Família e Catequese Por João Coelho

Transcrição

Família e Catequese Por João Coelho
06
Catequese
Queridos catequistas! Que a paz esteja sempre com vocês!
Foi um momento forte a celebração do Ano Catequético da
nossa Diocese de Coxim na Paróquia de São Gabriel em São
Gabriel d’Oeste. Momento de união, formação, celebração,
espiritualidade, confraternização e muita alegria. Encontros
como estes nos animam para a caminhada. Na próxima edição
partilharemos com toda a diocese esta nossa convivência de
irmãos em Cristo.
Sabemos que para o bom êxito, família e catequese devem
caminhar juntas, uma complementando a outra por isso colocamos um subsídio que oferece pistas aos catequistas de como
envolver a família e assim tornar o trabalho de evangelização
mais enriquecedor.
Nos dias 16 e 17 de maio Fátima e eu estivemos na Paróquia
São João Maria Vianney para um encontro de formação com os
catequistas daquela paróquia. Fomos acolhidas com muito carinho e sentimos nos catequistas muito ânimo e disposição e
esperamos ter ajudado estes irmãos no seu trabalho de
evangelização.
No dia 29 de junho, dia de São Pedro e São Paulo, encerra-se
o Ano Paulino e também neste mês comemoramos Santo Antônio e São João Batista. Disponibilizamos um teatro para que os
catequistas, com sua criatividade, possam utiliza-lo na catequese
e celebrações.
Que São Paulo, Apóstolo dos Povos, interceda pelos catequistas
para que, assim como ele, nós também tenhamos o mesmo ardor
missionário e paixão por Jesus Cristo.Um abraço fraterno das
coordenadoras, Fátima e Raquel.
Teatro Festa Junina e a vida dos santos juninos dedicados a DEUS.
Algumas pessoas vestindo trajes caipiras entram cantando:
“Eu pedi em oração, ao querido São João, que me desse o matrimônio...São
João disse que não, São João disse que não isso é lá com Santo Antônio!!”
Eu gosto muito do mês de junho porque é cheio de festas para gente ir!!!
É mesmo! Mas você sabia que toda essa alegria vem de antigamente,
quando comemoravam no mês de junho o início do preparo da terra para
o plantio. Hoje, a festança começa no dia 12, véspera de Santo Antônio,
e termina no dia 29, dia de São Pedro e São Paulo. No meio, está a noite
de 23 para 24, dia de São João Batista.
Nossa!! Quantos santos em um só mês!!! Mas a história de alguns deles
eu conheço, como por exemplo, a de São Pedro. Pedro chamava-se Simão.
Ele era um simples pescador até que foi chamado para ser um dos doze
apóstolos de JESUS. JESUS lhe deu o nome de Pedro que quer dizer pedra
e disse: “És Pedro! E sobre esta pedra construirei minha Igreja”. Pedro
viveu muitos anos após a Ressurreição de Jesus, dedicando sua vida à
pregação do Evangelho para as pessoas. Pedro é o primeiro papa da Igreja!
Que bacana!! E a história de Paulo é também muito interessante! Seu
nome original era Saulo. Ele perseguia os cristãos. Um dia, no caminho
de Damasco, veio uma luz do céu, mais brilhante que a luz do sol e
derrubou-o. Ouviu-se então uma voz que dizia: “Saulo, Saulo, porque me
persegues? Respondeu ele então: “Quem és tu Senhor?” Ele respondeu:
“Eu sou Jesus a quem tu persegues. Levanta-te e vai à cidade e aí se te dirá
o que te convém fazer. Paulo foi para cidade, ficou cego, sem comer, nem
beber, orando e meditando sobre a revelação que Deus lhe fizera. Ao
terceiro dia, o Senhor mandou que Ananias fosse ver Paulo e impor-lhe
as mãos para recobrar a vista. Ananias obedeceu. Paulo confessou a sua fé
em Jesus, recobrou a vista e recebeu o Batismo; e daqui em diante
começou a pregar em toda a parte que Jesus é o Filho de DEUS!!!
Muito legal!! Já a história de Santo Antônio é mais recente.
Seu nome era Fernando. Nascido de família rica, formou-se padre. Aos 25
anos, trocou a Ordem de Santo Agostinho pela Ordem dos Franciscanos.
Adotou o nome de frei Antônio. Passou os cinco últimos anos de vida em
um convento de Pádua, na Itália, onde morreu em 13 de junho de 1231,
com apenas 36 anos. Por isso, é chamado de Santo Antônio de Pádua.
Já São João é primo de JESUS e filho de Isabel e Zacarias. João Batista
batizou Jesus. João Batista vivia no deserto e comia gafanhotos e mel. Ele
pregava a conversão e a chegada do cordeiro de DEUS, que é JESUS. Por
isso, a imagem de São João Batista é apresentada como um menino com
um carneirinho no colo.
Todos esses homens têm algo em comum...
Acho que já sei!! Todos se tornaram discípulos de JESUS de verdade,
amando-o mais que às outras coisas!
É isso aí!! JESUS não quer que deixemos de amar nossos pais, irmãos
e amigos, e sim que coloquemos a vontade de DEUS em primeiro lugar em
nossa vida!!
Saem cantando:
“Eu pedi em oração, ao querido São João, que me desse o matrimônio...São
João disse que não, São João disse que não, isso é lá com Santo Antônio!!”
Entre Irmãos-Diocese Coxim-Boletim Informativo-Ano 2009- Junho -III Série- nº 71
Família e Catequese
Ao criar o homem a sua imagem e semelhança e dar-lhe a
mulher por companheira, Deus
quis constituir a família como
célula primeira e vital da sociedade. Porém, as famílias estão
se deteriorando progressivamente, ameaçadas pela crise de valores que temos testemunhado
em nossos dias. A família não é
mais um celeiro de santidade,
mas um criadouro de caricaturas humanas sem espaço para a
vivência dos valores evangélicos.
Muito se ouve falar sobre
evangelização das e nas famílias. Mas esta continua sendo um
grande desafio. Não sabemos
como envolver as famílias, sobretudo, no processo de catequização dos filhos. É sabido
que os pais devem ser os primeiros catequistas de seus rebentos.
Entretanto, a realidade é bem
diferente. Muitas crianças chegam aos encontros de catequese
e não sabem sequer fazer o sinal
da cruz. Toda a responsabilidade é repassada ao catequista, e
não deve ser assim.
A iniciação cristã tem que começar em casa. A Bíblia Sagrada nos mostra o exemplo de Timóteo, o qual foi educado na fé
por sua avó e sua mãe: “Conservo a lembrança daquela tua fé
tão sincera, que foi primeiro a
de tua avó Lóide e de tua mãe
Eunice e que, não tenho a menor dúvida, habita em ti também”. (II Tim 1,5). Infelizmente isto é raro hoje em dia. Mas
graças a Deus ainda existem famílias que conservam vivos os
valores cristãos.
Entretanto, o que se vê, geralmente, são pais que simplesmente mandam ou deixam seus filhos na porta da Igreja e voltam
para buscá-los horas depois.
Parece não haver nenhuma preocupação com a evangelização
da criança ou do adolescente.
Muitos nem ao menos conhecem o catequista do filho, nunca
o procuram para saber o que
acontece nos encontros de
catequese. A preocupação maior é com a cerimônia do dia em
que o catequizando receberá o
sacramento. Tanto é que quando procuram o catequista não é
para saber o que o filho está
aprendendo, mas como será a
roupa que irá vestir no dia celebração.
Na tentativa de envolver as
famílias, em muitas paróquias
tem-se o costume de celebrar
“missas da catequese”. No entanto, quase sempre quem participa são apenas os catequistas e
os catequizandos.
O que fazer diante dessa realidade?
Na paróquia de Sant’Ana, em
Belém do Pará, algumas experiências têm dado certo.
O ENCONTRÃO DAS
FAMÍLIAS, por exemplo. A
cada dois meses realizamos um
encontro para as famílias dos
catequizandos, não apenas para
os pais, mas para todos os membros da família, no qual os próprios catequizandos apresentam,
em forma de arte (teatro, dança,
música, etc.), o conteúdo trabalhado durante os encontros de
catequese. Ao final as famílias
se confraternizam, partilhando
o lanche que cada uma traz.
Outra experiência bem sucedida é a MISSÃO CATEQUÉTICA.Trata-se de visitas às famílias dos catequizandos. Cada
catequista, juntamente com seus
catequizandos, realizam visitas
regulares às famílias para co-
Ano Paulino
Paulo está quase sempre presente em nossas celebrações eucarísticas
dominicais, como segunda leitura. O Ano Paulino, anunciado pelo
Papa Bento XVI, nos chamou a atenção para esse campeão da fé e da
evangelização fora da Palestina. O Ano Paulino se encerra no dia 29
de junho de 2009 e foi uma oportunidade para conhecer melhor a vida
do apóstolo Paulo e suas cartas, uma ocasião para criar laços de
amizade com ele, sentir profundamente sua paixão pelo Senhor Jesus
Cristo, paixão expressa no amor à evangelização. Quem ama Jesus
não deixa de anuncia-lo.
ORAÇÃO VOCACIONAL - Ó São Paulo, apóstolo dos gentios,
olhai com amor para a nossa Pátria! Vosso coração dilatou-se para
acolher a todos os povos no abraço da paz. Agora, no céu, a amor de
Cristo vos leve a iluminar todos com a luz do Evangelho e a
estabelecer no mundo o Reino de amor. Suscitai vocações, confortai
os que anunciam o Evangelho, preparai a humanidade para que
acolha o Cristo, divino Mestre. Que o nosso povo encontre e reconheça sempre a Cristo, como o Caminho, a Verdade e a Vida; busque o
Reino de Deus e trabalhe em sua realização, para que a sua luz
resplandeça diante do mundo. Iluminai, animai e abençoai a todos!
Por João Coelho
nhecerem a realidade de cada
uma e juntos rezarem e partilharem suas experiências de fé e
vida.
Nossas reuniões com os
catequistas acontecem sempre
na casa da família de um
catequizando. O objetivo é partilhar com a família nossas alegrias e tristezas, nossas preocupações e nossas conquistas e
assim envolvê-la na missão
evangelizadora.
Muitas outras experiências por
este Brasil a fora têm conseguido envolver as famílias e, portanto, devem ser incentivadas. É
evidente que os resultados não
são imediatos. Mas convém lembrar que a manifestação de Deus
acontece em doses homeopáticas. Por isso, é preciso paciência e não desanimar diante das
adversidades. Deus testa nossa
perseverança e nem sempre suportamos, porque vivemos numa
cultura do imediatismo. Todavia, o cristão não pode ser assim.
É urgente que nossas famílias
voltem a ser celeiros de santidade. Para isso, a catequese deve
ser um canal da graça de Deus,
principalmente para aquelas famílias que se encontram
desestruturadas. É indispensável fazer ecoar nesses lares a
palavra de Deus. Logo, não podemos ficar parados de braços
cruzados esperando que venham
até nós, e sim somos nós que
temos que ir ao encontro dessas
famílias, cumprindo desta forma o mandato missional de Nosso Senhor Jesus Cristo: “Ide,
pois, e ensinai a todas as nações...” (Mt 28, 19). Portanto,
nossa maior alegria deve ser
testemunhar o amor de Deus.

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