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Ida ao convento das Carmelitas – Visita à Irmã Mónica
O crescimento de qualquer cristão na fé passa também pelo seu aprofundamento e
aprendizagem de uma vida com Deus e em Deus. Tendo em mente esses mesmos ideais, foi com grande
encanto e felicidade que, no passado dia 11 de Julho, o grupo em preparação para o crisma da nossa
paróquia, Fermentelos, se deslocou a S. Bernardo. É lá que se situa um dos carmelos da Ordem das
Carmelitas Descalças e é onde vive a noviça e nossa conterrânea Mónica.
O grupo, composto pelos jovens, pelo Sr. Padre Costa Leite e pelos estimados catequistas, partiu
bem cedo, a maioria nas suas bicicletas e com farnel incluído. A viagem que levou ao carmelo foi de
grande exercício e convívio entre todos. Ainda no início da manhã, chegámos ao carmelo do Cristo
Redentor, onde fomos gentil e alegremente recebidos pelas irmãs que se encontravam à nossa espera. As
irmãs da ordem dos Carmelitas Descalços vivem em conventos de clausura, dedicadas a uma vida
contemplativa. Vivem essencialmente na simplicidade de meios e na devoção e oração a Deus. Esta
Ordem tem como Mãe e Irmã a Virgem Nossa Senhora do Carmo e como fundadores Santa Teresa de
Jesus e São João da Cruz.
Após uma breve apresentação entre as irmãs e os jovens, as irmãs manifestaram o seu interesse
nas vocações, voltadas para Deus, dos jovens da nossa paróquia. O diálogo foi aberto e alegre, já que
era notória a plena felicidade em que as irmãs Carmelitas vivem. Como manda a adolescência, os jovens
expuseram as suas dúvidas às irmãs, quer em relação à sua vida de clausura, como à sua convivência
entre todas, às actividades que desenvolvem no dia-a-dia e ao seu contacto com o mundo exterior ao
carmelo.
Com a sua sabedoria e amabilidade próprias, explicaram que a existência e a razão de ser da
clausura e de todas as suas manifestações materiais pretende mostrar que o seu projecto de vida é
diferente, que através do amor vivem em comunhão com Deus, iluminadas pela Sua luz e nunca por outra.
Só com a presença da luz de Deus, da luz da Palavra e da oração, a sua vida é plena de felicidade.
Com esta felicidade transparecida nos serenos rostos, mostraram que é na diversidade, nas suas
diferenças, que procuram a união. E ultrapassam os obstáculos com compreensão e paciência.
O carmelo do Cristo Redentor é constituído por 17 irmãs, as quais se dedicam a inúmeras
actividades no seu dia-a-dia: têm como ofício o fabrico de Hóstias para todas as dioceses próximas,
ocupam-se da agricultura, jardinagem e cozinha. Também são artistas, empenhadas na pintura, na
decoração de símbolos litúrgicos e artesanato. O dia é eminentemente marcado pela oração, estando
sempre em íntima ligação com Deus.
Estão permanentemente a par dos acontecimentos que vão chocando a Humanidade, através dos
meios de comunicação que possuem.
A irmã Mónica, sempre sorridente, deixa aos fermentelenses a mensagem de que “está unida à
paróquia e que conta com a nossa oração. Também ela reza, de alma e coração com a comunidade”.
Regressámos, a Fermentelos à tardinha, com o coração enriquecido com o segredo do amor que
nos foi transmitido.
Através deste saudável convívio, fomos levados a reflectir sobre as “grades” que, por vezes,
colocamos no nosso caminho. Grades invisíveis e transparentes, mas que nos impedem de ver o trilho da
felicidade, que geralmente está à nossa frente.
Nota da redacção: Este relato da visita foi elaborado por Elisabete Santos, uma jovem do grupo que se
encontra em preparação para o Crisma.