Comunicado de imprensa - Council on Foreign Relations

Transcrição

Comunicado de imprensa - Council on Foreign Relations
Comunicado de
imprensa
COUNCIL
ON FOREIGN RELATIONS
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58 EAST 68 TH STREET
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NEW YORK
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NEW YORK 10021
Tel 212 434 9888 Fax 212 434 9832 Website www.cfr.org
Os EEUU devem fortalecer suas relações com Angola para
proteger seus interesses estratégicos de energia e segurança
Contacto: CFR Communications, 212-434-9888, [email protected]
7 de maio, 2007—“Poucos países africanos são mais importantes para os interesses dos
Estados Unidos da América que Angola, o segundo maior productor de petróleo de
África. O sucesso ou o fracasso de Angola, na passagem de quase trinta anos de guerra
para a paz e a democracia, tem consequências para a estabilidade do abastecimento de
petróleo dos Estados Unidos e para a estabilidade da África Austral e Central,” eis o
parecer emitido por uma comissão independente patrocinada pelo Centro de Acção
Preventiva do Conselho.
Em que pese o progresso registrado nesta nação tão rica em recursos, em termos de sua
própria reconstrução apos o final da sangrenta guerra civil, a Comissão, liderada por
Vincent A. Mai, presidente da AEA Investors LLC e presidente do Conselho de
Assessoria de Estudos de Política de África no Conselho, e Frank G Wisner, vicepresidente para relações internacionais do Grupo Internacional Americano e ex-vice
secretario de estado para relações africanas do Departamento de Estado, que e
imprescindível o apoio constante dos EEUU, durante esta fase critica de consolidação dos
avanços democráticos e econômicos.
“Angola tem um passado trágico—uma atormentada herança colonial e uma experiência
ainda mais traumática de descolonização. Quase cinco séculos de regime colonial, duas
décadas de luta pela independência e três décadas de guerra civil impuseram um ônus
pesado, marcando a nação com perda de vidas e destruição física em massa.” Quase um
milhão e meio de angolanos terão perecido, aproximadamente cem mil foram mutilados
por minas terrestres, quinhentos mil refugiaram-se nos países limítrofes e mais de quatro
milhões foram deslocados internamente de 1975 ate 2002.
Apesar destes antecedentes, “Angola chegou a uma encruzilhada. Este momento
representa uma rara oportunidade para Luanda consolidar a paz e ganhar reconhecimento
internacional. Graças aos altos preços do petróleo, Angola tem uma das economias que
mais crescem no mundo, o que permite ao governo investir no desenvolvimento
equitativo, se decidir fazê-lo,” afirma o relatório Com vistas a uma estratégia para
Angola: prioridade para as relações entre Angola e os Estados Unidos da América.
Recentes elevações no preço do petróleo e a dependência dos EEUU do petróleo vieram a
refocalizar as atenções da América nas suas relações com estados productores de energia.
A comissão afirma: “Os interesses estratégicos dos Estados Unidos na energia e
segurança do Golfo da Guiné serão servidos pelo fortalecimento de vínculos entre os
Estados Unidos e Angola, como parte de uma ampla política energética e uma abordagem
estratégica em relação a África.”
Em que pese um recente aumento nas receitas do governo—graças aos elevados preços
do petróleo e empréstimos da China—Angola ainda tem por diante uma extensa
reconstrução, reptos em matéria de governanca e desenvolvimento antes que possa ser
considerado um pais estável. Angola encontra-se no 161º lugar entre 177 países
classificados em 2006 pelo Índice de Desenvolvimento Humano do Programa das Nações
Unidas para o Desenvolvimento. A Comissão manifesta preocupação quanto ao
desenvolvimento da governanca democrática, salvaguarda dos direitos humanos e adesão
ao estado de direito. Angola também se encontra entre os paises mais difíceis do mundo
para se fazer negócios.” O cartorialismo e a burocracia labiríntica que os empresários têm
que transitar para ter lucros afugentam todos menos aqueles investidores mais corajosos.
Para alem de recomendar que os EEUU formem alianças multilaterais com organizações
internacionais e regionais—tais como a União Africana—para assim apoiar a segurança,
a estabilidade e o desenvolvimento de Angola, o relatório enumera medidas que deverão
ser adoptadas pelo governo angolano a fim de alicerçar mais solidamente as bases e
aprofundar as relações bilaterais entre os EEUU e Angola. Tais recomendações
compreendem:
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“Estabelecer uma data específica para a realização de eleições e o início da montagem
das estruturas necessárias para assegurar que as eleições sejam livres e justas.” O
Conselho da República de Angola, o órgão político de assessoria à presidência,
recomendou a realização de eleições parlamentares e presidenciais em meados de
2008 e de 2009, respectivamente.
“Participação plena na Iniciativa de Transparência do Setor Extractivo” e
simplificação do processo de aprovação de investimentos estrangeiros em Angola.
Esclarecer as relações comerciais de Angola com a China. Angola representa
atualmente o maior fornecedor de petróleo para a China, porem “há falta de
transparência no que diz respeito às operações chinesas em Angola.”
Baseada em parte em sua missão de apuração de factos em Angola, a Comissão opina que
“levando em conta a sua crescente importância, o relacionamento dos Estados Unidos
com Angola deve receber atenção diplomática e recursos substanciais. Os interesses dos
Estados Unidos, tanto em suprimentos seguros de energia quanto na estabilidade no
Golfo da Guiné, requerem nada menos que isto.”
Para examinar o relatório completo, visite www.cfr.org/publication/13155/.
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Commissao sobre Angola
Vincent A. Mai
AEA Investors LLC, cochair
Frank G. Wisner
American International
Group Inc., cochair
William L. Nash
Council on Foreign
Relations, project director
Kofi Appenteng
Thacher Proffitt & Wood
LLP
Julius E. Coles
Africare
Chester A. Crocker
Georgetown University
Frank E. Ferrari
ProVentures, Inc.
David L. Goldwyn
Goldwyn International
Strategies
Peter W. Baird,
Encore Holdings
Paul J. Hare
U.S.-Angola Chamber of
Commerce
Pauline H. Baker, The Fund
for Peace
Patrick Hayford
United Nations
Malik M. Chaka
Millennium Challenge
Corporation
Edward V. K. Jaycox
Emerging Markets
Partnership
Herman J. Cohen
The Johns Hopkins
University
Princeton N. Lyman
Council on Foreign Relations
Callisto Madavo
Georgetown University
Mora L. McLean
Africa-America Institute
M. Peter McPherson
National Association of State
Universities and Land-Grant
Colleges
Arthur Mark Rubin
Morgan Stanley
Marian L. Tupy
The Cato Institute
Nancy J. Walker
AfricaNet
Steven D. Winch
Ripplewood Holdings LLC
James D. Zirin
Sidley Austin LLP
O Centro de Acção Preventiva (CAP) do Conselho procura ajudar a prevenir, tornar menos tensos ou
resolver conflitos fatais no mundo e ampliar o conjunto de conhecimentos a respeito de prevenção de
conflitos. O CAP patrocina uma comissão independente no momento em que um pais ou uma região que
afetam os interesses dos EEUU, mas que podem não estar a ser percebidos, estiverem em risco de conflito
violento e onde um grupo de antecedentes variados possa chegar a um consenso significativo em torno de
uma política de ação preventiva através de deliberações particulares e apartidarias. Uma vez constituída, a
comissão torna-se independente.
Fundado em 1921, o Conselho de Relações Exteriores e uma organização independente, com afiliados em
todo o pais, alem de ser um centro não partidário para especialistas, dedicado à criação e disseminação de
conceitos de maneira que seus associados, pessoas físicas e jurídicas, arquitetos de políticas, jornalistas,
estudiosos e pessoas interessadas, nos Estados Unidos e em outros paises, possam ter um melhor
entendimento do mundo e das opções de política externa disponíveis para os Estados Unidos e outros
governos. O Conselho, organização nacional não-partidaria nao toma posicao institucional em torno de
questoes politicas.