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Transcrição

3r ijc: .: :`C (` - pladd consultoria
RS 6,00
ANO 10· N° 54
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BRASI EI
CANARICULTURA
& ORNITOLOGIA
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CONVEM SABER
EXPEDIENTE
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CONVEM
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TORCICOLO EM CANÄRIOS
Alguns filhotes de canarios frisados tem apresentado
uma doen<;a que se caracteriza com um "torcicolo".
Gostaria de obter informa<;äo a este respeito.
Ant8nio A. Santos - Suo Paulo-SP.
EDiTOR RE,PONSAVEl
ADEMIR EUGENIO LOPES
[email protected]
ROZANE FRAGA BARBOSA LOPES
LAURA FRAGA BARBOSA LOPES
EOIT0~ASAO ELET~ÖNICA
RENATA MÖLLER
[email protected]
REPOHER
LUCIANA METRI
(OlA80RADORES
o prof. Giorgio de Baseggio responde:
o "torcicolo" pode ser causado por: bacrerias pat6genas
(tipo Salmonella), virus, lesäes cerebrais de varias causas.
Carencia vitaminicas (sobretudo do grupo B e a BI-Tiamina),
Can2ncias minerais (macro e microelementos e seus sais),
Altera<;Ö€s do aparelho do equilibrio situado no nivel do ouvi­
do; essas altera~äes podem ser devidas a agentes pat6genos
ou tambem aTaras hereditarias (possfveis nas ra~as de cana­
rios de acurada sele~äo corno os Frisados Parisienses), ou a
uma Inf1ama~äo do ouvido (devida a agentes pat6genos ou a
parasitas pluricelulares). As vezes, 0 Torcicolo pode ser causa­
do por Vermes cest6deos que provocam uma enterite crönica
e disrurbios nervosos (torcicoio etc.).
Os canais semicirculares do ouvida interna padem se in­
flamar devido a bacterias, virus pat6genos ou parasitas.
Ha alguns anos aconselhei doses elevadas de vitaminas
do complexo Baum criador que tinha dois canfuios com
torcicolo: ficaram curados (a causa era, evidentemente. uma
carencia vitaminica B).
A SALMONELOSSE pode provocar: diarreia, torcicolo,
paralisias, altera<;6es do figado, testiculos, ovarios, esterilida­
de e outros sintomas; a terapia e: antibi6ticos (sobretudo
c1oranfenicol, tetraciclina, terramicina etc.) por 6 dias segui­
dos (sempre renovando a cada 20 horas a solu~äo aquosa),
depois segue-se durante seis dias com doses de vitaminas do
complexo B e a seguir mais quatro dias com aminoacidos e
complexo B, associados.
Os exemplares acometidos de torcicolo näo devem ser
utilizados na reprodu~äo (oom exce<;äo daqueles casos con­
firmados de avitaminose ou carencia mineral). :;:~
Fome:A.O.
por Pedro Salviano Filho
6
ALOislO PACINI TOSTES
ANA ROBERTA DE ALMEIDA
ANGEL MARTIN MI NANO
EDUARDO JOSE TEIXEIRA LOPES
FERNANDO T. C SARAIVA
GIORGIO DE BASEGGIO
JEROMAR A. RIBEIRO
LUCIAt~A METRI
OSCAR SALDANHA MARTINS
PAUL R. WOLFEt~SBERGER
PEDRO SALVIAt~O FILHO
ROBERTA JAt~SEt~
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Aalorizamos a ,.p,odll~io
dc nonas materias, dasdc
quc seJam elt_das es foni.,.
Distribuida cm todo 0
.."iIO,lo ..aclonal. POrl.,.1
EVENTO
por Luciana Metri
Campeonato Nacional de Silvestres 2006
organiza<;ao, confratemiza<;ao e alto nivel de
competitividade em domingo chuvoso no Rio de Janeiro
Depois de Brasilia e Vit6ria, no
dia 24 de setembro, foi a vez da
Cidade Maravilhosa sediar uma das
etapas do Campeonato Nacional
de Silvestres de 2006 - que contou
pontos para 0 campeonato regio­
nal. Corno ja era de se esperar, 0
rorneio organizado ern conjunto
pela FEBRASCRJ e a COBRAP
atraiu passarinheiros do Brasil afo­
ra, reunindo eerca tres mil etiado­
res na Estac;äo Baräo de Mau<!.
Gaiolas de quase mH passaros, en­
tre eIes coleiros, [rinca-ferros,
curi6s e bicudos, oeuparam todo
o saläo principal da estac;ao.
A beleza do predio hist6rieo de
oitenta anos, 0 espa~ arejado e
amplo, 0 estadonamento e a orga­
nizac;äo do tomeio garamiram a sa­
tisfac;äo gerat dos pa.'iSarinheiros, que
em clima de eonfraternizac;äo e
competitividade, aproveitaram 0
domingo chuvoso no Rio de Janei­
ro. "Criou-se uma imagem muito
positiva desse espa~ maravilhoso.
Outra inova<;äo foi a palestra da dia
aßterior (23), promovida pe la
FEBRASCRI. Desde que 0 Aavio e
o Orlando tomaram-se respornaveis
peJa diretotia, uma serie de mudan­
<;as positivas ja oeorreram. A tenden­
da agora e cominuar ttabalhando
para melhorar cada vezmais" - acre­
dita Alofsio Pacini Tostes.
o eampeanato premiou os me­
ihores pa.ssaros nas categorias de
canto tivre e fibra. A grande expee­
tativa da tarde se confinnou com a
viroria de Flipper. Com 225 cantos
par minuto, 0 ninca ferro de Jose
Luminato Cortes continua firme na
busca do tricampeonato. "0 Flipper
venceu 0 Nadonal duas vezes coo­
secutivas: ano passado e retrasa.do,
sendo, atualmente, 0 melhor trinca­
ferro do Brasil. Isso ja vem da gene­
tiea do passaro: ra~a pura de
cantadores de fibra, muito rapido 00
eantar. Os cuidados fundamentais
que ternos e dar sempre uma rac;ao
balanceada, fl1ltas, morando em
gaioläo sem outros passaros e sO tira­
10 para ir aos tomeios" - revela Cor­
tes, morador de Rio das Ostra~,
üuttos pasc;arinheiros que tam­
bem levaram trofeus de prirneiro
lla.ssSiJ:'.... '~
34
C~ml!icultura
& Omitalagia
lugar para casa foram Vaz, proprie­
tario do coJeiro Fumagari (182 can­
tos) e Thales, cam 0 curi6 CuveL
Entretanto, nenhum deles alcangou
a lideran~a em suas categorias, que
oontinua com Tremendäo. coleiro
de Ediväo e Troväo Dourado, curi6
de CJaudio Steehangem. 0 alto-ni­
vel da competi~ao foi bastame co­
mentado pelos criadores. "Quem
panicipou no domingo passado do
regional e es[a participando hoje
do Nacional esta percebendo a
diferem;a. 0 nivel de competi~äo e
bem mais forte" - constata 0
passarinheiro Paulo Afonso.
A inova~äo desse ano, alem do
local escolhido, foi a reaJiza~o da
paJestra promovida peia FEBRASCRI,
junto aos clubes, que contou oom a
presen<;a da veterinäria Ana Roberta
de AJmeida e 0 Cliador e diretor da
COBRAP Ragerio Fujiura. Ambos fa­
laram para CelUl de cem pessoas so­
bre legisla~o, nmmas do lBAtv1A, re­
alidade e 0 mo­
mento attlal dos
trinca-ferros.
alem das euida­
d05comarepro­
dur;äo e doen­
<;as comuns em
passariformes.
"Cada ano a or­
ganiza<;äo do
campeonato vai evoluindo e melho­
rando. Acharam um lugar 6timo; se­
guro, oom estadonamemo e amplo.
A palestra alern de ser sido uma ino­
va<;ßo propordonou um intercärnbio
essenciai entre os passarinheiros. 0
Nacional näo deve tratar somente da
tomeio, mas tambem do evento e da
recep~o em si. proporcionando a
troca de infonnag)es entre OS cria­
dares. A paIestIa cumpriu muito bem
esse papel" - garanre Rogerio.
"Corno passarinheiro e fundo­
nano do Pomo de Cultura (6rgäo
responsavel pela promo~äo e divul­
ga~o de cult.ira na Estat;äo Baräo
de Maua) acredito que 0 Nacional
desse ana superou todas as expeeta­
tivas. Fizernos uma enquete e cerca
de 80% dos criadores aprovaram 0
espago, pelo fato da esta<;äo da
Leopoldina ser um pomo de conver­
gencia do Rio de Janeiro. Erros e
problemas sempre tE~m, e ficam
oomo exemplo para que no pr6xi­
mo possamos aparar todas as ares­
tas" - analisa Roldäo Cid. As maiares
reclamagSe5 entre os passarinheiros
fotarn as condig6es precariasdos sa.­
nitarios e a falta de um oordäo ~'
1 0 Criador Comercial do Rio de Janeiro - R
Reg. 1BAMA. n. 2254·33
Filhotes de Curi6s de alta linhagem genetica eaprendizado
FEMEAS OESCENDENTES OE:
ALGUNS GALADORES:
Camaro
Mirage
Carbono
Miracatu 11I
Carbono
Curumim
Miracatu 025
Guaporezinho Filho
Dara
Monarca
Macale Filho
Gaiola Preta
Netuno
Negritude
Goianinho
Pellosi
Papagaio Filho
Guardiäo
Malibu
Shaolin Neto
Tabajara Filho
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9914~6798
...Campeonato Nadonal
EVENTO
por LuLiana MetTi
de isolamento entre os pas.5aros e 0
publico. "Os passaros estäo concen­
tradas cantando e, de repeme, pas­
sa uma pessoa muito pr6xima a gai­
ola. Isso atrapalha e assüsta, poden­
da ate inteIfelir no resultado" - aler­
ra 0 criador e diretor da ACAP (As­
sociaqäo dos CliadoresArnadores de
Passaros) Joao Francisco Louzada,
que gentilmente cedeu as fotos da
tfinca-ferro Flipper e de seu propri­
etfnio Cones para esta ediyao.
No meio de um Pllblico pre­
dominantemente masculino, 0
sorriso e a simpatia de Juliana
Paz destacaram-se no nacional.
!
Rosto conhecido de muitos
pQssarinheiros, Juliana, repre­
sentante da empresa paulista de
biotecnologia EXON, distribuiu
kits de coleta para exames de
sexagern e DNA, explicou as van­
tagens oferecidas pe la emprcsa
e trouxe as uJtimas novidades do
que ha de mais moderno no mer"
cado para os criadores: a possi­
biJidade dos exames serem feitos
arraves da casca do ovo do pas­
sarinho, ale m da pena e da
sangue. "Pelo mesmo pre<;o
(R$12,40 por exame) e con­
fiabilidade, 0 passarinheiro lern,
agora, mais uma op<;äo para 0
tipo de coleta. Alem diSSO, da­
mos cenifieados personalizados
e os resultados podem ser eon­
feridos pela internet. Todos os
dados genetieos ticam armazena­
dos em nossos eomputadores e
o eriador pode rer acesso quan­
do quiser" - explica Juliana, que
e formada em biologia.
A etapa do Campeonato Na­
cional do Rio de Janeiro foi um
sucesso. A FEBRASCRI segue,
agora, organizando e promoven"
do as pr6ximas etapas do campe­
otla(O Regional. que vai ate 0 dia
dezessete de dezembro. "Ate 0
dia de encerramento ternos mui­
ta uabalha a fazer. 0 imponante
e 0 passarinheira sair sempre sa­
tisfeito" - garante 0 presidente da
FEBRASCRl Flavio Ferreira
Saldanha. ,:~
,
-".,
;.-.
!tß.':
/
','
Com a ehegada do mes de se­
tembro a FEBRASCRI abriu oiJci­
almente a temporada da Campe­
onato Regional de Silvestrcs de
2006. No primeiro domingo do
mes, dia sete, a primeü·a ctapa fai
em Santa CI'UZ, no Sftio Dura na
Queda. A grande expectativa, en­
tretanto, fieou reservada para 0
segundo domingo da eompeli~50,
dia dezessete, por eonta do loeal
escolhido para sediClr 0 evento,
desta vez, organizado pelo c1ube
UP.I., de Nova Jguac;u. Pela pri­
meira vez, a historiea esta~ao Ba"
rao de Mauel. mais conhecida
corno Leopoldina, abriu as portas
para nada menos que cel'ea de
seiscentos passaros c seus respcc­
tivos passarinheiros vindas dos
mais diversos municfplos do esta­
do do Rio de Janeiro.
Do lado de fora da Leopoldina,
mesmo com a eoncorrencia do ba­
rulho de carras e onibus da Aveni­
da Presidente Vargas, 0 canto dos
coleiros, trinci:l-ferros. cIJri6s e
bicudos chamava a arenC;8o c des­
pertava a curiosidade de quem
passava em frente b esta<;8o: "Nun­
ca ouvi tanto pJssaro eantando
junto. Eate bontto de escular. Ain"
da mais pra quem pega onibus
aqui em frente, essa esta sendo
uma boa surpresa" . coma a en­
fermeira Caraljna Pontual.
Ja do lado de fora 0 clima foi
de confraterniza~äo,competi<;äo,
e claro, camemorac;äo, principal­
mente para os passarinheiros que
levaram trofeus para casa. Os
organizadores do evema tambem
tiveram a que festejar. 0 laeal
amplo, areiado, com eSti:Jelona­
mento e ~eguranc;a agradou os
criadores e recebeu 100% de
aprovac;äo: "Acompanho h;:i
\rinte anos a campeonato regio­
nal, por isso pos.\;o afirmar que a
Leopoldltla foi um dos melho"
rcs lugares cm que ja tivemos
uma compcli~äo" - acredita 0
passarinheiro Valdercy Salles,
que competiu eom os bieudos
Paparieo neto, Sobe e des­
ce e Senhorzinho, filho do
Chumbinho.
Os criüdororcs de bicudo.
Marcos Ant6nio, e de eoleiro,
Paulo Afonso, vindos de Nova
[guac;u e Rocha Miranda, respec­
tivamcme, tambem destacaram 0
fadl acesso e a boa organizac;äo.
Presidente d<l FEBRASCRI, - 6,-·
gao responsavd pelo eampeona­
to eSll1dua! junto aos dubes - Fl;:i­
vio Ferreira Saldanhrl cxplica quc
cemralizar todas as etapas do re­
gional na Lcopoldina tornou-se
rni::lis do que nunea um projeto
viavel: "Os passarinheiros estäo
vlVenciando na pratiea, hoje. as
vantagens de 11m tomeio ser rea­
lizado em um loeal com e.ssa es­
trutura, A satisfac;äo e geral e
aprova<;äo tambem'·.
Vale sempre lembrar algumas
das vantagens de ser federado. Os
s6dos de clubes. Jjgados a
FEBRASCRI, reeebem desconto na
compl'a dus carteJas e pagam so­
mente R$7,OO,
Veja corno fieou a c\assificac;äo
gera] do campeonato regional j;:i
attlalizada com as etapas dos dias
7,17 e 24 de setembro:
1~{"S:l.r,j"
36
CanarlcLJltura & Ornitolo9.la
ENTREVISTA
por LuciarJa Metri
Savanel Brasil 0 criador de
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o criador de pel;qUltos ingles
Savanel Brasil de Jesus. corno era
de se esperal', fez bonito em mais
uma edigäo do Budgerigar World
Brasil (BW) e Ievou para casa os
trofeus de Best Opp. Sex in Shop,
Melhor Filhote Macho e Melhor
Serie Rara. 0 que lhe garantiu a
segunda maior pontuao:;äo por cri­
ador na ISa BW deste ano, que
pela primeira vez uniu as categOli­
as de senior e interrnediario.
Crjador de periquito ingJes M
pouco mais de sete anos, Savanel
"culpa" sua mulher Silvana e 0
compadre Luiz Antönio Manzani
pOl' terem despertado sua paixäo
pOl' estes passaros. Silvana come­
o:;ou aerial' periquitos comuns para
coloca-los a venda na loja que 0
casal possui hfi mais de vinte anos
no centre de Niter6i. Someme
quando a esposa comprou uma
ctiao:;äo de pel'iquitos ingleses, de
um diente, que Savanel passou a
se interessar de verdade. "Com os
periquitos ingleses precisamos
.'
-ti"''''0,,"
,
~"
L
­
"ii'1l;D.'­
criar uma estru·
tura maior e dar
mais atengäo
para eIes. A par­
tir dar, descobri
o prazer da cri­
agäo e com 0 in­
centivo de Luiz,
que e um apai­
xonado pOl' tudo
quanta e tipo de
passara, e de
Silvana
näo
consegui parar
mais" - confessa
o criador.
Savanel. que antigamente
näo gostava "dessa historia de pas­
saro preso", tem, hoje, conscienda
de que a periquito ingles näo eris­
tiria se näo fosse pOl' causa da ho­
mem. "A natureza, pOl' coma da
mimetismo, nao desenvolvel'ia 0
periquito conforme conhecemos
hoje, com tanta variedade de co­
res e nem do porte da periquito in­
gles. EIe seria apenas verde e pe­
queno. E pessoalmeme 0 que mais ­
me fascina nesse animal säo as pos­
sibilidades das cores".
A palxao de
Savanel se tomou tao
grande que atualmen­
te eie possui, em seu
sftio em ltaborai, um
criadouro COOl mais
de quatrocentos pel;­
quitos. Em sete anos,
Savanel foi c3mpeao
quatro vezes consecu­
tivas do BW Brasil na
categoria de crlador
intermediario (de
2002 ate 2005), cam­
peäo de efidencia em 2006, do 55°
Campeonato de Ornitolgoia da
FOR entre Outros pr€mios. Ha um
ano tomou-se diretor da Associa­
~äO Paulista de Criadores de Peri­
quitos Australiano. "Quando come­
cei com a criagäo existiam mais cri­
adores no Rio de Janeiro, hoje ern
dia, näo chegamos nem a dez. POl'
isso näo ternos condio:;oes de ter um
dube aqui. Em Säo Paulo a situCl­
9äo e bem diferente, com mais de
cinqüenta criadores;'. - avalia.
Uma das grandes vamagens
do Sftio Volte Sempre e que par ser
em uma area rural, oferece aos pe­
riquilos um ambiente natural, pro­
porcionando-lhes uma fäcil adap­
tagäo. A localiza<;äo do criadouro
Volte Sempre e ideal por garantir
aos periquitos 0 sol da manhä, es­
pecialmente para osfilhotes. .As ar­
vores em frente ao criat6rio foram
plantadas espedalmente para pro­
teger os pässaros da chuva e de
ventos fones. Alem disso, cuidados
corno higiene e limpeza nao faltam.
"Trocamos a grade e 0 poleiro uma
vez pOl' semana e 0 jornal duas ve­
P2i8!lll'reg
14
Canaricultura &
Ornitologla
,t
t
I
zes. Ja quanto ao eomedouro, op­
tamos por um automatieo que na
realidade e de eodoma. A comida
dtlra uma semana, mas mesmo as­
sim, duas vezes por semana a pas­
samos pela peneira. Quanto ao be­
bedouro, usamos um de hamster,
evitando que 0 periquito suje a
agua. E por se tratar de um passa-'
1'0 curioso ele se adapta facil a esse
tipo de comedouro e bebedouro".
- ensina Luiz. "Se 0 eriador tiver
todas as preocupayöes e precau­
~6es quanto a higiene e a limpeza
do seu crladouro, 0 cic10 do ani­
mal sera mantido e nao sera neces­
sario lhe dar nenhum tipo de me­
dica~äo" - completa Savanel.
Por ano, 0 criat6rio Volte
Sempre tira uma media de 400 a
500 filhotes. A maioria e vendida
e sua mulher. "Muita gente cria
mais POl' intuito financeiro do que
pOl' outra coisa. N6s nao, 0 nosso
maior prazer e ver os bichos se re­
produzindo. A maior satisfa~äo
que tenho e a CIia~ao em si, e 0
prazer de eriar os periquitos. lnfe­
lizmente, por eausa do trabalho
acaba faltando tempo. 56 fim-de­
semana e feriado posso fiear no
crladouro avontade. Ourante ase­
mana a dedica<:äo e mesmo do
Luiz, que alem de criador e
zootecnico" - explica Savanel.
A maior difjculdade que en­
controu quando come9au sua cri­
a9ao foi conseguir baas matrizes:
"Nao fai fadl no inicio, porque nao
eonhedamos ninguem do meio
ainda". Hoje, Savanel e Luiz acre­
ditam que 0 maior desafio seja
controlar a quantidade de ovos
por casal, e distribui-los de manei­
ra equilibrada nas gaiolas. "Torna­
do esse euidado, quando os filho­
tes nascem os deixamos trinta dias
cam 0 pai e a mäe. Quinze dias
depois lkam somente com 0 pai.
Opasso seguinte e coloca.-los na
o
produto que esta deixando
a Linha Avitrin ainda melhor. 0
novo Avitrin Sulfa e indicado para
o tratamento e controle das infec­
gSes causadas pOl' protozoarios e
bacterias. Alem de atuar corno co­
adjuvante no tratamemo do Tifo
Avi<'irio. Avitrin Sulfa pode ser
usado por todas as aves, inclusive
as ornamentais, propordonando
mais saude e beleza.
'"
............-.....,.
COVeu
-­ I
~-­
~­
...."
,""
Telefone comercial:
RJ l2]) 2493·2425
SP (I]) 5093-5132
I
I
voadeira, onde aprendem a ser in­
dependentes. Seis, sete meses
mais tarde, os filhotes saem da
adolescencia e ja estao prontos
para acasalar".
Para garantir a qualidade de
seu eriat6rio, Savanel tenta sem­
pre eonseguir matrizes melhores
das que ja tem. "Oepois [ern os
que rezar para que haja aceita­
<:ao entre 0 casal. Caso nao acon·
te<:a, nao insistimos. Poderfamos
deixa.-los juntos na mesma gaiola
por um ano, mas por experiencia
sabemos que nao daria cena, que
seria perda de tempo" - adianta
Savanel. que alem de encontrar
tempo para se dedicar a mulher,
aos dois filhos, ao trabalho, aos
amigos e aas periquitos, tem um
canil em seu sitio com quase dez
cachorros, a maioria da ra~a
basser, 0 farnoso cachorro salsi­
cha. "Sou apaixanado por eles
tambem" - dec1ara-se. itI
Na foto, estäo reunidos os seguinres
diretores, come~ando da esquerda em pe
para a direita: Laercio Nogueira de Sou­
za, Jase Anasta.cio dos Samos, Wilsan
Roberto Rodrigues, Cleriston c. Cameiro
dos San tos. Willian Luiz Fila, Antonio
Reinaldo Lopes. Claudio Jose Medeiros,
Gerson Gomes. de Andrade, Osvaldo
Martins Figueiredo Leitao Junior, Adelino
Games Rodrigues. Pedro Ulema de Sou­
za, Odevar Sarrori, Nelson Baptista Olivei­
ra Filho, Nelson Ribeiro de Castro e Laer­
eio Rodrigues Nunes.
Coveli Industria e Comercio Ltda.
Laborat6rio: Rua AIi Bal'wso. 530 - Duque de Cuxias - RJ ­
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Canaricultura & Ornitologia
15
ENTREVISTA
par Luciana Merri
Criat6rio
Jacarepagua
Passarinheiro hci dezessete
anos, Ary Femandes de Souza
abriu as portas de sua bela e es­
pa<;osa casa amarela, em Jacare­
pagua, e mostrou ä Revista Pas­
saros seu criat6rio com passaros
de fibra da mais alta Iinhagem.
Ary contabiJiza noventa femeas e
olte machos reprodutores de
bicudo, com procedencia gene­
tica de Sobe e Desce, Barbacena,
Piolin, entre outros. Ja a cria<;äo
de curi6 conta com trinta e oito
matrizes e seis reprodutores das
ra<;as Gaiola Preta, Xod6, Vir'la,
Matuta e Canarinho.
o plantel de Ary Fernandes
possui reprodmores machos de
bicudos conhecidos, corno Tres
de Ouro, Prodfgio, Prestigio.
Camacho, Jequltiba Junior,
Canaveral e Mocinho. "No mo­
menta, estao disponiveis a venda
quarema filhotes pardos com ge­
netica apurada, que por volta dos
oito, dez meses ja estao cantando.
Alem dos trinta bicudos que fica­
ram pretos e vao participar de lor­
neios" - conta 0 passarinheiro, que
atende pedidos de todo 0 Brasil.
Ary adotou um sistema tradi­
donal ern seu plante!, com prate­
leiras e gaiolas de arame. A limpe­
za e organiza<;äo se destacam no
ambiente, que tem a supervisäo
pennanente do criador. e conta.
I. Ary em um de seus criadaurosj
2. RelJela~aa; 3. Os fiJ1Jates sepcnadas
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C~naricultLJt'a
&
Ornitologia
I
t
I
ha dois meses. com a ajuda de
Antonio Evaristo de Souza Neto.
Os bicudos estao distribufdos em
quatro setores: dois para machos
e femeas, e outros dois para os fi­
Ihotes. AJem disso, existe um setor
reservado especialmente aos
lcuri6s, todos de alta linhagem: ra­
l.;'as do Maturo, Gaiola Preta, Cana­
rinho, Miracatu e outros. A oPGao
por passaros de origem do estado
de Sao Paulo deve-se ao tipo de
canto do criat6rio: 0 Praia Gran­
de. Essas matrizes säG ideais para
produzirem flIhotes que venham a
aprender este canto corretamente.
o aprendizado de canto para
bicudos e feito com CO de Canto
Goiano, que toca baixinho a mai­
01' parte do dia. AJto-falantes es­
tao distribuidos por todo 0
C1'iat6rio. Aryaliais, nao esconde
a sua preferencia pelos bicudos:
"&sa op<;ao e devido a beleza do
canto, as repeli0es e a fibra, des­
se notavel passaro". A produtivi­
dade de crias por ternporada e da
ordern de centenas de filhotes.
Apesar de ser corretor de im6­
veis e criador comercial, devida­
mente inscrito no IBAMA, AIY diz
Dao se identificar com vendas:
"E engra<;ado porque toda a minha
vida foi construfda a parti1' do co­
mercia, mas nao gosto de vender.
o que rne da mais satisfa<;ao na
crial.;'ao, por exemplo, e tirar filho­
te. Tambem gosto das competi­
<;oes, mas falta tempo para partici·
par". No entanto, 0 passarinheiro
nao ve desvantagens ern ser ven­
dedor cornercial, Pelo contra rio,
corno uma das principais vanta­
gens cita juscamente tato de ter a
autoriza<;ao do I8AMA.
o interesse de Aly par passaros
oomel.;'ou por um acaso. quando re­
solveu comprar tres femeas e dois
machos de bicudos. "Na epoca nao
podia imaginar que teria um plantei"
- oonfessa, e garante nao ter nenhu­
rna receita para se ter wn criat6rio
de sucesso: "Esse neg6cio de dica
nao e comjgo. Cada um tem sua
ideia e modo de fazer as coisas, de
°
4. Ary e uma promessa de cumpeJo
saber 0 que eS'",-'i fazendo. Vai muito
do interesse de pesquisa da pessoa".
Outro motivo de orgulho para
esse mineiro de Uba e a familia, da
qual fala com muito carinho: 'Tan­
to minha mulher quanto os meus
filhos sempre me ajudaram, apesar
de nenhurn deles terem se torna­
do passarinheiras. 0 neg6cio da
minha mulher e 0 saläo de beleza
que abri para ela, aqui mesmo atras
de casa, e que esta fazendo muito
sucesso. Quanto aos filhos, um ja e
ge6/ago, e os aUfras dois, uma fi­
lha e um filho, estäo eSlUdando
engenharia". ,~
CRIATORIO JACAREPAGUA
Curi6s e Bicudos
de Alta Linhagem
Curi6: Canto Praia
Bicudo: Canto Goiano
Tel: (21) 2440-3748
(horario comercial)
Jacarepagua - Rio de Janeiro
Lic. Oper. 2005
Registro no Ibama
N° 02022001723/2005-16
PM~ffi'''(1l:§
Canaricultura & Ornitologia
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