Facilitando o uso da busca nas pesquisas escolares

Transcrição

Facilitando o uso da busca nas pesquisas escolares
Facilitando o uso da busca
nas pesquisas escolares
2005
www.yahoo.com.br/manual
SUMÁRIO
Apresentação
A formação do aluno pesquisador
Por que usar a Internet para pesquisar?
Como pesquisar na Internet?
O sistema de buscas na Internet
Como pesquisar nos sites de busca –
Exemplos
Dicas Yahoo! de pequisa – Para você usar
com seus alunos
Glossário
Bibliografia consultada
A você, caro professor
“Formar para as novas tecnologias é formar
o julgamento, o senso crítico, o pensamento
hipotético e dedutivo, as faculdades de
observação e de pesquisa, a imaginação, a
capacidade de memorizar e classificar, a
leitura e a análise de textos e de imagens, a
representação de redes, de procedimentos e
de estratégias de comunicação.”
Você está recebendo o Manual Yahoo! de
Busca na Internet que visa situar e orientar
o professor a respeito dos procedimentos
básicos para o trabalho com os sites de
busca na Internet, um instrumento que já é
considerado imprescindível na escola. A ver(Perrenoud)
são 2005 do Manual, editada e entregue no
final de 2004, tem o objetivo de chegar no
momento em que você, professor, está fazendo o seu planejamento para o ano que vem.
Sabendo que já não é mais possível deixar de incluir os cidadãos no mundo digital,
sob pena de excluí-los definitivamente da sociedade contemporânea, e que a Internet
é uma das maiores ferramentas de conexão a este mundo digital, o Yahoo! oferece aos
professores brasileiros esta cartilha sobre como utilizar, de forma mais produtiva, os
mecanismos de busca na Internet.
Uma recente pesquisa da Unesco sobre o perfil dos professores de ensino fundamental e médio no Brasil, divulgada em maio de 2004, mostra que 60% deles nunca
usaram o correio eletrônico ou navegaram na Internet. Tal dado é preocupante no
cenário educacional brasileiro, pois, como afirma uma das professoras coordenadoras
da pesquisa, Maria Fernanda Rezende Nunes, da Universidade Federal do Rio de
Janeiro, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo (25/05/04): “Um professor que não
conhece a Internet tem hoje capacidade limitada de ajudar ao seu aluno”.
Integrar a escola à vida passa por um projeto educacional que possibilite ao aluno articular
as informações recebidas em sala de aula e o seu aprendizado ao seu cotidiano, estabelecendo relações, questionando, interagindo, enfim... E isso só será possível se ele tiver não
apenas acesso aos modernos meios de comunicação e informação, mas, principalmente,
repertório e direção para manipulá-los e compreendê-los em suas múltiplas facetas.
APRESENTAÇÃO
Se a dificuldade em usar a Internet já é significativa, o que dizer sobre os mecanismos
de busca, ferramentas altamente necessárias para quem pesquisa nos dias de hoje.
Sabe-se que, muitas vezes, o professor não estimula o uso desta ferramenta em sala
de aula porque nem ele está suficientemente familiarizado com ela.
E tudo isso só será possível se o educador também estiver suficientemente motivado
e instrumentado para servir como condutor deste processo de aprendizado, trocando
com seus alunos, ensinando e aprendendo com eles.
O Yahoo! espera, com este manual, poder contribuir para este projeto pedagógico,
que integra a escola à vida digital.
Carlos Augusto Araújo – Diretor do serviço de busca do Yahoo!
3
4
1. A FORMAÇÃO DO ALUNO PESQUISADOR
uso das tecnologias da
informação na educação
tem provocado o questionamento dos métodos e práticas
educacionais. Espera-se que o
computador seja utilizado para
auxiliar as diversas práticas
pedagógicas, contribuindo para
uma mudança significativa nos
paradigmas pelos quais os educadores concebem a educação.
O
“Uma coisa é o artefato tecnológico: o computador, o
vídeo, etc. A outra é o pensamento tecnológico, que
requer o artefato, mas existe de modo independente. O
pensamento tecnológico é a capacidade de pensar um
problema, delineá-lo, armar um projeto para resolvê-lo,
buscar os materiais necessários e conseguir solucionálo. O fundamental no sistema educativo é desenvolver o
pensamento tecnológico, para aplicar o conhecimento
na prática. Não é simplesmente por ter um computador
que a escola e as aulas deixam de ser ultrapassadas”.
(Inês Aguerrondo, socióloga, em entrevista à revista
Nova Escola, março 2004)
A incorporação do computador, do CD-ROM, da Internet e de outros
suportes tecnológicos ao cotidiano escolar implica também uma outra
relação aluno/professor e, conseqüentemente, de ensino/aprendizagem.
Isso requer, portanto, uma outra postura em sala de aula: ambos, professor e
aluno, são sujeitos e co-autores no mesmo processo.
Sendo assim, a formação do aluno pesquisador implica também formação
do professor pesquisador, que, ao lado do aluno, se inquieta e busca
respostas, estando sempre pronto para, muito mais do que responder rapidamente às questões propostas, buscar onde elas estão. O professor
pesquisador leva em consideração em sua avaliação o processo da
pesquisa, além do resultado dela.
A FORMAÇÃO DO ALUNO PESQUISADOR
Já foi testado e comprovado
que não basta instalar máquinas potentes nas escolas, se não for estimulada nos educadores a paixão
por aprender e ensinar com as novas tecnologias. Para tanto, o ambiente de
aprendizagem deverá ser interativo, possibilitando ao aluno aprender a
encontrar as respostas necessárias ao seu aprendizado. A escola que se
baseia em memorização e transmissão de conhecimentos definitivamente
cedeu espaço àquela que se baseia no papel ativo de quem aprende e de
quem ensina, da que se baseia no desenvolvimento das capacidades cognitivas de interpretação, julgamento e decisão. Para desenvolvê-las, o professor
deverá assumir seu papel de mediador, de articulador no processo de construção do conhecimento de seus alunos, um propositor de territórios a
serem desbravados em conjunto, disponibilizando a condição de co-autoria
e o estabelecimento de múltiplas conexões.
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2. POR QUE USAR A INTERNET
PARA PESQUISAR?
e a utilização da
Internet já modificou
as formas conhecidas de
comunicação,trabalhar com
ela, portanto, requer algumas habilidades específicas, que têm de ser levadas
em conta quando o profes(Marco Silva, em Sala de Aula Interativa)
sor leva o computador para
a sala de aula. Se antes a
questão era ter acesso a informações e novos conhecimentos, a questão que
hoje se coloca – tendo-se em vista a facilidade com que estas informações
nos chegam a toda hora – é a de como estabelecer critérios de escolha, de
seleção, de que tipo de conhecimento é necessário para cada um de nós.
“A sala de aula interativa seria o ambiente em que o
professor interrompe a tradição do falar/ditar, deixando
de identificar-se com o contador de histórias, e adota uma
postura semelhante a do designer de software interativo.
Ele constrói um conjunto de territórios a serem explorados
pelos alunos e disponibliza co-autoria e múltiplas conexões,
permitindo que o aluno também faça por si mesmo.”
S
A Internet possui, atualmente, segundo estimativas da Universidade de
Berkeley, EUA, em 2003, mais de 500 bilhões de documentos que são cobertos – apenas em parte – pelos cinco principais buscadores do mundo, dentre
eles, o Yahoo!. Um volume de informação considerável. Por isso, a Internet
também se tornou um importante instrumento de pesquisa para o aluno,
devendo ser usado de maneira a contribuir para que ele encontre o que precisa e construa o seu próprio conhecimento.
Sabe-se que uma das problemáticas centrais da informação está nos processos de elaboração de perguntas, pois, cognitivamente falando, é mais fácil
localizar uma informação do que selecioná-la. Como o aluno busca as informações nos laboratórios de informática? Quais os caminhos que ele estabelece com o computador? Quais os recursos que utiliza para buscar o que
necessita para realizar determinada tarefa? Estas e tantas outras questões
inquietam os educadores que desejam desenvolver determinadas competências de busca e seleção.
Por sua própria estrutura de concepção, a Internet permite que a temática
seja vista a partir do interesse e das perspectivas de quem a utiliza. Diferente
dos outros meios de comunicação de massa, que obedecem a uma ordem
pré-estabelecida, a rede mundial de computadores possibilita que o aluno
pesquise segundo seus próprios interesses e objetivos. Sendo assim, esperase que o professor discuta critérios de seleção, estabeleça prioridades e
favoreça diversas relações a partir do tema a ser tratado.
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Como diz Marco Silva em seu livro Sala de Aula Interativa,a interatividade,esta
nova modalidade de comunicação, é um fenômeno da sociedade da informação num contexto complexo de múltiplas interferências e causalidades.
Isto produz, portanto, uma revisão na relação entre emissor, receptor e mensagem, típica do sistema relativo aos meios de comunicação de massa. A possibilidade de ver/ouvir/ler/gravar/voltar atrás/avançar/enviar/receber/
editar/modificar altera decisivamente essa relação, tornando o emissor um
propositor, o receptor co-autor e a mensagem passível de ser modificada.
Então pode-se perguntar: o que significa para o professor rever seu papel e
ser capaz de se colocar na posição de co-autor junto ao seu grupo de alunos?
Sem dúvida, esse desafio passa pela apropriação dos novos meios tecnológicos, mas não se esgota neles. Por outro lado, a Internet favorece essa iniciativa por ser ela mesma uma ferramenta que possibilita ao aluno:
PARTICIPAR
INTERVIR
•
Usar uma MULTIPLICIDADE de conexões (os hipertextos)
•
APRENDER através de simulações
•
Ter autonomia na ORGANIZAÇÃO dos conteúdos
•
Ter ACESSO a conteúdos em diversos formatos
(som, texto, imagem, vídeo, etc.)
Pesquisar na Internet, portanto, envolve mais elementos do que a simples
busca por uma determinada informação. Envolve, sobretudo, o desenvolvimento de determinadas competências e habilidades que implicam na construção de um outro modo de pensar e de olhar o mundo.Para os professores,
a utilização da pesquisa pela Internet abre infinitas possibilidades de estabelecimento de uma relação diferente com o conhecimento, redefinindo
suas ações e o modo como as realizam, de forma a torná-las um instrumento desencadeador de aprendizagens significativas.
POR QUE USAR A INTERNET PARA PESQUISAR
Usar conceitos de BIDIRECIONALIDADE (contidos nos hiperlinks)
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3. COMO PESQUISAR NA INTERNET?
esquisar, a partir de sua etimologia, nos remete a algumas palavraschave: perguntar, indagar, averiguar, investigar, descobrir e estabelecer
princípios. Trata-se de uma atividade que o ser humano exerce quase instintivamente, porque busca conhecer, aprender. O ser humano é, em essência,
um ser curioso e aprende por experiências e deduções, num processo de
pesquisa permanente.
P
Pesquisar nada mais é do que uma busca dirigida de dados e informações, é
um trabalho que pressupõe um problema/questão a ser resolvido, vinculado
ao universo de quem está realizando a pesquisa. Para pesquisar são requeridas habilidades metodológicas que nos aproximem do objeto em questão.
Como define a professora Neusa Dias de Macedo em seu trabalho Iniciação
à Pesquisa Bibliográfica:“O importante é que se fixe a idéia de que, para a realização de um trabalho de pesquisa, deve-se levar o estudante a perseguir
um problema ou um aspecto do tema de seu trabalho, para discuti-lo até a
conclusão, numa postura pessoal. Não aceitar, portanto, meras cópias de
livros e enciclopédias, sem reflexão e documentação”.
Dessa forma, é importante que o professor oriente seus alunos a estabelecerem um método de pesquisa para a obtenção das respostas desejadas. E
mais do que fornecer um roteiro, o professor deverá acompanhá-los em seu
processo, prevendo, inclusive, que o próprio planejamento feito e discutido
minuciosamente, possa ser modificado, dependendo das questões que
forem surgindo, da curiosidade e da motivação dos alunos.
Sugerimos um roteiro básico para nortear as pesquisas de forma geral:
S UA.MPREPARAÇÃO
ÁRIO
PARA A PESQUISA
>
>
>
>
>
>
>
>
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Delimitar um assunto/questão/problema
Estabelecer qual o foco da questão
Conceituar
Eleger um grupo de palavras-chave que auxiliem a
compreensão do assunto
Localizar o tema no tempo/espaço (delimitação)
Fazer um levantamento de fontes/recursos a serem utilizados
Listar as tarefas
Fazer um cronograma da pesquisa
S UB.MREALIZAÇÃO
ÁRIO
DA PESQUISA
> Ler e anotar os dados encontrados
> Selecionar e organizar o que foi coletado (registrar as fontes
para saber de onde vieram as informações)
> Analisar o que foi coletado em relação ao projeto inicial
> Fazer o fichamento de todas as informações relevantes
S UC.MAPRESENTAÇÃO
ÁRIO
DA PESQUISA
> Definir os itens que comporão a apresentação (tanto escrita
quanto oral, se houver)
> Elaborar a apresentação do trabalho
> Redigir o texto, de acordo com um plano definitivo de
abordagem do tema e do foco escolhido inicialmente
E, neste sentido, frisamos novamente a importância do papel do professor na
participação neste processo de pesquisa, na tessitura desta verdadeira teia
de informações que compõem o tema pesquisado, como ressalta Marco
Silva:“... o professor costura os nós em caminhos diferentes e prevê situações
de partida, intersituações e situações de chegada. Ele articula em teias e atalhos o conhecimento multidisciplinar e transdisciplinar, motivando cada
aluno a tecer junto”.
“Para uma pessoa mais jovem a Internet pode ser uma floresta: se
você decidir virar para a esquerda em vez de ir para a direita, talvez
deixe de achar o tesouro que está buscando.”
COMO PESQUISAR NA INTERNET?
Pesquisar na Internet requer não apenas um conhecimento prévio de como
funcionam os seus sistemas de busca, mas também um certo domínio das
técnicas de pesquisa. Não é à toa que utilizamos um jargão que se refere à
arte da navegação quando falamos em Internet: para navegar com segurança, é preciso ter em mãos um mapa detalhado do caminho a seguir,
conhecer esta rota, prever as intempérites e contar com instrumentos para
lidar com elas, dispor-se a errar o caminho e tentar retomá-lo em seguida.
(Umberto Eco, em entrevista à revista Veja Mundo Digital, dezembro, 2000)
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4. O SISTEMA DE BUSCAS NA INTERNET
“A lição fundamental de minhas viagens e labutas foi a
de que, sem um conhecimento anterior e sem treinamento
é possível encontrar o caminho através da informação
personalizando-a, decidindo o que se deseja obter
com ela, ficando à vontade com a própria ignorância”.
(Richard S. Wurman em Ansiedade de Informação)
bom lembrar que a Internet surge tal qual as grandes bibliotecas: seus
sites são como livros que foram sendo acumulados não mais em um
único espaço, mas em diversos computadores ao redor do mundo.
É
Nas bibliotecas, quando o número de livros se tornou grande a ponto de
inviabilizar a localização das obras apenas com base na memória das pessoas, surgiram os catálogos que auxiliaram na recuperação das informações.
Na Internet aconteceu o mesmo, surgiram os sites de busca que, num
primeiro momento, trabalhavam com a recuperação por palavras e, atualmente, trabalham também a partir de palavras-chave que expressam conceitos. Essa mudança foi fundamental para um trabalho de recuperação e
tratamento da informação.
Neste imenso mar de informações que é a Internet há duas bússolas que
podem orientar a pesquisa: os sites de busca e os diretórios.
> Os sites de busca são softwares – mais conhecidos como “robôs” – que,
regularmente, percorrem toda a Web em busca de novos documentos e
armazenam tudo num banco de dados. Eles possuem um maior volume
de informações do que os diretórios, porém, não organizam nenhuma
das informações coletadas.
> Os diretórios são como catálogos de endereços, contam com pessoas
especializadas que fazem uma busca controlada nos documentos da
Internet, um a um, e os organizam por assunto, ou seja, os diretórios
tratam a informação, ao contrário dos sites de busca.
No Yahoo! o usuário encontra, ainda, a opção de também pesquisar só
Imagens e Notícias, facilitando a navegação.
Observe a tela ao lado do Yahoo! e veja as opções que você pode utilizar para
a sua pesquisa:
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1. Os sites de busca fazem a pesquisa através de um software que visita
todos os documentos que encontra e os remete ao banco de dados do
buscador. Este processo é chamado de crawling (engatinhar, arrastar-se,
nadar estilo crawl). O processo automático de classificação e armazenamento destas informações é a indexação da web. O banco de dados do
buscador é chamado de índice da web.
O software ou robô navega automaticamente pela web pulando de link
em link, recebe a página e:
> Extrai links da página para prosseguir com o crawl
> Passa o conteúdo da página para ser indexado
> Segue para a próxima página da lista
O SISTEMA DE BUSCAS NA INTERNET
Uma questão bastante comum que ocorre quando se pesquisa na Internet é
a de como saber quando usar os sites de busca automática ou os diretórios.
Para isso é importante que se saiba o seguinte:
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O software guarda as informações recolhidas da página no índice da web
e atribui informações àquela página relacionadas com:
> País
> Idioma
Também:
> Mapeia links apontando para a página
> Associa informações escondidas da página
> Identifica páginas de conteúdo adulto
> Identifica páginas de spam
2. Os diretórios contam com o recurso de uma equipe especializada, que
organiza, classifica e trata a informação, de forma que o usuário encontre
no diretório um “filtro” para as suas pesquisas, obtendo dados importantes que evitarão perda de tempo e tentativas inúteis em busca da
informação correta.
> Tal como os sites de busca, os diretórios são acessados via palavrachave ou navegação;
> O diretório do Yahoo!, por exemplo, é o maior em língua portuguesa
e contém mais de 400 mil sites organizados por assunto, em que os
editores ou “surfistas” olharam um a um, verificaram a qualidade
dos sites disponíveis e decidiram quais deveriam ser listados no
diretório, com base em alguns critérios de seleção de informações.
Tendo essas informações em mente, o usuário pode decidir, dependendo
do tema a ser pesquisado, qual a melhor opção de busca. No entanto,
algumas dicas gerais sobre a busca em Internet devem ser observadas,
antes de se decidir por este ou aquele caminho:
> Uma boa pesquisa começa sempre pela definição precisa do tema e
pela escolha das palavras-chaves;
> Evite cometer erros ortográficos: eles o levarão na direção errada;
> A opção de pesquisar o mesmo tema nos sites de busca e nos
diretórios pode ser sempre utilizada, ela o ajudará a decidir qual o
caminho mais seguro para obter as respostas de que necessita;
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> Prefira pesquisar nos sites conhecidos ou de confiança. Lembre-se de
que a melhor maneira de iniciar a pesquisa é investigar quais instituições trabalham com os assuntos que se quer, se essas instituições
têm página na Internet e que conteúdo elas oferecem para o público.
Geralmente, as instituições maiores disponibilizam seus bancos de
dados. Como para a construção desses bancos são usadas diversas
fontes e uma metodologia de pesquisa específica, esses conteúdos
costumam ser uma fonte de informação confiável;
> As fontes de pesquisa devem ser sempre analisadas com máximo
cuidado. A Internet permite que muitas informações circulem livremente, por isso estabeleça alguns parâmetros para atestar a confiabilidade das fontes: quem é o autor desse site; como o assunto é abordado; quais as fontes que ele utilizou para construir o texto e a navegação; qual a periodicidade em que ele é modificado ou atualizado, etc;
> Vale ressaltar que os sites e textos disponíveis na Internet não são
lineares, ou seja, apresentam links que nos remetem a outros sites e
páginas que tratam sobre o mesmo assunto ou não. Nos livros, esse
recurso nos remete às notas de rodapé, que localizam a obra/autor
citado. Em um hipertexto, a partir de um click, o pesquisador pode
navegar de um site brasileiro para um holandês ou espanhol, por
exemplo. Assim, é importante ir registrando o percurso da pesquisa e
das fontes que foram aparecendo ao longo do processo. Você pode
fazer isso utilizando o próprio computador: use os recursos de personalização de busca do Yahoo! para guardar endereços buscados,
mande um e-mail para você mesmo com os endereços já pesquisados,
ou ainda, escolha uma palavra-chave para ir identificando cada passo
do seu percurso, por exemplo.
O SISTEMA DE BUSCAS NA INTERNET
> Ao propor um tema de pesquisa para seus alunos, procure, antes de
mais nada, experimentar você mesmo um percurso, até para assegurar-se de que alguns endereços eletrônicos sejam de sites idôneos.
Além de garantir uma segurança mínima em relação ao conteúdo a ser
abordado, esse exercício propiciará uma experiência a você, professor,
que poderá ser útil na proposição dos territórios a serem explorados
em sala de aula;
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5. COMO PESQUISAR NOS
SITES DE BUSCA – EXEMPLOS
“Pesquisar só se aprende pesquisando”.
“(...) a experiência de nossas
vidas tem mostrado que, se
mantivermos um ambiente
rico, desafiador e estimulador,
qualquer indivíduo será capaz
de aprender sobre praticamente qualquer coisa. Esse
deveria ser o objetivo principal
da escola compatível com a
sociedade de conhecimento.”
(José Armando Valente em
O Computador na Sociedade
do Conhecimento)
S EXEMPLO
UMÁRIO A
Esta máxima parece ser bastante verdadeira quando
se trata de Internet. Por isso, o Manual Yahoo! de
Busca na Internet oferece, a seguir, alguns exemplos
de pesquisas comentadas, para que você, professor,
possa experimentá-los e observar como funcionam,
na prática, os mecanismos de busca na Internet. Vale
frisar que, como a Internet é muito dinâmica, os resultados encontrados nestas pesquisas podem mudar de
uma hora para outra, portanto, eles são datados.
Assim, o importante é que você perceba a linha
de raciocínio utilizada nas pesquisas, porque é isto
que você vai poder usar, em quaisquer temas que
deseje pesquisar.
COMO USAR ADEQUADAMENTE OS SITES DE BUSCA
Objetivo da pesquisa:“História do Cavalo de Tróia”
1. Busque e navegue em diretórios de sites organizados por assunto;
2. Use um site de buscas;
3. Primeira tentativa: busca por “Tróia”.
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Avaliação geral:
> Muitos resultados com baixa relevância, o que indica problemas na
busca;
> Esta busca pode ser “refinada”, ou seja, mais trabalhada, de modo a tornar-se
mais específica;
> Motivos da baixa relevância dos resultados: uma busca muito genérica
traz muitos resultados e uma palavra-chave pode ter também significado
em outras línguas, o que abre o escopo da busca para outros idiomas.
Recomendação:
> Ser mais específico na busca para realizar a pesquisar com precisão;
> Usar palavras em português sempre que possível.
COMO PESQUISAR NOS SITES DE BUSCA
Número de resultados: 536 mil!*
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4. Segunda tentativa: busca por “Cavalo de Tróia”
Número de resultados: 36 mil*
Avaliação geral:
> Alguns resultados ainda irrelevantes;
> Busca tem que ser “refinada”mais uma vez;
> Motivos da baixa relevância dos resultados:resultados se referem a outro
assunto e este assunto se sobrepôs ao tema desejado, porque, aparentemente, existe muito mais conteúdo na Internet sobre o tipo de vírus de
computador com este nome do que sobre a história grega antiga.
Recomendação:
> Mudar a estratégia de busca.
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Número de resultados: 19 mil*
Avaliação geral:
> Resultados relevantes;
> O refinamento da busca funcionou: sites relevantes, em português, e
diretamente relacionados ao assunto.
* Note que o número de resultados de cada busca se refere ao momento de
fechamento desta edição. Estes números podem variar.
COMO PESQUISAR NOS SITES DE BUSCA
5. Terceira tentativa: busca por “Guerra de Tróia”
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S EXEMPLO
UMÁRIO B
COMO USAR ADEQUADAMENTE OS DIRETÓRIOS
Objetivo da pesquisa:“Sites sobre vestibulares”
1. Busque e navegue em diretórios de sites organizados por assunto;
2. Use um site de buscas.
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COMO USAR OS DIRETÓRIOS
3. Conclusão: os sites organizados por assunto são uma boa
opção de pesquisa para:
> Encontrar sites principais de organizações ou indivíduos;
> Temas abrangentes e genéricos;
> Comparar sites relacionados a um determinado tema;
> Buscas com características exploratórias, compostas de várias etapas.
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S EXEMPLO
UMÁRIO C
COMO PESQUISAR IMAGENS
Um dos aspectos fundamentais da relevância da pesquisa de imagens na
Internet, em sala de aula, é o fato de que ela pode abrir para o aluno outras
possibilidades de conhecimento a respeito de um determinado assunto
para além dos textos escritos. Pense só como pode ser rico para uma
criança urbana ter a oportunidade de ver fotos de frutas e animais silvestres, por exemplo, tão distantes de sua realidade. Nesse sentido, a
busca por imagens amplia o repertório imaginativo de quem a acessa, um
aspecto fundamental para a aquisição do conhecimento.
A pesquisa de imagens obedece aos mesmos critérios da pesquisa de
textos. Se você quiser pesquisar sobre o sistema solar, por exemplo:
> Ao digitar somente sistema solar, você acessa, no Yahoo!, 6.103
imagens diferentes sobre este assunto.
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> Se a busca for por “sistema solar”, com aspas, as opções são de 4.829
imagens.
> Se você clicar no ícone “busca avançada” do Yahoo! terá ainda a oportunidade de, tal como nos textos, optar por termos mais específicos
sobre o assunto para refinar sua busca, e poderá, também, escolher as
cores, tipos e tamanhos das imagens que deseja pesquisar.
COMO PESQUISAR IMAGENS
> E se procurar sistema solar + vênus você terá 133 imagens, o que já refinou bastante a sua busca.
> Há, no Yahoo!, um outro recurso bastante útil nas pesquisas de
imagens, especialmente a serem realizadas na escola: o filtro familiar
ativado, que procura, ao máximo, não permitir a exibição de imagens
com conteúdos proibidos para menores de 18 anos.
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S EXEMPLO
UMÁRIO D
COMO PESQUISAR NOTÍCIAS
As notícias são um material bastante importante para ser utilizado em
sala de aula. Se entendermos o jornal – seja ele impresso ou on-line –
como um material que, por sua diversidade de conteúdos, é um veículo
de transmissão das idéias e visões da realidade das mais diversas, teremos
então, um excelente material para o exercício do senso crítico através de
sua leitura e feitura na escola. Além disto, o trabalho com as notícias pode
ser realizado em quaisquer séries ou disciplinas, o importante é adequálo à sua proposta pedagógica.
A busca por notícias na Internet obedece aos mesmos critérios de seleção
que a busca de textos e imagens, e a equipe do Yahoo! selecionou este
exemplo para você testar com seus alunos:
Governo Lula
> Observe que você encontrará as opções de pesquisa por período,
fontes, país e língua, o que abre um leque de opções bastante amplo
para a sua busca;
> Você também poderá selecionar por relevância e data;
> Sem falar nos recursos de busca avançada disponíveis, que vão ajudálo a refinar ainda mais a sua busca!
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Portanto, na hora de decidir qual a melhor
opção de busca na Internet, lembre-se de que:
> Quando a informação desejada for algo um pouco mais obscuro ou
genérico, como um cientista pouco conhecido, por exemplo, o melhor
é usar os sites de busca;
> Quando for buscar por assunto, ou um nome de uma empresa, instituição, filme, por exemplo, prefira os diretórios;
> Quando quiser excluir algum elemento de sua busca, use o sinal “-“,
por exemplo “Olimpíadas - história” ou, ainda, se desejar incluir algum
item, use o sinal “+”, este procedimento garante o refinamento de
sua busca;
> Buscadores sempre procuram por todas as palavras como opção
padrão, ou seja, a busca do exemplo anterior foi feita por “Guerra”
e “Tróia”;
> Buscadores ignoram a maioria das preposições e artigos.Nessa busca,
a preposição “de” foi ignorada;
> Faça buscas por frases exatas usando aspas: “que a força esteja com
você” …ao invés de: que a força esteja com você; este é um dos recursos mais poderosos e fáceis de usar para uma busca na web!;
> O ranking da busca nos sites de busca é afetado por:
– Presença do texto procurado na página
– Número de links provindos de outros sites
– Texto contido no link provindo de outro sites (anchor text)
– Presença do termo buscado no título, cabeçalho, negritos, tamanho
da letra
– Freqüência do termo na página;
COMO PESQUISAR NOTÍCIAS
> Use pelo menos duas palavras por busca e seja o mais específico
possível. Mais palavras equivalem a menos resultados!;
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> Os buscadores indexam e tentam encontrar o maior número possível
de páginas da web, por isso, são ideais para se encontrar informações
específicas e precisas na web;
> As buscas na web são feitas em etapas:
– Formulação da busca
– Busca na Web
– Avaliação dos resultados
– Refinamento da busca;
> Por isso, use o buscador para refinar a sua busca!
> Os buscadores vasculham em bilhões de páginas da web, mas não
conseguem pesquisar em:
– Páginas que exigem login (Ex.: Veja Online)
– Bancos de dados com regras de acesso fora de padrão
– Redes fechadas de empresas (Intranets)
– Documentos que não estão na web (Ex.: LexisNexis)
– Páginas que não têm nenhum link apontando para elas;
> Por isso, é importante frisar que somente cerca de 10% do conteúdo
total da Internet está nos buscadores. Assim, ela não deve ser a
única fonte de pesquisa utilizada. Livros, jornais, CDRoms e outros
meios também devem ser consultados para garantir a amplitude
de sua pesquisa;
> Clicar em “ajuda” é o procedimento mais seguro para o esclarecimento de todas as suas dúvidas com relação aos mecanismos de busca.
Use e abuse dela também!
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6. DICAS YAHOO! DE PESQUISA
PARA VOCÊ USAR COM SEUS ALUNOS
A equipe do Yahoo! preparou especialmente para o Manual Yahoo! de Busca
na Internet um conjunto de sites (texto e imagens), entre aqueles que são os
mais procurados no diretório, para estimular suas pesquisas em sala de aula.
É importante observar, no entanto, que, como já dissemos, os conteúdos da
Internet mudam muito rapidamente e alguns destes endereços podem mudar
ou mesmo não existir daqui a algum tempo. Assim, é sempre bom checá-los
antes de trabalhar com os alunos, para evitar esforços desnecessários.
ENSINO FUNDAMENTAL I (1ª A 4ª SÉRIE)
DICAS YAHOO! DE PESQUISA
Folclore - web
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Índios - web
Índios - imagens
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Corpo Humano - web
DICAS YAHOO! DE PESQUISA
Corpo Humano - imagens
27
Animais - web
Animais - imagens
28
Animais em extinção - web
DICAS YAHOO! DE PESQUISA
Animais em extinção - imagens
29
ENSINO FUNDAMENTAL II (5ª A 8ª SÉRIE)
Segunda Guerra Mundial - web
Segunda Guerra Mundial - imagens
30
Efeito Estufa - web
DICAS YAHOO! DE PESQUISA
Efeito Estufa - imagens
31
Geografia - web
Atenas - notícias
32
Atenas - imagens
DICAS YAHOO! DE PESQUISA
Getúlio Vargas - web
33
Getúlio Vargas - imagens
ENSINO MÉDIO
Vestibular - web
34
Vestibular - notícias
DICAS YAHOO! DE PESQUISA
Enem - web
35
Pablo Picasso - web
Pablo Picasso - imagens
36
Renascimento - web
DICAS YAHOO! DE PESQUISA
Renascimento - imagens
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6. GLOSSÁRIO
A equipe do Yahoo! também preparou um glossário com os termos básicos
para quem deseja usar os mecanismos de busca na Internet. A partir disto,
você pode ampliar este trabalho, pesquisando outros termos com seus
alunos, partindo, inclusive, das próprias dúvidas levantadas por eles.
Mãos à obra!
38
Mecanismos
de busca
Também conhecidos como motores de busca, serviços de busca ou
search engines. Permitem a localização de qualquer tipo de informação,
por mais obscura ou específica que seja, desde que exista na Internet e
esteja indexada. Trabalha com os robôs, ou web crawlers ou spiders que
navegam por toda a Internet indexando palavras e imagens.
Palavrachave
Conhecida também como keyword, termo de busca ou termo buscado. Palavra ou conjunto de palavras mais importantes utilizadas
para localizar ou indexar determinado conteúdo. As palavras-chave
constituem o núcleo da idéia que permitirá o maior refinamento da
busca na Internet.
Metabusca
Também conhecidos como metamotores ou multibuscadores, permitem a execução de uma mesma busca em mais de uma ferramenta,
ao mesmo tempo exibindo todos os resultados encontrados. Estas ferramentas não possuem nenhuma base de dados, utilizando exclusivamente dados de outras ferramentas de busca.
Spam
Originalmente o termo vem de uma lata de conservas fabricada nos
Estados Unidos. O spam de e-mail que diz respeito a uma mensagem
recebida sem o consentimento do usuário. Pode não haver a identificação do remetente ou ele é falso. O tema do assunto da mensagem é
distinto de seu conteúdo de modo a induzir o destinatário em erro de
abertura na mensagem. O spam no mecanismo de busca é quando os
resultados da busca são irrelevantes para o usuário, geralmente induzindo a um site comercial ou apenas ao acesso à página para aumentar a
sua audiência. Esses resultados quase nunca têm relação com a palavrachave buscada.
Spiders ou
Crawlers
Robôs que varrem a Internet buscando páginas, indexando-as e criando
seu próprio banco de dados.
Diretório
Os diretórios possuem bases de dados menores do que os mecanismos
de busca, mas contêm informações relevantes organizadas por assunto.
Todo o conteúdo do diretório passa por uma revisão editorial.
7. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
AIDAR & CARRARA, Flávia dos Santos & Ana Regina. Itaú Cultural na sala de aula,
Itaú Cultural, SP, 2002.
ALVES, Januária C. Nossa escola pesquisa sua opinião: diário de pesquisa, Global, SP, 2004.
BABIN, P; KOULOUMDJIAN, M. F. Os novos modos de compreender: a geração do
audiovisual e do computador. Paulinas, SP, 1989.
ERCÍLIA, Maria. A Internet, Publifolha, SP, 2000.
MACEDO, Neusa Dias de. Iniciação à Pesquisa Bibliográfica, Loyola, RJ, 1996.
PERRENOUD, Philippe. Construir as competências desde a escola, Artmed, SP, 1999.
SETZER, Valdemar W. Meios Eletrônicos e Educação – uma visão alternativa, Escrituras,
SP, 2002.
SILVA, Marco. Sala de aula interativa, Quartet, RJ, 2001.
VALENTE, José Armando e outros. O computador na sociedade do conhecimento.
CD-ROM @ Learning - Coleção Informática para a Mudança na Educação, MEC, 1999.
Expediente
Realização Diretoria do serviço de busca do Yahoo!
Criação Editorial e de Arte FSB Comunicações
Concepção Editorial e Pedagógica, e Redação Januária Cristina Alves
Jornalista Responsável Priscilla Cortezze - MTB 26.500
Tiragem 40.000 exemplares
GLOSSÁRIO E BIBLIOGRAFIA
WURMAN, Richard S. Ansiedade de Informação, Cultura Editores Associados, SP, 1991.
Cadastre-se no www.yahoo.com.br/manual
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www.yahoo.com.br/manual
FSB Comunicações • novembro de 2004

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