- Revista Mercado Rural
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Abril 2012 • n°2 Novo Parque da Gameleira FEINCO 2012 Entrevista Elmiro Nascimento, Secretário de Estado da Agricultura Haras da Ginga Tradicão e destaque na raça Pampa Abril 2012 1 Universal da Ginga Yes!Uai Estruturado sobre pilares fortemente erguidos, o grupo se destaca cada vez mais em seu segmento. Admirada como um grande case de sucesso, essa história demonstra a importância da técnica, do know how e a eficácia de sua gestão. Critérios estes que, trabalhados em fina sintonia, levaram o grupo ao patamar de hoje: a melhor empresa loteadora do estado de Minas Gerais. Desenvolvendo um ambiente de negócios inspirador, o Grupo Vitória da União aposta na criatividade para inovação de seus projetos e no potencial de seu capital humano, reforçando a imagem de uma empresa em constante crescimento e credibilidade. Sempre superando limites, valoriza o indivíduo, o bem-estar, renova parcerias e recicla ideias de sustentabilidade em um conceito ambientalmente correto e de máxima transparência. O resultado dessa história é gratificante e visto claramente na realização dos sonhos dos clientes e seus projetos de vida. Assim como nas famílias, o grupo acredita que a vitória vem sempre da união. 2 Abril 2012 Veja mais em nosso site! PJ-3826 Conheça os empreendimentos do GVU: O PRIMEIRO LABORATÓRIO DE GENÉTICA ANIMAL DA AMÉRICA DO SUL PATERNIDADE POR DNA DE: OVINOS, CAPRINOS, EQUINOS E BOVINOS DETECÇÃO DE DOENÇAS GENÉTICAS NOVO: SEXAGEM DE AVES NOVO: BOOROOLA Gene de Partos Múltiplos, Dorper, Texel, Corriedale, Ideal, Poll Dorset 4 Fone: 55 11 3884.7410 | [email protected] Abril 2012 www.linkgen.com.br Abril 2012 5 Editorial Redação Unique Comunicação e Eventos Av. Barão Homem de Melo - 4.500/324 - Estoril BH/MG - Tel.: (31) 3653-0633 [email protected] Editora e jornalista responsável Amanda Ribeiro - MT10662/MG [email protected] Diretor Comercial Marcelo Lamounier [email protected] Colaboração Assessorias de imprensa: Agência Bela Geraes, Megazoo, CCAS, CICB, Publique, FEINCO, APCGIL, MTE, EMBRAPA, Blog Contagiros e Mercado Central. Direção de Arte Flávio de Almeida Assinaturas Unique Comunicação e Eventos Periodicidade Trimestral Tiragem 5.000 exemplares Distribuição Vip Grande abraço, Amanda Ribeiro e Marcelo Lamounier A Revista não se responsabiliza por conceitos ou informações contidas em artigos assinados por terceiros. C@rtas Acesse o Facebook e deixe sua crítica ou sugestão Mercado Rural Parabéns pelo primeiro número!! Ficou ótimo! Nós da Grafica Rede ficamos muito orgulhosos. Desejamos muito sucesso e estamos sempre à disposição. Cumprimentamos toda a equipe pelo resultado. Grande abraço. Myriam (Gráfica Rede) Gostaria de parabenizar a Revista Mercado Rural por divulgar o agronegócio mineiro. Parabéns! Devemos nossas conquistas no campo aos homens que lideram, vivenciam e fazem sempre ser, a voz e vez do produtor rural mineiro. Acreditamos na liderança da FAEMG presidida por Roberto Simões, que brilhou em entrevista publicada na primeira edição. José Davi Ervilha Presidente Sindicato Rural de Guiricema. “Parabéns à equipe da Mercado Rural pelo trabalho diferenciado! As reportagens referem-se a temas atuais, abordando de maneira clara e objetiva o assunto em pauta. Além disso, as imagens são lindas e deixam o leitor ainda com mais vontade de ler desde a capa até a última página. Carolina Becker Ribeirão Preto/SP. Espumantes A bebida do verão Trabalho escravo 30 Gir Leiteiro Raça comemora bom momento e divulga projetos para 2012 32 Fossa septica biodigestora em propriedades rurais 34 Destaque Haras da Ginga Tradição e destaque na raça pampa Foto capa e índice: Divulgação Ano I - nº II - Abril - 2012 Prezados amigos leitores, é com imensa satisfação que lançamos a segunda edição da revista Mercado Rural. Confessamos que nosso entusiasmo é ainda maior quando do lançamento da primeira. A alegria nesse momento é perceber que a revista está conquistando os leitores. São muitos os elogios recebidos. A procura por assinaturas e o interesse dos anunciantes nos faz acreditar no potencial do veículo. Esperamos tornar a Mercado Rural uma revista de indispensável leitura para nosso público e sabemos que o caminho é árduo. Selecionar os melhores assuntos, entrevistas e artigos, é nossa busca constante. Nessa edição abordamos temas ainda mais diversos dentro desse grande universo de informações que é o agronegócio brasileiro. Nossos leitores podem conferir a bela matéria de capa, sobre o Haras da Ginga do criador Alexandre Todeschini, que tem realizado um excelente trabalho na raça Pampa. Falamos também sobre o esperado Leilão Pampa Elite Marca Ginga que irá acontecer no próximo dia 21 de abril. Não podemos deixar de destacar a entrevista com o Secretário da Agricultura de Minas Gerais, Elmiro Nascimento, que falou à revista sobre sua gestão, balanço 2011 e as expectativas para esse ano na agricultura. O projeto do novo Parque da Gameleira, gatos, canários, Feinco 2012, caminhonetes, lichia, criação de avestruz, raça Gir, cafeicultura, trabalho escravo no Brasil, exportações de couro, dentre outros, são os temas abordados nessa edição. Esperamos que apreciem e boa leitura. 26 28 4 8 12 14 16 20 22 23 Entrevista Secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, Elmiro Nascimento. 36 11º Leilão Pampa Elite Marca Ginga & Convidades Especiais 40 42 44 46 Novo Parque da Gameleira Governo lança PMI do projeto 48 Quem viver verá. Novo diretor executivo demonstra otimismo e compromisso com setor cafeeiro em sua primeira reunião no comando da OIC Personagem Murilo Sérgio Gomes Torres Organizadores e expositores vêem saldo positivo na Feinco 2012 Os sete hábitos dos produtores sustentáveis 57 52 54 56 60 Com mercado aquecido, rosas estimulam a economia do País Exportações de couros em 2011 somaram US$ 2,05 bilhões 61 Automóveis Frutas exóticas O sucesso da lichia Mercado central de Belo Horizonte Tradição e mineiridade no coração da capital Turismo Roteiro Estrada Real 360 graus no Parque Nacional Receita A cozinha sertaneja - Vaca atolada Mercado Pet Hábitos comportamentais de felinos domésticos Canaricultura no Brasil e no mundo Criações exóticas Estrutiocultura Eventos Haras Vô Ziroca Pat Parelli - Doma sem violência Restaurante Boi Vitório Giro Rural Entrevista A revista Mercado Rural conversou com o Secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, Elmiro Nascimento, que traçou um panorama dos principais pontos do agronegócio mineiro e falou sobre as expectativas para o ano de 2012. 8 Abril 2012 MR: Como o senhor avalia seu primeiro ano de mandato? Um ano de muitas conquistas para o agronegócio. Os indicadores registram vários recordes, dentre eles, o saldo da balança do agronegócio (US$ 9,3 bilhões) e o PIB do agronegócio Mineiro (R$ 118 bilhões). Esses resultados são frutos do empreendedorismo dos produtores rurais, da maior demanda de produtos alimentícios nos mercados interno e externo e da contribuição do governo estadual priorizando as ações de apoio à agricultura empresarial e familiar. Nessas ações a parceria com as representatividades dos produtores tem sido o eixo principal e norteador das políticas públicas. Parcerias com os agentes financeiros tem sido uma outra ação importante visando a ampliação dos recursos financeiros para o agronegócio. O Governo instituiu três fóruns permanentes para o fortalecimento da cadeia produtiva do leite, café e da cachaça. MR: Quais setores mais cresceram no ano de 2011 no agronegócio mineiro. O agronegócio cresceu 1,7% em relação ao ano de 2010. Apesar do percentual não ser tão expressivo é importante ressaltar que o ano de 2010 o agronegócio teve um crescimento de 17,2%, assim o valor alcançado em 2011 tem uma referência elevada. Assim apesar do percentual ser menor, trás um valor monetário significativo para o setor. Dentre os produtos da agricultura que mais contribuíram foram o café, milho, soja, cana-de-açúcar e algodão e na pecuária o frango, ovos e suínos. Os fatores que contribuíram para o fortalecimento do agronegócio foram o aumento da produção e dos preços dos produtos agropecuários nos mercados (interno e externo). MR: A safra de milho em 2012 poderá bater recordes. Comente esse importante momento para o setor. Há expectativa de Minas Gerais contribuir para a produção de milho no Brasil na ordem de 7,4 milhões de toneladas, número este 13,6% superior a safra passada. Os produtores ampliaram em 7% da área cultivada diante de uma expectativa de preços favoráveis. O que vem se confirmando, consequência da redução ocorrida no sul do país onde há uma expressiva produção de milho e da maior demanda do mercado interno e externo. MR: Ao mesmo tempo em que o Brasil bate esse recorde, o mercado internacional está temeroso e hostil, onde os contratos do milho na bolsa estão em queda na previsão para o segundo semestre. Quais serão os impactos para o mercado nacional? A situação de dificuldades que passam as economias da União Europeia e dos Estados Unidos leva os mercados a ficarem sobre forte volatilidade o que favorece as especulações. Vale ressaltar que há um crescimento contínuo da população e da demanda por alimentos, no entanto os recursos naturais (água e solo) são limitados o que, provavelmente, resultará em uma forte pressão para a produção e, consequentemente, valorização dos produtos do agronegócio. A FAO, desde 2004, faz um acompanhamento dos preços das commodities agrícolas e há o registro que os valores, a partir deste período, foram superiores. Estes indicadores sofreram forte influência do crescimento do poder aquisitivo da população dos países emergentes (Brasil, China, Índia, Rússia e África do Sul). MR: Quais as projeções para a soja no ano? A expectativa é de que teremos uma safra recorde. O valor estimado pela Conab é de 3,05 milhões de toneladas. MR: A cafeicultura brasileira muito lutou pela alteração da incidência do Pis e Cofins no café. Em março o Senado aprovou a MP sobre o assunto. O que isso representa para o setor? A Medida Provisória 545 recém aprovada pelo Senado Federal é fruto de criterioso estudo levado a efeito pelo Ministério da Fazenda, que após consultar todos os segmentos da cadeia produtiva do café, desde os produtores , cooperativas, exportadores e industriais, apresentou modelo tributário semelhante àquele já empregado para as carnes bovina e suína, determinando,assim, a suspensão da incidência de PIS e Cofins ao longo da cadeia produtiva até a indústria. Posto isto, entendemos que a MP 545 beneficiará os milhares produtores de café que agora poderão buscar melhores condições comerciais para suas produções no mercado, e poderão vender diretamente para o exportador o café produzido, sem a utilização da figura do intermediário. MR: O que explica o expressivo aumento de 84% nas exportações de carne suína em 2012? A suinocultura foi beneficiada em 2011 pela forte valorização das commodities nos maiores mercados de destino dos produtos mineiros, e agora o setor começa a obter resultados com as vendas para a China, até então restritivo aos produtos brasileiros. Há também o reforço de vendas para Hong Kong. A soma desses fatores possibilitou à suinocultura responder por cerca de 11% nas exportações do segmento carnes de Minas neste primeiro bimestre do ano. O setor está otimista com estas possibilidades bem como, a provável redução das barreiras americanas à carne suína brasileira. MR: O Parque da Gameleira abrigará um grande centro de eventos? Quais as novidades em relação a essa mudança? O Governo de Minas está se reunindo periodicamente com entidades ligadas ao setor agropecuário para discutir o processo para a reforma do Parque de Exposições Bolivar Andrade (Gameleira). MR: Qual a importância da pecuária no agronegócio mineiro? O agronegócio mineiro tem uma con- tribuição expressiva na economia mineira. Em 2011, segundo o estudo elaborado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/USP) o valor apurado foi R$ 118 bilhões. Este valor é 1,71% superior ao de 2010. Vale ressaltar que as exportações do agronegócio de Minas Gerais em 2011 movimentaram US$ 9,7 bilhões. O valor recorde apresentou um crescimento de 27,6% em relação ao ano anterior. São indicadores que evidenciam a importância da atividade para a economia do Estado. MR: A que se deve o expressivo aumento de quase 70% na produção de carne nos últimos 20 anos, conforme dados divulgados pelo Departamento de Agricultura dos EUA (USDA)? Nas últimas décadas ocorreram grandes transformações na sociedade, dentre elas relacionamos o crescimento populacional, a concentração da população nos centros urbanos, a maior participação da mulher no mercado de trabalho e melhoria do poder aquisitivo. Esses fatores contribuíram para uma mudança no hábito alimentar da população, de forma que a utilização alimentos pré-elaborados foi ampliada. Dos alimentos que aumentaram o consumo per capita os de origem animal (carne de frango, carne suína, carne bovina, lácteos) tiveram maior representatividade. No Brasil em 2000 o consumo per capita de carnes (frango, suína e bovina) era de 77,3 kg e, em relação a 2010, o registro foi de 98,7 kg, um crescimento de 23,2% neste período. Estes valores evidenciam o maior consumo de carnes pela população brasileira, um exemplo do que ocorreu nos países emergentes (China, Índia, Rússia e África do Sul) que tem uma expressiva parcela da população mundial. Abril 2012 9 O diretor da Mercado Rural entrega a revista ao Secretário Elmiro Nascimento. MR: O Brasil está prestes a avançar no status da doença da vaca louca? Há possibilidade de o Brasil melhorar a classificação para a Encefalopatia Espongiforme Bovina – EEB (conhecida vulgarmente como doença da Vaca Louca) na Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). A Comissão Científica para Enfermidades dos Animais da OIE concluiu que o Brasil reúne condições para mudar a sua classificação do atual risco controlado para insignificante. A confirmação definitiva da alteração do status sanitário brasileiro ainda depende de um período de consulta perante os 178 países-membros da OIE. Durante 60 dias, os delegados da entidade poderão solicitar informações complementares ou fazer questionamentos à OIE. Caso não existam objeções fundamentadas, a Comissão Científica apresentará a recomendação para a mudança durante a Assembleia Mundial de Delegados da organização, que ocorrerá em maio. Minas Gerais através do IMA vem trabalhando intensamente no controle dos fatores que podem levar a tal enfermidade. Um delas é a proibição do uso de subprodutos de origem animal na alimentação de ruminantes. A melhoria no status sanitário abre um leque de oportunidades para alcançarmos nos mercados para a carne bovina. MR: O governo mineiro sempre esteve muito preocupado com o combate ao abate clandestino. Quais medidas têm sido feitas para combatê-lo? O abate informal é uma preocupação constante dos governos (Federal, Estadual e Municipal), pois é uma questão de saúde pública. As prefeituras têm ampliado os serviços de inspeção dos produtos de origem animal. O estado através do IMA vem também, estruturando os seus serviços para coibir o trânsito de animais abatidos, bem como o trânsito ilegal de animais vivos. O estado em parceria com a União estabeleceram termos de cooperação para ampliar a ação do IMA. É um trabalho que requer uma ação conjunta e é o que temos realizado. MR: O senhor acredita que com a regulamentação da lei que estabelece melhores condições de funcionamento das agroindústrias de pequeno porte, muitas vão sair da informalidade? Acredito que este foi um passo muito importante para que os mercados sejam ampliados para os agricultores familiares que tem unidades de processamento individual ou em forma associativa. A legislação veio para normatizar as agroindústrias de pequeno porte. No primeiro momento pode haver um desconforto, mas os ganhos serão superiores e será uma maneira de fortalecer a agricultura mineira. MR: Quais as principais lutas e desafios da sua gestão para o ano de 2012? Para o início de 2012, a preocupação segue relacionada ao cenário internacional, especificamente ao desempenho da economia europeia e às importações da China. Entretanto, a expectativa é que, mesmo havendo recuo no crescimento das exportações do agronegócio, este não será de grandes proporções. Além disso, sob a ótica do mercado interno, espera-se demanda firme, o que poderá agir compensando possíveis perdas advindas do mercado externo. A Unique Comunicação e Eventos atua há 6 anos no agronegócio, prestando com excelência e qualidade seus serviços. Atenta à crescente demanda do setor, a empresa especializou-se no ramo de organização de leilões e divulgação de projetos voltados para o agronegócio. Contato: (31) 3653-0633 10 Abril 2012 CONHEÇA ESTA MARCA! Av. Barão Homem de Melo, 4.500 sl 324 Belo Horizonte | MG [email protected] www.uniquecomunicacao.com.br Abril 2012 11 Fotos: Divulgação Quem viver verá. *Coriolano Xavier membro do CCAS – Conselho Científico para Agricultura Sustentável. A epopéia do Código Florestal (PL 1876/99) parece estar chegando ao fim, depois de incendiar debates em plenários, no campo e na mídia. Neste momento, vivemos a expectativa da sua votação final. Depois de muita polêmica, o texto revisado pelos senadores (dezembro de 2011) saiu com várias modificações, entre elas aspectos como: detalhamento sobre a recuperação das margens dos rios, agora com faixas fixadas de 30 a 100 m para rios com mais de 10m de largura; fixação de APPs em propriedades maiores (entre 30 e 100m); legislação específica para a agricultura familiar (com apoio técnico e incentivo financeiro para 12 Abril 2012 preservar/recuperar a vegetação nativa). O CCAS – Conselho Científico de Agricultura Sustentável foi ouvir as pessoas, tanto entre seus membros, como entre gestores do agronegócio, para sentir a percepção que ficou da nova Lei. Ouviram informalmente produtores, executivos, pesquisadores, agrônomos -- e o balanço é mais ou menos o seguinte: para o pequeno produtor, o Código representa a resolução de um passivo ambiental que vem de anos (gerado em outro contexto econômico e legal) e que poderia, em tese, até inviabilizar sua atividade, dependendo o alcance do rigor protecionista da lei. Entre os médios e grandes produtores haverá a necessidade de se ajustar a uma legislação mais rigorosa, que se alinha a uma nova tendência de sustentabilidade -- bem mais ampla do que o simples preservacionismo de hoje e envolvendo questões sociais, ambientais e econômicas. Ou seja, passamos a ter uma política bem mais clara com relação à interação entre meio ambiente e agronegócio, sinalizando para a sociedade a busca por um posicionamento de equilíbrio e responsabilidade ambiental na produção de alimentos, na perspectiva de uma agricultura mais sustentável. Agora vem a pergunta: e se a lei não for aprovada? Dar sobrevida à lei antiga é ficar com uma base legal ultrapassada, com gargalos de funcionalidade jurídica e prática. Pode trazer a ideia de que há um vazio legal e os espertalhões de plantão podem se aproveitar e ampliar a razia florestal -como, aliás, já aconteceu antes, sem fiscalização eficiente ou com fiscalização marcada por fins políticos ou mecanismos de troca de interesses. Tem mais: para os agricultores com a cabeça no século XXI, que sabem do valor da proteção ambiental para a sobrevivência do negócio, pode significar o fantasma de uma legislação tecnicamente incoerente, não-isenta e não obedecida por muitos. Um risco de descrédito legal, que pode inclusive inibir a exploração de novas áreas (cerrado/ pastagem). Naturalmente, vamos encontrar opiniões de que o Código deveria ser mais restritivo do que a forma que tomou após a epopeia dos debates na sociedade e nas casas legislativas federais. Uma lei com menos ranço de “plantation” e de “neocolonialismo”, como advogam seus opositores mais combativos – tanto cidadãos como organizações da sociedade civil. Provavelmente, o tempo vai pedir um debate com maior profundidade no Brasil. Quem viver verá. Abril 2012 13 Fotos: Divulgação que se tem registro, com aproximadamente 17,4 milhões de sacas de 60 kg. Por outro lado, apesar dos estoques dos importadores terem se elevado recentemente a 22,3 milhões de sacas, aliviando um pouco as preocupações com a oferta limitada de certas origens, ainda se apresentam em níveis desconfortáveis. Produção e Consumo Mundial Novo diretor executivo demonstra otimismo e compromisso com setor cafeeiro em sua primeira reunião no comando da OIC Robério Silva apresentou cenário de mercado positivo e reafirmou compromisso em trabalhar para a construção de um mercado sustentável. 14 Abril 2012 F oi uma estréia marcante a do brasileiro Robério Silva no comando da Organização Internacional do Café (OIC). Após dez anos, o cargo executivo máximo do principal fórum mundial para desenvolvimento da cafeicultura voltou a ser ocupado por um brasileiro. Em seu discurso inicial, Robério destacou o papel da OIC na busca de um mercado global economicamente sustentável, a fim de ajudar a combater a pobreza no mundo. O diretor também lembrou como a acentuada volatilidade do mercado tem prejudicado os produtores no mundo inteiro nos últimos anos. Em sua análise mercadológica, destacou que, apesar da produção recorde que o Brasil deve colher na próxima safra, o impacto negativo do volume previsto sobre os preços será limitado, devido às promissoras perspectivas para o consumo mundial. Em relação aos fundamentos do mercado, Robério destacou: No ano safra 2011/12, a produção total está estimada em 128,5 milhões de sacas, com uma queda de 4,3% em relação ao período anterior. No tocante à temporada 2012/13, somente o Brasil forneceu suas primeiras estimativas, sendo, portanto, cedo para se prever o volume mundial que deverá ser colhido. Entre os principais produtores, um dos destaques foi a Etiópia, que produziu, em 2011, 8,3 milhões de sacas, registrando crescimento de 10,8% sobre o ano anterior. Por outro lado, na América Central, praticamente todos os países tiveram redução em suas produções, como El Salvador (-28,5%), Guatemala (-12,7%) e México (-7,2%). Já na América do Sul, o Brasil apresentou quebra de 9,6% e a Colômbia de 0,3%. Na Ásia, após vários anos consecutivos de aumento em sua produção, o Vietnã apurou recuo de 10,1%, para um total de 17,5 milhões de sacas. Com relação ao consumo, Robério Silva destacou o aumento contínuo há mais de quatro décadas, a uma taxa anual composta de 1,6% ao ano, o que deve levar, no fechamento do ano civil 2010, ao registro de 135 milhões de sacas consumidas, volume que implica evolução de 2,4% frente ao ano anterior. Indicações iniciais apontam que esta taxa de crescimento se manteve em 2011. Perspectivas até 2020 No final de sua análise, o diretor-executivo da OIC apresentou uma perspectiva de consumo nos próximos anos, com três cenários potenciais, cujos números, em 2020, seriam: demanda baixa, com 157 milhões de sacas; média, com 165 milhões; e alta, apresentando um montante de 173 milhões de sacas consumidas. Nos três casos, o consumo deve suplantar a produção. Como elemento negativo, Robério destacou a fraqueza do dólar em relação às moedas dos principais países produtores, fato que deverá produzir um impacto negativo sobre suas receitas. Estoques Mundiais em janeiro de 2012 O volume armazenado em países produtores está nos níveis mais baixos Abril 2012 15 Personagem Murilo Sérgio Gomes Torres Árbitro e técnico de registro, o veterinário atua nas principais raças equinas e contou à revista Mercado Rural um pouco de sua gloriosa carreira profissional. B astante conhecido na equideocultura, o veterinário Murilo Torres que atua no ramo há 27 anos, presta serviço para várias associações de raças equinas. É superintendente do registro genealógico na Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Pônei(ABCPONEI), ex-árbitro e atual técnico de registro na Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Mangalarga Marchador (ABCCMM), árbitro e técnico de registro na Associação Brasileira dos Criadores dos Criadores de Jumento Pêga (ABCJPêga) e árbitro na Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Pampa (ABCPampa). 16 Abril 2012 Desde menino Murilo tinha certeza do seu caminho profissional. A lida com os animais sempre foi sua paixão. Morou em João Monlevade/MG até os 12 anos de idade e criou cachorros, passarinhos, aves domésticas e várias espécies de roedores. Quando se mudou para Belo Horizonte foi morar em apartamento e privado de suas criações, partiu para a aquaricultura, atividade que exerceu até quando iniciou o curso de veterinária e se apaixonou pelos cavalos. A trajetória profissional de Murilo começou cedo e antes mesmo de se formar em veterinária, o profissional trabalhou em uma fazenda com criação de gado de leite e Mangalarga Marchador em Itapecerica /MG. Depois de formado, começou a atuar no campo, como veterinário, na região do Campo das Vertentes, interior de Minas Gerais. Mudou-se para Carmo da Mata e trabalhou no atendimento nas fazendas durante 14 anos. Foi responsável pelo atendimento sanitário, clínico e reprodutivo de mais de vinte haras das raças Campolina, Mangalarga Marchador, Muares, Piquira e Pônei Brasileiro. Em alguns deles continua atuando até hoje. Foi em 1991 ainda morando no interior que ingressou profissionalmente na ABCCMM. Por volta do ano de 1992, por ocasião do Plano Collor, Murilo retornou à Belo Horizonte, sua cidade natal. “Na época vários criadores foram forçados a desistir ou pelo menos dar uma freada em seus empreendimentos de maneira geral. Em especial a equideocultura ficou bastante abalada e o seu mercado de trabalho sofreu fortes reflexos. Apesar de adorar a vida do campo, voltei para Belo Horizonte, e investi na zootecnia, começando a atuar também em outras associações de criadores de equídeos, o que me é muito prazeroso”, disse. Apaixonado pela profissão, Murilo comemora sua satisfação e realização profissional em poder trabalhar naquilo que mais gosta: a seleção de animais e a zootecnia. Quando questionado sobre quais são as semelhanças no julgamento de várias raças, Murilo é enfático: “A equídeocultura é uma paixão e quando os criadores são ‘infectados pelo vírus cavalar’, não tem mais cura, é para sempre. Desta forma, os técnicos e árbitros de todas as raças enfrentam as mesmas dificuldades: de maneira geral os criadores se envaidecem de seus “meninos e meninas” e não mais enxergam suas deficiências. Cabe aos técnicos orientarem a seleção”, ponderou. Em relação às diferenças no julgamento de várias raças, o veterinário afirma que elas existem e que cada raça tem nuances muito específicas e o que mais o motiva é tentar cada vez mais aperfeiçoar-se. “Como os antigos diziam: na criação de cavalos a gente vive aprendendo e morre sem saber tudo”, disse. Bastante envolvido com o mercado de equinos, Murilo acredita que o Mangalarga Marchador é a raça com maior crescimento no Brasil hoje e a situação econômica do país influencia diretamente na equideocultura e o momento está excelente. Segundo ele, a raça Pônei merece destaque em relação à busca pelo padrão racial. “A raça Pônei é nova e está ainda em formação, mas ela vem se homogeneizando a cada dia, com maior intensidade e o fator que mais contribui para isso é sua direção técnica, a mesma há 17 anos”. Além disso, Murilo ressalta também o crescimento no número de novos criadores na raça Pônei Brasileiro. “O aumento do número de criadores se deve a fatores como a miniaturização dos animais, o que causa a admiração do público, às pelagens exóticas multicoloridas, a beleza estética destes cavalinhos, ao custo de manutenção que é três vezes mais baixo que o dos cavalos de maior porte e ao pouco espaço necessário para criá-los”, explicou. As longas distâncias percorridas, a carga horária extensa e as estradas de terra que, hora são poeira e hora lama, assim como os buracos, são apenas alguns empecilhos que, para Murilo, não tiram o brilho e a paixão pela sua profissão. Para ele, as alegrias ainda estão em maior quantidade. “O prazer de se ver um animal sadio, após um tratamento bem sucedido não tem preço. O nascimento de um potro excepcional em um criatório que você acompanha e as amizades verdadeiras que tenho construído através dessa profissão, são alguns dos motivos para me dedicar sempre mais”, comentou o veterinário. Funcionalidade Em relação à funcionalidade do cavalo, Murilo acredita que a cada ano os brasileiros mais se afeiçoam aos esportes hípicos e às cavalgadas. Em todas as cidades percebe-se uma efetiva presença de vários hotéis para cavalos e centros de treinamento. “Tem gente criando cavalos nos quintais e em outros lugares inusitados. A maior dificuldade para difundir a funcionalidade do cavalo vem sendo superada: a inexistência de eventos específicos. Atualmente a ABCCMM possui um departamento de provas equestres e tem conseguido a cada dia mostrar o imenso potencial funcional desta raça eclética, que é o Mangalarga Marchador”, disse. Murilo Sérgio e sua esposa Marlene Silva Torres Exposições O árbitro e técnico de registro também defende a participação em exposições, e pondera que elas são essenciais para os criadores melhor avaliarem a própria seleção. Em termos de novidades nos julgamentos, Murilo cita a raça Pampa, que se destaca no quesito morfologia. “A morfologia é comparativo como nas demais raças equinas, mas no Pampa é subdivido em cinco itens, sendo que o primeiro é a avaliação do passo, depois conferimos os aprumos em estática e em dinâmica, além das angulações dos membros locomotores. A terceira fase é de análise das regiões do tronco, a seguir comparativamente classificamos os cavalos pelas virtudes do conjunto de frente. Finalmente, na quinta etapa, apreciamos a aparência geral do grupo, todas essas avaliações são explicadas de forma sucinta, e os criadores conseguem acompanhar ativamente os julgamentos”, explicou. Mercado Leilões, feiras, jornais, internet, visitas aos haras e até o boca-a-boca são, segundo Murilo, eficientes formas de comercialização, cada uma delas adaptadas a um tipo especifico de cavalo a ser negociado. “Do que não se pode, é abrir mão da seriedade nas negociações e da veracidade nas informações à respeito dos animais”, ressaltou. Aos novos criadores, Murilo deixa aqui sua dica: “Andar longe, visitar o maior número de criatórios e eventos de todas as raças de equídeos. Participar de cursos para futuros criadores e acercar-se de profissionais idôneos para melhor escolher os seus primeiros animais”. Aos novos profissionais de arbitragem o experiente veterinário também deixa seu conselho: “Eles não devem abandonar suas profissões de origem para se dedicar integralmente à arbitragem sob pena de perder sua autonomia”, orientou. São até hoje 27 anos de carreira e Murilo contou à revista Mercado Rural um pouco dessa história profissional que poderia ser escrita em muitas páginas de revista. Nesse bate papo com esse experiente profissional, ficou uma lição: Os caminhos são cheio de pedras, poeiras e buracos, mas desistir, jamais! Abril 2012 17 Organizadores e expositores vêem saldo positivo na Feinco 2012 Foto: Zzn Peres C 18 Abril 2012 erca de 19 mil pessoas visitaram a Feinco 2012 – 9ª Feira Internacional de Caprinos e Ovinos, entre os dias 12 e 16 de março, para conhecer o trabalho de seleção e melhoramento genético desenvolvido pelos criatórios brasileiros e as novas tecnologias desenvolvidas para o setor. Considerada a vitrine da cadeia produtiva do setor e referência como a maior feira indoor da caprinovinocultura da América Latina, a Feinco 2012 foi realizada no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo, SP. O evento é uma realização do Agrocentro e seu foco principal é a Produção de Carne de Cordeiro e Cabrito, Leite e Derivados de Leite de Cabra, Exportação e Importação de Carne e Programas de Incentivo ao Produtor de Diversos Estados e Região. De acordo com o diretor da feira, Francisco Pastor, este ano participaram 3 mil caprinos e ovinos com aptidão para produção de leite, carne e lã, das seguintes raças: Santa Inês, Ile de France, Suffolk, Merino Australiano, Hampshire Down, Crioula, Boer, Saanen, Alpina, Anglo Nubiana, Toggenburg, entre outras. A alta qualidade e o alto padrão zootéc- nico dos animais foram destacados no envento. Segundo Pastor, o mercado em ebulição, com uma demanda tão grande por carnes de caprinos e ovinos, necessita de uma maior organização, além de mais investimentos para aumentar o rebanho comercial. “Temos que auxiliar o pequeno produtor, proporcionar linhas de crédito mais acessíveis com a intenção de facilitar a vida deles e com isso aproximá-los das associações e também dos grandes frigoríficos”, disse. O presidente da Aspaco, Arnaldo dos Santos Vieira Filho, disse que a Feinco é um norteador para o ano da caprinovinocultura nacional e analisou positivamente um dos diferencias da Feinco 2012. “O que pudemos ver durante essa semana, e que nos deixou muito satisfeitos, foi o profissionalismo que girou em torno da feira. Quem participou esteve realmente interessado e focado nas necessidades da cadeia produtiva do setor”, analisou Arnaldo. O vice presidente da Arco, Suetonio Vilar Campos, destacou a papel da Paraíba para o desenvolvimento das raças Santa Inês e Nova Morada e lembrou dos tempos em que a atividade ainda era coisa para amadores. “Em 1978 chegamos aqui em São Paulo, no Sudeste, sob este mesmo teto, com as primeiras ovelhas Santa Inês e Nova Morada e participamos do 1º Congresso Brasileiro de Ovinocultura. Hoje nossos animais já chegaram ao Sul do País e estão atingindo ótimos índices de crescimento em Santa Catarina”, comemorou Campos. Para Wallace Scott, presidente da Capripaulo, o grande destaque da feira ficou por conta dos índices zootécnicos e da melhoria genética dos rebanhos de dos pequenos produtores rurais nas de caprinos. Outro ponto positivo, para principais cadeias produtivas do agrone- Scott, foi a realização da Reunião da Câ- gócio paulista, capacitando-os com orien- mara Setorial de Ovinos e Caprinos, da tação de gestão empresarial, qualidade Secretaria de Agricultura do Estado de total, boas práticas agrícolas, acesso a mer- São Paulo. “A reunião foi um divisor de cados, entre outros. O tripé de sustentação águas. O que pudemos ver de resultados do programa, segundo Paula Orenella, são de pesquisa e desenvolvimento nortea- as ações e consultorias ligadas a produto, ram o caminho que temos a trilhar. A Ca- processo e mercado, que buscam respos- pripaulo, a partir de amanhã, já começa a tas às questões: “o que produzir, “como trabalhar para a Feinco 2013”, anunciou. produzir e para quem produzir”, além Paula Orenella Belo Fagnani, do Se- de consultorias em tecnologias, gestão e brae/SP destacou a importância da enti- operacionalização da propriedade rural e dade para os pequenos produtores e falou orientação de acesso a mercados e apoio sobre o programa Agrosebrae, que tem à montagem de cadeias de negócios como objetivo melhorar a competitivida- (quando e onde couber). Leilões da Feinco faturam R$ 1,4 milhão Com uma agenda mais enxuta, a 9ª Feinco, realizou cinco leilões (em 2011 foram oito): três de ovinos da raça Dorper, um da Santa Inês e um de caprinos Anglonubiana. Os 174 lotes ofertados renderam R$ 1.417.960 e média de R$ 8.149. Abril 2012 19 O Dorper foi o destaque dos leilões da Feinco 2012 em número de animais e em faturamento. Os três leilões dessa raça colocaram no mercado 124 lotes ao preço médio de R$ 9.030 e, juntos, movimentaram a cifra de R$ 1.119,740. O Leilão Dorper Buriá, chancelado pela ABCDorper (Associação Brasileira de Criadores de Dorper), e promovido pelos criadores Luiz e Eduardo Teixeira, abriu a agenda de remates da Feinco, dia 13 de março. Os 46 lotes ofertados renderam R$ 400.060 e média de R$ 8.697. As 40 fêmeas saíram pela média de R$ 9.012; os 5 machos pelo preço médio de R$ 7.900 e 1 embrião por R$ 10.080. Já o 5º Leilão Fazenda Campo Verde, oferta do criador Mário Castro, de Jarinu (SP), realizado dia 14 de março, vendeu 40 lotes da raça Dorper pela média de R$ 7.992 e faturou R$ 319.680. Dos lotes vendidos, as 39 fêmeas (38 animais e uma cota de 50%) saíram pela média de R$ 7.520. Por sua vez, o único reprodutor ofertado, Campo Verde TE 2099, foi arrematado foi R$ 26.400, o mesmo valor de 20 Abril 2012 50% da propriedade da Grande Campeã Feinco 2012, arrematada por Delfim Pinto de Sá Quintela. O 8º Leilão VPJ Doadoras, realizado dia 15 de março, apresentou em pista uma oferta selecionada de doadoras da VPJ Agropecuária, do Valdomiro Poliselli Júnior. O resultado foi a venda de 38 lotes (duplos e individuais) pelo total de R$ 400.000 ao preço médio de R$ 10.526. Entre as doadoras, o lote mais valorizado foi VPJ Dorper TE 1685, campeã nacional Borrega Maior 2010, prenhe do Grande Campeão Nacional Feinco 2011 Ravi, vendida por R$ 22.500 para Robson Lima Araújo. Entre os machos, o Reservado Campeão Nacional, VPJ Dorper 2025, (linhagem Bradock em ovelha VPJ Cinqüenta), conhecido como “Bala de Prata”, apresentado pelo criador e cantor sertanejo Sorocaba, teve 50% de sua propriedade adquirida por Sandro Viturini, que pagou R$ 15 mil. Este foi o mesmo valor de 50% da propriedade de VPJ Dragon 1592, uma compra de Érico Tavares de Souza, selecionador pernambucano. O 3º Leilão Seleção Brasileira do Anglonubiano, ofereceu genética caprina dos criadores André Ferreira, da Porto Reserva; Fernando Fabrini, da Três Marias; Paulo Zabulon, da Santa Lourdes; e Pedro Didier, do Condomínio Paraguassu. Na batida final do martelo do leiloeiro foram vendidos 27 lotes (24 fêmeas, dois machos e um embrião) pela média de R$ 4.400 e faturamento de R$ 119.900. As fêmeas saíram pela média de R$ 4.410, os machos pelo preço médio de R$ 6.480 e o embrião por R$ 1.100. O 5º Leilão Chave de Ouro, promoção da Santa Mônica, Morro Verde, Guarany, Porto Reserva, Vassoral & Carpa Serrana e Rebanho Sim, realizado dia 16 de março, fechou o agenda de remates da Feinco 2012 com a venda de 24 lotes de ovinos Santa Inês (22 animais e dois embriões da raça) por R$ 178.320 e média de R$ 7.430. As fêmeas puras saíram pela média de R$ 6.853, uma fêmea em seleção por R$ 4.080, os machos pela média de R$ 6.560 e, cada embrião, por R$ 15.600. Abril 2012 21 Os sete hábitos 5º O quinto hábito, e não menos importante é adotar práticas sustentáveis consagradas (plantio direto na palha, integração lavoura pecuária, manejo integrado, monitoramento). Foto: Divulgação dos produtores sustentáveis ção do empregado, lhe incluir no processo e nas atividades da propriedade). 6º O sexto hábito é respeitar e valorizar áreas de preservação ambiental, preservar rios e animais silvestres, além de utilizar tecnologias eficientes, que minimizem os riscos ambientais e sociais. 7º 1º *José Annes Engenheiro Agrônomo, Gerente de Educação da Associação Nacional de Defesa Vegetal, MBA em Marketing – FGV. 22 Abril 2012 H á anos tenho observado que os opositores da agricultura brasileira apenas questionam os avanços científicos da tecnologia até a biotecnologia, mas nunca na área da farmácia e na indústria automobilista, por exemplo. Observem o que leva estas pessoas a serem contra algo que ajuda a empregar milhões de pessoas. Tirar a fome de milhares e contribuir para preservação do meio ambiente? Temos muitos exemplos: nosso plantio direto, que não remove mais o solo, e que no passado era taxado de contribuir para o assoreamento de nossos rios, e ao mesmo tempo é o nosso pão de cada dia, nos alimenta! Notem que a agricultura não é santa, mas também não é vilã, precisamos de equilíbrio em tudo que fazemos, não há agricultura sem o rompimento das relações bioló- gicas, como não há fabricação de carros sem impactos ao ar, as pessoas, ao solo. As construções de edifícios não usam o solo? As estradas -nossos caminhos para praias, os rios que são suprimidos nas grandes cidades, podemos dar vários exemplos. Somos nós seres humanos que precisamos manejar nossas atividades para nos mantermos sustentáveis. E digo a vocês, talvez não tenha e não conheça profundamente nossa história, mas não tenho dúvidas ao afirmar que somos os grandes heróis e temos a melhor agricultura do mundo, tanto do ponto de vista tecnológico como do ponto de vista ambiental. Não está na hora de valorizarmos nosso maior bem, onde somos líderes? Afirmações evasivas devem ser questionadas e respondidas com ciência, precisamos nos posicionar de forma contundente e nisto, de forma geral, gostaria de contribuir e ajudar nossos produtores que realmente são grandes heróis e altamente sustentáveis. A primeira pergunta que devemos fazer é: o que é ser sustentável? Como devo fazer para ser sustentável - palavra esta bonita, mas na prática o que significa? Aplicar menos agrotóxicos, produzir alimentos orgânicos? Essas dúvidas nos remetem a algumas diferentes formas de pensar a agricultura. Em minha visão ser sustentável é aliar os três pilares da sustentabilidade: social, econômico e ambiental. Analisando estes aspectos podemos chegar a constatações importantes que assim podemos chamar de “os hábitos sustentáveis dos produtores rurais”. Esta tarefa pode demorar anos, mas tenham certeza que terão sucesso. O primeiro deles e importantíssimo é regularizar a propriedade quanto a aspectos legais (ambiental). Agora, com a pressão para diminuir o desmatamento - ônus que foi colocado nas costas da agricultura e que, há 30 atrás era um incentivo - precisa ser legalmente concedido e até mesmo evitado. 2º O segundo é o planejamento, a gestão da propriedade. Onde quero chegar? Em quanto tempo? Qual atividade mais rentável nesta região? Essas são perguntas que precisam ser respondidas para que o próximo hábito venha a ser implantado. 3º O terceiro hábito: após analise e implantação do plano é investir em atividades que tenham retorno financeiro, que gerem divisas a curto, médio e longo prazo. 4º O quarto hábito é a gestão dos aspectos sociais (valoriza- E por fim o sétimo hábito e talvez um dos mais importantes: valorizar o consumidor e contribuir para ações educacionais junto a sua comunidade. Fazendo uma analogia, podemos dizer que estamos seguindo “Os sete hábitos das pessoas altamente eficazes”, livro este espetacular para nosso crescimento profissional e pessoal, nos diz e mostra como podemos ser eficazes, e nada mais justo que adotarmos e implantarmos em nossas atividades e por que não na agricultura. Senhores, estas recomendações, parecem impossíveis de serem cumpridas, mas não são! Temos muitos exemplos de propriedades sustentáveis no Brasil, basta termos atitude e querer fazer. Esse é um desafio lançado, aperfeiçoamentos são bem-vindos. O importante é seguir em frente e manter o agro cada vez mais forte e robusto. Mãos a obra meus amigos, por que a carroça com os bois está passando, agarrem e não desistam no primeiro obstáculo, a vida é feita de estradas sinuosas e de difícil acesso. Nunca desista de seus ideais. Até mais!!! Abril 2012 23 Foto: Milaré Com mercado aquecido, rosas estimulam a economia do País A s rosas vêm conquistando cada vez mais espaço e contribuindo para fortalecer a economia do País. De janeiro a dezembro de 2010, foram comercializadas no Brasil, 23,5 mil toneladas de flores de corte e vaso. Já em 2011, esse número subiu para mais de 47 mil toneladas. Durante o ano passado, no Entreposto Terminal São Paulo da Ceagesp, foram vendidas 4.229.718 de rosas, com destaque para os meses de maio e dezembro, com 442.719 e 408.011 botões, respectivamente. Em 2009, a média de gastos do brasileiro era de aproximadamente R$ 8,00 por pessoa. Já no ano passado essa margem foi de R$ 15,00. Entre as principais razões para esse crescimento está o aumento na renda e a tecnologia aplicada no cultivo das flores, que as tornam mais resistentes. Outro fator que merece destaque é o acesso aos produtos. “O poder de compra do brasileiro estimulou o crescimento do setor de rosas no Brasil. As flores estão virando um hábito de consumo das pessoas, e isso tende a fomentar cada vez mais o segmento, que gerará mais empregos se continuarmos neste ritmo positivo”, avaliou Roberto Reijers, sócio diretor da Rosas Reijers. O Ceará possui papel de destaque com relação ao cultivo e comercialização de rosas, sendo o segundo maior Estado exportador de flores do Brasil. No ano passado, foram produzidos 13.600 kg de rosas, impactando em um crescimento nas exportações cearenses de 52%, de 2010 para 2011. Já em Minas Gerais, de acordo com a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Estado de Minas Gerais, em 2011 foram exportadas 3,10 toneladas de rosas, gerando US$ 23 mil ao Estado. “Temos uma expectativa de crescer 15% em 2012. Nossos investimentos são audaciosos, com algumas ações importantes para alavancarmos ainda mais este potencial. Estamos trabalhando arduamente para estimular este ‘braço’ da economia”, finalizou Reijers. Exportações de couros em 2011 somaram US$ 2,05 bilhões A receita com as exportações brasileiras de couros cresceu 17% em relação a 2010, e ficou dentro da previsão do setor; a indústria, entretanto, vê 2012 com apreensão, preocupada com os efeitos da crise econômica internacional A s exportações brasileiras de couros e peles, em 2011, movimentaram US$ 2,05 bilhões, embarcando 352,2 mil toneladas. Esse total representa um aumento de 17% em relação a 2010, quando o setor apurou US$ 1,74 bilhão, segundo dados contabilizados pelo Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB), com base no balanço da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. “A despeito da recuperação do valor das exportações, os 26,7 milhões de couros bovinos embarcados em 2011 24 Abril 2012 ficaram 2% abaixo do que o volume das vendas do ano anterior. E, embora a receita apurada esteja dentro da estimativa do setor, a crise econômica internacional que atinge a Europa, Estados Unidos e agora chega à China, deve tornar os negócios mais difíceis em 2012”, explica o presidente do CICB, Wolfgang Goerlich. Segundo o executivo, houve recuo de pedidos no último trimestre do ano passado, sendo que as exportações de dezembro ainda foram realizadas com base em contratos anteriores. “E o mercado interno dificilmente terá fôlego para absorver eventuais perdas na exportação, pois está saturado e ainda enfrenta crescente substituição do couro nos calçados por produtos alternativos, visando uma competição de preço”, observa. Paralelamente, outros gargalos agravam as dificuldades da indústria nacional, salienta Goerlich, a exemplo dos já conhecidos Custo Brasil: a elevada carga tributária, as altas taxas de juros, a falta de linhas de crédito para capital de giro e a excessiva burocracia, dentre outros obstáculos. I Congresso Mundial confere projeção internacional ao couro brasileiro Evento, realizado em novembro, no Rio de Janeiro, reuniu mais de 350 especialistas, empresários, estilistas e técnicos internacionais A despeito dos desafios e obstáculos enfrentados, a indústria do couro vem aumentando a sua importância e contribuição econômica para a própria balança comercial brasileira, cuja participação representou 6,86% do saldo registrado em 2011. Segundo dados do Relatório do CICB, o perfil das exportações brasileiras por tipo de couro no ano passado, nos produtos acabados, foi de 57%, em receita, e 42% em volume. Abril 2012 25 Já nos últimos 11 anos o avanço do setor curtidor registrou aumento de 465% no porcentual da receita obtida com a produção de couros crust e acabados, produtos de maior valor agregado, passando de US$ 318 milhões (2000) para US$ 1,48 bilhão (2011). Importante para a economia brasileira, o couro também conferiu projeção internacional ao País, com a realização do I Congresso Mundial do Couro, promovido pelo CICB no Rio de Janeiro, em novembro. O presidente da entidade, Wolfgang Goerlich, destaca o impacto do evento: “O Congresso, realizado em parceria com o International Council of Tanners (ICT, sigla em inglês para Conselho Internacional dos Curtumes), em conjunto com a Couromoda, contou com a participação de 356 técnicos, empresários e estilistas de 26 países, demonstrando a importância do Brasil como um dos destacados players da indústria curtidora”, diz Goerlich. Além da realização do congresso, o presidente do CICB também atribui a boa imagem do couro brasileiro no exterior à promoção do programa “Brazilian Leather”, conduzido em parceria com a Apex-Brasil, 26 Abril 2012 agência vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. “Estas ações estão se tornando referência no setor e seus resultados positivos já refletem na imagem positiva do nosso produto e nas vendas externas”, afirma o executivo. China+Hong Kong, Itália e Estados Unidos foram os principais destinos do couro nacional em 2011; Brasil também aumenta embarques para a Alemanha, Coréia do Sul, México, Vietnã, Hungria, Taiwan, Tailândia e Uruguai No ano passado, os principais destinos do produto nacional foram a China e Hong Kong, com US$ 615 milhões; 30,1% de participação e crescimento de 10% ante 2010; Itália (US$ 456,9 milhões, 22,3% de participação e elevação de 18%); e Estados Unidos, US$ 229,48 milhões, (11,2% e aumento de 21%). Nos doze meses de 2011, Alemanha (US$ 88,88 milhões, 4,3% de participação e crescimento de 60%), Coréia do Sul (US$ 65,18 milhões, 3,2% e aumento de 36%), México (US$ 59,41 milhões, incremento de 42%), Vietnã (US$ 58,3 milhões, elevação de 13%) e Hungria (US$ 44,15 milhões, 152%) foram outros importantes destinos das exportações brasileiras. Entre outros países que aumentaram as compras do couro nacional no período figuram Taiwan (US$ 36,7 milhões, 91%), Tailândia (US$ 34,47 milhões, 17%) e Uruguai (US$ 22,78 milhões, 187%). Ranking dos dez maiores estados exportadores em 2011 O balanço das vendas externas de couros dos estados brasileiros nos doze meses do ano passado em relação a 2010 informa que os principais exportadores são Rio Grande do Sul (US$ 492,22 milhões, 24,1% de participação) e São Paulo (US$ 442,38, 21,6% de participação), seguido pelo Paraná (US$ 227,8 milhões, 11,1%), Goiás (US$ 191,82 milhões, 9,4%) e Ceará (US$ 184,13 milhões, 9%). Os demais estados são Bahia (US$ 128,74 milhões, 6,3%), Minas Gerais (US$ 98,6 milhões, 4,8%), Mato Grosso (US$ 87,52 milhões, 4,3%), Mato Grosso do Sul (US$ 78,2 milhões, 3,8%) e Santa Catarina (US$ 51,87 milhões, 2,5%). Abril 2012 27 Espumantes A bebida do verão V Foto: Divulgação erão, praia, calor, mar e piscina. Pra beber, que tal um espumante? Pode ser branco ou rosé. Especialistas afirmam que mais que nunca, a bebida da vez é o espumante, que tomou lugar nas mesas e taças dos brasileiros principalmente no verão. Foi-se o tempo em que espumantes eram consumidos exclusivamente no Ano Novo ou em outras datas comemorativas. Com garrafas cada vez mais frequentes nas prateleiras dos supermercados e também com preços mais acessíveis, os espumantes têm sido as estrelas do verão quando se trata de bebidas alcoólicas. Cada momento tem seu espumante adequado. Não dá para se servir champagnes safrados em uma festa de casamento. Na piscina ou na praia, proseccos, espumantes nacionais, ou um espumante francês ou português, saborosos e finos. Escolhemos os espumantes de acordo com a nossa sensibilidade e condição de pagar. Mas, quanto mais você os conhece, mais vai saber diferenciar o que oferecer, a cada momento e respeitar a dignidade que lhe é própria. D acordo com a presidente da Associação Brasileira de Sommeliers em Minas Gerais (ABS-MG), Lúcia Palhano, os 28 Abril 2012 leves espumantes italianos da região do Vêneto, elaborados com a uva prosecco viraram tendência há alguns anos. Por serem refrescantes, por vezes delicados, e mais em conta que o champagne francês, existe hoje no mercado brasileiro mais de 40 marcas diferentes do prosecco italiano, que ajudou a popularizar o consumo dessas bebidas. Lúcia destacou ainda que no Brasil, cuja Serra Gaúcha tem um terroir semelhante à região de Champagne, a produção de espumantes cresceu exponencialmente. Além do conhecido Chandom, o Brasil é produtor de outras excelentes marcas como, por exemplo, o Cave Geisse, Valmarino e o Adolfo Lona, da Serra Gaúcha, ou o Cave Perico, de Santa Catarina, novo pólo de produção de vinhos de primeira linha. “Nossos espumantes nada deixam a desejar para os proseccos italianos, cavas espanholas, espumosos portugueses ou mesmo champagnes (como somente os espumantes franceses da região com o mesmo nome podem ser chamados), e tem conseguido competir com todos eles”, disse. Importados ou nacionais, o gosto irresistível dos espumantes ganha cada vez mais adeptos pelo Brasil e toma o lugar da cervejinha gelada. Agora é só escolher o acompanhamento ideal e degustar as várias e excelentes opções, que estão à venda nos bares, restaurantes e também nas praias e piscinas pelo mundo afora. Abril 2012 29 Em pleno século 21 Brasil ainda luta contra utilização de mão de obra análoga à escravidão A expressão escravidão moderna possui sentido metafórico, pois não se trata mais de compra ou venda de pessoas. No entanto, os meios de comunicação em geral utilizam a expressão para designar aquelas relações de trabalho nas quais as pessoas são forçadas a exercer uma atividade contra sua vontade, sob ameaça, violência física e psicológica ou outras formas de intimidações. Muitas dessas formas de trabalho são acobertadas pela expressão trabalhos forçados, embora quase sempre impliquem o uso de violência. No Brasil, o trabalho escravo resulta da soma do trabalho degradante com a privação de liberdade. Além de o trabalhador ficar atrelado a uma dívida, tem seus documentos retidos e, nas áreas ru- 30 Abril 2012 rais, normalmente fica em local geograficamente isolado. O conceito de trabalho escravo é universal e todo mundo sabe o que é escravidão. O trabalho escravo não existe somente no meio rural, ocorre também nas áreas urbanas, nas cidades, porém em menor intensidade. O trabalho escravo urbano é de outra natureza. No Brasil, os principais casos de escravidão urbana ocorrem na região metropolitana de São Paulo, onde os imigrantes ilegais são predominantemente latino-americanos, sobretudo os bolivianos, e mais recentemente os asiáticos, que trabalham dezenas de horas diárias, sem folga e com baixíssimos salários, geralmente em oficinas de costura. A solução para essa situação é a regularização desses imigrantes e do seu trabalho. Tradução literal: “Acabar com o trabalho escravo não é tão fácil.” PEC do Trabalho Escravo Cobranças para aprovação da proposta de emenda à Constituição, chamada PEC do Trabalho Escravo, fizeram parte das mobilizações e debates que marcaram a semana de combate ao trabalho escravo, em sua terceira edição, quando entidades públicas e organizações civis cobraram o fim da exploração da mão-de-obra, principalmente na área rural do país. A data de 28 de janeiro foi escolhida como o Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo depois que 3 auditores fiscais e um motorista do Ministério do Trabalho foram assassinados em uma blitz no interior de Minas Gerais. Manifestações exigiram o julgamento dos envolvidos na “Chacina de Unaí”, como ficou conhecido o assassinato dos fiscais do trabalho. Cinco acusados de participar da execução permanecem presos provisoriamente e quatro réus já condenados estão em liberdade, beneficiados por habeas corpus. A PEC do Trabalho Escravo foi aprovada no Senado em 2001, mas ainda está na Câmara dos Deputados aguardando a vota- ção em segundo turno pelo Plenário. A demora é criticada por parlamentares, como é o caso do deputado Arnaldo Jordy, do PPS do Pará, que afirma que os casos de exploração do trabalho em condições análogas à escravidão desqualifica a imagem do país. “No Brasil do século 21, nós ainda estamos devendo essa obviedade à sociedade, que é penalizar aqueles que insistem na relação laboral e trabalhista ainda com práticas de 2 a 3 séculos passados”, comenta. O Ministério do Trabalho divulgou um balanço de 2011 onde os fiscais libertaram mais de duas mil pessoas em condições de escravidão em empresas e fazendas pelo país. O Supremo Tribunal Federal deve julgar ainda neste primeiro semestre uma ação da Confederação Nacional da Agricultura contra a lista suja do trabalho escravo, divulgada periodicamente pelo Ministério do Trabalho. MTE lança Manual de Combate ao Trabalho Escravo Entre as atividades da Semana de Combate ao Trabalho Escravo, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) lançou, em Brasilia, o Manual de Combate ao Trabalho em Condições Análogas às de Escravo. Fruto da reflexão e do trabalho de diversos auditores fiscais que estiveram envolvidos diretamente com o combate ao trabalho análogo ao de escravo no decorrer dos últimos dezesseis anos, a publicação tem como finalidade orientar o trabalho dos auditores no enfrentamento a este tipo de prática ilegal. Balanço Segundo levantamento da Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT), das primeiras ações em 1995 até 2011, 41.451 trabalhadores foram resgatados da situação análoga a de escravos, o que resultou no pagamento de indenizações em torno de R$ 67,7 milhões. Além disso, 3.165 estabelecimentos foram inspecionados, com 35.788 autos de infração lavrados. Foto: Divulgação escravo Anúncio criado pela agência AlmapBBDO, Brazil, para a ILO Organização Internacional do Trabalho, órgão das Nações Unidas para promover o trabalho decente em todo o mundo. Fotos: Divulgação \ BBC Foto: Divulgação Trabalho A escravidão no Brasil foi extinta oficialmente em 13 de maio de 1888, todavia, o governo brasileiro admite a existência de condições de trabalho análogas à escravidão. A erradicação do trabalho escravo passa pelo cumprimento das leis existentes, porém isso não tem sido suficiente para acabar com esse flagelo social. Mesmo com aplicações de multas, corte de crédito rural ao agropecuarista infrator ou de apreensões das mercadorias nas oficinas de costura, utilizar o trabalho escravo é ainda um bom negócio para muitos fazendeiros e empresários porque barateia os custos da mão de obra. Quando flagrados, os infratores pagam os direitos trabalhistas que haviam sonegado aos trabalhadores e nada mais acontece. Criada em agosto de 2003, a Comissão Nacional Para a Erradicação do Trabalho Escravo (CONATRAE), órgão vinculado à Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, tem a função de monitorar a execução do Plano Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo. Lançado em março de 2003, o Plano contém 76 ações, cuja responsabilidade de execução é compartilhada por órgãos do Executivo, Legislativo, Judiciário, Ministério Público, entidades da sociedade civil e organismos internacionais. Somente em 2011, foram efetivadas 158 operações de combate à escravidão em 320 estabelecimentos inspecionados, as quais alcançaram 27.246 trabalhadores e resultaram em 1.850 registros realizados e 2.271 trabalhadores resgatados de condições subumanas. Os pagamentos de verbas rescisórias totalizaram R$ 5,4 milhões. Foram lavrados 4.205 autos de infração e emitidas 2.139 Guias do Seguro-Desemprego do Trabalhador Resgatado e 339 Carteiras de Trabalho e Previdência Social. Estão incluídos nestes números dados do combate ao trabalho escravo urbano, em especial, decorrentes de diversas operações realizadas no estado de São Paulo, que possibilitaram o resgate de 135 trabalhadores em indústrias do vestuário e da construção civil. Abril 2012 31 Fotos: Divulgação Gir Leiteiro Raça comemora bom momento e divulga projetos para 2012 A revista Mercado da Carne conversou com o presidente da Associação Paulista de Criadores de Gir Leiteiro APCGIL, que falou sobre os projetos da associação para o ano de 2012. De acordo com Carlos Alberto da Silva, mais conhecido como Carlão, a raça Gir está encontrando seu foco na produção de leite verdadeiramente a pasto. “Minha expectativa para 2012 é que a raça siga crescendo. A Prova de Gir Leiteiro a Pasto - PGLP-APCGIL/USP, deu uma chacoalhada no mercado, incentivando outros núcleos e associações a trilharem este caminho, o que é excelente para o mercado”, afirmou. Para Carlão, criar o marketing da produção a pasto é uma demanda agregadora e democrática, pois alarga os horizontes da raça, do ponto de vista comercial e dá credibilidade e segurança para os criadores que vivem de vender 32 Abril 2012 genética. “ Pelo lado da demanda, muita gente que queria usar a raça e se via inibida diante da natural purpurina dos grandes leilões e exposições, agora vai entrar, pois sabe que estará comprando um produto que foi testado nas mesmas condições da sua propriedade, o que agrega uma certeza maior em termos de resultado econômico”, disse. O presidente da APCGIL reforçou que o principal projeto da Associação para 2012 e para os próximos 10 anos é o convênio firmado com a Universidade de São Paulo (USP). “A menina dos olhos desse convênio é a primeira prova de gir leiteiro a pasto, já conhecida pela sigla PGLP/APCGIL & USP. Nela, vamos testar matrizes e famílias produtoras de leite dentro da realidade da produção leiteira do Brasil. Sem dúvida, esta ideia é o que há de mais moderno no horizonte da raça”, explicou. “Ela não é uma proposta da Associação Paulista fechada para criadores do Estado e, sim, uma proposta que foi pensada para o Gir Leiteiro do Brasil e aberta para todos os criadores do país. Tanto que temos a coparticipação técnica da ABCGIL, Associação Brasileira dos Criadores de Gir Leiteiro e da ABCZ, Associação Brasileira dos Criadores de Zebu”, completou. O presidente ressaltou que é preciso estudar a fisiologia do zebu leiteiro na universidade, cuja literatura em termos de genética leiteira zebuína é muito rasteira. Assim, em breve, haverá na USP, um rebanho leiteiro constituído de matrizes Gir Leiteiro , para que os futuros zootecnistas e veterinários se formem sabendo muito mais do que sabem hoje sobre o a raça. Outras ações da APCGIL serão a continuidade no incentivo do crescimento das exposições homologadas e ranqueadas no estado de São Paulo, porque as exposições são um ponto de contato importante dos produtores de genética com os usuários Carlos Alberto da Silva, presidente da APCGIL da raça, além de ser uma ferramenta muito eficiente de comparação dos estágios seletivos de cada criador entre si. “Desde quando assumimos a APCGIL, dobramos o número de exposições ranqueadas no Estado. Tal crescimento só foi possível pelo trabalho duro dos criadores associados à entidade que entenderam a importância de dedicar parte do seu tempo à organização de tais atividades. Criamos líderes regionais locais e são eles que tocam essas iniciativas. Isso constitui a força motriz da Associação. É a força de cada associado fazendo uma entidade forte e democrática. Lembro também que neste ítem, a ABCGIL tem papel fundamental, pois é ela quem fornece todo suporte técnico e de pessoal para que estas exposições se realizem”, ponderou o presidente da Associação. Carlão ressalta que a entidade nasceu em janeiro de 2010, com 15 sócios na assembléia de fundação e hoje já conta com 52 associados. “Pretendemos seguir crescendo neste quesito, e para isso, as ações que estabelecemos são fundamentais. Queremos associar o que ainda falta de criadores do Estado, mas pretendemos no futuro criar um estímulo para que os usuários da raça se tornem sócios da APCGIL. Ela pode e deve ser muito maior do que é hoje”, disse. De acordo com Carlão, outros eventos de grande importância para a raça são os ‘dias de campo’, que acontecem concomitantemente a outras ações, como por exemplo em eventos promovidos em São Paulo pela Agência Paulista de Tecnologia para o Agronegócio (APTA) e Coordenadoria de Assistência Técnica Integral da Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo (CATI). “O Governador Geraldo Alckmin, com quem estivemos em janeiro no Palácio dos Bandeirantes, está vendo com muito bons olhos este nosso trabalho no Gir Leiteiro. Também estamos promovendo dias de campo em parceira com a Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) e o Programa de Melhoramento Genético de Zebuínos PMGZ Leite”, ressaltou. Com relação às parcerias com entidades públicas e o setor privado Carlão ponderou que várias ações têm sido fei- tas com esse objetivo: “Temos procurado atrair parceiros importantes da iniciativa privada para nossos projetos como por exemplo o da Dow Agrosciences, que é nosso apoiador na PGLP APCGIL USP e a C.R.I. GENÉTICA BRASIL, empresa de inseminação artificial, que além de apoiar o projeto da USP, acaba de se tornar sócia da nossa entidade. Tenho certeza que em breve poderei anunciar mais nomes de parceiros, o que vai somar muito com a força da entidade”, comemorou. Finalizando as ações da entidade para o ano, Carlão destaca que outro importante projeto da APCGIL que dará suporte aos novos criadores será a Cartilha do novo criador e usuário do Gir Leiteiro. “Neste projeto, contamos muito com a dedicação e tempo de vários associados, como Camila Almeida e a Dra Dalila Galdeano Lopes e também com a dedicação do diretor técnico da ABCGIL, o competente amigo Aníbal Vercesi. Esse projeto tem a pretensão de responder às perguntas e dúvidas mais frequentes dos novos criadores da raça”, finalizou. Lista de material necessário para construir uma fossa séptica: Fossa septica biodigestora Quant. Unid. 1 1000L Foto: Divulgação S egundo a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e o Abastecimento, a agricultura de base familiar reúne 14 milhões de pessoas, mais de 60% do total de agricultores, e detém 75% dos estabelecimentos agrícolas no Brasil. É comum nessas propriedades o uso de fossas rudimentares (fossa “negra”, poço, buraco, etc.), que contaminam águas subterrâneas e, obviamente os poços de água, os conhecidos poços ”caipiras”. Assim, há a possibilidade de contaminação dessa população, por doenças veiculadas pela urina, fezes e água, como hepatite, cólera, salmonelose e outras. isso, o processo de biodigestão de resíduos orgânicos é uma possibilidade real a ser considerada para a melhoria do saneamento no meio rural. A Embrapa, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, desenvolveu um modelo de biodigestor com dois objetivos: substituir, a um custo barato para o produtor rural, o esgoto a céu aberto e as fossas sépticas e utilizar o efluente como um adubo orgânico, minimizando gastos com adubação química, ou seja, melhorar o saneamento rural e desenvolver a agricultura orgânica. Solução simples e barata O sistema (figura 1a) é composto por duas caixas de fibrocimento ou fibra de vidro de 1000 L cada [5], facilmente encontradas no comércio, conectadas exclusivamente ao vaso sanitário, (pois a água do banheiro e da pia não têm potencial patogênico e sabão ou detergente tem propriedades antibióticas que inibem o processo de biodigestão) e a uma terceira de 1000 L [6], que serve para coleta do efluente (adubo orgânico). 2 1000L 5 em propriedades rurais O processo de biodigestão de resíduos orgânicos é bastante antigo, sendo que a primeira unidade foi instalada em Bombaim, na Índia em 1819; na Austrália uma companhia produz e industrializa o metano a partir de esgoto desde 1911. A China possui 4,5 milhões de biodigestores que produzem gás e adubo orgânico, sendo que a principal função é o saneamento no meio rural . No Brasil, a ênfase para os biodigestores foi dada para a produção de gás, com o objetivo de converter a energia do biogás em energia elétrica através de geradores. Isso permitiu melhorar as condições rurais, como por exemplo o uso de ordenhadeiras na produção de leite, e outros benefícios que podem ser introduzidos. Esse processo realiza-se através da decomposição anaeróbica da matéria orgânica digerível por bactérias que a transforma em biogás e efluente estabilizado e sem odores, podendo ser utilizado para fins agrícolas. As fases do processo constam de: fase de hidrólise enzimática, ácida e metanogênica, as quais eliminam todo e qualquer elemento patogênico existente nas fezes, devido principalmente, à variação de temperatura. Com 3 4 2 3 4 1000L 6 7 (a) Camada de areia fina lavada Camada de 10 cm de pedra britada n. 1 Camada de 10 cm de pedra britada n. 3 Tela de nylon fina (tipo mosquiteiro) (b) Figura 1 As tampas dessas caixas devem ser vedadas com borracha e unidas entre si por tubos e conexões de PVC de 4”, com curva de 90o longa [3] no interior das caixas e T de inspeção [4] para o caso de entupimento do sistema. Os tubos e conexões devem ser vedados na junção com a caixa com cola de silicone e o sistema deve ficar enterrado no solo para manter o isolamento térmico. Inicialmente, a primeira caixa deve ser preenchida com aproximadamente 20 L de uma mistura de 50% de água e 50% esterco bovino (fresco). O objetivo desse procedimento é aumentar a atividade microbiana e consequentemente 03 pç 06 01 02 03 02 10 02 02 02 01 01 01 02 25 01 m pç pç pç pç pç m pç pç pç m pç tb m tb 01 01 tb litro Descrição Caixa de fibrocimento ou fibra de vidro de 1000 L Tubo de PVC 100mm para esgoto Válvula de retenção de PVC 100mm Curva 90° longa de PVC 100mm Luva de PVC 100mm Tê de inspeção de PVC 100mm O’ring 100mm Tubo de PVC soldável 25mm Cap de PVC soldável 25mm Flange de PVC soldável 25mm Flange de PVC soldável 50mm Tubo de PVC soldável 50mm Registro de esfera de PVC 50mm Cola de silicone de 300g Borracha de vedação 15x15mm Pasta lubrificante para juntas elásticas em PVC rígido – 400g Adesivo para PVC – 100g Neutrol Ferramental a eficiência da biodigestão, dever ser repetido a cada 30 dias com 10 L da mistura água/esterco bovino através da válvula de retenção [1]. O sistema consta ainda de duas chaminés de alívio [2] colocadas sobre as duas primeiras caixas para a descarga do gás acumulado (CH4). A coleta do efluente é feita através do registro de esfera de 50 mm [7] instalado na caixa coletora [6]. Caso não se deseje aproveitar o efluente como adubo e utilizá-lo somente para irrigação, pode-se montar na terceira caixa um filtro de areia, que permitirá a saída de água sem excesso de matéria orgânica dissolvida (figura 1b). Quant. Unid. 01 01 01 01 01 01 01 01 01 02 pç pç pç pç pç pç pç pç pç fl Descrição Serra copo 100mm Serra copo 50mm Serra copo 25mm Aplicador de silicone Arco de serra c/ lâmina de 24 dentes Furadeira elétrica Pincel de ¾’ Pincel de 4” Estilete ou faca Lixa comum no. 100 Se não for utilizar o efluente como adubo orgânico, mais: • Areia fina lavada • Pedra britada nº 1 • Pedra britada nº 3 • Tela de nylon fina - tipo mosquiteir Fonte: Embrapa 34 Abril 2012 Abril 2012 35 Haras da Ginga Raça Pampa – O sucesso chega a galope A pesar de ter começado a criar animais Pampa há 12 anos, Alexandre Todeschini Pires conseguiu formar neste curto espaço de tempo, um dos melhores planteis da raça no Brasil e o mais premiado em todos os tempos, tendo sido detentor por cinco anos, do titulo de Melhor Expositor e Criador das Exposições Nacionais da Raça Pampa e por seis anos do título de 2º Melhor Expositor e Criador na Exposição Nacional da Raça Pampa (Enapampa) em Belo Horizonte/MG. Freqüentando a fazenda de sua família, Todeschini começou a se interessar por cavalos desde menino, acompanhando seu pai em feiras e exposições agropecuárias. Já com 21 anos, em 1994, fundou a Business Leilões, hoje uma das mais importante empresa de leilões do Estado do Rio de Janeiro e do Brasil. Foi a partir dos remates realizados pela empresa que o criador foi observando o 36 Abril 2012 sucesso nas cotações de animais Pampa e sua grande aceitação no mercado nacional. Por volta de 1999, atraído pela beleza da raça, Todeschini realizou estudos visando investimentos e constatou que o mercado de animais pampa apresentava duas tendências que perduram ate hoje: obtinham as melhores cotações e um grande potencial de crescimento. A partir daí, depois de criar por um bom tempo cavalos Mangalarga Marchador e Mangalarga, ele resolveu apostar no Pampa, formando seu próprio plantel. De acordo com o criador, os pontos mais importantes para formação do plantel Ginga foram a aquisição de 50 éguas Pampas no estado de São Paulo e no Sul de Minas e a ascensão e utilização do famoso reprodutor Diamante Negro da Ginga. Diamante Negro da Ginga Em um segundo momento Todeschini investiu, sem poupar recursos, na aquisição de quinze melhores matrizes Pampa do Brasil e cinco potras Campeãs Nacionais para serem acasaladas com Diamante Negro da Ginga e Traituba Zagueiro. “A partir disso os resultados e conquistas foram aparecendo e tornando o plantel Ginga reconhecido nacionalmente. Por produzir animais de rara beleza e andamento avante e com muita comodidade, entre 2001 e 2011 arrematamos mais de 1.000 títulos nacionais”, disse. Fantastico Negro da Ginga O show da Raça Blindado do Nilo A máquina de andar Pampa de preto – Bicampeão Nacional 2007 e 2008. Apresenta o sangue JB X Jaó tendo produzido 12 produtos Campeões Nacionais. Pampa de preto – Grande Campeão Nacional de Raça e Marcha 2010, considerado o melhor filho do fenômeno Fantoche do Nilo. Dengoso TE da Ginga Homozigoto comprovado Elo Kafe da Ginga O verdadeiro Campeão Universal da Santa Esmeralda O potro sensação Pampa de preto – Campeão Nacional 2006 – filho de Diamante Negro da Ginga e utilizado para cobrir as eguas solidas do plantel. Pampa de castanho – Camp. Nacional Junior 2010 e Camp. Nacional Cavalo Jovem 2011. Um dos melhores filhos do consagrado Elo Kafe da Nova. Pampa de preto – a mais nova aquisição do Haras - Camp. Nacional Potro 2011 – filho do extraordinário Raybam da Santa Esmeralda. Atualmente o Haras da Ginga utiliza cinco reprodutores, todos Campeões Nacionais, visando aprimorar o seu plantel: Destaque na raça Segundos dados oficiais da ABCPampa o plantel da Ginga é o que possui o maior numero de animais inscritos no Stud book da raça. O plantel produz cerca de 90 animais por ano e realiza desde 2002 seu leilão anual sempre na Fazenda São Francisco de Paula, a 150 quilômetros da cidade do Rio de Janeiro. “Leilão Anual Pampa Elite Ginga é destaque na raça, tanto em faturamento quanto média por animal. A cada ano passam pelo Leilão Ginga mais de 800 pessoas. Ao longo dos anos já comercializamos mais de 1.000 animais no evento e espalhamos nosso plantel por 19 estados do Brasil e contribuindo assim o fortalecimento do cavalo pampa”, destacou o criador. Abril 2012 37 11º Leilão Pampa Elite Marca Ginga & Convidados Especiais N o próximo dia 21 de abril, o Haras da Ginga irá realizar a décima primeira edição do seu leilão de sucesso. O remate será realizado na Fazenda São Francisco de Paula, localizada, a 150 quilômetros da cidade do Rio de Janeiro, às margens da Rodovia BR 116. Segundo Todeschini, o remate tem potencial para ser considerado o maior evento do gênero do Brasil. “O 11º Leilão Pampa Elite Marca Ginga & Convidados irá reunir os principais criadores do Brasil e estou colocando em pista 100 animais, entre eles doadoras de embriões, reprodutores, potras de pista e potros consagrados; além de 20 produtos Campeões Nacionais e 22 animais homozigotos tirados da reserva do plantel Ginga. Outra atração será o sorteio de um automóvel Fiat Strada entre os compradores”, disse. 38 Abril 2012 Confiras a seguir algumas atrações do evento: Jóia Negra TE da Ginga Doadora de embriões, representa o sucesso do plantel Ginga, pois alia bom porte, beleza superior, frente refinada, expressão racial marcante, angulações modernas e muita, muita marcha. Jóia Negra foi mais de 15 vezes Campeã (marcha batida) em pistas, sendo Campeã Estadual no RJ, MG e SP e fez parte do time vitorioso do plantel Ginga que sagrou Melhor Expositor de Marcha Batida da Nacional 2011, sendo atual Reservada Campeã Nacional Junior 2011. Se não bastasse vai prenha da revelação do plantel Ginga o Campeão Nacional Potro 2011 Universal da Santa Esmeralda (Raybam da Santa Esmeralda). Leva direito a uma nova cobertura do Campeão Nacional 2010 e 2011 Elo Kafe da Ginga. Chance de adquirir uma das melhores fêmeas raça! Embrião de Turbina do Porto Palmeira X Universal da Santa Esmeralda O Embrião mais cobiçado do Brasil, Turbina do Porto Palmeira foi a Campeã das Campeãs de Marcha da Nacional 2011. Universal da Santa Esmeralda é a nova sensação do plantel Ginga. Koisa Maravilhosa TE da Ginga A Ginga disponibiliza 50% de uma das melhores fêmeas já nascidas em seu plantel. Doadora de elite que nesta temporada produziu quatro embriões, filha de outra doadora de elite a campeoníssima Estrelinha da Ginga. Esta potra reúne genética, morfologia espetacular e andamento top. Em suas apresentações em pistas venceu todas as regionais que participou nos estados do RJ, SP e MG e sagrou-se Bi Reservada Campeã Nacional 2010 e 2011. Vai prenha do Campeão Nacional 2011 (marcha batida) Universal da Santa Esmeralda (Raybam da Santa Esmeralda) e leva direito a uma nova cobertura do Campeão Nacional 2010 e 2011 Elo Kafe da Ginga. La Pureza da Ginga La Pureza tem elegância, estilo, postura, muita beleza, pelagem exótica, além de andamento marchado herdado de seu pai o Grande Campeão Nacional de Raça e Marcha Blindado do Nilo e seu avô o Fenômeno Fantoche do Nilo. Oportunidade rara de se comprar uma das melhores filhas do Famoso Blindado do Nilo, portanto um lote de tirar o fôlego, pois alia beleza, marcha e muita genética. Lamborguini Negro TE da Ginga Um dos mais lindos potros da raça. Lamborguini Negro em suas 2 únicas apresentações em pista foi Campeão Dente de Leite Teresópolis 2011 e reservado Campeão Mirim Juiz de Fora 2011 (marcha batida). Seu pai Dengoso TE da Ginga (Homozigoto) e Campeão Nacional é filho do Grande Campeão Nacional Diamante Negro da Ginga. Na linha materna Cabocla de Itaipava (Campeã Nacional Raça e Marcha 2010) é do time de doadoras de sucesso do plantel Ginga. Se não bastasse a sua qualidade de andamento, morfologia perfeita e genética de campeões carrega em seu DNA o gene de Homozigoto. Dê um salto em sua criação e coloque qualidade em seu plantel. Abril 2012 39 40 Abril 2012 Abril 2012 41 Governo de Minas lança PMI do projeto de Implantação do • Incorporação de auditório modulável, com capacidade de 4.500 lugares e flexibilidade para realização de até dois eventos simultaneamente; parque bolívar de andrade (Parque da Gameleira) remodelado e modernizado • Construção de salas polivalentes (capacidade 1.500 pessoas); • Auditório com capacidade para 150 pessoas; • Centro multiuso/eventos; • Estacionamento; • Pista de grama e de areia; • Pavilhões de animais; • Lavadouro e secadouro; • Locação de estandes; • Alojamento para peões; • Instalação de 20 associações de produtores. • Instalação de um espaço VIP; • Sistema de tratamento de resíduos sólidos e líquidos em conformidade com normas municipais e de sustentabilidade; • Instalações flexíveis de catering (fornecimento de alimentação) em todo o edifício. operação s e Lop ira Car iro ave a Cr re Pe Ru iro ne Por 32 anos, totalizando 35 anos de concessão. de multiuso integrando-os ao atual Expominas dentro do conceito “in door”, assegurando características que contemplem também os interesses do agronegócio. Os dois empreendimentos poderão ser implantados de forma a viabilizar a possibilidade de exploração comercial de equipamentos adicionais, como shopping, hotel e outros com visão complementar e integrados às atividades de interesse público. Grupo de Trabalho O vice-governador Alberto Pinto Coelho destacou que o grupo de trabalho seguiu as orientações do Governador Antônio Anastasia, para que a alternativa encontrada levasse em consideração o diálogo permanente com os segmentos do agronegócio, ouvida a FAEMG e os interesses do trade turístico.“A solução proposta irá, de um lado, potencializar a vitrine do agronegócio, tão relevante para a nossa economia e as vocações do nosso território e, de outro, assegurar a expansão da área de feira e do centro de convenções, imprescindíveis para dinamizar nossa capital para a recepção de grandes eventos”, salientou Alberto Pinto Coelho. Av. Amazonas Área de carga e descarga com 8.405 m2. shopping center Dois pavimentos, cada um com 26.325m2 e uma Área Bruta Locável (ABL) total de 35.774 m2 (para efeito de comparação, o ItaúPower Shopping tem ABL de 32 mil m2). estacionamento e serviços Subsolo dos prédios do centro de convenções e shopping, com 26.235 m2. Obras Começam em 2013, com duração prevista de três anos. Fonte: Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (SEDE) 42 Abril 2012 • Capacidade de antendimento de, no mínimo, 15 mil pessoas; on aC governo de Minas Gerais lançou no mês de março o Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) do Projeto de Implantação do Novo Espaço Gameleira. O principal objetivo do empreendimento é ampliar a capacidade de realização de eventos e consolidar Belo Horizonte como uma das principais capitais do País em turismo de Negócios, além de fortalecer o calendário de eventos ligados ao Agronegócio. O projeto abrange a reestruturação de um novo Parque de Exposições associado à construção e operação de um novo Centro de Convenções funcionalmente integrado ao Expominas. O novo Espaço Gameleira terá capacidade para atender, em padrão internacional, a demanda crescente por espaços para a realização de feiras e convenções. Nos últimos anos, na medida em que se amplia a visibilidade do Estado de Minas Gerais e da cidade de Belo Horizonte no cenário nacional, há uma procura cada vez maior por espaços desta natureza. Tanto o novo Parque de Exposições quanto o novo Centro de Convenções serão localizados na área do terreno que abriga o atual Parque Bolívar de Andrade, potencializando o uso de 98 mil metros com pavilhões centro de convenções Entenda o que o governo do Estado quer fazer no complexo do Expominas/Gameleira Ru O Novo Espaço Gameleira Parque renovado Fonte / Ilustrações: Jornal O Tempo. complexo hoteleiro Hotel três estrelas 300 leitos 10 mim m2 de área construída, sendo 360 m2 por pavimento. O primeiro passo para a implantação do projeto é o lançamento do Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI), que visa convidar a iniciativa privada para contribuir com estudos técnicos para a estruturação do modelo de concessão. As manifestações deverão abranger propostas, estudos levantamentos, dados, elementos, planos de negócio, projetos, minutas de edital, contrato público e anexos que atendam às disposições do PMI. Todos os documentos deverão ser encaminhados à Unidade Central de Parcerias Público-Privadas (Unidade PPP) da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (SEDE). O PMI prevê a realização de uma etapa de cadastramento dos participantes, que estará vigente por 20 dias contados a partir da data de sua publicação. Esta iniciativa tem como objetivo promover um maior alinhamento entre o governo e a iniciativa privada durante o desenvolvimento dos estudos. As Manifestações de Interesse deverão ser encaminhadas até o dia 04 de Junho de 2012, por meio digital enviado ao e-mail [email protected]. br ou mediante protocolo, para a UNIDADE PPP da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (SEDE). Após a o período de entrega das manifestações, toda a documentação será analisada levando em consideração as contribuições da iniciativa privada para o aprimoramento do projeto e estruturação do modelo de concessão. Abril 2012 43 Automóveis A revista Mercado Rural irá abordar nas próximas edições, reportagens sobre as principais caminhonetes que competem no mercado nacional. Nessa primeira edição, o blog Contagiros fez com exclusividade um breve resumo sobre elas. O mercado de Pick Ups Grandes ou de Caminhonetes como é mais conhecido no interior do país, vive hoje um momento interessante e pujante. Com o recente lançamento da Nova S10 da Chevrolet e a chegada tão esperada da Nova Ranger que acontece em maio, o que temos visto é a troca de praticamente todos os modelos existentes por digamos, um padrão de equipamentos e acessórios que as tornam verdadeiros carros de luxo off road. A Toyota e a Nissan já exploravam a questão sofisticação um pouco antes das outras e sempre tiverem seus modelos posicionados num patamar de valores um pouco mais elevado. No mercado atual temos hoje exemplares de quase todas as dez grandes marcas em volume de vendas no país, a exceção de Fiat, Renault, Citroen e Peugeot que não possuem nenhum exemplar na concorrência direta entre as famosas picapes grandes. Toyota Hylux, Nissan Frontier, Mitusbishi L200, S10 da Chevrolet, Nova Ford Ranger, Amarok da Volkswagen e a Actyon daSsangyong são alguns exemplos de como este nicho tem se mostrado interessante para os fabricantes no Brasil e talvez nunca antes tão concorrido e acirrado. Para acertar na escolha do modelo ideal, o correto é analisar bastante cada modelo e verificar qual deles se encaixa melhor no perfil de uso e do dia a dia. Os preços atualmente estão muito semelhantes, é bom ficar atento aos opcionais e nas garantias de fábrica. Alguns tem caçamba maior, outros motores mais potentes, o fator que os torna parecidos é que todos eles notoriamente apresentam diferencias competitivos fortes, portanto o detalhe é que irá mostrar o que se adequa mais ao gosto do dono. Pode ser um estilo, pode ser uma marca. Quando escolhemos um veículo, colocamos um pouco de cada um de nós na escolha. Alguns vão dizer que uma é melhor do que a outra ou mesmo que modelos da Toyota ou da Nissan são melhores, ou até que em breve a Ranger irá desbancar as outras, o fato é que isso tem gerado opiniões distintas e diferentes, mostrando que há lugar para todas as empresas que desejam fazer um bom produto. Atualmente dois modelos fazem muito sucesso no país: A nova S10 da Chevrolet e a Amarok da Volkswagen. O primeiro por ter a liderança no mercado atualmente e ter lançado uma linha totalmente estilizada e o segundo por ter ganhado vários prêmios em 2011 e eleita a melhor do ano pela revista Auto Esporte. No caso da Amarok as novidades também não param: A montadora divulgou que agora o modelo terá a opção de cabine dupla equipada com transmissão automática. A chegada da picape ao mercado brasileiro está prevista para o mês de abril, com preço sugerido de R$135.990. As orientais também tem obtido um crescimento no mercado. Em 2011, por exemplo a Mitsubishi foi uma das montadoras que mais cresceu no país, com um aumento de 24,5% nas vendas em relação a 2010. Isso gerou na empresa a possibilidade de investir em novos modelos. Em 2012 a marca já colocará a disposição, as novas L200 Triton GLS, L200 Triton GLX e a L200 Triton GL (exclusiva para frotistas), e a L200 Triton HPE. Os novos modelos são equipados com o moderno motor turbo de 3.2L Diesel 16V DOHC. A Nissan desde fevereiro já exibe o modelo 2013 da picape Frontier apostando em força e conteúdo. Sua aposta está nos novos equipamentos, que contemplam a versão básica XE com freios ABS e airbags de série, e motores 2.5 turbodiesel. A Toyota também anda agressiva no pacote de benefícios, como o mostrado na última edição da SW4 2012. Além de alterações visuais ela usa o novo motor D-4D 3.0l a disel e também outro motor V6 4.0l a gasolina, incluindo pacote de duas versões, uma mais luxuosa com rodas de liga leve de aro 17 e pacote de segurança com controle de estabilidade. Seja qual for a sua escolha, com certeza ela será acertada, afinal nenhuma das marcas apresenta qualquer restrição, seja tecnológica ou visual. E que todas ofereçam uma ótima aventura a todos! Fonte: Blog Contagiros - www.contagiros.com.br 44 Abril 2012 Abril 2012 45 Frutas Exóticas O sucesso da Um pouco menor do que uma ameixa, a lichia possui uma casca grossa e avermelhada, que deve ser retirada na hora de comer. Docinha, ela agrada ao paladar até mesmo das crianças. Os frutos produzem em cachos. A polpa é gelatinosa, translúcida sucosa e de excelente sabor, lembrando ao de uva itália e não é aderente ao caroço. Se presta para consumo ao natural, para a fabricação de sucos, compostas e ainda para a passa. lichia A Foto: Divulgação inda desconhecida por boa parte dos brasileiros, a lichia é uma fruta de origem chinesa, que tem ganhado adeptos no Brasil. Com baixo índice calórico, uma fruta contém cerca de 6 calorias apenas e é fonte de vitamina C, que estimula o sistema imunológico, aumenta a resistência às infecções, auxilia a cicatrização de feridas, aumenta a absorção do ferro pelo intestino e evita o envelhecimento precoce. Descoberta como uma grande aliada no emagrecimento também graças a uma de suas substâncias, a cianidina muito eficaz na queima da gordura. O potácio é o mineral que aparece em maior abundância no fruto chinês, que atua no equilíbrio da água do organismo, ajuda no armazenamento de proteínas musculares, na função renal, na contração do músculo cardíaco e no relaxamento muscular em geral. A fruta é relativamente nova no Brasil. Ela entrou com força no país há cerca de quatro ou cinco anos, em regiões como o interior de São Paulo e de Minas Gerais. Isso contribuiu para que o preço da lichia 46 Abril 2012 baixasse. Antes, ela era encontrada apenas como produto importado. A colheita da lichia ocorre de novembro a janeiro, atendendo o mercado na época das festas natalinas quando a procura e o preço são maiores. Perfeitamente adaptada às condições de clima brasileiro, o país em um futuro próximo poderá dominar o mercado mundial, porque a produção das outras regiões ocorre de maio a agosto. Assim, sem concorrência, o Brasil poderá abastecer o mercado mundial com lichias na época do natal. As mudas oriundas de sementes não são indicadas para a formação de pomares comerciais, porque as plantas não são uniformes e demoram acima de 12 anos para iniciar a produção. Para a formação de pomares comerciais, as mudas devem ser de propagação vegetativa das plantas vigorosas e produtivas. O sistema mais utilizado é a alporquia, resultando em mudas de qualidade. A lichia é uma planta de clima subtropical, entretanto, em nossas condições tem-se verificado que plantas novas não Fotos: Divulgação Descoberta pelos brasileiros há pouco mais de cinco anos a lichia é uma ótima aliada no emagrecimento graças a uma substância que regula as células de gordura. suportam geadas muito rigorosas. Por ser um planta de grande valor é viável a sua proteção com telhados ou de outro material, durante o inverno, evitando-se danos com frio. É mais interessante uma planta isolada, recebendo a luz solar de todos os lados para a plenitude de sua produção, à duas a três árvores encostadas uma na outra. Árvores com livre crescimento, sem o emprego de podas, necessitam espaçamentos adensado de 7 metros entre plantas e linhas, utilizando-se podas constantes, visando o controle do tamanho das árvores. Lichieira A planta é longeava e rústica, necessitando pouco ou nenhum tratamento fitassanitário. As doenças não são problemas e com relação às pragas, eventualmente pode ocorrer brocas de tronco, a mariposa oriental nos ponteiros, ácaros, abelha arapuá ou irapua nos frutos. Praticamente não é usado agrotóxico e os frutos são colhidos isentos de produtos químicos. Produção A lichia inicia a produção comercial a partir do 5º ano após o plantio das mudas. Algumas plantas chegam a produzir de 150 a 200 Kg, sendo considerada uma produção boa a média anual de 40 a 50 Kg por planta. Preços O mercado brasileiro ainda é inexplorado porque a lichia considerada a rainha das frutas, ainda é desconhecida do consumidor brasileiro. Atualmente o preço da fruta é muito alto e futuramente o ideal é o estabelecimento de um preço médio, de valor mais baixo, favorecendo a comercialização. Abril 2012 47 Fotos: Aline Morais Pimentas que enfeitam e dão o sabor da gastronomia mineira. O famoso queijo de Minas. Fachada do Mercado Central Mercadode Belo Central Horizonte Tradição e mineiridade no coração da capital C Vista aérea do mercado Central. 48 Abril 2012 ores, odores e sabores são as características que fazem com que o Mercado Central de Belo Horizonte seja a compilação de várias regiões do estado e também do país. Não é difícil passear pelos seus corredores e localizar produtos que não se encontram facilmente fora de sua região de origem. Temperos diversos, doces, iguarias internacionais além é claro do mais famoso queijo do Brasil e da gastronomia de “butiquim” com o famoso fígado com jiló acebolado. Tudo isso e muito mais justificam a visita de aproximadamente 11 mi- Legumes e verduras chegam todos os dias fresquinhos. lhões de pessoas por ano neste espaço que comemorou no último dia 07 de setembro 82 anos de existência. De barracas improvisadas da década de 30 à grande e marcante estrutura que hoje ostenta em endereço nobre da capital mineira, o Mercado Central é cercado de grandes números: mais de 400 lojas de diversos segmentos que vão de alimentos e bebidas à venda de animais de estimação e pet shops; 24 mil metros quadrados de área construída que abriga além de lojas um estacionamento que recebe mais de 2.000 carros por dia. Em dias de semana comum o Mercado recebe por seus corredores 30.000 visitantes/dia número este que alcança a marca de 50.000 visitantes/dia nos finais de semana. Com as demandas surgidas no decorrer dos anos o Mercado passou por grandes reformas e ainda hoje vem se modernizando. Um circuito interno de Projeto Consumidor do Futuro que recebe durante todo o ano Escolas da capital e região metropolitana. TV com mais de 100 câmeras espalhadas por toda sua área garante a segurança de visitantes e lojistas. Um sistema de captação de água da chuva permite com que o Mercado Central se utilize desta água para lavagem de seu piso e estacionamento evitando desperdício deste recurso, a utilização de máquinas de lavagem economiza tempo podendo a mão de obra ser deslocada para outros afazeres. Tendo em suas dependências 2 elevadores de acesso, cadeiras de roda, sanitários adaptados, rampas, além de funcionários treinados para auxílio, o Mercado recebe portadores de várias limitações podendo estes desfrutarem de toda estrutura sem maiores problemas. Guias bilíngues estão disponíveis para atender aos turistas estrangeiros que passeiam pelos corredores e até mesmo os turistas brasileiros que desejam orientação sobre a história e localização de lojas. Eleito no início do ano 2000 como o ponto turístico mais visitado da capital, o Mercado Central de Belo Horizonte não só representa um marco na história da cidade como faz parte do cotidiano dos belorizontinos que veem o local como parte integrante de sua própria casa, um local onde a diversidade se faz presente a todo instante e onde a democracia impera diante de todos os “causos” que ali são contados e vivenciados. Serviço: Mercado Central de Belo Horizonte Av Augusto de Lima, 744. Centro. Belo Horizonte – MG Horário de funcionamento - Segunda a Sábado de 07hs às 18hs - Domingos e Feriados de 07hs às 13hs Abril 2012 49 Fotos: Rodrigo Mello Turismo l a e R a d a r t Es o Parque Nacional Roteiro 360 Graus n *Rorigo Mello Agência Bela Geraes Turismo Q uando viajei pela primeira vez para conhecer o roteiro que descrevo a seguir, senti na alma uma mineiridade tão intensa, mesmo vivendo em Minas Gerais há mais de 40 anos, considero essa viagem uma das mais emocionantes que já realizei. Após buscar nossos passageiros no Aeroporto Internacional de Confins, mergulhamos fundo no âmago do universo mineiro, saindo do asfalto e embrenhando em estradinhas de terra com vários currais em ambas as margens, cheiro gostoso de esterco no ar, brisa fresca entrando pela janela de nosso 4x4, até chegarmos a nosso primeiro destino: uma fazenda de produção de cachaça, com alambique de cobre, barris de carvalho e um delicioso tour explicativo por todo processo de produção, finalizando com uma deliciosa degustação dos vários tipos de aguardentes produzidos ali, uma verdadeira injeção de mineiridade direto na veia. 50 Abril 2012 Deixando Nova União, seguimos por outra estradinha de terra com destino a Ipoema, cujo próprio nome já revela o que nos espera. Paramos para apreciar o pôr do sol no Morro Redondo, onde avistamos nossos próximos destinos como a Serra dos Alves e a Serra de Itambé do Mato Dentro. Aproveitamos para agradecer a oportunidade de conhecer locais tão maravilhosos junto a pessoas muito especiais. Chegando a Ipoema visitamos o Museu do Tropeiro, onde conhecemos um pouco da história desses verdadeiros heróis que levavam nossas riquezas de um lado ao outro da Serra do Espinhaço e nos hospedamos em uma das várias opções confortáveis da cidade. Acordamos com um tempo lindo, ótimo para banhos deliciosos nas várias cachoeiras da região, como a Cachoeira do Patrocínio, Cachoeira Alta e a Cachoeira da Boa Vista no caminho para a Serra dos Alves, onde almoçamos. Passamos também pela Cachoeira dos Marques e do Bongue, já no caminho da Cabeça do Boi, onde nos hospedaremos, logo após uma recepção com delicioso jantar harmonizado com vinhos. Depois de uma noite maravilhosa, passada na suíte real, chegou a hora da cavalgada até as Cachoeiras do Entancado e das Maçãs, com visual maravilhoso do outro lado leste da Serra do Espinhaço, onde brevemente teremos outro acesso ao Parque Nacional da Serra do Cipó. Já cansados, mas extremamente felizes do dia cheio e do almoço farto, nos dirigimos até Itambé do Mato Dentro, onde um delicioso escalda pés nos aguardava em nossa próxima hospedagem. No dia seguinte visitamos a Cachoeira da Serenata e uma comunidade muito unida, que vive da produção agrícola coletiva, encravada na montanha em Morro do Pilar, chamada carinhosa- mente Lapinha do Morro. Lá ajudamos a fazer rapadura, colher mel, trançar chapéus de palha de Indaiá e conversamos alegremente com seus moradores, aprendendo mais um pouco de sua sabedoria natural. E lá se foram quatro dias regados de muita cultura mineira, histórias e causos de moradores e ex-tropeiros, religiosidade em pequenas capelas no alto de montanhas e cruzeiros centenários com símbolos sacros, natureza exuberante das montanhas e cachoeiras, culinária de dar água na boca ao lado dos fogões à lenha nos almoços e de requintadas refeições com vinhos nos jantares. Atividades físicas como caminhadas, cavalgadas e banhos nos poços, e muito aprendizado sobre nossas origens também não faltaram nesse roteiro tipicamente mineiro. Para completar todo o trajeto, são mais quatro dias de giro pelo Parque Nacional, passando ainda por Conceição do Mato Dentro e Tabuleiro, Santana do Riacho com Lapinha da Serra e Serra do Cipó, além de Jaboticatubas com São José da Serra, cuja descrição fica para a próxima edição, até lá e boa viagem! Abril 2012 51 Receita A cozinha sertaneja *Silvia Corrêa Petroucic lada to A ca a V (Cura ressaca) como OBS. Esse prato é usado de revigorante nas festanças rar du a fazenda, que chegam s até três dias, e também no rou ge rodeios. Se o peão exa r na na bebida e tem que entra sse de o arena, toma um cop tes energético uma hora an i. bo de e agüenta o tranco ão Atenção! Não exagere, sen o nã ê voc o efeito é laxativo e verá o final da festa. Ingredientes o, - 1,5 kg de carne de vaca com oss ia para serrada bem miúda. Dê preferênc costela ndioca, - 2 kg de legumes variados: ma ha. cenoura, batatinha, mandioquin Tudo picadinho banha - 5 colheres (de sopa) de óleo ou - 1 cebola grande batidinha - 5 dentes de alho picadinhos - cheiro-verde picado bem fino - sal Para 10 pessoas paro: 2 horas pre de po Tem 52 Abril 2012 Modo de preparar Em um caldeirão de fundo grosso , o alho e esquente o óleo, frite nele a cebola tudo com a carne, nessa seqüência. Cubra em fogo água quente e deixe cozinhando ando baixo por umas 2 horas, acrescent loque água quente sempre que secar. Co aé os legumes escolhidos (a mandioc ente e obrigatória), acrescente água qu em fogo deixe por mais 2 horas, também ar até que baixo. Prove o sal. Deixe cozinh cozido. tudo fique desmanchando de tão erão ser Os ossos ficam branquinhos e dev beber em retirados. O ponto é ralo, para na borda copos. O cheiro-verde é colocado do copo na hora de servir. Abril 2012 53 Mercado Pet Hábitos comportamentais de felinos domésticos Lambedura natural e formação de bola de pelos (tricobenzoares) *Flávia Maria de Oliveira Borges Saad Médica Veterinária, MSc., Doutora em Nutrição Animal, Professora de Nutrição de cães e gatos na Universidade Federal de Lavras/MG e Consultora Técnica da Megazoo. 54 Abril 2012 Fotos: Divulgação N a ultima década, o conceito de “pet”, ou de animal doméstico, como parte efetiva da família, tornou-se fato no Brasil, por inúmeros fatores. Com a expansão dos grandes centros urbanos, os animais de estimação suprem a carência de companhia das pessoas que vivem em pequenos espaços. Já estando comprovado em estudos científicos que, além de desempenharem um papel importante na qualidade de vida de seus proprietários, eles também podem atuar como apoio em situações tensas e de estresse, como no caso de separações e perdas de pessoas próximas. A importância dessa companhia torna-se mais evidente no relacionamento com as crianças. O toque, o carinho, as brincadeiras e as obrigações com o animal desenvolvem características fundamentais da personalidade infantil, como afeto, confiança e responsabilidade. Entre os vários animais reconhecidos como pets domésticos, dois deles têm destaque e preferências entre os brasileiros: os cães e os gatos. Embora, no Brasil, a população de cães domiciliados ainda seja maior que o de gatos (30 e 18 milhões, respectivamente), ao contrario dos Estados unidos, onde a população de gatos domiciliados encontra-se em 90 milhões, superando a população de 67 milhões de cães, a tendência de crescimento de felinos domiciliados no nosso país mostra que a preferência por este animal está se tornando maior. De 2007 a 2011 a população de cães no Brasil aumentou em cerca de 10%, de 27 milhões a um pouco mais de 30 milhões, enquan- Devido a língua áspera o ato de lamber e se limpar provoca a ingestão de grandes quantidades de pelos. to que a de gatos atingiu taxas superiores á 50%; de 12 a 18 milhões de gatos. Este significativo aumento de felinos demonstra uma nova preferência dos proprietários e se sustenta em diversos fatores, segundo a revista PET Foods Brasil, entre os quais: O crescimento da população de gatos tem uma explicação econômica: o aumento da renda, marcado pelo fortalecimento da classe C. Pesquisa da Comissão de Animais de Companhia do Sindan (Sindicato da Indústria de Produtos para Saúde Animal) aponta que 50% dos gatos vivem na classe C. O gato, por ser um animal mais independente, demanda menos tempo dedicado a cuidados e atenções. Como em uma família de classe C a maioria trabalha, mora em apartamentos e passa pouco tempo em casa, os gatos se adéquam mais ao perfil de animal de companhia desejado. Os gatos se adaptam e se sentem seguros e tranqüilos em pequenos espaços, como apartamentos. Além disto, é um animal silencioso e discreto. Existe uma percepção de que o custo de criar um gato é menor do que o de um cão, muito embora o valor dos alimentos para felinos sejam, substancialmente mais elevados que o de um cão do mesmo porte e mesmo consumo (3 a 4 kg). Finalmente, os gatos têm hábitos de higiene mais rígidos, como rápido aprendizado em utilizar a caixa de areia e o hábito natural de se lamber cons- tantemente, o que diminui a necessidade de banhos constantes. Por outro lado, este hábito natural de se lamber regularmente pode provocar várias alterações gastrointestinais. Como os gatos possuem língua áspera e com papilas filiformes que funcionam como uma “escova natural”, removendo os pelos mortos, o ato de lamber e se limpar provoca a ingestão de grandes quantidades de pelos diariamente, que podem se acumular no estomago e, agregados ou não a restos de digesta e secreções gastrointestinais, formam bolas de pelo de tamanhos variáveis, denominadas tricobenzoares ou pilobezoares. Em gatos, os tricobenzoares, popularmente conhecidas como bola de pelos, são formados no estomago a partir do enovelamento dos pelos ingeridos e misturados à massa alimentar e a várias substâncias filamentosas ou mesmo material fibroso. Estas concreções são causa frequente de vômitos e regurgitações nestes animais, além de causarem também outros distúrbios gastrointestinais. A quantidade de tricobenzoares formada e a eliminação destes, sejam por vômitos naturais e ocasionais, sejam por evacuação, depende da dieta do animal e da quantidade de pelos ingerida, a qual, por sua vez, depende do hábito do animal e da raça. Raças de pelo longo, como o Persa, o Angorá, o Himalaio ou o Maine Coon, entre outros, tem maior incidência de tricobenzoares, muito embora estas bolas de pelo possam acometer todos os gatos, inclusive os de pelo curto. Além disto, a formação do tricobenzoar pode se agravar em numero e volume da concreção, caso o animal apresente ectoparasitas como pulgas, doenças de pele, estresse ou modificações comportamentais que o levem a ingestão exagerada e intencional de pelos. E importante ressaltar que a retenção de tricobenzoares no estomago pode causar diminuição no consumo de alimentos, inapetência parcial ou total com acometimento de lipidose hepática, vômitos constantes, esofagite, gastrite, ulceras, flatulências, diarréias e, em casos graves, obstruções intestinais severas. A prevenção e/ou a diminuição na formação dos tricobenzoares vai desde uma escovação rotineira, principalmente nos animais de pelo longo, até a estratégias alimentares que auxiliem na eliminação dos pelos. O aumento de fibra insolúvel na dieta, seja na forma de ingredientes específicos, como fibras purificadas, ou na forma de suplementos adicionais, como gramíneas comestíveis (alfafa, aveia, centeio, trigo), aumenta o transito intestinal e arrasta consigo os pelos ingeridos, eliminando-os juntamente com as fezes e reduzindo a formação das concreções. Finalmente, conhecer os hábitos de higiene e comportamento destes animais de estimação, a exemplo do conhecimento da formação e prevenção das bolas de pelo, é importante medida, visto que as estatísticas de crescimento populacional de animais pet apontam que os felinos ascenderão, no mais tardar em 2020, à categoria de principal animal de estimação presente nos lares brasileiros. Abril 2012 55 Mercado Pet Canaricultura no Brasil e no mundo *Álvaro Blasina C hamamos de “Canaricultura” a arte de reproduzir canários em cativeiro. Esta arte vem sendo praticada há mais de 500 anos e teve início na Europa quando os navegadores ficaram encantados com a graça e príncipalmente o canto excepcional de uns pássaros encontrados nas Ilhas Canárias. O canário é a ave ornamental mais criada no mundo e encanta pela sua total adaptação ao cativeiro, facilidade na reprodução e incrível multiplicidade de cores, formas, cantos e plumagens. Existem atualmente mais de 500 raças oficialmente reconhecidas pela C.O.M. (Confederação Ornitológica Mundial) que organiza todas as atividades oficiais tais como concursos, critérios de julgamento, reconhecimento de novas raças e unificação das formas de julgamento. Organização No Brasil existem aproximadamente 150 Clubes de Canários filiados a F.O.B. (Federação Ornitológica do Brasil) espalhados pelo país com mais de 5.000 criadores oficialmente filiados que produzem cerca de 500.000 filhotes por ano. Os Campeonatos Brasileros de Canaricultura tem sido realizados na primeira semana de julho na Sede Própria da FOB localizada na cidade de Itatiba-SP. 56 Abril 2012 Características O canário é uma ave cíclica o que significa que tem períodos precisos durante o ano para as diferentes etapas biológicas. Existem três períodos bem definidos como segue: • Agosto a Janeiro: Período de reprodução • Janeiro a Abril: Período de muda • Abril a Agosto: Período de descanso No período de cria as fêmeas colocam em média 3 a 4 ovos que são chocados por 13 a 14 dias quando ocorre o nascimento dos filhotinhos que são totalmente dependentes do trato dos pais. O anilhamento com anilhas invioláveis tem como finalidade o registro e reconhecimento de cada ave uma vez que as mesmas contém gravadas diversas informações, tais Alimentação Na natureza, o canário é uma ave granívora de forma que sua alimentação tem como base a mistura de sementes, complementada por folhas e insetos. No cativeiro a mistura de sementes: deve conter alpiste (maior parte), níger, aveia, colza e linhaça. Hoje, entretanto tem sido cada vez mais comum a substituição dessas misturas por alimento completo e extrusado na forma de pequenas bolinhas, simulando as sementes. No caso de se optar por manter uma alimentação baseada na mistura, é fundamental que a mesma seja complementada como a Federação, o Clube e o Criador aos quais pertence a ave assim como o ano de nascimento e o número correlativo dessa temporada. O canário é um dos animais mais mutantes de que se tenha conhecimento e as raças variam incrívelmente em tamanho, forma, plumagem, canto ou cor. Esta variabilidade tem encantado centenas de milhares de aficcionados que se dedicam com afinco a esta apaixonante atividade. A Canaricultura tem como principais virtue: 1 - Baixo investimento para a sua prática 2 - Não é preciso grandes espaços para a sua criação. 3 - Ciclo anual completamente variado sem rotina. 4 - Competições por todo o Brasil 5 - Manejo pouco trabalhoso com farinhadas para que haja a devida suplementação com as proteínas, vitaminas e minerais deficientes nas sementes. Um bom fabricante de farinhadas deve sempre prever as diferentes fases anuais da vida da ave, conforme já exposto acima. Assim, é importante haver uma alimentação para o período de manutenção e muda e outra para o de reprodução, também usada pelos pais paa alimentação de seus filhotes. Grit: No caso de alimentação com sementes, é muito importante o oferecimento de areia que ingerida e alojada na moela contribui para um melhor processamento das mesmas. O grit é dispensável quando a alimentação é baseada em produtos extrusados ou farelados, uma vez que os mesmos já são moídos. Outros: Os canários apreciam verduras (chicória, almeirão, couve, alface, etc.), legumes e frutas (maçã, laranja, pepino) como “goloseimas”. Podem ser oferecidas 3 ou 4 vezes por semana. Canaricultura e ecologia Reproduzir animais domésticos é multiplicar a vida com total responsabilidade e respeito a Natureza. Quando se fala em “pássaros na gaiola” muitas vezes se associa a “prisão” de animais privados de liberdade. Na realidade, assim como o homem se adaptou a vida nas cidades trocando os grandes espaços das selvas pelo conforto da proteção do frio e o calor, da água na torneira, do alimento facilitado, do atendimento a saúde, etc. os pássaros domésticos também se manifestam nítidamente mais a vontade com a água fresca, alimento balanceado, proteção dos predadores e das inclemências do tempo, nutrição balanceada e apóio veterinário de tal forma que já não mais conseguem sobreviver nas matas. Encanto O encanto da beleza, graça e fantástico canto dos canários somado a magia de acompanharmos a confecção do ninho, a postura, o nascimento e crescimento dos filhotes torna a Canaricultura um dos passatempos mais gratificantes que possamos praticar. Reproduzir pássaros adaptados ao cativeiro além de não agredir a Natureza representa uma incrível contribuição para a sua preservação pois multiplicando a vida com responsabilidade estaremos minimizando o tráfico de animais silvestres caçados e maltratados. Abril 2012 57 Estrutiocultura Mercado busca superação após forte queda no setor 58 Abril 2012 Fotos: Divulgação N o ano de 2006 o mercado da criação de avestruz, ou estrutiocultura, sofreu em crash com a falência da empresa Avestruz Master que liderava a maior parte das negociações no setor. A partir dali uma grave crise de imagem se instalou despertando sentimentos de que o negócio não era seguro e rentável de forma suficiente. Mas segundo especialistas, a atividade deve se recuperar dessa crise nos próximos anos em função do potencial da espécie e do valor agregado de seus produtos. O zootecnista especialista em avestruzes, Celso Carrer, aponta que o Brasil já deteve o 3º rebanho mundial há cerca de 10 anos e hoje as estatísticas são incertas em função do desmonte da atividade das associações estaduais e brasileira, que se preocupavam em diminuir as assimetrias de informação no setor. “É difícil afirmar corretamente sobre o número de criadores remanescentes e do tamanho do rebanho nacional atual, mas a demanda por produtos está aumentando, pelo couro e principalmente a carne. Esses mercados podem se revezar ao longo dos anos como pilares principais da viabilidade da criação. Em uma fase de recuperação dos rebanhos que tende a acontecer nos próximos anos, não se pode desprezar a contribuição de geração de renda para os criadores na venda de matrizes selecionadas”, disse o Professor Dr. da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos da Universidade de São Paulo. O manejo desses animais não é um processo simplificado, o projeto da montagem de uma criação de avestruzes deve obedecer à normativa do Ministério da Agricultura específica, localização estratégica, manejo e instalações adequados. Portanto, precisa ser montado por profissionais com experiência no setor, e assim os riscos são sensivelmente mitigados. “O avestruz é uma ave adaptada a climas secos e quentes, com produtividade muito satisfatória se bem manejado. No entanto, uma premissa indispensável é que a criação exige profissionalização e conhecimento técnico para que se alcance sucesso. Cuidados especiais precisam ser tomados para que as aves tenham ambiente e instalações adequados, com especial cuidado na condução do processo de incubação de ovos e na cria de filhotes até 90/100 dias de idade. Os maiores gargalos são a existência de estresse nas crias e baixa produtividade dos adultos no tocante ao nível e qualidade da postura”, comentou Carrer. O criador Valmir Brustolin, sócio diretor da Betel Avestruzes, afirma que a estrutiocultura brasileira atualmente está em fase de reestruturação e os criadores remanescentes estão com dificuldades para atender a grande procura por pro- Foto: Flávio de Almeida Criações Exóticas dutos derivados do avestruz como carne, pele e plumas. “O mercado interno destes produtos cresceu muito e nos últimos 3 anos a produção de filhotes diminuiu consideravelmente devido aos prejuízos que a maioria dos criadores tiveram desde 2006, quando o mercado de matrizes foi praticamente paralisado, provocado por alguns especuladores na época, que venderam o negócio do avestruz como se fosse a galinha dos ovos de ouro. Fatos já ocorridos também em outras culturas anteriormente como chincila, rã, camarão, bovinos e outras. Mas hoje os criadores já dominaram as técnicas da criação. Produzimos mais filhotes por fêmeas, que países tradicio- nalmente produtores, a maior dificuldade no momento é fazer com que os criadores remanescentes voltem a investir na produção de filhotes e convencer novos criadores a iniciarem no novo e próspero negócio. O mercado interno está comprador e daqui a poucos meses haverá a liberação das exportações. Como exportaremos se não estamos conseguindo atender o mercado interno?, ressaltou o produtor. Brustolin acredita que os investimentos na estrutiocultura irão continuar. “Desde que iniciamos o negócio em 2001 este é o melhor momento para gerar receitas com as aves e ou produtos derivados principalmente a carne, que devido ao consumidor estar mais exigente com produtos de qualidade na alimentação diária, tem encontrado no avestruz uma fonte excelente de proteínas com baixos teores de gorduras e rica em ômegas 3, 6 e 9”, completou. Os desafios para o setor são muitos, mas o profissionalismo e a dedicação de profissionais da área tendem a esboçar uma reação no setor. No momento a meta é superar a forte crise de imagem do negócio em função dos problemas que aconteceram no passado e retomar a evolução das normativas que proporcionariam a colocação dos produtos brasileiros no mercado externo, abrindose mercados hoje não acessados pelos criadores. Para quem busca profissionalização no setor, a Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos- FZEA/USP, oferece anualmente uma disciplina optativa de estrutiocultura. Abril 2012 59 Evento / Confraternização Evento / Apresentação Haras Vô Ziroca Pat Parelli José Paulino Pires, Marcelo Malaquias, Paulo César de Carvalho e Hélio José de Oliveira Rocha. Fotos: Roberto Pinheiro Realizado no Haras Vô Ziroca Itapecerica/MG durante os dias 24 e 25 de março a III etapa do VIII Campeonato Mineiro de Tambor e Baliza organizado pela Associação Mineira do Cavalo de Trabalho, AMCT, marcou mais um grande evento da raça Quarto de Milha em Minas Gerais. Aluisio Marins, Júlio Nottingham, Tiago de Resende Garcia, Pat Parelli e Linda Parelli. Fotos: Roberto Pinheiro João Marcelo, Bruno Rezende e Renata Helena Moreira Rocha Jose Renato, Carlos Eduardo e Helio Jose de Oliveira Rocha. Ana Paula, Marcelo Malaquias e Edvaldo. Marcelo Malaquias, João Renato e Marcelo Lamounier. Tiago De Resende Garcia, Pat Parelli, Oto Lopes, Magdi Shaat e Ailton Divino. João Ricardo Cunha Pereira, Adaltiva Alves Cunha Pereira, Itamar , Marcelo e Jean. Edson, Diogo, Marcelo e Carlos Eduardo. 60 Abril 2012 Flávia, João Renato, Itamar e Aref. Isabela Rios Lamounier, Letícia e Ana Flavia. Germano Melo, Pedro Bruno, Leonardo, Thiago Grego, Pablo Lamounier e Guilherme Couto. Magdi Shaat,Linda Parelli e Pat Parelli. Pat Parelli Doma sem violência Pat Parelli, um dos maiores treinadores e domadores de cavalos dos Estados Unidos, veio à Belo Horizonte nos dias 16 e 17 de março Marcelo Lamounier apresenta a revista especialmente para Mercado Rural a Pet e Linda Parelli. conhecer de perto o cavalo Mangalarga Marchador, uma raça brasileira, nascida no Sul de Minas. Pat visitou a sede da Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Mangalarga Marchador (ABCCMM), no Parque da Gameleira e foi recepcionado pelo presidente Magdi Shaat e sua diretoria. No dia 17 de março Parelli fez uma apresentação aberta ao público e aos criadores, na pista de areia do Parque da Gameleira, e demonstrou seu método, que consiste na técnica natural horsemanship ou equitação natural, que tem por princípio trabalhar com o cavalo a partir do conhecimento do seu comportamento, instintos e personalidade, sem o uso da força ou violência. O resultado da aplicação desta técnica é a formação de cavalos mais seguros, cooperativos e concentrados, independentemente da finalidade a que se destina. A revista Mercado Rural esteve presente no evento, representada pelo seu diretor Marcelo Lamounier. H Á M A IS D E 3 0 ANOS, C U ID A N D O D A V ID A . ui Fa ze nd ei ro , bapoixsso e do a as C a tig an eç o C IO S , de qu al id ad e, pr L AGRO NEGÓ A M IN A S R U RdéA ca da s de tr ad iç ão , pr od ut os m ai s de tr ês en to . ao s bo m at en di m ec úa ri a, of er ecmedi ss o op gr A de ro ei to M in do . A lé rr et am en te o ga m o IM A - In st itu nt a os E m pa rc er ia rmcoaç õe s so br e co m o va ci na rlecogu m in os as , ra çõ es , e or ieag co cl ie nt es in fo se m en te s de pa st ag en s e fe rt ili za nt es e de fe ns iv os rí a de iz al e. ão ci ap lic aç co m er pa ra a sa úd aq ui si çã o e os bi en ta is e ri sc os am cl ie nt es so brine im ct pa im a iz la s, o qu e m is it a ! F a ç a -n o s u m a v Abril 2012 61 Minas Rural Agro Negócios Ltda | www.casadofazendeiro.com.br Av. Tereza Cristina, 2990, Padre Eustáquio - BH/MG | Tel.: (31) 3469 7000 - Fax: (31) 3469 7010 Evento / Confraternização Giro Rural Restaurante Boi Vitório Pedrosa, Bernardo Junqueira, Paulo Henrique, Carlos Augusto e Vicente Araújo. Fotos: Roberto Pinheiro Ponto de encontro entre os criadores de Mangalarga Marchador, o restaurante Boi Vitorio reúne às quintas-feiras os amantes da raça. Foi a partir de um curso promovido pela Associação dos Criadores do Cavalo Mangalarga Marchador que o grupo se conheceu, desde então o local virou ponto de encontro dos criadores. No dia 22 de março a revista Mercado Rural conferiu de perto essa animada confraternização da raça Mangalarga Marchador. Nota de falecimento Frederico Salgado, Vicente Araújo, Carlos Augusto e Camilo. Paulinho Perrela, Pedrosa, Frederico Salgado e Bernardo Junqueira. A ornitologia está de luto. No dia 17 de março faleceu o Vice Presidente Administrativo da Associação Mineira de Aves Exóticas, Prof. Ênio Medeiros Cunha. Pessoa extraordinária e de integridade ímpar, dotado de grande coração, abdicado, dedicado, grande profissional de ensino, pai exemplar e amigo de todas as horas. Quis o destino que ele fosse sepultado no mesmo dia em que a AMAE completou três anos de vida e seu mandato se encerra: missão cumprida. Ênio foi sócio fundador da SOM (Sociedade Ornitologica Mineira), do CMCP (Clube Mineiro de Criadores de Pássaros) e por último da AMAE (Associação Mineira de Aves Exóticas). Juiz da Ordem Mundial de Ornitologia do Hemisfério Sul, Diretor de POAS da FOB (Federação Ornitológica do Brasil), Vice Presidente Administrativo da AMAE, criador de Periquitos e ultimamente ainda de columbídeos, já tendo criado canários, agapornis, Tarim da Venezuela e outros. A equipe da Revista Mercado Rural lamenta essa perda e fazemos votos de sentimentos à sua família. Amigo Ênio, descanse em paz. 5º Leilão SuperBrahman No dia 08 de junho durante a Superagro 2012, irá acontecer o tradicional Leilão SuperBrahman, que em sua quinta edição irá reunir 25 lotes de animais de exímia qualidade da seleção dos promotores do evento: Fazenda Braúnas, Brahman Muzzi, Brahman J Luz e Brahman Arko. O remate começa às 20h no pavilhão de leilões no Parque da Gameleira, em Belo Horizonte. Vicente Araújo, Carlos Augusto, Camilo, Elder e Odilon. 61° Campeonato Brasileiro e 44º Campeonato Mundial de Ornitologia Marcelo Lamounier, Frederico Salgado e Paulinho Perrela. Vicente Araújo, Pedrosa, Frederico Salgado e Carlos Augusto. Carlo Augusto, Bernardo Junqueira e Camilo. A Associação Mineira de Aves Exóticas (AMAE) informa que a FOB - Federação Ornitológica do Brasil realizará nos próximos meses o 61° Campeonato Brasileiro e 44º Campeonato Mundial de Ornitologia - COM - HS, nas seguintes datas: 1ª Etapa - de 14 a 21 de Abril de 2012 - Psitacídeos e Exóticos. 2ª Etapa - de 11 a 21 de Julho de 2012 - Canários Evento de destaque na raça Mini Horse As marcas “Avaré” e “Guguiná” irão realizar no próximo dia 20 de maio, às 20h, a 5ª edição do Leilão Virtual Avaré Guguiná e Amigos, evento com genética diferenciada e forte propriedade fenótipa, onde serão disponibilizados 50 lotes dentre reprodutores, éguas, potras, coberturas e mini-bovinos, produtos de atributos superiores e cabeceiras de seus planteis. Transmissão: NOVO CANAL. 62 Abril 2012 Abril 2012 63 Giro Rural Foto: Divulgação 64 Abril 2012 A APCN – Associação Paulista dos Criadores de Nelore – nomeou a diretoria para o biênio 2012/2013 em reunião que ocorreu na sede da entidade, em Bauru/ SP. Evaldo Rino Ribeiro foi reeleito presidente da associação em chapa única, indicada pelos associados e, também, pela diretoria de outras entidades pecuárias que apóiam os trabalhos da APCN. Evaldo Ribeiro destaca que, ao formar o novo quadro diretivo, preocupou-se em reunir nomes de representantes de diferentes regiões do Estado de São Paulo para poder assistir ao maior número de criadores e de novos associados, como aqueles localizados no Vale do Paraíba, em cidades como Taubaté, São José do Rio Preto e proximidades. “Contamos com um time bastante motivado e sólido que trará idéias muito produtivas para a próxima fase da associação, beneficiando os associados e a raça Nelore”, enfatiza Ribeiro. O plantel de Brangus de Dourados/ MS, conquistou pela terceira vez, o posto de Melhor Criador no Ranking Nacional da Raça Brangus e, pela segunda vez, de Melhor Expositor. Há seis anos no mercado, o criatório é administrado por três sócios que apostam no investimento em melhoramento genético como pilar de animais produtivos, adaptados ao clima tropical e férteis. São eles os mestres em Agronomia e pecuaristas Carlos Alberto Viviani, Fábio Garcia Borges e Orlando Carlos Martins que, juntos, celebram em 2012 a conquista do Tri-campeonato como Melhor Criador de Brangus pelo plantel BrTexas. Minas despontando no cenário sertanejo São muitos os artistas mineiros que se sobressaem no cenário musical brasileiro e em especial quando o tema é a música sertaneja. A mais nova revelação é a jovem Fernanda Silva de apenas 21 anos que tem feito um ótimo trabalho. Natural de Contagem, a bela cantora foi revelação em Barretos 2011 ao interpretar clássicos do chamado “sertanejo de raiz”. Apaixonada pelo agronegócio e pelos animais, Fernanda revela sua inspiração para cantar.“Estar em meio à natureza sempre me inspira, me faz sentir viva, dá vontade de pegar a viola e não parar mais de tocar!”, disse. Avaré Harmony é a Grande Campeã Potra Jovem na Feinco 2012 O Haras JP foi destaque na Feinco 2012 e comemora as premiações. Além de Avaré Harmony ter sagrando-se Grande Campeã Potra Jovem, outros quatro animais ocuparam o pódio da raça Mini-Horse. São eles: Paloma do JP – Reservada Campeã Égua Jovem Avaré Graxinha - 2º Lugar na Categoria Égua Jovem de 036 à 044 meses Dália do JP - 2º Lugar na Categoria Égua Jovem de 044 à 052 meses Programação especial celebrará os 80 anos da ABCCC Foto: Marcus Maciel Exatamente no dia em que completou onze anos de atuação sob marca própria, a Multimarcas Consórcios, formada a partir de uma série de aquisições de empresas do segmento anunciou uma nova conquista para a sua carteira de clientes. A maior empresa do gênero em Minas Gerais passou a administrar desde segunda-feira, 26, o consórcio dos concessionários da montadora Chery Automobile, líder de vendas internas e também campeã nacional de exportações na China. Para Fabiano Lopes Ferreira, presidente da Multimarcas Consórcios, a escolha de sua empresa para administrar o ConCherry se deu pelo mérito de sua metodologia de trabalho. “Os concessionários da Chery pesquisaram o mercado consorcial brasileiro e perceberam que trabalhamos com eficácia, crescimento quantitativo e foco na maior qualidade dos serviços prestados”, disse ele. Com uma estrutura de cerca 500 profissionais, a Multimarcas conta ainda com mais de 35 anos de experiência de seu presidente no segmento. Com sede em Belo Horizonte, a empresa administra grupos de veículos automotores, imóveis e serviços. A empresa está presente também em outros estados como Amazonas, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Pará e Tocantins. Foto: Matriz da Comunicacao 303 Foto: Divulgação Estão abertas as inscrições para a XV Edição do Prêmio ANDEF 2012, maior premiação da agricultura brasileira. Para participar é preciso acessar os sites: www.andefedu.com.br, www.andav.com.br, www. brasilcooperativo.org.br e www.inpev.org.br – neles há informações de como se inscrever nas modalidades basta enviar seus trabalhos as respectivas associações. São mais de 20 premiações: Cooperativismo, Indústria, Campo Limpo e Canais de Distribuição. O prazo final é dia 27 de abril de 2012. Até lá, as cooperativas ligadas a OCB – Organização das Cooperativas Brasileiras, revendas ligadas a ANDAV – Associação Nacional dos Distribuidores de Insumo Agrícola e Veterinários, centrais de recebimento de embalagens vazias ligadas ao INPEV – Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias e indústrias associadas à ANDEF, podem preparar seus projetos. “Nosso objetivo é fomentar ações de educação no campo visando à sustentabilidade do agronegócio brasileiro”, destaca José Annes Marinho, gerente de educação da ANDEF. Há 15 anos a ANDEF (Associação Nacional de Defesa Vegetal) realiza o prêmio com a proposta de capacitar agentes multiplicadores, agricultores e familiares na implantação de boas práticas agrícolas e de programas de responsabilidade socioambiental. Associação Paulista dos Criadores de Nelore nomeia nova diretoria Plantel BrTexas Genética conquista tri-campeonato como criadores de Brangus Multimarcas faz 11 anos e assume consórcio dos concessionários Chery XV edição do prêmio andef abre as inscrições Para comemorar oito décadas de seleção, preservação e divulgação do cavalo Crioulo, a Associação Brasileira de Criadores da raça está preparando uma programação especial que vai se estender durante todo o ano, com uma série de eventos alusivos à data. O roteiro de atividades inclui uma exposição itinerante, coquetel, jantar, desfile e um simpósio. De acordo com a secretária e ex-presidente da ABCCC, Elisabeth Lemos, responsável pela coordenação da agenda de eventos, as festividades serão divididas em quatro momentos ao decorrer do ciclo 2012. O primeiro deles ocorreu no dia 03 de março no Parque de Exposições Ildefonso Simões Lopes, em Pelotas/RS. O evento começou com a Prévia para a Expo-FICCC 2012, que selecionou os 26 animais, que junto aos grandes-campeões da Morfologia da Expointer, das edições 2010 e 2011, participarão da exposição organizada pela Federação Internacional de Criadores de Cavalos Crioulos (FICCC), prevista para maio, no Uruguai. Na sequência foi realizada uma homenagem aos ex-presidentes da casa e às personalidades que marcaram a história da Associação. Abril 2012 65 Giro Rural X Campeonato Nacional do Mini-Horse Agenda Rural 5 a 16 Prélance IV Leilão Haras Mamu - Equinos, Asininos e Muares - www.canaldelance.com.br 7 a 15 II Exposição Ranqueada do GIR Leiteiro de Para de Minas - Pq. de Exposição Francisco Olivé Diniz - Pará de Minas 12 a 15 I Expo Pampa - Pq. de Exposição Francisco Olivé Diniz - Pará de Minas 14 O X Campeonato Nacional de Mini-Horse aconteceu durante a Feinco 2012, entre os dias 12 e 15 de março em São Paulo. Dentre os animais premiados destaque para: • Grande Campeão Adulto: Guguiná Mascate - Reservado: Avaré Exclusivo • Grande Campeã Adulta: Guguiná Mimosa - Reservada: Princesa do Japão • Grande Campeão Jovem: Guguiná Osório - Reservado: Avaré Herdeiro • Grande Campeã Jovem: Avaré Harmony - Reservada: Ule De Sete Praias O Campeonato Nacional do Mini-Horse tem uma etapa por mês, o que proporciona aos seus participantes equacionarem seus respectivos calendários, cujas etapas se realizarão de março a outubro nas principais exposições agropecuárias do pais, conforme calendário a seguir: • Março: FEINCO (Especializada) - São Paulo/SP • Abril: EXPO-LONDRINA (Estadual) Londrina/PR • Maio: FACILPA (Estadual) - Lençóis Paulista/SP • Junho: FAPI (Nacional) - Ourinhos/SP • Julho: EAPIC (Potro do Futuro) - São João da Boa Vista/SP • Agosto: EXPOJAU (Especializada) - Jaú/ SP • Setembro: CAMARU (Estadual) - Uberlândia/MG • Outubro: EXPO RIO PRETO (Especializada) – S. J. do Rio Preto/SP 66 Abril 2012 Abril 16 a 22 16 20 20 e 21 21 26 a 29 6º Leilão Haras Porto Rico - Campolina www.portoricoharas.com.br 22º Congresso Brasileiro de Quarto de Milha - Avaré/SP Leilão Virtual Haras Elfar e Mzc 2º Leilão Dorper Alagoas 5e6 15 Maio 16 a 20 19 a 20 20 31 a 10/6 5 8 Junho 11 a 15 11 a 21 16 e 17 da feira mais comPleta do setor agroPecuário XV Leilão Yuri (20 Embriões) e 21 (Animais) 7º Leilão Terras dos Caetés - Ovinos Santa Inês Expo Vale 2012 - Exposição de Caprinos e Ovinos do Vale do São Francisco 28 4º Leilão Fortaleza Quarte Horse Show 30 a 5/5 19ª Feira Internacional de Tecnologia em Ação1 a 10 ParticiPe Ribeirão Preto/SP 78ª ExpoZebu- Uberaba/MG IV Etapa do VIII Campeonato Mineiro de Tambor e Baliza 2012 (AMCT) - Parque de Exposição de Betim/MG 1º Leilão Online Haras Loar (Pôneis) www.canaldelance.com.br 45ª Exposição Agropecuária de Barbacena - MG 5ª Exposição de Caprinos e Ovinos V etapa do VIII Campeonato Mineiro de tambor e baliza 2012 (AMCT) - Haras JT Mateus Leme/MG 5º Leilão Virtual Avaré Guguiná e Amigos- 20h. Transmissão Novo Canal. 52ª Exposição Estadual de Agropecuária Superagro/2012 - Belo Horizonte/MG Leilão Virtual Rancho Vale da Serra - Quarto de Milha 5 º Leilão SuperBrahman - Parque da Gameleira Feicorte 2012 - 18ª Feira Internacional da Cadeia Produtiva da Carne - São Paulo/SP 3º Leilão Megamilk (seleção de gado leiteiro de criatórios diversos) - www.canaldelance.com.br VI etapa do VIII Campeonato Mineiro de tambor e baliza 2012 (AMCT)- Parque de Exposição de Governador Valadares/MG Agrinsumos & Induspec Expo&Business reúne, em um só lugar, empresas líderes e visitantes altamente qualificados. Esta é a melhor oportunidade para encontrar os profissionais das principais empresas do setor, conhecer novidades e tendências, participar de Congressos, Workshops e realizar grandes negócios. Garanta já sua área! 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