- Revista Mercado Rural

Transcrição

- Revista Mercado Rural
Dezembro 2012 • n°5
Marchador e Nelore
celebram fim de ano
em suas edições Fest.
Haras JP
Destaque na
raça Mini-Horse
Entrevista
Ministro da Agricultura,
Mendes Ribeiro
O agronegócio reunido no mais novo veículo
de comunicação do mercado rural brasileiro.
É tempo de agradecer e reconhecer...
Agradecemos a todos os anunciantes e
parceiros que estiveram conosco em 2012.
Contamos com a continuidade
da parceria no próximo ano!
Feliz natal e um
próspero ano novo!
Amanda Ribeiro e Marcelo Lamounier
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www.revistamercadorural.om.br
[email protected]
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Editorial
Ano I - nº V - DEZEMBRO - 2012
Redação
Unique Comunicação e Eventos
Av. Barão Homem de Melo - 4.500/324 - Estoril
BH/MG - Tel.: (31) 3653-0633
[email protected]
Editora e jornalista responsável
Amanda Ribeiro - MT10662/MG
[email protected]
Diretor Comercial
Marcelo Lamounier
[email protected]
Tels.: (31) 3063-0208 / 9198-4522
Colaboração
Press Comunicação, CCAS, Alfapress Comunicação,
Embrapa, Ministério da Agricultura, Zoovet,
Publique, Souza Sociedade de Advogados, Buriti
Sócioambiental, Reabipet.
Direção de Arte
Stella Prada Ramenzoni [email protected]
Assinaturas
Unique Comunicação e Eventos
Periodicidade
Trimestral
Tiragem
5.000 exemplares
Impressão
Gráfica Del Rey
Distribuição
Vip
A Revista não se responsabiliza por conceitos
ou informações contidas em artigos assinados
por terceiros.
Chegamos ao final de mais um ano,
mas esse foi especial.2012 foi um ano de
muito trabalho e dedicação da equipe
Mercado Rural, trabalhando para fazer
cada edição melhor. 2012 foi o o início
de uma estória que completa agora um
ano de existência.
Estamos colhendo os frutos que
plantamos, frutos esses que estão nos
elogios que recebemos, no carinho dos nossos leitores, nos amigos que fizemos e nos
anunciantes que acreditam no potencial da revista. Mas ainda temos o que plantar e
continuaremos firme nessa caminhada.
Final de ano é sempre tempo de agradecer, de refletir. De comemorar o período
natalino com a família e amigos, de agradecer pelas conquistas, de nos desculparmos
pelos erros, de refletirmos sobre o ano que passou. Hoje, a equipe da revista Mercado
Rural agradece imensamente aos que acreditaram na sua capacidade e potencial de
divulgação. Agradecemos aos anunciantes, os fieis que estão conosco desde a primeira
edição e também a todos aqueles que estiveram nela, mesmo que em apenas uma.
São graças aos nossos anunciantes que fazemos da Mercado Rural um veículo cada
vez melhor, atingindo maior alcance, mais elogiado e crescendo sempre mais.
Agradecemos também a todos os colaboradores que contribuem com cada
reportagem, entrevista, envio de artigo, de material, ilustrações, enfim, a cada um que
de certa maneira contribui com nossas páginas.
Que venha 2013! Esperamos que aos que acreditaram no projeto Mercado Rural,
possam continuar unidos conosco nessa parceria em prol do agronegócio brasileiro.
Estamos ansiosos para a chegada do próximo ano na continuidade e empenho, para
fazer da revista Mercado Rural, cada vez melhor para nossos leitores.
Desejamos um feliz natal e um próspero ano novo.
Amanda Ribeiro e Marcelo Lamounier
C@rtas
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sua crítica ou sugestão
Mercado Rural
Curta nossa página
Conheci a revista de maneira
inusitada, presenteada pela
minha irmã caçula que conhece
meu gosto pelo meio rural. Sou
advogado, mas tenho fazenda e,
apesar de não lidar muito, tenho
bastante interesse em temas
relacionados ao meio rural.
Gostei muito da revista.
Frederico Bocchi Siqueira
Eu amei a 4ª edição
da revista Mercado Rural.
Sensacional! Parabéns!
Parabéns pela revista. Linda
e com fotografias espetaculares.
Muito sucesso pra vocês.
Ana Beatriz Ramos
Juiz de Fora/MG
Nadja Ferreira
Magalhães Fenelon
Marbrasa Mármores
e Granitos
Pietra Fina/MG
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Entrevista
Ministro Mendes Ribeiro Jr
Inseminação artificial em abelhas
Geada negra
Personagem
Mila de Carvalho Laurindo e Campos
Pecuária acelera uso de tecnologia
Como ter uma mini horta
ou jardim no apartamento
Haras Terra Natal
Destaque
Haras JP
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Embrapa entrega sementes de milho
a povo indígena do Xingu
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Rancho Bela Vista
Exemplo na criação de ovinos
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A questão do Funrural e seus
reflexos para o produtor rural
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Haras Tarumã
Tradição na raça Jumento Pêga
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Cientistas do ITAL apresentam
resultados favoráveis à raça
Os obstáculos a serem superados pelo Agro
Feileite 2012
Tênis
13ª edição da Nelore Fest
Produtores rurais mineiros terão salto
tecnológico na emissão de documentos
Sardinha
Fazenda Pedrões
Empresa Mineira desenvolve cerveja de cana
Como iniciar um criatório de
animais silvestres ou exóticos
Tecnologia verde
Automóveis
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Irrigação é a aposta do governo
para aumentar produtividade
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Aproveitamento de água das chuvas, uma
solução para os que sofrem com a falta dela
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Carne seca com banana
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Morcegos. A transmissão de
vírus rábico por morcegos frugívoras
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Viagens à cavalo
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A cavalgada e o meio ambiente:
conhecer para preservar
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Sempre vivas
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MARCHADOR FEST
O Oscar da raça Mangalarga Marchador
Chá verde
Haras Pequerrucho
Destaque na seleção da raça Pônei
Carros híbridos chegam ao mercado brasileiro
Receita
Turismo
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Acupuntura na veterinária
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Eventos
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Giro Rural
Mercado Pet Furão
Criações Exóticas
Hedgehog, um animal diferente!
Haras Portão dos Motta
1ª Copa de Marcha Pampa BH
IV Marchador Fest
Visita ao Haras Falupa
Entrevista
continuamos com a meta de erradicar
a febre aftosa do rebanho brasileiro até
2014 e, assim, facilitar o trâmite de negociações para exportação da carne brasileira. Em relação ao abastecimento, esperamos lançar em 2013 o Plano Nacional
de Armazenagem, para resolver gargalos
históricos de abastecimento no Brasil.
Mendes
Ribeiro Jr.
Ministro da agricultura, Pecuária e
Abastecimento fala à revista Mercado Rural
sobre o ano de 2012 para o agronegócio
brasileiro e as expectativas para o próximo.
MR: Como foi o ano de 2012 para
o agronegócio brasileiro?
Extremamente positivo e com resultados históricos. Primeiro, com o anúncio
da maior safra de grãos da história deste
País, que alcançou 165,9 milhões de toneladas. O Valor Bruto de Produção (VPB) das
principais lavouras este ano, até setembro,
também registrou recorde de R$ 232,5 bilhões. Outro recorde esperado é quanto às
exportações do setor este ano, que deve
ser próximo de US$ 100 bilhões. Houve
ainda avanços quanto à vacinação de animais contra a febre aftosa e na área de pes-
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quisas com a Embrapa. E queremos auxiliar ainda mais o produtor nesta nova safra.
Por isso foi lançado o maior Plano Agrícola
e Pecuário de todos os tempos, que disponibilizará R$ 115,25 bilhões entre julho de
2012 e junho de 2013, com taxas de juros
reduzidas de 6,75% para 5,5% ao ano.
MR: Quais as perspectivas para o
próximo ano no contexto da agricultura, pecuária e abastecimento?
Espera-se uma nova safra positiva,
que deve ultrapassar 170 milhões de
toneladas de grãos. Quanto à pecuária,
MR: Quais os maiores entraves
para o crescimento do agronegócio
nos próximos anos?
Precisamos resolver questões como
infraestrutura e logística para tornar os
produtos agropecuários mais competitivos nos mercados interno e externo. O
Governo Federal está fazendo sua parte
e lançou este ano o Programa de Investimentos em Logística, que prevê alocação
de recursos de R$ 133 bilhões nos próximos anos para a construção de portos,
estradas, ferrovias e apoiar o desenvolvimento de hidrovias. Outras questões envolvem problemas com irrigação. Queremos levar soluções para localidades que
sofrem com déficit hídrico.
MR: Quais as perspectivas do
Mapa em relação à produção do Biodiesel e crescente demanda por ele?
O papel do Mapa relativo ao programa brasileiro de biodiesel está relacionado às políticas públicas que possam
garantir a oferta de matéria-prima para a
produção deste biocombustível. Hoje, a
produção de biodiesel está, fundamentalmente, baseada no aproveitamento
do óleo de soja. Já existe uma capacidade instalada de produção que supera
bastante a demanda atual baseada na
mistura de 5% no diesel mineral. No entanto, há um debate atual para a revisão
do Programa Nacional de Produção e Uso
de Biodiesel (PNPB), sendo uma das mudanças propostas a de aumentar o nível
de mistura para 7% em 2013 e gradativamente elevar este percentual até chegar a
20% em 2020. A visão do Ministério é que
a revisão do PNPB deve levar em conta aspectos importantes como: dimensão do
envolvimento da agricultura familiar; diversificação e desconcentração geográfica das culturas; o volume de produção de
matérias primas; a qualidade do biodiesel;
a sistemática de leilões; os custos de produção do biodiesel, entre outros. Estamos
participando deste debate de revisão do
PNPB de forma ativa e, pensando no sucesso do Programa no longo prazo, está
sendo feito um trabalho de pesquisa pela
Embrapa para garantir a oferta de matéria-prima que atenda de forma sustentável às necessidades de biodiesel do Brasil.
MR: Em que contempla o programa do Governo para o enfrentamento da grande seca?
O Ministério da Agricultura tem feito
um grande esforço este ano para auxiliar
os pequenos produtores das regiões Sul e
Nordeste, afetadas pela estiagem. Por isso
a prioridade tem sido a realização de vendas balcão a preços abaixo do mercado. Os
estados e municípios nordestinos afetados
pela seca deste ano também poderão decidir se prorrogam ou suspendem a vacinação contra a febre aftosa - dependendo das
condições do gado. Temos ainda reforçado
as pesquisas em irrigação para auxiliar aos
agricultores a continuarem produzindo.
MR: No mês de novembro houve
uma missão oficial à China. Quais foram os objetivos da viagem?
Durante a visita, ocorreu um encontro com representantes da Administração Geral de Qualidade, Inspeção e Quarentena (AQSIQ, em inglês) para tratar da
habilitação de novos estabelecimentos
brasileiros exportadores de carne de aves
e suínos. Também promovemos nossos
produtos agropecuários no país asiático,
por meio de uma missão comercial com
a participação de representantes de empresas do Brasil.
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Inseminação artificial
©Stewart Walton
em abelhas
busca aumentar produtividade
A
inda pouco utilizada no Brasil, a
inseminação artificial de abelhas
pode ser nos próximos anos, responsável por um salto da qualidade no
sistema de reprodução que ainda hoje
acontece de forma bem simples. O assunto não é novo, a técnica já frequenta
laboratórios de pesquisa das universidades do Brasil desde a década de 1960,
mas só agora começa a dar as caras em
uma produção comercial. Por enquanto a
inseminação é feita apenas com abelhas
africanizadas, aquelas que tem ferrão,
mas já existem pesquisas para utilização
da técnica com outras espécies.
Através da inseminação artificial é possível fazer a seleção genética e determinar
como serão as novas operárias: mais pro-
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dutivas, menos agressivas e com características que as tornem menos vulneráveis
às pragas, como o ácaro barroa, que suga
o sangue das abelhas que podem depois
gerar descendentes com deformidades.
São, no mínimo, oito microlitros de
sêmen por rainha, sendo necessário coletar o sêmen de cinco a dez zangões, mas,
na prática, precisa-se capturar bem mais.
A fumaça traz os zangões até a superfície
da colmeia. O profissional capacitado seleciona pelo menos 30 para cada rainha que
pretende inseminar. Todo cuidado é pouco,
pois zangões são extremamente sensíveis,
não aguentam muito tempo na gaiola e
podem morrer com qualquer variação de
temperatura. Para extrair o sêmen é necessário matar o macho e fazer a eversão (reti-
rada do endófilo, aparelho reprodutor masculino) e assim faz-se a retirada do sêmen.
Um microscópio e uma seringa de precisão
ajudam a coletar só a parte necessária. O
processo é repetido inúmeras vezes, e nem
todos os zangões têm sêmen.
O processo de produção de rainhas,
já praticado por muitos apicultores no
Brasil, é fundamental para fazer a inseminação; a seleção das matrizes é rigorosa.
A rainha escolhida como matriz é levada
para o laboratório e introduzida em um
tubo para facilitar o manuseio, antes do
procedimento, é utilizado gás carbônico
que funciona como anestésico. Mesmo
com a rainha anestesiada o processo
todo exige muita delicadeza. Cuidadosamente, o pesquisador abre a abelha e
posiciona a seringa com o sêmen.
Já inseminada ela volta para a colônia
com uma marcação que a identifique. 48
horas depois começa a depositar os ovos,
são cerca de 500 por dia. As vantagens da
técnica aparecem nos números, um aumento de cerca de 300% de mel produzido.
Graças à técnica, a produção de mel, própolis e geléia real cresceu muito no país, mas a
produtividade média por colmeia continua
baixa, entre 20 e 25 quilos de mel por ano.
Para fazer a inseminação, são necessários equipamentos especiais e profissionais treinados. Apesar do custo alto,
o processo, segundo os pesquisadores,
pode valer a pena se a despesa for dividida por grupos de criadores.
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Geada negra
“Geralmente tem ocorrido geadas fracas,
de baixada, a cada 2 ou 3 anos, geadas fortes a cada 9 ou 10 anos e geadas severas
a cada 18 a 20 anos. A ocorrência é maior
quanto mais a sul estiver a região. Tem sido
observada principalmente no sul da região
Centro-Oeste, no Sudeste e no Sul. A maior
ocorrência de geadas se dá durante o inverno, de junho a agosto, mas podem ocorrer geadas, excepcionalmente, em maio
e setembro. É importante que o agricultor
esteja sempre acompanhando as previsões
do serviço de metereologia para se prevenir
tanto das geadas e principalmente da geada negra”, completa Rosolem.
Fenômeno raro provoca prejuízos às colheitas
A
geada negra não é geada propriamente dita. De fato, às gotas de
água resultantes da condensação
do vapor de água existente no ar atmosférico e do que provém da transpiração das
plantas, em contato com a superfície terrestre, em especial a superfície das plantas, chama-se orvalho. Quando a temperatura do ar atinge os 0ºC ou valores
inferiores, as gotas de orvalho congelam
formando o que se designa por “geada”(o
ponto de orvalho é mais baixo do que a
temperatura negativa letal para a planta).
Mas quando o ar é extremamente frio
e também extremamente seco e o vento
tem uma intensidade moderada a forte,
não existem condições para a formação de
geada, pois o conteúdo em vapor de água
atmosférico é muito pequeno e porque o
vento forte afasta rapidamente da proximidade das plantas o vapor de água proveniente da transpiração das plantas. Neste
caso, em vez de se formar uma película de
gelo sobre a planta (geada) dá-se a congelação interna da planta, da seiva, a planta
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fica escura, queimada, e morre. É este fenómeno que se designa por geada negra.
De acordo com Ciro Antonio Rosolem, membro do Conselho Científico
para Agricultura Sustentável (CCAS), a
geada negra não deve ser confundida
com a geada “de vento” ou “de capote”,
que ocorre com vento muito frio e geralmente afeta uma das faces das plantas, ou apenas a copa superior. “Uma das
melhores defesas para evitar o prejuízo e
a perda da plantação é a irrigação, principalmente por aspersão. No caso de
mudas, a cobertura com papel, plástico,
ou até terra também são eficientes. A
manutenção do terreno completamente
limpo, sem mato ou palha, também ajuda na prevenção de geadas menos severas. Dependendo da geografia da área a
queima de serragem salitrada”, explica.
O sul do Brasil sofre mais com esse fenômeno. Na década de 70, a geada negra
foi responsável pelo fim do ciclo do café no
estado do Paraná. Em 2012 a geada negra
já causou muitos prejuízos no sul do país.
“É importante que o
agricultor esteja sempre
acompanhando as
previsões do serviço
de metereologia
para se prevenir
tanto das geadas e
principalmente da
geada negra”
Ciro Antonio Rosolem
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Personagem
Mila de
Carvalho
Laurindo e
Campos
Criadora à frente da
Fazenda Recreio celebra
bom momento na
criação de gado leiteiro
A
A vocação que veio de berço.
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Fazenda Recreio desenvolve suas
atividades focada na produção
leiteira, mas há quatro anos participando de julgamentos em pista, para
dar maior visibilidade ao plantel, vem
conquistando grandes prêmios, inclusive
os títulos de melhor criador/expositor geral da raça Girolando na Megaleite e Feileite, no ano de 2012, o que assegurou atualmente a liderança no ranking nacional.
O envolvimento da criadora Mila de
Carvalho com o agronegócio vem de berço, a pecuária de leite, desde sempre, foi
desenvolvida por sua família, pioneira nas
técnicas de reprodução e melhoramento
genético. O interesse pela atividade foi se
desenvolvendo ao longo de sua vida. Mila
aprimorou seus conhecimentos cursando
Agronomia na Universidade Federal de Viçosa e complementando com o Mestrado em Zootecnia, na área de Nutrição de
ruminantes,forragicultura e pastagens.
Há duas décadas a criadora está à
frente da Fazenda Recreio, localizada no
noroeste fluminense, na cidade de São
José de Ubá, dando continuidade ao
trabalho do patriarca Joaquim Ribeiro
de Carvalho, que já trabalhava intuitivamente alternando os cruzamentos das
raças Gir e Holandesa. Hoje a criadora
ocupa a liderança no ranking nacional da
raça Girolando, mas também desenvolve
um trabalho de seleção no Gir Leiteiro e
recentemente iniciou-se na raça Guzerá
Leiteiro. “Os resultados alcançados em
pistas de julgamentos se devem a um
somatório de ações, a um conjunto de
fatores que envolvem mais de cinqüenta
anos de seleção genética, através da importação de touros melhoradores e depois com a implantação de técnicas de
reprodução como inseminação artificial,
transferência de embrião e fertilização
in vitro. Vale ainda destacar o manejo na
criação dos animais que possibilita um
melhor desenvolvimento e precocidade
reprodutiva; o que garantiu a conquista do grande campeonato em Resende
2009, com a matriz Qualidade FR Recreio
que contava a época, com apenas vinte
seis meses de idade”, comemora.
A rotina na Fazenda Recreio consiste na liderança do trabalho de campo:
determinação de serviços, acompanhamento da ordenha, controle leiteiro, coleta de dados zootécnicos, manejo dos
lotes nas pastagens, controle sanitário
e o trabalho de escritório: escrituração
zootécnica, controle reprodutivo, acasalamentos, fluxo de caixa e compra de
insumos. “Trabalhamos com uma equipe
de funcionários que precisam estar estimulados, satisfeitos, com funções diversas, mas com um objetivo em comum:
otimizar a produção de leite”, conta Mila.
Ser uma mulher de destaque no meio
de agrobusiness é mérito para poucas,
mas Mila ressalta que encara seu trabalho
como qualquer profissão e que muitas pessoas se surpreendem com sua atividade,o
que deveria ser encarado com naturalidade. “Hoje várias mulheres são chefes
de grandes organizações, sejam públicas
ou privadas, outras são chefes de estado
como a nossa presidenta Dilma. As mulheres percorreram uma longa trajetória na
conquista do seu múltiplo espaço e esse
processo continua, pois apesar do nível de
escolaridade das mulheres ser maior, o salário comparado com o dos homens para
a mesma função ainda é menor”, lamenta.
A Fazenda Recreio produz 2.000 litros
de leite/dia, com uma média de 20 Kg/
vaca/dia, em regime semi-intensivo, 2 ordenhas. A alimentação do rebanho consiste na estação das águas em pastejo rotacionado e complementação de concentrado
em função da produção, avaliada em controle leiteiro mensal e na estação seca, pastejo rotacionado, cana corrigida com uréia,
silagem de sorgo e complementação com
concentrado, tudo isso supervisionado de
perto pela criadora. “Fornecemos nosso
leite para a LBR- Lácteos Brasil S. A, a maior
companhia privada de produtos lácteos do
País, e existe um sistema de valorização da
qualidade do leite baseado na média mensal dos resultados das análises dos teores
de proteína, gordura, CCS e UFC. O nosso
maior foco está no controle da CCS, relacio-
Megaleite2012 - melhor criador/expositor geral da raça girolando e melhor criador 5/8H
Sede da Fazenda Recreio
Feileite 2012: Mila e o funcionário Douglasmelhor criador/expositor geral da raça girolando,
melhor criador 5/8 e melhor expositor 5/8
nada com a saúde da glândula mamária e
UFC, higiene na ordenha”, conta Mila.
A comercialização de matrizes e tourinhos é feita diretamente na Fazenda
Recreio e ainda em leilões que a fazenda
promove anualmente no mês de maio e
também durante a Megaleite, onde Mila
Carvalho é uma das Divas do Girolando.
Reconhecida nacionalmente pelo trabalho que desenvolve, a Fazenda Recreio
foi homenageada na Expozebu 2010, pela
relevante contribuição com a pecuária de
leite nacional em comemoração aos 30
anos da ABCGIL, 25 anos do PNMGL. E em
2011recebeu também homenagem da
Embrapa Gado de Leite – CNPGL; quando
da comemoração de seus 35 anos.
Questionada sobre o que a faz sentir mais
realizada nesse duro trabalho, Mila é enfática:
“O Reconhecimento do nosso trabalho, seja
através dos resultados dos julgamentos em
pista; bem como da satisfação dos nossos
clientes, pois como costumo dizer, a fidelização do cliente é a certeza de que estamos
trilhando o caminho certo”, finaliza.
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Pecuária acelera
uso de tecnologia
para atender demanda e destinar
área para agricultura, aponta Rally
N
os próximos dez anos, para cada
10 quilos de aumento no consumo mundial de carne, 3 quilos
deverão ser produzidos no Brasil. Além de
garantir o suficiente para atender essa demanda, a pecuária terá que disponibilizar
área para a expansão da agricultura. No
ritmo atual de uso de tecnologia e crescimento de produtividade, a pecuária destinaria 8,6 milhões de hectares de pastagens
para a agricultura. No entanto, projeções
da Agroconsult apontam que, até 2022,
as atividades de grãos, cana-de-açúcar e
florestas plantadas exigirão 15,3 milhões
de hectares novos. A expectativa da Agroconsult é de que 82% dessa área – 12,5 mi-
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lhões de hectares – venham de pastagens
e apenas 18% - 2,8 milhões de hectares –
de supressão de vegetação nativa, ficando
clara a necessidade de a pecuária aumentar o ritmo com que vem agregando tecnologia e incremento de produtividade.
A integração lavoura–pecuária–florestas é uma tendência que vem se confirmando na amostragem do Rally da Pecuária, expedição técnica que percorreu,
entre agosto e outubro de 2012, 52 mil
quilômetros por nove Estados, que representam 75% do rebanho bovino e 85%
da produção de carne. O levantamento
identificou que 11% das áreas visitadas já
estão cobertas com agricultura ou reflo-
Previsão é de que,
em uma década, 12,5
milhões de hectares de
pastagens deverão ser
transferidos para atividades de grãos, cana-de-açúcar e florestas
restamento. Nas entrevistas, 86% dos produtores querem reformar 14,5% das pastagens ao ano; desses, 34,7% pretendem
usar agricultura no processo de reforma.
Mesmo assim é importante ressaltar algumas limitações técnicas de produtividade em grande parte das pastagens. Essas considerações precisam ser
apontadas aos produtores para evitar
que frustrações acabem por gerar desconfiança quanto aos benefícios da integração. Um dos fatores limitantes para
a produtividade agrícola de alta performance – a altitude – indica que somente
17,8% das pastagens amostradas estão
em altitudes elevadas. Isso indica que a
produtividade nessas regiões da integração lavoura-pecuária pode ficar aquém
das expectativas dos produtores.
Apesar dos inquestionáveis benefícios da integração, as alternativas de
melhorar diretamente as pastagens são
viáveis e desejáveis. No entanto, o levantamento do Rally da Pecuária 2012
identificou que apenas de 3% a 7% dos
pastos precisariam de reforma imediata.
Entre 16% e 20% da área podem passar
por recuperação (sem revolvimento do
solo) que, em média, custa aproximadamente 60% do valor de uma reforma.
Essa observação permite concluir que
há um espaço enorme de oportunidades para o produtor economizar adotando técnicas economicamente mais
eficientes para lidar com as pastagens.
A maneira como o pecuarista lida
com o pasto, conforme a amostragem,
já aponta a propensão para adotar mais
tecnologia. Dos produtores entrevistados, 42% fazem fertilização, das pastagens em superfície, em alguma medida.
Essa é uma das razões que tornam o
confinamento uma ferramenta neces-
sária, pois permite o aumento de tecnologia nas pastagens. Na amostra foram
identificadas 549 mil cabeças confinadas, que representam um aumento de
6% em relação ao confinado pelos mesmos produtores no ano passado. Desse
total, 88,5% são usados como estratégia
de terminação nas propriedades.
Além dos avanços no uso de confinamento e de IATF (Inseminação Artificial
em Tempo Fixo), o Rally constatou que
64% dos produtores entrevistados usam
sal proteinado na seca e 44,5% no período chuvoso. A propensão dos pecuaristas
em implementar tecnologias como essas
confirma o cenário traçado pela Agroconsult para os próximos dez anos. O suporte
das áreas de pastagens deverá aumentar
na ordem de 12% a 15%, enquanto a
produtividade por área aumentará na
ordem de 40% a 45% no mesmo período. A intensificação zootécnica será mais
rápida do que a agronômica. “O Rally da
Pecuária 2012 atingiu uma amostragem
melhor, se comparado a de 2011. Mesmo
assim não é possível diagnosticar a pecuária nacional, estimando uma média. A
resposta que conseguimos é ‘para onde
a pecuária está indo’”, diz Maurício Palma
Nogueira, coordenador da expedição.
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Como ter uma
mini horta
ou jardim
no apartamento
S
e você acha que ter horta é só pra
quem mora em casa e tem quintal,
está muito enganado. Além de decorar o apartamento você vai ter temperinhos sempre frescos e sem agrotóxicos.
Então, que tal montar a sua própria horta
de apartamento?
O cultivo de plantas ornamentais,
flores e mini hortas em apartamentos é
uma oportunidade de lazer para quem
cuida, uma forma de deixar o ambiente
mais alegre, vivo e fazer uma composição
decorativa interessante. Além de ser uma
forma bem bacana de trazer a natureza
mais para perto de si, uma mini-horta deixa a casa mais bonita e cheirosa de forma
sustentável e ajuda a inserir alimentos e
temperos mais frescos, saborosos e livres
de agrotóxicos no cardápio.
São vários os temperos e ervas que
podem ser cultivados em vasos: cebolinha,
salsinha, manjericão, alecrim, orégano, coentro, dentre outros. Alguns você encontra
em lojas de jardinagem na forma de mudas, ou em sementes que você encontra
em qualquer mercado. Você pode usar
vaso, latinhas ou floreiras, desde que o recipiente tenha pelo menos 20 cm de pro-
fundidade. É legal daqueles que possuem
buraquinhos no fundo, pra drenar a água.
É claro que ao cultivarmos plantas
em um apartamento devemos levar em
consideração algumas limitações e, principalmente, conhecermos as técnicas envolvidas, para que o resultado final seja o
desejado. Escolha um lugar que pegue sol
direto durante uma parte do dia para deixar suas plantinhas ou mini horta, como
varandas por exemplo. O local disponível
vai determinar os tipos de plantas e flores
mais indicadas e os locais do apartamento mais apropriados para o seu cultivo.
Se optar por plantas, o gerânio e a
azaléia, por exemplo, devem ficar parte
do dia expostas ao sol. Já a maria-sem-vergonha e a prímula se desenvolvem
melhor em local sombreado. As orquídeas são uma boa opção para apartamentos, desde que possam ficar em local
com bastante iluminação, mesmo sem
sol direto sobre elas. Samambaias necessitam de uma quantidade bem maior de
água que os cactus, que pouco precisam
ser regados. Além desses cuidados, devemos manter as plantas livres de doenças,
fungos e parasitas e, ainda, manter os
vasos limpos, retirando galhos, folhas e
flores mortas e, por último, efetuar podas
sempre que necessário.
Para montar os vasinhos, você vai
precisar de vaso com furos para drenar
a água, pedrinhas para ajudar na drenagem, pedrinhas para cobrir e decorar o
vaso e uma mistura de terra + humus de
minhoca + areia (o solo deve ser mais arenoso para esse tipo de planta).
O solo para o cultivo deve ser rico em
matéria orgânica e com uma boa aeração.
Em geral, aconselha-se uma proporção
de 20% de matéria orgânica em um solo
fértil. A temperatura ambiente é um componente importante, pois pode variar bastante, mesmo dentro de um apartamento.
Os locais muito quentes devem ser evitados, da mesma forma que locais mais frios.
As plantas mais cultivadas em apartamentos se desenvolvem melhor em temperaturas mais altas, entre 20 e 25ºC.
Coloque as pedrinhas no fundo do
vaso e coloque a mistura de terra por
cima. Se você comprou mudas, faça uma
camada de terra, coloque as mudas, preencha os espaços com mais terra e cubra
a terra com pedrinhas, elas vão ajudar
a manter a umidade e deixar o vasinho
bem mais bonito. Se são sementes, coloque pedras e a mistura de terra no vaso,
espalhe as sementinhas e cubra com
mais um dedo de terra. Regue com frequência. Depois de alguns dias, você vai
começar a ver brotos verdinhos nascendo no seu vaso.
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Fonte: Agência Estado
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Irrigação
é a aposta do Governo para
A
aumentar produtividade
s novas tecnologias de irrigação
são ferramentas importantes
para impulsionar a produtividade
agrícola de pequenas, médias e grandes
propriedades rurais. Atento a isso, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro Filho, determinou a implementação de uma política
de irrigação para o campo. O objetivo é
o aumento da produtividade e da produção de grãos e carne sem desmatamento.
Hoje, o Brasil tem uma área plantada
de 68 milhões de hectares de grãos, frutas
e fibras. Na pecuária, o espaço no campo
é de 180 milhões de hectares. A execução
da política de irrigação é para justamente
tornar mais intensivo o uso dessas áreas,
reduzindo a pressão por novos espaços.
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Para atender as essas demandas, o Governo, por meio do Plano Agrícola e Pecuário
2012/13, já disponibiliza uma linha de financiamento para o incentivo à irrigação,
com juro subsidiado e carência de três
até 12 anos para pagamento. Além do
crédito mais barato, as taxas variam entre
5% e 5,5%, o Ministério garantiu no Plano
Plurianual/2012-2015 recursos de R$ 4 bilhões. O objetivo das ações é aperfeiçoar
as políticas voltadas à irrigação para ampliar a área irrigada, aumentar a produtividade e contribuir para a contenção do
avanço da fronteira agrícola.
Para o secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo (SDC)
do Ministério da Agricultura, Caio Rocha,
o uso da irrigação é um dos itens mais
importantes para a modernização e o
aumento da produtividade da agricultura brasileira. Segundo ele, a utilização
dessa tecnologia permite o uso intensivo
dos solos reduzindo a pressão por abertura de novas áreas, além de qualificar a
lavoura. O crescimento das áreas irrigadas é apontado como um dos principais
fatores que garantiram o suprimento de
alimentos em décadas de explosão demográfica. “O Ministério está trabalhando
com vistas a ampliar o uso dessas novas
tecnologias no campo”, salientou Rocha.
Dados mostram que o setor agropecuário é o maior consumidor de água em todo
planeta, correspondendo a 70% da água
doce existente, enquanto o uso doméstico
responde por aproximadamente 10%, sendo o restante consumido pela indústria.
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Aproveitamento
de água das chuvas,
A
uma solução para os que
sofrem com a falta dela.
s cisternas para a captação de
água da chuva representam uma
solução de acesso a recursos hídricos que provoca grandes e importantes
impactos nas condições de vida da população de regiões que sofrem com falta de
água, destinadas à população rural de baixa renda. Nesse período, o acesso à água
normalmente ocorre por meio de barreiros, açudes e poços que ficam a grandes
distâncias e possuem água de baixa ou
baixíssima qualidade, provocando várias
doenças e enfermidades nas populações
que se vêem obrigadas a consumir água
proveniente dessas fontes.
Mas estudos tem demonstrado que é
possível diminuir os efeitos da baixa disponibilidade de recursos hídricos no pe-
Figura 8
ríodo de seca com o armazenamento de
água da chuva. Diversas iniciativas de implantação de mecanismos de captação e
de construção de reservatórios foram implementadas e amplamente difundidas.
A cisterna é uma tecnologia simples
para captação de água da chuva e tem se
constituído em uma alternativa apropriada para oferecer água de qualidade e em
quantidade para o consumo humano,
além de evitar outros problemas, como
as longas caminhadas para a busca de
água pelas mulheres e crianças em barreiros cuja água, regra geral, é imprópria
para consumo humano. De tecnologia
simples, a cisterna é construída junto
ao domicílio da família, aproveitando-se do escoamento de água do telhado
(por meio de calhas instaladas no mesmo) para propiciar o armazenamento, o
que minimiza as perdas decorrentes do
transporte e a contaminação decorrente do manejo inadequado. Dessa forma,
além de proporcionar melhores condições para a população beneficiária, o
consumo de água da cisterna reduz a
incidência de contração de doenças de
veiculação hídrica, bastante comuns na
utilização de água dos barreiros ao ar livre
e da água salobra de alguns poços.
A chuva não é regular, e o solo não
absorve a água, que evapora rapidamente, daí se faz a importância captar
a água das chuvas e armazená-la para a
estiagem. O tamanho da cisterna varia
de acordo com o número de pessoas da
casa e do tamanho do telhado.
Estudos mostram que cisternas podem garantir água potável para a família
beber e cozinhar por oito meses. Uma
família de cinco pessoas terá água para
beber por até um ano, com 200 mm de
chuva por ano. Segundo técnicos da
ONG dos funcionários do Banespa que
trabalham com o Projeto Cisternas, os
custos atuais variam bastante, de um mínimo de R$ 844,00, até o máximo de R$
1.200,00. Há construções de R$ 880,00 a
R$ 900,00, até R$ 1.111,00.
Os materiais necessários são cimento,
areia, ferro, arame, brita, vedacit, calhas
de zinco, pano, canos de PVC e joelho de
PVC e supercal. As cisternas podem armazenar 10 mil, 15 mil, 16 mil, até 20 mil
litros. A mão-de-obra é a própria família,
que precisa aprender não só a construir
a cisterna, mas como fazer sua manutenção e como tratar a água. Pedreiros são
treinados para fazer cisternas. Pela obra
podem receber R$ 100,00, muito acima
da média do sertão. Dá-se preferência a
pedreiros da própria comunidade.
Construção de cisterna em ferro cimento
A construção segue os procedimentos básicos da construção de cisterna com fôrma: no local da construção se retira a camada que contém matéria orgânica – normalmente em torno de 20 cm - e compacta o solo.
Em seguida são colocadas duas camadas, de sete centímetros cada, uma de seixo rolado,
outra de areia grossa (lavada), ambas compactadas, que servem de fundação. Dentro da camada seguinte, do contra-piso, é colocada e fixada a tela de alambrado
(com dimensões de 2,00m de altura e 3,2m de diâmetro), Figura 1. Deve-se ter o cuidado
de unir bem a parcela do concreto colocado do lado externo do cilindro de tela com a
parte interna, Figura 2. O cilindro de tela precisa ser nivelado com nível de mangueira.
O passo seguinte, a colocação da primeira camada de argamassa, para estabilizar a
tela e permitir a aplicação das camadas estruturais e vedantes. Usa-se então sacaria para cebola. A malha é bastante fina e não deixa a argamassa
cair para o outro lado na hora da aplicação e é suficientemente resistente para poder
ser bem ajustado e esticado em torno do alambrado. São necessário 25 sacos de cebola, previamente bem lavados que serão fixados com fitilho sintético, uma volta a cada
cinco centímetros, Figura 3.
Com uma espátula flexível de náilon se aplica a primeira camada de argamassa,
para estabilizar a tela de alambrado, Figura 4. A sacaria não é colocada como elemento estrutural, mas sim, como simples suporte para sustentar a aplicação da primeira
camada de massa.
O teto é unicamente formado por 17 segmentos de placas, com armação de tela
de alambrado e uma espessura de uma polegada. A figura 5 mostra os segmentos de
tela cortados, e a Figura 6 a aplicação da segunda camada de argamassa na camada
inferior ainda fresca.
As placas por fim, são apoiadas no centro da cisterna em uma escora, Figura 7,
colocadas nas suas posições em forma de um telhado inclinado.
Após rejuntar e fixar as placas entre si e na parede da cisterna com argamassa,
Figura 8, segue a colocação do piso, na espessura de três centímetros, tudo com traço
de uma parte de cimento para três de areia grossa.
No final, nas paredes internas e no piso se aplica uma demão de nata de cimento.
Figura 1
Figura 2
Figura 3
Figura 4
Figura 7
Figura 6
Figura 5
Fonte: Feagri/Unicamp- Curso de engenharia agrícola
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MORCEGOS É
A transmissão de vírus rábico
por morcegos frugívoras
Dr. Carmello Liberato Thadei,
Médico Veterinário
do conhecimento geral que os morcegos hematófagos encontrando-se contaminados podem transmitir
a raiva como qualquer mamífero. Também
já foram vistos casos em que foram capturados alguns morcegos frugívoros que
estavam infectados pelo vírus rábico. Mas
como se infectaram com o vírus rábico esses morcegos comedores de frutas?
Desde os tempos de Luiz Pasteur, que
foi até hoje o cientista que mais pesquisou a respeito da Raiva, sabe-se com base
nas suas pesquisas que o vírus rábico por
razões que lhe são peculiares, encontra-se concentrado na saliva dos animais
que estiverem contaminados por essa
doença. Sabe-se também, a partir dos
trabalhos efetuados por um cientista
brasileiro, o médico veterinário gaúcho
Silvio Torres, que o morcego hematófago
(Desmodus rotundus), também pode se
contaminar com o vírus da raiva, e vindo a sugar sangue de outro animal mamífero ou do próprio homem, também
pode funcionar como vetor e transmissor
dessa terrível doença. É essa espécie de
morcego no Brasil, a maior responsável
pela transmissão dessa virose aos animais
das espécies bovina e eqüina, principalmente nas regiões mais recentemente
desbravadas do nosso interior, como tem
sido noticiado casos de raiva que vem
ocorrendo nos estados de Mato Grosso
do Sul , Goiás e Rondônia.
Tanto o morcego sugador de sangue
(hematófago), como todas as espécies de
morcegos, inclusive aquelas comedoras
de frutas (frugívoras), e mesmo as que se
alimentam de insetos (insetívoras), todas
essas espécies e são só no Brasil mais de
50, têm o hábito de viverem em grupos,
por isso chamadas de gregárias, e além
disso, cultivam um hábito que lhes é peculiar, tal seja, costumam lamberem-se
uns aos outros. Por terem a visão bastante deficiente, havendo mesmo a hipótese
de serem completamente cegos, possuem um órgão próprio que substituí a
visão, e que funciona como se fosse um
aparelho de radar. Há quem diga até, ter o
homem neles se inspirado para essa descoberta, ou invenção.
Como fazem os morcegos para se
orientarem, já que não dispõem da visão?
Quando em vôo, ou mesmo quando se
encontram imóveis pendurados no interior de cavernas ou lugares escuros para
os quais tem preferência de se alojarem,
costumam os morcegos emitirem verdadeiros guinchos, e para tal fazem vibrar
suas cordas vocais, por assim dizer cospem junto com a emissão desses sons
estridentes no próprio ar atmosférico. Tais
ondas (guinchos), por se encontrarem
num espectro diferente das ondas sonoras
propagam-se pelo ambiente onde se encontram os morcegos, e ao encontrarem
qualquer obstáculo, sofrem o fenômeno
chamado de reflexão, ou seja, voltam em
sentido contrário, agora em direção ao
próprio morcego que emitiu tal guincho.
Possuem os morcegos, alojados nas
suas orelhas, um órgão que funciona
como antena receptora dessas ondas refletidas, que por sua vez não apenas captam referidas ondas como também permitem ao morcego saber encontrar-se a
sua frente e a uma determinada distância,
um objeto que refletiu aquele seu guincho. É o mesmo mecanismo utilizado nos
aparelhos de radar, para localização de
objetos capazes de refletirem ondas de
determinadas frequências. É necessário
que se frise serem esses guinchos emitidos numa frequência diferente daquela
das ondas sonoras (audiofrequência), e
por isso não audíveis por nós humanos,
porém apenas pelos próprios morcegos.
Esses fatos do conhecimento geral e
devidamente comprovados pelas ciências
físicas e biológicas, permitem então uma
explicação cabal da pergunta inicial deste
texto de como os morcegos comedores
de frutas se infectaram com o vírus rábico?
Um determinado morcego hematófago (sugador de sangue), que tenha se
alimentado sugando sangue de um animal bovino ou eqüino contaminado pelo
vírus rábico, virá fatalmente também a
contaminar-se e adoecer de Raiva. Voltando após esse repasto sangüíneo ao
convívio de outros morcegos, quer sejam
estes hematófagos ou não, porém alojados numa determinada caverna, virá contaminar os demais morcegos, quer pelo
próprio habito de lamberem-se entre si,
quer pela emissão de seus guinchos no
ambiente das cavernas, e junto com esses guinchos também saliva, e esta saliva
no caso contaminada por vírus rábico,
já que agora encontram-se contaminados pela Raiva . O ar atmosférico dessas
cavernas ficará portanto impregnado de
um verdadeiro aerossol contendo além
de ar e umidade também vírus rábico,
este o responsável pela propagação da
doença a outros animais suscetíveis de se
contaminarem, desde que respirem tal ar.
Não recebendo sol diretamente, esse ar
atmosférico dessas cavernas tem um período maior de infectibilidade, possibilitando contaminação por lapso de tempo
maior que em um ambiente normal.
Comprova a possibilidade de animais
suscetíveis se contaminarem apenas respirando esse ar impregnado de vírus rábico, uma experiência efetuada nos Estados
Unidos, onde foram colocados diversos
animais tais como raposa, cachorro, gato
e outros animais mamíferos, alojados em
gaiolas cujas malhas não permitiam tanto
o ingresso de morcegos no interior dessas
gaiolas, como mesmo terem possibilidade
de sugarem sangue desses animais aprisionados. Sabia-se previamente, encontrarem-se nessa caverna alojados morcegos
contaminados pelo vírus rábico. Ao fim
de alguns dias, esses animais alojados em
gaiolas vieram a apresentar os sintomas
característicos dessa doença e após suas
mortes, os exames realizados em seus
sistemas nervosos comprovou terem todos morrido por haverem se contaminado com o vírus rábico, no caso, portanto
apenas possível se tal contaminação tivera
sido através do ar atmosférico.
Fonte: http://www.saudeanimal.com.br
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Chá
verde
O
chá verde está na moda. Seus benefícios sempre foram reconhecidos, mas atualmente mais pessoas
estão aderindo a ele por sua contribuição
para o emagrecimento e com isso começaram a tomá-lo excessivamente. Suas propriedades antioxidantes fazem bem à saúde,
diminuem o risco de doenças cardiovasculares e ainda, ajuda no emagrecimento, mas
deve ser tomado com moderação.
O chá verde é um tipo de chá feito a
partir da infusão da planta Camellia sinen-
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sis. É chamado de verde porque as folhas
da erva sofrem pouca oxidação durante o
processamento, o que não acontece com
as folhas do chá preto. Algumas outras ervas são vendidas a título de chá verde, porém o verdadeiro chá verde é o feito a partir da folha do arbusto Camellia sinensis.
A preparação do chá verde difere um
pouco dos chás tradicionais. A água não
deve estar fervendo, pois do contrário as
folhas acabam sendo cozidas e proporcionando um gosto amargo à bebida. O
tempo de infusão também não deve ser
maior que 3 minutos.
Estudos indicam que o chá verde é rico
em substâncias antioxidantes, chamadas
polifenóis, que evitam a ação destrutiva
das moléculas de radicais livres que degeneram as células, auxiliando, por exemplo,
na prevenção do câncer, tendo efeito anti-envelhecimento e na queima de gorduras.
O chá verde também é rico em tanino, que faz diminuir as taxas do LDL
(colesterol ruim) e fortalece as artérias e
veias favorecendo a prevenção de doenças cardíacas e circulatórias. Possui bioflavonóides e catequinas: substâncias que
bloqueiam as alterações celulares que
dão origem aos tumores.
Mas, alerta vermelho para as pessoas
que fazem uso sem acompanhamento
médico. Muitas pessoas têm ingerido o chá
verde indiscriminadamente sem considerar os seus efeitos colaterais e cuidados.
O chá verde contém cafeína (a metade
da quantidade do que é encontrado no
café) e para as pessoas mais sensíveis, seu
excesso pode provocar insônia, ansiedade,
irritabilidade, dores de estômago, náuseas e
palpitações. Especialistas recomendam 300
miligramas de cafeína como uma quantidade segura para a maioria das pessoas.
Há várias especulações com relação
a outros efeitos nocivos do excesso do
consumo chá verde como causar problemas renais e diminuir a absorção do ferro,
por isso deve ser consumido com moderação, orientam os especialistas.
No geral, o chá verde proporciona
muitos mais benefícios que malefícios,
se consumido moderadamente. Bebê-lo
em substituição a outras escolhas menos
saudável não é má idéia, mas os cuidados com o excesso devem ser tomados.
Com certeza, são necessários mais estudos para desvendar os mistérios que norteiam essa antiga bebida.
Haras Pequerrucho
Destaque na seleção da raça Pônei.
A
jovem Gabrielle Caldeira de Sales, com apenas 24 anos já é uma
criadora de destaque na raça pônei. Tudo começou em um leilão durante
uma exposição especializada no Parque
da Gameleira em Belo Horizonte. “Fui
convidada a participar de um leilão, onde
junto com meu tio, adquirimos uma potra para presentear seu filho, meu afilhado, que com um aninho já era fascinado
por estes pequenos animais. Desde então
nosso interesse pela raça só aumentou e
iniciamos a criação”, conta.
Titular do Haras Belo Vale, em Minas
Gerais, a estudante de veterinária é também criadora de gado Nelore e aves exóticas, optou pelos pôneis por serem rústicos, dóceis e não precisarem de grandes
espaços no manejo. “Sou apaixonada
pelos pequeninos, a partir do momento
em que nós criadores dedicamos tempo
e assumimos responsabilidades, mesmo
não criando com objetivo de comercializá-los, a criação pode se tornar financeiramente viável. A partir do momento
em que temos animais bons a comercialização do mesmo se torna fácil entre os
próprios criadores, em leilões exposições
regionais, hoje também temos a venda
permanente animais”, disse.
Focada na seleção do seu plantel e
em uma genética mais apurada, Gabriele
pretende participar de campeonatos em
pistas em breve. “Queremos fazer uma seleção de animais obtendo um padrão de alto
nível, chegando assim com animais top em
exposições e leilões. Com certeza estaremos presentes participando de eventos,
pois eles são fundamentais para mostrar
ao público como os pôneis realmente são,
divulgam a raça e a qualidade dos animais
entre os próprios criadores”, completa.
A criação exige dedicação e investimentos, mas a criadora garante que vale
a pena. “A grande satisfação é chegar à
fazenda e ver os animais pastejando livremente, e assim que percebem nossa
presença logo veem ao nosso encontro
demostrando grande carinho fidelidade
aos criadores”, comemora.
A cavalgada e H
o meio ambiente:
conhecer para preservar
Leylane Silva Ferreira*
Mariana Gonçalves Moreira*
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á milênios o homem e a natureza estão em contínua interação.
Entretanto, os avanços da exploração dos recursos naturais têm provocado desequilíbrios e colocado em risco
um grande números de espécies vegetais
e animais, bem como os ambientes nos
quais vivem. Quando se conhece e se estabelece um vínculo com a natureza, é bem
mais fácil reconhecer a necessidade de sua
preservação e adotar práticas sustentáveis.
A cavalgada é um ótimo exemplo de relação saudável com o meio ambiente.
A cavalgada é uma prática cultural
tradicional presente em todo o território
brasileiro. Em vários municípios, as cavalgadas integram o calendário de festas
e chegam a atrair milhares de pessoas.
São realizadas em grupos e o número de
adeptos é crescente. Sua difusão tem sido
estimulada por agências de ecoturismo e
hotéis-fazenda, que organizam passeios
em todas as regiões do país e facilitam o
acesso àqueles que vivem no meio urbano e frequentam pouco o meio rural.
O contato direto com o cavalo é um
dos grandes atrativos. No Brasil, são encontradas diversas raças, entre as quais
estão: Campeiro, Campolina, Crioulo,
Mangalarga, Quarto de Milha, entre outras. Cavalgar representa uma perfeita
integração entre homem e animal e,
para esta atividade, o cavalo marchador
proporciona maior comodidade no trote
devido ao menor impacto. O temperamento e a tranquilidade do animal são
fundamentais para iniciantes, enquanto a
resistência e a disposição são importantes para aqueles mais experientes.
Unidos por laços familiares e de amizade, cavaleiros e cavaleiras de todas as
idades percorrem distâncias por vezes
bastante extensas, passando por serras e
planícies, atravessando ribeirões e vendo
grande diversidade de animais e plantas
silvestres pelos caminhos, trilhas e estradas.
Durante o trajeto, cada vez mais a consciência ecológica está presente: todo o lixo
produzido é recolhido e armazenado para
posteriormente ser descartado em locais
adequados. São gestos como este que, em
conjunto, podem fazer a diferença.
Atualmente, os impactos sofridos
pelos diversos biomas brasileiros (Mata
Atlântica, Floresta Amazônica, Cerrado,
Caatinga) têm sido amplamente divulgados pela mídia. De acordo com os dados
da Pesquisa Nacional de Saneamento
Básico realizada pelo IBGE, estima- se
que, em 2010, o Brasil produziu 195 mil
toneladas de resíduos sólidos por dia, o
que representa um aumento de 6,8% em
relação a 2009. Destes resíduos gerados,
cerca de 7 milhões de toneladas deixaram de ser coletadas e tiveram destino
impróprio, ou seja, acabaram em rios,
córregos e terrenos baldios. Locais estes
que se tornam impróprios para nadar,
pescar, plantar, entre outros. Embora
estes números sejam alarmantes e indiquem a necessidade iminente de adoção
de hábitos sustentáveis, a diversidade e a
beleza natural do Brasil continuam sendo
enormes – como sabem aqueles que percorrem o interior do país nas cavalgadas.
Nesta perspectiva, conhecer e usufruir da natureza são fundamentais para
o estabelecimento de uma relação em
equilíbrio e de respeito que irá assegurar
que as gerações futuras tenham acesso
as belezas paisagísticas e a diversidade
biológica e possam dar continuidade à
prática da cavalgada.
* Leylane Silva Ferreira e Mariana Gonçalves
Moreira são especialistas em Gestão Ambiental
e Geoprocessamento e consultoras da Buriti
Socioambiental
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NA JAM SOLUÇÕES PREDIAIS O ESPÍRITO DE NATAL
ESTÁ PRESENTE O ANO INTEIRO.
A
Sempre-viva é uma planta herbácea anual, que cresce de 0,7 a 1,2
m de altura, e folhas bastante delicadas. Suas flores são pequenas, mas bastante chamativas, formadas na primavera,
suas folhas são extremamente duráveis.
Não são comumente cultivadas em vasos
devido à alta necessidade de sol direto.
Quando plantadas em jardins, são usadas
em conjuntos isolados ou renques.
O nome sempre vivas é devido à escapos e inflorescências que após terem sido
removidos das plantas conservam a aparência de estruturas vivas. Entre as sempre-vivas comercializadas, predominam
espécies das seguintes famílias de monocotiled6neas: Eriocaulaceae, Xyridaceae
e Gramineae, com maior importância, e
Cyperaceae, de importância secundária.
Ocorrentes nos campos rupestres dos
altos da Cadeia do Espinhaço, em Minas
Gerais e Bahia, nas Serras de Goiás e ainda
nos cerrados do Planalto Central, sobressaem-se as sempre-vivas por sua beleza
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e durabilidade. São usadas como ornamentais, especialmente na decoração de
interiores, o que confere a elas alto valor
comercial, principalmente no mercado
internacional. Seu extrativismo constitui-se em importante atividade econômica
nas regiões onde ocorrem, destacando-se
como um centro importante de comercialização o município de Diamantina, em
Minas Gerais, onde se constituem na segunda fonte de renda da população local,
seguindo- se a mineração de diamantes.
A colheita costuma ser feita por pessoas das próprias regiões. Na Serra do
Cipó, planalto de Diamantina, Serra do
Cabral, em Minas Gerais, e Mucugê, na
Bahia, entre outras áreas, é muito comum
encontrar famílias inteiras no campo,
colhendo sempre-vivas na época de floração. Nas serras de acesso mais difícil,
distantes de áreas habitadas, como por
exemplo na Chapada do Couto, em Felício dos Santos, MG, ocorre o deslocamento de grupos de coletores que acam-
fotos: P. Ihler
Sempre vivas
pam durante todo o período de floração
das espécies comercializadas, com uma
permanência de ate três meses no alto
da serra, constituindo verdadeiros núcleos populacionais temporários.
O material coletado costuma ser reunido em pequenos feixes para serem secos ao sol. Posteriormente, esse material
é vendido a intermediários, que fazem a
ligação entre o coletor e o revendedor e/
ou exportador. Estes últimos possuem,
geralmente, grandes depósitos, onde
é feita a manipulação final do produto,
incluindo secagem completa das plantas, classificação de acordo com o tipo
e qualidade, montagem em ramalhetes,
pesagem e embalagem. Muitas vezes, as
inflorescências são tingidas em cores diversas, com o uso de corantes artificiais.
Em 2001, foi criado o Plano de Ação
para a conservação das Eriocaulaceae do
Brasil – PAN Sempre Vivas, que tem como
objetivo a manutenção da diversidade de
Eriocaulaceae, por meio da diminuição da
perda de hábitats e de outras ameaças, especialmente nas áreas de alto endemismo.
O PAN definiu cinco metas e 54 ações para
a conservação das espécies de Eriocaulaceae do Brasil, com previsão de implementação até 2016. O monitoramento está sendo
supervisionado pelo Centro Nacional de
Pesquisa e Conservação da Biodiversidade
do Cerrado e Caatinga – CECAT/ICMBio.
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Av. Professor Mário Werneck, 861 | Buritis | CEP 30455-610 |Belo Horizonte - MG | Tel.: 31 3469.1919 | www.jamsolucoesprediais.com.br
Registro da primeira visita aberta para autoridades e imprensa
fotos: Eugênio Sávio
MARCHADOR FEST
O Oscar da raça
Mangalarga Marchador
O
IV Marchador Fest, aconteceu
entre os dias 15 e 17 de novembro, no Sul de Minas Gerais.
Evento conhecido como o “Oscar” da
raça é uma realização da ABCCMM (Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo
Mangalarga Marchador). A inauguração
do Museu Nacional Mangalarga Marchador também foi o destaque da edição.
O primeiro dia do IV Marchador Fest
foi marcado pela Copa de Marcha Barão
de Alfenas. Os julgamentos da competição aconteceram no Parque de Exposições de Caxambu e foram finalizados, no
dia 16 de novembro, quando também
ocorreu o Leilão de Elite Barão de Alfenas.
O remate aconteceu no Hotel Glória, na
cidade de Caxambu, com a oferta de 40
lotes entre garanhões, matrizes e embriões de genética comprovada.
Como parte da programação do Marchador Fest, no sábado, 17 de novembro
foi inaugurado o Museu Nacional do Cavalo Mangalarga Marchador, em Cruzília/
MG, um dos acontecimentos mais esperado pelos amantes da raça. Durante a
solenidade, a ABCCMM lançou, em parceria com os Correios, um selo comemorativo alusivo ao museu.
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Uma das atrações na inauguração
foi um Pocket Show com o Neguinho da
Beija-Flor e a bateria da escola de samba
que escolheu o Mangalarga Marchador
para ser homenageado no samba-enredo do carnaval de 2013 com o tema
“Amigo fiel – do Cavalo do Amanhecer
ao Mangalarga Marchador”.
No mesmo dia, no hotel Glória em Caxambu/MG, aconteceu a noite do Oscar
da Raça, em que foram homenageados
criadores e expositores que se destacaram
no cenário nacional em 2011 e 2012.
só para os apaixonados pela raça, mas
para todos os apreciadores da história e
da cultura brasileira. Localizado no centro
de Cruzília, o Museu funciona no casarão
da Fazenda Bela Cruz e abriga preciosos
detalhes da raça Mangalarga Marchador
como fotografias, objetos, mobiliários,
documentos sobre a raça, faixas, troféus,
dentre outros artigos.
Inserido no Caminho Velho da Estrada Real, o Museu, que possui sede própria e apresenta como peculiaridade, o
caráter de primeiro Museu território do
Brasil, um orgulho para o presidente da
ABCCMM, Magdi Shaat. “O Museu é um
sonho de todos os criadores. Ele vai agregar valor à nossa tradição e história e será
um ponto de referência para as pessoas
interessadas em resgatar a cultura nacional”, ressaltou.
O Museu
O Museu Nacional do Cavalo Mangalarga Marchador é um presente não
Secretário Elmiro Nascimento visita museu
Museu Nacional Mangalarda Marchador
Carlos Augusto Reis de Oliveira, titular do Haras Terra Natal.
Haras Terra Natal
Consistência genética e vocação para marchar são
os requisitos básicos que norteiam as decisões de
acasalamentos e seleção dos animais Terra Natal.
O
Haras Terra Natal, localizado no
município de Inhaúma, a 20 km
de Sete Lagoas/MG e a 80 km
da capital Belo Horizonte, iniciou suas
atividades há seis anos, se especializando
na criação do cavalo Mangalarga Marchador e recebeu este nome por estar localizado na propriedade onde nasceu o seu
titular, Carlos Augusto Reis de Oliveira,
administrador de empresas e um apaixonado pela atividade rural.
A escolha dos cavalos da raça
Mangalarga Marchador na criação
do Haras Terra Natal se deu devido às
suas características de exímio marchador, comodidade de sela, temperamento, índole e beleza que estes
animais possuem. “Como frequentador assíduo de propriedades rurais
da família e de amigos desde muito
cedo, aprendi a apreciar as virtudes
do Mangalarga Marchador, o melhor
cavalo do mundo”, disse.
De modo geral, os animais do plantel
de Carlos Augusto têm origem na tropa
D2, tradicional criatório do Sul de Minas,
reconhecido pela qualidade de marcha e
cela dos seus animais. O Haras Terra Natal
contou no seu início de vida com 4 animais, sendo 1 reprodutor e 3 matrizes, animais estes que já não mais fazem parte do
plantel, graças ao trabalho permanente de
seleção que vem sendo conduzido com
rigor, na busca por animais superiores. A
transferência de embriões tem sido um
dos recursos utilizados para multiplicar a
melhor genética de marcha existente no
criatório. Os resultados têm sido muito
satisfatórios e contribuem para a maturidade e mudança de patamar do plantel.
Por ser de médio porte, o planejamento de constituição do Haras Terra
Natal previu trabalhar com um número
não superior a 30 animais, independentemente da idade. “Atualmente, estamos, de
forma consciente, excedendo este limite
e contando com 41 animais no plantel, incluindo aqui aqueles em sociedade”, diz o
titular. Carlos completa que o excedente,
se deve à sua obstinação em intensificar
os trabalhos e atingir mais rapidamente
o objetivo de compor o plantel de animais superiores, capazes de surpreender
e agradar os amigos e visitantes do haras.
Apaixonado pelo Mangalarga Marchador, Carlos pondera que a atividade
proporciona grande prazer, em cada fase
do processo. “No planejamento dos acasalamentos, nascimentos da potrada, no
reconhecimento dos criadores da qualidade dos animais produzidos, na confirmação dos animais ao serem montados
e é claro nas premiações em pista”, afima.
Os objetivos de Carlos Augusto na
criação são claros: ser reconhecido pelos criadores do Mangalarga Marchador
como um celeiro de produção de animais
superiores, capazes de competir e vencer
nos eventos da Raça. Como alcançá-los:?
“Mantendo os requisitos básicos que norteiam as decisões de acasalamento com
consistência genética e vocação para
marchar”, finaliza o criador.
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Pedro e Lúcia Goulart
Haras JP
União, paixão pelos animais e
conquistas na raça Mini-Horse.
O
casal Pedro e Lúcia Goulart possuem muitas coisas em comum,
e uma delas é sem dúvidas a
paixão pelos eqüinos. Muitas famílias
abrem mão da agitada vida nas capitais
para buscarem mais qualidade de vida
no interior e esse foi o caso de Pedro e
Lúcia, que optaram na década de 80, em
se mudarem da capital paulistana para
criarem os filhos na cidade de Ourinhos,
divisa com o Estado do Paraná.
O intuito era terem não só maior liberdade, melhor qualidade de vida, mas,
também, integração com a natureza. Foi
lá que seus filhos tiveram o primeiro con-
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tato mais próximo com animais, especialmente eqüinos. Começaram a fazer hipismo rural e tomar gosto pela equitação.
Posteriormente mudaram-se para São
José do Rio Preto, também no interior de
São Paulo e como não havia nenhuma
escola de equitação na cidade resolveram então, para poderem continuar praticando hipismo, montar um “Centro Hípico” e passar a criar cavalos Brasileiro de
Hipismo e Árabe. “Contratamos o professor Nani Boson que dava aulas de equitação na Sociedade Hípica de Ribeirão
Preto e, assim, nossos filhos Pedro e Neto
continuaram o hipismo, sendo que era
minha esposa Lúcia quem dirigia e cuidava do Centro Hípico e da criação de cavalos. Nossa vida era, por consequência,
toda voltada aos cavalos e, sobretudo
às provas de equitação realizadas pela
Associação Brasileira de Hipismo Rural
(ABHIR), sendo que eles também participaram de inúmeras competições do
CCE (Concurso Completo de Equitação).
Entretanto, a vida profissional acabou
levando-me de volta a São Paulo, vendemos o haras de São José do Rio Preto e, para que nossos filhos pudessem
continuar com a equitação, resolvemos
nos associar ao Clube Hípico de Santo
Amaro. Deixaram, então, o hipismo rural
e começaram a prática do hipismo clássico”, conta Pedro.
A rotina da família girava em torno
da equitação, o que segundo Pedro, sem
sombra de dúvidas, em muito contribuiu
para que tivessem uma adolescência
mais saudável e livre das drogas. “O ambiente dos cavalos era tão bom e teve
uma influência tão forte na vida de meus
filhos, que até hoje eles mantém laços de
amizade com os antigos companheiros
de montaria”, disse.
O tempo passou, os filhos cresceram,
deixaram a equitação, os criadores venderam seus animais e tomaram novos
rumos profissionais. Assim, aos poucos,
a família Goulart foi perdendo o contato
com os cavalos até que vieram os netos
(João Pedro, Ian, Victoria e Mel) e, em julho de 2010, em uma viagem de férias
aconteceu o primeiro contato com os
mini horses. “Fomos com João Pedro e
Victoria em Socorro, interior de São Paulo,
lá tivemos a oportunidade de conhecer
um criatório de Mini-Horse localizado no
perímetro urbano, numa área inferior a
João Pedro e Victória posam
para a foto com Dalia do JP
5.000 metros quadrados. Da visita a aludido haras saímos com a compra de dois
animais para os netos e com um enorme
problema, não tínhamos uma propriedade rural para levá-los. Como residíamos
num condomínio fechado de chácaras,
localizado no Município de Araçariguama cerca de 50 km da Capital, não hesitamos em construir em 4.230 metros quadrados nosso criatório, o “Haras JP”, em
homenagem ao nosso neto primogênito
João Pedro, um amante de cavalos, com
apenas cinco anos de idade e que gosta
de ser chamado de “peão”, no pomar de
nossa casa”, lembra Lúcia.
Apaixonados pela nova criação, Pedro
e Lúcia se associaram à Associação Brasileira de Criadores de Mini-Horse (ABCMH),
adquiriram outros animais e passaram a
participar das competições do Campeonato Nacional do Mini-Horse. “Sem sombra a dúvidas, nossa vida ganhou nova
dimensão com a vinda dos cavalinhos
para nossa casa, vez que estávamos aposentados e sentindo que faltava alguma
coisa. Hoje nosso tempo é todo tomado
com os afazeres do haras e, como sempre
Mel montando Paloma do JP
minha esposa Lúcia é quem controla o dia
a dia dos animais, o que e quanto devem
comer, seu peso (medidos mensalmente
numa balança), casqueamento, vacinação,
vermifugação e preparação dos mesmos
para as exposições. Eu fico mais absorvido
com as compras e dando todo o suporte
para que o haras funcione sem nada faltar”, acrescenta Pedro.
A opção pela raça veio também pelas
características dos mini-horses, animais
extremamente dóceis, de fácil manejo e
ideal para crianças. “Nossos netos João
Pedro, Ian e Victoria, todos de seis anos e
a mais novinha Mel de três anos freqüentemente montam sozinhos os animais,
bem como os apresentam nas pistas de
julgamento, o que nos deixa bastante
orgulhosos e felizes, notadamente por
ver a perfeita interação animal brinquedo
e criança. E, vale acentuar que não só os
netos, mas, também, seus pais, participam
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das exposições, fazendo com que toda a
família fique envolvida com o clima agradável e sadio do campeonato”, comemora.
A criação desses pequenos animais
trouxe para as crianças um grande aprendizado de vida, que elas levarão consigo
para sempre. Lições estas, que as participações em pista ensinaram aos jovens
netos a real importância das competições.
“Lembro-me que no início João Pedro ficava bravo quando nossos animais não ganhavam o primeiro lugar e, aos poucos, foi
entendendo e hoje entende perfeitamente, que na vida um dia se ganha e outro
se perde, lição, tenho certeza, que levará
para o resto da vida graças ao Mini-Horse e
suas competições. Recentemente a caçula
Mel, na Etapa de Lençóis Paulista, ao ver
que sua égua predileta não havia sido premiada chegou, para nossa surpresa, para
não dizer espanto, indagar ao Zezé Cruz
(atual Presidente da ABCMH) porque a
mesma não havia sido contemplada com
uma roseta. Aos poucos aprenderá, como
João Pedro aprendeu, que o sentido maior
é competir, que ganhar ou perder é mera
conseqüência”, reflete o criador.
Apesar do pouco tempo de criação, o
Haras JP já coleciona alguns importantes
troféus, fruto de um trabalho sério e focado na alta genética da raça. “O prazer que
estamos tendo com a criação, para nós um
lazer, não tem cifra que pague, sendo certo
que montamos o criatório com o foco de
participarmos das exposições do Campeonato Nacional e ter um plantel pequeno,
de boa, se não dizer, de excelente qualidade. Temos obtido bons resultados. No
primeiro ano (2011) fizemos, dentre outras
conquistas, a Grande Campeã Nacional
Potra Jovem do Futuro “AVARÉ GRAXINHA”.
Este ano conseguimos com a égua “GUGUINÁ FIU-FIU” o título de Grande Campeã
Nacional da Raça Adulta e com o garanhão
“AVARÉ EXCLUSIVO” o título de Reservado
Campeão Nacional da Raça Adulto. Outra
compensação é vivenciar o nascimento
dos potrinhos, não só um momento de
João Pedro, Ian e Mel
profunda alegria, mas, por que não dizer, a
fonte de receita do criatório, a servir para
minimizar seus custos, valendo asseverar
que outra fonte é a venda de coberturas.
Daí, imprescindível se ter um bom reprodutor”, pondera Pedro.
Manejo
Família recebe premiação
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O Haras JP, está bem próximo da capital São Paulo, o que demonstra como
a raça mini horse pode ser criada em pequenas chácaras e sítios, nem a necessidade de grandes terrenos para o manejo. A recomendação de Pedro a quem
esteja interessado em iniciar na criação,
é formar, do seu jeito, investindo em um
profissional que até não tenha conhecimento com eqüinos, mas goste de trabalhar com animais. Além disso, Pedro
recomenda que o criador deve se instruir
através de cursos, veterinários, criadores
e pessoas outras do meio eqüestre sobre nutrição, manejo, controle sanitário,
reprodução, dentição eqüina, aprumos,
casqueamento para que ele mesmo
possa instruir seus funcionários. “Minha
esposa chegou até mesmo a aprender
noções de casqueamento para auxiliar
nosso funcionário. Importante, também,
é a participação em exposições, tanto
para você ficar a par do que está acontecendo na raça, bem como para se ter
uma avaliação do estado dos seus animais, a valorização do seu plantel, isto
para não dizer que é muito prazeroso a
convivência com os demais criadores, ou
seja, a “família mini-horse” é muito unida,
participativa e amiga, valendo destacar
o papel de nosso Presidente ZeZé Cruz,
em nome de quem agradeço a todos os
demais criadores pelos incentivos recebidos e que não foram poucos. Se você
tem tempo disponível para se doar aos
cavalos, um pequeno capital para investir e uma chácara para criá-los, mesmo
que não seja grande, crie Mini-Horse, o
animal brinquedo. Sua recompensa será
ver sua vida preenchida de novos valores,
os prêmios das exposições sua moeda e
a interação com os seus animais o pagamento maior. Retorno financeiro é, pelo
que vejo, conseqüência de seu trabalho.
No caso, aquele que cria visando exposições, obviamente os animais premiados
passam a ter um maior valor econômico,
valendo acentuar, por derradeiro, como já
foi dito, que o melhor pagamento será os
dias gostosos que você poderá usufruir,
sobretudo se tiver filhos pequenos ou netos, como é o nosso caso”, finaliza.
Paulo e Cido com Futuro do JP e Acéu do JP
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Campeões do
Haras JP
Princesa Do Japão
Avaré Graxinha
Avaré Harmony
Reservada Campeã Égua Adulta
Feinco/Sp 2012
Grande Campeã Nacional Potro Do Futuro
Eapic 2011
Reservada Campeã Égua Jovem
Fapi 2012
Grande Campeã Potra Jovem
Feinco/Sp 2012
Reservada Grande Campeã
Expolondrina 2012
Guguiná Fiu-Fiu
Grande Campeã Nacional Égua Adulta
Fapi 2012
Grande Campeã Égua Adulta
Expolondrina 2012
Grande Campeã Égua Adulta
Expobaurú 2012
Reservado Campeão Nacional Cavalo Adulto - Fapi 2012
Reservado Grande Campeão Cavalo Adulto - Feinco/Sp 2012
Campeão Cavalo - Expo Londrina 2012
Grande Campeão Cavalo Adulto - Facilpa 2012
Reservado Campeão Cavalo - Itápolis 2012
Avaré Exclusivo
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Embrapa entrega sementes
de milho tradicional
a povo indígena do Xingu
*Fábio Freitas e Fernanda Diniz,
Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia
A
Embrapa Recursos Genéticos e
Biotecnologia, uma das 47 unidades da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, através
de uma ação do Projeto “Fortalecimento
cultural e conservação de alimentos tradicionais no Parque Indígena do Xingu”,
devolveu ao povo indígena Kayabi (aldeia Ilha Grande, Parque Indígena do Xingu, MT) sementes de milho tradicionais,
que os índios não possuíam mais em função de fatores de dinâmica cultural e de
manejo de suas roças. As sementes foram
entregues no final de agosto de 2012,
época próxima ao início do ano agrícola
de 2012/2013, e serão úteis não apenas
à aldeia Ilha Grande, mas também para
outras aldeias Kayabi do Xingu.
Essa ação é muito importante e representativa do ponto de vista científico,
pois marca o fim de um ciclo (coleta de
amostras – conservação – recuperação –
devolução). As sementes de milho foram
coletadas no ano 2000, em parceria com
a Fundação Nacional do Índio – FUNAI,
com o objetivo de mapear a situação
agrícola das aldeias do Parque Indígena
do Xingu. Em 2001, foram enviadas à Embrapa Milho e Sorgo, Sete Lagoas, MG,
onde foram incorporadas ao sistema de
conservação de milho, nas câmaras de
conservação daquela Unidade.
Em 2010, recebemos uma carta dos
índios Kayabi das diversas aldeias do Par-
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que Indígena do Xingu, solicitando ajuda
para recuperarem variedades tradicionais
de milho que haviam perdido.
Entramos em contato com a curadora
da coleção de milho da Embrapa Milho e
Sorgo, Flávia França, que localizou as sementes oriundas da aldeia Kayabi, e iniciou
o processo de multiplicação, de forma a
obter um volume grande de sementes
para podermos distribuir ao povo indígena.
Em 2012, na véspera de se iniciar o
ano agrícola de 2012/2013, as sementes
foram, então, entregues diretamente ao
cacique Siranhu e sua comunidade da aldeia Ilha Grande.
Essa ação nos deixou muito felizes, pois
é uma prova concreta da relevância da conservação de espécies vegetais e reforça a
importância da complementaridade entre a
conservação in situ (no local de origem das
espécies) e ex situ (fora do local de origem).
Embrapa e povos indígenas:
parceria de sucesso em prol da
sustentabilidade
A ação mostrou ainda que, mesmo
em uma aldeia muito comprometida com
a manutenção dos seus cultivos tradicionais como é o caso da Kayabi, fatores internos e externos podem levar a perda de
produtos agrícolas. E é neste espaço que a
Embrapa, dentro de sua missão de conservar recursos genéticos para o futuro, pode
se inserir com competência e ajudar.
Ação fecha um ciclo
muito importante
no processo de
conservação e uso
sustentável de recursos
genéticos vegetais:
coletar, conservar,
recuperar e devolver.
Rancho Bela Vista
Exemplo de iniciação
na criação de ovinos
U
Membros da comunidade
observam as variedades recuperadas
As sementes devolvidas servirão não
apenas para a aldeia Ilha Grande, mas
também para outras etnias Kayabi do
Xingu. A divisão e entrega serão feitas
pelo cacique Siranhu, em função da dinâmica cultural daquele povo.
Este tipo de ação permite o fortalecimento cultural da comunidade atendida,
uma vez que garante o resgate de variedades tradicionais, com o uso alimentar e
folclórico a elas relacionados. Permite ainda
que uma diversidade maior de espécies e variedades esteja disponível para manejo das
comunidades, alem de fortalecer a relação
entre a Embrapa e a comunidade, pois mostramos na prática que podemos ser parceiros
na conservação de suas sementes.
ma atividade que desperta o interesse no agrobusiness é a criação
de ovinos, mas antes de iniciar na
atividade, o criador precisa fazer um bom
planejamento e conhecer algumas peculiaridades dessa criação. A psicóloga Lara
Dias é uma criadora que dá seu exemplo
de como o planejamento é importante
no sucesso da ovinocultura.
Lara trocou a vida na capital mineira,
pela tranquilidade da cidade de Itapecerica, interior de Minas Gerais, e optou pela
criação de ovinos para o sustento familiar.
Foi no Rancho Bela Vista, em um terreno
pequeno, de 9 hac que Lara e seu sócio no
projeto, na época o então estudando de veterinária André Dias, encontraram a solução.
Com pouco espaço, a criação de ovelhas para abate seria o ideal, mas mesmo
assim, as contas do investimento versus retorno não fechavam. Era necessário agregar valores. E isso foi feito, através da escolha de ovelhas com dupla aptidão, carne e
leite. “Acrescentamos a fabricação artesanal
de iogurte e queijo como derivados do leite de ovelha, a expectativa de um melhor
rendimento passava a existir. André correu
atrás de conseguir os animais, o que não
foi tão fácil em Minas, inclusive por animais
de dupla aptidão pela região não ter cultura dessa criação. Enquanto construíamos a
infraestrutura, adquirimos 15 animais com
aptidão carne com o objetivo de vivenciar
o manejo”, conta.
O Rancho Bela Vista tem atualmente
animais de dupla aptidão, conseguiu aumentar o plantel com animais nascidos
na própria propriedade, selecionando as
melhores ovelhas leiteiras para melhorar
geneticamente a criação. “Vendemos o
produto para amigos e parentes que nos
visitam, e comemos muito iogurte e queijo tipo chancliche, estamos crescendo
bem devagarinho, mas com o pouco que
produzimos, é possível pagar as despesas.
Os cordeiros são vendidos para abate ou
para se tornarem reprodutores em outras
propriedades. As borregas ficam para o
crescimento do plantel”, disse a criadora.
Segundo Lara, o manejo não é complicado, mas é exigente. As ovelhas ficam a
pasto, e no fim do dia retornam ao aprisco,
momento de observar alguma possível alteração nos animais. O que mais a preocupa são as verminoses. “O fato de estarem
vermifugadas não garante 100% o controle, é necessário observar os primeiros sintomas para salvar nossos amores. Na tentativa de minimizar o problema, as quatro
vacas da propriedade ficam a pasto junto
com as ovelhas, e trabalhamos com rodízio de piquetes. As ovelhas em lactação
ficam sempre no aprisco, se alimentam de
cana e capim e recebem suplemento de
feijão guandu, plantado na propriedade e
farelo de milho, soja e trigo. No primeiro
ano de experiência com a criação, tivemos
leite apenas em um período, hoje com a
estação de monta temos de 3 a 6 litros todos os dias do ano. Com 5 litros de leite,
fabricamos 40 potes de iogurte dia ou 2
kilos de queijo tipo chancliche”, explica.
Lara completa que com a possibilidade
do registro do produto no Instituto Mineiro de Agricultura (Ima), através da agroindustria familiar, poderá adquirir mais ovelhas leiteiras, para aumentar a produção e
entrar no mercado formal, com a esperança de receber o retorno do investimento.
“Sempre focamos no carinho da produção
familiar, artesanal e natural. Nossas delícias,
são resultado de pesquisas constantes, de
um manejo pautado no respeito ao animal, na músicalidade sentida por nós a
cada ‘beé’, sonorizado, na música tocada
quando as ovelhas retornam ao aprisco a
cada pôr do sol”, finaliza.
A criadora Lara Dias no aprisco.
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A questão do Funrural
e seus reflexos para o
produtor rural
* Cláudio Luiz Gonçalves de Souza,
Mestre em Direito e Professor na PUCMINAS. Sócio Titular da Souza Sociedade de Advogados.
U
m assunto que havia gerado
muita discussão em momento
pretérito, mas que ainda torna-se
importante trazer à colação novamente,
diz respeito à inconstitucionalidade do
artigo 1º da Lei Ordinária Federal n. 8.540,
de 1992, que havia criado a obrigação tributária do empregador rural de recolher
a contribuição (espécie tributária) em favor do Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (FUNRURAL).
Malgrado já tenha se passado dois
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anos em que o Ministro Marco Aurélio
(Processo – RE 363852), na qualidade
de relator do processo, manifestou pela
inconstitucionalidade da cobrança da
exação, conquanto que a lei que na época instituiu a obrigação previdenciária
(tributária) era uma lei “ordinária”, quando
deveria ser por meio de uma lei “complementar”, conforme dispõe a Constituição
Federal por meio de seu artigo 195, § 4º .
Sobejamente, o FUNRURAL ou Contribuição Social Rural se consiste em uma
contribuição social com o fito de custear
a seguridade (INSS) de forma geral. Com
efeito, referido tributo é cobrado sobre o
resultado bruto da comercialização rural
(de 2,3% a 2,85%) e, da mesma sorte, descontado, pelo adquirente da produção
no momento da operação comercial.
Sendo assim, o Plenário do STF naquela ocasião decidiu, em caráter definitivo, que a cobrança do FUNRURAL dos
contribuintes Pessoas Naturais e com
empregados, cuja alíquota é de 2,1%
da receita bruta decorrente das vendas
efetuadas por esses produtores rurais, é
completamente indevida.
Isso se verifica porquanto a alíquota do FUNRURAL é de 2,0% para o INSS,
acrescido de 0,1% para o RAT; havendo
ainda 0,2% para o SENAR, o que perfaz
um total de 2,3% sobre o valor total das
vendas dos produtos rurais efetuadas pelos produtores qualificados na condição
de pessoas naturais.
Não obstante, torna-se importante
relembrar que no que tange à contribuição de 0,2% para o SENAR, este não integra o FUNRURAL e, portanto, a decisão
do STF não o atingiu, uma vez que tem
natureza jurídica diferente do FUNRURAL.
Lado outro, como a decisão Plenária
não apresentou os efeitos da modulação
prevista na Constituição de 1988, seus
efeitos retroagem à data de vigência da
lei que foi julgada inconstitucional e, com
isso, abriu uma oportunidade para que
os contribuinte do FUNRURAL recorressem ao Poder Judiciário, acaso tenham
pago a contribuição de forma indevida.
Ocorre que muitas pessoas não recorreram ainda a essa questão de inconstitucionalidade ao Poder Judiciário, uma vez
que o teor da decisão do Plenário do STF
somente alcança as partes envolvidas.
Entrementes, insta também relembrar que os médios e grandes produtores sofrem o desconto do denominado
“FUNRURAL”, de maneira compulsória, no
momento em comercializam suas produções, sejam de grãos; de gado; de aves;
de algodão; de madeiras; dentre outros
produtos; ficando ainda compelidos ao
recolhimento da contribuição previdenciária incidente sobre a folha salarial de
seus empregados.
Destarte, quem eventualmente desenvolve suas atividades como pessoa
jurídica e venha a ter a retenção; também
poderá reivindicar a devolução. Muito
embora não seja a mesma situação da
decisão do STF em comento; todavia
a inconstitucionalidade torna-se ainda
mais gritante e, por seu turno, vem sendo
reconhecida pelos Tribunais como bitributação; comportando do mesmo modo
a suspensão da cobrança da exação, bem
como a devolução do recolhimento indevido nos últimos 05 (cinco) anos; considerando ainda que nesse caso, a alíquota é de 2,5% sobre a receita bruta.
Cumpre ainda afirmar que aqueles
que trabalham como pessoa física e que,
não se enquadram como segurado especial, não possuindo empregados, ainda
assim tem seu direito garantido; vez que a
Receita Federal reconhece que não existe
previsão legal para a cobrança nesses casos. Todavia, em se tratando do segurado
especial, este não faz jus. Importante ainda frisar que o reconhecimento da ilegalidade do FUNRURAL não colide com os
benefícios dos produtores rurais e, muito
menos com os de seus empregados, porquanto encontram-se amparados pelo
Regime Único da Seguridade Social que
foi criado pela Carta Magna de 1988.
Por todo o discorrido, chega-se à
conclusão de que o Produtor Rural para
que possa ter seu direito garantido de
suspensão da retenção dos valores indevidamente cobrados à título da aludida
contribuição, deverá postular e juízo, formulando ainda o pedido de devolução
dos valores que lhes foram descontados
nos últimos 05 (cinco) anos.
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Haras
Tarumã
Tradição na raça Jumento Pêga
O
criador Luiz Felippe Haddad, titular do Haras Tarumã, localizado em
Guaraciaba, Zona da Mata Mineira, é um grande conhecedor dos Jumentos
Pêga e sempre esteve muito envolvido na
raça. Haddad começou a criar em 1987 e
foram seis anos à frente da Associação Brasileira dos Criadores de Jumentos Pêga.
A introdução na raça veio por intermédio do avô de sua esposa, Sr. Waldemar
Urbano (prefixo Walmar) da cidade de
Passa Tempo/MG. “Sr. Waldemar foi meu
grande inspirador, foi dele que adquiri
meu primeiro Pêga. Sr. Waldemar foi um
dos fundadores da Associação Brasileira
dos Criadores de Jumentos Pêga em 1947
e da Associação Brasileira dos Criadores
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Dezembro 2012
do Cavalos Campolina. Grande selecionador de ambas as raças”, disse Haddad.
Buscando sempre bons jumentos e
muares Pêga de boa morfologia, estrutura e principalmente animais marchadores, o Haras Tarumã vai fazendo história
na raça. Os anos à frente da Associação
Brasileira, fez de Luiz Haddad um grande
conhecedor dos animais, que em muito
contribuiu para o crescimento e difusão
do Pêga no Brasil.” De 2004 a 2010, junto com alguns diretores fizemos uma
boa administração, divulgando mais a
raça, aumentando o número de sócios,
o registro de muares junto ao Mapa, saneando a parte financeira da associação,
dentre outras coisas”, conta.
De acordo com Haddad, um marco
para a Pêga foi a decisão da Associação
quanto à exigência do registro de animais para participar de exposições ou
concursos de marcha oficiais da raça,
com a condição de ser sócio da ABCPêga e estar quite com seus compromissos
para concorrer às premiações. “O Pêga foi
se profissionalizando. Os criadores passaram a selecionar mais criteriosamente
seus produtos. No caso de muares, os
cruzamentos deixaram de ser feitos com
quaisquer éguas, como se fazia em outras épocas e o criador passou a escolher
criteriosamente uma boa matriz para colocar em um bom jumento”, explicou.
Questionado sobre a importância de
participar de exposições Haddad afirma
que elas são excelentes para fazer uma
comparação com os outros criatórios,
novos contatos, novas amizades e aprimorar os conhecimentos técnicos. O alto
custo de manutenção de uma criação
grande e a dificuldade de encontrar mão
de obra especializada são, segundo Haddad, os maiores entraves da criação.
Luiz Felippe Haddad, titular do Haras Tarumã.
Dezembro 2012
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Cientistas do ITAL
apresentam resultados
favoráveis à raça
D
urante o Workshop Blonel, promovido pelo ITAL - Instituto de
Tecnologia de Alimentos, no
mês de novembro em Campinas (SP), a
equipe de cientistas internacionais chefiada pelos também professores, Expedito Tadeu Facco Silveira e Márcia Mayumi,
apresentou os resultados do abate técnico realizado em agosto deste ano, na
planta piloto do CTC – Centro de Tecnologia de Carnes, órgão oficial responsável
pela pesquisa e desenvolvimento de carnes, do Governo do Estado de São Paulo.
O trabalho teve como escopo a obtenção de valores de composição corporal e de carcaça e avaliação de tipificação
de dois bovinos puros da raça Nelore,
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Dezembro 2012
comparativos a outros dois de cruzamento industrial da raça Blonel com Nelore.
Os animais que participaram da prova eram machos inteiros, aleatoriamente
apartados do lote contemporâneo de
bezerros nascidos entre agosto e outubro de 2010 na Fazenda São José, localizada no município de Amparo (SP), do
pecuarista Fernando Lacerda de Camargo, criados em mesmos pastos até o abate com a idade média de 23 meses.
Para abrir o evento, foi convidado o
proprietário do plantel fundador da raça
Blonel, Eduardo da Rocha Leão, atual presidente da ABBlonel, que lembrou os vinte anos já transcorridos desde o início em
sua Fazenda Santo Antônio do Império, no
suem extrema padronização, de forma
quase cilíndrica e traseiro bem musculoso, com dorso e lombo de grande espessura e elevado comprimento corporal, estruturado em ossos finos porém
fortes, características que lhes conferem
excepcionais rendimentos de carcaça e
também na desossa.
Os resultados potencializados na
raça Blonel, advindos da heterose genética do europeu Blonde, fundindo suas
qualidades máximas de carne, precocidade e conversão alimentar, com as de
rusticidade, praticidade e adaptabilidade
do indiano Nelore, foram obtidos através
da biotecnologia dos tempos modernos,
sempre com a utilização de sêmen de
touros provados em testes de progênie.
Durante todo o processo de formação da raça, as pesquisas passaram pelas
mais rigorosas testagens e certificações,
desde sua concepção até a degusta-
Dom Blonel
município de Pedreira (SP), de seus primeiros acasalamentos entre as raças Blonde
D’Aquitaine (BLO) e Nelore (NEL), visando a
formação da raça BLONEL (5/8 BLO com 3/8
NEL), que no ano de 2005 se tornou a mais
nova raça bovina do mundo, com a obtenção da homologação do MAPA-Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
No evento, o professor Expedito Tadeu, comentou que apesar de cientificamente ainda reduzida, a amostragem
resultou em ampla vantagem para os
bovinos de cruzamento industrial da raça
Blonel com Nelore, indicando que a pesquisa deverá continuar com um número
cada vez maior de animais, antecipando
o anúncio de que os próximos abates técnicos já foram acertados com a realização
de provas entre lotes de fêmeas e também entre lotes de machos castrados.
Na oportunidade, foram apresentados pelos cientistas do ITAL, os diversos
resultados oficiais comparativos, todos
favoráveis à utilização da genética Blonel.
Raça Blonel
Raça genuinamente brasileira, foi sintetizada pelos graus sanguíneos de 5/8
Blonde e 3/8 Nelore, após mais de uma
década de seu desenvolvimento, sendo
reconhecida e homologada pelo Ministério da Agricultura no ano de 2005.
A busca pelo bovino de corte ideal
para países de clima tropical como o Brasil fez surgir o Blonel. De pelagem curta
e clara, mas de pele e cascos escuros,
sinônimos de rusticidade, tanto os animais puros como seus cruzamentos pos-
ção. Aprovado com grau de excelência
em abate “Kosher”, este produto híbrido
Blonde x Nelore, também foi considerado
como “Tipo Padrão” por renomada rede
de restaurantes, especializada em carnes
grelhadas e obteve “Máxima Premiação”
em abate de vitelos.
Janeiro 2012
49
Os obstáculos
a serem superados pelo Agro
U
m sistema de produção agrícola
deve ser sustentável. Antes de
qualquer coisa, deve ter sustentabilidade econômica, o que permitirá investimentos para se conseguir sustentabilidade
social e ambiental. Sistemas de produção
como o de Integração Lavoura-Pecuária,
ou mesmo Integração Lavoura-Pecuária-Floresta representam a evolução mais recente da agricultura.
Embora a utilização de maior número
de espécies forrageiras se constitua numa
evolução do sistema de produção em relação ao uso exclusivo da braquiária, com
a diversificação, há necessidade de melhor
qualidade de gerenciamento do que nos
sistemas mais simples. Algumas vezes, a
não adoção de algumas técnicas ou espécies em rotação se deve mais à deficiência
de gerenciamento e (ou) máquinas do
que ao clima, por exemplo. Um problema
50
Dezembro 2012
adicional é a instabilidade dos mercados
e a falta de gerenciamento da comercialização. A falta de pessoas capacitadas para
um bom gerenciamento do sistema tem
sido um dos entraves ao seu desenvolvimento. Aliás, a falta de gente qualificada
tem sido um obstáculo ao crescimento de
diversas áreas de atividade no Brasil.
Um problema observado na maioria
das propriedades que desenvolvem algum
desses sistemas de produção agrícola é a
dependência do uso de adubo nitrogenado.
Mesmo com custo maior, o resultado econômico do uso de maiores doses de nitrogênio pode ser vantajoso. Uma fazenda que
utilizaria num sistema convencional entre
60% a 80% dos seus recursos, passa a utilizar
cerca de 90% a 95% de seus recursos num
sistema integrado. Desta forma, um melhor
entendimento da dinâmica de nitrogênio
nos sistemas seria importante para tentar
*Ciro Antonio Rosolem
melhorá-lo. Por outro lado, muitas propriedades, mesmo com alto nível tecnológico,
ainda persistem procedimentos em que o
mais básico da ciência agronômica é negligenciado. Por exemplo, apesar do volume de resultados mostrando a falta de
resposta aos micronutrientes em diversas
situações, o uso de zinco, manganês, boro,
e por vezes outros micronutrientes, ainda
é generalizado. A análise de solo para fins
de fertilidade nem sempre é feita todos os
anos, e raramente se encontra um resultado na profundidade de 20 cm a 40 cm, o
que ajudaria no diagnóstico de, por exemplo, falta de enxofre. Mas, a quantidade de
fertilizantes utilizada nem sempre leva em
conta o resultado da análise de terra.
.
*Membro do Conselho Científico para Agricultura
Sustentável (CCAS) e professor titular da Faculdade de
Ciências Agrícolas da Universidade Estadual Paulista
“Júlio de Mesquita Filho” (FCA/Unesp Botucatu).
Dezembro 2012
51
A 6ª Feileite reuniu mais de 2.000
animais de raças leiteiras provenientes
de criatórios de todo País e se destacou
pela extensa programação: julgamentos, concursos leiteiros, leilões e cerca de
100 eventos paralelos. O evento contou
com a presença de mais de 20 mil visitantes, dentre pecuaristas, profissionais
liberais e técnicos, executivos, estudantes, zootecnistas, veterinários, agrônomos, consultores, tratadores e outros
interessados no setor. Estrangeiros também prestigiaram a feira.
Além da presença de animais das
raças Gir Leiteiro, Simental Leiteiro, Girolando, Bufálos, Guzerá Leiteiro, Jersey,
Holandês e Sindi, paralelamente ao even-
Feileite
2012
R
ealizada entre os dias 19 e 23 de
novembro, no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo, SP,
a Feira Internacional da Cadeia Produtiva
do Leite (6ª Feileite 2012), reuniu e mobilizou produtores e profissionais de vários
elos que envolvem a pecuária leiteira, interessados em acompanhar a evolução
das raças e conhecer os trabalhos realizados por órgãos públicos e privados
para o incremento de novas técnicas de
sanidade, genética, manejo e preservação ambiental.
O evento teve como destaque o 1º
Congresso Via Láctea, realização do Agrocentro, reuniu especialistas dos diversos
elos da cadeia do leite para mostrar o
atual panorama e perspectivas do setor. A 3ª edição do Troféu Balde de Ouro
52
Dezembro 2012
considerado o Oscar da pecuária leiteira,
é uma iniciativa da união das principais
empresas do setor de produção animal.
Alexandre Alves, diretor da unidade de
pecuária da MSD Saúde Animal, lembrou
que o objetivo do evento é reconhecer os
destaques do setor e enfatizar a atividade
do produtor e de toda a cadeia do leite.
“A Feileite é uma oportunidade de mostrar cases de sucesso”, resumiu Donário
Almeida, do Canal Rural.
Os torneios leiteiros da 6ª Feileite 2012
contaram com a participação das raças Gir
Leiteiro, Girolando, Guzerá, Sindi, Jersey e
Simental. O grande destaque da competição foi a matriz girolando Dengosa Wildman com média superior a 100 kg/dia.
A opinião entre os organizadores e
público foi unânime, de que “cada vez
to, foi realizada a Expande (Exposição de
Pequenos Animais e Derivados). Durante
a feira, foram realizados nove leilões. Destes, 6 de gado leiteiro, das raças Girolando, Gir Leiteiro, Misto (Holandês e Jersey)
e Simental e 2 de ovinos (Sufkolk e Dorper). A novidade foi o Leilão de Tratores e
Implementos Agrícolas.
mais, a Feileite se consolida como pólo
para difusão de pesquisa, tecnologia e
produtos”, afirmou Décio Ribeiro dos
Santos, diretor do Agrocentro. “A Feileite
é um local apropriado para o intercâmbio de informações entre produtores e
empresas do setor”, acrescentou Carla
Tuccilio, coordenadora de Agronegócio
do Agrocentro.
O gerente nacional de vendas e serviços da CRV Lagoa, Antonino Bosco de
Resende afirmou que a Feileite é uma feira tradicional, extremamente importante
dentro do negócio leite, com a presença
de boa parte da cadeia produtiva do Brasil.
“Principalmente com presença significativa de criadores de vários pontos do país,
realizamos um bom número de negócios”,
disse Antonino Bosco de Resende.
Dezembro 2012
53
13ª edição da
Nelore Fest
Evento celebrou os grandes
destaques da raça
A
Tenis,
o esporte que conquista
cada vez mais adeptos
S
ua origem foi em meados do século XIII, na França, mas foi o Rei da
Inglaterra Henrique VIII, praticante
da modalidade, que ajudou a difundir o
esporte pelo mundo.
Atualmente o tênis ganhou muitos praticantes e cresce cada vez mais. Pode ser praticado por duplas ou apenas dois oponentes. O objetivo é rebater a bola e para marcar
um ponto, é preciso fazer com que a bola
toque o piso, no lado do campo adversário.
A pontuação se divide em games e sets.
O esporte não tem idade, jovens
pequeninos a partir de cinco anos já podem praticá-lo. O empresário e professor
Marcelino Corrêa, está há 10 anos no
mercado esportivo comandando a Aca-
54
Dezembro 2012
demia Mineira de Tênis (AMT),na cidade
de Nova Lima, Minas Gerais. Marcelino
conta que em sua academia, o principal
foco é na categoria infanto juvenil, faixa
etária de idade, para disputar o calendário oficial. Ele conta que por ano, em
média dois alunos tem a oportunidade
de conciliar, estudo e aperfeiçoamento
do esporte nos Estados Unidos. “Com o
intercambio universitário o atleta aprende uma segunda língua, participa de
grandes eventos e ainda voltar com uma
formação”, conta.
Segundo o professor, a idéia de criar
o programa de intercambio surgiu da
própria demanda dos jovens atletas, interessados em seguir a carreia profissional e
com poucas opções de grandes torneios
nacionais, o programa é uma possibilidade de continuidade. O tenista que dedica
grande parte da juventude nas quadras
tem no intercambio uma oportunidade
de profissionalização.
Outro diferencial do tênis é o treinamento de atletas cadeirantes para competições. “O tênis também é um esporte
que interage com alunos deficientes físicos. Os resultados são vistos nas quadras.
Cristofher Paytg, atleta da academia é um
dos principais competidores do Estado.
No ranking é o número três de Minas Gerais e cinco do Brasil”, conta Marcelino.
O tênis é um esporte que proporciona grande sociabilidade, gera negócios
e torna-se um encontro de amigos. Uma
novidade no esporte que está sendo organizada pela AMT para 2013, é a criação
do triatlo esportivo que envolve três modalidades em um único evento: hipismo,
golfe e tênis. “As competições acontecerão
simultaneamente, tendo como objetivo
principal diversão para atender um público
que é comum aos três esportes”, finaliza.
Nelore Fest 2012 reuniu dia 13
de dezembro, no restaurante Leopoldo na capital São Paulo, os
principais representantes da agropecuária brasileira. A cadeia produtiva da carne
bovina esteve representada por selecionadores de genética, criadores, recriadores, invernistas e confinadores, frigoríficos
e estabelecimentos de varejo da recém
lançada carne Seara Nelore. Personalidades, grandes empresários e investidores
do mercado agropecuário e de capitais
marcaram presença no evento.
Além das tradicionais homenagens
chamadas de Oscar da Pecuária, da entrega dos troféus aos grandes campeões do
Ranking Nacional Nelore e Nelore Mocho,
aos melhores criadores e expositores dos
Rankings Regionais e aos vencedores do
Circuito Boi Verde, a edição 2012 do evento
contou com algumas novidades. Entre elas,
a celebração dos resultados e premiação
dos vencedores da nova ferramenta de
integração entre os criadores de diferentes
regiões do país, batizada de Copa do Atlântico, e o retorno da premiação dos vencedores do Ranking Nacional Nelore Mocho.
O Ranking Nacional é o indicador de
consulta indispensável para o segmento de seleção do Nelore – raça de maior
expressão no rebanho bovino de corte
do país. Além de ser uma ferramenta de
comparação entre animais e, portanto, de
identificação de animais superiores, o cam-
peonato consolidou-se ao longo dos anos
como um excelente instrumento de valorização de seus participantes. Na temporada
2011/2012 o Ranking Nacional contabilizou 158 exposições, que contaram com a
participação de 2.823 expositores e 23.111
animais expostos, em 18 estados do País.
Em 2012 o Circuito Boi Verde de Julgamento de Carcaças, realizou a maior
etapa da história com 2.141 animais
avaliados na etapa promovida na unidade Marfrig - Mineiros/GO. Durante todo
ano foram avaliados 6.964 animais, sendo
quatro dessas etapas realizadas em unidades do Grupo Marfrig e uma em cada
um dos demais frigoríficos: Frisa, JBS e
Frigomerc (Paraguai).
O Programa Nelore Natural também logrou êxito e registrou crescimento recorde
histórico em 2012 com mais de 200 novos
sócios e um incremento de 160% até o mês
de agosto/2012, quando comparado com o
mesmo período do ano passado. O PQNN,
está presente em quatro estados brasileiros
com volume médio de abate mensal de
25.000 mil animais. A produção de carne
Seara Nelore Natural deste ano já chega a
180,5 mil toneladas. Os produtores associados da ACNB e participantes do Programa podem ser premiados de acordo com
a qualidade dos animais ofertados para o
abate. Em 2012, O Marfrig Group já soma R$
4,2 milhões de premiação paga aos sócios
participantes do programa com uma média
de R$ 32,89 por animal premiado.
Dezembro 2012
55
Produtores
rurais
mineiros
terão salto tecnológico na emissão
Benefícios
O
homem do campo está cada
vez mais inserido na era digital e,
em Minas, os produtores rurais
mineiros contam agora com mais uma
ferramenta tecnológica para facilitar a
gestão de sua propriedade. Cerca de 300
representantes de Sindicatos Rurais de
diversas regiões do Estado acompanharam em Belo Horizonte, o lançamento do
Cartão do Produtor Rural CNA CARD, promessa de salto tecnológico para o setor.
Fruto de uma parceria entre a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (FAEMG) e Instituto
Mineiro de Agropecuária (IMA), o cartão
56
Dezembro 2012
permitirá ao produtor rural economizar
tempo e dinheiro para a realização de
consultas e emissão de documentos,
como a Guia de Trânsito Animal (GTA),
a Permissão de Trânsito Vegetal (PTV) e
o Certificado Fitossanitário de Origem
(CFO), eliminando a necessidade de deslocamento até órgãos emissores como a
Receita Estadual, órgãos de Defesa Sanitária animal e vegetal, entre outros.
Todas as operações com o Cartão do
Produtor poderão ser realizadas eletronicamente, sem que os produtores rurais
precisem se deslocar de suas propriedades. As solicitações de documentos
podem ser feitas via computador, smartphones, tablets, terminais móveis eletrônicos ou qualquer outro dispositivo. A solicitação será autenticada e direcionada
por uma central, que encaminhará os dados para os órgãos de defesa, como IMA
em Minas Gerais, que emitirão as guias
ou liberarão os pagamentos, dependendo do tipo de serviço solicitado.
O Cartão atua em cima da Plataforma
de Gestão Agropecuária (PGA), um sistema
informatizado elaborado pela CNA e gerido pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA). A PGA integra bases de dados
dos órgãos de defesa de todos os Estados,
garantindo agilidade na obtenção de informações, com transparência e segurança.
O produtor poderá fazer a solicitação
e impressão da GTA de qualquer lugar
do mundo, a qualquer dia e horário, com
possibilidade de pagamento automaticamente por sistema pré-pago ou por
boleto bancário online. O sistema trará
assim facilidade, economia de tempo e
dinheiro, uma vez que dispensa presença
física (com deslocamentos por trajetos
muitas vezes longos e estradas precárias),
extingue a dependência do produtor aos
horários de funcionamento dos escritórios de defesa e reduz custos na emissão
de documentos.
da informação, preservando o produtor
e o estado, além de prestar transparência
para as missões que nos visitam visando à
importação para outros estados e países”.
Elmiro Nascimento, secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento lembrou que Minas tem avançando a largos passos e o agronegócio,
que tem um papel fundamental na economia, reflete bem esse avanço. “O CNA
Card representa uma enorme moderni-
zação que, com certeza, irá agregar valor à produção, baixando custos. O meio
rural tem investido e apostado muito no
avanço da tecnologia, não apenas no aumento de produtividade e qualidade dos
produtos mas, como vemos aqui hoje,
numa gestão cada vez mais competente
e inovadora”.
Os mineiros já podem se cadastrar para receber o CNA Card pelo site
www.cnacard.com.br
Roberto Simões, Altino Rodrigues e Elmiro Nascimento
realizaram a entrega simbólica do cartão CNA Card
a Ivanir Julio da Silveira, presidente do Sindicato dos
Produtores Rurais de Formiga, escolhido por ser um dos
mais antigos produtores presentes ao evento.
Cachoeira
Lago termal
Foto: Flávio Amaral
de documentos via internet
O presidente da FAEMG, Roberto Simões lembrou que Minas terá maior facilidade na implantação do cartão por já
contar com um trabalho integrado da Federação com a Secretaria de Agricultura
e suas vinculadas. “É um primeiro passo,
a entrada do produtor rural na vida moderna, no processamento eletrônico e na
convergência de todas as informações.
É para onde os setores econômicos têm
migrado, e a agricultura agora também
estará firme nessa caminhada que, com
certeza, nos trará tantas facilidades com
cada vez mais benefícios”.
A ampliação das funcionalidade do
cartão também foi destacada pelo diretor-geral do IMA, Altino Rodrigues Neto,
que lembrou do objetivo de se agregar,
em breve, o setor fazendário no mecanismo, possibilitando a emissão também
de notas fiscais eletrônicas. ““Esse novo
sistema vai colaborar com a segurança
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Dezembro 2012 57
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Sardinha
E
la não tem a nobreza de um dourado ou de um badejo, nem o
charme de um tambaqui ou de
um tucunaré. Mas a sardinha, um peixinho pequeno, saboroso e popular, que já
foi qualificado como pescado de terceira categoria, chega a bater o sofisticado
salmão como fonte de ômega 3, um dos
maiores responsáveis pelo bom funcionamento do coração.
Pura ou em conserva, em forma de
patê ou como recheio de sanduíche,
costuma quebrar um galho e tanto em
qualquer cozinha e vem, aos poucos,
conquistando paladares mais exigentes.
Ela foi um dos primeiros tipos de alimento a ser enlatado no início do século 19,
quando o general francês Napoleão reconheceu a importância de se preservar
alimentos em épocas de racionamento.
A sardinha espalhou-se pelo mundo
a partir dos mares da Sardenha, uma ilha
no mediterrâneo, e hoje ocupa um espaço privilegiado nas águas e no prato dos
brasileiros. No Brasil, de acordo com os
dados mais atualizados do Ministério da
Pesca, em 2010 foram capturadas 62.134
toneladas de sardinha verdadeira, espé-
58
Dezembro 2012
cie considerada em extinção, número
25% menor que os dados de 2009 quando foram produzidas cerca de 83.286 t,
mas mesmo assim a sardinha ocupa os
primeiros lugares no ranking de produção ´pesqueira extrativista marinha.
De acordo com o Ministério, este
declínio foi responsável por aproximadamente 50% da redução total observada
na produção pesqueira marinha nacional
em 2010. Vale ressaltar que as variações
anuais da captura da sardinha-verdadeira
são decorrentes de alterações da abundância que são relacionadas ao sucesso do recrutamento do estoque, o qual
pode ser fortemente afetado por oscilações na estrutura oceanográfica da costa
sudeste-sul do Brasil.
A atual produção de sardinha no Brasil apresentou grande crescimento nos
últimos anos, e houve um árduo trabalho
para aumentar sua produção. Em 2002, a
produção não ultrapassou 22 mil toneladas; em 2004, ficou em 24 mil. A sardinha
tem altas taxas de fecundidade e crescimento rápido, mas vive no máximo quatro anos e apresenta altas taxas de mortalidade natural. O Ministério da Pesca,
explica que houve um enorme trabalho
para entender a biologia da espécie, criar
mecanismos de ordenamento e planejar
a pesca de curto e médio prazos.
Hoje, o problema é diferente: nossa
indústria pesqueira não possui capacidade para estocar, processar e congelar
a sardinha capturada no Brasil. São capturas diárias de até 1200 toneladas, mas
a capacidade média diária da indústria é
de apenas 400 toneladas. O resultado é a
perda significativa da produção e a queda no preço médio de vendas.
Outro gargalo tem sido o transporte,
uma vez que as maiores capturas vêm se
concentrando no estado do Rio de Janeiro, onde a capacidade de congelamento
é reduzida a cerca de 100 toneladas/dia. É
por isso que o Brasil continua importando
tanta sardinha para atender ao mercado
nacional, em 2010 foram importadas do
Marrocos cerca de 31.000t, cujo produto
apresenta bom preço de venda, sendo que
os maiores volumes são direcionados para
o abastecimento da indústria de conservas.
A solução para o problema talvez seja
investir no aumento da capacidade de processamento de pescado da indústria de
enlatados. Uma solução que exige planejamento cuidadoso. Afinal, a indústria, revigorada, corre o risco de ficar ociosa se não
estiver preparada para processar outros
tipos de pescado (como a anchoíta) nos
períodos em que os estoques de sardinha
estiverem naturalmente em baixa.
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Dezembro 2012
59
Pedrões
Fazenda
Seleção da raça Quarto de Milha
A
tradicional Fazenda Pedrões ficou conhecida por fazer parte
do sucesso da literatura brasileira ‘Grande Sertões Veredas”, interpretado
na Rede Globo por Tony Ramos e Bruna
Lombardi e “ Manuelzão e Miguilin” de
Guimarães Rosa. O folclórico Manuelzão
era vaqueiro da fazenda Pedrões.
Localizada a beira do Rio São Francisco, na cidade de Três Marias, Minas Gerais,
a Fazenda Pedrões atualmente está dedicada à criação da raça Quarto de Milha.
De propriedade do advogado e empresário Adevailde Veloso, à frente do
Grupo Vitória da União, a estrutura da
fazenda é de brilhar os olhos. São 1.500
hectares de terra, 20 lagoas; inclusive
com nascentes, 3.000 metros de beira do
Rio São Francisco, 2.600 metros de frente
para o asfalto, 85km de cerca aroeira em
arame liso,baias e piquetes em uma estrutura adequada para criação de gados e
cavalos, 15 suítes e mais 8 casas de colono, e um alambique onde já foi produzida
a famosa cachaça Rainha dos Pedrões. “A
Fazenda Pedrões tem estrutura de hotel.
Já hospedamos diversos atores conhecidos, como Oscar Magrini, Tiago Lacerda,
Humberto Martins, Daniele Cicareli, den-
60
Dezembro 2012
tre muitos outros”, conta Veloso.
Iniciando na criação da raça quarto de
Milha, Veloso afirma ter optado pela raça por
sua beleza e adquiriu alguns animais do amigo e vizinho de fazenda, o belga Jonhy. Atualmente seu plantel conta com 36 animais
belos animais Quarto de Milha e Veloso está
otimista com a criação. “Crio por hobbie essa
bela raça! Meus planos são continuar me
dedicando à criação e retomar a produção
da cachaça Rainha de Pedrões, que é muito
conhecida na região”, conclui.
Dezembro 2012
61
foto: Divulgação Wäls.
ta com foco no consumidor brasileiro, mas
será exportada devido a alta demanda e
interesse que o mercado internacional demonstrou”, comemora José Felipe.
O mestre Garret Oliver
Empresa mineira desenvolve a primeira
cerveja de cana
Bebida pioneira
fabricada em Belo
Horizonte custará R$ 18
reais a garrafa de 375 ml.
A
premiada Cervejaria Wäls, eleita a
Melhor Cervejaria do Ano de 2012
da América do Sul no The Great
South Beer Cup durante o 4º festival da cerveja, em Blumenau, Santa Catarina, se uniu
a uma das maiores autoridades do mundo
em cerveja, Garret Oliver, para a produção de
uma cerveja exclusiva. Os irmãos José Felipe
Carneiro e Tiago Carneiro, sócios da Wäls, na
cidade de Belo Horizonte/MG, apostam nesta parceria como forma de firmar ainda mais
a Wäls como uma empresa inovadora quando o assunto é produção de cerveja.
Garret Oliver veio ao Brasil produzir a
primeira cerveja feita a base de cana de
açúcar. O conceito é fazer uma cerveja
que transmita a ligação do povo brasileiro
com a cana de açúcar, que normalmente
é associada apenas para a produção da
cachaça, através da fermentação do caldo. “O que nós queremos é mostrar que
somos capazes de produzir cerveja de
62
Dezembro 2012
qualidade de renome internacional. Dentro do Brasil, temos cervejas que podem
ser comparadas com as melhores cervejas internacionais”, revela José Felipe.
A receita é uma cerveja do estilo Saison, típico do interior da Bélgica, com
aromas frutados, leve acidez, alta carbonatação e teor alcoólico entre 6% e 8%,
um pouco acima da cerveja pilsen, a mais
comum. A novidade é que para a produção serão utilizados, além dos maltes
especiais, lúpulos nobres e levedura tipicamente Belga, um ingrediente brasileiro
muito típico do interior de Minas Gerais, o
caldo de cana de açúcar. Serão utilizados
aproximadamente 700 kg de cana de açúcar. A parceria com a conceituada cachaça
mineira Vale Verde, forneceu uma safra especial da cana de açúcar produzida na fazenda de Emeraldas-MG. “É um plantio especial, que faz com a cana tenha um alto
índice de açúcar”, completa o empresário.
O produto será encontrado a partir de
janeiro, em casas especializadas e supermercados com venda de cervejas especiais em todo Sudeste e Sul do Brasil , e no
Distrito Federal. O preço da garrafa será
em torno de R$ 18,00. “Essa cerveja foi fei-
Garrett Oliver é uma das maiores autoridades do mundo em cerveja, mestre cervejeiro da The Brooklyn Brewery, editor-chefe
do The Oxford Companion to Beer, autor do
The Brewmaster’s Table. Garrett começou
a fazer cerveja profissionalmente na Manhattan Brewing Company em 1989 como
aprendiz, e foi indicado mestre cervejeiro de
lá em 1993. Logo ficou conhecido nacional
e internacionalmente por suas interpretações saborosas de estilos tradicionais de
cervejas, assim como um palestrante e escritor ávido e divertido.
Ele já promoveu mais de 800 degustações de cerveja, jantares e demonstrações culinárias em 14 países. Escreve
regularmente para periódicos de gastronomia, de cerveja e é reconhecido
internacionalmente como um expert em
estilos tradicionais de cervejas e suas afinidades com a boa comida. No final de
1994, Garret entrou para a The Brooklyn
Brewery como mestre cervejeiro. Muitas
de suas cervejas ganharam prêmios nacionais e internacionais.
Como iniciar um criatório de
animais silvestres ou exóticos
* Lívia Denilli de Araújo é Bióloga da ZOOVET CONSULTORIA LTDA
E
stima-se que, por ano no Brasil,
aproximadamente 200 mil animais
silvestres sejam apreendidos pelo
IBAMA. Deste total, apenas uma pequena
quantidade tem condição de voltar à natureza, os demais permanecem nas dezenas de Centros de Triagem de Animais
Silvestres (CETAS) espalhados pelo país,
aguardando a destinação a criatórios devidamente registrados no Órgão.
Estes são, segundo a IN 169 de 20 de
fevereiro de 2008, divididos em diversas categorias dependendo do objetivo da criação, sendo os dois tipos mais comumente
pretendidos, o mantenedor e o comercial
de fauna silvestre. O primeiro é recomendando às pessoas que desejam criar e manter animais silvestres sem que ocorra a reprodução. Dentre as espécies usualmente
pretendidas, destacam-se araras, tucanos,
papagaios, pequenos primatas e répteis,
como a iguana e o cágado tigre d’água.
A criação comercial de espécies brasileiras e exóticas, visa criadores que desejam
reproduzir esses animais em cativeiro para
comercialização de carne, pele ou com a
finalidade de animais de estimação. Até a
presente data, não há liberação por parte do
IBAMA da comercialização de espécies da
fauna brasileira para venda como animais de
estimação. Entretanto, a criação de espécies
da fauna exótica está devidamente permitida pela Instrução Normativa 18, de 30 de
dezembro de 2011, e aves como o papagaio
do congo, cacatuas, ring necks, ecletus, roselas e lóris são alguns exemplos de animais
exuberantes, inteligentes e que possuem
um alto valor de venda no mercado.
Em 8 de dezembro de 2011, foi publicada a Lei Complementar 140, que repassa
ao estado as atribuições ora antes designadas ao IBAMA, e entre elas, o controle de
implantação dos criatórios. Atualmente,
esta lei se encontra em processo de trans-
ferência em alguns estados do país. Hoje,
para o registro do cadastro e regularização
do criatório, é necessária a obtenção da
Autorização Prévia (AP), emitida após o cadastro das espécies desejadas. Em seguida,
deve ser elaborado um projeto técnico por
profissional competente, constando todas
as informações solicitadas pelas Instruções
Normativas vigentes. Com a aprovação
do projeto, será emitida a Autorização de
Instalação (AI) e, após a construção das
instalações embasadas pelo projeto técnico, será solicitada a vistoria ao criatório.
Quando aprovado, é emitida então a Autorização de Manejo (AM), etapa final do
registro, estando o criatório apto a receber
os animais ou realizar vendas.
É importante ressaltar que as criações
de animais silvestres em cativeiro são
uma importante ferramenta de conservação da fauna, ao manter vivo o patrimônio genético de diferentes espécies
e diminuir a busca por animais retirados
ilegalmente da natureza, fornecendo
para a sociedade, animais de origem legal. Como diria Charles Darwin: “A compaixão para com os animais é das mais
nobres virtudes da natureza humana.”
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Tecnologia verde
Grandes empresas
optam pelos
biolubrificantes vegetais,
colaborando com a
cadeia sustentável
Roberto Uyvari Jr,
diretor executivo da VGBIO
O
s biolubrificantes chegam às
grandes indústrias nacionais trazendo inúmeros benefícios ao
meio ambiente e vem conquistado esse
importante mercado e atraindo as maiores companhias de diversos segmentos,
cada vez mais preocupadas com a nova
64
Dezembro 2012
economia de cadeia sustentável e para as
quais a questão ambiental e produtos de
alto desempenho são levados a sério.
Com diferentes aplicações, empresas como a Embraer, Quip Engenharia,
ThyssenKrupp Elevadores, Companhia
Siderurgica do Atlantico, ALL, Polimetal,
Camargo Correa, Maquinas Sanmartin,
Superpesa e a WEG Motores, entre outras,
já iniciaram a substituição dos lubrificantes e graxas minerais por produtos biodegradáveis e atóxicos de origem vegetal.
De acordo com o diretor executivo
(CEO) da VGBIO, Roberto Uyvari Jr os biolubrificantes além de apresentarem maior
rendimento do que os lubrificantes minerais e sintéticos em diversas aplicações,
não agridem o meio ambiente, pois a sua
degradabilidade varia entre 28 e 40 dias.
“Outras vantagens são a economia em
função do aumento do ciclo de vida do
produto e a redução do descarte de resíduos, o fim das multas ambientais e todos
os transtornos causados pelos produtos
que agridem à saúde e à natureza”, explica.
Os excelentes resultados na aplicação
dos produtos vegetais induziram empresas a novos estudos e pesquisas para o
atendimento de diversos mercados e
aplicações, entre elas o uso de óleos vegetais no setor de mineração, especial-
mente na aplicação de perfuração de
rochas, e nos equipamentos e esteiras
transportadoras de minério. No mercado de agronegócio o novo produto está
sendo requisitado para os equipamentos
de movimentação de terra (tratores, colheitadeiras, plantadeiras etc.).
Nas usinas de álcool e açúcar, o produto pode ser utilizado em equipamentos de
moenda para a fabricação de álcool e açúcar e nos equipamentos de colheita mecanizada. Nos portos, sua aplicação é recomendada nas esteiras transportadoras para
embarque de grãos a fim de evitar a contaminação dos alimentos, pois o óleo vegetal, além de biodegradável, tem também a
característica de atender a especificação de
grau alimentício. Também a aplicação pode
ser feita nas defensas de portos e cabos de
aço dos guindastes que movimentam os
containers, pois nestes locais existem sérios
riscos de contaminação da água do mar.
Os novos produtos sustentáveis têm
obtido grande sucesso em diferentes
segmentos nos quais o seu rendimento
mostra-se superior ao dos óleos de origem mineral e sintética e por garantir
uma série de benefícios econômicos e de
produtividade para os seus clientes. Entre eles, Roberto Uyvari cita a eliminação
do efeito tramping oil nas maquinas de
usinagem de metais, o que gera custos
adicionais com paradas para manutenção e limpeza, o descarte do resíduo e
os problemas ambientais relacionados à
destinação deste resíduo.
“Na área de metal working (usinagem
de metais) o rendimento é 30% maior do
que os similares minerais e sintéticos. No
caso de óleo para perfuração o rendimento
chega a 200%, além da grande vantagem
de contribuir com redução da possibilidade da contaminação direta dos lençóis freáticos por ser um produto biodegradável e
atóxico”, completa Roberto Uyvari Jr.
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Fotos: Divulgação
Automóveis
Receita
Culinária
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Carros
híbridos
chegam ao mercado brasileiro
O
mercado dos veículos elétricos puros ou híbridos, que também
contam com motor a combustão, ou seja, movido à gasolina -, ainda é
incipiente no Brasil, mas terá alguns novos produtos para disputar a preferência
do consumidor a partir de 2013.
O carro é silencioso e a emissão de
poluentes é 40% menor, porque o motor é híbrido, funciona com gasolina e
eletricidade. Em baixa velocidade, é uma
bateria que manda energia para o motor.
E toda vez que o motorista tira o pé do
acelerador, o movimento do carro produz eletricidade para completar a carga.
Quando é preciso aumentar a velocidade,
a gasolina começa a ser usada automaticamente para dar mais força ao motor e,
ao mesmo tempo, recarregar a bateria.
As montadoras, aos poucos, ampliam
suas apostas nesse segmento, mas ainda
esperam que, ao longo do tempo, o con-
66
Dezembro 2012
sumidor se adapte à tecnologia e, principalmente, que o governo federal ofereça
incentivos às vendas desses carros, menos poluentes.
Os paulistanos já podem conferir de
perto alguns modelos rodando pelos taxistas, previstos no programa da Prefeitura
que incentiva empresas frotistas a adquirirem com descontos veículos com motorização de baixo consumo e emissões.
O modelo é o Prius da Toyota, pouco conhecido no Brasil, mas de grande
sucesso no exterior. O carro híbrido da
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Ingredientes
Toyota foi o primeiro do gênero a estrear no mercado mundial, em 1997, e suas
vendas já passaram das 3,2 milhões de
unidades, o que faz dele o principal modelo de sua categoria. No mês de dezembro em São Paulo, 20 carros como esses
começaram a circular pela cidade e até
maio de 2013 serão 116, número ainda
incipiente, mas o preço não é convidativo, cerca de R$120 mil.
Especialistas e representantes das
montadoras consideram que a tendência dos carros híbridos vai ‘pegar’ no Brasil nos próximos cinco anos, sendo que
essa aceitação, inicialmente, deve ocorrer
apenas em modelos importados intermediários ou de luxo, e não nos populares, para pessoas com poder aquisitivo e
consciência ambiental.
Para 15 pessoas
Tempo de preparo: 2 horas
Montagem
Dezembro 2012
67
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Fotos: Divulgação
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Reino Unido conta com 20 mil
clientes realizando pelo menos
uma viagem internacional à cavalo por
ano, tinha o Brasil até bem pouco tempo
fora de seu mapa.
O mercado de viagens à cavalo é uma
atividade ainda nova e pouco conhecida
no Brasil; na Europa e America do Norte
já esta bem estruturada e tem mais de 25
anos de tradição.
Fundada em 1995, a maior agência
especializada em viagens a cavalo no
mundo, In The Saddle, esta baseada na
Inglaterra, tem escritório nos Estados Unidos e representantes em 7 países (Austrália, Bélgica, Brasil, Dinamarca, Holanda,
Italia e Noruega). A empresa só começou
a trabalhar com o Brasil em 2009. O fato
surpreende quando se constata que a
agência começou a vender destinos da
Argentina e do Chile em 1997, do Peru
em 2006 , do Equador em 2007 e do Uruguai em 2008. Ou seja, o Brasil apesar de
ter mais cavalos que todos esses países
juntos, não ter as limitações climáticas
que eles tem, e contar com grande diversidade de belezas naturais para oferecer,
não havia conseguido entrar neste interessante mercado.
A falta de profissionalismo, traduzido em
qualidade e segurança, é o motivo apontado pelas mais de dez agências no mundo
que hoje vendem alguns dos seis destinos
brasileiros estruturados para viagens à cavalo. São eles: Aparados da Serra – RS; Fazendas Históricas de Café – SP; Estrada Real –
MG; Serra Fluminense- RJ; Pantanal Sul – MS
e Costa do Descobrimento – BA.
Considerando que o Brasil tem o quarto plantel de cavalos do mundo e que o
agronegócio cavalo movimenta toda uma
cadeia da economia e é grande empregador de mão de obra, esta atividade de
turismo equestre deve ser observada com
mais atenção por todos aqueles envolvidos com a indústria de cavalos.
Observando- se as estatísticas dos
clientes ingleses desta atividade pode-se
perceber que os números não surpreendem somente pela quantidade mas também pelo gênero.
Do total de clientes da In The Saddle,
74% sao mulheres e 26% são homens. Os
clientes individuais 25% , duas pessoas
39% e grupos de 3 ou mais 36%.
Cavalgada pelo
fim do mundo
Nada melhor do que colocar o pé no
estribo e programar uma cavalgada num
dos lugares mais lindos do mundo, a Patagônia. Ela é muito grande e tão bonita
no Chile quanto na Argentina, país aonde
se estende desde a região de Bariloche
ate o extremo sul do continente.
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Fiz essa viagem ano passado, cavalgada que começa em Ushuaia (também
conhecida como fim do mundo). Saindo
do Centro Hípico de Adolfo e Laura, iniciamos a subida da montanha, com ventos muito fortes e cortantes, comuns na
região. Cruzamos rios, bosques e atravessamos pontes rudimentares, até alcançarmos o topo e sermos brindados com
uma vista espetacular para a cidade de
Ushuaia e o Canal de Beagle, tendo por
pano de fundo a Cordilheira dos Andes.
Esta é uma região de muitas histórias
de aventureiros e o Adolfo sem dúvidas
é um deles, todos os anos empreende a
Expedição Fim do Mundo na Península
Mitre, digna do nome.
De Ushuaia seguimos para El Calafate,
destino turístico consagrado por seu Glaciar – Perito Moreno. Como estava numa
viagem de pesquisa e organização de roteiro, passei alguns dias fazendo uma das
cavalgadas mais difíceis de minha vida.
Os dias nessa época do ano são longos na região (com luz até 11 da noite) e
resolvi estender os percursos ao máximo,
cavalgando em média 10 horas por dia.
Mas valeu a pena, subimos montanhas
aonde encontramos partes cobertas
com neve e vistas incríveis, tanto para as
cordilheiras chilenas com destaque para
Torres Del Pane, como para o Glaciar Perito Moreno, um espetáculo à parte. Muitas
travessias foram difíceis e em alguns momentos tivemos que baixar a montanha a
pé. Os cavalos ajudaram muito, são fortes
e rústicos, acostumados com o terreno
difícil e em alguns lugares até perigoso.
Os cavalos crioulos (cruzados com raças
de tração) da região pesam cerca de 500
a 600 kg e passam parte do ano solto nos
campos e montanhas cobertas de neve.
Foram 10 dias em que enfrentamos
desafios numa aventura com alto grau de
dificuldade, fizemos amizade com o pessoal da região e tivemos oportunidade de
ter uma relação muito estreita com nossos
cavalos. Ao final a alegria de ver que todos
os obstáculos foram superados, e que conseguimos organizar uma viagem, que sem
dúvida, é uma das melhores cavalgadas
que qualquer um pode fazer na vida.
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Acupuntura
na veterinária
Flávia Giovani Saraiva,
Médica Veterinária da Reabipet.
A
definição de acupuntura como
técnica da Medicina Tradicional
Chinesa, que consiste na estimulação de pontos específicos do corpo,
utilizando para isso a inserção de agulhas (acupuntura propriamente dita) ,
pressão manual através da massagem,
ventosa e até mesmo o calor proveniente da queima da moxa ( moxabustão), é
conhecida por grande parte das pessoas. Assim como a sua definição, o poder
dessa eficiente técnica como tratamento de doenças também é amplamente
conhecido.
A filosofia de tratar o doente e não
a doença faz com que muitos humanos
busquem essa alternativa para alcançar
a cura, ou o equilíbrio tão preconizado
pelos orientais.
O que muitos ainda não sabem é
que os nossos amigos de quatro patas
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também podem desfrutar da acupuntura como alternativa de tratamento para
as mais diversas patologias que eles
apresentam, e assim também alcançar
esse equilíbrio.
Pesquisas recentes na veterinária
comprovam a eficácia do tratamento
com acupuntura em patologias que
causam dor como a displasia coxo femural ou do cotovelo e as artrites e artroses. Também foi evidenciado através
dos estudos, boa resposta ao seu uso no
tratamento de cinomose, em distúrbios
imunológicos e reprodutivos.
Embora a maior parte das pesquisas
realizadas na veterinária se concentrem
na ação da acupuntura na dor, sua indicação não se restringe apenas a esse
uso. De maneira muito eficaz também
é indicada para o tratamento de desordens neurológicas como as causadas
pelas hérnias de disco, a epilepsia (reduzindo a dose de anticonvulsivante), as
sequelas de cinomose, paralisias e paresias e incontinência fecal e urinária.
Ainda pouco conhecido é o seu uso
em situações de refratariedade à terapia
convencional onde os medicamentos
alopáticos já não produzem o efeito desejado. Neste caso a acupuntura pode
ser associada ao tratamento ou substituída. Problemas crônicos, como os
de pele tão comum em nossos amigos
peludos, podem ser controlados de maneira eficaz com a inserção das agulhas.
De maneira igualmente eficaz, os problemas crônicos cardíacos, respiratórios,
renais podem ser também controlados
com o uso da acupuntura.
A associação do tratamento convencional à acupuntura pode acelerar o processo de cura e aumentar a qualidade de
vida dos pacientes, como acontece, por
exemplo, naqueles submetidos à quimioterapia para tratamento do câncer.
A alegria que um cão ou gato demonstra ao ter seus movimentos devolvidos, sua
dor curada ou o problema que afetava sua
qualidade de vida solucionado pela acupuntura, é algo indescritível que somente
o proprietário que teve seu melhor amigo
recuperado pode testemunhar.
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Mercado Pet
Furão
A
dotar mamíferos, como um furão é uma alternativa para quem
quer um pet não-convencional.
O mais difícil nestes animais é que eles
são curiosos e costumam fuçar em tudo.
O furão é um mamífero carnívoro da
família dos Mustelídeos utilizado como
animal de estimação em vários países
do mundo. Ao contrário do que algumas
crenças populares indicam, os furões não
são roedores. Dotados de energia, curiosidade e potencial para o caos durante
toda a vida, vigiam constantemente o
ambiente que os rodeia, sendo tão chegados às pessoas quanto os gatos (desde
que, a exemplo destes, o dono saiba criar
e cativar os bichinhos), entregando-se ativamente às brincadeiras com seus donos.
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Primos de gambás e lontras, o furão ganhou a domesticação há muitos
anos atrás, sendo um animal com temperamento brincalhão, tanto em bando
quanto com humanos. São animais extremamente curiosos e não perdem esse
temperamento com o passar da idade.
Eles são capazes de reconhecer o dono,
e gostam muito de passear, precisam brincar e correr, o que faz se assemelharem em
alguns aspectos com cães e gatos.
Para alimentá-los existem rações especializadas, não sendo aconselhado o uso de
rações de outros animais, já que os valores
nutricionais de um e de outro são diferentes. O alimento, assim como a água, deve
estar à disposição do animal o dia inteiro, e
é aconselhável também dar algumas frutas,
em sua maioria secas, sem semente, como
uva passa, banana e pera. Mas se notar
qualquer alteração nas fezes suspenda o
que você havia dado de diferente.
Na higienização eles podem ser ensinados a utilizar a caixa de areia, pode não
ser uma tarefa tão simples e exige um
pouco da sua compreensão, porém são
animais inteligentes e aprendem.
Gostam muito de banhos, mas não se
recomenda a frequência, sendo mensalmente o ideal, já que sua pele é extremamente seca. É recomendado o uso de xampus próprios e sempre banhar o animal em
água morna, secando, não esquecendo de
cortar as unhas, mas com cuidado para não
cortar a veia, se necessário peça auxilio a
outra pessoa ou vá ao veterinário.
Ê importante limpar também as orelhas pelo menos uma vez ao mês com
um óleo especial evitando assim que
ácaros procriem.
Normalmente as pessoas que adotam
os furões costumam deixá-lo em gaiolas,
raramente soltos pela casa, o que pode representar um grande risco, já que adoram
se enfiar nos lugares menos explorados da
casa, com sua curiosidade fuça em tudo. O
ideal são as gaiolas com grades de metal,
que proporcionam um ambiente arejado,
evite aquários ou caixas de madeira.
A gaiola deve ter uma caminha, que
pode ser uma toalha velha ou panos que
não se use, mas verifique o material, para
evitar que as unhas dele se enganchem.
Além da comida, da água e da caixa de
areia é interessante também colocar
brinquedos, uma rede é bastante comum, onde eles gostam muito de deitar,
além de túneis, sem esquecer de deixar
um espaço livre nessa gaiola, onde esses
animais gostam muito de se esticar.
Mas atenção, antes de comprar um
pet diferente, se informe junto ao Ibama
a permissão para a criação destes animais
pois algumas legislações não permitem a
criação de determinadas espécies. O órgão
também orienta os interessados a checarem com a unidade local da instituição se a
loja procurada possui registro e está dentro
da lei. Outro conselho dado pelo instituto
do meio ambiente é pedir a nota fiscal na
hora de comprar o animal. A nota fiscal é a
garantia de que o consumidor não cometeu crime ambiental e não comprou um
bicho contrabandeado, indica o Ibama.
Dezembro 2012
73
Criações exóticas
Hedgehog,
um animal diferente!
Q
uem não se lembra do famoso
personagem Sonic, dos jogos
de vídeo games? O engraçadinho hedgehog conquistou milhares de
crianças e adolescentes em todo o mundo e ajudou a popularizar a espécie de
ouriço terrestre.
Originário das estepes e savanas da
África Central, mais conhecidos no Brasil
como ouriço pigmeu africano, esses pequenos animais têm sido criados como
animais de estimação. Sua aparência
exótica, porém cativante, ajudou muito
na popularização do animalzinho nos
Estados Unidos e agora também no Brasil. Entretanto a criação de animais só é
autorizada pelo Ibama, de animais que
entraram no Brasil até o ano de 1998.
Os ouriços, ou hedgehog, são animais insectívoros, mamíferos primitivos,
surgidos há cerca de 100 milhões de
anos. Tem o corpo coberto de espinhos
que não produzem qualquer tipo de veneno e o focinho comprido.
Os hedgehog podem viver de três a
quarto anos em estado selvagem e entre
sete e dez em cativeiro. Seu peso varia
entre os 250gr e os 500gr e medem de
13 a 23 cm. Existem vários tipos de cores
para os ouriços pigmeus africanos. Possuem 36 dentes, semelhantes a outros
insectívoros e a sua temperatura oscila
entre os 32 e os 34 graus. Seu maior inimigo é o frio e por isso é essencial que
ele viva em uma temperatura cerca de 24
graus, para isso deve-se manter um calor
artificial quer através de mantas térmicas,
lâmpadas de cerâmica ou discos de calor.
Quando se sentem ameaçados, se
transformam em uma bola de espinhos.
Sua visão é ruim e isso o obriga a ter
como sentido principal o olfato.
Manejo
Os ouriços são animais solitários e seria muito pouco aconselhável colocar dois
ouriços na mesma casinha, que deve medir no mínimo 60 de comprimento 20/30
Higiene
altura e 40 de profundidade podendo ter
um segundo piso, mas com cuidado para
não caírem. Atenção também com algumas gaiolas com grades que podem ferir
as suas patinhas e focinhos. Deve lavar a
casinha todas as semanas e dar de comer
e beber todos os dias.
Alguns acessórios que pode ter na
sua casinha são comedouros e bebedouros que pode ser de pipeta para facilitar a
utilização. Fazer uma toca ou ninho pode
ser interessante para que os ouriços durmam com mais aconchego.
É fundamental ter uma boa limpeza
das gaiolas ao menos uma vez por semana, substituir o material com que se forra
o chão e o espaço destinado às suas necessidades. Importante também manter
sempre limpa a toca ou ninho de dormir.
Não há consenso sobre banho, mas é
necessário cortar e aparar as unhas traseiras dos hedgehogs.
Não há no mercado vacinas apropriadas para esse tipo de animal, mas é aconselhável leva-lo ao veterinário especialis-
ta em animais exóticos para desparasitar,
pois segundo especialistas, são animais
suscetíveis a numerosos parasitas internos e externos, problemas de pele e problemas respiratórios e gastrointestinais.
Criadores alertam para a obesidade, dieta imprópria e super alimentação
pode resultar num ouriço obeso.
O temperamento dos hedges é outro
atrativo. Alguns são mais ativos e brincalhões, outros bem tímidos e até dorminhocos, mas, de modo geral, são todos
dóceis e sociáveis.
Alimentação
Vários autores e criadores dizem que
os ouriços em contato com a natureza
consomem uma variedade de insetos e
pequenos vertebrados. Alguns criadores
dão frutas, legumes, pedaço de queijo,
carne, ovos cozidos e grilos, que são
um grande petisco. Já criadores como
os espanhóis ou os ingleses, dizem que
alguns desses alimentos fazem mal, ao
seu sistema digestivo. O consenso surge
com a alimentação para gatinhos como
opção, uma dieta rica e equilibrada em
proteína e gordura. Para um ouriço adulto, ração de gato “light” ou sénior com
pouca proteína e pouca gordura, ou ração própria para ouriço.
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Leonardo Motta comemora aniversário no seu
Haras Portão dos Motta.
1ª Copa
de Marcha Pampa BH
No dia 15 de dezembro, o criador de Mangalarga Marchador, Leonardo Motta,
juntamente com seu irmão Gustavo, recebeu amigos, familiares e criadores para comemorar seu aniversário com um almoço no Haras Portão dos Motta.
Durante a comemoração, o criador fez uma apresentação com grande estilo de
sua tropa de marchadores e muares.
Leonardo e Gustavo Motta
Gustavo Motta, Camilo Leão, Fernando
Vasconcelos, Filhos e Carlos Augusto.
No dia 01 de dezembro no Parque
da Gameleira foi realizada a 1ª Copa de
Marcha Pampa BH, evento realizado pela
ABCPampa, na ocasião estiveram presentes vários criadores para comemorar o
evento com um churrasco.
Fotos: Aldo Azevedo
Evento / Confraternização
Fotos: Carlos Augusto
Evento / Comemoração
Jose C. Manetta, Frederico Salgado,
Alvaro Santi e Aroldo Rodrigues
Caroline Resende, Jacqueline Alexandre,
Leila Rosemberg e Altair Gomes
Gustavo Motta, Henrique
Fonseca, e Flávio Andrade
Helvécio Rosenburg, Carlos Augusto, Gustavo
Rosenburg e Camilo Leão.
Paulinho, Leonardo Motta e Pedro.
Dupla Sertaneja Toninho e Cleytiano
Aloísio Ribeiro, Aloisio Cid e Diego Vitral
Juliana Souza, Rodrigo Zica e Luccas Souza.
Heloísa Ventura e Wagner Ventura.
Marcelo Lamounier, Marcio
Vinicius e Gustavo Motta.
Camilo Leão, Helvécio Rosenburg, Leonardo Motta, Carlos Augusto e Gustavo Motta.
Flávio Andrade, Leo Fares, Aureliano
Espirito Santo e Gustavo Rosenburg.
José Carlos Manetta entregando a premiação.
Dupla Sertaneja Toninho e Cleytiano
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IV MARCHADOR FEST
Visita ao Haras Falupa
A quarta edição do Marchador Fest, reuniu
na segunda quinzena de novembro de 2012,
no Hotel Glória, em Caxambu (MG), 1.500 convidados. O evento, promovido pela Associação
Brasileira dos Criadores do Cavalo Mangalarga Marchador (ABCCMM), homenageou os
melhores do Ranking Nacional do último ano
equestre 2011/2012. Durante a solenidade, foi
firmado convênio entre a ABCCMM e a Obra
Social Nossa Senhora da Glória – Fazenda Esperança. Com isso, funcionários, associados e pessoas ligadas à raça poderão usufruir dos benefícios da entidade. A festa de confraternização
contou com a apresentação de Neguinho da
Beija-Flor e bateria. O Mangalarga Marchador
será o tema da escola de samba no Carnaval
de 2013. Na programação do IV Marchador Fest
também ocorreram a Copa de Marcha Barão
de Alfenas, o Leilão Elite Barão de Alfenas e a
inauguração do Museu Nacional do Mangalarga Marchador, em Cruzília (MG). Confira as fotos
de Bruno Figueiredo Odin e Roberto Pinheiro.
Diretoria da ABCCMM. Antônio Sérgio Quadros Barbosa, Magdi Shaat, Breno Patrus,
José Luiz Cruz, Carlos A. Karam, Paulo Nóvoa e Vicente Araújo Neto
Ailton Pupio e Carlos Melles. Ao
fundo, o jornalista Paulo Leite
Adolfo Géo, Lilian Géo
No dia 29 de setembro, o diretor comercial da revista Mercado Rural, Marcelo
Lamounier, juntamente com alguns criadores, estiveram no Haras Falupa, dos irmãos Paulo Henrique e Fabio Junior para
conhecer esse grande e autêntico criatório
da raça Mangalarga Marchador.
Os convidados ficaram encantados
com o que viram “Excelente tropa, que
vale a pena ser montada. O verdadeiro e
autentico cavalo de sela marchador”, comentou Lamounier.
Maurício Zacarias e Antônio
Sérgio Quadros Barbosa
Irmãos Falupa - Fabio Junior e Paulo Henrique.
Eros Biondini, Adalberto
Barbosa, Patrícia Barbosa
Talisca dos Três Tombos, Olaff Costa, Fabio Junior, Carlos Augusto,
Marcelo Lamounier, Paulo Henrique e Imperatriz da Falupa.
José Luiz Cruz, Rina Gazzinelli, Suzana Simões
ADM. CIRO RIBEIRO DA SILVA
(37) 3341-1354
(37) 9988-1071
(37) 9921-3593
(37) 8806-1647
Dezembro 2012
Carlos Augusto, Olaff Costa (Padinho), Paulo
Henrique, Frederico Salgado e Fabio Junior.
Magdi Shaat, Ana Cristina
Marquito e Carlos Augusto Karam
Carlos Augusto, Frederico Salgado,
Fabio Junior, Olaff Costa e Ranon.
78
Gabriela, Paulo Henrique, Marcelo Lamounier,
Jorge Henrique e Frederico Salgado.
Carlos Augusto, Paulo Henrique,
Fabio Junior e Jorge Henrique.
Paulo Nóvoa, Victória Pelegrino e Vicente Araújo Neto
Baques Vladimir Carvalho,
Priscila Pimenta, Breno Patrus
Fotos: Frederico Salgado
Evento / Confraternização
Fotos: Roberto Pinheiro e Bruno Figueiredo Odin
Evento / Confraternização
boi vitorio
Dezembro 2012
79
Giro Rural
Carne bovina de Minas busca
recuperação no mercado externo
O Clube Virtual do Mangalarga Marchador- CVMM, realizou no mês de novembro
a Cavalgada Raízes 2012, que saiu e retornou na Fazenda Morro Grande, em
Baependi/MG em um percurso de 22km. Estiveram presentes no grupo, os
criadores Helvécio Rosenburg, Bernardo Junqueira e Pedrosa.
Líder no segmento de troncos e balanças, a Coimma
participou em Angola da Semana Brasafrica 2012
Trabalho da Embrapa sobre modelagem matemática
aplicado ao cálculo do volume de água cinza necessário
para diluir agrotóxicos na água é premiado em congresso
As vendas externas de carne bovina, nos dez
primeiros meses de 2012, somaram US$ 280,7
milhões, receita 9,2% superior à registrada em
idêntico período do ano passado. As informações são do Ministério do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio Exterior (MDIC). De acordo com a Secretaria de Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (Seapa), o valor registrado nos
primeiros dez meses de 2012 é o segundo maior
da série iniciada em 2001. “O maior valor obtido
com as exportações de carne bovina por Minas
foi US$ 295,7 milhões, cifra registrada em 2007,
antes do início dos problemas na economia internacional, deflagrados no segundo semestre
de 2008”, informa Márcia Aparecida de Paiva
Silva, assessora técnica da Superintendência de
Política Economia Agrícola (Spea). Rússia, Chile e
Hong Kong foram os principais destinos da carne exportada por Minas. Os três países, juntos,
absorveram 57,6% das exportações mineiras.
Um dos fatores que contribuíram para a nova
marca este ano foi o aumento das vendas para
a Rússia. As compras daquele país aumentaram
66,3% na comparação entre os primeiros dez
meses de 2011 e 2012 e atingiram US$ 106,7
milhões. O valor corresponde a 38% da receita
obtida com as vendas externas totais de carne
por Minas no período analisado.
O trabalho Mathematical model to estimate the volume of grey water of pesticide
mixtures, desenvolvido pelos pesquisadores Lourival Costa Paraíba, Ricardo Antônio
Almeida Pazianotto, Alfredo José Barreto
Luiz, Aline de Holanda Nunes Maia e Claudio Martín Jonsson, da Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP) foi premiado em
primeiro lugar na categoria Profissional no
XII Congresso Brasileiro de Ecotoxicologia Ecotox 2012, realizado entre 25 e 28 de setembro de 2012 em Pernambuco.
Presidente da ABCZ e deputados federais
participam de reuniões em Brasília
80
Dezembro 2012
foto Carlos Silva/MAPA
Da esquerda para a direita, o quinto é o Sr. Silvio Junior, anfitrião
e diretor da Brasafrica, com os gerentes das empresas brasileiras
O projeto Brasafrica, que tem como visão a transformação do
campo, teve início do ano de 2010, após estudo de campo com
análises qualitativas e quantitativas, e tem como principal objetivo
estimular o desenvolvimento da pecuária, agricultura e agroindústria em Angola, um país que vem apresentando um crescimento
expressivo frente à economia mundial.
Com mais de 60 anos no setor, a Coimma, uma empresa de
tradição e peso no Brasil, esteve presente onde levou todo o seu
conhecimento e experiência a fim de colaborar para o crescimento
do setor em Angola.
O modelo premiado supõe que a água
é contaminada pela mistura dos agrotóxicos e usa em seus cálculos valores de
concentrações letais dos agrotóxicos em
organismos indicadores da qualidade da
água (algas, peixes e micros crustáceos).
Assim, o modelo calcula o volume total
de água que seria necessário para diluir a
carga da mistura dos agrotóxicos e manter a água em padrões pré-definidos de
qualidade para a vida aquática e para o
homem.
foto: Equipe premiada, arquivo Embrapa
Cavalgada Raízes 2012
O presidente da ABCZ (Associação Brasileira dos Criadores de Zebu), Eduardo Biagi, esteve em Brasília/DF no dia 21 de novembro para participar de uma reunião com o Ministro
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro, onde foram tratados vários
assuntos de interesse dos criadores de zebu. Acompanhado dos deputados federais
Abelardo Lupion, José Silva e Paulo Piau, do prefeito eleito de Londrina e associado da
ABCZ, Alexandre Kireeff e do superintendente geral da ABCZ, Agrimedes Albino Onório,
Biagi aproveitou a oportunidade para mostrar as ações da ABCZ em prol da divulgação
da necessidade da recuperação de pastagens degradadas, em especial a divulgação do
Programa ABC do Governo Federal.
Minas Gerais se consolida
como a maior produtora
de própolis do país
O estado de Minas Gerais ocupa, desde
o ano de 2000, a posição de maior produtor de própolis do país e é atualmente
responsável por quase 70% da quantidade total da substância em todo o Brasil.
Enquanto a produção nacional gira em
torno de 40 toneladas anuais, Minas, sozinha, coleta 29 toneladas por ano.
O presidente da Federação Mineira de
Apicultura e da Cooperativa Nacional de
Apicultura (Conap), Irone Martins Sampaio, afirma que há diferentes fatores
que explicam a liderança do estado no
segmento, entre eles a rentabilidade e a
procura internacional pela própolis. “Enquanto um quilo de mel é vendido a R$
5,00, um quilo da própolis sai a R$ 150,00.
O mel só é coletado duas vezes ao ano e
a própolis, toda semana. Além disso, Minas tem se tornado referência mundial
na qualidade de sua própolis e hoje esse
já é o produto apícola com maior volume em exportações”, informa Sampaio.
Em 2013, a Conap pretende ampliar sua
presença no mercado externo incentivada pela aceitação positiva de seus produtos, sobretudo a própolis. Atualmente a
cooperativa exporta mensalmente cerca
de 400 kg da substância e de produtos
in natura, mas a demanda internacional
é ainda maior. Segundo Sampaio, é necessário escalonar o atendimento aos
pedidos pois eles chegam a 600 kg / mês.
Dezembro 2012
81
Giro Rural
Produtor de tilápia em tanque rede no reservatório de Furnas no braço do Rio Sapucaí
Em 12 e 13 de novembro, na Embrapa Meio
Ambiente (Jaguariúna, SP), a equipe do
projeto Desenvolvimento de Sistema de
Monitoramento para Gestão Ambiental da
Aquicultura no Reservatório de Furnas, em
parceria com o Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Empresa de Pesquisa
Agropecuária de Minas Gerais (Epamig),
Empresa de Assistência Técnica e Extensão
Rural (Emater), Embrapa Agropecuária Oes-
Residencial
aventura comemora
12 anos de sucesso
TOTEM
Projeto de monitoramento
para gestão ambiental do
Reservatório de Furnas
começa nova etapa
te (Dourados, MS), Universidade Federal de
Minas Gerais (UFMG), Agência Paulista de
Tecnologia dos Agronegócios (APTA) e a
Associação de Produtores de Capitólio realizaram a IV Reunião Técnica e o I Workshop
do Projeto Furnas.
O foco central foi apresentar os contextos
institucionais de contribuição ao projeto e os
resultados das atividades realizadas durante
2012, aproveitando os dados para classificação dos atributos técnicos para escolha dos
locais de fundeio (ancoragem) da plataforma principal e das 5 plataformas secundárias
para monitoramento de parâmetros limnológicos (tudo o que diz respeito a estudos de
lagos) e meteorológicos em alta frequência,
em tempo quase real com registro de dados a cada 10 minutos. Também será feito o
acompanhamento do desempenho zootécnico, coleta de sedimentos para análise de
metais, avaliação do uso do entorno e coleta
de água, dentre outras análises.
Desde o ano 200 atuando no setor de
moto home, o Residencial Aventura comemora sua consolidação no mercado
e é hoje referência em veículos adaptados no estilo moto home. Atualmente a
empresa conta com 15 veículos nos estilos macro, micro e médio adaptados
como residência, camarim, alojamento,
estúdio, clínica e o residencial vip. O
proprietário da empresa Dimas Tadeu,
comemora: “Já são 12 anos de muito
trabalho, sucesso e estabilidade”, disse.
Agenda Rural
Janeiro
Fevereiro
Março
82
Dezembro 2012
19/01 a 03/02
64ª Festa do Figo e 19ª Expogoiaba
Valinhos
SP
23/01 a 27/01
FEOVELHA 2013 - Feira e Festa Estadual da Ovelha
Pinheiro Machado
RS
23/01 a 26/01
15º Itaipu Rural Show
Pinhalzinho
SC
25/01 a 26/01
Show Safra 2013
Lucas do Rio Verde
MT
14/02 a 24/02
Expoinel Minas 2013
Uberaba
MG
19/02 a 21/02
XXXVI Congresso Paulista de Fitopatologia
São Paulo
SP
19/02 a 19/02
29ª. Reunião Anual do Ensaio de Proficiência IAC para
Laboratórios de Análise de Solos
Campinas
SP
01/03 a 01/03
8º Leilão Haras Peniche e Convidados - Embriões
Armação de Búzios
RJ
15/03 a 23/03
50° EXPOPASSOS
Passos
MG
19/03 a 22/03
Femec - Feira de Máquinas, Equipamentos e Implementos
Agricolas no Camaru
Uberlândia
MG
20/03 a 22/03
Expoagro Afubra 2013
Rio Pardo
RS
02/03 a 02/03
8º. Leilão Peniche e Convidados - Animais
Búzios
RJ
Dezembro 2012
83
BEBA COM MODERAÇÃO
84
Dezembro 2012
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