Lição 12 16 de Setembro a 22 de Setembro
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Lição 12 16 de Setembro a 22 de Setembro
Lição 12 16 de Setembro a 22 de Setembro O Anticristo (II Tessalonicenses 2:1-12) Sábado à tarde LEITURA PARA O ESTUDO DA SEMANA: II Tessalonicenses 2:1-12; Mateus 24:1-14; Zacarias 3:1; Daniel 8:8-11; Atos 2:22. VERSO ÁUREO: “Ninguém, de maneira alguma, vos engane; porque não será assim sem que antes venha a apostasia, e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição.” II Tessalonicenses 2:3. PENSAMENTO-CHAVE: Ao corrigir a falsa teologia dos Tessalonicenses sobre os acontecimentos dos últimos dias, Paulo revela a verdade sobre enganos que surgirão no tempo do fim. NO MEIO DE TODAS AS PALAVRAS DE ENCORA JAMENTO e de exortação, o apóstolo Paulo também escreveu sobre acontecimentos do tempo do fim, incluindo o mais grandioso de todos os eventos, a segunda vinda de Jesus. Na passagem desta semana, embora o apóstolo fale do fim, a sua ênfase é um pouco diferente do que vimos anteriormente. Por um lado, ele já tinha dito aos Tessalonicenses os pormenores enquanto esteve com eles. Por outro, o seu propósito neste texto é pastoral, é tranquilizá-los e persuadi-los a serem mais pacientes a respeito dos acontecimentos do tempo do fim, e adverti-los sobre os falsos ensinos que circulavam acerca deste tópico. O início da passagem desta semana (II Tes. 2:1 e 2) contém várias palavras gregas que apontam para I Tessalonicenses 4:13-5:11, como seja a vinda do Senhor (I Tes. 4:15), o encontro (I Tes. 4:17) e o dia do Senhor (I Tes. 5:2) Até certo ponto, a passagem desta semana clarifica aquilo que Paulo disse anteriormente. São aqui reveladas verdades que nós mesmos precisamos de compreender nos dias de hoje. Leitura Bíblica e Esp. Profecia: Salmos 69-71; Luc. 16:1-13; Paráb. de Jesus, cap. 26. Comentário Cristo diz-nos quando o dia do Seu reino será antecipado. Ele não diz que todo o mundo se converterá, mas que “este Evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as gentes, e então virá o fim” (Mat. 24:14). Ao dar o Evangelho ao mundo, está ao nosso alcance apressar a vinda do dia de Deus. Se a Igreja de Cristo tivesse feito o trabalho que o Senhor lhe ordenou, todo o mundo teria sido avisado antes disso, e o Senhor Jesus teria regressado à Terra com poder e grande glória. Poder vivo deve acompanhar a mensagem do segundo aparecimento de Cristo. Não devemos descansar até vermos muitas almas convertidas à bendita esperança do regresso do Senhor. Nos dias dos apóstolos, a mensagem que eles transmitiram produziu um verdadeiro trabalho, desviando as almas dos ídolos para servirem o Deus vivo. O trabalho que deve ser feito hoje é igualmente real, e a verdade continua a ser a mesma verdade; só que devemos dar a mensagem com muito mais dedicação pois a vinda do Senhor está perto. A mensagem para este tempo é positiva, simples e da mais profunda importância. Devemos agir como homens e mulheres que creem nela. Aguardar, vigiar, trabalhar, orar e advertir o mundo – eis o nosso trabalho. – Review and Herald, 13 de novembro de 1913. O PROBLEMA (II Tessalonicenses 2:1-3) Domingo, 17 de Setembro. Qual é o tópico tratado por Paulo no segundo capítulo de II Tessalonicenses? Até que ponto estas palavras são relevantes para nós hoje? Em que aspetos enfrentamos nós dentro da Igreja desafios semelhantes a respeito dos acontecimentos no tempo do fim (marcação de datas, teorias da conspiração e coisas do género), por muito diferente que seja o nosso contexto? Que princípio encontramos aqui, o qual também nós confrontamos constantemente? II Tes. 2:1-3. Não há qualquer evidência clara nesta passagem de que a igreja estivesse a fazer perguntas sobre a segunda vinda de Jesus. O próprio apóstolo apercebeu-se de um problema e abordou-o. O conceito da “reunião com ele” recorda o que Paulo escrevera na carta anterior (I Tes. 4:15-17). Nessa passagem, as palavras de Paulo lembram o aviso que o próprio Senhor Jesus fez (Mat. 24:1-13). Os Tessalonicenses tinham sido “facilmente” destabilizados por informações contraditórias que tinham recebido naquele curto espaço de tempo desde que Paulo lhes escrevera a primeira carta. O apóstolo não identifica a fonte específica dessa confusão. Talvez até nem lhe tivesse sido revelada a ele próprio. Com a expressão “por espírito” (II Tes. 2:2) ele estava provavelmente a referir-se a algum ensino profético, quer de algum falso profeta quer de um mal-entendido da primeira carta de Paulo. A segunda fonte possível é a palavra falada, um ensino passado de boca em boca entre os membros. Quando Paulo menciona uma carta “que digam que é minha” (v. 2, TIC), ele estava a referir-se a alguma carta forjada em seu nome ou a uma das suas cartas genuínas incorretamente utilizada. Por muito cuidadosamente que um pastor cuide da sua igreja, há múltiplas maneiras de falsas ideias poderem aí surgir. É, por vezes, mais fácil os membros aceitarem um boato ou um rumor do que examinarem cuidadosamente por si mesmos as Escrituras. Por vezes, as ideias novas podem mesmo ser bíblicas até um certo ponto, mas são apresentadas de forma desequilibrada, sem ter em conta outros ensinos da Bíblia. Parece que este último caso foi o problema em Tessalónica. Os Tessalonicenses conheciam muitas coisas corretas acerca da segunda vinda de Jesus e dos acontecimentos que a precedem. No entanto, tendiam a enfatizar um extremo ou outro do ensino sem terem as suas perspetivas equilibradas. Não tinham tido em atenção a advertência de Jesus quanto a andarem atrás de sinais do Seu regresso (Mat. 24:4-8). Em resultado disso, em I Tessalonicenses lamentavam-se do atraso na vinda de Jesus (I Tes. 4:13-15). Neste capítulo, parece que eles tinham chegado à conclusão de que já se encontravam no meio dos acontecimentos finais. Leitura Bíblica e Esp. Profecia: Salmos 72-74; Luc. 10:23-37; Paráb. de Jesus, cap. 27. Comentário Nos dias do apóstolo Paulo, os irmãos Tessalonicenses trabalhavam sob a impressão errada de que o Senhor regressaria nos seus dias, e Paulo escreveu-lhes para corrigir esta falsa impressão, declarando que os eventos teriam de acontecer antes que o advento pudesse ter lugar. Ele declarou: “Ninguém, de maneira alguma, vos engane; porque não será assim sem que antes venha a apostasia, e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição, o qual se opõe, e se levanta contra tudo o que se chama Deus, ou se adora, de sorte que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus” (II Tes. 2:3 e 4). O homem do pecado deveria surgir e fazer o seu trabalho de exaltação e blasfémia, antes que os irmãos possam esperar a vinda de Cristo. Aquele grande evento seria precedido por uma grande apostasia. Seria revelada uma forma de anticristo, e o fermento da apostasia atuaria com crescente poder até ao fim dos tempos. – Review and Herald, 31 de julho de 1888. [Paulo] declarou que Cristo viria uma segunda vez com poder e grande glória, e estabeleceria o Seu reino na Terra, subjugando toda a autoridade, e governando sobre todas as nações. Paulo foi um Adventista; ele apresentou o importante evento da Segunda Vinda de Cristo com tal poder e inteligência que deixou uma forte impressão, que nunca se dissipou, na mente dos Tessalonicenses. Eles tinham uma forte fé na Segunda Vinda de Cristo, e temiam imensamente não chegarem a viver o suficiente para testemunhar o evento. No entanto, Paulo não os deixou com a impressão de que Cristo viria nos seus dias. Ele direcionou-os para eventos futuros que teriam de acontecer antes que aquela hora chegasse. Ele advertiu-os: “Não vos movais facilmente do vosso entendimento, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por epístola, como de nós, como se o dia de Cristo estivesse já perto. Ninguém, de maneira alguma, vos engane; porque não será assim sem que antes venha a apostasia, e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição” (II Tes. 2: 2 e 3). Paulo previu que haveria o perigo de as suas palavras serem mal interpretadas, e que alguns diriam que ele, através de revelação especial, tinha avisado as pessoas sobre a iminente vinda de Cristo. Ele sabia que isto causaria confusão na fé; pois o desapontamento normalmente traz descrença. Assim, ele acautelou os irmãos para que não recebessem essa mensagem da parte dele. – Panfleto: Redemption: or the Teachings of Paul and His Mission to the Gentiles, pp. 46 e 47. A CURTA RESPOSTA DE PAULO (II Tessalonicenses 2:3 e 4) Segunda, 18 de Setembro. No curto intervalo entre I e II Tessalonicenses, os membros da igreja de Tessalónica ficaram confusos quanto ao significado daquilo que o apóstolo escrevera na primeira carta. Chegaram à conclusão de que a Segunda Vinda estava próxima ou que já tinha ocorrido dalguma forma secreta (II Tes. 2:2). Qual foi a resposta direta de Paulo a este problema? “Isso não tem hipótese de ser verdade. Há muitíssimas coisas que ainda não aconteceram.” Foi a confusão em Tessalónica que levou Paulo a escrever o seu esboço mais longo dos acontecimentos finais. Se o não tivesse feito, não teria sido preservado para nós. Leia II Tessalonicenses 2:3 e 4. O que é que Paulo nos diz nestes versículos sobre “o homem do pecado”? Que princípios encontramos aqui, os quais nos ajudam a compreender o que o apóstolo está a tratar? Os versículos 3 e 4 são, no original, uma frase incompleta. A frase “não será assim”, como temos na versão Almeida, ou “esse dia não virá”, como lemos na versão TIC e noutras, está em falta no grego e é acrescentada na maior parte das traduções. O apóstolo enumera as coisas que terão de acontecer antes de Jesus poder vir. Haverá uma “apostasia” (é mesmo esta a palavra no grego, apostasia), e depois será revelado o “homem do pecado”. Essa revelação está descrita em II Tessalonicenses 2:8-10 como sendo a atuação de Satanás precisamente antes de Jesus vir (pormenor que analisaremos mais atentamente na secção de quarta-feira). Contudo, antes dessa manifestação de impiedade, haverá um período de “mistério” e de contenção (II Tes. 2:6 e 7). O versículo 4 é uma descrição do homem do pecado (ou da “iniquidade”), que durante algum tempo atuará sob um disfarce e que depois será revelado no fim. Este “homem” vai opor-se a Deus, vai exaltarse a si próprio acima de Deus, sentar-se no templo e proclamar-se Deus. Este versículo está repleto de alusões a textos do Velho e do Novo Testamento. Este “opositor” recorda Satanás em Zacarias 3:1. Exaltar-se acima de Deus e usurpar o lugar de Deus no templo celestial, lembra a ponta pequena de Daniel 8. Apresentar-se como sendo Deus, lembra Satanás em Isaías 14 e Ezequiel 28; e aponta também para o poder blasfemo referido em Daniel 11:36-39. Por isso, a descrição do homem do pecado contém elementos que apontam tanto para o próprio Satanás como para um agente ímpio de Satanás que se revela no decorrer da história cristã. De que maneiras subtis está cada um de nós suscetível a ter o mesmo tipo de atitude que vemos revelado aqui neste “homem do pecado”? Leitura Bíblica e Esp. Profecia: Salmos 75-77; Luc. 18:15-43; Paráb. de Jesus, cap. 28. Comentário O apóstolo Paulo, na sua segunda carta aos Tessalonicenses, previu a grande apostasia que resultaria no estabelecimento do poder papal. Declarou que o dia de Cristo não viria "sem que antes venha a apostasia, e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição; o qual se opõe e se levanta contra tudo o que se chama Deus, ou se adora; de sorte que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus" (II Tes. 2:3 e 4). E, além disso, o apóstolo adverte os irmãos de que "o mistério da injustiça opera" (II Tes. 2:7). Mesmo naqueles primeiros tempos ele viu, infiltrando-se na Igreja, erros que preparariam o caminho para o desenvolvimento do papado. Pouco a pouco, a princípio, furtiva e silenciosamente, e depois de forma mais clara, à medida que crescia em força e conquistava o domínio da mente dos homens, o mistério da iniquidade levou avante a sua obra de engano e blasfémia. Quase impercetivelmente, os costumes do paganismo conseguiram entrar na Igreja Cristã. O espírito de transigência e conformidade fora restringido durante algum tempo pelas terríveis perseguições que a Igreja suportou sob o paganismo. Mas, ao terminar a perseguição e entrando o Cristianismo nas cortes e nos palácios dos reis, ela pôs de lado a humilde simplicidade de Cristo e dos Seus apóstolos, em troca da pompa e do orgulho dos sacerdotes e dos governadores pagãos; e, em vez das ordenanças de Deus, colocou teorias e tradições humanas. A conversão nominal de Constantino, na primeira parte do século quarto, causou grande regozijo; e o mundo, sob o aparente manto de justiça, introduziu-se na Igreja. Agora a obra da corrupção progredia rapidamente. O paganismo, embora parecesse suplantado, tornou-se no vencedor. O seu espírito dominava a Igreja. As suas doutrinas, cerimónias e superstições incorporaram-se à fé e ao culto dos professos seguidores de Cristo. – História da Redenção, pp. 326 e 327. Paulo, na sua segunda epístola aos Tessalonicenses, chama a atenção para o poder que tem tentado destruir a lei de Deus. Ele avisa os crentes em relação à grande apostasia e ao blasfemo poder anticristo que se desenvolveria e faria a sua obra antes de Cristo regressar pela segunda vez. Ele diz: “porque não será assim sem que antes venha a apostasia, e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição, o qual se opõe, e se levanta contra tudo o que se chama Deus, ou se adora, de sorte que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus” (II Tes. 2:3 e 4). … O mistério da injustiça opera; somente há um que agora resiste, até que do meio seja tirado; e então será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo assopro da sua boca, e aniquilará pelo esplendor da sua vinda” (II Tes. 2:7 e 8). O profeta Daniel, descrevendo o mesmo poder, diz: “E proferirá palavras contra o Altíssimo, e destruirá os santos do Altíssimo, e cuidará em mudar os tempos e a lei” (Dan. 7:25). Estas profecias têm sido cumpridas de forma impressionante pela Igreja Romana. Este poder não tem só tentado mudar os tempos e a lei de Deus, também admite abertamente que fez essas mudanças, e declara que pela observância do domingo, que se atribui apenas à sua autoridade, o mundo protestante está a reconhecer a supremacia de Roma. É a brecha que assim foi feita na lei de Deus que o povo, descrito por Isaías, está a tentar restaurar. – Signs of the Times, 12 de junho de 1893. O REFREADOR (II Tessalonicenses 2:5-7) Terça, 19 de Setembro. De acordo com o apóstolo Paulo, que duas coisas caraterizavam a situação mundial na época em que ele escreveu? Em que aspetos vê o grande conflito revelado nestes versículos? II Tes. 2:6 e 7. Combinando estes versículos com os anteriores, podemos perceber que Paulo está a traçar um esboço da História em três fases, desde o seu tempo até ao fim. A fase final começa com a Segunda Vinda. Antes desta fase, haverá a revelação do homem do pecado (II Tes. 2:3), também conhecido como “o iníquo” [no grego, ho anomos, que se pode traduzir literalmente por “violador da lei”] (II Tes. 2:8). E antes dessa fase haverá um tempo de mistério e de contenção (II Tes. 2:6 e 7). Embora gostássemos muito de compreender totalmente o que Paulo quer dizer neste texto, há uma série de incertezas nestes versículos. O poder refreador (“o que o detém”) é, no versículo 6, um termo neutro (aplica-se a uma coisa), mas no versículo 7, esse poder (“um que resiste”) é um termo masculino (aplica-se a uma pessoa). O “iníquo” no versículo 8 é masculino, mas é neutro no versículo 7 (“mistério da injustiça”). Também não é claro (no versículo 7) se o poder que resiste é removido do caminho ou se tem autoridade para se remover, embora a tradução Almeida esteja consentânea com o original ao dizer “até que do meio seja tirado”. Quem é, nestes versículos, este refreador, ou poder que resiste? Está presente nos dias de Paulo; defende a Lei (é um poder que resiste à injustiça ou iniquidade, v. 7); cumpre uma missão divina; e tem poder suficiente para resistir à atuação de Satanás (v. 9). De acordo com outras passagens do Novo Testamento, o que é que está a impedir a Segunda Vinda? Mat. 24:14; Marcos 13:10; Apoc. 14:6 e 7. Em grande parte do Novo Testamento, os acontecimentos que levam à Segunda Vinda seguem-se à proclamação final do evangelho (Mat. 24:14; Marcos 13:10; Apoc. 14:6 e 7). Neste caso, então, é possível que o próprio Deus seja o Refreador de que Paulo está a falar, restringindo os acontecimentos finais até que todos tenham tido uma oportunidade de ouvir o evangelho. Quanto poder controlador necessita na sua vida? Isto é, quando surge a tentação, de que maneira pode aprender a reclamar o poder de Deus para o/a impedir de fazer o que sabe ser errado? Leitura Bíblica e Esp. Profecia: Salmos 78-80; Mat. 25:1-13; Paráb. de Jesus, cap. 29. Comentário Durante anos, o espiritualismo tem vindo a ganhar força e popularidade defendendo um certo tipo de fé em Cristo, e assim muitos Protestantes estão a ficar fascinados com este mistério da iniquidade. Não é de admirar que sejam enganados quando mantêm o erro de que, logo que o alento deixa o corpo, o espírito vai imediatamente para o Céu ou para o inferno. Através do acolhimento que esta doutrina tem por parte deles, está preparado o caminho para a atuação enganadora do príncipe do poder do ar. Satanás fez-se passar pela serpente no Éden, encarando esta criatura como a que estava melhor adaptada para a sua série de tentações. Satanás tem vindo a aumentar os seus hábeis métodos através da constante prática na mente humana. O seu único propósito é terminar o trabalho que começou no Éden, e operar a ruína da humanidade. Através das suas misteriosas atuações, ele pode infiltrar-se nos círculos dos mais instruídos e refinados, pois outrora foi um ser exaltado, numa posição elevada de responsabilidade entre as hostes celestiais. É um erro representá-lo como um ser monstruoso com cascos e chifres, pois ele continua a ser um anjo caído. Ele é capaz de unir a mais elevada grandeza intelectual à crueldade mais desprezível e à corrupção mais degradante. Se ele não tivesse este poder, muitos dos que agora são seduzidos pelas suas representações atrativas e ficam cativos dos seus enganos, escapariam às suas armadilhas. – Signs of the Times, 28 de maio de 1894. Apesar do generalizado declínio da fé e da piedade, há verdadeiros seguidores de Cristo nestas igrejas [do mundo]. Antes dos juízos finais de Deus caírem sobre a Terra, haverá, entre o povo do Senhor, um tal reavivamento espiritual como nunca foi visto desde os tempos apostólicos. O Espírito e o poder de Deus serão derramados sobre os Seus filhos. Naquele tempo, muitos se separarão das igrejas em que o amor a este mundo suplantou o amor a Deus e à Sua Palavra. Muitos, tanto pastores como leigos, aceitarão alegremente as grandes verdades que Deus providenciou para que fossem proclamadas no tempo presente, com o objetivo de preparar um povo para a Segunda Vinda do Senhor. O inimigo das almas deseja perturbar esta obra. E, antes que chegue o tempo para esse movimento, esforçar-se-á por impedila, introduzindo uma imitação. Nas igrejas que puder colocar sob o seu poder sedutor, fará parecer que foi derramada uma bênção especial de Deus. Manifestar-se-á o que será considerado como grande interesse religioso. Multidões se alegrarão por Deus estar a atuar maravilhosamente por seu intermédio, quando a obra é de outro espírito. Sob o disfarce religioso, Satanás procurará estender a sua influência sobre o mundo cristão. – O Grande Conflito, p. 385 (Ed. P. SerVir). E será pregado este Evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então, virá o fim. Mat. 24:14. A solene e sagrada mensagem de advertência precisa de ser proclamada nos campos mais difíceis, e nas cidades mais pecaminosas, em todos os lugares onde a luz da grande tríplice mensagem ainda não raiou. Cada pessoa deve ouvir o último convite para as bodas do Cordeiro. De vila em vila, de cidade em cidade, de país em país tem de ser proclamada a mensagem da verdade presente, não com exibições exteriores, mas no poder do Espírito. A mensagem do renovador poder da graça de Deus será levada a todos os países e regiões, até que a verdade circunde o mundo. Entre os que serão assinalados, encontrar-se-ão pessoas vindas de toda a nação e tribo e língua e povo. De todos os países serão recolhidos homens e mulheres que estarão perante o trono de Deus e perante o Cordeiro, clamando: "Salvação ao nosso Deus, que está assentado no trono, e ao Cordeiro." Apoc. 7:10. A Terra inteira deve ser iluminada com a glória da verdade de Deus. A luz deve brilhar para todas as terras e todos os povos. E é dos que receberam a luz que ela deve difundir-se. A Estrela da Alva raiou sobre nós, e devemos lançar a sua luz sobre o caminho dos que estão em trevas. – Maranata, O Senhor Vem (Meditações Matinais, 1977), p. 259. O ANTICRISTO É REVELADO (II Tessalonicenses 2:8-10) Quarta, 20 de Setembro. Leia II Tessalonicenses 2:8-10. Como é que interpreta estes acontecimentos? O que é que há de particularmente importante em tudo isto sobre a expressão “os que … não receberam o amor da verdade”? O homem do pecado foi apresentado em II Tessalonicenses 2:3 e 4. Ao longo da maior parte da história cristã, ele tem atuado para enfraquecer a Lei de Deus (particularmente o mandamento do Sábado) e para usurpar poderes que pertencem unicamente a Cristo. Em passagens como Daniel 7:20-25 (a ponta pequena) e Apocalipse 13:1-7 (a besta saída do mar), este poder atua depois da queda do Império Romano pagão, combinando a autoridade religiosa e a secular a fim de perseguir os santos de Deus. O único poder na História que se enquadra em todas as especificações destas profecias é o papado. Muitos intérpretes da Idade Média, e mesmo dos nossos dias, apontaram esta instituição como sendo o anticristo. (Só há um ou dois séculos a grande maioria dos cristãos se afastou desta interpretação, uma movimentação em si mesma interessante à luz do que entendemos sobre os acontecimentos dos últimos dias). Esta identificação do papado enquadra-se nas especificações de II Tessalonicenses 2, onde é indicado que o homem do pecado seria simultaneamente masculino (uma pessoa) e neutro (um poder mundial ou uma instituição). No versículo 7, “o mistério da injustiça” é uma designação apropriada para a sua atividade. No final da História, porém, mesmo antes da Segunda Vinda, haverá um desafio a Deus e às Suas leis ainda mais generalizado. A continuidade destes poderes, tanto nesta passagem como noutras (Daniel 7 e Apocalipse 13), indica que o papado desempenhará também um papel importante no fim do tempo. Que obra anterior de Deus no curso da História será contrafeita no embuste final? Compare II Tes. 2:9 com Atos 2:22. A passagem de hoje afasta a cortina para revelar um anticristo ainda maior por detrás daquele que tem atuado no meio das nações ao longo da História. O próprio Satanás é o autor e o consumador dos enganos do tempo do fim. Ao aproximar-se o regresso de Jesus, os acontecimentos forçá-lo-ão a um ato final de desespero. Ele ignorará todas as precauções e aparecerá em pessoa para imitar o ministério terreno de Jesus (veja a secção de sexta-feira). Através de milagres enganadores, ele tentará desviar a atenção das pessoas do evangelho (a vida, a morte e a ressurreição de Jesus) e até da própria Segunda Vinda. Medite um pouco mais sobre esta ideia do “amor da verdade”. Como é que o “recebemos”? Por que razão ter este amor é tão importante para uma pessoa que não queira ser apanhada em qualquer logro espiritual, sobretudo nos últimos dias? Como é que se aprende, agora, a “receber o amor da verdade”? Leitura Bíblica e Esp. Profecia: Salmos 81-83; Atos dos Apóstolos, Prefácio. Comentário Pelo tratamento que dão à Sua Palavra, os papas exaltaram-se acima do Deus do Céu. Esta é a razão por que na profecia o poder papal está mencionado como o “homem do pecado”. Satanás é o originador do pecado. A causa do poder para alterar qualquer um dos santos preceitos de Deus é o homem do pecado. Sob a orientação especial de Satanás, o poder papal tem feito exatamente este trabalho. Embora aqueles que estão à cabeça do Papado digam ter grande amor por Deus, Ele encara-os como alguém que Lhe tem grande ódio. Eles transformaram a verdade de Deus numa mentira. O facto de terem mexido nos mandamentos de Deus e colocado no seu lugar tradições humanas é obra de Satanás, e separará o mundo religioso de Deus; pois Ele declara: “O Senhor, teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a maldade dos pais nos filhos, até à terceira e quarta geração daqueles que Me aborrecem” (Êxo. 20:5). Deus cumprirá a Sua palavra. – Comentários de Ellen G. White, SDA Bible Commentary, vol. 7, p. 911. Sou instruída a dizer que no futuro será necessária uma grande vigilância. É importante que não haja nenhuma ignorância espiritual entre o povo de Deus. Espíritos maus estão ativamente empenhados em procurar controlar a mente dos seres humanos. Os homens estão a ser atados aos molhos, prontos para serem consumidos no fogo dos últimos dias. Os que rejeitam Cristo e a Sua justiça aceitarão o engano que está a inundar o mundo. Os Cristãos devem ser sóbrios e vigilantes, resistindo com firmeza ao adversário, o diabo, que anda em derredor bramando como leão, procurando a quem possa tragar. Homens, sob a influência de espíritos maus operarão milagres. Eles farão com que as pessoas fiquem doentes lançando sobre elas feitiços, retirando-os depois, levando os outros a dizerem que a pessoa doente foi miraculosamente curada. Satanás tem feito isto repetidas vezes. Não precisamos de ser enganados. Cenas assombrosas, com as quais Satanás estará intimamente ligado, terão lugar em breve. A Palavra de Deus declara que Satanás operará milagres. Fará com que as pessoas fiquem doentes, e depois, de repente removerá delas o seu poder satânico. Serão consideradas então como curadas. Essas obras de cura aparente levarão os Adventistas do Sétimo Dia à prova. Muitos dos que tiveram grande luz deixarão de andar na luz, porque não se tornaram num com Cristo. – Mensagens Escolhidas, vol. 2, p. 53. Na segunda epístola de Paulo aos Tessalonicenses, ele aconselha-nos a estarmos vigilantes e a não nos desviarmos da fé. Ele fala da vinda de Cristo como um acontecimento que ocorrerá imediatamente depois da operação de Satanás através do espiritualismo, nestas palavras: “A esse, cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais e prodígios de mentira, e com todo o engano da injustiça, para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem. E, por isso, Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira, para que sejam julgados todos os que não creram a verdade, antes tiveram prazer na iniquidade” (II Tes. 2:9-12). – Review and Herald, 15 de abril de 1875. À medida que o Espírito de Deus for retirado da Terra, o poder de Satanás tornar-se-á cada vez mais visível. Ele vai usar agora o conhecimento que adquiriu por ter estado em ligação com Deus, como querubim cobridor, para subordinar os seus súbditos que caíram da sua posição elevada. Ele vai usar todo o poder do seu elevado intelecto para dar uma falsa impressão de Deus e para instigar uma rebelião contra Jesus Cristo, o Comandante do Céu. Na sinagoga de Satanás, ele tem, sob sua autoridade e conselhos, aqueles agentes que ele pode usar para promover a sua adoração. Não é algo estranho encontrar uma espécie de refinamento e uma manifestação de grandeza intelectual na vida e no caráter daqueles que são inspirados por anjos caídos. Satanás pode dar aos homens conhecimento científico e capítulos de filosofia. Ele conhece a História e é versado na sabedoria do mundo. – Signs of the Times, 28 de maio de 1894. VERDADE E MENTIRAS (II Tessalonicenses 2:10-12) Quinta, 21 de Setembro. Leia II Tessalonicenses 2:10-12. Por que razão permite Deus que tanta gente seja enganada? De acordo com esta passagem, o que foi que os ímpios rejeitaram? O versículo 11 é um texto que muita gente acha extremamente complicado. O apóstolo declara muito diretamente: “Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira” (II Tes. 2:11). A reação imediata a este texto é qualquer coisa como: “Como é que pode um Deus da verdade enviar o erro? Como é que no fim Ele pode agir como Satanás?” (Compare II Tes. 2:11 com II Tes. 2:9). Na passagem de hoje, Paulo afasta a cortina e dá-nos um vislumbre do grande conflito entre Cristo e Satanás, o qual envolve muito mais do que as questões desta Terra e da sua História. Satanás acusou Deus de ser irrazoável, tirano e mentiroso. Na crise final da História da Terra, Deus “enviará” um engano aos ímpios, não porque Ele minta, mas porque Ele vai permitir que os ímpios escolham a mentira em vez da verdade e, dessa forma, exponham os resultados das decisões que já terão tomado (II Tes. 2:12). Deus simplesmente deixará que eles colham os frutos das suas más ações. Os acontecimentos do tempo do fim revelam claramente o espírito e o caráter de Satanás e dos seus seguidores, de modo a que todos possam ver. O processo de engano começa quando as pessoas rejeitam o evangelho de Jesus Cristo. No versículo 10, os ímpios recusam receber o amor da verdade. A oferta da salvação no evangelho é o subtexto que está por detrás dos poderes apocalípticos de II Tessalonicenses 2. Mediante os seus ensinos e práticas, o papado tem enfraquecido o evangelho. Tal obra continuará até que seja exposta pelos acontecimentos finais descritos em II Tessalonicenses 2:8-12. Dessa forma, a proclamação final do evangelho (Mat. 24:14; Apoc. 14:6 e 7) prepara o terreno tanto para o juízo final como para os enganos do tempo do fim. No fim, sejam quais forem as aparentes manifestações exteriores políticas e religiosas do grande conflito, tal como se desenrola aqui na Terra, o evangelho de Jesus Cristo, não os acontecimentos políticos, tem sido ao longo da história cristã a linha divisória fundamental entre o bem e o mal. O anticristo revela o seu verdadeiro caráter usurpando a vida, a morte e o reino celestial de Jesus. Todos os demais atores neste drama desempenham papéis secundários. Leia com atenção II Tessalonicenses 2:12. Qual é a razão-chave por que as pessoas não aceitam a verdade? De que modo já passou pela experiência deste princípio na sua própria vida? Isto é, como é que o “prazer na iniquidade” tem, ainda que subtilmente, impedido o seu espírito de se abrir à verdade? Leitura Bíblica e Esp. Profecia: Salmos 84-86; Mat. 28:18-20; Atos dos Apóstolos, cap. 1. Comentário Cristo é fonte da nossa força. Ele é a videira, nós os ramos. Devemos receber nutrição da Videira viva. Privados da força e da nutrição dessa Videira, somos como membros do corpo sem a cabeça, e estamos justamente na posição em que Satanás nos deseja ver, a fim de poder controlar-nos segundo lhe aprouver. Ele opera "com todo o engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem. E por isso Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira" (II Tes. 2:10 e 11). O espiritualismo é uma mentira. Está baseado na grande mentira original: "Certamente não morrereis" (Gén. 3:4). Milhares de pessoas separam-se da Cabeça, e o resultado é que os membros agem sem a cabeça, Jesus, e outro dirige-lhes o corpo. São controlados por Satanás. Foi-me mostrado que Satanás não pode controlar a mente, a menos que ela se submeta à sua orientação. Os que se afastam do que é correto correm agora um grande risco. Separam-se de Deus e do vigilante cuidado dos Seus anjos, e Satanás, sempre alerta para destruir almas, começa a apresentar-lhes os seus enganos, e eles estão em grande perigo. E se veem isto e tentam resistir aos poderes das trevas e libertar-se dos laços do inimigo, não é algo fácil. Aventuraram-se a entrar no terreno de Satanás, e ele reclama-os. Não hesitará em empenhar todas as suas energias, e chama em seu auxílio todas as suas hostes malignas para arrebatar um único ser humano que seja das mãos de Cristo. Os que têm tentado o diabo a tentá-los, terão de fazer esforços desesperados para se libertarem do seu poder. Quando, porém, começarem a trabalhar por si mesmos, então os anjos de Deus, a quem eles ofenderam, virão para socorrê-los. Satanás e os seus anjos não querem perder a presa. Contendem e batalham com os santos anjos, e a luta é renhida. Mas, se os que erraram continuam a suplicar e, em profunda humildade, confessam os seus erros, anjos magníficos em poder prevalecerão e arrebatá-los-ão do poder dos anjos maus. – Review and Herald, 18 de fevereiro de 1862. Especialmente solene é a afirmação do apóstolo com respeito aos que se recusariam a receber “a verdade”. “Por isso”, declarou ele a respeito de todos os que deliberadamente rejeitam a mensagem da verdade, “o Senhor permitiu que fossem dominados por uma força enganadora, que os leva a acreditarem na mentira. Assim se faz o julgamento daqueles que não acreditam na verdade, mas preferem praticar o mal”. II Tes. 2:10-12. Os homens não podem rejeitar impunemente as advertências que Deus, na Sua misericórdia, lhes envia. Deus retira o Seu Espírito dos que persistem em desprezar essas advertências, deixando-os na dependência do engano que amam. Dessa forma, Paulo esboçou a terrível obra desse poder do mal que devia continuar através dos longos séculos de trevas e perseguição, antes da Segunda Vinda de Cristo. Os crentes de Tessalónica esperaram pela libertação imediata. Agora eram admoestados a assumir corajosamente e no temor de Deus a obra que estava diante deles. O apóstolo pediu-lhes que não negligenciassem os seus deveres nem se resignassem à expectativa inútil. Depois do seu entusiasmo e expectativa de libertação imediata, a rotina da vida diária e a oposição que teriam de enfrentar pareceriam duplamente desalentadoras; portanto, exortava-os a permanecerem firmes na fé. – Atos dos Apóstolos, p. 190 (Ed. P. SerVir). Sexta, 22 de Setembro. ESTUDO ADICIONAL: “O apóstolo Paulo advertiu a igreja para não esperar a vinda de Cristo no seu tempo. “Porque não será assim”, diz ele, “sem que antes venha a apostasia, e se manifeste o homem do pecado” (II Tessalonicenses 2:3). Não poderemos esperar a vinda do nosso Senhor senão depois da grande apostasia e do longo período do domínio do “homem do pecado”. Este “homem do pecado”, que também é denominado “mistério da injustiça”, “filho da perdição”, e “o iníquo”, representa o papado, que, conforme foi anunciado pelos profetas, deveria manter a sua supremacia durante 1260 anos.” – Ellen G. White, O Grande Conflito, pp. 297 e 298. “Como ato culminante no grande drama do engano, o próprio Satanás personificará Cristo. ... Num tom manso e compassivo apresenta algumas das mesmas verdades celestiais e cheias de graça que o Salvador proferia. Cura as doenças do povo, e então, no seu pretenso caráter de Cristo, alega ter mudado o Sábado para o Domingo, ordenando a todos que santifiquem o dia que ele abençoou. … Apenas os que forem diligentes estudantes das Escrituras, e receberem o amor da verdade, estarão ao abrigo dos poderosos enganos que dominam o mundo.” – Idem, pp. 519 e 520. “Ao apresentarem a mensagem, não façam investidas pessoais a outras igrejas, nem mesmo à Católica Romana. Os anjos de Deus veem nas diversas denominações muitos que só podem ser alcançados com a maior precaução. Portanto, sejamos cuidadosos com as nossas palavras…. Sobre estes temas, o silêncio é eloquente. Muitos acham-se enganados. Falem a verdade em tons e palavras de amor.” – Ellen G. White, Evangelismo, p. 576. PERGUNTAS PARA REFLEXÃO: Hoje em dia, há muitos que acreditam que o papado mudou, e em alguns aspetos mudou mesmo. Contudo, nas questões básicas da salvação continua a usurpar tudo o que Cristo fez e está a fazer por nós. Continua a ser o poder retratado na profecia. Como podemos ficar firmes na nossa posição bíblica a respeito de Roma, embora fazendo-o, ao mesmo tempo, com amor cristão, com tolerância e tato? Como Igreja estamos constantemente a ser confrontados com pessoas que surgem com novas datas para os acontecimentos finais, novos gráficos, novas teorias de conspiração sobre este grupo ou aquele. Embora devamos permanecer abertos a nova luz, como devemos lidar com esses desafios? Sumário: Ao corrigir alguns dos pontos de vista errados dos Tessalonicenses sobre os acontecimentos dos últimos dias, o apóstolo Paulo deixou-nos verdade preciosa sobre este tópico. Devemos lembrar-nos sempre, porém, de que a questão crucial dos últimos dias não é a data dos acontecimentos, ou mesmo todos os pormenores, mas de que lado do grande conflito é que decidimos estar. Leitura Bíblica e Esp. Profecia: Salmos 87 e 88; Atos 1; Atos dos Apóstolos, cap. 2. Moderador Texto-Chave: II Tessalonicenses 2:1-12 Com o Estudo desta Lição o Membro da Classe Vai: Aprender: A reconhecer que o único recurso contra o cair presa dos enganos de Satanás no fim dos tempos é desenvolver na sua própria vida amor pela verdade espiritual. Sentir: A necessidade de crescer no conhecimento e no amor à verdade como revelada nas Escrituras. Fazer: Resolver estudar a Palavra de Deus criando esse hábito diário e permitir que ela lhe transforme a vida. Esboço da Aprendizagem: I. Aprender: A Verdade de Deus Protege Contra o Engano Com o objetivo de corrigir a ideia errada de que a Segunda Vinda já estava secretamente em progresso no seu tempo, Paulo enumera uma série de acontecimentos que devem ocorrer primeiro. Que eventos menciona o apóstolo? Até que ponto os acontecimentos mencionados por Paulo já se cumpriram nos dias de hoje? Antes de Cristo voltar, Satanás vai tentar enganar o mundo. Que palavras no Texto-Chave apontam para a falsidade ou para o engano? Qual é a única proteção contra vir a ser enganado? II. Sentir: O Desejo de Conhecer a Verdade Jesus disse: “A verdade vos libertará” (João 8:32). De que verdade está Jesus a falar? Até que ponto já descobriu que a verdade de Deus é libertadora? Que razões poderá alguém ter para não querer conhecer a verdade? Até que ponto isso é perigoso? III. Fazer: Aprender a Amar a Verdade Como é que se vê o amor à verdade na vida de cada dia? Como é que uma pessoa passa do simples conhecimento da verdade para o amor de facto à verdade? Sumário: Aprender a amar a verdade da Palavra de Deus é a única proteção contra o ser vencido pelos enganos de Satanás. CICLO DA APRENDIZAGEM 1.º PASSO – MOTIVAR! Conceito-Chave para Crescimento Espiritual: O amor pela verdade protegerá os seguidores de Deus contra os poderosos enganos mundiais que Satanás porá em marcha pouco antes do regresso de Cristo. Poderá a maior parte dos habitantes do mundo ser enganada por um logro final levado a efeito por Satanás no tempo do fim? Embora a ideia possa a princípio parecer difícil de acreditar, alguns indivíduos, certamente menos capazes do que o próprio mestre da mentira, já enganaram o nosso “sofisticado” mundo com a sua fraudulência. Um exemplo disto é a descoberta, divulgada em abril de 1983, dos “Diários de Hitler”. Segundo os relatos noticiosos, os diários escritos pela mão de Hitler tinham sido recuperados por um general alemão, de um avião nazi que se despenhara perto de Dresden em 1945. A revista alemã Stern soubera da descoberta em 1980 e pagara cinco milhões de dólares para conseguir que os documentos fossem contrabandeados da Alemanha de Leste. Os direitos de publicação em inglês foram depois vendidos à revista Newsweek [americana] e ao jornal Sunday Times [inglês]. A fim de se assegurar da autenticidade dos diários, a Stern tinha encomendado a especialistas na Europa e nos Estados Unidos três análises separadas da caligrafia de uma das páginas de um dos diários. Em todos os casos, os especialistas estiveram de acordo: era a caligrafia de Hitler. Além desses testes, o jornal Sunday Times solicitara a Hugh Trevor-Rope, um especialista de nível mundial sobre Hitler, que analisasse minuciosamente os volumes. Depois de ter inicialmente apreciado os volumes, Trevor-Hope comunicou ao Sunday Times que, segundo a sua opinião profissional, os diários eram autênticos. Dois dias antes de os primeiros trechos serem publicados no Sunday Times, Hugh Trevor-Hope começou a manifestar algumas dúvidas acerca dos documentos. Após alguns testes adicionais terem sido realizados, os diários foram declarados falsificações. Finalmente, o seu rasto levou até um tal Konrad Kujau, um vigarista de uma pequena vila, com o dom de falsificação. Kujau explicou mais tarde como é que tinha conseguido enganar os especialistas. Tinha apanhado pormenores da vida de Hitler em biografias publicadas, inventou uns pormenores casuais, imitou a caligrafia de Hitler e derramou chá sobre as páginas e bateu-as contra o tampo de uma mesa a fim de lhes dar um aspeto de velhas e gastas. Foi preso e sentenciado a perto de cinco anos de prisão. – “Konrad Kujau”, London Times, 14 de setembro de 2000. Pense Nisto: Se um burlão de uma pequena vila conseguiu enganar tantos especialistas, imagine só quão bem montadas serão as fraudes do tempo do fim realizadas por Satanás. O que é que se pode fazer a fim de estarmos certos de não sermos ludibriados nessa altura? 2.º PASSO – ANALISAR! COMENTÁRIO BÍBLICO I. Manter o Rumo (Recapitule com a classe II Tessalonicenses 2:1-3.) Embora a nossa tendência seja provavelmente saltar de imediato para os enganos do tempo do fim contra os quais o apóstolo adverte nesta passagem, é importante primeiro compreender o contexto em que Paulo enquadra as suas observações posteriores. Nos primeiros três versículos do capítulo 2, ficamos a saber que a principal preocupação de Paulo é o bem-estar espiritual dos novos conversos em Tessalónica. Eles tinham começado bem, mas agora Paulo ouvia dizer que a especulação sobre os acontecimentos no tempo do fim os preocupava tanto que corriam o perigo de não dar atenção à forma como deviam viver a vida no presente. O apóstolo descreve com duas palavras o tipo de agitação espiritual que eles enfrentavam: movidos e perturbados. A palavra mover refere-se ao tipo de agitação provocada pelo vento ou pelas ondas. Paulo parece ter em mente a imagem de um navio a ponto de se desprender das suas amarras ou de um navio sacudido de um lado para o outro numa tempestade. O uso da palavra perturbar aponta para as emoções mais interiores que se tem quando alguém está perplexo. Este tipo de angústia espiritual é altamente destrutivo para a vida cristã. Leva as pessoas a envolverem-se tanto no que vai acontecer no futuro que se debatem para viver pela fé no presente. Jesus advertiu a respeito deste perigo, em Mateus 24, onde disse: “Ouvireis de guerras e de rumores de guerra; olhai, não vos assusteis (ou perturbeis)” (Mat. 24:6). Qual é a fonte do alarmismo dos Tessalonicenses? Alguns deles tinham chegado à conclusão de que Cristo já tinha regressado. Estranho como possa parecer, isto não deve realmente surpreender-nos. Os novos crentes são sempre mais suscetíveis aos falsos ensinos, atendendo ao facto de não terem tido tempo para se firmarem nas Escrituras. Uma vez que uma interpretação literal da Segunda Vinda seria claramente um argumento contra a ideia de que Jesus já tinha vindo, só podemos concluir que alguns dos Tessalonicenses devem ter suposto que Cristo tinha regressado espiritualmente. Qualquer coisa parecida, talvez, com a crença moderna dos Testemunhas de Jeová, que insistem que a segunda vinda de Jesus ocorreu espiritualmente em 1914. Pense Nisto: Paulo estava preocupado com os Tessalonicenses poderem ficar tão alarmados com os acontecimentos finais que deixariam de viver para Cristo no tempo presente. Ao aguardarmos o breve retorno de Cristo, como é que nos podemos proteger contra deixar que a nossa fé vá para um ou para o outro extremo? II. A Grande Rebelião (Recapitule com a classe II Tessalonicenses 2:3-12.) Tendo já dito aos Tessalonicenses que a volta de Cristo seria repentina e inesperada (I Tes. 5:2), Paulo passou agora a explicar-lhes que Cristo não poderia ter já regressado porque certos acontecimentos têm de ocorrer primeiro. O primeiro acontecimento será uma grande “apostasia” (II Tes. 2:3) ou uma “rebelião” (do grego “apostasia”) contra Deus, orquestrada pelos poderes do mal (compare Mat. 24:10-12; Atos 20:29 e 30; I Tim. 4:1; II Tim. 3:1-5; 4:3 e 4). Além dessa apostasia espiritual, Paulo acrescenta que o homem do pecado (ou da iniquidade) tem de ser revelado. O facto de este homem ter de ser revelado, ou desmascarado, indica que ele é um indivíduo que prefere manter escondida a sua identidade. Embora Paulo não identifique especificamente esse indivíduo, as caraterísticas que ele menciona de facto dão algumas pistas. A primeira é que os seus atos são semelhantes ao comportamento malicioso do próprio Satanás. Como Satanás, este indivíduo pretende ser Deus e deseja sentar-se no trono de Deus (Isaías 14; Ezequiel 28). E, como Satanás, também este ser se opõe a Deus e aos Seus seguidores (Zac. 3:1 e 2), pelo que o homem do pecado é alguém que se “opõe” a Deus e à Sua obra. Mas, como a lição também realça, a terminologia de Paulo relativa ao homem do pecado, em II Tessalonicenses 2:8-10, tem um paralelo na descrição, no livro de Daniel, do poder da ponta pequena, que foi usada por Satanás para atrapalhar os seguidores de Deus e a Sua obra (compare Dan. 8:9-12, 23-25). Estas duas pistas apontam para o próprio Satanás e para os diversos “cabecilhas” que ele tem usado ao longo dos séculos para fazer a sua obra de engano. No final dos tempos, o próprio Satanás tentará obter a adoração do mundo, encenando a maior fraude alguma vez vista – uma contrafação da Segunda Vinda! Paulo indica este pormenor recorrendo precisamente à mesma palavra que já usara para descrever a volta de Jesus (em grego, parousia) para descrever agora a “vinda” do homem do pecado (também, parousia em II Tes. 2:9). Numa tentativa de legitimar a sua contrafação da “vinda”, Satanás realizará “milagres, sinais e maravilhas enganadoras” – praticamente a mesma expressão que o apóstolo Pedro usou para testificar da verdade do ministério de Jesus (Atos 2:22). O que Paulo quer salientar é claro: o engano final será tão convincente que só aqueles que estiverem dispostos a receber “o amor da verdade” (II Tes. 2:10) é que não serão enganados (compare Mat. 24:24; Marcos 13:22). Pense Nisto: Em linha com o ensino dos Reformadores Protestantes, os Adventistas do Sétimo Dia têm historicamente identificado o homem do pecado com o papado. Que perigo há, porém, em estar concentrado exclusivamente no papel do papado nos acontecimentos do tempo do fim? Isto é, embora não devamos nunca esquecer o seu papel, as questões são maiores do que apenas o papel do papado. 3.º PASSO – PRATICAR! Perguntas para Reflexão: Além da história de Jacob a enganar o pai Isaac, que outras histórias na Bíblia envolvem uma pessoa a enganar outra? Que lições podemos aprender com estes relatos a respeito de maneiras pelas quais possamos evitar o engano? Paulo diz que aqueles que se vão perder recusaram aceitar “o amor da verdade” (II Tes. 2:10). Embora seja de lamentar o destino destes indivíduos, que “boas novas” poderemos encontrar no uso da palavra recusaram? Pilatos perguntou um dia a Jesus: “O que é a verdade?” (João 18:38). À luz da importância que o apóstolo atribui à “verdade” em II Tessalonicenses 2:10 e 12, que resposta daria a essa pergunta? Perguntas para Aplicação: Deus é descrito como alguém que restringe o mal mediante a pregação da Sua Palavra. De que modo está presente na sua vida pessoal o poder restritivo de Deus? Muitas pessoas vão ser enganadas pelas fraudes de Satanás. O que é que se pode fazer agora, não só para nos protegermos a nós mesmos, mas também para proteger outros que estão na esfera da nossa influência? 4.º PASSO – APLICAR! Só para o Moderador: Como salienta a secção de sexta-feira da lição desta semana, muita gente hoje em dia não vê o papado como uma ameaça, e por certo não como um protagonista importante na luta contra o povo de Deus nos acontecimentos finais da história da Terra. Tendo isto em mente, e mantendo diante de nós a perspetiva adventista sobre o papado (a qual está fortemente apoiada na Bíblia e no Espírito de Profecia), será prudente abordar esta matéria com alguma sensibilidade. A atividade que se segue poderá ser útil a este respeito. Atividade: Chame a atenção da classe para o facto de Satanás estar ativamente a trabalhar, desde a ressurreição de Cristo, para enfraquecer a obra de Cristo neste mundo e na vida dos Seus seguidores. Divida a classe em grupos e peça-lhes que façam uma lista de pessoas e de instituições que poderão ser vistas como “manifestações” do “homem do pecado” no tempo do fim.