N.º 39 - 3º Trimestre de 2011
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N.º 39 - 3º Trimestre de 2011
GOVERNO DA REPÚBLICA PORTUGUESA Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social UNIÃO EUROPEIA Fundo Social Europeu N.º 39 - 3.º Trimestre de 2011 2 Programa de Formação-Acção - Academia PME Convite à Pré-inscrição 3 Os Melhores de Portugal competem com os Melhores do Mundo 4 Avaliação Após-Venda e Impacto da Formação 5 MG RACERS - Projecto F1 in Schools 9 Empresas Participantes - Programa de Formação-Acção - Academia PME As Tecnologias de Informação e Comunicação - TIC são, reconhecidamente, uma das áreas do saber humano que mais se tem desenvolvido nas últimas décadas e que têm vindo a ser crescentemente utilizadas pelos organismos da administração pública, empresas, famílias e indivíduos, no que este fenómeno revela de actual indispensabilidade em todos os sectores da sociedade. No actual contexto de mercado a informação tornou-se um recurso estratégico para qualquer empresa. Esta, para ser competitiva, é obrigada a saber utilizar e gerir a informação de forma a criar valor acrescentado e promover o desenvolvimento do seu negócio. 10 Projecto ISO QUAM - Porque as populações profissionais menos qualificadas do Sector merecem também o reconhecimento das suas competências 11 Iniciativa Formação / Aconselhamento para Empresários(as) PROJECTO PRESOUT Preventing School Dropouts - 2010-1-TR1-LEO04-15871 6 Todas as empresas podem usufruir das TIC para controlar o fabrico, as acções, a gestão, entre muitas outras actividades. 12 Ulex, um disco de corte inovador para limpeza florestal de Marco Portocarrero As TIC promovem não só a globalização, mas também a criação de novos empregos e empresas, bem como novas formas de trabalho e organização. 13 Projecto de uma faca de Paula Almeida Visitas de Estudo - Um Complemento à Formação 14 Gestão dos Fatores de Risco Psicossocial 15 Acção de Sensibilização para a Saúde 16 Educação, Formação e Território breve reflexão sobre o caso português 17 Entrega de 60 Diplomas CNO - CENFIM de Torres Vedras Entrega de Certificados e Diplomas / CENFIM CNO-RVCC Equipa da Marinha Grande 18 Formação de Adultos pouco escolarizados 19 Terminei Curso e agora? 20 O contributo de uma “sardinhada” para uma breve Reflexão sobre os Cursos EFA 21 A Defesa do Ambiente e a Economia Relatório de Sustentabilidade do CENFIM - 2010 22 Declaração Ambiental do CENFIM - Ano 2010 23 As Boas Práticas na Segurança de Informação e a Análise do Risco 24 Núcleo de Caldas da Rainha visita os monumentos históricos Visita de Estudo ao Forte de Peniche O Núcleo de Caldas da Rainha promove Dádiva de Sangue I Campeonato de Ping-Pong do Núcleo de Caldas da Rainha 25 Acção de Divulgação CONFORIS, Lda - RIGSUN - Solar Systems Feira de Divulgação em Santa Catarina Plano de Formação, Outubro, Novembro e Dezembro de 2011 Actualmente todas as empresas suportam as suas ferramentas de trabalho, sejam de âmbito administrativo ou tecnológico, em computadores cada vez mais eficazes e interligados, integrando todos os seus fluxos internos, e racionalizando cada vez mais de forma competitiva os seus rácios do trabalho, não apenas nas áreas comerciais e de gestão, mas também, e particularmente, nas suas áreas técnicas e de fabrico. Contudo a detenção da tecnologia, não representa, em si mesma, uma vantagem competitiva para a empresa, se não se conseguir aproveitar as funcionalidades disponibilizadas para que se crie uma maior eficácia e eficiência na realização das tarefas inerentes à gestão da empresa, tão mais complexas, quanto as oportunidades e possibilidades que essas mesmas tecnologias acabam por desvendar ao propósito da gestão. É esse carácter estratégico e diferenciador que hoje as tecnologias de informação comportam que tornaria redutor pensar que estas deverão ser apenas matéria do conhecimento dos técnicos, mantendo-se os gestores das empresas distanciados da sua realidade. Elas cumprem um papel vital que todo o empresário deverá reconhecer para uma gestão mais eficaz da empresa; compreender a necessidade e as vantagens da utilização de um programa de gestão e saber escolher criteriosamente dentro do mercado, ou se o souber e puder desenvolver internamente, o que melhor se coordena com os objectivos da empresa, a sua dimensão e até com a sua cultura de trabalho. continua na pág. 2 Hoje as tecnologias de Informação e Comunicação já não se resumem a processamentos administrativos ou operações de apoio a actividades técnicas. A gestão da produção, de clientes, fornecedores e produtos que nos tempos recentes eram realizadas de forma isolada, estão hoje interligadas no sistema de informação da empresa, permitindo uma visão global do andamento do negócio ou até, a partilha de áreas de informação com os seus clientes e fornecedores (por via da internet) encurtando as cadeias de resposta e potenciando as acções de marketing de uma forma mais viva e directa. Segundo os dados da UMIC - Agência para a Sociedade do Conhecimento - Ministério da Educação e Ciência http://www.umic.pt que passo a transcrever: “De acordo com dados do 1º trimestre de 2010, 97% das empresas com 10 ou mais pessoas ao serviço usam computador e 94% dispõem de acesso à Internet. Para médias empresas (50 a 249 empregados) e grandes empresas (250 ou mais empregados) estes indicadores são ambos 100%. A percentagem das empresas com 10 ou mais pessoas com ligação em banda larga à Internet é 83%, valor que sobe para 90% nas médias empresas e para 98% nas grandes empresas. Nas empresas do sector financeiro o acesso à Internet é de 100% e em banda larga 93%. 75% do conjunto das pequenas, médias e grandes empresas utiliza a Internet para interagir com o Estado. No sector financeiro, a utilização da Internet para interacção com o Estado sobe para 98%. 68% do conjunto das pequenas, médias e grandes empresas de todos os sectores (não incluiu o sector financeiro) preenchem e enviam formulários online para o Estado, o que põe Portugal no 8º lugar da EU27 neste indicador, acima da média da EU27 que é 60%.” Quem opera ou conhece o Sector da Metalurgia, Metalomecânica e Electromecânica, poderá ser tentado a pôr em causa a veracidade destes números tão generosos para com o uso das TIC. Admitamos então que o Sector que servimos ainda está longe, de ser tão permeabilizado pelas vantagens que estas tecnologias trazem às operações do dia-a-dia e à integração do trabalho e dos parceiros da Empresa. Se assim for, não será então essa uma razão justificável para que as Empresas e os seus Empresários invistam de vez nas vantagens que esta tecnologia, cada vez mais acessível e económica, acaba por trazer? A nossa Oferta Formativa é disso resposta: O CENFIM - disponibiliza uma série de Acções para Empresários, Adultos e Jovens nas áreas de gestão, produção, marketing, entre outras, algumas das quais reflectidas neste nº do CINFormando, onde o estudo e a utilização das TIC's é no âmbito do seu currículo, matéria incontornável. Luísa Perdigão - Coordenadora da Assessoria de Comunicação e Marketing do CENFIM Programa de Formação-Acção - Academia PME Convite à Pré-inscrição Na sequência do sucesso que as anteriores ed ições registaram junto das Empresas participantes (num total de 43 até à presente data - ver pág 9), com excelentes resultados, é com orgul ho que o CENFIM anuncia com a AIMMAP - Associação dos Industriais Metalúrgicos, Metalomecânicos e Afins de Portugal, a abertura de um período de pré-inscrição para um novo programa de Formação-Acção com início previsto para o próximo mês de Janeiro. O programa em causa decorre da candidatura apresentada junto do IAPMEI ao projecto financiado pelo POPH, Eixo 3 Tipologia de intervenção 3.1.1 - Programa de Formação - Acção para PME's. Este programa dirige-se a Empresas que tenham até 100 trabalhadores, e um volume de facturação até 50 milhões de Euros, destinando-se, prioritariamente, a Empresários. Tem por objectivos centrais promover o apoio, em cada empresa, na implementação de um plano operacional de mudança no sentido de, resolver ou minimizar os problemas, reforçar os pontos fortes; aproveitar as oportunidades. Este processo de mudança será concretizado através do desenvolvimento de med idas planeadas pela Empresa, com vista à concretização dos object ivos definidos em diagnóst ico inicial. Cada intervenção na Empresa terá uma duração aproximada de 9 meses, durante a qual o participante frequentará sete Seminários de Formação, com a duração de dois dias cada, em regime não residencial, contando ainda com o apoio individual izado de um 2 Consultor na Empresa para, em conjunto com o participante, efectuar um diagnóst ico e acompanhar a implementação de um Plano de Acção / Melhoria, que será real izado entre as diversas fases do projecto, num total de 56 horas de formação individual izada. As Empresas interessadas poderão entretanto formalizar a sua pré-candidatura por e-mail, dirigido a Departamento de Gestão de Projectos (DGP) ([email protected]) manifestando o seu interesse. Para mais informações poderá ser contactado o DGP, tlf: 218.610.153 GOVERNO DA REPÚBLICA PORTUGUESA Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social UNIÃO EUROPEIA Fundo Social Europeu Os Melhores de Portugal competem com os Melhores do Mundo É já de 5 a 8 do próximo mês de Outubro, em Londres, que se vai real izar o Worldskills 2011, as 41ª “Ol impíadas da Formação Profissional” onde a selecção Nacional vai confrontar os melhores do Mundo numa competição onde as Qual ificações Profissionais são a rainha das provas. O espectacular pavilhão Excel, em Londres, espera receber cerca de 150.000 visitantes que pretendem apoiar “in loco” os perto de 1.000 concorrentes, em 46 profissões que al i estarão a representar 53 países do mundo inteiro. Neste 4 intensos dias de prova, cuja preparação já começou contudo há cerca de 2 anos, Portugal tem uma selecção com 17 profissões, das quais 4, serão condignamente representadas pela brilhante equipa do CENFIM, o que significa que o CENFIM carrega nos ombros 25% da selecção Nacional. A responsabilidade é grande, mas só os grandes desafios nos movem! Esta é a equipa que condignamente irá representar o Sector Metalúrgico, Metalomecânico e Electromecânico nestas Ol impíadas aqui apresentada por ordem alfabética das Prof issões: RUBEN CARVALHO Desenho Industrial CAD CLÁUDIO COSTA Fresagem CNC MARCO SOARES Manutenção Industrial JOÃO COSTA Mecatrónica Industrial HUGO GONÇALVES Mecatrónica Industrial A última part icipação do CENFIM em Calgary, traz-nos boas recordações com 3 medalhas, sendo 1 de Bronze e outra de melhor concorrente Nacional arrecadadas pelo Ricardo Nogueira em Desenho Industrial CAD e uma medalha de excelência obtida pelo Bruno Pinto em Fresagem CNC, o que fez da representação do nosso Centro de Formação Profissional Protocolar, não só como a melhor representação nacional, como foi também a melhor participação de sempre do CENFIM no cômputo das Olimpíadas da Formação Profissional a nível Mund ial, o que faz subir a fasquia sobre as nossas expectativas para Londres 2011. Acresce que para além das 3 profissões que tem levado o nosso nome aos 4 cantos do Mundo; Desenho Industrial CAD, Fresagem CNC e Manutenção Industrial este ano conseguimos finalmente enriquecer a equipa agora com Mecatrónica Industrial com a particularidade desta ser uma prof issão de equipa com 2 elementos, o que faz desta a maior participação de sempre do CENFIM nos campeonatos Mundiais com 5 concorrentes no total. Sabemos que só com muita preparação é que todos estes concorrentes podem ambicionar bons resultados e essa preparação tem por trás os formadores e técnicos que trabalham de forma intensa estes jovens. Assim fica também uma palavra de apreço a essa equipa, assim constituída: Desenho Industrial CAD - Dário Pinto, que estará em Londres, pela 3ª vez a nível do Worldskills como ChiefExpert* desta profissão. Fresagem CNC Jorge Maurício que irá estar em Londres também como Chief-Expert*. Joaquim Rocha - Formador do CENFIM e Preparador do Jovem Cláudio Costa Manutenção Industrial - Sérgio Caetano, que irá também estar em Londres como Expert, depois da sua 1ª experiência em Calgary. Mecatrónica Industrial - Mário Silva que acompanhará a equipa de 2 jovens a Londres como Expert da profissão iniciando-se nas l ides do mundial. *Chief-Expert - O representante máximo da profissão a nível mundial, eleito pelos seus pares e com a responsabil idade global de todo o que se passa na profissão, antes e durante todo o evento e ainda com responsabil idade de deixar traçadas as linhas mestras do próximo evento. Antes de concluirmos e considerando que alguns destes concorrentes são hoje ex-formandos do CENFIM e como é desejável já integrados no mercado a trabalhar, pelo que a sua participação também só é possível pela compreensão e disponibil idade que as Empresas aonde estão colocados revelaram neste processo, pelo que fica aqui expresso o nosso muito obrigado à: + HENUTAL - Actividades Metalomecânicas, S.A. + LACTOGAL - Produtos Alimentares, S.A. + TRIPERU - Sociedade de Produção e Comercialização de Aves, S.A. A todos desejamos que representem condignamente Portugal com dedicação e abnegação apl icando todas as competências profissionais obt idas na formação profissional do CENFIM. Desejamos-vos Boa Sorte! 3 Avaliação Após-Venda e Impacto da Formação O CENFIM - Centro de Formação Profissional da Industria Metalúrgica e Metalomecânica procede à elaboração de Relatórios de Avaliação Após-Venda analisando a aval iação da qual idade da formação recebida pelos seus cl ientes e o impacto da formação. Estes Relatórios versam, também, sobre a empregabil idade dos Formandos jovens, em cursos de formação de longa duração. O último Relatório de Aval iação Após Venda foi elaborado em Abril de 2011 e obteve 35% de respostas num universo de 3861 inquéritos enviados, e o Relatório de Aval iação do Impacto da Formação respeitante aos cursos de formação terminados, no ano de 2009, foi elaborado em Junho de 2011, obtendo 35% de respostas, num universo de 8791 inquéritos enviados. A aval iação dos nossos serviços obteve as seguintes classificações, por parte dos formandos: Por parte das Empresas os resultados foram: Gráfico 4 Acompanhamento e colaboração prestados O CENFIM continua a prestar Muito Bom ou Bom Serviço, no âmbito da formação profissional, cont inuando a merecer a preferência dos seus principais cl ientes (Formandos e Empresas). Relativamente ao Relatório de Avaliação do Impacto da Formação, foram obtidos os seguintes resultados: + Os Formandos aplicam no seu contexto de trabal ho os conhecimentos, as competências, os comportamentos e as atitudes que apreenderam dos Cursos de Formação Profissional no CENFIM, obtendo melhorias das suas competências profissionais e auto-conf iança no posto de trabalho (98% dos formandos classificam essas melhorias, com Muito Bom ou Bom). + Os Formandos melhoraram consideravelmente o seu desempenho, na resolução de problemas concretos relacionados com os postos de trabalho (96% dos formandos classificam essas melhorias com Muito Bom ou Bom). Gráfico 1 - Acompanhamento e colaboração prestados + As empresas (92%) consideram Muito Bom, ou Bom, a melhoria das competências profissionais e auto confiança no posto de trabalho dos seus colaboradores, assim como as melhorias na resolução de problemas concretos relacionadas com os postos de trabalho. + 89% das empresas consideraram que a aplicação da formação às práticas prof issionais da empresa e a transferência dos conhecimentos adquiridos para outros colaboradores, foi Muito Bom ou Bom, para a melhoria do desempenho organizacional, existindo, assim, um retorno do invest imento real izado. Gráfico 2 - Instalações e equipamentos A percentagem de empregabil idade dos Jovens dos Cursos de Aprendizagem e Qual ificação (incluiu os Cursos de Especial ização Tecnológica e Educação e Formação de Jovens), vem reproduzida na Tabela 1: Tabela 1 - Percentagem de Empregabili dade Assistindo-se, assim, a um aumento gradual da empregabil idade, ano após ano. Gráfico 3 - Instrumentos Pedagógicos / Didácticos utiliza dos O desempenho dos Formadores é considerado Muito Bom para 84%, Bom para 15%, dos Formandos. Verifica-se, neste relatório, tal como já tinha acontecido em relatórios anteriores, uma maior satisfação, por parte dos Formandos, com o desempenho dos Formadores. 4 A empregabil idade atinge valores superiores em empresas do sector metalúrgico e electromecânico (Em 2010, 47% no final do curso, 56%, 6 meses a conclusão do curso e 69% um ano após a conclusão dos Cursos de Aprendizagem). Constata-se, pois, pelos resultados descritos, que o CENFIM evidencia uma melhoria sustentável, prestando um serviço de qual idade e obtendo números notáveis na empregabil idade, que se situam no intervalo [85%, 95%]. Lurdes Gomes - Técnica Especial ista do Departamento da Qual idade, Ambiente e Segurança e Saúde Ocupacional MG RACERS - Projecto F1 in Schools PROJECTO F1 IN SCHOOLS O CENFIM - Núcleo da Marinha Grande foi convidado a participar numa compet ição interescolas, designado Projecto F1 in Schools, que tem como base a criatividade e a inovação. O Projecto F1 in Schools consiste no desenvolvimento, por parte dos alunos e com recurso a um software de CAD 3D, de carros de Fórmula 1 em miniatura movidos a cápsulas de CO2, tendo em conta conceitos como a aerodinâmica e o design. Os carros são construídos em balsa (fornecida pela organização), uma madeira muito leve util izada no aeromodel ismo e que provém principal-mente de árvores tropicais da América Central. Na Prova Regional, o stand foi constituído por um placard feito e impresso por nós, um pneu de camião e um depósito de combustível de 700 l também de camião. O stand foi considerado pelo júri regional como sendo original, o que nos motivou a manter a mesma ideia para a prova nacional. Retirámos o placard e acrescentámos uma lona impressa com o logótipo da equipa, uma imagem do carro e os logot ipos dos patrocinadores. Este campeonato dividiu-se em três compet ições. A primeira foi uma Prova Regional (24 de Maio), em que foi apenas apurada a nossa equipa para concorrer na Prova Nacional (Junho). O vencedor desta prova irá representar Portugal na Final Mundial (Setembro). O evento conta com um grande prestígio e visibil idade a nível mundial, estando envolvidas marcas como a Ferrari, MacLaren Mercedes, BMW Sauber F1, Red Bull Racing, Vodafone, entre outras. Imagens do Stand util izado na Prova Nacional http://www.f1inschools.ie/blog/archive/2006_05_01_f1inschools_archive.html Para além da competição propriamente d ita, houve outros aspectos muitos importantes com os quais os alunos tiveram de se preocupar: + + + + Logótipo - imagem de marca da equipa; Stand - representa a equipa durante a competição; Patrocínios - devem ajudar a cobrir as despesas da equipa; Portefólio - apresentação do desenvolvimento do carro, estratégias e soluções técnicas. + LOGOTIPO - Foi criado juntando as chamas para simular a velocidade e o rasto dos pneus em contacto com o asfalto. As iniciais 'MG' significam Marinha Grande por este Núcleo do CENFIM se situar nesta cidade e 'Racers' porque se trata de uma corrida. + STAND - É o espaço que representa a equipa durante a competição, funcionando como 'boxe' da equipa, zona de 'merchandising' e de representação dos patrocinadores. Depois de várias ideias e estudos para a concepção do stand, optou-se por se dar destaque ao camião que foi maquinado pelos formandos e que supostamente serve de transporte aos nossos carros, à semelhança do que se passa na Fórmula 1. + PATROCÍNIOS - Os patrocínios foram uma das partes mais importantes e também mais difíceis de conseguir. Faz parte do Projecto F1 conseguir patrocínios que paguem as despesas da equipa e são um dos tópicos de aval iação por parte do júri, sendo relevante a quantidade e a qual idade dos patrocinadores. Para a prova regional, todos os nossos patrocinadores participaram com a ajuda na concepção e desenvolvimento do carro. Tivemos desde o início o apoio da Planitec - Moldes Técnicos, Lda na concepção e maquinação das várias rodas que fomos experimentando, o CENTIMFE - Centro Tecnológico da Indústria de Moldes, Ferramentas Especiais para a maquinação dos carros e, como não podia deixar de ser, o CENFIM - Centro de Formação Profissional da Indústria Metalúrgica e Metalomecânica na maquinação do 1º protótipo, ajuda f inanceira na compra de alguns materiais (tintas, primários, betumes, colas, plastificações, impressões, equipamento, etc.) e fabrico do camião. A participação na Prova Nacional já exigiu a angariação de dinheiro para cobrir as despesas com melhor vestuário, a impressão de uma lona e a compra de uma televisão. Apresentamos em seguida um quadro com as despesas que tivemos para a Prova Nacional e o apoio dos respect ivos patrocinadores. 5 COMPONENTES EQUIPAMENTOS Calças Camisas Estampagem STAND Acríl ico Depósito de combustível Pneu Televisor Lona TRANSPORTE Transporte do equipamento Deslocação da equipa CARRO Maquinação Pintura Autocolantes CAMIÃO Chassi Rodas Cabine Acessórios Tinta Acríl ico ORÇAMENTO TOTAL PATROCINADOR Media Seguros, AM Tools Media Seguros, AM Tools Media Seguros, AM Tools CENFIM CENFIM Gandypneus Valsteam AMTools, Famolde O carro foi criado com base na aerodinâmica dos aviões. O objectivo era conseguir que, durante a sua deslocação, o ar fluísse em regime laminar. Isto foi conseguido substituindo as superfícies rectas por curvas evitando, assim, a turbulência que daí poderia advir. O propósito era dirigir melhor o fluxo de ar e aumentar a estabil idade direccional. Em baixo podemos ver imagens da anál ise aerodinâmica, feita em túnel de vento virtual, recorrendo ao software CosmosFlow. Envial ia CENTIMFE CENTIMFE CENFIM CENFIM CENFIM CENFIM CENFIM CENFIM CENFIM CENFIM Para que o carro obtivesse resultados posit ivos em termos de velocidade, a equipa teve de ponderar o peso final de todo o conjunto. 1.100 € + PORTEFÓLIO - A equipa teve de produzir um portefólio que incluísse as ideias iniciais do carro, o desenvolvimento do design e provas de testes dos carros, as parcerias com empresas, universidades ou centros de investigação, desenhos CAD do carro, a pintura dos carros, etc. Neste caso estavam presentes dois tipos de grandezas: as vectoriais compostas pela velocidade, arrasto e aceleração e a escalar constituída pela massa do corpo. A força de arrasto é uma força aerodinâmica provocada pelo deslocamento do ar. Sendo, Peso = massa x aceleração gravítica, constata-se que o peso e a massa são grandezas directamente proporcionais. Para a Prova Regional, a equipa fez um portefólio em português. Para a Prova Nacional, o portefól io foi completado com mais informação, traduzido para inglês e, durante a prova, defendido em inglês pelo nosso 'Team Director' perante um júri. + CARRO - Para projectar o modelo CAD do carro foi util izado o programa SolidWorks. Foram criadas várias versões do carro, com estética e aerod inâmica dist intas, para comparar as suas performances. Ao fim de umas 50h de trabalho foram desenhados 4 carros, entre os quais foi escolhido um para ser maquinado. Apesar de o carro ser construído com um material de baixa densidade, o seu conjunto com as rodas e os eixos ultrapassavam, l igeiramente, o peso mínimo estipulado pelo regulamento (55 g). Assim, foram efectuados testes para diminuir o peso do carro, respeitando o Regulamento F1. Verificou-se que tal era possibil itado pela alteração da sua geometria (cortando material) e pela modif icação do processo da pintura. Estas etapas exigiram diversas pesagens até ao ajuste final. No fim, o carro com que corremos para a Prova Regional ficou com a geometria representada nas figuras anteriores. Para a Prova Nacional optou-se por redesenhar o carro de novo, de forma a conseguir um modelo mais leve e mais aerodinâmico. 6 + CÁLCULOS - Com base nas propriedades da cápsula de CO2 e o peso do carro, efectuámos alguns cálculos matemáticos por forma a determinar uma velocidade máxima teórica que o nosso carro poderia atingir. Dados disponíveis: Massa do gás de escape (mge) 0,008 kg/s Velocidade de escape (Ve) 560 m/s Massa do veículo (Mv) 0,086kg O trabalho real izado pelo carro é a quantidade de energia transformada durante o seu deslocamento. Como a força F é responsável pela transformação da energia temos: W = F x d Força de impulsão (Fi) Fi = mge x Ve Fi = 0,008 x 560 = 4,48 N Trabalho do carro na pista (Wpi) Wpi = Fi x Cp (comp. Pista) Wpi = 4,48 x 20 = 89,6 J Trabalho de atrito do carro na pista (Wat) Wat = Fa (força de atrito) x Cp (comprimento da pista) Fa = µ x Mv x g Fa = 0,07 x 0,086x 9,81 = 0,0590562 Wat = 0,0590562 x 20 = 1,1811124 J W =Wpi - Wat 89,6 - 1,181 = 88,42 J Velocidade do carro (V) v^(2)=W/4Mv (4 = coeficiente de segurança para aeronaves mil itares) V = 16,032 m/s = 57,7 Km/h Tempo previsto sem piloto d/V = t 20/16,032 = 1,248 s jantes porque aumentavam consideravelmente o peso e dif icultava o al inhamento perfeito entre a jante e o pneu. A segunda opção foi construir a roda toda em grafite. Um dos factores que determinou o interesse pela grafite foi o facto de esta ser autolubrificante possibil itando a redução do atrito que a roda cria quando está em contacto com a superfície da pista. No início existiu um pouco de cept icismo em relação à resistência destas rodas mas, ao testá-las, foi verificado que não se danificavam. Assim, diminui-se o peso em relação às outras rodas e, como a grafite é um material com pouca densidade, conseguiu-se reduzir o atrito. Os eixos util izados no carro foram feitos a partir de varão de aço cal ibrado que rodava dentro de um tubo de carbono, para não comprometer o peso final. Finalmente, depois de efetuada alguma pesquisa e troca de impressões, ficou decidido que as rodas seriam maquinadas em teflon (pol itetrafluoretileno). A escolha deveuse ao facto do teflon ser uma substância praticamente inerte que não reage com outras substâncias químicas e, acima de tudo, ser o material com mais baixo coeficiente de atrito. + TESTES - Foram realizados vários testes com os vários modelos de rodas (plástico, graf ite e Teflon), eixos e design do carro. Os testes foram realizados na pista do CENFTIMFE, montada no edifício do Projecto OPEN. Para uma tolerância = 0,1 s Os tempos previstos sem piloto variam entre 1,148 s a 1,348 s Se o tempo de reacção do piloto for de 0,18 s, os valores variam entre 1,328 s a 1,528 s com uma média de 1,428 s. + RODAS - Inicialmente a equipa optou por fabricar as suas próprias rodas tendo util izado o alumínio nas jantes e a grafite nos pneus. A escolha recaiu sobre este material porque a grafite possui um baixo atrito em relação à superfície da pista e o alumínio devido ao seu baixo peso. Com estas rodas esperávamos aumentar o peso do conjunto, mas em contrapartida, conseguirmos reduzir o atrito do carro face em pista. O alumínio tem uma densidade de 2,7 g/cm3 e a grafite tem uma densidade variável entre 2,09-2,23 g/cm3, ficando as rodas com o peso total de, aproximadamente, 10 gramas. + CAMIÃO - A equipa resolveu maquinar um camião para servir de transporte aos carros F1. Os materiais util izados para a sua concepção foram o alumínio, aço, acríl ico necuron e PVC. A maquinação foi feita com as máquinas convencionais, com excepção das jantes e da cabine, que foram feitas por programação CNC. Face aos testes efectuados a equipa abdicou do alumínio nas 7 Rodas em Grafite vs teflon vs plástico - Uma das áreas em que podíamos apresentar alguma inovação foi a da concepção das rodas. Entrámos em contacto com a Planitec que se disponibil izou em maquinar umas rodas em grafite que seriam ut il izadas juntamente com os rolamentos. Infelizmente, e pela razão atrás descrita, estas rodas tiveram que ser postas de parte e a falta de tempo não nos permitiu fabricar e testar umas novas rodas em grafite mais leves e sem caixa para rolamentos. Por fim, a Planitec fez-nos umas rodas em Teflon com um novo design. No entanto, a vantagem do baixo atrito do Teflon col idiu com o seu maior peso (8 g) face às rodas de plástico, fornecidas pelo kit F1 (5 g). Apesar de não termos atingido o object ivo de fazer umas rodas leves, eficientes e rápidas, os vários testes que fizemos deram-nos alguma experiência no design das rodas. + MEDIA - Apresentamos alguma informação que podemos recolher sobre a divulgação do evento nos meios de comunicação nacionais. + Vídeos da divulgação da Prova Nacional em vários canais de televisão e rádio: http://www.f1inschools.com.pt/videos.php https://sites.google.com/a/catim.pt/f1inschools-cat im /videos-imagens + Artigo publ icado na Revista AutoSport (edição nº 1782, 21 a 27 de Julho 2011): http://www.f1inschools.com.pt/pdf /AUTOSPORT_F1nas_Escolas_2011_2.pdf + Vídeo feito na Prova Nacional com uma máquina de f ilmar de alta velocidade: http://www.youtube.com/watch?v=uRKSlFgEFqA + DIFICULDADES Patrocínios - Contactadas algumas empresas, sentimos dif iculdade em angariar os patrocínios necessários à execução deste projecto. O facto de ser a nossa primeira participação e a falta de experiência nesta área de marketing tão importante fez com que deixássemos para o fim a etapa de angariação dos patrocinadores. Maquinação - Foi para nós uma surpresa a maquinação dos carros. O regulamento obriga que a maquinação seja feita a partir de um bloco de balsa fornecida pela organização. Os problemas que tivemos com a balsa foram a sua grande fragil idade e falta de rigor dimensional após a maquinação. O tempo que despendíamos com a programação/maquinação e a dif iculdade em l idar com este material, levou-nos a recorrer ao CENTIMFE para a maquinação dos protótipos. Aerodinâmica - O estudo aerodinâmico de um carro revelou-se algo completamente novo para nós. Uma coisa é desenhar um carro que nos parece aerodinâmico, com curvas fluidas e modernas, outra coisa é comprovar a sua eficácia. Nesta área t ivemos a ajuda de um formando do CENFIM, com experiência profissional na concepção de aeronaves mil itares e a frequentar o Curso de Engenharia Aeronáutica na Universidade da Beira Interior. Com a sua ajuda, alterámos o desenho do carro que usámos na Prova Regional e desenhámos um modelo mais leve e mais aerodinâmico. O CosmosFlow permitiu-nos simular o comportamento d inâmico do carro, mas com alguma l imitação da nossa parte no entendimento dos valores debitados pelo software. Agradecemos a todas as empresas que colaboraram connosco neste projecto, quer através da oferta de dinheiro, quer sob a forma de prestação de serviços. Sem elas, a nossa participação na Prova Nacional não teria sido possível. Pintura - A pintura do carro foi outra das áreas em que nunca esperámos vir a ter os problemas encontrados. O facto de estarmos a l idar com um material completamente novo para nós (balsa) levantou-nos alguma dificuldade. Seguimos o conselho de algumas pessoas com mais experiência na pintura e experimentámos desde tapa-poros, betume, tintas acríl icas e celulósicas, etc. Rolamentos - Um dos objectivos estabelecido por nós desde o início foi a util ização de rolamentos nas rodas. Os rolamentos por nós comprados numa loja de model ismo e, supostamente, com esferas cerâmicas, revelaram-se ineficientes nos testes, tornando o carro mais lento do que estando a correr com rodas em plástico e eixos em aço. Apendemos muito nesta área mas penso que ainda estamos longe de saber pintar de forma perfeita um carro de balsa. As dif iculdades sentidas com a pintura levaram-nos a optar por uma cor só (branco) e os aerofól ios traseiro e dianteiro de outra cor (preto). O carro usado na prova nacional foi depois decorado com uns autocolantes. Fizemos contactos com várias empresas fornecedoras de rolamentos, mas a nossa busca não obteve resultados, não sendo possível obter rolamentos de alta velocidade com um diâmetro tão pequeno. Design e Grafismo - Esta foi outra das áreas totalmente nova para nós, uma vez que tínhamos que conceber um logótipo e criar um grafismo que ident ificasse a equipa, desde o carro, ao equipamento, passando pelo stand. Aqui, tivemos a ajuda de um profissional na área. Infel izmente, tivemos que pôr de parte a ut il ização dos nossos rolamentos e correr apenas com um eixo dentro de um veio. 8 + CONCLUSÃO - A nossa primeira participação nos Campeonatos F1 in Schools foi positiva, uma vez que atingimos os object ivos iniciais de conseguir passar à fase nacional e cumprir com uma prestação que não deixasse mal visto o CENFIM. Infel izmente, bons resultados não trouxemos, fruto da nossa inexperiência e do elevado nível de qual idade das equipas que concorrem no campeonato nacional. O nosso carro cumpriu exactamente com os tempos teóricos previstos pelos nossos cálculos. Infelizmente, quase todos os outros foram mais rápidos. Basta dizer que fomos das poucas equipas a correr sem rolamentos e com rodas em plástico. Este projecto envolveu uma série de áreas de trabalho completamente novas para nós. Pensamos que a participação em futuras competições deste género é de considerar se estiverem asseguradas certas condições: formandos mot ivados e conscientes do trabalho que terão de desenvolver, começo atempado com horas semanais estabelecidas, forte aposta no marketing e patrocínios desde o início, por forma a se conseguir algum orçamento que permita o investimento em componentes de qual idade e uma maior preocupação em outras áreas para além da engenharia do carro (marketing, stand, vestuário e portefól io) De qualquer forma, pensamos que o Projecto F1 in Schools enquadra-se dentro na nossa área de actuação e que o CENFIM tem condições para que, no futuro, possa vir a destacar-se entre as escolas concorrentes. + AGRADECIMENTOS Empresas + Planitec pelo apoio prestado na maquinação das rodas; + Valsteam pela oferta da televisão; + Enviál ia por nos ter assegurado o transporte do stand para Espinho; + Famolde pelo apoio monetário; + MC Tools pelo apoio monetário; + Media Seguros pelo apoio monetário; + CENTIMFE pela informação e apoio prestado na maquinação dos carros. Pessoas Envolvidas: À Formadora Daniela Sousa pela ajuda na criação no logotipo e graf ismo da tela; Ao Formando António Pereira pela ajuda na área da aerodinâmica e desenvolvimento do carro; Ao Formando Daniel Vieira pela ajuda no fabrico do suporte do pneu usado no stand; Ao Formando Nuno Simões pela ajuda na modelação do carro; A Joel Filipe e Rui Soares - Engenheiros, pelo apoio prestado nos testes e desenvolvimento do carro; A Carlos Silva da Planitec pela sua disponibil idade e ajuda na maquinação das rodas; Aos Formadores do CENFIM António Constâncio, Carlos Coimbra, Jorge Rodrigues, Jorge Agostinho, Fátima Vieira, Rosário Guerreiro, Luís Soeima, Sónia Cardeira e Vítor Cruz por todo o apoio prestado. Team MG Racers: Team Director - Miguel Brito; Design Engineer and Graphical Designer - Marcelo Silva; Production Engineer Renato Pinheiro Nuno Boavida - Engenheiro de Materiais - Formador do Núcleo do CENFIM da Marinha Grande Empresas Participantes - Programa de Formação-Acção - Academia PME È com enorme satisfação que nos é reconhecido o êxito deste Programa de Formação - Acção - Academia PME real ização conjunta CENFIM e AIMMAP - Associação dos Industriais Metalúrgicos, Metalomecânicos e Afins de Portugal. + + + + + Foram 43 as Empresas que participaram nas edições deste Programa: EMPRESAS - ACÇÃO 1 - 2011 + + + + + + + + + + + + + A. Pacheco Filhos, Lda. Antebólicas, Unipessoal, Lda. FernandiGondi, Unipessoal Lda. FIXUP - Engenharia Lda. J. Domingues dos Santos, Lda. J. Silva & Cª., Lda. Metalomarão, Lda. Ormia, Lda. Oxisol, Lda. Pinho & Timóteo, Lda. Reinaldo Cruz, Lda. Vale & Quintão, Lda. Venescape, Lda. EMPRESAS - ACÇÃO 2 - 2009 + + + + Diviplan, Lda. Fabriscape, Lda. Flexbor - Sociedade Técnica de Equipamentos, Lda. J. Prudêncio, Lda. + + + + + Jimo - Mobil iário do Frio, Lda. Joartemaq, Lda. Luís Domingos & Irmão, Lda. Metalagreste, Lda. Novazê, Lda. Paulo Jorge Azevedo, Unipessoal, Lda. Repoven, Lda. Serralharia Fonte da Moura, Lda. Sociedade Metalúrgica António Fonseca &Flora, Lda. Vidromecânica EMPRESAS - ACÇÃO 1 - 2009 + + + + + + + + + + + + + + 3DTECH - Produção, Optimização e Reengenharia, Lda. ANR - Armindo Ruivo & Filhos, Lda. AVEL - Electrónica, Lda. Diamantino Perpétua & Filhos, Lda. INDUZIR - Indústria e Comércio de Equipamentos, Lda. IPPM - Indústria Portuguesa para Moldes, Lda. MECALTEX - Mecânica Geral de Precisão, Lda. METALIMUR - Metalúrgica, Lda. METALONICHO, SA. MOLDETIPO II, Lda. MOLIPOREX - Moldes Portugueses, Importação e Exportação,SA. PRODUTIVA - Fábrica de Redes, Lda. USIMECA, Lda. VERCOR - Soluções com Energia, Lda. As Pré-Inscrições estão abertas para uma nova Acção a realizar em Janeiro de 2012 - ver pagina 2. 9 Projecto ISO QUAM - Porque as populações profissionais menos qualificadas do Sector merecem também o reconhecimento das suas competências Irá concluir-se no presente mês de Setembro mais um projecto transnacional, designado por ISO QUAM (LLP-LDV-TOI-09-AT0004), patrocinado pelo Programa Leonardo da Vinci, no qual o CENFIM participou através do seu Núcleo da Trofa. É inegável o valor da participação que o CENFIM vem mantendo ao longo dos anos nos projectos comunitários e o seu impacto na actual ização dos seus quadros e das suas respostas formativas. Mais uma vez, e anal isando os resultados alcançados, não poderemos deixar de nos congratular com esta participação muito sat isfatória. - Certificação para trabal hadores qual ificados do sector da metalomecânica baseada na Norma ISO 17024:2003 - teve por base a situação actual e provavelmente futura no sector Metalúrgico na Europa, que devido à crise económica induz a um risco mais elevado de trabalhadores pouco qual ificados ou não qual ificados. Actualmente não nos é possível certif icar as competências deste grupo alvo, que tenham sido adquiridas maioritariamente através de meios não formais ou informais. O Quadro Europeu de Qualif icações, ainda não providencia uma estratégia clara de como certif icar e reconhecer competências inferiores aquelas que possa reter um trabalhador qual ificado normal (nível de aprendizagem), o que leva a uma forte necessidade de uma abordagem de certif icação para os níveis mais baixos do Quadro Europeu de Qualif icações (QEQ 1 e 2). O projecto ISOQUAM fornece uma abordagem para certif icação de competências para um trabalhador qual ificado do sector metalomecânico (QEQ 1 e 2), através da transferência de um modelo existente para sistemas de certif icação de competências com base na norma ISO 17024:2003. Este projecto transferiu assim esta norma, que já é util izada com sucesso noutros sectores, para o sector da metalomecânica providenciando a primeira abordagem fiável e internacionalmente reconhecida de cert ificação de competências para trabalhadores pouco qual ificados ou não qual ificados. Uma abordagem reconhecida ao nível da Europa para a certif icação das suas competências, providenciar-lhes-ia um certif icado de aval iação de competências ISO 17024:2003, válido em todos os países europeus (e além), o que melhorará significat ivamente as suas oportunidades de trabalho e as suas possibil idades de mobil idade profissional. Isto proporcionará uma contribuição val iosa na transparência e reconhecimento de competências e resultados de aprendizagem para uma grupo alvo muito desfavorecido. Participaram neste projecto, para além do CENFIM instituições de certif icação e formação de 5 países dist intos: Systemcert Zertif izierungsges.m.b.H - Áustria Chamber of Commerce and Industry - Bulgaria + Fondo Formacion EUSKADI S.L.L. - Espanha + WinNova - Finlândia + Development Association of Aetoloakarnania - Grécia + Fondazione Aldini Valeriani per lo sviluppo della cultura tecnica - Itál ia + + internacional, que lhes confere e reconhece as suas competências no sector da metalomecânica. O desenvolvimento das actividades por parte da parceria, tendo em vista este modelo de certif icação levou a: + + + + + + Adopção de uma matriz de competência para trabalhadores pouco qual ificados e não qual ificados do sector metalurgico e metalomecânico; Adaptação dos requisitos da norma ISO 17024:2003 às necessidades do sector da metalomecânica; Adopção dos documentos de certif icação na base da ISO 17024:2003 (catalogo de competências, abordagem de exames, materiais para exame, etc.); Pilotagem da abordagem de certif icação em todos os países participantes; Modif icação dos documentos e produções com base nos resultados da fase piloto; Reflexão permanente e integração das abordagens do projecto nas discussões e desenvolvimentos á volta do QEQ e Sistema Europeu de Créditos para a Educação e Formação Profissional a nível nacional dos países parceiros. Sendo de destacar a concretização de um kit de aval iação e reconhecimento de competências, contituido por um exame teórico (baseado em bateria de questões) e um exame prático (fabricação de peças em contexto oficinal), através do qual é possível aferir as competências no sector e proporcionar a obtenção de um certif icado internacional. De forma piloto o projecto propunha-se, na sua fase final, a cert ificação de 100 trabal hadores ou formandos da metalomecânica, dos quais 17 foram certif icados pelo CENFIM no Núcleo daTrofa. Importará agora tentar rentabil izar o sucesso deste projecto e proceder à transferência e apl icação dos seus resultados da forma mais alargada possível. Neste contexto, para além da sua apl icação directa no contexto do CENFIM junto de: + Formandos candidatos, com pouca ou nenhuma Qual ificação Profissional; Procuraremos dar a conhecer as vantagens desta certif icação e disponibil izar a apl icação da mesma a: Associações e Empresas do sector da Metalomecânica Entidades de Emprego e Formação Profissional + Organismos associados à certif icação e homologação de competências + Organizações da área dos Recursos Humanos + + Para mais informações, o CENFIM convida a visitar o website do projecto www.isoquam.eu Este previa, no final do projecto, a cert ificação de 100 trabalhadores ou formandos da metalomecânica, nos quais 17 foram certif icados no CENFIM Trofa. Estes formandos foram sujeitos a um exame teórico e um exame prático que l hes proporcionou a obtenção de um certif icado 10 Director do Núcleo, Formadores e os Formandos que obtiveram o cert ificado Iniciativa Formação / Aconselhamento para Empresários(as) O Núcleo de Lisboa do CENFIM vem real izando um projecto formativo, no âmbito da consultoria empresarial, a qual object iva apoiar o aprofundamento de conhecimentos e competências de gestão por parte de Empresários, Quadros Superiores e Chefias Intermédias de micro e pequenas e médias empresas (MPME), isto é, empresas com dimensão não superior a 100 trabalhadores. Esta Iniciativa tem como object ivo reforçar e desenvolver competências individuais nos domínios estratégicos da gestão de empresas, passando a sua consecução pela realização de acções de formação que respondam às necessidades dos responsáveis, visando a sua melhor capacitação em vista de um mercado mais concorrencial e complexo o qual exige atenção permanente a questões como a competit ividade, designadamente por via da inovação nos processos, de gestão, de fabrico e mesmo de abordagem do mercado. O projecto estrutura-se em torno de duas componentes chave, uma fase inicial de carácter formativo, com a duração de 75 horas em sala e dirigido a grupos de cerca de 20 formandos, onde são introduzidas e de alguma forma debatidas as temát icas de referência, seguindo-se um processo de aconselhamento individual, com a duração de 50 horas. A Componente Formativa com a duração de 75 horas, abrange três módulos formativos de 25 horas cada, nas seguintes áreas: Liderança e organização do trabalho Estratégia + Instrumentos de apoio á gestão + + Quanto à Componente de Aconselhamento/Consultoria com a duração de 50 horas, esta é real izada é real izada na empresa e é de natureza individual e personal izada, objectivando-se no f inal no estabelecimento de um Plano Estratégico de Desenvolvimento Individual, o qual pretende orientar os beneficiários deste processo em matéria de saberes e competências a adquirir. No que respeita a dados de execução física, a Iniciativa Formação para Empresários / CENFIM, conta com 69 participantes, correspondendo a cerca de 50 empresas, distribuídos em 3 grupos de trabalho, para o desenvolvimento da componente formativa, tendo o volume de formação desenvolvido rondado as 4075 horas e volume de horas de aconselhamento, até ao momento, atingidas as 2.300 horas. Quanto a recursos humanos envolvidos no projecto, para além de recursos internos do CENFIM, ligados ao Núcleo de Lisboa do CENFIM, foram envolvidos uma equipa de 9 Formadores e 15 Consultores. Destaque-se ainda o desenvolvimento, no âmbito da Iniciativa Formação de Empresários, de uma ferramenta informática de apoio, plataforma onl ine, com tecnologia de código aberto MOODLE, para suporte aos momentos de Formação bem como ao Acompanhamento individual izado e á aval iação de todo o projecto. Esta facil idade foi desenvolvida e implementada pelo Departamento de Gestão de Projectos - DGP do CENFIM, tendo-se revelado um instrumento fundamental na potenciação das interacções Formando/Formador, Formando/Consultor, CENFIM/Empresa, no decurso das actividades real izadas. No próximo número do CINFORMANDO, abordaremos novamente este trabalho, nos aspectos l igados à concepção, desenvolvimento e operacional ização da plataforma de apoio à Iniciativa Formação de Empresários, bem como a sua aval iação. PROJECTO PRESOUT - Preventing School Dropouts - 2010-1-TR1-LEO04-15871 6 Nos dias 16 e 17 de Junho de 2011 real izou-se em Viena, a terceira reunião do projecto “PRESOUT - Preventing School Dropouts”, no âmbito das Parcerias LEONARDO DA VINCI. objectivo de fazer um planeamento detal hado das acções futuras do projecto e, em particular, para organizar as act ividades relacionadas com o manual e com o portal do projecto para os professores nos países europeus. Participaram nesta reunião os Parceiros da Turquia - “Mersin Akdeniz Girls Technical and Vocational High School” e “Gazi Osman Paþa Girls Technical and Vocational High School”, da Roménia “Colegiul Economic Calarasi” e da Alemanha - “Nicolaus-AugustOtto Berufskolleg”´ e o parceiro anfitrião INMAD - Internat ional Institute for Managing Diversity. Esta reunião teve ainda espaço para uma visita a uma Escola Profissional em Viena. O CENFIM esteve representado pela Técnica responsável pelo Acompanhamento Psico-Pedagógico do Núcleo de Lisboa e uma Técnica do Departamento de Gestão de Projectos. Os principais objectivos da reunião centraram-se na comparação de amostras, discussão de metodologias e ferramentas para prevenção do abandono escolar. A reunião também teve o O objectivo geral do projecto, enquadra-se nos object ivos primordiais do CENFIM, isto é, apoiar os jovens no sistema de formação profissional na real ização de seus planos educacional e profissional; este t ipo de parcerias dará acesso / conhecimento a diferentes especificidades, abordagens e medidas de orientação que impeçam os jovens abandonarem a educação e formação. 11 Ulex, um disco de corte inovador para limpeza florestal de Marco Portocarrero Depois de estudos em silvicultura na Bélgica, iniciei a minha vida profissional em trabal hos de manutenção florestal. Durante este período verifiquei que os acessórios existentes para as motoroçadoras não são suficientemente pol ivalentes, para as diversas situações de corte e também estes, rapidamente, deixavam de ser eficazes ao embater nas pedras habitualmente presentes, nos terrenos agrestes das matas, o que causava uma perda de eficácia, de rendimento de trabalho e de frequentes paragens, para substituição das lâminas que t inham de ser afiadas posteriormente. Desde aquela altura quis encontrar soluções para melhorar o problema. Formação continua - Como para além da minha paixão para a natureza tenho desde sempre um gosto para desenvolver coisas novas e um certo jeito para mecânica, aproveitei diversos Cursos de Formação existentes para adquirir novas competências na área do Desenho Técnico, em particular nos programas de CAD. Foi assim que ao longo do tempo passei do AutoCAD 13 para o Mechanical Desktop, até às mais recentes versões do Sol idWorks e Autodesk Inventor. Neste caminho encontrei Instituições e Pessoas fundamentais, como os Professores do Ensino Superior de Engenharia do Porto e Investigadores no INEGI - João Francisco Silva e Torres Marques, pessoas fora do comum. Empenharam-se de forma desinteressada e estão sistematicamente motivados em ajudar-me no desenvolvimento de soluções do tal disco de corte para l impar o mato, que tanta falta faz na luta contra os incêndios. Outro encontro importante é o de Américo Costa - Engenheiro Mecânico e Formador no CENFIM, conhecido especialista de Programas de CAD e daquelas pessoas que proporciona aos Formandos mais do que se está a espera num simples curso de formação, sempre de forma espontânea disposto a ajudar no que puder. Os conhecimentos que adquiri no CENFIM, assim como a colaboradores da área da mecanização, permitiu a evolução do projecto, de diversos protót ipos, até à criação dos moldes destinados à produção dos componentes que dentro em breve irão ser comercial izados. Um principio de base simples sem soluções até a data - É conhecido desde há muito a eficácia das lâminas metál icas que trabalham pela força centrífuga, pelo menos em equipamentos pesados. Recordo-me de aplicações, já ant igas, deste princípio, em ceifeiras agrícolas rotativas, que funcionam com muita sat isfação e mais recentemente em máquinas para l impeza florestal ou das bermas nas estradas. Assim, há mais de dez anos, após verificar que não existia nada no mercado semelhante, pelo menos com lâminas metál icas, comecei a desenvolver os primeiros discos para roçadoras de costa, que 12 demonstraram a eficácia do sistema, mas também a dif iculdade de conseguir um nível de segurança aceitável. À medida do desenvolvimento, esta questão de segurança revelou ser o motivo pelo qual não se tinha conseguido criar um disco com estas lâminas centrífugas, como pude então verificar, existiram na real idade numerosos intentos pelo mundo fora, que falharam todos por este motivo. A primeira inovação que introduzimos e que está hoje patenteado, foi a colocação de um casquilho sintético entre o veio da lâmina e do suporte, que resolveu o problema de desgaste destes componentes fundamentais. As investigações neste domínio levou-me conseguir, com a colaboração da Igus®, empresa alemã, líder do sector para determinar as medidas e qual idade de polímeros ideais para este uso específico. Depois de ter solucionado este problema, faltava-me encontrar um material com a resistência, leveza e custo produtivo adequado a este produto específ ico. Após inúmeros ensaios com diversos materiais, verifico que este material não existe. Como tinha efectuado protót ipos em materiais compósitos com a colaboração do Instituto Pol itécnico de Leiria com algumas perspectivas interessantes, embora sem serem totalmente conclusivas, decidi investigar neste sent ido. Os meus Parceiros, Professores e Colaboradores no INEGI tinham desenvolvido as botijas de gás da GALP, com fibras bobinadas que demonstravam as características excepcionais das fibras quando orientadas e custos de produção aceitáveis, por vir directamente da bobine, matéria-prima não manufacturada. Uni então os eixos das lâminas entre eles com fibras contínuas e os resultados foram espectaculares, a tal ponto que os ensaios de tracção dos discos, feito no laboratório do INEGI, rebentaram com as lâminas de aço e o disco f icou intacto. Já que estava lançado consegui mais aplicações de fibras contínuas orientadas para o enchimento de superfícies, até chegar a criar uma protecção anti-projecções complementar do disco de corte, feito em fibras de vidro e Kevlar® a custo perfeitamente aceitável. A produção, o mais difícil - Sem querer desanimar ninguém, devo confessar que muito mais difícil do que resolver questões técnicas, a concretização deste programa de invest igação para a fase industrial, tem sido um verdadeiro percurso de obstáculos. Não houve industriais nacionais ou estrangeiros a interessarem-se pelo projecto. Participei em d iversas eventos de promoção de empreendedorismos inovador, onde encontrei pessoas ligadas ao sector empresarial e resolvi criar uma empresa para o efeito, mas logo, verifiquei que as med idas de apoios são totalmente desadequadas para este tipo de situação de produtos inovadores. Apesar de prémios internacionais ganhos, não houve nenhuma instituição nacional, bancos, capital de risco, business Angel ou outra em querer apoiar-me, e não foi por não tentar ou de não oferecer garantias. Obtive o apoio de um grupo de part iculares, essencialmente no estrangeiro, que se juntaram para complementar as verbas necessárias ao QREN - Quadro de Referência Estratégico Nacional, entretanto, finalmente, conseguido. A aventura vai agora poder continuar para a via industrial, sabendo que posso contar com o apoio e a competência de algumas pessoas e instituições de qual idade como até agora. Marco Portocarrero - Silvicultor - Inventor - Ex-Formando do CENFIM Projecto de uma faca de Paula Almeida A minha l igação com o Núcleo do CENFIM da Marinha Grande começou em 1987, com o 12º. Ano concluído fui seleccionada por uma empresa para frequentar um curso de desenho de moldes, neste centro. Após a conclusão deste estive sempre l igada ao desenho e projecto de moldes, em várias empresas. No ano de 2000, iniciei a actividade como Formadora no CENFIM da Marinha Grande nos domínios de Desenho e Projecto de Moldes, Regras de Projecto, Desenho Técnico e Leitura e Interpretação de Desenho Técnico em acções de formação dirigidas a jovens à procura do 1º emprego, activos de empresas em horário póslaboral, formação EFA e formação-acção em empresas fabricantes de moldes metál icos de injecção de materiais plásticos. de acordo com a configuração da peça e das característ icas do material a ser maquinado, prevendo uma maquinação de desbaste e outra de acabamento. O pós-processamento para a maquinação da peça foi feita em FANUC. A maquinação e a gravação da faca foram efectuadas no centro de maquinação CINCINNATI LAMB. Em 2009, iniciei a Licenciatura em Engenharia de Produção Industrial no ISDOM - Instituto Superior D.º Dinis. No segundo ano, no âmbito da cadeira de projecto de peças foi-me pedido que elaborasse o projecto de uma faca e sua subsequente maquinação. Apesar da maquinação de acabamento deixar a faca praticamente com o aspecto final, foi dado um acabamento manual com a colaboração do aluno José Pedro, onde foram util izadas l imas e l ixas finas para o efeito escovado do cabo e algodão “duragl it” para o efeito de espelho da lâmina. O desenvolvimento da faca foi feito através do SOFTWARE SOLIDWORKS 2010, de modo a que a lâmina apresenta várias incl inações, no sentido da funcional idade e o cabo apresenta formas com sustentação ergonómica e preocupações estéticas. O projecto foi um sucesso, como se desvendou no produto final. A partir deste momento, a colaboração do CENFIM Núcleo da Marinha Grande foi determinante para o desenvolvimento e conclusão do meu projecto. O passo seguinte foi a escolha do material, que culminou no alumínio AA6082, uma vez que este material apresenta boas características para ser maquinado. Mais uma vez o Núcleo do CENFIM da Marinha Grande teve um papel determinante na minha vida, não só contribuindo para o sucesso do meu projecto, como também para o aumento dos meus conhecimentos e competências, que adquiri com o desenvolvimento e construção do mesmo. Carlos Coimbra - Engenheiro Mecânico e Formador do CENFIM, elaborou a programação do modelo, no SOFTWARE MASTERCAM Paula Almeira - Formadora noCENFIM da Marinha Grande Visitas de Estudo - Um Complemento à Formação As visitas de estudo são uma complementaridade à Formação pois permitem que os Formandos visualizem e experimentem novas situações e materiais que não terão oportunidade de o fazer nos vários Núcleos onde decorre a Formação. No âmbito da Formação Tecnológica do Curso EFA de Instalação de Sistemas Solares Térmicos, os Formandos do Núcleo do CENFIM de Caldas da Rainha real izaram várias visitas de estudo, nomeadamente a uma Instituição Part icular de Sol idariedade Social em Alpedriz na qual tiveram a oportunidade de observar uma instalação de um sistema solar térmico de 9 painéis e um termossifão de 300L, também numa moradia part icular observaram um termossifão mas apl icado no interior da mesma moradia, sendo que a instalação do depósito de acumulação encontra-se separado dos painéis térmicos. Para além das visitas acima descritas, os Formandos também foram a dois locais, um na Escola Superior de Tecnologia e Gestão em Leiria onde tiveram a oportunidade de assistir a uma palestra relativa às energias sustentáveis e uma à Feira Internacional de Lisboa - FIL, cuja temática era a Feira Portuguesa de Construção e Obras Públ icas, proporcionando o contacto directo com as novidades do mercado tendo em conta os sistemas solares térmicos e fotovoltaicos. 13 Gestão dos Fatores de Risco Psicossocial Inquérito Europeu às empresas sobre riscos novos e emergentes Cada vez mais, aumenta a preocupação com os riscos psicossociais, nomeadamente o stresse, a violência e o assédio nas organizações europeias, segundo as primeiras conclusões do maior inquérito europeu sobre saúde e segurança no local de trabalho. Com a crise financeira bem presente, 79% dos gestores europeus dão voz à sua preocupação com o stresse no trabalho, que já é reconhecido como um encargo importante para a produtividade europeia, afirmou o Director da EU-OSHA, Jukka Takala, numa conferência em Barcelona. Contudo, apesar dos elevados níveis de preocupação, é claramente inquietante que apenas 26% das organizações da UE disponham de procedimentos para enfrentar o stresse. O inquérito ESENER realça a importância de prestar apoio eficaz às empresas para fazerem face ao stresse, o que será crucial para assegurar a força de trabalho saudável e produt iva de que necessitamos para impulsionar o desempenho e a competit ividade económica da Europa. (1) Figura 2 - Procedimentos para l idar com os riscos psicossociais no trabalho, por país (% de empresas) (2) Irlanda Reino Unido Suécia Bélgica Funlândia Noruega Países Baixos Croácia Dinamarca TOTAL 31 UE-27 Suiça No inquérito ESENER, real izado pela EU-OSHA, relativamente à gestão do risco psicossocial, é mencionado que as principais preocupações dos empregadores são a “pressão do tempo” (52%) e “ter de l idar com cl ientes difíceis, doentes, crianças,…” (50%), sendo que, a primeira preocupação é referida pelas grandes empresas e setor imobil iário (61%). Figura 1 - Preocupações dos empregadores relativamente aos factores que contribuem para os riscos psicossociais no trabalho (% (2) Turquia França Polónia Repúblic a Checa Alemanha Espanha Roménia Malta Luxemburgo de empresas, UE-27) Letónia Eslováquia Pressão do tempo Eslovénia Ter de lid ar com clie ntes difíceis, doentes, crianças, etc. Itália Má comunicação entre a direcção e os trabalhadores Bulgária Insegurança no trabalho Portugal Chipre Áustria Fraca cooperação entre colegas Lituânia Horários de trabalho longos ou irregulares Grécia Hungria Problemas na relações entre chefias e trabalhadores Estónia Falta de controlo dos trabalhadores na organização do seu trabalho 0 Intimidação ou assédio Uma política de recursos humanos pouco clara 20 30 40 50 Violência relacionada com o trabalho 60 70 80 90 100 Stresse relacionado com o trabalho Base: todas as Empreas Discriminação (por exemplo, devido ao sexo, idade ou etnia) 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 Base: todas as Empreas Gestão dos riscos psicossociais No inquérito ESENER é explorada a gestão dos riscos psicossociais de duas maneiras: se existem procedimentos implementados para l idar formalmente com o stresse relacionado com o trabalho, a violência e a int imidação e, se foram tomadas as medidas para controlar os riscos psicossociais específicos. 14 10 Relativamente aosresultados obtidos, retiram-se asseguintes conclusões: + Existe uma maior prevalência nas empresas de maior dimensão, sendo que, menos de 1/3 das empresas da UE-27 declara que tem procedimentos implementados para l idar com a int imidação ou assédio (30%), violência relacionada com o trabalho (26%) ou stresse relacionado com o trabalho (26%); + Apenas alguns países como a Irlanda, Reino Unido, Bélgica e Países Escandinavos, possuem estes procedimentos formal izados, sendo mais frequente nos setores da saúde, ação social, educação e setor financeiro; + As medidas tomadas com maior frequência, sendo a percentagem mais elevada nas empresas de maior dimensão, são as “ações de formação” (58%) e as “alterações na forma como o trabalho é organizado” (40%). O setor da saúde e ação social apresentam de forma consistente, em todas as categorias, as percentagens maiores; psicossociais relacionados com o trabalho é, com maior frequência, nos setores da saúde e da ação social (83%) e da educação (73%). Figura 4 - Informação dada aos trabalhadores sobre riscos psicossociais, por setor (% de empresas, UE-27) Figura 3 - Medidas tomadas para l idar com os riscos psicossociais no trabalho (% de empresas, UE-27) (2) Saúde e acção social (2) Educação 100 90 Hotelaria e restauração 80 70 Actividades imobiliá rias, alugueres e serviços prestados às empresas Transportes, armazenagem e comunicações 60 50 Financeiro 40 Outras actividades de serviços colectivos, sociais e pessoais 30 20 UE - 27 10 0 Acções de formação Alterações na forma como o trabalho é organizado Remodelação Aconselhamento Alterações às Implementação da área de confidencial de um disposições trabalho para procedimento do horário trabalhadores de trabalho de resolução de conflit os Comércio por grosso e a retalho, reparação automóvel e sector dos serviços Administração públic a e defesa; segurança social Construção Indústria transformadora Base: todas as Empreas Indústria extractiva + São tomadas menos medidas psicossociais nos países do sul da Europa, no setor da indústria transformadora e nas empresas de menor dimensão, referindo-se mais uma vez, que as medidas para l idar com esta matéria acontecem mais frequentemente nos países como a Irlanda, Países Baixos, Reino Unido e Países Escandinavos; + No que respeita à informação aos trabalhadores sobre os riscos psicossociais e respetivos efeitos na segurança e saúde, apenas 53% das empresas refere que o faz, enquanto 69% das empresas inquiridas expressa que informa os seus trabalhadores sobre quem contatar no caso de exist irem problemas psicossociais relacionados com o trabalho. Mais uma vez, em ambos os casos, são as empresas de maior dimensão que declaram fazê-lo com maior frequência; Fornecimento de electricidade, gás e água 0 Informa trabalhadores sobre os riscos psicossociais e respectivos efeitos na segurança e na saúde Base: todas as Empreas Nas próximas edições do CINFormando, abordaremos ainda quais os resultados do inquérito supra-mencionado no que respeita aos “Impulsionadores e Obstáculos” e “Participação dos Trabalhadores” relativamente aos riscos psicossociais. Bibl iografia: (1) + O esclarecimento aos trabalhadores sobre os riscos psicossociais e respetivos efeitos na SST, é referido com maior frequência na indústria extrativa (71%), na saúde e na ação social (39%). Quanto à informação que é fornecida aos trabalhadores sobre quem contatar em caso de problemas 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 Informa trabalhadores sobre quem contactar em caso de problemas psicossociais relacionados com o trabalho (2) - http://www.workingonsafety.net - Agência Europeia para a Segurança e a Saúde no Trabalho - http://osha.europa.eu Sílvia Soares - Coordenadora da Área da Segurança e Saúde Acção de Sensibilização para a Saúde: Mais vale prevenir do que remediar! Falar de Saúde é falar em vida, em futuro e nunca é de mais alertar para este facto. Numa perspectiva de consciencial ização e conhecimento das possibil idades para a promoção da saúde nos Jovens adolescentes real izaram-se Sessões de Sensibilização para a Saúde no Núcleo de Caldas da Rainha e de Peniche. As Sessões foram conduzidas por Artur Goulart - Médico do Trabalho que colabora com os dois Núcleos. Artur Goulart sublinhou vários aspectos a ter em conta durante o período da adolescência que promovem o equilíbrio do estado físico, psicológico e social. Várias foram as temáticas apresentadas, designadamente a Higiene Corporal, a Higiene Oral e a Al imentação Equil ibrada. 15 Educação, Formação e Território - breve reflexão sobre o caso português necessidades concretas e no verdadeiro interesse das populações, criando sinergias de acção que contemplem o bem comum, a partil ha social e o respeito pela diversidade cultural) e não apenas por ser mais provável de acontecer - nas suas fragilidades, torna-se uma estratégia de acção, fundamental, e decisiva, para o desenvolvimento positivo e resposta adequada a dar (e a concretizar) a projectos tendo em conta as real idades locais e territoriais. O modelo económico instituído influência em muito a Educação, a Formação e o Local (território), que tem origem em decisões políticas e que resulta em d iversas (e contraditórias) condições sociais de todos os indivíduos. Torna-se, por isso, importante ter presente que antes de “aprender/ler as palavras” é importante “perceber/ler o mundo”. As assimetrias de poder são, por norma, castradoras do desenvolvimento social e local, onde também existe a imposição de legados culturais e de formas de apropriação cultural (na maior parte das vezes - quase sempre - impostas pelas culturas e poderes dominantes, e onde, por isso mesmo, o questionamento ao modelo constituído de desenvolvimento tem de exist ir e estar sempre presente). Quando estamos a tratar de um processo de educação e/ou formação as coisas vão mudando, se adaptando, e os indivíduos têm aqui uma oportunidade de contribuir fortemente para essa mudança, ou seja, serem sujeitos activos e que podem influenciar as decisões. São as próprias pessoas (é isso que já acontece no seio familiar) que, regra geral, procuram as respostas e encontram as soluções de determinados problemas quando interagem socialmente e predomina o interesse local e o modelo societário, e neste sentido pode-se afirmar, conscientemente, que só há educação e formação do individuo quando acontece um processo de transformação, vencendo as resistências, alavancando oportunidades e fomentando a esperança. Num Projecto Local, sempre mais integrador, participativo e de encontro com as necessidades locais, tem-se de ter sempre presente, ainda, da possibil idade de "encapsulamento" e de "fecho sobre si mesmo", criando (ou podendo criar) inércias de poder e de acção, que dificul tam os objectivos centrais do mesmo e que são o desenvolvimento local e as condições de vida das populações. Já um Projecto Global, central izador, economicista e alicerçado numa postura capital ista e de mercado, corre o risco (na maioria das vezes) de massificação e, por isso, inerte e pouco promotor do desenvolvimento equitativo das comunidades e fomentador de desigualdades sociais. Com esta abordagem, aprofundamento e anál ise do problema (ou problemas), da formulação criteriosa de objectivos (críticos e prioritários), do conhecimento real (da realidade) - na indústria dizemos que só conhece verdadeiramente a empresa quem pisa o “chão-de-fábrica”, neste caso, e fazendo um paralelismo, poder-seá dizer que só conhecem as populações quem com elas contacta diariamente e pisa o “terreno por onde passam” - sem pré-conceitos e valorizando as dimensões positivas pré-existentes, procuramos então em tentativa permanente e sistemát ica encontrar "uma qualquer coerência" em relação a um projecto de sociedade, mais justo, socialmente mais democrático, onde todos tenham as mesmas oportunidades e onde possa efectivamente haver equidade e acontecer uma verdadeira transformação social. Compete depois a cada um de nós, individualmente, ou em comunidade, e mais ainda num tempo de crise muito difícil, assumir a sua participação act iva e responsável numa sociedade em permanente mudança, e cada vez mais complexa e incerta. Por fim, ter presente que estamos perante um conjunto de "forças de poder", em que as dificuldades comunitárias (e das comunidades) estão na maioria das vezes correlacionadas com os problemas nacionais e globais. A criação de dispositivos de emancipação que "combatam e façam frente" à conformação do instituído torna-se, assim, um imperat ivo das populações que devem, claramente, lutar pelos seus direitos (de território, de cultura, de história, de tradições... de trabalho), mas também, paralelamente, cumprir escrupulosamente e responsavelmente com os seus deveres. Para isso, a capacidade das l ideranças locais como factor mobil izador das populações para a participação e acção, é imperativo e decisivo. As gerações mais novas, e as que estão aí por vir, agradecerão no futuro o esforço e empenho que agora todos temos obrigatoriamente de fazer, com o risco de termos (como já outros o afirmaram com pert inência e noutras circunstâncias), eventualmente pela primeira vez, gerações futuras que viverão pior que as que lhes antecederam. E esses serão os nossos fil hos e netos! Atender "com outro olhar" (como agora modernamente se diz), mas acrescentaria, “olhar autênt ico”, às potencial idades de participação em projectos comunitários (focados no território, nas 16 Carlos Manuel Silva - Director do Núcleo do CENFIM daMarinha Grande Entrega de 60 Diplomas CNO - CENFIM - Núcleo de Torres Vedras Aconteceu no dia 22 de Julho de 2011 no Auditório do CAERO em Torres Vedras, mais uma entrega de 60 Diplomas pela conclusão de Processos de Reconhecimento, Validação e Certif icação de Competências a Adultos que culminaram os seus processos de qual ificação, part ilhando em conjunto a missão e desaf io que envergaram durante o período de tempo que comparticiparam com o CENFIM, desafio que elevará as suas vidas e transformará o seu e o nosso futuro. Com o inicio das Novas Oportunidades, foi possível ao CENFIM, e a tantos outros Centros de Formação, que têm lutado para que a Aprendizagem ao longo da vida seja uma premissa presente na vida de jovens e profissionais nas áreas em que actuam, juntar adultos nesta recepção honrosa de Diplomas que enceta um processo de qual ificação, que se quer cont inuo e que aperfeiçoa competências em todas as faixas etárias e em todos os adultos e formandos, que assumem este compromisso consigo, e connosco. Hoje não podemos ser apenas aquilo que fazemos, e o CENFIM alarga assim a sua intervenção, contribuindo para o aumento do profissional ismo e competit ividade do país, com a promoção e acompanhamento de diversos percursos de formação e qual ificação que, depois de concluídos, introduzem no mercado de trabalho e na sociedade indivíduos de valor e prof issional ismo inigualável. É sempre um momento de grande emoção e de orgulho, que o CENFIM prima por poder partil há-lo juntamente com as famíl ias dos adultos certif icados e com algumas das personal idade importantes do Concelho com quem o Núcleo de TorresVedras tem tido o prazer de colaborar e trabal har desde 1989, nesta missão de qual ificar um concel ho, que deve ser exemplo de uma missiva que se quer nacional. A entrega contou com a presença do Director do CENFIM Manuel Grilo, da Directora dos Núcleos de Torres Vedras, Caldas da Rainha e Peniche - Cristina Botas, do Presidente da Câmara de Torres Vedras - Carlos Miguel, do nosso querido Mestre da área de Electricidade Professor Américo Quintão dosSantos, de João Elias Administrador do Conselho de Administração do CENFIM, e do Engenheiro José Guia Presidente da ANEMM -Associação Nacional das Empresas Metalúrgicas e Electromecânicas, que orgulhosamente entregaram aos nossos adultos do CNO - Centro Novas Oportunidades os diplomas alcançados com o esforço e empenho de todos os que, ao longo de meses de trabalho, arregaçaram as mangas para partil har com eles este desafio. A alegria de ver terminados com sucesso os processos de cada um dos adultos que iniciou o seu PRVCC no CNO do CENFIM - Núcleo de Torres Vedras, foi ainda partil hada pela equipa Técnicopedagógica, composta por Técnicos e Formadores que foram vivendo o dia-a-dia de quem, no revisitar das suas memórias, obteve o reconhecimento e certif icação merecidos das suas competências, concedendo-lhes um nível de escolaridade acima daquele que f icou para trás, em prol de uma vida que não lhe deu espaço nem tempo para o terminar. A dedicação e o esforço implicados por todos traz o saborear sentido de cada uma destas conquistas, que em conjunto são festejadas e reconhecidas em famíl ia e com a sociedade. TorresVedras e Portugal ficaram assim mais ricos! Entrega de Certificados e Diplomas / CENFIM CNO-RVCC - Equipa da Marinha Grande No passado dia 26 de Julho, procedeu-se, no Núcleo do CENFIM da Marinha Grande, a mais uma cerimónia de entrega de 10 certif icados e diplomas referentes ao RVCCNB2 - Reconhecimento, Validação e Certif icação de Competências - Nível Básico (2º. Ciclo). Durante a sessão, destacou-se o testemunho do adulto Daniel Rosa Vieira que frequenta o curso de EFA - NB - Educação e Formação de Adultos - Nível Básico de Serralharia Mecânica de Manutenção. Perante o orgulho e a satisfação de todos aqueles que viam naquele momento a confirmação da conclusão do 2º ciclo do Ensino Básico, ergueu-se a voz emocionada do Daniel que tal como os restantes, tinha t ido oportunidade de frequentar o processo RVCCNB2 e que, actualmente, frequenta um curso EFA-NB. O discurso deste adulto fez com que todos aqueles, que acabavam de receber em mãos a confirmação e o resultado do seu empenho, tivessem noção que aquilo era apenas o início de tantas outras possibil idades de formação, no âmbito do Programa das Novas Oportunidades. Através do seu relato, Daniel demonstrou que não pode haver barreiras ao conhecimento e à inovação, uma vez que ele, sem qualquer experiência na área de serralharia, via-se agora totalmente satisfeito com as competências que adquirira nesta área e que, diariamente, coloca em prát ica, através das peças artesanais que vai fazendo. E esta satisfação traduz-se, indubitavelmente, num enorme sorriso de satisfação e determinação que não deixa ninguém indiferente. Serviu, portanto, o presente testemunho para elucidar e incentivar todos os presentes que acabavam de terminar um ciclo, que vale a pena apostarem nas suas capacidades e investir na sua auto-formação. Afinal, aprender compensa sempre! 17 Formação de Adultos pouco escolarizados Surgiu-me a oportunidade de formar adultos, ou ajudar a formar adultos. Fui convidada para dar Formação num Curso EFA há 10 anos atrás. Receei, interroguei-me mas pensei que todos temos direito à formação e que este seria um novo desafio. Depois de me deparar com esta real idade comecei por reflectir acerca desta modal idade de Formação para adultos. Seria uma mais val ia? Pensei desde logo que sim. É uma mais valia pois é dar uma oportunidade àqueles que foram obrigados a deixar a escola, a completarem a sua escolaridade e devolver-lhes o sonho de continuar o seu percurso format ivo, desenvolver as suas capacidades cognitivas e fazê-los sent irem-se valorizados. Os adultos não escolarizados são portadores de saberes, que adquiriram ao longo do seu percurso de vida e lhes garant iram a inserção no contexto famil iar, profissional e social, por isso há que dar oportunidade a esses adultos em mostrarem o que aprenderam e o que ensinaram. Dedicada à Formação Profissional e sempre com vontade de novas aprendizagens, fui convidada para o Projecto das Novas Oportunidades, por Crist ina Botas, a desempenhar as funções de Profissional de RVCC, no CENFIM de Caldas da Rainha. Era importante agir, ir ao encontro de adultos pouco escolarizados, incutir-lhes o gosto pela formação e a necessidade de aumentar as suas habil itações l iterárias. Era preciso chegar às pequenas aldeias, contactar empresas, juntas de freguesia, paróquias, levar o conhecimento e as oportunidades a lugares dos subúrbios do Oeste ou Santarém. Vi muitas vezes nos olhos de jovens mulheres mães, pais, t ios e tias, primos e irmãos, olharem para mim desconf iados mas com tantos sonhos por real izar. Não foi difícil fazê-los acreditar que t inham valores, que eram homens e mulheres com uma vida rica não só de amarguras e desejos mas também de muitos saberes aprendidos na grande “escola da vida”. Transmitir-lhes que a experiência era um factor importante para frequentarem o Processo RVCC. A experiência “é o que é constituído, ao longo do tempo, ind ividual e colectivamente, na intimidade das pessoas, no seu corpo, na sua intel igência, no seu imaginário, na sua sensibil idade, na sua confrontação quotid iana com a real idade e com a necessidade de resolver problemas de toda a natureza” (Jobert,) servindo para agir no futuro. RVCC não é mais que uma campanha de certif icação para elevar o número de pessoas qual ificadas, no entanto, se o estado se preocupa com a estatística de alfabet ização em Portugal, estes adultos que nos procuram, preocupam-se consigo mesmo, com a sua formação e com o seu futuro, preocupam-se com aquilo que cabia ao estado preocupar-se, encontrar um posto de trabalho condigno onde possam facultar aos f ilhos uma vida condigna e equil ibrada. O RVCC dá “prioridade à aprendizagem em detrimento 18 do ensino, à procura educativa em detrimento da oferta, às potencial idades de aprendizagem em detrimento das deficiências do ensino e consagra-se, definit ivamente, o participante como o verdadeiro protagonista do processo de aprendizagem.” O RVCC não era um processo por mim desconhecido, no entanto não era de todo esclarecedor. Precisei de estudar, de me integrar na metodologia. Também eu tive de aprender este Processo e como diz Florentino Fernandez “e uma vez estando a exercer uma actividade vemo-nos impel idos a aprender”. Foi um percurso de aprendizagem, pois cada sessão RVCC com os meus adultos era um degrau que eu subia no conhecimento prático do processo. Apenas quando levei o meu primeiro grupo a júri, segui todos os passos deste Processo RVCC e só aí me senti tranquila, pois apesar de tudo o que l i e da pouca formação que tive, apenas na apl icação desses conhecimentos eu me senti uma verdadeira Profissional RVCC. Enquanto técnica e profissional de RVCC, cabia-me desocultar competências, muitas delas nem os próprios adultos achavam que poderiam ser importantes. Cabe-me a mim levar os adultos a reflectir nos seus saberes e nas suas aprendizagens. O acto de aprender é natural, aprendemos desde que nascemos, sem darmos conta. Estamos todos os dias a aprender e esta aprendizagem nem sempre é valorizada. Esta é uma aprendizagem não - formal que não tem a intervenção da escola. Nenhum professor/formador consegue ensinar aquilo que o adulto/formando já sabe. Este projecto foi pensado para diminuir a analfabet ização, para diminuir o número de cidadãos com a escolaridade mínima. Eram muitas as pessoas que não tinham passado da 4ª classe ou do 6º ano, alguns frequentado o 3º ciclo, mas não concluído. Eram tempos difíceis, como constam dos testemunhos de tantos adultos que me têm confiado a sua história de vida. Ou porque as dif iculdades económicas eram grandes, ou porque a escola para onde teria de ir estudar, ficava a alguns quilómetros e teriam de ir a pé, pois não existiam os transportes escolares e os transportes públ icos não passavam na sua aldeia, ou porque teriam de ficar com o irmão mais novo que entretanto nascera e a mãe tinha de trabalhar, ou simplesmente porque não existia mot ivação. Leio muitas vezes testemunhos de adultos que viam o professor como uma pessoa muito má, que batia por chegarem atrasados, depois de terem percorrido, por vezes à chuva, alguns quilómetros para chegar à escola. Seguramente que estas são aprendizagens que estes adultos fizeram quando eram crianças e jovens e que não esqueceram, por isso partil ham esses momentos, os mais significat ivos, na sua História de Vida. Anos mais tarde chegam aos Centros de Novas Oportunidades com preconceitos de apenas terem a 4ª classe ou o 6º ano. São pessoas que “ interiorizam o estigma social associado ao analfabetismo e desvalorizam os seus saberes e a sua cultura, ou seja, tudo aquilo que tem sido fundamental na construção do seu projecto de vida”. Sentem-se excluídos e discriminados pois vêem portas a fecharem-se por não terem a escolaridade obrigatória, quando procuram emprego. Chegam, muitas das vezes, sem saber que tudo parte da sua História de Vida, que o processo dá valor àquilo que o adulto experienciou e pratica no seu d ia a dia desde que nasceu. Não calculavam que o facto de saberem usar uma máquina de costura ou o facto de saberem dar a si próprios a dose diária de insul ina, são competências que são valorizadas no Processo. Em conversa de partil ha com os meus adultos, ficam emocionados quando percebem que apesar de não terem escolaridade, têm ricas experiências que lhes permit iram evoluir e vencer na vida. Recordo uma adulta que apenas tinha a 4ª classe apesar dos seus 26 anos. Cedo foi obrigada a sair da escola porque a sua infância tinha sido a acompanhar o avô nas l ides do campo e não gostava da escola. A mãe, senhora pouco escolarizada não a incentivou a continuar e l imitou-se a aceitar a escolha de uma menina de dez anos de idade. Passados poucos anos arrependera-se da sua decisão, mas era tarde demais e o ensino nocturno não a fascinava, pois trabalhava durante o dia e à noite teria de cuidar da avó entretanto doente. Trabalhou desde sempre, tornou-se numa jovem responsável e com grande experiência, não só profissional mas também social e humana. Chegou ao CNO do CENFIM de Caldas da Rainha com sonhos mas com vergonha da sua escolaridade. Tracei o seu perfil e encaminhei-a para o Processo RVC, mostrando-lhe que era uma jovem com grande experiência de vida e uma capacidade de reflexão fantástica. Não queria acred itar que estava al i a solução para o inicio da concretização de um sonho. Este processo é, sem dúvida, e independentemente do intuito do Governo, uma mais val ia para aqueles que não tiveram oportunidade de prosseguir os seus estudos e, mais ainda, para aqueles cujo percurso de vida tem sido uma longa estrada de novas aprendizagens. Aprendizagens que foram adquiridas através de saberes populares, transmitido dentro de espaços da pequena tradição como a taberna, a praça, o mercado, o adro da igreja ou o moinho. Perante a minha experiência profissional num Centro de Novas Oportunidades, o RVCC faz evoluir o adulto por uma simples razão: se o processo foi bem encaminhado, se o adulto o terminou com motivação, esse mesmo adulto não vai querer parar, vai querer evoluir. Quantos adultos que terminaram o processo RVCC de nível Básico ou de Nível Secundário e me pedem conselhos sobre que formação poderão tirar, pois ficara-l hes o gosto por novas aprendizagens. Seguem formações de TIC, Inglês, entre outras. Vejo o adulto evoluir e querer cada vez mais fazer parte da sociedade activa. Passam a encarar a formação como uma mais val ia para a sua vida pessoal e profissional. Recordo-me quando era criança e gostava de ouvir as histórias das pessoas mais velhas. Como era difícil e dura a vida, como tiveram de sobreviver às catástrofes e à guerra. Como foram obrigadas a trabalhar desde muito cedo no campo, na criação de gado e como era difícil percorrerem quilómetros a pé para chegarem à fazenda do patrão. Como viviam sem água potável, sem luz e sem conforto nas noites de inverno. Ouvia tantas vezes falar da sua juventude, como se sentia triste por nunca ter frequentado a escola. Como é que aquelas pessoas analfabetas sabem tantas coisas. Como diz Alberto de Melo “A educação dos adultos será obra dos próprios adultos”, no entanto há quem tenha que dar valor a essa obra. Dina Bernardo - Técnica RVCC no Núcleo de Caldas da Rainha Terminei Curso e agora? Um dos aspectos fundamentais no trajecto de um Formando relaciona-se com o delinear da sua vida prof issional no futuro. A chegada à última fase do percurso dos Curso de Aprendizagem e de Educação e Formação de Adultos - EFA remete para um novo abrir de portas para uma vida activa, prof issional e/ou ascender a outro nível de Formação. Tendo em conta estas necessidades sentidas pelos Formandos que se encontram nesta fase do seu percurso formativo, o Núcleo de Caldas da Rainha organizou sessões de esclarecimento relativas ao Início da Actividade Profissional d inamizado por Susana Santos Formadora de Cidadania e Profissional ização dos Cursos EFA e sessões de esclarecimento sobre as condições dos Estágios Profissionais que contou com a colaboração de Carla Leitão Coordenadora do Gabinete de Inserção Profissional da AIRO Associação Industrial da Região do Oeste, para os adultos e jovens respectivamente. Durante as sessões foram visíveis as dúvidas, os erros ou até mesmo o desconhecimento dos procedimentos e possibil idades de actuação na inserção no mercado de trabalho, por parte dos Jovens e Adultos. Neste sentido, é importante subl inhar que um melhor conhecimento das oportunidades disponíveis permite melhorar a escolha das opções de forma mais lúcida e consciente. 19 O contributo de uma “sardinhada” para uma breve Reflexão sobre os Cursos EFA No dia 29 de Julho 2011, por iniciat iva dos Formandos de uma acção EFA - Educação e Formação de Adultos, juntamo-nos, funcionários do Núcleo da Marinha Grande, do CNO, alguns Formadores e Formandos, numa “sardinhada” que resultou num convívio gastronómico muito agradável. Desta forma pretendeuse, também, assinalar o fim deste período format ivo e que antecede as férias, para convivermos e reflectirmos um pouco sobre aquilo que hoje nos apresenta como crítico aos ol hos de todos - O Desemprego (ou a falta de Emprego), o Trabalho (ou a falta de Trabalho), as Qualif icações (ou a falta de Qualif icação)... Muito se tem dito e escrito, bem numas vezes, noutras nem tanto, sobre os cursos EFA e a sua verdadeira util idade para as pessoas e apl icabil idade no mercado de trabalho (leia-se, empresas). Efectivamente, e no caso concreto do CENFIM, este tipo de acção resulta, e bem, de um diagnóst ico das necessidades (problemas) das empresas, pois um posto de trabalho que não se consegue preencher por não haver resposta consistente e qual ificada à sua concretização é de facto, e sem qualquer dúvida - um Problema, mas também resulta de um encaminhamento feito em tempo oportuno e logo no início do processo real izado pela equipa de reconhecimento e val idação de competências que despista os Adultos e os motiva para a aprend izagem. Em todos os processos educativos e/ou format ivos, sejam eles Formais ou Não Formais, a aceitação do individuo que o frequenta é sempre maior e mais benéfica quando está associada uma aprendizagem. Só o Saber (mais) nos impele para continuarmos a procurar o conhecimento e desenvolver o saber-fazer e, consequentemente, adquirir competências (sociais e profissionais). No entanto, deve-se ter em conta, como afirma Rui Canário (2000)1, que a maior percentagem da nossa competência é desenvolvida através da aprendizagem não formal e informal - ou, por outras palavras, não se aprende unicamente a partir de um programa de estudo de uma escola, universidade ou centro de formação. A turma que agora falamos, na sua maioria (quase totalidade) constituída por desempregados encontrou nesta acção de formação e no CENFIM, um caminho estimulante e certo para a sua posterior e desejável reintegração no mercado de trabalho, e isto porque, não só aumentou a sua auto-estima (que por si só não chega, mas ajuda e contribui para a motivação), mas, mais preponderante ainda, recuperou rotinas, integrou processos, adquiriu conhecimentos, praticou e apl icou realmente esses conhecimentos adquiridos e, acima de tudo, voltou a acreditar que é capaz e de ir “à luta” pelo trabalho e por uma função. É verdade que são acções que requerem de investimentos avultados, por levarem ao pagamento ao formando - quando apl icável - de um conjunto de apoios (subsídios), mas também por necessidades de recursos (humanos e materiais) vastos e exigentes. Há que repensar, admite-se, este processo, mas, por outro lado, reconheça-se quem o faz bem e com resultados práticos concretos. E o caso da turma que agora se apresenta, essa é a real idade. Uma real idade que passa e que pode ser retratada pela assiduidade (dos que ficaram, pois os que não f icaram levar-nos-ia a outra mas mais detalhada anál ise), pela intervenção e envolvência nas actividades formativas e, principalmente, pelo processo de transformação pessoal (fundamentalmente ao nível dos conhecimentos técnicos e do saber-fazer). 20 O nosso Formando Daniel Vieira (da turma EFA que estamos a retratar) afirmou recentemente numa das act ividades promovidas que “isto - Formação e o CENFIM - foi o melhor que me podia acontecer, pois cheguei a pensar que já não servia para coisa nenhuma”. Esta simples, mas relevante afirmação deve levar-nos a pensar (e agir) como podemos todos contrariar este pensamento que neste momento avassala a mente de milhares de pessoas que se encontram desempregadas. A questão central da formação - e também dos cursos de Educação e Formação de Adultos - está em compreender a sua natureza, pois esta deve ser um veículo estratégico também para a transferência de conhecimento e saber-fazer e que garanta a sobrevivência com sucesso de uma organização e o desenvolvimento social e profissional dos trabalhadores. A Formação Contínua dos trabalhadores, por exemplo, insere-se nesta lógica e reveste-se de um carácter estratégico no desenvolvimento dos mesmos para que obtenham um bom desempenho na sua actividade prof issional e assim alcancem bons resultados. Não se pretendendo aqui, não seria possível nem o contexto próprio, apresentar soluções para um problema tão grave e complexo como o desemprego vs qual ificação, mas a part ir de uma simples “sardinhada” apontar um possível caminho para a reflexão, e que passa por uma verdadeira e bem apl icada aposta na reconversão e adaptação profissional de muitas destas pessoas. E isto, só poderá acontecer com uma intervenção de todos os actores interessados, mas também das empresas, que podem e devem apostar mais nos adultos e trabalhadores seniores (agora que tanto se discute de novo a ausência de mão-de-obra jovem para a indústria e particularmente para o sector metalúrgico, metalomecânico e electromecânico), pois com um adequado e bem construído PPQ - Plano Pessoal de Qualif icações muitos poderão ainda ser úteis e dar um forte contributo às empresas do sector e em profissões que estão def icitárias de profissionais devidamente habil itados. Assim as empresas e seus responsáveis o entendam, e os trabalhadores act ivos ou desempregados se mental izem finalmente que num contexto económico difícil e de emprego instável, possuir um leque de competências tornou-se um trunfo. O capital de competências torna-se necessário para gerir melhor a mobil idade profissional e a empregabil idade de qualquer trabalhador. Mas também é obrigatório deixar definit ivamente de lado hábitos antigos cristal izados (muitos deles completamente desajustados ao novo paradigma) e agarrar com interesse, empenho e responsabil idade, todas as oportunidades que possam surgir e que possibil item a sua reintegração no mercado de trabalho. A Defesa do Ambiente e a Economia Normalmente nas empresas entende-se a defesa do Ambiente como um gasto, retirando-a, assim, como um cumprimento legislativo e/ou normat ivo, e conferindo uma perspetiva, não prospetivante, al iada da economia saudável. Este entendimento envia a defesa da criação para as calendas, dos gastos inócuos e adjet ivantes dos desperdícios que devem ser contidos, para mais numa situação de crise grave. A laia do texto, leia-se que a “crise”, não provém unicamente, duma situação relativa à d icotomia proveitos/gastos, mas à latitude consequencial da própria retórica que enferma a leitura vocabular entre crescimento e desenvolvimento, intrinsecamente contrários. É mais que necessário discut ir de forma rude se não será uma crise da ética e da cultura, antes mesmo de quaisquer milhões de euros, e assim ser a defesa da Criação, e, necessariamente do ambiente, não esquecendo a coesão social, as verdadeiras bases das causas substantivas. 1 No excelente l ivro “A empresa sustentável” , é referido pelo CEO duma empresa que “…o principal desígnio do negócio seria criar para os accionistas e os parceiros sociais em conjunto, valor sustentável - por outras palavras, valores duradouros baseados no desempenho económico, social e ambiental”. Este Diretor foca a questão do negócio numa base mais profícua e alargada, não o valor acrescentado, mas o valor sustentável, o que daria certamente uma outra reflexão. Este caso concreto coloca claramente a questão de que qualquer valor sustentável, só é conseguido pela simbiose entre a economia, o ambiente, a coesão social e cultural, caso contrário, estaremos imersos em inconsequentes responsabil idades produtoras. Al iás já Saldanha Sanches, no livrinho escrito, antes da sua 2 morte, “Justiça Fiscal” , o refere à legitimidade do imposto sobre os combustíveis, ao afirmar que “Ao internalizar as external idades negativas l igadas ao uso dos combustíveis fósseis, o imposto sobre combustíveis ampl ifica um sinal que o mercado transmite de forma insuficiente: a necessidade de poupar energia por, nesta área, as flutuações do preço não conduzirem a uma situação de equilíbrio. Não conduzem, porque a curto e médio prazo, os combustíveis fósseis são o método mais económico de produzir energia, como é sabido. Mas apenas a curto e médio prazo, e porque não se contabil izam os custos ambientais”. Embora sendo um argumento geopolítico, não deixa de ser verdade, pois o crude é uma matériaprima finita. A dependência do equilíbrio económico, do ambiental, é, pois, inevitável, é um facto, ou melhor, sempre o foi, embora a cegueira indutiva de muitos, tenha deixado a situação chegar a um estado muito preocupante. Só conseguiremos desenvolvimento da economia, com as traves mestras da defesa ambiental, o ambiente está ao serviço duma economia saudável, e se não for assim, então nunca as contas dos economistas estarão certas, é, ou não é, que a subida do preço do petróleo controla decisivamente qualquer desenvolvimento? A analogia com o preço do petróleo, para outras agressões real izadas à natureza, mercê de conjunturas de mero serviço financeiro, é um desastre planetário, uma guerril ha trepidante entre a Economia e o Ambiente, aquela pagará sempre a usurpação ambiental, e este não perdoará, porque o fere de morte. O Valor Sustentável tem na defesaAmbiental o maior parceiro, para uma economia ajustada à real idade da vida, por isso não poderá existir progresso sem a signif icância ambiental ser positiva, o que se prova à saciedade. Os gastos na defesa ambiental, são a sintonia entre o homem e a natureza, são o benefício da economia sol idária, sem isso não teremos qualquer forma de desenvolvimento das empresas, das cidades, dos países e dos povos, por mais impostos colocados, mesmo que sejam de sol idariedade, porque esta pactua tão somente na real idade fecunda capacitadora do Bem Comum, e sem este não existe forma de vida. Aqui fica esta humilde reflexão, que pretende contribuir para uma não agressão ao Ambiente, e não tenhamos dúvidas do cumprimento do ditado popular, “Deus perdoa tudo, os Homens às vezes, a Natureza nunca”. 1 . Laszlo, Chris, “A empresa Sustentável”, Edições Instituto Piaget, 2003, pág. 37 2 .Sanches,Saldanha,“JustiçaF iscal”,FundaçãoFrancisco ManueldosSantos, 2010, pág. 70 Joaquim Armindo - Diretor do Departamento da Qualidade, Ambiente e Segurança e Saúde doCEMFIM Relatório de Sustentabilidade do CENFIM - 2010 No passado mês de Julho, o CENFIM divulgou o seu Relatório de Sustentabil idade, relativo a 2010, sendo o primeiro Centro de Formação Profissional, em Portugal, a fazê-lo. Este relatório baseia-se nas regras do GRI -Global Reporting Init iative, não sendo, contudo, auditado, com a referência B. Um passo importante para a divulgação de toda a informação, tendo em consideração o Desenvolvimento Sustentável. Pode ser consultado, em todas as nossas Unidades Orgânicas, ou através de www.cenfim.pt 21 Declaração Ambiental do CENFIM - Ano 2010 No seguimento do último art igo no CINFORMANDO sobre a “A Declaração Ambiental no CENFIM”, chegou o momento, como em anos anteriores, de comunicar o trabalho desenvolvido e demonstrar de forma clara os objectivos assumidos na protecção do ambiente e o desempenho ambiental do CENFIM durante o ano de 2010 (ult ima Declaração Ambiental do CENFIM). O CENFIM para além do cumprimento normativo e legislativo, a que está obrigado, o que se pode verificar pela Aval iação da Conformidade Legal do Ambiente, assinala como pontos fortes a sal ientar: a elaboração das Plantas de Segregação de Resíduos para todas as Unidades Orgânicas, embora ainda em desenvolvimento, diminuição dos gastos com a recolha de resíduos, aumento considerável do consumo de papel reciclado (94%) comparativamente ao período homólogo (50%), util ização de bebedouros al imentados através da rede públ ica e real ização de controlo semestral de fugas de água. Iniciou, também, a certif icação energética e qual idade do ar interior. A última declaração ambiental no CENFIM, pretende, uma vez mais, de forma transparente, comunicar a todas as partes interessadas os aspectos ambientais mais significativos da nossa actividade, a estrutura do nosso Sistema de Gestão Ambiental e os resultados de desempenho ambiental alcançados. Existe uma crescente preocupação para a necessidade de preservar o meio ambiente e prevenir situações que ponham em causa o habitat natural da fauna e flora e em última anál ise, a própria saúde das populações. O CENFIM, possui pessoal competente, para implementar em cada empresa ou organismo desta mais que boa prática, e de um instrumento que serve a competit ividade das empresas, no sonho comum de trabalhar para uma humanidade onde sejamos capazes de uma vida melhor. 22 Angela Diogo - Coordenadora da Área do Ambiente e Melhoria Contínua As Boas Práticas na Segurança de Informação e a Análise do Risco ambiental, e outros, assim sem dúvida, como o risco da Informação que é crucial para a manutenção de uma organização. Todas as organizações mantêm, em qualquer tipo de suporte, informação essencial para o seu negócio. Dados de cl ientes, de fornecedores, estratégias de funcionamento, dados financeiros e até os Sistemas de Gestão, estão assentes em dados e informações vitais para o funcionamento de uma organização. Assim, é essencial que as organizações tomem consciência que a Segurança da Informação que suporta a empresa necessita de tanta atenção e planeamento como qualquer outro tipo de Segurança apl icada nas organizações. Considerando estes aspetos, o CENFIM desenvolveu uma matriz que, tendo em conta as 133 Boas Práticas da Segurança da Informação, as aval ia e prioriza segundo uma matriz de risco que tem como base a Norma ISO 31000 - Gestão de Riscos. Esta matriz tem como objetivo primário aval iar a qual idade da Segurança da Informação, que já existe dentro da organização. Nesta fase, deve aval iar-se quais as Boas Práticas que estão a ser apl icadas e se, estando elas ao abrigo de um cumprimento legislativo, estão a ser cumpridas ou não, se estas obrigarem a um cumprimento legislativo são determinadas como prioritárias para a implementação de medidas e são assinaladas a vermelho. A Segurança da Informação está relacionada com a proteção de dados, no sentido de preservar o valor que possuem para uma organização. Este conceito apl ica-se a todos os aspetos da proteção da informação, não só os dados de sistemas computacionais, eletrónicos ou de armazenamento de dados, mas também a toda a informação em papel ou outro suporte que possa estar disponível ou armazenado em edifícios da organização que necessitam estar seguros. As caraterísticas básicas da Segurança da Informação são: a Confidencial idade que garante, que a informação, não é acessível ou divulgada a pessoas, entidades ou processos não autorizados; a Disponibil idade é a propriedade de a informação estar acessível e util izável por pedido de uma ent idade autorizada; a Autenticidade é a certeza de que a informação provém de fontes confiáveis e que não sofreu alterações ao longo do processo; e a Integridade é a propriedade da informação ser confiável, correta e disposta em formato compatível com o de ut il ização. Em seguida, determina os pontos críticos do não cumprimento das Boas Práticas, através de uma quant ificação numérica de diversos aspetos do risco sendo os mais importantes a Vulnerabil idade do Controlo e o Risco Inerente, cujo seu produto irá real izar o Risco associado a uma determinada Boa Prática de Segurança da Informação. Após esta avaliação, são planeadas medidas de mit igação ou minimização do risco, e é de novo aval iado o risco associado àquela prática de modo a que a organização possa decidir se as medidas propostas diminuem significat ivamente o risco e por isso devem ser postas em prática tendo em conta o seu custo e apl icabil idade. Neste contexto surge a Norma ISO/IEC 27002:2007, que fornece um conjunto de Boas Práticas que, apl icadas à informação mais importantes para uma empresa, reforçam a segurança dessa informação, não só em relação ao exterior da organização, mas também à necessidade de segregação da informação, e à preservação de informação para apenas alguns colaboradores. Por outro lado, tendo a Informação um sistema próprio tende também a torna-la mais fiável e adequada à ut il ização a que se destina. Um modo eficaz de verif icar a sistematização da Informação é regulá-la em concordância com a Norma ISO 31000:2009 - Gestão de Riscos. Ora, o risco é algo que está sempre inerente a uma transação, os riscos económico, financeiro, concorrencial, segurança e saúde, Requisito da Norma Boas-práticas S N Esta é uma das primeiras medidas para se poder certif icar qualquer Sistema de Informação, de acordo com a ISO 27001. O CENFIM está capacitado que a Segurança da Informação é demasiado importante para as organizações, para que seja deixada ao acaso. Por isso desenvolveu esta ferramenta para ser usada a nível interno, mas que terá grande empenho em partilhar com outras organizações que se preocupem com o Risco e Segurança do seu Sistema de Informação. Daniela Alves - Colaboradora Externa do Departamento da Qual idade, Ambiente e Segurança eSaúde do CENFIM Cumprimento N/ da Legislação Grau de Risco Impacto Vulnerabili dade Probabilid ade Velocidade A controlo do controlo do risco Inerente Sim Não 0 0 Política de Segurança (11) Política de Segurança da Informação Documento da polític a de Segurança da Informação Revisão da política de Segurança da Informação Existe um documento aprovado pela gestão, publ icado e comunicado a todos os colaboradores e às partes externas relevantes? 0 0 X A política é revista em intervalos planeados ou caso ocorram alterações significat ivas, para se assegurar a sua relevância, adequação e efetividade (Deve exist ir um Gestor)? 0 0 0 0 0 0 RISCO 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Figura 1 - Exemplo, meramente ilustrativo, do funcionamento da matriz dos Riscos da Segurança da Informação, ideal izada pelo CENFIM. Exemplo do cálculo do Risco Inicial. Requisito da Norma Boas-práticas Política de Segurança (T1) Política de Segurança da Informação Documento da política de Existe um documento aprovado pela gestão, publ icado e comunicado Segurança da Informação a todos os colaboradores e às partes externas relevantes? em intervalos planeados ou caso ocorram alterações Revisão da política de A política é revista para se assegurar a sua relevância, adequação e Segurança da Informação significativas, efetividade (Deve existir um Gestor)? Organização da Segurança da Informação (T2) Organização Interna Comprometimento da Gestão com a Segurança da Informação A Gestão suporta ativamente a Segurança da Informação demonstrando comprometimento, tomando uma clara direç ão, definindo atribuições de forma explícita e conhecendo as responsabil idades pela Segurança da Informação Legislação Grau de Impacto Vulnerabilidade Probabilidade Velocidade Risco S N N/ A S do controlo do Risco Inerente N controlo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 RISCO 0 0 0 0 0 0 0 Acção Correctiva / Grau de Impacto Vulnerabilidade Velocidade Risco Acção Preventiva controlo do controlo Probabilidade do Risco Inerente 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 RISCO 0 0 0 0 0 0 0 Figura 2 - Exemplo, meramente ilustrativo, da matriz dos Riscos da Segurança da Informação, ideal izada pelo CENFIM evidenciando os dois níveis de cálculo do risco, antes e após as ações corretivas e/ou prevent ivas. 23 Núcleo de Caldas da Rainha visita os monumentos históricos da Cidade Um grupo de Formandos do Curso de Manutenção Industrial / Mecatrónica I - Acção 69814 visitou o centro histórico da cidade, no âmbito do módulo “Influências Estrangeiras”, do domínio Viver em Português. Esta visita englobava vários objectivos tais como: conhecer o património local; compreender as várias influências estrangeiras que passaram ao longo dos anos pela região e no fundo sensibil izar a geração mais nova para a importância da preservação do património, não só local, mas também nacional e mundial. Os Formandos visitaram o histórico Hospital Termal, sendo este o primeiro hospital termal do mundo, fundado pela rainha D. Leonor, no século XV. Aqui compreenderam como se forma a água termal e qual o seu percurso até ser captada nas Caldas e como funcionava e funciona o hospital. A cidade deve o seu nome a este fenómeno natural e à fundadora do hospital. Visitaram também o Museu do Hospital e o de Caldas, que funcionam num edifício que noutros tempos serviu de habitação ao rei D. João V, quando este monarca vinha tratar-se no HospitalTermal. Outro local visitado foi a Igreja de Nossa Senhora do Pópulo, situada entre o museu e o Hospital Termal, que se destinava ao acompanhamento espiritual dos doentes do hospital, e é a construção mais primitiva da Cidade de Caldas da Rainha, remonta ao século XV. Por fim, visitaram a Capela de São Sebastião, cujo destaque são os painéis de azulejos barrocos que relatam a vida do mártir. Neste local decorria uma exposição temporária da famíl ia El ias - artistas miniaturistas cerâmicos. Visita de Estudo ao Forte de Peniche No âmbito do módulo de Mundo Actual, sobre o tema “Portugal, do Autoritarismo à Democracia”, os Formandos do Curso de Maquinação e Programação I, do Núcleo de Caldas da Rainha do CENFIM, efectuou uma visita de estudo ao Forte de Peniche. \Pretendia-se que os formandos, tivessem contacto d irecto sobre uma das real idades mais conhecidas do aparelho repressivo do Estado Novo: a Prisão Política do Forte de Peniche. Desde a década de 1930, até ao fim do regime, em 1974, que esta fortif icação estava destinada a receber alguns dos detractores mais temidos por Oliveira Salazar. Todavia, também foi daqui que se real izaram duas fugas, espectaculares à época, e que são símbolo da resistência antifascista. Segundo o Formando João Monteiro, que curiosamente reside em Peniche, a saída «valeu a pena, e o grupo esteve à altura». Lamentou, apenas, que a guia não tivesse «aprofundado alguns temas, principalmente na descrição das celas». Já por sua vez, os Formandos Hugo Santos e Marco Martins referiam que é sempre «bom sair», para quebrar a rotina das sessões de formação em contexto de sala. Este último ad iantou ainda que foi possível «ver mais ao pormenor» alguns aspectos falados e analisados em sessão. No rescaldo da ida a Peniche, e na opinião geral do grupo, sal ientou-se que esta correspondeu às expectativas iniciais. O Núcleo de Caldas da Rainha promove Dádiva de Sangue Como é do conhecimento de todos, o sangue só pode ser usado se for doado, desta forma o sangue disponível nos hospitais, que ajuda a salvar vidas, depende de todos os que decidem ajudar. À semelhança do que tem vindo a ser prática no Núcleo de Caldas da Rainha, abrimos uma vez mais as portas ao Instituto Português do Sangue. Foi com muito orgulho e sat isfação que contamos com a presença de cerca de 30 pessoas (Formandos, Formadores, Colaboradores e população do Concelho de Caldas) que revelaram o seu espírito humanitário e contribuíram para esta boa causa. O Núcleo de Caldas da Rainha, agradece a todos os que participaram e em especial à equipa do Inst ituto Português do Sangue - Centro Regional de Lisboa, que acol heram simpaticamente todos voluntários. I Campeonato de Ping-Pong do Núcleo de Caldas da Rainha No início do Ano de 2011 o Núcleo de Caldas da Rainha retomou a Associação de Formandos que se encontrava adormecida desde 2009. O novo grupo de trabalho composto por 2 a 3 elementos de cada Acção dos Cursos de Aprendizagem, real iza pelo menos uma reunião por mês para dar voz aos problemas dos Formandos, bem como à apresentação de sugestões de melhoria. Vários projectos têm sido colocados em prática, como torneios desport ivos e actividades complementares, encontrando-se vários projectos e actividades ainda em fase de construção como por exemplo um Blogue. 24 Enquadrado nesta nova dinâmica do Núcleo, a Associação de Formandos organizou um Torneio de Ping-Pong, aberto a todos os Formandos e Formadores, que decorreu entre os dias 1 a 8 de Junho. A final foi disputada no d ia 8 de Junho onde o Formando João Monteiro saiu vitorioso. Em seguida procedeu-se à entrega dos Diplomas de Participação e dos prémios aos primeiros lugares (1º, 2º e 3º Lugar). Acção de Divulgação CONFORIS, Lda - RIGSUN - Solar Systems O CENFIM - Núcleo de Santarém levou a cabo no passado mês de Julho uma Acção de Formação na área dos Sistemas Solares, com a participação da Empresa CONFORIS, Lda - RIGSUN - Solar Systems, dirigida a Empresários e Técnicos Instaladores. Esta Acção teve a participação de mais de 25 Formandos de outras tantas Empresas. Dado o sucesso deste acontecimento o Núcleo do CENFIM de Santarém, irá real izar uma nova Acção em Setembro/Outubro próximo. Feira de Divulgação em Santa Catarina A Escola EB-2.3 de Santa Catarina abriu as portas a uma iniciativa que reuniu todas as condições para a real ização de uma “Feira de Ofertas de Formação e de Educação”. Esta actividade foi organizada e coordenada pela Psicóloga do Agrupamento de Escolas de Santa Catarina que concentrou e encaminhou, durante todo o período da manhã, grupos de Jovens que estão a terminar o 9º Ano e que tiveram oportunidade de circular por vários “Stands” das diversas inst ituições da Região de Caldas da Rainha. Este tipo de actividades são momentos importantes para a orientação dos Jovens, pois face às exigências do mercado de trabalho, a certif icação profissional assume-se com um papel relevante para a qual ificação de futuros profissionais. Tendo em conta que o aumento do nível de qual ificação influencia posit ivamente o sector empresarial, sendo que enriquece a compet itividade e torna trabalhadores mais capazes de fazer frente aos desaf ios. Plano de Formação, Outubro, Novembro e Dezembro de 2011 TIPO DE ACTIVIDADE CÓDIGO DA ACÇÃO FORMAÇÃO CONTÍNUA CÓDIGO DO CURSO INÍCIO FIM TOTAL PREÇO DE * HORAS 59028 Língua inglesa - atendimento Q2FG069 12-Out-11 29-Out-11 50 140 € 59030 Língua inglesa - atendimento Q2FG069 02-Dez-11 23-Dez-11 50 140 € 59054 Língua inglesa - atendimento Q2FG069 16-Dez-11 29-Dez-11 50 140 € 59014 Informática na óptica do utilizador - fundamentos Q2FI036 28-Out-11 15-Nov-11 25 90 € 59015 Informática na óptica do utilizador - fundamentos Q2FI036 09-Nov-11 26-Nov-11 25 90 € 59022 Processador de texto Q2FI033 16-Nov-11 02-Dez-11 50 140 € 59023 Processador de texto Q2FI033 29-Nov-11 15-Dez-11 50 140 € 69197 Preparação de soldadores para certificação T2ED048 10-Out-11 11-Out-11 12 55 € 69198 Certificação de soldadores T2ED39 12-Out-11 12-Out-11 12 55 € Construções Metálicas 57215 Soldadura mag/ff -135/136 - nível 2 iiw (2) Q2FD182 24-Out-11 05-Dez-11 50 150 € Projecto / Desenho 57223 Cad 3d – peças e conjuntos simples Q2FA176 14-Nov-11 05-Dez-11 25 70 € Construções Mecânicas 63285 Execução de peças com fresadoras cnc Q2FC231 17-Out-11 11-Nov-11 50 140 € 63272 Soldadura eam -111 – nível 1 iiw (2) Q2FD170 10-Out-11 30-Nov-11 50 150 € 63264 Soldadura tig 141 – nível 1 iiw (2) Q2ED180 11-Out-11 02-Nov-11 50 150 € 63276 Soldadura tig 141 – nível 1 iiw (2) Q2ED180 11-Out-11 02-Nov-11 50 150 € 63261 Soldadura eam -111 – nível 1 iiw (3) Q2FD171 12-Out-11 03-Nov-11 50 150 € 63267 Soldadura eam -111 – nível 1 iiw (3) Q2FD171 19-Out-11 10-Nov-11 50 150 € 63241 Soldadura tig 141 – nível 3 iiw (2) Q2FD158 31-Out-11 22-Nov-11 50 150 € Administrativo, Comercial e Marketing Informática / Tecnologias de Informação e Comunicação NÚCLEOS Arcos de Valdevez Caldas da Rainha Construções Metálicas Ermesinde Lisboa Construções Metálicas 25 Plano de Formação, Outubro, Novembro e Dezembro de 2011 63273 Soldadura eam -111 – nível 1 iiw (3) Q2FD171 02-Nov-11 23-Nov-11 50 150 € 63265 Soldadura tig 141 - nível 1 iiw (3) Q2ED168 03-Nov-11 24-Nov-11 50 150 € 63277 Soldadura tig 141 - nível 1 iiw (3) Q2ED168 03-Nov-11 24-Nov-11 50 150 € 63262 Soldadura eam -111 – nível 1 iiw (4) Q2FD172 04-Nov-11 25-Nov-11 50 150 € 63268 Soldadura eam -111 – nível 1 iiw (4) Q2FD172 11-Nov-11 06-Dez-11 50 150 € 63274 Soldadura eam -111 – nível 1 iiw (4) Q2FD172 24-Nov-11 21-Dez-11 50 150 € 63388 Quadros eléctricos de distribuição Q2FK160 20-Out-11 31-Out-11 25 70 € 63889 Circuitos electromecânicos Q2FK167 02-Nov-11 23-Nov-11 50 140 € 63390 Máquinas eléctricas - caracterização Q2FK156 24-Nov-11 14-Dez-11 50 140 € 63391 Motores eléctricos – c.c., c.a. e passo a passo Q2FK158 15-Dez-11 22-Dez-11 25 70 € 63380 Módulos solares fotovoltaicos Q2FJ080 03-Out-11 26-Out-11 50 185 € 63381 Projecto de sistema solar fotovoltaico - selecção e dimensionamento Q2FJ081 27-Out-11 18-Nov-11 50 185 € Projecto / Desenho 63310 Desenho a 3 dimensões assistido por computador Q2FA179 07-Nov-11 16-Dez-11 75 205 € Administrativo, Comercial e Marketing 64298 Gestão do tempo Q2FG047 07-Nov-11 22-Nov-11 25 90 € 64339 Operação e maquinação com fresadoras CNC - fundamentos Q2FC291 03-Out-11 02-Nov-11 50 140 € 64338 Programação de fresadoras CNC Q2FC289 06-Out-11 05-Nov-11 50 140 € 64340 CAM 3D - maquinação assistida por computador - fundamentos Q2FC288 07-Nov-11 07-Dez-11 50 185 € Construções Metálicas 64289 Processos de soldadura a eléctrodo revestido Q2FD183 10-Out-11 09-Nov-11 50 150 € Construções Metálicas Lisboa Electricidade / Electrónica Energia Construções Mecânicas Energia 64312 Climatização – princípios e instalação Q2FJ071 03-Out-11 17-Nov-11 75 275 € Informática / Tecnologias de Informação e Comunicação 64288 Informática - folha de cálculo e base de dados Q2FI039 10-Out-11 25-Out-11 25 90 € Organização e Gestão Industrial 64280 Liderança e trabalho em equipa Q2FB063 03-Out-11 18-Out-11 25 90 € Projecto / Desenho 64355 Desenho técnico - leitura e interpretação Q2FA220 10-Out-11 09-Nov-11 50 140 € 64282 Auditorias ao sistema de gestão da qualidade Q2FF075 03-Out-11 02-Nov-11 50 185 € Marinha Grande Qualidade e Ambiente 64283 Segurança e higiene no trabalho - trabalhador designado T2EF41 07-Nov-11 17-Dez-11 60 220 € Construções Mecânicas 56447 Metrologia Q2FC223 17-Out-11 16-Nov-11 25 70 € Construções Metálicas 56444 Soldadura mag/ff -135/136 – nível 1 iiw (2) Q2FD176 10-Out-11 16-Nov-11 50 150 € Q2FL009 12-Out-11 17-Nov-11 50 140 € Q2FL009 16-Nov-11 20-Dez-11 50 140 € 56446 Formação de Base 56453 Informática / Tecnologias de Informação e Comunicação Utilizar um programa de processamento de texto e de apresentação de informação Utilizar um programa de processamento de texto e de apresentação de informação 56440 Informática - folha de cálculo e base de dados Q2FI039 03-Out-11 04-Nov-11 25 90 € 56439 Língua estrangeira - continuação Q2FZ039 03-Out-11 14-Nov-11 50 185 € 56445 Lingua estrangeira - iniciação Q2FZ038 12-Out-11 17-Nov-11 50 185 € 56452 Lingua estrangeira - iniciação Q2FZ038 16-Nov-11 20-Dez-11 50 185 € 56443 Organização e preparação do trabalho Q2FB054 10-Out-11 25-Out-11 25 70 € 56448 Cad 3d – peças e conjuntos simples Q2FA176 28-Out-11 22-Dez-11 25 70 € 56454 Cad – procedimentos técnicos Q2FA193 02-Dez-11 20-Dez-11 25 70 € 56455 Cad 2d - peças e conjuntos com geometria simples Q2FA169 02-Dez-11 20-Dez-11 25 70 € Construções Metálicas 67049 Soldadura tig 141 - nível 1 iiw (3) Q2ED168 19-Out-11 10-Nov-11 50 150 € Electricidade / Electrónica 54950 Electricidade e Circuitos Electromecânicos Q2FK155 03-Out-11 09-Dez-11 100 275 € 54917 Climatização – princípios e instalação Q2FJ071 10-Out-11 05-Dez-11 75 275 € Oliveira de Azeméis Não Tipificado Organização e Gestão Industrial Projecto / Desenho Energia 54924 Práticas de instalação e montagem - instalação de sistemas de ar condicionado Q2FJ072 17-Out-11 18-Nov-11 25 90 € Informática / Tecnologias de Informação e Comunicação 54915 Aplicações informáticas – folha de cálculo Q2FI047 07-Nov-11 05-Dez-11 25 90 € Não Tipificado 54902 Língua estrangeira - continuação Q2FZ039 10-Out-11 18-Nov-11 50 185 € Porto Projecto / Desenho 54937 Desenho técnico - normas, traçados e projecções Q2FA170 10-Out-11 11-Nov-11 50 140 € Administrativo, Comercial e Marketing 65129 Aplicações informáticas de gestão - área comercial Q2FG076 12-Dez-11 22-Dez-11 25 70 € Construções Mecânicas 65134 Metrologia Q2FC223 17-Out-11 28-Out-11 25 70 € 65096 Soldadura tig 141 – nível 2 iiw (3) Q2FD157 17-Out-11 15-Nov-11 50 150 € 65094 Soldadura mag/ff -135/136 – nível 1 iiw (2) Q2FD176 02-Nov-11 24-Nov-11 50 150 € 65099 Soldadura tig 141 – nível 3 iiw (1) Q2FD165 14-Nov-11 14-Dez-11 50 150 € Construções Metálicas 26 Peniche Santarém Plano de Formação, Outubro, Novembro e Dezembro de 2011 65051 Energias Renováveis P2EJ099 03-Out-11 31-Out-11 50 275 € 65113 Práticas de instalação e montagem - instalação de sistemas de ar condicionado Q2FJ072 10-Out-11 21-Out-11 25 90 € 65136 Internet - navegação Q2FI041 14-Nov-11 30-Nov-11 25 70 € 65131 Automatismos industriais-pneumática Q2FE139 17-Out-11 28-Out-11 25 70 € 65138 Automatismos industriais-hidráulica Q2FE140 07-Nov-11 18-Nov-11 25 70 € 65133 Curso básico de socorrismo - "lifesuport" P2EZ040 17-Out-11 27-Out-11 25 70 € 65072 Inglês técnico I T2EZ12 07-Nov-11 22-Nov-11 30 85 € Organização e Gestão Industrial 65142 Gestão de conflitos Q2FB065 10-Out-11 20-Out-11 25 90 € Projecto / Desenho 65049 Desenho técnico - normas, traçados e projecções Q2FA170 02-Nov-11 25-Nov-11 50 140 € 65132 SEGURCARD - Cartão de Segurança T2EF082 10-Out-11 20-Out-11 16 75 € 65079 Sensibilização para a higiene e segurança T2EF18 17-Out-11 04-Nov-11 35 130 € 65140 Fundamentos gerais de higiene do trabalho Q2FF130 17-Out-11 27-Out-11 25 90 € 65141 Segurança no trabalho - equipamentos Q2FF085 07-Nov-11 17-Nov-11 25 90 € 65128 Ambiente, segurança, higiene e saúde no trabalho – conceitos básicos Q2FF123 05-Dez-11 15-Dez-11 25 70 € 68283 Soldadura tig 141 - nível 1 iiw (3) Q2ED168 11-Out-11 24-Out-11 50 150 € 68254 Construções soldadas de estruturas metálicas em chapa fina Q2FD204 18-Out-11 02-Nov-11 50 150 € 68284 Soldadura tig 141 – nível 2 iiw (3) Q2FD157 25-Out-11 08-Nov-11 50 150 € 68285 Soldadura tig 141 – nível 3 iiw (2) Q2FD158 09-Nov-11 22-Nov-11 50 150 € 68256 Estruturas metálicas em chapa fina para condutas Q2FD203 10-Nov-11 17-Nov-11 25 70 € 66049 Gestão do tempo Q2FG047 10-Out-11 11-Nov-11 25 90 € 66040 Metrologia Q2FC223 10-Out-11 30-Nov-11 25 70 € 66039 Iniciação ao cnc Q2FC192 11-Out-11 22-Nov-11 50 140 € 66036 Preparação de soldadores para certificação T2ED048 10-Out-11 12-Out-11 12 55 € 66037 Preparação de soldadores para certificação T2ED048 07-Nov-11 24-Nov-11 12 55 € 66074 Electricidade de edificações Q2FK166 17-Out-11 24-Nov-11 50 140 € 66015 Máquinas eléctricas - electricidade e sistemas eléctricos de comando Q2FK130 17-Out-11 23-Out-11 50 185 € Energia 66019 Sistemas solares fotovoltaicos Q2FJ079 11-Out-11 25-Nov-11 50 185 € Informática / Tecnologias de Informação e Comunicação 66012 Informática - folha de cálculo e base de dados Q2FI039 03-Nov-11 30-Nov-11 25 90 € 66045 Organização e planeamento da manutenção Q2FE142 11-Out-11 22-Nov-11 50 185 € 66073 Autómatos programáveis – caracterização e instalação Q2FE191 17-Out-11 24-Nov-11 50 185 € 66048 Liderança e trabalho em equipa Q2FB063 04-Out-11 31-Out-11 25 90 € Energia Informática / Tecnologias de Informação e Comunicação Manutenção Industrial Não Tipificado Santarém Qualidade e Ambiente Construções Metálicas Administrativo, Comercial e Marketing Sines Construções Mecânicas Construções Metálicas Electricidade / Electrónica Torres Vedras Manutenção Industrial Organização e Gestão Industrial 66050 Gestão de conflitos Q2FB065 07-Nov-11 30-Nov-11 25 90 € Projecto / Desenho 66024 Iniciação ao cad 2d Q2FA164 02-Nov-11 30-Nov-11 50 140 € Qualidade e Ambiente 66041 Metodologias de implementação de sistemas de gestão da qualidade Q2FF077 24-Out-11 21-Nov-11 25 90 € 58430 Soldadura mag/ff -135/136 - nível 2 iiw (2) Q2FD182 17-Out-11 15-Dez-11 50 150 € 58484 Soldadura tig 141 – nível 3 iiw (3) Q2FD159 22-Out-11 26-Nov-11 50 150 € 58440 Soldadura eam -111 – nível 2 iiw (5) Q2FD185 07-Nov-11 16-Dez-11 50 150 € 58434 Soldadura mag/ff - 135/136 - nível 2 iiw (3) Q2FD167 07-Nov-11 16-Dez-11 50 150 € 58428 Soldadura tig 141 – nível 2 iiw (3) Q2FD157 07-Nov-11 16-Dez-11 50 A Publicar Projecto / Desenho 58483 Cad 2d – peças e conjuntos de média complexidade Q2FA166 10-Out-11 23-Nov-11 50 140 € TIPO DE ACTIVIDADE CÓDIGO DA ACÇÃO CÓDIGO DO CURSO INÍCIO FIM Formação / Educação 66059 T3LH030 07-Nov-11 07-Dez-11 Construções Metálicas Trofa FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS DE FORMAÇÃO Animação de grupos em formação TOTAL PREÇO DE EM HORAS EUROS 30 180 € NÚCLEOS Torres Vedras 27 Plano de Formação, Outubro, Novembro e Dezembro de 2011 TIPO DE ACTIVIDADE Electricidade / Electrónica CÓDIGO DA ACÇÃO ESPECIALIZAÇÃO TECNOLÓGICA - CET CÓDIGO DO CURSO INÍCIO FIM TOTAL DE PREÇO HORAS NÚCLEOS 59108 TECNOLOGIA MECATRÓNICA Q1DK144 07-Nov-11 20-Dez-13 2160 Gratuito Arcos de Valdevez 63601 TECNOLOGIA MECATRÓNICA Q1DK144 02-Nov-11 28-Set-12 2160 Gratuito Lisboa 64243 TECNOLOGIA MECATRÓNICA Q1DK144 02-Nov-11 30-Jun-13 2160 Gratuito Marinha Grande CÓDIGO DO CURSO INÍCIO FIM TIPO DE ACTIVIDADE CÓDIGO DA ACÇÃO Projecto / Desenho 55036 Desenho e projecto de construções mecânicas T1BA189 03-Out-11 30-Jun-12 3945 Gratuito Amarante Manutenção Industrial 69227 Técnico/a de Manutenção Industrial de Metalurgia e Metalomecânica Q1BE161 06-Out-11 31-Jul-12 3945 Gratuito Caldas da Rainha Construções Mecânicas 57050 Técnico de Maquinação e Programação CNC Q1BC255 03-Out-11 29-Jun-12 3945 Gratuito Manutenção Industrial 57049 Q1BE161 03-Out-11 29-Jun-12 3945 Gratuito APRENDIZAGEM Técnico/a de Manutenção Industrial de Metalurgia e Metalomecânica Técnico/a de Manutenção Industrial de Metalurgia e Metalomecânica TOTAL DE PREÇO HORAS NÚCLEOS Ermesinde Lisboa Manutenção Industrial 63398 Q1BE161 03-Out-11 31-Jul-11 3945 Gratuito Construções Mecânicas 64371 Técnico de Maquinação e Programação CNC Q1BC255 03-Out-11 29-Jun-12 3945 Gratuito Manutenção Industrial 64372 Técnico/a de Manutenção Industrial de Metalurgia e Metalomecânica Q1BE161 02-Nov-11 31-Jul-12 3945 Gratuito Construções Mecânicas 56058 Técnico de Maquinação e Programação CNC Q1BC255 02-Nov-11 31-Jul-12 3945 Gratuito Manutenção Industrial 56057 Q1BE161 03-Out-11 30-Jun-12 3945 Gratuito Manutenção Industrial 54417 Q1BE161 03-Out-11 27-Jul-12 3945 Gratuito Porto Manutenção Industrial 65144 Q1BE161 17-Out-11 21-Set-12 3945 Gratuito Santarém Projecto / Desenho 68286 Desenho e projecto de construções mecânicas T1BA189 02-Nov-11 28-Set-12 3945 Gratuito Sines Construções Mecânicas 66083 Técnico de Maquinação e Programação CNC Q1BC255 17-Out-11 31-Jul-12 3945 Gratuito Q1BE161 03-Out-11 31-Jul-12 3945 Gratuito Q1BE161 02-Nov-11 28-Set-12 3945 Gratuito 66080 Manutenção Industrial 66086 Técnico/a de Manutenção Industrial de Metalurgia e Metalomecânica Técnico/a de Manutenção Industrial de Metalurgia e Metalomecânica Técnico/a de Manutenção Industrial de Metalurgia e Metalomecânica Técnico/a de Manutenção Industrial de Metalurgia e Metalomecânica Técnico/a de Manutenção Industrial de Metalurgia e Metalomecânica Marinha Grande Oliveira de Azeméis Construções Mecânicas 58107 Técnico de Maquinação e Programação CNC Q1BC255 10-Out-11 25-Fev-11 3945 Gratuito Manutenção Industrial 58108 Técnico/a de Manutenção Industrial de Metalurgia e Metalomecânica Q1BE161 10-Out-11 15-Abr-11 3945 Gratuito Torres Vedras Trofa * O preço destas acções têm desconto de 30% para as Empresas Associadas da ANEMM e AIMMAP Propriedade: CENFIM - Centro de Formação Profissional da Indústria Metalúrgica e Metalomecânica . SEDE: Rua do Açúcar, 88 . 1950-010 LISBOA. Telef.: 21 861 01 50 Fax: 21 868 49 79 . ZONA NORTE: Rua Conde da Covilhã, Nº1400 . 4100-187 PORTO . Apartado 8006 . 4109-601 PORTO . Telef.: 22 610 39 01 . 22 618 21 64/77 Fax: 22 618 95 96 . Internet: www.cenfim.pt . E-mail: [email protected] . Concepção e Execução Gráfica: Assessoria de Comunicação e Marketing - CENFIM Distribuição Gratuita . Periodicidade Trimestral . Depósito Legal: 178613/02 . ISSN: 1645-3905 . Impressão: Torreana - Industria e Comunicação Gráfica, SA . Tiragem: 8 000 exemplares. 28