- Revista Mercado Rural

Transcrição

- Revista Mercado Rural
Outubro 2012 • n°4
Exposições:
Nacionais Mangalarga
Marchador, Pampa, Campolina,
Quarto de Milha e Barretos.
Entrevista
Vice-Governador de
Minas Gerais,
Alberto Pinto Coelho.
Gianfranco
Ferreira
Inovação e tecnologia à frente da
Attualitá Agronegócios.1
Outubro 2012
Yes!Uai
O Grupo Vitória da União apresenta: Vitória Tênis
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4
Outubro 2012
Outubro 2012
5
Editorial
Ano I - nº IV - Outubro - 2012
Redação
Unique Comunicação e Eventos
Av. Barão Homem de Melo - 4.500/324 - Estoril
BH/MG - Tel.: (31) 3653-0633
[email protected]
Editora e jornalista responsável
Amanda Ribeiro - MT10662/MG
[email protected]
Diretor Comercial
Marcelo Lamounier
[email protected]
Tels.: (31) 3063-0208 / 9198-4522
Colaboração
Embrapa, Secom/MG, Press Comunicação, águas de
Santa Bárbara, Land Rover, Três Barras, Biotrópicos,
Casa de Coelhos e Cia, Bonsai Kai, Ourofino, CCAS,
Luis Cleber Soares e Alfapress Comunicação.
Direção de Arte
Flávio de Almeida
Assinaturas
Unique Comunicação e Eventos
Periodicidade
Trimestral
Tiragem
5.000 exemplares
Impressão
Gráfica Del Rey
Distribuição
Vip
A Revista não se responsabiliza por conceitos
ou informações contidas em artigos assinados
por terceiros.
C@rtas
A edição de setembro é muito
importante para nós .Há um ano nós
diretores desta revista começávamos
a produzir a primeira edição que circulou em meados de janeiro de 2012. Era
hora de criar, planejar, idealizar um projeto sonhando com seu sucesso, com o
reconhecimento dos anunciantes e dos
leitores em geral.
Hoje, um ano depois, estamos lançando a quarta edição colhendo frutos do reconhecimento dos leitores, amigos e anunciantes, nos
empenhando para fazer da nossa revista um veículo de comunicação cada vez melhor.
Mantendo nosso projeto editorial bem diversificado com assuntos relacionados ao meio
rural, falamos sobre o universo da equinocultura como a odontologia equina, a doença mormo, o projeto Sela Verde e a quase esquecida raça Cavalo Nordestino que merece um olhar
especial dos criadores. Cobrimos as exposições especializadas das raças Mangalarga Marchador, Pampa, Quarto de Milha e Campolina. A Expointer e a festa do Peão de Barretos também
não poderiam ficar de fora dessa edição.
A entrevista da vez foi com o querido Vice-Governador de Minas Gerais, Alberto Pinto
Coelho, que traçou um panorama geral do agronegócio mineiro com grande competência
e fundamentos.
A matéria de capa traz reportagem sobre a Attualitá Agronegócios, empresa do segmento de web que vem despontado no cenário nacional, tornando-se referência em vendas
online e notícias do mercado rural brasileiro.
Diversificamos a pauta com assuntos que interessam ao produtor rural como aquecimento solar nas propriedades rurais, o uso de biodigestores, os desafios da sustentabilidade
nos dias atuais, a importância da integração lavoura pecuária, dentre muitos outros.
Na seção personagem, contamos a trajetória do zootecnista Teófilo Soares de Almeida baseada
em muita dedicação e seriedade no ramo da equideocultura. A reportagem sobre os pisteiros vai
contar um pouco sobre o dia a dia das pessoas que são fundamentais no sucesso dos leilões.
O cultivo de bonsai, a criação de cervos exóticos e coelhos gigantes. A doce degustação
do licor, dica de receita rural e o novo lançamento da Land Rover, são assuntos que deixam
nossa edição leve e mais interessante.
Participe, não deixe de nos escrever, mandar sugestões de pauta, críticas e elogios.
Boa leitura.
Amanda Ribeiro e Marcelo Lamounier
Acesse o Facebook e deixe
sua crítica ou sugestão
Parabéns pela revista! Está
muito moderna, bem elaborada e
de ótimo conteúdo. Achei muito
interessante os mini jumentos.
Mercado Rural
Cristiane Teixeira
A terceira edição, assim como
as anteriores ficou ótima. Sao
variados os assuntos, informações
do agronegócio, enfim varias
reportagens dos melhores
assuntos e eventos do Brasil.
As reportagens vem chamado
bastante atenção. Um abraço
carinhoso.
Ana M. Resende Chaves
Lagoa Dourada/MG
Parabéns pela altíssima
qualidade da revista, muito bem
direcionada e com ótimas matérias,
gostei muito. Grande abraço.
Sérgio Maia
34
6
Entrevista
Vice Governador Alberto Pinto Coelho
10
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16
Personagem
18
Medicamentos genéricos veterinários
terão produção e uso regulados por lei
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Biodigestores:
Avanços e retrocessos
Teófilo Soares de Almeida - Seriedade e dedicação
Integração lavoura e Pecuária - ILP
Residencial Aventura
Desafios da sustentabilidade na
produção rural do século XXI
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Estrangeiros poderiam ajudar agronegócio,
diz publicação do Núcleo de Estudos do Senado
24
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Três Barras - Empresa comemora 30 anos
de muito trabalho e reconhecimento
É hora da estação de monta
Cavalo nordestino
Rebanho Agropecuária
Pisteiros
Fundamentais no sucesso dos leilões
Destaque
Attualitá Agronegócios
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Raio solar uma nova tecnologia para
tratamento do solo no Brasil
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32° Semana Nacional do Cavalo
Campolina
48
XVIII Exposição Nacional do Cavalo
Pampa ENAPAMPA 2012
50
35° Campeonato Nacional da raça
Quarto de Milha
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57° Festa do Peão de Barretos
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56
58
60
62
64
66
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70
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74
Odontologia equina
Produção citrícola brasileira
31° Exposição Nacional do Cavalo
Mangalarga Marchador
Simental brasileiro é alvo de interesse
na Colômbia
Expointer comemora melhor edição
da história do evento
Mormo
Certificação sela verde
Pirarucu, o bacalhau da Amazônia.
Bonsai
Licor, um doce prazer de degustar
Turismo
Águas de Santa Bárbara Resort Hotel
Automóveis
Land Rover Freelander 2 traz opção de
motor diesel
Mercado Pet
Coelhos gigantes
Criações Exóticas
Criação de cervídeos exóticos
Receita
Frango ao molho pardo
75
Eventos
78
Giro Rural
Haras Porto Rico /
Grupo Vitória da União /
Restaurante Boi Vitório
Vice-Governador Alberto
Pinto Coelho fala à
revista Mercado Rural
com exclusividade
sobre assuntos
diversos de interesse do
agronegócio brasileiro.
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Outubro 2012
MR: Um assunto de grande interesse no mercado rural atualmente é
o novo Parque da Gameleira. Alguma novidade à respeito do projeto?
É fundamental destacar que o projeto do novo parque é resultado de
uma solução de consenso encontrada
pelo grupo que seguiu as orientações
do governador Antônio Anastasia, dotado de real sensibilidade para a importância e para o desenvolvimento do
meio rural. Ele designou que eu fizesse
a coordenação deste trabalho, sempre
em parceria e diálogo permanente
com os segmentos do agronegócio e
sociedade civil. Vale ressaltar também
que tivemos como grande parceiro
nestes entendimentos o presidente da
Federação da Agricultura, Pecuária de
Minas Gerais (Faemg), Roberto Simões,
um líder e defensor das causas rurais
e do agronegócio mineiro. O Governo
de Minas lançou no primeiro semestre o Procedimento de Manifestação
de Interesse (PMI) do Projeto de Implantação do Novo Espaço Gameleira,
que agora está em fase de criteriosa
avaliação das sugestões. O principal
objetivo do novo Parque é ampliar a
capacidade de realização de eventos
e consolidar Belo Horizonte como uma
das principais capitais do país em turismo de negócios, além de fortalecer
o calendário de eventos ligados ao
agronegócio. O projeto abrange a reestruturação de um novo Parque de
Exposições associado à construção e
operação de um novo Centro de Convenções funcionalmente integrado ao
Expominas. O novo Espaço Gameleira
terá capacidade para atender, em padrão internacional, a demanda crescente por espaços para a realização
de feiras e convenções. Nos últimos
anos, na medida em que se amplia a
visibilidade do Estado de Minas Gerais
e da cidade de Belo Horizonte no cenário nacional, há uma procura cada
vez maior por espaços desta natureza.
Tanto o novo Parque de Exposições
quanto o novo Centro de Convenções
serão localizados na área do terreno
que abriga o atual Parque Bolívar de
Andrade, potencializando o uso de
98 mil metros com pavilhões multiuso, integrando-os ao atual Expominas
dentro do conceito “in door”, assegurando características que contemplem
também os interesses do agronegócio.
Os dois empreendimentos poderão
ser implantados de forma a viabilizar
a possibilidade de exploração comercial de equipamentos adicionais, como
shopping, hotel e outros com visão
complementar e integrados às atividades de interesse público.
mineiro no PIB do Estado? Quais as
projeções para o setor no ano?
A agropecuária responde por um
terço do Produto Interno Bruto (PIB) de
Minas. Os produtores rurais são responsáveis por 36,3% do PIB estadual e 23,4%
das exportações mineiras. Renovo aqui a
homenagem do Governo de Minas aos
homens e às mulheres do campo, ressaltando a grande contribuição que os
produtores rurais mineiros dão à nossa
gente e ao país inteiro. Todos eles co-participam dos grandes números que
o agronegócio fazem Minas Gerais pontificar no PIB e nas exportações do país.
Basta apenas reiterar que as exportações
mineiras no setor do agronegócio cresceram 270% em oito anos. Minas Gerais
se destaca como o maior produtor nacional de café e leite. O café tem dentro
de Minas Gerais uma posição econômica
fundamental. Temos mais da metade da
produção brasileira. No caso do leite, MiFoto: Secom
Foto: Renato Cobucci
Entrevista
MR: O que os produtores podem
esperar do novo parque?
A solução proposta irá, de um lado,
potencializar a vitrine do agronegócio,
tão relevante para a nossa economia e as
vocações do nosso território e, de outro,
assegurar a expansão da área de feira e
do centro de convenções, imprescindíveis para dinamizar nossa capital para a
recepção de grandes eventos.
MR: Como o Governo vê a representatividade do agronegócio
Alberto Pinto Coelho e Aécio Neves.
nas responde por cerca de 28% de toda
a produção brasileira, produzindo 8,39
bilhões de litros, consolidando-se como
o maior estado produtor e detém o segundo maior rebanho bovino do país. A
qualidade da nossa cachaça é referência
mundial. Minas Gerais é líder na capacidade de produção de cachaça artesanal
com um volume anual de 200 milhões
de litros, o equivalente a cerca de 50%
da produção brasileira. Somos o único
Estado do país que possui uma lei específica para o produto, criando padrões de
identidade. Minas destaca-se também na
produção nacional de milho, soja, batata, ovos, tomate, frutas e hortaliças. Além
disso, Minas é o principal estado reflorestador do Brasil. É um Estado muito grande, muito rural, com grande produção
agrícola, portanto um Estado que tem
na agricultura e no agronegócio uma
função muito importante. O agronegócio e a agricultura familiar são atividades
fundamentais para o desenvolvimento
socioeconômico não só de Minas Gerais,
mas também do país. Portanto, defender
e promover o agronegócio é um dever
de consciência pública e política que o
governo de Minas assumiu com o ex-governador e atual senador Aécio Neves, e que foi renovado em nosso atual
governo, com máximo empenho, como
ficou patente na SUPERAGRO 2012, que
contou com intensiva participação dos
órgãos estaduais de fomento da agricultura e da pecuária. E a palavra de ordem
da livre iniciativa e do governo de Minas
é uma só nesta hora: vamos dinamizar,
diversificar e agregar mais e mais valor a
toda cadeia produtiva mineira.
MR: Quais as razões para a produção recorde de grãos?
Minas Gerais bateu pelo segundo
ano novo recorde na safra de grãos com
12 milhões de toneladas, um volume
13% maior que o registrado no período
anterior. Os resultados são devidos inclusive ao bom desempenho das safras
de milho, do feijão e da soja. No caso do
milho, por exemplo, há uma expansão
da área para 1,3 milhão de hectares, que
corresponde ao crescimento de 8,4%. Já
a produtividade, da ordem de 5,9 toneladas por hectare, possibilita um aumento
de 8,3% na comparação com o volume
apurado na safra anterior. O clima favorável nas principais regiões produtoras de
grãos foi de extrema importância, mas
não teríamos esses resultados se não tivéssemos investido em tecnologia, que
possibilitaram aumento de 12,8% no
rendimento das lavouras.
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Governador Antônio Anastasia e Alberto Pinto Coelho.
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gada à questão rural é o Origem Minas. O
projeto Origem Minas, por exemplo, vai
promover os produtos do agronegócio
do Estado, aproveitando o período de
preparação de grandes eventos esportivos no Brasil, como a Copa do Mundo e as
Olimpíadas. Coordenado pelo Sebrae-MG
e pela Federação da Agricultura, Pecuária
de Minas Gerais (Faemg), o Origem Minas
tem o apoio do Governo do Estado. Serão
desenvolvidas estratégias de capacitação,
promoção e comunicação para divulgar
produtos-chave do agronegócio mineiro
que possam representar o setor nos ambientes nacional e internacional. A promoção dos produtos de Minas Gerais será
feita em hotéis, restaurantes e aeroportos.
Também haverá demonstrações em feiras
e eventos estratégicos no país e no exterior. Aqui cabe destacar o exímio trabalho
do secretário de Estado de Agricultura,
Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais,
Elmiro Nascimento, desempenha frente à
pasta. Sempre com muita dedicação, ele
tem sido não só um timoneiro, mas também um vanguardista em relação ao setor
e os resultados estão aí para comprovar.
MR: Minas está preparado para
a copa?
Minas Gerais é um Estado que serve de
exemplo na gestão pública, algo que se desdobra em relação à Copa do Mundo. Temos
um cronograma adiantado, o Espaço Multiuso Mineirão ficará pronto em dezembro.
Nosso trabalho na Copa é um trabalho que
prima pela competência e transparência em
todas as ações, por isso foi criado pelo governador Antonio Anastasia um Comitê para
articular todo este trabalho não só com as
secretarias, mas com todos os órgãos envol-
Foto: Renato Cobucci
MR: Como o Estado vem se preparando para receber a Copa do
Mundo de 2014?
Em Minas Gerais temos bons motivos para comemorar o cumprimento dos
compromissos assumidos não somente
com a Fifa, mas, sobretudo, com a população mineira. Assim, estão sendo construídos também dois corredores exclusivos
para o transporte rápido de ônibus, os chamados BRT’s, que facilitarão o acesso dos
vetores Norte e Leste à Região Central. Até
o final de 2013 estará também concluída
a reforma do atual terminal do Aeroporto
Internacional Presidente Tancredo Neves.
Motivados pela crescente expansão da
demanda e pela atratividade do evento,
temos novos empreendimentos hoteleiros para Belo Horizonte. Também estão
em elaboração planos de ação específicos
nas áreas de segurança e saúde pública.
Na área do turismo destacam-se os incrementos aos Circuitos e pontos turísticos da
capital, das cidades históricas, além de roteiros turísticos, entre eles o da “Rota Lund”,
na região das grutas. Uma curiosidade em
relação à Copa e que está diretamente li-
Foto: Leandro Couri
MR: O que tem sido feito para estimular a produção rural no Estado?
Os produtores estão com maior acesso a recursos de crédito rural, o Governo
de Minas está asfaltando e recuperando
estradas utilizadas para o escoamento
da produção, como vimos recentemente
no lançamento do programa Caminhos
de Minas. O Governo do Estado está investindo R$ 3,2 bilhões nesta etapa do
Caminhos de Minas, recursos que serão
utilizados para pavimentação de 1.955,6
quilômetros de rodovias, beneficiando
diretamente 107 municípios e quatro milhões de mineiros. A Emater está presente
em mais de 700 municípios prestando
assistência técnica aos agricultores familiares, a Epamig desenvolve tecnologias
(pesquisa) adaptadas ás diversas regiões
de Minas e o IMA garante a sanidade
animal e vegetal dos produtos agropecuários. Minas Gerais também criou os
fóruns do Leite, da Cachaça e do Café,
envolvendo todos os setores das cadeias
produtivas e quem têm gerado novas
oportunidades de negócio, agregado valor e também o fortalecimento do setor
Roberto Simões, Gilman Viana e Alberto Pinto Coelho.
vidos na Copa, e o qual fui designado presidente. Há ainda harmonia no planejamento
integrado com a prefeitura. Nosso trabalho
tem sido elogiado e reconhecido por diversas autoridades.
tor público. Somente dessa maneira conseguiremos aumentar a competitividade
e a profissionalização do destino turístico,
visando à aceleração das melhorias sociais
e econômicas.
MR: Como o Governo de Minas
está trabalhando na capacitação das
pessoas para atenderem os turistas que
estarão na cidade durante o evento?
Estamos fazendo investimentos de
significativa importância em programas
de capacitação de profissionais em todas
as áreas num padrão de serviços até então
não experimentado na capital e em toda
Minas. A questão do desenvolvimento dos
nossos pólos turísticos é um dos pilares.
Um ano após a Copa da África, sabe-se que
o turismo cresceu 23% no país. Então para
que a Copa no Brasil seja bem sucedida, é
fundamental a integração entre os setores
envolvidos e a convergência entre os interesses da iniciativa privada, sociedade e se-
MR: O que o senhor espera para
Minas Gerais pós Copa do Mundo?
Muito mais importante é considerar
o legado que Copa do Mundo proporcionará a Belo Horizonte, às cidades que
acolherão delegações internacionais, e ao
próprio estado. Aí, sem dúvida, reside o
principal ganho que a realização da Copa
pode proporcionar. O que é mais fundamental, a meu ver, é a posição do Governo de Minas em direcionar esses investimentos para atender o Mundial, mas com
a perspectiva de todos se transformarem
em atividades econômicas perenes e de
forte contribuição à tornar a Região Metropolitana e as cidades-pólo mais atraentes a novos investimentos, tendo em
vista um novo padrão dos equipamentos
de mobilidade da infra-estrutura e de serviços de hospedagem e grandes eventos.
Atualmente, 19 cidades mineiras são candidatas a CTS junto ao Comitê Local da Fifa
(COL): Araxá, Caxambú, Caeté, Divinópolis,
Extrema, Formiga, Governador Valadares,
Ipatinga, Juiz de Fora, Lagoa Santa, Matias
Barbosa, Montes Claros, Patos de Minas,
Poços de Caldas, Sacramento, Sete Lagoas, Uberaba, Uberlândia e Varginha. Todas
as iniciativas que Minas está tomando em
detrimento á realização da Copa, irão se
transformar em atividades econômicas
permanentes. Volto a destacar, no conjunto desse extraordinário trabalho que
Minas realiza para afirmar-se como modelo de boa gestão nos preparativos para
a Copa do Mundo, a harmônica cooperação entre o Governo do Estado, Governo
Federal, Prefeitura de Belo Horizonte e os
parceiros privados que estão envolvidos
nesse mutirão de vontades. Jogando para
vencer com projetos bem elaborados que
reverterão em conquistas para a melhoria dos serviços públicos, despertando
atratividades turísticas e potencializando
a vocação da capital para turismo de negócios. Minas Gerais está demonstrando
como é possível fazer da Copa um instrumento para acelerar o desenvolvimento e
beneficiar toda a sociedade
A Unique Comunicação e Eventos atua há 6 anos no
agronegócio, prestando com excelência e qualidade seus
serviços. Atenta à crescente demanda do setor, a empresa
especializou-se no ramo de organização de leilões e divulgação
de projetos voltados para o agronegócio.
Contato: (31) 3653-0633
Av. Barão Homem de Melo, 4.500 sl 324
Belo Horizonte | MG
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Personagem
Teófilo sempre focou na equideocultura, passou na prova para árbitro da
Campolina, na sequencia Pêga e Pampa
onde foi um dos idealizadores da forma
de julgamento dos andamentos em separado, hoje, usado também pela Campolina e Mangalarga Marchador. “Amo
o ramo da equideocultura. Tenho amor
pelo bom cavalo de sela seja qual for a
raça, pelagem, andamento e função.
Possuo hoje um maior envolvimento
com a raça Campolina, porque foi nela
que iniciei, onde fiz mais amigos e experiência, além do conhecimento genético
com grande sucesso”, conta.
Trabalhou na Rima Agropecuária
inicialmente como gerente de fazenda
e depois se tornou responsável pelo
departamento de vendas e exposições.
Atualmente presta consultoria a diversos haras no estado do Rio de Janeiro,
Bahia e Minas Gerais e é comentarista
em leilões.
Teófilo Soares
de Almeida
O
zootecnista Teófilo Soares de
Almeida faz sua história na equideocultura brasileira, ramo em
que atua há mais de vinte e cinco anos.
Graduado em Zootecnia pela UFRRJ no
ano de 1987 e especialista em Equideocultura, Teófilo é arbitro da ABCPampa e
membro do CDT, da ABCJumento Pêga e
está licenciado na ABCCCampolina.
Aos 48 anos, casado e pai de três filhos, Teófilo divide seu tempo entre a
família e os cavalos, atualmente presta
consultoria aos haras na parte de orientação, manejo, treinamento de mão de
obra, preparo de pista, seleção, acasalamento e assessoria de vendas.
Toda a vocação para o ramo começou desde cedo acompanhando seu pai
na criação da raça bovina Guzerá. Filho,
neto e bisneto de fazendeiros pela parte materna, suas raízes estão fincadas
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Outubro 2012
nas fazendas do norte fluminense, mais
precisamente em Cambuci na Fazenda
Não Pensei. Pelo lado paterno na região
da zona da mata mineira em Ubá na Fazenda do Emboque. Nasceu na cidade
mineira de Governador Valadares, onde
seu pai tinha fazendas e preservou até os
dias de hoje a fazenda no sul do Pará, em
Parauapebas.
A trajetória profissional de Teófilo foi
marcada por muita dedicação e profissionalismo perante as dificuldades inerentes da vida. “Formar em Zootecnia há
25 anos não era fácil, profissão pouco
conhecida neste tempo onde imperava
os ganhos financeiros com a inflação. A
produtividade era relegada a segundo
plano em geral. Quando da era do Real
onde a produtividade no campo fez a
diferença ai a zootecnia assumiu a sua
importância”, disse.
Fotos: Divulgação
Seriedade e dedicação
Nessa trajetória Teófilo se espelhou
em alguns criadores e profissionais de
sucesso com quem aprendeu muito,
hoje aplicando com profissionalismo
os ensinamentos. “É difícil citar todos,
mas alguns nomes me marcaram muito como Ricardo Vicintin, Luiz Pacheco
Drumond, Joel Bastos Garcia, Reinaldo
Monteiro, André Luiz Ferreira Silva, Gastão Resende, Raimundo Campos, Willian
Alves Correia, Aroldo Plinio Gonçalves,
Paulo Carvalho Filho -meu tio e o melhor
cavaleiro que conheci”, comenta.
O papel do profissional zootecnista
na criação de elite é de fundamental
importância no contexto das fazendas
e muito relevante no sucesso do criatório e principalmente nas vendas. “Nos
leilões especificamente cuido desde a
seleção, preparo dos animais, treinamento dos mesmos e da mão de obra,
acompanhamento de foto e filmagem,
sugestões para contratação de leiloei-
ra, pisteiros, buffet, apresentação dos
animais e comentários durante o leilão,
além é claro de fomentar as vendas”,
explica.
“Novos criadores devem ficar atentos a alguns princípios que considero
básicos, como contratar profissionais
de qualidade, fazer um planejamento
do local, instalações, insumos, suporte,
conhecer a raça e as suas tendências.
Se organizar com planos bianuais, traçar metas e cumpri-las. Costumo dizer
que todos nós dependemos da sorte,
mas, se a unirmos com muito trabalho,
o sucesso estará mais próximo. Poucos
sabem que o cavalo além de ser uma
criação de animais extremamente agradável pode ser rentável. Como? Planejando, contratando profissionais de
qualidade, fazendo aquisições corretas.
Há também é claro, as dificuldades inerentes á criação como a falta de mão de
obra especializada e falta de incentivos
fiscais, pois o criador tem em sua mão
um patrimônio genético que deve ser
mantido e com evolução. Nosso Ministério da Agricultura deixa bastante a desejar em apoio e fomento ao criador de
cavalos”, completa o zootecnista.
Com muito foco e profissionalismo
Teófilo quer se dedicar cada vez mais
aos eventos de venda, ir ao encontro
de novos mercados, profissionalizar
mais o cavalo como produto, dar mais
seriedades na venda e apoio e tranquilidade ao comprador. “Estamos muito
carente de profissionais e modelos
para uma boa venda. Quero investir na
formação e especialização de mão de
obra”, finaliza.
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Integração
Lavoura e Pecuária
ILP
*Decio Luiz Gazzoni
Engenheiro Agrônomo e membro do
CCAS – Conselho Científico para Agricultura
Sustentável.
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Foto: Agriculturasp / Divulgação
O
s ILPs são sistemas produtivos
que incentivam a diversificação, a rotação, a consorciação
e a sucessão das atividades agrícolas e
pecuárias dentro da propriedade rural
de forma planejada, constituindo um
mesmo sistema. Uma das razões para
sua adoção é a utilização racional do
solo, durante todo o ano, aproveitando o sinergismo lavoura/pecuária para
aumentar a produção e o lucro da propriedade.
A melhoria do manejo do solo está
no fulcro da lógica de uso do ILP. Para
iniciar um ILP deve-se eliminar qualquer forma de erosão e os sulcos de
enxurrada, as plantas daninhas perenes
e as trilhas de caminhamento do gado,
as camadas compactadas, e corrigir a
acidez e a fertilidade do solo. Uma vez
implementado o ILP, deve-se evitar intervenções drásticas no solo. Com o
manejo adequado do solo, a retenção
e oferta de (infiltração, distribuição e
armazenamento) é otimizada. As raízes
das plantas crescem em maior profundidade, explorando maior volume de
solo em busca de nutrientes e de água
e aumentando a tolerância à deficiência
hídrica, as plantas têm melhor nutrição,
aumentando a produtividade das lavouras e das forrageiras.
A vantagem do agricultor está no
incremento na produção anual de
grãos, fibras, madeiras, lã, leite e carne.
Essa maior oferta abre possibilidades ao
pecuarista, especialmente aquele que
possui um rebanho de dupla aptidão
(leite e carne), inclusive em diversificar
seu negócio com pecuária: aumento do
rebanho; oportunidade de criar e recriar
melhor os machos devido à maior oferta de pasto; uso de confinamento ou
semi-confinamento. É possível produzir,
a pasto, melhores carcaças em menor
tempo e com menor custo restando,
em alguns casos, apenas um acabamento em confinamento. E a vantagem
coletiva é a conservação do meio ambiente, em especial quando o sistema
de plantio direto é utilizado.
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15
Frota de motorhomes.
Residencial
Aventura de pesca.
Aventura
Empresa de aluguel de
motohomes oferece
vantagens e facilidades
em eventos
Mas não é só no agronegócio que
o Residencial Aventura atua. Equipes
de TV, clínicas médicas, odontológicas,
passeios à lazer, dentre outros, são mercados que exploram dessa novidade
personalizada de acordo com cada tipo
de cliente.
O
s haras e os criadores possuem
agora uma novidade que é uma
grande facilidade no suporte a
eventos. Em Belo Horizonte, o Residencial Aventura é referência em veículos
adaptados no estilo motohome. Atualmente a empresa conta com 15 veículos
nos estilos motohome macro, micro e
médio adaptados como rediência, camarim, alojamento, estúdio, clínica e o
residencial vip.
De acordo com o proprietário da empresa Dimas Tadeu, no segmento de agronegócio os criadores utilizam o motohome
como apoio nas exposições. “Possuímos
veículos que cabem até 10 pessoas o que
é muito útil para os haras acomodarem sua
equipe em determinado evento ou exposição. Levamos em qualquer parte do Brasil e
até exterior”, explica.
Conforto e excelente custo benefício
colocados à disposição dos clientes que
podem optar por contratos anuais ou
para eventos específicos.
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Camarim.
4x4 safari.
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Desafios da
sustentabilidade
munidades tradicionais, que possuem sua
proteção assegurada pela “Política Nacional
de Desenvolvimento Sustentável dos Povos
e Comunidades Tradicionais”. Buscar um
bom relacionamento com elas tem se mostrado fundamental.
Por outro lado, o produtor rural que
decidir trilhar os caminhos da legalização
ambiental em seus sistemas produtivos
promoverão grandes chances de crescimento nos negócios e um retorno econômico considerável, a partir da redução de
gastos associada à maior eficiência energética e a facilidades para obtenção de
financiamentos. Existem linhas de crédito
e financiamentos específicos para incrementar a produção de propriedades que
praticam a gestão sustentável.
na produção rural do século XXI
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Outubro 2012
O
conceito de sustentabilidade se fundamenta no reconhecimento de que a exploração dos recursos naturais, visando
atender às necessidades do presente, é imprescindível, mas também considera a importância
de assegurar às gerações futuras o acesso a tais
recursos. A sustentabilidade deve ser desenvolvida com o aprimoramento da equidade social,
considerando-se a viabilidade econômica. Seu
emprego exige conhecimento e capacitação.
Diante dessa necessidade, a busca pela sustentabilidade vem crescendo muito nos últimos anos.
Vários são os produtores rurais que procuram agir
com responsabilidade socioambiental e buscam a
legalização de suas atividades agrícolas e florestais.
É importante considerar que o conjunto de leis
e normas ambientais no Brasil é bastante abrangente. Parte da idéia de meio ambiente, conceito amplo
que abarca as relações entre elementos naturais,
sociais e culturais que interagem de forma contínua
e se influenciam mutuamente. Nessa perspectiva,
existem decretos, leis e códigos que regulamentam
o uso e ocupação do solo, bem como a utilização
dos recursos hídricos e florestais. É prevista a necessidade de ações visando à obtenção de autorização
para a exploração dos recursos naturais e para o início de atividades produtivas. Para aqueles que pretendem produzir de forma sustentável, observar as
normas é fundamental, uma vez que evita o risco de
penalidades aplicadas pelo poder público.
Além da atenção aos recursos naturais, atender
à legislação requer ainda a preocupação com as co-
pios e objetivos do desenvolvimento sustentável tem se apresentado ao produtor
rural como uma forma de agregar valor aos
seus produtos e de ampliar mercados consumidores. Tamanha relevância das questões ambientais tornam as empresas que
têm inciativas sustentáveis diferenciadas. A
redução de impactos ambientais contribui
para a criação de uma imagem positiva.
Assim, ao mesmo tempo em que as
certificações que atestem o compromisso
ambiental estão mais acessíveis a produtores de pequeno, médio e grande porte,
a adoção de ações sustentáveis na produção rural promove maior competitividade e
viabilizam a sua própria manutenção, valorizando os recursos ambientais, paisagísticos
e patrimoniais das zonas rurais.
A agência certa para sua
empresa produzir muito mais!
Foto: Divulgação
*Leylane Silva Ferreira e
Mariana Gonçalves Moreira
especialistas em Gestão Ambiental
e Geoprocessamento pelo Centro
Universitário de Belo Horizonte e
pesquisadoras da Buriti Socioambiental.
Estabelecer parcerias com empresas
e instituições que têm desenvolvido métodos e técnicas de produção que sejam
menos agressivos ao meio ambiente é uma
forma de contribuir para a obtenção de
resultados consistentes para o desenvolvimento sustentável. Dessa forma, torna-se
viável adotar iniciativas que conciliem a
conservação de energia e recursos naturais
com maior produtividade.
Atualmente, diversas empresas têm
trabalhado para atingir padrões de excelência socioambiental que incluem critérios
rigorosos de escolha dos fornecedores. Os
consumidores têm se tornado mais conscientes e questionado as origens e as condições de produção do que compram. Diante
disso, estar em consonância com os princí-
Yes!Uai Comunicação e Design (31) 2555-6777
Rua Piauí, 69 - Conj. 1201 - Santa Efigênia - BH/ MG
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Foto: Agência Brasil
Medicamentos
genéricos
veterinários
terão produção e uso
regulados por lei
A
lei que estabelece o medicamento genérico de uso veterinário foi
sancionada pela presidente Dilma
Rousseff. A lei publicada no dia 20 de julho
no Diário Oficial da União, que entrará em
vigor em 90 dias, conceitua os novos medicamentos veterinários e define os critérios para registro e comercialização.
O Ministério da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento será o responsável por
regular a produção e o emprego desses
medicamentos, que devem ter a mesma
qualidade, eficácia e segurança dos produ-
20
Outubro 2012
tos convencionais, de marca. O Mapa ainda editará, periodicamente, a relação dos
produtos de uso veterinário no País, seguida dos nomes comerciais e das respectivas
empresas fabricantes.
A lei determina que a pasta promova
programas de apoio ao desenvolvimento
técnico-científico aplicado à melhoria da
qualidade dos produtos de uso veterinário
e de incentivo à cooperação técnica para
aferição da qualidade e da eficácia de produtos farmacêuticos de uso veterinário.
De acordo com o Governo, a iniciativa
busca disponibilizar no mercado produtos
com um custo menor, atendendo a um
anseio dos produtores rurais.
O Ministério da Agricultura também
terá responsabilidade na fiscalização da
eficácia do medicamento genérico, mediante coleta de amostras do produto na
indústria e no comércio, para confirmação
da bioequivalência (conformidade dentro
das características e uso recomendado).
Após a adequação das normas vigentes para a inserção dos produtos genéricos,
o Ministério da Agricultura passará a ser
responsável pelo registro das substâncias
e pelo acompanhamento de todo processo, desde a fabricação até o emprego dos
medicamentos.
Foi vetado pela presidente dispositivo que garantia prioridade ao medicamento genérico de uso veterinário nas
aquisições do setor público “em condições de igualdade de preço”. Segundo
justificativa dos ministérios da Agricultura e do Planejamento, “a preferência
proposta prejudica o incentivo à competitividade e à redução dos preços dos
medicamentos de uso veterinário, o que
contraria o escopo mais abrangente da
proposição”.
De acordo com a médica veterinária
Ludmila Vieira, a medida vai ser muito
boa, “inclusive porque medicamentos
de uso veterinário são mais caros que remédios de uso humano, então a medida
vem para baixar bastante os preços, aumentando a concorrência”, disse.
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avanços e retrocessos
*Airton Kunz
DSc, Pesquisador III da Embrapa Suínos e Aves
*Carlos Cláudio Perdomo
DsC, Professor da Universidade do Contestado
*Paulo Armando de Oliveira
Pesquisador III da Embrapa Suínos e Aves
A
biodigestão anaeróbia é um processo conhecido há muito tempo
e seu emprego para a produção
de biogás para a conversão em energia de
cozimento, iluminação e como biofertilizante é muito popular nos países asiáticos,
a exemplo da China e Índia.
O interesse pelo biogás no Brasil, intensificou-se nas décadas de 70 e 80, especialmente entre os suinocultores. Programas
oficiais estimularam a implantação de muitos biodigestores focados principalmente,
na geração de energia e na produção biofertilizante e diminuição do impacto ambiental. O objetivo dos programas governamentais eram de reduzir a dependência das
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Outubro 2012
pequenas propriedades rurais na aquisição
de adubos químicos e de energia térmica
para os diversos usos (cozimento, aquecimento, iluminação e refrigeração), bem
como, reduzir a poluição causada pelos
dejetos animais e aumentar a renda dos
criadores. Infelizmente, os resultados não foram os esperados e a maioria dos sistemas
implantados, acabaram sendo desativados.
Apesar dos avanços obtidos no conhecimento do processo de digestão
anaeróbia, na tecnologia de construção e
de operação de biodigestores, da redução
dos custos de investimentos e de manutenção, continuamos a praticar os mesmos
erros do passado e que poderão inviabilizar novamente o uso da tecnologia. Se o
interesse dos suinocultores é de aumentar
a rentabilidade econômica da atividade
e adequação a legislação ambiental num
país que dispõem de condições climáticas
Problemas enfrentados com
biodigestores
Os princípios básicos da digestão anaeróbia não estão sendo devidamente considerados, bem como, inexiste um planejamento adequado para a produção, uso
e disposição dos subprodutos derivados.
Os produtores não dispõe de assistência
técnica treinada e com conhecimento nos
processos produtivos do biogás, sendo
muitas vezes, levados pela pressão a ajustar a atividade a legislação ambiental e pela
oferta dos fornecedores de materiais e equipamentos, acabam por implantar processos
mal dimensionados, com problemas operacionais e baixa eficiência de produção e uso
do biogás, bem como a utilização do biofertilizante, inviabilizando o sistema do ponto
de vista técnico e econômico.
O primeiro problema refere-se ao desconhecimento de que a fermentação anaeróbia é um processo muito sensível e que
a decomposição biológica da matéria orgânica compreende quatro fases (hidrólise,
acidogênese, acetogênese e metanogênese). O sucesso da digestão depende do
balanceamento entre as bactérias que produzem gás metano a partir dos ácidos orgânicos e este, é dado pela carga diária (sólidos
voláteis), alcalinidade, pH, temperatura e
qualidade do material orgânico, ou seja, da
sua operação. Qualquer variação entre eles,
pode comprometer o processo. A entrada
de antibióticos, inseticidas e desinfetantes
no biodigestor também pode inibir a atividade biológica diminuindo sensivelmente a
Fotos: Jean Carlos Vilas Boas Souza - Embrapa Suínos e Aves
Biodigestores:
favoráveis (temperaturas amenas e boa distribuição de chuvas) para produzir energia
e biofertilizante, derivados dos dejetos, porquê isso não vem ocorrendo?
capacidade do sistema em produzir biogás.
A percepção de que grandes volumes
de biodigestores produzem altas quantidades de biogás nem sempre é verdadeira,
entretanto o dimensionamento do biodigestor deverá ser compatível com o tempo
de residência hidráulica deste (aconselhável
TRH maiores que 35 dias) e as demandas de
biogás na propriedade. Biodigestores com
grandes gasômetros representam um risco
a segurança dos produtores, face a ação
mecânica dos ventos aumentando o risco
de vazamentos de gás e sua combustão incontrolável pela formação de qualquer centelha. Há um consenso entre os especialistas,
de que os modelos de biodigestores adotados entre os produtores de suínos, muitas
vezes não passam de “simples esterqueiras
cobertas” e, nem sempre projetados para
otimizar a geração de biogás e biofertilizante. Aliado a isso, grande parte dos dejetos
são extremamente liquefeitos, com baixa
concentração de sólidos voláteis fruto de
um grande aporte de água pelo desperdício
em bebedores, entrada de água de chuva e
lavagem excessiva das baias o que resulta
em sistemas com baixa eficiência.
A formação de zonas de curto circuito,
busca de caminhos preferências pelo dejeto, dentro do biodigestor e o isolamento das
bactérias do contato com a mistura em biodigestão, durante a fase de metanogênese
também são fatores que diminuem a efici-
ência do sistema e contribuem para o assoreamento precoce do biodigestor e redução
de sua vida útil. A agitação da biomassa no
biodigestor pode mitigar estes problemas.
Os microorganismos produtores de
metano são muito sensíveis a variações de
temperatura, sendo preciso assegurar a sua
estabilidade, seja através do aquecimento
interno ou de melhor isolamento térmico
da câmara de digestão durante os meses
de inverno, principalmente nos estados do
Sul do Brasil. Este ponto é bastante crítico
pois nos meses de inverno é que se apresenta uma maior demanda por energia
térmica e uma tendência dos biodigestores
em produzirem volumes menores de biogás causados pelas baixas temperaturas.
O Biogás
O metano, principal componente do
biogás, não tem cheiro, cor ou sabor, mas
outros gases presentes conferem-lhe um
ligeiro odor de vinagre ou de ovo podre.
No emprego do biogás como combustível,
deve-se estabelecer entre este e o ar, uma
relação que permita a combustão integral.
O biogás, por ser extremamente inflamável, pode ser simplesmente queimado
para reduzir o efeito estufa (o metano apresenta um poder estufa cerca de 20 vezes
maior que o CO2) ou utilizado para uso em
fogão doméstico, motores de combustão
interna, geladeiras, secadores de grãos, sis-
temas de aquecimento de aviário e geração
de energia elétrica.
A presença de vapor d’água, CO2 e gases corrosivos no biogás in natura, constitui-se o principal problema na viabilização
de seu armazenamento e na produção de
energia. Equipamentos mais sofisticados, a
exemplo de motores à combustão, geradores, bombas e compressores têm vida
útil extremamente reduzida. A remoção de
água, H2S e outros elementos através de
filtros e dispositivos de resfriamento, condensação e lavagem é imprescindível para
a viabilidade de uso a longo prazo. O esforço desenvolvido pela indústria brasileira na
adaptação e desenvolvimento de equipamentos para o uso do biogás é ainda muito pequeno sendo preciso avançar nesta
questão, colocando a disposição dos produtores serviços, materiais e equipamentos
mais adequados e confiáveis.
A utilização de biodigestores para tratamento dos dejetos suínos não deve ser
vista pelos produtores como uma solução
definitiva e sim como parte de um processo
haja vista que este sistema possui limitações.
A possibilidade de utilização do biogás para
geração de energia térmica e elétrica agrega
valor ao dejeto diminuindo seus custos com
tratamento e possibilita uma visão sistêmica
do processo sob o ponto de vista da gestão
ambiental da propriedade rural.
Para que a tecnologia não venha a cair
em descrédito, como já aconteceu no passado, alguns cuidados devem ser tomados
na transferência desta ao produtor, aprimorando-se a assistência técnica, partindo-se
do pressuposto que para o sucesso da tecnologia o usuário precisa ter conhecimento
para se evitar erros, muitas vezes primários,
que podem inviabilizar o processo.
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Estrangeiros poderiam
ajudar agronegócio,
diz publicação do Núcleo de
Estudos do Senado
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Outubro 2012
pede a compra ou o arrendamento de
terras com mais de 50 módulos fiscais
por estrangeiros. O módulo fiscal é uma
unidade de medida agrária que varia de
cinco a 110 hectares, dependendo do
município e do tipo da exploração do
imóvel.
A lei também estipula que cada município não poderá ter mais de 25% de
seu território sob controle de cidadãos
Foto: Divulgação
E
m recente artigo publicado pelo
Núcleo de Estudos e Pesquisas do
Senado, dois consultores da Casa e
um professor da Universidade de Brasília
argumentam que as restrições impostas
pela legislação à aquisição de terras brasileiras por estrangeiros podem reduzir
ou mesmo inviabilizar parte dos investimentos produtivos no setor agropecuário do país. Os pesquisadores sustentam
ainda que os estados cujas economias
dependem do setor primário podem ser
ainda mais prejudicados.
No estudo, os consultores Fábio Augusto Santana Hage e Marcus Peixoto e
o professor José Eustáquio Ribeiro Vieira
Filho – também pesquisador do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas
(Ipea) – traçam um histórico das normas
legais sobre o tema e as diferentes interpretações jurídicas adotadas pelo governo brasileiro.
Os pesquisadores mostram que a Lei
5.709, de 1971, que restringe a aquisição
de terras por estrangeiros no Brasil, foi
motivo de pareceres divergentes da Advocacia Geral da União (AGU). A lei im-
ou empresas estrangeiros. Se forem da
mesma nacionalidade, cada um não
pode deter mais do que 10% da área de
cada município.
O primeiro parecer da AGU, de 1994,
determinou que as restrições feitas pela
lei a empresas brasileiras controladas por
capital estrangeiro foram abolidas pelo
artigo 171 da Carta Magna, o que diminuiria o alcance da lei. Tal artigo, porém,
foi revogado pela Emenda Constitucional nº 6, de 1995. Um segundo parecer,
de 1999, manteve este entendimento.
A partir da constatação do aumento
da participação estrangeira no setor, foi
elaborado um terceiro parecer, em 2010,
o qual adotou posição totalmente diversa,
considerando que o artigo constitucional
extinto não era incompatível com a lei.
A nova interpretação revalidou a lei no
arcabouço jurídico brasileiro e, assim, as
pessoas jurídicas brasileiras com a maioria
do capital social detida por estrangeiros –
que podem ser tanto pessoas físicas resi-
dentes no exterior como pessoas jurídicas
com sede no exterior – ficaram sujeitas às
mesmas limitações impostas às pessoas
jurídicas estrangeiras autorizadas a funcionar no Brasil. Os autores acrescentam
que tal parecer, publicado no Diário Oficial, criou ainda restrições a vários outros
setores, como o da saúde, o das comunicações e o mineral.
Agroinflação
Na introdução do estudo, os pesquisadores salientam o aumento dos preços
dos produtos agrícolas a partir de 2007,
causado por diversos fatores: o crescimento econômico dos países emergentes;
o aumento dos preços do petróleo, que
motivou uma maior produção de biocombustíveis; efeitos climáticos adversos;
e os baixos estoques mundiais de alimentos. Ainda na introdução, sustentam que “a
aquisição de terras por estrangeiros cresceu desde 2008”, aumento motivado, entre outros fatores, por esta “agroinflação”.
Ao analisarem os impactos da nova
interpretação da AGU em 2010, os au-
Números
De acordo com os números disponibilizados no estudo, obtidos junto ao Instituto Nacional de Colonização
e Reforma Agrária (Incra), em 2007, dos 577,5 milhões de
hectares ocupados por propriedades rurais no Brasil, 3,8
milhões de hectares estavam nas mãos de estrangeiros.
Os autores ressalvam, porém, que os números necessitam de aferição, uma vez que as interpretações da Lei
5.709 entre 1994 e 2010 desobrigaram os cartórios de
registro de fornecerem dados específicos sobre as terras
adquiridas por estrangeiros no Brasil.
Ainda assim, sustenta o texto, entre 2007 e 2010, o
número dos imóveis rurais no Brasil pertencentes a estrangeiros cresceu cerca de 3%, enquanto a área ocupada
aumentou 13%. O crescimento da área desses imóveis pertencentes a estrangeiros aumentou mais nas Regiões Sudeste e Norte (aumento de 23% e 22%, respectivamente).
Os pesquisadores avaliaram os dados disponíveis para
o período entre 2009 e 2010, na tentativa de detectar o
efeito pós-crise. Segundo eles, neste interregno, “apenas
o Nordeste apresentou um crescimento significativo, algo
próximo de 21%”. Constatam ainda que a aquisição de terras na Amazônia Legal dobrou entre 2007 e 2010, além de
tores voltam a sustentar que “os investimentos estrangeiros na agricultura brasileira cresceram de forma expressiva
desde a implantação do Real em 1994”.
De acordo com eles, o capital externo
aumentou sua participação, neste século, nos setores sucroalcooleiro e de
papel e celulose, tendo havido ainda
“grandes investimentos estrangeiros
nas regiões de fronteiras agrícolas produtoras de grãos e algodão, tais como
Mato Grosso, Bahia, Piauí, Maranhão e
Tocantins”.
uma grande variação percentual da área ocupada por estrangeiros no Piauí (138%), em Minas Gerais (64%) e no Espírito Santo (45%). Contudo, para eles, “é muito pouco relevante o percentual de imóveis pertencentes a estrangeiros
na região da Amazônia Legal, seja pessoa física ou jurídica”.
O estudo cita ainda pesquisa da Associação Brasileira de Marketing Rural e Agronegócio, segundo a qual as
restrições do governo decorrentes do parecer da AGU de
2010 “devem gerar, em 2011 e 2012, prejuízos de cerca de
US$ 15 bilhões ao agronegócio, por inibir investimentos
estrangeiros na forma de capital de risco”.
Os autores sustentam, entretanto, que o crescimento
da aquisição de terras por estrangeiros em algumas regiões
e estados em nada compromete a soberania nacional. Para
eles, ao contrário, “é importante entender esses movimentos
segundo uma lógica de investimentos produtivos”, uma vez
que “as regiões mais dinâmicas do agronegócio concentraram os investimentos estrangeiros na aquisição de terras”.
Concluem ser necessário monitorar a aquisição de terras por estrangeiros, o que, para eles, pode ser feito por
meio de registro e atualização dos dados de propriedades
rurais. Ressalvam, porém, ser importante “lembrar que o Estado pode regular o mercado, mesmo com uma legislação
mais flexível ao investimento externo estrangeiro”.
Fonte: Agência Estado
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Fotos: Divulgação
Três Barras
Empresa comemora 30
anos de muito trabalho e
reconhecimento
E
mpresas familiares nem sempre são
bem sucedidas, mas a Três Barras é
um exemplo contrário, um modelo
de sucesso de como dois irmãos conquistaram o reconhecimento e êxito em 30
anos de atuação no mercado do agronegócio brasileiro.
A convivência com os animais começou desde cedo para Ricardo e Mário de
Figueiredo. O pai, criador e apaixonado
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Outubro 2012
por cavalos fez o primeiro Campeão Nacional na raça Campolina em 1945. Em
Belo Horizonte, Minas Gerais, Ricardo era
árbitro de registro em três associações de
raças, atividade que exerceu por 15 anos e
Mário, Superintendente de Exportação da
Forjas Acesita. Os dois largaram tudo para
enfrentar o novo desafio e abriram em
1982 a Três Barras.
Inicialmente a empresa atuou na comercialização de produtos agropecuários
tendo como ênfase produtos destinados
à equideocultura, oferecendo assistência
técnica e orientação zootécnica a criadores
de cavalos em várias partes do país.
A partir de l985, por opção de seus diretores, que vislumbraram novos horizontes
na comercialização de animais, a Três Barras
passou a preencher uma lacuna existente
em Belo Horizonte, principalmente na promoção, realização e coordenação de grandes leilões de cavalos que, a partir deste
ano, passaram a engrandecer o mercado
rural brasileiro. O Leilão Seleção Horse Shop
foi o primeiro leilão de elite da raça Manga-
larga Marchador –– no Pampulha Iate Club.
Depois vieram muitos eventos pelo
Brasil afora e inclusive uma exposição
internacional, atualmente a empresa
atende raças equinas e bovinas. São cerca de oito por mês e em 2011 a empresa
realizou 94 eventos dentre exposições e
leilões. “Já realizamos dois leilões em um
mesmo dia e até cinco exposições em
um mesmo final de semana. Viajamos
sempre separados fazendo exposições
ou vistoriando animais para os leilões.
Temos uma equipe de funcionários muito boa, que nos ajuda muito, e temos
muita seriedade em tudo que fazemos”,
disse Ricardo.
Atingir 30 anos de sucesso é tarefa para
poucos, mas foi calcado em muito trabalho
que a Três Barras chegou onde chegou e
continua colhendo frutos desse sucesso.
Nessa comemoração, a empresa recebeu
recentemente homenagem do Governo
do Estado de Minas Gerais, IMA, FAEMG e
EMATER. “Ficamos muito honrados e isso
veio mostrar todo o sucesso de nosso trabalho realizado até hoje. Isto é gratificante.
É o resultado de muito trabalho baseado
principalmente em seriedade, confiança
e honestidade. A maior recompensa do
nosso trabalho não é o que nos pagam por
ele, mas aquilo em que ele nos transforma
perante nossos amigos e clientes. Os amigos feitos ao longo desses 30 anos é nossa
maior riqueza”, comemoram os diretores.
Outubro 2012
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tégias podem ser estudadas para diminuir
aos poucos este período, sem que os índices sejam prejudicados. Cada propriedade deve ser avaliada e uma programação
pode ser feita para encurtar a estação de
monta ao longo de alguns anos”, orienta a
pesquisadora da Embrapa Gado de Corte,
Alessandra Corallo Nicácio.
Foto: Divulgação
Uso da IATF
É hora da
Estação de Monta
Maior parte do Brasil
realiza o período de
reprodução das vacas de
outubro a março
A
estação de monta é uma estratégia
adotada para aumentar a produtividade de fazendas e gerar benefícios
por diversas razões, entre elas: reunir os nascimentos na época mais adequada do ano
e, consequentemente, concentrar a desmama e produzir lotes uniformes de bezerros.
Outro ponto é que entre uma estação e
outra os reprodutores têm o período de
descanso para restabelecer condições para
o próximo período reprodutivo.
Segundo a Embrapa Gado de Corte, a
época indicada para a prática, principalmente no Brasil Central, ocorre entre os meses
de outubro e março quando existem maior
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Outubro 2012
fartura e qualidade de forragem, oferecendo
uma melhor condição nutricional bovina.
“Após os nascimentos, as vacas entram em
balanço energético negativo, o que interfere na reprodução. Com a maior oferta de
alimento, elas conseguem ingerir maior
quantidade de nutrientes e os índices reprodutivos são melhores”, explica a médica
veterinária Alessandra Teixeira.
Uma das possibilidades para tornar a
estação de monta mais eficiente é o encurtamento, realizado de outubro a dezembro.
Isso resulta em nascimentos entre julho
e outubro, fazendo com que os bezerros
tenham menor incidência de parasitos e
doenças, por ser um período mais seco.
Ainda como vantagem, o consumo efetivo
de forragem pelos bezerros terá início aos
três meses de vida, quando o período das
águas já terá iniciado e a oferta de alimento
será alta. “Recomenda-se que a estação de
monta tenha duração de até 90 dias. Estra-
A Inseminação Artificial em Tempo
Fixo (IATF) cresceu significativamente no
Brasil nos últimos anos e oferece a possibilidade de inseminar um grande número
de vacas em um curto espaço de tempo,
aumentar o número de bezerros, acelerar
o melhoramento genético, reduzir o intervalo entre os partos, padronizar os lotes e
obter melhores preços nas vendas, promovendo melhoria genética que traz lucro ao
produtor de gado. Por meio da IATF é possível produzir até 10% mais bezerros com o
mesmo espaço de pastagem.
O Mato Grosso do Sul, um dos principais
Estados na criação de gado de corte, tem
um forte investimento em reprodução neste período. A Ourofino Agronegócios espera
atingir a venda de 500 mil protocolos reprodutivos durante o período. “O uso da IATF
é indicado preferencialmente no início da
estação de monta, pois faz com que as parições sejam antecipadas no ano seguinte.
Os protocolos reprodutivos têm como objetivo principal otimizar o uso da inseminação
artificial sem a necessidade de observação
de cio e estimular a ciclicidade de vacas em
anestro, condição muito comum nos rebanhos brasileiros. Dessa forma, conseguimos
conciliar o melhoramento genético com
produtividade”, afirma Alessandra Teixeira.
Para bons resultados devem-se aliar
cuidados sanitários com vacinas e vermifugações, mineralização adequada e manejo
reprodutivo através da formação de lotes
de parições.
Cavalo
nordestino
O
Cavalo Nordestino mais conhecido como “pé duro”, tem em
suas características a extrema
rusticidade e pouca exigência de água e
de alimentação, por ser adaptado a regiões semidesérticas.
Sua área geográfica vem desde o Maranhão, Piauí, Ceará, até chegar ao sertão
da Bahia. Apesar de sua pequena estatura,
magreza, aparência resignada, conseguem
trabalhar com excelência e sem a necessidade de ferraduras ou qualquer outra proteção
na Caatinga brasileira, onde nenhum outro
equino se sobressai.
Historicamente, o animal desta raça
foi utilizado para montaria de vaqueiros
e coronéis, bem como de personalidades
importantes da história nacional, como é
o caso de Lampião, famoso cangaceiro
que aterrorizou o Sertão Nordestino. A
raça é a única que se presta à árdua missão de pega de boi no mato, atividade
muito frequente nesta região, e que deu
origem ao esporte da vaquejada.
No Ceará, região no Cairi, a intenção
dos criadores é retirar os animais do risco
de extinção e, consequentemente, desenvolver novas criações, e estimular atividades
equestres, tipo baliza, tambor e prado com
os indivíduos da progênie, além de aumentar ainda mais o gosto pelas tradicionais
cavalgadas e vaquejadas e também a pega
de boi, esportes que resgatam a história do
vaqueiro nordestino.
A criação dos animais da raça torna-se extremamente atraente devido ao
baixo custo de aquisição e manutenção.
Os animais consomem pouca forragem,
não são exigentes com relação à quantidade da mesma e se adequam a qualquer tipo de pastagem.
De acordo com o presidente da Associação Equestre e de Preservação do
Cavalo Nordestino, Luis Cleber Soares Machado, quem ama as raças naturalizadas,
ditas como não comerciais, como é o caso
do Cavalo Nordestino, sabe como é difícil
no Brasil tão modista defender esta bandeira. “A nossa AEPCN é uma associação
que trabalha nos mesmos moldes de uma
associação nacional, temos regras rígidas
quando se trata de seleção do Cavalo Nordestino, temos a direção técnica, estatuto
e o Regulamento de Controle do Cavalo
Nordestino. A nossa história de amor pela
raça é desde criança e começamos a trabalhar o projeto de valorização e divulgação
da raça, há mais de dez anos. É um trabalho de formiguinha que só agora começa
a despontar naturalmente. Matamos um
leão por dia para manter o nosso projeto
e os nossos animais, queremos muito divulgar a riqueza e beleza que é o Cavalo
Nordestino”, explica.
Outubro 2012
29
L
uís Antônio Barreira- Titão Barreira
como é conhecido em todo o Brasil-,
titular do criatório Rebanho, no município de Carmo da Mata/MG, juntamente
com seu irmão Paulo César Barreira, exerce a
atividade de criador de Mangalarga Marchador há 37 anos. Seu haras conta hoje com 35
doadoras e 20 matrizes, além de um grande
número de potras em recria para avaliação.
De acordo com Titão, quando ele e seu
irmão iniciaram na criação de equinos avaliaram outras raças e optaram pela criação
de Mangalarga Marchador por várias razões.
“Primeiro por ser o cavalo de sela brasileiro,
criado em todos os estados e difundido em
todo o território nacional. Uma raça de grande versatilidade que serve para passeio, trabalho e esporte, dimensionado para o seu
biótipo. Em Minas Gerais a raça é tão expressiva que fica até difícil dedicar-se a outras,
uma vez que as demais ficam em posição
de desvantagem em relação ao Mangalarga
Marchador”, comenta.
O criador pondera que dentre as inúmeras satisfações que a criação do cavalo
proporciona ao indivíduo, a primeira delas
é a atividade de criar propriamente dita,
ou seja, fazer o acasalamento, esperar o
nascimento do produto, vê-lo desmamar
e acompanhar seu crescimento e evolução
até o momento da doma e equitação, que
é a função final do cavalo, onde ele demonstra toda a sua habilidade, docilidade,
destreza, agilidade, resistência e comodida-
30
Outubro 2012
de ao cavaleiro. “O Mangalarga Marchador
é o melhor cavalo de sela do mundo”, comenta Titão.
As dificuldades inerentes à criação existem, mas o titular da Rebanho afirma que
com muita dedicação e sabedoria no direcionamento do trabalho do criador, na escolha dos reprodutores e no acasalamento
com as fêmeas, é possível realizar um bom
trabalho.” A propriedade tem que contar
com boas pastagens, boas divisões e água.
Instalações adequadas são indispensáveis
como baias para garanhões, éguas e potros,
tratadores, troncos especiais para procedimentos diversos, redondel para treinamento e apresentação, pista para equitação e
treinamento, farmácia, laboratório, selaria,
depósito e fábrica de ração, local apropriado
para natação, etc”, explica.
Titão também pondera que a mão de
obra especializada também é outra dificuldade enfrentada pelos criadores, é escassa
nem sempre de qualidade, carente de treinamento e formação profissional. O mercado também nem sempre é de fácil acesso,
oscila muito e os meios de venda são complicados. “Os leilões, por exemplo, que são
hoje a modalidade de venda mais praticada,
apresenta problema de super oferta, acima
da capacidade de absorção por parte do
mercado e altos custos, na maioria das vezes
não suportados pelo criador.”
Como em qualquer concorrido mercado, na criação de cavalos não é diferente. O
TOTEM
37 anos de criação
exemplar no Mangalarga
Marchador
Fotos: Divulgação
Rebanho
Agropecuária
criador tradicional mais conhecido ou mais
agressivo tem maior facilidade de colocação
de seus produtos em detrimento do criador
novo e ainda inexperiente sem conhecimento dos meandros do mercado. “Como
a Rebanho tem nome no mercado e uma
tradição de produtos de qualidade, tudo
fica mais fácil, comparado com o pequeno
criador. Recebemos visitas regularmente na
fazenda e participamos com frequência dos
principais leilões da raça, além de já termos
realizado mais de dez leilões próprios ou em
parceria com outros criadores. Todos foram
um sucesso, com praticamente 100% de
venda”, comemora.
Participar de exposições especializadas
da raça é uma necessidade que todo criador que almeja alguma projeção no cenário
nacional não pode abrir mão. “A competição
é muito importante para uma avaliação daquilo que estamos conseguindo com nosso
trabalho, comparado com os demais concorrentes, além do grande prazer proporcionado pela vitória de um exemplar de nossa
criação quando ganhamos um campeonato. É impressionante a força promocional da
repercussão dos bons resultados em pista.
Um criatório não pode viver sem participar
de exposições”, comenta Titão.
Com tanta experiência acumulada
em 37 anos de criação Titão afirma que
quer dar continuidade ao seu trabalho
de seleção genética, produzindo cada
vez melhores animais de raça. “Indivíduos de qualidade morfológica, marcha
cada vez melhor e temperamento de
sela do qual não podemos abrir mão,
sem esquecer do tipo de sela, o talhão,
imprescindível ao bom animal. Os investimentos são uma constante porque
sem investir em genética, nutrição, tecnologia e promoção não conseguiremos
os resultados que todo criador de cavalo
deseja”, finaliza.
Outubro 2012
31
oportunidade que ela tem de perceber
quem está interessado em que”, explica a
pisteira que também tem uma empresa
de agenciamento de profissionais para
eventos, a Ymagem.
Conhecer os animais e as raças também é tarefa das auxiliares de pista que
atuam nos remates como vendedoras
e acabam transmitindo muita confiança para os criadores. Manu já chegou a
comprar animais com a autorização de
criadores. “Certa vez, no leilão do Haras
Atibainha, o criador Aylton Bernadino
(Haras ABA) não pôde comparecer ao
evento, mas tinha interesse em um lote
que já havia sido comentado ao titular
do leilão, Sr. Josué Rodrigues. Combinei
com Aylton o valor da parcela que estava disposto a pagar e fui autorizada a dar
lances. Deu tudo certo, comprei o lote,
meu cliente ficou satisfeito e o vendedor super feliz, pois mesmo não estando
presente o Aylton participou do leilão,
isto é muito gratificante”, comemora.
Pisteiros
Fundamentais no
sucesso dos leilões
32
Outubro 2012
E
les são divertidos, espertos, simpáticos e fazem de tudo para não
perder nenhum lance. Os auxiliares de pista, mais conhecidos como pisteiras e pisteiros, são as mulheres e homens que ficam atentos aos gestos de
compra dos criadores e são eles que dão
aquele empurrãozinho pra ajudar nas
vendas e agrega valor aos lances.
Manoelita Imaculada de Araújo, mais
conhecida como Manu ou Manô, está
há 25 anos na profissão e é apaixonada
pelo que faz. Sua experiência a faz ser
altamente reconhecida pelo trabalho
que desempenha. Foco talvez seja a palavra que melhor descreva essa brilhante profissional que pondera os pontos
fundamentais para o alcance do sucesso na profissão: “Evite conversas sem
sentido, faça as coisas sem reclamar e
lembre-se você está ali para trabalhar. O
mais importante no trabalho como auxiliar de pista é o prévio conhecimento
do que vai ser vendido, ficar atenta ao
tipo de animal que o criador gosta, que
tipo de animal se encaixa na tropa dele,
enfim, a profissional deve ficar de olho
na apresentação dos animais, esta é a
O entusiasmo e alegria das auxiliares de pista contagiam o leilão e
o estilo de cada uma passa a ser sua
marca registrada. “Dizem que pareço
uma maluca quando estou em pista, o
leiloeiro Rodrigo Costa diz que quando eu começo a gritar e pular demais
parece que baixou um santo em mim.
Essa energia é reflexo do amor que tenho pela profissão e sou imensamente
grata por cada pessoa que me ajudou
com que eu chegasse até aqui e conquistasse os amigos que tenho nas raças”, conta.
Outra experiente pisteira é Maria
Guadalupe Félix, mais conhecida como
Guadá. Há cerca de 23 anos Guadá fez
seus primeiros leilões como auxiliar de
pista, emprego que apareceu por acaso
quando foi com uma amiga se cadastrar
na empresa de Rose Valadão e acabou
ficando com o cargo. São várias as raças
de bovinos, equinos e caprinos nas quais
Guadá já atuou.
Manuelita Imaculada “Manu” (esq) e Maria Guadalupe “Guadá” (dir).
Outubro 2012
33
Vanessa, Manu, Paulo, Guadá e Roberta.
A pisteira conta que no início da
profissão já cometeu erros comuns pela
inexperiência. ”A primeira vez que fui fazer um leilão, cai na besteira de beber e
fiz feio em ficar pegando lance sem animais na pista e também lote que já tinha
passado e eu ali pegando sem saber o
que fazer”, revela.
Os planos de Guadá para o futuro é
continuar realizando leilões pelo Brasil a
fora, em especial no Paraná e Rio Grande
do Sul.
Poder falar um pouco das auxiliares
de pista é também mostrar os caminhos
e obstáculos dessa profissão que acolhe
mulheres de diferentes idades e formações.
Vanessa Silva Ferreira de 31 anos,
acredita que existem certos mitos em
torno da profissão, como por exemplo o
assédio dos homens. “Não tem assédio,
precisamos desmistificar isso. Existe sim,
muito respeito e cumplicidade entre
nós que trabalhamos na pista e o nosso cliente, o comprador. É uma relação
estritamente profissicional, porém amistosa. Estamos lá pra vender e o cliente
para comprar. O importante é fazer com
que compradores e vendedores fiquem
satisfeitos com nosso trabalho”, disse.
34
Outubro 2012
A auxiliar de pista afirma que a profissão não é fácil e exige algumas abdicações. “Ficamos longe da família e dos
filhos, é cansativo. Não basta dizer que é
pisteira, tem que vestir a camisa e gostar do que faz, procurar entender sobre
o animal que está sendo vendido, ter
argumentos e muita emoção”, completa.
Roberta Maria de Souza, de 28 anos
já acumula 12 de profissão indicada
pela irmã que também atuava na área.
Já passou por diversas raças, mas afirma
que é dos cavalos que ela gosta. “Para ser
Vanessa, Guadá e Roberta.
piteira é preciso dedicação e não ter timidez, conhecer o que é a profissão e só
entrar se realmente for o que quer. Ainda
sonho em fazer uma faculdade e poder
ter uma profissão que me dê mais segurança, mas sem deixar de fazer pista que
gosto tanto”, finaliza.
Paulo Cerântola, 42 anos, trabalha há
quase 25 anos como pisteiro inclusive em
leilões internacionais percorrendo diversos países e ao longo da profissão acumulou várias histórias curiosas que hoje são
reveladas com muitas risadas e carinho à
profissão. “Certa vez em um leilão virtual,
a mesa operadora recebeu uma ligação
de uma mulher que queria dar um lance,
mas não era no gado, era no menino que
estava anunciando os compradores, ou
seja, eu. Foi muito engraçado, depois o
caso virou notícia nos bastidores”, diverte-se Paulo com a lembrança.
Mas o auxiliar de pista lembra também que já se machucou trabalhando.
“Fui fazer uma brincadeira ano passado
em um leilão, essas palhaçadas que faço
e cai errado e luxei os dois pés. Tive que
andar de muletas um bom tempo”, conta.
Paulo já deixou a profissão por alguns anos para trabalhar como modelo, mas acabou voltando e se considera
um amante do que faz. “Sei fazer outras
coisas, mas minha paixão é ser pisteiro.
O mercado é pequeno, não tem gente
nova, somos sempre os mesmos, pois
dedicamos à nossa profissão. Faço em
média 15 leilões por mês, já cheguei a
fazer dois leilões por dia, dá para ganhar
dinheiro; mas infelizmente não temos
vida social, nossa vida é nos leilões de
quinta a domingo”, finaliza.
Outubro 2012
35
Inovação e tecnologia à
serviço do agronegócio
brasileiro
O
Attualitá
Agronegócios
36
Outubro 2012
agronegócio rendeu-se à tecnologia e os acessos aos sites
e leilões online são cada vez
maiores. O mercado de vendas pela
internet já movimenta milhões ou até
bilhões em todo o mundo e no agronegócio não é diferente. Cada vez mais, os
portais voltados para o setor ganham
espaço entre criadores, estudantes e
apaixonados pelas raças.
Em Belo Horizonte a Attualitá
Agronegócios sai na frente quando o
assunto é internet e agronegócio. A
experiência e conhecimentos de seus
proprietários Gianfranco Cunha Ferreira e Davidson Teixeira, faz da empresa
referência na prestação de serviços e
vendas online no ramo.
Tudo começou em 2007 quando o
médico veterinário Gianfranco, habituado no meio do cavalo e sentindo uma
grande demanda por parte dos cria-
Os sócios Gianfranco
Cunha Ferreira e Davidson
Teixeira.
dores na profissionalização do serviço,
inaugurou a empresa.
Equipe 4 anos.
Experiência e
profissionalismo
Gian, como é conhecido, formou-se em Medicina Veterinária pela Universidade Federal de Viçosa em 1994 e
especializou-se em Medicina Esportiva
Equina pela Universidade Veiga de Almeida no Rio de Janeiro. “Eu já era um
aficionado por cavalos quando optei
pelo curso de medicina veterinária. No
último ano de faculdade já dava assistência para um haras e já entendia
um pouco sobre preparação equina. O
Mangalarga Marchador foi meu destino. Fui conhecendo diversos criadores
que me incentivaram e me influenciaram muito positivamente na profissão,
como o Sr. Humberto Lobo do Haras
Alcatéia, Miguel Viriato de Souza do
Haras MIG, Lael Varella Filho do Haras
Lagloria e Jener Augusto da Silveira do
Haras da Moldura”, disse.
O veterinário também atuou nas raças Campolina e Quarto de Milha, mas
teve seu foco no Mangalarga Marchador. Gian com muita dedicação e amor
pelos cavalos presta consultoria aos
haras na parte de planejamento para
competições, nutrição, medicação e
planeja o trabalho anual dos haras com
foco na exposição Nacional. “A Nacional é Copa do Mundo do Mangalarga
Marchador, nos preparamos durante
o ano inteiro e temos tido excelentes
resultados em pista. Eu e minha equi-
pe estamos nos tornando referência
em preparação para a Nacional, pelo
planejamento bem feito e estratégias
corretas. Errei muito para chegar até
aqui, hoje estou colhendo vitórias”, comemora.
Gian é consultor de cerca de 20 haras
espalhados pelo Brasil , principalmente
nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Nordeste.
A empresa
Acumulando anos de experiência
no atendimento aos haras, Gian conta
que informalmente começou a participar das vendas e negociações. “Foi uma
consequência de mercado. Vimos uma
Outubro 2012
37
demanda e resolvemos profissionalizar”, diz.
Focada inicialmente em leilões virtuais e receptivo de leilões presenciais,
a Attualitá Agronegócios era composta por três sócios, mas em 2010 dois
saíram da sociedade e Gian juntou-se
a Davidson para buscar novos rumos
para a empresa. Hoje ela alcançou novas conquistas, aumentou seu leque de
serviços e vislumbra uma notoriedade
cada vez maior. “Fizemos um redirecionamento e resolvemos focar para o
mundo virtual. Temos hoje um portal
com palestras técnicas, avaliações de
mercado, animais à venda, leilões online e virtuais. Estamos inovando com
um chat entre criadores como fonte de
ajuda e solução de dúvidas, notícias,
cursos e até um jogo chamado Minha
Tropa, estamos terminando o projeto
que será um sucesso entre os criadores.
38
Outubro 2012
Além disso, também criamos catálogos
e material de leilão”, explica.
Tornar-se referência como portal
de agronegócio, esses são os planos da
Attualitá que tem investido nessa projeção. “Buscamos trabalhar sempre com
muita qualidade e confiabilidade acima
de tudo. Não queremos apenas fazer
uma venda, mas nos preocupamos muito com o pós venda, queremos nossos
clientes satisfeitos sempre. Quem sabe
poderemos dizer um dia que nosso portal é o mais acessados diariamente no
ramo? Estamos trabalhando muito e focados para nos tornarmos referência na
internet”, explica Gian.
Atualmente a Attualitá conta com
mais de 10 mil cadastros no portal,
número que comprova que o trabalho
desenvolvido pelos sócios Gian e Davidson está dando resultado. “O mercado
online ainda vai crescer muito. O per-
fil do comprador é diferente e ele traz
novos criadores para as raças. Queremos aumentar muito os acessos, trazer
novas raças para nosso portal, tanto
de equinos quanto de bovinos, atendendo o mercado como um todo. Já
estamos programando nosso primeiro
leilão da raça Guzerá para o primeiro
semestre do ano que vem”, diz.
O próximo passo da empresa para
aumentar seus acessos é desenvolver
um aplicativo para smartphones e um
sistema inovador de lances através de
SMS.”O cliente está na rua querendo
acompanhar o término de um leilão
online. Ele se cadastra e recebe um
aviso no celular que o remate está encerrando, assim ele pode enviar uma
mensagem pelo celular e comprar o
animal”, explica.
Outros projetos
Inserido no contexto do mundo
digital, Gian vislumbra novos ares. No
mês de outubro estará inaugurando
dois novos endereços eletrônicos, um
focado no mercado pet: o VETAULA,
voltando para o setor de pet, bovinos
e equinos com cursos à distância totalmente online, com professores capacitados com mestrado e doutorado.
Outra inovação é o site PETOFERTAS
que reunirá no mesmo endereço eletrônico, acessórios em geral para o mercado pet, como o próprio nome diz.
As palestras técnicas também farão
parte dos serviços oferecidos pela empresa. O mês de outubro promete muitas novidades para o mercado. Vamos
aguardar!
Outubro 2012
39
N
um país tropical como o Brasil,
onde o sol brilha praticamente
o ano inteiro, era de se esperar
que as tecnologias aplicáveis à agricultura utilizando energia solar fossem alvos
de pesquisa, e pensando nisto a pesquisadora Raquel Ghini, da Embrapa Meio
Ambiente, vinculada ao Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento,
está experimentando novas técnicas de
desinfestação do solo utilizando somente os raios solares.
Uma dessas técnicas é o coletor solar, um equipamento de funcionamento
simples e construção barata, que tem
por finalidade acabar com os fungos,
40
Outubro 2012
bactérias e algumas plantas daninhas
dos solos que serão utilizados para o
plantio de mudas produzidas em recipientes como sacos plásticos, vasos ou
bandejas, principalmente em viveiros.
O coletor solar desenvolvido por Raquel
agradou os produtores que tiveram a
oportunidade de ver os experimentos
conduzidos com o solo desinfestado no
aparelho. Trata-se de uma caixa de madeira, com tubos metálicos, que podem
ser de ferro galvanizado (calhas de residências) ou alumínio (tubos de irrigação)
ou cobre, onde o solo é colocado e uma
cobertura de plástico transparente, que
permite a entrada dos raios solares.
B
2
5
1
1
MADEIRITE
100
AL (0,4)
TUBO METÁLICO
2
2
A
5
2
A
10
15
9
15
9
15
B
PLANTA
9
15
9
15
9
15
10
155
1
7, 5
2
PLÁSTICO TRANSPARENTE
AL ( 0,4 mm ) NAS LATERAIS
E NO FUNDO
15
Atualmente, para evitar a contaminação dos solos de novas áreas pelas mudas que saem dos viveiros, os produtores
utilizam basicamente dois métodos. Um
deles é o vapor, onde a terra é aquecida
a uma temperatura suficiente para eliminar os fungos. Esse método é caro e
ainda exige gastos com energia elétrica,
lenha ou diesel. O outro método é ainda
menos ecológico e recomendável. Trata-se do uso do gás brometo de metila,
que além de ser caro, é perigoso - pode
inclusive provocar a morte caso seja manipulado indevidamente - e ainda, explica Raquel, causa o que se chama de
“vácuo biológico”, ou seja, além de matar
os agentes causadores das doenças nas
plantas, mata também os agentes benéficos. A pesquisadora resume dizendo que “mata tudo no solo, deixando-o
estéril”. “O maior problema nesse caso é
que o plantio de uma semente ou muda
infectada no solo estéril pode provocar
uma reinfestação, já que os inimigos naturais dos fungos e bactérias foram eliminados da terra”, explica.
Construir um coletor solar não é
caro nem difícil. Para isso, basta dar uma
olhada no porão e juntar um punhado
de sucata. Na verdade, a nova invenção
que desinfesta o solo e acaba com os microrganismos fitopatogênicos não passa
de uma caixa de madeira que qualquer
pessoa com noções de marcenaria pode
construir.
A construção começa, então, pela seleção do material. Quem quiser um coletor de primeira pode comprar madeira
de qualidade, como ipê, para fazer a caixa. No total irá gastar em torno de 200 reais. Mas na falta desse material ou desse
dinheiro, a madeira que se tiver em mãos
serve. Será necessário usar mais madeira para fazer os pés do aparelho, sendo
importante apenas cuidar para que o ângulo de inclinação esteja correto. O cálculo do ângulo vai depender da latitude
do local onde o coletor for instalado. A
essa latitude soma-se mais dez graus e
obtém-se o ângulo correto.
Toda a caixa deve ser pintada de
branco por fora e preto por dentro. Os tubos, onde será colocado o solo, também
devem ser pintados de preto e podem
ser obtidos através de corte de tubos de
chapa galvanizada, geralmente utilizados
para fazer calhas em residências.
Por fim, compre um plástico transparente qualquer, mas que seja resistente
à exposição do sol - o melhor deles é o
plástico cristal - e ajuste-o à superfície da
caixa. Depois disso, é só instalar o coletor
no campo seguindo o ângulo correto e
deixar que o sol faça o resto do trabalho.
Esquema para construção do
coletor solar.
TUBO METÁLICO ( 15cm )
LATERAIS DE MADEIRA
FUNDO PRETO
7, 5
uma nova tecnologia para
tratamento do solo
Métodos anti-ecológicos
Coletor pode ser feito com
sucata
155
CORTE A´A
3
PLÁSTICO TRANSPARENTE
FECHO
TAMPA DE MADEIRA
MADEIRA
ELEVAÇÃO 1
4
7, 5 15 7, 5
Raio solar:
Segundo a pesquisadora, o mecanismo de funcionamento é o mesmo de
um aparelho de energia solar utilizado
para aquecer água em residências. O
sol bate nos tubos, aquece a terra e os
fungos são eliminados pelo calor. “Normalmente, em um dia de sol, a temperatura dentro dos tubos chega a 70 graus,
o que é suficiente para matar os fungos
mais comuns como Scletorinia sclerotiorum, Sclerotium rolfsii, Verticillium e
Rhizoctonia solani entre outros, pois são
todos sensíveis ao calor.
PEÇA PARAFUSADA ENTRE A MADEIRA E
O TUBO PARA MELHOR FIXAÇÃO
TUBO METÁLICO
PERFIL DO FECHO DA TAMPA DO TUBO
100
5
5
110
CORTE B´B
5
PLÁSTICO TRANSPARENTE
FECHO
FECHO
TAMPA
PEÇA P/ FIXAR O TUBO
ELEVAÇÃO 2
Outubro 2012
41
Odontologia
*Nilton Renato Peixoto de Oliveira
Médico Veterinário. www.odontologiaequina.net
A
Odontologia Equina, bastante
utilizada nos EUA e Europa, onde
existem relatos muito antigos
em jornais e até mesmo em filmes, ganhou força no Brasil, a partir da década
de 90 e começou a ser bem mais utilizada por aqui em todas as raças equinas.
No inicio apenas animais de alta performance de salto e adestramento tinham
esse tratamento, até mesmo pela influência dos europeus, que dominavam o
esporte. Hoje, temos no Brasil profissionais capacitados e até mesmo equipamentos de fabricação nacional de ótimo
nível.
A divulgação da especialidade vem
aumentando o interesse de criadores
e proprietários de equídeos, uma vez
que, não só os cavalos são tratados, mas
burros, mulas e jumentos também são
beneficiados com esta prática. No Brasil
a odontologia equina é uma atividade
do médico veterinário devidamente
capacitado, pois é necessário o uso de
sedação para o procedimento, tanto
para segurança do animal, quanto dos
profissionais envolvidos.
42
Outubro 2012
São vários os problemas dentários
dos equídeos como, por exemplo: ganchos, rampas, ondas, pontas de esmalte,
dentes de leite retidos, dentes de lobo,
fraturas, doenças da gengiva, dentre outras e ao contrário do que se imagina, o
problema não é exclusivo de cavalos idosos. Entre o nascimento e o quinto ano de
vida é primordial um acompanhamento
mais intensivo de até dois exames anuais,
já que nesta fase de vida o animal troca
sua dentição provisória pela definitiva,
além de ocorrer o nascimento dos molares. Um dos cuidados que se deve ter
neste período da vida é sempre examinar
Fotos: Divulgação
Equina
a cavidade oral do equino para observar
se não há nenhum dente decíduo (de
leite) retido, atrapalhando a erupção do
dente definitivo, e isso é muito importante porque é exatamente neste período
da vida que se dá o desenvolvimento do
animal. Qualquer problema na dentição
vai atrapalhar seu pleno desenvolvimento, e em alguns casos leva o proprietário
a gastar muito com suplementos e medicamentos para suprir uma carência nutricional, que na verdade, é ocasionada pela
falta de aproveitamento do alimento que
é fornecido ao animal por algum problema dentário. Portanto, um acompanha-
Dentes de lobo ( primeiro pré molar)
mento da evolução de sua dentição evitará que ocorra falta de aproveitamento
de alimentos e traumas, no início de sua
doma, pois o que atrapalha muito nesta
fase são as pontas de esmalte que se formam por conta da mastigação lateralizada. O “dente de lobo” (primeiro pré-molar) que costuma ter sua erupção entre
o sétimo e nono mês de vida, também
é um problema bastante comum principalmente na fase de doma, já que, em
sua posição anatômica normal fica entre
o segundo pré molar e o bridão, o que
causa um incômodo para alguns animais
e atrapalha o inicio da doma. É recomendável que se faça a retirada deste dente
antes de começar a doma, lembrando
que esta extração deve ser feita por um
profissional, para não ocorrer erros e traumas para o animal.
Na fase adulta, após o quinto ano de
vida, a maioria dos equinos precisa de
apenas um serviço dentário por ano, sendo que animais utilizados para qualquer
tipo de esporte devem ter sempre um
acompanhamento mais rigoroso, já que
qualquer ponta de dente pode interferir
em seu desenvolvimento esportivo, seja
ele um animal de salto, baliza e tambor,
marcha, adestramento, enduro, ou outros.
E como perceber se o animal está com
problemas dentários? Repare que ele dará
sinais, como, fezes com pedaços de capim
com mais de seis centímetros ou grãos inteiros, cólicas recorrentes, reação na hora
de colocar a embocadura ou durante a
equitação balançando a cabeça, refugos,
emagrecimento mesmo comendo muito,
recusando o alimento ou deixando cair ração durante a mastigação.
Para fazer um diagnóstico preciso,
é necessário o exame da cavidade oral
por um profissional com experiência e
equipamentos especializados, porque
a Odontologia Equina bem realizada
não se restringe somente às retiradas
de pontas de esmalte e extração de
“dentes de lobo”. O animal pode ter um
problema, que na vista do leigo pode
passar despercebido, já um médico veterinário com experiência na área, alem
de executar o procedimento seguro,
usando sedativos e anestésicos dentro
dos padrões de bem estar animal, é
quem está habilitado para diferenciar o
que é normal, do patológico na arcada
dentária do animal.
Posição do procedimento odontológico
Outubro 2012
43
Fotos: Divulgação
A
Produção
citrícola
brasileira
*Gabriel Perin Gomes, Bruna Vera Gabriel, Estevão
Perin Gomes, José Guilherme Lança Rodrigues.
Agrônomos - Faculdade Eduvale de Avaré.
44
Outubro 2012
s plantas cítricas são nativas da
Ásia, pertencentes à família Rutaceae e o gênero Citrus representa o ponto mais alto de um longo
período evolutivo, cujo início remonta
a mais de 20 milhões de anos, na Austrália (SWINGLE, 1967).
Segundo pesquisadores, os citros
foram levados da Ásia para o norte
da África e de lá para o sul da Europa,
onde teriam chegado à Idade Média.
Da Europa foram trazidos para as Américas na época dos descobrimentos,
por volta de 1.500 (TURRA & GHISI,
2010).
O agronegócio dos citros nacional
é altamente competitivo no mercado
internacional e alguns fatores contribuem para isso, como importantes
instituições voltadas para a pesquisa,
como o Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus) e o Centro de Citricultura Sylvio Moreira, além de custo de
produção baixo, clima favorável, oferta
abundante da fruta in natura, proximidade do setor produtivo com o canal de escoamento e boa penetração
no mercado exterior (TURRA & GHISI,
2010).
Com uma das maiores coleções de
citros – cerca de 2 mil tipos de laranjas,
tangerinas e limões, o Brasil é o terceiro maior produtor mundial de frutas,
superado apenas pela China e Índia
e o maior produtor mundial de citros
com mais de 19 milhões de toneladas
(IBRAF, 2010), sendo o Estado de São
Paulo o principal polo produtor, com
quase 83% da produção brasileira. A
citricultura tem grande importância
para a agricultura nacional, ocupando
uma área aproximada de 812 mil hectares e produção anual de cerca de 20
milhões de toneladas de frutos (IEA,
2010), porém o seu perfil mudou na
última década, pois além da migração
do cultivo para o sudoeste de São Paulo, as regiões Sul e Nordeste têm cada
vez mais participação na produção
brasileira de citros.
A citricultura é, hoje, um dos setores mais competitivos e de maior
potencial de crescimento do agrone-
gócio. O Brasil detinha cerca de 40%
da produção mundial de laranja e
60% da produção de suco de laranja
na safra de 2005/2006 (USDA, Safra
2005/2006). Essa produção aumentou
26,6% em 2011/2012 na comparação
com a temporada anterior. Segundo
a Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB, 2011), foram colhidas
375,74 milhões de caixas de 40,8 kg.
O PIB do setor citrícola em 2009 foi
de US$ 6,5 bilhões, dos quais US$ 4,39
bilhões no mercado interno e US$ 2,15
bilhões no mercado externo. A citricultura gera, entre empregos diretos e
indiretos, um contingente de 230 mil
posições, além de uma massa salarial
anual de R$ 676 milhões, gerando renda de US$2 bilhões para os produtores
de citros e faturamento total dos
elos da cadeia produtiva de citros de US$14,6 bilhões (NEVES
et al., 2011).
Fonte: Orquidofilos.com
Outubro 2012
45
31ª Exposição
Nacional
Animais e apresentadores esperam os resultados finais.
De 18 a 28 de julho,
Belo Horizonte sediou no
Parque da Gameleira, a
31ª Exposição Nacional
do Cavalo Mangalarga
Marchador, um dos
maiores eventos
equestres da América
Latina. Promovida pela
Associação Brasileira
dos Criadores do Cavalo
Mangalarga Marchador
(ABCCMM), a exposição
teve como tema central
“Bicentenário da Raça,
Uma História de Paixão”
e promoveu a interação
entre os criadores e
usuários dos quatro
cantos do país.
46
Outubro 2012
Fotos: Fernando Ulhoa
do cavalo mangalarga marchador
Apresentação dos animais
D
urante onze dias, a Nacional do
Mangalarga Marchador recebeu a visita de mais de 140 mil
visitantes, entre eles, uma comitiva de
criadores americanos, europeus e argentinos e movimentou R$ 14,5 milhões em
negócios ocorridos nos leilões, shoppings de animais e vendas diretas entre os
criadores.
Estiveram reunidos no parque 1.500
animais que participaram de concursos
de marcha, julgamentos, provas funcionais e sociais, oriundos de todo o país.
Um dos marcos desta edição foi o anúncio oficial aos criadores de que o Mangalarga Marchador será tema do samba
enredo da escola de samba Beija Flor
de Nilópolis, no ano de 2013, cujo titulo
será “Amigo fiel – Do Cavalo do Amanhecer ao Mangalarga Marchador”. Nesse
mesmo dia foi assinado o contrato cujo
objeto visa à instalação do Centro de Excelência do Mangalarga Marchador que
contará com escritório e auditório em
uma área de 200 m², num espaço cedido
pela Reserva Real, um empreendimento
composto por quatro condomínios temáticos, dentre eles uma hípica, localizado em Jaboticatubas, no Vetor Norte da
Região Metropolitana de Belo Horizonte.
A Nacional 2012, contou com a presença de Monty Roberts, o “Encantador
de Cavalos”, como é mundialmente conhecido. Monty e o criador Eduardo
Moreira, titular do Haras Equilíbrio, entregaram, a pedido da rainha Elizabeth II,
um certificado a dois apresentadores do
Mangalarga Marchador, Mateus Ribeiro
e Carlos Leite. Esse certificado é um reconhecimento ao trabalho desenvolvido
em prol do bem- estar animal e pela não
utilização do uso da violência na doma
de cavalos. Juntos, Eduardo Moreira e
Monty Roberts lançaram o livro “Encantadores de Vidas”.
Durante a exposição foram realizadas
diversas palestras gratuitas aos criadores,
cujos temas foram “Desafios no manejo
de pastagens para equinos”, “A Marcha do
Cavalo Mangalarga Marchador”, “Estudo
de Desempenho Físico de éguas Manga-
Público
larga Marchador
sob treinamento”
e “Estudo genético da marcha”.
Essa última, foi
ministrada pela americana e pesquisadora da Universidade de Cornell, nos Estados Unidos Elizabeth Ann Staiger com
tradução de Laura Patterson. Por que os
cavalos marcham? Por que alguns cavalos
marchadores podem trotar e marchar? O
que torna as raças marchadoras tão únicas? Foram estas indagações que moveram Ann Staiger a iniciar sua pesquisa na
Universidade de Cornell, nos Estados Unidos, investigando todas as raças equinas
de marchadores, na tentativa de descobrir quais são os genes responsáveis pela
marcha. A pesquisa está em andamento
e ao identificar quais são estes genes, será
possível, num futuro próximo, fornecer
aos criadores, proprietários e treinadores
Monty Roberts
e Eduardo Moreira:
condecorações em
nome da Rainha
Elizabeth II
uma ferramenta única para ajudar no
manejo de seus cavalos. Criadores serão
capazes de usar o DNA dos seus animais
como um guia na seleção de seus garanhões e éguas do plantel; proprietários e
treinadores terão uma ideia melhor para
qual tipo de marcha seus cavalos estão
mais predispostos e poderão adaptar o
treinamento e equitação de acordo com
a estratégia do criatório.
As provas funcionais, realizadas na
pista de areia do parque, tiveram 711
conjuntos inscritos que disputaram as
modalidades Três Tambores, Baliza, Cinco
Tambores, Team Penning, Prova de Maneabilidade, Apartação e Marchador Ideal.
Participaram das competições criadores
e seus familiares, usuários e profissionais
ligados ao Mangalarga Marchador.
As provas sociais aconteceram na
pista central do Parque da Gameleira e
tiveram 135 participantes, sendo 40 na
Outubro 2012
47
categoria Botons de Ouro para cavaleiros
adultos , 42 na Botons de Ouro Mirim para
crianças (categorias amazonas e cavaleiros) , 46 na Colar de Ouro e 7 na Pulseira
de Ouro que é exclusiva para as amazonas campeãs das edições anteriores.
O Test Ride do Mangalarga Marchador, atividade oferecida pela ABCCMM ao público visitante, propiciou a
crianças, jovens e adultos a oportunidade de experimentar o cavalo Mangalarga Marchador. Ao todo foram 1.400
pessoas que utilizaram esse serviço.
Prova de 5 Tambores
Principais resultados da
31ª Exposição Nacional do Mangalarga Marchador
Campeonatos da Raça
Marcha Batida
Campeão dos Campeões de
Marcha
Épico Capim Fino, de de Soraya
Andrade Saad, Fazenda Santa Maria,
Santana do Deserto (MG)
Res. Campeão dos Campeões de
Marcha
Faraó da Nova Tradição, de Luiz
Francisco Pandolfo Schreiner, Fazenda
Santa Mariana, Porto Ferreira (SP)
Campeã das Campeãs de Marcha
Baronesa Ianu, de Victor Penna Costa,
Haras Bavária, Guidoval (MG)
Res. Campeã das Campeãs de
Marcha
Herdeira do Malboro, de Edson Correa
Pereira, Sítio Boa Vista, Volta Redonda (RJ)
Marcha Picada
Campeão Dos Campeões de Marcha Picada
Herdeiro do Minatto, de Antônio Albino Pimentel Junior, Fazenda Gramado
- Jaboatão dos Guararapes - PE
48
Outubro 2012
Res. Campeão dos Campeões de
Marcha Picada
Luxo de Mairi, de Calvert de Lima
Barros, de Haras Irece - Irece - BA
Campeã das Campeãs de Marcha
Picada
Azaléia do Mundo Novo, de João Vita
Fragoso de Medeiros, de Haras Cascatinha - Camaragibe - PE
Res. Campeã das Campeãs de
Marcha Picada
Vela Solar, de Frederico Lumack do
Monte, Fazenda Nossa Senhora da
Conceição - Gravatá - PE
Marcha Batida
Melhor Expositor
1º Lugar – Maria Helena Pereira da
Silva Cazzani
2º Lugar – Yuri Semansky Engler
3º Lugar – Haras Santa Esmeralda Ltda.
Melhor Criador Expositor
1º Lugar – Haras Santa Esmeralda
Ltda.
2º Lugar – Magdi Abdel Raouf Gabr
Shaat
3º Lugar – Ricardo Righi de Carvalho
Melhor Criador Não Expositor
1º Lugar – Luiz Carlos Silveira Schreiner- Espólio
2º Lugar – Eduardo Ramos Gomes
3º Lugar – Lael Vieira Varella
Marcha Picada
1º Lugar – Dagmar Alves de Sousa Espólio
2º Lugar – Jose Carlos Martins Filho
3º Lugar – Riocon Fazendas Reunidas Rio de Contas Ltda.
Melhor Criador Expositor
1º Lugar – Riocon Fazendas Reunidas
Rio de Contas Ltda.
2º Lugar – Rogério Bivar Simonetti
3º Lugar – Dagmar Alves de Sousa Espólio
Melhor Criador Não Expositor
1º Lugar – Vicente Bretz da Silva
2º Lugar – Severino Sérgio Estelita
Guerra
3º Lugar – Ednaldo Ernesto Santos
da Silva
32ª Semana Nacional
do cavalo
Campolina
A
Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Campolina ABCCCampolina realizou, de 01
a 09 de setembro, a 32ª Semana Nacional do Cavalo Campolina, no Parque da
Gameleira, em Belo Horizonte. O evento
contou com diversos concursos, julgamentos, provas e leilões e recebeu um
público visitante de 10.100 pessoas.
Em constante evolução, a raça Campolina tornou-se altamente valorizada
e é comercializada em leilões e/ou diretamente nos haras e exposições que,
muitas vezes, funcionam como porta de
entrada para novos criadores e proprietários. No total, foram movimentados
cerca de R$ 5,5 milhões em vendas realizadas nos leilões e em negócios diretos
entre o criadores.
Durante o evento, o público vibrou
com as provas funcionas e maneabilidade e pôde assistir às diversas atividades
paralelas. Dentre elas, as provas “Campolina em Liberdade”, “Campolina na
trilha da roça para a cidade” e a “ Prova
de Passeio e Adestramento”. A do “Campolina em Liberdade” teve como objetivo exaltar a beleza da raça Campolina
associada à sua docilidade e harmonia
com o homem. A prova “Campolina na
trilha da roça para a cidade” exaltou a
vocação da raça para cavalgadas. Durante a prova os cavaleiros e amazonas
passaram por obstáculos que simulavam
um ambiente rural como a abertura de
porteiras, transposição de córregos, escadas, tuneis e cenas urbanas. A Prova
de Passeio e Adestramento avaliou os diferentes andamentos naturais do cavalo
marchador, as transições do andamento
e mudanças de direção, bem como demonstrar a harmonia entre o conjunto
cavalo/cavaleiro.
Outubro 2012
49
Fotos: Divulgação
XVIII Exposição Nacional
do Cavalo Pampa
ENAPAMPA
2012
Raça comemora sucesso
do evento e prepara
20ª edição para 2013
A
raça Pampa tem se destacando
cada vez mais na equideocultura nacional e a XIX Exposição
Nacional que aconteceu entre os dias
11 e 18 de agosto, no Parque da Gameleira, em Belo Horizonte foi mais um
exemplo de que o cavalo Pampa cresce
e os criadores se unem cada vez mais
em prol de um só objetivo: fortalecer
essa bela raça.
50
Outubro 2012
Dentro das expectativas, o evento
reuniu 110 expositores, mesmo número
da exposição anterior que havia batido
recorde, de diversas partes do país, re-
presentando os estados da Bahia, Espírito Santo, São Paulo, Goiás, Brasília, Rio
de Janeiro, Santa Catarina e Minas Gerais.
Na pista 550 animais demonstraram a
força da raça e sua beleza ímpar, participando dos campeonatos de marcha com
altíssimo nível técnico e morfológico.
Os três leilões que fizeram parte da
programação alcançaram o faturamento esperado, de R$2,8 milhões. Um carro foi sorteado entre os compradores
dos leilões.
De acordo com Aroldo Rodrigues,
presidente da ABCpampa, a XIX Enapampa foi um grande evento que apresentou alto nível de animais em pista.
“Os animais estão excepcionais pois os
haras estão investindo cada vez mais
em genética de ponta. A presença do
público foi ótima com criadores de
grande destaque nacional, que faz cada
vez mais da Enapampa, um evento bastante focado e direcionado ao criador.
Estamos ansiosos com a próxima edição, ano em que realizaremos a 20ª edição e queremos fazer a maior Nacional
da história, trazendo de volta criadores
que não expõe mais como João Carlos
Hatz (RS) e Luis Flores do Haras Mariliza
(GO)”, disse.
MR: Comente o
momento pelo qual a
raça está passando.
A raça Pampa passa
por um momento inusitado, crescendo em
vários estados do Brasil, com destaque para
a Bahia, Rio de Janeiro,
São Paulo, Goiás, Minas
e Brasília. É notório o número de novos criadores
principalmente entre os
pequenos, o que comprova a alta liquidez nos
leilões realizados na raça.
O presidente da
Associação Brasileira
do Cavalo Pampa,
Aroldo Rodrigues falou
com exclusividade à
revista Mercado Rural
sobre o bom momento
da raça, sua gestão na
raça e outros assuntos
de grande interesse
dos criadores.
MR: O MM abrirá o livro? Isso
afetará a raça Pampa?
Quando do advento do TAC muita
gente dizia que a Pampa iria acabar, o
que aconteceu foi totalmente ao contrário: a raça cresceu. Nós temos certeza que a abertura do livro fará muito
bem à raça Mangalarga Machador e
fortalecerá o plantel da raça Pampa,
porque como nós não temos o livro
fechado, podemos ao longo do tempo fazer cruzamentos entre animais
originados de outras raças e animais
Pampa o que gerou muita qualidade.
MR: A que se deve o aumento
do número de novos criadores na
raça?
Deve-se ao aumento do número
de exposições, da visibilidade que o
cavalo Pampa tem hoje e ao cuidado
que a associação tem com os pequenos criadores.
MR: Você tem dados sobre o
crescimento da raça?
A raça vem crescendo em torno de
20% ao ano.
MR: No próximo ano acontece a
20ª Exposição Nacional da Raça. O
que podemos esperar desse evento?
Pretendemos realizar a maior exposição de todos os tempos na raça.
MR: A raça quer trazer de volta
antigos criadores? Comente.
Achamos que ao completar 20 anos
nós precisamos trazer todos aqueles
que estiveram conosco ao longo destes anos para comemorar esta festa
maravilhosa.
MR: Quais os principais obstáculos enfrentados em sua atual
gestão?
A ausência de maior número de
criadores para nos ajudar na administração.
MR: Quais os projetos da Associação nessa gestão?
Implantação da rede Pampa, aumentar o número de exposições e criadores.
MR: Com o senhor enxerga a
raça daqui 5 anos?
Ela vai ser 50% maior do que é
hoje, tanto no número de criadores,
quanto nas exposições e expansão da
raça.
Outubro 2012
51
Foto: Divulgação
35º Campeonato Nacional da Raça
Quarto de Milha
Raça mostra sua força,
apresentando crescimento
expressivo e se superando em
todos os setores
P
romovido pela Associação Brasileira
de Criadores de Cavalo Quarto de Milha (ABQM), o evento foi realizado de
14 a 21 de julho, no Parque de Exposições Dr.
Fernando Cruz Pimentel (Emapa), na cidade
de Avaré (SP), totalmente em pistas cobertas. Foram computadas 5.313 inscrições número que corresponde a 2,1 mil animais
em competição nas 18 modalidades.
O campeonato foi elogiado pela maioria
dos participantes e visitantes, sendo considerado como um dos mais importantes da
história da raça. “Toda nossa diretoria ficou
orgulhosa em proporcionar um evento desta grandeza, onde os elogios foram espontâneos tanto pelos competidores quanto
O jovem Eugenio Piloto arrancou muitos aplausos na apresentação com Quasar Bars SM
(esq). Eliziane Nogueira e Cambao Doc foram destaques da prova Breakaway Roping (dir)
aqueles que estavam nas arquibancadas”,
disse o presidente Paulo Farha. Para ele, a realização das provas em três pistas cobertas,
além da premiação de R$ 914,2 mil - a maior
da história da Associação -, a distribuição de
aproximadamente 200 fivelas aos campeões e mais de 850 troféus contribuíram para
este sucesso onde foram atingidos números
recordes de inscrições e cavalos. “Inauguramos a segunda arena coberta integralmente com recursos financeiros da ABQM,
consolidando assim um trabalho planejado
por nossa diretoria e proporcionando uma
estrutura ainda mais qualificada a todos os
participantes”, concluiu.
E por falar em expansão, confira as informações sobre a repercussão do evento.
Conforme dados fornecidos pelo Google
Analytics, o portal da ABQM atingiu a visitação de 37.584 durante os dias 14 a 21 de
julho, sendo visualizadas 154.499 páginas.
Segundo a planilha de dados, entre os menus mais visitados do Hot Site foram: Evento
(21.849 vezes); Stud Book (8.241); Campeões
(8.013); e Fotos (7.263).
Os registros mostram que o Nacional foi acompanhado por 23 países. As
transmissões realizadas via internet, pelo
Horse Brasil, segundo a mesma fonte
(Google Analytics), foram vistas em 390
cidades brasileiras (17.839 visitas), além
de 594 internautas de outros 20 países,
totalizando 18.433 visitantes.
As negociações também se superaram. Parte integrante da programação,
os oito leilões da raça realizados durante
o evento arrecadaram mais de R$ 14 milhões. O 7º Leilão Haras Villa San Jose, Leilão Oficial ABQM 2012, 6º Leilão Parceiros
de Raça, 13ª Leilão WV, 9º Leilão Tradição
e Raça, 2º Leilão Belinatto & Romanelli, Fazenda Caruana – 40 Anos e 7º Leilão Haras
Sacramento obtiveram a receita total de
R$ 14.253.960,00, sendo R$ 13.248.440,00
(332 animais/média R$ 39.904,93), além
de R$ 1.005.520,00 (182 coberturas).
Fotos: Miguel Oliveira/ABQM
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Outubro 2012
Outubro 2012
53
Foto: Divulgação
Foto: Andr[e Monteiro
57ª Festa do
Peão de
Barretos
O
Foto: Leandro Nascimento
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Outubro 2012
s onze dias da 57ª Festa do
Peão de Barretos, de 16 a 26 de
agosto, foram um grande sucesso tanto no quesito público quanto
na organização. O evento transcorreu
tranquilamente e encerrou com um
grande público que lotou a Arena de
Rodeio do Parque do Peão de Barretos
para assistir as finais em nove categorias de Rodeio e o show de Milionário
& José Rico.
A grande final do 20º Barretos International Rodeo foi emocionante e teve
disputa acirrada na final entre os Estados
do Rio Grande do Sul e Goiás. Quem levou a melhor foi a equipe gaúcha que
surpreendeu ao vencer a competição.
A gaúcha Cristina Borba Gaspar foi
a técnica da equipe e única mulher na
competição. Ela se emocionou ao subir
no lugar mais alto do pódio e receber o
cheque de R$ 100 mil. “Não caiu a ficha,
estou muito feliz com a competência
da minha equipe. Agradeço primeiramente a Deus e depois aos nossos
competidores. Vamos comemorar essa
conquista com muito churrasco e chimarrão”, disse.
Na somatória da competição, os
gaúchos acumularam 1.281,25. O segundo lugar ficou com a equipe de
Goiás (1.211 pontos). Já o terceiro lugar
ficou com Sergipe (1.087,75 pontos).
Na disputa individual do Rodeio
Internacional o campeão foi Ted Way
Flora, de apenas 19 anos, da equipe dos
Estados Unidos. Filho de pai norte-americano e de mãe brasileira, o “cowboy”
fez 357,50 pontos e recebeu o prêmio
de R$ 50 mil.
O segundo lugar ficou com o mineiro Marcos Fernando Menezes, Patrocínio (MG), que somou 355 pontos. Já
a terceira colocação ficou com Claudio
Marcelino Montanha Júnior, de Ribeirão
dos Índios (SP), com 352,75 pontos. Ele
também recebeu a maior nota da noite
com 91,75 pontos.
O prêmio de Melhor Touro ficou
com o animal Bipolar do tropeiro Paulo
Emílio.
Simental
brasileiro
é alvo de interesse
na Colômbia
N
os últimos quatro anos a Associação Brasileira de Criadores
das Raças Simental e Simbrasil
(ABCRSS) intensificou o intercâmbio com
países latino americanos como Costa
Rica, Panamá, México e Colômbia, entre
outros. Nesse período, representantes da
ABCRSS e criadores destes países estiveram reunidos em exposições agropecuárias e visitas a criatórios brasileiros interessados em conhecer o rebanho e os
critérios de seleção adotados no Brasil.
No início deste ano, o simental brasileiro virou capa da revista Simmental,
dedicada à raça e de enorme penetração
no meio pecuário colombiano. A oportunidade surgiu a partir da visita do diretor técnico da Asociación Colombiana
de Criadores de Ganado Simmental Simbrah y sus Cruces, Camilo Mejia, ocorrida
no final de 2011. O artigo deu destaque
para os critérios de seleção usados no
país. “Essa promoção do simental brasileiro estimulou a aquisição de nossa genética por criatórios da Colombia”, explica Mário Coelho Aguiar Neto, membro
do Conselho Deliberativo da ABCRSS.
O resultado dessa troca de experiências despertou interesse maior dos
criadores colombianos pelo Programa
de Melhoramento Genético das Raças
Simental e Simbrasil, coordenado pelos
professores Luiz Fernando Aarão Marques (UFES/CCA-ES) e Henrique Nunes
de Oliveira (UNESP/Jaboticabal-SP).
Alan Fraga, presidente da ABCRSS,
afirma que esse relacionamento também
proporcionou algumas facilidades para comecialização da genética de animais brasileiros na Colombia. “Sempre encontramos
muitas barreiras para vender genética para
fora do Brasil. Essa aproximação facilitou
as negociações e hoje podemos exportar
nossa genética que é reconhecida pelo
Registro Genealógico colombiano,” conclui.
Prova disso foi a compra de duas matrizes no Leilão Simbrasil Top das Américas,
realizado na Feicorte 2012, por criadores colombianos. “Esses animais vão ficar
numa central habilitada, aqui no Brasil, para
exportação dos embriões para a Colômbia”,
relata Carlos Eduardo Ferreira da Silveira,
vice-presidente da ABCRSS.
Outubro 2012
55
Expointer
comemora melhor edição
da história do evento
56
Outubro 2012
Foto: Camila Domingues/Palácio Piratini
Foto: Tárlis Schneider
O
secretário da Agricultura, Pecuária
e Agronegócio do Rio Grande do
Sul,Luiz Fernando Mainardi comemorou os números da 35ª Expointer e os
definiu como “fantásticos”. O faturamento
do evento que aconteceu na cidade de Esteio/RS entre os dias 25 de agosto e 02 de setembro chegou a mais de R$ 2,036 bilhões.
“Todos estão sorrindo. É a maior Expointer já
realizada”, comemorou o secretário.
Mainardi revelou que, ao todo, 1.405
pessoas trabalharam na Feira, entre funcionários da Secretaria estadual da Agricultura e
profissionais terceirizados de diversas áreas.
“Nós cumprimos objetivos”, afirmou.
O presidente do Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas
(Simers), Cláudio Bier, divulgou que haviam
sido comprados R$ 2,02 bilhões em máquinas na Expointer. “Eu com certeza sou o que
estou sorrindo mais nesta mesa. Não poderia imaginar que pudesse chegar a estas
cifras quando o ex-governador Olívio Dutra
Foto: Alexandro Auler
Foto: Tárlis Schneider
Cerimônia de Abertura Expointer 2012.
nos concedeu o banhado no parque”, declarou. O Simers repassou R$ 1,6 milhão para o
Parque de Exposições Assis Brasil.
Bier disse que parte significativa das compras foram de produtores gaúchos que vivem
no Centro-oeste do país, mas que são atraídos
de volta pelo “charme da Expointer”. “Nossos
cavalos crioulos e outras coisas atraem os
produtores a virem ao estado.” Já os negócios
prospectados pelo Banco do Brasil na feira
chegaram aos R$ 513
Claudio Bier,
presidente do SIMERS, milhões – 69% a mais
Luiz Fernando Maido que no ano anterior.
nardi, Secretário da
O vice-presidente
Agricultura, Pecuária
da Farsul, Gedeão Pereie Agronegócio, juntamente com outras
ra, elogiou as políticas
autoridades, realizam
de crédito do governo
a apresentação de dafederal e de irrigação
dos da 35a Expointer.
do governo estadual.
“Um dos problemas que ainda temos é a falta
de seguros, mas o seguro do produtor também está na sua água. E quando o governo
federal baixou os juros de 5,5% para 2,5%, o
Brasil transmitiu a mensagem que acredita no
produtor”, defendeu Pereira.
O público geral que passou pelos
nove dias de evento foi cerca de 478.500.
Ao ser cumprimentado por diversos representantes de entidades por conta da boa
organização da feira, o diretor do Parque
de Exposições Assis Brasil, Telmo Motta,
agradeceu com modéstia: “Não fizemos
mais que nossa obrigação”.
Outubro 2012
57
O
Mormo
mormo é uma enfermidade infecto – contagiosa,
que acomete principalmente os eqüídeos, e muito raramente pequenos ruminantes, podendo
ocorrer a contaminação do homem, tratando-se de uma
zoonose. É considerada uma das mais antigas doenças dos
eqüídeos, descrita por Aristóteles e Hipócrates no séculos
III e IV a.C. No Brasil a doença foi descrita pela primeira vez
em 1811, introduzida provavelmente por animais infectados importados da Europa.
Atualmente, o mormo apresenta ocorrência esporádica
mesmo em áreas endêmicas. Animais infectados e portadores assintomáticos são importantes fontes de infecção. A principal via de infecção é a digestiva, podendo ocorrer também
pelas vias respiratórias, genital e cutânea. A disseminação do
microorganismo no ambiente ocorre pelos alimentos (forragens e melaço), água e fômites, principalmente cochos e bebedouros. Raramente, a forma cutânea da infecção decorre
do contato direto com ferimentos ou por utensílios usados
na monta dos animais. Lesões pulmonares crônicas, que se
rompem nos brônquios e infectam as vias aéreas superiores
58
Outubro 2012
e secreções orais e nasais, representam a mais importante via
de excreção da B. mallei.
Oficialmente, para fins de diagnostico e de controle da
enfermidade, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento recomenda somente a realização dos testes de
Fixação do Complemento (FC) e maleinização. Atualmente,
não há nenhuma vacina animal ou humana eficaz contra a
infecção. Na inexistência de tratamento e vacinas eficazes
contra o mormo, recomenda-se como medidas de profilaxia
e controle, a interdição de propriedades com focos comprovados da doença para saneamento e sacrifício imediato dos
animais positivos.
Atualmente, o mormo apresenta ocorrência esporádica mesmo em áreas endêmicas. Os eqüinos, muares e asininos são as espécies normalmente afetadas. No homem,
a doença é fatal.
Em 1960,cientistas observaram que a epidemiologia do
mormo, relaciona-se entre outros fatores diretamente ao manejo, incriminando os estábulos coletivos como potenciais
focos de disseminação da infecção. Outros relataram a idade
como fator relevante ao aparecimento da forma crônica da
infecção natural, apresentando uma maior prevalência em
animais idosos e debilitados pelas más condições de manejo.
O agente penetra a mucosa intestinal e em seguida, atinge a corrente sangüínea, fazendo septicemia (forma aguda)
e posteriormente, bacteremia (forma crônica). O microorganismo localiza-se no pulmões, mas a pele e a mucosa nasal
também são sítios comuns de localização. Nos animais infectados formam-se lesões primárias no ponto de entrada (faringe), expandindo-se para o sistema linfático onde produzem
lesões nodulares. Lesões metastáticas são formadas nos pulmões e em outros órgãos, como baço, fígado e pele. No septo nasal podem ocorrer lesões primárias de origem hematógena ou secundária a um foco pulmonar . A sintomatologia
apresentada na fase final da doença inclui broncopneumonia
com progressão para a morte por anóxia.
Os sinais clínicos mais freqüentes são: febre, tosse e corrimento nasal. Inicialmente, as lesões nodulares evoluem para
ulceras que após a cicatrização formam lesões em forma de
estrelas. Estas lesões ocorrem com maior freqüência na fase
crônica da doença, que é caracterizada por três formas de
manifestação clinica: a cutânea, linfática e respiratória, porem
estas não são distintas, podendo o mesmo animal apresentar
todas simultaneamente.
Fonte: Revista Científica Eletrônica de Medicina Veterinária
Outubro 2012
59
Foto: Priscila Manhães
Certificação
Sela Verde
*Tiago Maciel Peixoto e Yash Rocha Maciel
Especialistas em Desenvolvimento Sustentável –
Integrantes do Corpo Técnico da Biotrópicos
D
iante da intensa e fatigante luta
por visibilidade, competitividade e êxito no cenário econômico nacional, figura a eqüinocultura.
Atividade esta que no ano de 2009 apresentou marcas significativas quanto à
exportação de animais, atingindo algo
em torno de US$ 27,4 milhões, receita
superior a de produtos como café torrado e cachaça, que tem uma divulgação
bem mais ampla e consolidada fora do
país (CFMV, 2010).
Inserido neste universo de cifras, que
muitas das vezes não se apresenta tão
60
Outubro 2012
auspicioso, encontra-se o cavalo Mangalarga Marchador; animal secular, oriundo
de nossas terras, que devido a suas características íntimas e particulares como
a docilidade, inteligência, temperamento, resistência e cavalgar cômodo, vem
a cada dia conquistando mais adeptos e
simpatizantes.
Como qualquer outra atividade
econômica, a criação de eqüinos também esta sujeita a balança de fluxo
comercial, onde impera a lei de oferta
e demanda. O mercado consumidor
se posiciona a cada dia mais seleto,
requerendo que os produtos possuam como diferencial a origem comprovada e o processo de produção
sustentável.
É neste contexto, e de maneira pioneira, que se encaixa a Certificação
Equestre proposta pelo projeto Sela Verde. Nascido pela parceria entre a Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo
Mangalarga Marchador (ABCCMM), a
ONG Biotrópicos e ONG Conservação Internacional Brasil, o Sela Verde embasa-se no tríplice apoio da sustentabilidade,
quais sejam: o respeito pela conservação
da natureza e o bem estar dos animais, a
preocupação com a cidadania e a agregação de valor; buscando o equilíbrio
entre os interesses.
É sabido que a certificação criteriosa de produtos e atividades é a melhor
maneira de garantir a padronização da
qualidade destes. Utilizando como base
os produtos agrícolas, sabe-se que os
itens certificados podem agregar de 10
a 20 % ao valor do bem produzido (Fundação Getúlio Vargas, Maio de 2010).
Além dos ganhos econômicos que serão
alcançados pelos criadores, a garantia do
padrão de qualidade que o Sela Verde
construirá, fará com que o cavalo tenha
uma melhora significativa na qualidade
de sua vida e possibilitará uma construção biológica (ou crescimento) que dará
durabilidade e retorno aos criadores.
Além de criar um “mercado verde” entre
os adeptos do selo; onde se figuram produtos que se diferem pelo apelo ecológicamente correto, socialmente justo e
economicamente viável, tendo em vista
o valor que se agrega ao produto certificado ao se cumprir as prerrogativas estabelecidas pelas normas de certificação.
Os haras certificados abrirão um novo
modelo na organização do mercado que
envolve o cavalo Margalarga Marchador.
A certificação Sela Verde se desti-
o fato do criatório ter o selo, trará os
na aos criadores da raça Mangalarga
seguintes benefícios: permitirá uma
Marchador, associados à ABCCMM,
divulgação diferenciada do seu cava-
que frente ao direcionamento do
lo, já que é notório que os produtos
mercado buscam a adequação de
certificados possuem maior aceitação
seu sistema produtivo. Não obstante
e fluidez nos meios de comunicação,
é importante salientar que a certifica-
portanto, melhor acesso a estes; per-
ção também se designa ao compra-
mitirá a prática de preços melhores dos
dor que, ao adquirir um animal de um
animais, na medida em que o consu-
haras certificado, possui a garantia do
midor terá a garantia de um produto
produto adquirido minimizando as fa-
de máxima qualidade; garantirá uma
lhas do mercado.
consultoria aos proprietários na medi-
Assim, o consumidor, apaixonado
da em que serão elencadas as tarefas
pela criação deste animal, passará a
a serem cumpridas para que o criató-
realizar suas compras e vendas prefe-
rio atenda aos padrões ambientais, de
rencialmente de cavalos originários
bem estar animal e de responsabilida-
de criatórios certificados. Além disso,
de social, exigidos pelo selo.
Desta maneira, além do ganho na
qualidade do cavalo, é um dos objetivos
principais do selo o ganho ambiental da
propriedade e a melhoria do convívio
social.
Não menos importante, a ABCCMM
irá criar incentivos para os criatórios
adeptos ao Sela Verde.
Muito além do viés de mercado, é
importante ressaltar que o processo
certificatório cabe ao criador que possui
uma visão acima dos títulos e ganhos
econômicos possíveis de se obter com a
raça, colocando a frente a real valoração
do ambiente harmônico, dos funcionários e colaboradores satisfeitos e, acima
de tudo; animais saudáveis, naturais e
longevos.
Outubro 2012
61
o bacalhau da Amazônia.
O
pirarucu, peixe da Amazônia, é
um dos maiores peixes de água
doce e também um dos mais
consumidos pela população da região.
Quando salgada, sua carne é considerada
tão ou mais saborosa quanto à do bacalhau norueguês e por isso é chamado por
muitos por “bacalhau da Amazônia”.
Normalmente a carne do pirarucu é
vendida em mantas, secas e salgadas. Entretanto, atualmente, é vendido também fresca, sob forma de filés.
Peixe importantíssimo para a alimentação da região, o pirarucu possui grande valor
nutritivo. É utilizado para o preparo de diversos pratos típicos, entre os quais o famoso
pirarucu de casaca, um prato à base de peixe, farinha e banana.
É um peixe da família dos arapaimídeos que pode chegar a mais de dois
metros de comprimento e até 200 quilos
de peso. Tem hábito carnívoro e prefere
as águas calmas, vindo constantemente
à superfície para respirar.
62
Outubro 2012
O pirarucu possui uma língua óssea,
utilizada pelas tribos indígenas da Amazônia como ralador e lixa de unha. Os nativos
utilizam também as escamas para confeccionar adornos.
A espécie é protegida por lei, cuja pesca é proibida durante determinados períodos. É uma espécie tipicamente amazônica, cuja denominação significa peixe (pira)
vermelho (urucu), devido a sua coloração.
É possível criar o pirarucu em cativeiro,
com excelente rendimento, por se tratar de
um peixe com grande potencial de cultivo,
Fotos: Divulgação
Foto: Divulgação
Pirarucu,
posto que o seu crescimento e ganho de
peso podem, perfeitamente, ser constatados de uma semana para outra.
A espécie que estava em extinção, teve
as exportações liberadas no início do ano
apenas para peixes cultivados em cativeiro
em Rondônia, a venda de pirarucu capturado na natureza continua proibida. O controle é rigoroso, os peixes são cadastrados
eletronicamente por meio de microchips.
Rondônia foi o primeiro Estado do país a
receber o projeto piloto. Com a iniciativa, a
estimativa de produção para o ano é de 800
mil toneladas, com a previsão para 2014 de
5 mil toneladas.
Os Estados Unidos é um dos principais
mercados de exportação da iguaria amazônica, que também tem o mercado asiático
como comprador.
O produtor interessado em criar pirarucus em cativeiro deve solicitar ao
ministério da Pesca e ao Ibama uma vistoria da propriedade. Serão cadastradas
as matrizes, com o registro das principais
características dos peixes. Os dados serão armazenados em um microchip, que
facilitará a exportação do pescado. O
controle eletrônico também vai registrar
a identidade genética dos peixes, permitindo que os exemplares sejam rastreados desde o nascimento.
Outubro 2012
63
Bonsai
Os elementos
Apesar de seu tamanho
indispensáveis para
reduzido, a árvore mantém
a saúde do bonsai
sua saúde e características
são: sol, ar, água e
naturais produzindo flores e
temperatura,
evitando
frutos normalmente. A prinsempre os extremos.
cípio qualquer árvore pode
ser utilizada para confecção
de bonsai, devendo-se procurar um conjunto estético
e harmonioso. Algumas árvores já possuem a tendência
natural para se transformar num bonsai, outras
devem ser mais trabalhadas através de
modelagem, podas, etc., onde a habilidade e criatividade do artista são
frequentemente colocadas a
prova, respeitando-se os
limites diante da natureza.
A preocupação estética é fundamental na execução de um bonsai. A importância estética é sem dúvida muito
maior do que a botânica, apesar
desta ser fundamental. O objetivo da
arte bonsai é criar uma composição artística utilizando a
natureza das árvores como matéria prima, transformando-os em arte através de harmonia estética.
São dois os fatores que determinam o visual de um
bonsai de qualidade, os fatores estéticos: linha e forma;
equilíbrio e harmonia; escala de composições; perspecO bonsai esteticamente perfeito é
aquele que se pode encontrar um similar
na natureza, em sua forma e tamanho
originais. Antigamente, o cultivo do
bonsai era considerado elitizado. Hoje,
no entanto, ele é visto como arte e
hobby pelo público em geral.
64
Outubro 2012
No Japão até um tempo
atrás, uma família para se
considerar com tradição
deveria possuir um bonsai
de pelo menos 300 anos.
Fotos: Divulgação / Shutter
P
or suas características muito singulares é cada vez
maior, em todo mundo, o número de pessoas interessadas em aprender a arte do bonsai.
A palavra bonsai tem origem japonesa e pode ser
considerada como um verbo: Cultivar árvores em vasos
( Bon=Vaso + Sai=Arvore). O bonsai teve seu início na
China, por volta do século. III A.C., mas foram os japoneses que aprimoraram a técnica, incluindo-a em sua cultura como arte e objeto de culto e meditação. Não se
trata de uma planta específica, mas sim de uma técnica
utilizada em árvores com o objetivo de “miniaturizá-la”
inspirando-se em formas existentes na natureza. Não
há árvore de bonsai, mas árvores que se transformam
pelo processo de bonsai. Na prática, é a arte de selecionar e transformar árvores que tenham potencial para se
assemelhar a uma réplica na natureza.
Através da observação percebe-se que as árvores
têm tendências de comportamento e estilos próprios.
No bonsai também encontramos uma classificação
de estilos e formas mais tradicionais baseado no estilo
natural das árvores. Suas principais categorias se baseiam principalmente nas formas e no número total
de árvores na composição.
tiva e profundidade; movimento; vitalidade; evidenciamento do centro das atenções; a composição da árvore
como um todo; cor e textura. E os fatores orgânicos: tronco; ramos; raízes; folhas; frutos; flores e vaso.
Em resumo, a composição dos bonsai deve se
assemelhar a árvores encontradas na natureza, ter
estilo bem definido, possuir algum atrativo evidente
como frutos, flores, raízes expostas, exuberância em
folhagens, folhagens com cores diferentes, texturas
de tronco majestáticas e vasos adequados.
A manutenção do bonsai
consiste basicamente em
conservar a terra úmida,
manter em local ventilado e
com incidência de luz solar
direta, geralmente por meio
período. Podar os galhos
para a manutenção do
formato desejado. Adubar
a terra.
Curiosidades
A cada três anos em
média, dependendo da
espécie, será necessária
a troca de terra, processo
muito simples, que leva
aproximadamente meia
hora.
Sabe-se que na
China e Japão existem
exemplares com
mais de mil anos de
idade, verdadeiras
relíquias, com valores
ultrapassando a casa do
quatrocentos mil dólares.
De maneira geral as
regas devem ser diárias
e os melhores horários
são: de manhã cedo ou
ao final da tarde. A rega
deve ser feita em toda
a extensão do vaso,
inclusive por sobre a
planta, deixando alguns
segundos de intervalo
para que a água possa
penetrar na terra e sair
pelos furos do vaso.
Fonte: Bonsai Kai
Outubro 2012
65
Licor,
um doce prazer
de degustar.
O
licor é uma bebida de alto teor
alcóolico, aperitiva, doce, que geralmente é misturada com frutas,
ervas, temperos, flores, sementes, raízes,
cascas de árvores ou ainda cremes. O termo vem do latim liquifacere, liquefazer, dissolver. Isto se refere às misturas que se empregam na fabricação da bebida. Os licores
não costumam ser envelhecidos por muito
tempo, mas podem ficar descansando até
que atinjam o sabor ideal.
Existem algumas regras de etiqueta
para servir licores. Precisam ser servidos
em cálices apropriados, pequenos de vidro ou de cristal. A bebida não deve ser
colocada até a borda e são servidos após
Francisco Carlos Barro, consultor.
66
Outubro 2012
o jantar, em temperatura ambiente, acompanhado de biscoito e bombons. Também
pode ser usada em outras bebidas para
adoçar, dar cor, dar um sabor especial – as
pessoas usam muito para fazer creme de
papaya com cassis, e também no preparo
de drynk’s no ambiente familiar e principalmente nas casas noturnas e restaurantes.
De acordo com Francisco Carlos Barro consultor em bebidas e proprietário da
Casinha Empório em Campinas/SP, o Brasil
tem tradição de produção de licor. “Alguns
produtores brasileiros estão preparando
bons licores como o Caso de São Roque
(Giullian’s) e no estado de Minas Gerais as
opções são de deixar qualquer um com
água na boca, pois ali se fabrica licores artesanais deliciosos e muitas vezes inusitados
como jenipapo, cupuaçu, rosas, tamarindo,
passas banana, entre outros”, disse.
O consultor salienta também uma nova
descoberta: um produtor de Limoncello na
cidade de Campinas. “A Família Pietrobom
através do Sr. Glauceo que, dando continuidade a tradição de seu avó e com uma receita deixada pelo mesmo, começou a produzir o Limoncello (Ca’di Pietra).É um licor de
limão siciliano seguindo a tradicional receita
italiana. Esse produto já pode ser encontrado em algumas lojas da região”, explica.
Os licores fazem sucesso no mundo
inteiro e cada país tem sua referência. Na
França o Alizé Gold Passion – composto
por uma mistura refrescante de maracujá
natural com o mais fino Cognac francês,
Anisette, Cointreau – conhecido como o
melhor para ser tomado , na Itália Amaretto, Limoncello (recém-chegado no Brasil),
Portugal e a África. O Amarula que é muito
conhecido é da África, país que tem muitos licores bons, finos e exóticos.
Existe uma gama muito grande de opções e tudo depende do gosto e do poder
aquisitivo do comprador, os preços variam
e a média está entre R$50 e R$100. “O licor
é uma das bebidas que mais evoluíram no
mercado brasileiro nas últimas décadas, junto com o vinho e as cervejas artesanais. Porém, na hora da compra, o valor do produto
pesa na decisão. Pessoas com maior poder
aquisitivo optam por licores mais conhecidos, principalmente os importados: francês,
italiano, português e africano. Já as pessoas
que não querem gastar muito, muitas vezes
acabam optando por produtos menos conhecidos, porém de boa qualidade e com
preços mais acessíveis”, completa Barro.
Se você for um adepto aos licores, escolha a melhor opção que cabe no seu bolso
e deguste essa deliciosa bebida com moderação, pois lembre-se que o teor alcóolico
costuma ser alto entre 18% e 54%.
Outubro 2012
67
Turismo
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Águas minerais
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queda e ecoturi
O
Resort Águas de Santa Bárbara, está localizado em
uma área privilegiada do estado de Minas Gerais.
Há 12 km (acesso por uma simpática estradazinha
asfaltada) da MG-135 na vila de Santa Bárbara , um lugarejo
de 300 habitantes que fica entre a Serra do Espinhaço e o
complexo da Serra do Cabral. O local, nas proximidades do
Parque Nacional da Sempre-Viva, área de proteção ambiental, fica a apenas 270 km de Belo Horizonte.
O turismo foi o responsável por colocar o vilarejo na
rota dos viajantes. A vila, que nasceu e cresceu em função
da segunda fábrica de tecelagem de Minas Gerais, criada
em 1887, virou aos poucos um produto turístico. Hoje é um
exemplo bem-sucedido de perfeita conjugação do turismo
de responsabilidade social e de saúde no país.
As ruínas da primeira sede da fábrica - depois que a tecelagem foi destruída por um incêndio em 1960 - foram
transformadas em palco para festivais, eventos e casamentos sob a denominação de Coliseum. Á noite, o espaço ganha um encantamento particular com bar, luzes coloridas,
velas, tochas, puffs e móveis fabricados a partir de peças
do maquinário de época. No porão um pub equipado com
iluminação, som, bar e mobília.
A construção do resort abriu postos de trabalho e implantou na microrregião o conceito de turismo auto-sus-
68
Outubro 2012
tentável. A sustentabilidade também
pode ser vista na Vila de Santa Bárbara
na utilização da energia, que é gerada
pela própria cachoeira de Santa Bárbara
(uma bela queda de 120m situada a apenas 300m do resort e pode ser vista da
piscina do local) em uma mini-usina a fio
d’água. A água que abastece os moradores e hóspedes também é proveniente
de nascentes locais.
Os hóspedes não procuram apenas
as águas quentes, mas se aventuram
mais pelas trilhas ecológicas e vivenciam com naturalidade o cotidiano da
comunidade.
A exploração do potencial turístico
da região é proporcionado pela combinação de belíssimas cachoeiras, cavernas inexploradas, o Parque Nacional
de Sempre-Viva, a Serra do Cabral e o
maciço do Espinhaço. Existe ainda um
trabalho de integração dos turistas à rica
cultura local.
O resort se revela um lugar rústico,
aconchegante, construído para não
agredir a natureza. O hall amplo, as salas
de TV e o restaurante panorâmico, tudo
é decorado com esmero. A estrutura engloba piscina adulto e infantil, sala de jogos, scotchbar, bar molhado, restaurante
panorâmico, um bistrô no entorno do
lago, playground, sauna com vista panorâmica para a mata, circuito arvorismo,
parede de escalada e um incrível lago de
águas minerais termal.
Eco turismo
O circuito até a cachoeira de Santa
bárbara média dificuldade, oferece tirolesa que leva o aventureiro em um voo
rasante até um delicioso lago. Tudo com
toda a segurança.
Caminhadas de 2 km até o mirante
da cachoeira de Santa Bárbara, de mais
de 180 m de altura, para contemplar
um belíssimo pôr-do-sol ou se fartar
em um banho nos enormes lagos das
barragens que fazem parte da estrutura da usina hidroelétrica da vila. Um
trekking para a cachoeira da Fenda, que
fica dentro de uma gruta, é outro passeio emocionante.
Há, ainda, a opção de caminhar 900
m por riacho formado por pedras, obstáculos transpostos com facilidade quando se pensa que lá na frente é possível se
refrescar em uma prainha de rio e areia
branca. As cachoeiras do Borges e Telésforo também devem estar no roteiro dos
viajantes, na segunda o turista se depara
com uma paisagem deslumbrante diante de um largo rio margeado por areias
brancas com uma linda queda d’água
no fundo. Entre outras trilhas, pode se
percorrer o mirante da Antena (4 km), a
barragem Três Irmãos (1,4 km), a barragem Santo Antônio (1,8 km) e barragem
São Pedro (10 km). Guarde ainda um dia
para uma visita à nova fábrica de fiação.
Para o hóspede que prefere desfrutar dos passeios nas proximidades do
resort, sem muito esforço físico passeios
de bicicleta, charrete ou a cavalo podem
ser uma diversão à parte. Se contar com
um pouco de sorte, em época de chuva,
o visitante tem a chance de observar, à
noite, ao espetáculo proporcionado pelos vagalumes no campo.
Outubro 2012
69
Fotos: Divulgação
Automóveis
Land Rover
Freelander 2
traz opção de motor diesel
G
rande sucesso de vendas da Land
Rover no Brasil desde sua apresentação ao público em 2007, o Freelander 2 traz opção de motor diesel, que
oferece ampla autonomia, torque elevado e
extremo conforto ao motorista.
O Freelander traz design exterior com
detalhes cromados na tampa do porta-malas, para-choque dianteiro arrojado, além de
rodas de 18 ou 19 polegadas com design esportivo. O interior Premium traz bancos em
couro com opção de regulagem elétrica,
teto solar, controles de inúmeras funções no
volante e acabamento impecável.
Extremamente silencioso e eficiente,
o motor 2.2 diesel SD4 desenvolve 190 cavalos de potência e 420 Nm de torque. O
propulsor possui um turbo compressor de
geometria variável, o que otimiza consideravelmente seu desempenho.
70
Outubro 2012
Desenvolvido especialmente para o
propulsor, esse turbo compressor de geometria variável traz um sistema de refrigeração a água, que lhe permite funcionar em
temperaturas extremamente elevadas, além
de proporcionar mais potência e torque.
O motor também traz consigo o sistema common rail de injeção de combustível, com injetores de elevada velocidade e com máxima otimização no
processo de combustão.
O veículo ainda é equipado com o Sistema Inteligente de Gestão de Potência
(IPMS) que utiliza a energia cinética gerada
pelas frenagens como fonte de energia para
o carregamento da bateria, dispensando a
utilização de combustível para tal.
A economia de combustível e os baixos índices de emissões de gases poluentes não comprometem o desempenho do
novo Freelander 2 com motor SD4 diesel.
O modelo sai da imobilidade aos 100 km/h
em 9,5 segundos. Os 190 km/h de velocidade máxima garantem o excelente rendimento do veículo.
A transmissão automática de seis velocidades Aisin Warner AWF21 foi desenhada
para proporcionar uma condução extremamente confortável, com respostas rápidas e trocas quase que imperceptíveis ao
motorista. Isso graças a incorporação de rolamentos de rolos cônicos, discos de baixa
resistência aos rolamentos e a utilização de
um fluído de baixíssima viscosidade. Além
disso, um sistema inteligente reduz as rotações do motor quando o veículo encontra-se parado no modo Drive, o que otimiza o
consumo de combustível.
A linha traz design arrojado com aspectos luxuosos e esportivos. Por fora, detalhes
cromados e maçanetas nas cores da carroceria dão um ar de requinte. A robustez é
garantida pelo desenho da grade dianteira,
complementada pela grade dianteira arrojada e pelas molduras dos faróis de neblina.
Por dentro, o Freelander 2 traz inúmeras opções de cores dos bancos na versão
HSE que vem em couro premium Windsor,
além de diferentes opções de acabamento
em materiais nobres. Os assentos possuem
dois níveis de ajuste elétrico, com 10 ou 14
posições diferentes, de acordo com a versão.
Outubro 2012
71
Mercado Pet
Os coelhos gigantes podem pesar
cerca de 10kg e possuem pelos longos que
podem chegar a 20 cm de comprimento,
enquanto que os convencionais pesam em
média entre 2,5 a 3,5kg.
Coelhos
gigantes
C
Fotos: Divulgação
riar coelhos gigantes é a novidade do mercado pet que tem
atraído interessados em trocar
os convencionais cães e gatos por novos
bichinhos de estimação.
Os coelhos gigantes podem pesar
cerca de 10kg e possuem pelos longos
que podem chegar a 20 cm de comprimento, enquanto que os convencionais
pesam em média entre 2,5 a 3,5kg.
De acordo com a cunicultora e proprietária da Casa de Coelhos e Cia, Nayara
Mendes em geral coelhos são tranqüilos e
fáceis de cuidar, mas o criador deve tomar
algumas precauções para que eles tenham
uma vida longa e saudável. “Coelhos necessitam de carinho e afeto, são brincalhões,
ativos, muito carinhosos e atendem pelo
nome, por isso quando for adquirir um desses maravilhosos animais tenha em mente
que eles precisam de atenção e todo o
amor possível. Não é necessário nenhum
tipo de vacinação, mas a cada seis meses
eles devem ser vermifugados”, comenta.
72
Outubro 2012
A primeira coisa a ser feita é
preparar o local onde seu coelho
vai morar. O ideal é o coelho ficar
na gaiola e o dono separar alguns
minutos diários para retirá-lo e brincar com ele. Existem vários tipos de
gaiolas próprias para coelhos, que
ocupam pouquíssimo espaço. Se for
ficar dentro de casa ou apartamento,
a atenção deve ser grande, pois o coelho é um animal de hábitos noturnos e durante o dia procura um lugar
pra se esconder e com isso pode ser
que tente entrar atrás de algum móvel e ficar preso.
Coelho tem a necessidade de
roer, por isso retire do seu alcance
qualquer fiação solta e objetos que
poderão machucá-lo, o ideal é separar um pedaço de madeira macia e
deixar a disposição para que possa
roer. “Em caso de ficar solto no quintal, o criador não pode se esquecer
que coelhos cavam buracos e fazem
tocas para se esconderem, então antes
que isso aconteça, prepare um lugar
tranqüilo e coberto para que ele possa
se esconder do sol”, comenta a criadora.
Quando adquirido ainda filhote, o
coelho pode ser adestrado para fazer
suas necessidades em caixa de areia,
igual ao gatos, mas lembre-se não é da
noite para o dia, ele necessita da repetição para aprender.
Em relação à alimentação Nayara dá
algumas dicas: “Água nunca deve faltar,
a ração deve ser dada todos os dias em
quantidade suficiente para satisfazer a
fome do seu coelho, para complementar
pode dar folhagens, verduras e legumes
Nayara Mendes, Casa de
Coelhos e Cia.
(couve, mostarda, confrei, cenoura, beterraba, rami, palha de cana e milho, etc.)
de 2 a 4 dias por semana em pequenas
quantidades. Nunca dê alface, pois causa
diarréia, e não substitua a ração por outras
coisas. No caso de trocar a marca da ração,
faça isso de forma gradativa”, explica.
No manejo é importante salientar
que não é necessário dar banho, o coelho se lava sozinho com a própria saliva.
Caso o criador tenha outros animais em
casa, como cães ou gatos, é importante
observar qual será a reação desses animais antes de colocá-los juntos, pois
esses são os principais predadores dos
coelhos.
No convívio social, coelhos machos
e fêmeas devem viver separadamente
para não haver disputa territorial e coelhos vivem em média 10 anos, mas existem relatos de animais que viveram até
17 anos.
Outubro 2012
73
Criações Exóticas
Criaçao de
cervideos
exóticos
*Rebeca Marques Mascarenhas,
Médica Veterinária, PhD.
*Pablo César Pezoa Poblete,
Médico Veterinário, MSc.
O
Fotos: Divulgação
Cervo Dama
74
Outubro 2012
s cervídeos atraem a atenção onde
quer que estejam pelo porte imponente e a graça com que se movimentam. Na Europa, Estados Unidos, Nova Zelândia e Austrália espécies como o Cervo Dama
(Dama dama), Cervo Nobre (Cervus elaphus) e o
Cervo Sambar (Cervus unicolor) são criados principalmente para fins de caça esportiva. Já no Brasil
estes animais são muito procurados para ornamentação de fazendas, sítios, resorts e parques.
Para iniciar uma criação de cervídeos é importante observar alguns cuidados que garantem a
saúde dos animais e o bom funcionamento do
criatório. Os cervídeos são animais territorialistas,
ariscos e susceptíveis a estresse. Quando se sentem acuados seu instinto é sempre fugir, muitas
vezes empreendendo corridas a altas velocidades. Em situações assim não é raro estes animais
se ferirem gravemente em choques contra obstáculos dentro dos recintos. Um projeto cuidadoso
das instalações do criatório, feito por profissional
capacitado, facilita o dia-a-dia de trato e alimentação, diminui os riscos de transmissão de doenças
e melhora o bem estar e a saúde dos animais. O
recinto de manutenção de cervídeos deve ser
projetado com tamanho compatível com a
espécie e o número de animais que se deseja
criar. Suas cercas em tela devem ser projetadas de forma a evitar choque e ferimentos
durante o manejo, sendo cercas vivas plantadas rente à metálica uma boa opção. Os
recintos devem sempre contar com um brete
de manejo, local onde normalmente os animais são alimentados e onde são realizados
procedimentos como embarque de animais
para venda, vermifugação e tratamentos veterinários. Devem ser observados detalhes
como material do piso, forma e tamanho de
cochos, corredores, seringas de contenção e
embarcadores. Assim, prevenimos problemas
futuros, como desgaste patológico dos cascos, laminite, fratura de chifres e membros, entre outros. A ambientação do recinto também
é importante, tanto em termos do paisagismo do criatório como para o bem-estar dos
animais. Arvores podem ser plantadas tanto
para gerar sombra onde os animais se abrigam nas horas mais quentes do dia quanto
para embelezamento do criatório. Já moitas
e arbustos devem ser utilizadas com ressalvas,
principalmente se o intuito da criação é a visitação já que os animais podem usá-las como
refúgio escondendo-se durante praticamente
todo o dia. Algumas espécies são bastante
sensíveis ao calor, nestes casos lagos rasos são
uma opção para embelezar o ambiente e refrescar os animais.
Os cervídeos são animais de reprodução
sazonal. Nos países de clima temperado a
estação reprodutiva começa no inicio do outono, a medida que os dias vão ficando mais
curtos. Estas espécies, no Brasil, reproduzem-se ao longo de todo o ano, mas com concentração de cruzamentos também no outono.
A gestação dura cerca de seis meses e meio,
de forma que os filhotes nascem durante a
primavera, época de maior disponibilidade de
Cervo Sambar
alimento. Na maioria das espécies nascem
dois filhotes por parto, mas existem registros de até 4. Os cervídeos jovens entram na
puberdade a partir dos 16 meses e já estão
aptos à reprodução no segundo ano após o
nascimento, na maior parte das espécies.
Para quem está começando uma criação muitas vezes existe a dúvida a respeito
da aquisição de matrizes adultas ou ainda
filhotes. Estes últimos são mais frágeis, porém se o objetivo é ter um “maior contato”
com os animais, este deve ocorrer desde os
primeiros meses de vida, quando ocorre o
“imprinting” (fixação no cérebro do animal
que os humanos são da mesma espécie).
Contudo, muito cuidado deve ser tomado
com estes depois de adultos, principalmente com os machos de algumas espécies na
época reprodutiva, pois podem provocar
graves acidentes com pessoas ao disputar
com eles o cortejo das fêmeas.
Quando recebemos animais já adultos,
especialmente se vierem de criatórios distintos, estes podem ter problemas para acostumar-se uns aos outros quando agrupados.
A recepção no criatório e integração de um
cervídeo adulto a um bando já estabelecido
deve ser cuidadosamente acompanhado,
garantindo que o animal tenha sempre
onde se refugiar no caso de confrontos.
A alimentação é outro fator que deve
ser cuidado na implantação de um criatório
de cervídeos. Estes animais são herbívoros
ruminantes e sua alimentação em cativeiro,
deve na medida do possível, mimetizar a
alimentação em vida livre. A maioria das espécies adapta-se bem a uma dieta a base de
gramíneas ou feno e ração, com suplementação de sal mineral enriquecido. Especial
atenção deve ser prestada aos níveis de proteína e fibra na dieta, bem como à quantidade de alimento consumido por cada animal
diariamente. Muitas vezes a diminuição da
ingestão de alimento é um dos únicos sinais indicativos de que o animal encontra-se doente, já que, pelo fato dos ruminantes
enfermos serem o alvo de felinos e canídeos
em vida livre, eles tentam “disfarçar” sua real
necessidade de auxílio.
Todo manejo deve ser sempre realizado
por equipe treinada e nunca a captura deve
ser executada de forma estressante, devendo a contenção ser realizada preferencialmente com a utilização rifle de dardos anestésicos ou zarabatana, já que estes animais
são suscetíveis a necroses musculares severas comumente levando o animal a óbito.
Cervo Nobre
Outubro 2012
75
Evento / Confraternização
Receita
rural
Haras Porto Rico na
Semana Nacional do
Cavalo Campolina
Culinária
Para 8 pessoas
e 30 minutos
s
hora
2
aro:
prep
de
o
Temp
o
d
r
a
p
o
lh
o
m
o
a
o
g
Fran
Ingredientes
1 frango caipira vivo
1 colher (de sopa) de vinagre
2 colheres (de sopa) de óleo
1 cebola média picadinha
na
1 colher (de sopa) rasa de maize
rde picadinho
¼ xícara (de chá) de cheiro-ve
Tempero
2 dentes de alho picadinhos
3 colheres (de sopa) de vinagre
1 colher (de sopa) rasa de sal,
melha
pimenta-do-reino e pimenta ver
Modo de preparar
a o sangue numa
Corte o pescoço do frango e recolh
her de vinagre).
tigelinha (que já tenha uma col
nto de usar, para
Guarde na geladeira até o mome
e limpo, pique o
não talhar. Depois de depenado
com os ingredientes
frango pelas juntas e tempere-o
na geladeira de um
citados. Deixe a carne repousar
os. Em uma panela
dia para o outro, com os temper
e a cebola e os pedaços
grande, esquente o óleo, frite nel
s de bem dourados,
de frango, em fogo forte. Depoi
ssou a noite e cozinhe
acrescente o molho no qual ele pa
de vez em quando.
em fogo baixo, pingando água
antes de servir,
Depois de cozido, uns 10 minutos
sangue reservado.
acrescente a maizena e depois o
em todo o frango.
Mexa bem, para o gosto pegar
Sirva com arroz branco.
Mendelson e Adelton.
Jucelene, Morgana, Juliana e Raquel
em pé, Carol, Dejane, Talita.
Toninho, Carol e Hamilton.
Altino Rodrigues, Juliana Batista
e Elmiro Nascimento.
Pavilhão da Marcha.
Elmiro Nascimento e Hamilton
Ricardo, Adelton e Mendelson.
Raquel, Carol e Juliana.
Durante a Semana Nacional do Cavalo Campolina, o Haras Porto Rico participou juntamente
com o Haras Santo Antônio, de um belo espaço
de confraternização na Passarela da Marcha. Na
ocasião, o criador Adelton de Morais, títular do Haras Porto Rico, recebeu no espaço o Secretário de
Estado da Agricultura Elmiro Nascimento e o presidente do Ima Altino Rodrigues Neto. A Cachaça
Ouro 1 também marcou presença com estande de
degustação para os criadores.
Edimilson e Adelton.
Adelton, Fabiano Tolentino,
Natalia, Ronaldo e Juliana.
ADM. CIRO RIBEIRO DA SILVA
(37) 3341-1354
(37) 9988-1071
(37) 9921-3593
(37) 8806-1647
76
Outubro 2012
Foto: Divulgação
Outubro 2012
77
Evento / Lançamento
Evento / Comemoração
Marcelo Lamounier comemora aniversário
no restaurante Boi Vitório
Grupo Vitória da União
lança empreendimento
No dia 18 de setembro o Grupo
Vitória da União realizou coquetel de
confraternização para lançamento
de seu novo empreendimento, o
Condomínio Estância da Cachoeira
na região de Casa Branca, região
metropolitana de Belo Horizonte.
Na ocasião estiveram presentes
amigos, clientes e investidores para
conhecer de perto essa mais nova
oportunidade no mercado imobiliário
mineiro.
No dia 13 de agosto o diretor comercial da Mercado Rural recebeu amigos e familiares para comemorar seu aniversário. Na ocasião, estiveram presentes criadores
de diversas raças para brindar com o amigo Marcelo mais um ano de vida.
Marcelo, Luiza, Marcelo e Laura.
João Hilário.
Apresentação da maquete do empreendimento.
Mariana e Luzia Lamounier.
Leninha e Murilo ( Diretor da Ponei ), Gustavo e
Tereza ( Haras GTR), Marcelo e Bernardo ( Haras BJF).
Diretoria do Grupo Vitoria da União, Jeferson
Nassif, Jader Nassif, Adevailde Veloso e Jair Bastos.
Ana Maria Bastos e Jair Bastos.
Cleber Sergio, Luis Roberto,
Adevailde Veloso e Ângelo.
Cristina Nassif, Jader Nassif e
Adevailde Veloso.
Adair Veloso, Raul Gazola e Adevailde Veloso.
Jeferson Nassif, Jader Nassif, Renildo Almeida,
Olivando Araujo, Adevailde Veloso e Jair Bastos.
Rejane Nassif, Jeferson Nassif e
Barbara Nassif.
Renildo Almeida e Gilberto Pereira.
Outubro 2012
Bernardo (Haras BJF), Marcelo e
Fabiano (Consórcio Multi Marcas)
Geraldo Pimentel (Criadouro
Serra Azul), Marcelo e Amanda.
Iara e Eder (Faz. Canta Galo).
Raul Gazolla
Dr. Antonio Hilário e Tatiana.
78
Teodoro e Marcelo.
Conceição, Marcelo e Gloria
Lamounier.
Branca e Tayla (Criadouro Serra Azul).
Leonardo, Marcelo e Célio.
Marcelo e Ana Paula
(Haras Vô Ziroca).
Outubro 2012
79
Giro Rural
Crioulo bate recorde e vendas
ultrapassam R$9 milhões
A raça Crioula bateu mais um recorde.
Os sete leilões realizados na Expointer
alcançaram a cifra de
R$9.390.650,00 em
mais de 300 lotes
vendidos. O resultado
é aproximadamente 30% superior ao de 2011 quando cerca
de R$ 7,2 milhões foram arrecadados.
Momento alto da Expointer para muitos apreciadores
do Cavalo Crioulo, a programação de remates superou as
expectativas.
80
Outubro 2012
Nos dias 23 e 24 de
junho, a comunidade
de Curral, no município
de Camacho no interior
de
Minas
Gerais,
realizou sua segunda
festa beneficente e na
abertura do evento,
uma carreata reuniu
41 carros de boi. A
programação incluiu ainda
almoço para os carreteiros,
leilões, roda de violeiros e shows.
No dia 24 uma cavalgada
reuniu cerca de 300 cavaleiros
e o evento seguiu com leilões,
jogos de bingo e shows na
praça da cidade.
A festa foi realizada com o
Coimma presente na FAX 2012
apoio da Prefeitura Municipal
de Camacho e uma comissão
organizadora
sem
fins
lucrativos. A arrecadação de
cerca de R$20mil foi destinada
a Associação de Combate ao
Câncer do Centro Oeste Mineiro
e ao Abrigo Frederico Corrêa da
cidade de Itapecerica/MG.
Vaca Nelore dá cria
a cinco bezerros em
fazenda no interior
de Cachoeiro de
Itapemirim, no Sul.
Os funcionários e o proprietário de uma fazenda na localidade de
Duas Barras, distrito de Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Espírito Santo,
foram surpreendidos com um acontecimento raro. Uma vaca Nelore deu
cria a cinco bezerros, algo inédito na fazenda e na região. A gestação foi
fruto de uma inseminação artificial, e o touro doador é da raça Aberdim
Angus. Infelizmente três dos cinco filhotes morreram depois que foram
bicados por urubus, mas os que sobreviveram estão saudáveis e fortes.
O veterinário Edgar Sixto explicou que esse tipo de caso é algo raro
de acontecer. Segundo ele, geralmente ocorrem gestações de gêmeos
ou de no máximo três bezerros em uma mesma gestação. “Isso não é
comum. Pelo contrário, é algo totalmente atípico. O fato de ter sido uma
inseminação artificial pode ter contribuído para este fenômeno”, definiu.
O veterinário recomendou que a vaca não seja mais inseminada,
pois uma nova gestação quíntupla ou semelhante poderia colocá-la em
risco de morte.
Fonte: Gazeta Online
A Coimma líder no segmento de troncos e balanças, sempre
participa nos melhores eventos
de agronegócio pelo Brasil e no
mundo, e no período de 15 a 23
de setembro esteve presente com
estande na FAX 2012 ( Feira Agropecuária de Xinguara ) na cidade
de Xinguara no Pará, juntamente
com seus parceiros comerciais, Zezinho Dantas e Frederico Flauzino
da empresa INSEMINAR.
De acordo com Carlos Gonçalves, Supervisor Comercial da COIM-
MA no Pará, a região não tem só
um grande rebanho, mas também
um grande potencial de expansão,
pois está cercada de grandes criatórios que a cada dia, vêm investindo em tecnologia de reprodução,
pastagens e genética, produzindo
assim animais melhores a cada dia.
Isto nos proporciona um mercado
fantástico de produtos de contenção e pesagem, pois só se pode
avaliar o que medimos, e a balança, neste caso é a ferramenta justa
nesta avaliação.
X Campeonato Nacional
do Mini-Horse
De 18 a 21 de outubro acontece a
7ª etapa do X Campeonato Nacional do
Mini-Horse na cidade de Itápolis/SP, durante a FAITA 2012.
PROGRAMAÇÃO
• Entrada dos animais:
dia 18 (quinta feira) o dia todo;
• Julgamento de admissão:
dia 19 (sexta feira) às 8:00 hs;
• Julgamento de Progênies:
dia 19 (sexta feira) às 09:30 hs;
• Julgamento de Conformação:
dia 19 (sexta-feira) às 13:00 hs;
dia 20 (sábado) às 09:00 hs;
• Grandes Camp. e Concursos:
dia 21 (domingo) às 10:00 hs.
joaokarim.com.br
De 04 a 06 de setembro a cidade de Pará de Minas/
MG foi palco de um grande evento: a XXXII Festa Estadual
do Frango XI Festa Estadual do Suíno, eventos tradicionais
no calendário regional. A Associação de Frigoríficos de
Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro (AFRIG) a
convite do presidente do Sindicato Rural de Pará de
Minas participou do evento com belo estande.
Na ocasião, passaram pelo espaço da Afrig seu
presidente Silvio Silveira, o Secretário da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, Sr. Elmiro
Alves do Nascimento, o Presidente do Sindicato Rural
de Pará de Minas, Sr. Eugênio Diniz, o prefeito de Pará
de Minas, Sr. Zezé Porfírio, o presidente da AVIMIG, Sr.
Antônio Carlos, dentre outras autoridades.
Festa beneficente em Camacho
Foto: Gazeta Online
Afrig participa com estande da XXXII
Festa Estadual do Frango XI Festa
Estadual do Suíno.
(31) 9129-8382
PASSA TEMPO-MG
MORFOLOGIA, RAÇA E
ANDAMENTO
CRIATÓRIO JHO
VENDA PERMANENTE DE MUARES E ASININOS
Outubro 2012
81
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Giro Rural
Minas Rural na Nacional do
Mangalarga Marchador
Agenda Rural
Fotos: Divulgação
A Minas Rural marcou presença durante
a Exposição Nacional do Mangalarga Marchador, com bonito estande que contou
com a presença de diversos clientes e criadores. Na oportunidade, a empresa apresentou sua linha de produtos equinos e divulgou o lançamento de sua nova unidade
no bairro Jardim Canadá. A nova casa será
inaugurada no mês de outubro e pretende
atender a crescente demanda na região.
Outubro
82
2
14° Leilão Virtual Peso Provado Quilombo - Raça
Nelore - Transmissão Canal Rural 14H.
2
Leilão Virtual Linhagens de Ouro - Raça Crioula Transmissão Canal Rural 21H.
8 a 14
XXVI CBM(2012) - Campeonato Brasileiro de Marcha Agrocentro Jaçaré/SP
12 a 14
Curso Natural Horsemanship- Juazeiro/BA
19 e 20
Copa Bandeirantes Mangalarga Marchador Indaiatuba/SP
22 a 26
XXII Congresso Brasileiro de Fruticultura Bento Gonçalves/RS
23 a 28
36ª Exposição Especializada do Cavalo Mangalarga
Marchador de Goiânia - Goiania/GO
27 e 28
Altino Rodrigues, Juliana Batista
e Elmiro Nascimento.
Outubro 2012
Leilão Virtual Reprodutores Guzerá Villefort Transmissão Canal Rural 21H.
24
Cachaça Ouro 1 na Nacional
do Campolina
Durante a Semana Nacional do Cavalo
Campolina a Cachaça Ouro 1 participou
juntamente com o Haras Porto Rico e Haras Santo Antônio, de um belo espaço de
confraternização no evento. Na ocasião,
estiveram presentes o Secretario de Estado da Agricultura Elmiro Nascimento e o
presidente do Ima Altino Rodrigues Neto.
A degustação da Cachaça Ouro 1 foi um
sucesso. Mérito do querido casal Hamilton
e Juliana Batista.
1
Novembro
V etapa da copa Du Barão AMCT de tambor e baliza Local: Restaurante Engenho - Sete Lagoas/MG
III Aquapesca Brasil - Salvador/BA
7 a 11
Exposição Especializada do Cavalo Mangalarga
Marchador - Ribeirão Preto/SP
8 a 11
Semana do cavalo de trabalho 2012 - Local: Rancho
Vale da Serra - Ribeirão das Neves/MG
11 a 16
63º Congresso Nacional de Botânica - Joinville/SC
8 a 11
ASIC 2012 - 24ª Conferência Internacional sobre
Ciência do Café - San José/Costa Rica
14 a 18
Exposição Especializada do Cavalo Mangalarga
Marchador - Florianópolis/SC
17
19 a 23
Curso de Cultivo Orgânico de Plantas Medicinais - SP/SP
Feileite 2012 - 6ª Feira Internacional da Cadeia
Produtiva do Leite- São Paulo/SP
21 a 23
Feicomex (Feira Internacional de Comércio Agrícola
e Exportação)- São Paulo/SP
Copa de Marcha Mangalarga Marchador - Cotia/SP
23 a 30
28 a 30
29 a 2/12
Dezembro
Leilão Haras Nagladir Ouro 27 anos - Campolina e
Pampa - Rio de Janeiro/RJ.
7a9
23 a 25
5a7
NOVO FREELANDER 2 DIESEL :
UM PURO-SANGUE COM ESPÍRITO LAND ROVER
FENAGRO - Salvador/BA
6º Congresso Brasileiro de Tomate IndustrialGoiania/GO
Exposição Especializada do Cavalo Mangalarga
Marchador - Bragança Paulista/SP
Curso Técnico Intensivo para Produtor Iniciante (Básico)
de Flores e Plantas Ornamentais - Holambra/SP
ESPORTIVIDADE: COMMAND SHIFT™
Câmbio automático de 6 velocidades.
SEGURANÇA: 9 AIR BAGS
TERRANOVA - (31) 3319 2500
NOVO FREELANDER 2 DIESEL
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CONFORTO: BANCOS EM COURO
FORÇA E ECONOMIA: MOTOR
2.2L COM 190 CV
ROBUSTEZ: EXCLUSIVO SISTEMA
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www.terranovalandrover.com.br
[email protected]
Outubro 2012
83
BEBA COM MODERAÇÃO
84
Outubro 2012
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