Criança de futuro - Neurociência e Saúde Mental
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file:///D|/M.%20Aranha/Ritalina/imprimir.htm Crianças de futuro Crianças de futuro Mais sábios do que nós, mais sensíveis e equilibrados, nossos filhos talvez integrem o pelotão de frente de uma nova raça humana. Confira o que pesquisadores têm a dizer sobre essa hipótese Por Mariana Viktor Como os moleques de hoje são espertos! Com essa idade, eu acreditava em Papai Noel. Se você já não fez essa afirmação, certamente a escutou numa roda de amigos com filhos pequenos. Comentários como esse resumem uma sensação comum à maioria dos pais: a de que as novas gerações são mais inteligentes, maduras e ligadas nas coisas do que as anteriores. Os cientistas também não têm dúvida sobre isso. "Uma criança normal hoje seria chamada de gênio 50 anos atrás", diz o pesquisador neozelandês James Flynn, que participou de uma conferência sobre o tema, em 1996, nos Estados Unidos, ocasião em que uma pesquisa realizada em 20 países, inclusive no Brasil, revelou que as crianças têm pontuação cada vez mais alta nos testes de QI (quociente de inteligência). "Na década de 40, uma criança americana fazia no máximo 73 pontos – agora atinge 100, número também registrado em vários países europeus, como Grã-Bretanha, Bélgica, Noruega e Holanda", afirma Flynn. Criança "índigo" A maior inteligência é só um dos aspectos mais comprováveis desse progresso, já que, em parte, pode ser medida por testes. Mas as crianças de hoje também demonstram ter um comportamento diferente, defende a americana Jan Tober, co-autora do livro The Indigo Children (As Crianças Índigo), ainda não publicado no Brasil. Ela observa nos pequenos – chamados índigos numa referência à cor azul da aura ou campo eletromagnético que envolve pessoas, animais e plantas – uma intuição muito mais desenvolvida, maior capacidade reflexiva e forte senso cooperativo, características que representariam um avanço evolutivo na espécie humana, em resposta aos padrões individualistas e competitivos de nossa sociedade. Segundo Tober, "80% dos meninos e meninas do planeta apresentam um potencial de mudança em seu código genético e integram o pelotão de frente de uma nova raça humana, mais sábia, sensível e equilibrada". A tese é polêmica, mas compreensível para a psiquiatra Maria José Franklin Moreira, doutora em Saúde Mental e professora de Psicologia do Desenvolvimento da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp. "Não sei se estão nascendo crianças mais evoluídas, mas isso é perfeitamente possível se pensarmos no planeta como um organismo vivo e inteligente, capaz de acionar suas próprias defesas para reequilibrar-se e recuperar a saúde. A ciência pode medir e pesar muitas coisas, provando a sua existência, mas é certo que há aspectos da realidade que, embora verdadeiros, não têm como ser demonstrados." Ampla informação file:///D|/M.%20Aranha/Ritalina/imprimir.htm (1 of 3)15/06/2006 22:34:59 file:///D|/M.%20Aranha/Ritalina/imprimir.htm Para a psicanalista e professora Ângela Vorcaro, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, causas predominantemente ambientais justificam a evolução das crianças, quando comparadas a gerações anteriores. "Elas são mais espertas porque têm vivências diferentes das de seus pais e avós e participam de uma rede mais ampla de experiências e demandas”. Na opinião de Ângela, o essencial nesse avanço foi a transmissão da cultura e não alguma modificação biológica. "Mudanças genéticas ocorrem ao longo de milênios e não são percebidas em poucas gerações”. Para a ciência, constata a psicanalista, o próprio homem, cujos ancestrais levaram milhões de anos até descer das árvores, é um exemplo da lentidão do processo evolutivo. Assim, a grande razão para mudanças de qualidade nas novas gerações seria o estímulo proporcionado por livros e programas educativos, brinquedos pedagógicos, jogos eletrônicos e por um ambiente familiar e escolar mais dinâmico, capaz de incrementar a curiosidade dos baixinhos. Evolução genética "O fato de uma criança de hoje ser diferente da de um século atrás não significa que tenha acontecido um salto biológico", reforça o geneticista Oswaldo Frota Pessoa, professor do Instituto de Biociências da USP. Ele considera que o fator determinante dessa mudança está realmente no ambiente em que cada criança cresceu. "É claro que a humanidade evolui e continua a evoluir em termos genéticos, mas ainda não sabemos como e nem para onde. É preciso separar as hipóteses teóricas dos resultados cientificamente comprovados”. Alerta aos pais Se a teoria das crianças "índigo" aposta na maior sensibilidade, intuição e sabedoria da infância para impulsionar mudanças positivas no mundo, é bom os pais saberem como esses atributos podem se manifestar nos filhos. • Elas têm um sentimento muito forte de seu próprio valor e, por isso, preocupam-se mais em mostrar claramente como são e menos em conquistar e agradar aos outros. • Costumam se ressentir ou rebelar-se diante da autoridade absoluta, sem diálogo, explicação ou opção. E também não aceitam a disciplina que impõe culpa ou medo. • Mais criativas, tendem a buscar maneiras próprias ou diferentes de fazer as coisas. Podem, por isso, ter dificuldade em seguir rotinas e atividades dirigidas. Ritalina em alta O problema desse jeito "índigo" de ser é que ele pode ser facilmente interpretado, em casa e na escola, como dificuldade de adaptação ou de aprendizado, resultando em diagnósticos precipitados e tratamentos desnecessários. Esse aspecto se tornou, inclusive, uma das principais motivações da americana Jan Tober para escrever o livro The Indigo Children, onde faz um alerta sobre o uso excessivo do remédio Ritalina – utilizado no tratamento da desordem do déficit de atenção –, cuja produção aumentou sete vezes nos últimos oito anos, nos Estados Unidos. "O que estamos dizendo aos pais é: por favor, empinem o nariz diante de uma prescrição de Ritalina para seus filhos e considerem outras alternativas. Muitas crianças rotuladas como hiperativas ou vítimas de déficit de atenção na verdade não têm problema algum, exceto o de fugirem ao padrão considerado normal." No Brasil, uma avaliação realizada em 1997 pela psicóloga Adriana Marcondes Machado, do Serviço de Psicologia Escolar do Insti-tuto de Psicologia da USP, revelou que de 140 casos de alunos com queixas de distúrbios de aprendizagem, apenas 7% necessitava mesmo de algum tipo de acompanhamento terapêutico. Entrevistados: Maria José Franklin Moreira, psiquiatra e professora da Unicamp; Ângela Vorcaro, psicanalista e professora da PUC/SP; Oswaldo Frota Pessoa, geneticista e professor da USP. Pesquisa: www.indigochild.com, entrevista de Rick Martin com Jan Tober, co-autora, com Lee Carroll, do livro The Indigo Children, Editora Hay House, 1999. file:///D|/M.%20Aranha/Ritalina/imprimir.htm (2 of 3)15/06/2006 22:34:59 file:///D|/M.%20Aranha/Ritalina/imprimir.htm Copyright © - SINEPE/SC - Sindicato dos Estabelecimentos Privados de Ensino SC ::www.sinepe-sc.org.br:: file:///D|/M.%20Aranha/Ritalina/imprimir.htm (3 of 3)15/06/2006 22:34:59
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