nossa seção
dedicada aos pets podem ser conferidos pelos nossos leitores nessa edição.
Agradecemos a todos os amigos, apoiadores e entusiastas desse projeto, que
conosco acreditaram na importância de um novo veículo de comunicação para o
estado de Minas Gerais, porém com abrangência nacional.
Agradecemos aos anunciantes que fizeram esse sonho se tornar realidade. Esperamos
que vocês gostem, apreciem a revista e estejam conosco nas próximas edições.
Grande abraço,
Amanda Ribeiro e Marcelo Lamounier
28
Personagem
Rodrigo Costa
Mercado de fibra
Haras Fazenda Nova
Destaque
Destaque na criação de pôneis, o criador Pedro
Corrêa vem fazendo um excelente trabalho para a
raça, além de ser o atual presidente da Associação
Brasileira dos Criadores do Cavalo Pônei.
35
Grãos
Recorde da safra mineira é confirmado
em nova previsão
36
A hora da virada
Madeira de reflorestamento na construção
40
Belo Horizonte ganha empreendimento
residencial de luxo com hípica, campo de
golfe e pista de pouso
42
Agrocentro comemora sucesso da
Feileite 2011
Presidente do sistema
FAEMG Roberto Simões
48
Cresce demanda por cervejas artesanais
em Minas Gerais
7
A profissionalização do Agronegócio
Cresce demanda por cursos de
especialização e gestão em agro
50
Travessia Lapinha Tabuleiro
8
1º Suiminas supera expectativas
52
Foto capa e índice:
Ano I - nº I - Janeiro - 2012
22
24
4
10
14
18
Entrevista
Mundo Digital
Transmissão de leilões pela internet.
Uma tendência?
Mercado
Turismo
Criações exóticas
Lhamas
54
Falando de psitacídeos
57
Exportação mensal do agronegócio
mineiro quebra a barreira de US$ 1 bi
Brahman
A raça que mais cresce no Brasil
58
Fazenda Braúnas
Experiência e genética de alta
qualidade no Brahman
62
Mercado Pet
Leishmaniose visceral canina:
Uma questão para refletir
Giro Rural
Entrevista
Foto: Evandro Fiuza
A revista Mercado
Rural conversou com o
presidente do Sistema
Faemg, Roberto
Simões, que falou
sobre o desempenho
do agronegócio
mineiro em 2011 e as
expectativas para o
próximo ano.
Quais os principais projetos da
próxima gestão na Faemg para o triênio 2012-2014?
Os projetos da diretoria do Sistema FAEMG (Federação da Agricultura e Pecuária do
Estado de Minas Gerais) começam pela implementação de uma nova política agrícola
que contemple a incorporação de tecnologias e a capacitação do homem do campo.
Assim, promoveremos o crescimento da
produção e a elevação da renda do produtor.
Também participaremos das negociações junto ao governo federal para a adoção
de uma política ambiental que harmonize a
produção agropecuária e a preservação do
meio ambiente. Depois, trabalharemos pela
implantação, em Minas Gerais, de programas
de regularização ambiental que respeitem as
necessidades e as peculiaridades do estado.
A política é outra atividade na qual continuaremos empenhados. Procuraremos ter
participação efetiva nas eleições municipais
de 2012. É importante termos prefeitos e
vereadores que, além de saber da impor-
6
Janeiro 2012
tância da agropecuária, estejam dispostos
a participar do esforço de aumentar a produção rural. Viajaremos por todo o estado,
visando conscientizar o homem do campo
sobre a importância do seu voto e do seu
empenho em conquistar outros votos para
a eleição de candidatos comprometidos
com os nossos programas.
O Sistema FAEMG também participará
de um projeto de promoção dos produtos
agropecuários mineiros no âmbito da Copa
do Mundo 2014. O objetivo é impulsionar
os negócios rurais, mobilizando turistas e
a imprensa estrangeira que estará no Brasil
para a cobertura dos jogos.
Como a Faemg pretende “unir as
forças do campo”, conforme slogan.
O produtor rural vem buscando a sua
profissionalização e, desta forma, tem procurado envolver-se mais nas questões políticas e econômicas que dificultam o bom
andamento de sua atividade. Isso tem tornado mais fácil a sensibilização e envolvimento
de mais produtores em comitês, conselhos
e em outros fóruns de discussões. Também,
através dos Sindicatos de Produtores Rurais,
fazemos as mobilizações para mostrar aos
governantes, parlamentares e a sociedade
as necessidades e as nossas opiniões sobre
problemas e soluções. Foi o que ocorreu
este ano, por ocasião da votação do novo
Código Florestal, no Congresso Nacional,
quando atendemos ao chamamento da
Confederação da Agricultura e Pecuária do
Brasil e levamos à Brasília a maior delegação
de produtores entre todos os estados. Conhecendo os problemas e as aspirações do
setor rural, planejando ações e executando-as é que unimos as nossas forças.
Na cerimônia de posse, em seu discurso o senhor disse que uma das prioridades da Faemg é “Revigorar a cadeia
sindical, para que ela possa atender
cada vez melhor ao produtor rural”. Que
trabalho tem sido feito nesse sentido?
A capacitação de presidentes e funcionários de Sindicatos de Produtores Rurais é
uma constante no Sistema FAEMG. Anualmente são realizados cursos e reuniões na
capital e no interior, buscando aumentar e
melhorar a capacidade de atendimento de
todo o Sistema. Mais recentemente, através
do SENAR Minas, implantamos o Programa
Gestão com Qualidade no Sindicato (GQS),
com consultoria e instrutoria dentro dos Sindicatos, visando qualificar nosso pessoal.
Como foi o desempenho do agronegócio mineiro no PIB do Estado no
ano de 2011?
Com o bom desempenho do setor
agrícola, principalmente, que puxou o
segmento de insumos, as estimativas
para o PIB (Produto Interno Bruto) do
agronegócio mineiro são positivas, em
um cenário que aponta para o PIB em
queda no Brasil e em Minas Gerais.
O agronegócio mineiro apresentou
crescimento de 4,28% nos três primeiros
trimestres de 2011, o que eleva a renda estimada de 2011 para R$ 118,4 bilhões. Deste valor, R$ 70,1 bilhões ou 59,2% provêm
do agronegócio agrícola e R$ 48,3 bilhões
ou 40,8%, do agronegócio da pecuária.
Minas teve destaque na projeção da produção de grãos na safra
2011/2012, com crescimento de 2,0%
em relação ao ano anterior, sendo que
a produção brasileira ficará 1,4% a menos que no ano anterior. Comente.
Os dados são ainda preliminares e englobam médias dos anos anteriores, pois
as lavouras estão em fase de crescimento
e não há como prever a produção e produtividade com precisão. De qualquer maneira, os dados de Minas refletem o bom
desempenho das últimas safras no Estado,
favorecidas pela ausência de problemas
climáticos mais severos. As previsões para
este ano incorporam a expectativa de que
o clima não será problema em Minas.
O cultivo do milho liderou os resultados. Qual a razão disto?
O milho é grão mais cultivado em Minas e por agricultores de todos os perfis
e de todas as regiões. A cultura responde
muito bem a incorporação de tecnologias
e os preços favoráveis nos últimos ciclos
têm permitido que os produtores façam os
investimentos em tecnologias, melhorando os índices de produtividade na maioria
das regiões. Uma dessas tecnologias, que
vem crescendo sua utilização nos últimos
anos, é o milho transgênico, que este ano
deve representar cerca de 80% da produção mineira do grão na próxima safra.
O Valor Bruto da Produção (VBP) da
agricultura mineira, em 2011 também
cresceu cerca de 18% na comparação
com o ano anterior, número quase o
dobro do crescimento nacional. Qual a
explicação para esses valores?
Como comentamos em relação ao PIB,
os produtos agrícolas foram mais beneficiados pela conjuntura econômica internacional do que os produtos pecuários e
estão puxando o desempenho da agropecuária como um todo. Os preços elevados
da maioria dos produtos, principalmente do
café, além de grãos e algodão, e a boa safra
justificam esse desempenho.
As exportações mineiras bateram a
marca do 1 bilhão. Quais produtos impulsionaram esses números e por quê?
As exportações do agronegócio mineiro atingiram, até novembro deste ano, US$
8,88 bilhões, crescimento de 29,5% frente
a igual período de 2010. O volume exportado, no entanto, caiu 7,6%. Destaque para
a receita com as exportações de café em
grão, de US$ 5,2 bilhões (+45% em relação a
2010), e de açúcar, US$ 1,23 bilhão (+30,3%).
Mesmo com o crescimento das despesas com importações do setor (+10,75%),
devido ao aumento da demanda por insumos, o saldo da balança comercial atingiu,
até então, US$ 8,53 bilhões, crescimento de
30,4% em relação ao período de janeiro a
novembro de 2010.
O ano de 2011 foi bom para a agricultura mineira?
Ainda com alguns ajustes nos números
do algodão, feijão e trigo, além dos itens
produzidos ao longo de todo o ano, o balanço da produção e da renda na agropecuária mineira deve ser bastante positivo
em 2011, principalmente para os produtos
agrícolas. Em função da diversidade de sua
produção, Minas Gerais deve ter performance melhor que o Brasil.
A safra recorde de grãos no estado,
estimada em 10,7 milhões de toneladas,
além do crescimento na produção de
outras lavouras, como cana-de-açúcar e
batata, somados à elevação média dos
preços da maioria dos produtos, favoreceram o aumento da renda no campo
em 2011.
Os produtos pecuários, em função da
queda no abate de bovinos e aves e nos
preços do suíno no estado, registram diminuição na estimativa da renda.
O que esperar para 2012?
As incertezas que rondam 2012 referem-se à crise vivida nos países desenvolvidos, especialmente na Europa. Se,
infelizmente, houver maior deterioração
do quadro, certamente teremos impactos mais fortes sobre o Brasil e sobre o
desempenho da economia, inclusive o
agronegócio.
Já trabalhamos com a expectativa
de preços menores das commodities
em 2012, dada a conjuntura. No entanto,
devido o alimento ser um item de necessidade básica, veremos reduções menores nos preços dos produtos agrícolas
do que, por exemplo, das commodities
minerais, dependentes de uma economia forte. Esperamos conseguir repetir o
bom desempenho de 2011, e mais uma
vez, o agronegócio será importante para
a geração de riquezas e divisas para Minas Gerais e para o Brasil.
Janeiro 2012
7
A profissionalização
do agronegócio
Cresce demanda por cursos de
especialização e gestão em agro
O
agronegócio brasileiro já não é
mais o mesmo. Sua explosão atrai
hoje uma nova geração que tem
buscado se especializar e acompanhar as
tendências de um dos setores que mais
cresce no Brasil. O agronegócio brasileiro representou em 2010, 21,23% do PIB brasileiro
e 37,9% do volume total de exportações e,
além disso, o setor representa 37% no número de empregos gerados no país.
Profissionais qualificados ainda são mão
de obra escassa no agronegócio e para dar
conta da demanda, novos cursos que combinam capacitação técnica e habilidades de
gestão, estão surgindo no país. Os profissionais são cada vez mais valorizados e com o
aumento das exigências, as remunerações
mais atraentes e cresce a oferta de cursos
especializados no ramo.
Em Minas Gerais, a empresa Rehagro
oferece treinamento, capacitação e especia-
lização em agronegócio e de acordo com
a empresa, a maior demanda do mercado
hoje são pelos cursos de pós graduação,
principalmente os relacionados à pecuária
leiteira e também cursos de gestão de empresas rurais. De acordo com o gerente de
marketing da empresa, Caíque Oliveira, os
produtores rurais estão cada dia mais buscando conhecer do seu negócio e se estruturando para encarar a fazenda como uma
verdadeira empresa, aplicando metodologias e ferramentas de gestão. “Autônomos
ou não, existe uma busca maior por conhecimento técnico que tange as ciências agrárias e gerenciais, isso por exigência do próprio mercado. As empresas e profissionais
que não investem em conhecimento têm
grande dificuldade em sobreviver à hipercompetitividade do mercado”, pontua.
Geralmente os graduados na área de
ciências agrárias como Medicina Veteri-
nária, Zootecnia, Agronomia procuram
os cursos de especialização e se inserem
cada vez mais no competitivo mercado
do agronegócio brasileiro. São proprietários, gerentes e funcionários de fazendas,
buscando o conhecimento técnico e de
gestão. “Todos os nossos cursos obrigatoriamente têm em seu currículo módulos de gestão, seja gestão de pessoas,
processos, administrativa,dentre outras.
No entanto, temos cursos como Gestão
da Pecuária de Leite, Gestão da Pecuária
de Corte e Gerenciamento de Empresas
Rurais, que visam oferecer conhecimento teórico e prático ministrado por nossa
equipe em diferentes segmentos importantes do negócio, segmentos estes
essenciais para que a empresa atinja os
resultados que deseja”, completa Caique.
O aumento da demanda por cursos
de gestão que abordam o contexto do
agronegócio e suas particularidades,
associando a isso metodologias e ferramentas de gestão, contribui para que o
participante entenda seu segmento e
consiga transportar para sua realidade a
teoria aprendida em sala de aula.
Com esse expressivo crescimento na
procura por cursos de especialização e gestão em agro, o futuro do agronegócio parece ser promissor e se tornar cada vez mais
um ambiente mais competitivo e profissionalizado. O gerente de marketing da Rehagro acredita que nos próximos dez anos o
Brasil terá um setor com empresas rurais altamente profissionalizadas e competitivas
e o acesso à informação cada vez mais disseminada pelo país, principalmente através
do ensino online. “O uso das ferramentas de
gestão de marketing irá aumentar, teremos
um cooperativismo mais organizado e colaborativo e maior maturidade e agilidade
nos processos de inovação e implementação de modernização e gestão das empresas rurais”, finaliza Caique.
Janeiro 2012
9
Foto: Valdez Maranhão
Auditório 1º Suiminas
10
Janeiro 2012
João Bosco Martins de Abreu, presidente da Asemg,
Marcos Vinícius Pratini de Morais, ex- ministro da Agricultura
e Sílvio Silveira, presidente da Afrig.
Para encerar o evento os cerca de
300 participantes do 1º Suiminas brindaram o ano de 2011. A tradicional festa de
fim de ano contou com um buffet especial construído à base de carne suína e
muita música. “Somos um Estado onde
a suinocultura ocupa grande fatia do PIB
do agronegócio, nada mais justo do que
promover um evento grandioso para
os nossos produtores associados” disse
Roberto Coelho, diretor de mercado da
Asemg.
Suinocultura é destaque no
agronegócio mineiro
Com um rebanho de aproximadamente 2,8 milhões de cabeças e uma
produção que beira as 515 mil toneladas/ano, a suinocultura em Minas se
destaca por sua qualidade e importância
econômica para o setor agropecuário.
“O ano de 2011 foi marcado por altos e
baixos no quesito comercialização da
Foto: Valdez Maranhão
1° SUIMINAS O
supera
expectativas
1º Suiminas – Encontro dos
Suinocultores Mineiros, que
tem por objetivo municiar
o suinocultor mineiro de informações
pertinentes ao cotidiano de seus negócios através de palestras ministradas
por grandes nomes do agronegócio
brasileiro, realizado pela Associação
dos Suinocultores do Estado de Minas
Gerais (Asemg) ocorreu na sede da instituição e superou as expectativas dos
realizadores e participantes do evento.
“A primeira edição do Suiminas marcou
o início das comemorações de 40 anos
da Asemg, que acontece em abril de
2012, e levou ao Parque de Exposições
da Gameleira suinocultores de todos os
pólos do Estado, além de autoridades e
líderes suinícolas de todo o Brasil”, comentou João Bosco Martins de Abreu,
presidente da Asemg.
O evento contou com renomados
palestrantes como o economista Ricardo Cotta Ferreira que falou aos presentes sobre os “Desafios para o agronegó-
cio mineiro e brasileiro “ e o ex-ministro
Marcos Vinícius Pratini de Morais que
ministrou a palestra “Perspectivas para o
mercado de carnes no Brasil e no exterior “. Ainda durante o evento, representantes de todas as associações regionais
do estado de Minas Gerais foram homenageados pelos serviços prestados em
prol da suinocultura no Estado. O diretor executivo da Associação Brasileira
dos Criadores de Suínos, Fabiano Coser,
também promoveu o lançamento do
Manual Brasileiro de Boas Práticas na
Produção Agropecuária de Suínos e os
representantes de todas as associações
estaduais e regionais assinaram um protocolo de intenções para a captação de
recursos em prol da divulgação da carne
suína junto à mídia nacional. “Durante
o 1º Suiminas pudemos atualizar nossos conhecimentos, trocar experiências
com os amigos das diversas partes do
Estado e do país que ali estavam, além
de mostrarmos a união de nosso setor
e demonstrar, através da assinatura do
protocolo de intenções, os esforços que
estamos dispostos a fazer para a melhoria da imagem da carne suína” disse
Roberto Magnabosco, gerente geral da
Arapé Agroindústria.
Para José Arnaldo Cardoso Penna,
vice-presidente da Asemg, o Suiminas é
um evento que veio para ficar. “Esta foi a
primeira de muitas edições deste evento
que veio para levar ao suinocultor mineiro informação, troca de experiências
e muita confraternização. Para a próxima
edição que acontecerá no dia 26 de abril
de 2012, traremos ainda mais novidades”
contou Penna.
carne suína, no entanto observamos
crescimento da atividade em nosso Estado” explicou João Bosco Martins de
Abreu, presidente da Associação dos
Suinocultores do Estado de Minas Gerais
(Asemg).
O Estado é hoje o 4º maior produtor brasileiro de carne suína e lidera o
ranking nacional no consumo da proteína. “O consumo per capita brasileiro da
carne suína é de cerca de 14 Kg, já em
Minas o número chega a 21 Kg ” comentou José Arnaldo Cardoso Penna, vice-presidente da Asemg.
A suinocultura mineira arrecada
anualmente cerca de 3,36 bilhões de
reais e gera mais de 12 mil empregos
diretos. Em 2010, o setor comemorou o
incremento de 18,6% no número de
animais vivos comercializados semanalmente, que saltou de 1.107.154 cabeças em 2009 para 1.313.276 unidades
em 2010.
Janeiro 2012
11
Mundo Digital
Transmissão de leilões pela internet.
Uma tendência?
H
Divulgação C2 Rural
avia quem pensava que se manteria indiferente ao mundo cibernético e da internet. O produtor rural
na lida do campo, da fazenda, acreditava
que internet fosse um ramo fora de cogitação e que ele nem precisaria saber ligar um
computador ou acessar um site. Notebook,
I Phone e I Pad soavam como palavras de
uma língua estrangeira intraduzível. Mas o
mundo de fato está mudando.
Pesquisas apontam que 40% das crianças de dois a quatro anos já possuem telefone celular, a internet já alcançou 81 milhões
de internautas brasileiros, sendo que 87% a
acessam ela semanalmente e o Brasil é o
quinto país com o maior número de conexões à internet.
Em 2008 foram gastos R$ 8,2 bilhões em
compras on-line, em 2009 a previsão para o
primeiro semestre era de R$ 4,5 bilhões, mas,
mesmo em crise, o faturamento foi de R$ 4,8
bilhões (27% a mais em relação ao mesmo
período de 2008) e o ano fechou em R$ 10,6
bilhões. Em 2010 foram R$ 14,8 bilhões em
vendas, o que representa um terço de todas
12
Janeiro 2012
as transações entre varejo e consumidores
feitas no Brasil. A expectativa para 2011
ainda é de crescimento.
No mercado rural não podia ser diferente e a internet está ocupando cada vez
mais espaço no dia a dia do criador. Primeiro
foram os leilões virtuais, disponibilizados em
páginas da internet, onde o criador anuncia
seus animais à venda e o remate tem hora
para começar e terminar. Agora, a grande
novidade tem sido a transmissão de leilões
pela internet, uma alternativa mais econômica para o criador que submete o remate
a grandes audiências a um custo mais baixo
que a transmissão pela televisão.
O site Canal de Lances foi um dos
pioneiros no comércio eletrônico de animais via leilões, criado em outubro de
2007 pelos empresários Flávio Birman e
Antônio Henrique Almeida, profissionais
experientes no ramo de leilões. “Como os
leilões televisivos virtuais, aqueles com
leiloeiros e transmitidos via televisão
estavam de vento em poupa e dispúnhamos da mais moderna tecnologia de
transmissão ao vivo via internet, começamos oferecendo aos nossos clientes
esta modalidade de leilão virtual, com
catálogo online, captação de pré-lance
e transmissão ao vivo de nosso estúdio
com leiloeiro para batida do martelo”, comentou Birman.
Além das transmissões ao vivo pela internet, o site Canal de Lances oferece outras
modalidades de venda como os leilões online, em que por determinado período os lotes são disponibilizados exclusivamente na
internet para recebimento de lances até o
contador zerar e finalizar o remate. A venda
direta com lotes a preço fixo, uma espécie
de shopping e os leilões online com preço
mínimo previamente estipulado pelo criador, completam o mix de produtos do site.
“Acreditamos muito neste mercado, pois as
relações custo benefício tanto para quem
vende quanto para quem compra são as
melhores. Utilizar a internet como ferramenta de comercialização de animais é muito
viável, tem custo baixo e proporciona muita
interatividade, tudo isso com a mesma qua-
lidade da transmissão televisiva. Os preços
variam de R$250 a R$500 de inscrição por
lote mais 10% de comissão para o site”, ponderou Antônio Henrique Almeida.
Outro caso de sucesso no mercado
de transmissões pela internet é o C2 Rural,
portal do mesmo grupo do Canal Rural, que
surgiu para atender a demanda dos clientes
por transmissão de eventos e leilões no Canal Rural. “Com a grade da televisão cheia,
começamos a comercializar as transmissões
pela internet em agosto de 2010, o que já é
um sucesso, pois a transmissão pela internet
é um mercado em amadurecimento que
precisa ser trabalhado e criar cultura própria,
mas certamente está em crescimento”, enfatiza o diretor da C2 Rural, Juan Lebron.
Diferentemente do Canal de Lance, o
Canal Rural apenas transmite os remates e
a leiloeira é contratada diretamente pelo
cliente, além disso o site não oferece venda
de animais ou leilões virtuais. Os valores da
transmissão de um leilão presencial pelo C2
Rural depende das condições locais de internet, mas quando realizado em estúdio com
leiloeiro o preço é pré- fixado pela empresa.
Juan Lebron - Diretor da C2 Rural
Janeiro 2012
13
Modalidades de
vendas pela internet
internet com encerramento na
zerada do cronômetro e a maior
oferta aceita pelo sistema é o
vencedor do lote.
Venda direta
Leilão Virtual
Transmitido ao vivo com leiloeiro
em estúdio para batida do martelo.
Na internet ocorrem os prélances, ou seja, o catálogo fica
online captando os lances que
serão decididos ao vivo durante a
transmissão, mas que podem ser
os lances vencedores se não forem
superados.
Leilão Online
Fica disponível por determinado
período exclusivamente na
Espécie de shopping com lotes por
preço fixo e a venda é realizada no
momento da oferta.
Leilão online de preço
mínimo
O preço mínimo é definido no
sistema. Os interessados lançam
suas ofertas e a venda é realizada
no momento em que o lance seja
maior ou igual ao valor mínimo
previamente estipulado pelo
proprietário do animal.
Inovando na Raça Brahman
Pioneiro na raça Brahman, um grupo
de criadores idealizou um portal para os
Leilões Brahman, em que são postados
leilões totalmente online, por um período específico para o recebimento de
lances. A novidade é que em breve o
site estará comercializando a transmissão dos remates virtuais. De acordo com
Abalberto Cardoso um dos idealizadores
do projeto, a raça Brahman precisava de
um canal único de comercialização por
se tratar de uma raça pequena. “Ano passado organizamos o Congresso Mundial
da Raça e criamos o site para divulgar os
dois grandes leilões do evento. Fizemos
pela primeira vez na raça um leilão virtual que terminava presencial, na cidade
de Uberaba, durante a Exposição Nacional do Brahman. O remate foi um sucesso em termos de divulgação e acessos,
mas os criadores ainda precisam se arriscar mais nos lances virtuais, inclusive
porque a raça é pequena e todos conhecem bem os animais disponíveis no mercado”, explicou o criador.
Valorização do Brahman em leilões em 2010.
(Preço médio por lote)
Mercado
Brahman
A raça que mais
cresce no Brasil
O
Brahman é a raça zebuína de maior
penetração na pecuária mundial,
a única presente em 70 países
oficialmente e muitos outros extra oficiais.
No Brasil, junto à ABCZ existem 1.526 criadores na raça, sendo 1.126 ativos distribuídos em 24 estados brasileiros, números que
aumentaram cerca de 21% na comparação
de 2009 com 2010. Outra novidade foi que
Ceará e de Roraima passaram a integrar o
mapa brahmista brasileiro.
O crescimento da raça é evidente,
sendo a que mais cresceu em proporção
no Serviço de Registro Genealógico das
Raças Zebuínas nos últimos anos.
Os números do Brahman são impactantes. A raça completa 17 anos em
solo brasileiro como a que mais cresce
no país entre os zebuínos de corte, em
termos proporcionais ao número de registro de nascimentos, 45,4% entre 2005
e 2010. De acordo com a Associação
R$ 11.271,00
Brasileira de Criadores de Zebu (ABCZ),
o rebanho da raça aumentou mais de
1.500% entre os anos de 2000 e 2007, de
2.000 para 28.664 cabeças. Entre abril de
1994 e agosto de 2011, 206.606 animais
foram registrados junto à ABCZ, o que
faz do Brahman a segunda raça maior
de corte em número de registros na entidade.
Os dados de venda de sêmen de Brahman são expressivos e segundo a Associação Brasileira de Inseminação Artificial (ASBIA), o Brahman é a segunda raça
zebuína de corte em venda de sêmen.
Em 1997 foram comercializadas 22.442
doses, em 2005 esse número passou
para 178.395 e no ano passado foram
comercializadas 256.414 doses, um total
de 1.958.477 doses até 2010, de acordo
com os números divulgados pela ASBIA.
De acordo com José Otávio Lemos,
zootecnista e diretor de Marketing da Associação dos Criadores de Brahman do
Brasil, a raça prova que aqui é seu lugar e
os dados demonstram isso. ”O Brahman
é a raça que mais cresceu proporcionalmente, tem características que o mercado exige hoje e por sua precocidade tem
o rótulo para quem procura a sustentabilidade da pecuária de corte. Acredito
que ela continuará crescendo muito. A
raça vale pelo que pesa e esse peso não
é só pela balança, mas sim o quanto ele
agrega de valor em seus produtos puros
ou de cruzamentos. Á medida que os
desmatamentos ficam impedidos, faz-se necessário animais mais eficazes na
conversão, na qualidade de carne, na
padronização e no rendimento. Esse é
o Brahman nosso de cada dia e que dá
resultados em tantos países”, disse.
O crescimento não para por aí. De acordo com dados divulgados pelo ACBB, o
Brahman é a terceira raça que mais se valoriza dentre as bovinas de corte no Brasil,
com destaque para os reprodutores com
valorização de 46% e 39,4% para matrizes
no período de 2006 a 2010.
Vale ressaltar os dados de venda em
leilões no ano de 2010, aparecendo a
raça Brahman como a terceira mais valorizada, com média de R$ 8.931,00 para
cada lote vendido em leilão, contra R$
9.026,00 do Guzerá e R$11.271,00 do
Nelore. Em 2010 os 66 leilões da raça
movimentaram cerca de R$30,5 milhões
e crescimento de 14,2% em arrecadação.
Mesmo com resultados expressivos como os do Brahman, Lemos ainda
pondera que qualquer raça tem características positivas e negativas, o importante é que no balanço final, o saldo seja
para ganho.” Com o Brahman se ganha
e ainda se tem prazer em promover seu
melhoramento genético, mas a raça tem
muito para avançar e responde quando se elege uma característica para ser
R$ 9.026,00
R$ 8.931,00
R$ 6.619,00
Nelore
Brahman
Guzerá
Tabapuã
Fonte: ACBB e revista Leilões Brahman
256.414
245.690
Evolução da Comercialização de sêmen
de 1997 a 2010 (ASBIA)
197.627
192.614
187.408
TOTAL: 1.702.063 doses de
sêmen comercializadas
184.045
178.395
149.219
122.748
79.346
68.568
46.186
22.442
1997
1998
27.775
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
Fonte: ACBB e revista Leilões Brahman
16
Janeiro 2012
Janeiro 2012
17
Valorização de Touros Brahman de 2007 a 2010
1.876 Lotes
1.727 Lotes
562 Lotes
2007
valor médio
R$ 3.784,00
Fonte: ACBB e revista Leilões Brahman
2009
2010
valor médio R$ 5.113,00
• 35% de valorização no
valor médio praticado
de 2007 para 2009
valor médio R$ 6.387
• 20% de valorização no
valor médio praticado
de 2009 para 2010
mudada. Quando foi importada oficialmente para o Brasil, em 1994, aprumos e
umbigos eram pontos de evidente preocupação, hoje, podemos ver nas fazendas e nas pistas de julgamento o quanto
isso foi mudado em comparação às outras raças zebuínas que tínhamos aqui. O
Brahman agradece fácil a obstinação do
criador brasileiro e de qualquer parte do
mundo, é uma raça sem preconceitos,
formada para dar resultados. Sabemos
que a genética de fixação de produtividade é muito mais difícil e que a de traços raciais bem mais fácil. Os criadores
pioneiros fizeram a lição de casa muito
acertadamente e nos deram um alicerce
forte. Em um país com a área que temos,
onde solo, clima e vegetação são próprios para criação extensiva, só animais
com ecotipo tropical e tipo econômico
precoce poderá responder à necessidade do mercado. Por isso, como zootecnista, tenho convicção que acertamos
em trazer a raça para nossa casa, ela é
dócil, rústica, precoce, tem habilidade
materna e ainda é bonita”, concluiu.
Fazenda Braúnas, Funilândia, Minas Gerais.
Fazenda
Braúnas
Experiência e genética de alta qualidade no Brahman
R
econhecida pela qualidade de seu
rebanho Brahman, muito premiado
nas pistas, a Fazenda Braúnas possui
grande experiência na criação de gado. Em
1989 iniciou a criação com a importação
da raça Pardo Suíço dos Estados Unidos,
tornando-se uma propriedade produtora de leite até o ano de 2008, ocasião em
que parou com a atividade leiteira. Foram
muitos os títulos conquistados pela Braúnas, motivo de orgulho para o proprietário
Adalberto Cardoso que conquistou o título
20
Janeiro 2012
de melhor criador nacional de 1996 a 2004
com apenas um intervalo.
Em 2005 o criador optou criar somente a raça Brahman sendo que atualmente
a criação está em torno do número 719,
o que representa a quantidade de nascimentos efetivos na fazenda até outubro de
2011. Atraído pela docilidade e habilidade
materna do Brahman, o criador escolheu a
raça acreditando em seu potencial de produção e além disso, fatores como qualidade
da carne, qualidade da carcaça, volume de
posteriores e adaptabilidade ao clima brasileiro, foram fundamentais na escolha da
raça que é a principal em produção de carne em pelo menos dez países no mundo.
O projeto da Fazenda Braúnas é focar ao máximo na evolução genética da
raça. Pequena, com apenas 400 hectares, Adalberto Cardoso optou por trabalhar com animais de alto valor genético,
objetivando resultados em pista. Em
apenas cinco anos de criatório, já foram
fabricados pelo menos um Grande Campeão Nacional, uma Reservada Grande
Campeã Nacional e diversas campeãs.
Quando iniciou a criação de Brahman,
o empresário do ramo de alimentos já era
um criador bastante experiente na lida
com gado de elite e sem dúvida sua vivência como empresário contribuiu para o
sucesso de sua fazenda que é administrada
com bastante profissionalismo. “Quando
comecei a criar Brahman, em função da minha experiência com o Pardo Suíço tomei
muito cuidado para não repetir os mesmos
erros. Fiz muitas pesquisas durante um ano
para avaliar o que a raça tinha de melhor e
elegi um criatório para ser a base da minha
criação. Como a Querença era próxima da
minha fazenda e possuía ótima genética
e a disponibilizava na forma de parceria,
achei interessante a forma despreendiada
de nos permitir ter acesso à melhor genéti-
ca ali disponível. Isso foi a minha mola propulsora e passei a ter certeza de que valeria
a pena investir na raça. Fiz um pacote de 10
prenhezes das principais vacas do criatório
e dei início a parceria onde a Querença cedeu animais para que fizéssemos FIV ou TE
e os resultados seriam divididos em 50%
para cada. Acredito que essa foi uma boa
jogada da Braúnas no início da criação para
fazer um volume com qualidade genética
e escolhi como a base do meu rebanho a
família da Miss Diamond A 69/9 e da QERJ
147. Hoje temos dez doadoras no time A,
ou seja, animais com excepcional valor genético, com alta preponderância para seus
descendentes”, disse.
Adalberto relata ainda que seu melhor
investimento foi a aquisição de uma aspiração da Miss Diamond A 69/9 em um
leilão da Querença, que lhe rendeu cinco
machos e duas fêmeas, sendo que um dos
machos se tornou Grande Campeão Nacional na Expozebu e uma das fêmea foi
Reservada Grande Campeã Nacional também na Expozebu. O criador pondera que
além desses investimentos na qualidade
genética dos animais, o sucesso da Braúnas
foi determinado por uma boa equipe, pela
estrutura da fazenda e pelo relacionamento com outros criadores. “A grande conquista do nosso criatório é termos conseguido
o reconhecimento dos companheiros criadores e técnicos, de que a Braúnas faz um
trabalho sério e que os resultados obtidos
demonstram o esforço e a dedicação da
equipe”,comentou o criador.
De acordo com Cardoso existem alguns
pilares fundamentais para o sucesso de um
criatório, premissas que novos criadores devem seguir e por isso aconselha:“De maneira
geral novos criadores tem mais empolgação
do que experiência e é preciso tomar cuidado para não ter um gasto maior do que o
necessário. O criador deve procurar errar
o menos possível e buscar algumas orientações visitando diversos criatórios, onde
sempre encontram pessoas com experiência a serem seguidas. Visitar o maior número
possível de criatórios, conhecer os principais
animais de cada um e principalmente suas
famílias, nos facilita escolher bem e comprar com acerto. Bons animais se pagam
rapidamente, animais intermediários tem
dificuldade em recuperar o investimento,
eles se desvalorizam rapidamente. O importante é comprar animais desejados e não
pensar em volume. Condições de manejo
adequadas, ter uma boa equipe com pessoas experientes e por último e ter um bom
relacionamento é fundamental para o sucesso do empreendimento. Divulgar o seu
trabalho tornando-o conhecido é essencial.
O criador enquanto comprador é muito
bajulado, mas quando se torna vendedor
as relações mudam e é preciso estar preparado para esse acontecimento”, comentou.
Sr. Adalberto Cardoso
Adalberto também acredita que as maiores
dificuldades para obter sucesso é conseguir
alinhar todos os fatores fundamentais como
a equipe, genética, manejo, relacionamento
e assistência aos clientes, pois a ausência de
um desses itens é suficiente para colocar o
resultado do projeto em risco.
A experiência de Adalberto Cardoso
como empresário sempre foi aplicada na
gestão da fazenda e sem dúvidas este
fator contribuiu em muito nos resultados alcançados. A estrutura da criação
de gado Braúnas é composta por seis
pessoas e o sistema na fazenda funciona
como uma empresa onde funcionários
que mostram resultados são mais remunerados e conseqüentemente estão
mais motivados. “Minha equipe trabalha
motivada e dentro de objetivos bem determinados, onde as atividades de cada
funcionários a ser admitido estão muito
bem definidas, cada um recebe uma lista
de tarefas a serem cumpridas no seu dia
a dia e se realizadas conforme o planejado, o funcionário recebe uma gratificação com bônus que varia entre 15 e 30%
do salário”, disse.
Adepto à participação em exposições, o criador acredita participar desses
eventos é de importância vital dentro do
projeto da Braúnas. Cardoso considera
que a forma mais eficiente para destacar
o valor genético é colhendo bons resultados em pista, não visando o ranking,
mas sim projetando sua criação. “Animais
campeões e doadoras que são boas reprodutoras sempre tem valores diferenciados nos leilões e nas vendas da fazenda. Cada vez que ganhamos um título, a
responsabilidade aumenta e somos cobrados para melhorar nossa performanJaneiro 2012
21
Vista aérea Fazenda Braúnas.
ce, estamos sempre nessa busca. Contudo, conseguindo o reconhecimento
através dos títulos, vendemos mais, valorizamos os animais e identificamos as
melhores famílias. O mais importante é
identificar quem são as produtoras de
campeões”, enfatizou o criador.
Quanto à participação em exposições
e a satisfação dos criadores em relação aos
juizes, Cardoso pondera que há um impasse a ser discutido sobre esse assunto. “Os
criadores estão satisfeitos com juizes que
os premiam nos julgamentos, mas o importante na pista é estar atento aos defeitos e
qualidades dos animais perante os concorrentes para assim, fazermos o trabalho de
aperfeiçoamento na fazenda e avaliar o que
é importante mudar para melhorar a próxima geração e que não é relevante. Os juizes
devem ser vistos como contribuidores na
melhora dos rebanhos”, ponderou.
22
Janeiro 2012
Novos projetos
O Congresso Mundial da raça Brahman
foi um marco para a Fazenda Braúnas. Em
contato com criadores do mundo inteiro,
Adalberto Cardoso percebeu uma mudança no cenário mundial da raça Brahman: O
mercado nacional estava mais atraído por
animais provados, principalmente touros.
Foram dois anos de criação dedicados
à criação de gado de elite, mas segundo o
criador, a raça não cresceu na velocidade
esperada. “Esperávamos uma demanda
maior e com a falta de compradores, resolvemos mudar o foco da fazenda. Percebemos uma grande demanda por touros,
principalmente os premiados em provas
zootécnicas”, disse Cardoso.
A Fazenda Braúnas atualmente está
focada na produção de gado comercial, na
venda de touros e fêmeas provadas, avaliando seu rebanho seguindo os princípios
primordiais da criação, ou seja, habilidade
materna, fertilidade, índice de conversão
alimentar e índices de qualidade da carne.
Os animais que não preencherem esses critérios serão descartados do rebanho. “Dentro de quatro anos teremos um rebanho
totalmente reciclado com a garantia de
que ele atende aos quatro princípios básicos da boa criação. Nossa meta é descartar
25% ao ano de animais que não preenchem os requisitos”, explica o criador.
A mudança no foco da Fazenda Braúnas
vem de uma nova filosofia de criação que
tem sido seguida por Adalberto, em que
para a raça evoluir geneticamente e fazer
com que o padrão racial seja atendido, os
criadores devem priorizar no rebanho animais provados zootecnicamente e descartar o que não atende às expectativas. “Hoje
muitos animais vendidos no mercado não
correspondem aos nossos objetivos e queremos daqui há quatro anos ofertar animais
realmente bons, com resultados comprovados. Esses animais serão mais valorizados e
melhoradores para a raça. Acredito que os
criadores devessem voltar a atenção para
o crescimento da raça e se conscientizar de
que é preciso vender animais que preenchem esses requisitos”, completa.
A Fazenda Braúnas continua trabalhando com o gado de elite e atuando nas
pistas, mas o foco principal da sua criação é
oferecer daqui quatro anos fêmeas e touros
premiados em provas zootécnicas que tenham excelentes resultados em habilidade
materna, fertilidade, índice de conversão
alimentar e de qualidade de carne. Todo
esse trabalho reforça o conceito de que
com muito trabalho e seriedade a Fazenda
Braúnas contribui para o melhoramento da
raça. O Brahman agradece!
Janeiro 2012
23
Personagem
Rodrigo
Costa
S
ão 47 anos de vida e 21 atuando como leiloeiro.
A trajetória profissional de Rodrigo Costa está
atrelada aos leilões, sejam em arremates de
gado ou cavalos. Fé em Deus, coragem, competência,
persistência e um pouco de sorte, fizeram de Rodrigo
uma figura bastante conhecida no ramo de leilões.
Filho de pecuarista, Rodrigo começou desde
cedo a conviver no meio de gados e freqüentar leilões.
Optou pela faculdade de economia, mas no decorrer
do curso conheceu Alessandra, sua atual esposa, filha
do leiloeiro Heitor Lambertucci. A influência de Heitor
aguçou o interesse de Rodrigo em apregoar e depois
de freqüentar diversos eventos já com uma analise crítica, em 1990 surgiu a primeira oportunidade e com
26 anos Rodrigo apregoou em seu primeiro leilão,
na cidade de Paraopeba, Minas Gerais. Foi um leilão
24
Janeiro 2012
de gado de leite, atividade que o leiloeiro conhecia a
fundo por ser a atividade principal de seu pai em sua
fazenda. “Apregoar não estava nos meus planos, eu
era extremamente tímido e introspectivo, não falava
em público. Minha profissão foi um exercício para que
eu pudesse articular com mais facilidade e hoje domino a circunstancia de falar em público sobre qualquer
tema, em qualquer lugar”, comentou o leiloeiro.
A partir daí vieram muitos outros, hoje já são
mais de 2.000 leilões em 21 anos de profissão. A
carreira de Rodrigo começou em leilões de gado,
área em que atuou por dez anos, quando se projetou na carreira começaram a aparecer oportunidades em leiloes de cavalo.
De acordo com Rodrigo, os leilões de cavalos
são mais competitivos e exigem um conhecimento
maior dos leiloeiros. “Procuro conhecer os animais,
freqüento fazendas, exposições e outros leilões para
ter subsídios na hora de apregoar. Hoje visualizo
uma arvore genealógica com muita facilidade, pois
conheci a grande maioria daqueles animais que estão ali e busco na história principalmente naquela
que não conheci, conhecimentos que me dão argumentação durante os arremates”, disse.
Atualmente Rodrigo atua nas raças Mangalarga
Marchador, Campolina, Mangalarga, mas também
trabalha com Pônei e gado Nelore. Porém,
um dos projetos futuros do leiloeiro é atuar
mais no Nelore e também Quarto de Milha.
O reconhecimento na profissão de
leiloeiro vem com a experiência e o reconhecimento do mercado, que se dá em
função da credibilidade adquirida ao longo dos anos. Com 21 anos atuando neste
mercado, Rodrigo acredita que está alcançando agora a maturidade e chegando ao
ponto ideal.” Tenho uma credibilidade que
foi construída ao longo da minha carreira,
mas começar na profissão é muito difícil.
É preciso ter oportunidade, sorte, volume
e fazer o trabalho da melhor maneira possível de forma coerente. Ter postura fora
do leilão, profissionalismo e seriedade é
fundamental, mas isso não se constrói da
noite para o dia”, comentou.
Questionado sobre o segredo do sucesso, Rodrigo afirma que não existe receita na profissão e o primordial para o leiloeiro é saber apregoar e vender, além de ter
conhecimento profundo daquilo que está
vendendo. “A profissão é um pouco cruel,
pois não dá oportunidade a todos e são
poucos os profissionais que se destacam.
Microfone não tem perdão, se você fala
uma bobagem, um erro de português e
não tem jogo de cintura para sair daquela
situação, você se complica. Hoje não vejo
novos leiloeiros entrando no mercado e se
destacando. Costumo dividir o leiloeiro em
duas categorias, aqueles que apenas apregoam os animais e cumprem sua função e
aqueles que além de apregoar vendem os
animais. O mercado hoje está tão seletivo
e as dificuldades são bem maiores que no
passado, que para ter um arremate bem
sucedido hoje, não é somente necessário
apregoar, pois isso é muito fácil. São pou-
cos os leiloeiros vendedores, e esses de
destacam. Além disso, se eu não tivesse
o conhecimento que tenho dos animais,
não seria tão bem sucedido”, comentou.
Apaixonado pelo que faz Rodrigo
acredita que o melhor da profissão é a
realização de um leilão bem sucedido.
“Apregoar cavalos que vi nascer e vender
futuros campeões acreditando nesses
animais é muito gratificante. Minha maior
alegria é ver os criadores satisfeitos, os arremates superarem as expectativas e ver
a felicidade das pessoas envolvidas. Mas o
contrário também é ruim, quando realizamos um leilão menos bem sucedido, mas
o que mais me incomoda na profissão é
a concorrência desleal, a falta de ética e a
inveja”, ponderou.
Um fator que mudou muito a trajetória
de Rodrigo Costa foram as transmissões ao
vivo dos leilões pela televisão. A partir do
ano 2000 com o aumento dos leilões virtuais
e transmissões ao vivo, a visibilidade do trabalho de Rodrigo aumentou bastante e os
convites aumentaram. “Comecei a ser mais
convidado para leilões principalmente no
meio do cavalo e evolui muito profissionalmente. Fui conhecer a dinâmica da televisão
para conseguir fazer com que meu cliente
preste atenção naquilo que estou vendendo e aguçar a vontade dos compradores. Na
televisão tem muitas pessoas envolvidas no
processo, são diversas pessoas entre mim e
o cliente, então preciso usar estratégias de
convencimento e tudo isso em um tempo muito curto. Utilizo a estratégia de me
comunicar com as pessoas que estão nos
assistindo, envolvendo-as com minhas palavras, fazendo com que ela disque o número
que está na tela, ligue e compre. Desenvolvi
ao longo dos anos muitas habilidades, que-
brei um paradigma que era falar em público
e ainda mais na televisão com até 3 milhões
de pessoas assistindo”, comentou Rodrigo.
A experiência e competência de Rodrigo fazem aumentar cada vez mais o número de convites para apregoar e muitas
vezes ele recusa trabalhos em função da
agenda. “Tento atender a todos na medida do possível e é uma pena recusar, mas
muitas vezes as datas coincidem. Já em
alguns finais de semana não aparece nada
e em outros muitos eventos. O cavalo tem
poucos leiloeiros e isso me absorve muito
e é claro que quanto mais experiente você
for, mais solicitado você será, pois a experiência é fundamental nessa profissão”,disse.
Além disso a trajetória de Rodrigo também
foi marcada por duas passagens em telenovelas brasileiras, em 2000 participou de
Vila Madalena e Laços de Família, atuando
como leiloeiro em ambas o que também
projetou o leiloeiro em âmbito nacional.
Atuando neste mercado, Rodrigo
afirma que o leilão é a melhor forma
de comercialização, pois em uma única
oportunidade o criador pode vender um
número maior de animais. ”Na fazenda
o criador vende alguns animais de sua
produção mas no leilão ele pode vender
até 40 de uma só vez.”, comentou.
Janeiro 2012
25
Mercado de
Fibra
*Bernardo Souza Lima
Sócio-diretor da Souza Lima Corretora
E
ste ano o Brasil colheu aquela que foi
a maior safra de algodão da sua história. A produção em 2010/2011 foi
recorde com 1.957,9 mil toneladas de pluma, ante 1.194,1 mil toneladas da temporada 2009/2010, de acordo com os dados da
CONAB (Companhia Nacional de Abastecimento). Em valores absolutos, estão sendo
ofertadas para o mercado mais 763,8 mil
toneladas. A área de 1.400,3 mil hectares
em 2010/2011 foi superior em 67,6% à cultivada na safra 2009/10, que havia sido de
835,7 mil hectares. A alta no preço desta
commodity no período de transição entre
as duas temporadas foi o principal fator
que justificou tamanho incremento.
Ao que tudo indica a temporada
2011/2012 também será de grande produção para o algodão brasileiro. Animados
com os preços internacionais acima da média histórica, produtores devem semear em
2011/2012 a mesma área do período anterior, ou alcançar um leve aumento, podendo chegar a 1.422,7 mil hectares de acordo
com o levantamento de outubro de 2011
feito pela CONAB. A produção estimada
pela Companhia deve variar entre 1.933,0 e
2.112,7 mil toneladas de pluma. Mato Grosso, maior produtor nacional, deve plantar
ser colhida a partir de Junho de 2012, vem
sendo feita antecipadamente. Muitos produtores aproveitaram os altos preços internacionais no final de 2010 e no decorrer de
2011 para travar vendas com entregas futuras em 2012 e garantir um bom resultado.
Até o dia 1° de novembro de 2011, já havia
sido negociado cerca de 550 mil toneladas
para a safra 2011/2012, de acordo com os
registros da BBM (Bolsa Brasileira de Mercadorias), sendo que maior parte desses
negócios tem como destino a exportação.
Este entusiasmo com o algodão no Brasil ainda é reflexo dos preços exorbitantes
que foram presenciados no final de 2010
e começo de 2011. Na ocasião a forte demanda da Ásia e a queda de produtividade
de vários países produtores, provocaram
um baixo estoque de pluma no mundo, o
que gerou um receio de escassez da matéria prima por parte das indústrias. Este ce-
cerca de 730 mil hectares, enquanto a Bahia
que ocupa o posto de segundo lugar, deve
cultivar área próxima a 413 mil hectares.
O interesse dos cotonicultores em
manter uma grande área para o plantio, é
que apesar da desvalorização do algodão
nos últimos oito meses, os preços ainda
estão em um patamar interessante. E a comercialização de parte desta produção a
Gráfico – Cotações na Bolsa de
Futuros de Nova York.
nário fez com que os preços internacionais
atingissem o maior valor dos últimos 140
anos, com a cotação chegando a superar o
patamar de US$ 2,00 por libra peso. E o Brasil, por ser um país exportador de algodão
e estar inserido no mercado internacional,
viu o valor da paridade de exportação deslanchar, o que fez com que os preços internos também alcançassem níveis recordes
de mais de R$ 4,00 por libra peso.
O encarecimento do seu principal insumo, fez com que o parque têxtil mundial
passasse por uma série de ajustes com o
objetivo de tentar digerir este aumento de
custo. Diminuição do consumo, redução
de turnos de trabalho e substituição por fibras sintéticas foram alguns desses desdobramentos. Tal fato ainda não foi totalmente assimilado pelo setor, que até hoje busca
recuperação. A insegurança que rondou
o cenário econômico nos Estados Unidos
[003] CT: Cotton No. 2 Futures - Nycc - Mar11 (D)
200.00
180.00
160.00
140.00
120.00
98.26
80.00
e na zona do euro no segundo semestre
de 2011, também contribuiu para inibir a
demanda mundial e conseqüentemente
reduzir produção dessas indústrias. Acompanhando este cenário, o preço do algodão sofreu correção bastante significativa
durante o ano de 2011, recuando ao patamar de US$ 1,00 por libra peso no mercado
internacional. Nos últimos dezoito meses, a
volatilidade foi a grande “vilã” mercado.
No Brasil, o consumo de algodão tem
uma média histórica recente de um milhão
de toneladas por ano, mas em 2011 este
número deve ser menor, em função dos
problemas citados. Entretanto, a exportação
brasileira de pluma é maior a cada ano. Com
a produção de um algodão de alta qualidade, o Brasil tem ocupado o espaço de
outros países exportadores, principalmente
Estados Unidos, e conquistado mais mercado em destinos importadores da fibra,
especialmente na Ásia. De acordo com a
ANEA (Associação Nacional dos Exportadores de Algodão), o Brasil deve exportar na
safra 2010/2011 cerca de 850 mil toneladas,
e para 2011/2012 a expectativa é que este
número chegue a um milhão de toneladas.
Apesar do custo Brasil com os gargalos logísticos e a alta carga tributária,
o algodão brasileiro tem conseguido ser
competitivo no mercado internacional. E
esta conquista só está sendo possível pelo
fato dos cotonicultores brasileiros estarem
muito profissionalizados, com manejo de
alta tecnologia no campo e conquista de
um dos maiores índices de produtividade
e qualidade de todo o mundo. O Brasil é
hoje um player respeitado mundialmente
e ocupa o posto de quinto maior produtor
mundial de algodão e quarto maior exportador desta commodity.
60.00
26
Janeiro 2012
Nov 09
Mar 10
Jul
Nov
Mar 11
Jul
Nov
Janeiro 2012
27
28
Janeiro 2012
Janeiro 2012
29
Haras
Fazenda Nova
Destaque na criação de pôneis, o criador
Pedro Corrêa vem fazendo um excelente
trabalho para a raça, além de ser o atual
presidente da Associação Brasileira dos
Criadores do Cavalo Pônei.
30
Janeiro 2012
Pedro Corrêa em seu Haras Fazenda Nova.
M
uito adorada pelas crianças, a
raça Pônei ganhou novos admiradores e vem sendo aderida cada vez mais aos haras.
A raça indicada para pessoas que
querem iniciar na equitação e é uma
das preferidas para o lazer, mas, apesar
de ser um animal cativante, ele vem se
mostrando um negócio lucrativo e promissor.
Nos últimos anos, a raça apresentou
crescimento de cerca 30% no número
de novos criadores e a valorização de
mercado foi de 50%. Atualmente o Brasil
possui em torno de 41.500 animais registrados e 4.000 criadores espalhados por
todos os estados brasileiros, com destaque para o Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Bahia e São Paulo e expressivo crescimento nas regiões Nordeste e Sudeste.
Destaque na criação de Pôneis, o
Haras Fazenda Nova está localizado no
distrito de Fazenda Nova, município de
Brejo da Madre de Deus no agreste Pernambucano e vem contribuindo cada
vez mais para o melhoramento da raça.
Seu proprietário Pedro Corrêa Neto,
médico e ex-deputado federal é o atual
presidente da Associação Brasileira dos
Criadores do Cavalo Pônei, grande investidor e entusiasta da raça Pônei, que junto com sua família faz do Haras Fazenda
Nova um grande destaque no cenário
nacional.
O início da criação de pôneis veio
motivado pelos netos de Pedro Corrêa,
para incentivá-los a cultivar seu amor
pelo campo, mas quem acabou se apaixonando pelos cavalinhos foi o próprio
criador. “O Haras Fazenda Nova já possuía outras atividades, como a criação
de Quarto de Milha, Jumento Pêga,
criatório de ovinos, avestruz, Nelore e
também produção de feno de tifton,
farelo de palma, capim mineirão, alfafa
e cana-de-açúcar. Quando há sete anos
iniciei na criação de pôneis ela se tornou
a principal atividade dentre as raças que
crio, atualmente entre machos e fêmeas,
adultos e potros, temos um total de 210
animais.”, disse o criador.
Grande entusiasta dos negócios do
campo, Pedro Corrêa ressalta que ir à fazenda e ver toda sua tropa lhe traz um
prazer imenso. “Gosto de ver como estão
sendo tratados os animais. Na fazenda é
onde eu mais relaxo e absorvo o estresse
do dia a dia. Gosto muito de participar
dos eventos da raça, como exposições
e leilões, pois além de me inteirar das
novidades da raça, sempre encontro os
amigos criadores”, completa.
Fabrício Borges, Pedro Corrêa e Júnior (Veterinário).
Janeiro 2012
31
Além da paixão pela raça, Pedro
Corrêa enxergou na criação de Pônei
um negócio lucrativo e acredita que o
mercado vem em uma crescente muito
significativa e proporcionalmente a raça
tem o melhor custo benefício. “O animal
ocupa pouco espaço, come pouco e só
vamos parar de vender no dia que deixar
de nascer crianças. Eu mesmo sou um
exemplo disto, pois comecei comprando para meus netos e hoje sou um apaixonado pela raça”, comenta.
Leilões
Muito participativo no mercado, Pedro Corrêa acredita que os leilões são uma
excelente oportunidade para adquirir
animais de qualidade com preço justo e
facilitado, sendo que os leilões têm grande importância tanto na comercialização
como na divulgação, pois contam com o
melhor veículo de mídia que é a televisão,
além da comodidade de comprar sem sair
de casa. “Gosto de participar desses eventos. Meu plantel foi formado em grande
parte através de leilões. Como vendedor,
o Haras Fazenda Nova já promoveu três
grandes eventos: O leilão no Hotel Vila
Hípica em Gravatá, durante a Exposição
Nacional do Cavalo Pônei em 2009. Em
2010 fizemos o 1º Leilão Haras Fazenda
Nova & Convidados realizado dentro da
Nova Jerusalém (PE), o maior teatro ao ar
livre do mundo, onde é realizada a Paixão
de Cristo, considerado pelos criadores de
eqüinos como o leilão mais bonito na história do cavalo. Em 2011 em parceria com
o Haras Meninada, realizamos o Top Pônei
durante a Exposição Nacional do Cavalo
Pônei em Brasília, evento esse que teve
recorde de vendas da raça. Para o próximo
32
Janeiro 2012
ano estamos preparando um grande leilão em um algum resort nas belas praias
de Pernambuco”, explica Corrêa.
Experiência
Participante ativo das exposições
da raça por todo o Brasil, Pedro Corrêa
comenta que se pudesse participaria
de todas, mas a extensão geográfica do
país restringe sua participação aos eventos do Nordeste e a alguns outros estados. Em 2011 foram dez participações.
“O principal é congregar com os demais
criadores e avaliar o trabalho genético
de sua criação, time que não joga não é
campeão”, enfatiza o criador.
Além de participante ativo das exposições estaduais e nacionais, o Haras
Fazenda Nova promove há cinco anos
uma exposição ranqueada com a presença de criadores de diversas partes do
Brasil, principalmente Minas Gerais, Rio
de Janeiro e outros estados do Nordeste.
Em 2011 o evento reuniu cerca de 250
animais na fazenda em Pernambuco.
São nas exposições que os criadores veem o resultado do seu trabalho
de meses, muitas vezes de anos, com
as conquistas de premiações que muito
representam para um criatório. É a hora
do troféu, do pódio, da medalha, da valorização de todo um trabalho e do reconhecimento de um plantel. O Haras Fazenda Nova coleciona títulos e grandes
conquistas, dentre elas oito Éguas Grandes Campeãs Nacionais e três Campeãs
das Campeãs.
Talvez as mais inusitadas sejam as
mais excitantes e compensadoras conquistas. Pedro Corrêa conta que Confete
Confete do Sarandi
do Sarandi era um cavalo desconhecido
e que foi preparado para participar de
exposições. Por onde passava levava o
prêmio. Confete do Sarandi sagrou-se
Grande Campeão Nacional da Raça e
Campeões dos Campeões. Foi o pônei
mais premiado do Brasil em 2010.
Casos de sucesso como esse são
para os haras um grande incentivo,
além de boas chances de grandes valorizações. Confete do Sarandi, por exemplo, já recebeu oferta de R$ 150 mil,
mas ela foi recusada por ser o garanhão
principal do Haras Fazenda Nova. Esse
é o caso também de Barbie LM do Recreio, que foi adquirida por Fábio Corrêa Neto, seu filho, no Leilão de Nova
Jerusalém por R$60 mil, animal que foi
a Campeã das Campeãs da Raça na Nacional de 2010.
Questionado sobre qual desses consagrados animais Pedro Corrêa deseja
comprar, o criador responde: “Já comprei
vários que desejei e isso é uma surpresa,
porque cada ano surge um novo destaque. O motivo maior é o melhoramento
genético, já compramos oito grandes
Campeãs Nacionais. O que não é visto
não é desejado, fica a dica”, completa.
Fábio Neto com a Barbie.
A raça
Exposição Haras Fazenda Nova.
Diferentemente de muitas outras
raças, na criação de Pônei a união dos
criadores faz deste pequeno cavalo
uma grande raça, como realmente uma
família. Ditado que muitos criadores
usam, mas que no Pônei se faz valer de
verdade.
Pedro Corrêa pondera que a eqüinocultura brasileira é o segmento que mais
cresce na pecuária e com o Pônei não é
diferente, com destaque para os estados
do Nordeste onde tem 70% do crescimento nacional da Raça. “Atribuímos
isso à união e a divulgação dos criadores
nordestino tais como: Mario Gil (PE), Nau
dos Anjos (PB), Orlando Monteiro (RN),
Alexandre Prado (SE) e Euclimar Andrade
(BA)”, salienta o criador.
“Um dos destaques do Jockey Clube
de Pernambuco é a realização de corri-
das com páreos de pôneis brasileiros,
organizados por criadores pernambucanos, entre eles Jaime Moura e Rogério Mergulhão. São essas inovações que
fazem o crescimento da raça”, completa.
O titular do Haras fazenda Nova completa ainda que faltam ações de divulgação
onde os criadores possam mostrar o verdadeiro potencial do cavalo Pônei. “Precisamos
divulgar as vantagens da criação: mercado,
Janeiro 2012
33
Projetos
docilidade, funcionalidade, custo benefício e outros. Na parte do padrão racial já
começamos um trabalho de reciclagem
regional para aumentar nosso quadro de
técnicos e árbitros”, pondera Corrêa.
ABCCPÔNEI
Quando começou a criar era só
uma brincadeira, depois a paixão foi
crescendo, o investimento aumentando e a responsabilidade pela raça
fez com que Pedro Corrêa participasse da diretoria no intuito de ajudar a
alavancar a Associação. Essa é a jus-
34
Janeiro 2012
tificativa do criador para descrever
sua participação atuante junto à raça,
que há três anos o elegeu presidente
da Associação Brasileira dos Criadores
do cavalo Pônei. “O Pônei hoje é uma
paixão, crio com amor e responsabilidade de propagar, investir no melhoramento genético, abrir caminhos
no meio rural conquistando novos
criadores. 60% do grande sucesso
do turismo rural hoje é representado
pelo cavalo, nas cavalgadas, passeios
de charretes com pôneis, provas funcionais, etc”, disse.
O Haras Fazenda Nova inovou com a realização de vaquejada de pônei com mini boi,
grande sucesso da ranqueada do haras no
mês de novembro.
São muitos os projetos e novidades na
raça, começando com a inauguração da nova
sede da Associação em uma área nobre do
Parque da Gameleira, no final de 2011. “Com
o crescimento da raça as instalações não comportavam os trabalhos, com isso fizemos uma
sede adequada às normas do Ministério e com
melhor infra-estrutura. A raça Pônei tem muito
que agradecer aos grandes realizadores desse
sonho: O senador Aécio Neves, o Governador
de Minas Gerais Antônio Anastasia, o Vice-Governador de Minas Alberto Pinto Coelho,
o Deputado Estadual Diniz Pinheiro e o criador
André Aparecido. Essas pessoas acreditam na
força do agronegócio brasileiro e em sua expressiva participação no PIB do país e assim
contribuem com as raças e especialmente
com a Pônei, nessa grande conquista de termos hoje uma das melhores sedes dentre
todas as raças eqüinas e zebuínas do Brasil”,
agradeceu o criador.
“Outro grande sonho que está para ser realizado até o fim do meu mandato é a integração entre o sistema de informática ao portal,
facilitando o contato do criador com a associação. Importante também é a parceria com
o criador Fabrício Borges onde novos projetos
serão realizados a partir de 2012. Fabrício é um
grande criador, ex-presidente da ABCCPÔNEI e
na minha opinião o criador que melhor conhece a raça. Na maioria dos haras existem animais
que passaram pela sua seleção ou de sua criação no Haras Meninada”, concluiu.
Janeiro 2012
35
Grãos:
Recorde da safra mineira é
confirmado em nova previsão
A
projeção de um novo recorde na
produção mineira de grãos foi confirmada pelo terceiro levantamento da
safra 2011/2012, realizado pela Companhia
Nacional de Abastecimento (Conab). De acordo com a Secretaria de Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (Seapa), a estimativa de uma
colheita de 10,9 milhões de toneladas de
grãos representa aumento de 2,0% em relação à safra anterior.
Para o Brasil, a produção estimada é de
159,1 milhões de toneladas de grãos, volume
1,4% inferior ao registrado na safra 2010/2011.
O secretário de Agricultura, Elmiro Nascimento, explica que a progressão prevista para
a safra mineira de grãos deve ser atribuída à
área plantada de 2,9 milhões de hectares. A
expansão estimada é de 1,2%. “O aumento
de produtividade de grãos nas lavouras de
Minas, da ordem de 0,8%, também deve ser considerado”,
acrescenta o secretário.
36
Janeiro 2012
Ele ainda observa que a cultura do milho segue liderando os resultados. A produção prevista é de 6,8 milhões de toneladas
do grão, volume 4,7% superior ao da safra
2010/2011.” A área plantada exclusivamente com milho no Estado, da ordem de 1,3
milhões, tem crescimento previsto de 6,7%.
“Trata-se de um avanço considerável, pois o
índice de produtividade também é crescente devido à tecnologia e às boas práticas de
produção utilizadas nas propriedades”, diz o
secretário.
A decisão dos agricultores em concentrar
suas forças na produção de milho ocorreu em
um período de sinalização de preços remuneradores no mercado futuro, prossegue Nascimento. “Os dados da Conab mostram que a
área da soja (1,0 milhão de hectares) terá uma
redução 2,3%, como consequência da opção
dos agricultores pelo cultivo de milho”.
O secretário considera também que a
produção de milho, em Minas Gerais, é beneficiada principalmente por um mercado
interno em ascensão, devido ao grande
consumo dos segmentos de produção de
aves, suínos e bovinos. “A demanda do mercado externo é outro fator de estímulo ao
produtor”, finaliza.
Janeiro 2012
37
A hora da virada
Madeira de reflorestamento
na construção
*Flavio Carlos Geraldo, diretor da Associação
Brasileira de Preservadores de Madeira
A
o contrário de alguns mercados, o
qual, já é realidade a exigência por
determinados tipos de certificação como meio para o devido enquadramento nos conceitos da sustentabilidade,
o emprego da madeira de reflorestamento no segmento da construção civil, ainda
não conta com uma retaguarda de qualificação através de um selo que dê garantias
de origem ambientalmente correta.
Na prática os rigores hoje existentes nos
textos legais relacionados ao segmento de
preservação de madeiras e os procedimentos para obtenção das licenças de operação
ou funcionamento de unidades industriais
do setor são de uma flexibilidade escandalosa. O simples cadastramento, aliado
ao pagamento de taxas simbólicas, cre-
38
Janeiro 2012
denciam muitas usinas de tratamento de
madeiras, muitas vezes desprovidas de instalações adequadas, a operar em condições
de igualdade com outras que observam
rigorosamente as exigências ambientais e
de segurança constantes dos textos legais.
O desequilíbrio é flagrante, que acarreta
uma situação comprometedora no mercado a partir do momento em que empresas
tecnicamente descredenciadas competem,
em igualdade de condições com respeito à
legalidade, com aquelas que arcaram com
o ônus da legalidade para entrar em operação. Todos perdem: o mercado, o ambiente
e o consumidor da madeira tratada.
A associação, fundada em 1969, na então Divisão de Madeira do Instituto de Pesquisa Tecnológica do Estado de São Paulo
(IPT), que reúne em seu quadro associativo
usinas de preservação de madeiras, indústrias químicas e grandes usuários da madeira tratada, defende a criação de um selo
de qualificação que comprovaria o devido
credenciamento de empresas do setor no
tocante aos aspectos técnicos e legais. De
uma forma resumida, para a obtenção do
direito de uso do selo de qualificação da
ABPM, a empresa submete-se voluntariamente a auditorias que comprovarão a sua
regularidade para produzir madeira tratada
dentro dos rigores das normas técnicas em
vigor, e dentro de todas as exigências de segurança ambiental e operacional.
A importância do uso de madeiras cultivadas pelo setor da construção apoia-se
principalmente no fator hoje tão propagado
chamado sustentabilidade. As árvores, únicas fábricas não poluentes do mundo, produzem a madeira, material construtivo obtido a partir de um recurso natural renovável
de ciclo curto. Reflorestamentos são considerados verdadeiros poços de carbono,
que produzem madeira de qualidade apta
tecnologicamente a substituírem as madeiras oriundas das florestas tropicais nativas
nas suas diversas aplicações em sistemas
construtivos. Como se observa, além de seqüestradoras de carbono em grande escala,
as madeiras de reflorestamento, como alternativa, contribuem com a conservação das
matas tropicais nativas pela simples redução
da demanda. Isto é sustentabilidade.
O Brasil ainda não possui uma cultura
do uso da madeira na construção, há uma
preferência nacional por alvenaria. Falta
entender que a madeira tem caráter renovável em relação ao tijolo, ao aço e ao
cimento, cuja fabricação demanda muita
energia e matéria-prima, além de exigir
mais do transporte por causa do peso.
Arquitetos, engenheiros e agrônomos
formados em países onde existe cultura
madeireira, têm na grade curricular a madeira como material de construção, assim
como o concreto, o ferro e qualquer outro
tipo de material. Aqui no Brasil raramente disciplinas que contemplam a madeira
como material de engenharia faz parte da
grade curricular das nossas universidades.
Talvez, essa falta de valorização seja explicada pelo comodismo de quem sempre
pôde contar com imensa fartura relacionada à enorme disponibilidade de madeira proporcionada pelas matas nativas
A utilização de madeira de eucalipto
e pinus na construção civil, também em
outros segmentos incluindo o ferroviário,
rural e elétrico, exige técnicas para preservar e proteger, garantindo uma durabilidade maior. Há como combater agentes
deterioradores que podem ser de natureza
química, física ou biológica. Estas técnicas
vão desde adoção de detalhes construtivos
e utilização, que impedem a ação destes
agentes, até adoção da aplicação de preservativos de madeira por processos não industriais como imersão simples, pincelamento,
pulverização, entre outros, ou por meio de
processos industriais, realizados por vácuo-pressão em autoclave e usinas de preservação de madeiras. A escolha de produto e do
processo depende do tipo de madeira e das
utilizações das mesmas. Podemos destacar,
por exemplo, que a madeira de eucalipto
sem tratamento dura menos de um ano, a
tratada no mínimo 15 anos.
Para estimular o uso da madeira de reflorestamento, a Associação Brasileira de
Preservadores de Madeira estuda a criação
do Selo de Qualificação, contando com o
Telhado feito com madeira tratada.
apoio do IPT. Para a criação deste selo as
usinas de preservação de madeira se submeteriam a uma auditoria realizada por técnicos do Instituto de Pesquisa Tecnológica
do Estado de São Paulo, considerando as
vertentes técnica e legal. Na vertente legal,
serão levantados em conta o atendimento
a todos os requisitos documentais, como
registros, licenciamentos, responsabilidade
técnica, etc. Já, na vertente técnica, serão
contemplados os atendimentos a treinamentos específicos, como o de operação
de uma UPM, aferições de equipamentos,
bombas, registros, assim como também
medidas de segurança operacional e ambiental, entre outros. A ABPM tem uma função fortemente orientativa e de interação
com os órgãos ambientais relacionados
com o segmento, como o Ibama, Secretarias Estaduais de Meio Ambiente e prefeituras, além de deflagrar uma forte campanha
de divulgação junto aos mercados consumidores da madeira tratada objetivando divulgar e mostrar as vantagens da utilização
da madeira tratada qualificada, traduzida
pelo binômio Legalidade (documentação e
registro do IBAMA) e Qualidade.
É importante destacar que a madeira
está presente nas construções como em
pisos, estruturas, paredes, decks, portas, esquadrias, entre outros. Mas, se repararmos
atentamente nos telhados, por exemplo,
veremos que a maioria é feito com madeira nativa, ou seja, não tem como origem o
reflorestamento, não há como negar que
o mercado tem que se educar e substituir
de maneira ambientalmente adequada.
Uma certificação viria para agregar e valorizar o produto e também as construções,
defendendo principalmente a preservação da madeira nativa.
Janeiro 2012
39
Marbrasa
Excelência
em qualidade
e atendimento.
Marbrasa Mármores e Granitos do Brasil
Matriz em Cachoeiro do Itapemirim/ES
A Marbrasa, terceira maior mineradora do país
e pioneira na comercialização de peças para
acabamentos, tais como pisos, rodapés, bancadas
e fachadas,atua há 42 anos em todo o território
nacional e internacional.
Seus produtos são extraídos de jazidas próprias, o
que assegura aos clientes a manutenção contínua
e padronizada de materiais. São diversas variações
de cores e texturas, com padrões uniformes, além
de rochas exclusivas e exóticas.
O parque industrial da Marbrasa dispõe do
que há de mais moderno em tecnologia para
a industrialização de granito e mármores, com
equipamentos automatizados e de última geração,
o que capacita a produção em larga escala e
assegura a qualidade de seus materiais.
Pietra Fina
Dirigida por Nadja Fenalon, a Pietra Fina é referência
em mármores, granitos e quartzitos; resultado de
uma parceria de sucesso com a Marbrasa desde 1992.
Com atendimento diferenciado, a Pietra Fina oferece
aos seus clientes um serviço personalizado, com
apoio técnico aos projetos e cumprimento dos prazos
de entrega.
Muito atuante em Minas, a empresa participa dos
maiores eventos de decoração, como a consagrada
Casa Cor e o evento Morar Mais Por Menos,
apresentando ao mercado mineiro a expertise e
diferencial dos produtos Marbrasa.
A consolidação da Pietra Fina no mercado mineiro
pode ser confirmada através dos importantes clientes
da empresa no segmento da construção civil, como
as construtoras Caparaó, Patrimar, Agmar, RKM,
GTC, Ro2, Artcom, Engefranco, Vert, Soinco, Prisbel,
Fefac, Altti, Masb, Somattos, Geraes, Furtado Araújo,
Lincoln Veloso, Oliveira Barbosa, Concreto, Paranasa,
Ravaiane, Segenco, Valle Ribeiro, Quattro Engenharia,
dentre outras.
Casa Cor MG 2011: Banheiro do Jovem Casal
Foto: Zaidal
Representante Marbrasa em MG:
Nadja Ferreira Magalhães Fenelon
Diretora Comercial da Pietra Fina
Parque Industrial Melvin Jones, s/n° - Aeroporto
Cachoeiro de Itapemirim/ES - Cep: 29.313.682
Tel.: (28) 2101-5255 - Fax.: (28) 2101-5319
Tel.: (31) 3282-2120 / 3046-0229 - Fax: (31)3221-0191
Rua Professor Moraes, 714. Sl 503 - Savassi
Belo Horizonte/MG - Cep: 30.150-370
Email: [email protected]
Fotos: divulgação
Belo Horizonte ganha
empreendimento
residencial de luxo com
hípica, campo de golfe e
pista de pouso
U
m campo de golfe de 18 buracos,
um complexo hípico e uma Fly-in
community, onde proprietários
poderão pousar seus aviões e estacioná-los na “garagem” são alguns dos atrativos da Reserva Real, empreendimento
residencial de luxo que o grupo europeu
Design Resorts está construindo no Vetor
Norte da região metropolitana de Belo
Horizonte. A Reserva Real contará também
com um centro comercial e empresarial
com serviços como farmácia, restaurante,
supermercado, lojas, entre outros.
Projetada há seis anos, a Reserva Real
está sendo implantada em uma área de
11 milhões de metros quadros e está
recebendo investimento da ordem de
R$ 2 bilhões. A Hípica Reserva Real, con-
42
Janeiro 2012
domínio que terá centro equestre, ficará
pronta no início de 2012.
O empreendimento visa a atender a
uma demanda habitacional que surgirá naturalmente com a expansão imobiliária do
Vetor Norte da capital mineira, devido à proximidade do aeroporto-indústria, do Polo
Tecnológico de Belo Horizonte e do Centro
Administrativo do Estado. Além disso, está
inserido em uma área conhecida por sua
biodiversidade e que integra o rico e belo
ecossistema da serra do Cipó.
Complexo Hípico
A Hípica Reserva Real foi o primeiro
condomínio da Prime Community a ficar
pronto. As obras de infraestrutura urbana
concluídas em dezembro de 2011 e entre-
gue a seus moradores em janeiro de 2012,
tem como diferencial o Centro Equestre,
cujas obras serão finalizadas no fim de 2013.
O espaço contará com o maior campo de
polo de Minas Gerais, quatro pistas de areia,
uma pista coberta multiuso, raia de corrida
de um quarto de milha, trilhas para passeios, baias, piquetes. Terá arquibancada e
infraestrutura completa para sediar eventos
nacionais e internacionais.
tos do aeródromo, com particular atenção
para a segurança.
As obras começam em abril de 2012 e a
equipe está trabalhando com o rigor necessário para atender à legislação do setor. São
essas exigências que garantirão segurança
aos futuros moradores do condomínio. “Estamos cumprindo tudo o que está previsto
na legislação brasileira. Nossa intenção é
que, depois de construída, a pista do condomínio seja homologada e certificada
pela Anac”, informa Paoliello.
Fly-in
O Design Resorts já tem a autorização
da Agência Nacional da Aviação Civil (Anac)
para iniciar a construção da pista de pouso
do Fly-in Reserva Real. Batizada de aeródromo Almirante Gago Coutinho, a pista de
pouso terá 1600m de extensão, capacidade
para receber aviões de até 20 toneladas e
contará com hangares privativos e coletivos para seus moradores. “Nenhuma outra
comunidade fly-in da América Latina tem
essas proporções”, afirmou o comandante
José Luiz Paoliello, consultor de aviação da
Reserva Real contratado para liderar o projeto. Ele tem como missão desenvolver todas
as regras de funcionamento e procedimen-
Golfe
Concebido a partir do modelo europeu, no qual o campo de golfe se
adapta às características do solo e aos
obstáculos naturais do terreno, o Golf
Reserva Real terá um campo de golfe
championship com 18 buracos e infraestrutura necessária para atrair esportistas de todo o mundo e para a realização de partidas e torneios nacionais
e internacionais.
O trabalho para a execução do campo já começou e estão sendo feito o
acerto dos terrenos. A previsão é que o
campo esteja pronto em junho de 2013
e que o jogo inaugural seja realizado em
dezembro do mesmo ano.
A Unique Comunicação e Eventos atua há 6 anos no
agronegócio, prestando com excelência e qualidade
seus serviços. Atenta à crescente demanda do setor,
a empresa especializou-se no ramo de organização
de leilões e divulgação de projetos voltados
para o agronegócio.
Eventos
• Organização de leilões e dias de campo
• Captação de patrocínio para eventos
• Organização de estandes em feiras e exposições
• Organização de eventos particulares.
Comunicação
CONHEÇA ESTA MARCA!
Contato: (31) 3653-0633
Av. Barão Homem de Melo, 4.500 sl 324
Belo Horizonte | MG
[email protected]
www.uniquecomunicacao.com.br
• Assessoria de Imprensa
• Criação de peças gráficas
• Criação de catálogos
• Criação de projetos editoriais
• Gerenciamento de redes sociais
• Criação de web sites.
Foto: Daniela Collet
Bons negócios
Feileite 2011
O
rganizadores, expositores e criadores
comemoram o sucesso da Feileite 2011
– 5ª Feira Internacional da Cadeia Produtiva do Leite, evento realizado no mês de novembro, no Centro de Exposição Imigrantes, em São
Paulo. Segundo Décio Ribeiro, diretor do Agrocentro, empresa organizadora do evento, além do
novo recorde de animais inscritos, de empresas
participantes e de leilões, o público – formado
por produtores e profissionais do setor – foi um
dos responsáveis pelo êxito do evento.
44
Janeiro 2012
Este ano, a Feileite recebeu 25 mil visitantes
nos cinco dias de evento, 3 mil a mais que em
2010, e o número de empresas cresceu 25%. O
evento recebeu 2.600 animais das raças Gir Leiteiro, Girolando, Guzerá, Simental, Jersey, Holandês,
além de Búfalos.
De acordo com Décio Ribeiro, o sucesso da Feileite 2011 reflete como o mercado está aquecido e,
também, como as indústrias estão desenvolvendo,
cada vez mais, tecnologia de ponta para o setor.
Destacou, ainda, o compromisso dos criadores em
melhorar seus rebanhos, atingindo níveis genéticos
que não ficam nada a dever aos países considerados grandes produtores mundiais. “Os melhores
animais e a melhor tecnologia para pecuária nos
trópicos estão no Brasil e, claro, na Feileite”, diz.
Prova disso, acrescenta, é que para a edição
de 2012 o Agrocentro pretende ampliar a feira.
“Atualmente, ela ocupa somente a metade – 25
mil metros quadrados do grande pavilhão do
Centro de Exposições Imigrantes. Ano que vem, a
pedido dos expositores e, tendo em vista que várias empresas nos procuraram já interessadas na
6ª Feileite, vamos ocupar todos os 50 mil metros
quadrados”, antecipa Décio Ribeiro.
Foto: Daniela Collet
Agrocentro comemora sucesso da
Entre os expositores a opinião é unânime: o público da Feileite 2011 fez a diferença e é exatamente o alvo de todas
elas. Todas destacaram a realização de
bons negócios e, principalmente a visibilidade entre os visitantes e a promessa de futuros contatos e, consequentemente, novos clientes. E garantem que
estarão presentes em 2012.
Quem define muito bem este momento da Feileite e do setor é Fábio Fogaça,
gerente de Produto Leite Importado da
Alta Genetics: “a 5ª Feileite foi muito positiva em termos comerciais. Nas edições anteriores vínhamos chorar as dificuldades e,
este ano, passamos a comemorar o aquecimento do mercado. Nos três primeiros
dias já havíamos vendido o dobro do ano
passado. Medimos o público pelo aspecto
comercial, que foi muito bom, um público
formado, em sua maioria, por produtores, o
que fomentou as vendas. O lado técnico da
feira também merece destaque, com todas
as raças leiteiras muito bem representadas,
qualitativa e quantitativamente. Ano que
vem estaremos aqui comemorando mais
um bom período que vem pela frente”.
Segundo Felipe Escobar, gerente técnico da Select Sires do Brasil, é a primeira
vez que a empresa participa da Feileite.
“Achamos muito interessante. Tivemos
um bom movimento de clientes, tradicionais e novos, procurando por nossos
produtos, que são acessíveis ao grande,
médio ou pequeno criador. Pretendemos voltar em 2012.”
Rogério Rossi, gerente de Qualidade
Leite MSD Saúde Animal, conta que a empresa esteve ausente da Feileite em 2010
e retornou este ano. “Percebemos algumas
mudanças para melhor. Estamos satisfeitos.
Valeu a pena participar da edição 2011, pois
fizemos bons contatos e bons negócios. O
grande volume de animais expostos atraiu
muitos produtores, e isso é bom porque,
além de genética, eles procuram, também,
novas tecnologias desenvolvidas para o setor produtivo”, explica.
“A Feileite é uma feira consagrada e
está cada vez melhor. É a grande vitrine de
genética, nutrição e saúde animal. A feira é
e será sempre um dos maiores e mais importantes eventos do setor”, destaca Juliano Sabella, gerente de Marketing da Tortuga. Declaração reforçada pelo seu colega,
o gerente de vendas Wyllian Gaed: “a Tortuga veio para a Feileite envolvida e comprometida com o setor, e está satisfeita,
principalmente graças ao seu público, que
é especializado e muito interessado em
tudo o que a feira apresenta. É importante
ressaltar que recebemos, durante a feira, a
visita de grandes cooperativas de vários Estados brasileiros. Diariamente, duas a três
cooperativas trouxeram associados para
visitarem nosso estande”.
Para Douglas Ribeiro, diretor de Marketing Dow AgroSciences, o evento foi
“surpreendentemente positivo. É um feira
muito nova e percebemos que irá crescer
muito. Não é uma feira focada somente na
exposição de animais, mas também com
tecnologia, informação, principalmente,
através da realização de workshops, presença de muitas associações de criadores e
muita genética em pista. Para a Dow AgroSciences, que estamos iniciando na pecuária
de leite, foi muito importante participar
dessa edição. Surpreendeu-nos, também,
o número de criadores que nos visitaram,
gente de Mato Grosso, Mato Grosso do
Sul, Goiás, Minas Gerais, Rio Grande do Sul
e, claro, São Paulo. Todos sabem que, aqui,
vão encontrar o que é de ponta”.
Na opinião de Renato Nogueira, consultor técnico Bovinos de Leite da Nutron,
esta edição da feira foi ótima, muito movimentada. “O mais importante é que a Feileite conseguiu resgatar o Estado de São
Paulo no cenário nacional do leite. Quero
destacar a realização da entrega do Troféu
Balde de Ouro, evento que a Nutron tem o
orgulho de participar como um dos patrocinadores e organizadores.”
A gerente de Produto Linha Leite da
Bayer, Milena Duran, disse que a cada edição a Feileite fica melhor e a deste ano superou a do ano passado. “Para nós, o saldo
Janeiro 2012
45
46
Janeiro 2012
agropecuária da Unipac. Possibilitou um
contato mais próximo com nossos clientes tradicionais, que são os lojistas, isto é,
as revendas agropecuárias e, consequentemente, com os criadores, que se mostraram interessados nos nossos equipamentos
destinados à cadeia produtiva do leite.”
Para Evandro Garcia Lopes, gerente Regional da Arenales, medicamentos homeopáticos, foi muito bom participar da Feileite
pela primeira vez. “Fizemos muitos contatos
e, aqui, realiza-se negócios mesmo. Alguns
criadores ainda não conheciam a homeopatia, mas a receptividade foi muito boa.
Atendemos clientes tradicionais e fizemos
muitos novos clientes, fechamos negócios
e abrimos possibilidade para novos. Vamos
voltar no ano que vem”, garante.
A Nitral Urbana participou da Feileite
em 2009 e retornou este ano. “Estamos satisfeitos, fizemos bons negócios e bons contatos, pois trata-se de um público focado,
exatamente o nosso alvo. vamos voltar na
feira de 2012”, informa Fernando Gomes de
Oliveira, gerente da Divisão Produção.
O governador de São Paulo Geraldo
Alkmin marca presença no evento.
Na disputa da categoria Fêmea Jovem,
a Campeã, C.A. India TE, também conquistou o título de Melhor Úbere. Propriedade
de Joaquim J.C. Noronha e outro Cond.,
produziu a média de 36,650 quilos de leite. C. Africa FIV, de propriedade de Amilcar
Farid Yamin, sagrou-se a Reservada Grande Campeã da categoria, com média de
35,840 quilos.
Foto: Zzn Peres
cuito leiteiro. A Feileite foi uma aposta que
nós, da Sulinox, fizemos. Valeu a pena”.
Larry Nunes, diretor comercial da DLA,
do Grupo Gimenez, demonstrou surpresa:
“é a nossa primeira participação e surpreendeu-nos muito. A Feileite está reaproximando todos os elos da cadeia leiteira.
Aqui, vemos uma perfeita integração entre
animais, criadores e indústrias. Para a Gimenez o saldo foi muito positivo, porque
o público presente é formado por pessoas de gestão do leite. Surpreendeu-nos o
número pessoas que está entrando na atividade agora. Isso é muito bom e mostra
que os criadores estão dando preferência
aos produtos das indústrias nacionais que,
além de melhores preços, oferecem melhor assistência técnica, manutenção e facilidade de reposição de peças.”
Outra empresa que também participou
pela primeira vez da Feileite foi a Unipac
Embalagens Agroquímicas. Frank Kiyoto
Kikuchi, da área Comercial MG e SP, afirma
que a participação foi muito boa. “Serviu
de vitrine para nós que somos uma divisão
Foto: Gabriel Fiorino
foi positivo. Destaco o publico visitante, especializado, formado por produtores, interessado em novas tecnologias. É o público
que queremos atingir.”
Welington Shiroma, gerente regional
(São Paulo) da CRV Lagoa, afirma que a
Feileite tornou-se um grande canal de
comunicação e de marketing. “Por isso, temos que estar presentes. A feira melhorou
muito, percebemos o aumento do público, principalmente de criadores e clientes,
mais segmentado, gente da cadeia do
leite, todos à procura de novidades. Notamos que, independente do porte do
criador, está havendo uma preocupação
maior com o melhoramento genético, o
que resultou uma procura maior por embriões nessa edição da feira.”
Henrique Rocha, gerente de Produto
Leite da C.R.I. Genética, declarou: “a feira é
espetacular, bem direcionada. Só vem aqui
quem é do setor. O público é interessado,
conhece as técnicas e tudo o que está
acontecendo. A procura por nossos produtos foi excelente, além das expectativas.
Merece destaque a participação de animais,
não só pela quantidade mas, principalmente, pela excelente qualidade genética.
O gerente Comercial da Sulinox, Noberto Viegas, conta que a empresa participa da
Feileite desde a sua primeira edição: “apostamos nessa feira, nossa participação vem
crescendo junto com ela e a cada ano apresentamos novidades. Em 2011, por exemplo, além de novos produtos, trouxemos
as revendas de São Paulo para participar
conosco, porque nossa presença no Estado
está crescendo. Quero, também, ressaltar
o perfil do público que visitou a feira deste
ano, totalmente qualificado, formado por
produtores ou profissionais ligados ao cir-
Jersey
Quatro raças disputaram os
torneios leiteiros da Feileite 2011
Os torneios leiteiros da Feileite 2011 – 5ª
Feira Internacional da Cadeia Produtiva do
Leite, contaram com a participação de quatro raças: Gir Leiteiro, Girolando, Holandesa
e Simental.
Pela primeira vez, a raça Girolando realizou um concurso leiteiro na mostra paulista.
O 1º Torneio Leiteiro da Raça Girolando da
Feileite reuniu 21 fêmeas, nas categorias novilhas e vacas e por graus de sangue.
Depois de vencer a categoria Novilha, a
¾, sangue Girolando Germina Benta sagrou-se Grande Campeã do torneio, com média
diária de 78,397 kg de leite. Propriedade de
Bernardo Garcia de Araújo Jorge, recordista
da raça com média diária de 79,03 quilos de
leite, na Expolins 2011 – Exposição Agropecuária de Lins Expolins, Germina bateu seu
próprio recorde na Feileite. A segunda colocada da categoria Novilha foi Natureza VI
Teatro da Origem, fêmea ½ sangue de propriedade de Eneas Rodrigues Brum.
Enquanto isso, a campeã vaca geral
foi a fêmea a ½ sangue Fã Mergulhão,
propriedade de Geraldo Antonio de
Oliveira Marques, com produção média
diária de 73,677. A segunda colocada na
categoria foi a ¾ sangue Espadilha Touch, de Luis José Marrichi Biazzo.
Gir Leiteiro
A vaca Gir Leiteiro Hassia FIV F. Mutum, campeã da categoria Vaca Jovem,
foi a Grande Campeã do Torneio Leiteiro
da Feileite 2011. Propriedade de Léo Machado Ferreira, alcançou a média diária
de 48,390 quilos de leite. A Reservada
Grande Campeã foi Hadali FIV de Brasília, da Fazenda Brasília Agropecuária, de
São Pedro dos Ferros, MG, com média de
46,457 quilos de leite.
Na categoria Vaca Adulta a Campeã foi
Cartagena de Brasília, propriedade de José
Orlando Bordin, com média de 45,183 quilos de leite por dia. A Reservada Grande
Campeã foi Feliciana TE, da Bom Jardim da
Serra Agropecuária Ltda., com média de
42,810 quilos de leite por dia.
Na categoria até 36 meses, a Campeã
Jersey foi Gema Estância Bagagem Action,
propriedade da Cabanha da Maya (150
pontos). A Reservada foi LGM Simone BW
Country Katalina (FIV), exposta por Carlos
Augusto Assis de Lima (110 pontos)
Na categoria acima de 36 meses, a Campeã foi Jaboticaba Ressurection Dania da
Lapinha, propriedade de Anselmo Vasconcellos Neto. A Reservada foi Jamily Dunkirk
Vânia da Lapinha (TE), propriedade de Anselmo Vasconcellos Neto (110 pontos)
Simental
No torneio leiteiro do Simental o destaque foi Ivana da Batatais, Grande Campeã,
com média diária de 63.310 kg de leite. A
matriz foi exposta por José Henrique Aleixo,
do Simental da Batatais, de Batatais, SP.
Janeiro 2012
47
Leilões da Feileite 2011
faturam R$ 5,3 milhões
Os nove leilões de animais e genética
leiteira realizados durante a Feileite 2011 –
5ª Feira Internacional da Cadeia Produtiva
do Leite venderam 231 lotes pela média
geral de R$ 22,965 e faturaram R$ 5,305 milhões. O resultado aponta um crescimento
de 50% comparado a 2010, quando a renda
dos seis leilões alcançou R$ 3,5 milhões.
O 1º Genética da Capital – Girolando,
realizado dia 31 de outubro, vendeu 27
fêmeas jovens premiadas na Megaleite 2011 e nas principais exposições do
ranking da raça no País por R$ 347.280 e
alcançou a média de R$12.862.
No mesmo dia, o 2º Noite das Campeãs do Gir Leiteiro, vendeu 20,66 lotes
por R$ 358.640,00 e média de R$ 17.359.
O lote mais valorizado, dois terços da
propriedade da bezerra de seis meses,
SETB Conquista (66%), foi vendido por
R$ 27.200 para José Mario Abdo Miranda. A oferta foi de José M.M. Abdo, Luciano Conceição e Jaymilton Gusmão.
O 5º Leilão Estância Silvania & Convidados - 49 Anos de Seleção, de Gir Leiteiro,
promovido por Eduardo Falcão, dia 1º de
48
Janeiro 2012
novembro, vendeu prenhezes e animais
de alto valor genético e com acasalamentos diferenciados. O lote mais valorizado foi
20% do macho Iceberg FIV Silvania, de 35
meses, vendido por R$ 120.000 para Nova
Terra e Pecplan ABS. No total, o faturamento
dos 28,2 lotes ofertados rendeu R$ 866.000
e média de R$ 30.069.
Já o 2º Nação Girolando, vendeu 34
lotes, entre doadoras e futuras doadoras
selecionadas pelos promotores, renomados criadores de destaque no cenário
nacional – por R$ 505.320.
Ainda no dia 2 de novembro, o Leilão
Gir Leiteiro Cinco Estrelas comercializou genética de criatórios brasileiros: Gir Veredas,
Fazendas do Basa, Fazenda Brasília Agropecuária, Fazenda Calciolândia e Gir Mutum
Girolando. Ao todo, foram comercializados
15,5 lotes por R$ 1.043.000 e média de R$
67.290. O destaque em preço foi 50% da
propriedade da fêmea de 26 meses, Profana FIV Veredas (50%), oferta de Francisco
das Chagas, da Fazenda Vista Alegre, arrematada por Adonias Souza Santos, do Gir
Veredas, por R$ 426.000.
Dia 3 de novembro, o 2º Estrelas do
Jersey comercializou lotes selecionados,
de alto padrão genético e premiados
durante a Exposição Nacional da raça, na
Feileite. Ao todo, os 24 lotes comercializados renderam R$ 173.280.
Na mesma data, o 3º Mulheres do Gir
Leiteiro, que ofereceu uma seleção de
animais jovens, doadoras e produtos dos
melhores criatórios do País, vendeu 29,5
lotes por R$ 1.017.600 e média de R$
34.506. O destaque de preço foi 33,3%
de três fêmeas de 15 meses, ofertadas
por Ilza Helena Kefalás: Vaidosa Y da BX
(33.3%), Vaidosa Y da BX (33.3%) e Vaidosa Y da BX (33,35%). O comprador foi a
Estância Silvania que pagou R$ 40.000.
No dia 4 de novembro, encerrando a
agenda de leilões da Feileite 2011, ocorreram dois leilões. O 2º Estrelas Nacionais da
Raça Holandesa vendeu 27 animais por R$
307.920 e média de 11.404. Já o Made in
Brazil, ofereceu genética do Gir Leiteiro dos
rebanhos de Miller Cresta de Melo e Silva,
Fazenda Ribeirão Grande, e Paulo Ricardo
Maximiano, Fazenda Córrego Branco. Os 25
lotes comercializados renderem R$ 685.920
e média de R$ 27.436. Hassia FIV F. Mutum
X Livre Acasalamento, oferta de Léo Machado Ferreira, da Fazenda Mutum, lote mais
valorizado, foi arrematado por Carlos Jacob
Wallauer por R$ 62.400.
Janeiro 2012
49
Cresce demanda por
cervejas
artesanais
em Minas Gerais
C
ervejas artesanais são aquelas produzidas
quase que de “forma caseira” e que utilizam
100% de malte puro em sua composição.
Várias micro-cervejarias mesmo utilizando equipamentos modernos e engarrafando suas produções,
ainda assim são consideradas como cervejarias artesanais pelo cuidado que têm com sua produção,
indo desde os ingredientes básicos da cerveja, passando pela receita de preparo e chegando até aos
conservantes finais, que devem ser naturais e não
químicos.
Outras micro-cervejarias, ou cervejarias caseiras,
são realmente o que podemos chamar de artesanais ao pé da letra. Utilizam equipamentos pequenos que cabem em qualquer cozinha, normalmente
não possuem engarrafadoras e guardam suas produções com garrafas de cerveja comum e rolhas.
Ao ouvir falar em cerveja artesanal pense em
cervejas mais bem cuidadas, com produções mais
restritas (mas não necessariamente pequenas), o
que leva a produtos com resultados finais muito interessantes e diversificados.
De acordo com o superintendente executivo
do Sindicato das Indústrias de Cerveja e Bebidas em
Geral do Estado de Minas Gerais (Sindbebidas/MG),
50
Janeiro 2012
Cristiano Lamego, o mercado está em franca expansão devido ao aumento de renda
da população no Brasil nos últimos anos.
“O consumidor passa a demandar cervejas
com maior valor agregado. Em Minas, o setor tem crescido cerca de 25% ao ano e produz cerca de 800 mil litros por mês. Grande
parte destas empresas está investindo ou
pretende investir a curto prazo em aumento de produção. Temos oito empresas no
setor em Minas Gerais, o que faz com que
Minas esteja em segundo lugar no Brasil,
perdendo apenas para Santa Catarina que
tem um número maior de empresas neste
segmento” explica Lamego.
O superintendente do Sindbebidas,
disse ainda que Minas Gerais está na vanguarda pela quantidade de tipos de cerveja artesanal. “Em estilos de cervejas Minas
está em primeiro lugar no lançamento de
estilos diferentes de cervejas. As cervejas
artesanais estão tendo uma grande aceitação pelo consumidor de Belo Horizonte.
Pela tradição dos bares, o consumidor da
capital anda sedento por novos tipos de
cervejas onde a qualidade é a principal
característica deste novo produto. Quase
todas as empresas estão investindo no lançamento de cervejas engarrafadas, o que
aumenta o volume comercializado para
outros estados e para o exterior”, completa.
Com mercado crescente, Lamego
diz que a expectativa é de abertura de
mais microcervejarias no Estado nos
próximos anos e de uma possível formalização do grande número de cervejeiros que produzem em pequena escala
e que ainda não são registrados. “Esses
cervejeiros estão aglutinados em uma
associação chamada Acerva Mineira, entidade a qual trabalhamos em parceria e
acreditamos que eles possam se formalizar”, enfatiza Lamego.
O presidente da Associação dos
Cervejeiros Artesanais de Minas Gerais,
Acerva Mineira, ressalta que o mercado
de cervejas artesanais está em pleno
crescimento não só no Estado como
em todo o Brasil. “A criação da Acerva
Mineira em 2008, é o resultado desta
expansão e atualmente atua no promoção deste crescimento. Somos uma associação sem fins lucrativos, constituída
por cervejeiros artesanais que tem como
objetivos difundir e aprimorar o estudo
das particularidades da cultura relacionada à cerveja e sua produção artesanal.
Participam da associação não só produtores artesanais de cerveja, mas também
entusiastas, curiosos, entendedores, especialistas e todos aqueles que desejam
propagar e a apoiar a cultura cervejeira”,
destaca Paulo Patrus.
Atualmente a Acerva Mineira conta
com 75 associados, mas o número de cervejeiros artesanais no estado é bem maior,
pois a produção artesanal se espalhou e
hoje Minas tem verdadeiros polos cervejeiros na Grande BH, Vale do Aço, Juiz de
Fora, Sul de Minas e Triângulo Mineiro.
O investimento para começar no negócio varia entre R$500,00 a R$1.000,00
na compra de equipamentos para usar a
produção como hobby, mas para se profissionalizar no negócio os valores são bem
mais expressivos.
Um projeto da prefeitura de Nova
Lima tem o objetivo de apoiar e incentivar cervejeiro promovido pela Acerva
Mineira, criando leis e facilidades para a
instalação de novas cervejarias no município. “A produção dos cervejeiros artesanais visa o consumo próprio, o hobby, a
curiosidade e a integração entre amigos.
Contudo, muitos já pensam em transformar o hobby em negócio, e desta forma
o apoio de projetos, como a proposta da
prefeitura de Nova Lima , são fundamentais para propagação destas novas micro
cervejarias. Atualmente a Acerva Mineira
é uma verdadeira incubadora, um berço
de novas cervejarias, muitos já estão planejando suas próprios empreendimentos
cervejeiros”, completa Patrus.
Uma curiosidade das cervejas artesanais é o uso de ingredientes típicos da
culinária e da cultura mineira. No último
concurso realizado pela Acerva Mineira, a
cerveja vencedora utilizou na sua receita
doce de leite e uma erva aromática, a segunda colocada utilizou boldo em uma
infusão de cachaça e a terceira colocada
utilizou fumo de rolo na receita. São esses
diferencias mineiros que fazem da sua cerveja tão conhecida no Brasil.
Turismo
a.
io da descid
Iníc
Cachoeira do
Tabuleiro.
*Rorigo Mello
Agência Bela Geraes Turismo
a
i
s
s
e
v
a
r
T
a
h
n
i
p
La
o
r
i
e
l
Tabu
52
Janeiro 2012
N
esta primeira edição da seção
de turismo da revista Mercado
Rural, vamos dar uma dica de
turismo em Minas: a travessia Lapinha
Tabuleiro, que foi narrada por Rodrigo
Mello, da Agência Bela Geraes Turismo,
que oferece passeios como esse na
região da Serra do Cipó (MG). Uma excursão organizada por Rodrigo viajou
por três dias em uma das mais belas
regiões de Minas e ele descreve para
nossos leitores, um pouco das belezas
e aventuras desse passeio.
nhas, com vegetação de matas ciliares
e campos rupestres, tudo ornamentado
por várias drenagens que formam o Rio
Parauninha, que desce sinuoso até encontrar o irmão mais famoso, o Rio Cipó.
Digo isso porque no caminho nos
brindaremos com a hospitalidade de
moradores locais como a Dona Ana Benta, 80 anos e Sr. José da Olinta, 76, que há
mais de 50 anos vivem nesse paraíso das
alturas. Suas casas simples são como palácios aconchegantes, que nos recebem
com o fogão à lenha sempre aceso, cheirinho bom de fumaça no ambiente e
banho sempre quente com a água passando pelas serpentinas, apesar da falta
de luz. Chegar cansado da caminhada
e descansar jogando conversa fora enquanto esperamos o jantar preparado
por eles, é um momento mágico que
nunca se apaga de nossas lembranças. E
“Nada demonstra melhor o espírito
mineiro que atravessar a Serra do Espinhaço desde o lado oeste, Lapinha, até
o lado leste, Tabuleiro. Nos três dias e
duas noites do caminho, somos brindados por incríveis paisagens de montaador
ade do mor
A hospitalidpera dos turistas.
a es
Mirante fr
Tabuleiro ontal da Cachoeira
com grup
o de turistdo
as alemãe
s.
suas histórias então? Ingleses procurando diamantes, tropeiros levando todo
tipo de mercadorias para os dois lados
da serra, viajantes internacionais como
Saint Hilaire e outros, além de casos simples de nativos e caminhantes comuns.
O Sr. José da Olinta ainda faz um cafezinho colhido, torrado e moído por ele
mesmo, onde um pouquinho de cravo
colocado no final da torrefação dá um
gosto todo especial que encanta todas
as pessoas que experimentam.
Nem precisava dizer que temos atrativos naturais maravilhosos,
tanto em Lapinha, pequeno
vilarejo na margem de uma
lagoa artificial cujas águas,
além de formarem um visual
espetacular refletindo o azul do
céu, emoldurado pelas montanhas, onde atravessaremos a
barco até pinturas rupestres deixadas pelos primeiros habitantes
de Minas há mais de 7000 anos,
como em Tabuleiro, outro vilarejo
encravado nas montanhas, que
nos apresenta a mais espetacular
e alta cachoeira de MG, com seus
273 metros de queda, onde teremos a oportunidade de conhecer
por cima, no 2º dia de caminhada,
e por baixo, onde nadaremos em
te a
ães em fren
Turistas alem Tabuleiro.
Cachoeira do
seu enorme poço com quase 100 metros de diâmetro no ultimo dia.
E a melhor notícia é que não é preciso ser nenhum super homem ou mulher
maravilha para percorrer seus quase 38
km de distância. Hoje é possível reservar
quartos nas duas casas ou contratar uma
mula para carregar nossas barracas, deixando-nos leves e livres até para alcançar
o cume do Pico do Breu, com seus 1.687
metros de altitude e privilegiada visão panorâmica de 360 graus de toda a região.
Várias empresas e guias ajudam-nos
a conquistar essa incrível experiência,
oferecendo o transporte a partir de Belo
Horizonte ou Aeroporto de Confins,
além de serviços de emergência e primeiros socorros, mula cargueira, alimentação e retorno, em diversos modelos e
roteiros, desde os mais despojados até
os mais confortáveis.
O importante é vivenciar essa experiência única de atravessar a serra do
espinhaço e viver entre seus moradores
locais, dormindo e se alimentando com
eles, ouvindo suas histórias e lições de
vida, vendo sua paisagem única e sentindo toda a atmosfera que relembra
nossos avós.”
Janeiro 2012
53
Criações Exóticas
Lhamas
Cresce procura por animal doméstico muito dócil e
obediente, que produz carne magra e macia, além de
lã para a confecção de roupas para o inverno
N
atural dos altiplanos andinos,
região compreendida do sul do
Peru ao noroeste da Argentina, o
lhama é resistente a temperaturas baixas
e a períodos de seca, tendo força para carregar 100 quilos por cerca de 20 quilômetros de distância. Parente do camelo - ambos pertencem à família dos Camelídeos
-, o lhama já era utilizado como transporte
de carga pelo povo inca há mais de quatro
milênios. O animal é rústico, dócil, domesticado e por isso, muito fácil de ser criado
em cativeiro. O animal andino vive até os
24 anos em média. Outras espécies próximas são a alpaca, a vicunha e o guanaco.
Apesar de habitar o Peru, Equador e
Bolívia, países próximos do Brasil, por aqui
54
Janeiro 2012
a presença é ainda rara. O número pequeno de criadores, no entanto, não consegue
atender à demanda, que vem crescendo. A
procura é pela carne magra e macia, considerada exótica, e presente, sobretudo nos
cardápios de restaurantes requintados.
Também há demanda pela lã, utilizada
para a elaboração de vestuário de inverno e pelo couro. O animal ainda é usado
como espécie ornamental. Estabelecimentos de turismo rural são um dos promissores canais de interesse pelo bicho.
A criação de lhamas no Brasil ainda é
uma atividade comercial nova, a produção
não consegue abastecer o mercado devido
ao pequeno número de criadores e a demanda não pára de crescer. Após um período de gestação de 11 meses, nasce uma
cria que se mantém junto à mãe durante
cerca de dez meses, dependendo do tipo
da criação, pode-se criá-las na mamadeira,
deixando-as mansas de cabrestos, até mesmo como animais de companhia. É possível
o cruzamento com outros camelídeos americanos; as crias são fecundas e recebem diferentes nomes, como huarizos (quando se
cruza um macho de lhama com uma fêmea
de alpaca) e llamovicuñas.
De porte médio, o lhama adulto possui
de 1,4 a 2,4 metros de comprimento, com
cauda de 25 centímetros. A altura varia de 75
centímetros a 1,2 metro, enquanto o peso
pode oscilar de 150 a 200 quilos. Coberto
por pêlos com cores uniformes ou em manchas tem coloração que vai do marrom ao
preto ou branco. Também existem exemplares castanho-avermelhados, que ganham o
apelido de ‘carneiros vermelhos’.
Os lhamas são rústicos e vivem em
locais simples. Materiais que existem
na propriedade podem ser usados para
montar um abrigo. Alojamentos com
áreas que permitem ao lhama pastar e
se exercitar são os mais indicados.
A veterinária Melissa Almeida trabalha
com as lhamas desde 2005 e pondera que
a criação no Brasil não é rara, mas ainda pontual. “As lhamas são facilmente encontradas
na região sul do país, onde estão muito bem
adaptadas devido à semelhança do clima
com seu país de origem. Mas além dessa
região podemos encontrar alguns criadores em Minas, Rio de Janeiro e São Paulo e
também no Nordeste onde alguns criadores
estão descobrindo uma oportunidade de
negócio na criação de lhamas”, disse.
De acordo com o médico veterinário,
Alexandre Armando, diretor comercial do
criadouro Científico e Cultural de Poços
de Caldas, a demanda por lhamas está
maior que a produção, filhotes estão sendo vendidos rapidamente. Em criadouros
a venda é feita somente sob reserva de
até 2 anos, dependendo da produção
de cada criador. ”A procura pelas lhamas
como animal exótico é para serem usadas
em hotéis fazendas, chácaras, ou também
como animais de companhia, uma vez
que quando criadas em sistema de mamadeiras ficam muito mansas. É possível
usá-las para trotar, com arreios próprios,
as lhamas agüentam até 60Kg, por isso
estão sendo usados para crianças em hotéis fazendas.”, disse.
Melissa pondera que além dessa
demanda citada por Alexandre, existem
mercados que são inexplorados no Brasil como o têxtil ou o de “pet”, como é
observado em outros países. “No Brasil
lhamas não são criadas para corte, nem
para a produção de lã que pode ser utilizada para a confecção de rédeas e tapetes, mas ela é considerada um subproduto da criação”, ponderou a veterinária.
Outra característica das lhamas, segundo os especialistas, é a aptidão como excelentes animais de guarda para rebanhos
caprinos e ovinos e também existem pesquisas com o uso do leite, que tem mostrado que ele pode ser um substituto do leite
humano e até auxiliar no tratamento de algumas doenças. Além disso, as lhamas também podem ser utilizadas na terapia com
deficientes, e tem obtido excelentes resultados no exterior com crianças com paralisia
cerebral e disfunções como o autismo.
O preço médio de um animal varia
entre R$500,00 a R$6.000,00 de acordo
com idade, sexo e tamanho.
Alexandre destaca ainda que a facilidade na criação e manejo das lhamas é
seu grande diferencial e por ser um animal
exótico consegue-se agregar valor no animal. “As lhamas são animais super rústicos,
ruminantes, gostam de forragens, seus alimentos preferidos são capins, cana de açúcar, silagem, feno e ração bovina ou eqüina.
O custo pode ser comparado à criação de
ovinos laníferos. Os animais podem ser criados à pasto, sem necessidade de criá-los em
baias. Seu período de gestação é de 335 dias
(pouco mais de 11 meses) e o filhote nasce
com peso aproximado de 7 Kg, com desmame natural com seis meses”, completa.
A veterinária Melissa pondera ainda
que tem percebido um crescimento na demanda por esses exóticos animais, que vem
acompanhando um crescimento na oferta,
mas pode faltar mão de obra qualificada
para atender a uma crescente demanda
pelos animais. “Acredito que a criação de
lhamas no Brasil ainda está longe de atingir seu potencial, principalmente no que
se refere à manejo e aproveitamento econômico. Ainda temos que melhorar muito
em capacitação de pessoal, de tratadores
á veterinários, para descobrir o verdadeiro
potencial desta espécie e quem sabe um
dia não cheguemos a ser exportadores para
nossos vizinhos, cuja economia dependem
tanto destes animais?”, finaliza.
Janeiro 2012
55
Falando de
psitacídeos
*Paulo Machado,
biólogo e diretor técnico da Megazoo.
E
mbora a palavra Psitacídeos, assuste
pelo nome, os integrantes desse grupo são super apreciados pelo público.
Trata-se de aves como os papagaios, araras,
calopsitas periquitos, entre outros. Na verdade esse grupo possui 406 diferentes espécies
distribuídas por todo o hemisfério sul nos
continentes americano, africano, asiático e
oceânico. O Brasil é o país com maior quantidade de espécies com 72 representantes.
Outras aves muito famosas pertencentes aos
psitacídeos que está restrito a Oceania são as
cacatuas, conhecidas pela sua cor branca e
seu grande penacho na cabeça. A Calopsita
é o integrante mais conhecido dessa família.
A principal característica comum desse
grupo é o bico tipicamente curvo e próprio
para partir sementes e frutos duros. Sua maxila é adaptada para possibilitar movimentos extras que aumentam muito a potência
do bico. Outra característica exclusiva entre
todas as aves é o hábito de levar os alimentos ao bico com as patas. Em todas as outras
aves o bico que vai até o alimento. O máximo que ocorre é a contenção desse alimento pela pata no chão, como ocorre por
exemplo com as aves de rapina. O mais interessante nesse aspecto é que geralmente
os psitacídeos são canhotos, utilizando a
56
Janeiro 2012
pata esquerda para se alimentar. Para completar, essas aves possuem uma grande habilidade gustativa, sendo as aves que mais
condições têm para sentirem o gosto do
alimento. Quem tem um papagaio já deve
ter notado o hábito dele colocar a língua
nos alimentos. Esse hábito não só está relacionado ao sentimento do seu gosto, mas
também a uma grande presença de células sensitivas na língua. Assim, ao fazer esse
movimento eles estão também sentindo a
textura dos alimentos .
A capacidade de muitas espécies falarem, bem como a grande inteligência de
todos os membros desse grupo, é também
algo muito marcante. É importante ter em
mente que quando um papagaio fala, ele
apenas está imitando um som frequentemente repetido pelo seu dono. Entretanto,
é comum o papagaio associar uma palavra
a um acontecimento. Por exemplo, se sempre que oferecemos comida falamos “quero comer” o papagaio irá repetir essa frase
quando quiser se alimentar.
Por falar em alimentação, é importante quebrar alguns conceitos em relação
à dieta ideal para esse grupo quando fora
de seu ambiente natural. De fato, a maioria
dessas aves na natureza tem as sementes
e frutos como a principal fonte alimentar.
Entretanto em cativeiro, da mesma maneira
feita com cães e gatos, devemos oferecer
preferencialmente alimentos comerciais
balanceados. Como na natureza os animais
consomem maior quantidade de alimentos
do que no cativeiro, devemos neste caso
oferecer produtos com maior concentração
de nutrientes, especialmente se tratando
de vitaminas, minerais e aminoácidos.
No caso das sementes, quase todas
elas, apresentam deficiência de muitos nutrientes e excesso de outros. Uma mistura
de sementes bem elaborada, permite que
haja um melhor balanceamento de todos
os nutrientes. Isso porque a baixa quantidade de certo nutriente em um grão é
corrigida pela quantidade excedente em
outro. Pois bem, se as aves consumissem
simultaneamente todas essas sementes, o
problema estaria em parte resolvido, entretanto isso não ocorre. O que sempre vemos
são aves comendo apenas o que preferem
deixando de lado o restante. Paralelamente,
todas as sementes são deficientes em vitaminas, cálcio e demais minerais, exigindo
gastos extras para suplementação.
Cabe aqui fazer um destaque em relação
à semente de girassol. O consumo exagerado dessa semente é muito prejudicial aos
psitacídeos. Se fornecido como principal
fonte alimentar pode mesmo causar o óbito precoce da ave, já que contém excessivas
quantidades de gordura e proteína, além de
baixas concentrações de vitaminas e minerais. É importante destacar que um papagaio
bem alimentado vive em média 60 anos, podendo viver até 90 em alguns casos. Assim,
se seu papagaio alimentado com girassol
morreu com 15 anos, ele viveu muito pouco. Considerando esses problemas, infelizmente, muitos profissionais têm errado ao
informar que não se deve fornecer qualquer
quantidade de girassol para papagaios. Não
podemos esquecer entretanto que o girassol possui uma das proteínas vegetais de
melhor qualidade e digestibilidade. Sua gordura é muito rica em ácidos graxos poli-insaturados, sendo, portanto de excelente quali-
dade. O uso controlado
de girassol, em uma
dieta de papagaios
e especialmente de
araras, é não só adequado, mas até mesmo recomendável em
alguns casos.
Com todas essas habilidades expostas e fornecendo uma alimentação adequada,
um papagaio ou outra espécie de psitacídeo é um excelente animal de estimação.
Felizmente, hoje é possível adquirir qualquer dessas espécies naturais do Brasil
de forma totalmente legalizada e segura.
O IBAMA autoriza a criação de espécies
nascidas em cativeiro e a venda destas em
criatórios e lojas cadastradas. Essa venda
deve ser feita através de documento fiscal
que ateste a origem da ave. Assim, caso haja
uma fiscalização em uma residência com
uma ave legalizada, basta mostrar esse documento para a autoridade fiscalizadora. Na
internet podem ser localizados os principais
criadores legalizados de aves nacionais, que
não só podem vender papagaios, mas também pássaros, tartarugas e outros animais
não domésticos.
Janeiro 2012
57
lização internacional dos produtos agrícolas
e pecuários, no mês, representou 26,5% do
resultado das exportações totais do Estado.
De acordo com a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas
Gerais (Seapa), em novembro de 2011, o
café respondeu por 61,7% da cifra total das
vendas externas de produtos agrícolas e
pecuários de Minas. Segundo o secretário
Elmiro Nascimento, a cotação do produto,
que alcançou no mês U$ 5,1 mil a tonelada, teve uma progressão de 48,86% em relação ao mesmo período do ano passado.
O secretário observa também que houve crescimento expressivo nas exportações
de açúcar, que alcançaram US$ 174,8 milhões, cifra 88,8% superior à registrada em
novembro de 2010, Neste caso destaca-se
também o incremento do preço médio,
que alcançou US$ 568,8 dólares por tonelada, crescimento de 28,47%. Além disso, a
soja em grão teve uma variação expressiva
no percentual de crescimento (858,9%),
pois alcançou a receita de US$ 20,1 milhões.
Nascimento ainda aponta, entre os
dados de novembro de 2011, os resultados obtidos pelo grupo de carnes, destacando a bovina. Neste segmento, a receita foi de US$ 23,5 milhões, superior em
73,4% à registrada no décimo primeiro
mês de 2010. Já a carne de frango, com
receita de US$ 36,0 milhões, teve progressão de 20,3%. E a carne suína, com a receita de US$ 11,7 milhões, avançou 53,8%
sobre novembro do ano passado.
cifra que supera em 25,0% a do ano passado.”
Na comparação do período acumulado deste ano com o de 2010, o café apresenta uma receita de US$ 5,2 bilhões, ou
13,8% das exportações totais de Minas.
O açúcar também apresenta bom
desempenho na análise dos onze meses.
Receita de US$ 1,2 bilhão, ou 30,3% mais
que o valor obtido na comercialização de
janeiro a novembro de 2010.
A soja em grão, com uma receita de US$
315,7 milhões, apresentou crescimento de
21,0%, enquanto o farejo, ao registrar movimento de US$ 173,8 milhões, evoluiu 147,8%.
Já o óleo alcançou US$ 96,8 milhões, que
equivalem a um crescimento de 33,9%
As exportações de frango mantiveram
bom desempenho no acumulado de janeiro a novembro de 2011: receita de US$
299,1 milhões, cifra 32,5% superior à registrada em idêntico período do ano passado. Além disso, o secretário assinala os resultados do grupo de couros e peleterias,
que alcançou crescimento de 184,3% ao
registrar vendas de US$ 99,8 milhões.
A maioria dos produtos que apresentam expansão de receita também foi beneficiada, nos onze primeiros meses deste
ano, por aumentos dos preços médios no
mercado internacional.
Exportação mensal do
agronegócio mineiro quebra
a barreira de US$ 1 bi
P
ela primeira vez as exportações do
agronegócio mineiro superam a
receita mensal de US$ 1 bilhão. De
acordo com o Ministério de Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior (MDIC),
o valor alcançado em novembro de 2011 foi
um pouco superior a essa marca, registrando um aumento de 32,90% em relação ao
resultado do décimo primeiro mês do ano
passado. A receita obtida com a comercia-
Valores acumulados
Os dados de janeiro a novembro mostram
que as exportações do agronegócio mineiro
alcançaram US$ 8,9 bilhões, um crescimento
de 29,5% em relação ao mesmo período de
2010. “Nesta avaliação, foi de 23,4% a participação dos produtos da agricultura e da pecuária
nas vendas internacionais de todos os setores
da economia estadual”, explica o secretário.
Ele acrescenta que os resultados dos
onze meses já superam os registrados em
todo o ano de 2010, que foram de US$ 7,6
bilhões. “A expectativa é de fecharmos o ano
com uma receita de exportações do agronegócio mineiro da ordem de US$ 9,5 bilhões,
58
Janeiro 2012
Janeiro 2012
59
Mercado Pet
Leishmaniose
Visceral Canina:
Uma questão para refletir
*Juliana Lara,
Médica veterinária CRMV: 10908
Hertape Calier Saúde Animal SA
60
Janeiro 2012
A
leishmaniose constitui um grupo de doenças parasitárias de caráter zoonótico de
ampla distribuição geográfica, causada
por uma variedade de espécies de protozoários
pertencentes ao gênero Leishmania. Essa doença
afeta o homem e os animais, particularmente o
cão doméstico, e é motivo de pesquisa em várias
partes do mundo devido a sua gravidade.
A leishmaniose visceral canina é transmitida, no
Brasil, pela picada da fêmea de Lutzomyia longipalpis,
popularmente conhecida como flebotomíneo ou
mosquito-palha, infectada, que injeta o protozoário
na pele do hospedeiro vertebrado, principalmente o
homem e o cão. Inicialmente, era considerada uma
doença de caráter exclusivamente rural, entretanto,
a urbanização acelerada e o crescimento desordenado das cidades ocasionando a destruição ambiental,
têm sido apontados como principais causas para
ocorrência da leishmaniose visceral na área urbana.
O médico veterinário conta com uma série
de métodos de diagnóstico para auxiliá-lo na
conclusão da suspeita clínica da doença. Dentre
os principais testes sorológicos disponíveis utilizados na rotina, que detectam anticorpos contra
a leishmaniose, citam-se a Reação de Imunofluo-
As principais manifestações clínicas
da Leishmaniose Visceral Canina são
Lutzomyia longipalpis
rescência Indireta (RIFI) e a Análise de Imunoadsorção por Ligação Enzimática (ELISA).
Outros testes de diagnósticos disponíveis incluem a pesquisa direta do parasita a partir de biópsias de tecidos ou aspirados de líquidos corporais.
O teste parasitológico mais simples utilizado pelos
veterinários é a identificação microscópica das formas amastigotas da leishmaniose, a partir da confecção em lâminas de esfregaços, coletados pela
aspiração da medula óssea ou do linfonodo. Outras
formas de diagnóstico é o isolamento do parasito
através de culturas, in vitro, ou a detecção do DNA
do protozoário pela técnica do PCR, realizada a partir
de amostras de vários tipos, como aspirados de medula óssea, sangue, linfonodos e tecidos. A pesquisa
direta do parasita ou os testes moleculares como o
aumentos dos linfonodos, caquexia (enfraquecimento
crônico do animal), lesões cutâneas ao redor dos
olhos, dermatite descamativa, hiperqueratoses,
úlceras com aspecto de queimaduras, nódulos subcutâneos
e erosões (mais frequentes na ponta da orelha e focinho),
aumento exagerado das unhas, anemia, aumento do baço e
fígado, disfunção renal, hemorragia nasal, lesões oculares e
poliartrites. Aproximadamente 50% dos cães infectados são
assintomáticos, o que sugere a existência de animais resistentes
ou com infecção recente na população. Cães infectados, mesmo
assintomáticos, podem apresentar grande quantidade de parasitos
na pele, o que favorece a infecção do inseto vetor, permanecendo
um elo no ciclo biológico da doença. Outros animais possuem
sintomas discretos e inespecíficos como aumento dos linfonodos,
pequena perda de peso e ou pelo opaco, e são considerados
oligossintomáticos. Aqueles que apresentam todos ou alguns dos
sintomas citados acima são considerados sintomáticos.
PCR são hoje os métodos de diagnóstico mais
confiáveis da Leishmaniose Visceral Canina.
A estratégia de controle da Leishmaniose
Visceral é baseada na detecção e tratamento
dos casos humanos, o combate ao vetor, através da aplicação de inseticidas e a detecção
dos cães positivos através do exame sorológico, com a eliminação dos mesmos. O combate ao vetor é defendido como a principal medida para o controle da leishmaniose humana
e canina, com redução acentuada da doença
em diversos países que adotaram essa prática. O uso de inseticidas no interior das casas
e abrigos de animais é considerado eficiente
para reduzir a população peridoméstica dos
flebótomos e, consequentemente, a quebra
do ciclo da transmissão. A eutanásia de cães
soropositivos é uma medida de controle recomendada pela Organização Mundial da Saúde
(OMS), contudo, a própria entidade reconhece
que existem cães de grande valor afetivo, econômico e prático, e por isso não podem ser
indiscriminadamente eliminados. A vacinação
de cães comprovadamente negativos constitui uma medida importante para controle da
leishmaniose visceral no homem e nos animais, pois interrompe o ciclo da transmissão a
partir do momento que diminui o número de
hospedeiros susceptíveis.
As questões sobre a Leishmaniose Visceral
Canina envolvem aspectos sociais, afetivos e
de saúde pública, e todo o segmento da sociedade precisa estar envolvida. Outras medidas
sanitárias como a dedetização sistemática dos
ambientes domiciliares e a vacinação devem
ser estabelecidas em detrimento da eutanásia
indiscriminada dos cães. Cabe destacar ainda a
importância da continuidade das pesquisas e a
busca de novas formas de controle da Leishmaniose Visceral Canina no Brasil e no mundo.
Janeiro 2012
61
Evento / Inauguração
Evento / Confraternização
Raça Pônei
brinda 2011.
ABCCPônei
de sede nova.
No dia 19 de dezembro de 2011, criadores, autoridades e a diretoria da Associação Brasileira dos
Criadores do Cavalo Pônei (ABCCPônei) estiveram
reunidos para inaugurar a nova sede da Associação,
no Parque da Gameleira , em Belo Horizonte.
Na ocasião, o presidente da ABCCPÔNEI, Pedro
Corrêa, ressaltou com alegria a grande conquista
para a raça, em inaugurar um novo espaço de trabalho, mais adequado às normas do Ministério e com
melhor infra-estrutura para atender os criadores.
De casa nova a ABCPônei comemora o crescimento da raça e promete começar o ano de 2012
com muitos projetos e entusiasmo. O criador e diretor comercial da revista Mercado Rural, Marcelo
Lamounier esteve presente no evento participando
desse importante momento junto aos amigos criadores de pônei.
Figueiredo, André Aparecido Oliveira e Mendelssohn Vasconcelos.
Guilherme Diniz, Marcelo Lamounier, Pedro Correa, Mendelssohn
Vasconcelos, George Marinuzzi, Murilo Torres, Ataide Assis Ataíde,
Fabrício Borges, André Aparecido Oliveira, e Elísio Gesualdo.
No dia em que a ABCCPonei inaugurava a sede
nova, criadores e familiares se reuniram na Casa do
Criador, também no Parque da Gameleira , em Belo
Horizonte, para brindar o ano de 2011 e as importantes
conquistas para a raça, que apresentou crescimento de
mais de 30% no ano.
O evento foi marcado pela descontração e alegria
dos criadores, o que reforça como a raça Pônei é unida!
Rodrigues Sousa, Valdênia Oliveira, Ismael Ferreira, Alice Silva,
Regiane Sousa, Estefânia Rodrigues e Fabrício.
Mendelssohn Vasconcelos e
Pedro Corrêa.
Anderson Racilan e Irisvaldo Teixeira.
Pedro Correa, Guilherme Diniz e Fabrício Borges.
Felipe Camargos e Taiana Karen.
Luciana, Davi e Túlio Rezende.
Fotos: Samuel Gê
Ricardo Figueiredo, Mendelssohn Vasconcelos, Gil Pereira e
André Aparecido Oliveira.
Elísio Gesualdo, George Marinuzzi, Guilherme Diniz, André Aparecido
Oliveira, Pedro Corrêa e Fabrício Borges.
Cláudia Serrano, Elísio Gesualdo, Marcelo Lamounier,
Murilo Torres e Renata Gesualdo.
Tassiana Kelen, Fabrício Borges, Ana Daniele e Marlene Torres.
Murilo Torres, Guilherme Diniz, Irisvaldo Teixeira, Pedro Corrêa,
Fabrício Borges e Elísio Gesualdo.
62
Janeiro 2012
Isabel Camargo e Alexandre Camargo.
Dr. Ataide Assis Ataíde.
Sabrina, Osvaldo Diniz, Juliana Fernandes e
Guilherme Diniz.
Fotos: Samuel Gê
Guilherme Diniz e Pedro Correa.
Flávia Henriques, George Marinuzzi, Cláudia e Elisio Gesualdo.
Janeiro 2012
63
Giro Rural
to Interno Bruto (PIB), e mostrar
aos brasileiros e ao mundo que
somos a maior e mais barata
agricultura do planeta”, afirmou
após a eleição. A senadora é
primeira mulher a comandar a
CNA e representa 5,175 milhões
de produtores rurais.
Além da presidente, senadora Kátia Abreu, compõem a nova
Diretoria do triênio 2012-2014, o
1º vice-presidente, João Martins
da Silva Júnior (BA) ; o Vice-Presidente de Finanças, José Mário
Schreiner (GO); o Vice-Presidente
Executivo, Fábio de Salles Meirelles Filho (MG) ; e o Vice-Presidente
Secretário, José Zeferino Pedroso
(SC). Os cargos de vice-presidentes diretores serão ocupados por
Assuero Doca Veronez (AC), Carlos Rivaci Sperotto (RS), Eduardo
Riedel (MS), Júlio da Silva Rocha
Júnior (ES) e José Ramos Torres
de Melo Filho (CE).
O ano de 2011 em
Uberlândia/MG foi marcado por grandes acontecimentos para o mercado
agropecuário. Inserido na programação oficial da Exposição Agropecuária da Cidade – CAMARU 2011, o já tradicional Encontro de
Criadores realizado na Fazenda Morro Alto II, mostrou inúmeros trabalhos técnicos científicos inovadores, sempre na busca de melhor
desempenho de bovinos a pasto e com alto nível de adaptabilidade,
em especial da raça Brahman. Foram apresentados animais que representam os avanços do rebanho Uberbrahman, iniciada a II PGP
Coletiva UberBrahman/ABCZ e como ponto alto houve a assinatura
do convênio com entre UFERSA e FRUTAB AGRICOLA AS.
Janeiro 2012
nando animais adaptados às condições de pastos tropicais e subtropicais.
Os integrantes do grupo participam do programa de melhoramento
genético da Associação Brasileira de
Criadores das Raças Simental. Os animais não podem ser estabulados ou
superalimentados , assim como é proibido usar técnicas que mascaram as
reais características dos animais , como,
por exemplo, a tosquia. O objetivo é
oferecer ao mercado animais produtivos e realmente adaptados ao campo.
No mês de setembro o grupo pro-
O recém formado Grupo de Criadores de Simental Brasileiro, que conta com
experientes criadores da raça, está trabalhando firme nos seus objetivos selecio-
Novo conceito de creche
para cães chega à Belo
Horizonte
Para os amantes dos animais de estimação que deixam seus cães sozinhos durante
a maior parte do dia ou para aquelas pessoas que muitas vezes não possuem animais
por esse mesmo motivo, acaba de ser inaugurada em Belo Horizonte a creche para
cães Maternau, no bairro Sion.
Com o conceito exclusivo de uma
creche para cães, a Maternau conta com
áreas livres para recreação, brinquedos
e estruturas de diversão, caminhadas
externas, espaço de descanso, monitores treinados, alimentação aconselhada
pelo dono, assistência veterinária, higienização a seco na saída ou banho, dentre
outros mimos para os clientes.
moveu em Uberlandia a primeira mostra
de Simental brasileiro que inovou com
um modelo de julgamento muito diferente do tradicional. “Os animais foram avaliados por muitos juízes que não levaram
em consideração apenas seu fenótipo ,
mas sim todas as informações produtivas
e reprodutivas disponíveis”, comentou o
criador Mário Aguiar, o Mamado.
Outra novidade na raça é que depois
de dez anos de jejum, no mês de outubro terminou a participação do Simental
na prova de ganho de peso do Instituto
de Zootecnia de Sertãozinho/SP. Com 22
animais na prova, os três primeiros lugares foram conquistados por animais de
criadores do Grupo Simental Brasileiro.
Silvio Silveira, Presidente da AFRIG, foi
homenageado pela FIEMG em comemoração ao
Dia da Indústria.
Foto: Sebastião Jacinto Júnior
A senadora Kátia Abreu foi reeleita para a presidência da Confederação da Agricultura e Pecuária
do Brasil (CNA). Ela foi reconduzida
ao cargo pelo Conselho de Representantes da Entidade. Kátia era titular da chapa única formada para
a eleição e comandará a CNA pelo
triênio 2012-2014.
“Foram três anos de muita
luta e de bons resultados. Agora vamos continuar trabalhando
para trazer segurança jurídica ao
produtor rural, contribuir para a
geração de emprego, de Produ-
UBERBRAHMAN
de olho no futuro
64
Grupo de Criadores de Simental Brasileiro movimenta a raça
Senadora permanece no comando da confederação
até 2014
Foto: Divulgação
A Associação Mineira de Aves Exóticas (AMAE), filiada
à Federação Ornitológica do Brasil (FOB), reuniu seus
sócios criadores e familiares,em Belo Horizonte, no dia
16 de dezembro em grande jantar de confraternização
de final de ano. A entidade que em 2011 dobrou seu
número de associados, brindou seu merecido sucesso.
A AMAE foi campeã na primeira etapa do campeonato
brasileiro onde participam periquitos australianos,
agapornes e outros psitacídeos exóticos.
SIMENTAL
Kátia Abreu é reeleita na CNA
Foto: Clésio
AMAE brinda 2011
Em 2011,o presidente da Associação de Frigoríficos de Minas Gerais,
Espírito Santo e Distrito Federal (Afrig)
Silvio Silveira, foi homenageado pelo
Sistema da Federação das Indústrias
de Minas Gerais, em comemoração ao
Dia da Indústria.
Silvio recebeu a Medalha do Mérito Industrial,
como empresário destaque do ramo frigorífico
mineiro. Além dele, outros
35 empresários também
foram homenageados em
diversos ramos de atuação.
A instituição outorgou o
título de Industrial do Ano
ao empresário e presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de
Andrade. Como principal agraciado da
noite, Andrade discursou representando os demais homenageados.
O governador do Estado, Antônio
Anastasia, participou da entrega das
homenagens.
Janeiro 2012
65
Giro Rural
Touro Halab da
Bonsucesso vence
Programa de Avaliação
Total
Agenda Rural
Janeiro
21
2° Leilão Girolando Registrados Bioverdeagro
(PROJETO INTEGRALAT) - Unaí/MG
03
8º Leilão Mancha Crioula e I Expo Nacional
Tobianos, Oveiros e Bragados - Gramado/RS
03 a 13
04
05 a 12
Halab da Bonsucesso (Quark da
Col X Baraka TE da Bonsucesso), de
propriedade de Michel Caro e Patricia Zancaner Caro, de Guararapes/
SP, sagrou-se o Grande Campeão do
Programa de Avaliação Total.
Com MGT de 20,08 ele é Top 0,1%,
o Halab possui a melhor avaliação genética da ANCP (Associação Nacional
dos Criadores e Pesquisadores) da safra 2009 da Fazenda Bonsucesso, “ele
possui uma régua de DEP muito boa e
bastante equilibrada. Filho da Baraka
TE da Bonsucesso com o Quark da
Col ele representa linhagens muito
produtivas da raça Nelore ( Rambo
MN , Diamon BONS, Itaú ZEB e Ícaro
SC (Golias) e Zefec “, comentou Michel
Caro.
Após ser anunciado vencedor da
prova, o Halab da Bonsucesso, com
idade de 2 anos, foi contratado pela
Central Alta Genetics onde terá, em
breve, seu material genético disponibilizado para o mercado da pecuária
de corte em busca de genética produtiva no Brasil.
66
Janeiro 2012
05
Fevereiro
06 a 10
Leilão Anual Gado Holandes Reg. Faz. Vista
Bonita e convidados - Bom Jesus dos Perdões/SP
2ª FAESE - Feira Agropecuária do Estado de
Sergipe- Aracaju/SE
Leilão da Solidariedade 20120 - Araçatuba/SP
Show Rural Coopavel 2012 - Cascavel/PR
09
Leilão Satisfação Guzerá - Aracaju/SE
10
Leilão Raças do Criador - Aracaju/SE
11
Leilão Elite Nelore Goes - Aracaju/SE
16 a 04/3
Festa Nacional da Uva 2012- Caxias do Sul/RS
21 a 25
XXII Exposição Herdeiros da Raça - Pará de Minas/MG
05 a 09
Expodireto Cotrijal 2012- Não me Toque/RS
10
Março
Expoinel Minas 2012- Uberaba/MG
Liquidação Total Fazenda Serra Negra - Guimarânia/MG
12 a 16
FEINCO 2012 - 9ª Feira Internacional de Caprinos e
Ovinos- São Paulo/SP
16 a 24
49° EXPOPASSOS- Passos/MG
17
21 a 23
31
2º LEILÃO TRUE TYPE - Fazenda São João Inhaúma/MG
Expoagro Afubra 2012- Rio Pardo/RS
Leilão Anual Fazenda Cayuaba com 26 anos de
seleção - Entre Rio de Minas/MG
Janeiro 2012
67
68
Janeiro 2012

Documentos relacionados