Escroto agudo – diagnóstico diferencial e tratamento
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Escroto agudo – diagnóstico diferencial e tratamento
Capítulo 38 Traumatismos e urgências não traumáticas Dr. Daniel Hampl Dr. Leandro Koifman Dr. Ricardo de Almeida Escroto agudo – diagnóstico diferencial e tratamento Palavras-chave: escroto agudo, gangrena de fournier, torção testicular, abscesso testicular, orquiepididimites Introdução Dor e aumento do volume testicular é causa frequente de visita ao setor de emergência. Assim como o abdômen agudo do cirurgião geral, o escroto agudo necessita de diagnóstico rápido e preciso para que a tomada de decisão cirúrgica ou expectante seja adequada. O tempo entre o início da dor e a definição diagnóstica e terapêutica é crucial. História clínica e exame físico são sempre fundamentais e os exames radiológicos, ótimos auxiliares. No entanto, o médico examinador deve ter em mente que em casos de dúvida, a exploração cirúrgica pode ser indicada mesmo sem exames radiológicos comprobatórios. Inflamação Púrpura de Henoch-Schoenlein – vasculite da parede testicular Trauma Trauma testicular contuso – ruptura e hematocele Trauma testicular penetrante Doenças cutâneas Virais – molusco e herpes Dermatoses Dermatites Outros Varicocele Diagnóstico diferencial Hidrocele São inúmeros os diagnósticos a ser considerados, como descrito na tabela 1 a seguir: Espermatocele – ruptura ou edema por congestão vascular Tabela 1. Diagnósticos diferenciais no escroto agudo. Isquemia Torção de cordão espermático Torção de apêndice testicular Infarto testicular – condições tromboembólicas Tumor de testículo Infecção Orquiepididimite Gangrena de Fournier Hérnia inguinal Os trabalhos mais recentes colocam a torção de testículo, torção de apêndice testicular e orquiepididimite como as três principais causas de escroto agudo. A incidência de cada uma pode variar entre os estudos de acordo com a população estudada: neonatos, lactentes, condições socioeconômicas, etc.1 Torção de cordão espermático Deve ser o diagnóstico a ser excluído no atendimento primário do paciente com dor testicular. O processo de torção pode ser espontâneo ou desencadeado por trau- 413 ma, e causa dor em consequência de evento isquêmico que, se não revertido, evolui para necrose tecidual com perda funcional do órgão.2 Alguns autores discutem a possibilidade de torção desencadeada pelo reflexo cremastérico em meses de frio e indica um possível aumento da incidência dependente da sazonalidade.3 O testículo normal é envolvido e fixado posteriormente à túnica vaginal o que permite algum grau de mobilidade. No entanto, em algumas pessoas essa fixação é um pouco mais proximal e permite que o testículo gire livremente no cordão espermático dentro da túnica vaginal. Essa alteração congênita chamada de “testículo em badalo de sino” está relacionada ao principal mecanismo de torção, o intravaginal.2 Em neonatos, ainda no processo de descida para o escroto, quando a fixação testicular não se deu por completo, o cordão pode torcer em conjunto com a túnica vaginal e, mais raramente, causar torção extravaginal.2,4 O quadro clínico é de dor testicular súbita que pode ser associada ao aumento do volume, febre, náuseas e dor abdominal, principalmente ao longo do trajeto do cordão espermático5 (Figura 1). Figura 1. Exame físico na torção de cordão espermático à direita. Arquivo Dr. Daniel Hampl. Ao exame físico o testículo tende a estar doloroso à palpação, horizontalizado, elevado e com perda do reflexo cremastérico.6 O tempo de torção é o principal determinante da conduta na emergência e talvez essa seja a principal informação deste capítulo. É bem documentado que quase a totalidade dos testículos é preservada quando a exploração cirúrgica é realizada dentro das primeiras 6 horas após o início do quadro. À medida que o tempo passa, cerca de 20% serão “salvos” após 12 horas e praticamente todos serão removidos após 24 horas.7-10 Infelizmente a taxa de orquiectomia ainda é bastante alta ao redor do mundo e pode variar entre 30-60% em algumas séries.11 414 O exame físico e a história clínica são fundamentais para definir o seu grau de suspeição quanto à possibilidade de torção de testículo. Se a suspeita for alta e o tempo de evolução favorável, a exploração cirúrgica, mesmo sem exames radiológicos, estará muito bem indicada. Assim como no abdômen agudo da cirurgia geral, um percentual pequeno de explorações “desnecessárias” é aceitável no escroto agudo. Exames de imagem A ultrassonografia (USG) com Doppler é um exame rápido, de fácil realização e permite que a principal dúvida seja esclarecida: Há diminuição do fluxo? A USG possui sensibilidade que varia de 63-100% e especificidade de 97-100%.12-14 A Ressonância Nuclear Magnética e a cintilografia testicular também podem ser utilizadas. No entanto, esses métodos são caros, nem sempre disponíveis nos hospitaisbrasileiros e, principalmente, demandam tempo para realização.15 Não podemos nos esquecer de que o tempo não pode ser desperdiçado nesse cenário. Tratamento Assim que a torção é diagnosticada ou altamente suspeitada mesmo sem exames radiológicos comprobatórios a exploração cirúrgica está indicada. O objetivo do tratamento é a destorção do cordão comprometido e fixação bilateral dos testículos. Alguns estudos citam manobras manuais para a destorção, mas na maioria deles o sucesso da manobra é confirmado com exploração cirúrgica. Tendo em mente que o mecanismo que favoreceu a torção do cordão de um lado também costuma estar presente do outro, a fixação do testículo contralateral é mandatória.16 Portanto, a conduta deve ser cirúrgica. A incisão na bolsa pode ser mediana na rafe ou tranversal em cada hemibolsa. Após a destorção do testículo comprometido envolvemos em compressa umedecida em soro fisiológico morno. Realiza-se então a fixação do testículo contralateral com, no mínimo, 2 pontos de fio não absorvível envolvendo as túnicas albugínea, vaginal e dartos. É importante ressaltar que a utilização de apenas 1 ponto de fixação pode permitir nova torção no futuro e que a ressecção de apêndices testiculares, caso estejam presentes, deve ser realizada para evitar dúvidas diagnósticas futuras. Após a fixação do testículo sadio, já houve tempo suficiente para reavaliação do testículo isquêmico. Nesse momento, o cirurgião deve observar se o testículo doente assumiu coloração indicativa de boa perfusão tecidual ou se permanece com aspecto isquêmico/necrótico. Caso haja inclinação da equipe à preservação do órgão, a fixação deverá ser realizada. Caso contrário, proceder orquiectomia (Figuras 2, 3 e 4). Traumatismos e urgências não traumáticas Figura 2. Torção de cordão espermático com necrose tecidual do testículo. Arquivo Dr. Daniel Hampl. Figura 3. Peça cirúrgica da orquiectomia. A incisão tranversal na albugínea expõe o parênquima testicular necrótico. Alguns pacientes, infelizmente, não são diagnosticados e tratados em tempo hábil para preservação do órgão. Nesse caso, o processo com dias de evolução, invariavelmente evolui para necrose tecidual estabelecida, irreversível. Nesse momento, a urgência em realizar a exploração cirúrgica deve levar em consideração alguns pontos importantes:o grau de inflamação local, a idade do paciente e o desejo de restabelecer a estética corporal com implante de prótese testicular que podem ser determinantes na programação cirúrgica. Em geral, a recomendação é de exploração cirúrgica logo após o diagnóstico de torção. Caso a incisão para o procedimento emergencial tenha sido na bolsa testicular, o implante da prótese deverá ser realizado por via inguinal cerca de 6 meses após para diminuir o risco de extrusão. O tempo ideal para o procedimento cirúrgico no tratamento dos pacientes com diagnóstico tardio de torção do cordão espermático é bastante discutido. Infecção e risco de extrusão da prótese são os maiores pontos de controvérsia e ainda faltam estudos definitivos para corroborar a melhor conduta.17Alguns grupos preferem, em um único tempo cirúrgico, realizar a orquiectomia com implante da prótese por via inguinal e fixar o testículo contralateralmente com incisão na bolsa testicular. Torção de apêndice testicular Arquivo Dr. Daniel Hampl. Os apêndices testiculares são formações polipoides que podem estar presentes no testículo ou no epidídimo como resquício do duto de Müller e de Wolff, respectivamente. Por vezes, torcem causando dor por isquemia tecidual com manifestação clínica muito semelhante à torção testicular. No entanto, o cenário clínico costuma ser menos exuberante e com menor resposta inflamatória local (Figura 5). Figura 4. Aspecto pós-operatório da orquiectomia à direita com orquidopexia à esquerda. Figura 5. Apêndice testicular remanescente dos dutos de Müller. Arquivo Dr. Daniel Hampl. Arquivo Dr. Daniel Hampl. 415 A ultrassonografia com Doppler deve ser realizada com o objetivo de demonstrar a alterações do fluxo sanguíneo e, se realizada por profissional experiente, pode identificar o local da lesão.18 Muitas vezes, se não detectado, o quadro evolui para atrofia do apêndice testicular sem maiores implicações ao paciente. Caso a exploração cirúrgica seja realizada, identificaremos isquemia do apêndice que deve ser excisada. É comum que haja mais de um apêndice testicular,e nesse caso todos devem ser excisados para evitar confusão na avaliação de possível quadro semelhante no futuro. A fixação testicular não se justifica nesse cenário. Figura 7. Aspecto pós-controle hemostático e drenagem do hematoma. Trauma No cenário de trauma, no setor de emergência, muitas vezes nos deparamos com situações dramáticas em que não há dúvida quanto à necessidade de intervenção cirúrgicae muitas vezescom caráter reparador. O trauma penetrante geralmente necessita de exploração cirúrgica em função do elevado risco de laceração testicular. Quando houver violação da albugínea com exposição de parênquima, deverão ser realizados desbridamento local e síntese da túnica para restabelecer a anatomia. Grandes questionamentos podem aparecer e gerar discussão entre os profissionais na tomada de decisão quando o mecanismo do trauma é contuso. Podem aparecer hematomas intratesticulares, ruptura testicular e hematocele. Nesses casos, os exames radiológicos são fundamentais para orientar a conduta do urologista em função da dificuldade diagnóstica ao exame físico.19,20 Há indicação de exploração cirúrgica quando houver grandes hematomas ou hematomas em expansão, suspeita de ruptura da albugínea, deslocamento proximal do testículo refratário a manobras de redução ou redução do fluxo arterial testicular (Figuras 6 e 7). Figura 6. Hematoma de cordão inguinal com ruptura da artéria cremastérica. Arquivo Dr. Daniel Hampl. 416 Arquivo Dr. Daniel Hampl. A terapia conservadora com uso de anti-inflamatórios e gelo local pode ser indicada em traumas menores, mas observação clínica ativa e exames radiológicos de controle devem ser realizados. A abordagem cirúrgica deve ser realizada por meio de incisão que possa ser ampliada em direção ao anel inguinal para permitir a exposição e reparo das estruturas envolvidas.21 Infecções Orquite A infecção bacteriana isolada dos testículos é evento raro atribuído a sua rica rede vascular que facilita o funcionamento dos mecanismos de defesa naturais. Quando presente, a orquite bacteriana está geralmente associada a epididimite secundária a infecções do trato urinário ou uropatia obstrutiva baixa.22,23 No Brasil, área endêmica de tuberculose, o médico examinador não pode se esquecer dessa possibilidade diagnóstica.24 Os agentes virais são os principais causadores de orquite na infância e têm o vírus da caxumba como principal agente. Com a popularização da imunização infantil esse quadro se tornou mais raro ainda.25 O tratamento deve ser direcionado ao agente causal e envolve repouso, anti-inflamatórios e suspensório escrotal. Orquiepididimite O quadro infeccioso se instaura, geralmente, por via ascendente através do duto deferente e costuma estar associado a infecções do trato urinário e uropatia obstrutiva baixa. Os agentes causais mais comuns podem variar de acordo com a idade. Clamídia e gonococos são frequentes causadores da infecção em adultos jovens sexualmente ativos, enquanto os Gram-negativos da infecção urinária são comuns nos homens acima de 35 anos.22 A evolução é gradual, com piora progressiva da dor, erite- Traumatismos e urgências não traumáticas ma e aumento de volume, que pode tomar grandes proporções. É comum haver prostração, febre com calafrios e anorexia. A ultrassonografia costuma evidenciar aumento do fluxo sanguíneo e pode direcionar para intervenção cirúrgica para possíveis complicações como abscessos locais4 (Figura 8). Figura 8. Orquiepididimite complicada com abscesso; comprovação de coleção purulenta. Os principais agentes causais são cepas de estafilococos, estreptococos, enterobactérias, Clostridium e Pseudomonas. Dada a gravidade do caso, exige tratamento enérgico geralmente com desbridamento cirúrgico extenso e precoce, reposição hídrica e antibióticos venosos de amplo espectro. Púrpura de Henoch-Schoenlein É uma vasculite de vasos de pequeno calibre caracterizada por púrpura, artrite, dor abdominal e hematúria.27,28 Não é comum, mas pode causar congestão vascular dolorosa de subcutâneo da bolsa testicular e, mais raramente, de testículo. Poucos casos foram relatados na literatura. No entanto, o quadro pode se apresentar de maneira muito semelhante à torção de cordão espermático.29,30 A ultrassonografia com Doppler deve ser realizada para excluir a possibilidade de torção. No entanto, dado o caráter da patologia, o fluxo testicular pode estar levemente alterado e confundir o radiologista. Por isso é comum a exploração cirúrgica nesse cenário apesar de desnecessária.31 Arquivo Dr. Daniel Hampl. O tratamento, em geral empírico, envolve antibioticoterapia de acordo com os agentes causais. Ceftriaxona e doxiciclina 100 mg para gonococos e clamídia; quinolonas para os Gram-negativos em pacientes com idade mais avançada. Gangrena da Fournier Inicialmente descrita como complicação infecciosa grave perineal, a fasciite necrotizante ou gangrena de Fournier costuma comprometer pacientes imunocomprometidos como etilistas, diabéticos, obesos, cirróticos, idosos. Trata-se de infecção multibacteriana grave que ameaça a vida. Evolui facilmente para sepse e óbito se não tratada ou se tratada tardiamente. Costuma progredir rapidamente (2-3 cm/h) e pode se disseminar superficialmente pela fáscia de Colles, para pênis e escroto pelas fáscias de Buck e Dartos ou para a parede abdominal anterior pela fáscia de Scarpa26 (Figura 9). Tumor de testículo Este capítulo não se propõe a discutir amplamente a neoplasia testicular, que cresce de maneira lenta e indolor e por vezes atinge proporções inacreditáveis. Em geral, o paciente relapso procura atendimento médico quando a estética o incomoda32 (Figuras 10 e 11). Figura 10. Volumosa lesão expansiva tumoral de testículo esquerdo. Figura 9. Gangrena de Fournier; área necrótica central com halo inflamatório. Arquivo Dr. Daniel Hampl. Arquivo Dr. Lucas Schulze. No entanto, pequenos infartos teciduais ou hemorragia no interior do tumor podem desencadear dor por isquemia alertando o paciente quanto à anormalidade da situação. Em casos raros, podemocorrer necrose e ulceração da pele da bolsa e infecção secundária associada. 417 Figura 11. Tumor de testículo ulcerado para pele com exposição de parênquima testicular e infestação de larvas de moscas. Arquivo Dr. Daniel Hampl. A ultrassonografia pode evidenciar massa intratesticular, mas o urologista deve estar sempre atento ao exame físico para evitar exploração cirúrgica realizada inadvertidamente pela bolsa testicular. Esse acesso cirúrgico viola a túnicas da bolsa testicular e favorece a disseminação de células tumorais. Quando diagnosticado, deve ser realizada coleta de sangue para dosagem de marcadores tumorais e a exérese cirúrgica por via inguinal está indicada com ligadura mais proximalmente possível do cordão espermático.33 Outras causas crônicas agudizadas Varicocele – dilatação das veias do plexo pampiniforme que pode causar dor testicular crônica. Em alguns pacientes a dor pode se tornar intensa e incapacitante, necessitando de otimização da analgesia para alívio dos sintomas. Hidrocele e espermatocele – podem se tornar infectadas ou, após trauma, hemorrágicas determinando dor. Hérnia inguinal ou inguinoescrotal – quando encarcerada ou estrangulada é comum que o urologista seja o primeiro médico a examinar o paciente. Nem sempre o diagnóstico é tão óbvio quanto parece e a atenção ao exame físico minucioso pode evitar condutas equivocadas. Referências 1. Molokwu CN, Somani BK, Goodman CM. Outcomes of scrotal exploration for acute scrotal pain suspicious of testicular torsion: a consecutive case series of 173 patients. BJU Int. 2011 Mar;107(6):990-3. doi: 10.1111/j.1464-410X.2010.09557.x. Epub 2010 Sep 21. 2. Schneck FX, Bellinger ME. Abnormalities of the testis and scrotum and their surgical management. In: Wein AJ, Kavoussi LR, Novick AC, Partin AW, Peters CA, eds. Campbell- Walsh Urology. 9th ed. Philadelphia, Pa: WB Saunders; 2007:Chapter 127. 3. Korkes F, Cabral PR, Alves CD, Savioli ML, Pompeo AC. Testicular torsion and weather conditions: analysis of 21,289 cases in Brazil. IntBraz J Urol. 2012 Mar-Apr;38(2):222-8. 4. Dogra V, Bhatt S. 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