Barroso - A Outravoz

Transcrição

Barroso - A Outravoz
Director: Carvalho de Moura
Ano XXXI, Nº 482
Montalegre, 14.11.2015
Quinzenário
E-mail:[email protected]
0,90 € (IVA incluído)
Barroso
Noticias de
Jornalista e jornaleiro são parentes desavindos
Barroso da Fonte merece destaque nesta edição
por duas importantes razões. A primeira porque
vem em defesa do actual Ministro da Administração Interna, Dr. Calvão da Silva, que foi criticado
por alguma comunicação social aquando da sua
deslocação ao Algarve, a segunda porque, no
próximo dia 28, vai ter mais uma homenagem no
Ecomuseu de Barroso na apresentação do livro:
Poesia, amoras & presunto, comemorativo das suas
bodas de ouro.
P3
SEXTA FEIRA 13 em grande
CURRENTE CALAMO
O Dr Manuel Verdelho escreve uma carta
aberta aos “nossos prebendados Tribunos”. Bem,
deixo-vos com finos nacos de prosa eivados de
ironia à volta dum tema que é actualíssimo na
presente conjuntura.
P4
Barroseilândia: Sim, sou candidato
E com ironia também escreve Bento Monteiro
acerca das ambições desmedidas dum suposto
sujeito que enviou cartas a comunicar “aos familiares, amigos e concidadãos da minha confiança: tal
como disse atrás, podeis sempre contar comigo...”
que ele será candidato, etc.
P5
POLITICAMENTE FALANDO
Mais uma análise política do que se passa em
Portugal vinda de Domingos Chaves que, na sua
opinião, “o que o povo disse igualmente querer nas
últimas eleições, são políticas solventes e cumpridoras dos nossos compromissos internacionais,
e acima de tudo, politicas que não promovam as
desigualdades e a injustiça social como aconteceu
na última legislatura”
P7
A SEXTA FEIRA 13 deste mês de
Novembro valeu pelo ano inteiro.
Não terá sido a que reuniu maior
número de pessoas mas talvez a
melhor de todas no que respeita
aos espectáculos de rua e aos
consumos nos restaurantes e bares
improvisados para o efeito.
O espectáculo final no palco
situado em frente ao castelo
pareceu mais curto do que outros
anteriormente ali apresentados e o
fogo, esse mal se viu e ouviu.
O tempo foi o maior amigo
da SEXTA porque Deus é amigo
das borgas. Quem receava frio
e outras maldades do inverno
recebeu a resposta mais desejada.
Pelo contrário, tão somente, com o
avanço da noite, uma brisa fresca
se fazia sentir como que a rebater
as calorias dos mais entusiastas nos
consumos das bifanas e dos copos.
Em 2016 há mais. Em Maio, o
13 de Maio não será só de Nossa
Senhora de Fátima. Em Montalegre
é SEXTA FEIRA 13.
(Ver reportagem fotográfica
de CM e de cm-montalegre.pt na
P16)
O S. Martinho é no norte uma festa tão popular como
as dos santos populares do mês de Junho. Em Barroso e no
concelho de Montalegre várias foram as manifestações em
honra do santo que repartiu a sua capa com um pobre para o
aliviar do frio que se fazia sentir.
O Ciclo do Café
E nós que tomamos cafés todos os dias, saber
um pouco do cafeeiro e das fases porque passa o
café tem toda a pertinência. O trabalho vem-nos da
parte de Jerónimo Pamplona, de Padroso, que viveu
muitos anos em Angola.
P9
O que é a Salvação?
«Estamos no mês de Novembro, em que se
ouve muitas vezes que é um mês para se sufragar
as almas dos defuntos e se rezar pela salvação dos
falecidos. Sobressaltou-me a pergunta: que ideia
fazemos da salvação? Saberão muitos cristãos qual
é a salvação que a fé cristã anuncia e oferece ao
mundo?»
A resposta em termos simples é-nos dada por
quem sabe.
P11
Armando Fontoura reeleito Xerife de Essex
Fontoura foi reeleito para o 9.º mandato no
Condado de Essex, de New Jersey. O Notícias de
Barroso felicita este nosso ilustre conterrâneo de
Vilar de Perdizes a quem augura os maiores sucessos na continuação do trabalho de procurar servir
os americanos nestes tempos tão conturbados.
Nesta e na próxima edição damos conta de algumas dessas
manifestações. P2
Portugueses eleitos para cargos
políticos nos Estados Unidos
2
Barroso
Noticias de
MONTALEGRE
Gado bovino furtado em Espanha
Segundo relatos da imprensa diária, dois portugueses de Montalegre foram
detidos por envolvimento numa rede organizada que se dedicava ao furto de
vitelas em Espanha. Por sua vez, do lado de Espanha foram detidos três indivíduos
de Xinzo de Lima que com os portugueses, entre Dezembro de 2012 e Maio
de 2013, furtaram 112 cabeças de gado de diversas herdades da província de
Ourense. Segundo o jornal «El País», durante a noite, os assaltantes furtavam 13 a
14 bezerros que transportavam para Portugal onde eram vendidos a matadouros
clandestinos, sem qualquer controlo sanitário. Em data posterior, recorreram a um
camião que lhes permitia carregar um maior número de animais.
A Guardia Civil, na designada «Operação Vitela» apreendeu o referido
camião e outros vestígios na investigação que ainda prossegue para completo
apuramneto da dimensão da rede.
Os referidos indivíduos foram presentes a Tribunal e libertados com as
medidas de coação em vigor.
Inaugurada exposição retrospetiva do artista António Alijó
A sede do Ecomuseu de Barroso acolhe até 7 de janeiro de 2016, uma
exposição de António Alijó. O artista apresenta uma coleção de técnica mista,
dominada pelas cores intensas, mas, também, pelo preto e branco, com figuras
carregadas de simbolismo e vivências. Segundo Fátima Fernandes, vereadora
da cultura, da Câmara montalegrense, o autor «tem a generosidade de partilhar
connosco algo que é muito íntimo, muito dele e muito bom». Na mesma linha, a
autarca sublinhou que é «um artista de excelência onde esperamos que continue
a deliciar-nos com os seus trabalhos».
COVELO DO GERÊS
Morte do Domingos M. Pereira
Com 77 anos faleceu Domingos Miranda Pereira que era natural da casa
da Forja, de Covelo do Geres, e residia em Rio Tinto. Foi dia 14-11-15 e o seu
funeral será em Covelo, no Domingo, dia 15.
Domingos Miranda Pereira, nasceu na Casa da Forja em Covelo do Geres a
29-09-1938 e casou com Ilda Taveira Mendes em 1963. Deixa dois filhos e dois
netos.
A casa da Forja e Covelo do Geres ficaram mais pobres porque Domingos,
embora vivendo em Rio Tinto, tinha muitas afinidades em Covelo, e onde fez
alguns investimentos e reconstruiu a casa de seus pais. A Casa da Forja com
grande tradição. Domingos era filho e sobrinho de dois soldados da grande
Guerra, o seu pai e meu avô Manuel Lopes Pereira, e Domingos Lopes Pereira.
Ainda na sua juventude juntamente com os seus irmãos, Antonio e Joaquim,
instalaram a electricidade na casa da Forja, muitos anos antes de a luz publica
chegar a Covelo. Para isso foi necessário fazer um tanque, (que ainda existe nas
ruinas na terra da Porta) e abrir uma mina para fazer rodar a dínamo e iluminar
toda a casa da Forja. Essa agua que antes produzia electricidade e regava as
terras, hoje essa água foi aproveitada para a rede Pública para abastecer todo o
lugar de Covelo.
A notícia vem-nos da parte de Manuel Miranda, seu sobrinho que faz questão
de, através do jornal, enviar os sentidos pêsames à sua tia, aos primos e à restante
família.
PADROSO
Magusto no dia da Festa do Padroeiro
S. Martinho é o padroeiro de Padroso e esta freguesia agora inserida na
“União das Freguesias de Montalegre e Padroso” tem programada festa rija para
esta data. Através da «Associação Cultural e Recreativa “Os Peraltas”», segundo
nos foi dado conhecimento, o dia de S. Martinho será celebrado no Domingo,
15, e com um programa alargado a todo o dia com início na Santa Missa, ao fim
da manhã. Durante a tarde e no recreio da antiga Escola Primária e dentro do
edifício, cedido pela Câmara Municipal, terão lugar os números recreativos com
a animação a cargo dum Grupo de Gaiteiros de Baltar e onde não vão faltar as
castanhas, caldo verde e muitas outras coisas.
No próximo número, vamos dar conta não só da Festa do S. Martinho
como também da actividade desta Associação cujo dinamismo merece ser mais
divulgação e conhecimento.
FAFIÃO
V Trilho do Medronheiro
Organizado pela associação “Vezeira”, cerca de uma centena de pessoas
participou na quinta edição do “Trilho do Medronheiro” em
Fafião. O sol abrilhantou um dia marcado pelo contacto
com a natureza e pelo convívio entre os caminheiros num
percurso de cerca de 10 quilómetros que percorre o trilho
usado pelos pastores.
A iniciativa contou com participantes «fiéis às
atividades da associação mas, também, com muitos
estreantes», explicou Lino Pereira, presidente da Associação
de Desenvolvimento de Fafião “Vezeira”, coletividade
organizadora do V Trilho do Medronheiro.
Foi sobretudo uma oportunidade de prova do medronho,
fruto da época desta zona do concelho de Montalegre, que
«este ano não contou com as melhores condições de cultura
e por isso houve menos quantidade» explicou o responsável.
De referir que esta foi também a primeira atividade da
associação desde a abertura do polo local do Ecomuseu de
Barroso, denominado “Vezeira e a Serra” e por isso mais um
14 de Novembro de 2015
motivo de visita.
In: cm-montalegre.pt
VILA NOVA de FERRAL
Encontro Micológico 2015
A associação “Amigos de Vila
Nova” promoveu mais um “Encontro
Micológico”. Foi um dia com muito sol
preenchido com atividades relacionadas
com cogumelos e uma saída de campo
para reconhecimento desta iguaria.
Pela manhã iniciou a saída de
campo para recolha e identificação de
cogumelos, em Vila Nova, de Ferral.
Segundo António Brás, em nome da
associação “Amigos de Vila Nova”,
os cogumelos «estão na ordem do dia
por várias razões mas cada vez mais
por causa dos seus benefícios para a
saúde».
A jornada terminou com um jantar
convívio que contou com uma ementa
exclusivamente à base de cogumelos e
que deliciou os participantes.
PAREDES DO RIO
Celebração do São Martinho
CORTEJO CELESTIAL
MARCELINO ALVES CRESPO,
de 90 anos, casado como Zulmira
Alves Crespo, natural e residente
em Meixedo, faleceu no Hospital de
Chaves no dia 28 de Outubro.
MANUEL DA COSTA, de 81 anos,
casado com Rosa Barroso, natural
da freguesia de Pondras e residente,
faleceu no dia 31 de Outubro.
DAVID FRAGA ALVES, de 67
anos, casado com Fernanda da
Graça Moura Gonçalves, natural
de Padroso e residente em RueilMalmaison, França, onde faleceu e
foi sepultado no dia 30 de Outubro.
DOMINGOS JOÃO, de 87 anos,
viúvo de Maria Rodrigues João,
natural da freguesia de Covelães e
residente em Paredes do Rio, onde
faleceu no dia 3 de Novembro,
sepultado no cemitério de Paredes
do Rio.
AGOSTINHO AFONSO
LANDEIRA, de 69 anos, solteiro,
natural de Fafião, de Cabril, e aí
residente, faleceu no dia 12 de
Novembro.
DOMINGOS MIRANDA
PEREIRA “Forja”, de 77 anos,
casado com Ilda Taveira Mendes,
natural de Covelo do Gerês e
residente em Santo Tirso, faleceu
no dia 14 sendo enterrado no dia
seguinte no cemitério de Covelo do
Gerês.
A Associação Social e Cultural
de Paredes do Rio, concelho de
Montalegre, voltou a promover mais
uma celebração de São Martinho. Uma
iniciativa, apoiada pela autarquia, que
revigora o espírito do comunitarismo
barrosão em volta da boa castanha,
música e histórias várias.
A tradicional festa de São
Martinho voltou a ser celebrada na
aldeia de Paredes do Rio, concelho
de Montalegre. Castanhas, música e
várias histórias num convívio que já
faz parte do espírito do comunitarismo
barrosão tão característico neste lugar.
À semelhança de anos anteriores, a
Associação Social e Cultural de Paredes
PAZ ÀS SUAS ALMAS!
do Rio voltou a organizar o tradicional
magusto. Nesta «festa da generosidade
e da partilha» esteve David Teixeira,
vice-presidente da Camara Municipal
de Montalegre, onde afirmou que a
autarquia «faz questão de apoiar todo o
trabalho desenvolvido pela associação
e reconhecer este esforço de integração
na vertente social e cultural». Salientese que esta iniciativa faz parte das
atividades culturais de Outono.
Este ano foi celebrada de forma
«discreta e subtil», ato justificado
«pelo luto em relação à elevada perda
de população verificada ao longo do corrente ano» explicou José Carlos Moura,
presidente da coletividade.
In: cm-montalegre.pt
BALTAR
“Magosto Popular”
Em Baltar, na vila raiana mais próxima de Montalegre, teve lugar no dia 14,
no Pavillón Municipal, o «Magosto Popular», uma iniciativa da Câmara de Baltar
e do povo deste concelho.
Foi, segundo fontes dignas de crédito, foi uma autêntica Festa com muita
gente e onde não faltou o entretenimento com os «Gaiteiros da Raia», do
concelho de Baltar, das «Pandereteiras “As Xeitosiñas”, o Coral do concelho de
Baltar, Disco Móbil DMC e Karaoke e Baile.
Nos comes e bebes, para além das castanhas assadas, não faltou a empanada,
costelas, chouriços, toucinho, entrefebrado, bica, etc.
José António Alonso, alcalde de Baltar e grande dinamizador desta e
doutras festas populares no seu concelho, mostrou-se-nos muito satisfeito com a
ocorrência pois que teve muita gente que excedeu todas as suas expectativas.
Entre os convivas, apareceram por lá alguns bons amigos portugueses
que o Alcalde de Baltar muito preza e que sempre convida para este tipo de
confraternizações de pessoas dos povos raianos de Portugal e Espanha.
VIADE DE BAIXO
Festa do S. Martinho
Também em Viade de Baixo, a Junta da União das Freguesias de Viade de
Baixo e Fervidelas tomou a iniciativa de festejar o S. Martinho no Centro Social
e Paroquial de Viade. Para além das castanhas e vinho, não faltou animação com
concertinas e cantares ao desafio, mas sobretudo o concerto do conjunto Tribô +
um a que o DJ Vitó deu mais vida.
Barroso
Noticias de
14 de Novembro de 2015
3
Jornalista e jornaleiro são parentes desavindos
Sobre o significado de
jornaleiro, o Dicionário Eletrônico
Houaiss diz tratar-se de um adjetivo
que se refere àquilo «que se faz
dia a dia», àquilo que é «diário».
A palavra também se usa como
substantivo masculino e adjetivo
quando designa «[um] trabalhador
a quem se paga jornal» ou aquilo
que se relaciona com este tipo
de trabalhador. Em relação à
formação do vocábulo, trata-se de
um derivado sufixal (jornal-eiro),
cuja base é o substantivo jornal,
sinónimo de jorna, «salário diário»,
e que se atesta desde o século
XIV (idem). Sobre a etimologia de
jornaleiro, José Pedro Machado,
no Dicionário Etimológico da
Língua Portuguesa, acrescenta:
«De jornal. Em 1223: “quem
jornaleiro alheo matar seu amo
aja ho mezio”, Leges, p. 595.» De
notar que jornaleiro também se usa
com o significado de «vendedor
de jornais», sendo um derivado de
jornal, no sentido de «publicação
diária» (cf.Dicionário Houaiss).
Recorro a este dicionário para
justificar o papel daquele que
escreve nos jornais e daqueloutro
que aufere a jorna correspondente
a um dia. É a chamada jeira, ou
paga por cada dia de trabalho.
Quer o jornalista, quer o jornaleiro
auferem o provento diário do
que executam no convencional
tempo de um dia. Mas a atividade
profissional é diferente: o jornalista
tem como tarefa dar as notícias de
um determinado espaço de tempo.
O étimo vem do francês: jour. O
outro aufere a jorna que é a paga
de um dia de trabalho.
Para identificar um jornalista
que se presta a fazer fretes, algumas
vezes o trata por jornaleiro. Isto é:
vende-se pela jorna= salário.
Há jornalistas que fazem
missionação da sua profissão.
Trabalham e defendem ideais de
justiça, de paz, de progresso e de
bem-estar social. Não formam nem
informam a troco da jorna, mas
por fidelidade, por respeito e por
renúncia à ganância e ao poder.
A par desses jornalistas há
os que procedem de maneira
diferente,
desinformando,
adulterando, violando os valores
essenciais à vida em sociedade.
Batem-se à jorna, ao salário, ao
pão que não merecem. Esses são
os jornaleiros.
No meu longo curso de
jornalista de causas e de casos,
conheci jornalistas e jornaleiros.
Aprendi muito e ainda tento seguir
essa aprendizagem, fazendo deste
hábito a missionação que sempre
foi o meu ideário de vida. Desafio
seja quem for, a acusar-me de ter
colocado este hábito de 62 anos
consecutivos, ao serviço próprio,
de familiares, de amigos ou de
correligionários.
No próximo dia 28, sábado,
pelas 16 h decorrerá no Ecomuseu
a apresentação do livro: Poesia,
amoras & presunto, comemorativo
das bodas de ouro de Poeta de
Barroso da Fonte.
Em Junho passado este
escritor e jornalista Barrosão foi
homenageado pela Câmara,
conjuntamente
com o seu
colega de Seminário de Vila Real,
José Dias Baptista. Os mesmos
autores já dia 25 de Abril deste
ano haviam sido distinguidos pela
Câmara Municipal de Vila Real. E
em Boticas, durante o IV Encontro
do Forum Galaico- Transmontano
e em Vizela, pela Tertúlia dos
Amigos da Rádio voltou Barroso
da Fonte a ser publicamente a
ser aplaudido em sessões muito
participadas.
Desta vez voltará a ser
homenageado
pela
Editora
Tartaruga que lhe atribuiu «o
prémio nacional de Poesia, Fernão
de Magalhães Gonçalves». Esse
prémio consiste em ser a Editora a
editar uma obra do homenageado
e a promover as apresentações
que tiverem anuência, em cada
sede de concelho ou instituição
no ano de 2015. A Câmara de
Montalegre, por ser Barrosão o
celebrado, é a primeira a ter essa
honra, já com a certeza de que
ofertará um exemplar do livro
a cada participante na sessão
que terá lugar pelas 16 horas de
Sábado, dia 28.
António Chaves, presidente
da Direção da Academia de
Letras de Trás-Montes, apresenta
o livro que foi chamado Poesia,
amoras & presunto. A Câmara
estará representada pelo vicepresidenteDe
recordar
que
o
homenageado
nasceu
em
Montalegre, em 1939. Frequentou
o Seminário diocesano de Vila
Real, entre 1952 e 1962. De 1962
a 1964 foi funcionário da Hica na
Barragem de Pisões. Seguiu-se o
cumprimento do serviço militar
em Angola (1965.1967), como
oficial Ranger.
No regresso fixou-se em
Chaves, como professor Eventual
do antigo Liceu. Fundou e dirigiu
o Centro de Emprego dessa cidade
(1968-1975). Por transferência
fixou-se em Guimarães, terra onde
constitui família. Licenciou-se em
Filosofia na UC entre 1977-1982,
ano em que foi requisitado ao
IEFP (Instituto de Emprego), para
assumir a direção da Delegação
do Norte da Direção-Geral da
Comunicação Social. Em 1985
regressou a Guimarães e, no ano
seguinte, foi convidado a integrar
o executivo da Câmara, como
vereador. O Partido pelo qual se
candidatou venceu, pela primeira
vez as eleições, pelo que cumpriu
esse mandato de 4 anos, com os
pelouros do: pessoal, serviços
administrativos, cultura, desporto
e, desde 1988, também o Turismo.
Em Fevereiro de 1990
regressa ao Centro de Emprego
como técnico superior principal.
Mas em Setembro seguinte
é nomeado diretor do Paço
dos Duques de Bragança e do
Castelo da Fundação, até que em
Agosto de 1995, a seu pedido,
se aposentou. Ainda voltou à
Universidade do Minho onde fez
o mestrado e preparou durante
os cinco anos curriculares a tese
de doutoramento sobre Alfredo
Pimenta que foi editada em 2005
sobre a « Alfredo Pimenta – da
práxis libertária à doutrinação
nacionalista». Entre 1998 e 2005
lecionou no Instituto de Estudos
Superiores de Fafe, a disciplina
de «animação no contexto
educativo».
Simultaneamente
fundou e dirigiu o jornal a Voz
de Guimarães que chegou a ter a
maior tiragem de entre os sete que
no concelho se publicavam. E para
Barroso da Fonte
Trago esta reflexão ao
diálogo com os meus leitores para
recapitular que existe um binómio
muito atual na área da informação
que por aí se faz. É-me lícito
invocar exemplos de jornalistas e
de jornaleiros para concluir que
aqueles são agentes essenciais à
sociedade, fazem falta e devem
aprofundar a sua práxis. Estes,
ao invés, são repugnantes, são
cobardes e não merecem o pão
que a jorna lhes garante.
Desta espécie há exemplos
nas televisões, na imprensa diária e
na chamada imprensa regional.
Conheci de tudo. E fico
disponível para justificar este
drama que é o sal da vida coletiva.
Esta abordagem é pertinente.
E exemplifico-a com um pequeno
texto que o JN de 6 do corrente
publicou na página 23, na rubrica
«Passeio público». Pela mão do
jornalista Jorge Vilas, na página
«Porto», numa coluna de alto
abaixo, pode ler-se:
«De Deus e do Diabo»- de
visita a Albufeira para ver os estragos
causados pelo temporal da última
semana, Calvão da Silva, o novel
ministro da Administração Interna,
ladeou os pedidos de ajuda que
lhe foram dirigidos pelo Presidente
da Câmara local e, sobretudo pelos
comerciantes afetados, dizendo
que «Deus nem sempre é amigo...
Falando assim Calvão da Silva
mais parecia um profeta do que
um ministro preocupado com
as aflições que neste momento
vivem os que moram ou trabalham
naquela estância balnear. Sim,
profeta, porque na sua qualidade
de ministro «fechou-se em
copas...» De modo que se fica a
saber que do governo não haverá
qualquer ajuda».
Cala-te boca! É que na mesma
semana, presumo que no dia
seguinte, realizou-se o último
conselho de Ministros. E, em tempo
recorde, o tal governo que Jorge
Vilas acusou «de que não haverá
qualquer ajuda» deliberou colocar
ao serviço das vítimas do temporal,
a verba suficiente para reabrirem os
estabelecimentos afetados, o mais
cedo possível. Nunca qualquer
governo ou governante, fizera
tanto em tão pouco tempo. E aqui
está o exemplo claro de como,
um jornal com a credibilidade
do JN, por razões políticas de um
colaborador credenciado, falou
antes do tempo. Estive ligado a este
diário de referência, durante uma
década. Não o minimizo, antes o
louvo. Mas...
Não foi por ser Calvão da
Silva, Professor catedrático e ter
nascido em Solveira, Montalegre.
Foi por pertencer à Coligação de
direita. Se fosse da «coligação
de esquerda», formada à pressa
e contra natura, este jornalista
(reformado), não teria transformado
uma decisão ministerial correta,
justa e oportuna, numa calúnia
para o governante. Saiu-lhe o tiro
pela culatra. Há outros exemplos.
Mas este é fresquinho e vem juntarse à algazarra que o país vem
sentindo, por gente que, em nome
do jornalismo, veste a capa e usa a
ferramenta de Jornaleiro.
apoio a esta e a outras valências,
fundou a Editora Cidade Berço.
Condado Portucalense, alegando
que D. Teresa sempre viveu em
Viseu, com base numa escritura
que ali teria ocorrida em 5 de
Agosto de 1109. Para seu desgosto
essa escritura havia ocorrido em
Coimbra em 29 de Julho desse
ano.
Nessa polémica nacional
entrou (mal) a Academia
Portuguesa de História, cuja
presidente chegou a anunciar aos
canais televisivos, em Setembro de
2009, que iria providenciar para
mudar os manuais escolares. E a
própria, com a chancela daquela
Instituição Histórica, coordenou a
edição de 34 pequenos volumes
comerciais, referentes aos 32 reis
e 2 rainhas, impingindo essa nova
teoria que num debate público,
em Dezembro seguinte, levou
José Mattoso a demarcar-se dessa
e de qualquer alteração ao que até
ali se defendera, porque nenhuma
prova consistente foi encontrada.
Barroso da Fonte refutou esse
cisma histórico, em 2009, com
o livro Afonso Henriques – Rei
Polémico e (re)confirmou essa
refutação em 2011, com os 900
anos do nascimento de Afonso
Henriques: 1111 – 2011.
Dia 28 de Novembro entrega do Prémio no museu de Montalegre
Obra editada
Em prosa e verso publicou nos
50 anos de vida literária que este
ano tem vindo a comemorar,
cerca de 60 livros, nove
dos quais em poesia. Em prosa,
privilegiou a etnografia, a
antropologia, a monografia e a
história. O Pensamento e a obra
de Alberto Sampaio resultou do
Mestrado. E Alfredo Pimenta: da
práxis libertária à doutrinação
nacionalista, foi trabalho dos
cinco anos de investigação para
doutoramento. Já teve duas
edições. Entre 1990 e 2011 liderou
a polémica entre A. de Almeida
Fernandes e a tradição que defende
ter Afonso Henriques nascido em
Guimarães, em 25 de Julho de
1111. Esse medievalista sempre
defendeu essa tradição, até que,
no declarado intuito de puxar esse
nascimento para Viseu, «minha
pátria distrital», urdiu a teoria de
que, afinal, o Rei Fundador teria
nascido em Viseu, em 5 ou 6 de
Agosto de 1109. Para que essa sua
teoria pudesse bater certo com os
seus intuitos, negou a existência do
João Pedro Miranda
4
Barroso
Noticias de
14 de Novembro de 2015
CURRENTE CALAMO
Carta Aberta aos Deputados da Nação
Excelentíssimos e nunca
por demais prebendados
Tribunos:
Sei que já não se usam cartas
e muito menos abertas. Agora só
as fechadas que substituíram,
por mérito de V. Exªs, as velhas
hastas públicas, nas execuções
judiciais que, de tão caras e
inanes, também já quase não
existem.
Mas, tacanho e rústico que
me reconheço, uso este meio na
esperança de que algum bronco
espectador das galerias a apanhe
e vo-la deixe cair no hemiciclo.
Dirijo-a a todos, sem
distinção de seita, e não quero
susceptibilizar ninguém. Mas,
com permissão vossa, vou
endereçá-la, em especial, à
jovem senhora deputado que
me concita maior admiração
e porque as suas origens se
radicam na mais lídima e sã
cidadania transmontana.
E,
antecipadamente
esclareço que as aparentes
ligações entre o conteúdo desta
carta e as minhoquices que, por
estes dias, ocupam a legião de
comentadores políticos sobre se
este governo prematuro irá ou
não sobreviver e se o governo
nascituro irá ou não ser recebido
em adopção pelos tais vizinhos
do mesmo sexo, são pura
coincidência.
Dito isto invoco por todos, a
Senhora Menina Isabel Moreira,
paradigma de todos os seus pares
que aspiram a brilhante carreira
nesse parlamento.
Recordo a sua entrada, como
independente mas, desde logo,
imprevisivelmente, dependente
do partido a que se encostou.
E lá aparece no dia 4 de
Outubro p.p., integrada num
grupo parlamentar, tal como
outros
ilustras
deputados,
“elegidos” pelos portugueses no
pressuposto de tais candidatos
serem entidades pensantes que
decidem, agem, e votam, pela sua
cabeça e no interesse da nação
que lhes paga; e não daqueles
que, depois de abancados, se
comportam como marionetas,
que pensam e guincham sob
o impulso dos cordelinhos dos
artistas, seus donos.
Sempre
pensei
que
deputados como Isabel Moreira,
arregimentada ou não num
partido,
não venderiam tão
barato a sua independência e a
sua dignidade. Todavia começo
a duvidar.
A partidarite gera-se num
ambiente de monstruosas forças
de pressão a que só espíritos
fortes resistem. A intensidade
da partidarite mede-se pela
apetência de viver das sinecuras
que não se merecem e que
só por via dela se obtém. E
essa apetência junta com
uns laivozinhos de fanatismo
ideológico cega a razão dos
deputados que, assim, são
facilmente enfileirados numa
carneirada acéfala que segue, até
ao abismo, o chefe de fila. Casos
houve, em Portugal ao longo
destes quase duzentos anos de
parlamento em que os empinados
“representantes do povo”, agiam
quase parecendo uma recua de
alimárias. As reacções altruístas
eram excepção.
Isto para dizer que num fórum
que existe para representação
de todos os portugueses, dele
se exige liberdade de pensar
e agir sem condicionamentos
físicos os psicológicos. E o que
ora se nota é o ajaezamento
dos nossos representantes(?),
em fileiras partidárias submissas
e genufletidas. Esse areópago
que foi cenóbio de São Bento
é agora um lugar ventígero. O
que fez um humorista escrever
que no parlamento havia muito
vento, tanto quanto produziam
os pares de orelhas que abanam
ao mesmo tempo ao serem
soprados
pelos
respectivos
monitores partidários.
E teremos repetida a réplica
da primeira república em que
as partidarites parlamentares
transformaram os deputados
em carneiros de Panúrgio, o
patusco e cínico companheiro
de Pantagruel.
Tenho presente a experiência
saída da revolução republicana
de 5 de Outubro de 1910,
supostamente para instaurar
um regime democrático. Na
verdade transformou-se num
golpe faccioso e anti-patriótico
em beneficio das ânsias de poder
dos próceres da Maçonaria,
com apoio nos grupos violentos
mantidos por ela tais como a
Carbonária e a Formiga Branca.
Os parlamentares saídos
das eleições tinham como
quase exclusivas funções tirar
e pôr governos segundo os
chefões que, desde as alfurjas,
os manipulavam. Não se
olhava a meios. O crime não
era obstáculo. O interesse de
Portugal e do Povo Português,
cinicamente vozeado, esse não
estava lá.
Durante quinze anos e
meio erigiram-se e tombaramse 45 governos. Um deles
durou apenas oito horas, outros
duravam quarenta e cinco dias.
Durante quase todo esse tempo,
o País andou de rédea, ao sabor
da obsessão de poder dum chefe
maçónico, político-partidário e
governante, que no 28-5-1926,
fugiu para o exílio dourado e
confortável onde se finou.
Os
deputados
invariavelmente
seguiam,
enfileirados, atrás do chefe,
a despenhar-se no abismo
como no mito dos carneiros de
Panúrgio.
A
Senhora
Deputada
Isabel Moreira, tal como os
seus eruditos pares, conhece
seguramente a espantosa história
de Gargantua e Pantagruel e
do seu pérfido companheiro
Panúrgio, com que, desde há 5
séculos, se notabilizou Rabelais,
o escritor mestre dos mestres
romancistas que vieram depois.
O exemplo dos carneiros
de Panúrgio tem-se repetido ao
longo dos séculos. O próprio
François Rabelais escreveu
premonitoriamente que: “aquilo
que antigamente aconteceu
poderá repetir-se no futuro”.
Rabelais conta que, por
mesquinho espírito de vingança
e também para se fazer de
importante, o truanesco Panúrgio
domesticou e ensinou o carneiro
chefe-de-fila, a obedecer ao
seu assobio para avançar em
frente levando atrás dele todos
os carneiros dos rebanhos dos
patrões de modo a que todos os
animais se precipitassem pela
falésia abaixo perecendo no
abismo.
Obviamente, esta fábula tem
muito de trágico e picaresco e
simboliza o que de mau tem
o comportamento social do
homem e parece que pode
mais uma vez sugerir a situação
politica portuguesa.
Nem faltam “carneiros
chefes” pelos quais Gargantua
“pleurais come une vache” e
sorria como um buldogue.
Esse encarreiramento dos
deputados,
à
semelhança
dos carneiros de Panúrgio, na
primeira república, levaram
Portugal
ao
abismo
de
bancarrota, pode repetir-se
se se mantém esta deriva em
que a própria constituição da
república impede na prática que
o supremo magistrado da nação
corrija, para o bem comum do
país, as manobras nefastas dos
interesses sectários dos grupos
partidários.
É isto que queria lembrar aos
senhores deputados na pessoa
da paradigmática Isabel Moreira.
O Portugal do Sec. XXI não irá
permitir as farsas dos últimos
dois séculos. Termino como o
mestre Rabelais: “correi o pano,
a farsa acabou”
9 de Novembro 2015 (dia
da luta contra todas as
prepotências)
M. Verdelho, advogado
Barroso
Noticias de
14 de Novembro de 2015
5
Barroseilândia: Sim! Sou candidato a Presidente
Num destes dias, estava eu
a desfrutar deste maravilhoso
verão de S. Martinho, quando
os meus olhos se fixaram num
papel amarrotado, de altíssima
qualidade, perdido no meio do
passeio. Abri-o e li com muita
atenção o texto manuscrito,
não acreditando no verdadeiro
achado que me veio parar às
do nosso, e único (o outro é
como se não existisse), partido
político. Já tenho tudo pensado,
e afianço-vos que depois de
eleito (sim! Vamos fazer de
conta que há eleições) vos darei
a conhecer o meu programa
político. Para já, é tempo de
vos sossegar, garantindo-vos
a minha total disponibilidade
“Deste modo, da (minha) Comissão Política
que eu presidirei farão parte a minha mulher, os
meus filhos e respetivos genros e noras. Também
lá constarão os meus queridos primos e sobrinhos,
os irmãos dos meus genros e noras, bem como os
meus fiéis amigos”
mãos e que, dado o seu enorme
valor histórico, não resisto
em o partilhar com os nossos
leitores. Eis o que aí se dizia:
“Caros familiares, amigos
e concidadãos deste nosso
concelho,
pertencente
ao
mui nobre (e pequeno) País
paradisíaco, a quem os nossos
antepassados atribuíram o
nome de Barroseilândia: quero,
desde já, informar-vos de que
serei candidato a Presidente
em me servir, digo, em servir o
nosso concelho.
Assim, começo por vos
lembrar que, numa democracia
como a nossa, é preciso ter
muita, mas mesmo muita
confiança, naqueles que nos
rodeiam, não vão eles, de
um momento para o outro, e
sem que nada o faça prever,
começar a pensar por cabeça
própria, pondo em causa todo
o nosso projeto. Deste modo,
da (minha) Comissão Política
que eu presidirei farão parte a
minha mulher, os meus filhos
e respetivos genros e noras.
Também lá constarão os meus
queridos primos e sobrinhos, os
irmãos dos meus genros e noras,
bem como os meus fiéis amigos.
E para que não digam que não
sou um verdadeiro democrata,
os restantes meia dúzia de
lugares serão ocupados por
aqueles que ao longo de todo
este tempo sempre apoiaram
as minhas propostas, mesmo
quando não concordaram com
elas. Sim, é verdade! Eu sei que
eles, muitíssimas vezes, não
concordam, mas o importante
é votarem sempre a meu favor,
permitindo-me
exercer
o
mandato sem contestação.
Garanto-vos também, que
depois de eleito, não ficarei por
aqui. O Céu é o limite (sim, o
Céu! não é por não ir à missa,
que vou deixar de estar atento a
tudo o que rodeia a Igreja)!
Como vos digo, depois de
eleito presidente da comissão
política, tudo farei para alcançar
a presidência da câmara,
bem como das instituições
que gravitam à volta dela. Ser
presidente é muito fixe!
Sabeis
que
podeis
contar sempre comigo. Para
vós, não faltarão cargos de
representação, muito bem
remunerados, garantindo-vos
ainda, lugar na primeira fila de
toda e qualquer comemoração
que se faça cá no burgo.
O povo, esse, será saciado
com muita festa, pão e vinho.
Não há melhor receita do que
esta, para os deixar satisfeitos.
Fazer obra, é um risco
muito grande, que não devemos
correr. Há sempre quem seja
dúzia de pessoas (os ingratos
do costume) que, sobretudo
através do anonimato, serão
capazes de vos criticar por,
desinteressadamente,
me
apoiares e não ousardes
questionar a composição da
comissão política. Essas pobres
criaturas, são incapazes de ver,
tal como vós vedes, porque
“Irmãos: sei que haverá meia dúzia de pessoas
(os ingratos do costume) que, sobretudo através
do anonimato, serão capazes de vos criticar
por, desinteressadamente, me apoiares e não
ousardes questionar a composição da comissão
política”
capaz de lhe pôr defeitos.
Caros familiares, amigos
e concidadãos da minha
confiança: tal como disse
atrás, podeis sempre contar
comigo. Eu também conto
sempre convosco e com o
vosso empenhado apoio. Todos
juntos, poderemos conquistar
facilmente a comissão política,
que nos permitirá alcançar
outros voos.
Irmãos: sei que haverá meia
eu vos recordei, claro está,
que o mais importante é ter
confiança naqueles que nos
podem manter no poder. Ora,
quem é que nos pode dar mais
confiança, do que a própria
família?
Irmãos: conto convosco
nesta nova caminhada, tal
como vós podeis contar
comigo. Viva a Barroseilândia!”
Bento Monteiro
POLÍTICA MUNICIPAL VISTA DE FORA
Feira do Fumeiro Posta à Prova
Estou expectante acerca
da próxima feira do fumeiro
de Montalegre. Aliás, nunca
estive tão curioso como este
ano acerca do futuro da feira,
em razão de vários factores e
circunstâncias que, surgidos
todos na mesma altura,
parecem ameaçá-la ou pelo
menos diminuir o seu interesse
popular. Parece uma teoria da
conspiração, mas não é.
Primeiro (é uma razão
menor), as palavras do Presidente
da CM do Porto, Rui Moreira,
quando associou o fumeiro a
uma coisa poveira, popularucha
e por isso desprestigiante.
Disse-o a propósito do modo
como a Agência de Promoção
Externa está a promover o
Porto e o Norte em termos da
atracção turística. Segundo ele,
devia ser feita de modo mais
urbano, moderno e civilizado, e
não como é feito pela agência:
de forma bucólica e campestre.
Foi neste contexto que surgiu o
termo fumeiro: “Não queremos
vender o Porto como uma
cidade do fumeiro e do galo de
Barcelos”. Não estava a brincar.
Eu também acho que não é
dessa forma que se atrai o turista
estrangeiro.
Depois
chegou
uma
segunda ameaça, mais séria.
Foram detetados vários casos
de botulismo em pessoas que
ingeriram fumeiro de uma
empresa de Bragança com a
marca “Origem Transmontana”.
Isso acabou por prejudicar
todos os produtores, por as
pessoas associarem a marca
da empresa a toda a região de
Trás-os-Montes. Note-se que
em Montalegre também há uma
empresa que tem na marca o
nome da sub-região (Fumeiro
de Barroso) e que, em caso de
botulismo alimentar ou outra
intoxicação, a todos prejudicará,
tal como o contrário: a toxidade
do fumeiro tradicional também
pode prejudicar o industrial.
Depois,
abateu-se
a
ameaça mais séria de todas. A
Organização Mundial de Saúde
disse que a ingestão de produtos
processados e de fumeiro são
causadores de cancro coloretal (o cancro mais frequente
em Portugal) e que estes
produtos estão para o cancro
do intestino como o tabaco
está para o cancro dos pulmões
ou da garganta. Também as
carnes vermelhas podem ser
cancerígenas, mas aí a OMS
não está tão certa. Isto significa
que Montalegre é prejudicado
duplamente: primeiro pelo
fumeiro, que é um produto algo
processado, curado ao fumo
e salgado ou muito salgado,
no caso do presunto; depois,
por ser produtor de carne
vermelha. Este estudo da OMS
nada tem de original, pois já
eram conhecidos os malefícios
do fumeiro e das carnes
vermelhas quando ingeridos
sem moderação. Dessa forma, o
fumeiro parece ser para a OMS
um produto mais próprio de
entradas do que ingrediente de
um prato principal.
Por fim, abateu-se mais uma
calamidade sobre o fumeiro
de Montalegre: o descrédito.
turísticos, não haverá melhor.
Entre as muitas coisas que disse
(traça um retrato muito negativo
do trabalho da Câmara, mas
é justo, equilibrado e é o que
muita gente pensa), também se
pronunciou sobre o fumeiro:
“Vejam o caso do fumeiro de
Montalegre, ou se conhece
“O que vai fazer a Câmara para mitigar o
embate do botulismo no fumeiro e os estudos
nefastos da OMS? Vai fazer mais publicidade e
espalhafate do que tem feito? Vai gastar mais
dinheiro na organização do evento do que a
receita obtida na feira? Vai fazer outra Festa/
Feira, mais festa do que feira? Vai trazer o Alberto
Costa como primeiro-ministro e colocarem-se ao
lado dele, um de cada lado, como emplastros? …
Estou para ver e estou expectante”.
Porém, não terá grandes
consequências na opinião
pública por o texto denunciador
ter circulado de forma restrita.
Trata-se da carta de Abílio
Carneiro, na última edição do
NB. O autor foi gerente do Hotel
de Montalegre e é um bom
conhecedor da gastronomia
e de Montalegre. Em termos
bem o seu fabricante, ou então
se enfiam bons barretes! Sendo
os enchidos e os presuntos bem
mais baratos e bem melhores,
comprados na fábrica do
fumeiro, em Ponte do Lima ou
em Boticas!”. Eu já enfiei um
destes “barretes”, mas nunca
mais. Comprei um pequeno
presunto por 90 euros com a
promessa de que era bom. Pois
estava ressequido e não valia 9
euros. Preferi assumir o prejuízo
do que dizer ao dono, que era
meu conhecido.
Agora coloca-se a questão
de saber o impacto que estas
situações terão na próxima
feira do fumeiro e o que vai
fazer a Câmara para mitigar
o seu embate. Vai fazer mais
publicidade e espalhafate do
que tem feito? Vai gastar mais
dinheiro na organização do que
aquele que já gasta (fala-se em
cerca de 400 mil euros e não
devia ser mais do que 20 mil)?
Vai gastar mais dinheiro na
organização do evento do que a
receita obtida na feira? Vai fazer
outra Festa/Feira, mais festa do
que feira? Vai trazer o António
Costa como primeiro-ministro e
colocarem-se ao lado dele, um
de cada lado, como emplastros?
Vai apresentar receitas de muitos
milhões e depois ninguém paga
impostos? Vai dizer que tem 700
toneladas de produto e, rindo
e fazendo troça, as pessoas
garantem que nem um terço
desse número há de porcos
carimbados? Vai promover-se
à custa do dinheiro do erário
público? E a organização vai
continuar a trabalhar, mas é a
câmara, como emplastro, que
aparece na fotografia? Estou
para ver e estou expectante.
MANUEL RAMOS
6
Barroso
Noticias de
14 de Novembro de 2015
Enfermeiros de Vila Real sem interesse
em investir numa especialidade
Nelson Coimbra, membro do Conselho Diretivo da Ordem dos Enfermeiros,
acompanhado de outros membros regionais da Ordem dos Enfermeiros, efetuou uma
reunião de proximidade com os enfermeiros do Hospital São Pedro de Vila Real, a fim de
auscultar os problemas que afetam estes profissionais de saúde.
Para além da sobrecarga de trabalho, existe a dificuldade em fixar os recursos
humanos devido aos muitos pedidos de mobilidade por requisição de interesse público.
Para além disso foi constatado que um dos problemas transversais a todas instituições de
saúde é o não reconhecimento na carreira da figura do enfermeiro especialista.
«Verificamos que não há motivação por parte dos enfermeiros em investir numa
especialização, já que a mesma não trará qualquer retorno remuneratório. Esta situação
poderá colocar em causa a qualidade assistencial às pessoas a médio prazo», alerta
Nelson Coimbra.
UM PARÁGRAFO
Um Parágrafo # 61 – Oblívio
Apesar do esforço permanente e efectivo a que nos propomos
para contrariar e desviar a dinâmica natural, tudo tende para o
esquecimento. É esforço por demais inglório, tentar combater o
ritmo alucinante que assume a inexorável marcha do olvido. Talvez
seja natural essa marcha e sejam normalíssimos os processos de
deslembrança a que estamos sujeitos. Talvez sejam contra-natura
os esforços que se desenvolvem para que as coisas não caiam
no esquecimento. Talvez nós sejamos forçados a intentar esses
processos, empurrados pelo receio de que nós próprios também
caiamos no esquecimento. Sabemos, no entanto, que seremos
esquecidos. Varridos juntamente com a poeira dos dias, extintos
lentamente ao ritmo de um apagão sistemático e ordenado das luzes
dos acontecimentos passados. Talvez continuemos a esforçarmonos para não esquecermos. Talvez continuemos a levar ao limite
o esforço de nos recordarmos de tudo. Talvez procuremos viver
na ilusão de que tudo nos recordará, numa inenarrável vontade
quimérica de permanecer eterno. Invariavelmente, porém, todos nós
seremos esquecidos.
Foi ainda constatado que é com muita frequência que a VMER (Viatura Médica de
João Nuno Gusmão
Emergência e Reanimação) é utilizada para transportes secundários deixando a descoberto
uma grade área transmontana.
Para a História da 1ª República em Montalegre
(Continuação do n.º anterior)
O Crente de Barroso, logo
no primeiro número, de 19 de
Junho de 1913, chama a atenção
das autoridades competentes
para a lamentável situação em
que se encontrava o cemitério.
“Interesses de Barroso
Uma Vergonha
O modo como se estão
fazendo
os
enterramentos
no cemitério desta vila é um
insulto a leis já bem antigas, um
desprezo pela higiene pública,
uma enorme falta de respeito
pelos nossos irmãos que nem
“além campa jazem” tranquilos.
Não pode ser, não há de ser!...
Numa cabeça de comarca, é
uma vergonha!
Que belo exemplo se está
dando ás freguesias rurais!...”
13
1912
de
Novembro
de
Alvará que aprova os
estatutos do Sindicato Agrícola
de Montalegre
Direcção
Geral
de
Agricultura/ Repartição dos
Serviços Agronómicos
Faço saber, como Presidente
da República Portuguesa, aos
que este meu alvará virem que,
sendo-me presentes os estatutos
com que pretende constituirse um sindicato agrícola com
a denominação de Sindicato
Agrícola de Montalegre e sede
em Montalegre:
Visto o artigo 3º da carta de
lei de 3 de Abril de 1896;
Hei por bem aprovar os
estatutos do referido sindicato,
que constando de seis capítulos
e vinte e nove artigos e baixam
com este alvará assinado pelo
Ministro do Fomento, ficando
o mesmo sindicato sujeito às
disposições da referida carta de
lei de 3 de Abril de 1896, pela
qual sempre e em qualquer
hipótese se deverá regular, e
com a expressa cláusula de que
esta aprovação lhe poderá ser
retirada. quando se desvie dos
fins para que é instituído, ou
não cumpra fielmente os seus
estatutos. Pelo que mando a
todos os tribunais, autoridades
e mais pessoas a quem o
conhecimento deste alvará
competir, que o cumpram e
guardem, e façam cumprir e
guardar tão inteiramente como
neles se contém.
Não pagou direitos de
mercê nem de selos por não os
dever. E por firmeza do que dito
é, vai este por mim assinado.
Dado nos Paços do Governo
da República, em 16 de
Novembro de 1912 = Manuel
de Arriaga = António Aurélio da
Costa Ferreira.
Alvará
aprovando
os
estatutos do Sindicato Agrícola
de Montalegre.
Passou-se por despacho de
13 de Novembro de 1912.
D. G. n.º 286, de 6 de
Dezembro de 1912
Foram principais fundadores
do sindicato: Dr. Artur de
Mesquita Guimarães, Dr. Abel
de Mesquita Guimarães, P. João
Alvares de Moura, P. Alberto
Alvares de Moura, Germano
Augusto Rodrigues Canedo, José
Lourenço dos Santos, Joaquim
António Gomes de Morais, e
outros.
A casa do Cerrado foi, nos
primeiros anos, a sede provisória
do Sindicato. Desconheço qual
seria a sede definitiva.
ANO 1913
O Dr. António José de
Almeida visita Montalegre.
O dia 24 de Março de
MAPC
1913 foi um dia grande e de
festa em Montalegre. É que
recebeu a visita do Dr. António
José de Almeida, presidente
da Comissão Executiva do
Partido Evolucionista e futuro
Presidente da República.
O Jornal O Montalegrense,
procurando interpretar o sentir
de todo o povo de Montalegre,
saúda o ilustre tributo que o
honra com a sua visita.
“Chegou o ilustre visitante
pelas 16 horas a Montalegre
acompanhado, entre outros,
pelos deputados Dr. António
Granjo, Carvalho Mourão e
Vitor de Macedo; pelo senador
Dr. Cerqueira Coimbra; pelo
tenente-coronel Manuel Maria
Coelho (herói da Revolução de
31 de Janeiro), etc. Foi recebido
pelo Dr. Abel de Mesquita
Guimarães,
presidente
do
Centro
Republicano,
que o apresentou ao povo
concentrado à volta do edifício
do Centro.
O Dr. António José de
Almeida proferiu aí o seu
primeiro discurso que foi
constantemente interrompido
pelos aplausos do público.
Depois de um pequeno
passeio para conhecer a
vila, recolheu-se a casa do
Sr. Germano Canedo tendo
descansado um pouco antes do
jantar.
A refeição oferecida por
Germano Canedo ao Dr.
António José de Almeida, à sua
comitiva e aos montalegrenses
que puderam caber em sua
casa, decorreu animadíssima.
O Dr. António José de
Almeida pernoitou em casa de
Germano Canedo onde, no dia
seguinte, lhe foi oferecido um
almoço intimo, findo o qual
partiu para Chaves.
Aproveito para sugerir à
Vereação Municipal que ficaria
bem descerrar uma lápide
na casa que foi de Germano
Canedo para assinalar a visita
do Dr. António José de Almeida
a Montalegre, visto ter sido ele
o governante e político mais
importante que se deslocou
à nossa terra e que nunca a
esqueceu.
(Continua)
José Enes Gonçalves
Barroso
Noticias de
14 de Novembro de 2015
7
POLITICAMENTE FALANDO
XX GOVERNO CONSTITUCIONAL - “REI MORTO, REI POSTO”...
E AGORA?!... QUE SAÍDA PARA A CRISE POLÍTICA?!...
Domingos Chaves
Desde a vitória da coligação
Portugal à Frente nas eleições de
Outubro aos “avisos” de Cavaco
Silva, passando pela indigitação de
Passos Coelho para Primeiro-Ministro,
até às negociações à esquerda,
à constituição do XX Governo
Constitucional e agora à sua queda
no Parlamento, já lá vai cerca de mês
e meio, sem que um novo executivo
se apresente diante de nós com um
Programa e um Orçamento de Estado
para 2016 devidamente aprovados.
Principal responsável: sem
margem para qualquer dúvida Cavaco
Silva!... Cavaco Silva, que esqueceu
ainda que momentaneamente presumo, a defesa dos “superiores
interesses do país”, e já agora porque
não dizê-lo também, todos aqueles
que fizeram “ouvidos moucos” e
se opuseram às múltiplas sugestões
de vários “senadores” da politica
nacional, para que as eleições se
tivessem realizado no mês de Junho.
Se tal tivesse ocorrido, os prazos
constitucionalmente previstos teriam
sido respeitados, teriamos hoje um
Governo, um Programa de Governo e
um Orçamento de Estado aprovados,
e a União Europeia deixaria de nos
incomodar todos os dias, face à
ausência do mesmo. Com a realização
das eleições em Outubro, era por
demais evidente e previsível, que tal
não pudesse ocorrer. Está agora tudo
à vista, e as consequências são as que
ressaltam à vista de todos.
Mas voltando à crise politica
que culminou com a queda do XX
Governo Constitucional, impõe-se a
seguinte pergunta: Como vai ser agora,
depois da queda de Passos Coelho?!...
Que opção irá tomar o Presidente da
República para a sua resolução?!...
Referi no último número deste
jornal, que a indigitação de Pedro
Passos Coelho para Primeiro-Ministro
foi legitima, dado ter obedecido não
só aos critérios tradicionais operados
no país ao longo da III República,
como também às normas decorrentes
da CRP, tendo em conta os resultados
eleitorais de 4 de Outubro. Porém,
e tal como Maquiavel - o primeiro
grande nome da modernidade,
por tudo quanto lhe devemos na
compreensão da política - nos
ensinou, é preciso encarar o exercicio
do Poder como ele realmente é, e
como determina a Lei Fundamental
do país!... Isto é: com realismo e sem
fantasias ou falsas moralidades. Só
quem não compreender isto, pode
ficar decepcionado face ao que as
circunstâncias o exigem.
E aquilo que efectivamente se
exige para a formação e continuidade
de um qualquer governo minoritário,
são duas condições essênciais
e simultâneas: a primeira, é que
a formação política - partido ou
coligação - obtenha a vitória nas
eleições, isto é, uma maioria relativa;
a segunda, que esse mesmo partido
ou coligação, não tenha a rejeição de
toda a oposição maioritária - maioria
absoluta. .
Ora de acordo com a tradição,
o lider do Partido mais votado nas
últimas eleições – o PSD, foi por isso
chamado a formar governo. Através
de uma coligação com o CDS, o
governo foi nomeado e empossado
pelo PR. Porém e tal como manda a
Constituição, teve que prestar provas
à Assembleia da República e aí viu
chumbado o seu programa pela
maioria dos deputados.
Resulta desta situação, que a
coligação PSD/CDS tendo reunido
a primeira condição para formar
governo, falhou a segunda por défice
de maioria. Nunca lhe foi negado
ou usurpado o seu direito de formar
governo, antes pelo contrário, esse
direito foi integralmente respeitado.
O que a coligação minoritária de
direita não tem, é o direito de não ver
rejeitado o Programa do seu governo
pela Assembleia da República, se não
tiver uma maioria absoluta de apoio,
como é o caso.Trata-se de uma regra
mínima da democracia parlamentar,
que só por má-fé, ignorância ou
iliteracia politica, pode ser objecto
de contestação. Num sistema
politico como o nosso, as maiorias
parlamentares prevalecem sempre,
e isso foi visível nos últimos quatro
anos. Pelo contrário, nas minorias,
a sua esperança de vida fica sempre
dependente de terceiros, como foi
também o caso. As pré-anunciadas
moções de rejeição ao Programa de
Governo assim o indiciavam.
Nada portanto que não fosse
previsível, e que deita por terra
o argumento falacioso de que já
existiram governos minoritários, e
portanto dentro dessa lógica, este
governo também deveria subsistir.
Ora enveredar por este caminho e
procurar fazer vingar um governo a
reboque de outros do passado, não
tem qualquer consistência legal, muito
menos politica!... É verdade que esses
governos existiram, mas para além
do periodo efémero da sua duração,
nunca nenhum deles, ao contrário
do actual, teve a rejeição em bloco
de toda a oposição ou se viu perante
a exigência do PR, de questões
fundamentais como a durabilidade e
estabilidade politica.
Foi assim com o II Governo
Constitucional que durou sete meses;
com o VII que teve oito meses de vida;
com o VIII que durou ano e meio;
com o IX que teve a duração de dois
anos, e com o XVIII que durou pouco
mais de ano e meio. A situação hoje
vivida, constituindo-se como nova
na nossa democracia, implicava
por isso a procura de soluções
igualmente novas. Perante a ausência
de tais soluções e como era espectável
aconteceu o óbvio: o Governo de
Passos Coelho caíu.
Não vale a pena por isso
entrarmos em divagações, ou alguém
tentar interpretar essa vontade à
sua maneira, de acordo com os
seus interesses pessoais ou agir em
função da côr da sua camisola!...
As coisas são como são, e a voz do
povo - como sempre foi, é a vóz de
Deus. Nas eleições de Outubro, se
o dito povo quisesse “declarar morte
aos traidores” e sair do euro, o PCTPMRPP teria maioria absoluta e não
apenas 1% dos votos; se não aceitasse
o cumprimento do PEC-Programa de
Estabilidade e Crescimento, CDS, PSD
e PS juntos teriam ficado em minoria,
e não com 70% dos votos; e se não
quisesse a esquerda no poder, não lhe
teria dado a maioria absoluta. Esta é
pois a grande verdade, que deve ser
encarada como tal, com realismo e
sem fantasias ou moralidades.
Mais:o que o povo disse
igualmente querer nas últimas
eleições, são políticas solventes
e
cumpridoras
dos
nossos
compromissos internacionais, e acima
de tudo, politicas que não promovam
as desigualdades e a injustiça social
como aconteceu na última legislatura,
em que a coligação PSD/CDS foi
a expressão maior do radicalismo
neo-liberal de que há memória em
Portugal. De forma mais resumida e
directa: o que o povo disse querer, são
políticas “ditas de direita” por alguns
agentes politicos, mas aplicadas
pela “dita esquerda” em quem
confiou mais, delegando-lhe por
isso e maioritariamente, o respectivo
aval para o fazer, e a consequente
responsabilidade pelas decisões que
venha a tomar.
O que se passa actualmente na
Grécia é precisamente isto, e está
bem sufragado por uma maioria
absoluta que sustenta esta tese, da
qual Catarina Martins e Jerónimo
de Sousa souberam e tiveram a arte
necessária para daí retirarem as óbvias
ilações. Acontece que ao contrário da
Grécia, onde os partidos sofreram essa
transformação de forma traumática,
em Portugal está a tentar resolver-se
a quadratura do círculo ao contrário,
isto é, de forma não traumática, a
que porventura poderemos designar
por “ingestão de sapos”. As direcções
partidárias sabem-no e dão até sinais
de terem isto mais ou menos claro!...
O pior, é como fazê-los engolir às suas
próprias “clientelas”, ainda por cima
em “meia dúzia” de dias.
Ora é a partir deste pressuposto
sempre omitido como convém, que
a direita adianta uma argumentação
alicerçada em pomposas palavras
de recorte indefinido, destinadas a
sugerir o perigo que Portugal poderá
correr, em função do “gravíssimo erro”
cometido pelo Partido Socialista ao
aceitar constituir um Governo com
apoio parlamentar de comunistas e
bloquistas. E Porquê?!... Tão simples
quanto isto: porque aquela parte da
direita clientelar, mais fiel aos seus
interesses e princípios corporativos e
nalguns casos até anti-democráticos
que admite como igualmente válidas
e politicamente aceitáveis qualquer
das decisões que Cavaco Silva venha
a adoptar nos próximos dias, lá bem
no fundo, o que verdadeiramente
pretende, é que na salvaguarda dos
seus ditos interesses, Cavaco não dê
posse a António Costa, mantenha
Passos em gestão até ao fim do seu
mandato, e que o novo Presidente
convoque novas eleições para serem
supostamente ganhas pela direita.
Estes são pois os três objectivos descurando até os interesses do
país, que esta direita tem em mente,
assentando todos eles num único
pressuposto: a esquerda não tem
legitimidade para governar. Pode ter
assento no Parlamento - até convém
que tenha - mas governar está fora de
questão.
Manda a democracia, poderse obviamente defender, que um
acordo de governo do PS com os
partidos à sua esquerda não faz
qualquer sentido!... Acusar porém
um tal governo de “politicamente e
moralmente ilegítimo”, como insiste
essa mesma direita em o fazer, isso
sim, é que não fáz sentido nenhum.
Um governo à esquerda, é tão digno
e legitimo quanto um governo à
direita, ainda por cima, quando ao
contrário do XX Governo que apenas
dispondo de legitimidade formal e por
isso soçobrou, um possível governo
de esquerda, está na presença não
só dessa mesma legitimidade formal,
como também politica, conforme à
Constituição e às regras básicas da
democracia parlamentar.
Decididamente, e se só tem este
argumento para combater o governo
de esquerda que aí vem, o melhor que
esta direita precisa é procurar outro, e
porque não dizê-lo também, de uma
reciclagem em matéria de convicções
e formação democrática.
Em conclusão: depois das
eleições de 4 de Outubro e da queda
do governo minoritário de Passos
Coelho, as principais ilações que se
podem tirar são as seguintes:
1.ª-Constituindo-se o Partido
Socialista como partido charneira,
compreende-se agora que seja o
seu Secretário-Geral indigitado
para formar um novo Governo. E
compreende-se, porque a legitimidade
de fazer alianças, à esquerda ou à
direita, não pode ser limitada por
grupos de pressão, cabendo isso
sim e em exclusivo à Assembleia da
República aceitá-las ou recusá-las.
Fora da Assembleia da República não
há democracia política, há revoluções
e contra-revoluções. Não parece que
umas ou outras se justifiquem ou
possam ter êxito no actual contexto;
2.ª- Porque se trata de uma
solução constitucional, democrática,
legal, legítima, lógica e representativa
da maioria absoluta dos eleitores,
que por mais que discordem de
uma ou outra esquerda, há algo
com que discordam ainda mais:
a da continuidade daqueles que
falsearam a matriz social-democrata
e democrata-cristã, durante os quatro
últimos anos de governação;
3.ª- Porque se fica a dever a
António Costa, a demarcação da
fronteira entre os que aceitam e os que
recusam a democracia política;
4.ª- Porque à semelhança do
que acontece por essa Europa fora,
também por cá, cai por terra, um
dos mitos que permitiu à direita
assegurar durante décadas uma
regular permanência no poder, com
a fantasmagórica criação de um
arco partidário a que abusivamente
chamaram do “arco da governação”,
e finalmente;
5.ª- Porque cai igualmente por
terra, a promoção continuada de
um modelo neo-liberal, que a partir
dos anos 80 com a “tathcherização”
da política ocidental, promoveu a
financeirização da política a cavalo de
um suporte sem rosto, sem regulação
e sem ética, a que hoje chamam de
“mercados”, com as consequências
que se conhece
(Texto escrito segundo o antigo
acordo ortográico)
8
Barroso
Noticias de
14 de Novembro de 2015
as semanas
Construção Civil e Obras Públicas
Carpintaria
Lavandaria
Funerária
Projectos,
Fiscalização e
Direcção Técnica
Paula Cunha, Lda.
A Empresa do concelho de Montalegre que
procura servir os seus clientes com eficiência e
qualidade.
Barroso
Noticias de
14 de Novembro de 2015
9
De Angola p’ró Notícias de Barroso
O CICLO DO CAFÉ
O CAFEEIRO
A primeira referência que se
encontra ao café é feita no sec.
XVII por Fausto Naironi, estudioso
orientalista que vivia em Roma. O
início do aproveitamento da cereja
do cafezeiro, segundo ele, devese a uma observação feita pelos
monges de um mosteiro da Etiópia,
a quem um pastor viera contar que
os seus animais, tendo pastado
num certo lugar, tinham saltado e
corrido durante toda a noite, sem
conseguirem dormir. Os monges
foram ver e verificaram que se
tratava do fruto de um arbusto que,
experimentado por eles, tirava o
sono.
A evolução da exploração
do café em Angola teve três
fases
distintas:
incialmente
por puro extrativismo; depois
pela introdução de técnicas
elementares
nas
plantações
espontâneas e finalmente por
plantação ordenada, já dentro de
um conceito empresarial.
As primeiras plantações de
café em Angola limitaram-se às
florestas pluviosas do Maiombe,
Golungo,
Cazengo,
Libolo,
Amboim e Seles.
No Golungo Alto, há notícias
de exploração cafeeira já no século
XVII nas chamadas “lavras de café”
exploradas por agricultores locais.
Segundo parece, a cultura do
café no Golungo foi iniciada por
Joaquim Rodrigues Graça, que
residia em Bango-a-Quitamba
desde 1835, como ele próprio
declarou na Memória que
escreveu sobre tal exploração, foi o
«emprehendedor do ramo do café
naquelle Districto».
As
plantações
de
Quimaquende, junto ao rio Zenza,
parece já terem sido instaladas
de uma forma ordenada, a partir
de sementes obtidas das plantas
espontâneas, havendo notícias
que, em 1863, já havia várias roças
com este modelo de agricultura.
A cultura da planta teve os seus
altos e baixos e só a persistência
explica o sucesso da mesma. Só o
processo de cultivo com alfobres
e viveiros bem cuidados e o
condicionamento apropriado das
sombras pôde resultar na produção
exportação de Angola, ano em que
o petróleo assumiu essa posição.
Em 1973, a área em exploração
de café rondaria os 525.000 ha, a
que correspondeu uma produção
de aproximadamente 3,5 milhões
de sacos de 60 kg (média de 400
kg/ha). O café era do tipo Robusta
e crescia na sombra de outros
arbustos.
Por curiosidade referimos a
evolução do bago do café desde
o cafezeiro até às máquinas
de torrefação: flor branca, grão
verde, grão vermelho (cereja,
café maduro), colheita, secagem
no terreiro (cor castanha, café
mabuba), mexer (rodar) uma ou
para a sua loja. Noutros casos,
especialmente os produtores
mais pequenos, transportavam o
café em sacos de 20kg, à cabeça
ou às costas, designados como
“quibutos”.
Alguns produtores arrendavam
as suas lavras a comerciantes que
as cultivavam e faziam a colheita.
Em contrapartida o proprietário
do café comprava na loja do
arrendatário. No final do ano
agrícola-comercial, acertavam-se
as contas.
Depois do pagamento da
divida, com o dinheiro excedente
faziam compras várias, entre as
quais tecidos para confeção de
do café diretamente do arbusto
para o cesto.
As podas eram destinadas aos
trabalhadores fixos e dividiam-se:
- Poda anual, que tinha lugar
em julho e agosto; cortavam-se os
ramos secos e os que cresciam na
vertical.
- Poda quinquenal, também
chamada radical ou poda rica,
ficava apenas um ramo, o mais
novo.
Demarcação de fazendas,
se alguém quisesse demarcar um
terreno para plantar café teria que
o requerer nos Serviços cadastrais
distritais. Para ser efetivado teriam
que se deslocar ao terreno um
de um produto perfeito, sendo
o café de Angola considerado,
durante décadas, como o melhor
Robusta do mundo. 1
Os
governantes
tiveram
também um papel importante com
a publicação do Decreto nº 771 de
19 de agosto de 1914 proibindo
a exportação de café que não
houvesse sido limpo e expurgado
de todas as impurezas. (In Diário de
Luanda, pag. 11, de 30/06/1954)
A estrutura produtiva do
café de Angola estava assente em
dois grandes setores: a agricultura
empresarial e a tradicional. As
empresas que tinham entre 100
e 300 ha em exploração eram
classificadas como médias e as
que tinham mais de 300 ha eram
consideradas grandes.
Na década de 70 do século
XX o setor tradicional contribuía
com cerca de um terço para o
total do café produzido. Até 1972,
o café foi o primeiro produto de
mais vezes por dia, (na vertical-dia
1, na diagonal-dia 2), descascar ou
pilar, selecionar (de 1ª o grão maior,
comercial grão médio, cóquinho
grão pequenino), ensacar, vender,
exportar.
vestuário. Quando os mesmos se
destinavam a roupas femininas e
o produtor tinha mais do que uma
mulher; o comerciante não podia
praticar preços diferentes para não
despertar inveja e zangas entre
elas. Do género: «Os panos “dela”
são melhores do que os meus!»
funcionário dos serviços, o chefe
de posto, o soba e o requerente.
No caso de existir alguém que
tivesse uma produção nessa
área, a demarcação só seria
concretizada com o acordo do
produtor. Então, era-lhe dado um
terreno noutro local com uma
área três vezes superior à da sua
plantação. Porém, o expropriado
colheria o café na sua antiga lavra
até que os cafeeiros plantados no
novo terreno estivessem prontos a
produzir em pleno.
AS LAVRAS
Os proprietários de pequenas
Lavras abasteciam-se a crédito,
durante o ano, nas lojas dos
comerciantes e pagavam com o
café no fim da colheita.
A venda do café cereja era feita
ao comerciante onde se abastecera
para liquidação dos “fiados” do
ano. Isto acontecia sobretudo
com os pequenos produtores cuja
liberdade de escolha do cliente a
quem vendiam o café era menos
óbvia. A pesagem e ensacamento
tinham lugar nas próprias lavras
aonde se deslocava o comerciante
para carregar e transportar o café
AS FAZENDAS DE CAFÉ
Os trabalhos numa fazenda
dividiam-se em empreitadas
(normalmente destinados aos
contratados):
- Capinar, limpar o capim à
volta do pé do cafezeiro (duas a
três vezes por época).
- Colheita, cada homem tinha
que colher um saco de 60,2 kg por
dia. Colocava um cesto (capachote)
ao nível da cintura pendurado
pelo pescoço. Isto permitia-lhe
ficar com as duas mãos livres para
puxar (ripar) os bagos vermelhos
1- LOURENÇO, Fausto M.,
História do café Robusta, Rev.
Ciências Agrárias, Vol. XV nº 3,
1962
(Continua no próximo número)
Zemba, Região dos Dembos, 27
de Outubro de 2015
Arthur do Larouco
[email protected]
10
Barroso
Noticias de
14 de Novembro de 2015
CARTÓRIO NOTARIAL DE VIEIRA DO MINHO
NOTÁRIA SUSANA SOUSA
CERTIFICO, para efeitos de publicação, que por escritura do dia dez de novembro dois mil e quinze, lavrada a folhas cinquenta e um do livro setenta
e cinco-A, deste Cartório, que:
PORFÍRIO BRANCO GONÇALVES e mulher ROSA CARVALHO VELOSO GONÇALVES, casados no regime da comunhão geral, naturais
ele da freguesia de Sezelhe, concelho de Montalegre e ela da freguesia de Pitões das Júnias, concelho de Montalegre, residente na Rua Fonte de Deus, nº
6, freguesia de Sezelhe, concelho de Montalegre, contribuintes 194950425 e 194950417,
são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem dos seguintes imóveis, da união das freguesias de Sezelhe e Covelães, concelho de
Montalegre:
- UM - Prédio rústico, denominado “Chães” composto de cultura arvense de sequeiro, sito no lugar de seu nome, com a área de mil e cem metros
quadrados, a confrontar de norte Maria Benta Fernandes, sul e poente com Manuel António Gonçalves e de nascente com José Joaquim Alves Branco,
inscrito na atual matriz sob o artigo 2402 que provém do artigo 829 da freguesia de Sezelhe (extinta) e omisso na anterior matriz, não descrito na
conservatória do registo predial de Montalegre
- DOIS - Prédio rústico denominado “Cruz” composto de cultura arvense de sequeiro, sito no Lugar de seu nome, com a área de vinte metros
quadrados, a confrontar do norte Manuel António Alves Cascais sul e poente com Paulino Ernesto Vieira e de nascente com José Joaquim Alves Branco,
inscrito na atual matriz sob o artigo 2414 que provém do artigo 835 da freguesia de Sezelhe (extinta) e omisso na anterior matriz, não descrito na
Conservatória do registo predial de Montalegre.
- TRÊS - Prédio rústico, denominado “Esporão” composto de lameiro, sito no lugar de seu nome, com a área de sete mil e setecentos metros
quadrados, a confrontar do norte e sul com caminho público, nascente com João Vide da Fonte e poente com Ana Amélia Antunes Macedo, inscrito na
atual matriz sob o artigo 2420 que provém do artigo 838 da freguesia de Sezelhe (extinta) e omisso na anterior matriz, não descrito na conservatória do
registo predial de Montalegre.
- QUATRO - Prédio rústico, denominado “Judeu” composto de mata mista, sito no lugar de seu nome, com a área de mil e cinquenta metros
quadrados, a confrontar do norte e poente com baldio da freguesia de Sezelhe, sul com José Dias Francisco e nascente com Manuel António Alves Cascais
inscrito na atual matriz sob o artigo 2814 que provém do artigo 1038 da freguesia de Sezelhe (extinta) e omisso na anterior matriz, não descrito na
conservatória do registo predial de Montalegre.
- CINCO - Prédio rústico, denominado “Freijoal” composto de pastagem de sequeiro, sito no lugar de seu nome, com a área de quatro mil novecentos
e noventa metros quadrados, a confrontar de norte com António Alves Anjo, sul e nascente com Bento António Alves Cascais e de poente com António
Fernandes, inscrito na atual matriz sob o artigo 2847 que provém do artigo 1055 da freguesia de Sezelhe (extinta) e omisso na anterior matriz, não descrito
na conservatória do registo predial de Montalegre.
Que o imovel da verba três adveio à sua posse, por doação meramente verbal de Manuel Joaquim Alves Cascais e mulher Ana de Fátima Alves
Rodrigues, casados no regime da comunhão geral, residentes que foram no lugar e freguesia de Sezelhe.
Que os imóveis das verbas um, dois, quatro e cinco advieram à sua posse, por compra meramente verbal a Manuel Joaquim Alves Cascais e mulher
Ana de Fátima Alves Rodrigues, casados no regime da comunhão geral, residentes que foram no lugar e freguesia de Sezelhe.
Todos em data que não podem precisar no final do ano de mil novecentos e noventa e quatro sem contudo ser reduzida a escritura pública.
Que, desde essa data, tem possuído os ditos prédios em nome próprio e sem a menor oposição de quem quer que seja, desde o seu início, posse que
sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente, à vista e com conhecimento de toda a gente e traduzida no amanho da terra, fazendo roçar os seus
matos, aproveitando lenhas, limpando-os para evitar incêndios, bem como em todos os demais actos materiais de fruição, pagando os respectivos impostos,
sendo, por isso, uma posse pacífica, porque exercida sem violência, contínua e pública.
Como esta posse assim exercida o foi sempre de forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, acabaram por adquirir os prédios por
usucapião, o que invocam para justificar o direito de propriedade para fins de registo predial, dado que este modo de aquisição não pode ser comprovado
extrajudicialmente de outra forma.
Os segundos outorgantes declararam:
Que confirmam as declarações que antecedem, por serem inteiramente verdadeiras.
ESTÁ CONFORME O ORIGINAL.
Vieira do Minho, dez de novembro de 2015.
A Notária,
Fatura/registo nº 1792/002/2015
ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA
CONVOCATÓRIA
Ao abrigo do disposto no n.º 1 do artigo 25º do Compromisso da Irmandade
da Santa Casa da Misericórdia de Montalegre, pessoa colectiva de utilidade
pública com o NIPC 501745963, com sede na vila de Montalegre, na Rua General
Humberto Delgado n.º 473, Convoco todos os irmãos, no pleno gozo dos seus
direitos, a reunirem em Assembleia-Geral Ordinária, no próximo dia 30 de
Novembro de 2015,
2015, pelas 15,00 horas, na sede da Irmandade, com a
seguinte
ORDEM DE TRABALHOS
Ponto 1. – Orçamento rectificativo para o exercício de 2015
Ponto 2. - Plano de Actividades e Orçamento para o ano de 2016
Ponto 3. - Outros assuntos de interesse para a Irmandade.
Se à hora anunciada a Assembleia-Geral não se puder realizar, por falta de
maioria legal, a reunião terá lugar uma hora depois, em segunda convocação, com
qualquer número de irmãos. (n.º 1 do artigo 26.º do Compromisso).
Os elementos preparatórios encontram-se à disposição dos irmãos, para
consulta, na sede (Provedoria), durante as horas de expediente, nos termos legais.
Montalegre, 12 de Novembro de 2015
O Presidente da Mesa da Assembleia-Geral
Eng.º José Gonçalves Justo
Notícias de Barroso, n.º 482, de 14.11.2015
Notícias de Barroso, n.º 482, 14 de Novembro de 2015
Notícias de Barroso, n.º 482, 14 de Novembro de 2015
CARTÓRIO NOTARIAL DE
VIEIRA DO MINHO
NOTÁRIA SUSANA SOUSA
CERTIFICO, para efeitos de publicação, que por escritura do
dia doze de novembro dois mil e quinze, lavrada a folhas sessenta
e uma do livro setenta e cinco-A, deste Cartório, que:
TONY MARTINS FERNANDES, solteiro, maior, natural da
freguesia de Salto, concelho de Montalegre, onde reside no lugar
de Tabuadela, Rua Central, 18, contribuinte 230941427,
É dono e legítimo possuidor com exclusão de outrem dos
seguintes imóveis:
UM - Prédio Rústico, denominado “Santo da Bouça”
composto de pastagem, sito no Lugar de seu nome, freguesia de
Salto, concelho de Montalegre, com a área de oito mil metros
quadrados, a confrontar do norte com Leonor Pereira Ramos,
sul, nascente e poente com baldio, inscrito na atual matriz sob o
artigo 1753 e omisso na anterior, não descrito na Conservatória
do Registo Predial de Montalegre
DOIS - Prédio Rústico, denominado “Chão da Ponte”
composto de cultura arvense de sequeiro, sito no Lugar de seu
nome, freguesia de Salto, concelho de Montalegre, com a área
de dois mil e quinhentos metros quadrados, a confrontar do
norte, nascente e poente com caminho público e de sul com João
Manuel Afonso Pereira, inscrito na atual matriz sob o artigo 1748
e omisso na anterior, não descrito na Conservatória do Registo
Predial de Montalegre.
Que estes prédios advieram à sua posse, por doação
meramente verbal de Heitor Pereira Ramos e mulher Teresa
Barroso, residentes na Rua do Calvário, nº 17, Aviveiro, Boticas,
em data que não pode precisar do ano de 1994, sem contudo ser
reduzida a escritura pública.
Que, desde essa data, tem possuído o dito prédio em nome
próprio e sem a menor oposição de quem quer que seja, desde
o seu início, posse que sempre exerceu sem interrupção e
ostensivamente, à vista e com conhecimento de toda a gente e
traduzida no amanho da terra, roçando os seus matos, cortando
as lenhas de árvores, no que concerne ao monte e suportando os
inerentes custos, bem como em todos os demais actos materiais
de fruição, pagando os respectivos impostos, sendo, por isso, uma
posse pacífica, porque exercida sem violência, contínua e pública.
Como esta posse assim exercida o foi sempre de forma
correspondente ao exercício do direito de propriedade, acabou
por adquirir os prédios por usucapião, o que invoca para justificar
o direito de propriedade para fins de registo predial, dado que este
modo de aquisição não pode ser comprovado extrajudicialmente
de outra forma.
Instituto dos Registos e do Notariado
Conservatória dos Registos Civil, Predial e
Cartório Notarial de Montalegre
EXTRATO
Declarações estas confirmadas por três testemunhas.
ESTÁ CONFORME O ORIGINAL.
Vieira do Minho, doze de novembro de 2015.
A Notária,
Fatura/registo nº 1810/002/2015
Certifico para efeitos de publicação que, por escritura lavrada
no dia 10 de novembro de 2015, na Conservatória dos Registos
Civil, Predial e Cartório Notarial de Montalegre, a cargo de Maria
Carla de Morais Barros Fernandes, Adjunta da Conservadora, em
exercício de funções notariais, exarada a folhas 81 e seguintes do
livro 982- A, JOSÉ LUÍS DOS REIS BRANCO e mulher CRISTINA MARIA BASTOS MARTINS DE AZEVEDO BRANCO,
casados em comunhão de adquiridos, ele natural de França e ela natural da freguesia de Viade de Baixo, deste concelho, onde residem
no lugar de Antigo, na Rua de Palhaços, n.º 9, declararam:
Que ele é dono, com exclusão de outrém, do seguinte bem imóvel, situado na União das Freguesias de Viade de Baixo e Fervidelas, concelho de Montalegre:
- Prédio rústico situado em VESPEIRO, composto de mato,
com a áreea de cinco mil metros quadrados, a confrontar do norte
com Domingos Gonçalves Carvalhais, do sul e nascente com o caminho e do poente com o baldio, inscrito na respetiva matriz sob o
artigo 6845, que corresponde ao artigo 5417 da freguesia de Viade
de Baixo (Extinta).
Que este prédio encontra-se ainda por descrever na Conservatória do Registo Predial de Montalegre e, apesar de pesquisas
efetuadas, não conseguiu obter o artigo antes da substituição das
matrizes de mil novecentos e noventa e sete.
Que não tem qualquer título de onde resulte pertencer-lhe o
direito de propriedade do prédio, mas iniciou a sua posse em mil
novecentos e oitenta e cinco, ano em que o adquiriu por doação
meramente verbal de seu tio Maximino Pires, solteiro, maior, residente que foi no mencionado lugar de Pisões, já falecido.
Que, desde essa data, sempre tem usado e fruído o indicado prédio, roçando o mato, pagando todas as contribuições por ele devidas
e fazendo essa exploração com a consciência de ser o seu único
dono, à vista de todo e qualquer interessado e sem oposição de
ninguém, há mais de vinte anos, o que confere à posse a natureza de
pública, pacífica, contínua e de boa fé, razão pela qual adquiriu o direito de propriedade sob o prédio por USUCAPIÃO, que expressamente invoca para efeito de ingresso do mesmo no registo predial.
Cartório Notarial de Montalegre, 10 de novembro de 2015
O 1.º Ajudante,
Ilegível
Conta:
Emol: Artº 20.4.5) ------------ 23,00 €
São: vinte e três euros
Registado sob o n.º 673
Notícias de Barroso, n.º 482, 14 de Novembro de 2015
Notícias de Barroso, n.º 482, de 14 de novembro de 2015
Barroso
Noticias de
14 de Novembro de 2015
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O que é a salvação?
Pe Vítor Pereira
Estamos
no
mês
de
Novembro, em que se ouve
muitas vezes que é um mês
para se sufragar as almas dos
defuntos e se rezar pela salvação
dos falecidos. Sobressaltou-me
a pergunta: que ideia fazemos
da salvação? Saberão muitos
cristãos qual é a salvação que
a fé cristã anuncia e oferece ao
mundo?
A palavra em si, salvação,
tem dois grandes significados:
em sentido corrente, significa
libertar de um perigo que
ameaça a vida (religiosamente,
uma escravidão ou uma
perdição). Mas também significa
BOTICAS
Autarquia fornece
gratuitamente refeições
escolares a todas as
crianças do 1º Ciclo e
Jardins de Infância
A educação é um dos eixos
de intervenção prioritários para
a autarquia botiquense e foi
nesse sentido que o executivo
municipal decidiu fornecer
gratuitamente o almoço a todas
as crianças que frequentam o 1º
ciclo e os jardins de infância do
concelho, independentemente
do seu local de residência e do
seu escalão de abono de família.
Esta medida, garante
o presidente da autarquia,
Fernando Queiroga, permite
“tratar de forma justa e equitativa
todas as crianças e todas as
famílias, ajudando os agregados
familiares do Concelho a
suportar algumas despesas com
a educação dos seus educandos”
Com a implementação desta
medida, o Município passará a
ter um custo anual de cerca de
40 mil euros com o pagamento
das refeições, a que soma um
conjunto diversificado de apoios
à educação que, no global,
atinge perto de meio milhão de
euros.
Mais do que uma paixão,
o apoio à Educação no
concelho de Boticas é uma
realidade, sendo o Município
pioneiro na implementação
de muitas medidas a nível
nacional, de onde se destaca,
a título de exemplo, a oferta
de livros e manuais escolares
a todos os alunos do 1º ciclo,
que já acontece há 18 anos
consecutivos.
III Encontro Nacional de
Molinologia
O Município de Boticas,
representado pelo Técnico
Superior Ricardo Mota,
participou no III Encontro
dar saúde, fazer com que o
homem viva bem, viva são e
salvo, de boa saúde mental,
física e espiritual, fazer com que
o homem se realize a partir da
sua verdade mais profunda e
genuína: como pessoa humana,
e na fé, como filho de Deus.
O significa mais enraizado
é o primeiro. No entanto, reparo
que muitos cristãos têm uma
ideia muito incompleta e pobre,
uma ideia parcial da salvação.
Escutamos: fazer isto ou aquilo
para «salvar a minha alma».
É errado dizer isto e viver a fé
cristã a partir desta convicção.
É uma visão individualista e
desencarnada, com desprezo
pelas dimensões comunitária e
corpórea do ser humano, que não
existe na doutrina e na vivência
do Cristianismo. Certamente que
temos a nossa responsabilidade
na nossa salvação, mas tem
de ser integrada noutras
dimensões. Também se ouve
com frequência: «o que importa
é evitar o pecado, para não
sermos condenados». Que
visão tão pobre e negativa da
salvação! Entende-se a salvação
a partir do inferno e não do
céu. Ainda andam por aí muitos
resquícios desta doutrina e desta
espiritualidade deformada que
se entranhou no espírito de
muitos cristãos, que fomentou
o calculismo, o legalismo e
o mero cumprimento formal
de regras na vivência cristã,
disseminando a ideia de que
para se salvar o que importa
é ter a documentação em dia.
Devia dizer-se: «o que importa
é amar e fazer o bem, para
um dia se estar em comunhão
plena de amor com Deus e
com os outros». Para a salvação,
o importante é que o ser
humano se aperfeiçoe e atinja o
máximo das suas capacidades,
sendo proactivo, buscando a
excelência da sua humanidade,
que é a santidade, em união com
a ação de Deus sobre nós, e não
que se prenda ao cumprimento
frio de uma disciplina ou de
uma lei, vivendo no medo de
uma perdição. Outros afirmam
que não precisam dos outros
ou da Igreja para se salvarem:
«falo diretamente com Deus
e confesso-me diretamente a
Deus». Se foi a Igreja que nos
fez cristãos, é pela igreja e pelos
sacramentos que também nos
salvaremos. Ninguém se salva
sozinho, sem os outros. Por fim
também anda por aí difundida
a ideia de que a salvação
será algo de sobrenatural,
mas sobrenatural entendido
de forma errónea, como um
piso superior em relação ao
natural, uma realidade nova
que não tem nada a ver com
o que já se vive atualmente. O
sobrenatural para o cristianismo
é um aprofundamento do ser do
natural e uma maior participação
no ser de Deus. A nossa história
pessoal e comunitária, a história
do mundo, acompanham-nos
sempre. A salvação vai-se realizar
em progresso e consumação e
não em separação e aniquilação
do que está para trás.
Nestas
conceções
distorcidas
de
salvação
são
facilmente
percetíveis
influências de algumas correntes
filosóficas e antropológicas,
alheias
ao
pensamento
bíblico e cristão, como o
platonismo, o maniqueísmo, o
individualismo greco-romano
que o Renascimento promoveu
na Europa, correntes que urge
depurar na vivência cristã.
Aqui chegados, põe-se a
pergunta: qual é a salvação
que o Cristianismo oferece ao
homem? Libertação da servidão
e da escravidão do mal e do
pecado que o homem introduziu
no mundo, e consequente
alienação, a que fica sujeita
toda a pessoa humana que vem
ao mundo, libertação realizada
por Jesus Cristo e oferecida no
batismo; integração da pessoa
humana numa relação de amor
com Deus e com as outras
pessoas, centro da saúde plena
do ser humano; realização plena
e total da condição humana,
pela ação de Cristo e do seu
Espírito; a plenitude da vida, a
que são chamados a participar
a história e o mundo, uma
felicidade suprema em plena
comunhão com Deus e com os
outros, o que denominamos vida
eterna, eterna não só porque
não tem fim, mas porque realiza
totalmente o ser humano, a ser
vivida desde já pela adesão
a Jesus Cristo e à sua Igreja,
em tensão para o seu estado
definitivo.
Nacional de Molinologia que
se realizou no passado fim-desemana de 7 e 8 de novembro,
no concelho de Albergaria-aVelha.
Este evento foi organizado
pelo município anfitrião em
parceria com a TIMS - The
International Molinological
Society (Sociedade Internacional
de Molinologia), Rede
Portuguesa de Museus e
Etnoideia.
No dia 7 de novembro
decorreram as jornadas
com as apresentações dos
projetos das várias instituições
presentes, numa perspetiva de
recolha, aprofundamento e
partilha do Saber e do Saber
Albergaria-a-Velha..
Recorde-se que o
Município de Boticas foi um
dos municípios pioneiros, a
nível nacional, na reabilitação
dos seus moinhos e pertence,
desde a primeira hora, à Rede
Portuguesa de Moinhos, à qual
todos os anos se associa em
várias ações, nomeadamente
no Dia Nacional dos Moinhos
e Dia dos Moinhos Abertos,
iniciativa que na edição de 2015
mereceu toda uma semana
dedicada a esta temática através
da realização da Semana do Pão
e dos Moinhos de Boticas, que
decorreu entre 7 e 12 de abril do
presente ano.
para com os seus funcionários
em matéria de conciliação entre
trabalho e família.
Na 7ª edição da iniciativa,
Boticas surge como o único
município de Trás-os-Montes
a ser distinguido com a
“Bandeira Verde” de “Autarquia
+ Familiarmente Responsável
2015”. Um facto que muito
orgulha o Presidente da Câmara
Municipal, Fernando Queiroga.
“É uma honra enorme
receber, pelo segundo ano
consecutivo, esta distinção.
É sinal de que as medidas
adotadas pelo executivo
municipal são as mais corretas
e que vão de encontro às
necessidades e problemas dos
munícipes”, referiu o autarca.
A cerimónia de entrega da
“Bandeira Verde” decorrerá no
próximo dia 18 de novembro,
pelas 17h, no Auditório da
Associação Nacional dos
Municípios Portugueses, em
Coimbra.
“Magia e Abóboras: A arte a
partir da terra”
Boticas distinguido com o
título “Autarquia
Fazer tradicionais ao nível da
Etnotecnologia e da Molinologia
Portuguesa.
Neste contexto, Boticas
apresentou as várias ações
desenvolvidas no concelho, e
divulgou os percursos turísticos
e o património molinológico
concelhios, bem como a
paisagem e a riqueza ambiental
a eles associadas. A organização
do encontro pretendia ainda
uma reflexão conjunta através
do desenvolvimento de ações
de reabilitação e valorização de
moinhos.
Neste âmbito, decorreu
também um workshop
designado “Já-Viveiro de
Projetos”, ministrado pelo
Molinólogo e Antropólogo Jorge
Augusto Miranda.
No dia seguinte, houve
lugar à visita ao riquíssimo
património molinológico de
Pelo segundo ano
consecutivo, o Município
de Boticas foi reconhecido
como sendo umas das
autarquias portuguesas “Mais
Familiarmente Responsáveis”.
O reconhecimento,
divulgado na quinta-feira, dia 5
de novembro, pelo Observatório
das Autarquias Familiarmente
Responsáveis (OAFR), é o
resultado de um inquérito
realizado às autarquias, em que
foram analisadas as políticas
direcionadas para as famílias.
O Observatório das
Autarquias distinguiu 41
municípios portugueses por
desenvolverem, de forma
exemplar, políticas de apoio
às famílias em onze áreas:
apoio à maternidade e
paternidade; apoio às famílias
com necessidades especiais;
serviços básicos; educação
e formação; habitação e
urbanismo; transportes; saúde;
cultura, desporto, lazer e tempo
livre; cooperação e participação
social; facilitadores e medidas
de conciliação entre trabalho e
família, onde foram analisadas
as boas práticas das autarquias
No seguimento da
exposição “Magia e Abóboras:
A arte a partir da terra”, que
decorreu no passado fim de
semana no Centro de Artes
Nadir Afonso, já são conhecidos
os vencedores do concurso da
melhor decoração de abóboras.
Relembre-se que os
visitantes puderam eleger, através
de uma votação, a abóbora
melhor decorada. O evento
contou com 758 visitantes sendo
que foram contabilizados apenas
614 votos.
A abóbora vencedora foi a
N.º 4 (78 votos), decorada pelos
alunos do 1º A. O segundo lugar
foi atribuído à abóbora N.º 61
(64 votos), da turma 2º B. O
terceiro lugar foi para a cabaça
N.º 31 (54 votos), enfeitada pelos
alunos do 1º B.
In: cm-boticas.pt
12
Barroso
Noticias de
NOTARIADO PORTUGUÊS
NOTÁRIA
MARIA CRISTINA DOS REIS SANTOS
EXTRACTO PARA PUBLICAÇÃO
Certifico para efeitos de publicação que por escritura outorgada em três de Novembro de
dois mil e quinze, no Cartório Notarial sito na Praça do Brasil, Edifício Praça do Brasil, loja
17, cidade de Chaves, a cargo da Notária Maria Cristina dos Reis Santos, exarada a folhas 23,
do respectivo Livro 263-A, MANUEL AUGUSTO MARQUES NUNES, N.I.F. 1196 639
964 e mulher, MARIANA GONÇALVES VIEIRA NUNES, N.I.F. 175 186 715, casados sob
o regime de separação de bens, naturais, ele da freguesia de Branca, concelho de Albergariaa-Velha, ela da freguesia de Viade de Baixo, concelho de Montalegre, residentes na Rua de
Cimo de Vila, n.º 4, 5470-525, lugar de Parafita, Viade de Baixo, freguesia de “União das
Freguesias de Viade de Baixo e Fervidelas”, concelho de Montalegre.
DECLARARAM: Que são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrém, do
prédio rústico, situado em Corga, freguesia de “União das Freguesias de Viade de Baixo e
Fervidelas”, concelho de Montalegre, composto de cultura arvense de sequeiro, com a área
de duzentos e setenta metros quadrados, a confrontar do norte com Herdeiros de Manuel
Afonso, do sul com o caminho, do nascente com Alvarino Alves Pires e do poente com
Serafim Gonçalves Ponte, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Montalegre,
inscrito na respectiva matriz predial, em nome do justificante marido, sob o artigo 6090,
anteriormente inscrito na respectiva matriz sob o artigo rústico 4635, da freguesia de Viade
de Baixo (Extinta), concelho de Montalegre.
Que não têm qualquer título formal de onde resulte pertencer-lhes o direito de propriedade
do identificado prédio, mas iniciaram a sua posse no ano de mil novecentos e oitenta e cinco,
já no estado de casados, ano em que o adquiriram por compra meramente verbal que dele
fizeram a João Gonçalves Sapateiro, viúvo, residente no referido lugar de Parafita.
Que, desde aquela data, por si ou por intermédio de outrèm, sempre têm usado e fruído
o prédio, cultivando-o ou mando cultivá-lo e colhendo os respectivos frutos, ocupando-o
com os seus pertences e efectuando a sua limpeza, pagando as respectivas contribuições
e impostos, fazendo essa exploração com a consciência de serem os seus únicos donos,
à vista de todo e qualquer interessado, sem qualquer tipo de oposição há mais de vinte
anos, o que confere à posse a natureza de pública, pacífica, contínua e de boa fé, razão pela
qual adquiriram o direito de propriedade sob o identificado prédio por USUCAPIÃO, que
expressamente invocam, para efeitos de ingresso do mesmo no registo predial.
Está conforme certidão do respectivo original.
Chaves, 03 de Novembro de 2015.
A colaboradora (reg. n.º04/95 de 23/05/2015)
Jessica Adelaide Pires
Notícias de Barroso, N.º 482, de 14 de Novembro de 2015
14 de Novembro de 2015
CARTÓRIO NOTARIAL A CARGO DA NOTÁRIA
ANA RITA FERNANDES SÁ – CHAVES
Certifico, para fins de publicação que, por escritura exarada hoje, no Cartório a cargo da Notária Ana Rita Fernandes Sá, sito na
Avenida Pedro Álvares Cabral, Edifício Angola, loja dez, em Chaves, no livro de escrituras diversas n.º 12-B, a fls. 58 e seguintes, JOÃO
GONÇALVES FERNANDES, natural da freguesia de Santo André, concelho de Montalegre, onde residem na rua da Encruzilhada, casado
com Maryline da Silva Antunes em comunhão de adquiridos e por ela devidamente autorizado para a prática deste acto, declara:
Que é dono e legítimo possuidor, com exclusão de outrem, dos seguintes bens imóveis, ambos situados no lugar de Travessa, freguesia
de Santo André, concelho de Montalegre:
UM - Prédio rústico, composto de cultura arvense de sequeiro, com a área de quatrocentos e oitenta metros quadrados, a confrontar
do norte com Deolinda Gonçalves Paulino, nascente com estrada municipal, sul com João Vaz Damião e poente com caminho, inscrito na
respectiva matriz sob o artigo 2502.
DOIS - Prédio rústico, composto de cultura arvense de sequeiro, com a área de quatrocentos e oitenta metros quadrados, a confrontar do
norte com António Santos Damião, nascente com estrada municipal, sul com João Pires Barros e poente com caminho, inscrito na respectiva
matriz sob o artigo 2503.
Estes prédios não estão descritos na Conservatória do Registo Predial de Montalegre.
Que não tem qualquer título formal de onde resulte pertencer-lhe o direito de propriedade dos prédios, mas iniciou a sua posse, por
volta do ano de mil novecentos e noventa e três, ano em que os adquiriu, ainda no estado de solteiro, por compra meramente verbal que
deles fez, o identificado sob o número um, a António Santos Damião, viúvo, já falecido, residente que foi no lugar de Ribeirão, freguesia
de Antas, concelho de Vila Nova de Famalicão e o identificado sob o número dois, a João Vaz Damião, viúvo, já falecido, residente que foi
na referida freguesia de Santo André.
Que desconhece os segundos ante possuidores dos prédios, bem como a proveniência dos artigos, devido à antiguidade das transmissões.
Que, desde aquela data, por si ou por intermédio de alguém, sempre tem usado e fruído os prédios, cultivando-os, colhendo os seus
frutos, usufruindo dos rendimentos por eles proporcionados, pagando todas as contribuições por eles devidas e fazendo essa exploração
com a consciência de ser o seu único dono, à vista de todo e qualquer interessado, sem qualquer tipo de oposição há mais de vinte anos, o
que confere à posse a natureza de pública, pacífica, contínua e de boa fé, razão pela qual adquiriu o direito de propriedade sob os prédios
por USUCAPIÃO, que expressamente invoca para efeitos de ingresso dos mesmos no registo predial.
Está conforme.
Chaves, 18 de Agosto de 2015.
A notária,
A colaboradora, por delegação de poderes, nos termos do n.º1 do art. 8
do DL 26/2004, de 4 de Fevereiro, devidamente autorizada para este acto, pela notária
£ Ana Maria Domingues Fernandes Tomaz – 282/1
£ Sandra Cristina Ribeiro Fernandes – 282/2
Conta/recibo registada sob o n.º
Notícias de Barroso, n.º 482, de 14 de Novembro de 2015
Instituto dos Registos e do Notariado
Conservatória dos Registos Civil,
Predial e
Cartório Notarial de Montalegre
EXTRACTO PARA PUBLICAÇÃO
Certifico para efeitos de publicação que, por escritura lavrada no dia 4 de novembro de 2015, na
Conservatória dos Registos Civil, Predial e Cartório Notarial de Montalegre, a cargo de Maria Carla
de Morais Barros Fernandes, Adjunta da Conservadora, em exercício de funções notariais, exarada a
folhas 77 e seguintes do livro 982-A, MARIA PIRES RODRIGUES AFONSO, NIF 221 668 632,
titular do cartão de cidadão número 03044199 4ZZ2, válido até 14-10-2020, casada em comunhão
geral com José Alves Afonso, natural da freguesia de Contim, deste concelho, onde reside no lugar de
S. Pedro, na Rua de São Pedro, n.º 14, União das Freguesias de Paradela, Contim e Fiães, concelho de
montalegre, que outorga por si e na qualidade de procuradora de seu referido marido JOSÉ ALVES
AFONSO, NIF 182 227 855, natural da mesma freguesia de Contim e consigo residente, declarou:
Que ela e o seu representado marido, são donos, com exclusão de outrém, dos seguintes bens
imóveis, situados na União das Freguesias de Paradela, Contim e Fiães, concelho de Montalegre, aos
quais atribui o valor global de doze euros e dezassete cêntimos:
- Um: - Prédio rústico situado em RIGUEIRO-SÃO PEDRO, composto de cultura arvense
de sequeiro, com a área de vinte e cinco metros quadrados, a confrontar do norte com Senhorinha
Rodrigues da Costa e Maria dos Anjos Afonso, sul com linha de água e caminho, nascente com Manuel
Francisco e do poente com caminho, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 681, que corresponde ao
artigo 405 da freguesia de Contim (Extinta).
- Dois: - Prédio rústico situado na CRUZ, composto de mato, com a área de dois mil e cem metros
quadrados, a confrontar do norte com Artur Gonçalves Branco, sul e poente com Manuel Francisco
Pires e do nascente com Manuel Costa, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 1653, que corresponde
ao artigo 899 da freguesia de Contim (Extinta).
Que, após pesquisas nos diversos Serviços Públicos, não foi possível obter os artigos matriciais
antes da substituição das matrizes de mil novecentos e noventa e sete e encontram-se ainda por
descrever na Conservatória do Registo Predial de Montalegre.
Que não tem qualquer título de onde resulte pertencer-lhes o direito de propriedade dos prédios,
mas iniciaram a sua posse em mil novecentos e setenta e cinco, ano em que os adquiriram, por partilha
meramente verbal de Alberto Afonso, solteiro, maior, residente que foi no mencionado lugar de São
Pedro.
Que, desde essa data, sempre têm usado e fruído os indicados prédios, cultivando-os, colhendo
os seus frutos e roçando o mato, pagando todas as contribuições por eles devidas e fazendo essa
exploração com a consciência de serem os seus únicos donos, à vista de todo e qualquer interessado,
sem qualquer tipo de oposição, há mais de vinte anos, o que confere à posse a natureza de pública,
pacífica, contínua e de boa fé, razão pela qual adquiriram o direito de propriedade sob os prédios por
USUCAPIÃO, que expressamente invocam para efeitos de ingresso dos mesmos no registo predial.
Cartório Notarial de Montalegre, 4 de novembro de 2015
O 1.º Ajudante,
(Ilegível)
Conta:
Emol: Art.º 20.4.5) ------------ 23,00 €
São vinte e três euros
Registado sob o n.º 658
Certifico para efeitos de publicação que, por escritura
outorgada hoje, na Conservatória dos Registos Civil, Predial e
Cartório Notarial de Montalegre, a cargo da Dra Maria Carla de
Morais Barros Fernandes, exarada a folhas 83 e seguintes do livro
982-A, LAURA DIAS PEREIRA MARTINS e marido ANTÓNIO
GONÇALVES MARTINS, casados em comunhão geral, naturais
da freguesia da Chã, deste concelho, onde residem no lugar de
Gralhós, na Rua do Santo n.º 2, declararam:
Que são donos, com exclusão de outrém, do seguinte bem
imóvel situado na Freguesia da Chã, concelho de Montalegre:
- Prédio urbano situado na RUA PRINCIPAL Nº 13, no
lugar de Gralhós, composto de casa de morada de rés-do-chão e
primeiro andar, com a superfície coberta de cento e quarenta metros
quadrados, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 77, com o valor
patrimonial tributável de 9.380,00 euros, que é também o atribuido.
Que este prédio está inscrito na matriz em nome de quem
os justificantes o adquiriram, encontra-se ainda por descrever na
Conservatória do Registo Predial de Montalegre e nunca esteve
inscrito na matriz rústica.
Que não têm qualquer título de onde resulte pertencer-lhes o
direito de propriedade do prédio, mas iniciaram a sua posse em
mil novecentos e noventa, ano em que o adquiriram por doação
meramente verbal de seus pais e sogros Manuel Pereira Calvão
e Ana Maria Dias Francisco, residentes no mencionado lugar de
Gralhós.
Que desde essa data, sempre têm usado e fruído o indicado
prédio, procedendo a todas as obras de conservação e restauração,
habitando-o e nele guardando os seus haveres, pagando todas
as contribuições por ele devidas e fazendo essa exploração com
a consciência de serem os seus únicos donos, à vista de todo e
qualquer interessado, sem qualquer tipo de oposição, há mais de
vinte anos, o que confere à posse a natureza de pública, pacífica,
contínua e de boa fé, razão pela qual adquiriram o direito de
propriedade sob o prédio por USUCAPIÃO, que expressamente
invocam para efeitos de ingresso do mesmo no registo predial.
Está conforme.
Cartório Notarial de Montalegre, 10 de novembro de 2015
O Ajudante,
(Ilegível)
Conta: Artigos:
“
20.4.5) ------------ 23,00 €
São vinte e três euros
Registado sob o n.º 678
Certifico para efeitos de publicação que por escritura
outorgada em dezanove de Agosto de dois mil e quinze, no
Cartório Notarial sito na Praça do Brasil, Edifício Praça do Brasil,
Loja 17, cidade de Chaves, a cargo da Notária Maria Cristina dos
Reis Santos, exarada a folhas 68, do respectivo Livro 259-A,
JACINTA GARCIA BOTELHO, N.I.F. 162 439 920, solteira,
maior, natural da freguesia de Vilar de Perdizes, (S. Miguel),
concelho de Montalegre, residente na Rua D. António Medeiros,
nº114, 5400-580, freguesia de Vilar de Nantes, concelho de
Chaves.
DECLARARAM: Que é dona e legítima possuidora, com
exclusão de outrém, do prédio urbano, situado no lugar de
Outeiro, freguesia de “União das Freguesias de Vilar de Perdizes e
Meixide”, concelho de Montalegre, composto de dois pisos, com
a superfície coberta de cento e oitenta e seis virgula cinquenta
metros quadrados e superfície descoberta com quinhentos e vinte
e nove vírgula cinquenta metros quadrados, a confrontar do norte
com Carlos Manuel André Domingues, do sul com a Rua do
Outeiro, do nascente com a Rua do Outeiro e Baldio e do poente
com o caminho público, não descrito na Conservatória do Registo
Predial de Montalegre, inscrito na respectiva matriz predial, em
nome da justificante, sob o artigo 922, anteriormente inscrito na
respectiva matriz predial sob o artigo urbano 792, da freguesia de
Vilar de Perdizes (S. Miguel), (Extinta), concelho de Montalegre;
Que não tem qualquer título formal de onde resulte
pertencer-lhe o direito de propriedade do referido prédio, mas
iniciou a sua posse em mil novecentos e setenta e oito, ano em
que o adquiriu por partilha meramente verbal feita com os demais
interessados da herança aberta por óbito de João Botelho, casado
com Diamantina Garcia, pai da justificante, residente que foi em
Vilar de Perdizes (S. Miguel), concelho de Montalegre.
Que, desde aquela data, sempre tem usado e fruído o prédio,
ocupando-o com pertences seus, efectuando a sua limpeza,
utilizando-o como habitação secundária, fazendo obras de
conservação, pagando as contribuições por ele devidas, fazendo
essa exploração com a consciência de ser a sua única dona, à vista
de todo e qualquer interessado, sem qualquer tipo de oposição há
mais de vinte anos, o que confere à posse a natureza de pública,
pacífica, contínua e de boa fé, razão pela qual adquiriu o direito de
propriedade sob o prédio por USUCAPIÃO que expressamente
invoca para efeitos de ingresso do mesmo no registo predial.
Está conforme certidão do respectivo original.
Chaves, 19 de Agosto de 2015.
A Colaboradora (reg. nº 95/03 de 31/12/2012), Emília
Ribeiro.
Notícias de Barroso, n.º 482, de 14 de novembro de 2015
Notícias de Barroso, n.º 482, de 14 de novembro de 2015
Notícias de Barroso, n.º 482, de 14 de Novembro de 2015
EXTRATO
Instituto dos Registos e do Notariado
Conservatória dos Registos Civil, Predial e
Cartório Notarial de Montalegre
EXTRATO
Barroso
Noticias de
14 de Novembro de 2015
13
Sociólogo Português no Rio de Janeiro
Lita Moniz
Convidado para participar
no Rio de Janeiro do Seminário
Cultura e Política, iniciativa do
programa Cultura e Pensamento
do Ministério da Cultura, o
sociólogo português Boaventura
de Souza Santos mais uma vez
surpreendeu a plateia com ideias
avançadas e oportunas a apontar
caminhos para uma democracia
mais participativa.
“O resgate da democracia,
sequestrada
pelas
forças
do mercado, será feito com
a retomada das ruas pela
sociedade, único espaço ainda
não colonizado.”
No dia 29 de outubro, no
Teatro de Arena na Universidade
Federal do Rio de Janeiro, o
sociólogo Boaventura participou
de um encontro com professores
e estudantes.
Entre os principais assuntos
abordados
destacou-se
o
esgotamento da democracia
representativa tradicional, na
qual se elegem políticos para
representar a população, e a busca
pela democracia participativa
com atuação direta dos eleitores,
seja através de plebiscitos ou por
manifestações de rua.
“Muita da cultura é feita no
espaço público, é feita na rua.
Desde 2011, os jovens, em vários
países do mundo, do Ocuppy
[Wallstreet, nos Estados Unidos],
dos Indignados [da Espanha], do
sul da Europa, aos protestos que
aconteceram aqui em 2013, os
jovens chegaram à conclusão de
que rua é o único lugar público
que não está colonizado pelos
mercados financeiros. E vêm para
a rua porque as instituições não
respondem aos seus anseios.”
Para o sociólogo Boaventura
a democracia como se apresenta
não é real, foi sequestrada, é
refém do dinheiro, do mundo
capitalista, pouco pode diante da
força do capital.
Para o sociólogo é preciso
modificar a estrutura dos partidos,
hoje dominada por uma cúpula
que abre poucos ou nenhuns
espaços para a participação
social dentro deles. A passagem
desta modalidade de democracia
para uma democracia mais
participativa não se dará através
de simplesmente traçar os
braços e se trancar em casa. Será
preciso ir para a rua. Vivenciar
momentos turbulentos em que
se vai misturar luta institucional
com luta extrainstitucional. Ou
seja, lutas nas instituições a
serviço da mudança, e lutas fora
das instituições para forçar essas
transformações, destaque para
o papel fundamental das redes
sociais como amparo, divulgação
das ideias concebidas pelos
círculos de decisão e outros.
Era esperado neste seminário
que o sociólogo aprofundasse o
conceito de “ poder dronificado”,
uma forma de poder que a
princípio se mostra invencível,
mas que tem entre os seus pontos
fracos justamente a resistência
popular.
“O poder contemporâneo é
um poder dronificado. O drone é
uma forma de poder bélico que
elimina o heroísmo da guerra,
que elimina a possibilidade da
derrota, porque quem está a
matar no Afeganistão está atrás
de um computador no Nebraska,
nunca pode ser morto, ferido
ou derrotado. Mas também
não pode ser herói. Muito do
poder hoje quer se afirmar
como invencível. O que são os
mercados financeiros se não uma
forma de poder dronificado? O
que são as formas de segurança
de nossos dados de vigilância
global, se não uma forma de
poder dronificado? Mas este
poder é frágil. Parece muito forte,
mas é frágil. O problema é que
a força está em nós. Somos nós
que lhe damos essa força toda,
porque não resistimos, porque
não sabemos resistir.”
Há uma frase que circula
no mundo do crime no Brasil:
“Sujou” é com esta frase que
o mundo do crime diz: fomos
descobertos, já sabem quem
somos, onde nos procurar.
O que se vê, o que se sente
e o que se ouve através de todo o
tipo de mídia, é na verdade esta
frase “sujou”, dita com outras
palavras, mas é a mesma, agora
todo mundo sabe o que acontece
nos bastidores da política.
Se há mérito no governo
atual, sem dúvida foi deixar à
mostra as mazelas, a corrupção
que corre nas veias do governo.
O Povo perdeu a confiança no
governo, neste e nos outros, todos
têm lá o seu quinhão de culpa.
Ir para as ruas será uma das
soluções, mas primeiro é preciso
recuar, como diz o sociólogo
Boaventura, é preciso aprender a
resistir.
De Bridgeprt, CT, USA
Joseph Ganim volta a ser Mayor
Domingos Dias
Joe Ganim tinha sido
presidente da Câmara de
Bridgeport, durante 12 anos,
desde 1991 a 2003. Então,
foi acusado e processado em
tribunal por corrupação, tendo
sido condenado a 9 anos de
prisão, mas cumpriu apenas
7 anos pelo motivo de bom
comportamento. Foi libertado
em 2010 e perdeu a licença de
praticar lei como advogado no
Estado de Connecticut.
No principio deste ano
decidiu candidatar-se a presidente
da Câmara de Bridgeport,
novamente, admitindo que
tinha cometido erros e dos
quais estava arrependido,
prometendo fazer melhor
no futuro. Em Setembro
deste ano, ganhou as
eleições primárias do
partido democrático, onde
participaram meia dúzia
de candidatos, sendo
os principais o Mayor
Bill Finch, que ocupava
atualmente o cargo há oito
anos, e Mary Foster, vice
presidente da Universidade
de Bridgeport.
Joseph
Ganim
venceu e passou a ser
o candidato oficial do
partido
democrático,
agora
com 56 anos de idade. Quando
eleito a primeira vez em 1991,
tinha apenas 32 anos, sendo
o presidente mais novo desde
sempre.
No passado dia 3 de
Novembro, houve elições
para escolher o novo
presidente da Câmara,
entre os candidatos e
Joseph Ganim, democrata,
recebeu
11,198
votos, Enrique Torres,
republicano, com 2,838
votos, e Mary Foster,
independente, com 6,029
votos.
Este é um caso inédito
na política de Bridgeport, a
maior cidade do Estado de
Connecticut, com 150,000
habitantes. A maioria dos
votantes decidiu perdoar
o sr. Joseph Ganim pelos
crimes de corrupção
cometidos, porque ele tinha feito
bom trabalho anteriormente
quando presidiu a esta Câmara.
Com a ajuda do Estado
de Connecticut e do Governo
Federal,conseguiu equilibrar as
finanças da cidade que estavam
numa situação precária, à beira
da banca rota, admitiu mais 100
policias e o crime diminuíu,
limpou a cidade e mandou
plantar muitas árvores e flores,
foi construído um complexo
desportivo (The Ballpark at
Harbor Yard) e um teatro (Webster
Bank Arena), etc.
Apresentamos parabéns ao
novo Mayor Joseph Ganim, com
votos de muito sucesso para ele
e para a cidade de Bridgeport,
para que continue no caminho
do progresso.
Dos Estados Unidos
Armando Fontoura conquista 9.º mandato. São 25 anos de Xerifado e mais 24 na Polícia, um facto notável.
Ao eleições de terça-feira
(dia 3) não foram totalmente
favoráveis aos candidatos lusoamericanos que concorreram
em diversas áreas da costa leste.
As vitórias mais expressivas
e
relevantes,
por
várias
razões, foram as de Armando
Fontoura que consegue o seu
nono mandato como Xerife
do Condado de Essex, tendo
derrotado o seu adversário
republicano António Pires com
39.967 votos contra 10.466
votos, uma margem expressiva.
Este resultado define a qualidade
de Fontoura, do seu trabalho e
do empenho que lhe dedica.
Stephanie
Gonçalves,
no Board of Education de
Elizabeth conseguiu derrotar o
veterano Tony Monteiro, tendo
conseguido o maior número de
votos de eleição, 3.655 votos,
contra 2.219 de Monteiro e
435 de Maria DaRassi, um feito
inédito para uma estreante.
Também Eliana PintorMarim consolidou a sua posição
como deputada estadual ao
conseguir 6.512 votos com
Grace Spencer, na sua linha, a
conseguir 6.797 votos.
Em Fall River, MA., a
grande surpresa foi a derrota do
Mayor Sam Sutter, um histórico
da política local para o lusoamericano Jasiel Correia II, até
agora vereador, com 51.81%
contra 47.75% dos votos.
Manuel Figueiredo, Mayor
em Union, manteve o cargo
e foi reeleito por mais 3 anos
com 3.116 votos. Em Union,
Figueiredo poderá delegar a sua
posição a outro vereador como é
prática normal.
14
Barroso
Noticias de
14 de Novembro de 2015
Cartas dos leitores
Lisboa, 4 de Novembro de
2015
Ainda sobre a publicação de
livros
Senhor director
Bem que me disse há dias,
que vinha aí mais tempestade
sobre os livros de autoria do
nosso amigo Zé Miranda. Fiquei
na expectativa, mas não contava
com ventos tão fortes, nem com
chuva tão intensa.
No último correio electrónio,
que lhe enviei, afirmava que
não voltava a escrever sobre
comentários com tendência
política. Contudo, senti-me na
obrigação de dizer algo, em
relação ao artigo de Bento
Monteiro, publicado no seu jornal
de 20.10.2015, porque cita o meu
nome, merecendo uma pequena
explicação. Os comentários de
Bento Monteiro, normalmente,
direccionados ao executivo da
CMM, sempre os interpretei,
como oposição e só mereceram
os meus reparos, por pugnar pela
isenção política e religiosa dum
jornal, que se destina a leitores
dos vários quadrantes políticos.
Como também referi, desisti dessa
minha pretensão, por me dar
conta que, no fim de contas, todos
os jornais têm as suas máculas. O
exemplo mais flagrante, passase com o jornal mais lido em
Portugal, o CM, que é altamente
tendencioso. Talvez seja por
trocarem o género do sobrenome
do seu primeiro director, Vítor
Direito. Digo eu….A sua grande
procura não é, de certeza, por
ter essa tendência, mas sim, pelas
suas notícias sensacionalistas,
que o povo gosta e que não vêm
publicadas noutros jornais. Às
vezes, até parecem mentira.
Mas, retomando o assunto
da introdução desta carta, Bento
Monteiro diz-me que não fez
nenhuma “crítica velada” à
Câmara, limitando-se, quando
Instituto dos Registos e do Notariado
Conservatória dos Registos Civil, Predial e
Cartório Notarial de Montalegre
EXTRATO
Certifico para efeitos de publicação que, por escritura lavrada no dia 12 de novembro de 2015, na Conservatória dos Registos Civil, Predial
e Cartório Notarial de Montalegre, a cargo de Maria Carla de Morais Barros Fernandes, Adjunta da Conservadora, em exercício de funções
notariais, exarada a folhas 90 e seguintes do livro 982-A, MARIA FLORA FONSECA DA SILVA MOURA, viúva, natural da freguesia de Vilar
de Perdizes, deste concelho, onde reside na Rua dos Carrins, n.º 30, declarou:
Que é dona, com exclusão de outrém, dos seguintes bens imóveis, situados na União das Freguesias de Vilar de Perdizes e Meixide,
concelho de Montalegre:
- Um: - Prédio rústico situado no CAMPO, composto de cultura arvense de sequeiro, com a área de quatro mil setecentos e quarenta e cinco
metros quadrados, a confrontar do norte com herdeiros de João Gomes, sul com Agostinho Cruz Parada, nascente com Maria Olinda Jesus
Alves Moura e do poente com David Rodrigues Bernardes, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 7986, que corresponde ao artigo 5334 da
freguesia de Vilar de Perdizes (Extinta).
- Dois: - Duas terças partes indivisas de um prédio rústico situado em VAL DA GONDA ou VALA DA GONDA, composto de mato,
descrito na Conservatória do Registo Predial de Montalegre sob o número cento e onze, não incidindo sobre esta fração qualquer inscrição em
vigor, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 5857, que corresponde ao artigo 3199, da freguesia de Vilar de Perdizes (S. Miguel), (Extinta).
Que é comproprietária da restante fração deste prédio, Ana da Ascensão Casanova de Morais.
Que, relativamente ao prédio da verba um, apesar de pesquisas efetuadas, não foi possível obter o artigo matricial antes da substituição das
matrizes de mil novecentos e noventa e sete e encontra-se ainda por descrever na Conservatória do Registo Predial de Montalegre e, quanto ao
prédio da verba dois, estava inscrito na matriz antes de mil novecentos e noventa e sete sob o artigo 6880.
Que a justificante foi casada em comunhão de adquiridos com João Moura, não tem qualquer título de onde resulte pertencer-lhe o direito
de propriedade dos prédios, mas iniciou a sua posse em mil novecentos e oitenta, ainda no estado de solteira, ano em que os adquiriu da seguinte
forma:
- O da verba número um, por compra meramente verbal a José Casanova de Morais e mulher Maria Parreira Pereira de Morais, residentes
que foram em Grândola, já falecidos.
- Uma terça parte indivisa da verba número dois, por compra meramente verbal aos mesmos José Casanova de Morais e mulher Maria
Parreira Pereira de Morais; e,
- Uma terça parte indivisa da verba dois, por compra meramente verbal a Maria Fernandes Morais e marido Joaquim Ferreira Anacleto,
residentes em Pousados, freguesia de Bugalhos, concelho de Alcanena.
Que desde essa data, sempre tem usado e fruído os indicados prédios, e em composse o da verba número dois, cultivando-os e colhendo
os seus frutos, pagando todas as contribuições por eles devidas e fazendo essa exploração com a consciência de ser a sua única dona, à vista
de todo e qualquer interessado, sem qualquer tipo de oposição, há mais de vinte anos, o que confere à posse a natureza de pública, pacífica,
contínua e de boa fé, razão pela qual adquiriu o direito de propriedade sob os prédios por USUCAPIÃO, que expressamente invoca para efeitos
de ingresso dos mesmos no registo predial.
Cartório Notarial de Montalegre, 12 de novembro de 2015
O 1.º Ajudante,
(Ilegível)
Conta:
Emol: Art.º 20.4.5) ------------ 23,00 €
São vinte e três euros
Registado sob o n.º 684
Notícias de Barroso, n.º 482, de 14 de novembro de 2015
Instituto dos Registos e do Notariado
Conservatória dos Registos Civil, Predial e
Cartório Notarial de Montalegre
EXTRATO
Certifico para efeitos de publicação que, por escritura outorgada hoje, na Conservatória dos Registos Civil, Predial e Cartório Notarial de
Montalegre, a cargo da Dra Maria Carla de Morais Barros Fernandes, exarada a folhas 94 e seguintes do livro 982- A, ANTÓNIO DOS
SANTOS FRUTUOSO e mulher JOAQUINA LAGE VALDEGAS FRUTUOSO, casados em comunhão geral, naturais da freguesia de
Sarraquinhos, deste concelho, onde residem no lugar de Cepeda, na Rua Central, n.º 60, DECLARARAM:
Que são donos, com exclusão de outrém, do seguinte bem imóvel, situado na freguesia de Sarraquinhos, concelho de Montalegre:
- Prédio rústico situado na CORTINHA DA PORTA, composto de cultura arvense, com a áreea de seis mil e duzentos metros quadrados, a
confrontar do norte com António Marques de Carvalho, sul com Domingos Martinho Caldas, nascente e poente com Maria Margarida Dias,
inscrito na respetiva matriz sob o artigo 4585.
Que o prédio encontra-se ainda por descrever na Conservatória do Registo Predial de Montalegre e estava inscrito sob o artigo 1503, antes
da substituição das matrizes de mil novecentos e noventa e sete.
Que não têm qualquer título de onde resulte pertencer-lhes o direito de propriedade do prédio, mas iniciaram a sua posse em mil novecentos
e noventa e dois, ano em que o adquiriram por doação meramente verbal de seus pais e sogros Joaquim Gonçalves Frutuoso e Ana
Gonçalves dos Santos, residentes que foram no indicado lugar de Cepeda.
Que, desde essa data, sempre têm usado e fruído o indicado prédio, cultivando-o e colhendo os seus frutos, pagando todas as contribuições
por ele devidas e fazendo essa exploração com a consciência de serem os seus únicos donos, à vista de todo e qualquer interessado, sem
qualquer tipo de oposição, há mais de vinte anos, o que confere à posse a natureza de pública, pacífica, contínua e de boa fé, razão pela
qual adquiriram o direito de propriedade sob o prédio por USUCAPIÃO, que expressamente invocam para efeitos de ingresso do mesmo
no registo predial.
Está conforme.
Cartório Notarial de Montalegre, 13-11-2015
O 1.º Ajudante, (Ilegível)
Conta: Artigos:
“
20.4.5) ------------ 23,00 €
Sa~vinte e três euros
Registado sob o n.º 688
Notícias de Barroso, n.º 482, de 14 de novembro de 2015
tal se justifica, a manifestar e
fundamentar a sua opinião,
umas vezes contra outras a favor,
relativamente às posições que
vão sendo tomadas nos órgãos
próprios do município. Confirmo
tudo o que diz e tem toda a razão,
porque a expressão que usei, não
foi no seu sentido intrínseco de
oculto,encoberto, dissimulado.
Foi no sentido metafórico de
suave, moderado e aceitável,
face à contundência com que o
Dr. Manuel Ramos atacou o Zé
Miranda e o seu livro.
Já à resposta que agora dá
ao Zé Miranda, me parece um
pouco dura, dado que, no seu
articulado, deixa implícita, a ideia
que o conhece e, como tal, sabe
que se trata duma pessoa de boa
índole, sendo merecedor que a
agressividade posta na sua carta,
fosse levada em linha de conta,
pela maneira como foi atacado.
Tanto Bento Monteiro, como o
Dr. Manuel Ramos, insistem que
o Zé Miranda, tem todo o direito
de escrever os livros que quiser,
desde que os pague, do seu bolso.
Todos sabemos que os seus livros
não têm valor comercial, nem
foram idealizados com esse fim.
Têm muito valor pessoal, familiar
e, quiçá, concelhio. Eu, já li os dois
que publicou e gostei. O primeiro,
narra a sua biografia, que é igual
à de muitos jovens do seu tempo,
nascidos e criados em Barroso, a
seguir à segunda grande guerra,
com as maiores dificuldades de
sobrevivência. Eu, que o diga….
O segundo, fala das agruras
da vida, que passou na guerra
colonial, tal como muitos milhares
de portugueses que, aos vinte
anos de idade, foram obrigados
a por em causa a sua existência.
Infelizmente,
muitos
deles,
não voltaram……A Câmara
Municipal, deveria oferecer, para
recordação, um livro destes, a
cada barrosão, que combateu no
ultramar.
Por
fim,
deixo
este
pensamento: Se o Zé Miranda,
não é nenhum “ricalhaço”, tem
reconhecido jeito para escrever
e a Câmara tem possibilidades
de custear a feitura dos seus
livros, por que razão não deve
aproveitar? Qualquer pessoa,
na sua situação e com estas
possibilidades, faria o mesmo.
Se daí advém, no entender
dos comentadores, má gestão
dos dinheiros públicos, devem
assacar essa responsabilidade
ao executivo da CMM e não ao
Zé Miranda, que não passa dum
beneficiado, pelas circunstâncias.
Bem-haja e até sempre,
Manuel Ferreira Martins
CARTÓRIO NOTARIAL DE VIEIRA DO MINHO
NOTÁRIA SUSANA SOUSA
CERTIFICO, para efeitos de publicação, que por escritura do dia doze de novembro
dois mil e quinze, lavrada a folhas sessenta e três do livro setenta e cinco-A, deste Cartório,
que:
FRANCISCO RAMOS FERNANDES e mulher MARIA ADELAIDE
BORRALHEIRO MARTINS DA COSTA, casados sob o regime da comunhão de
adquiridos, naturais ambos da freguesia de Salto, concelho de Montalegre, onde residem
na Rua Central, nº 18, lugar de Tabuadela, contribuintes 185349234 e 193630796,
São donos e legítimos possuidores com exclusão de outrem do seguinte imóvel:
Prédio Rústico, denominado “Corga da Bouça” composto de pastagem, sito no
Lugar de seu nome, freguesia de Salto, concelho de Montalegre, com a área de treze
mil e setecentos metros quadrados, a confrontar do norte, sul, nascente e poente com
baldio, inscrito na atual matriz sob o artigo 1905 e omisso na anterior, não descrito na
Conservatória do Registo Predial de Montalegre.
Que este prédio adveio à sua posse, por doação meramente verbal de sua sogra e mãe
Leonor Pereira Borralheiro, viúva, residente que foi no lugar de Tabuadela, na mencionada
freguesia de Salto, em data que não pode precisar do ano de 1990, sem contudo ser
reduzida a escritura pública.
Que, desde essa data, têm possuído o dito prédio em nome próprio e sem a menor
oposição de quem quer que seja, desde o seu início, posse que sempre exerceram sem
interrupção e ostensivamente, à vista e com conhecimento de toda a gente e traduzida no
amanho da terra, roçando os seus matos, cortando as lenhas de árvores, no que concerne
ao monte e suportando os inerentes custos, bem como em todos os demais actos materiais
de fruição, pagando os respectivos impostos, sendo, por isso, uma posse pacífica, porque
exercida sem violência, contínua e pública.
Como esta posse assim exercida o foi sempre de forma correspondente ao exercício
do direito de propriedade, acabaram por adquirir o prédio por usucapião, o que invocam
para justificar o direito de propriedade para fins de registo predial, dado que este modo de
aquisição não pode ser comprovado extrajudicialmente de outra forma.
Declarações estas confirmadas por três testemunhas.
ESTÁ CONFORME O ORIGINAL.
Vieira do Minho, doze de novembro de 2015.
A Notária,
Fatura/registo nº 1811/002/2015
Notícias de Barroso, n.º 482, de 14 de Novembro de 2015
VENDE-SE em Montalegre
Terreno situado em Fonte d’El Rei, entre o Castelo e a
estrada marginal do Parque de Lazer do Cávdo. Com uma área
de 5.000 m2 está povoada de carvalhos seculares e tem um
poço de água própria. Contactos: 911 906 081 e 21 793 2527
Barroso
Noticias de
14 de Novembro de 2015
DESPORTO
FUTSAL
Final da Supertaça da
Associação de F de Vila Real
Dia 28.10.2015
Vilar de Perdizes 2 Amigos A Beira Douro 4
Amigos A Beira Douro
vencem a 1ª Supertaça distrital.
Vilar de Perdizes caiu de pé.
Equipa do Vilar: Luís; PTT,
Sérgio, Bruno, Miguel Freitas e
João Miguel, Carlos Costa, Jorge
Fidalgo, Ricardo, Rui e João Carlos.
Treinador: Armando Pinto
Os actuais campeões distritais
de Futsal da A.F. Vila Real, Amigos
A Beira Douro venceram a
Supertaça distrital de Futsal. A
equipa da Régua que, recorde-se,
está agora na 2ª divisão nacional
do Futsal Português, esteve melhor
no aspecto físico, e acabou por se
superiorizar. Depois de três erros
defensivos, o conjunto da Régua
chegou facilmente ao 3-0.
Vitória justa dos Amigos
A Beira Douro, com erros de
arbitragem que prejudicaram
o Vilar de Perdizes. Fidalgo foi
derrubado e o guarda-redes Luís,
do Amigos A Beira Douro, deveria
ter visto a cartão vermelho. Luís e
PTT foram os melhores do Vilar
enquanto Manuel e Mika foram os
melhores da equipa da Régua.
FUTEBOL
Taça Distrital da Associação
de Vila Real
1.ª eliminatória, no Estádio Dr
Diogo Vaz Pereira, Dia 1.10.2015
Montalegre 5 Abambres 1
Montalegre – Vieira; Marcos,
Asprilla, Zé Luís e Leonel
Fernandes; Chico (Gabi 71),
Vargas (Michel 61) e Zé Victor;
Zack, Badará e Renteria (Tiago
Santos 77). Treinador: Zé Manuel
Viage
Golos: Renteria, Zé Victor,
Badará, Marcos e Zack.
Depois dos 0-4 para o
campeonato,
os
barrosões
bateram o Abambres por 5-1,
mas o Abambres ainda assustou
porque entrou melhor no jogo
e Tiago Pinto aproveiou alguma
insegurança do Montalegre para
fazer um grande golo num remate
forte e colocado.
A partir do minuto 25, o
Montalegre acertou as marcações
e com variações no ataque começa
a criar maiores dificuldades à
equipa Vilarealense. Badará assiste
Renteria para o empate, depois Zé
Victor, de livre directo, faz o 2-1
e na sequência de uma grande
jogada colectiva Badará faz o
3-1. Ou seja, em quatro minutos
o Montalegre marca três golos!
A equipa do Abambres acusa os
golos e Marcos, em grande jogada
individual, faz o 4-1, ainda antes
do intervalo.
O jogo ficou resolvido ao
intervalo e a etapa complementar
foi jogada a um ritmo mais baixo,
com os barrosões a gerir o jogo…
Já com Michel em campo o
Montalegre faz o definitivo 5-1.
O sueco faz uma assistência
perfeita para Zack que só teve que
encostar…
Jogo no Campo Padre Manuel
José Jorge, em Salto, Dia 31-102015
Salto 1 Santa Marta 3
O
Salto
jogou
com:
Domingos; Renato, Novais, João
Pedro e Leandro; Jaime, Vieira e
Tiago; Andry, PP e Rafael (Cândido
45). Treinador: Jorge Carvalho
Golo: Andry
Os barrosões estiveram mal
na primeira parte, a defender mal
e a sair pior para o ataque. O Santa
Marta, com alguns jogadores
experientes, aproveitou e logo aos
7 minutos inaugurou o marcador
por Armando depois de uma
saída em falso do guarda-redes
Domingos. Pouco depois da meia
hora os Penaguiotas aumentam
por Ricardo Borges ao aproveitar
um erro da defensiva da equipa
da casa. Aos 37m, ficou por
assinalar uma grande penalidade
sobre Jaime, travado dentro da
área de rigor. E, de seguida, por
alegadas palavras dirigidas ao
àrbitro, o refrido Jaime é expulso
com vermelho directo. O Santa
Marta faz o 0-3, no melhor golo da
tarde, por Gabi, num disparo forte
e colocado.
Na etapa complementar,
melhorou e muito o desempenho
do Salto na partida. Tiago e
Cândido levavam a equipa para
a frente, o Santa Marta levanta o
pé do acelerador e os barrosões
marcam por AndrY depois
de excelente cruzamento do
talentoso Tiago.
Campeonato Distrital da AF
Vila Real
7.ª Jornada, Jogo no Campo
Padre Manuel José Jorge, em
Salto, Dia 08-11-2015
O derdy mostrou a superioridade
do Leader
O Salto bateu-se bem com
o Montalegre mas continua com
graves problemas defensivos e
assim é difícil pontuar. Bem cedo,
os de Montalegre aproveitaram
um erro da defesa Saltense e
marcaram por Vargas. Quatro
minutos depois boa iniciativa
individual de Marcos que cruza
e Novais marca na baliza errada.
As equipas foram para o intervalo
com 0-2.
A etapa complementar não
teve ritmo e foi quase sempre
mal jogada. O encontro acabou
praticamente com um livre directo
e forte de Vargas que faz o 0-3.
Boa arbitragem e vitória justa
do Montalegre.
O Vilar de Perdizes ganhou
ao Ribeira de Pena por 3-1 e
segura o 2.º lugar da tabela em
perseguição ao Montalegre.
O Salto ocupa o penúltimo
lugar com apenas um ponto. Na
próxima jornada desloca-se à vila
termal para defrontar o Vidago e o
Vilar de Perdizes joga em Murça.
Resultados:
GDC Salto 0-3
GD Cerva 4-2
Abambres1-3
Santa Marta5-4
Atei
2-0
GD Valpaços2-2
VPerdizes 3-1
Montalegre
Vidago
Régua
Vila Pouca
FC Fontelas
Mesão Frio
Ribeira Pena
Salto 0 Montalegre 3
MOTORES
Salto: Domingos; Renato,
Novais (Cândido 45), Danilo e
Leandro; Gigante, Vieira (Rafael
80) e Tiago; Andry, PP e Zé
António (Leonardo 74). Treinador:
Jorge Carvalho
Montalegre: Ricardo Anjos;
Marcos, Asprilla, Zé Luís e leonel
Fernandes; Chico, Zé Victor e
Renteria (Gabi 65); Vargas (Clayton
71), Michel e Zack (Tiago 70).
Treinador: Zé Manuel Viage
Golos: Vargas – 2 e Novais (na
própria baliza)
Mundial de Trail Running
2016
Com um orçamento próximo
dos 300 mil euros, foi explicado
nos Paços do Concelho da Câmara
Municipal de Braga, o VI Mundial
de Trail Running 2016, evento
que irá passar pelo concelho de
Montalegre.
A prova vai ser disputada
no Parque Nacional PenedaGerês, a 29 de outubro, numa
organização do ultramaratonista
15
Carlos Sá. Em representação do
município de Montalegre, esteve
o vice-presidente David Teixeira,
acompanhado pelo representante
do Ecomuseu de Barroso, Otelo
Rodrigues.
A organização do VI
Campeonato do Mundo de “trail
running”, quer fazer do evento o
mais bem-sucedido e participado
da história. Isto foi vincado
na conferência de imprensa,
realizada nos Paços do Concelho
da Câmara de Braga, que explicou
a um número considerável de
jornalistas os trunfos deste cartaz
desportivo. A convicção saiu da
boca de José Carlos Santos, vicepresidente da ITRA (Internacional
Trail
Running
Association),
posição corroborada por Carlos
Sá, o ultramaratonista português
responsável pela organização do
evento, a par com os municípios
de Braga, Arcos de Valdevez,
Terras de Bouro, Ponte da Barca e
Montalegre.
Com efeito, se antes só era
permitida a participação de oito
elementos por seleção, quatro
masculinos e quatro femininos,
agora alargou-se para 18, nove
de cada sexo, o que poderá
significar
uma
participação
recorde de atletas se cada seleção
– são esperadas entre 40 a 50 –
usar o limite máximo, explicou
Carlos Sá. Nesse caso, o PNPG
irá receber mais do dobro de
participantes em relação ao
último Campeonato do Mundo
realizado este ano em França, que
contou com cerca de 300 atletas.
Além desta corrida, a organização
vai desenhar um percurso mais
curto para atletas amadores, que
ainda não está definido, «mas não
será difícil reunir um milhar» de
corredores, avançou Carlos Sá.
O atleta detalhou ainda que as
condições logísticas oferecidas,
aliadas à beleza natural do
PNPG, foram decisivas para a
candidatura portuguesa ganhar
a corrida à organização do
Campeonato do Mundo.
Barroso
Noticias de
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SEXTA FEIRA 13 em grande

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