Apresentação - CINTED - Centro Interdisciplinar de Novas
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Apresentação - CINTED - Centro Interdisciplinar de Novas
Esquema de integração de hipermídias adaptativas em ambientes virtuais de aprendizagem XII Ciclo de Palestras sobre Novas Tecnologias na Educação Porto Alegre – RS Dezembro/2008 Erika Handa Nozawa1, Elaine Harada Teixeira de Oliveira2, Rosa Maria Vicari3, Alberto Nogueira de Castro Júnior2 1Programa de Pós-Graduação em Informática – Universidade Federal do Amazonas (UFAM) 2Departamento de Ciência da Computação – Universidade Federal do Amazonas (UFAM) 3Instituto de Informática – Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) [email protected], [email protected], [email protected], [email protected] Sobre a língua japonesa Escrita Kanji: ideogramas chineses, pronúncia japonesa Tôyo Kanji: 1850 caracteres Jôyo Kanji: 2111 caracteres (166 nomes próprios) Kana: alfabeto silabário japonês Hiragana: 46 ideogramas Katakana: 46 ideogramas Fala Polida: cotidiana, formal Informal: relação de intimidade Sobre o JLPT O Teste de Proficiência da Língua Japonesa (JLPT) é realizado anualmente, em várias cidades do país e no exterior. Esse teste tem por objetivo certificar a proficiência e avaliar o conhecimento do nível da língua japonesa ao estrangeiro, cujo teste é submetido somente àqueles cuja língua pátria não é o japonês. É realizado pela Associação Educacional Internacional Japonesa (AIEJ), no Japão, e, no exterior, pela Fundação Japão. Conteúdo Nível Seção Minutos Pontos Critérios 1 Escrita/Vocabulário Leitura e gramática Compreensão auditiva 45 90 45 (180) 100 200 100 400 O candidato deve dominar aproximadamente 2000 kanji, 10.000 vocábulos e elevado grau de conhecimento da gramática. É o nível necessário para ingressar em uma universidade japonesa. Corresponde a aproximadamente 900 horas de estudo da língua japonesa 2 Escrita/Vocabulário Leitura e gramática Compreensão auditiva 35 40 70 (145) 100 100 200 400 Para os candidatos que possuem bom conhecimento da gramática, com domínio de 1.000 kanji e aproximadamente 6.000 vocábulos. Corresponde a mais de 600 horas de estudo ou à conclusão do curso intermediário. Critérios de classificação do JLPT para os níveis 1 e 2. Fonte: site do AIEJ. Disponível em: http://www.aiej.or.jp/examination/jlpt_guide_e.html Simulador eJLPT Ferramenta hipermídia para apoio educacional Motivação: inexistência e necessidade dos membros da comunidade virtual do MSN Aprender Japonês/Ensinar Português de uma ferramenta aberta Objetivo: exercitar conhecimentos na língua japonesa, através de simulações do JLPT Funcionalidades: Professor: disponibiliza simulados de acordo com ementa e formula exercícios; Aluno: navega nas aulas e exercita seus Ambiente do aluno - Tela da prova em curso do sistema eJLPT conhecimentos. Expectativas dos alunos e professores Como está minha evolução na aprendizagem para a aprovação no JLPT? Tenho parâmetros automáticos para “medir” o meu aprendizado no contexto do JLPT? Quais os recursos disponibilizados pelo sistema para adaptar minhas necessidades de aprendizagem ao contexto do JLPT? O professor pode me guiar e direcionar melhor para que eu não empenhe esforços desnecessários em determinados assuntos que não são importantes ao JLPT? Há ferramentas desse nível para o professor? E para o aluno? Contexto do trabalho Objetivo Apresentar um esquema que transforma um AVA em um ambiente hipermídia adaptativo. Proposta Criar um mecanismo de apoio ao processo de ensinoaprendizagem – considerar processos mentais e cognitivos do aluno; Modelar o domínio de preparação para um teste de proficiência da língua japonesa (JLPT) – considerar as várias possibilidades de contexto; Aplicar, através de um agente de software inteligente e afetivo, estratégias pedagógicas e afetivas – tentativa de obtenção de relevância ótima. Esquema de integração a partir do eJLPT Esquema (1): Sugestão para a integração de hipermídias adaptativas em AVA: Modelo de adaptação que sustente um modelo do usuário definido; A partir das necessidades de adaptação mapeadas do usuário, associa-se um mecanismo de adaptação capaz de implementá-lo. (1) Esquema (2): Poliglota - Sugestão de instanciação para a POLIGLOTA validação: eJLPT Integração no AVA eJLPT; (2) + Modelo de adaptação associado ao modelo de usuário mapeado através de ontologias envolvendo a Teoria da Teoria da Relevância Relevância; Utilização de um mecanismo de adaptação inteligente e a + agente PAT, um agente pedagógico animado. PAT Forma de validação do esquema: Validação funcional: análise dos resultados através de uma possível instanciação do mesmo. Teoria da Relevância Para alguma suposição ser relevante num contexto, é necessário que surjam conexões entre as novas suposições e aquelas já existentes, ou seja, que já fazem parte do contexto. “Um contexto é um construto psicológico, um subconjunto de suposições do ouvinte sobre o mundo.” (Sperber e Wilson, 1995) Para haver relevância deve haver efeitos contextuais. Quanto maiores os efeitos contextuais gerados por uma nova informação, maior a relevância da mesma. Uma suposição é relevante em um contexto na medida em que: seus efeitos contextuais nesse contexto são grandes; o esforço requerido para processá-la nesse contexto é pequeno. Teoria da Relevância A relevância de uma entrada para um indivíduo em um determinado tempo é uma função (Sperber, Wilson, 2002): positiva dos benefícios cognitivos que ele obteria ao processá-lo; negativa do esforço de processamento necessário para atingir tais benefícios. Qual procedimento poderia ser usado para comparar os efeitos contextuais resultantes? Qual procedimento poderia ser usado para comparar o esforço necessário para processar uma suposição, tanto isolada de um contexto quanto em um contexto selecionado? Como atingir o nível de relevância ótima para um dado conjunto de suposições que se pretende apresentar? A ontologia JLPT Ontologia de domínio para o JLPT: Mapeamento das estratégias de adaptação para direcionar o aprendiz no seu processo de aprendizagem. Conceituação e mapeamento da ementa do curso de língua japonesa necessária ao contexto e regras do JLPT: As aulas possuem uma seqüência de contextos a serem expandidos, especificados através da navegação nas unidades de aula anteriores e subseqüentes mapeadas; A simulação da prova em forma de exercício está relacionada às unidades de aula envolvidas no contexto do JLPT selecionado pelo aluno. Resultados esperados com a ontologia: Atender aos objetivos direcionados do aluno; Medir a relevância de contexto do aluno; Direcionar para a relevância ótima através de um agente. A ontologia JLPT Representação de problemas, enunciados formais e suas resoluções de acordo com o estabelecido para o JLPT; Significado semântico sobre nível da prova do JLPT, tempo para resposta da prova, peso das questões por relevância, entre outros; Representação formal da ementa do curso da língua japonesa dentro do escopo do JLPT. Alguns elementos são visíveis: Contextos possíveis são: ortografia e vocabulário, compreensão auditiva e compreensão de texto e gramática; Os exercícios estão associados a contextos e unidades de aula. Comparação dos efeitos contextuais resultantes durante a aprendizagem do aluno no ambiente eJLPT e a comparação do esforço necessário para processar uma suposição; Agente possa direcionar o aluno à obtenção da relevância ótima em um dado contexto; Ser extensível mantendo a consistência do conhecimento existente. Definiu-se como escopo inicial da ontologia os conteúdos e regras atualmente exigidas pelos JLPT para brasileiros. PAT (Pedagogical and Affective Tutor) Características como: expressões faciais e entendimento das emoções humanas, juntamente com uma boa interface de diálogo com o usuário, tornam esses agentes mais atraentes ao aluno (Elliott e Brzezinski, 1998). A agente a ser utilizada é a PAT (Jaques e Vicari, 2008): Implementação de táticas pedagógicas afetivas e reconhece emoções como satisfação/frustração, alegria/tristeza, gratidão/raiva e vergonha do aluno; Objetivo: motivar e encorajar o aluno: Promover um estado de espírito positivo no aluno; Estimular o aprendizado; Fornecer um suporte emocional ao aluno. Características de implementação da PAT: As emoções do aluno são inferidas através das ações do aluno na interface do ambiente educacional; Baseada no modelo OCC (Ortony, Clore e Collins, 1988), baseado na teoria cognitiva das emoções; A mente foi desenvolvida segundo a abordagem BDI (Belief, Desire and Intention) para o modelo afetivo do aluno; O corpo foi desenvolvido em Java. Considerações finais Uma das questões envolvidas na pesquisa é se o esquema proposto atende a integração de outros ambientes hipermídias adaptativos específicos ou se novos elementos precisam ser acoplados ao esquema. Contribuições interessantes: A decisão do uso de ontologias para ambientes de educação a distância; Inexistência de uma ontologia de domínio para o JLPT (ou similares) nas principais bibliotecas de ontologias disponíveis; Utilizaçãode conceitos da Teoria da Relevância; Contribuição para os usuários do ambiente eJLPT. Referências bibliográficas do artigo BORST, W.N. Construction of engineering ontologies for Knowledge sharing and reuse. Thesis. University of Twenty, Enschede, Netherlands - Centre for Telematics and Information Technology, 1991, 243p. BROWN, T.E. Transtorno de déficit de atenção: a mente desfocada em crianças e adultos. Porto Alegre: Artmed, 2007. ELLIOTT, C. e BRZEZINSKI, J. Autonomous Agents as Synthetic Characters. AI Magazine, [S. l.], v. 19, n. 2, 1998, p.13-30. GASPARINI, I. Concepção de Interfaces WWW Adaptativas para EAD. Cadernos de Informática. Porto Alegre, v.2, n.1, 2002, p.71-76. GRUBER, T.R. 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