- Revista Mercado Rural

Transcrição

- Revista Mercado Rural
Abril 2012 • n°2
Novo Parque da
Gameleira
FEINCO 2012
Entrevista
Elmiro Nascimento,
Secretário de Estado
da Agricultura
Haras da Ginga
Tradicão e destaque na raça Pampa
Abril 2012
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Universal da Ginga
Yes!Uai
Estruturado sobre pilares fortemente erguidos, o grupo se destaca cada vez mais em
seu segmento. Admirada como um grande case de sucesso, essa história demonstra a
importância da técnica, do know how e a eficácia de sua gestão. Critérios estes que,
trabalhados em fina sintonia, levaram o grupo ao patamar de hoje: a melhor empresa
loteadora do estado de Minas Gerais.
Desenvolvendo um ambiente de negócios inspirador, o Grupo Vitória da União aposta
na criatividade para inovação de seus projetos e no potencial de seu capital humano,
reforçando a imagem de uma empresa em constante crescimento e credibilidade. Sempre
superando limites, valoriza o indivíduo, o bem-estar, renova parcerias e recicla ideias de
sustentabilidade em um conceito ambientalmente correto e de máxima transparência.
O resultado dessa história é gratificante e visto claramente na realização dos sonhos dos
clientes e seus projetos de vida. Assim como nas famílias, o grupo acredita que a vitória
vem sempre da união.
2
Abril 2012
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Abril 2012
5
Editorial
Redação
Unique Comunicação e Eventos
Av. Barão Homem de Melo - 4.500/324 - Estoril
BH/MG - Tel.: (31) 3653-0633
[email protected]
Editora e jornalista responsável
Amanda Ribeiro - MT10662/MG
[email protected]
Diretor Comercial
Marcelo Lamounier
[email protected]
Colaboração
Assessorias de imprensa: Agência Bela Geraes,
Megazoo, CCAS, CICB, Publique, FEINCO, APCGIL,
MTE, EMBRAPA, Blog Contagiros e Mercado Central.
Direção de Arte
Flávio de Almeida
Assinaturas
Unique Comunicação e Eventos
Periodicidade
Trimestral
Tiragem
5.000 exemplares
Distribuição
Vip
Grande abraço,
Amanda Ribeiro e Marcelo Lamounier
A Revista não se responsabiliza por conceitos
ou informações contidas em artigos assinados
por terceiros.
C@rtas
Acesse o Facebook e deixe
sua crítica ou sugestão
Mercado Rural
Parabéns pelo primeiro número!! Ficou ótimo! Nós da Grafica
Rede ficamos muito orgulhosos.
Desejamos muito sucesso
e estamos sempre à disposição.
Cumprimentamos toda a equipe
pelo resultado. Grande abraço.
Myriam
(Gráfica Rede)
Gostaria de parabenizar a Revista Mercado Rural por divulgar
o agronegócio mineiro. Parabéns!
Devemos nossas conquistas no
campo aos homens que lideram,
vivenciam e fazem sempre ser, a
voz e vez do produtor rural mineiro.
Acreditamos na liderança da FAEMG presidida por Roberto Simões,
que brilhou em entrevista publicada na primeira edição.
José Davi Ervilha Presidente Sindicato Rural de
Guiricema.
“Parabéns à equipe da Mercado Rural pelo trabalho diferenciado! As reportagens referem-se
a temas atuais, abordando de maneira clara e objetiva o assunto em
pauta. Além disso, as imagens são
lindas e deixam o leitor ainda com
mais vontade de ler desde a capa
até a última página.
Carolina Becker
Ribeirão Preto/SP.
Espumantes
A bebida do verão
Trabalho escravo
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Gir Leiteiro
Raça comemora bom momento e divulga
projetos para 2012
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Fossa septica biodigestora em
propriedades rurais
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Destaque
Haras da Ginga
Tradição e destaque na raça pampa
Foto capa e índice: Divulgação
Ano I - nº II - Abril - 2012
Prezados amigos leitores, é
com imensa satisfação que lançamos a segunda edição da revista
Mercado Rural. Confessamos que
nosso entusiasmo é ainda maior
quando do lançamento da primeira. A alegria nesse momento
é perceber que a revista está conquistando os leitores. São muitos os elogios recebidos. A procura por assinaturas e
o interesse dos anunciantes nos faz acreditar no potencial do veículo.
Esperamos tornar a Mercado Rural uma revista de indispensável leitura para nosso
público e sabemos que o caminho é árduo. Selecionar os melhores assuntos, entrevistas e artigos, é nossa busca constante. Nessa edição abordamos temas ainda mais
diversos dentro desse grande universo de informações que é o agronegócio brasileiro.
Nossos leitores podem conferir a bela matéria de capa, sobre o Haras da Ginga
do criador Alexandre Todeschini, que tem realizado um excelente trabalho na raça
Pampa. Falamos também sobre o esperado Leilão Pampa Elite Marca Ginga que
irá acontecer no próximo dia 21 de abril.
Não podemos deixar de destacar a entrevista com o Secretário da Agricultura
de Minas Gerais, Elmiro Nascimento, que falou à revista sobre sua gestão, balanço
2011 e as expectativas para esse ano na agricultura.
O projeto do novo Parque da Gameleira, gatos, canários, Feinco 2012, caminhonetes, lichia, criação de avestruz, raça Gir, cafeicultura, trabalho escravo no
Brasil, exportações de couro, dentre outros, são os temas abordados nessa edição.
Esperamos que apreciem e boa leitura.
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Entrevista
Secretário de Estado de Agricultura, Pecuária
e Abastecimento de Minas Gerais, Elmiro Nascimento.
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11º Leilão Pampa Elite Marca Ginga
& Convidades Especiais
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Novo Parque da Gameleira
Governo lança PMI do projeto
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Quem viver verá.
Novo diretor executivo demonstra otimismo e
compromisso com setor cafeeiro em sua primeira
reunião no comando da OIC
Personagem
Murilo Sérgio Gomes Torres
Organizadores e expositores vêem saldo positivo
na Feinco 2012
Os sete hábitos
dos produtores sustentáveis
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Com mercado aquecido, rosas estimulam a
economia do País
Exportações de couros em 2011 somaram
US$ 2,05 bilhões
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Automóveis
Frutas exóticas
O sucesso da lichia
Mercado central de Belo Horizonte
Tradição e mineiridade no coração da capital
Turismo
Roteiro Estrada Real
360 graus no Parque Nacional
Receita
A cozinha sertaneja - Vaca atolada
Mercado Pet
Hábitos comportamentais de felinos
domésticos
Canaricultura no Brasil e no mundo
Criações exóticas
Estrutiocultura
Eventos
Haras Vô Ziroca
Pat Parelli - Doma sem violência
Restaurante Boi Vitório
Giro Rural
Entrevista
A revista Mercado
Rural conversou com o
Secretário de Estado de
Agricultura, Pecuária
e Abastecimento de
Minas Gerais, Elmiro
Nascimento, que traçou
um panorama dos
principais pontos do
agronegócio mineiro
e falou sobre as
expectativas para o ano
de 2012.
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Abril 2012
MR: Como o senhor avalia seu
primeiro ano de mandato?
Um ano de muitas conquistas para o
agronegócio. Os indicadores registram vários recordes, dentre eles, o saldo da balança
do agronegócio (US$ 9,3 bilhões) e o PIB do
agronegócio Mineiro (R$ 118 bilhões). Esses
resultados são frutos do empreendedorismo dos produtores rurais, da maior demanda de produtos alimentícios nos mercados
interno e externo e da contribuição do
governo estadual priorizando as ações de
apoio à agricultura empresarial e familiar.
Nessas ações a parceria com as representatividades dos produtores tem sido o eixo
principal e norteador das políticas públicas.
Parcerias com os agentes financeiros tem
sido uma outra ação importante visando a
ampliação dos recursos financeiros para o
agronegócio. O Governo instituiu três fóruns permanentes para o fortalecimento da
cadeia produtiva do leite, café e da cachaça.
MR: Quais setores mais cresceram no ano de 2011 no agronegócio
mineiro.
O agronegócio cresceu 1,7% em relação ao ano de 2010. Apesar do percentual
não ser tão expressivo é importante ressaltar que o ano de 2010 o agronegócio teve
um crescimento de 17,2%, assim o valor
alcançado em 2011 tem uma referência
elevada. Assim apesar do percentual ser
menor, trás um valor monetário significativo para o setor. Dentre os produtos da
agricultura que mais contribuíram foram o
café, milho, soja, cana-de-açúcar e algodão
e na pecuária o frango, ovos e suínos. Os
fatores que contribuíram para o fortalecimento do agronegócio foram o aumento
da produção e dos preços dos produtos
agropecuários nos mercados (interno e
externo).
MR: A safra de milho em 2012 poderá bater recordes. Comente esse importante momento para o setor.
Há expectativa de Minas Gerais contribuir para a produção de milho no Brasil
na ordem de 7,4 milhões de toneladas,
número este 13,6% superior a safra passada. Os produtores ampliaram em 7%
da área cultivada diante de uma expectativa de preços favoráveis. O que vem se
confirmando, consequência da redução
ocorrida no sul do país onde há uma expressiva produção de milho e da maior
demanda do mercado interno e externo.
MR: Ao mesmo tempo em que o
Brasil bate esse recorde, o mercado
internacional está temeroso e hostil,
onde os contratos do milho na bolsa
estão em queda na previsão para o segundo semestre. Quais serão os impactos para o mercado nacional?
A situação de dificuldades que passam
as economias da União Europeia e dos Estados Unidos leva os mercados a ficarem
sobre forte volatilidade o que favorece as
especulações. Vale ressaltar que há um
crescimento contínuo da população e da
demanda por alimentos, no entanto os recursos naturais (água e solo) são limitados o
que, provavelmente, resultará em uma forte
pressão para a produção e, consequentemente, valorização dos produtos do agronegócio. A FAO, desde 2004, faz um acompanhamento dos preços das commodities
agrícolas e há o registro que os valores, a
partir deste período, foram superiores. Estes indicadores sofreram forte influência do
crescimento do poder aquisitivo da população dos países emergentes (Brasil, China,
Índia, Rússia e África do Sul).
MR: Quais as projeções para a
soja no ano?
A expectativa é de que teremos uma
safra recorde. O valor estimado pela Conab
é de 3,05 milhões de toneladas.
MR: A cafeicultura brasileira muito
lutou pela alteração da incidência do
Pis e Cofins no café. Em março o Senado aprovou a MP sobre o assunto. O
que isso representa para o setor?
A Medida Provisória 545 recém aprovada pelo Senado Federal é fruto de criterioso
estudo levado a efeito pelo Ministério da
Fazenda, que após consultar todos os segmentos da cadeia produtiva do café, desde
os produtores , cooperativas, exportadores
e industriais, apresentou modelo tributário
semelhante àquele já empregado para as
carnes bovina e suína, determinando,assim,
a suspensão da incidência de PIS e Cofins
ao longo da cadeia produtiva até a indústria. Posto isto, entendemos que a MP 545
beneficiará os milhares produtores de café
que agora poderão buscar melhores condições comerciais para suas produções no
mercado, e poderão vender diretamente
para o exportador o café produzido, sem a
utilização da figura do intermediário.
MR: O que explica o expressivo
aumento de 84% nas exportações
de carne suína em 2012?
A suinocultura foi beneficiada em 2011
pela forte valorização das commodities nos
maiores mercados de destino dos produtos
mineiros, e agora o setor começa a obter
resultados com as vendas para a China, até
então restritivo aos produtos brasileiros. Há
também o reforço de vendas para Hong
Kong. A soma desses fatores possibilitou à
suinocultura responder por cerca de 11%
nas exportações do segmento carnes de
Minas neste primeiro bimestre do ano. O
setor está otimista com estas possibilidades
bem como, a provável redução das barreiras americanas à carne suína brasileira.
MR: O Parque da Gameleira abrigará um grande centro de eventos?
Quais as novidades em relação a
essa mudança?
O Governo de Minas está se reunindo
periodicamente com entidades ligadas ao
setor agropecuário para discutir o processo para a reforma do Parque de Exposições
Bolivar Andrade (Gameleira).
MR: Qual a importância da pecuária no agronegócio mineiro?
O agronegócio mineiro tem uma con-
tribuição expressiva na economia mineira.
Em 2011, segundo o estudo elaborado
pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/USP) o valor apurado foi R$ 118 bilhões. Este valor é 1,71%
superior ao de 2010. Vale ressaltar que as exportações do agronegócio de Minas Gerais
em 2011 movimentaram US$ 9,7 bilhões. O
valor recorde apresentou um crescimento
de 27,6% em relação ao ano anterior. São
indicadores que evidenciam a importância
da atividade para a economia do Estado.
MR: A que se deve o expressivo aumento de quase 70% na produção de
carne nos últimos 20 anos, conforme
dados divulgados pelo Departamento
de Agricultura dos EUA (USDA)?
Nas últimas décadas ocorreram grandes
transformações na sociedade, dentre elas
relacionamos o crescimento populacional,
a concentração da população nos centros
urbanos, a maior participação da mulher no
mercado de trabalho e melhoria do poder
aquisitivo. Esses fatores contribuíram para
uma mudança no hábito alimentar da população, de forma que a utilização alimentos
pré-elaborados foi ampliada. Dos alimentos
que aumentaram o consumo per capita os
de origem animal (carne de frango, carne
suína, carne bovina, lácteos) tiveram maior
representatividade. No Brasil em 2000 o
consumo per capita de carnes (frango, suína e bovina) era de 77,3 kg e, em relação
a 2010, o registro foi de 98,7 kg, um crescimento de 23,2% neste período. Estes valores evidenciam o maior consumo de carnes
pela população brasileira, um exemplo do
que ocorreu nos países emergentes (China,
Índia, Rússia e África do Sul) que tem uma
expressiva parcela da população mundial.
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O diretor da Mercado
Rural entrega a revista
ao Secretário Elmiro
Nascimento.
MR: O Brasil está prestes a avançar
no status da doença da vaca louca?
Há possibilidade de o Brasil melhorar a
classificação para a Encefalopatia Espongiforme Bovina – EEB (conhecida vulgarmente como doença da Vaca Louca) na Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). A
Comissão Científica para Enfermidades dos
Animais da OIE concluiu que o Brasil reúne
condições para mudar a sua classificação
do atual risco controlado para insignificante. A confirmação definitiva da alteração do
status sanitário brasileiro ainda depende
de um período de consulta perante os 178
países-membros da OIE. Durante 60 dias,
os delegados da entidade poderão solicitar informações complementares ou fazer
questionamentos à OIE. Caso não existam
objeções fundamentadas, a Comissão Científica apresentará a recomendação para a
mudança durante a Assembleia Mundial
de Delegados da organização, que ocorrerá
em maio. Minas Gerais
através do IMA vem trabalhando intensamente
no controle dos fatores
que podem levar a tal
enfermidade. Um delas
é a proibição do uso de subprodutos de
origem animal na alimentação de ruminantes. A melhoria no status sanitário abre um
leque de oportunidades para alcançarmos
nos mercados para a carne bovina.
MR: O governo mineiro sempre esteve muito preocupado com o combate ao abate clandestino. Quais medidas
têm sido feitas para combatê-lo?
O abate informal é uma preocupação
constante dos governos (Federal, Estadual
e Municipal), pois é uma questão de saúde pública. As prefeituras têm ampliado os
serviços de inspeção dos produtos de origem animal. O estado através do IMA vem
também, estruturando os seus serviços para
coibir o trânsito de animais abatidos, bem
como o trânsito ilegal de animais vivos. O
estado em parceria com a União estabeleceram termos de cooperação para ampliar a
ação do IMA. É um trabalho que requer uma
ação conjunta e é o que temos realizado.
MR: O senhor acredita que com a
regulamentação da lei que estabelece
melhores condições de funcionamento
das agroindústrias de pequeno porte,
muitas vão sair da informalidade?
Acredito que este foi um passo muito
importante para que os mercados sejam
ampliados para os agricultores familiares
que tem unidades de processamento individual ou em forma associativa. A legislação veio para normatizar as agroindústrias
de pequeno porte. No primeiro momento
pode haver um desconforto, mas os ganhos serão superiores e será uma maneira
de fortalecer a agricultura mineira.
MR: Quais as principais lutas e desafios da sua gestão para o ano de 2012?
Para o início de 2012, a preocupação
segue relacionada ao cenário internacional, especificamente ao desempenho da
economia europeia e às importações da
China. Entretanto, a expectativa é que,
mesmo havendo recuo no crescimento
das exportações do agronegócio, este
não será de grandes proporções. Além
disso, sob a ótica do mercado interno,
espera-se demanda firme, o que poderá
agir compensando possíveis perdas advindas do mercado externo.
A Unique Comunicação e Eventos atua há 6 anos no
agronegócio, prestando com excelência e qualidade seus
serviços. Atenta à crescente demanda do setor, a empresa
especializou-se no ramo de organização de leilões e divulgação
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Fotos: Divulgação
Quem viver
verá.
*Coriolano Xavier
membro do CCAS – Conselho Científico para
Agricultura Sustentável.
A
epopéia do Código Florestal (PL
1876/99) parece estar chegando
ao fim, depois de incendiar debates em plenários, no campo e na mídia.
Neste momento, vivemos a expectativa
da sua votação final. Depois de muita polêmica, o texto revisado pelos senadores
(dezembro de 2011) saiu com várias modificações, entre elas aspectos como: detalhamento sobre a recuperação das margens dos rios, agora com faixas fixadas de
30 a 100 m para rios com mais de 10m
de largura; fixação de APPs em propriedades maiores (entre 30 e 100m); legislação
específica para a agricultura familiar (com
apoio técnico e incentivo financeiro para
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preservar/recuperar a vegetação nativa).
O CCAS – Conselho Científico de Agricultura Sustentável foi ouvir as pessoas,
tanto entre seus membros, como entre
gestores do agronegócio, para sentir a
percepção que ficou da nova Lei. Ouviram informalmente produtores, executivos, pesquisadores, agrônomos -- e o balanço é mais ou menos o seguinte: para o
pequeno produtor, o Código representa
a resolução de um passivo ambiental que
vem de anos (gerado em outro contexto
econômico e legal) e que poderia, em
tese, até inviabilizar sua atividade, dependendo o alcance do rigor protecionista da
lei. Entre os médios e grandes produtores
haverá a necessidade de se ajustar a uma
legislação mais rigorosa, que se alinha a
uma nova tendência de sustentabilidade -- bem mais ampla do que o simples
preservacionismo de hoje e envolvendo
questões sociais, ambientais e econômicas. Ou seja, passamos a ter uma política
bem mais clara com relação à interação
entre meio ambiente e agronegócio, sinalizando para a sociedade a busca por
um posicionamento de equilíbrio e responsabilidade ambiental na produção
de alimentos, na perspectiva de uma
agricultura mais sustentável. Agora vem
a pergunta: e se a lei não for aprovada?
Dar sobrevida à lei antiga é ficar com uma
base legal ultrapassada, com gargalos de
funcionalidade jurídica e prática. Pode
trazer a ideia de que há um vazio legal
e os espertalhões de plantão podem se
aproveitar e ampliar a razia florestal -como, aliás, já aconteceu antes, sem fiscalização eficiente ou com fiscalização marcada por fins políticos ou mecanismos
de troca de interesses. Tem mais: para os
agricultores com a cabeça no século XXI,
que sabem do valor da proteção ambiental para a sobrevivência do negócio, pode
significar o fantasma de uma legislação
tecnicamente incoerente, não-isenta e
não obedecida por muitos. Um risco de
descrédito legal, que pode inclusive inibir a exploração de novas áreas (cerrado/
pastagem). Naturalmente, vamos encontrar opiniões de que o Código deveria ser
mais restritivo do que a forma que tomou
após a epopeia dos debates na sociedade e nas casas legislativas federais. Uma
lei com menos ranço de “plantation” e de
“neocolonialismo”, como advogam seus
opositores mais combativos – tanto cidadãos como organizações da sociedade
civil. Provavelmente, o tempo vai pedir
um debate com maior profundidade no
Brasil. Quem viver verá.
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Fotos: Divulgação
que se tem registro, com aproximadamente 17,4 milhões de sacas de 60 kg.
Por outro lado, apesar dos estoques dos
importadores terem se elevado recentemente a 22,3 milhões de sacas, aliviando
um pouco as preocupações com a oferta limitada de certas origens, ainda se
apresentam em níveis desconfortáveis.
Produção e Consumo Mundial
Novo diretor executivo
demonstra otimismo
e compromisso com
setor cafeeiro em sua
primeira reunião no
comando da OIC
Robério Silva
apresentou cenário
de mercado
positivo e reafirmou
compromisso em
trabalhar para a
construção de um
mercado sustentável.
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F
oi uma estréia marcante a do brasileiro Robério Silva no comando da
Organização Internacional do Café
(OIC). Após dez anos, o cargo executivo máximo do principal fórum mundial
para desenvolvimento da cafeicultura
voltou a ser ocupado por um brasileiro.
Em seu discurso inicial, Robério destacou o papel da OIC na busca de um
mercado global economicamente sustentável, a fim de ajudar a combater a
pobreza no mundo. O diretor também
lembrou como a acentuada volatilidade
do mercado tem prejudicado os produtores no mundo inteiro nos últimos anos.
Em sua análise mercadológica, destacou que, apesar da produção recorde
que o Brasil deve colher na próxima safra,
o impacto negativo do volume previsto
sobre os preços será limitado, devido às
promissoras perspectivas para o consumo mundial. Em relação aos fundamentos do mercado, Robério destacou:
No ano safra 2011/12, a produção
total está estimada em 128,5 milhões
de sacas, com uma queda de 4,3% em
relação ao período anterior. No tocante
à temporada 2012/13, somente o Brasil forneceu suas primeiras estimativas,
sendo, portanto, cedo para se prever o
volume mundial que deverá ser colhido.
Entre os principais produtores, um
dos destaques foi a Etiópia, que produziu,
em 2011, 8,3 milhões de sacas, registrando crescimento de 10,8% sobre o ano
anterior. Por outro lado, na América Central, praticamente todos os países tiveram
redução em suas produções, como El Salvador (-28,5%), Guatemala (-12,7%) e México (-7,2%). Já na América do Sul, o Brasil
apresentou quebra de 9,6% e a Colômbia
de 0,3%. Na Ásia, após vários anos consecutivos de aumento em sua produção, o
Vietnã apurou recuo de 10,1%, para um
total de 17,5 milhões de sacas.
Com relação ao consumo, Robério
Silva destacou o aumento contínuo há
mais de quatro décadas, a uma taxa anual composta de 1,6% ao ano, o que deve
levar, no fechamento do ano civil 2010,
ao registro de 135 milhões de sacas consumidas, volume que implica evolução
de 2,4% frente ao ano anterior. Indicações iniciais apontam que esta taxa de
crescimento se manteve em 2011.
Perspectivas até 2020
No final de sua análise, o diretor-executivo da OIC apresentou uma perspectiva de consumo nos próximos anos,
com três cenários potenciais, cujos números, em 2020, seriam: demanda baixa,
com 157 milhões de sacas; média, com
165 milhões; e alta, apresentando um
montante de 173 milhões de sacas consumidas.
Nos três casos, o consumo deve suplantar a produção. Como elemento negativo, Robério destacou a fraqueza do
dólar em relação às moedas dos principais países produtores, fato que deverá
produzir um impacto negativo sobre
suas receitas.
Estoques Mundiais em janeiro
de 2012
O volume armazenado em países
produtores está nos níveis mais baixos
Abril 2012
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Personagem
Murilo Sérgio
Gomes Torres
Árbitro e técnico de
registro, o veterinário
atua nas principais
raças equinas e contou
à revista Mercado
Rural um pouco de
sua gloriosa carreira
profissional.
B
astante conhecido na equideocultura, o veterinário Murilo Torres que atua no ramo há 27 anos,
presta serviço para várias associações
de raças equinas. É superintendente
do registro genealógico na Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo
Pônei(ABCPONEI), ex-árbitro e atual técnico de registro na Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Mangalarga
Marchador (ABCCMM), árbitro e técnico
de registro na Associação Brasileira dos
Criadores dos Criadores de Jumento
Pêga (ABCJPêga) e árbitro na Associação
Brasileira dos Criadores do Cavalo Pampa (ABCPampa).
16
Abril 2012
Desde menino Murilo tinha certeza
do seu caminho profissional. A lida com
os animais sempre foi sua paixão. Morou
em João Monlevade/MG até os 12 anos
de idade e criou cachorros, passarinhos,
aves domésticas e várias espécies de
roedores. Quando se mudou para Belo
Horizonte foi morar em apartamento e
privado de suas criações, partiu para a
aquaricultura, atividade que exerceu até
quando iniciou o curso de veterinária e
se apaixonou pelos cavalos.
A trajetória profissional de Murilo começou cedo e antes mesmo de se formar
em veterinária, o profissional trabalhou
em uma fazenda com criação de gado de
leite e Mangalarga Marchador em Itapecerica /MG. Depois de formado, começou
a atuar no campo, como veterinário, na
região do Campo das Vertentes, interior
de Minas Gerais. Mudou-se para Carmo
da Mata e trabalhou no atendimento nas
fazendas durante 14 anos. Foi responsável pelo atendimento sanitário, clínico e
reprodutivo de mais de vinte haras das
raças Campolina, Mangalarga Marchador, Muares, Piquira e Pônei Brasileiro.
Em alguns deles continua atuando até
hoje. Foi em 1991 ainda morando no interior que ingressou profissionalmente na
ABCCMM. Por volta do ano de 1992, por
ocasião do Plano Collor, Murilo retornou
à Belo Horizonte, sua cidade natal. “Na
época vários criadores foram forçados a
desistir ou pelo menos dar uma freada
em seus empreendimentos de maneira
geral. Em especial a equideocultura ficou
bastante abalada e o seu mercado de
trabalho sofreu fortes reflexos. Apesar de
adorar a vida do campo, voltei para Belo
Horizonte, e investi na zootecnia, começando a atuar também em outras associações de criadores de equídeos, o que me
é muito prazeroso”, disse.
Apaixonado pela profissão, Murilo comemora sua satisfação e realização profissional em poder trabalhar naquilo que
mais gosta: a seleção de animais e a zootecnia. Quando questionado sobre quais
são as semelhanças no julgamento de várias raças, Murilo é enfático: “A equídeocultura é uma paixão e quando os criadores
são ‘infectados pelo vírus cavalar’, não tem
mais cura, é para sempre. Desta forma,
os técnicos e árbitros de todas as raças
enfrentam as mesmas dificuldades: de
maneira geral os criadores se envaidecem
de seus “meninos e meninas” e não mais
enxergam suas deficiências. Cabe aos técnicos orientarem a seleção”, ponderou.
Em relação às diferenças no julgamento de várias raças, o veterinário
afirma que elas existem e que cada raça
tem nuances muito específicas e o que
mais o motiva é tentar cada vez mais
aperfeiçoar-se. “Como os antigos diziam:
na criação de cavalos a gente vive aprendendo e morre sem saber tudo”, disse.
Bastante envolvido com o mercado
de equinos, Murilo acredita que o Mangalarga Marchador é a raça com maior
crescimento no Brasil hoje e a situação
econômica do país influencia diretamente na equideocultura e o momento está
excelente. Segundo ele, a raça Pônei merece destaque em relação à busca pelo
padrão racial. “A raça Pônei é nova e está
ainda em formação, mas ela vem se homogeneizando a cada dia, com maior
intensidade e o fator que mais contribui
para isso é sua direção técnica, a mesma
há 17 anos”. Além disso, Murilo ressalta
também o crescimento no número de
novos criadores na raça Pônei Brasileiro.
“O aumento do número de criadores se
deve a fatores como a miniaturização dos
animais, o que causa a admiração do público, às pelagens exóticas multicoloridas,
a beleza estética destes cavalinhos, ao
custo de manutenção que é três vezes
mais baixo que o dos cavalos de maior
porte e ao pouco espaço necessário para
criá-los”, explicou.
As longas distâncias percorridas, a carga horária extensa e as estradas de terra
que, hora são poeira e hora lama, assim
como os buracos, são apenas alguns empecilhos que, para Murilo, não tiram o brilho e a paixão pela sua profissão. Para ele,
as alegrias ainda estão em maior quantidade. “O prazer de se ver um animal sadio,
após um tratamento bem sucedido não
tem preço. O nascimento de um potro
excepcional em um criatório que você
acompanha e as amizades verdadeiras
que tenho construído através dessa profissão, são alguns dos motivos para me dedicar sempre mais”, comentou o veterinário.
Funcionalidade
Em relação à funcionalidade do cavalo, Murilo acredita que a cada ano os
brasileiros mais se afeiçoam aos esportes
hípicos e às cavalgadas. Em todas as cidades percebe-se uma efetiva presença
de vários hotéis para cavalos e centros
de treinamento. “Tem gente criando cavalos nos quintais e em outros lugares
inusitados. A maior dificuldade para difundir a funcionalidade do cavalo vem
sendo superada: a inexistência de eventos específicos. Atualmente a ABCCMM
possui um departamento de provas
equestres e tem conseguido a cada dia
mostrar o imenso potencial funcional
desta raça eclética, que é o Mangalarga
Marchador”, disse.
Murilo Sérgio e sua esposa
Marlene Silva Torres
Exposições
O árbitro e técnico de registro também defende a participação em exposições, e pondera que elas são essenciais
para os criadores melhor avaliarem a
própria seleção. Em termos de novidades nos julgamentos, Murilo cita a raça
Pampa, que se destaca no quesito morfologia. “A morfologia é comparativo
como nas demais raças equinas, mas
no Pampa é subdivido em cinco itens,
sendo que o primeiro é a avaliação do
passo, depois conferimos os aprumos
em estática e em dinâmica, além das angulações dos membros locomotores. A
terceira fase é de análise das regiões do
tronco, a seguir comparativamente classificamos os cavalos pelas virtudes do
conjunto de frente. Finalmente, na quinta etapa, apreciamos a aparência geral
do grupo, todas essas avaliações são explicadas de forma sucinta, e os criadores
conseguem acompanhar ativamente os
julgamentos”, explicou.
Mercado
Leilões, feiras, jornais, internet, visitas
aos haras e até o boca-a-boca são, segundo Murilo, eficientes formas de comercialização, cada uma delas adaptadas a um tipo especifico de cavalo a ser
negociado. “Do que não se pode, é abrir
mão da seriedade nas negociações e da
veracidade nas informações à respeito
dos animais”, ressaltou.
Aos novos criadores, Murilo deixa
aqui sua dica: “Andar longe, visitar o
maior número de criatórios e eventos de
todas as raças de equídeos. Participar de
cursos para futuros criadores e acercar-se de profissionais idôneos para melhor
escolher os seus primeiros animais”. Aos
novos profissionais de arbitragem o experiente veterinário também deixa seu
conselho: “Eles não devem abandonar
suas profissões de origem para se dedicar integralmente à arbitragem sob pena
de perder sua autonomia”, orientou.
São até hoje 27 anos de carreira e
Murilo contou à revista Mercado Rural
um pouco dessa história profissional que
poderia ser escrita em muitas páginas de
revista. Nesse bate papo com esse experiente profissional, ficou uma lição: Os
caminhos são cheio de pedras, poeiras e
buracos, mas desistir, jamais!
Abril 2012
17
Organizadores e expositores
vêem saldo positivo na
Feinco 2012
Foto: Zzn Peres
C
18
Abril 2012
erca de 19 mil pessoas visitaram
a Feinco 2012 – 9ª Feira Internacional de Caprinos e Ovinos, entre
os dias 12 e 16 de março, para conhecer
o trabalho de seleção e melhoramento
genético desenvolvido pelos criatórios
brasileiros e as novas tecnologias desenvolvidas para o setor. Considerada
a vitrine da cadeia produtiva do setor e
referência como a maior feira indoor da
caprinovinocultura da América Latina, a
Feinco 2012 foi realizada no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo, SP. O
evento é uma realização do Agrocentro e
seu foco principal é a Produção de Carne
de Cordeiro e Cabrito, Leite e Derivados
de Leite de Cabra, Exportação e Importação de Carne e Programas de Incentivo
ao Produtor de Diversos Estados e Região.
De acordo com o diretor da feira,
Francisco Pastor, este ano participaram
3 mil caprinos e ovinos com aptidão
para produção de leite, carne e lã, das
seguintes raças: Santa Inês, Ile de France,
Suffolk, Merino Australiano, Hampshire
Down, Crioula, Boer, Saanen, Alpina, Anglo Nubiana, Toggenburg, entre outras.
A alta qualidade e o alto padrão zootéc-
nico dos animais foram destacados no
envento.
Segundo Pastor, o mercado em ebulição, com uma demanda tão grande
por carnes de caprinos e ovinos, necessita de uma maior organização, além de
mais investimentos para aumentar o rebanho comercial. “Temos que auxiliar o
pequeno produtor, proporcionar linhas
de crédito mais acessíveis com a intenção de facilitar a vida deles e com isso
aproximá-los das associações e também
dos grandes frigoríficos”, disse.
O presidente da Aspaco, Arnaldo dos
Santos Vieira Filho, disse que a Feinco é um
norteador para o ano da caprinovinocultura nacional e analisou positivamente um
dos diferencias da Feinco 2012. “O que pudemos ver durante essa semana, e que nos
deixou muito satisfeitos, foi o profissionalismo que girou em torno da feira. Quem
participou esteve realmente interessado e
focado nas necessidades da cadeia produtiva do setor”, analisou Arnaldo.
O vice presidente da Arco, Suetonio
Vilar Campos, destacou a papel da Paraíba para o desenvolvimento das raças
Santa Inês e Nova Morada e lembrou
dos tempos em que a atividade ainda
era coisa para amadores. “Em 1978 chegamos aqui em São Paulo, no Sudeste,
sob este mesmo teto, com as primeiras
ovelhas Santa Inês e Nova Morada e
participamos do 1º Congresso Brasileiro
de Ovinocultura. Hoje nossos animais já
chegaram ao Sul do País e estão atingindo ótimos índices de crescimento em
Santa Catarina”, comemorou Campos.
Para Wallace Scott, presidente da
Capripaulo, o grande destaque da feira
ficou por conta dos índices zootécnicos
e da melhoria genética dos rebanhos
de dos pequenos produtores rurais nas
de caprinos. Outro ponto positivo, para
principais cadeias produtivas do agrone-
Scott, foi a realização da Reunião da Câ-
gócio paulista, capacitando-os com orien-
mara Setorial de Ovinos e Caprinos, da
tação de gestão empresarial, qualidade
Secretaria de Agricultura do Estado de
total, boas práticas agrícolas, acesso a mer-
São Paulo. “A reunião foi um divisor de
cados, entre outros. O tripé de sustentação
águas. O que pudemos ver de resultados
do programa, segundo Paula Orenella, são
de pesquisa e desenvolvimento nortea-
as ações e consultorias ligadas a produto,
ram o caminho que temos a trilhar. A Ca-
processo e mercado, que buscam respos-
pripaulo, a partir de amanhã, já começa a
tas às questões: “o que produzir, “como
trabalhar para a Feinco 2013”, anunciou.
produzir e para quem produzir”, além
Paula Orenella Belo Fagnani, do Se-
de consultorias em tecnologias, gestão e
brae/SP destacou a importância da enti-
operacionalização da propriedade rural e
dade para os pequenos produtores e falou
orientação de acesso a mercados e apoio
sobre o programa Agrosebrae, que tem
à montagem de cadeias de negócios
como objetivo melhorar a competitivida-
(quando e onde couber).
Leilões da Feinco faturam
R$ 1,4 milhão
Com uma agenda mais enxuta, a 9ª
Feinco, realizou cinco leilões (em 2011 foram oito): três de ovinos da raça Dorper,
um da Santa Inês e um de caprinos Anglonubiana. Os 174 lotes ofertados renderam R$ 1.417.960 e média de R$ 8.149.
Abril 2012
19
O Dorper foi o destaque dos leilões
da Feinco 2012 em número de animais
e em faturamento. Os três leilões dessa
raça colocaram no mercado 124 lotes ao
preço médio de R$ 9.030 e, juntos, movimentaram a cifra de R$ 1.119,740.
O Leilão Dorper Buriá, chancelado
pela ABCDorper (Associação Brasileira
de Criadores de Dorper), e promovido
pelos criadores Luiz e Eduardo Teixeira,
abriu a agenda de remates da Feinco, dia
13 de março. Os 46 lotes ofertados renderam R$ 400.060 e média de R$ 8.697.
As 40 fêmeas saíram pela média de R$
9.012; os 5 machos pelo preço médio de
R$ 7.900 e 1 embrião por R$ 10.080.
Já o 5º Leilão Fazenda Campo Verde,
oferta do criador Mário Castro, de Jarinu
(SP), realizado dia 14 de março, vendeu
40 lotes da raça Dorper pela média de
R$ 7.992 e faturou R$ 319.680. Dos lotes
vendidos, as 39 fêmeas (38 animais e
uma cota de 50%) saíram pela média de
R$ 7.520. Por sua vez, o único reprodutor
ofertado, Campo Verde TE 2099, foi arrematado foi R$ 26.400, o mesmo valor de
20
Abril 2012
50% da propriedade da Grande Campeã
Feinco 2012, arrematada por Delfim Pinto de Sá Quintela.
O 8º Leilão VPJ Doadoras, realizado
dia 15 de março, apresentou em pista
uma oferta selecionada de doadoras da
VPJ Agropecuária, do Valdomiro Poliselli
Júnior. O resultado foi a venda de 38 lotes (duplos e individuais) pelo total de R$
400.000 ao preço médio de R$ 10.526. Entre as doadoras, o lote mais valorizado foi
VPJ Dorper TE 1685, campeã nacional Borrega Maior 2010, prenhe do Grande Campeão Nacional Feinco 2011 Ravi, vendida
por R$ 22.500 para Robson Lima Araújo.
Entre os machos, o Reservado Campeão Nacional, VPJ Dorper 2025, (linhagem Bradock em ovelha VPJ Cinqüenta),
conhecido como “Bala de Prata”, apresentado pelo criador e cantor sertanejo
Sorocaba, teve 50% de sua propriedade
adquirida por Sandro Viturini, que pagou
R$ 15 mil. Este foi o mesmo valor de 50%
da propriedade de VPJ Dragon 1592,
uma compra de Érico Tavares de Souza,
selecionador pernambucano.
O 3º Leilão Seleção Brasileira do Anglonubiano, ofereceu genética caprina
dos criadores André Ferreira, da Porto
Reserva; Fernando Fabrini, da Três Marias; Paulo Zabulon, da Santa Lourdes; e
Pedro Didier, do Condomínio Paraguassu. Na batida final do martelo do leiloeiro
foram vendidos 27 lotes (24 fêmeas, dois
machos e um embrião) pela média de
R$ 4.400 e faturamento de R$ 119.900.
As fêmeas saíram pela média de R$
4.410, os machos pelo preço médio de
R$ 6.480 e o embrião por R$ 1.100.
O 5º Leilão Chave de Ouro, promoção da Santa Mônica, Morro Verde,
Guarany, Porto Reserva, Vassoral & Carpa Serrana e Rebanho Sim, realizado
dia 16 de março, fechou o agenda de
remates da Feinco 2012 com a venda
de 24 lotes de ovinos Santa Inês (22
animais e dois embriões da raça) por R$
178.320 e média de R$ 7.430. As fêmeas puras saíram pela média de R$ 6.853,
uma fêmea em seleção por R$ 4.080, os
machos pela média de R$ 6.560 e, cada
embrião, por R$ 15.600.
Abril 2012
21
Os sete hábitos
5º
O quinto hábito, e não menos importante é adotar práticas sustentáveis consagradas (plantio direto na palha, integração
lavoura pecuária, manejo integrado,
monitoramento).
Foto: Divulgação
dos produtores sustentáveis
ção do empregado, lhe incluir no processo e nas atividades da propriedade).
6º
O sexto hábito é respeitar
e valorizar áreas de preservação ambiental, preservar
rios e animais silvestres, além de utilizar
tecnologias eficientes, que minimizem
os riscos ambientais e sociais.
7º
1º
*José Annes
Engenheiro Agrônomo, Gerente de Educação
da Associação Nacional de Defesa Vegetal,
MBA em Marketing – FGV.
22
Abril 2012
H
á anos tenho observado que os
opositores da agricultura brasileira apenas questionam os avanços científicos da tecnologia até a biotecnologia, mas nunca na área da farmácia e
na indústria automobilista, por exemplo.
Observem o que leva estas pessoas a serem contra algo que ajuda a empregar
milhões de pessoas. Tirar a fome de milhares e contribuir para preservação do
meio ambiente? Temos muitos exemplos:
nosso plantio direto, que não remove
mais o solo, e que no passado era taxado de contribuir para o assoreamento de
nossos rios, e ao mesmo tempo é o nosso pão de cada dia, nos alimenta! Notem
que a agricultura não é santa, mas também não é vilã, precisamos de equilíbrio
em tudo que fazemos, não há agricultura
sem o rompimento das relações bioló-
gicas, como não há fabricação de carros
sem impactos ao ar, as pessoas, ao solo. As
construções de edifícios não usam o solo?
As estradas -nossos caminhos para praias,
os rios que são suprimidos nas grandes
cidades, podemos dar vários exemplos.
Somos nós seres humanos que precisamos manejar nossas atividades para nos
mantermos sustentáveis. E digo a vocês,
talvez não tenha e não conheça profundamente nossa história, mas não tenho
dúvidas ao afirmar que somos os grandes
heróis e temos a melhor agricultura do
mundo, tanto do ponto de vista tecnológico como do ponto de vista ambiental.
Não está na hora de valorizarmos nosso
maior bem, onde somos líderes? Afirmações evasivas devem ser questionadas e
respondidas com ciência, precisamos nos
posicionar de forma contundente e nisto,
de forma geral, gostaria de contribuir
e ajudar nossos produtores que realmente são grandes heróis e altamente
sustentáveis. A primeira pergunta que
devemos fazer é: o que é ser sustentável? Como devo fazer para ser sustentável - palavra esta bonita, mas na prática
o que significa? Aplicar menos agrotóxicos, produzir alimentos orgânicos?
Essas dúvidas nos remetem a algumas
diferentes formas de pensar a agricultura. Em minha visão ser sustentável é
aliar os três pilares da sustentabilidade:
social, econômico e ambiental. Analisando estes aspectos podemos chegar
a constatações importantes que assim
podemos chamar de “os hábitos sustentáveis dos produtores rurais”. Esta tarefa pode demorar anos, mas tenham
certeza que terão sucesso.
O primeiro deles e importantíssimo é regularizar a propriedade quanto a aspectos legais
(ambiental). Agora, com a pressão
para diminuir o desmatamento - ônus
que foi colocado nas costas da agricultura e que, há 30 atrás era um incentivo - precisa ser legalmente concedido e até mesmo evitado.
2º
O segundo é o planejamento, a gestão da propriedade. Onde quero chegar? Em
quanto tempo? Qual atividade mais
rentável nesta região? Essas são perguntas que precisam ser respondidas
para que o próximo hábito venha a
ser implantado.
3º
O terceiro hábito: após analise e implantação do plano é
investir em atividades que tenham retorno financeiro, que gerem
divisas a curto, médio e longo prazo.
4º
O quarto hábito é a gestão
dos aspectos sociais (valoriza-
E por fim o sétimo hábito e
talvez um dos mais importantes: valorizar o consumidor e contribuir para ações educacionais junto a sua comunidade.
Fazendo uma analogia, podemos dizer
que estamos seguindo “Os sete hábitos das pessoas altamente eficazes”,
livro este espetacular para nosso crescimento profissional e pessoal, nos diz
e mostra como podemos ser eficazes,
e nada mais justo que adotarmos e implantarmos em nossas atividades e por
que não na agricultura. Senhores, estas
recomendações, parecem impossíveis
de serem cumpridas, mas não são! Temos muitos exemplos de propriedades
sustentáveis no Brasil, basta termos atitude e querer fazer. Esse é um desafio
lançado, aperfeiçoamentos são bem-vindos. O importante é seguir em frente e manter o agro cada vez mais forte e
robusto. Mãos a obra meus amigos, por
que a carroça com os bois está passando, agarrem e não desistam no primeiro obstáculo, a vida é feita de estradas
sinuosas e de difícil acesso. Nunca desista de seus ideais. Até mais!!!
Abril 2012
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Foto: Milaré
Com mercado aquecido, rosas
estimulam a economia do País
A
s rosas vêm conquistando cada vez
mais espaço e contribuindo para
fortalecer a economia do País.
De janeiro a dezembro de 2010, foram
comercializadas no Brasil, 23,5 mil toneladas
de flores de corte e vaso. Já em 2011, esse
número subiu para mais de 47 mil toneladas. Durante o ano passado, no Entreposto
Terminal São Paulo da Ceagesp, foram vendidas 4.229.718 de rosas, com destaque para
os meses de maio e dezembro, com 442.719
e 408.011 botões, respectivamente.
Em 2009, a média de gastos do brasileiro era de aproximadamente R$ 8,00 por
pessoa. Já no ano passado essa margem foi
de R$ 15,00. Entre as principais razões para
esse crescimento está o aumento na renda
e a tecnologia aplicada no cultivo das flores, que as tornam mais resistentes. Outro
fator que merece destaque é o acesso aos
produtos. “O poder de compra do brasileiro
estimulou o crescimento do setor de rosas
no Brasil. As flores estão virando um hábito
de consumo das pessoas, e isso tende a fomentar cada vez mais o segmento, que gerará mais empregos se continuarmos neste
ritmo positivo”, avaliou Roberto Reijers, sócio
diretor da Rosas Reijers.
O Ceará possui papel de destaque com
relação ao cultivo e comercialização de rosas, sendo o segundo maior Estado exportador de flores do Brasil. No ano passado,
foram produzidos 13.600 kg de rosas, impactando em um crescimento nas exportações cearenses de 52%, de 2010 para 2011.
Já em Minas Gerais, de acordo com a
Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Estado de Minas Gerais, em
2011 foram exportadas 3,10 toneladas de
rosas, gerando US$ 23 mil ao Estado. “Temos
uma expectativa de crescer 15% em 2012.
Nossos investimentos são audaciosos, com
algumas ações importantes para alavancarmos ainda mais este potencial. Estamos trabalhando arduamente para estimular este
‘braço’ da economia”, finalizou Reijers.
Exportações de
couros em 2011
somaram
US$ 2,05 bilhões
A receita com as
exportações brasileiras
de couros cresceu 17%
em relação a 2010, e
ficou dentro da previsão
do setor; a indústria,
entretanto, vê 2012 com
apreensão, preocupada
com os efeitos da
crise econômica
internacional
A
s exportações brasileiras de couros e
peles, em 2011, movimentaram US$
2,05 bilhões, embarcando 352,2 mil
toneladas. Esse total representa um aumento de 17% em relação a 2010, quando o setor apurou US$ 1,74 bilhão, segundo dados
contabilizados pelo Centro das Indústrias
de Curtumes do Brasil (CICB), com base no
balanço da Secretaria de Comércio Exterior
(Secex), do Ministério do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio Exterior.
“A despeito da recuperação do valor das exportações, os 26,7 milhões de
couros bovinos embarcados em 2011
24
Abril 2012
ficaram 2% abaixo do que o volume das
vendas do ano anterior. E, embora a receita apurada esteja dentro da estimativa
do setor, a crise econômica internacional
que atinge a Europa, Estados Unidos e
agora chega à China, deve tornar os negócios mais difíceis em 2012”, explica o
presidente do CICB, Wolfgang Goerlich.
Segundo o executivo, houve recuo
de pedidos no último trimestre do ano
passado, sendo que as exportações de
dezembro ainda foram realizadas com
base em contratos anteriores.
“E o mercado interno dificilmente terá
fôlego para absorver eventuais perdas na
exportação, pois está saturado e ainda enfrenta crescente substituição do couro nos
calçados por produtos alternativos, visando
uma competição de preço”, observa.
Paralelamente, outros gargalos agravam as dificuldades da indústria nacional,
salienta Goerlich, a exemplo dos já conhecidos Custo Brasil: a elevada carga tributária,
as altas taxas de juros, a falta de linhas de
crédito para capital de giro e a excessiva burocracia, dentre outros obstáculos.
I Congresso Mundial confere projeção
internacional ao couro brasileiro
Evento, realizado em
novembro, no Rio de
Janeiro, reuniu mais
de 350 especialistas,
empresários,
estilistas e técnicos
internacionais
A despeito dos desafios e obstáculos
enfrentados, a indústria do couro vem aumentando a sua importância e contribuição
econômica para a própria balança comercial brasileira, cuja participação representou
6,86% do saldo registrado em 2011.
Segundo dados do Relatório do
CICB, o perfil das exportações brasileiras
por tipo de couro no ano passado, nos
produtos acabados, foi de 57%, em receita, e 42% em volume. Abril 2012
25
Já nos últimos 11 anos o avanço do setor curtidor registrou aumento de 465% no
porcentual da receita obtida com a produção de couros crust e acabados, produtos de
maior valor agregado, passando de US$ 318
milhões (2000) para US$ 1,48 bilhão (2011).
Importante para a economia brasileira,
o couro também conferiu projeção internacional ao País, com a realização do I Congresso Mundial do Couro, promovido pelo
CICB no Rio de Janeiro, em novembro. O
presidente da entidade, Wolfgang Goerlich,
destaca o impacto do evento:
“O Congresso, realizado em parceria
com o International Council of Tanners (ICT,
sigla em inglês para Conselho Internacional
dos Curtumes), em conjunto com a Couromoda, contou com a participação de 356
técnicos, empresários e estilistas de 26 países, demonstrando a importância do Brasil
como um dos destacados players da indústria curtidora”, diz Goerlich.
Além da realização do congresso, o
presidente do CICB também atribui a boa
imagem do couro brasileiro no exterior à
promoção do programa “Brazilian Leather”,
conduzido em parceria com a Apex-Brasil,
26
Abril 2012
agência vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
“Estas ações estão se tornando referência no
setor e seus resultados positivos já refletem
na imagem positiva do nosso produto e nas
vendas externas”, afirma o executivo.
China+Hong Kong, Itália e Estados
Unidos foram os principais destinos do
couro nacional em 2011; Brasil também aumenta embarques para a Alemanha, Coréia do Sul, México, Vietnã,
Hungria, Taiwan, Tailândia e Uruguai
No ano passado, os principais destinos do produto nacional foram a China
e Hong Kong, com US$ 615 milhões;
30,1% de participação e crescimento de
10% ante 2010; Itália (US$ 456,9 milhões,
22,3% de participação e elevação de
18%); e Estados Unidos, US$ 229,48 milhões, (11,2% e aumento de 21%).
Nos doze meses de 2011, Alemanha
(US$ 88,88 milhões, 4,3% de participação
e crescimento de 60%), Coréia do Sul (US$
65,18 milhões, 3,2% e aumento de 36%),
México (US$ 59,41 milhões, incremento de
42%), Vietnã (US$ 58,3 milhões, elevação de
13%) e Hungria (US$ 44,15 milhões, 152%)
foram outros importantes destinos das exportações brasileiras.
Entre outros países que aumentaram
as compras do couro nacional no período figuram Taiwan (US$ 36,7 milhões,
91%), Tailândia (US$ 34,47 milhões, 17%)
e Uruguai (US$ 22,78 milhões, 187%).
Ranking dos dez maiores
estados exportadores em 2011
O balanço das vendas externas de
couros dos estados brasileiros nos doze
meses do ano passado em relação a
2010 informa que os principais exportadores são Rio Grande do Sul (US$ 492,22
milhões, 24,1% de participação) e São
Paulo (US$ 442,38, 21,6% de participação), seguido pelo Paraná (US$ 227,8 milhões, 11,1%), Goiás (US$ 191,82 milhões,
9,4%) e Ceará (US$ 184,13 milhões, 9%).
Os demais estados são Bahia (US$
128,74 milhões, 6,3%), Minas Gerais (US$
98,6 milhões, 4,8%), Mato Grosso (US$
87,52 milhões, 4,3%), Mato Grosso do Sul
(US$ 78,2 milhões, 3,8%) e Santa Catarina
(US$ 51,87 milhões, 2,5%).
Abril 2012
27
Espumantes
A bebida do verão
V
Foto: Divulgação
erão, praia, calor, mar e piscina. Pra beber, que tal um
espumante? Pode ser branco
ou rosé. Especialistas afirmam que
mais que nunca, a bebida da vez
é o espumante, que tomou lugar
nas mesas e taças dos brasileiros
principalmente no verão. Foi-se
o tempo em que espumantes
eram consumidos exclusivamente no Ano Novo ou em
outras datas comemorativas.
Com garrafas cada vez
mais frequentes nas prateleiras dos supermercados e também com preços mais acessíveis, os espumantes têm sido
as estrelas do verão quando se
trata de bebidas alcoólicas.
Cada momento tem seu espumante adequado. Não dá para
se servir champagnes safrados em
uma festa de casamento. Na piscina
ou na praia, proseccos, espumantes
nacionais, ou um espumante francês
ou português, saborosos e finos. Escolhemos os espumantes de acordo com
a nossa sensibilidade e condição de pagar. Mas, quanto mais você os conhece,
mais vai saber diferenciar o que oferecer,
a cada momento e respeitar a dignidade
que lhe é própria.
D acordo com a presidente da Associação Brasileira de Sommeliers em Minas Gerais (ABS-MG), Lúcia Palhano, os
28
Abril 2012
leves espumantes italianos da região do
Vêneto, elaborados com a uva prosecco
viraram tendência há alguns anos. Por
serem refrescantes, por vezes delicados,
e mais em conta que o champagne francês, existe hoje no mercado brasileiro
mais de 40 marcas diferentes do prosecco italiano, que ajudou a popularizar o
consumo dessas bebidas.
Lúcia destacou ainda que no Brasil,
cuja Serra Gaúcha tem um terroir semelhante à região de Champagne, a produção de espumantes cresceu exponencialmente. Além do conhecido Chandom,
o Brasil é produtor de outras excelentes
marcas como, por exemplo, o Cave Geisse, Valmarino e o Adolfo Lona, da Serra
Gaúcha, ou o Cave Perico, de Santa Catarina, novo pólo de produção de vinhos de
primeira linha. “Nossos espumantes nada
deixam a desejar para os proseccos italianos, cavas espanholas, espumosos portugueses ou mesmo champagnes (como
somente os espumantes franceses da
região com o mesmo nome podem ser
chamados), e tem conseguido competir
com todos eles”, disse.
Importados ou nacionais, o gosto
irresistível dos espumantes ganha cada
vez mais adeptos pelo Brasil e toma o
lugar da cervejinha gelada. Agora é só
escolher o acompanhamento ideal e
degustar as várias e excelentes opções,
que estão à venda nos bares, restaurantes e também nas praias e piscinas pelo
mundo afora.
Abril 2012
29
Em pleno século 21 Brasil ainda luta contra
utilização de mão de obra análoga à escravidão
A
expressão escravidão moderna
possui sentido metafórico, pois
não se trata mais de compra ou
venda de pessoas. No entanto, os meios
de comunicação em geral utilizam a expressão para designar aquelas relações
de trabalho nas quais as pessoas são
forçadas a exercer uma atividade contra sua vontade, sob ameaça, violência
física e psicológica ou outras formas de
intimidações. Muitas dessas formas de
trabalho são acobertadas pela expressão
trabalhos forçados, embora quase sempre impliquem o uso de violência.
No Brasil, o trabalho escravo resulta
da soma do trabalho degradante com a
privação de liberdade. Além de o trabalhador ficar atrelado a uma dívida, tem
seus documentos retidos e, nas áreas ru-
30
Abril 2012
rais, normalmente fica em local geograficamente isolado. O conceito de trabalho
escravo é universal e todo mundo sabe o
que é escravidão.
O trabalho escravo não existe somente no meio rural, ocorre também nas áreas urbanas, nas cidades, porém em menor
intensidade. O trabalho escravo urbano é
de outra natureza. No Brasil, os principais
casos de escravidão urbana ocorrem na
região metropolitana de São Paulo, onde
os imigrantes ilegais são predominantemente latino-americanos, sobretudo os
bolivianos, e mais recentemente os asiáticos, que trabalham dezenas de horas diárias, sem folga e com baixíssimos salários,
geralmente em oficinas de costura. A solução para essa situação é a regularização
desses imigrantes e do seu trabalho.
Tradução literal: “Acabar com o trabalho
escravo não é tão fácil.”
PEC do Trabalho Escravo
Cobranças para aprovação da proposta de emenda à Constituição, chamada
PEC do Trabalho Escravo, fizeram parte das
mobilizações e debates que marcaram a
semana de combate ao trabalho escravo,
em sua terceira edição, quando entidades
públicas e organizações civis cobraram o
fim da exploração da mão-de-obra, principalmente na área rural do país.
A data de 28 de janeiro foi escolhida como o Dia Nacional de Combate ao
Trabalho Escravo depois que 3 auditores
fiscais e um motorista do Ministério do
Trabalho foram assassinados em uma blitz
no interior de Minas Gerais. Manifestações
exigiram o julgamento dos envolvidos na
“Chacina de Unaí”, como ficou conhecido
o assassinato dos fiscais do trabalho. Cinco acusados de participar da execução
permanecem presos provisoriamente e
quatro réus já condenados estão em liberdade, beneficiados por habeas corpus.
A PEC do Trabalho Escravo foi aprovada no Senado em 2001, mas ainda está na
Câmara dos Deputados aguardando a vota-
ção em segundo turno pelo Plenário. A demora é criticada por parlamentares, como é
o caso do deputado Arnaldo Jordy, do PPS
do Pará, que afirma que os casos de exploração do trabalho em condições análogas à
escravidão desqualifica a imagem do país.
“No Brasil do século 21, nós ainda estamos
devendo essa obviedade à sociedade, que
é penalizar aqueles que insistem na relação
laboral e trabalhista ainda com práticas de 2
a 3 séculos passados”, comenta.
O Ministério do Trabalho divulgou
um balanço de 2011 onde os fiscais libertaram mais de duas mil pessoas em
condições de escravidão em empresas e
fazendas pelo país. O Supremo Tribunal
Federal deve julgar ainda neste primeiro semestre uma ação da Confederação
Nacional da Agricultura contra a lista suja
do trabalho escravo, divulgada periodicamente pelo Ministério do Trabalho.
MTE lança Manual de
Combate ao Trabalho Escravo
Entre as atividades da Semana de Combate ao Trabalho Escravo, o Ministério do
Trabalho e Emprego (MTE) lançou, em Brasilia, o Manual de Combate ao Trabalho em
Condições Análogas às de Escravo. Fruto da
reflexão e do trabalho de diversos auditores
fiscais que estiveram envolvidos diretamente com o combate ao trabalho análogo ao
de escravo no decorrer dos últimos dezesseis anos, a publicação tem como finalidade
orientar o trabalho dos auditores no enfrentamento a este tipo de prática ilegal.
Balanço
Segundo levantamento da Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT),
das primeiras ações em 1995 até 2011,
41.451 trabalhadores foram resgatados
da situação análoga a de escravos, o que
resultou no pagamento de indenizações
em torno de R$ 67,7 milhões. Além disso, 3.165 estabelecimentos foram inspecionados, com 35.788 autos de infração
lavrados.
Foto: Divulgação
escravo
Anúncio criado pela agência
AlmapBBDO, Brazil, para a ILO Organização Internacional do Trabalho,
órgão das Nações Unidas para promover o
trabalho decente em todo o mundo.
Fotos: Divulgação \ BBC
Foto: Divulgação
Trabalho
A escravidão no Brasil foi extinta
oficialmente em 13 de maio de 1888,
todavia, o governo brasileiro admite a
existência de condições de trabalho análogas à escravidão. A erradicação do trabalho escravo passa pelo cumprimento
das leis existentes, porém isso não tem
sido suficiente para acabar com esse flagelo social. Mesmo com aplicações de
multas, corte de crédito rural ao agropecuarista infrator ou de apreensões
das mercadorias nas oficinas de costura,
utilizar o trabalho escravo é ainda um
bom negócio para muitos fazendeiros e
empresários porque barateia os custos
da mão de obra. Quando flagrados, os
infratores pagam os direitos trabalhistas
que haviam sonegado aos trabalhadores
e nada mais acontece.
Criada em agosto de 2003, a Comissão Nacional Para a Erradicação do Trabalho Escravo (CONATRAE), órgão vinculado
à Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, tem a
função de monitorar a execução do Plano
Nacional para a Erradicação do Trabalho
Escravo. Lançado em março de 2003, o
Plano contém 76 ações, cuja responsabilidade de execução é compartilhada por
órgãos do Executivo, Legislativo, Judiciário, Ministério Público, entidades da sociedade civil e organismos internacionais.
Somente em 2011, foram efetivadas 158 operações de combate à
escravidão em 320 estabelecimentos
inspecionados, as quais alcançaram
27.246 trabalhadores e resultaram
em 1.850 registros realizados e 2.271
trabalhadores resgatados de condições subumanas. Os pagamentos de
verbas rescisórias totalizaram R$ 5,4
milhões. Foram lavrados 4.205 autos
de infração e emitidas 2.139 Guias do
Seguro-Desemprego do Trabalhador
Resgatado e 339 Carteiras de Trabalho
e Previdência Social. Estão incluídos
nestes números dados do combate ao
trabalho escravo urbano, em especial,
decorrentes de diversas operações realizadas no estado de São Paulo, que
possibilitaram o resgate de 135 trabalhadores em indústrias do vestuário e
da construção civil.
Abril 2012
31
Fotos: Divulgação
Gir Leiteiro
Raça comemora bom momento e
divulga projetos para 2012
A
revista Mercado da Carne conversou com o presidente da Associação Paulista de Criadores
de Gir Leiteiro APCGIL, que falou sobre
os projetos da associação para o ano
de 2012. De acordo com Carlos Alberto
da Silva, mais conhecido como Carlão,
a raça Gir está encontrando seu foco
na produção de leite verdadeiramente
a pasto. “Minha expectativa para 2012 é
que a raça siga crescendo. A Prova de Gir
Leiteiro a Pasto - PGLP-APCGIL/USP, deu
uma chacoalhada no mercado, incentivando outros núcleos e associações a trilharem este caminho, o que é excelente
para o mercado”, afirmou.
Para Carlão, criar o marketing da
produção a pasto é uma demanda agregadora e democrática, pois alarga os
horizontes da raça, do ponto de vista comercial e dá credibilidade e segurança
para os criadores que vivem de vender
32
Abril 2012
genética. “ Pelo lado da demanda, muita gente que queria usar a raça e se via
inibida diante da natural purpurina dos
grandes leilões e exposições, agora vai
entrar, pois sabe que estará comprando
um produto que foi testado nas mesmas
condições da sua propriedade, o que
agrega uma certeza maior em termos de
resultado econômico”, disse.
O presidente da APCGIL reforçou
que o principal projeto da Associação
para 2012 e para os próximos 10 anos é
o convênio firmado com a Universidade
de São Paulo (USP). “A menina dos olhos
desse convênio é a primeira prova de gir
leiteiro a pasto, já conhecida pela sigla
PGLP/APCGIL & USP. Nela, vamos testar
matrizes e famílias produtoras de leite
dentro da realidade da produção leiteira
do Brasil. Sem dúvida, esta ideia é o que
há de mais moderno no horizonte da
raça”, explicou.
“Ela não é uma proposta da Associação Paulista fechada para criadores do Estado e, sim, uma proposta que foi pensada
para o Gir Leiteiro do Brasil e aberta para
todos os criadores do país. Tanto que temos a coparticipação técnica da ABCGIL,
Associação Brasileira dos Criadores de Gir
Leiteiro e da ABCZ, Associação Brasileira
dos Criadores de Zebu”, completou.
O presidente ressaltou que é preciso
estudar a fisiologia do zebu leiteiro na universidade, cuja literatura em termos de genética leiteira zebuína é muito rasteira. Assim, em breve, haverá na USP, um rebanho
leiteiro constituído de matrizes Gir Leiteiro
, para que os futuros zootecnistas e veterinários se formem sabendo muito mais do
que sabem hoje sobre o a raça.
Outras ações da APCGIL serão a continuidade no incentivo do crescimento das
exposições homologadas e ranqueadas no
estado de São Paulo, porque as exposições
são um ponto de contato importante dos
produtores de genética com os usuários
Carlos Alberto da Silva,
presidente da APCGIL
da raça, além de ser uma ferramenta muito eficiente de comparação dos estágios
seletivos de cada criador entre si. “Desde
quando assumimos a APCGIL, dobramos
o número de exposições ranqueadas no
Estado. Tal crescimento só foi possível pelo
trabalho duro dos criadores associados à
entidade que entenderam a importância
de dedicar parte do seu tempo à organização de tais atividades. Criamos líderes
regionais locais e são eles que tocam essas
iniciativas. Isso constitui a força motriz da
Associação. É a força de cada associado fazendo uma entidade forte e democrática.
Lembro também que neste ítem, a ABCGIL
tem papel fundamental, pois é ela quem
fornece todo suporte técnico e de pessoal para que estas exposições se realizem”,
ponderou o presidente da Associação.
Carlão ressalta que a entidade nasceu em janeiro de 2010, com 15 sócios
na assembléia de fundação e hoje já
conta com 52 associados. “Pretendemos
seguir crescendo neste quesito, e para
isso, as ações que estabelecemos são
fundamentais. Queremos associar o que
ainda falta de criadores do Estado, mas
pretendemos no futuro criar um estímulo para que os usuários da raça se tornem sócios da APCGIL. Ela pode e deve
ser muito maior do que é hoje”, disse.
De acordo com Carlão, outros eventos
de grande importância para a raça são os
‘dias de campo’, que acontecem concomitantemente a outras ações, como por
exemplo em eventos promovidos em São
Paulo pela Agência Paulista de Tecnologia
para o Agronegócio (APTA) e Coordenadoria de Assistência Técnica Integral da Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo
(CATI). “O Governador Geraldo Alckmin,
com quem estivemos em janeiro no Palácio
dos Bandeirantes, está vendo com muito
bons olhos este nosso trabalho no Gir Leiteiro. Também estamos promovendo dias
de campo em parceira com a Associação
Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) e o
Programa de Melhoramento Genético de
Zebuínos PMGZ Leite”, ressaltou.
Com relação às parcerias com entidades públicas e o setor privado Carlão
ponderou que várias ações têm sido fei-
tas com esse objetivo: “Temos procurado
atrair parceiros importantes da iniciativa
privada para nossos projetos como por
exemplo o da Dow Agrosciences, que é
nosso apoiador na PGLP APCGIL USP e a
C.R.I. GENÉTICA BRASIL, empresa de inseminação artificial, que além de apoiar o
projeto da USP, acaba de se tornar sócia
da nossa entidade. Tenho certeza que
em breve poderei anunciar mais nomes
de parceiros, o que vai somar muito com
a força da entidade”, comemorou.
Finalizando as ações da entidade
para o ano, Carlão destaca que outro importante projeto da APCGIL que dará suporte aos novos criadores será a Cartilha
do novo criador e usuário do Gir Leiteiro.
“Neste projeto, contamos muito com a
dedicação e tempo de vários associados,
como Camila Almeida e a Dra Dalila Galdeano Lopes e também com a dedicação
do diretor técnico da ABCGIL, o competente amigo Aníbal Vercesi. Esse projeto
tem a pretensão de responder às perguntas e dúvidas mais frequentes dos novos
criadores da raça”, finalizou.
Lista de material necessário para
construir uma fossa séptica:
Fossa septica
biodigestora
Quant. Unid.
1
1000L
Foto: Divulgação
S
egundo a Organização das Nações
Unidas para a Agricultura e o Abastecimento, a agricultura de base familiar reúne 14 milhões de pessoas, mais
de 60% do total de agricultores, e detém
75% dos estabelecimentos agrícolas no
Brasil. É comum nessas propriedades o
uso de fossas rudimentares (fossa “negra”, poço, buraco, etc.), que contaminam
águas subterrâneas e, obviamente os
poços de água, os conhecidos poços ”caipiras”. Assim, há a possibilidade de contaminação dessa população, por doenças
veiculadas pela urina, fezes e água, como
hepatite, cólera, salmonelose e outras.
isso, o processo de biodigestão de resíduos
orgânicos é uma possibilidade real a ser
considerada para a melhoria do saneamento no meio rural.
A Embrapa, Empresa Brasileira de
Pesquisa Agropecuária, desenvolveu um
modelo de biodigestor com dois objetivos: substituir, a um custo barato para
o produtor rural, o esgoto a céu aberto
e as fossas sépticas e utilizar o efluente
como um adubo orgânico, minimizando
gastos com adubação química, ou seja,
melhorar o saneamento rural e desenvolver a agricultura orgânica.
Solução simples e barata
O sistema (figura 1a) é composto
por duas caixas de fibrocimento ou fibra
de vidro de 1000 L cada [5], facilmente
encontradas no comércio, conectadas
exclusivamente ao vaso sanitário, (pois a
água do banheiro e da pia não têm potencial patogênico e sabão ou detergente tem propriedades antibióticas que inibem o processo de biodigestão) e a uma
terceira de 1000 L [6], que serve para coleta do efluente (adubo orgânico).
2
1000L
5
em propriedades rurais
O processo de biodigestão de resíduos
orgânicos é bastante antigo, sendo que a
primeira unidade foi instalada em Bombaim, na Índia em 1819; na Austrália uma
companhia produz e industrializa o metano
a partir de esgoto desde 1911. A China possui 4,5 milhões de biodigestores que produzem gás e adubo orgânico, sendo que a
principal função é o saneamento no meio
rural . No Brasil, a ênfase para os biodigestores foi dada para a produção de gás, com o
objetivo de converter a energia do biogás
em energia elétrica através de geradores.
Isso permitiu melhorar as condições rurais,
como por exemplo o uso de ordenhadeiras
na produção de leite, e outros benefícios
que podem ser introduzidos. Esse processo
realiza-se através da decomposição anaeróbica da matéria orgânica digerível por
bactérias que a transforma em biogás e
efluente estabilizado e sem odores, podendo ser utilizado para fins agrícolas. As fases
do processo constam de: fase de hidrólise
enzimática, ácida e metanogênica, as quais
eliminam todo e qualquer elemento patogênico existente nas fezes, devido principalmente, à variação de temperatura. Com
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2
3 4
1000L
6
7
(a)
Camada de areia fina lavada
Camada de 10 cm de pedra britada n. 1
Camada de 10 cm de pedra britada n. 3
Tela de nylon fina
(tipo mosquiteiro)
(b)
Figura 1
As tampas dessas caixas devem
ser vedadas com borracha e unidas
entre si por tubos e conexões de PVC
de 4”, com curva de 90o longa [3] no
interior das caixas e T de inspeção [4]
para o caso de entupimento do sistema. Os tubos e conexões devem ser
vedados na junção com a caixa com
cola de silicone e o sistema deve ficar enterrado no solo para manter o
isolamento térmico. Inicialmente, a
primeira caixa deve ser preenchida
com aproximadamente 20 L de uma
mistura de 50% de água e 50% esterco bovino (fresco). O objetivo desse
procedimento é aumentar a atividade microbiana e consequentemente
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tb
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litro
Descrição
Caixa de fibrocimento ou fibra de
vidro de 1000 L
Tubo de PVC 100mm para esgoto
Válvula de retenção de PVC 100mm
Curva 90° longa de PVC 100mm
Luva de PVC 100mm
Tê de inspeção de PVC 100mm
O’ring 100mm
Tubo de PVC soldável 25mm
Cap de PVC soldável 25mm
Flange de PVC soldável 25mm
Flange de PVC soldável 50mm
Tubo de PVC soldável 50mm
Registro de esfera de PVC 50mm
Cola de silicone de 300g
Borracha de vedação 15x15mm
Pasta lubrificante para juntas
elásticas em PVC rígido – 400g
Adesivo para PVC – 100g
Neutrol
Ferramental
a eficiência da biodigestão, dever ser
repetido a cada 30 dias com 10 L da
mistura água/esterco bovino através
da válvula de retenção [1].
O sistema consta ainda de duas
chaminés de alívio [2] colocadas sobre
as duas primeiras caixas para a descarga do gás acumulado (CH4). A coleta
do efluente é feita através do registro
de esfera de 50 mm [7] instalado na
caixa coletora [6]. Caso não se deseje
aproveitar o efluente como adubo
e utilizá-lo somente para irrigação,
pode-se montar na terceira caixa um
filtro de areia, que permitirá a saída de
água sem excesso de matéria orgânica
dissolvida (figura 1b).
Quant. Unid.
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fl
Descrição
Serra copo 100mm
Serra copo 50mm
Serra copo 25mm
Aplicador de silicone
Arco de serra c/ lâmina de 24 dentes
Furadeira elétrica
Pincel de ¾’
Pincel de 4”
Estilete ou faca
Lixa comum no. 100
Se não for utilizar o efluente como adubo
orgânico, mais:
• Areia fina lavada
• Pedra britada nº 1
• Pedra britada nº 3
• Tela de nylon fina - tipo mosquiteir
Fonte: Embrapa
34
Abril 2012
Abril 2012
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Haras da Ginga
Raça Pampa – O sucesso chega a galope
A
pesar de ter começado a criar
animais Pampa há 12 anos,
Alexandre Todeschini Pires
conseguiu formar neste curto espaço
de tempo, um dos melhores planteis
da raça no Brasil e o mais premiado
em todos os tempos, tendo sido detentor por cinco anos, do titulo de
Melhor Expositor e Criador das Exposições Nacionais da Raça Pampa e por
seis anos do título de 2º Melhor Expositor e Criador na Exposição Nacional
da Raça Pampa (Enapampa) em Belo
Horizonte/MG.
Freqüentando a fazenda de sua família, Todeschini começou a se interessar por cavalos desde menino, acompanhando seu pai em feiras e exposições
agropecuárias. Já com 21 anos, em 1994,
fundou a Business Leilões, hoje uma das
mais importante empresa de leilões do
Estado do Rio de Janeiro e do Brasil. Foi
a partir dos remates realizados pela empresa que o criador foi observando o
36
Abril 2012
sucesso nas cotações de animais Pampa e
sua grande aceitação no mercado nacional.
Por volta de 1999, atraído pela beleza da raça, Todeschini realizou estudos
visando investimentos e constatou que
o mercado de animais pampa apresentava duas tendências que perduram ate
hoje: obtinham as melhores cotações e
um grande potencial de crescimento.
A partir daí, depois de criar por um
bom tempo cavalos Mangalarga Marchador e Mangalarga, ele resolveu apostar no
Pampa, formando seu próprio plantel.
De acordo com o criador, os pontos
mais importantes para formação do plantel Ginga foram a aquisição de 50 éguas
Pampas no estado de São Paulo e no Sul de
Minas e a ascensão e utilização do famoso
reprodutor Diamante Negro da Ginga.
Diamante Negro da Ginga
Em um segundo momento Todeschini investiu, sem poupar recursos, na aquisição de quinze melhores matrizes Pampa
do Brasil e cinco potras Campeãs Nacionais para serem acasaladas com Diamante Negro da Ginga e Traituba Zagueiro.
“A partir disso os resultados e conquistas
foram aparecendo e tornando o plantel
Ginga reconhecido nacionalmente. Por
produzir animais de rara beleza e andamento avante e com muita comodidade,
entre 2001 e 2011 arrematamos mais de
1.000 títulos nacionais”, disse.
Fantastico Negro da Ginga
O show da Raça
Blindado do Nilo
A máquina de andar
Pampa de preto – Bicampeão Nacional 2007
e 2008. Apresenta o sangue JB X Jaó tendo
produzido 12 produtos Campeões Nacionais.
Pampa de preto – Grande Campeão Nacional
de Raça e Marcha 2010, considerado o melhor
filho do fenômeno Fantoche do Nilo.
Dengoso TE da Ginga
Homozigoto comprovado
Elo Kafe da Ginga
O verdadeiro Campeão
Universal da Santa Esmeralda
O potro sensação
Pampa de preto – Campeão Nacional 2006 –
filho de Diamante Negro da Ginga e utilizado
para cobrir as eguas solidas do plantel.
Pampa de castanho – Camp. Nacional Junior 2010
e Camp. Nacional Cavalo Jovem 2011. Um dos
melhores filhos do consagrado Elo Kafe da Nova.
Pampa de preto – a mais nova aquisição do
Haras - Camp. Nacional Potro 2011 – filho do
extraordinário Raybam da Santa Esmeralda.
Atualmente o Haras
da Ginga utiliza cinco
reprodutores, todos
Campeões Nacionais,
visando aprimorar
o seu plantel:
Destaque na raça
Segundos dados oficiais da ABCPampa o plantel da Ginga é o que possui o
maior numero de animais inscritos no
Stud book da raça. O plantel produz cerca de 90 animais por ano e realiza desde
2002 seu leilão anual sempre na Fazenda
São Francisco de Paula, a 150 quilômetros
da cidade do Rio de Janeiro. “Leilão Anual Pampa Elite Ginga é destaque na raça,
tanto em faturamento quanto média por
animal. A cada ano passam pelo Leilão
Ginga mais de 800 pessoas. Ao longo dos
anos já comercializamos mais de 1.000
animais no evento e espalhamos nosso
plantel por 19 estados do Brasil e contribuindo assim o fortalecimento do cavalo
pampa”, destacou o criador.
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11º Leilão
Pampa Elite
Marca Ginga
& Convidados Especiais
N
o próximo dia 21 de abril, o
Haras da Ginga irá realizar a
décima primeira edição do
seu leilão de sucesso. O remate será
realizado na Fazenda São Francisco
de Paula, localizada, a 150 quilômetros da cidade do Rio de Janeiro, às
margens da Rodovia BR 116.
Segundo Todeschini, o remate
tem potencial para ser considerado o
maior evento do gênero do Brasil. “O
11º Leilão Pampa Elite Marca Ginga
& Convidados irá reunir os principais
criadores do Brasil e estou colocando em pista 100 animais, entre eles
doadoras de embriões, reprodutores,
potras de pista e potros consagrados; além de 20 produtos Campeões
Nacionais e 22 animais homozigotos
tirados da reserva do plantel Ginga.
Outra atração será o sorteio de um
automóvel Fiat Strada entre os compradores”, disse.
38
Abril 2012
Confiras a seguir algumas atrações
do evento:
Jóia Negra TE da Ginga
Doadora de embriões, representa o sucesso do plantel
Ginga, pois alia bom porte,
beleza superior, frente refinada, expressão racial marcante,
angulações modernas e muita, muita marcha. Jóia Negra
foi mais de 15 vezes Campeã
(marcha batida) em pistas,
sendo Campeã Estadual no RJ,
MG e SP e fez parte do time vitorioso do plantel Ginga que sagrou Melhor Expositor de Marcha Batida da Nacional 2011,
sendo atual Reservada Campeã Nacional Junior 2011. Se não bastasse vai prenha da revelação do plantel Ginga o Campeão Nacional Potro 2011 Universal da Santa Esmeralda
(Raybam da Santa Esmeralda). Leva direito a uma nova cobertura do Campeão Nacional
2010 e 2011 Elo Kafe da Ginga.
Chance de adquirir uma das melhores fêmeas raça!
Embrião de
Turbina do Porto Palmeira X
Universal da Santa Esmeralda
O Embrião mais cobiçado do Brasil, Turbina do Porto Palmeira foi a Campeã das Campeãs de Marcha da Nacional 2011. Universal da Santa Esmeralda
é a nova sensação do plantel Ginga.
Koisa Maravilhosa TE da Ginga
A Ginga disponibiliza 50% de uma das melhores fêmeas já nascidas em
seu plantel. Doadora de elite que nesta temporada produziu quatro embriões,
filha de outra doadora de elite a campeoníssima Estrelinha da Ginga. Esta potra reúne genética, morfologia espetacular e andamento top. Em suas apresentações em pistas venceu todas as regionais que participou nos estados do
RJ, SP e MG e sagrou-se Bi Reservada Campeã Nacional 2010 e 2011.
Vai prenha do Campeão Nacional 2011 (marcha batida) Universal da Santa Esmeralda (Raybam da Santa Esmeralda) e leva direito a uma nova cobertura do Campeão Nacional 2010 e 2011 Elo Kafe da Ginga.
La Pureza da Ginga
La Pureza tem elegância, estilo, postura, muita beleza, pelagem exótica,
além de andamento marchado herdado de seu pai o Grande Campeão Nacional de Raça e Marcha Blindado do Nilo e seu avô o Fenômeno Fantoche
do Nilo.
Oportunidade rara de se comprar uma das melhores filhas do Famoso
Blindado do Nilo, portanto um lote de tirar o fôlego, pois alia beleza, marcha
e muita genética.
Lamborguini Negro TE da Ginga
Um dos mais lindos potros da raça. Lamborguini Negro em suas 2 únicas
apresentações em pista foi Campeão Dente de Leite Teresópolis 2011 e reservado Campeão Mirim Juiz de Fora 2011 (marcha batida). Seu pai Dengoso
TE da Ginga (Homozigoto) e Campeão Nacional é filho do Grande Campeão
Nacional Diamante Negro da Ginga. Na linha materna Cabocla de Itaipava
(Campeã Nacional Raça e Marcha 2010) é do time de doadoras de sucesso do
plantel Ginga. Se não bastasse a sua qualidade de andamento, morfologia
perfeita e genética de campeões carrega em seu DNA o gene de Homozigoto.
Dê um salto em sua criação e coloque qualidade em seu plantel.
Abril 2012
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Abril 2012
Abril 2012
41
Governo de Minas lança PMI do
projeto de Implantação do
• Incorporação de auditório modulável, com
capacidade de 4.500 lugares e flexibilidade
para realização de até dois eventos
simultaneamente;
parque bolívar de andrade (Parque da
Gameleira) remodelado e modernizado
• Construção de salas polivalentes
(capacidade 1.500 pessoas);
• Auditório com capacidade para 150 pessoas;
• Centro multiuso/eventos;
• Estacionamento;
• Pista de grama e de areia;
• Pavilhões de animais;
• Lavadouro e secadouro;
• Locação de estandes;
• Alojamento para peões;
• Instalação de 20 associações de produtores.
• Instalação de um espaço VIP;
• Sistema de tratamento de resíduos sólidos
e líquidos em conformidade com normas
municipais e de sustentabilidade;
• Instalações flexíveis de catering
(fornecimento de alimentação) em todo o
edifício.
operação
s
e
Lop
ira
Car
iro
ave
a Cr
re
Pe
Ru
iro
ne
Por 32 anos,
totalizando
35 anos de
concessão.
de
multiuso integrando-os ao atual Expominas dentro do
conceito “in door”, assegurando características que
contemplem também os interesses do agronegócio.
Os dois empreendimentos poderão ser implantados de forma a viabilizar a possibilidade de exploração comercial de equipamentos adicionais, como
shopping, hotel e outros com visão complementar
e integrados às atividades de interesse público.
Grupo de Trabalho
O vice-governador Alberto Pinto Coelho destacou que o grupo de trabalho seguiu as orientações
do Governador Antônio Anastasia, para que a alternativa encontrada levasse em consideração o diálogo permanente com os segmentos do agronegócio,
ouvida a FAEMG e os interesses do trade turístico.“A
solução proposta irá, de um lado, potencializar a vitrine do agronegócio, tão relevante para a nossa economia e as vocações do nosso território e, de outro,
assegurar a expansão da área de feira e do centro de
convenções, imprescindíveis para dinamizar nossa
capital para a recepção de grandes eventos”, salientou Alberto Pinto Coelho.
Av. Amazonas
Área de carga e
descarga com
8.405 m2.
shopping center
Dois pavimentos, cada um com 26.325m2 e
uma Área Bruta Locável (ABL) total de 35.774
m2 (para efeito de comparação, o ItaúPower
Shopping tem ABL de 32 mil m2).
estacionamento e serviços
Subsolo dos prédios do centro de convenções
e shopping, com 26.235 m2.
Obras
Começam em 2013,
com duração prevista
de três anos.
Fonte: Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (SEDE)
42
Abril 2012
• Capacidade de antendimento de, no
mínimo, 15 mil pessoas;
on
aC
governo de Minas Gerais lançou no mês de
março o Procedimento de Manifestação de
Interesse (PMI) do Projeto de Implantação do
Novo Espaço Gameleira. O principal objetivo do empreendimento é ampliar a capacidade de realização
de eventos e consolidar Belo Horizonte como uma das
principais capitais do País em turismo de Negócios,
além de fortalecer o calendário de eventos ligados ao
Agronegócio. O projeto abrange a reestruturação de
um novo Parque de Exposições associado à construção e operação de um novo Centro de Convenções
funcionalmente integrado ao Expominas.
O novo Espaço Gameleira terá capacidade para
atender, em padrão internacional, a demanda crescente por espaços para a realização de feiras e convenções. Nos últimos anos, na medida em que se amplia a
visibilidade do Estado de Minas Gerais e da cidade de
Belo Horizonte no cenário nacional, há uma procura
cada vez maior por espaços desta natureza.
Tanto o novo Parque de Exposições quanto o novo
Centro de Convenções serão localizados na área do
terreno que abriga o atual Parque Bolívar de Andrade,
potencializando o uso de 98 mil metros com pavilhões
centro de convenções
Entenda o que o governo do Estado quer
fazer no complexo do Expominas/Gameleira
Ru
O
Novo Espaço
Gameleira
Parque renovado
Fonte / Ilustrações: Jornal O Tempo.
complexo
hoteleiro
Hotel três estrelas
300 leitos
10 mim m2 de
área construída,
sendo 360 m2 por
pavimento.
O primeiro passo para a implantação do projeto é o lançamento do Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI), que visa convidar a iniciativa
privada para contribuir com estudos
técnicos para a estruturação do modelo de concessão.
As manifestações deverão abranger propostas, estudos levantamentos,
dados, elementos, planos de negócio,
projetos, minutas de edital, contrato
público e anexos que atendam às disposições do PMI. Todos os documentos
deverão ser encaminhados à Unidade
Central de Parcerias Público-Privadas
(Unidade PPP) da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (SEDE).
O PMI prevê a realização de uma
etapa de cadastramento dos participantes, que estará vigente por 20 dias
contados a partir da data de sua publicação. Esta iniciativa tem como objetivo promover um maior alinhamento
entre o governo e a iniciativa privada
durante o desenvolvimento dos estudos. As Manifestações de Interesse
deverão ser encaminhadas até o dia
04 de Junho de 2012, por meio digital
enviado ao e-mail [email protected].
br ou mediante protocolo, para a UNIDADE PPP da Secretaria de Estado de
Desenvolvimento Econômico (SEDE).
Após a o período de entrega das
manifestações, toda a documentação
será analisada levando em consideração as contribuições da iniciativa
privada para o aprimoramento do
projeto e estruturação do modelo de
concessão.
Abril 2012
43
Automóveis
A
revista Mercado Rural irá abordar nas próximas edições, reportagens sobre as principais
caminhonetes que competem no
mercado nacional. Nessa primeira edição, o blog Contagiros fez com exclusividade um breve resumo sobre elas.
O mercado de Pick Ups Grandes ou
de Caminhonetes como é mais conhecido no interior do país, vive hoje um
momento interessante e pujante. Com
o recente lançamento da Nova S10 da
Chevrolet e a chegada tão esperada da
Nova Ranger que acontece em maio,
o que temos visto é a troca de praticamente todos os modelos existentes por
digamos, um padrão de equipamentos
e acessórios que as tornam verdadeiros carros de luxo off road. A Toyota e
a Nissan já exploravam a questão sofisticação um pouco antes das outras
e sempre tiverem seus modelos posicionados num patamar de valores um
pouco mais elevado.
No mercado atual temos hoje
exemplares de quase todas as dez
grandes marcas em volume de vendas
no país, a exceção de Fiat, Renault, Citroen e Peugeot que não possuem nenhum exemplar na concorrência direta
entre as famosas picapes grandes.
Toyota Hylux, Nissan Frontier, Mitusbishi L200, S10 da Chevrolet, Nova Ford
Ranger, Amarok da Volkswagen e a Actyon daSsangyong são alguns exemplos
de como este nicho tem se mostrado interessante para os fabricantes no Brasil e talvez nunca antes tão concorrido e acirrado.
Para acertar na escolha do modelo
ideal, o correto é analisar bastante cada
modelo e verificar qual deles se encaixa
melhor no perfil de uso e do dia a dia. Os
preços atualmente estão muito semelhantes, é bom ficar atento aos opcionais
e nas garantias de fábrica.
Alguns tem caçamba maior, outros
motores mais potentes, o fator que os
torna parecidos é que todos eles notoriamente apresentam diferencias competitivos fortes, portanto o detalhe é
que irá mostrar o que se adequa mais ao
gosto do dono. Pode ser um estilo, pode
ser uma marca. Quando escolhemos um
veículo, colocamos um pouco de cada
um de nós na escolha.
Alguns vão dizer que uma é melhor
do que a outra ou mesmo que modelos
da Toyota ou da Nissan são melhores, ou
até que em breve a Ranger irá desbancar
as outras, o fato é que isso tem gerado
opiniões distintas e diferentes, mostrando que há lugar para todas as empresas
que desejam fazer um bom produto.
Atualmente dois modelos fazem muito sucesso no país: A nova S10 da Chevrolet e a Amarok da Volkswagen. O primeiro
por ter a liderança no mercado atualmente e ter lançado uma linha totalmente
estilizada e o segundo por ter ganhado
vários prêmios em 2011 e eleita a melhor
do ano pela revista Auto Esporte.
No caso da Amarok as novidades
também não param: A montadora divulgou que agora o modelo terá a opção
de cabine dupla equipada com transmissão automática. A chegada da picape
ao mercado brasileiro está prevista para
o mês de abril, com preço sugerido de
R$135.990.
As orientais também tem obtido um
crescimento no mercado. Em 2011, por
exemplo a Mitsubishi foi uma das montadoras que mais cresceu no país, com
um aumento de 24,5% nas vendas em
relação a 2010. Isso gerou na empresa a
possibilidade de investir em novos modelos. Em 2012 a marca já colocará a disposição, as novas L200 Triton GLS, L200 Triton
GLX e a L200 Triton GL (exclusiva para frotistas), e a L200 Triton HPE. Os novos modelos
são equipados com o moderno motor turbo de 3.2L Diesel 16V DOHC.
A Nissan desde fevereiro já exibe o modelo 2013 da picape Frontier apostando
em força e conteúdo. Sua aposta está nos
novos equipamentos, que contemplam a
versão básica XE com freios ABS e airbags
de série, e motores 2.5 turbodiesel.
A Toyota também anda agressiva no
pacote de benefícios, como o mostrado
na última edição da SW4 2012. Além de
alterações visuais ela usa o novo motor
D-4D 3.0l a disel e também outro motor
V6 4.0l a gasolina, incluindo pacote de
duas versões, uma mais luxuosa com rodas de liga leve de aro 17 e pacote de
segurança com controle de estabilidade.
Seja qual for a sua escolha, com certeza ela será acertada, afinal nenhuma das
marcas apresenta qualquer restrição, seja
tecnológica ou visual. E que todas ofereçam uma ótima aventura a todos!
Fonte: Blog Contagiros - www.contagiros.com.br
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Abril 2012
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Frutas Exóticas
O sucesso da
Um pouco menor do que uma
ameixa, a lichia possui uma casca grossa
e avermelhada, que deve ser retirada
na hora de comer. Docinha, ela agrada
ao paladar até mesmo das crianças. Os
frutos produzem em cachos. A polpa
é gelatinosa, translúcida sucosa e de
excelente sabor, lembrando ao de uva itália
e não é aderente ao caroço. Se presta para
consumo ao natural, para a fabricação de
sucos, compostas e ainda para a passa.
lichia
A
Foto: Divulgação
inda desconhecida por boa parte
dos brasileiros, a lichia é uma fruta
de origem chinesa, que tem ganhado adeptos no Brasil. Com baixo índice
calórico, uma fruta contém cerca de 6 calorias apenas e é fonte de vitamina C, que
estimula o sistema imunológico, aumenta
a resistência às infecções, auxilia a cicatrização de feridas, aumenta a absorção do ferro pelo intestino e evita o envelhecimento
precoce. Descoberta como uma grande
aliada no emagrecimento também graças a uma de suas substâncias, a cianidina
muito eficaz na queima da gordura.
O potácio é o mineral que aparece
em maior abundância no fruto chinês,
que atua no equilíbrio da água do organismo, ajuda no armazenamento de
proteínas musculares, na função renal,
na contração do músculo cardíaco e no
relaxamento muscular em geral.
A fruta é relativamente nova no Brasil.
Ela entrou com força no país há cerca de
quatro ou cinco anos, em regiões como
o interior de São Paulo e de Minas Gerais.
Isso contribuiu para que o preço da lichia
46
Abril 2012
baixasse. Antes, ela era encontrada apenas
como produto importado.
A colheita da lichia ocorre de novembro a janeiro, atendendo o mercado na
época das festas natalinas quando a procura e o preço são maiores. Perfeitamente
adaptada às condições de clima brasileiro,
o país em um futuro próximo poderá dominar o mercado mundial, porque a produção das outras regiões ocorre de maio a
agosto. Assim, sem concorrência, o Brasil
poderá abastecer o mercado mundial
com lichias na época do natal.
As mudas oriundas de sementes
não são indicadas para a formação de
pomares comerciais, porque as plantas
não são uniformes e demoram acima
de 12 anos para iniciar a produção. Para
a formação de pomares comerciais, as
mudas devem ser de propagação vegetativa das plantas vigorosas e produtivas.
O sistema mais utilizado é a alporquia,
resultando em mudas de qualidade.
A lichia é uma planta de clima subtropical, entretanto, em nossas condições
tem-se verificado que plantas novas não
Fotos: Divulgação
Descoberta pelos brasileiros há pouco mais de cinco anos
a lichia é uma ótima aliada no emagrecimento graças a
uma substância que regula as células de gordura.
suportam geadas muito rigorosas. Por
ser um planta de grande valor é viável a
sua proteção com telhados ou de outro
material, durante o inverno, evitando-se
danos com frio.
É mais interessante uma planta isolada, recebendo a luz solar de todos os
lados para a plenitude de sua produção,
à duas a três árvores encostadas uma na
outra. Árvores com livre crescimento,
sem o emprego de podas, necessitam
espaçamentos adensado de 7 metros
entre plantas e linhas, utilizando-se podas constantes, visando o controle do tamanho
das árvores.
Lichieira
A planta é longeava e rústica, necessitando pouco ou nenhum tratamento fitassanitário. As doenças não são problemas
e com relação às pragas, eventualmente
pode ocorrer brocas de tronco, a mariposa
oriental nos ponteiros, ácaros, abelha arapuá ou irapua nos frutos. Praticamente não
é usado agrotóxico e os frutos são colhidos
isentos de produtos químicos.
Produção
A lichia inicia a produção comercial a
partir do 5º ano após o plantio das mudas.
Algumas plantas chegam a produzir de 150
a 200 Kg, sendo considerada uma produção
boa a média anual de 40 a 50 Kg por planta.
Preços
O mercado brasileiro ainda é inexplorado porque a lichia considerada a rainha das
frutas, ainda é desconhecida do consumidor brasileiro. Atualmente o preço da fruta
é muito alto e futuramente o ideal é o estabelecimento de um preço médio, de valor
mais baixo, favorecendo a comercialização.
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Fotos: Aline Morais
Pimentas que enfeitam e dão o sabor da gastronomia mineira.
O famoso queijo de Minas.
Fachada do Mercado Central
Mercadode Belo
Central
Horizonte
Tradição e mineiridade no
coração da capital
C
Vista aérea do mercado Central.
48
Abril 2012
ores, odores e sabores são as características que fazem
com que o Mercado Central de Belo Horizonte seja a
compilação de várias regiões do estado e também do
país. Não é difícil passear pelos seus corredores e localizar produtos que não se encontram facilmente fora de sua região de
origem. Temperos diversos, doces, iguarias internacionais além
é claro do mais famoso queijo do Brasil e da gastronomia de
“butiquim” com o famoso fígado com jiló acebolado. Tudo isso
e muito mais justificam a visita de aproximadamente 11 mi-
Legumes e verduras chegam
todos os dias fresquinhos.
lhões de pessoas por ano neste espaço
que comemorou no último dia 07 de setembro 82 anos de existência.
De barracas improvisadas da década de 30 à grande e marcante estrutura
que hoje ostenta em endereço nobre da
capital mineira, o Mercado Central é cercado de grandes números: mais de 400
lojas de diversos segmentos que vão de
alimentos e bebidas à venda de animais
de estimação e pet shops; 24 mil metros
quadrados de área construída que abriga além de lojas um estacionamento
que recebe mais de 2.000 carros por dia.
Em dias de semana comum o Mercado
recebe por seus corredores 30.000 visitantes/dia número este que alcança a
marca de 50.000 visitantes/dia nos finais
de semana.
Com as demandas surgidas no decorrer dos anos o Mercado passou por
grandes reformas e ainda hoje vem se
modernizando. Um circuito interno de
Projeto Consumidor do
Futuro que recebe durante
todo o ano Escolas da capital
e região metropolitana.
TV com mais de 100 câmeras espalhadas por toda sua área garante a segurança de visitantes e lojistas. Um sistema
de captação de água da chuva permite
com que o Mercado Central se utilize
desta água para lavagem de seu piso e
estacionamento evitando desperdício
deste recurso, a utilização de máquinas
de lavagem economiza tempo podendo
a mão de obra ser deslocada para outros
afazeres.
Tendo em suas dependências 2 elevadores de acesso, cadeiras de roda,
sanitários adaptados, rampas, além de
funcionários treinados para auxílio, o
Mercado recebe portadores de várias limitações podendo estes desfrutarem de
toda estrutura sem maiores problemas.
Guias bilíngues estão disponíveis para
atender aos turistas estrangeiros que
passeiam pelos corredores e até mesmo os turistas brasileiros que desejam
orientação sobre a história e localização
de lojas.
Eleito no início do ano 2000 como o
ponto turístico mais visitado da capital, o
Mercado Central de Belo Horizonte não
só representa um marco na história da
cidade como faz parte do cotidiano dos
belorizontinos que veem o local como
parte integrante de sua própria casa, um
local onde a diversidade se faz presente
a todo instante e onde a democracia impera diante de todos os “causos” que ali
são contados e vivenciados.
Serviço:
Mercado Central de
Belo Horizonte
Av Augusto de Lima, 744.
Centro. Belo Horizonte – MG
Horário de funcionamento
- Segunda a Sábado
de 07hs às 18hs
- Domingos e Feriados
de 07hs às 13hs
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Fotos: Rodrigo Mello
Turismo
l
a
e
R
a
d
a
r
t
Es o Parque Nacional
Roteiro
360 Graus n
*Rorigo Mello
Agência Bela Geraes Turismo
Q
uando viajei pela primeira vez
para conhecer o roteiro que
descrevo a seguir, senti na alma
uma mineiridade tão intensa, mesmo
vivendo em Minas Gerais há mais de 40
anos, considero essa viagem uma das
mais emocionantes que já realizei.
Após buscar nossos passageiros no
Aeroporto Internacional de Confins,
mergulhamos fundo no âmago do universo mineiro, saindo do asfalto e embrenhando em estradinhas de terra com
vários currais em ambas as margens,
cheiro gostoso de esterco no ar, brisa
fresca entrando pela janela de nosso 4x4,
até chegarmos a nosso primeiro destino:
uma fazenda de produção de cachaça,
com alambique de cobre, barris de carvalho e um delicioso tour explicativo por
todo processo de produção, finalizando
com uma deliciosa degustação dos vários tipos de aguardentes produzidos ali,
uma verdadeira injeção de mineiridade
direto na veia.
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Abril 2012
Deixando Nova União, seguimos por
outra estradinha de terra com destino a
Ipoema, cujo próprio nome já revela o
que nos espera. Paramos para apreciar
o pôr do sol no Morro Redondo, onde
avistamos nossos próximos destinos
como a Serra dos Alves e a Serra de Itambé do Mato Dentro. Aproveitamos para
agradecer a oportunidade de conhecer
locais tão maravilhosos junto a pessoas
muito especiais.
Chegando a Ipoema visitamos o Museu do Tropeiro, onde conhecemos um
pouco da história desses verdadeiros
heróis que levavam nossas riquezas de
um lado ao outro da Serra do Espinhaço
e nos hospedamos em uma das várias
opções confortáveis da cidade.
Acordamos com um tempo lindo,
ótimo para banhos deliciosos nas várias
cachoeiras da região, como a Cachoeira
do Patrocínio, Cachoeira Alta e a Cachoeira da Boa Vista no caminho para a Serra
dos Alves, onde almoçamos. Passamos
também pela Cachoeira dos Marques e
do Bongue, já no caminho da Cabeça do
Boi, onde nos hospedaremos, logo após
uma recepção com delicioso jantar harmonizado com vinhos.
Depois de uma noite maravilhosa,
passada na suíte real, chegou a hora da
cavalgada até as Cachoeiras do Entancado e das Maçãs, com visual maravilhoso
do outro lado leste da Serra do Espinhaço, onde brevemente teremos outro
acesso ao Parque Nacional da Serra do
Cipó.
Já cansados, mas extremamente
felizes do dia cheio e do almoço farto,
nos dirigimos até Itambé do Mato Dentro, onde um delicioso escalda pés nos
aguardava em nossa próxima hospedagem. No dia seguinte visitamos a Cachoeira da Serenata e uma comunidade
muito unida, que vive da produção agrícola coletiva, encravada na montanha
em Morro do Pilar, chamada carinhosa-
mente Lapinha do Morro. Lá ajudamos
a fazer rapadura, colher mel, trançar
chapéus de palha de Indaiá e conversamos alegremente com seus moradores,
aprendendo mais um pouco de sua sabedoria natural.
E lá se foram quatro dias regados de
muita cultura mineira, histórias e causos
de moradores e ex-tropeiros, religiosidade em pequenas capelas no alto de
montanhas e cruzeiros centenários com
símbolos sacros, natureza exuberante
das montanhas e cachoeiras, culinária
de dar água na boca ao lado dos fogões
à lenha nos almoços e de requintadas
refeições com vinhos nos jantares. Atividades físicas como caminhadas, cavalgadas e banhos nos poços, e muito aprendizado sobre nossas origens também
não faltaram nesse roteiro tipicamente
mineiro.
Para completar todo o trajeto, são
mais quatro dias de giro pelo Parque
Nacional, passando ainda por Conceição
do Mato Dentro e Tabuleiro, Santana do
Riacho com Lapinha da Serra e Serra do
Cipó, além de Jaboticatubas com São
José da Serra, cuja descrição fica para a
próxima edição, até lá e boa viagem!
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Receita
A cozinha
sertaneja
*Silvia Corrêa Petroucic
lada
to
A
ca
a
V
(Cura ressaca)
como
OBS. Esse prato é usado
de
revigorante nas festanças
rar
du
a
fazenda, que chegam
s
até três dias, e também no
rou
ge
rodeios. Se o peão exa
r na
na bebida e tem que entra
sse
de
o
arena, toma um cop
tes
energético uma hora an
i.
bo
de
e agüenta o tranco
ão
Atenção! Não exagere, sen
o
nã
ê
voc
o efeito é laxativo e
verá o final da festa.
Ingredientes
o,
- 1,5 kg de carne de vaca com oss
ia para
serrada bem miúda. Dê preferênc
costela
ndioca,
- 2 kg de legumes variados: ma
ha.
cenoura, batatinha, mandioquin
Tudo picadinho
banha
- 5 colheres (de sopa) de óleo ou
- 1 cebola grande batidinha
- 5 dentes de alho picadinhos
- cheiro-verde picado bem fino
- sal
Para 10 pessoas
paro: 2 horas
pre
de
po
Tem
52
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Modo de preparar
Em um caldeirão de fundo grosso
, o alho e
esquente o óleo, frite nele a cebola
tudo com
a carne, nessa seqüência. Cubra
em fogo
água quente e deixe cozinhando
ando
baixo por umas 2 horas, acrescent
loque
água quente sempre que secar. Co
aé
os legumes escolhidos (a mandioc
ente e
obrigatória), acrescente água qu
em fogo
deixe por mais 2 horas, também
ar até que
baixo. Prove o sal. Deixe cozinh
cozido.
tudo fique desmanchando de tão
erão ser
Os ossos ficam branquinhos e dev
beber em
retirados. O ponto é ralo, para
na borda
copos. O cheiro-verde é colocado
do copo na hora de servir.
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Mercado Pet
Hábitos comportamentais de
felinos domésticos
Lambedura natural e
formação de bola de pelos
(tricobenzoares)
*Flávia Maria de Oliveira Borges Saad
Médica Veterinária, MSc., Doutora em Nutrição Animal, Professora de Nutrição de cães e gatos na Universidade Federal
de Lavras/MG e Consultora Técnica da Megazoo.
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Abril 2012
Fotos: Divulgação
N
a ultima década, o conceito de “pet”, ou de animal doméstico, como parte efetiva da família,
tornou-se fato no Brasil, por inúmeros fatores.
Com a expansão dos grandes centros urbanos, os animais de estimação suprem a carência de companhia das
pessoas que vivem em pequenos espaços. Já estando
comprovado em estudos científicos que, além de desempenharem um papel importante na qualidade de
vida de seus proprietários, eles também podem atuar
como apoio em situações tensas e de estresse, como
no caso de separações e perdas de pessoas próximas. A
importância dessa companhia torna-se mais evidente no
relacionamento com as crianças. O toque, o carinho, as
brincadeiras e as obrigações com o animal desenvolvem
características fundamentais da personalidade infantil,
como afeto, confiança e responsabilidade.
Entre os vários animais reconhecidos como pets domésticos, dois deles têm destaque e preferências entre os
brasileiros: os cães e os gatos. Embora, no Brasil, a população de cães domiciliados ainda seja maior que o de gatos (30 e 18 milhões, respectivamente), ao contrario dos
Estados unidos, onde a população de gatos domiciliados
encontra-se em 90 milhões, superando a população de
67 milhões de cães, a tendência de crescimento de felinos domiciliados no nosso país mostra que a preferência
por este animal está se tornando maior. De 2007 a 2011 a
população de cães no Brasil aumentou em cerca de 10%,
de 27 milhões a um pouco mais de 30 milhões, enquan-
Devido a língua áspera o
ato de lamber e se limpar
provoca a ingestão de grandes
quantidades de pelos.
to que a de gatos atingiu taxas superiores á
50%; de 12 a 18 milhões de gatos.
Este significativo aumento de felinos
demonstra uma nova preferência dos proprietários e se sustenta em diversos fatores,
segundo a revista PET Foods Brasil, entre
os quais: O crescimento da população de
gatos tem uma explicação econômica: o
aumento da renda, marcado pelo fortalecimento da classe C. Pesquisa da Comissão
de Animais de Companhia do Sindan (Sindicato da Indústria de Produtos para Saúde
Animal) aponta que 50% dos gatos vivem
na classe C. O gato, por ser um animal mais
independente, demanda menos tempo
dedicado a cuidados e atenções. Como em
uma família de classe C a maioria trabalha,
mora em apartamentos e passa pouco
tempo em casa, os gatos se adéquam mais
ao perfil de animal de companhia desejado.
Os gatos se adaptam e se sentem seguros e tranqüilos em pequenos espaços,
como apartamentos. Além disto, é um animal silencioso e discreto. Existe uma percepção de que o custo de criar um gato
é menor do que o de um cão, muito embora o valor dos alimentos para felinos sejam, substancialmente mais elevados que
o de um cão do mesmo porte e mesmo
consumo (3 a 4 kg). Finalmente, os gatos
têm hábitos de higiene mais rígidos, como
rápido aprendizado em utilizar a caixa de
areia e o hábito natural de se lamber cons-
tantemente, o que diminui a necessidade
de banhos constantes.
Por outro lado, este hábito natural de se
lamber regularmente pode provocar várias
alterações gastrointestinais. Como os gatos
possuem língua áspera e com papilas filiformes que funcionam como uma “escova natural”, removendo os pelos mortos, o ato de
lamber e se limpar provoca a ingestão de
grandes quantidades de pelos diariamente,
que podem se acumular no estomago e,
agregados ou não a restos de digesta e secreções gastrointestinais, formam bolas de
pelo de tamanhos variáveis, denominadas
tricobenzoares ou pilobezoares.
Em gatos, os tricobenzoares, popularmente conhecidas como bola de pelos, são formados no estomago a partir
do enovelamento dos pelos ingeridos e
misturados à massa alimentar e a várias
substâncias filamentosas ou mesmo material fibroso. Estas concreções são causa
frequente de vômitos e regurgitações nestes animais, além de causarem também
outros distúrbios gastrointestinais.
A quantidade de tricobenzoares formada e a eliminação destes, sejam por
vômitos naturais e ocasionais, sejam por
evacuação, depende da dieta do animal
e da quantidade de pelos ingerida, a qual,
por sua vez, depende do hábito do animal
e da raça. Raças de pelo longo, como o Persa, o Angorá, o Himalaio ou o Maine Coon,
entre outros, tem maior incidência de tricobenzoares, muito embora estas bolas
de pelo possam acometer todos os gatos,
inclusive os de pelo curto. Além disto, a formação do tricobenzoar pode se agravar em
numero e volume da concreção, caso o animal apresente ectoparasitas como pulgas,
doenças de pele, estresse ou modificações
comportamentais que o levem a ingestão
exagerada e intencional de pelos.
E importante ressaltar que a retenção de
tricobenzoares no estomago pode causar diminuição no consumo de alimentos, inapetência parcial ou total com acometimento de
lipidose hepática, vômitos constantes, esofagite, gastrite, ulceras, flatulências, diarréias
e, em casos graves, obstruções intestinais
severas. A prevenção e/ou a diminuição na
formação dos tricobenzoares vai desde uma
escovação rotineira, principalmente nos animais de pelo longo, até a estratégias alimentares que auxiliem na eliminação dos pelos.
O aumento de fibra insolúvel na dieta,
seja na forma de ingredientes específicos,
como fibras purificadas, ou na forma de
suplementos adicionais, como gramíneas
comestíveis (alfafa, aveia, centeio, trigo), aumenta o transito intestinal e arrasta consigo
os pelos ingeridos, eliminando-os juntamente com as fezes e reduzindo a formação
das concreções.
Finalmente, conhecer os hábitos de
higiene e comportamento destes animais
de estimação, a exemplo do conhecimento da formação e prevenção das bolas de
pelo, é importante medida, visto que as
estatísticas de crescimento populacional
de animais pet apontam que os felinos
ascenderão, no mais tardar em 2020, à categoria de principal animal de estimação
presente nos lares brasileiros.
Abril 2012
55
Mercado Pet
Canaricultura
no Brasil e no mundo
*Álvaro Blasina
C
hamamos de “Canaricultura” a
arte de reproduzir canários em
cativeiro. Esta arte vem sendo
praticada há mais de 500 anos e teve
início na Europa quando os navegadores
ficaram encantados com a graça e príncipalmente o canto excepcional de uns
pássaros encontrados nas Ilhas Canárias.
O canário é a ave ornamental mais
criada no mundo e encanta pela sua total adaptação ao cativeiro, facilidade na
reprodução e incrível multiplicidade de
cores, formas, cantos e plumagens.
Existem atualmente mais de 500
raças oficialmente reconhecidas pela
C.O.M. (Confederação Ornitológica Mundial) que organiza todas as atividades
oficiais tais como concursos, critérios de
julgamento, reconhecimento de novas
raças e unificação das formas de julgamento.
Organização
No Brasil existem aproximadamente
150 Clubes de Canários filiados a F.O.B.
(Federação Ornitológica do Brasil) espalhados pelo país com mais de 5.000
criadores oficialmente filiados que produzem cerca de 500.000 filhotes por ano.
Os Campeonatos Brasileros de Canaricultura tem sido realizados na primeira
semana de julho na Sede Própria da FOB
localizada na cidade de Itatiba-SP.
56
Abril 2012
Características
O canário é uma ave cíclica o que
significa que tem períodos precisos
durante o ano para as diferentes etapas biológicas. Existem três períodos
bem definidos como segue:
• Agosto a Janeiro: Período de
reprodução
• Janeiro a Abril: Período de muda
• Abril a Agosto: Período de descanso
No período de cria as fêmeas colocam em média 3 a 4 ovos que são
chocados por 13 a 14 dias quando
ocorre o nascimento dos filhotinhos
que são totalmente dependentes
do trato dos pais.
O anilhamento com anilhas invioláveis tem como finalidade o
registro e reconhecimento de cada
ave uma vez que as mesmas contém
gravadas diversas informações, tais
Alimentação
Na natureza, o canário é uma ave
granívora de forma que sua alimentação
tem como base a mistura de sementes,
complementada por folhas e insetos.
No cativeiro a mistura de sementes:
deve conter alpiste (maior parte), níger,
aveia, colza e linhaça. Hoje, entretanto
tem sido cada vez mais comum a substituição dessas misturas por alimento
completo e extrusado na forma de pequenas bolinhas, simulando as sementes.
No caso de se optar por manter uma
alimentação baseada na mistura, é fundamental que a mesma seja complementada
como a Federação, o Clube e o Criador aos quais pertence a ave assim
como o ano de nascimento e o número correlativo dessa temporada.
O canário é um dos animais mais
mutantes de que se tenha conhecimento e as raças variam incrívelmente em tamanho, forma, plumagem,
canto ou cor. Esta variabilidade tem
encantado centenas de milhares de
aficcionados que se dedicam com
afinco a esta apaixonante atividade.
A Canaricultura tem como
principais virtue:
1 - Baixo investimento para a sua
prática
2 - Não é preciso grandes espaços
para a sua criação.
3 - Ciclo anual completamente
variado sem rotina.
4 - Competições por todo o Brasil
5 - Manejo pouco trabalhoso
com farinhadas para que haja a devida suplementação com as proteínas, vitaminas
e minerais deficientes nas sementes. Um
bom fabricante de farinhadas deve sempre
prever as diferentes fases anuais da vida da
ave, conforme já exposto acima. Assim, é importante haver uma alimentação para o período de manutenção e muda e outra para
o de reprodução, também usada pelos pais
paa alimentação de seus filhotes. Grit: No
caso de alimentação com sementes, é muito importante o oferecimento de areia que
ingerida e alojada na moela contribui para
um melhor processamento das mesmas. O
grit é dispensável quando a alimentação é
baseada em produtos extrusados ou farelados, uma vez que os mesmos já são moídos.
Outros: Os canários apreciam verduras (chicória, almeirão, couve, alface, etc.),
legumes e frutas (maçã, laranja, pepino)
como “goloseimas”. Podem ser oferecidas
3 ou 4 vezes por semana.
Canaricultura e ecologia
Reproduzir animais domésticos é multiplicar a vida com total responsabilidade e respeito a Natureza. Quando se fala em “pássaros
na gaiola” muitas vezes se associa a “prisão” de
animais privados de liberdade. Na realidade,
assim como o homem se adaptou a vida nas
cidades trocando os grandes espaços das
selvas pelo conforto da proteção do frio e o
calor, da água na torneira, do alimento facilitado, do atendimento a saúde, etc. os pássaros
domésticos também se manifestam nítidamente mais a vontade com a água fresca, alimento balanceado, proteção dos predadores
e das inclemências do tempo, nutrição balanceada e apóio veterinário de tal forma que já
não mais conseguem sobreviver nas matas.
Encanto
O encanto da beleza, graça e fantástico canto dos canários somado a magia de
acompanharmos a confecção do ninho, a
postura, o nascimento e crescimento dos
filhotes torna a Canaricultura um dos passatempos mais gratificantes que possamos
praticar. Reproduzir pássaros adaptados ao
cativeiro além de não agredir a Natureza representa uma incrível contribuição para a sua
preservação pois multiplicando a vida com
responsabilidade estaremos minimizando o
tráfico de animais silvestres caçados e maltratados.
Abril 2012
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Estrutiocultura
Mercado busca
superação após
forte queda no setor
58
Abril 2012
Fotos: Divulgação
N
o ano de 2006 o mercado da
criação de avestruz, ou estrutiocultura, sofreu em crash com a
falência da empresa Avestruz Master que
liderava a maior parte das negociações
no setor. A partir dali uma grave crise de
imagem se instalou despertando sentimentos de que o negócio não era seguro e rentável de forma suficiente. Mas segundo especialistas, a atividade deve se
recuperar dessa crise nos próximos anos
em função do potencial da espécie e do
valor agregado de seus produtos.
O zootecnista especialista em avestruzes, Celso Carrer, aponta que o Brasil
já deteve o 3º rebanho mundial há cerca de 10 anos e hoje as estatísticas são
incertas em função do desmonte da atividade das associações estaduais e brasileira, que se preocupavam em diminuir
as assimetrias de informação no setor.
“É difícil afirmar corretamente sobre o
número de criadores remanescentes e
do tamanho do rebanho nacional atual,
mas a demanda por produtos está aumentando, pelo couro e principalmente
a carne. Esses mercados podem se revezar ao longo dos anos como pilares principais da viabilidade da criação. Em uma
fase de recuperação dos rebanhos que
tende a acontecer nos próximos anos,
não se pode desprezar a contribuição de
geração de renda para os criadores na
venda de matrizes selecionadas”, disse o
Professor Dr. da Faculdade de Zootecnia
e Engenharia de Alimentos da Universidade de São Paulo.
O manejo desses animais não é
um processo simplificado, o projeto da
montagem de uma criação de avestruzes deve obedecer à normativa do Ministério da Agricultura específica, localização estratégica, manejo e instalações
adequados. Portanto, precisa ser montado por profissionais com experiência
no setor, e assim os riscos são sensivelmente mitigados. “O avestruz é uma ave
adaptada a climas secos e quentes, com
produtividade muito satisfatória se bem
manejado. No entanto, uma premissa
indispensável é que a criação exige profissionalização e conhecimento técnico
para que se alcance sucesso. Cuidados
especiais precisam ser tomados para
que as aves tenham ambiente e instalações adequados, com especial cuidado
na condução do processo de incubação
de ovos e na cria de filhotes até 90/100
dias de idade. Os maiores gargalos são a
existência de estresse nas crias e baixa
produtividade dos adultos no tocante ao
nível e qualidade da postura”, comentou
Carrer.
O criador Valmir Brustolin, sócio diretor da Betel Avestruzes, afirma que a estrutiocultura brasileira atualmente está
em fase de reestruturação e os criadores
remanescentes estão com dificuldades
para atender a grande procura por pro-
Foto: Flávio de Almeida
Criações Exóticas
dutos derivados do avestruz como carne, pele e plumas. “O mercado interno
destes produtos cresceu muito e nos
últimos 3 anos a produção de filhotes
diminuiu consideravelmente devido aos
prejuízos que a maioria dos criadores tiveram desde 2006, quando o mercado
de matrizes foi praticamente paralisado,
provocado por alguns especuladores
na época, que venderam o negócio do
avestruz como se fosse a galinha dos
ovos de ouro. Fatos já ocorridos também
em outras culturas anteriormente como
chincila, rã, camarão, bovinos e outras.
Mas hoje os criadores já dominaram as
técnicas da criação. Produzimos mais
filhotes por fêmeas, que países tradicio-
nalmente produtores, a maior dificuldade no momento é fazer com que os
criadores remanescentes voltem a investir na produção de filhotes e convencer
novos criadores a iniciarem no novo e
próspero negócio. O mercado interno
está comprador e daqui a poucos meses haverá a liberação das exportações.
Como exportaremos se não estamos
conseguindo atender o mercado interno?, ressaltou o produtor.
Brustolin acredita que os investimentos na estrutiocultura irão continuar. “Desde que iniciamos o negócio em
2001 este é o melhor momento para
gerar receitas com as aves e ou produtos derivados principalmente a carne,
que devido ao consumidor estar mais
exigente com produtos de qualidade na
alimentação diária, tem encontrado no
avestruz uma fonte excelente de proteínas com baixos teores de gorduras e rica
em ômegas 3, 6 e 9”, completou.
Os desafios para o setor são muitos,
mas o profissionalismo e a dedicação de
profissionais da área tendem a esboçar
uma reação no setor. No momento a
meta é superar a forte crise de imagem
do negócio em função dos problemas
que aconteceram no passado e retomar
a evolução das normativas que proporcionariam a colocação dos produtos
brasileiros no mercado externo, abrindose mercados hoje não acessados pelos
criadores.
Para quem busca profissionalização
no setor, a Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos- FZEA/USP, oferece anualmente uma disciplina optativa
de estrutiocultura.
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Evento / Confraternização
Evento / Apresentação
Haras Vô Ziroca
Pat Parelli
José Paulino Pires, Marcelo Malaquias, Paulo César de Carvalho
e Hélio José de Oliveira Rocha.
Fotos: Roberto Pinheiro
Realizado no Haras Vô Ziroca Itapecerica/MG durante os dias 24 e 25 de março a III etapa do VIII Campeonato Mineiro de Tambor e Baliza organizado pela
Associação Mineira do Cavalo de Trabalho, AMCT,
marcou mais um grande evento da raça Quarto de
Milha em Minas Gerais.
Aluisio Marins, Júlio Nottingham, Tiago de
Resende Garcia, Pat Parelli e Linda Parelli.
Fotos: Roberto Pinheiro
João Marcelo, Bruno Rezende e Renata Helena Moreira Rocha
Jose Renato, Carlos Eduardo e
Helio Jose de Oliveira Rocha.
Ana Paula, Marcelo Malaquias e Edvaldo.
Marcelo Malaquias, João Renato e
Marcelo Lamounier.
Tiago De Resende Garcia, Pat Parelli, Oto
Lopes, Magdi Shaat e Ailton Divino.
João Ricardo Cunha Pereira, Adaltiva Alves
Cunha Pereira, Itamar , Marcelo e Jean.
Edson, Diogo, Marcelo e Carlos Eduardo.
60
Abril 2012
Flávia, João Renato, Itamar e Aref.
Isabela Rios Lamounier, Letícia e Ana Flavia.
Germano Melo, Pedro Bruno, Leonardo, Thiago Grego,
Pablo Lamounier e Guilherme Couto.
Magdi Shaat,Linda Parelli e
Pat Parelli.
Pat Parelli
Doma sem violência
Pat Parelli, um
dos maiores treinadores e domadores
de cavalos dos Estados Unidos, veio à
Belo Horizonte nos
dias 16 e 17 de março
Marcelo Lamounier apresenta a revista
especialmente para
Mercado Rural a Pet e Linda Parelli.
conhecer de perto o cavalo Mangalarga Marchador, uma raça brasileira, nascida no
Sul de Minas. Pat visitou a sede da Associação Brasileira dos
Criadores do Cavalo Mangalarga Marchador (ABCCMM),
no Parque da Gameleira e foi recepcionado pelo presidente Magdi Shaat e sua diretoria. No dia 17 de março Parelli
fez uma apresentação aberta ao público e aos criadores, na
pista de areia do Parque da Gameleira, e demonstrou seu
método, que consiste na técnica natural horsemanship ou
equitação natural, que tem por princípio trabalhar com o
cavalo a partir do conhecimento do seu comportamento,
instintos e personalidade, sem o uso da força ou violência.
O resultado da aplicação desta técnica é a formação de cavalos mais seguros, cooperativos e concentrados, independentemente da finalidade a que se destina.
A revista Mercado Rural esteve presente no evento,
representada pelo seu diretor Marcelo Lamounier.
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Abril 2012
61
Minas Rural Agro Negócios Ltda | www.casadofazendeiro.com.br
Av. Tereza Cristina, 2990, Padre Eustáquio - BH/MG | Tel.: (31) 3469 7000 - Fax: (31) 3469 7010
Evento / Confraternização
Giro Rural
Restaurante
Boi Vitório
Pedrosa, Bernardo Junqueira, Paulo Henrique,
Carlos Augusto e Vicente Araújo.
Fotos: Roberto Pinheiro
Ponto de encontro entre os criadores de Mangalarga Marchador, o restaurante Boi Vitorio reúne
às quintas-feiras os amantes da raça. Foi a partir de
um curso promovido pela Associação dos Criadores
do Cavalo Mangalarga Marchador que o grupo se
conheceu, desde então o local virou ponto de encontro dos criadores. No dia 22 de março a revista
Mercado Rural conferiu de perto essa animada confraternização da raça Mangalarga Marchador.
Nota de falecimento
Frederico Salgado, Vicente Araújo, Carlos Augusto e Camilo.
Paulinho Perrela, Pedrosa, Frederico Salgado e Bernardo Junqueira.
A ornitologia está de luto. No dia 17 de março faleceu o Vice
Presidente Administrativo da Associação Mineira de Aves Exóticas,
Prof. Ênio Medeiros Cunha.
Pessoa extraordinária e de integridade ímpar, dotado de grande coração, abdicado, dedicado, grande profissional de ensino, pai
exemplar e amigo de todas as horas.
Quis o destino que ele fosse sepultado no mesmo dia em que a
AMAE completou três anos de vida e seu mandato se encerra: missão cumprida.
Ênio foi sócio fundador da SOM (Sociedade Ornitologica Mineira), do CMCP (Clube Mineiro de Criadores de Pássaros) e por último
da AMAE (Associação Mineira de Aves Exóticas).
Juiz da Ordem Mundial de Ornitologia do Hemisfério Sul, Diretor de
POAS da FOB (Federação Ornitológica do Brasil), Vice Presidente Administrativo da AMAE, criador de Periquitos e ultimamente ainda de columbídeos, já tendo criado canários, agapornis, Tarim da Venezuela e outros.
A equipe da Revista Mercado Rural lamenta essa perda e fazemos
votos de sentimentos à sua família. Amigo Ênio, descanse em paz.
5º Leilão SuperBrahman
No dia 08 de junho durante a Superagro 2012, irá
acontecer o tradicional Leilão SuperBrahman, que em
sua quinta edição irá reunir 25 lotes de animais de exímia
qualidade da seleção dos promotores do evento: Fazenda Braúnas, Brahman Muzzi, Brahman J Luz e Brahman
Arko. O remate começa às 20h no pavilhão de leilões no
Parque da Gameleira, em Belo Horizonte.
Vicente Araújo, Carlos Augusto, Camilo, Elder e Odilon.
61° Campeonato Brasileiro e
44º Campeonato Mundial de Ornitologia
Marcelo Lamounier, Frederico
Salgado e Paulinho Perrela.
Vicente Araújo, Pedrosa, Frederico
Salgado e Carlos Augusto.
Carlo Augusto, Bernardo Junqueira
e Camilo.
A Associação Mineira de Aves
Exóticas (AMAE) informa que a FOB
- Federação Ornitológica do Brasil
realizará nos próximos meses o 61°
Campeonato Brasileiro e 44º Campeonato Mundial de Ornitologia - COM - HS, nas seguintes datas:
1ª Etapa - de 14 a 21 de Abril de 2012 - Psitacídeos e Exóticos.
2ª Etapa - de 11 a 21 de Julho de 2012 - Canários
Evento de destaque na raça Mini Horse
As marcas “Avaré” e “Guguiná” irão realizar no próximo dia 20 de maio, às 20h,
a 5ª edição do Leilão Virtual
Avaré Guguiná e Amigos,
evento com genética diferenciada e forte propriedade fenótipa, onde serão
disponibilizados 50 lotes dentre reprodutores, éguas, potras, coberturas
e mini-bovinos, produtos de atributos superiores e cabeceiras de seus
planteis. Transmissão: NOVO CANAL.
62
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Abril 2012
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Giro Rural
Foto: Divulgação
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Abril 2012
A APCN – Associação Paulista dos
Criadores de Nelore – nomeou a diretoria para o biênio 2012/2013 em reunião
que ocorreu na sede da entidade, em
Bauru/ SP. Evaldo Rino Ribeiro foi reeleito
presidente da associação em chapa única, indicada pelos associados e, também,
pela diretoria de outras entidades pecuárias que apóiam os trabalhos da APCN.
Evaldo Ribeiro destaca que, ao formar o novo quadro diretivo, preocupou-se em reunir nomes de representantes
de diferentes regiões do Estado de São
Paulo para poder assistir ao maior número de criadores e de novos associados,
como aqueles localizados no Vale do
Paraíba, em cidades como Taubaté, São
José do Rio Preto e proximidades. “Contamos com um time bastante motivado
e sólido que trará idéias muito produtivas para a próxima fase da associação,
beneficiando os associados e a raça Nelore”, enfatiza Ribeiro.
O plantel de Brangus de Dourados/ MS, conquistou
pela terceira vez, o posto de Melhor Criador no Ranking
Nacional da Raça Brangus e, pela segunda vez, de
Melhor Expositor.
Há seis anos no mercado, o criatório é administrado
por três sócios que apostam no investimento em
melhoramento genético como pilar de animais
produtivos, adaptados ao clima tropical e férteis. São
eles os mestres em Agronomia e pecuaristas Carlos
Alberto Viviani, Fábio Garcia Borges e Orlando Carlos
Martins que, juntos, celebram em 2012 a conquista do
Tri-campeonato como Melhor Criador de Brangus pelo
plantel BrTexas.
Minas
despontando no
cenário sertanejo
São
muitos
os
artistas mineiros que se
sobressaem no cenário
musical brasileiro e em
especial quando o tema é
a música sertaneja. A mais
nova revelação é a jovem Fernanda Silva de apenas 21 anos
que tem feito um ótimo trabalho. Natural de Contagem, a
bela cantora foi revelação em Barretos 2011 ao interpretar
clássicos do chamado “sertanejo de raiz”. Apaixonada
pelo agronegócio e pelos animais, Fernanda revela sua
inspiração para cantar.“Estar em meio à natureza sempre
me inspira, me faz sentir viva, dá vontade de pegar a viola e
não parar mais de tocar!”, disse.
Avaré Harmony é a Grande Campeã
Potra Jovem na Feinco 2012
O Haras JP foi destaque na Feinco 2012 e
comemora as premiações. Além de Avaré
Harmony ter sagrando-se Grande Campeã
Potra Jovem, outros
quatro animais ocuparam o pódio da raça
Mini-Horse. São eles:
Paloma do JP – Reservada
Campeã Égua Jovem
Avaré Graxinha - 2º Lugar
na Categoria Égua Jovem de
036 à 044 meses
Dália do JP - 2º Lugar na
Categoria Égua Jovem de 044 à
052 meses
Programação especial celebrará os 80 anos da ABCCC
Foto: Marcus Maciel
Exatamente no dia em que
completou onze anos de atuação sob marca própria, a Multimarcas Consórcios, formada
a partir de uma série de aquisições de empresas do segmento
anunciou uma nova conquista
para a sua carteira de clientes.
A maior empresa do gênero
em Minas Gerais passou a administrar desde segunda-feira,
26, o consórcio dos concessionários da montadora Chery
Automobile, líder de vendas
internas e também campeã nacional de exportações na China.
Para Fabiano Lopes Ferreira, presidente da Multimarcas
Consórcios, a escolha
de sua empresa para
administrar o ConCherry se deu pelo
mérito de sua metodologia de trabalho.
“Os concessionários
da Chery pesquisaram
o mercado consorcial
brasileiro e perceberam que trabalhamos com eficácia, crescimento quantitativo
e foco na maior qualidade dos
serviços prestados”, disse ele.
Com uma estrutura de cerca 500 profissionais, a Multimarcas conta ainda com mais
de 35 anos de experiência de
seu presidente no segmento.
Com sede em Belo Horizonte, a
empresa administra grupos de
veículos automotores, imóveis
e serviços. A empresa está presente também em outros estados como Amazonas, Ceará,
Distrito Federal, Espírito Santo,
Goiás, Maranhão, Mato Grosso,
Pará e Tocantins.
Foto: Matriz da Comunicacao 303
Foto: Divulgação
Estão abertas as inscrições
para a XV Edição do Prêmio
ANDEF 2012, maior premiação
da agricultura brasileira. Para
participar é preciso acessar os
sites: www.andefedu.com.br, www.andav.com.br, www.
brasilcooperativo.org.br e www.inpev.org.br – neles há
informações de como se inscrever nas modalidades
basta enviar seus trabalhos as respectivas associações.
São mais de 20 premiações: Cooperativismo, Indústria,
Campo Limpo e Canais de Distribuição. O prazo final é
dia 27 de abril de 2012.
Até lá, as cooperativas ligadas a OCB – Organização
das Cooperativas Brasileiras, revendas ligadas a ANDAV
– Associação Nacional dos Distribuidores de Insumo
Agrícola e Veterinários, centrais de recebimento
de embalagens vazias ligadas ao INPEV – Instituto
Nacional de Processamento de Embalagens Vazias
e indústrias associadas à ANDEF, podem preparar
seus projetos. “Nosso objetivo é fomentar ações de
educação no campo visando à sustentabilidade do
agronegócio brasileiro”, destaca José Annes Marinho,
gerente de educação da ANDEF.
Há 15 anos a ANDEF (Associação Nacional de
Defesa Vegetal) realiza o prêmio com a proposta
de capacitar agentes multiplicadores, agricultores e
familiares na implantação de boas práticas agrícolas e
de programas de responsabilidade socioambiental.
Associação Paulista dos
Criadores de Nelore nomeia
nova diretoria
Plantel BrTexas Genética conquista
tri-campeonato como criadores de
Brangus
Multimarcas faz 11 anos e assume
consórcio dos concessionários Chery
XV edição do
prêmio andef abre
as inscrições
Para comemorar oito décadas de seleção, preservação e divulgação
do cavalo Crioulo, a Associação Brasileira de Criadores da raça está preparando uma programação especial que vai se estender durante todo
o ano, com uma série de eventos alusivos à data. O roteiro de atividades
inclui uma exposição itinerante, coquetel, jantar, desfile e um simpósio.
De acordo com a secretária e ex-presidente da ABCCC, Elisabeth
Lemos, responsável pela coordenação da agenda de eventos, as festividades serão divididas em quatro momentos ao decorrer do ciclo 2012.
O primeiro deles ocorreu no dia 03 de março no Parque de
Exposições Ildefonso Simões Lopes, em Pelotas/RS. O evento começou com a Prévia para a Expo-FICCC 2012, que selecionou os
26 animais, que junto aos grandes-campeões da Morfologia da Expointer, das edições 2010 e 2011, participarão da exposição organizada pela Federação Internacional de Criadores de Cavalos Crioulos
(FICCC), prevista para maio, no Uruguai. Na sequência foi realizada
uma homenagem aos ex-presidentes da casa e às personalidades
que marcaram a história da Associação.
Abril 2012
65
Giro Rural
X Campeonato Nacional do
Mini-Horse
Agenda Rural
5 a 16
Prélance IV Leilão Haras Mamu - Equinos, Asininos
e Muares - www.canaldelance.com.br
7 a 15
II Exposição Ranqueada do GIR Leiteiro de Para de Minas
- Pq. de Exposição Francisco Olivé Diniz - Pará de Minas
12 a 15
I Expo Pampa - Pq. de Exposição Francisco Olivé
Diniz - Pará de Minas
14
O X Campeonato Nacional de Mini-Horse
aconteceu durante a Feinco 2012, entre os
dias 12 e 15 de março em São Paulo.
Dentre os animais premiados destaque para:
• Grande Campeão Adulto: Guguiná
Mascate - Reservado: Avaré Exclusivo
• Grande Campeã Adulta: Guguiná Mimosa - Reservada: Princesa do Japão
• Grande Campeão Jovem: Guguiná Osório - Reservado: Avaré Herdeiro
• Grande Campeã Jovem: Avaré Harmony - Reservada: Ule De Sete Praias
O Campeonato Nacional do Mini-Horse tem uma etapa por mês, o que proporciona aos seus participantes equacionarem seus respectivos calendários, cujas
etapas se realizarão de março a outubro
nas principais exposições agropecuárias
do pais, conforme calendário a seguir:
• Março: FEINCO (Especializada) - São
Paulo/SP
• Abril: EXPO-LONDRINA (Estadual) Londrina/PR
• Maio: FACILPA (Estadual) - Lençóis Paulista/SP
• Junho: FAPI (Nacional) - Ourinhos/SP
• Julho: EAPIC (Potro do Futuro) - São
João da Boa Vista/SP
• Agosto: EXPOJAU (Especializada) - Jaú/
SP
• Setembro: CAMARU (Estadual) - Uberlândia/MG
• Outubro: EXPO RIO PRETO (Especializada) – S. J. do Rio Preto/SP
66
Abril 2012
Abril
16 a 22
16
20
20 e 21
21
26 a 29
6º Leilão Haras Porto Rico - Campolina www.portoricoharas.com.br
22º Congresso Brasileiro de Quarto de Milha - Avaré/SP
Leilão Virtual Haras Elfar e Mzc
2º Leilão Dorper Alagoas
5e6
15
Maio
16 a 20
19 a 20
20
31 a 10/6
5
8
Junho
11 a 15
11 a 21
16 e 17
da feira mais comPleta
do setor agroPecuário
XV Leilão Yuri (20 Embriões) e 21 (Animais)
7º Leilão Terras dos Caetés - Ovinos Santa Inês
Expo Vale 2012 - Exposição de Caprinos e Ovinos do
Vale do São Francisco
28
4º Leilão Fortaleza Quarte Horse Show
30 a 5/5 19ª Feira Internacional de Tecnologia em Ação1 a 10
ParticiPe
Ribeirão Preto/SP
78ª ExpoZebu- Uberaba/MG
IV Etapa do VIII Campeonato Mineiro de Tambor e
Baliza 2012 (AMCT) - Parque de Exposição de Betim/MG
1º Leilão Online Haras Loar (Pôneis) www.canaldelance.com.br
45ª Exposição Agropecuária de Barbacena - MG 5ª Exposição de Caprinos e Ovinos
V etapa do VIII Campeonato Mineiro de tambor e
baliza 2012 (AMCT) - Haras JT Mateus Leme/MG
5º Leilão Virtual Avaré Guguiná e Amigos- 20h.
Transmissão Novo Canal.
52ª Exposição Estadual de Agropecuária Superagro/2012 - Belo Horizonte/MG
Leilão Virtual Rancho Vale da Serra - Quarto de Milha
5 º Leilão SuperBrahman - Parque da Gameleira
Feicorte 2012 - 18ª Feira Internacional da Cadeia
Produtiva da Carne - São Paulo/SP
3º Leilão Megamilk (seleção de gado leiteiro de
criatórios diversos) - www.canaldelance.com.br
VI etapa do VIII Campeonato Mineiro de tambor
e baliza 2012 (AMCT)- Parque de Exposição de
Governador Valadares/MG
Agrinsumos & Induspec Expo&Business reúne, em um só lugar, empresas
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Abril 2012
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68
Abril 2012

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