Mês de Junho de 2016

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Mês de Junho de 2016
Edição No 176 - JUNHO.2016 - Ano X
Distribuição Gratuita
VEJA TAMBÉM:
Revelações de Jesus à Santa Margarida
Beata “Nhá Chica”
Método Billings
2
“Fazei tudo o que Ele vos disser.” (Jo 2,5)
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Comentários da Catena Áurea
de São Tomás de Aquino
PALAVRA DE DEUS
Mateus 11,25-30
25.POR AQUELE TEMPO, JESUS
PRONUNCIOU ESTAS PALAVRAS: EU TE
BENDIGO, PAI, SENHOR DO CÉU E DA
TERRA, PORQUE ESCONDESTE ESTAS
COISAS AOS SÁBIOS E ENTENDIDOS E
AS REVELASTE AOS PEQUENOS.
26.SIM, PAI, EU TE BENDIGO, PORQUE ASSIM FOI DO TEU AGRADO.
27.TODAS AS COISAS ME FORAM
DADAS POR MEU PAI; NINGUÉM CONHECE O FILHO, SENÃO O PAI, E NINGUÉM CONHECE O PAI, SENÃO O FILHO
E AQUELE A QUEM O FILHO QUISER
REVELÁ-LO.
28.VINDE A MIM, VÓS TODOS QUE
ESTAIS AFLITOS SOB O FARDO, E EU VOS
ALIVIAREI.
29.TOMAI MEU JUGO SOBRE VÓS E
RECEBEI MINHA DOUTRINA, PORQUE
EU SOU MANSO E HUMILDE DE CORAÇÃO E ACHAREIS O REPOUSO PARA AS
VOSSAS ALMAS.
30.PORQUE MEU JUGO É SUAVE E
MEU PESO É LEVE.
Bíblia Ave-Maria
Informativo da Comunidade Âmi - JUNHO.2016
SAN GREGORIO MAGNO, MORALIA, 30
É certamente um jugo áspero e uma
dura submissão o estar submetido às coisas temporais, às ambições terrenas, ao
reter as que morrem, ao querer estar sempre no que é instável, ao apetecer o que é
passageiro e no não querer passar com o
que passa. Porque enquanto desaparecem,
apesar de nossos desejos, todas essas coisas que pela ansiedade de possuí-las infligiam nossa alma, nos atormentam depois
por medo de perdê-las.
RÁBANO
Não somente os aliviará, pois que os
saciará com um manjar interior.
O jugo do Senhor Jesus Cristo é o evangelho que une e associa em uma só unidade judeus e gentios. Este jugo é que somos
ordenados a colocar sobre nós mesmos,
isto é, que temos como uma grande honra
transportá-lo. Não vai colocá-lo debaixo de
nós, para que não o desprezemos pisandoo com os pés enlameados de vícios. Por isso
acrescenta: “APRENDEI DE MIM.”
SÃO JOÃO CRISÓSTOMO, HOMILIAE EM
MATTHAEUM, HOM. 38.2
E não diz: Vinde este e aquele, mas todos os que estais nas preocupações, nas tristezas e nos pecados; não para castigá-los, mas
para perdoar-lhes os pecados. Vinde, não porque necessite de vossa glória, mas porque quero vossa salvação. Por isso, diz: “E eu vos
aliviarei”. Não disse: Eu os salvarei somente, mas (o que é muito mais) os aliviarei,
ou seja, os colocarei em uma completa paz.
SANTO AGOSTINHO, SERMÕES, 69,2
Não a criar o mundo, não a fazer grandes prodígios, mas aprende de mim a
ser
manso
e
humilde
de
coração. Queres ser grande? Começa
então por ser pequeno. Procuras construir um edifício grande e
elevado? Pensa primeiro na base da
humildade. E quanto mais tratas de levantar o edifício, mais profundamente
deves cavar seu alicerce. E até que
ponto deve tocar a cúpula do nosso
edifício? Até a presença de Deus.
RÁBANO
Mandou-nos nosso Salvador que sejamos sóbrios nos costumes e humildes em
nossos sentimentos, nos manda também
que não ofendamos a ninguém, que não
desprezemos a ninguém e que tenhamos
dentro de nosso coração todas as virtudes que
manifestamos em nossas obras exteriores.
SÃO GREGÓRIO O GRANDE, MORALIA, 4,39
Que pesado fardo impõe sobre as nossas almas o que nos manda evitar todo
desejo que nos possa perturbar? O que é
mais leve do que abster-se da maldade,
querer o bem, não querer o mal, amar a
todos, não odiar ninguém, alcançar o eterno, não submergir no presente e não fazer
aos outros o que não queremos que o façam a nós?
Fonte: http://hjg.com.ar/catena/
c136.html (em espanhol)
Homilia do Papa Francisco - Pentecostes 2016
«NÃO VOS DEIXAREI ÓRFÃOS» (Jo 14,
18). A missão de Jesus, que culmina no dom
do Espírito Santo, tinha este objetivo
essencial:reatar a nossa relação com o Pai,
arruinada pelo pecado; tirar-nos da condição de órfãos e restituir-nos à condição de
filhos.
Ao escrever aos cristãos de Roma, o
apóstolo Paulo afirma: «TODOS OS QUE
SE DEIXAM GUIAR PELO ESPÍRITO, ESSES
É QUE SÃO FILHOS DE DEUS. VÓS NÃO
RECEBESTES UM ESPÍRITO DE ESCRAVIDÃO QUE VOS ESCRAVIZE E VOLTE A ENCHER-VOS DE MEDO; MAS RECEBESTES
UM ESPÍRITO QUE FAZ DE VÓS FILHOS ADOTIVOS. É POR ELE QUE CLAMAMOS: ABBÁ, Ó
PAI!» (Rm 8, 14-15). Aqui temos restabelecida a relação: a paternidade de
Deus reativa-se em nós graças à obra redentora de Cristo e ao dom do Espírito Santo.
O Espírito é dado pelo Pai e leva-nos ao
Pai. Toda a obra da salvação é uma obra
de regeneração, na qual a paternidade de
Deus, por meio do dom do Filho e do Espírito, nos liberta da orfandade em que caíramos. No nosso tempo, também se constatam vários sinais desta nossa condição de
órfãos: a solidão interior que sentimos
mesmo no meio da multidão e que, às vezes, pode tornar-se tristeza existencial; a
nossa suposta autonomia de Deus, que
aparece acompanhada por uma certa nostalgia da sua proximidade; o analfabetismo espiritual generalizado que nos deixa
incapazes de rezar; a dificuldade em sentir
como verdadeira e real a vida eterna, como
plenitude de comunhão que germina aqui e
desabrocha para além da morte; a dificuldade de reconhecer o outro como irmão,
porque filho do mesmo Pai; e outros sinais
semelhantes.
A tudo isto se contrapõe a condição de
filhos, que é a nossa vocação primordial, é
aquilo para que fomos feitos, o nosso
«DNA» mais profundo mas que se arruinou
e, para ser restaurado, exigiu o sacrifício
do Filho Unigênito. Do imenso dom de amor
que é a morte de Jesus na cruz, brotou para
toda a humanidade, como uma cascata
enorme de graça, a efusão do Espírito Santo. Quem mergulha com fé neste mistério
de regeneração, renasce para a plenitude
da vida filial.
«NÃO VOS DEIXAREI ÓRFÃOS». Neste dia,
festa de Pentecostes, tais palavras de Jesus fazem-nos pensar também na presença
maternal de Maria no Cenáculo. A Mãe de
Jesus está no meio da comunidade dos discípulos reunida em oração: é memória vivente do Filho e viva invocação do Espírito
Santo. É a Mãe da Igreja. À sua intercessão,
confiamos de maneira especial todos os
cristãos, as famílias e as comunidades que,
neste momento, têm mais necessidade da
força do Espírito Paráclito, Defensor e Consolador, Espírito de verdade, liberdade e
paz.
O Espírito – como afirma igualmente São
Paulo – faz com que pertençamos a Cristo:
«SE ALGUÉM NÃO TEM O ESPÍRITO DE CRISTO, ESSE NÃO LHE PERTENCE» (Rm 8, 9). E,
consolidando a nossa relação de pertença
ao Senhor Jesus, o Espírito faz-nos entrar
numa nova dinâmica de fraternidade. Através do Irmão universal que é Jesus, podemos relacionar-nos de maneira nova com
os outros: já não como órfãos, mas como
filhos do mesmo Pai bom e misericordioso. E isto muda tudo! Podemos olhar-nos
como irmãos, e as nossas diferenças fazem apenas com que se multipliquem a alegria e a maravilha de pertencermos a esta
única paternidade e fraternidade.
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Informativo da Comunidade Âmi - JUNHO.2016
3
Beata Francisca de Jesus (Nhá Chica)
Ainda pequena Francisca de
Paula de Jesus, que nasceu em
Santo Antônio do Rio das Mortes,
distrito de São João del-Rei (MG),
chegou em Baependi (MG). Veio
acompanhada por sua mãe e por
seu irmão, Teotônio. Dentre os
poucos pertences, trouxeram
uma imagem de Nossa Senhora
da Conceição.
Em 1818, com apenas 10 anos
de idade, a mãe de Nhá Chica faleceu deixando aos cuidados de
Deus e da Virgem Maria as
duas crianças, Francisca de
Paula de Jesus, com 10 anos e
seu irmão, com então 12 anos.
Órfãos de mãe, sozinhos no
mundo, Francisca de Paula e
Teotônio, cresceram sob os
cuidados e a proteção de Nossa Senhora, que pouco a pouco foi conquistando o coração
de Nhá Chica. Esta a chamava
carinhosamente de “Minha Sinhá” que quer dizer: “Minha Senhora”, e nada fazia sem primeiro consultá-la.
Nhá Chica soube administrar
muito bem e fazer prosperar a
herança espiritual que recebera
da mãe. Nunca se casou. Rejeitou com liberdade todas as pro-
postas de casamento que lhes
apareceram. Foi toda do Senhor.
Se dava bem com os pobres, ricos
e com os mais necessitados. Atendia a todos os que a procuravam,
sem discriminar ninguém e,
para todos tinha uma palavra
de conforto, um conselho ou
uma promessa de oração. Ainda muito jovem, era procurada para dar conselhos, fazer
orações e dar sugestões para
pessoas que lidavam com negócio. Muitos, não tomavam
decisões sem primeiro consultála, e para tantas pessoas, ela era
considerada uma “santa”, todavia em resposta para quem quis
saber quem ela, realmente, era,
respondeu com tranquilidade:”...
É porque eu rezo com fé”.
Sua fama de santidade foi se
espalhando de tal modo que pessoas de muito longe começaram
a visitar Baependi para conhecêla, conversar com ela, falar-lhe de
suas dores e necessidades e, sobretudo para pedir-lhe orações.
A todos, atendia com a mesma
paciência e dedicação, mas nas
sextas feiras, não atendia a ninguém. Era o dia em que lavava as
próprias roupas e se dedicava
mais à oração e à penitência. Isso
porque sexta-feira é o dia que se
recorda a Paixão e a Morte de
Nosso Senhor Jesus Cristo para
a salvação de todos nós. Às
Três horas da tarde, intensificava suas orações e mantinha
uma particular veneração à
Virgem da Conceição, com a qual
tratava familiarmente como a
uma amiga.
Nhá Chica era analfabeta,
pois não aprendeu a ler nem escrever, desejava somente ler as
Escrituras Sagradas, mas alguém
as lia para ela, e a fazia feliz. Compôs uma Novena à Nossa Senhora da Conceição e em Sua honra,
construiu, ao lado de sua casa,
uma Igrejinha, onde venerava
uma pequena Imagem de Nossa
Senhora da Conceição que era de
sua mãe e, diante da qual, rezava piedosamente para todos
aqueles que a ela se recomendavam. Essa Imagem, ainda hoje,
se encontra na sala da casinha
onde ela viveu, sobre o Altar da
antiga Capela.
Em 1954, a Igreja de Nhá Chica foi confiada à Congregação das
Irmãs Franciscanas do Senhor.
Desde então teve início bem ao
lado da Igreja, uma obra de assistência social para crianças necessitadas que vem sendo mantida
por benfeitores devotos de Nhá
Chica. Hoje a Associação Beneficente Nhá Chica (ABNC) acolhe
mais de 150 crianças entre meninas e meninos.
A “Igrejinha de Nhá Chica”,
depois de ter passado por algumas reformas, é hoje o “Santuário Nossa Senhora da Conceição”
que acolhe peregrinos de todo o
Brasil e de diversas partes do
mundo. Muitos fiéis que visitam
o lugar, pedem graças e oram
com fé. Tantos voltam para agradecer e registram suas graças
recebidas. Atualmente, no “Registro de graças do Santuário”,
podem-se ler aproximadamente
20.000 graças alcançadas por intercessão de Nhá Chica.
Nhá Chica morreu no dia 14
de junho de 1895, estando com
87 anos de idade, mas foi sepultada somente no dia 18, no interior da Capela por ela construída.
As pessoas que ali estiveram sentiram exalar-se de seu corpo um
misterioso perfume de rosas durante os quatro dias de seu velório.
Tal perfume foi novamente
sentido no dia 18 de junho de
1998, 103 anos depois, por Autoridades Eclesiásticas e por membros do Tribunal Eclesiástico pela
Causa de Beatificação de Nhá
Chica e, também, pelos pedreiros, por ocasião da exumação do
seu corpo. Os restos Mortais da
Venerável se encontram hoje no
mesmo lugar, no interior do Santuário Nossa Senhora da Conceição em Baependi, protegidos por
uma Urna de acrílico colocada no
interior de uma outra de granito,
onde são venerados pelos fiéis.
FONTE: http://
www.nhachica.org.br/
TESTEMUNHO: “FUI CURADA POR NHÁ CHICA”
O relato de fé de Ana Lúcia Meirelles, miraculada de Nhá Chica
O milagre aceito pela Comissão de Médicos do Vaticano, que
deu início ao processo de Beatificação de Nhá Chica, refere-se à
cura de Ana Lúcia Meirelles Leite, 63 anos, professora aposentada, moradora de Caxambu
(MG). Ela pediu a intercessão da
leiga e teve resolvido – sem necessitar de cirurgia - um problema congênito muito grave no coração.
O fato se deu em 1995 e, desde então, a aposentada faz exa-
mes regulares comprovando que
o problema jamais voltou.
Ana Lúcia descobriu que tinha
um defeito congênito no coração
quando foi submetida a exames
médicos, logo após uma isquemia, em julho de 1995. Na véspera da cirurgia, a professora foi
acometida de uma febre muito
alta, que a impediu de realizar a
operação, que foi marcada para
uma nova data. Qual não foi a
surpresa do médico ao constatar
que já não existia mais o proble-
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ma? A abertura no coração havia
fechado, sem necessidade de cirurgia.
Médicos de Baependi, Pouso
Alegre, Belo Horizonte e São Paulo deram testemunho de que a
medicina não explicava o acontecido, que não havia possibilidade de cura sem a cirurgia.
Em 14 de outubro de 2011
este milagre, atribuído à intercessão de Nhá Chica, foi reconhecido pela Comissão Médica da Congregação das Causas dos Santos.
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Todos os 07 médicos deram
voto favorável: a cura não tem
explicação científica!
O Estudo do Milagre pela comissão de Cardeais da Santa Sé
aconteceu em 05 de junho de
2012. O Santo Papa Bento XVI
promulgou o Decreto da Beatificação de Nhá Chica, sendo que
a cerimônia oficial da Beatificação de Nhá Chica aconteceu no
dia 04 de maio de 2013, em Baependi.
FONTE: www.nhachica.org.br/
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“Fazei tudo o que Ele vos disser.” (Jo 2,5)
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Escritos dos Santos sobre o Sagrado Coração de Jesus
«O Coração de Jesus é um abismo em que encontrareis tudo. É
principalmente um abismo de
amor, no qual devemos sepultar
todo o nosso orgulho, com os seus
maus efeitos, que são o respeito
humano e o desejo de nos satisfazermos e nos elevarmos. Submergindo estas inclinações no abismo
do amor divino, encontrareis todas as riquezas necessárias nas
diversas situações em que estiverdes. Se vos achais desolados e
acabrunhados pelas privações, é
o Coração Divino abismo de toda
a consolação, dentro do qual
cumpre que entremos sem desejarmos sentir-lhe a doçura. Se vos
encontrais num abismo de aridez
e de franqueza, ide internar-vos
no Coração de Jesus, abismo de
potência e de amor, sem vos importardes de experimentar-lhe a
suavidade, senão quando a Ele
aprouver. Se num abismo de pobreza, atirai-vos ao Coração de
Jesus: deixando-o agir, Ele vos
enriquecerá. Se num abismo de
fraqueza, de recaídas e de misérias, procurai com frequência o
Coração de Jesus; Ele é um abismo de misericórdia e de fortaleza: levantar-vos-á e vos dará forças. Se em um abismo de soberba, vanglória e estima de vós
mesmos, descei logo às humilhações profundas do Coração de Jesus, oceano de humildade. Se em
um abismo de ignorância e de
trevas, o Sagrado Coração é um
mar de sabedoria e de luz. Se
num abismo de morte, ide ao Co-
Reproduzimos uma estrofe:
AO CORAÇÃO
Salve ó Coração do Rei Supremo.
Te saúdo com o coração cheio de alegria
Apertar-te a meu peito é a minha felicidade
É este meu grande desejo
Infundi-me coragem para que te fale
Clamo a ti com viva voz do coração
Porque te amo ó Coração doce:
Inclina-te ao meu coração
De maneira que possa unir-me a ti
Devoto, coração a Coração
Dá-me a graça que meu coração ao Teu seja unido
E conTigo Jesus seja ferido;
Porque o coração será semelhante ao coração
Se meu coração for transpassado
Pelas setas dos ultrajes. 2
ração Divino e achareis ama fonte de vigor; atingireis aí uma vida
nova, na qual já não olhareis com
outros olhos senão com os de Jesus Cristo; não vos movereis senão pelo seu movimento, não falareis senão com a sua língua e
não amareis senão com o seu Coração dulcíssimo. Se num abismo
de agitação, impaciência e cólera, ide ao Coração do Redentor,
que é um abismo de mansidão e
doçura. Se num abismo de profunda melancolia, mergulhai-a no
Coração de Jesus, que é um mar
de doçura celeste e tesouro inexaurível de todas as delícias dos
santos e dos anjos. Se vos encontrais num profundo abismo de
amarguras e penas, uni-as ao
abismo das penas infinitas do Coração de Jesus e dEle aprendereis
a sofrer contente». Santa Margarida Maria Alacoque.1
“Achei o Coração do meu Senhor, do meu irmão, do meu amigo, o Coração do meu dulcíssimo
Jesus. E não hei de adorá-lo? Sim
e a ele hei de endereçar minhas
súplicas. Mais ainda o Vosso Coração é meu: como os olhos da
minha cabeça são meus, assim
também o Coração da minha cabeça espiritual a mim pertence,
é meu, é tudo meu. E assim como
eu achei o Vosso Coração ó Jesus
amável, que é também o meu,
assim também eu Vos suplicarei
ó meu Deus. Aceitai, ó meu Senhor, as minhas orações neste
santuário de Vossa liberalidade.
Melhor ainda, dignai-Vos fazerme entrar neste Vosso Coração”.
São Boaventura.2 São Bernardo
(1091 - 1153) considerado com
razão como dos mais ternos devotos do Sagrado Coração, fala
deste Coração no seu discurso nº
61, no qual comenta as palavras
dos cantares: a minha pomba nas
aberturas da pedra. “Outro, diz
ele, pelas aberturas da pedra,
entende as chagas de Nosso
Senhor Jesus Cristo, e com razão: porque Jesus Cristo é a
pedra... E onde senão nas chagas do Salvador poderão gozar
tranquilidade segura o fraco e
o enfermo?... O que poderei ver
nestas chagas, senão a miseri-
córdia do Senhor? O ferro transpassou Sua alma e chegou a Seu
Coração, para que saiba compadecer-Se das nossas enfermidades. As chagas do corpo nos
manifestam o segredo do Coração, nos descobrem o grande
mistério do amor”.
Entre as obras do Santo Doutor, existe uma composição em
versos, na qual ele considera e
saúda com terno afeto a chaga
do costado, o peito e o Coração
de Jesus. A composição não é de
São Bernardo: remonta ao século XIII e pode considerar-se como
um conjunto da idade média com
referência a este precioso assunto.
Fontes: 2.”Memórias”, Santa
Margarida Maria Alacoque; 2.
www.agrandeguerra.com
Ato de Consagração ao Sagrado Coração de Jesus
Dulcíssimo Jesus, Redentor
do gênero humano, lançai os
vossos olhares sobre nós, humildemente prostrados diante de
vosso altar. Nós somos e queremos ser vossos; e para que possamos viver mais intimamente
unidos a Vós, cada um de nós
neste dia se consagra espontaneamente ao vosso Sacratíssimo
Coração.
Muitos nunca Vos conheceram; muitos desprezaram os
vossos mandamentos e Vos renegaram. Benigníssimo Jesus,
tende piedade de uns e de outros e trazei-os todos ao vosso
Sagrado Coração.
Senhor, sede o Rei não so-
mente dos fiéis que nunca de Vós
se afastaram, mas também dos
filhos pródigos que Vos abandonaram; fazei que eles tornem,
quanto antes, à casa paterna,
para que não pereçam de miséria e de fome.
Sede o Rei dos que vivem iludidos no erro, ou separados de Vós
pela discórdia; trazei-os ao porto
da verdade e à unidade da fé, a
fim de que em breve haja um só
rebanho e um só pastor.
Sede o Rei de todos aqueles
que estão sepultados nas trevas
da idolatria e do islamismo, e não
recuseis conduzi-los todos à luz e
ao Reino de Deus. Volvei, enfim,
um olhar de misericórdia aos fi-
lhos do que foi outrora vosso
povo escolhido; desça também
sobre eles, num batismo de redenção e vida, aquele sangue
que um dia sobre si invocaram.
Senhor, conservai incólume
a vossa Igreja, e dai-lhe uma liberdade segura e sem peias;
concedei ordem e paz a todos
os povos; fazei que de um a outro polo do mundo, ressoe uma
só voz: Louvado seja o Coração
divino, que nos trouxe a salvação! A Ele, honra e glória por
todos os séculos dos séculos.
Amém.
S.S. Pio XI, 11 de dezembro
de 1925
Fonte: ww.agrandeguerra.com
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5
Trechos de Haurietis Aquas (HAURIREIS ÁGUAS)– PIO XII
1) O sagrado coração de Jesus,
símbolo de amor perfeito: sensível,
espiritual, humano e divino, durante
a vida terrena do Salvador
29. Nas páginas do Evangelho
é onde principalmente encontraremos a luz pela qual iluminados
e fortalecidos poderemos penetrar no segredo deste divino coração, e admirar com o Apóstolo das
gentes “AS ABUNDANTES RIQUEZAS
DA GRAÇA (de Deus) NA BONDADE
USADA CONOSCO POR AMOR DE JESUS CRISTO” (Ef 2,7).
30. O adorável coração de Jesus Cristo pulsa de amor ao mesmo tempo humano e divino desde que a virgem Maria pronunciou
aquela
palavra
magnânima:
“Fiat”, e o Verbo de Deus, como
nota o Apóstolo, “AO ENTRAR NO
MUNDO DISSE: NÃO QUISESTE SACRIFÍCIO NEM OFERENDA, MAS ME
APROPRIASTE UM CORPO; HOLOCAUSTOS PELO PECADO NÃO TE
AGRADARAM. ENTÃO DISSE: EIS QUE
VENHO: SEGUNDO ESTÁ ESCRITO DE
MIM NO PRINCÍPIO DO LIVRO, PARA
CUMPRIR, Ó DEUS, A TUA VONTADE... POR ESTA VONTADE, POIS, SOMOS SANTIFICADOS PELA OBLAÇÃO
DO CORPO DE CRISTO FEITA UMA SÓ
VEZ” (Hb 10,5-7.10). De maneira semelhante palpitava de amor o seu
coração, em perfeita harmonia
com os afetos da sua vontade humana e com o seu amor divino,
quando, na casa de Nazaré, ele
mantinha aqueles celestiais colóquios com sua dulcíssima Mãe
e com seu pai putativo, s. José, a
quem obedecia e com quem colaborava no fatigante ofício de carpinteiro. Esse mesmo tríplice
amor movia o seu coração nas suas
contínuas excursões apostólicas,
quando realizava aqueles inúmeros milagres, quando ressuscitava os mortos ou restituía a saúde
a toda sorte de enfermos, quando
sofria aqueles trabalhos, suportava o suor, a fome e a sede; nas
vigílias noturnas passadas em
oração a seu Pai amado; e, finalmente, nos discursos que pronunciava e nas parábolas que propunha, especialmente naquelas que
tratam da misericórdia, como a da
dracma perdida, a da ovelha desgarrada e a do filho pródigo. Nessas palavras e nessas obras, como
diz Gregório Magno, manifesta-se
o próprio coração de Deus. “Conhece o coração de Deus nas palavras de Deus, para que com mais
ardor suspires pelas coisas eternas”.
31. De amor ainda maior pulsava o coração de Jesus Cristo
quando da sua boca saíam palavras que inspiravam amor ardente. Assim, para dar algum exemplo, quando, ao ver as turbas cansadas e famintas, ele disse: “TENHO COMPAIXÃO DESTA MULTIDÃO” (Mc 8, 2), e quando, ao avistar Jerusalém, a sua cidade predileta, destinada a uma ruína fatal
por causa da sua obstinação no
pecado, exclamou: “JERUSALÉM,
JERUSALÉM, QUE MATAS OS PROFETAS E APEDREJAS OS QUE TE SÃO
ENVIADOS: QUANTAS VEZES EU
QUIS RECOLHER TEUS FILHOS, COMO
A GALINHA RECOLHE DEBAIXO DAS
ASAS OS SEUS PINTINHOS, E NÃO O
QUISESTE!” (Mt 23, 37). O seu coração também palpitou de amor para
com seu Pai, e de santa indignação,
quando ele viu o comércio sacrílego
que se fazia no templo, e verberou
os violadores com estas palavras:
“ESCRITO ESTÁ: MINHA CASA SERÁ
CHAMADA CASA DE ORAÇÃO; MAS
VÓS FIZESTES DELA UMA ESPELUNCA DE LADRÕES” (Mt 21, 13).
32. Pois o seu coração bateu
particularmente de amor e de pavor quando ele viu iminente a
hora dos seus cruéis padecimentos, e quando experimentando
uma repugnância natural às dores e à morte, exclamou: “MEU PAI,
SE É POSSÍVEL, PASSE DE MIM ESTE
CÁLICE” (Mt 26,39); palpitou com
amor invicto e com suma amargura quando, ao receber o beijo do
traidor, dirigiu-lhe aquelas palavras que parecem o convite último do seu coração misericordioso ao amigo que com ânimo ímpio,
infiel
e
obstinado,
devia entregá-lo aos seus algozes: “AMIGO, A QUE VIESTE? COM
UM BEIJO ENTREGAS O FILHO DO
HOMEM?” (Mt 26, 50; Lc 22, 48);
palpitou de compaixão e de
amor íntimo quando disse às
piedosas mulheres que choravam a sua imerecida condenação ao suplício da cruz: “FILHAS
DE JERUSALÉM, NÃO CHOREIS POR
MIM; CHORAI POR VÓS MESMAS
E POR VOSSOS FILHOS..., POIS, SE
ASSIM TRATAM A ÁRVORE VERDE,
QUE SE NÃO FARÁ À SECA?” (Lc 23,
28.31).
33. Finalmente, quando o divino Redentor pendia da cruz, sentiu o seu coração arder dos mais
vários e veementes afetos, isto é,
de afetos de amor ardente, de
consternação, de misericórdia, de
desejo inflamado, de paz serena;
afetos claramente manifestados
naquelas palavras: “PAI, PERDOALHES; PORQUE ELES NÃO SABEM O
QUE FAZEM” (Lc 23, 34); “DEUS MEU,
DEUS MEU, POR QUE ME ABANDONASTE?” (Mt 27, 46); “EM VERDADE
TE DIGO QUE HOJE ESTARÁS COMIGO NO PARAÍSO” (Lc23, 43); “TENHO
SEDE” (Jo 19, 28); “PAI, NAS TUAS
MÃOS ENTREGO MEU ESPÍRITO”
(Lc 23, 46).
2) A eucaristia, a Santíssima Virgem e o sacerdócio são dons do coração amado de Jesus
34. Quem poderá descrever
dignamente as pulsações do coração divino, índices do seu infinito amor, naqueles momentos em
que ele deu aos homens os seus
mais apreciados dons, isto é, a si
mesmo no sacramento da eucaristia, sua mãe santíssima, e a
participação no oficio sacerdotal?
35. Ainda antes de celebrar a
última ceia com seus discípulos,
ao pensar em que ia instituir o
sacramento do seu corpo e do seu
sangue, com cuja efusão devia
confirmar-se a nova aliança, sentiu o seu coração agitado de intensa emoção, que ele manifestou aos seus apóstolos com estas
palavras: “ARDENTEMENTE DESEJEI
COMER CONVOSCO ESTE CORDEIRO
PASCAL ANTES DA MINHA PAIXÃO”
(Lc 22, 15); emoção que, sem dúvida, foi ainda mais veemente
quando ele “TOMOU O PÃO, DEU
GRAÇAS, PARTIU-O E DEU-O A ELES,
DIZENDO: ‘ISTO É MEU CORPO, QUE
SE DÁ POR VÓS; FAZEI ISTO EM MEMÓRIA DE MIM’. DO MESMO MODO
TOMOU O CÁLICE, DEPOIS DE HAVER
CEADO, DIZENDO: ‘ESTE CÁLICE É A
NOVA ALIANÇA EM MEU SANGUE,
QUE
POR
VÓS
SERÁ
DERRAMADO’”(Lc 22, 19-20).
36. Com razão, pois, pode-se
afirmar que a divina eucaristia,
como sacramento que ele dá aos
homens e como sacrifício que ele
mesmo continuamente imola
“DESDE O NASCENTE ATÉ O POENTE” (Ml 1, 11), e também o sacerdócio, são, sem dúvida, dons do
sagrado coração de Jesus.
37. Dom igualmente precioso
do mesmo sagrado coração é,
como indicávamos, a santíssima
Virgem, Mãe excelsa de Deus e
Mãe amadíssima de todos nós,
era justo que o gênero humano tivesse por mãe espiritual aquela
que foi mãe natural do nosso Redentor, a ele associada na obra
de regeneração dos filhos de Eva
para a vida da graça. A propósito
disso, escreve a respeito dela santo Agostinho: “Evidentemente ela
é mãe dos membros do Salvador,
que somos nós, porque com a sua
caridade cooperou para que nascessem na Igreja os fiéis, que são
membros daquela cabeça”.
38. Ao dom incruento de si
mesmo sob as espécies do pão e
do vinho, Jesus Cristo nosso Salvador quis unir, como testemunho
da sua caridade íntima e infinita,
o sacrifício cruento da cruz. Fazendo isso, deu exemplo daquela
sublime caridade que com as seguintes palavras ele mostrara aos
seus discípulos como meta suprema de amor: “NINGUÉM TEM AMOR
MAIOR DO QUE AQUELE QUE DÁ SUA
VIDA PELOS AMIGOS” (Jo 15,13). Pelo
que o amor de Jesus Cristo, Filho
de Deus, revela no sacrifício do
Gólgota, de modo o mais eloqüente, o amor do próprio Deus:
“NISTO CONHECEMOS A CARIDADE
DE DEUS: EM HAVER ELE DADO SUA
VIDA POR NÓS; E ASSIM NÓS DEVEMOS DAR A NOSSA VIDA POR NOSSOS IRMÃOS” (1 Jo 3, 16). Certamente, o divino Redentor foi crucificado mais pela força do amor do que
pela violência dos algozes, e o seu
holocausto voluntário é dom supremo feito a cada um dos homens, segundo a incisiva expressão do Apóstolo: “AMOU-ME E ENTREGOU-SE POR MIM” (Gl 2, 20).
3) Também a Igreja e os sacramentos são dons do sagrado coração
de Jesus
39. Não se pode, pois, duvidar
de que, participando intimamente da vida do Verbo encarnado, e
pelo mesmo motivo sendo, não
menos do que os demais membros da sua natureza humana,
como que instrumento conjunto da
Divindade na realização das
obras da graça e da onipotência
divina, o sagrado coração de Jesus é também símbolo legítimo
daquela imensa caridade que
moveu o nosso Salvador a celebrar, com o derramamento do seu
sangue, o seu místico matrimônio
com a Igreja: “Sofreu a paixão por
amor à Igreja que ele devia unir a
si como esposa”. Portanto, do coração ferido do Redentor nasceu
a Igreja, verdadeira administradora do sangue da redenção, e do
mesmo coração flui abundantemente a graça dos sacramentos,
na qual os filhos da Igreja bebem
a vida sobrenatural, como lemos
na sagrada liturgia: “Do coração
aberto nasce a Igreja desposada
com Cristo... Tu, que do coração
fazes manar a graça”. A respeito
desse símbolo, que nem mesmo
dos antigos Padres, escritores
e eclesiásticos foi desconhecido,
o Doutor comum, fazendo-se eco
deles, assim escreve: “Do lado de
Cristo brotou água para lavar e
sangue para redimir. Por isso, o
sangue é próprio do sacramento
da eucaristia; a água, do sacramento do batismo, o qual, entretanto, tem força para lavar em virtude do sangue de Cristo”. O que
aqui se afirma do lado de Cristo,
ferido e aberto pelo soldado, cumpre aplicá-lo ao seu coração, ao
qual, sem dúvida, chegou a lançada desfechada pelo soldado precisamente para que constasse de
maneira certa a morte de Jesus
Cristo. Por isso, durante o curso dos
séculos, a ferida do coração sacratíssimo de Jesus, morto já para
esta vida mortal, tem sido a imagem viva daquele amor espontâneo com que Deus entregou seu
Unigênito pela redenção dos homens, e com o qual Cristo nos
amou a todos tão ardentemente
que a si mesmo se imolou como
hóstia cruenta no Calvário: “CRISTO AMOU-NOS E OFERECEU-SE A
DEUS EM OBLAÇÃO E HÓSTIA DE
ODOR SUAVÍSSIMO” (Ef 5, 2).
4) O sagrado coração de
Jesus, símbolo do seu tríplice amor a
humanidade na vida gloriosa do céu
40. Depois que o nosso Salvador subiu ao céu com seu corpo
glorificado, e se sentou à direita
de Deus Pai, não tem cessado de
amar sua esposa, a Igreja, com
aquele amor inflamado que palpita no seu coração. Traz nas
mãos, nos pés e no lado os esplendentes sinais das suas feridas, troféus da sua tríplice vitória: contra o demônio, contra o
pecado e contra a morte. E traz no
seu coração, como em preciosa
arca aqueles imensos tesouros de
méritos, frutos dessa tríplice vitória, os quais ele com largueza distribui ao gênero humano. É essa
uma verdade consoladora, ensinada pelo Apóstolo das gentes
quando escreve: “AO SUBIR PARA
O ALTO, LEVOU CONSIGO CATIVA
UMA GRANDE MULTIDÃO DE CATIVOS E DERRAMOU SEUS DONS SOBRE OS HOMENS... AQUELE QUE
DESCEU, ESSE MESMO FOI O QUE
ASCENDEU SOBRE TODOS OS CÉUS,
PARA DAR CUMPRIMENTO A TODAS
AS COISAS” (Ef 4, 8.10).
5) Os dons do Espírito Santo também são dons do coração adorável de
Jesus
41. A missão do Espírito Santo
junto aos discípulos é o primeiro
e esplêndido sinal do seu amor
munificente, depois da sua subida triunfal à direita do Pai. Aos
dez dias, o Espírito Paráclito, dado
pelo Pai celestial, baixou sobre
eles, reunidos no cenáculo, segundo a promessa que ele lhes fizera
na última ceia: “ROGAREI AO PAI, E
ELE VOS DARÁ OUTRO CONSOLADOR
PARA ESTAR CONVOSCO ETERNAMENTE” (Jo 14, 16). O qual Espírito
Paráclito, sendo, como é, o amor
mútuo pessoal com que o Pai ama
o Filho e o Filho ama o Pai, por
ambos é enviado, e, sob forma de
línguas de fogo, infunde na alma
dos discípulos a abundância da
caridade divina e dos demais carismas celestes. Esta infusão da
caridade divina brotou também do
coração de nosso Salvador, “NO
QUAL ESTÃO ENCERRADOS TODOS OS
TESOUROS DA SABEDORIA E DA CIÊNCIA” (Cl 2, 3). Essa caridade é,
portanto, dom do coração de Je-
sus e do seu Espírito. A esse comum Espírito do Pai e do Filho
deve-se o nascimento e a propagação admirável da Igreja no meio
de todos os povos pagãos, contaminados pela idolatria, pelo ódio
fraterno, pela corrupção de costumes e pela violência. Foi essa divina caridade, dom preciosíssimo
do coração de Cristo e do seu Espírito, que deu aos apóstolos e
aos mártires aquela fortaleza com
que eles lutaram até uma morte
heróica, para pregarem a verdade
evangélica e testemunhá-la com
o seu sangue; foi ela que deu aos
doutores da Igreja aquele zelo intenso por ilustrar e defender a fé
católica; foi ela que alimentou as
virtudes nos confessores e os excitou a levarem a cabo obras admiráveis e úteis, para a própria
santificação, para a salvação eterna e temporal do próximo; e, finalmente, foi ela que persuadiu
as virgens a espontânea e alegremente renunciarem aos gozos dos
sentidos e se consagrarem inteiramente ao amor do esposo celeste. A essa divina caridade,
que transborda do coração do
Verbo encarnado e por obra do
Espírito Santo se difunde nas
almas de todos os crentes, o
Apóstolo das gentes entoou
aquele hino de vitória que exalta a um tempo o triunfo de Jesus Cristo cabeça e o triunfo dos
membros do seu corpo místico,
sobre todos quantos de algum
modo obstam ao estabelecimento do reino divino de amor entre
os homens: “QUEM PODERÁ SEPARAR-NOS DO AMOR DE CRISTO? A
TRIBULAÇÃO? OU A ANGÚSTIA? OU
A FOME? OU A NUDEZ? OU O RISCO? OU A PERSEGUIÇÃO? OU O CUTELO?... POR MEIO DE TODAS ESSAS
COISAS TRIUNFAMOS POR VIRTUDE
DAQUELE QUE NOS AMOU. PELO
QUAL ESTOU SEGURO DE QUE NEM
A MORTE, NEM A VIDA, NEM OS ANJOS, NEM OS PRINCIPADOS, NEM AS
VIRTUDES, NEM O PRESENTE, NEM
O FUTURO, NEM A FORÇA, NEM O
QUE HÁ DE MAIS ALTO, NEM DE
MAIS PROFUNDO, NEM OUTRA CRIATURA, PODERÁ JAMAIS SEPARARNOS DO AMOR DE DEUS QUE SE
FUNDA EM JESUS CRISTO NOSSO
SENHOR” (Rm 8,35.37-39).
74. A fim de que a devoção ao
coração augustíssimo de Jesus
produza frutos mais copiosos na
família cristã e mesmo em toda a
humanidade, procurem os féis
unir a ela estreitamente a devoção ao coração imaculado da Mãe
de Deus. Foi vontade de Deus que,
na obra da redenção humana, a
santíssima virgem Maria estivesse inseparavelmente unida a Jesus Cristo; tanto que a nossa salvação é fruto da caridade de Jesus Cristo e dos seus padecimentos, aos quais foram intimamente associados o amor e as dores
de sua Mãe. Por isso, convém que
o povo cristão, que de Jesus Cristo, por intermédio de Maria, recebeu a vida divina, depois de prestar ao sagrado coração o devido
culto, renda também ao amantíssimo coração de sua Mãe celestial os correspondentes obséquios
de piedade, de amor, de agradecimento e de reparação. Em harmonia com esse sapientíssimo e
suavíssimo desígnio da divina Providência, nós mesmo, por ato solene, dedicamos e consagramos
a santa Igreja e o mundo inteiro
ao coração imaculado da santíssima Virgem Maria.
FONTE: http://w2.vatican.va
6
“Fazei tudo o que Ele vos disser.” (Jo 2,5)
SITE: www.comunidadeami.com.br
Informativo da Comunidade Âmi - JUNHO.2016
Revelações de Jesus à Santa Margarida Alacoque
Foram três as grandes revelações desta devoção inefável, reservada nos últimos tempos da
Igreja, a reacender nos fiéis o
amor de Deus. A primeira realizou-se no dia da festa do glorioso
Apóstolo, que na última ceia reclinou a cabeça sobre o peito adorável do Salvador e auscultou as
divinas palpitações do seu Coração três vezes santo.
1ª REVELAÇÃO:
No dia 27 de Dezembro de
1773, achando-se Margarida em
oração diante do SS. Sacramento, mais fervorosa do que nunca,
foi arrebatada em êxtase e o Divino Salvador concedeu-lhe o privilégio do discípulo amado, permitindo-lhe que reclinasse a cabeça sobre seu peito augusto, e
experimentasse as maravilhas do
seu amor. Jesus fez-lhe depois
contemplar o seu Coração Sacratíssimo, oculto até aquele dia,
todo fulgurante de luz, mais fulgido que o sol meridiano, mais
transparente do que um cristal e
consumido como uma fornalha
pelas chamas do seu amor aos
homens. A chaga que lhe abrira
na cruz o soldado romano aparecia visivelmente: estava toda circundada de espinhos e encimada
por uma cruz.
Enquanto Margarida, fora de
si pela comoção e pelo afeto, contemplava aquele espetáculo,
Nosso Senhor tomou a palavra e
disse-lhe: «O MEU CORAÇÃO ESTÁ
TÃO APAIXONADO DE AMOR PELOS HOMENS QUE, JÁ NÃO PODENDO CONTER DENTRO DE SI
AS CHAMAS DA SUA ARDENTE
CARIDADE, VÊ-SE OBRIGADO A
EXPANDI-LAS POR TEU INTERMÉDIO E A MANIFESTAR-SE, A
FIM DE ENRIQUECÊ-LOS DOS
SEUS PRECIOSOS TESOUROS E
DAS GRAÇAS DE QUE NECESSITAM, PARA EVITAREM A ETERNA PERDIÇÃO.» E acrescentou:
«EU TE ESCOLHI COMO UM ABISMO DE INDIGNIDADE E IGNORÂNCIA PARA A REALIZAÇÃO DE
TÃO GRANDE DESÍGNIO, A FIM
DE QUE SEJA TUDO FEITO POR
MIM MESMO». Pediu-lhe depois
o coração e, recebendo-o, colocou-o dentro do seu, como um
átomo numa fornalha ardente.
Em seguida, retirando de si uma
chama ardente em forma de coração, colocou-lha no peito, dizendo: «AQUI TENS UM PRECIOSO PENHOR DO MEU AFETO.
ENCERRO NO TEU PEITO UMA
CENTELHA DAS CHAMAS MAIS
VIVAS DO MEU AMOR, PARA TE
SERVIR DE CORAÇÃO E CONSUMIRTE ATÉ O ULTIMO MOMENTO. ATÉ AQUI TIVESTE O NOME
DE MINHA ESCRAVA; DE HOJE
EM DIANTE CHAMAR-TE-ÁS A
DISCÍPULA PREDILETA DO MEU
CORAÇÃO». Depois de tão excelso favor, que durou por longo espaço de tempo, durante o qual
ela não sabia se estava no Céu ou
na terra, permaneceu por muitos dias toda inflamada de amor
e não podia falar, comer e agir
senão fazendo grande violência,
como se tivesse que tirar do Céu
a sua alma para animar o corpo.
A majestade divina tinha invadido inteiramente o seu ser e o
amor tinha despertado nele chamas que ardiam sem cessar. Uma
humildade profundíssima foi o
fruto que lhe deixou a visão daquele Coração Sacratíssimo, que
é manso e humilde. Desejaria ajoelhar-se no meio do refeitório e
revelar publicamente as suas culpas, para ser desprezada por todas as suas irmãs. De então por
diante sentiu do lado do peito a
pontada de uma chaga invisível
por toda a vida, a qual lhe causava agudas dores e, ao mesmo
tempo, a consumia de um amor
santo. O seu peito experimentava a agonia da lança que traspassou o do Divino Mestre e o ardente amor que devorava o Coração
Divino. Mas a ferida não aparecia visivelmente como no lado do
glorioso Patriarca de Assis, do
qual até sangue vivo jorrava. Jesus lha escondera, como fizera
outrora com a santa virgem de
Siena, a qual, depois de ter recebido os cinco estigmas, pediu ao
seu Esposo Celeste os ocultasse
aos olhos dos homens, para evitar a maravilha e a veneração.
2ª REVELAÇÃO:
A segunda revelação realizouse no ano seguinte. «Uma vez em
que estava exposto o SS. Sacramento, narra a santa, senti-me
toda concentrada em mim mesma por um recolhimento extraordinário; apresentou-se-me Jesus Cristo, meu dulcíssimo Mestre, todo radiante de glória, com
as suas cinco chagas a resplandecerem como cinco sóis. Da sua
humanidade sacratíssima saíam
chamas por toda a parte, mas
principalmente do sou adorável
peito, que ardia como uma fornalha; abrindo-o, descobriu-me
Ele o seu amantíssimo Coração
nascente viva de todas aquelas
labaredas. Patenteou-me as maravilhas inefáveis do seu amor e
até que excesso de caridade este
o havia impelido ao amor dos homens, dos quais só recebia ingratidões. ISTO, acrescentou, É MAIS
DOLOROSO DO QUE TUDO O
QUE SOFRI NA MINHA PAIXÃO,
TANTO QUE, SE ME RETRIBUÍSSEM O QUE FIZ COM ALGUM SINAL DE AMOR, TERIA POR POUCO TUDO O QUE SOFRI POR ELES
E QUISERA, SE POSSÍVEL FOSSE,
FAZER AINDA MAIS; ENTRETANTO SÓ CORRESPONDEM COM
FRIEZAS E REPULSAS A TODAS AS
MINHAS SOLICITUDES. DÁ- ME,
AO MENOS TU, ESTA ALEGRIA,
SUPRINDO QUANTO PUDERES A
SUA INGRATIDÃO.» Assim, depois de ter mostrado na primeira
revelação o verdadeiro princípio
da nova devoção, isto é, um
amor, cujo fogo já não podia conter no seu peito, Nosso Senhor
agora lhe revela o caráter. Será
uma reparação honrosa, uma
expiação de todos os delitos do
mundo, uma consolação para o
seu Coração abandonado. Margarida, humilde, desculpou-se,
alegando a sua insuficiência.
«TOMA, replicou-lhe Jesus, O
COM QUE POSSAS SUPRIR AO
QUE TE FALTA». E dizendo isto
abriu-se o Coração Divino e desprendeu-se dele uma chama tão
ardente que lhe fez pensar ficaria toda consumida; não podendo resistir-lhe ao ardor, pediu ao
Senhor tivesse compaixão da sua
fraqueza. Jesus respondeu-lhe
que não temesse, pois Ele seria a
sua força. Pediu-lhe duas coisas,
para dispô-la ao cumprimento dos
seus desígnios: em primeiro lugar,
que comungasse todas as primeiras sextas feiras de cada mês,
para reparar as injúrias que recebia no SS. Sacramento; em segundo lugar, que se levantasse todas
as semanas na noite de quinta
para sexta feira, entre as onze e
a meia noite e se prostrasse durante uma hora com a face por
terra, em expiação de todos os
pecados dos homens e para consolar o seu Coração deste sensível abandono, do qual o sono dos
Apóstolos no jardim das Oliveiras,
era apenas um ligeiro anúncio e
uma pálida imagem. Durante estas maravilhas a santa estava
fora de si e já não sentia nem via
nada do que se passava na terra.
Tiveram que retirá-la de lá e, visto como não respondia nem podia manter-se em pé, levaram-na
à presença da superiora.
3ª REVELAÇÃO:
Era durante a oitava do SS.
Sacramento, a 16 de Junho de
1675. A santa estava ajoelhada
com os olhos fitos no Tabernáculo. De repente apareceu-lhe Nosso Senhor sobre o altar e, mostrando-lhe o seu Divino Coração,
disse-lhe: «EIS AQUI O CORAÇÃO
QUE TANTO AMOU AOS HOMENS, NADA POUPANDO ATÉ
DEFINHAR E CONSUMIR-SE PARA
DAR TESTEMUNHO DO SEU
AMOR; E EU, NESTE MISTÉRIO
DE AMOR, DA MAIOR PARTE
DOS HOMENS SÓ RECEBO INGRATIDÕES, IRREVERÊNCIAS E
SACRILÉGIOS, FRIEZAS E DESPREZOS COM QUE ME AFLIGEM NES-
TE SACRAMENTO DE AMOR. E O
QUE ME É MAIS DOLOROSO,
ACRESCENTOU COM UM ACENTO QUE CALOU PROFUNDAMENTE NO CORAÇÃO DE MARGARIDA, É QUE ESSES SÃO CORAÇÕES,
A MIM CONSAGRADOS». Pediulhe, então Jesus que fizesse estabelecer na Igreja uma festa especial para honrar o seu Divino
Coração. «É POR ISSO QUE TE
PEÇO QUE NA PRIMEIRA SEXTAFEIRA DEPOIS DA OITAVA DO SS.
SACRAMENTO ME SEJA DEDICADA UMA FESTA PARTICULAR
PARA HONRAR O MEU CORAÇÃO,
PARTICIPANDO NAQUELE DIA DA
S. COMUNHÃO,E FAZENDO
HONROSA EMENDA E REPARAÇÃO DECOROSA PELAS INDIGNIDADES QUE ELE RECEBE.E EU TE
PROMETO QUE O MEU CORAÇÃO
SE DILATARÁ PARA EXPANDIR
COM ABUNDÂNCIA AS RIQUEZAS
DO SEU AMOR SOBRE TODOS
AQUELES QUE LHE PRESTAREM
ESSA HONRA OU PROCURAREM
QUE POR OUTREM LHE SEJA
PRESTADA». É esta a revelação
mais célebre e que contém tudo
o que concerne à devoção do Coração Divino de Jesus: o seu princípio, que nada mais é do que o
amor infinito de Deus pelos homens; o seu objeto, que é o de
oferecer um culto de reparação,
de conforto e de honrosa emenda; o seu caráter, que é o de ser
um culto público, prestado por
toda a Igreja; por fim, os seus efeitos, que consistem numa nova
efusão de amor divino na Igreja e
mais particularmente nas almas
pias que se tornarem propagadoras e apóstolos.
O Venerável Padre de la Colombière, ouvindo a narração
daquela visão maravilhosa, pediulhe que lha desse por escrito a fim
de a estudar atentamente e meditá-la na oração e no recolhimento. Depois de maduro exame, iluminado pelo Céu, declarou à santa que aquela revelação vinha
sem dúvida de Deus e que nela
podia confiar. Tranquilizada pelas suas palavras, Margarida ajoelhou-se diante do Coração Divino e consagrou-se solenemente
“... Unidos de Coração...” (At 2,46)
a Ele, prestando-Lhe por primeira uma das mais puras homenagens. O Venerável Padre de la
Colombière uniu-se a ela consagrando-se também ao Coração
de Jesus. Era na sexta feira, 21 de
Junho do 1675, o dia seguinte ao
da oitava do Corpus Christi, exatamente o designado pelo Divino
Salvador para se celebrar a festa
em toda a cristandade. Assim recebia, na pessoa de um santo sacerdote e de uma humilde donzela, as primícias daquelas adorações, que a Santa Igreja inteira, de levante a poente e do setentrião ao meio dia, devia prestar-lhe dentro em breve: “Ó Coração dulcíssimo, templo augusto da SS. Trindade, fornalha ardente do supremo amor, límpida
nascente de vida eterna, prostrome eu também à tua presença e
consagro-me inteiramente ao teu
serviço, prometendo trazer a
teus pés a quantos puder e tornar-te conhecido e amado por
todos. Comunica, eu te suplico,
ao meu coração uma centelha do
teu amor ardente, para que ele
se consuma em holocausto e só
por Vós palpite. Quero viver ao
sopro suave da tua devoção e
morrer apertando o teu Coração
contra o meu, dormindo o sono
da morte sobre o teu peito adorável, à imitação do Discípulo
Amado.”
Depois da santa Comunhão,
Margarida foi arrebatada em espírito e viu o Divino Coração, sob
a forma de uma fornalha ardente, a despedir chamas de todas
as partes. Viu depois outros dois
corações: o do padre de la Colombière e o seu, os quais iam unir-se
e abismar-se naquelas chamas;
ao mesmo tempo, ouvia-se: «É
ASSIM QUE O MEU SANTO AMOR
UNE PARA SEMPRE ESTES TRÊS
CORAÇÕES». Jesus acrescentou
que queria que aqueles dois corações fossem, no seu Coração
Divino, como irmão e irmã que
repartem igualmente a herança
de seu pai; precisamente assim,
se tornariam participantes dos
tesouros de graças que encontrariam na união com Ele.
Jesus, entretanto continuava
a aparecer-lhe a instruí-la sobre
a nova devoção. «Uma vez, diz
ela, o Coração Divino representou-se-me como um trono de
fogo mais radiante do que o sol e
transparente como um cristal;
circundavo-O a coroa de espinhos
e encimava-O a cruz, aparecendo visivelmente a chaga. Nosso
Senhor me assegurou que tinha
particular prazer em ser honrado sob a figura deste Coração de
carne, cuja imagem queria fosse
exposta em público, a fim de tocar os corações insensíveis dos
homens. Prometeu-me o mesmo
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Senhor derramar com abundância sobre os que O honrassem todos os tesouros das suas graças.
Sobre qualquer lugar em que o
seu Coração estiver exposto, Ele
fará afluir toda a sorte de bênção».
Outra vez teve uma revelação
ainda mais luminosa. Para excitá-la a pedir com mais insistência
as orações dos homens, Deus fêla contemplar as adorações dos
Anjos. «Um dia, conta ela, em que
trabalhávamos juntas no cânhamo, retirei-me a um canto para
me colocar mais perto do SS. Sacramento. O meu Deus me favoreceu ali com graças muito assinaladas. Enquanto trabalhava,
senti-me toda concentrada e recolhida interna e externamente.
O Coração adorável do meu Jesus
foi-me apresentado mais fulgido
que o sol. Estava, no meio das
chamas do seu puro amor, rodeado de Serafins a cantar com admirável harmonia: «O amor ao
Coração de Jesus triunfa». Estes
espíritos bem-aventurados convidaram-me a unir-me a eles, para
louvar a este Coração amável; eu,
porém, não ousava fazê-lo. Disseram-me que tinham vindo expressamente para se associarem
comigo, a fim de juntos Lhe rendermos uma continua homenagem de amor, de oração, de louvor. Ao mesmo tempo inscreveram esta associação no próprio
Coração de Jesus com letras de
ouro e caracteres de amor inefável. Esta assinalada graça durou
de duas a três horas e eu sentilhe os efeitos por toda a minha
vida; tanto pelos auxílios que recebi, como pelas delícias que me
fez experimentar e que sempre
se reproduziram em mim. Eu ficava toda aniquilada de confusão. De então em diante, quando invocava os Anjos, sempre lhes
dava o nome de «meus divinos
advogados».
Na primeira sexta-feira do
mês Margarida tinha sempre
uma visão maravilhosa. «Todas
as primeiras sexta-feiras do mês,
diz Ela, o Sagrado Coração de Jesus me era representado como
um sol fulgurante de viva luz, cujos raios incidiam sobre o meu
coração, fazendo-o arder de um
fogo tão intenso que me parecia
que ele ficaria reduzido à cinza».
Muitas vezes o Coração Divino lhe
aparecia como uma fornalha ardente, como um incêndio de
amor ou como um abismo, onde
nos deveríamos imergir, se quiséssemos ser regenerados. Eu
contemplava almas frias geladas
que, em se aproximando d’Ele, se
iluminavam e inflamavam, acabando por perder-se n’Ele como
uma fagulha num braseiro. Outras vezes o Coração de Jesus lhe
aparecia como a sede do sacrifí-
cio e da imolação, todo pisado e
lacerado pelas pancadas e pelas
feridas, coroado de pungentes
espinhos que o atormentavam
com tanta violência que o sangue
corria a torrentes. Aqueles espinhos cruéis eram os pecados dos
homens e principalmente os das
pessoas a Ele consagradas. Animada por estas visões, Margarida entusiasmava cada vez mais
as noviças na devoção ao Sagrado Coração de Jesus. Margarida
para animar a todos narra nas
suas cartas as promessas admiráveis de Nosso Senhor nas aparições com que a favorecia. Ei-las
aqui todas enumeradas:
1. Conceder-lhes-ei todas as graças necessárias ao estado em que
viverem;
2. Darei a paz às suas famílias;
3. Consolá-los-ei nas aflições;
4. Ser-lhes-ei refúgio em vida, especialmente na hora da morte;
5. Derramarei copiosas bênçãos
sobre suas empresas;
6. Os pecadores acharão no meu
coração a origem e o oceano infinito das misericórdias;
7. Os tíbios tornar-se-ão fervorosos;
8. Os fervorosos subirão em breve a grande perfeição;
9. Abençoarei aqueles lugares em
que for exposta e honrada a imagem do meu coração;
10. Darei aos sacerdotes a força
de mover os corações mais endurecidos;
11. O nome daqueles que propagarem esta devoção será escrito
no meu coração e dele jamais
será cancelado;
12. No extremo da misericórdia
do meu coração onipotente, concederei a todos aqueles que comungarem as primeiras sextasfeiras de cada mês, durante nove
meses consecutivos, a graça do
arrependimento final; pelo que,
eles não morrerão sem a minha
graça e sem receber os ss. Sacramentos; o meu coração naquela
hora extrema ser-lhes-á seguro
abrigo.
Fonte: Trechos do livro “Santa Margarida Maria Alacoque A esposa do Sagrado Coração
de Jesus HISTORIA DA SUA VIDA”
Compilada pelo Servo de Deus
Pe. ANDRÉ BELTRAMI
O livro narra ainda outras revelações, entre elas, o pedido de
Jesus para que o rei Luís XIV consagrasse a França ao Sagrado
Coração. Infelizmente Luís XIV
não deu atenção e somente anos
depois, seu neto Luís XVI, no calabouço, deposto durante a revolução francesa (revolução que
perseguiu terrivelmente o clero,
a Igreja) lembrou-se da súplica de
santa Margarida a seu avô.
O livro completo
encontra-se disponível em:
alexandriacatolica.blogspot.com.br)
Informativo da Comunidade Âmi - JUNHO.2016
7
Centenário das Aparições
do Anjo de Portugal em Fátima
1ª APARIÇÃO
PRIMAVERA DE 1916 (NO BRASIL, OUTONO)
«– Não temais! Sou o Anjo da Paz. Orai comigo.
E ajoelhando em terra, curvou a fronte até ao chão. Levados
por um movimento sobrenatural, imitámo-lo e repetimos as palavras que lhe ouvimos pronunciar:
– Meu Deus, eu creio, adoro, espero e amo-vos. Peço-vos perdão para os que não crêem, não adoram, não esperam, e não vos
amam.
Depois de repetir isto três vezes, ergueu-se e disse:
– Orai assim. Os corações de Jesus e Maria estão atentos à voz
das vossas súplicas.»
2ª APARIÇÃO
VERÃO DE 1916 (INVERNO NO HEMISFÉRIO SUL)
«– Que fazeis? Orai! Orai muito! Os Corações de Jesus e Maria
têm sobre vós desígnios de misericórdia. Oferecei constantemente
ao Altíssimo orações e sacrifícios.
– Como nos havemos de sacrificar? – perguntei.
– De tudo que puderdes, oferecei um sacrifício em acto de reparação pelos pecados com que Ele é ofendido e de súplica pela
conversão dos pecadores. Atraí, assim, sobre a vossa Pátria a paz.
Eu sou o Anjo da sua guarda, o Anjo de Portugal. Sobretudo aceitai
e suportai com submissão o sofrimento que o Senhor vos enviar.»
A 3ª aparição foi descrita no informativo AMI anterior.
Fonte: Memórias da Irmã Lúcia I. 14.ª ed. Fátima: Secretariado dos
Pastorinhos, 2010 (http://www.fatima.pt)
Diário de Santa Faustina Kowalski
(n.1760)
"Minha filha, quero instruir-te sobre a luta espiritual. Nunca confies em ti, mas entrega-te inteiramente à minha vontade. No desolação, nas trevas e diversas dúvidas, recorre a mim e ao teu diretor
espiritual; ele te responderá sempre em meu nome. Não principies
disputa com nenhuma tentação. Encerra-te logo no meu coração e,
na primeira oportunidade, conta-a ao confessor. Coloca o amor-próprio em último lugar, para que não macules as tuas ações. Com grande paciência suporta-te a ti mesma. Não descuides das mortificações
interiores. Justifica sempre em ti o ponto de vista das superioras e do
confessor. Foge dos que murmuram, como da peste. Deixa que todos
procedam como lhes aprouver; tu, procede como estou exigindo de
ti.
Observa a regra o mais fielmente possível. Tendo experimentado
dissabores, pensa antes no que poderias fazer de bom para a pessoa
que te faz sofrer. Evita a dissipação. Cala-te quando te repreenderem. Não peças a opinião de todos, mas do teu diretor: diante dele sê
sincera e simples como uma criança. Não desanimes com a ingratidão. Não investigues curiosamente os caminhos pelos quais te conduzo. Quando o tédio e o desânimo baterem à porta do teu coração,
foge de ti mesma e esconde-te no meu coração. Não tenhas medo da
luta: a própria coragem muitas vezes afasta as tentações -que não
ousam, então, nos acometer."
www.misericórdia.org.br
MEDJUGORJE, 25 DE MAIO DE 2016
“Queridos filhos!
Minha presença é um dom de Deus para todos vocês e um estímulo à conversão. Satanás é forte e quer pôr desordem e inquietude em vossos corações e pensamentos. Por isso, vocês filhinhos,
orem para que o Espírito Santo os guie pelo verdadeiro caminho da
alegria e da paz. Eu estou com vocês e intercedo diante de meu
Filho por vocês.Obrigada por haverem respondido ao meu chamado.” A Igreja ainda não se pronunciou definitivamente em relação
à autenticidade das aparições.
8
“Fazei tudo o que Ele vos disser.” (Jo 2,5)
SITE: www.comunidadeami.com.br
Informativo da Comunidade Âmi - JUNHO.2016
O método de ovulação Billings
A Igreja ensinou sempre que
não devemos tirar a finalidade
procriativa natural do ato conjugal. Não devemos, portanto, recorrer à contracepção.
Os métodos naturais, diferentes da anticoncepção, não esterilizam o ato conjugal, somente
ensinam o casal a reconhecer o
período naturalmente fértil ou
infértil de cada ciclo menstrual;
por isso podem ser usados, desde
que haja motivos justos que legitimem seu uso e não razões puramente egoístas para evitar a
concepção.
O método Billings é um método natural de regulação da fertilidade de grande eficiência que
se baseia fundamentalmente na
observação do muco cervical. O
muco é uma substância produzida por glândulas do colo uterino
e pode ser sentido (causando
umidade) ou observado na vulva.
Quando o muco começa a
aparecer ele é grosso, pegajoso,
grumoso, consistente, muito pouco elástico e pode causar uma
sensação pegajosa na vulva. Com
o passar dos dias, o muco cervical
vai tornando-se pouco a pouco
mais líquido, até ficar liso, escorregadio e aquoso, semelhante à
clara de ovo cru, podendo então
ser distensível entre os dedos, formando filamentos finos e compridos. Neste período, o muco causa uma sensação de umidade e
lubrificação na vulva podendo ser
uma sensação de umidade semelhante àquela provocada pela
descida da menstruação. Em seguida há uma mudança brusca e
o muco assume novamente uma
consistência sólida ou desaparece e a sensação na vulva volta a
ser de secura. O último dia da
sensação úmida e de muco seme-
lhante à clara de ovo cru é chamado de dia ápice de fertilidade.
O ápice somente pode ser identificado no dia seguinte, quando
ocorre a variação brusca no padrão de muco e a umidade desaparece, indicando assim que o dia
anterior foi o ápice. Nem sempre
o dia ápice é o dia em que ocorre
o maior escoamento de muco,
mas é o último dia de sensação
de umidade.
“sensação. - O muco produz
uma sensação na pele fora da
vagina [vulva]. Esta é a observação mais importante.
Durante suas atividades normais no corre-corre diário, você
pode reconhecer uma sensação
de umidade, de viscosidade ou de
nada (secura).
Uma quantidade mínima de
muco, ainda não visível, pode
mudar a sensação de seca até
não-seca, pegajosa, apenas úmida, escorregadia ou muito úmida. Algumas mulheres ficarão
desanimadas
se
esperam ver muco que se parece com a clara de ovo cru e que é
distensível sem se romper.
Aparência. - Quando você sentir a presença de muco, você
deve reparar na aparência dele.
Cada mulher tem sua maneira
própria para fazer isso. Algumas
passam um pedaço de papel higiênico na abertura vaginal antes
de urinar. Uma mulher aprende
assim a valiar suas observações
pessoais.
Se existe muco suficiente para
ver e recolher, ele deve ser observado com atenção quanto à
sua clareza, distensibilidade, mudanças na cor (por exemplo, pode
ser até manchado com sangue),
ou notando se é pegajoso, com
grumos ou com mudanças na
quantidade.
O muco altamente fértil tem
uma fluidez que permite distendê-lo facilmente e que assegura
a presença fora da vagina logo
depois de sua produção no colo
uterino. Você não tem que examinar dentro da vagina. Confusão pode resultar de proceder
assim, porque lá é sempre úmido.”*
(http://slideplayer.com.br/slide/398154/)
REGRAS PARA
EVITAR A GRAVIDEZ:
1. Durante os dias de mens-
truação o método recomenda
abstinência. Isto porque o muco
pode estar presente embora não
seja sentido nem observado devido à menstruação.
2. Após a menstruação, se
houver período de secura na vulva e ausência do muco cervical, a
noite do primeiro dia estará livre
para o coito. No dia seguinte à
menstruação não se poderá fazer uma análise segura do muco
porque as secreções vaginais provocadas pelo coito, juntamente
com o sêmen ejaculado, podem
confundir a observação, por isso,
no dia seguinte ao coito, aconselha-se guardar abstinência. Se no
segundo dia após o coito houver
novamente secura e ausência de
muco, a noite estará novamente
disponível, e assim sucessivamente, em noites alternadas enquanto houver secura e ausência de
muco no segundo dia após uma
relação sexual. Nesta fase as relações conjugais poderão ser feitas de noite, antes de dormir, pois
na manhã seguinte a fertilidade
poderá já ter voltado. Se o muco
aparecer somente por um dia,
aconselha-se manter abstinência
neste dia e nos 3 dias consecutivos. Se após os três dias, voltar a
secura sem que tenha ocorrido o
dia ápice, então o casal poderá
continuar mantendo a conduta
das noites alternadas enquanto
houver secura.
3. Se, porém, o muco continuar presente, aconselha-se a
abstinência até três dias após o
dia ápice. Depois disso, todos os
dias (dias e noites) estarão disponíveis até o fim do ciclo. Porém,
todos os três dias que sucedem o
ápice devem ser de secura e com
muco grosso e inelástico, ou ausente. Caso contrário, se num dos
3 dias houver muco liso e distensível, significa que o ápice ainda
não ocorreu e que deve-se guardar abstinência ainda por mais
três dias após o desaparecimento da umidade e do muco semelhante à clara de ovo cru.
OBSERVAÇÕES:
1- Se durante qualquer dia
ocorrer algum sangramento não
menstrual, deverá guardar-se
abstinência neste dia e por mais
três dias.
2- Em caso de stress grave,
aconselha-se a abstinência. Aconselha-se fazer um registro diário
das sensações causadas pelo
muco e do padrão do muco, anotando a observação mais importante que ocorreu durante o dia
(por exemplo umidade ou aparecimento de muco), registrando o
dia em que ocorreu o ápice, os
três dias consecutivos, etc.
3- Para começar a usar o método, é aconselhável 1 mês de
abstinência para que a mulher
possa reconhecer com precisão
seus padrões de muco. Principalmente se era usuária de hormonais, pois eles alteram drasticamente os padrões e é necessário
um tempo para que retornem as
características naturais.
Em resumo: tipicamente,
para evitar a gravidez, aconselhase a abstinência durante a menstruação; se houver secura após a
menstruação, noites alternadas
de abstinência e relações sexuais;
quando começam a aparecer os
sinais de fertilidade (muco ou fim
da sensação de secura na vulva),
abstinência até 3 dias após o ápice; depois termina a abstinência.
Durante a amamentação, o
método sofre algumas alterações.
Fontes: *Billings, Eveling; “O Método Billings”, ed. Paulus, 1993, pg. 37' e http://catequeseetc.blogspot.com.br
ANIVERSARIANTES
JUNHO.2016
A TODOS OS ANIVERSARIANTES
DESEJAMOS MUITA, PAZ E ALEGRIA! PARABÉNS!!!!
José Antonio Machado ...............................................08
Irmã Cecília (OSB) ......................................................10
Antonio Carlos de Souza .............................................15
Diva B. Menosse ..........................................................6
Maria Jôse Zorek ........................................................18
João Acácio Zorek .......................................................19
Regina Maria Fernandes Brito ....................................19
Benedito Assis da Silva ..............................................20
Ilda Gina Yomgblood ..................................................23
Pe. Valdecir ................................................................25
Vani Mª da Silva Paulin ..............................................26
Sérgio C.Sluzarski (in memoriam) ...............................27
Adjanette de M. Nascimento ......................................29
Adriana A. Polli ...........................................................30

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