Gigante do esporte Carla Arruda Antunes
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Gigante do esporte Carla Arruda Antunes
segunda-feira, 2 de junho de 2014 Picinini só tem uma frustração: não ter um o título do futsal adulto masculino Gigante do esporte Begair godóy [email protected] Luiz Antonio Picinini agarrou todas as oportunidades que a vida lhe proporcionou para alavancar o esporte amador. E dedica 35 dos 57 anos de vida a essa atividade. Acostumado a enfrentar desafios, o empresário construiu uma grande história de lutas, vitórias e conquistas dentro do Vila Comboni. O dirigente é o maior ganhador dos Jogos Comunitários de Lages. São sete títulos gerais e 175 troféus, além disso, tem a maior agremiação da cidade, com mais de 300 integrantes de 12 a 65 anos. O boleiro tem orgulho da sua trajetória e gosta de contar que é responsável por ter envolvido muitos jovens no esporte. “Nunca paguei nenhum atleta para jogar para mim. Todos estão comigo por amor à camisa”, garante. “Fundei o glorioso Vila Comboni em janeiro de 1993. Nos jogos amadores estive pelo Jibs, Jaus e Jocol e, desde 2005, quando o torneio passou a ter todas as modalidades, tenho marcado presença. Fui o primeiro campeão geral”, diz. zz Começo| Picinini foi bancário, funcionário público e, desde 1979, atua no esporte. Jogou handebol, e nessa modalidade, deixou de ser Luiz Antonio e virou Titila. No futebol era ponteiro direito do Juventude, time que fundou. Jogou até o treinador, um dia, não aparecer e Picinini ter que assumir a função. “O time fez uma boa campanha quando estive à frente. Até hoje me pergunto se era tão ruim que nunca mais me chamaram para jogar”, zz Parceria| A sua paixão pelo esporte também contagiou os dois filhos, Mateus e Lucas, e a esposa Dilma. Eles são atletas do Vila Comboni. Dona Dilma é superparceira e já sentiu na pele o que é viver com um homem que tem futebol na cabeça dia e noite. Em certa ocasião ficou mais de duas horas esperando por ele para irem a um casamento. Também já ficou sem gasolina e teve que empurrar o carro porque Picinini “correu” o dia inteiro resolvendo assuntos do clube. “Estava lidando com o time”, justifica Luiz. Mesmo com todos os contratempos, a família vive unida e feliz. Nada os abala nem mesmo quando as contas de luz a e água e outras despesas ganham as alturas. “Em época de Jocol, as despesas dobram. Ela lava os uniformes do clube e são muitos. Liga a máquina de manhã e só desliga à noite. Sei que é trabalhoso”, afirma Picinini zz Casa-sede| O dirigente tem tanto troféu que a sala da sua casa, que foi sede por anos, ficou pequena. Ele está construindo um espaço maior para acomodar as premiações. Enquanto isso, o material ganhou outro destino: a casa da mãe. Tudo que apliquei no esporte não faz falta para minha família. Me sinto satisfeito e realizado por poder dedicar tanto tempo ao esporte. Não me arrependo de nada e, se tivesse que parar, acho que morreria. Carla Arruda Antunes É coordenadora da Sapecada há 21 anos. Trabalha também na Fundação Cultural de Lages Begair Godóy 3