No Slide Title
Transcrição
No Slide Title
Conceito e Panorama Atual da Governança Corporativa FIPECAFI Prof. Dr. Alexandre Di Miceli da Silveira Doutor e Mestre em Administração de Empresas – Finanças – FEA/USP Professor Doutor de Contabilidade e Finanças – FEA/USP Coordenador Executivo – CEG (Centro de Estudos em Governança Corporativa da FIPECAFI) São Paulo, 27 de Julho de 2009 Prof. Dr. Alexandre Di Miceli da Silveira (FEA/USP) Governança Corporativa Panorama da Governança Corporativa no Brasil Diversas evidências mostram que o tema governança corporativa avançou muito no Brasil nos últimos anos Evidências do aumento da importância da governança corporativa no Brasil: Crescimento exponencial das empresas nos níveis mais avançados de GC da Bovespa (117 empresas no N2 (18) e NM (99) em 05/05/09) Forte movimento de ofertas públicas iniciais de ações de 2004 a 2007 (113 IPOs), com grande maioria (84%) das listagens ocorrendo no Nível 2 ou Novo Mercado Crescimento exponencial das matérias sobre governança corporativa na mídia especializada Iniciativas institucionais e governamentais visando aumentar o acesso das empresas ao capital em função das suas práticas de governança (regras da SPC, auto-regulação da ANBID, etc.) Brasil visto como líder latino-americano e talvez como país mais avançado dos BRICs em governança corporativa Prof. Dr. Alexandre Di Miceli da Silveira (FEA/USP) 2 Governança Corporativa Contraponto Entretanto, uma análise mais minuciosa mostra que ainda temos um longo caminho a percorrer rumo às melhores práticas de GC 275 das 432 empresas ainda não estão listadas em qualquer segmento de governança corporativa (cerca de 2/3 do total) Empresas maiores e mais tradicionais em geral ainda não estão nos segmentos mais avançados de governança (Nível 2 e Novo Mercado) A média geral de governança corporativa das empresas listadas ainda pode ser considerada baixa (média abaixo de 9,0 entre 20 pontos possíveis no questionário do Prêmio IBGC em 2007) Percebe-se um movimento de aprimoramento concentrado em um pequeno grupo de empresas, levando a uma maior heterogeneidade na qualidade da governança das empresas Fora da população das empresas listadas em bolsa, há um vasto número de empresas de grande porte com práticas incipientes de GC Sob uma perspectiva mais ampla, o Brasil ainda é visto como um país com más práticas de governança e fraca proteção ao investidor Prof. Dr. Alexandre Di Miceli da Silveira (FEA/USP) 3 Governança Corporativa Panorama da Governança Corporativa no Brasil Ademais, a retomada do mercado de capitais a partir de 2004 também trouxe à tona episódios inesperados e questionáveis em relação à GC 1. “Poison Pills” brasileiras: adoção indiscriminada do mecanismo pelas companhias que vieram a mercado 2. Insider trading: suspeita de ocorrência em diversas operações de aquisição de controle (takeovers) 3. Equity Kickings: Aceleração do processo de abertura de capital por meio da alavancagem financeira de companhias por seus bancos coordenadores 4. BDRs: Emissão por empresas intrinsecamente brasileiras, com diversos casos resultando em problemas financeiros e de governança pós-IPOs 5. Gestão de Riscos: falta de atenção de conselhos de administração no monitoramento dos riscos aos quais suas companhias estavam expostas 6. Aquisições Originárias: Operações de venda de controle sem aprovação ou possibilidade de saída por parte de minoritários 7. CEMs (Control Enhancing Mechanisms): utilização de mecanismos para aumento do poder de controle, inclusive por parte empresas do Novo Mercado Prof. Dr. Alexandre Di Miceli da Silveira (FEA/USP) 4 Governança Corporativa Panorama da Governança Corporativa no Brasil Conclusões A governança corporativa vem ganhando destaque crescente ao longo desta década, com diversas iniciativas institucionais e governamentais Apesar do discurso pró-governança durante a onda de IPOs 2004-2007, diversos episódios inesperados e questionáveis ocorreram no período Muitos problemas ocorridos já resultaram em mudanças de regras por meio da regulação ou autorregulação Do ponto de vista das companhias, observa-se que infelizmente muitas adotaram a governança corporativa como um mero check list Os investidores também têm sua parcela de culpa, ao não questionarem seriamente as práticas de GC em um momento de euforia do mercado Com o advento da crise global, várias deficiências de GC ficaram claras, e o tema deverá receber um escrutínio cada vez maior pelos investidores O perigo é que no próximo período de euforia a criatividade venha a tona novamente e os investidores esqueçam as lições negativas de GC Prof. Dr. Alexandre Di Miceli da Silveira (FEA/USP) 5 FIM [email protected] [email protected] +5511 8149-8115 http://ssrn.com/author=443083 Prof. Dr. Alexandre Di Miceli da Silveira (FEA/USP) 6 Governança Corporativa Bibliografia Bibliografia recomendada (1/2) 1. JENSEN, Michael. A theory of the firm: governance, residual claims, and organizational forms. 1. ed. Harvard University Press, 2001. 320p. 2. JENSEN, M. Value Maximization, Stakeholder Theory, and the Corporate Objective Function. Journal of Applied Corporate Finance, v. 14, n. 3, p. 8-21, Fall, 2001. 3. LA PORTA, Rafael, SHLEIFER, Andrei, LOPEZ-DE-SILANES, Florencio. Corporate ownership around the world. Journal of Finance, v. 54, p. 471-517, 1999. 4. SHLEIFER, Andrei, VISHNY, Robert. A survey of corporate governance. Journal of Finance, v. 52, n. 2, p. 737783, 1997. 5. COFFEE, John C. A Theory of Corporate Scandals: Why the U.S. and Europe Differ. Columbia Law and Economics Working Paper No. 274. March, 2005. Disponível em <http://ssrn.com/abstract=694581> 6. BECHT, Marco, BOLTON, Patrick, RÖELL, Ailsa. Corporate governance and control. ECGI Finance Working Paper n. 02/2002, 2002. Disponível em <http://ssrn.com/abstract_id=343461>. 7. STERNBERG, Elaine. Just Business – Business Ethics in Action. 2a ed. Oxford University Press, 2000. 302p. 8. McLEAN, Bethany, ELKIND, Peter. The Smartest Guys in the Room – The Amazing Rise and Scandalous Fall of Enron. 1a ed. Penguin Books, 2004. 440p. 9. MONKS, Robert, MINOW, Nell. Corporate Governance. 3a ed. Blackwell Publishers, 2003. 464p. 10.KRAAKMAN, Reinier, DAVIES, Paul, HANSMAN, Henry, HERTIG, Gerard, HOPT, Klaus, KANDA, Hideki, ROCK, Edward. The Anatomy of Corporate Law. 1. ed. Oxford University Press, 2004. 231p. Prof. Dr. Alexandre Di Miceli da Silveira (FEA/USP) 7 Governança Corporativa Bibliografia Bibliografia recomendada (2/2) 11.RAJAN, Raghuram, ZINGALES, Luigi. Salvando o Capitalismo dos Capitalistas. 1. ed. Elsevier Editora Ltda, Rio de Janeiro, 2004. 393p. 12.MORCK, Randall K. (editor). A History of Corporate Governance Around the World. 1. ed. National Bureau of economic Research – NBER, Chicago. 2005. 687p. 13.CHEW, Donald H., GILLAN, Stuart L. (org). Corporate Governance at the Crossroads. 1. ed. McGraw-Hill Irwin. 2005. 512p. 14.SILVEIRA, Alexandre Di Miceli. Governança Corporativa, Desempenho e Valor da Empresa no Brasil. Ed. Saint Paul Institute of Finance, 1ª ed. 2005. 181 p. 15.SILVEIRA, Alexandre Di Miceli. Governança Corporativa e Estrutura de Propriedade. Ed. Saint Paul Institute of Finance, 1ª ed. 2006. 251 p. 16.IBGC (Org.). Governança Corporativa em Empresas de Controle Familiar: Casos de Destaque no Brasil. Ed. Saint Paul Institute of Finance. 1ª ed., São Paulo, 2006. 359p. 17.HAMILTON, Stewart, MICKLETHWAIT, Alicia. Greed and Corporate Failure – The Lessons from Recent Disasters. 1a ed. Palgrave MacMillian, 2006. 207p. 18.DAVIS, Stephen, LUKOMNIK, Jon, PITT-WATSON, David. The New Capitalists. 1a ed. Harvard Business School Press, 2006. 288p. 19.TIROLE, Jean. The Theory of Corporate Finance. 1. ed. Princeton University Press, 2006. 644p. cap. 1. p. 15-74. 20.CARVALHAL-DA-SILVA, André L., LEAL Ricardo P. C. (org.). Governança Corporativa – Evidências Empíricas no Brasil. Atlas. São Paulo, 2007. 262p. Prof. Dr. Alexandre Di Miceli da Silveira (FEA/USP) 8 HYPERLINKS Prof. Dr. Alexandre Di Miceli da Silveira (FEA/USP) 9 Governança Corporativa Boas práticas de governança corporativa: Exigências para inserção nos níveis diferenciados de governança da Bovespa Mais exigências de Nível de governança Gov. Corp. corporativa Requisitos para adesão aos Níveis de Governança Corporativa da Bovespa* Novo Mercado Emissão apenas de ações ordinárias e/ou conversão das ações preferenciais em ordinárias (proibição de ações preferenciais) Balanço anual seguindo as normas do US GAAP ou IAS GAAP Adesão às regras de Câmara de Arbitragem para resolução de conflitos societários Conselho de Administração com no mínimo 5 membros, mínimo 20% de conselheiros independentes e mandato unificado de no máximo 2 anos Oferta pública de compra de todas as ações em circulação, pelo valor econômico, em caso de fechamento do capital ou cancelamento do registro no nível 2 Direito de voto aos preferencialistas nas seguintes matérias: transformação, incorporação, cisão/fusão, aprovação de contrato com as subsidiárias Nível 1 Nível 2 Tag along de 100% aos ordinaristas minoritários e de 80% do valor para os preferencialistas Manutenção de um percentual mínimo de 25% de ações em circulação e Realização de ofertas públicas de ações favorecendo a dispersão do capital Divulgação de informações adicionais nas ITRs, DFPs e IANs (DF consolidadas, dem. fluxos de caixa e valores mobiliários detidos pelo grupo de controladores e grupo de administradores) Regras de Disclosure em operações envolvendo ativos da companhia e divulgação mensal das negociações com valores mobiliários realizados por controladores ou administradores Divulgação de acordo de acionistas, programas de stock options e termos dos contratos firmados com partes relacionadas Disponibilização de um calendário anual de eventos corporativos e realização de ao menos uma reunião pública anual com analistas e investidores Obrigação de todos os administradores assinarem o termo de anuência da Bovespa Prof. Dr. Alexandre Di Miceli da Silveira (FEA/USP) Governança Corporativa Realização de IPOs majoritariamente no N2 e Novo Mercado: entrada de 107 empresas no mercado de ações brasileiro desde 2004 (1/4) Estatísticas das Aberturas de Capital na BOVESPA até 18/Fev/2008 Ano 2005 2004 Empresa UOL Cosan Nossa Caixa OHL Brasil Energias BR TAM S/A Localiza Submarino Renar Porto Seguro DASA Grendene CPFL Energia ALL Amer Lat Gol Natura Segmento de listagem Natureza da oferta Volume R$ milhões ¹ Nº de corretoras ² Nº de investidores ³ Nº IPO desde 2004 16 Nível 2 Mista 625 56 13.234 Novo Mercado Primária 886 52 9.079 15 Novo Mercado Secundária 954 54 7.666 14 Novo Mercado Mista 496 42 1.084 13 Novo Mercado Mista 1.185 44 468 12 Nível 2 Mista 548 48 1.212 11 Novo Mercado Secundária 265 48 809 10 Novo Mercado Novo Mercado Mista Primária 473 16 52 42 4.022 1.698 9 8 Novo Mercado Mista 377 51 5.919 7 Novo Mercado Mista 437 44 2.892 6 Novo Mercado Secundária 617 56 7.905 5 Novo Mercado Mista 821 47 2.750 4 Nível 2 Mista 588 33 3.425 3 Nível 2 Mista Secundária 878 768 40 32 11.397 4.445 2 1 Novo Mercado 1. Volume financeiro total da operação 2. Número de corretoras que participaram do consórcio de distribuição 3. Número de investidores participantes do varejo (pessoas físicas + clubes de investimento) Prof. Dr. Alexandre Di Miceli da Silveira (FEA/USP) Fonte: site Bovespa - www.bovespa.com.br em 31/03/08 11 Governança Corporativa Realização de IPOs majoritariamente no N2 e Novo Mercado: entrada de 107 empresas no mercado de ações brasileiro desde 2004 (2/4) Ano 2006 Empresa Dufrybras Lopes Brasil Positivo Inf Odontoprev Ecodiesel Terna Part Profarma Brascan Res M.Diasbranco Santos Bras Klabinsegall Medial Saude Abyara MMX Miner Datasul GP Invest** Lupatech BrasilAgro CSU CardSyst ABnote Equatorial Totvs Company Gafisa Copasa Vivax Nº IPO desde 2004 42 Segmento de listagem Natureza da oferta Volume R$ milhões ¹ Nº de corretoras ² Nº de investidores ³ BDR Secundária 850 60 10.177 Novo Mercado Secundária 475 59 9.930 41 Novo Mercado Mista 604 61 18.814 40 Novo Mercado Mista 522 55 8.860 39 Novo Mercado Primária 379 58 9.446 38 Nível 2 Mista 627 52 6.509 37 Novo Mercado Mista 401 53 4.609 36 Novo Mercado Mista 1.188 54 4.319 35 Novo Mercado Secundária 411 56 3.460 34 Nível 2 Mista 933 54 4.209 33 Novo Mercado Mista 527 53 4.720 32 Novo Mercado Mista 742 53 3.131 31 Novo Mercado Primária 164 41 6 30 Novo Mercado Primária 1.119 35 18 29 Novo Mercado Mista 317 52 5.514 28 BDR Primária 706 49 2.373 27 Novo Mercado Mista 453 55 11.453 26 Novo Mercado Primária 583 35 3 25 Novo Mercado Mista 341 57 14.637 24 Novo Mercado Secundária 480 55 15.453 23 Nível 2 Mista 540 56 7.521 22 Novo Mercado Mista 460 57 16.322 21 Novo Mercado Mista 282 55 13.166 20 Novo Mercado Mista 927 57 14.028 19 Novo Mercado Primária Mista 813 529 60 50 15.802 7.916 18 17 Nível 2 Prof. Dr. Alexandre Di Miceli da Silveira (FEA/USP) Fonte: site Bovespa - www.bovespa.com.br em 31/03/08 12 Governança Corporativa Realização de IPOs majoritariamente no N2 e Novo Mercado: entrada de 107 empresas no mercado de ações brasileiro desde 2004 (3/4) Estatísticas das Aberturas de Capital na BOVESPA até 18/Fev/2008 Ano Empresa 2007 Indusval Tegma Marfrig Daycoval Cruzeiro Sul EZTec Log-In SLC Agricola Parana Inpar S/A Tarpon Sofisa Wilson Sons Cremer Agra Incorp CR2 Bematech Metalfrio JHSF Part Fer Heringer BR Malls Par Even Pine JBS Anhanguera GVT Holding Sao Martinho Iguatemi Tecnisa CC Des Imob Rodobensimob PDG Realt Segmento de listagem Natureza da oferta Volume R$ milhões ¹ Nº de corretoras ² Nº de investidores ³ Nº IPO desde 2004 74 Nivel 1 Mista 253 59 290 Novo Mercado Mista 604 64 6.776 73 Novo Mercado Mista 1.021 62 4.933 72 Nível 1 Mista 1.092 62 7.585 71 Nível 1 Mista 574 61 4.221 70 Novo Mercado Primária 542 62 5.553 69 Novo Mercado Mista 848 67 26.898 68 Novo Mercado Mista 490 64 9.750 67 Nível 1 Primária 529 50 8.586 66 Novo Mercado Primária 756 60 9.614 65 BDR Primária 444 56 10.714 64 Nivel 1 Mista 505 61 7.269 63 BDR Mista 706 57 11.915 62 Novo Mercado Mista 552 58 9.419 61 Novo Mercado Mista 786 62 5.375 60 Novo Mercado Primária 308 58 2.810 59 Novo Mercado Mista 407 60 8.718 58 Novo Mercado Mista 453 65 9.672 57 Novo Mercado Primária 432 66 4.561 56 Novo Mercado Mista 350 64 9.275 55 Novo Mercado Primária 657 66 13.909 54 Novo Mercado Primária 460 65 11.366 53 Nivel 1 Mista 517 55 20.251 52 Novo Mercado Mista 1.617 61 22.984 51 Nível 2 Mista 512 60 13.742 50 Novo Mercado Primária 1.076 59 14.597 49 Novo Mercado Mista 424 64 24.686 48 Novo Mercado Primária 549 64 16.889 47 Novo Mercado Mista 791 66 17.436 46 Novo Mercado Mista 522 63 22.294 45 Novo Mercado Primária Mista 449 648 62 62 14.181 12.018 44 43 Novo Mercado Prof. Dr. Alexandre Di Miceli da Silveira (FEA/USP) Fonte: site Bovespa - www.bovespa.com.br em 31/03/08 13 Governança Corporativa Realização de IPOs majoritariamente no N2 e Novo Mercado: entrada de 107 empresas no mercado de ações brasileiro desde 2004 (4/4) Estatísticas das Aberturas de Capital na BOVESPA até 18/Fev/2008 Ano Empresa Segmento de listagem Natureza da oferta Volume R$ milhões ¹ Nº de corretoras ² Nº de investidores ³ Nº IPO desde 2004 2008 Nutriplant * BOVESPA Mais Primária 21 0 N/D 107 Novo Mercado Mista 420 57 3.807 106 Novo Mercado Primária 2.035 58 164 105 Novo Mercado Secundária 5.984 70 255.001 104 Nível 1 Primária 700 61 21.222 103 BDR Primária 508 52 563 102 Novo Mercado Primária 252 60 723 101 Novo Mercado Mista 1.401 69 4.398 100 Novo Mercado Mista 699 55 13 99 Novo Mercado Secundária 6.626 69 64.775 98 BDR Primária 666 55 805 97 Novo Mercado Primária 506 67 13.177 96 Nível 2 Mista 413 61 3.709 95 Novo Mercado Primária 603 60 10.172 94 Novo Mercado Primária 330 62 2.444 93 Nível 1 Mista 822 62 5.197 92 2007 Tempo Part MPX Energia BMF Panamericano Laep Helbor Amil BR Brokers Bovespa Hld Agrenco Marisa SEB Tenda Trisul BicBanco Sul America Satipel Cosan Ltd** Estacio Part Generalshopp Multiplan Providencia Springs ABC Brasil Triunfo Part Guarani Kroton MRV Patagonia** Minerva Invest Tur Redecard Nível 2 Primária 775 67 19.261 91 Novo Mercado Mista 413 59 6.807 90 BDR Primária 275 59 1.572 89 Nível 2 Mista 447 64 10.890 88 Novo Mercado Primária 287 59 4.999 87 Nível 2 Mista 925 66 24.419 86 Novo Mercado Primária 469 64 11.135 85 Novo Mercado Mista 656 69 7.383 84 Nível 2 Mista 609 49 6.050 83 Novo Mercado Mista 513 59 7.139 82 Novo Mercado Primária 666 63 12.388 81 Nível 2 Mista 479 60 11.297 80 Novo Mercado Mista 1.193 60 15.657 79 BDR Mista 76 56 2.846 78 Novo Mercado Mista 444 62 11.660 77 Novo Mercado Novo Mercado Primária Mista 945 4.643 53 67 17 29.766 76 75 Prof. Dr. Alexandre Di Miceli da Silveira (FEA/USP) Fonte: site Bovespa - www.bovespa.com.br em 31/03/08 14 Governança Corporativa hyperlink Evolução das notícias sobre GC na mídia especializada – Gazeta Mercantil Notícias sobre Governança Corporativa no jornal Gazeta Mercantil 1000 873 900 Média 2004-2007 708 notícias 798 Número de notícias sobre GC 800 700 650 600 511 500 381 400 Média 2000-2003 171 notícias 300 231 200 Média 1996-1999 0,5 notícias 100 64 0 0 2 0 9 1996 1997 1998 1999 2000 0 2001 2002 Ano Prof. Dr. Alexandre Di Miceli da Silveira (FEA/USP) 2003 2004 2005 2006 2007 Governança Corporativa hyperlink Evolução das notícias sobre GC na mídia especializada – Revista Exame Notícias sobre Governança Corporativa na Revista Exame 70 Média 2004-2007 47 notícias Número de notícias sobre GC 64 58 60 Média 2000-2003 37 notícias 50 48 47 40 40 35 34 30 20 Média 1996-1999 3 notícias 10 10 6 0 2 2 1998 1999 0 1996 1997 2000 2001 2002 Ano Prof. Dr. Alexandre Di Miceli da Silveira (FEA/USP) 2003 2004 2005 2006 2007 Governança Corporativa Panorama GC no Brasil Iniciativas institucionais e governamentais visando aprimorar a GC no país e aumentar o acesso ao capital em função das práticas adotadas Iniciativas de adequação: Nova Lei das SA (10.303 / 2001); Códigos de governança do IBGC e da CVM; Níveis diferenciados de governança corporativa da Bovespa; Iniciativas de financiamento: Novas regras da Secretaria de Previdência Complementar (SPC) – Res. 3.456; Critérios do BNDES para concessão de recursos Maior facilidade de acesso a recursos do IFC/Banco Mundial Projeto de Lei do FGTS (PLS no 247 / 2002) Plano Diretor do Mercado de Capitais Código de Auto-Regulação da ANBID para ofertas de valores mobiliários Prof. Dr. Alexandre Di Miceli da Silveira (FEA/USP) 17 Governança Corporativa hyperlink O peso atual das empresas pertencentes aos níveis mais avançados de governança sobre a capitalização e volume de todo o mercado ainda não é tão relevante Das 20 maiores do país em capitalização de mercado (que representam 68,5% da capitalização de mercado da Bovespa), apenas 4 estão no Nível 2 ou Novo Mercado (Banco do Brasil, Redecard, OGX e CPFL) As empresas do N2 / NM correspondem a 27,1% do total de empresas listadas na Bovespa As empresas do N2 / NM correspondem a 20,2% da capitalização de mercado As empresas do N2 / NM correspondem a 20,6% do volume negociado em setembro de 2008 Prof. Dr. Alexandre Di Miceli da Silveira (FEA/USP) Fonte: Economatica® em 31/12/2008 e Boletim Informativo Bovespa – Ano 8 n. 143, abril de 2009 Governança Corporativa hyperlink Resultados do Prêmio IBGC de Empresas – 2005 a 2008 Ano Média DesvioPadrão Mínimo 1o Quartil Mediana 3o Quartil Máximo Amostra (Empresas) 2008 9,8 3,7 2,5 6,5 10,0 13,0 17,5 404 2007 8,8 3,50 1,5 6,0 8,5 11,5 17,0 366 2006 7,9 3,04 1,5 5,5 7,5 9,5 17,0 343 2005 7,7 2,65 2,0 6,0 7,0 9,0 16,0 378 O IPGC é composto por 20 perguntas binárias e objetivas. O questionário para construção do índice serve de base para atribuição do Prêmio IBGC de Empresas. Prof. Dr. Alexandre Di Miceli da Silveira (FEA/USP) Governança Corporativa hyperlink Maior heterogeneidade da qualidade da GC – estudo “Evolution and Determinants of Firm-Level Corporate Governance Quality in Brazil” (1/2) Corporate Governance Index (CGI) Scaled from 0-10 range 1998 2000 2002 2004 Mean 4.16 4.21 4.39 5.00 Standard-Dev 2.07 2.22 2.64 2.88 Minimum 1.67 2.08 2.08 2.50 1o Quartile 3.33 3.75 3.75 4.17 Median 4.17 4.17 4.17 5.00 3o Quartile 4.58 5.00 5.00 5.83 Maximum 6.25 6.67 7.92 8.75 N (sample) 225 225 199 175 Fonte: SILVEIRA, Alexandre Di Miceli da ; LEAL, Ricardo Pereira Câmara ; SILVA, André Carvalhal da . governance in Brazil: Evolution of governance practices among listed companies between 1995 and 2005 2006 (Working Paper available at SSRN: http://ssrn.com/abstract=995764 ) Prof. Dr. Alexandre Di Miceli da Silveira (FEA/USP) Governança Corporativa hyperlink Maior heterogeneidade da qualidade da GC – estudo “Evolution and Determinants of Firm-Level Corporate Governance Quality in Brazil” (1/2) Disclosure sub-index (DISC) Board of Directors subindex (BOARD) Ethics Conflicts of Interest subindex (ETHIC) Shareholder Rights (SHARIG) 1998 2000 2002 2004 Mean 6.26 6.40 6.47 6.64 Standard-Dev 0.88 0.89 1.01 1.03 1998 2000 2002 2004 Mean 3.48 3.42 3.69 4.77 Standard-Dev 1.10 1.22 1.30 1.24 1998 2000 2002 2004 Mean 4.16 4.17 4.30 4.59 Standard-Dev 0.77 0.80 0.87 1.05 1998 2000 2002 2004 Mean 2.75 2.85 3.11 4.02 Standard-Dev 0.87 0.90 1.08 1.12 Fonte: SILVEIRA, Alexandre Di Miceli da ; LEAL, Ricardo Pereira Câmara ; SILVA, André Carvalhal da . governance in Brazil: Evolution of governance practices among listed companies between 1995 and 2005 2006 (Working Paper available at SSRN: http://ssrn.com/abstract=995764 ) Prof. Dr. Alexandre Di Miceli da Silveira (FEA/USP) Governança Corporativa hyperlink Empresas de médio e grande porte brasileiras e a governança corporativas De acordo com o IBGE, o país tinha 17.546 companhias de grande porte em 2005 (empresas de varejo ou prestadoras de serviço com 100 ou mais empregados ou empresas industriais com mais de 500 empregados) Adicionalmente, o Brasil possui 27.716 empresas de médio porte (de varejo ou prestadoras de serviços com 50 a 99 empregados ou a empresas industriais com 100 a 499 empregados) Desta forma, o número de empresas listadas na Bovespa (451) corresponde a apenas 1,0% das médias e grandes empresas do país Ademais, o número de empresas presentes nos segmentos avançados de governança (114) corresponde a 0,3% das médias e grandes empresas do país Fonte: IBGE – Estatísticas do Cadastro Central de Empresas 2005 – Tabela 3. Prof. Dr. Alexandre Di Miceli da Silveira (FEA/USP) Governança Corporativa hyperlink A ainda baixa qualidade da GC no Brasil foi corroborada por um estudo de 2007 elaborado pela consultoria de governança GMI Ratings, que colocou o país em 31º lugar entre 37 países avaliados Prof. Dr. Alexandre Di Miceli da Silveira (FEA/USP) Governança Corporativa Panorama da Governança Corporativa no Brasil 1. “Poison Pills” brasileiras: ampla adoção do mecanismo pelas companhias que vieram a mercado Cláusulas estatutárias visando a “proteção da dispersão acionária” Cerca de 60% das empresas que vieram a mercado entre 2004-2007 adotaram tais cláusulas Geralmente obrigam o adquirente de um certo percentual acionário (“gatilho”) a fazer uma oferta pública de compra de todas as ações, a um preço elevado O gatilho geralmente é baixo (15 a 20%) Muitas também adotaram as chamadas “cláusulas pétreas”, recentemente censuradas pela CVM Podem impedir reestruturações corporativas e a entrada de novos acionistas relevantes, possibilitando o entrincheiramento dos executivos/controladores Ex. Trisul: gatilho a 15%, valor mínimo na oferta pública de 150% do valor econômico e adoção da “cláusula pétrea” Prof. Dr. Alexandre Di Miceli da Silveira (FEA/USP) 24 Governança Corporativa Panorama da Governança Corporativa no Brasil 2. Insider trading: suspeita de ocorrência em diversas operações de aquisição de controle (takeovers) Prof. Dr. Alexandre Di Miceli da Silveira (FEA/USP) 25 Governança Corporativa Panorama da Governança Corporativa no Brasil 3. Equity Kickings: Aceleração do processo de abertura de capital por meio da alavancagem de companhias por seus bancos coordenadores Prof. Dr. Alexandre Di Miceli da Silveira (FEA/USP) 26 Governança Corporativa Panorama da Governança Corporativa no Brasil 3. Equity Kickings: Aceleração do processo de abertura de capital por meio da alavancagem de companhias por seus bancos coordenadores Chart 2: Financial ratios for companies with and without loans from their underwriters The chart below shows the return on assets (ROA) and return on equity (ROE) one year after the IPO by splitting the sample in two groups: companies that received loans from their underwriters before their IPOs vs. companies without such operation. ***, **, and * denote statistical significance of the mean comparison test at the 1%, 5%, and 10% levels, respectively. Total number of observations (n) for each banking relationship is also shown. 25% 20.8% * 20% n=66 15.2% ** 15% n=66 With Loans Without Loans 10% 8.5% 5.8% 5% n=28 n=28 0% Return on Assets (ROA) Return on Equity (ROE) Fonte: SANTOS, Rafael Liza, DA SILVEIRA, Alexandre Di Miceli and BARROS, Lucas Ayres B.de C.,Underwriters Fuelling Going Public Companies? Evidence of Conflict of Interest in the Brazilian 2004-2007 IPO Wave(January 15, 2009). Available at SSRN: http://ssrn.com/abstract=1328291 Prof. Dr. Alexandre Di Miceli da Silveira (FEA/USP) 27 Governança Corporativa Panorama da Governança Corporativa no Brasil 3. Equity Kickings: Aceleração do processo de abertura de capital por meio da alavancagem de companhias por seus bancos coordenadores Chart 3: Short and long term stock return for companies with and without loans from their underwriters The chart below shows the first day stock returns ( UNDERPRICING) and one year post -IPO total stock returns (TSR) by splitting the sample in two groups: companies that received loans from their underwriters before their IPOs vs. companies without such operation. ***, * *, and * denote statistical significance of the mean comparison test at the 1%, 5%, and 10% levels, respectively. Total number of observations (n) for each banking relationship is also shown. 20% 8% 10% 4% 0% n=28 6% n=66 n=66 TSR Underpricing With Loans -10% Without Loans -20% -30% n=28 -36% *** -40% Fonte: SANTOS, Rafael Liza, DA SILVEIRA, Alexandre Di Miceli and BARROS, Lucas Ayres B.de C.,Underwriters Fuelling Going Public Companies? Evidence of Conflict of Interest in the Brazilian 2004-2007 IPO Wave(January 15, 2009). Available at SSRN: http://ssrn.com/abstract=1328291 Prof. Dr. Alexandre Di Miceli da Silveira (FEA/USP) 28 Governança Corporativa Panorama da Governança Corporativa no Brasil 4. BDRs: Emissão por empresas intrinsecamente brasileiras, com casos resultando em problemas financeiros e de governança pós-IPOs Prof. Dr. Alexandre Di Miceli da Silveira (FEA/USP) 29 Governança Corporativa Panorama da Governança Corporativa no Brasil 4. BDRs: Emissão por empresas intrinsecamente brasileiras, com casos resultando em problemas financeiros e de governança pós-IPOs RETORNO ANORMAL MÉDIO ACUMULADO (CAR) EVENTO AGRENCO 20/Jun/2008 0% -5 -10% -4 -3 -9,5% -2 DIAS -1 RETORNO ANORMAL ACUMULADO (CAR) -30% -50% -60% 1 2 3 4 5 Notícia: “Ações de Agrenco despencam quase 47% após prisão dos controladores ” -20% -40% 0 -33,3% -41,5% -46,2% -42,4% Valor de mercado em 12/06/08 (d-6): R$ 529,9 milhões -63,4% -71,1% -70% -72,1% -78,0% -80% -90% Destruição líquida (anormal) de valor: R$ 435,1 milhões -82,1% -94,6% -100% Prof. Dr. Alexandre Di Miceli da Silveira (FEA/USP) 30 Governança Corporativa Panorama da Governança Corporativa no Brasil 5. Gestão de Riscos: falta de atenção de CAs no monitoramento dos riscos aos quais suas companhias estavam expostas Prof. Dr. Alexandre Di Miceli da Silveira (FEA/USP) 31 Governança Corporativa Panorama da Governança Corporativa no Brasil 5. Gestão de Riscos: falta de atenção de CAs no monitoramento dos riscos aos quais suas companhias estavam expostas RETORNO ANORMAL MÉDIO ACUMULADO (CAR) EVENTO SADIA 26/Set/2008 10% 1,2% 1,5% DIAS 0% -5 0,0% -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 RETORNO ANORMAL ACUMULADO (CAR) -3,8% -8,3% -10% Notícia: “Sadia perde R$ 760 milhões com operações financeiras” -20% -30% Valor de mercado em 18/09/08 (d-6): R$ 6.487,4 milhões -40% -44,9% -46,0% -44,1% -46,5% -50% -60% -50,8% Destruição líquida (anormal) de valor: R$ 3.866,5 milhões -58,4% -54,4% -54,4% -59,0% -59,6% -63,6% -70% Prof. Dr. Alexandre Di Miceli da Silveira (FEA/USP) 32 Governança Corporativa Panorama da Governança Corporativa no Brasil 5. Gestão de Riscos: falta de atenção de CAs no monitoramento dos riscos aos quais suas companhias estavam expostas RETORNO ANORMAL MÉDIO ACUMULADO (CAR) EVENTO ARACRUZ 26/Set/2008 10% 0,6% DIAS 0% -5 RETORNO ANORMAL ACUMULADO (CAR) -2,5% -4 -3 -1,9% -2 -3,8% -1 -3,6% 0 1 -20,0% -19,9% 2 3 4 5 6 7 8 9 10 -10% -18,9% -20% -30% -40% Valor de mercado em 18/09/08 (d-6): R$ 9.555,2 milhões -21,3% -19,8% Notícia: “Aracruz segue Sadia e anuncia perdas com derivativos; Diretor sai ” -44,0% -50% -55,6% -60% -70% Destruição líquida (anormal) de valor: R$ 6.889,3 milhões -65,6% -72,1% -69,2% -74,9% -80% Prof. Dr. Alexandre Di Miceli da Silveira (FEA/USP) 33 Governança Corporativa Panorama da Governança Corporativa no Brasil 6. Aquisições Originárias: Operações de venda de controle sem aprovação ou possibilidade de saída por parte de minoritários Prof. Dr. Alexandre Di Miceli da Silveira (FEA/USP) 34 Governança Corporativa Panorama da Governança Corporativa no Brasil 6. Aquisições Originárias: Operações de venda de controle sem aprovação ou possibilidade de saída por parte de minoritários RETORNO ANORMAL MÉDIO ACUMULADO (CAR) EVENTO TENDA 02/Set/2008 0% -5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 -10% RETORNO ANORMAL ACUMULADO (CAR) -14,3% 3 DIAS 4 5 6 7 8 9 10 Notícia: “"Aquisição originária" da Tenda pela Gafisa desagrada analistas ” -20% -27,5% -30% -40% -44,7% -41,8% -47,9% -50% -49,7% -60% -55,7% Valor de mercado em 25/08/08 (d-6): R$ 1.001,6 milhões -58,3% -56,0% -60,0% -64,9% -66,6% -70% -80% -69,8% Destruição líquida (anormal) de valor: R$ 798,3 milhões -75,9% -69,9% -79,7% -90% Prof. Dr. Alexandre Di Miceli da Silveira (FEA/USP) 35 Governança Corporativa Panorama da Governança Corporativa no Brasil 7. CEMs (Control Enhancing Mechanisms): utilização de mecanismos para aumento do poder de controle por parte de diversas empresas Prof. Dr. Alexandre Di Miceli da Silveira (FEA/USP) 36 Governança Corporativa Panorama da Governança Corporativa no Brasil 7. CEMs (Control Enhancing Mechanisms): utilização de mecanismos para aumento do poder de controle por parte de diversas empresas RETORNO ANORMAL MÉDIO ACUMULADO (CAR) EVENTO COSAN 26/Jun/2007 0% -5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 -1,0% -0,8% 3 DIAS 4 5 6 7 8 9 10 RETORNO ANORMAL ACUMULADO (CAR) -2% -4% Notícia: “Plano da Cosan dilui voto do minoritário ” -3,7% -4,2% -6% -7,8% -8% -10% Valor de mercado em 18/06/07 (d-6): R$ 7.026,6 milhões -10,2% -11,7% -11,4% -12% -11,1% -11,3% -12,0% -12,4% -12,7% -14% Destruição líquida (anormal) de valor: R$ 843,2 milhões -13,4% -13,5% -14,7% -16% Prof. Dr. Alexandre Di Miceli da Silveira (FEA/USP) 37