GABARITO A GABARITO B

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GABARITO A GABARITO B
Colégio Providência – Avaliação por Área
Linguagem, códigos e suas tecnologias:
Língua Portuguesa, Literatura, Redação e Inglês
Colégio Providência – Avaliação por Área
Linguagem, códigos e suas tecnologias:
Língua Portuguesa, Literatura, Redação e Inglês
3ª ETAPA – Data: 23/11/2015
3ª ETAPA – Data: 23/11/2015
1ª SÉRIE – ENSINO MÉDIO
1ª SÉRIE – ENSINO MÉDIO
GABARITO A
A
B
C
D
1 XXXX xxxxx xxxxx xxxxx
2
3
4
5
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GABARITO B
A
B
C
D
1 xxxxx xxxxx xxxxx xxxxx
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Colégio Providência – Avaliação por Área – Prova A
1ª
S
É
R
I
E
Linguagem, Códigos e suas Tecnologias: Língua Portuguesa, Literatura, Redação e Inglês
NOTA:
Professores: Lêda e Lilian
Data: 23 / 11 / 2015
Valor: 7,0
Média:4,9 Etapa: 3ª
Turma:
Aluno(a):
no :
I
LÍNGUA PORTUGUESA
QUESTÃO 1
Crise da água em São Paulo: quanto falta para o desastre?
O que acontecerá com as torneiras de São Paulo – e o que ensina a pior crise de água da maior metrópole
do país.
Verão de 2015. As filas para pegar água se espalham por vários bairros. Famílias carregam baldes e
aguardam a chegada dos caminhões-pipa. Nos canos e nas torneiras, nem uma gota. O rodízio no
abastecimento força lugares com grandes aglomerações, como shopping centers e faculdades, a fechar.
As chuvas abundantes da estação não vieram, as obras em andamento tardarão a ter efeito e o
desperdício continuou alto. Por isso, São Paulo e várias cidades vizinhas, que formam a maior região
metropolitana do país, entram na mais grave crise de falta d’água da história.
O Brasil pede água
A cena não é um pesadelo distante. Trata-se de um cenário pessimista, mas possível, para o que ocorrerá
a partir de novembro. Moradores de São Paulo sentem, hoje, o que já sofreram em anos anteriores
cidadãos castigados pela seca em Estados tão distantes quanto Rio Grande do Sul, Minas Gerais e
Pernambuco. A mistura de falta de planejamento, administração ruim, eventos climáticos extremos e
consumo excessivo ameaça o fornecimento de água em cidades pelo Brasil todo.
(Disponível em: http://epoca.globo.com/ . Acesso em: novembro de 2014.)
Considerando as funções sintáticas dos termos em destaque, identifique o único que se diferencia dos
demais quanto à função exercida.
a)
b)
c)
d)
[...] e o desperdício continuou alto [...]
As chuvas abundantes da estação não vieram, [...]
[...] que formam a maior região metropolitana do país, [...]
[...] o que já sofreram em anos anteriores cidadãos castigados [...]
Justificativa:
1
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QUESTÃO 2
Responda, com base no texto “Dias de ira”, à(s) questão(ões) que segue(m).
Dias de ira
1
Espantado com o acúmulo de brutalidades? Quer entender o que está se passando na terra da
cordialidade na véspera de converter-se em palco de uma festa global? Então separe, tente diferenciar os
tipos de agressão e de agressores. 2A carga de violência continuará igual, porém a descompactação do
fenômeno facilitará a compreensão das partes e do todo.
O que está sendo designado como 3“manifestação popular” é geralmente uma ação política oportunista,
claramente orquestrada para obter ganhos imediatos de autoridades perplexas e atônitas num momento de
grande tensão e nervosismo. 4Chantagem pura. 5Neste conjunto situam-se 6as greves inesperadas,
7
intempestivas, fora do calendário, fruto de cisões e disputas entre lideranças sindicais e seus padrinhos
políticos.
Foi o caso da greve de ônibus que paralisou o Rio de Janeiro na última quinta-feira. A incrível
depredação de 467 ônibus tem a ver com a Operação Anti-UPP em curso, tática de exploração emocional
de cada incidente adotada pela 8grande delinquência – o 9crime organizado – com o propósito de
desmoralizar a política de pacificação das favelas e debilitar a capacidade de reação do sistema de
segurança.
10
Os fins nunca justificam os meios: as reivindicações de trabalhadores não podem sequestrar os
direitos da sociedade nem levar a extremos que impliquem a destruição das ferramentas de trabalho. 11É
suicídio. A 12propagação da violência só pode partir daqueles que 13dela necessitam para ocupar espaços e
manter o poder.
Geração espontânea
Algo diferente são as combinações extremas de insanidade com crueldade, representadas por dois
impressionantes assassinatos ocorridos com um dia de diferença, portanto não isolados: no Recife, no
Estádio do Arruda, depois de 14um jogo do Paraná com o Santa Cruz, 15um torcedor jogou dois vasos
sanitários contra um arqui-inimigo do Sport que comemorava o empate no meio da torcida paranaense.
Uma das latrinas (15 quilos convertidos pela altura de 24 metros em 300) acertou e matou
instantaneamente o adepto do Sport.
Não é a primeira 16vez em que o Esporte-Rei converte-se em cenário de tragédia. Poderá ser a 17última
quando o circo futebolístico perder a sua condição de fomentador de 18surtos de antropofagia e
canibalismo.
Na etapa seguinte do 19torneio de brutalidades está o linchamento da dona de casa Fabiane Maria de
Jesus, 33 anos, mãe de dois filhos, moradora no balneário do Guarujá, litoral de São Paulo, confundida
com uma sequestradora de 20crianças a serviço de uma seita que 21as imolava para rituais religiosos.
Linchadores formam-se espontaneamente, agregam-se quando o Estado parece débil, quando leis,
juízes e tribunais estão desacreditados e onde campeia a impunidade. São ancestrais na Europa os
registros de supostos assassinatos rituais, também os castigos através de linchamentos, fogueiras e
lapidações. Ocorriam onde a religiosidade era rústica, primária, e tênue o processo civilizatório.
22
Aquela remediada comunidade no Guarujá é servida pela internet: os covardes linchadores e os
insensíveis espectadores fotografaram e postaram cenas do crime. A ira contagiosa, viral, a afunda na
Idade Média dos 23poderosos 24que avacalha o país.
(DINES, Alberto. Dias de ira. Observatório da imprensa, 13 maio 2014. Disponível em:
http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/dias_de_ira. Acesso em 9 set. 2014)
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Saber identificar o sujeito de uma oração é uma competência importante para, dentre outras habilidades,
poder (re)construir o sentido do texto. As alternativas a seguir apresentam o verbo (em negrito) e o sujeito
semântico correspondente (sublinhado). A única alternativa cuja relação verbo/sujeito está INCORRETA de
acordo com o texto é:
a)
b)
c)
d)
“Aquela remediada comunidade no Guarujá é servida pela internet: os covardes linchadores e os
insensíveis espectadores fotografaram e postaram cenas do crime” (ref. 22).
“um torcedor jogou dois vasos sanitários contra um arqui-inimigo do Sport que comemorava o empate
no meio da torcida paranaense” (ref. 15).
“Os fins nunca justificam os meios: as reivindicações de trabalhadores não podem sequestrar os
direitos da sociedade nem levar a extremos que impliquem a destruição das ferramentas de trabalho”
(ref. 10).
“Neste conjunto situam-se as greves inesperadas, intempestivas, fora do calendário, fruto de cisões e
disputas entre lideranças sindicais e seus padrinhos políticos” (ref. 5).
Justificativa:
QUESTÃO 3
O SABOR DAS FAVELAS
Na virada do século, eles eram frequentados apenas pelos moradores locais. Há quatro anos,
porém, a política de pacificação reintegrou os morros à cidade. De uma hora para outra, o Rio de Janeiro
voltou a visitar suas favelas: recuperou antigos mirantes deslumbrantes, conheceu novas rodas de
samba e descobriu uma série de botequins e restaurantes. Eram tantas as dicas que o cineasta e
pesquisador Sérgio Bloch decidiu compilar tudo e lançar o Guia Gastronômico das Favelas do Rio (Editora
Abbas Edições/Arte Ensaio; R$ 70,00), um compêndio de capa dura e fartamente ilustrado com 22
endereços de oito comunidades pacificadas, com textos de Inês Garçoni e fotos de Marcos Pinto.
(Trecho extraído de AZUL Magazine, ed. 01, maio de 2013, p. 28)
“Na virada do século, eles eram frequentados apenas pelos moradores locais”. ELES refere-se a:
a)
b)
c)
d)
restaurantes.
botequins.
moradores.
morros.
Justificativa:
3
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QUESTÃO 4
V – O samba
À direita do terreiro, adumbra-se* na escuridão um maciço de construções, ao qual às vezes recortam
no azul do céu os trêmulos vislumbres das labaredas fustigadas pelo vento.
(...)
É aí o quartel ou quadrado da fazenda, nome que tem um grande pátio cercado de senzalas, às vezes
com alpendrada corrida em volta, e um ou dois portões que o fecham como praça d’armas.
Em torno da fogueira, já esbarrondada pelo chão, que ela cobriu de brasido e cinzas, dançam os
pretos o samba com um frenesi que toca o delírio. Não se descreve, nem se imagina esse desesperado
saracoteio, no qual todo o corpo estremece, pula, sacode, gira, bamboleia, como se quisesse desgrudar-se.
Tudo salta, até os crioulinhos que esperneiam no cangote das mães, ou se enrolam nas saias das
raparigas. Os mais taludos viram cambalhotas e pincham à guisa de sapos em roda do terreiro. Um desses
corta jaca no espinhaço do pai, negro fornido, que não sabendo mais como desconjuntar-se, atirou consigo
ao chão e começou de rabanar como um peixe em seco. (...)
José de Alencar, Til.
(*) “adumbra-se” = delineia-se, esboça-se.
Na composição do texto, foram usados, reiteradamente,
I. sujeitos pospostos;
II. termos que intensificam a ideia de movimento;
III. verbos no presente histórico.
Está CORRETO o que se indica em
a)
b)
c)
d)
I, apenas.
I e II, apenas.
I, II e III.
III, apenas.
Justificativa:
QUESTÃO 5
Um sarau é o bocado mais delicioso que temos, de telhado abaixo. Em um sarau todo o mundo tem
que fazer. O diplomata ajusta, com um copo de champagne na mão, os mais intrincados negócios; todos
murmuram, e não há quem deixe de ser murmurado. O velho lembra-se dos minuetes e das cantigas do
seu tempo, e o moço goza todos os regalos da sua época; as moças são no sarau como as estrelas no
céu; estão no seu elemento: aqui uma, cantando suave cavatina, eleva-se vaidosa nas asas dos aplausos,
por entre os quais surde, às vezes, um bravíssimo inopinado, que solta de lá da sala do jogo o parceiro que
acaba de ganhar sua partida no écarté, mesmo na ocasião em que a moça se espicha completamente,
desafinando um sustenido; daí a pouco vão outras, pelos braços de seus pares, se deslizando pela sala e
marchando em seu passeio, mais a compasso que qualquer de nossos batalhões da Guarda Nacional, ao
mesmo tempo que conversam sempre sobre objetos inocentes que movem olhaduras e
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risadinhas apreciáveis. Outras criticam de uma gorducha vovó, que ensaca nos bolsos meia bandeja de
doces que veio para o chá, e que ela leva aos pequenos que, diz, lhe ficaram em casa. Ali vê-se um
ataviado Dandy que dirige mil finezas a uma senhora idosa, tendo os olhos pregados na sinhá, que sentase ao lado. Finalmente, no sarau não é essencial ter cabeça nem boca, porque, para alguns é regra,
durante ele, pensar pelos pés e falar pelos olhos.
E o mais é que nós estamos num sarau. Inúmeros batéis conduziram da corte para a ilha de...
senhoras e senhores, recomendáveis por caráter e qualidades; alegre, numerosa e escolhida sociedade
enche a grande casa, que brilha e mostra em toda a parte borbulhar o prazer e o bom gosto.
Entre todas essas elegantes e agradáveis moças, que com aturado empenho se esforçam para ver
qual delas vence em graças, encantos e donaires, certo sobrepuja a travessa Moreninha, princesa daquela
festa.
(Joaquim Manuel de Macedo. A Moreninha, 1997.)
Assinale a alternativa em que a eliminação do pronome em destaque implica, CONTEXTUALMENTE,
mudança do sujeito do verbo.
a)
b)
c)
d)
Ali vê-se um ataviado Dandy [...].
[...] aqui uma, cantando suave cavatina, eleva-se vaidosa nas asas dos aplausos [...].
O velho lembra-se dos minuetes e das cantigas do seu tempo [...].
[...] mesmo na ocasião em que a moça se espicha completamente [...].
QUESTÃO 6
VELHO MARINHEIRO
Homenagem aos marinheiros de sempre... e para sempre.
28
Sou marinheiro porque um dia, muito jovem, estendi meu braço diante da bandeira e jurei lhe dar minha
vida.
21
Naquele dia de sol a pino, com meu novo uniforme branco,
estivesse dando adeus aos tempos de garoto.
senti-me homem de verdade, como se
29
Ao meu lado, as vozes de outros jovens soavam em
uníssono com a minha, vibrantes, e terminamos com emoção, de peitos estufados e orgulhosos. 5Ao final,
minha mãe veio em minha direção, apressada em me dar um beijo.
6
estava lindo de uniforme. O dia acabou com a família em festa;
20
Acariciou-me o rosto e disse que eu
11
eu lembro-me bem, fiquei de uniforme até
de tarde...
Sou marinheiro, porque aprendi, naquela Escola, o significado nobre de companheirismo. 7Juntos no
sofrimento e na alegria, um safando o outro, leais e amigos. Aprendi o que é civismo, respeito e disciplina,
no princípio, exigidos a cada dia; depois, como parte do meu ser e, assim, para sempre.
23
A cada passo
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havia um novo esforço esperando e, depois dele, um pequeno sucesso.
26
Minha vida, agora que olho para
trás, foi toda de pequenos sucessos. A soma deles foi a minha carreira.
19
No meu primeiro navio, logo cedo, percebi que era novamente aluno. Todos sabiam das coisas mais do
que eu havia aprendido. Só que agora me davam tarefas, incumbências, e esperavam que eu as cumprisse
bem. 2Pouco a pouco, passei a ser parte da equipe, a ser chamado para ajudar, a ser necessário. 8Um dia
vi-me ensinando aos novatos
profissional!
12
e dei-me conta de que me tornara marinheiro, de fato e de direito, um
32
O navio passou a ser minha segunda casa, onde eu permanecia mais tempo, às vezes, do
que na primeira. Conhecia todos, alguns mais até do que meus parentes. Sabia de suas manhas, cacoetes,
preocupações e de seus sonhos. Sem dar conta, meu mundo acabava no costado do navio.
9
A soma de tudo que fazemos e vivemos, pelo navio, 14é uma das coisas mais belas, que só há entre nós,
em mais nenhum outro lugar. 24Por isso sou marinheiro, porque sei o que é espírito de navio.
Bons tempos aqueles das viagens, dávamos um duro danado no mar, em serviço, postos de combate,
adestramento de guerra, dia e noite.
30
O interessante é que em toda nossa vida,
boas recordações, elas vêm desse tempo, das viagens e dos navios.
16
15
quando buscamos as
13
Até as durezas por que passamos
1
são saborosas ao lembrar, talvez porque as vencemos e fomos adiante.
É aquela história dos pequenos sucessos.
A volta ao porto era um acontecimento gostoso, sempre figurando a mulher. Primeiro a mãe, depois a
namorada, a noiva, a esposa. Muita coisa a contar, a dizer, surpresas de carinho. A comida preferida, o
abraço apertado, o beijo quente... e o filho que, na ausência, foi ensinado a dizer papai.
31
No início, eu voltava com muitos retratos, principalmente quando vinha do estrangeiro, depois, com o
tempo, eram poucos, até que deixei de levar a máquina.
10
Engraçado,
22
vocês já perceberam que
marinheiro velho dificilmente baixa a terra com máquina fotográfica? Foi assim comigo.
34
Hoje os navios são outros, os marinheiros são outros - sinto-os mais preparados do que eu era - mas a
vida no mar, as viagens, os portos, a volta, estou certo de que são iguais. Sou marinheiro, por isso sei
como é.
Fico agora em casa, querendo saber das coisas da Marinha. E a cada pedaço que ouço de um amigo,
que leio, que vejo, me dá um orgulho que às vezes chega a entalar na garganta. 4Há pouco tempo, voltei a
entrar em um navio. Que coisa linda!
35
Sofisticado, limpíssimo, nas mãos de uma tripulação que só pode
ser muito competente para mantê-lo pronto.
último navio em que servi já deu baixa.
33
Do que me mostraram eu não sabia muito. Basta dizer que o
17
Quando saí de bordo, parei no portaló, voltei-me para a bandeira,
inclinei a cabeça... e, minha garganta entalou outra vez.
Isso é corporativismo; não aquele enxovalhado, que significa o bem de cada um, protegido à custa do
desmerecimento da instituição; mas o puro, que significa o bem da instituição, protegido pelo merecimento
de cada um.
27
Sou marinheiro e, portanto, sou corporativista.
Muitas vezes
25
a lembrança me retorna aos dias da ativa e morro de saudades.
18
Que bom se pudesse
voltar ao começo, vestir aquele uniforme novinho — até um pouco grande, ainda recordo — Jurar Bandeira,
ser beijado pela minha falecida mãe...
3
Sei que, quando minha hora chegar, no último instante, verei, em velocidade desconhecida, o navio com
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meus amigos, minha mulher, meus filhos, singrando para sempre, indo aonde o mar encontra o céu... e, se
São Pedro estiver no portaló, direi:
– Sou marinheiro, estou embarcando.
Autor desconhecido. In: Língua portuguesa: leitura e produção de texto. Rio de Janeiro: Marinha do
Brasil, Escola Naval, 2011. p. 6-8)
Glossário
- Portaló: abertura no casco de um navio, ou passagem junto à balaustrada, por onde as pessoas
transitam para fora ou para dentro, e por onde se pode movimentar carga leve.
Em “[...] vocês já perceberam que marinheiro velho dificilmente baixa a terra [...] .” (ref. 22), a posição
do adjetivo é importante, pois, se escrevêssemos “velho marinheiro”, o valor semântico seria outro. Em
que opção a troca de posição dos termos implicou uma mudança semântica?
a)
Os marinheiros, em seus uniformes brancos, destacam-se nas paradas militares. / Os marinheiros, em
seus brancos uniformes, destacam-se nas paradas militares.
b)
Os alunos gostavam de ouvir as narrativas tradicionais sobre os perigos do mar. / Os alunos gostavam
de ouvir as tradicionais narrativas sobre os perigos do mar.
c)
Depois de muito tempo longe de casa, os homens do mar sentem falta de uma comida gostosa. /
d)
Depois de muito tempo longe de casa, os homens do mar sentem falta de uma gostosa comida.
Antigamente, o recebimento de uma mensagem simples aplacava as saudades dos marinheiros. /
Antigamente, o recebimento de uma simples mensagem aplacava as saudades dos marinheiros.
Justificativa:
QUESTÃO 7
De um jogador brasileiro a um técnico espanhol
João Cabral de Melo Neto
Não é a bola alguma carta
que se leva de casa em casa:
é antes telegrama que vai
de onde o atiram ao onde cai.
Parado, o brasileiro a faz
ir onde há-de, sem leva e traz;
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com aritméticas de circo
ele a faz ir onde é preciso;
em telegrama, que é sem tempo
ele a faz ir ao mais extremo.
Não corre: ele sabe que a bola,
Telegrama, mais que corre voa.
(Disponível em: <http://www.revista.agulha.nom.br/futebol.html#jogador> Acesso em: 12 out. 2011.)
Quanto aos aspectos morfossintáticos do texto, assinale a alternativa CORRETA.
a) O sujeito das duas primeiras estrofes é indeterminado, como se verifica pelos verbos “se leva” e
“atiram”.
b) O predicado em “Não é a bola alguma carta” e “é antes telegrama...” é verbal, pois os verbos indicam o
estado da bola.
c) O sujeito simples “brasileiro” da terceira estrofe é retomado nas demais estrofes pelo pronome “ele”.
d) O predicado da oração “Ele a faz ir”, na quarta e quinta estrofes, é verbo-nominal, pois indica ação e
descreve a bola.
Justificativa:
LITERATURA
QUESTÃO 8
Um elemento importante nos anos de 1820 e 1830 foi o desejo de autonomia literária, tornado
mais vivo depois da Independência. (…) O Romantismo apareceu aos poucos como caminho favorável à
expressão própria da nação recém-fundada, pois fornecia concepções e modelos que permitiam afirmar o
particularismo, e portanto a identidade, em oposição à Metrópole (…).
CANDIDO, Antonio. O Romantismo no Brasil. São Paulo: Humanitas, 2004, p. 19.
Tendo em vista o movimento literário mencionado no trecho acima, e seu alcance na história do período, é
CORRETO afirmar que
a) o nacionalismo foi impulsionado na literatura com a vinda da família real, em 1808, quando houve a
introdução da imprensa no Rio de Janeiro e os primeiros livros circularam no país.
b) o indianismo ocupou um lugar de destaque na afirmação das identidades locais, expressando um viés
decadentista e cético quanto à civilização nos trópicos.
c) os autores românticos foram importantes no período por produzirem uma literatura que expressava
aspectos da natureza, da história e das sociedades locais.
d) a população nativa foi considerada a mais original dentro do Romantismo e, graças à atuação dos
literatos, os indígenas passaram a ter direitos políticos que eram vetados aos negros.
Justificativa:
8
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QUESTÃO 9
Poeticamente, o sal metaforiza o mar, as lágrimas, a força de viver. Castro Alves, em sua obra
poética, lança mão desse recurso para unir arte e crítica social.
Observe os fragmentos:
Fragmento 1 – “A Canção do Africano”
Lá, na úmida senzala,
Sentado na estreita sala,
Junto ao braseiro, no chão,
Entoa o escravo o seu canto,
E ao cantar correm-lhe em pranto
Saudades do seu torrão...
Fonte: CASTRO ALVES, 1995, p. 100.
Fragmento 2 - “O Navio Negreiro”
Senhor Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus!
Se eu deliro... ou se e verdade
Tanto horror perante os céus...
O mar, por que não apagas
Co'a esponja de tuas vagas
De teu manto este borrão?...
Astros! noite! tempestades!
Rolai das imensidades!
Varrei os mares, tufão!...
Fonte: CASTRO ALVES, 1995, p. 137.
Em relação a esses versos, é possível AFIRMAR:
I. O canto, as saudades e o pranto do escravo, no primeiro fragmento, são decorrentes do cativeiro
resultante da escravidão, situação aviltante ao ser humano.
II. O “horror perante os céus” a que se refere o eu lírico, no segundo fragmento, corresponde ao tráfico de
escravos, mácula sociomoral que envergonha o Brasil.
III. Em ambos os fragmentos, a crueldade da escravidão se faz presente.
Está(ão) CORRETA(S) a(s) afirmativa(s)
a) I apenas.
b) II apenas.
c) I e II apenas.
d) I, II e III.
Justificativa:
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QUESTÃO 10
Lembrança de morrer
[...]
Eu deixo a vida como deixa o tédio
Do deserto o poento caminheiro,
- Como as horas de um longo pesadelo
Que se desfaz ao dobre sineiro
[...]
AZEVEDO, Álvares de. Poesias completas de Álvares de Azevedo. 7. ed. Rio de Janeiro: Ediouro,
1995. p. 37.
Este fragmento mostra uma atitude escapista típica do romantismo. O eu lírico idealiza
a)
b)
c)
d)
a vida como um ofício de prazer, destinado à fruição eterna.
a morte como um meio de libertação do terrível fardo de viver.
o tédio como a repetição dos fragmentos belos e significativos da vida.
o deserto como um destino sereno para quem vence as hostilidades da vida.
Justificativa:
QUESTÃO 11
É ELA! É ELA!
É ela! é ela! — murmurei tremendo,
E o eco ao longe murmurou — é ela!...
Eu a vi... minha fada aérea e pura,
A minha lavadeira na janela!
Dessas águas-furtadas onde eu moro
Eu a vejo estendendo no telhado
Os vestidos de chita, as saias brancas...
Eu a vejo e suspiro enamorado!
Esta noite eu ousei mais atrevido
Nas telhas que estalavam nos meus passos
Ir espiar seu venturoso sono,
Vê-la mais bela de Morfeu nos braços!
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1ª Série - Ensino Médio - 3ª ETAPA - PROVA A - 23/11/2015
Como dormia! que profundo sono!...
Tinha na mão o ferro do engomado...
Como roncava maviosa e pura!...
Quase caí na rua desmaiado!
ÁLVARES DE AZEVEDO – É ela! É ela!
Nas estrofes iniciais de “É ela! É ela!”, de Álvares de Azevedo, o sujeito lírico mostra-se atordoado diante
das facetas discrepantes de sua amada, que ora lhe aparece como “fada aérea e pura”, ora como simples
“lavadeira”. O autor explora essa duplicidade da figura da amada com o propósito evidente de _______
uma das características centrais da estética ultrarromântica, qual seja, ____________.
Assinale a alternativa cujas informações preenchem CORRETAMENTE as lacunas do enunciado.
a) ridicularizar / a representação das classes operárias.
b) ilustrar / a religiosidade.
c) ironizar / a idealização da figura feminina.
d) ilustrar / a preocupação com a atividade econômica.
Justificativa:
QUESTÃO 12
Muito me pesa, leitor amigo, se outra coisa esperavas das minhas Viagens, se te falto, sem o querer, a
promessas que julgaste ver nesse título, mas que eu não fiz decerto. Querias talvez que te contasse, marco
a marco, as léguas das estradas?
GARRET, Almeida. Viagens na minha terra. São Paulo: Ateliê Editorial, 2012, p. 218.
No trecho acima, o narrador garrettiano admite que traiu as expectativas do leitor. Tal fato deveu-se
a)
b)
c)
d)
à descrição pormenorizada da natureza e dos monumentos históricos das cidades portuguesas.
ao caráter linear do relato ficcional, que se fixou nos detalhes do percurso realizado durante a viagem a
Santarém.
ao caráter digressivo do relato ficcional, que mesclou vários gêneros textuais.
às posições políticas assumidas pelo narrador, que propõe uma visão conservadora da história de
Portugal.
Justificativa:
11
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QUESTÃO 13
O Romantismo, materializado no Brasil, subdivide-se em três gerações; caracteriza-se por
pressupostos e princípios que não devem ser confundidos com os pressupostos e os princípios que
fundamentam outras escolas literárias.
Considerando o que se afirma, assinale a alternativa CORRETA.
a) Na opinião de alguns críticos, Gonçalves de Magalhães não possui a liberdade intrínseca ao
Romantismo, embora seja considerado o introdutor do Romantismo no Brasil (1836). Alcântara
Machado teria dito que Gonçalves de Magalhães é um “Romântico Arrependido”.
b) Assim como Gonçalves de Magalhães, Gonçalves Dias foi um escritor sem muita expressividade. Seus
textos, de modo geral, não conseguem traduzir a estética romântica, visto que recebem muita
influência de autores meramente comerciais.
c) A segunda geração do Romantismo no Brasil, assim como a primeira geração, baseou suas obras no
pensamento de Byron e no de Musset. Foi uma geração que cultivou as camadas mais extremas da
subjetividade e deflagrou a criação de textos que evocavam o amor e a dor como caminhos possíveis
para a morte.
d) Os romances românticos brasileiros foram escritos sob a regência de ideias conservadoras. É comum
encontrarmos em textos de José de Alencar expressões que exortam o escravismo e a natureza
estrangeira, a opressão de ideias libertárias e a crítica ao que é nacional.
Justificativa:
QUESTÃO 14
Leia o poema a seguir.
SONETO
Ao sol do meio-dia eu vi dormindo
Na calçada da rua um marinheiro,
Roncava a todo o pano o tal brejeiro
Do vinho nos vapores se expandindo!
Além um Espanhol eu vi sorrindo
Saboreando um cigarro feiticeiro,
Enchia de fumaça o quarto inteiro.
Parecia de gosto se esvaindo!
Mais longe estava um pobretão careca
De uma esquina lodosa no retiro
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12
Enlevado tocando uma rabeca!
Venturosa indolência! não deliro
Se morro de preguiça... o mais é seca!
Desta vida o que mais vale um suspiro?
AZEVEDO, Álvares de. Lira dos vinte anos. São Paulo: FTD, 1994. p. 183.
Exemplar da segunda parte de Lira dos vinte anos, o poema transcrito encarna o lado Caliban do poeta,
que se manifesta ao empregar a ironia como recurso para expressar
a)
b)
c)
d)
uma distinção da imagem do artista, presente nos versos “De uma esquina lodosa no retiro / Enlevado
tocando uma rabeca!”.
uma visão pejorativa do homem, que se evidencia nos vocábulos do verso “Mais longe estava um
pobretão careca”.
um rebaixamento da condição humana, o que se confirma na descrição depreciativa dos espaços, na
terceira estrofe.
um deboche da moralidade, visível nos versos “Venturosa indolência! não deliro / Se morro de
preguiça... o mais é seca!”.
Justificativa:
REDAÇÃO
QUESTÃO 15
São Paulo gigante, torrão adorado
Estou abraçado com meu violão
Feito de pinheiro da mata selvagem
Que enfeita a paisagem lá do meu sertão
Tonico e Tinoco, São Paulo Gigante.
Nos versos da canção dos paulistas Tonico e Tinoco, o termo “sertão” deve ser compreendido como
a)
b)
c)
d)
descritivo da paisagem e da vegetação típicas do sertão existente na região Nordeste do país.
contraposição ao litoral, na concepção dada pelos caiçaras, que identificam o sertão com a presença
dos pinheiros.
analogia à paisagem predominante no Centro-Oeste brasileiro, tal como foi encontrada pelos
bandeirantes no século XVII.
generalização do ambiente rural, independentemente das características de sua vegetação.
Justificativa:
13
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QUESTÃO 16
Leia abaixo a letra da canção Baby — composição de Caetano Veloso e interpretação de Gal Costa — que
integra o álbum Tropicália ou Panis et Circencis.
Baby
Você
Precisa saber da piscina
Da margarina
Da Carolina
Da gasolina
Você precisa saber de mim
Baby, baby
Eu sei que é assim
Você precisa aprender inglês
Precisa aprender o que eu sei
E o que eu não sei mais
E o que eu não sei mais
Não sei, comigo vai tudo azul
Contigo vai tudo em paz
Vivemos na melhor cidade
Da América do Sul
Da América do Sul
Você precisa tomar um sorvete
Na lanchonete
Andar com a gente
Me ver de perto
Ouvir aquela canção do Roberto
Você precisa
Você precisa
Não sei
Leia na minha camisa
Baby, baby
Há quanto tempo
Baby, baby
I love you
Considere as seguintes afirmações sobre a canção Baby.
I.
As expressões em língua estrangeira (“Baby”, “I love you”) e a constatação de que “você precisa
aprender inglês” demonstram postura favorável aos Estados Unidos do grupo tropicalista que
renegava a língua e a cultura brasileiras.
II. A repetição de “você precisa” impõe uma situação conativa, na qual o sujeito cancional faz apelos
diretos ao interlocutor.
III. O paralelismo rimado inclui, entre as mercadorias “piscina”, “margarina” e “gasolina”, a canção
Carolina, de Chico Buarque.
Quais estão CORRETAS?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas I e II.
d) Apenas II e III.
Justificativa:
14
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QUESTÃO 17
Proibida pra mim (Charlie Brown Jr.)
Ela achou meu cabelo engraçado
Proibida pra mim no way
Disse que não podia ficar
Mas levou a sério o que eu falei
Eu vou fazer de tudo que eu puder
Eu vou roubar essa mulher pra mim
Eu posso te ligar a qualquer hora
mas eu nem sei seu nome!
Se não eu, quem vai fazer você feliz?
Se não eu, quem vai fazer você feliz? ...Guerra!
Eu me flagrei pensando em você
em tudo que eu queria te dizer
em uma noite especialmente boa
não há nada mais que a gente possa fazer
Eu vou fazer tudo o que eu puder
Eu vou roubar essa mulher pra mim
posso te ligar a qualquer hora
mas eu nem sei seu nome!
Se não eu, quem vai fazer você feliz?
Se não eu, quem vai fazer você feliz?... Guerra!
Disponível em: http://www.vagalume.com.br/zeca-baleiro/proibida-pra-mim.html#ixzz39Nbxl53B
Considerando o texto da música “Proibida pra mim” e os assuntos referentes ao estudo do texto literário,
analise as afirmativas a seguir:
I. O verso “Vou roubar essa mulher pra mim” é utilizado pelo eu lírico exclusivamente de modo denotativo,
por isso seria interessante que a mulher em questão se precavesse, acionando a legislação vigente que
a protege de ações violentas. O verso “Eu vou fazer de tudo que eu puder” reforça o argumento utilizado
pelo eu lírico.
II. Pelo que se pode perceber na letra da música “Proibida pra mim”, o texto escrito em versos é
necessariamente literário. Isso porque, de forma categórica, é possível se afirmar que “Proibida pra mim”
é literário, visto que essa natureza de texto não deve ser apresentada de outra forma, a não ser por
meio de versos.
III. No texto da música “Proibida pra mim”, o leitor, em alguns versos, se dá conta de que o eu lírico se
sente capaz de fazer alguém feliz, mas, ao mesmo tempo, demonstra não conhecer esse alguém com
profundidade, pois ignora o seu nome. Os versos “Se não eu, quem vai fazer você feliz?” e “mas eu nem
sei seu nome.” ratificam o que se afirma.
IV. A letra da música “Proibida pra mim” trata de uma relação afetiva. Nos versos “Ela achou meu cabelo
engraçado” e “Mas levou a sério o que eu falei”, o eu lírico demonstra que, embora não soubesse o
nome de sua interlocutora, tinha tido oportunidade de dialogar com ela. No texto literário, a elipse de
algumas palavras não tende a prejudicar o sentido global do texto.
V. A letra da música da banda Charlie Brown Jr. é predominantemente conotativa. Isso permitiu ao autor
expressar suas intenções, apresentar seus argumentos, discutir suas ideias, sem, necessariamente,
fazer uso de discurso denotativo.
Está CORRETO, apenas, o que se afirma em
a) I, II e III.
b) III, IV e V. Justificativa:
c) II, III e IV.
d) II, IV e V.
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QUESTÃO 18
Leia a letra A mão da limpeza, de Chico Buarque de Hollanda.
O branco inventou que o negro
Quando não suja na entrada
Vai sujar na saída, ê
Imagina só
Vai sujar na saída, ê
Imagina só
Que mentira danada, ê
Na verdade a mão escrava
Passava a vida limpando
O que o branco sujava, ê
Imagina só
O que o branco sujava, ê
Imagina só
O que o negro penava, ê
Mesmo depois de abolida a escravidão
Negra é a mão
De quem faz a limpeza
Lavando a roupa encardida, esfregando o chão
Negra é a mão
É a mão da pureza
Negra é a vida consumida ao pé do fogão
Negra é a mão
Nos preparando a mesa
Limpando as manchas do mundo com água e sabão
Negra é a mão
De imaculada nobreza
Na verdade a mão escrava
Passava a vida limpando
O que o branco sujava, ê
Imagina só
O que o branco sujava, ê
Imagina só
Eta branco sujão
Com base na letra e na obra de Chico Buarque de Hollanda, preencha os parênteses com V (verdadeiro)
ou F (falso).
( ) A letra de Chico Buarque de Hollanda denuncia o trabalho pesado a que os negros são submetidos.
( ) Ao mencionar um estereótipo racial, a letra propõe uma inversão dos papéis sociais, pois quem suja é
o branco e quem limpa, desde a escravidão, é o negro.
( ) A letra propõe um final racial conciliatório, no qual o branco ajudará o negro a limpar as roupas
encardidas, o chão e as manchas do mundo.
A sequência CORRETA de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é
a) F – V – V
Justificativa:
b) F – F – V
c) V – V – F
d) V – F – F
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QUESTÃO 19
Sobre a charge, assinale a alternativa CORRETA.
a) A mensagem de paz do texto que introduz a charge
apresenta-se substancialmente oposta à imagem
violenta retratada.
b) O confronto entre os personagens apresenta uma
mensagem coerente com a mensagem inicial da
charge: de amor e paz.
c) Lutar é algo inerente ao ser humano; por isso pode-se
afirmar que não há qualquer contradição entre a
mensagem verbal e a não verbal.
d) As frases da torcida indicam que esses espectadores
não gostam de violência.
Justificativa:
QUESTÃO 20
No último quadrinho, formula-se uma analogia moral, quando se sugere que não é possível ver tudo o que
acontece à frente dos olhos.
A partir dessa analogia, pode-se chegar à seguinte CONCLUSÃO:
a) a verdade absoluta não existe.
Justificativa:
b) a existência não tem explicação.
c) o homem não é o centro do mundo.
d) o curso da vida não pode ser mudado.
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QUESTÃO 21
O peso da palavra
Quem nunca pensou em dizer o que pensa sem precisar se responsabilizar pelo conteúdo das
afirmações? O aplicativo para dispositivos móveis Secret tornou esse desejo uma realidade. O problema é
que a ferramenta – criada, de acordo com seus desenvolvedores, para funcionar como um ambiente de
desafio – se tornou uma arma para que qualquer pessoa pudesse falar mal ou até mesmo imputar crimes a
pessoas sem que pudesse ser penalizada pelas falsas afirmações.
Não demorou muito para que quem se sentisse ferido por alegações ali feitas (há o caso de um rapaz
que teve fotos em que aparece nu sendo apontado como portador do vírus HIV, por exemplo) acionasse o
Poder Judiciário brasileiro, que, de forma célere, determinou a proibição da venda do aplicativo nas lojas
virtuais.
A liberdade de expressão é sim um direito fundamental previsto no art. 5º da Constituição Federal,
todavia, quem se manifesta deve ser responsabilizado pelo que diz, o que torna a proibição ao anonimato
(salvo em alguns casos, como no exercício da atividade profissional) algo compreensível e bem visto. (...)
Fonte: Gazeta do povo, Carta editorial do caderno Justiça & Direito, p. 2, 29/08/2014.
Considerando o texto lido, avalie as duas asserções, bem como a relação proposta entre elas, depois
assinale a alternativa CORRETA.
Os cidadãos podem manifestar livremente seu pensamento, pois esse é um direito previsto na Constituição
Federal.
PORTANTO,
a decisão do Poder Judiciário em proibir a venda do aplicativo Secret, no Brasil, é considerada, no texto,
uma medida que fere a liberdade de expressão do povo.
a)
b)
c)
d)
As duas proposições são falsas.
As duas proposições são verdadeiras.
A primeira proposição é verdadeira e a segunda é uma falsa conclusão.
As duas proposições são verdadeiras, mas o problema está no emprego do conectivo portanto; em seu
lugar deveria ter sido usado “onde”.
Justificativa:
18
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INGLÊS
Leia o texto abaixo para responder às questões 22 a 24
Artist Detained In Growing Crackdown
BEIJING
Ai Weiwei, China’s most prominent rebel after _______________ Nobel laureate Liu Xiaobo, was
detained April 3 at the Beijing airport as he tried to board a flight to Hong Kong. Perhaps best known for
codesigning the 2008 Beijing Olympic stadium known as the Bird’s Nest, Ai is an explicit critic of the
government and has been detained several times. During one period in custody, he was allegedly beaten
so badly that he _______________ brain surgery. This arrest comes in the middle of a widespread
crackdown touched off by online calls for a Tunisian-style ― “jasmine revolution”. Over the past several
weeks, at least 26 activists have been detained, 200 have been put under house arrest, and more than 30
have disappeared.
Time, April 18, 2011. Adaptado
Glossário:
Board: embarcar
Perhaps: Talvez
Codsigning: assinatura de código
Beaten: Espancado
Widespread: generalização
Crackdown: Repressão
Touched off: desencadeou
Arrest: Prisões
QUESTÃO 22
Escolha a alternativa que contém as palavras que completem o texto, respectivamente:
a) Imprisioned – required
b) Imprisionned – required
c) Imprisionned – requirred
d) Imprisioned – requirred
Justificativa:
19
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QUESTÃO 23
(ITA) Segundo o texto, Ai Weiwei:
a) foi preso devido a um recrudescimento da repressão na China.
b) embarcou num voo para Hong Kong.
c) foi preso por incitar uma revolução nos moldes da tunisiana.
d) foi quem projetou o estádio olímpico de Pequim.
Justificativa:
QUESTÃO 24
(ITA) Segundo o texto,
a) Liu Xiaobo foi preso em 3 de abril no aeroporto de Pequim.
b) houve, na China, incitação à revolução via Internet.
c) a prisão domiciliar é prática frequente em território chinês.
d) Ai Weiwei faz críticas veladas ao regime vigente.
Justificativa:
Leia o texto abaixo e responda às questões 25 a 27:
Missing Out: In Praise of the Unlived Life is Adam Phillips's 17th book and is a characteristic
blend of literary criticism and philosophical reflection packaged around a central idea. The theme here is
missed opportunities, roads not taken, alternative versions of our lives and ourselves, all of which,
Phillips argues, exert a powerful hold over our imaginations. Using a series of examples and close
readings of authors including Philip Larkin and Shakespeare, the book suggests that a broader
understanding of life's inevitable disappointments and thwarted desires can enable us to live fuller, richer
lives. Good things come to those who wait.
Does he see himself as a champion of frustration? “I'm not on the side of frustration exactly, so
much as the idea that one has to be able to bear frustration in order for satisfaction to be20
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realistic. I'm interested in how the culture of consumer capitalism depends on the idea that we can't bear
frustration, so that every time we feel a bit restless or bored or irritable, we eat, or we shop.”
guardian.co.uk, 1 June 2012. Adaptado.
Glossário:
Missing out: perdendo
Praise: louvor
Exert: exercer
Broader: mais amplo
Thwarted: frustrados
Enable: permitir
Wait: esperar
Bear: suportar
Restless: inquieto
QUESTÃO 25
(FUVEST) Segundo o texto, o livro “Missing Out: In Praise of the Unlived Life” sugere que:
a) a fantasia deve se sobrepor a nossos planos de vida.
b) uma compreensão maior das decepções e dos desejos não realizados pode nos ajudar a viver
melhor.
c) os relatos de vida dos escritores não nos servem de exemplo.
d) um controle maior de nossa imaginação é importante para lidarmos com nossas frustrações.
Justificativa:
QUESTÃO 26
No texto, em resposta à pergunta “Does he see himself as a champion of frustration?”, o autor do livro
argumenta ser necessário que as pessoas
a) tenham experiências satisfatórias para compreender a frustração.
b) entendam cada vez mais a cultura capitalista de consumo.
c) se distraiam fazendo compras quando estão irritadas.
d) lidem com as frustrações para que suas satisfações sejam realistas.
Justificativa:
21
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QUESTÃO 27
A pergunta indireta na forma CORRETA, é:
a) Does he see himself as a champion of frustration?
b) Why does he see himself as a champion of frustration?
c) How much does he see himself as a champion of frustration.
d) She wants to know if she sees himself as a champion of frustration.
Justificativa:
QUESTÃO 28
Marque a alternativa que apresenta o uso ERRADO de “any”, “no” ou “some”.
a) I don’t have anything to tell you.
b) She doesn’t have something to do tonight.
c) He is in no condition of going home alone.
d) They live in some house around here, we’re close.
Justificativa:
22
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Colégio Providência – Avaliação por Área – Prova B
1ª
S
É
R
I
E
Linguagem, Códigos e suas Tecnologias: Língua Portuguesa, Literatura, Redação e Inglês
NOTA:
Professores: Lêda e Lilian
Data: 23 / 11 / 2015
Valor: 7,0
Média:4,9 Etapa: 3ª
Turma:
Aluno(a):
n o:
I
LÍNGUA PORTUGUESA
QUESTÃO 1
Crise da água em São Paulo: quanto falta para o desastre?
O que acontecerá com as torneiras de São Paulo – e o que ensina a pior crise de água da maior metrópole
do país.
Verão de 2015. As filas para pegar água se espalham por vários bairros. Famílias carregam baldes e
aguardam a chegada dos caminhões-pipa. Nos canos e nas torneiras, nem uma gota. O rodízio no
abastecimento força lugares com grandes aglomerações, como shopping centers e faculdades, a fechar.
As chuvas abundantes da estação não vieram, as obras em andamento tardarão a ter efeito e o
desperdício continuou alto. Por isso, São Paulo e várias cidades vizinhas, que formam a maior região
metropolitana do país, entram na mais grave crise de falta d’água da história.
O Brasil pede água
A cena não é um pesadelo distante. Trata-se de um cenário pessimista, mas possível, para o que
ocorrerá a partir de novembro. Moradores de São Paulo sentem, hoje, o que já sofreram em anos
anteriores cidadãos castigados pela seca em Estados tão distantes quanto Rio Grande do Sul, Minas
Gerais e Pernambuco. A mistura de falta de planejamento, administração ruim, eventos climáticos extremos
e consumo excessivo ameaça o fornecimento de água em cidades pelo Brasil todo.
(Disponível em: http://epoca.globo.com/ . Acesso em: novembro de 2014.)
Considerando as funções sintáticas dos termos em destaque, identifique o único que se diferencia dos
demais quanto à função exercida.
a)
b)
c)
d)
[...] e o desperdício continuou alto [...]
As chuvas abundantes da estação não vieram, [...]
[...] o que já sofreram em anos anteriores cidadãos castigados [...]
[...] que formam a maior região metropolitana do país, [...]
Justificativa:
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1
QUESTÃO 2
Responda, com base no texto “Dias de ira”, à(s) questão(ões) que segue(m).
Dias de ira
1
Espantado com o acúmulo de brutalidades? Quer entender o que está se passando na terra da
cordialidade na véspera de converter-se em palco de uma festa global? Então separe, tente diferenciar os
tipos de agressão e de agressores. 2A carga de violência continuará igual, porém a descompactação do
fenômeno facilitará a compreensão das partes e do todo.
O que está sendo designado como 3“manifestação popular” é geralmente uma ação política oportunista,
claramente orquestrada para obter ganhos imediatos de autoridades perplexas e atônitas num momento de
grande tensão e nervosismo. 4Chantagem pura. 5Neste conjunto situam-se 6as greves inesperadas,
7
intempestivas, fora do calendário, fruto de cisões e disputas entre lideranças sindicais e seus padrinhos
políticos.
Foi o caso da greve de ônibus que paralisou o Rio de Janeiro na última quinta-feira. A incrível
depredação de 467 ônibus tem a ver com a Operação Anti-UPP em curso, tática de exploração emocional
de cada incidente adotada pela 8grande delinquência – o 9crime organizado – com o propósito de
desmoralizar a política de pacificação das favelas e debilitar a capacidade de reação do sistema de
segurança.
10
Os fins nunca justificam os meios: as reivindicações de trabalhadores não podem sequestrar os
direitos da sociedade nem levar a extremos que impliquem a destruição das ferramentas de trabalho. 11É
suicídio. A 12propagação da violência só pode partir daqueles que 13dela necessitam para ocupar espaços e
manter o poder.
Geração espontânea
Algo diferente são as combinações extremas de insanidade com crueldade, representadas por dois
impressionantes assassinatos ocorridos com um dia de diferença, portanto não isolados: no Recife, no
Estádio do Arruda, depois de 14um jogo do Paraná com o Santa Cruz, 15um torcedor jogou dois vasos
sanitários contra um arqui-inimigo do Sport que comemorava o empate no meio da torcida paranaense.
Uma das latrinas (15 quilos convertidos pela altura de 24 metros em 300) acertou e matou
instantaneamente o adepto do Sport.
Não é a primeira 16vez em que o Esporte-Rei converte-se em cenário de tragédia. Poderá ser a 17última
quando o circo futebolístico perder a sua condição de fomentador de 18surtos de antropofagia e
canibalismo.
Na etapa seguinte do 19torneio de brutalidades está o linchamento da dona de casa Fabiane Maria de
Jesus, 33 anos, mãe de dois filhos, moradora no balneário do Guarujá, litoral de São Paulo, confundida
com uma sequestradora de 20crianças a serviço de uma seita que 21as imolava para rituais religiosos.
Linchadores formam-se espontaneamente, agregam-se quando o Estado parece débil, quando leis,
juízes e tribunais estão desacreditados e onde campeia a impunidade. São ancestrais na Europa os
registros de supostos assassinatos rituais, também os castigos através de linchamentos, fogueiras e
lapidações. Ocorriam onde a religiosidade era rústica, primária, e tênue o processo civilizatório.
22
Aquela remediada comunidade no Guarujá é servida pela internet: os covardes linchadores e os
insensíveis espectadores fotografaram e postaram cenas do crime. A ira contagiosa, viral, a afunda na
Idade Média dos 23poderosos 24que avacalha o país.
(DINES, Alberto. Dias de ira. Observatório da imprensa, 13 maio 2014. Disponível em:
http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/dias_de_ira. Acesso em 9 set. 2014)
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2
Saber identificar o sujeito de uma oração é uma competência importante para, dentre outras habilidades,
poder (re)construir o sentido do texto. As alternativas a seguir apresentam o verbo (em negrito) e o sujeito
semântico correspondente (sublinhado). A única alternativa cuja relação verbo/sujeito está INCORRETA de
acordo com o texto é:
a)
b)
c)
d)
“Aquela remediada comunidade no Guarujá é servida pela internet: os covardes linchadores e os
insensíveis espectadores fotografaram e postaram cenas do crime” (ref. 22).
“Os fins nunca justificam os meios: as reivindicações de trabalhadores não podem sequestrar os
direitos da sociedade nem levar a extremos que impliquem a destruição das ferramentas de trabalho”
(ref. 10).
“um torcedor jogou dois vasos sanitários contra um arqui-inimigo do Sport que comemorava o empate
no meio da torcida paranaense” (ref. 15).
“Neste conjunto situam-se as greves inesperadas, intempestivas, fora do calendário, fruto de cisões e
disputas entre lideranças sindicais e seus padrinhos políticos” (ref. 5).
Justificativa:
QUESTÃO 3
O SABOR DAS FAVELAS
Na virada do século, eles eram frequentados apenas pelos moradores locais. Há quatro anos,
porém, a política de pacificação reintegrou os morros à cidade. De uma hora para outra, o Rio de Janeiro
voltou a visitar suas favelas: recuperou antigos mirantes deslumbrantes, conheceu novas rodas de
samba e descobriu uma série de botequins e restaurantes. Eram tantas as dicas que o cineasta e
pesquisador Sérgio Bloch decidiu compilar tudo e lançar o Guia Gastronômico das Favelas do Rio (Editora
Abbas Edições/Arte Ensaio; R$ 70,00), um compêndio de capa dura e fartamente ilustrado com 22
endereços de oito comunidades pacificadas, com textos de Inês Garçoni e fotos de Marcos Pinto.
(Trecho extraído de AZUL Magazine, ed. 01, maio de 2013, p. 28)
“Na virada do século, eles eram frequentados apenas pelos moradores locais”. ELES refere-se a:
a)
b)
c)
d)
morros.
botequins.
moradores.
restaurantes.
Justificativa:
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3
QUESTÃO 4
V – O samba
À direita do terreiro, adumbra-se* na escuridão um maciço de construções, ao qual às vezes recortam
no azul do céu os trêmulos vislumbres das labaredas fustigadas pelo vento.
(...)
É aí o quartel ou quadrado da fazenda, nome que tem um grande pátio cercado de senzalas, às vezes
com alpendrada corrida em volta, e um ou dois portões que o fecham como praça d’armas.
Em torno da fogueira, já esbarrondada pelo chão, que ela cobriu de brasido e cinzas, dançam os
pretos o samba com um frenesi que toca o delírio. Não se descreve, nem se imagina esse desesperado
saracoteio, no qual todo o corpo estremece, pula, sacode, gira, bamboleia, como se quisesse desgrudar-se.
Tudo salta, até os crioulinhos que esperneiam no cangote das mães, ou se enrolam nas saias das
raparigas. Os mais taludos viram cambalhotas e pincham à guisa de sapos em roda do terreiro. Um desses
corta jaca no espinhaço do pai, negro fornido, que não sabendo mais como desconjuntar-se, atirou consigo
ao chão e começou de rabanar como um peixe em seco. (...)
José de Alencar, Til.
(*) “adumbra-se” = delineia-se, esboça-se.
Na composição do texto, foram usados, reiteradamente,
I. sujeitos pospostos;
II. termos que intensificam a ideia de movimento;
III. verbos no presente histórico.
Está CORRETO o que se indica em
a)
b)
c)
d)
I, apenas.
I e II, apenas.
III, apenas.
I, II e III.
Justificativa:
QUESTÃO 5
Um sarau é o bocado mais delicioso que temos, de telhado abaixo. Em um sarau todo o mundo tem
que fazer. O diplomata ajusta, com um copo de champagne na mão, os mais intrincados negócios; todos
murmuram, e não há quem deixe de ser murmurado. O velho lembra-se dos minuetes e das cantigas do
seu tempo, e o moço goza todos os regalos da sua época; as moças são no sarau como as estrelas no
céu; estão no seu elemento: aqui uma, cantando suave cavatina, eleva-se vaidosa nas asas dos aplausos,
por entre os quais surde, às vezes, um bravíssimo inopinado, que solta de lá da sala do jogo o parceiro que
acaba de ganhar sua partida no écarté, mesmo na ocasião em que a moça se espicha completamente,
desafinando um sustenido; daí a pouco vão outras, pelos braços de seus pares, se deslizando pela sala e
marchando em seu passeio, mais a compasso que qualquer de nossos batalhões da Guarda Nacional, ao
mesmo tempo que conversam sempre sobre objetos inocentes que movem olhaduras e risadinhas
apreciáveis. Outras criticam de uma gorducha vovó, que ensaca nos bolsos meia bandeja de doces que
veio para o chá, e que ela leva aos pequenos que, diz, lhe ficaram em casa. Ali vê-se um ataviado Dandy
que dirige mil finezas a uma senhora idosa, tendo os olhos pregados na sinhá, que senta-se ao lado.
Finalmente, no sarau não é essencial ter cabeça nem boca, porque, para alguns é regra, durante ele,
pensar pelos pés e falar pelos olhos.
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4
E o mais é que nós estamos num sarau. Inúmeros batéis conduziram da corte para a ilha de...
senhoras e senhores, recomendáveis por caráter e qualidades; alegre, numerosa e escolhida sociedade
enche a grande casa, que brilha e mostra em toda a parte borbulhar o prazer e o bom gosto.
Entre todas essas elegantes e agradáveis moças, que com aturado empenho se esforçam para ver
qual delas vence em graças, encantos e donaires, certo sobrepuja a travessa Moreninha, princesa daquela
festa.
(Joaquim Manuel de Macedo. A Moreninha, 1997.)
Assinale a alternativa em que a eliminação do pronome em destaque implica, CONTEXTUALMENTE,
mudança do sujeito do verbo.
a)
b)
c)
d)
O velho lembra-se dos minuetes e das cantigas do seu tempo [...].
[...] aqui uma, cantando suave cavatina, eleva-se vaidosa nas asas dos aplausos [...].
Ali vê-se um ataviado Dandy [...].
[...] mesmo na ocasião em que a moça se espicha completamente [...].
Justificativa:
QUESTÃO 6
VELHO MARINHEIRO
Homenagem aos marinheiros de sempre... e para sempre.
28
Sou marinheiro porque um dia, muito jovem, estendi meu braço diante da bandeira e jurei lhe dar minha
vida.
21
Naquele dia de sol a pino, com meu novo uniforme branco,
estivesse dando adeus aos tempos de garoto.
senti-me homem de verdade, como se
29
Ao meu lado, as vozes de outros jovens soavam em
uníssono com a minha, vibrantes, e terminamos com emoção, de peitos estufados e orgulhosos. 5Ao final,
minha mãe veio em minha direção, apressada em me dar um beijo.
6
estava lindo de uniforme. O dia acabou com a família em festa;
20
Acariciou-me o rosto e disse que eu
11
eu lembro-me bem, fiquei de uniforme até
de tarde...
Sou marinheiro, porque aprendi, naquela Escola, o significado nobre de companheirismo. 7Juntos no
sofrimento e na alegria, um safando o outro, leais e amigos. Aprendi o que é civismo, respeito e disciplina,
no princípio, exigidos a cada dia; depois, como parte do meu ser e, assim, para sempre.
havia um novo esforço esperando e, depois dele, um pequeno sucesso.
26
23
A cada passo
Minha vida, agora que olho para
trás, foi toda de pequenos sucessos. A soma deles foi a minha carreira.
19
No meu primeiro navio, logo cedo, percebi que era novamente aluno. Todos sabiam das coisas mais do
que eu havia aprendido. Só que agora me davam tarefas, incumbências, e esperavam que eu as cumprisse
bem. 2Pouco a pouco, passei a ser parte da equipe, a ser chamado para ajudar, a ser necessário. 8Um dia
vi-me ensinando aos novatos
profissional!
12
e dei-me conta de que me tornara marinheiro, de fato e de direito, um
32
O navio passou a ser minha segunda casa, onde eu permanecia mais tempo, às vezes, do
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5
que na primeira. Conhecia todos, alguns mais até do que meus parentes. Sabia de suas manhas, cacoetes,
preocupações e de seus sonhos. Sem dar conta, meu mundo acabava no costado do navio.
9
A soma de tudo que fazemos e vivemos, pelo navio, 14é uma das coisas mais belas, que só há entre nós,
em mais nenhum outro lugar. 24Por isso sou marinheiro, porque sei o que é espírito de navio.
Bons tempos aqueles das viagens, dávamos um duro danado no mar, em serviço, postos de combate,
adestramento de guerra, dia e noite.
30
O interessante é que em toda nossa vida,
boas recordações, elas vêm desse tempo, das viagens e dos navios.
16
15
quando buscamos as
13
Até as durezas por que passamos
1
são saborosas ao lembrar, talvez porque as vencemos e fomos adiante.
É aquela história dos pequenos sucessos.
A volta ao porto era um acontecimento gostoso, sempre figurando a mulher. Primeiro a mãe, depois a
namorada, a noiva, a esposa. Muita coisa a contar, a dizer, surpresas de carinho. A comida preferida, o
abraço apertado, o beijo quente... e o filho que, na ausência, foi ensinado a dizer papai.
31
No início, eu voltava com muitos retratos, principalmente quando vinha do estrangeiro, depois, com o
tempo, eram poucos, até que deixei de levar a máquina.
10
Engraçado,
22
vocês já perceberam que
marinheiro velho dificilmente baixa a terra com máquina fotográfica? Foi assim comigo.
34
Hoje os navios são outros, os marinheiros são outros - sinto-os mais preparados do que eu era - mas a
vida no mar, as viagens, os portos, a volta, estou certo de que são iguais. Sou marinheiro, por isso sei
como é.
Fico agora em casa, querendo saber das coisas da Marinha. E a cada pedaço que ouço de um amigo,
que leio, que vejo, me dá um orgulho que às vezes chega a entalar na garganta. 4Há pouco tempo, voltei a
entrar em um navio. Que coisa linda!
35
Sofisticado, limpíssimo, nas mãos de uma tripulação que só pode
ser muito competente para mantê-lo pronto.
último navio em que servi já deu baixa.
33
Do que me mostraram eu não sabia muito. Basta dizer que o
17
Quando saí de bordo, parei no portaló, voltei-me para a bandeira,
inclinei a cabeça... e, minha garganta entalou outra vez.
Isso é corporativismo; não aquele enxovalhado, que significa o bem de cada um, protegido à custa do
desmerecimento da instituição; mas o puro, que significa o bem da instituição, protegido pelo merecimento
de cada um.
27
Sou marinheiro e, portanto, sou corporativista.
Muitas vezes
25
a lembrança me retorna aos dias da ativa e morro de saudades.
18
Que bom se pudesse
voltar ao começo, vestir aquele uniforme novinho — até um pouco grande, ainda recordo — Jurar Bandeira,
ser beijado pela minha falecida mãe...
3
Sei que, quando minha hora chegar, no último instante, verei, em velocidade desconhecida, o navio com
meus amigos, minha mulher, meus filhos, singrando para sempre, indo aonde o mar encontra o céu... e, se
São Pedro estiver no portaló, direi:
– Sou marinheiro, estou embarcando.
Autor desconhecido. In: Língua portuguesa: leitura e produção de texto. Rio de Janeiro: Marinha do
Brasil, Escola Naval, 2011. p. 6-8)
Glossário
- Portaló: abertura no casco de um navio, ou passagem junto à balaustrada, por onde as pessoas
transitam para fora ou para dentro, e por onde se pode movimentar carga leve.
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Em “[...] vocês já perceberam que marinheiro velho dificilmente baixa a terra [...] .” (ref. 22), a posição
do adjetivo é importante, pois, se escrevêssemos “velho marinheiro”, o valor semântico seria outro. Em
que opção a troca de posição dos termos implicou uma mudança semântica?
a)
b)
c)
d)
Os marinheiros, em seus uniformes brancos, destacam-se nas paradas militares. / Os marinheiros, em
seus brancos uniformes, destacam-se nas paradas militares.
Antigamente, o recebimento de uma mensagem simples aplacava as saudades dos marinheiros. /
Antigamente, o recebimento de uma simples mensagem aplacava as saudades dos marinheiros.
Depois de muito tempo longe de casa, os homens do mar sentem falta de uma comida gostosa. /
Depois de muito tempo longe de casa, os homens do mar sentem falta de uma gostosa comida.
Os alunos gostavam de ouvir as narrativas tradicionais sobre os perigos do mar. / Os alunos gostavam
de ouvir as tradicionais narrativas sobre os perigos do mar.
Justificativa:
QUESTÃO 7
De um jogador brasileiro a um técnico espanhol
João Cabral de Melo Neto
Não é a bola alguma carta
que se leva de casa em casa:
é antes telegrama que vai
de onde o atiram ao onde cai.
Parado, o brasileiro a faz
ir onde há-de, sem leva e traz;
com aritméticas de circo
ele a faz ir onde é preciso;
em telegrama, que é sem tempo
ele a faz ir ao mais extremo.
Não corre: ele sabe que a bola,
Telegrama, mais que corre voa.
(Disponível em: <http://www.revista.agulha.nom.br/futebol.html#jogador> Acesso em: 12 out.
2011.)
Quanto aos aspectos morfossintáticos do texto, assinale a alternativa CORRETA.
a) O sujeito simples “brasileiro” da terceira estrofe é retomado nas demais estrofes pelo pronome “ele”.
b) O predicado em “Não é a bola alguma carta” e “é antes telegrama...” é verbal, pois os verbos indicam o
estado da bola.
c) O sujeito das duas primeiras estrofes é indeterminado, como se verifica pelos verbos “se leva” e
“atiram”.
d) O predicado da oração “Ele a faz ir”, na quarta e quinta estrofes, é verbo-nominal, pois indica ação e
descreve a bola.
Justificativa:
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7
LITERATURA
QUESTÃO 8
Um elemento importante nos anos de 1820 e 1830 foi o desejo de autonomia literária, tornado mais
vivo depois da Independência. (…) O Romantismo apareceu aos poucos como caminho favorável à
expressão própria da nação recém-fundada, pois fornecia concepções e modelos que permitiam afirmar o
particularismo, e portanto a identidade, em oposição à Metrópole (…).
CANDIDO, Antonio. O Romantismo no Brasil. São Paulo: Humanitas, 2004, p. 19.
Tendo em vista o movimento literário mencionado no trecho acima, e seu alcance na história do período, é
CORRETO afirmar que
a)
b)
c)
d)
o nacionalismo foi impulsionado na literatura com a vinda da família real, em 1808, quando houve a
introdução da imprensa no Rio de Janeiro e os primeiros livros circularam no país.
os autores românticos foram importantes no período por produzirem uma literatura que expressava
aspectos da natureza, da história e das sociedades locais.
a população nativa foi considerada a mais original dentro do Romantismo e, graças à atuação dos
literatos, os indígenas passaram a ter direitos políticos que eram vetados aos negros.
o indianismo ocupou um lugar de destaque na afirmação das identidades locais, expressando um viés
decadentista e cético quanto à civilização nos trópicos.
Justificativa:
QUESTÃO 9
Poeticamente, o sal metaforiza o mar, as lágrimas, a força de viver. Castro Alves, em sua obra
poética, lança mão desse recurso para unir arte e crítica social.
Observe os fragmentos:
Fragmento 1 – “A Canção do Africano”
Lá, na úmida senzala,
Sentado na estreita sala,
Junto ao braseiro, no chão,
Entoa o escravo o seu canto,
E ao cantar correm-lhe em pranto
Saudades do seu torrão...
Fonte: CASTRO ALVES, 1995, p. 100.
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8
Fragmento 2 - “O Navio Negreiro”
Senhor Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus!
Se eu deliro... ou se e verdade
Tanto horror perante os céus...
O mar, por que não apagas
Co'a esponja de tuas vagas
De teu manto este borrão?...
Astros! noite! tempestades!
Rolai das imensidades!
Varrei os mares, tufão!...
Fonte: CASTRO ALVES, 1995, p. 137.
Em relação a esses versos, é possível afirmar:
I. O canto, as saudades e o pranto do escravo, no primeiro fragmento, são decorrentes do cativeiro
resultante da escravidão, situação aviltante ao ser humano.
II. O “horror perante os céus” a que se refere o eu lírico, no segundo fragmento, corresponde ao tráfico de
escravos, mácula sociomoral que envergonha o Brasil.
III. Em ambos os fragmentos, a crueldade da escravidão se faz presente.
Está(ão) CORRETA(S) a(s) afirmativa(s)
a) I apenas.
Justificativa:
b) II apenas.
c) I, II e III.
d) I, II apenas.
QUESTÃO 10
Lembrança de morrer
[...]
Eu deixo a vida como deixa o tédio
Do deserto o poento caminheiro,
- Como as horas de um longo pesadelo
Que se desfaz ao dobre sineiro
[...]
AZEVEDO, Álvares de. Poesias completas de Álvares de Azevedo. 7. ed. Rio de Janeiro: Ediouro,
1995. p. 37.
Este fragmento mostra uma atitude escapista típica do romantismo. O eu lírico idealiza
a) a morte como um meio de libertação do terrível fardo de viver.
b) a vida como um ofício de prazer, destinado à fruição eterna.
c) o tédio como a repetição dos fragmentos belos e significativos da vida.
d) o deserto como um destino sereno para quem vence as hostilidades da vida.
Justificativa:
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9
QUESTÃO 11
É ELA! É ELA!
É ela! é ela! — murmurei tremendo,
E o eco ao longe murmurou — é ela!...
Eu a vi... minha fada aérea e pura,
A minha lavadeira na janela!
Dessas águas-furtadas onde eu moro
Eu a vejo estendendo no telhado
Os vestidos de chita, as saias brancas...
Eu a vejo e suspiro enamorado!
Esta noite eu ousei mais atrevido
Nas telhas que estalavam nos meus passos
Ir espiar seu venturoso sono,
Vê-la mais bela de Morfeu nos braços!
Como dormia! que profundo sono!...
Tinha na mão o ferro do engomado...
Como roncava maviosa e pura!...
Quase caí na rua desmaiado!
ÁLVARES DE AZEVEDO – É ela! É ela!
Nas estrofes iniciais de “É ela! É ela!”, de Álvares de Azevedo, o sujeito lírico mostra-se atordoado diante
das facetas discrepantes de sua amada, que ora lhe aparece como “fada aérea e pura”, ora como simples
“lavadeira”. O autor explora essa duplicidade da figura da amada com o propósito evidente de _______
uma das características centrais da estética ultrarromântica, qual seja, ____________.
Assinale a alternativa cujas informações preenchem CORRETAMENTE as lacunas do enunciado.
a)
ridicularizar / a representação das classes operárias.
b)
ilustrar / a religiosidade.
c)
ilustrar / a preocupação com a atividade econômica.
d)
ironizar / a idealização da figura feminina.
Justificativa:
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QUESTÃO 12
Muito me pesa, leitor amigo, se outra coisa esperavas das minhas Viagens, se te falto, sem o querer, a
promessas que julgaste ver nesse título, mas que eu não fiz decerto. Querias talvez que te contasse, marco
a marco, as léguas das estradas?
GARRET, Almeida. Viagens na minha terra. São Paulo: Ateliê Editorial,
2012, p. 218.
No trecho acima, o narrador garrettiano admite que traiu as expectativas do leitor. Tal fato deveu-se
a) à descrição pormenorizada da natureza e dos monumentos históricos das cidades portuguesas.
b) ao caráter digressivo do relato ficcional, que mesclou vários gêneros textuais.
c) ao caráter linear do relato ficcional, que se fixou nos detalhes do percurso realizado durante a viagem a
Santarém.
d) às posições políticas assumidas pelo narrador, que propõe uma visão conservadora da história de
Portugal.
Justificativa:
QUESTÃO 13
O Romantismo, materializado no Brasil, subdivide-se em três gerações; caracteriza-se por
pressupostos e princípios que não devem ser confundidos com os pressupostos e os princípios que
fundamentam outras escolas literárias.
Considerando o que se afirma, assinale a alternativa CORRETA.
a)
b)
c)
d)
A segunda geração do Romantismo no Brasil, assim como a primeira geração, baseou suas obras no
pensamento de Byron e no de Musset. Foi uma geração que cultivou as camadas mais extremas da
subjetividade e deflagrou a criação de textos que evocavam o amor e a dor como caminhos possíveis
para a morte.
Assim como Gonçalves de Magalhães, Gonçalves Dias foi um escritor sem muita expressividade. Seus
textos, de modo geral, não conseguem traduzir a estética romântica, visto que recebem muita
influência de autores meramente comerciais.
Na opinião de alguns críticos, Gonçalves de Magalhães não possui a liberdade intrínseca ao
Romantismo, embora seja considerado o introdutor do Romantismo no Brasil (1836). Alcântara
Machado teria dito que Gonçalves de Magalhães é um “Romântico Arrependido”.
Os romances românticos brasileiros foram escritos sob a regência de ideias conservadoras. É comum
encontrarmos em textos de José de Alencar expressões que exortam o escravismo e a natureza
estrangeira, a opressão de ideias libertárias e a crítica ao que é nacional.
Justificativa:
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QUESTÃO 14
Leia o poema a seguir.
SONETO
Ao sol do meio-dia eu vi dormindo
Na calçada da rua um marinheiro,
Roncava a todo o pano o tal brejeiro
Do vinho nos vapores se expandindo!
Além um Espanhol eu vi sorrindo
Saboreando um cigarro feiticeiro,
Enchia de fumaça o quarto inteiro.
Parecia de gosto se esvaindo!
Mais longe estava um pobretão careca
De uma esquina lodosa no retiro
Enlevado tocando uma rabeca!
Venturosa indolência! não deliro
Se morro de preguiça... o mais é seca!
Desta vida o que mais vale um suspiro?
AZEVEDO, Álvares de. Lira dos vinte anos. São Paulo: FTD, 1994. p. 183.
Exemplar da segunda parte de Lira dos vinte anos, o poema transcrito encarna o lado Caliban do poeta,
que se manifesta ao empregar a ironia como recurso para expressar
a)
uma distinção da imagem do artista, presente nos versos “De uma esquina lodosa no retiro / Enlevado
tocando uma rabeca!”.
b)
um deboche da moralidade, visível nos versos “Venturosa indolência! não deliro / Se morro de
preguiça... o mais é seca!”.
c)
um rebaixamento da condição humana, o que se confirma na descrição depreciativa dos espaços, na
terceira estrofe.
d)
uma visão pejorativa do homem, que se evidencia nos vocábulos do verso “Mais longe estava um
pobretão careca”.
Justificativa:
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REDAÇÃO
QUESTÃO 15
São Paulo gigante, torrão adorado
Estou abraçado com meu violão
Feito de pinheiro da mata selvagem
Que enfeita a paisagem lá do meu sertão
Tonico e Tinoco, São Paulo Gigante.
Nos versos da canção dos paulistas Tonico e Tinoco, o termo “sertão” deve ser compreendido
como
a) descritivo da paisagem e da vegetação típicas do sertão existente na região Nordeste do país.
b) generalização do ambiente rural, independentemente das características de sua vegetação.
c) analogia à paisagem predominante no Centro-Oeste brasileiro, tal como foi encontrada pelos
bandeirantes no século XVII.
d) contraposição ao litoral, na concepção dada pelos caiçaras, que identificam o sertão com a
presença dos pinheiros.
Justificativa:
QUESTÃO 16
Leia abaixo a letra da canção Baby — composição de Caetano Veloso e interpretação de Gal Costa — que
integra o álbum Tropicália ou Panis et Circencis.
Baby
Você
Precisa saber da piscina
Da margarina
Da Carolina
Da gasolina
Você precisa saber de mim
Baby, baby
Eu sei que é assim
Você precisa aprender inglês
Precisa aprender o que eu sei
E o que eu não sei mais
E o que eu não sei mais
Não sei, comigo vai tudo azul
Contigo vai tudo em paz
Vivemos na melhor cidade
Da América do Sul
Da América do Sul
Você precisa tomar um sorvete
Na lanchonete
Andar com a gente
Me ver de perto
Ouvir aquela canção do Roberto
Você precisa
Você precisa
Não sei
Leia na minha camisa
Baby, baby
Há quanto tempo
Baby, baby
I love you
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Considere as seguintes afirmações sobre a canção Baby.
I.
As expressões em língua estrangeira (“Baby”, “I love you”) e a constatação de que “você precisa
aprender inglês” demonstram postura favorável aos Estados Unidos do grupo tropicalista que renegava
a língua e a cultura brasileiras.
II. A repetição de “você precisa” impõe uma situação conativa, na qual o sujeito cancional faz apelos
diretos ao interlocutor.
III. O paralelismo rimado inclui, entre as mercadorias “piscina”, “margarina” e “gasolina”, a canção
Carolina, de Chico Buarque.
Quais estão CORRETAS?
a)
b)
c)
d)
Apenas I.
Apenas II e III.
Apenas I e II.
Apenas II.
Justificativa:
QUESTÃO 17
Proibida pra mim
(Charlie Brown Jr.)
Ela achou meu cabelo engraçado
Proibida pra mim no way
Disse que não podia ficar
Mas levou a sério o que eu falei
Eu vou fazer de tudo que eu puder
Eu vou roubar essa mulher pra mim
Eu posso te ligar a qualquer hora
mas eu nem sei seu nome!
Se não eu, quem vai fazer você feliz?
Se não eu, quem vai fazer você feliz? ...Guerra!
Eu me flagrei pensando em você
em tudo que eu queria te dizer
em uma noite especialmente boa
não há nada mais que a gente possa fazer
Eu vou fazer tudo o que eu puder
Eu vou roubar essa mulher pra mim
posso te ligar a qualquer hora
mas eu nem sei seu nome!
Se não eu, quem vai fazer você feliz?
Se não eu, quem vai fazer você feliz?... Guerra!
Disponível em: http://www.vagalume.com.br/zeca-baleiro/proibida-pra-mim.html#ixzz39Nbxl53B
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14
Considerando o texto da música “Proibida pra mim” e os assuntos referentes ao estudo do texto literário,
analise as afirmativas a seguir:
I.
II.
III.
IV.
V.
O verso “Vou roubar essa mulher pra mim” é utilizado pelo eu lírico exclusivamente de modo
denotativo, por isso seria interessante que a mulher em questão se precavesse, acionando a legislação
vigente que a protege de ações violentas. O verso “Eu vou fazer de tudo que eu puder” reforça o
argumento utilizado pelo eu lírico.
Pelo que se pode perceber na letra da música “Proibida pra mim”, o texto escrito em versos é
necessariamente literário. Isso porque, de forma categórica, é possível se afirmar que “Proibida pra
mim” é literário, visto que essa natureza de texto não deve ser apresentada de outra forma, a não ser
por meio de versos.
No texto da música “Proibida pra mim”, o leitor, em alguns versos, se dá conta de que o eu lírico se
sente capaz de fazer alguém feliz, mas, ao mesmo tempo, demonstra não conhecer esse alguém com
profundidade, pois ignora o seu nome. Os versos “Se não eu, quem vai fazer você feliz?” e “mas eu
nem sei seu nome.” ratificam o que se afirma.
A letra da música “Proibida pra mim” trata de uma relação afetiva. Nos versos “Ela achou meu cabelo
engraçado” e “Mas levou a sério o que eu falei”, o eu lírico demonstra que, embora não soubesse o
nome de sua interlocutora, tinha tido oportunidade de dialogar com ela. No texto literário, a elipse de
algumas palavras não tende a prejudicar o sentido global do texto.
A letra da música da banda Charlie Brown Jr. é predominantemente conotativa. Isso permitiu ao autor
expressar suas intenções, apresentar seus argumentos, discutir suas ideias, sem, necessariamente,
fazer uso de discurso denotativo.
Está CORRETO, apenas, o que se afirma em
a)
b)
c)
d)
I, II e III.
II, IV e V.
II, III e IV.
III, IV e V.
Justificativa:
QUESTÃO 18
Leia a letra A mão da limpeza, de Chico Buarque de Hollanda.
O branco inventou que o negro
Quando não suja na entrada
Vai sujar na saída, ê
Imagina só
Vai sujar na saída, ê
Imagina só
Que mentira danada, ê
Na verdade a mão escrava
LINGUAGEM, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS: LÍNGUA PORTUGUESA, LITERATURA, REDAÇÃO E INGLÊS.
1ª Série - Ensino Médio - 3ª ETAPA - PROVA B - 23/11/2015
15
Passava a vida limpando
O que o branco sujava, ê
Imagina só
O que o branco sujava, ê
Imagina só
O que o negro penava, ê
Mesmo depois de abolida a escravidão
Negra é a mão
De quem faz a limpeza
Lavando a roupa encardida, esfregando o chão
Negra é a mão
É a mão da pureza
Negra é a vida consumida ao pé do fogão
Negra é a mão
Nos preparando a mesa
Limpando as manchas do mundo com água e sabão
Negra é a mão
De imaculada nobreza
Na verdade a mão escrava
Passava a vida limpando
O que o branco sujava, ê
Imagina só
O que o branco sujava, ê
Imagina só
Eta branco sujão
Com base na letra e na obra de Chico Buarque de Hollanda, preencha os parênteses com V (verdadeiro)
ou F (falso).
( ) A letra de Chico Buarque de Hollanda denuncia o trabalho pesado a que os negros são submetidos.
( ) Ao mencionar um estereótipo racial, a letra propõe uma inversão dos papéis sociais, pois quem suja é o
branco e quem limpa, desde a escravidão, é o negro.
( ) A letra propõe um final racial conciliatório, no qual o branco ajudará o negro a limpar as roupas
encardidas, o chão e as manchas do mundo.
A sequência CORRETA de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é
a) F – V – V
b) F – F – V
c) V – F – F
d) V – V – F
Justificativa:
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QUESTÃO 19
Sobre a charge, assinale a alternativa CORRETA.
a) O confronto entre os personagens apresenta
uma mensagem coerente com a mensagem
inicial da charge: de amor e paz.
b) Lutar é algo inerente ao ser humano; por isso
pode-se afirmar que não há qualquer
contradição entre a mensagem verbal e a não
verbal.
c) A mensagem de paz do texto que introduz a
charge apresenta-se substancialmente oposta à
imagem violenta retratada.
d) As frases da torcida indicam que esses
espectadores não gostam de violência.
Justificativa:
QUESTÃO 20
No último quadrinho, formula-se uma analogia moral, quando se sugere que não é possível ver tudo o que
acontece à frente dos olhos.
A partir dessa analogia, pode-se chegar à seguinte CONCLUSÃO:
a) o homem não é o centro do mundo.
Justificativa:
b) a existência não tem explicação.
c) a verdade absoluta não existe.
d) o curso da vida não pode ser mudado.
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QUESTÃO 21
O peso da palavra
Quem nunca pensou em dizer o que pensa sem precisar se responsabilizar pelo conteúdo das
afirmações? O aplicativo para dispositivos móveis Secret tornou esse desejo uma realidade. O problema é
que a ferramenta – criada, de acordo com seus desenvolvedores, para funcionar como um ambiente de
desafio – se tornou uma arma para que qualquer pessoa pudesse falar mal ou até mesmo imputar crimes a
pessoas sem que pudesse ser penalizada pelas falsas afirmações.
Não demorou muito para que quem se sentisse ferido por alegações ali feitas (há o caso de um rapaz
que teve fotos em que aparece nu sendo apontado como portador do vírus HIV, por exemplo) acionasse o
Poder Judiciário brasileiro, que, de forma célere, determinou a proibição da venda do aplicativo nas lojas
virtuais.
A liberdade de expressão é sim um direito fundamental previsto no art. 5º da Constituição Federal,
todavia, quem se manifesta deve ser responsabilizado pelo que diz, o que torna a proibição ao anonimato
(salvo em alguns casos, como no exercício da atividade profissional) algo compreensível e bem visto. (...)
Fonte: Gazeta do povo, Carta editorial do caderno Justiça & Direito, p. 2, 29/08/2014.
Considerando o texto lido, avalie as duas asserções, bem como a relação proposta entre elas, depois
assinale a alternativa CORRETA.
Os cidadãos podem manifestar livremente seu pensamento, pois esse é um direito previsto na Constituição
Federal.
PORTANTO,
a decisão do Poder Judiciário em proibir a venda do aplicativo Secret, no Brasil, é considerada, no texto,
uma medida que fere a liberdade de expressão do povo.
a)
b)
c)
d)
As duas proposições são falsas.
As duas proposições são verdadeiras.
As duas proposições são verdadeiras, mas o problema está no emprego do conectivo portanto; em seu
lugar deveria ter sido usado “onde”.
A primeira proposição é verdadeira e a segunda é uma falsa conclusão.
Justificativa:
INGLÊS
Leia o texto abaixo e responda às questões 22 a 24:
Missing Out: In Praise of the Unlived Life is Adam Phillips's 17th book and is a characteristic blend
of literary criticism and philosophical reflection packaged around a central idea. The theme here is missed
opportunities, roads not taken, alternative versions of our lives and ourselves, all of which, Phillips argues,
exert a powerful hold over our imaginations. Using a series of examples and close readings of authors
including Philip Larkin and Shakespeare, the book suggests that a broader understanding of life's
inevitable disappointments and thwarted desires can enable us to live fuller, richer lives. Good things
come to those who wait.
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Does he see himself as a champion of frustration? “I'm not on the side of frustration exactly, so
much as the idea that one has to be able to bear frustration in order for satisfaction to be realistic. I'm
interested in how the culture of consumer capitalism depends on the idea that we can't bear frustration, so
that every time we feel a bit restless or bored or irritable, we eat, or we shop.”
guardian.co.uk, 1 June 2012. Adaptado.
Glossário:
Missing out: perdendo
Praise: louvor
Exert: exercer
Broader: mais amplo
Thwarted: frustrados
Enable: permitir
Wait: esperar
Bear: suportar
Restless: inquiet
QUESTÃO 22
(FUVEST) Segundo o texto, o livro “Missing Out: In Praise of the Unlived Life” sugere que:
a) a fantasia deve se sobrepor a nossos planos de vida.
b) os relatos de vida dos escritores não nos servem de exemplo.
c) um controle maior de nossa imaginação é importante para lidarmos com nossas frustrações.
d) uma compreensão maior das decepções e dos desejos não realizados pode nos ajudar a viver
melhor.
Justificativa:
QUESTÃO 23
No texto, em resposta à pergunta “Does he see himself as a champion of frustration?”, o autor do livro
argumenta ser necessário que as pessoas
a) lidem com as frustrações para que suas satisfações sejam realistas.
b) tenham experiências satisfatórias para compreender a frustração.
c) entendam cada vez mais a cultura capitalista de consumo.
d) se distraiam fazendo compras quando estão irritadas.
Justificativa:
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19
QUESTÃO 24
A pergunta indireta na forma CORRETA, é:
a) Does he see himself as a champion of frustration?
b) Why does he see himself as a champion of frustration?
c) How much does he see himself as a champion of frustration.
d) She wants to know if she sees himself as a champion of frustration.
Justificativa:
Leia o texto abaixo para responder às questões 25 a 27
Artist Detained In Growing Crackdown
BEIJING
Ai Weiwei, China’s most prominent rebel after _______________ Nobel laureate Liu Xiaobo, was
detained April 3 at the Beijing airport as he tried to board a flight to Hong Kong. Perhaps best known for
codesigning the 2008 Beijing Olympic stadium known as the Bird’s Nest, Ai is an explicit critic of the
government and has been detained several times. During one period in custody, he was allegedly beaten
so badly that he _______________ brain surgery. This arrest comes in the middle of a widespread
crackdown touched off by online calls for a Tunisian-style ― “jasmine revolution”. Over the past several
weeks, at least 26 activists have been detained, 200 have been put under house arrest, and more than 30
have disappeared.
Time, April 18, 2011. Adaptado
Glossário:
Board: embarcar
Perhaps: Talvez
Codsigning: assinatura de código
Beaten: Espancado
Widespread: generalização
Crackdown: Repressão
Touched off: desencadeou
Arrest: Prisões
QUESTÃO 25
Escolha a alternativa que contém as palavras que completem o texto, respectivamente:
a) Imprisioned – required
b) Imprisionned – required
c) Imprisionned – requirred
d) Imprisioned – requirred
Justificativa:
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QUESTÃO 26
(ITA) Segundo o texto, Ai Weiwei:
a) embarcou num voo para Hong Kong.
b) foi preso por incitar uma revolução nos moldes da tunisiana.
c) foi preso devido a um recrudescimento da repressão na China.
d) foi quem projetou o estádio olímpico de Pequim.
Justificativa:
QUESTÃO 27
(ITA) Segundo o texto,
a) Liu Xiaobo foi preso em 3 de abril no aeroporto de Pequim.
b) a prisão domiciliar é prática frequente em território chinês.
c) houve, na China, incitação à revolução via Internet.
d) Ai Weiwei faz críticas veladas ao regime vigente.
Justificativa:
QUESTÃO 28
Marque a alternativa que apresenta o uso ERRADO de “any”, “no” ou “some”.
a) I don’t have anything to tell you.
b) He is in no condition of going home alone.
c) She doesn’t have something to do tonight.
d) They live in some house around here, we’re close.
Justificativa:
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