REPRODUÇÃO DE ESPÉCIES DE PIRACEMA
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REPRODUÇÃO DE ESPÉCIES DE PIRACEMA
CEMIG Companhia Energética de Minas Gerais REPRODUÇÃO DE ESPÉCIES DE PIRACEMA PIRACEMA Pira=Peixe Cema=Canto Redução dos Estoques de Peixes 1. Pesca Predatória: desenvolvimento da industria pesqueira; 2. Extração de Recursos: desmatamento, mineração; 3. Poluição; 4. Perdas de água e inundações; 5. Construção de barragens; 6. Variações climáticas; Represa de Camargos Represa de Jaguara Sistema de Transposição Escadas e elevadores ajudam na desova dos peixes de piracema Época de reprodução de algumas espécies de peixes de água doce •ESPÉCIE •Meses do ano •J •F •M •A •M •J •J •A •S •O •N •D •Piracanjuba • (Brycon orbignyanus) •♦ •♦ •Curimba • ( Prochilodus scrofa) •♦ •♦ •♦ •Dourado •(Salminus maxillosus) •♦ •Pintado •(Pseudoplatystoma curuscans) •♦ •♦ •♦ •♦ •♦ •Piapara • (Leporinus elongatus) •♦ •♦ •Piau (Leporinus friderici) •♦ •♦ •♦ •♦ Murgas et al 2003 Espécies de peixes, dose e intervalo utilizado na hipofisação 1ª dose mg/kg Intervalo horas 2ª dose mg/kg Dose única macho (mg/kg) Horas grau para extrusão Temp. da água (ºC) Nº médio ovócitos/g Curimba 0,5 8 - 12 5,0 1,0 – 2,0 308 25 1100 Piau 0,5 10 – 12 5,0 0,5 – 3,0 196 24 2000 Piapara 0,5-0,8 12 5,0 0,4 – 4,0 199 24 2000 Dourado 0,5-1,0 8 – 12 5,0 1,0 – 2,0 140 - 160 24 2200 Pintado 0,5-0,7 10 – 12 5,0-7,0 1,0 – 2,0 306 24 2200 Piracanjuba 0,5-0,8 12 5,0 0,4 – 4,0 196 24 1600 Matrinxã 0,5 8 -12 5,0 0,5 – 1,0 140 - 160 24 1200 Pacu 0,5 10 – 12 5,0-7,0 1,0 – 2,0 240 - 320 25 1200 0,5-0,8 12 5,0 2,5 290 27 1338 Espécie Tambaqui Utilización de diferentes concentraciones de metanol y dimetilsulfóxido em la crioconservación del semen de curimba (Prochilodus lineatus) Prof. Luis David Solis Murgas – DMV/UFLA Prof. Antonio Ilson Gomes de Oliveira Profa. Priscila Vieira Rosa Logato – DZO/UFLA Aléssio Batista Miliorini-DMV-UFLA DEPARTAMENTO DE ZOOTECNIA UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS Introdução Criopreservação seminal X Economia/Ecologia Vantagens da criopreservação: Î melhoria genética Î “quebra” da assincronia Î transporte Î redução de custos Objetivos Protocolo de criopreservação do sêmen: A) avaliação de toxicidade: metanol e DMSO B) efeito sobre o congelamento C) efeito sobre a capacidade fertilizante Revisão de Literatura Por que a Curimba? ⇧ importância comercial (Maia et al. 1999) Modelo experimental (Murgas et al. 2003) Qualidade espermática motilidade (Godinho, 2000) análise morfológica (Moraes et al., 2004) fertilidade (Ciereszko & Dabrowski, 1984) Soluções Crioprotetoras TABELA 1. Classificação dos crioprotetores quanto à permeabilidade à membrana celular. Intracelulares (solúveis) Extracelulares (não solúveis) Dimetilsulfóxido (DMSO) Glicose Glicerol Sacarose Metanol Gema de ovo Etilenoglicol Leite desnatado Propilenoglicol Soro Propanodiol Água de coco Fonte: Cruz (2001) Soluções Ativadoras Água destilada e água de tanque NaHCO3 (Miliorini et al., 2005) NaCl (Murgas et al., 2005) KCl (Ravinder et al., 1997) Uréia (Carolsfeld et al., 2003) Congelamento Î Vapor + N2(l) a -196°C Î Huso huso: ≈ qualidade 5 anos (Mins et al, 2000) Fertilização ⇧ influenciada por fatores externos (Miliorini et al., 2005) - Qualidade do sêmen - Temperatura ambiente - Ambiente de incubação Confirmação na qualidade (Rana & MacAndrew, 1989) Nunca isolada!! Material e Métodos Período, Animais e Ensaios Î Piracema (nov/2005 - jan/2006) Î 10 machos de P. lineatus Análise de toxicidade Congelamento Fertilização FIGURA 1. Laboratório de piscicultura da EAI-CEMIG/Itutinga-MG (visão externa). FIGURA 2. Laboratório de piscicultura da EAI-CEMIG, em Itutinga-MG. FIGURA 3. Captura e indução hormonal. FIGURA 4. Coleta e avaliação do sêmen in natura. FIGURA 5. Material utilizado e diluição do sêmen in natura. TABELA 2. Soluções crioprotetoras - tratamentos. Tratamento BTS (% p:v) Crioprotetor Concentração (% v:v) A1 5,0 Metanol 05,0 A2 5,0 Metanol 07,5 A3 5,0 Metanol 10,0 A4 5,0 Metanol 12,5 B1 5,0 DMSO 05,0 B2 5,0 DMSO 07,5 B3 5,0 DMSO 10,0 B4 5,0 DMSO 12,5 FIGURA 6. Material utilizado no para congelamento. FIGURA 7. Raques e sua disposição em botijão de vapor de N2 (Taylor-Wharton, modelo CP 300, dry shipper). FIGURA 8. Botijão de N2 (l) (Cryometal, modelo DS-18) e descongelamento do sêmen. Após o congelamento... a) Motilidade (% ; segundos) Î água destilada e NaHCO3 1% b) Alterações morfológicas (%) dos espermatozóides c) Fertilização (%) Î água destilada e NaHCO3 1% A B C E D FIGURA 9. Biopsia ovariana (A), preparo (B e C) e avaliação oocitária (D e E) ao microscópio esteroscópico binocular (Olympus, modelo SZ-4). FIGURA 10. Incubadoras experimentais montadas no laboratório de piscicultura da EAI-CEMIG (modelo utilizado por Maria, 2005). FIGURA 11. Corte das palhetas e mistura do sêmen descongelado aos oócitos recém-extruídos. FIGURA 12. Amostra com embriões viáveis e inviáveis visíveis a olho nu. Análise Estatística SAS (1995) e SISVAR (Ferreira, 2004) Toxicidade e Congelamento: DBC – Fatorial 2 x 4 x 2 Morfologia: DBC – Fatorial 2 x 4 Fertilização: DIC – Fatorial 2 x 4 x 2 Resíduos não normais Î transformação log10x Regressão Resultados e Discussão I. Toxicidade das Soluções Crioprotetoras Antes do Congelamento TABELA 3. Motilidades médias (%) do sêmen de curimba (P. lineatus) antes do congelamento. Concentrações (% v:v) dos Criop. Crioprotet. Médias 1 Ativador 5,0 7,5 10,0 12,5 Água 86 (1,0) 93 90 81 88 (1,0)a NaHCO3 82 82 86 74 81b Água 87 87 88 76 85B NaHCO3 89 93 88 92 90A Médias dos Ativadores Água 87 (1,0) 90 89 78 86 (1,0) NaHCO3 86 88 87 83 86 Médias dos Criopotet. Metanol 84 (1,0) 87 88 78 84 (1,0) DMSO 88 90 88 83 87 86 (1,0) 89 88 81 86 (1,0) Metanol DMSO Médias das Concentrações 2 1 Médias seguidas de letras distintas diferem entre si pelo teste F (P<0,01). 2 Efeito quadrático da concentração de crioprotetores (P<0,05). Valores entre parênteses referem-se ao erro-padrão da média. Regressão vs Concentrações Motilidade (%) 90 y = 89,3% 89 88 87 86 85 84 83 82 81 80 5,0 y = 1,8277 + 0,0314 x - 0,0020 x2 R2 = 98,57% x7,5= 7,84% 10,0 12,5 Concentração (% v:v) de crioprotetores M édias observadas M édias estimadas FIGURA 14. Regressão das motilidades médias (%) do sêmen de curimba (P. lineatus) em função das concentrações de crioprotetores, antes do congelamento.. TABELA 4. Duração Média da motilidade (segundos) do sêmen de curimba (P. lineatus) antes do congelamento. Concentrações (% v:v) dos Criop. Crioprotet. Médias 1 Ativador 5,0 7,5 10,0 12,5 Água 48 (1,3) 45 43 36 43 (1,1)b NaHCO3 111 123 96 80 101ª Água 48 42 35 27 37B NaHCO3 118 165 127 181 146A Médias dos Ativadores Água 48 (1,2) 43 39 31 40 (1,1) NaHCO3 115 143 110 121 122 Médias dos Criopotet. Metanol 73 (1,2) 75 64 54 66 (1,0) DMSO 75 83 67 70 73 74 (1,1) 79 66 61 70 (1,1) Metanol DMSO Médias das Concentrações 1 Médias seguidas de letras distintas diferem entre si pelo teste F (P<0,01). Valores entre parênteses referem-se ao erro-padrão da média. Resultados e Discussão II. Motilidade Espermática após o Descongelamento TABELA 5. Motilidades médias (%) do sêmen de curimba (P. lineatus) após o descongelamento. Concentrações (% v:v) dos Criop. Crioprotet. Médias 1 Ativador 5,0 7,5 10,0 12,5 Água 56 (5,4) 63 64 54 59 (2,7) NaHCO3 70 77 84 79 78 Água 73 73 84 57 72 NaHCO3 78 83 86 82 82 Água 65 (3,8) 68 74 56 66 (1,9)b NaHCO3 74 80 85 80 80a Metanol 63 (3,8) 70 74 67 68 (1,9)B DMSO 76 78 85 69 77A 69 (2,7) 74 80 68 73 (1,3) Metanol DMSO Médias dos Ativadores Médias dos Criopotet. Médias das Concentrações 2 1 Médias seguidas de letras distintas diferem entre si pelo teste F (P<0,01). 2 Efeito quadrático da concentração de crioprotetores (P<0,01). Valores entre parênteses referem-se ao erro-padrão da média. Regressão vs Concentrações 80 78 Motilidade (%) y = 77,7% 76 74 72 y = 27,945 + 11,322 x - 0,644 x2 70 R2 = 79,51% 68 66 5,0 x = 8,79% 10,0 Concentração (% v:v) de crioprotetores 7,5 M édias observadas 12,5 M édias estimadas FIGURA 15. Regressão das motilidades médias (%) do sêmen de curimba (P. lineatus) em função das concentrações de crioprotetores, após o descongelamento. TABELA 7. Motilidades médias (segundos) do sêmen de curimba (P. lineatus) após o descongelamento. Concentrações (% v:v) dos Criop. Crioprotet. Médias 1 Ativador 5,0 7,5 10,0 12,5 Água 28 (1,2) 27 29 31 29 (1,1)b NaHCO3 57 70 74 90 72a Água 25 28 36 16 25B NaHCO3 90 104 107 94 99A Água 26 (1,1) 27 32 22 27 (1,1) NaHCO3 72 85 89 92 84 Metanol 40 (1,1) 43 47 53 45 (1,0) DMSO 48 54 62 38 50 43 (1,1) 48 54 45 48 (1,0) Metanol DMSO Médias dos Ativadores Médias dos Criopotet. Médias das Concentrações 2 1 Médias seguidas de letras distintas diferem entre si pelo teste F (P<0,01). 2 Efeito linear da concentração de metanol (P<0,05) e quadrático da concentração de DMSO (P<0,01). Valores entre parênteses referem-se ao erro-padrão da média. Regressão vs METANOL 60 Duração (s) 50 40 30 y = 32,6588 + 1,4555 x 20 r2 = 98,40% 10 0 5,0 7,5 10,0 12,5 Concentração (% v:v) de METANOL M édias observadas M édias estimadas FIGURA 17. Regressão das motilidades médias (segundos) do sêmen de curimba (P. lineatus) em função das concentrações de METANOL, após o descongelamento. Regressão vs DMSO 70 Duração (s) y = 60,960s 50 40 30 y = 1,0494 + 0,1757 x - 0,0105 x2 20 R2 = 83,78% 10 0 5,0 7,5 x = 8,37% 10,0 12,5 Concentração (% v:v) de DMSO M édias observadas M édias estimadas FIGURA 18. Regressão das motilidades médias (segundos) do sêmen de curimba (P. lineatus) em função das concentrações de DMSO, após o descongelamento. Resultados e Discussão III. Morfologia Espermática após o Descongelamento Cabeça 1µm Peça intermediária Colo ou peça de conexão Peça principal Peça terminal FIGURA 19. Espermatozóide de P. lineatus. (1000 X) TABELA 8. Patologias médias (%) do sêmen de P. lineatus após o descongelamento. Alterações Morfológicas Concentração (% v:v) Maiores 1 Menores NS Totais 5,0 37,8 (3,8) 3,6 (0,6) 41,3 (3,8) 7,5 28,1 2,3 30,4 10,0 24,0 1,5 25,6 12,5 27,0 3,2 30,2 5,0 28,7 2,6 31,2 7,5 24,6 2,4 27,0 10,0 24,8 1,3 26,1 12,5 23,2 1,1 24,3 Médias do sêmen descongelado 27,3 2,3 29,5 Médias do sêmen in natura 1,8 (0,4) 1,2 (0,4) 3,0 (0,8) Maiores Menores Totais 2 Metanol 27,0 (3,8) 2,7 (0,3) 31,9 (1,9) DMSO 23,2 1,9 27,2 Criop. Metanol DMSO Médias dos Crioprotetores NS Efeito não significativo das concentrações de crioprotetores (P>0,05). não significativo entre as concentrações de crioprotetores (P>0,05), mas significativo sobre as patologias de cauda fortemente enrolada e degenerada (P<0,05). 2 Efeito linear da concentração de crioprotetores (P<0,05). Valores entre parênteses referem-se ao erro-padrão da média. 1 Efeito Regressão vs Crioprotetores Valores em % 40 30 20 y = 39,989 - 1,195 x r2 = 68,80% 10 0 5,0 7,5 10,0 12,5 Concentração (% v:v) de crioprotetores M édias observadas M édias estimadas FIGURA 20. Regressão das patologias médias (%) do sêmen de curimba (P. lineatus) em função das concentrações de crioprotetores, após o descongelamento. TABELA 9. Patologias médias (%) significativas do sêmen descongelado de curimba (P. lineatus) acrescido de soluções contendo diferentes crioprotetores. Alterações Morfológicas 1 Crioprotetor Cauda fortemente enrolada Cauda degenerada Metanol 7,2 (1,1) b 1,2 (1,0) b DMSO 4,7 a 1,0 a 1 Médias seguidas de letras distintas, nas colunas, diferem entre si pelo teste F (P<0,05). Valores entre parênteses referem-se ao erro-padrão da média. A B C D E F FIGURA 21. Patologias espermáticas maiores. A. Cabeça degenerada e outra com contorno anormal; B. Cabeças degeneradas e cauda fortemente dobrada; C. Cabeça e peça intermediária degeneradas; D. Cauda fraturada; E. Cauda degenerada; F. Cauda fortemente enrolada. G H I J K L FIGURA 22. (continuação). Patologias espermáticas maiores. G. Cabeça com contorno anormal e peça intermediária degenerada; H. Cabeça isolada com contorno anormal; I e J. Peças intermediárias degeneradas; K. Cauda degenerada; L. Cauda enrolada. A B C D E F FIGURA 23. Patologias espermáticas menores. A. Cabeça isolada e com contorno normal; B. Gota citoplasmática proximal; C e D. Gotas citoplasmáticas distais; E. Caudas dobradas; F. Cauda enrolada distalmente. Resultados e Discussão IV. Capacidade de Fertilização do sêmen Descongelado TABELA 10. Fertilizações médias (%) do sêmen de curimba (P. lineatus) após o descongelamento. Concentrações (% v:v) dos Criop. Crioprotet. Ativador Médias 1 5,0 7,5 10,0 12,5 Água 37 (15) 41 (10) 49 (10) 46 (10) 43 (6) NaHCO3 37 15 22 20 23 Água 31 (10) 11 (10) 22 (12) 5 (15) 17 NaHCO3 14 23 9 10 14 Água 34 (9) 26 (7) 35 (8) 25 (9) 30 (4)a NaHCO3 26 19 16 15 19a Metanol 37 (10) 28 (7) 35 (7) 33 (7) 33 (4)A DMSO 22 (7) 17 (7) 16 (9) 7 (11) 16B 30 (7) 22 (5) 25 (6) 20 (7) 26 (21) Metanol DMSO Médias dos Ativadores Médias dos Criopotet. Médias das Concentrações 1 Médias seguidas de letras distintas diferem entre si pelo teste F (P<0,05). Valores entre parênteses referem-se ao erro-padrão da média. Fertilização vs METANOL FIGURA 24. Motilidade espermática (%) e fertilização (%) do sêmen de curimba (P. lineatus) antes e após o congelamento, e acrescido de concentrações crescentes de METANOL. Os traçados referem-se ao erro-padrão da média. Conclusões O DMSO, nas concentrações estimadas, proporciona: PROTEÇÃO ADEQUADA AOS ESPERMATOZÓIDES DE P. lineatus O NaHCO3 1% é o ativador de escolha!! Fertilização Î Muito Variável!! Produtos que podem ser utilizados na indução da ovulação em peixes Nome comercial Principio ativo Ação Dose Hipófise GnRH e outros compostos indução de ovulação 5 mg Clomid Citrato de clomifeno composto antiestrogênio 3mg Serofene Citrato de clomifeno composto antiestrogênio 3mg LHRHa D-Ala-6, des-Gly-10 etilamida análago GnRH 10mcg Zoladex Goserelina análago GnRH 10mcg Neodecapeptyl Triptorelina análago GnRH 10mcg Pregnyl hCG indução de ovulação 500UI Profasi hCG indução de ovulação 500UI Motilium Domperidona Antidopamínico variável Pleaidon Domperidona Antidopamínico variável Kubitza 2004 modificado