Porta aberta Para o luxo

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Porta aberta Para o luxo
Mercado
Porta aberta
para o luxo
Sapatos femininos da
Lanvin: caros e desejados
Brasil torna-se destino de grandes grifes internacionais – e com isso os
consumidores podem comprar aqui o que antes só encontravam lá fora
A
Lanvin em Beverly Hills: glamour e sofisticação chegando ao Brasil
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ponte aérea São Paulo-Nova York, São Paulo-Paris ou
ainda São Paulo-Milão pode
começar a ficar menos intensa para quem não abre mão de
comprar roupas, acessórios, joias
e relógios das principais grifes do
mundo. O mercado de luxo brasileiro movimentou 21 bilhões de
reais em 2011, um crescimento de
33%, de acordo com levantamento da consultoria GfK. Para Rodrigo
Stéfani, coordenador do grupo de
pesquisa Marketing de Luxo e professor da Universidade Federal de
Pernambuco, este ano a evolução
deve superar os 25%. “Esse mercado não para mesmo de crescer”,
aponta o especialista. “A entrada
de novas companhias no País aumenta a relação do consumidor
com a marca.”
As empresas de alto luxo passaram a ver o Brasil com outros olhos.
“Estamos diante de uma nova perspectiva”, afirma Carlos Ferreirinha,
diretor-presidente da MCF Consultoria, uma das maiores autoridades
no mercado triple A no Brasil. “O
consumidor agora vai ter as grifes
de que gosta a seu lado.” E é com
o objetivo de estar bem perto do
consumidor brasileiro que a grife
francesa de moda Lanvin, fabricante
de roupas a sapatos, pretende instalar sua loja no Brasil. Mais especificamente no sofisticado shopping
JK Iguatemi, prestes a ser inaugurado em São Paulo.
O JK Iguatemi e a extensão do
shopping Cidade Jardim são os metros quadrados mais cobiçados por
essas grifes. Nos próximos meses,
mais de 30 marcas vão inaugurar
suas sofisticadas lojas. O grupo
Richemont, o mais poderoso no
mercado da alta relojoaria, aponta quatro novidades: IWC, Panerai, Van Cleef & Arpels e a elegante Jaeger-LeCoultre. O conglomerado promete aportes superiores a
12 milhões de reais. O JK abriga-
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Mercado
Com o crescimento do
Brasil, as empresas de alto
luxo passaram a ver o País
com outros olhos
Tod’s: sapatos e mocassins da grife italiana, agora em território brasileiro
O mercado de luxo
brasileiro movimentou 21
bilhões de reais em 2011,
um crescimento de 33%
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rá também artigos da espanhola
Balenciaga – com foco em bolsas
e sapatos – e da francesa Goyard,
referência em malas e bolsas. “Estamos vivendo um momento que
as marcas são forçadas a repensar
a própria abordagem, explorando novos caminhos”, conta Victor Megido, executivo máster em
Marketing e Vendas da SDA Bocconi, consultoria italiana. “Isso vale
para as marcas mais renomadas e
também para as novas grifes que
surgem nesse grande momento de
oportunidades.”
A italiana Prada, que virou um
dos maiores ícones da moda, abriu
em dezembro uma loja no shopping
Cidade Jardim – outro templo paulista do consumo de luxo. Na loja
de 300 m2, estão à venda roupas
masculinas e femininas, além de
calçados e acessórios.
A também italiana Tod’s, especialista em sapatos, promete desembarcar este ano nos shoppings Cidade Jardim, Iguatemi e JK
Iguatemi sob a gestão do empresário André Brett – ex-administrador das boutiques Giorgio Armani
no Brasil. Após muitas viagens de
Brett à Itália, e meses de negociação, os brasileiros terão a oportunidade de adquirir os famosos mocassins Gommino, fabricados artesanalmente, um clássico da marca.
Para segurar o consumidor brasileiro ante os preços mais acessíveis
fora do País, as grifes apostam na
redução da margem de lucros e no
parcelamento. Duas ótimas táticas
para a expansão desse mercado. n
Ícone da moda: a Prada aportou recentemente ao Brasil
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