Espaço Solidário nº. 28

Transcrição

Espaço Solidário nº. 28
espaço
solidario
Obra Diocesana de Promoção Social
Ano VII . n.º28 . Trimestral . Setembro 2012
CUSTO: 0,01€
pessoas a sentirem pessoas
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Obra Diocesana de Promoção Social
Obra
em 3D
dignidade,
determinação
e dinamismo
Sumário
04 - Editorial
Manuel Amial
05 - Mensagem do Bispo do Porto
14 - Discernir os Sinais do Tempo –
Uma proposta à ODPS
Professor Eugénio da Fonseca –
Presidente Caritas Portugal
28 - Caminhando
Maria Teresa Souza-Cardoso
31 - Louvor e Reconhecimento
Sua Revª. D. Manuel Clemente
Conselho de Administração
16 - Pensamento, Razão e Coração
06 - Serviço e Afectos
Professor João Alves Dias
32 - A acção Faz a Obra
Américo Ribeiro
Emanuel Cunha
17 - *VUÅP[\HSPKHKLL+PZJLYUPTLU[V
08 - Silêncio e Palavra
Padre José Maia
34 - Dia do Idoso
Confhic
09 - Envelhecer Sonhando
Padre Lino Maia
10 - A Ecologia da Afectividade
Professor Daniel Serrão
12 - Me Despertas para uma Vida
Mais!...
Confhic
13 - O Rosto da Humanidade
D. Pio Alves - Bispo Auxiliar do Porto
João Pratas/Mónica Taipa de Carvalho
18 - Peregrinação ao Santuário de
Fátima
37 - Centro Social do Lagarteiro
João Pratas/Mónica Taipa de Carvalho
19 - Esperança Renascida
Luísa Preto
38 - Mensagens do Espaço Solidário
Cónego Rui Osório
20 - Aspectos Negativos do Nosso
Tempo
39 - Amigos em crescendo!
Frei Bernardo Domingues, O.P.
24 - Férias com Obra – Páscoa 2012
João Pratas/Mónica Taipa de Carvalho
Ficha Técnica
Administração: Américo Ribeiro, Helena Costa Almeida, Rui Cunha, Manuel Amial e Pedro Pimenta
Direcção/Redacção: Manuel Pereira Amial
Propriedade/Editor: Obra Diocesana de Promoção Social
Colaboradores: A. Pronzato, Américo Ribeiro, Ângelo Santos, António Coutinho, Aurora Rouxinol, Bernardino Chamusca, Chefe Hélio
Loureiro, Confhic, Cónego Rui Osório, D. João Lavrador, D. João Miranda, D. Manuel Clemente, D. Manuel Martins, D. Pio Alves, Diana
Cancela, Elvira Almeida, Emanuel Cunha, Filipa Martins, Frei Bernardo Domingues, João Alves Dias, João Pratas, Luísa Preto, Manuel Amial,
Manuel Tavares, Manuela Botelho, Margarida Aguiar, Maria Amélia Rhotes, Maria Albina Padrão, Maria Anjos Pacheco, Maria Barroso
Soares, Dra., Maria Isabel Cristina Vieira, Maria Lurdes Regedor, Maria Teresa Carvalho Lobão, Maria Teresa Souza-Cardoso, Monsenhor
Victor Feytor Pinto, Mónica Taipa Carvalho, Padre Dr. Américo Aguiar, Padre Jardim Moreira, Padre José Maia, Padre Lino Maia, Padre Mário
Salgueirinho, Paulo Lapa, Pedro Pimenta, Pedro Rhotes, Professor Daniel Serrão, Professor Eugénio da Fonseca, Professor Francisco Carvalho
Guerra, Ricardo Azevedo, Rosa Maria Seabra, Rute Monteiro e Susana Carvalho.
Gráfica - Lusoimpress, Artes Graficas, Lda.; www.lusoimpress.com
Periodicidade (2008): Trimestral; Tiragem 4.000 ex.; NIPC: 500849404; Depósito legal: 237275/06; Marca nacional: 398706; Registo
ICS: 124901; Sócio AIC: 262; Sócio APDSI: 1000005; Postos de Difusão Porto: Casa Diocesana de Vilar; Edições Salesianas, Fundação Voz
Portucalense, Livraria Fátima, Paulinas Multimédia, Ermesinde-Casa da Juventude
Sede: Serviços Centrais da ODPS, R. D. Manuel II, 14, 4050-372 PORTO
Contactos: URL Geral: www.odps.org.pt; Mail: [email protected]; Telef. 223 393 040/ Fax. 222 086 555
Ano VII . n.º28 . Trimestral . Setembro 2012
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Manuel Amial
Os sacrifícios estão a
sofucar a sociedade
portuguesa!
Obra Diocesana de Promoção Social
Editorial
O povo saiu à rua no passado dia 15 de Setembro, de forma massiva, indignado com as últimas medidas anunciadas pelo Governo, que penalizam de forma
brutal a classe trabalhadora e ultrapassam o limite aceitável para os sacrifícios.
Sem se ver uma luz ao fundo do tunel, sem uma ideia motivadora para os
JPKHKqVZtT\P[VKPMxJPSHJLP[HYTLKPKHZJYLZJLU[LZKLH\Z[LYPKHKLX\LHÄUHSUqV
têm vindo a dar o resultado esperado e têm contribuido para aumentar ainda mais
o fosso do desemprego e o empobrecimento dos cidadadãos, especialmente os
de menores recursos.
Precisamos urgentemente de medidas que visem o desenvolvimento, que
valorizem o trabalho e a produção, que criem emprego e que retirem o país de uma
miséria anunciada.
Nós que vivemos no seio da sociedade, que conhecemos as suas necessidades mais básicas e que sentimos que as instituições estão a esgotar as suas
capacidades de resposta a cada vez mais pedidos de ajuda, sentimos que a paciência do povo está a esgotar-se.
Que se tirem as necessárias conclusões antes que seja tarde, que a paz
social volte à nossa vida coletiva, que se acenda nas pessoas a luz da esperança e
que se tomem medidas motivadoras, exemplares, justas e equitativas que galvanizem os cidadadãos deste País para um objetivo claro de defesa de Portugal e dos
Portugueses!
Mensagem
D. Manuel Clemente
Bispo do Porto
Com Setembro voltam as actividades normais, no ritmo geral da sociedade.
Também assim na nossa Obra Diocesana, tão presente que está na cidade e na vida de
muitos dos seus habitantes, de todas as idades e
condições, com especial atenção a quem mais dela
precisa: e são tantos!
Para o “Espaço Solidário”, seguem dois votos,
ligados ao seu bonito nome:
Que seja “Espaço”, isto é, ocasião literária de encontro vivo, testemunhos concretos,
mensagens mobilizadoras. Precisamos muito
de “espaços” onde nos revejamos no melhor
que transportamos, de ideal cristão e vontade
de servir!
Um “espaço” assim, aberto em cada número da publicação, é muito estimulante para todos os membros e amigos
da Obra Diocesana de Promoção Social.
Depois, que seja “Solidário”, como sempre procura ser.
:VSPKHYPLKHKLZPNUPÄJH\UZJVTVZV\[YVZL\UZ
WHYHVZV\[YVZZLTLZX\LJLYUPUN\tT
:PNUPÄJH JVUZJPvUJPH KL X\L UqV ]P]LTVZ ULT
podemos viver sozinhos e só em conjunto poderemos
prosseguir.
Assim é sempre e muito particularmente agora, nas presentes condições sociais.
( ZVSPKHYPLKHKL t V ‚UPJV JHTPUOV L
HTHPZLZ[PT\SHU[L¸ZHxKH¹WHYH\TM\[\YV
Q\Z[VKPNUVLJYPH[P]V
+ Manuel Clemente
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Obra Diocesana de Promoção Social
Momento do Presidente
Américo Ribeiro
Presidente do Conselho de Administração da ODPS
Serviço e afectos
Serviço e afectos, na minha
JVTV\T[VKV\UPÄJHUKVLPUJVYWVYHU-
ZH[PZMHsqVWHY[PSOHKVZ
do diversos aspectos e processos inter-
perspectiva, constituem uma dupla indissociável, integrando-se de modo
:LY]PsV L HMLJ[VZ JVUÄN\-
-relacionados; existe uma visível relação
transversal e completando-se recipro-
ram a proposição do bem-estar, onde
de interdependência entre processos
camente.
se interligam e interagem várias par-
cognitivos e processos emocionais.
tes, nas quais estão os colaboradores
O serviço, isto é, a acção de
e as diferentes posições, que ocupam
É muito importante pensarmos
ZLY]PY KL ZL KHY JVT KLKPJHsqV
UH OPLYHYX\PH WYVÄZZPVUHS L VZ JSPLU-
nesta matéria WHYH JVUZ[Y\PYTVZ
KL ZH[PZMHaLY ULJLZZPKHKLZ WLKP-
tes. Estes recebem o serviço e, quase
progressivamente, \TH TH[YPa Q\Z[H
KVZ JVU]VJHsLZ KLZLTWLUOHY
que involuntariamente, destacam-no
correcta e sadia de vida pessoal e
M\UsLZJ\TWYPYKL]LYLZ¯[LTKL
pelo campo dos afectos; X\HU[VTHPZ
ZVJPHS de conhecimento social e hu-
LZ[HY PTWYLNUHKV KL HMLJ[VZ WHYH
HMLJ[P]PKHKL, entendendo esta como
mano LT X\L VZ HMLJ[VZ LTVsLZ
LUJVU[YHY ZLU[PKV YHaqV ZVSPKLa
o conjunto dos seus aspectos valora-
L ZLU[PTLU[VZ ZL JVUNYLNHT LT
JVY¯ WHYH ZL JVU[L_[\HSPaHY UH
tivos, MVY H[YPI\xKH n HJ[P]PKHKL V\
L_WYLZZqV KL HTVY WLSVZ V\[YVZ
]PKHZLYJVTWVULU[LKLZ[HLLUYP-
HJ[P]PKHKLZ presentes num determi-
que tudo consegue, que tudo supera,
X\LJvSHZPZ[LTH[PJHTLU[L
nado momento, THPVY ZLYm V xUKPJL
sabendo que a nossa sobrevivência
KL JVU[LU[HTLU[V KL HSLNYPH X\L
psicológica se fundamenta nas relações
Pensando na nossa instituição,
WYV]VJH Então, ambas as partes são
interpessoais.
Obra Diocesana de Promoção Social,
contagiadas pela afectividade, saindo
o sector do serviço inscreve uma enor-
ILULÄJPHKHZ
Nesta conjuntura, todos os
HJ[VZ WYVJLKPTLU[VZ L KPMLYLU[LZ
TLLKP]LYZPÄJHKHNHTHKLHJ[P]PKHKLZ
que o caracterizam e lhe colocam a
Na afectividade envolve-se a so-
YLZWVUZHIPSPKHKLZKVZJVSHIVYHKV-
JOH]L KH JVLZqV LÄJPvUJPH L X\H-
lidariedade e na solidariedade envolve-
YLZHZZ\TLTKLZ[HJHKVWHWLS con-
SPKHKL VIQLJ[P]HUKV ILULMxJPVZ L
-se a afectividade. A mente funciona
tribuindo para esse valor qualitativo gru-
Quanto mais afectividade for atribuída à a
maior será o índice de c
pal ou colectivo, que se deseja alcançar
;LTVZ KL ZLY TVKLSVZ WV-
acompanha de perto o seu percurso,
e sustentar. Esta visão UqVZLJVTWH-
ZP[P]VZ KL HMLJ[V JVTWYLLUZqV L
MHa \TH NLZ[qV VYsHTLU[HS WVY
KLJL JVT WHZZP]PKHKL V\ HJVTV-
YLZWLP[V
MVYTHHKPZWVUPIPSPaHY\TKVUH[P]V
X\LHWLZHYKLHVZZL\ZVSOVZSOL
KHsqV mas sim prescreve progresso,
Z\JLZZVLJVUÄHUsHUVZLY]PsVX\LZL
Estou certo de que todos os
desenvolve. A experiência, aliada à von-
colaboradores/trabalhadores
[HKLYLZWVUZHIPSPKHKLLJVUÄHUsHHIYL
dem bem esta máxima, se situam em
enten-
VWVY[\UPKHKLnYLJVUZ[Y\sqVLPU[LUZPÄ-
sintonia com ela e que tudo fazem para
cação de afectos e estes, por sua vez,
a conquistar e perpetuar. É assim que
actuam como factores motivacionais.
pensam e actuam as pessoas de bem!
WHYLJLY YLK\aPKV WHYH U}Z KLZLU]VS]L\TNYHUKLLZ[xT\SVJVUMVY[V
LJVU[LU[HTLU[V
Serviço e afectos fazem T\KHUsHLTI\ZJHKHMLSPJPKHKL serviço e afectos HJVTWHUOHTH]LYKHKL
Os afectos, tais como o cari-
Por outro lado, ZPTWSLZ NLZ-
serviço e afectos WYVTL[LT L JVT-
UOVHHSLNYPHHNYH[PKqVVLSVNPV
[VZLVYPLU[HsLZKL]PKHWLSHWHY-
WYVTL[LT JHKH ZLU[PTLU[V JHKH
V LUJVYHQHTLU[V H JVU[LTWSHsqV
[L KL HTPNVZ ILUMLP[VYLZ L V\[YVZ
PTW\SZV L JHKH HJ[V O\THUV L MH-
V ZVYYPZV V HIYHsV H WHSH]YH HTP-
dão-nos quadro sublime de afectos e
aLTKLZ[LZ\TWYHKV]LYKLQHU[LKL
NH H JOHTHKH KL H[LUsqV H LZ[P-
MHaLTUVZYLÅLJ[PYWLSH]P]vUJPHLLTV-
NLU[PSLaHS\JPKLaJVTWHUOLPYPZTV
TH H ]HSVYPaHsqV KL WVYTLUVYLZ
ção, o quanto são importantes.
LO\TPSKHKL
V ZLU[PYZL ILT JVUZPNV TLZTV¯
LT JVU[L_[V KL [YHIHSOV MHaLT H
(WLUHZ \T L_LTWSV ZPUNLSV
KPMLYLUsH ]vLT M\[\YV JVUZ[YVLT
LJVUJYL[VX\LWYV]HLZ[HKPZWVZP-
M\[\YV L KqV H ZLYLUPKHKL L H LZ-
ção: determinado benfeitor, WHYHL_HS-
[HIPSPKHKL ULJLZZmYPHZ WHYH V IVT
[HYV]HSVYKH6+7: pelo serviço que
M\UJPVUHTLU[V KL JHKH KLWHY[H-
presta à comunidade e demonstrar que
TLU[VLWHYHHKPUoTPJHNLYHS
tal não lhe passa despercebido, pois
:qVHMVYsHTV[YPaKV[LTWV
e do coração!
à actividade ou actividades,
e contentamento, de alegria, que provoca.
Ano VII . n.º28 . Trimestral . Setembro 2012
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Obra Diocesana de Promoção Social
CONFHIC
Congregação das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras Imaculada Conceição
Silêncio e palavra: caminho de evangelização
:\YWYLLUKLUVZHTLUZHNLTKL)LU[V?=0WHYHHV+PH4\UKPHSKH*VT\UPJHsLZ:VJPHZKLZ[LHUV
7LSHKPÄJ\SKHKLLTSLYTVZ[\KVX\HU[V KLZLQHTVZ WLUZmTVZ WHY[PSOHY HSN\THZ L_WYLZZLZX\LX\LZ[PVUHTLZ[LO\THUVLJV[PKPHUVWYVJLZZVV\ZLQHHJVT\UPJHsqV,X\L[LTT\P[VH]LYJVTVX\LZVTVZL
MHaLTVZX\HSX\LYX\LZLQHVJHTWVKLTPZZqV
Silêncio e palavra são dois
momentos da comunicação que se
verdadeiramente importantes.
Quem sou eu? Que posso saber? Que devo fazer? Que posso esperar?
devem equilibrar, alternar e integrar
entre si, para se obter um diálogo au-
Fala-se e escreve-se muito sobre o ministério da escuta. De facto, esta
têntico e uma união profunda entre as
é a grande procura das pessoas: encontrar alguém que acolha, escute e…em
pessoas. Quando palavra e silêncio se
tom menor.
excluem mutuamente, a comunicação
Estamos cansados do ruído e da futilidade das palavras.
deteriora-se ou cria um clima de indi-
Escutar e dizer, silenciar e falar é particularmente importante para os
ferença; quando, porém, se integram
reciprocamente, a comunicação gaUOH]HSVYLZPNUPÄJHKV
O silêncio é parte integrante da
comunicação e, sem ele, não há palavras densas de conteúdo. No silêncio,
evangelizadores que o nosso tempo precisa.
;VSLU[PUV4LUKVUsHUV,SVNPVKV:PSvUJPVHÄYTHX\LHWHY[PSOHKLZ[L
grandioso património do silêncio é um dos grandes contributos que a experiência religiosa poderá oferecer à cultura de hoje.
A arte do silêncio é uma aprendizagem de primeira necessidade. Místicos e pensadores provocam-nos com poucas palavras:
escutamo-nos e conhecemo-nos melhor a nós mesmos.
i UV ZPSvUJPV X\L ZL PKLU[PÄcam os momentos mais autênticos
da comunicação entre aqueles que se
Àquele que conhece Deus faltam-lhe as palavras.
( Rumi- persa do sec..XIII)
Não é bastante ter ouvidos para ouvir…é preciso também que haja silêncio dentro da alma. (A.Caeiro)
O silêncio é o único amigo que não nos atraiçoa. (Confucio)
amam: o gesto, a expressão do rosto,
o corpo, enquanto sinais que manifes-
Na sua contínua busca de caminhos novos para uma evangelização re-
tam a pessoa. No silêncio, falam a ale-
novada, quis o Papa, sábio e vigilante aos tempos e aos seus sinais, questionar-
gria, as preocupações…
-nos para o retorno da pedagogia sempre nova da Palavra.
É necessário criar um ambien-
<THYLÅL_qVH[LU[HWLYTP[LUVZYLKLZJVIYPYHZNYHUKLZYLZWVZ[HZKVZ
te propício, quase uma espécie de
silêncios de Deus e de Jesus. Basta recordar o grande silêncio de Jesus, diante
«ecossistema», capaz de equilibrar si-
da pergunta de Pilatos: O que é a verdade?
lêncio, palavra, imagens e sons.
O silêncio é precioso para
favorecer o necessário discernimento entre os inúmeros estímulos e as
muitas respostas que recebemos, jus[HTLU[L WHYH PKLU[PÄJHY HZ WLYN\U[HZ
Parafraseando Rubem Alves: Para mim Deus é isto:
HILSLaHX\LZLV\]LUVZPSvUJPV
Padre Lino Maia
Envelhecer Sonhando
i LKPÄJHU[L V YLQ\]LULZJPTLU[V
dos avós que vêem nascer e crescer um
síveis ou as circunstâncias os aconse-
tHSPmZVZL\]LYKHKLPYVT}IPS
lham.
E enquanto há tempo para o
neto: repentinamente as suas experiên-
Ninguém ousa duvidar: o ideal
sonho, para a fruição e para a partilha
cias são potencializadas, os afectos re-
seria que os idosos pudessem manter-
é bom, agradável e salutar viver. E por
nascidos, os espaços redimensionados,
-se com gosto naquilo que com gosto
isso, é tarefa de todos fazer da vida o
os projectos de vida retomados e os so-
LYN\LYHT!UHJHZHX\LLKPÄJHYHTJVT
gosto de viver.
nhos alimentados com novos cambian-
a companhia daqueles que geraram, sa-
[LZLUV]VZKLZHÄVZ;\KVÄJH[Y\UJHKV
boreando afectos a que se devotaram,
porém, quando esses idosos, depois,
apreciando frutos das causas a que se
E uma boa proposta a aprofun-
se vêem coagidos a procurar um novo
dedicaram, calcorreando caminhos que
dar poderá ser a de mobilizar voluntários,
lar que lhes é absolutamente estranho e
abriram, alimentando relações que de-
também jovens, que dêem tempo aos
que, enquanto casa de idosos, é perma-
senvolveram.
idosos. Nas suas casas ou nos centros
Algumas experiências vêm sendo desenvolvidas.
nente evocação da sua decrepitude. È a
5qV]qVSVUNLVZ[LTWVZLT
e lares. É importante a dádiva de tempo
frustração de quem muito deu e por tro-
X\LZLKPaPHX\LJVT\T]LSOVX\L
para fazer companhia: não são raros os
ca recebeu a “carta de despedimento”
TVYYPHLYH\THIPISPV[LJHX\LHYKPH
carecidos de quem seja eco da sua voz.
porque já não fazia falta, foi “descartado”
Ter um idoso em casa era uma preciosi-
,\TPKVZVt\TPULZNV[m]LS
e não mereceu ser “reciclado”. Doravan-
dade. Era o apreço pelos idosos, pelas
THUHUJPHS KL L_WLYPvUJPH KL JV-
te, para esses idosos não sobra mais
suas experiências, pela sua serenidade,
UOLJPTLU[V KL ZLUZH[La KL \TH
tempo para o sonho ou para o gosto de
pela inestimável capacidade de transmi-
JLY[HÄSVZVÄHKL]PKH
viver.
tir valores que constituíam o fabuloso paDizem alguns estudos que os
trimónio imaterial de uma comunidade.
7VYX\LUqVSHUsHYV\KLZLU]VS]LY WYVNYHTHZ X\L MH]VYLsHT H
residentes em lares de idosos são mais
Alguns poderão pensar que es-
PUPJPHsqVUHPUMVYTm[PJHKVZPKVZVZ&
propensos para a tristeza, para o desâ-
ses eram os idos tempos da sociedade
Para que eles possam perpetuar de uma
nimo, para o desinteresse pela vida ou
patriarcal e que os tempos de hoje são
forma ágil conhecimentos adquiridos,
WHYHVJVUÅP[ViVKYHTHKLX\LTZLU-
tempos de desenfreada correria e de
experiências vividas, pensamentos ali-
te a dureza da solidão num turbilhão de
implacável concorrência. É evidente que
mentados. E para que possam entrar
“muita” gente. E alguns, em alguma vez,
os tempos avançam e não recuam e a
neste fabuloso mundo da comunicação:
já pensaram que melhor seria a sua sorte
realidade de hoje não é a realidade de
com outros idosos, com outras institui-
se mais breves fossem os seus dias.
ontem.
ções, com o mundo que também é seu
Nesses estudos, com conclu-
4HZ JVU[YPI\PY WHYH X\L [V-
e que ajudaram a construir. A dádiva de
sões nem sempre ajustadas e numa lei-
KVZHX\LSLZX\L]P]LTWVZZHT\Z\-
tempo, também dos jovens, aliada a pro-
tura apressada, conclui-se que os lares
MY\PYLHWYLJPHYVTHPVYKVTX\LtH
gramas elaborados e apoiados, poderia
são um mal, quando, efectivamente, mal
]PKH MH]VYLJLY JVUKPsLZ WHYH X\L
fazer verdadeiros milagres.
será fazer dos lares a solução para fugir
[VKVZVZ]P]LU[LZZVYYPHTUH]PKHL
6Z PKVZVZ ZLU[PYPHT ]VU[HKL
a soluções que, por acomodação, não
WHYHH]PKHt\TKLZHÄVX\LX\LT
KL KLZHÄHY VZ KPHZ WHYH VZ ]P]LY L
se quer procurar. Eles são um serviço
J\S[P]H H ZVSPKHYPLKHKL KL TVKV HS-
[VKVZ S\JYHYPHT JVT [HU[V ZHILY L
quando outros serviços não são pos-
N\TLUQLP[H,T‚S[PTHHUmSPZLLZZL
L_WLYPvUJPHHJ\T\SHKVZ
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Obra Diocesana de Promoção Social
Professor Daniel Serrão
A Ecologia da Afectividade
1. Não quero ser pretensio-
cional, como se chama a este 34xer-
voca. Como o samaritano que viu o
so mas a palavra ecologia, vem da
cício mental, e, então, usada para
almocreve ferido e caído na beira da
raiz grega oikos X\L X\LYPH ZPNUPÄJHY
decidir em muitas situações da nossa
estrada e logo o socorreu. Os que
casa, morada, habitação.
vida diária e, por isso, pode escapar
passaram antes usaram o raciocínio
Então o nosso tema para este
ao controle da parte do cérebro pela
JYx[PJVLUHKHÄaLYHT"KVTPUHYHTYH-
artigo é este: onde mora a afectivi-
qual se exerce o pensamento crítico
cionalmente a afectividade, se é que a
dade? Onde a poderemos encontrar
racional e as decisões são quase só
chegaram a sentir em si.
para a reconhecer e estudar (logos)?
condicionadas pelos afectos.
Então o primeiro lugar ou a
A afectividade humana sus-
Têm alguma razão os neuro-
primeira morada da afectividade é o
cita nos tempos modernos o maior
cientistas e reconhecer-lha decorre
cérebro do Homem pois é nele que
interesse
de análises empíricas que até são
se forma a resposta afectiva às cir-
simples se estamos atentos.
cunstâncias que nos envolvem. Parti-
porque
neurobiologistas
de topo, como Damásio, dedicam ao
estudo e investigação dos afectos a
Por exemplo, quando nos co-
cularmente as que se relacionam com
movemos e ajudamos o jovem senta-
a vida humana; mas também com as
Porquê?
do na rua, a quem foram amputados
que estão ligadas à vida animal e vegetal.
máxima atenção.
Porque pensam que a maior
os braços, a nossa decisão é essen-
parte das nossas decisões é condi-
cialmente afectiva e não gastamos
cionada pela avaliação afectiva das
tempo a raciocinar sobre o que esta-
2. Mas a afectividade é, tam-
percepções e pelas emoções que
mos a ver. Decidimos imediatamente,
bém, um elemento importante do
dessa avaliação nascem na consci-
pelo movimento interior afectivo que
viver social, num aspecto ao qual o
ência perceptiva.. A inteligência emo-
o que estamos a ver logo nos pro-
Papa Bento XVI chamou de Ecologia
Neste campo todos
temos
bons ecologistas
e saber o
humana. A insistência na ecologia
A afectividde social também
grande instituição, a Obra Diocesana
protectora da natureza e dos seres
tem de ter o seu lugar, a sua ecologia.
de Promoção Social que o Porto bem
vivos animais e vegetais parece que
A palavra de ordem para o exercício
conhece e respeita e que se dirige
relegou para segundo plano a eco-
desta afectividade social foi dita por
aos que vivem nos vários equipamen-
logia dos seres humanos como tais
Cristo: amai-vos uns aos outros como
tos sociais camarários, tem a marca
e como membros vivos do sistema
Eu vos amei. A nós cabe-nos fazer
PKLU[PÄJHKVYHKHHMLJ[P]PKHKL
natural. Também os seres vivos hu-
desta palavra uma regra social por via
8\L ZL YL]LSH UH JVUÄHUsH
manos têm de ser protegidos do que
da prática de uma afectividade cons-
serena dos que a dirigem e pela ale-
pode ameaçar a sua sobrevivência
tante dada aos outros, estejam eles
gria dos que distribuem benefícios
e bem-estar, como o abortamento e
perto ou longe de nós.
com sorrisos, e prestam apoios físicos com carinho. E pela forma como
a eutanásia. A vida humana é tanto
ou mais sagrada que a vida animal
3. Organizações de apoio
é respeitada a autonomia dos idosos,
e vegetal. Desviamos o traçado de
social como a ODPS, que além de
dando-lhes informações com afectivi-
uma autoestrada para não perturbar
apoiar também promove, são uma
dade, na qual não cabe nem a arro-
o local onde uma estirpe de aves faz
expressão perfeita de uma ecologia
gância nem o descuido.
VZ ZL\Z UPUOVZ WHYH JYPHY VZ ZL\Z Ä-
da afectividade, porque no seu tra-
Neste campo todos temos de
lhos e não ajudamos a mulher que vai
balho, esforçado e diário, são oikos,
ser bons ecologistas e saber onde
abortar porque não tem meios para
são lugar, onde a afectividade está
encontrar a afectividade.
Z\Z[LU[HYVÄSOVX\LPYPHUHZJLYi\T
bem instalada e pode ser sempre en-
“crime” contra a ecologia humana, da
contrada. Cada presença, cada ges-
qual se excluiu a afectividade.
to, cada serviço que acontece nesta
s de ser
r onde
encontrar a afectividade.
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Obra Diocesana de Promoção Social
CONFHIC
Congregação das Irmãs Franciscanas
Hospitaleiras Imaculada Conceição
Me despertas para uma vida mais!
Dou-te graças Senhor
Porque me despertas para uma vida +!
+ \UPÄJHKH+ simples,
+ sóbria ,+ coerente.
Graças ao teu Espírito
Tenho razões para me abrir
À conversão e à abertura
A horizontes novos
Cuja novidade és tu mesmo.
Graças, porque me dás razões
Para vencer a tentação da rotina,
Do isolamento e da omissão.
Tu és ó Deus a minha retaguarda
Me corriges como um pai
E me queres como uma mãe!
Sinto-te a meu lado,
Nas minhas dores e medos
E isto me basta!
Graças Senhor pelos amigos que me dás,
Amigos seguros que me escutam
LÄJHTUVZPSvUJPVMLJ\UKV
da compreensão recíproca.
¯LV:LUOVYKPZZLTL!
Faz da vida uma obra de arte.
Cultiva a paz
Vive com audácia
Cuida a vida,
a tua vida e a vida de quantos cruzam teu caminho .
Vive com paixão
Fala com serenidade
E deixa o impossível para Mim!.
D. Pio Alves
Bispo Auxiliar do Porto
O Rosto da Humanidade
Num tempo em que vai fazendo caminho a expressão ¸0UZ[P[\PsLZZLT
rosto” pedem-me para falar do ¸YVZ[VKH/\THUPKHKL¹. São muitas as expressões, acumuladas ao longo dos tempos, que põem de manifesto a importância,
a centralidade, do rosto, da cara nas relações entre as pessoas: “ter cara”, “dar a
cara”, “boa cara” …
6YVZ[VHJHYHt¶KPaZL[HTItT¶V¸LZWLSOVKHHSTH¹ De tal modo
isto é assim que, fora as situações esporádicas trabalhadas, não é fácil esconder,
no dia-a-dia da vida, o que enche ou perturba ou esvazia a nossa interioridade. Por
isso, a solução mais segura para “ter boa cara” é estar preenchido: de bondade,
de beleza, de perdão, de compreensão, em suma, de virtude cristã e, portanto,
humana. A “boa cara” por mais que se pinte não se inventa: em última instância, ou
se é ou não se tem!
iKLMHJ[V\YNLU[Lcuidar da cara,HSPTLU[mSHUHZZ\HZYHxaLZ Os
outros, por mais compreensivos que devam ser, à partida, não têm culpa das supostas razões do nosso mau humor. E, se têm, não será por aí que os vamos curar.
:LTWYLLWHY[PJ\SHYTLU[LLTZP[\HsLZPKLU[PÄJHKHZKLJHYvUJPHKLO\THUPKHKL
como são, em geral, os utentes das instituições de apoio social, as pessoas anseiam descobrir nos outros razões ou, pelo menos, sinais para a esperança.
Recordo umas palavras do Santo Padre Bento XVI no recente Encontro
Mundial das Famílias, em Milão: ¸,Z[HTVZJOHTHKVZ¯H]P]LYVHTVYYLJxWYVJVLWHYHJVT[VKVZJVTWHY[PUKVNVaVZLZVMYPTLU[VZHWYLUKLUKV
HWLKPYLHJVUJLKLYVWLYKqV¯5\THWHSH]YHMVPUVZJVUÄHKHH[HYLMH
KLLKPÄJHYJVT\UPKHKLZLJSLZPHPZX\LZLQHTJHKH]LaTHPZ\THMHTxSPH
JHWHaLZKLYLÅLJ[PYHILSLaHKH;YPUKHKLLKLL]HUNLSPaHYUqVZ}JVTH
WHSH]YH+PYPHTLSOVYWVYºPYYHKPHsqV»JVTHMVYsHKVHTVY]P]PKV¹. Esta irradiação passa pelo nosso rosto e chega às pessoas, uma a uma e, pela sua soma,
à Humanidade. É o caminho inverso da Sociedade sem rosto (das sociedades sem
YVZ[VX\LPTW\ULTLU[L]HPZLTLHUKVVNLSVHKLZJVUÄHUsHHUVP[LVPUKP]PK\alismo, o salve-se quem puder.
Convencidos da importância da qualidade do rosto, da imagem, não nos
resta verdadeira alternativa que não seja a da permanente reconstrução pessoal. E,
para um crente cristão, a referência mais acabada e, ao mesmo tempo, mais à mão
é Jesus Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem.
,SLtVTHPZHTm]LSLH[YHJ[P]VYVZ[VKLO\THUPKHKLLWVYPZZVV
]LYKHKLPYVYVZ[VKH/\THUPKHKL
E, para os nossos iguais, nós somos o Seu rosto.
Ano VII . n.º28 . Trimestral . Setembro 2012
Convencidos
da importância
da qualidade
do rosto, da
imagem, não nos
resta verdadeira
alternativa que
não seja a da
permanente
reconstrução
pessoal.
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Obra Diocesana de Promoção Social
Professor Eugénio da Fonseca
Discernir os Sinais dos Tempos – uma proposta à ODPS
O tempo é um dos parado-
rem a forma de pressão, dado que as
há meios tecnológicos que permitem
xos da atual civilização. Há gente que
ações a realizar se apresentam como
colocar as pessoas, mesmo à distân-
gasta todo o tempo de que dispõe –
necessidades urgentes.
cia, a dialogar.
(W}Z
WVUKLYHKH
YLÅL_qV
e mais se houvesse – para conseguir
Mesmo que determinadas ne-
condições de bem-estar e nem sem-
cessidades exijam reações rápidas,
pode concluir-se que a instituição não
pre chega a ter tempo para usufruir
é necessário acautelar alguma pon-
reúne condições para aceitar alguns
delas. Também é frequente encontrar
deração sobre as medidas a tomar
KVZ KLZHÄVZ V\ TLZTV KVZ LUJHY-
quem nunca tenha tempo para seja o
para que as “receitas aplicadas resul-
gos que lhe são apresentados. Bas-
que for por estar demasiado centrado
[LTLT[YH[HTLU[VZPULÄJHaLZV\H[t
ta que a ação a desenvolver ponha
sem si. A propósito destes sempre
não agravem a enfermidade”. Uma
em causa a preservação dos valores
indisponíveis até se costuma dizer:
instituição como a ODPS não pode
identitários da instituição, levando-a a
“Quando for precisa a colaboração
dispensar-se de cuidar de tempos de
desviar-se da sua matriz fundacional.
de alguém, procure-se quem já tem
YLÅL_qVTLZTVX\LHMHS[HKL[LTWV
Para a ODPS, assim como para todas
muitas ocupações, pois quem não as
WVZZH WHYLJLY \TH KPÄJ\SKHKL ZVI
as outras suas congéneres, o respei-
tem é por falta de tempo”.
pena de perder a sua identidade, au-
to pela dignidade de cada pessoa
Não é esta a desculpa dos
[VUVTPHLÄJmJPHLH[tZ\Z[LU[HIPSPKH-
tem que ser um dos valores matri-
muitos e muitas que, como assalaria-
de económica. Estes riscos são reais
ciais irrenunciáveis. No cumprimento
dos ou graciosamente, estão sempre
e não se podem considerar “males
incondicional deste princípio está a
prontos a responder aos contínuos
menores”, tendo em contam que se
valorização de todas as componen-
L L_PNLU[LZ KLZHÄVZ X\L ZqV JVSV-
possa pensar ser mais grave uma
tes humanas, sociais e espirituais que
cados à Obra Diocesana de Promo-
postura de indiferença perante pro-
concorrem para a promoção de cada
ção Social do Porto (ODPS), sendo
blemas sociais que estão a gerar in-
pessoa, de modo a que se sinta, de
o maior de todos a conjugação das
justiças e sofrimentos. Para se evitar
fato, respeitada como tal. Foi muito
respostas a dar-lhes com o tempo
este tipo de questões ou irreparáveis
inteligente a ideia de colocar na de-
disponível. Quando a coesão social
precipitações não se deve menospre-
signação desta instituição a referên-
está mais enfraquecida, como é a si-
aHYHYLÅL_qVZVIYLYLW[VZX\LZLQHT
cia à promoção social, não deixando,
tuação atual da sociedade portugue-
lançados à instituição. A falta de tem-
assim, qualquer margem para dúvi-
ZHOmVWLYPNVKLZ[LZKLZHÄVZ[VTH-
po não deverá se óbice, porque até
das, sobre a sua matriz fundamental.
Uma IPSS católica deve estar permanentemente a
pois Deus não é um ser distante que s
a nível da sua consciência e cultura, m
Para que os princípios estruturantes
racionalidade económica e sustentabi-
não é um ser distante que se revela
de cada instituição não possam ser
SPKHKL ÄUHUJLPYH JVT LJVUVTPJPZTV
no âmago dos seres humanos a nível
beliscados, é fundamental defender a
Sem dúvida que não se pode descui-
da sua consciência e cultura, median-
autonomia. Esta defesa nada tem que
dar a devida gestão dos bens - tanto
te as pessoas e acontecimentos. Esta
ver com o fechamento sobre si mes-
mais que eles não são património dos
descoberta exige discernimento dos
ma, como há instituições que teimam
dirigentes - na assunção de novos
diferentes sinais feito a partir do co-
em estar, mas numa total abertura a
compromissos, porque se não corre-
nhecimento do que vai acontecendo. A
ação em rede, numa estreita coopera-
-se o risco, por um lado, de criar fal-
YLÅL_qVZVIYLLZZLZHJVU[LJPTLU[VZH
ção com todas as entidades sem sub-
sas expetativas aos destinatários das
partir de encontros periódicos com a
serviências de qualquer ordem. Outro
respostas sociais criadas, proporcio-
participação de todos os colabores e,
dos aspetos que impõe ponderação
nando condições de bem – estar que
se possível mesmo com os destinatá-
é saber se está reunido o mínimo de
poderão durar pouco; por outro, de
rios e suas famílias, é o melhor cami-
condições para que seja alcançada al-
colocar em perigo a continuidade das
UOVWHYHX\LZLQHTHPZÄm]LSVKPZJLY-
N\THLÄJPvUJPH5qVUHWLYZWL[P]HKH
ações já em curso. A sustentabilidade
nimento.
VI[LUsqVKLYLZ\S[HKVZWHYHÄUZLZ[H-
ÄUHUJLPYHt\TKVZHZZ\U[VZX\LKL]L
A celebração dos 50 anos do
tísticos ou propagandísticos, mas para
L_PNPYWLYTHULU[LYLÅL_qV6ZKPYPNLU-
Concílio Vaticano II poderá ser uma ex-
que sejam encontradas soluções con-
tes da ODPS sabem bem o que isso é.
celente motivação para prosseguir este
sistentes e não paliativas para o que se
O tempo para uma instituição
caminho e conhecer melhor o pensa-
quer resolver. Também porque se deve
como a ODPS não pode ser apenas,
mento social da Igreja, imprescindível
cuidar da utilização racional dos dife-
como era para a civilização grega, uma
para que seja realizada, em cada tem-
rentes meios de que dispõem as IPSS.
“sucessão de momentos” sem lhes dar
po, a sua missão pastoral de levar o
Daqui para a frente esta é uma das per-
ULUO\TH X\HSPÄJHsqV THZ ¸[VKV V
anúncio da Boa Nova a toda a gente,
tinentes preocupações. Não é que se
tempo está habitado por Deus e cada
em particular aos mais pobres dos po-
KL]HJVSVJHYVZHZWL[VZÄUHUJLPYVZUH
momento é uma revelação nova dessa
bres.
cimeira dos critérios sempre que está
presença”, no pensar de teólogo espa-
em causa a pessoa humana e a defe-
nhol Jesús Espeja. Uma IPSS católica
sa dos seus mais elementares direitos.
deve estar permanentemente atenta
Sempre que tal acontece, confunde-se
aos “sinais dos tempos”, pois Deus
e atenta aos “sinais dos tempos”,
e se revela no âmago dos seres humanos
a, mediante as pessoas e acontecimentos.
Ano VII . n.º28 . Trimestral . Setembro 2012
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Obra Diocesana de Promoção Social
Professor João Alves Dias
Pensamento, Razão e Coração
“Sempre que um homem sonha
conscientes do seu ¸ZLY0NYLQH¹.
apresentou a maqueta da desejada Re-
o mundo pula e avança como bola colo-
Sabia que podia contar com o
ZPKvUJPH.LYPm[YPJHKL:qV1VZt"ao
rida nas mãos de uma criança”. (António
saber do Instituto de Serviço Social que
ler no “Espaço Solidário” as muitas rea-
Gedeão)
desejava realizar trabalho social em fa-
lizações da Obra; ao sentir o empenho
vor do homem integral como agente da
dos seus funcionários e Amigos, con-
sua promoção pessoal e comunitária.
JS\VX\LZLTHU[tT]P]VVLZWxYP[V
A Obra Diocesana nasceu no
coração de um bispo que muito se preocupava com os mais desfavorecidos.
Sabia que podia contar com o
X\L HUPTV\ H JYPHsqV KLZ[H 6IYH
Ainda ressoavam as palavras do bom
humanismo cristão do presidente da
que revela a Igreja como sacramento do
Papa João na abertura do Concílio Va-
Câmara, Dr. Nuno Pinheiro Torres, que
Deus-Amor, o “Abbá de Jesus”.
ticano II: “A Igreja (…) abre a fonte da
era apoiado pelo diretor dos serviços
( PU[\PsqV JVU[PU\H H ZLY
Z\HKV\[YPUH]P]PÄJHU[LX\LWLYTP[LHVZ
culturais e centrais da Câmara, Dr. Car-
M\UKHTLU[HS WHYH \TH 6IYH X\L
homens, iluminados pela luz de Cristo,
los Lobo, e pelo empenho apostólico da
WYPTH WLSH KLZJVILY[H KL YLZWVZ-
compreender bem aquilo que eles são
vereadora da ação social, D. Maria José
tas originais perante novas e impre-
na realidade; HZ\HL_JLSZHKPNUPKHKL
Novais.
visíveis situações, enquanto a razão a
LVZL\ÄT"WVYTLPVKVZZL\ZÄSOVZ
7VKLTVZHÄYTHYX\LH6IYH
ajuda a adequar as atitudes às exigên-
estende ainda a toda a parte a plenitude
UHZJL\ HZZLU[L UV [YPWt PU[\PsqV
JPHZKLYPNVYUHWSHUPÄJHsqVLL_LJ\sqV
da caridade cristã, que é o melhor auxílio
YHaqVJVYHsqV
dos projetos, na gestão e utilização dos
para eliminar as sementes da discórdia.”
(PU[\PsqV, que favorece a cria-
bens disponíveis. Mas é o coração que
E que ganhariam corpo na Gaudium et
tividade do pensamento divergente,
humaniza as relações de convivência e
Spes: “As alegrias e as esperanças, as
levou D. Florentino a aventurar-se por
faz do cliente um irmão ou seja um “alter
tristezas e as angústias dos homens de
novos caminhos pastorais.
Christus”.
hoje, sobretudo dos pobres e de todos
( YHaqV, que possibilita a aná-
¸;\KV V X\L ÄaLYKLZ H \T
aqueles que sofrem, são também as
lise do pensamento convergente, ilumi-
KLZ[LZTL\ZPYTqVZTHPZWLX\LUP-
alegrias e as esperanças, as tristezas e
nou-o na procura dos meios necessá-
UVZHTPTVMHaLPZ¹4[
as angústias dos discípulos de Cristo.
rios à concretização do seu sonho.
(…) Por esse motivo, a Igreja sente-se
O coração animou-o e deu-lhe
real e intimamente ligada ao género hu-
forças para vencer resistências e con-
mano e à sua história”.
gregar boas vontades. Esta matriz foi
D. Florentino sabia que podia
assimilada, desde o início, por quantos
contar com os novos padres saídos do
nela colaboraram seja como voluntários
Seminário onde, imbuídos pela espiritu-
ou funcionários: V TLZTV ZLU[PKV
alidade de Charles de Foucauld, se ti-
PUV]HKVY H TLZTH WLYZWL[P]H KH
nham aberto à pastoral sócio-caritativa
YLHSPKHKLZVJPHSLLJSLZPHSHTLZTH
junto dos pobres do bairro da Sé.
YPX\LaHKLHML[VZ
Sabia que podia contar com
Ao ver o entusiasmo com que,
o entusiasmo e competência de mui-
UV‚S[PTV1HU[HYKL)LULÄJvUJPHVWYL-
tos leigos dos Cursos de Cristandade,
sidente do Conselho de Administração
Padre José Maia
Conflitualidade e Discernimento
Se há coisa que todos sabemos, por experiência própria, é que não é nada
fácil conviver em comunidades plurais, democráticas, abertas à diferença de opiniLZLJVTWVY[HTLU[VZ:LTPYT\P[VSVUNLWVKLTVZ]LYPÄJHYLZ[HL_WLYPvUJPHUH
nossa própria família, na empresa/instituição em que trabalhamos, na cidade ou no
país onde exercemos a nossa cidadania!
(Z JOHTHKHZ ¸ZP[\HsLZ KL JVUÅP[V¹ LTLYNLT X\HZL LZWVU[HULHTLU[L
sempre que falta a capacidade e a inteligência de discernir, em cada momento, as
YHaLZX\LZ\IQHaLTH[HPZZP[\HsLZKLJVUÅP[\HSPKHKL
Por isso, uma boa forma de discernimento em relação a sintomas ou já exWYLZZLZJVUJYL[HZLHILY[HZKLJVUÅP[\HSPKHKLJVUZPZ[PYmUHI\ZJHJVTWYLLUZqV
das suas verdadeiras “motivações” para depois, com recurso a uma apurada inteligência emocional e a uma imensa abertura de mente e coração, procurar, através
de um diálogo ativo, transformar em oportunidades o que, numa primeira análise,
WVZZH[YHUZWHYLJLYHWLUHZJVTVKPÄJ\SKHKLZJVU[LZ[HsLZZLTZLU[PKV(WLZHY
de agressiva e muitas vezes indutora de comportamentos violentos, nas palavras e
UVZH[VZHJVUÅP[\HSPKHKLVJ\WHVZL\S\NHYUHZ[LVYPHZZVJPVS}NPJHZJVTLZWLJPHS
destaque na forma como se pode abordar a homogeneidade e a heterogeneidade,
a crítica que destrói e a crítica que faz crescer, como fatores a ter em consideração
no justo equilíbrio das relações entre diferentes modos de pensar e agir!
Todos sabemos, por experiência, que muitas vezes é preferível “dar um
T\YYVUHTLZH¹WHYHJSHYPÄJHYLX\x]VJVZLMHSZVZJVUZLUZVZHJVU[PU\HYH[VSLYHY
uma “paz podre” que só enfraquece toda e qualquer relação interpessoal, aconteça
ela a que níveis acontecer!
<TJYP[tYPVImZPJVKLKPZJLYUPTLU[VLTMHJLKLZP[\HsLZKLJVUÅP[\HSPKHKL
deverá ser a ponderação do que melhor possa interpretar o “bem comum”. Toda a
JVUÅP[\HSPKHKLX\LZLHSPTLU[HKH]PVSvUJPHJVTVMVYTHKLKVTxUPVZVIYLVZTHPZ
fracos, sem lhes garantir o direito de legítima defesa, perde a sua legitimidade ética,
por mais justa e socialmente argumentativa que possa parecer a sua razão de ser!
É sobejamente conhecida a expressão que aqui se reproduz: ¸U\UJH H
YHaqVKHMVYsHZLWVKLYmZVIYLWVYnMVYsHKHYHaqV¹
,U[YHYUHÄSVZVÄHKLZ[LWLUZHTLU[VWVKLYmJVUZ[P[\PYV¸ZLNYLKVKLHJLZso” ao cofre da gestão de recursos humanos onde muitas vezes se encontram
soluções inimagináveis para problemas aparentemente insolúveis!
Ano VII . n.º28 . Trimestral . Setembro 2012
“nunca a
razão da força
se poderá
sobrepor à
força da razão”
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Obra Diocesana de Promoção Social
João Miguel Pratas
Director do Economato, Logística e Manutenção
Nutricionista
Mónica Taipa de Carvalho
Directora dos Recursos Humanos e Jurídicos
Advogada
Peregrinação ao Santuário de Fátima
Cerca de 100 idosos da Obra Diocesana de Promoção Social viveram o
no dia-a-dia responde, com obras, à
passado dia 13 de Setembro de uma forma muito especial. Nesse dia realizaram
fome, à sede, ao frio”, por via do tra-
uma peregrinação ao Santuário de Fátima para assistir às cerimónias religiosas.
IHSOV KLZLTWLUOHKV WVY TPSOHYLZ KL
A Missa da Peregrinação Aniversária foi presidida por Sua Excelência
Reverendíssima D. Pio Alves, Bispo Auxiliar da Diocese do Porto.
WLZZVHZ]VS\U[mYPHZLWYVÄZZPVUHPZ
D. Pio Alves lamentou a po-
Ao longo das celebrações, D. Pio Alves reforçou a necessidade de os cris-
breza mas realçou que é ainda mais
tãos se comprometerem com a prática efetiva da solidariedade.(ÄYTV\X\L
“lamentável” a existência de pesso-
¸WPLKHKLZLTJHYPKHKLtHWLUHZ[LH[YVYLSPNPVZV¹LX\L\TJYPZ[qV¸UqVWVKLMHaLY
as e organismos que “sub-repticia-
KLJVU[HX\LUqV]vX\LUqVV\]LX\LUqVZHILX\LUqVWVKLX\LUqVtJVUZP-
mente” vivem “à custa da pobreza
NVX\LV\[YVZMHYqVX\LHZH\[VYPKHKLZYLZVS]HT¹9LMVYsV\LZ[HPKLPHHJYLZJLU-
alheia”, dado que “a dádiva verda-
[HUKVX\L¸Om\ToTIP[VKLYLZWVUZHIPSPKHKLWLZZVHSX\LtPUHSPLUm]LSLZLTJ\QV
deira nunca pode ser nem parecer
L_LYJxJPVUqVOmLZ[Y\[\YHZVJPHSJHWHaKLYLZWVUKLYHKLX\HKHTLU[L¹
negócio”.
5\THTHYJHU[LTLUZHNLTZHSPLU[V\X\LtTHPZPTWVY[HU[LHQ\KHYVWY}-
6Z UVZZVZ PKVZVZ WHY[PSOHYHT
_PTVKVX\LWYVJ\YHYYLZWVUZm]LPZWLSHJYPZLLMYPZV\X\LVJ\PKHKVWLSVZTHPZ
este dia com muita alegria e devoção.
necessitados deve passar das palavras ao atos, sugerindo uma maior atenção às
Depois da celebração eucarística, se-
JHYvUJPHZKVZ¸MHTPSPHYLZL]PaPUOVZ¹
guiu-se um almoço-convívio e um agra-
9LJVUOLJLUKVVZLY]PsVKLJLU[LUHZKLPUZ[P[\PsLZJH[}SPJHZV)PZWV(\_PSPHYKV7VY[VYLM\[V\H¸HJ\ZHsqVPUKPZJYPTPUHKHKLºHZZPZ[LUJPHSPZTV»MLP[HHX\LT
dável passeio pelos locais mais embleTm[PJVZKHOPZ[}YPHKL-m[PTH
Cónego Rui Osório
Jornalista e pároco da Foz do Douro
Esperança renascida
Já não vale a pena pormos o ramo num lado e vendermos o vinho no
Deu-me para sonhar naquela
outro. Sabemos muito bem que é grave a crise económica, mais dura ainda pela
mudança estrutural de que andamos
incompetência dos políticos, e de todos e de cada um de nós, para a resolver.
todos carecidos nesta crise que nos
5qVZV\HKP]PUOVWHYHPTHNPUHYX\LHJHIHYxHTVZJVT[HU[VTHSLZ[HYZLT\KmZZLTVZVZPZ[LTHWVSx[PJV;HS]La
A raiz do problema, se calhar, é mais funda do que a simples mudança do
sistema político. De pouco valerá a mudança das normas ou a alternância demo-
desalenta e põe tantos dos nossos
irmãos e das nossas irmãs à procura
da sopa dos pobres nas instituições
caritativas da Igreja.
crática dos responsáveis políticos, por muito legitimados que estejam ou assim se
Deus queira que ainda não
julguem até para não cumprir o que tanto prometeram nas campanhas eleitorais.
estejamos junto ao portal do inferno
Deve ser preciso muito mais e bem mais a fundo, como concordam alguns
VUKL+HU[L(SPNOPLYPWZHKP]PZHJVU-
analistas que não se limitam a ver tudo apenas pelo lado político. Sugerem uma
denação fatal: “Deixai toda a esperan-
reforma mais radical, ou seja, a mudança das pessoas.
ça, ó vós que entrais”.
Na verdade, enquanto não chegarmos à mudança da nossa mentalidade
Com a mudança de menta-
e ao modo como vemos e valorizamos a vida, tendo em conta as relações com
lidades e com os laços de solidarie-
os outros, então não sairemos tão cedo, se é que alguma vez somos capazes de
dade, na justiça e na paz, para tecer
sair, da crise, cuja solução, como desejamos, tarda cada dia que passa e mais
com os outros redes de estima mútua,
nos sentimos incapazes de a resolver.
é possível que encontremos razões
Essa mudança, que me parece mais estrutural do que conjuntural, pode
para manter a esperança, sem perda
parecer a muitos demasiado ingénua, por mais bem intencionada que seja, e, por
do sentido crítico das realidades, por
isso, a julguem condenada ao fracasso.
mais duras que sejam e que precisa-
Não penso assim. Sei que precisamos de leis justas e de governantes
mos de inverter, em nome da defesa
KLÄJOHSPTWHJHWHaLZKLHZWYLTWYm[PJHMHaLUKVHZL_LJ\[HY:LPL\JVTV
intransigente da dignidade de cada
sabemos todos. O que talvez nos custe saber é que o problema maior está no
pessoa, aberta aos outros com leal-
coração de cada pessoa.
dade e cuidados solidários de sama-
()xISPHKL]L[LYYHaqVHVWYVJVYHsqVUVJLU[YVKL[VKHHZHILKVYPH
ritanos que não passam adiante sem
humana, lugar privilegiado onde se escuta a lei do amor, como Deus a quer e os
socorrer os feridos caídos nas valetas
homens e as mulheres tanto precisam.
da vida.
Não sou adivinho para imaginar
que acabaríamos com tanto mal-estar
se mudássemos o sistema político. Talvez.
Ano VII . n.º28 . Trimestral . Setembro 2012
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Obra Diocesana de Promoção Social
Frei Bernardo Domingues
Aspectos Negativos do nosso tempo
Vazio ético e alternativa possível
Muito rapidamente pretendemos
]HaPVno domínio gnoseológico, sem cla-
enfrentar o futuro, tendem a desencadear
enumerar alguns aspectos marcadamen-
ros critérios de verdade, de erro e de cer-
o recurso ao hedonismo, ao consumismo
te negativos, em forma de diagnóstico
teza;
sistemático e aos prazeres imediatos e
‹ 5qV KPZWVTVZ KL WVUKL-
fortes. Efectivamente alimenta-se e de-
YHKVZ JYP[tYPVZ para informar e formar
senvolve-se o relativismo total, sem prin-
provisório, sobre a fenomenologia mais
saliente deste tempo:
,MLJ[P]HTLU[L LZ[HTVZ VÄJPHS-
a consciência ética, pessoal e social, de
cípios metafísicos e éticos consistentes
mente, na segunda década, no dealbar
modo a poder assumir, lucidamente, a
e coerentes. Torna-se corrente a atitude
de um novo milénio, com promessas,
corresponsabilidade complementar de
KLZJVUÄHKH L L_PZ[LUJPHSPZ[H H WHY[PY KL
ameaças e riscos. Alguns receios estão
todos os componentes das comunidades
uma antropologia materialista e desgar-
baseados em hipóteses e mitos, tradicio-
humanas;
rada.
nalmente ligados à viragem milenar. De
‹ :VMYLTVZ KH WYLZZqV KV
E, como é sabido, só haverá au-
facto o tempo é neutro na medida das
THS que vem da fome, das guerras, do
têntico progresso e integrado desenvolvi-
realidades criadas; são as pessoas que
racismo, dos totalitarismos, da opressão
mento humano na medida em que cada
podem orientar, melhor ou pior, o possível
e exclusão social, traduzido em aborto,
pessoa for efectivamente reconhecida,
futuro a viver pela qualidade de vida pre-
eutanásia e genocídio.
estimada, estimulada e aceite na respec-
sente e pelos projectos viáveis e assumi-
As pessoas, em geral, sofrem
tiva diferença em que todos assumem os
dos a curto, médio e longo prazo, pessoal
dum real vazio ético e asfalta de sentido,
respectivos papeis, funções e estatutos
e colectivamente.
mesmo que desfrutem de real poder ma-
sociais. Na realidade todos somos generi-
[LYPHSJPLU[xÄJVWVSx[PJVZVPHSLH[tYLSPNPV-
camente semelhantes e pessoalmente di-
so.
ferentes nos modos de ser, pensar, sentir
Sem pretender inventariar ou fazer balanços sobre toda a problemática
e reagir aos problemas envolventes com
da pós-modernidade, indicaremos alguns
As situações de frustração são
dos aspectos que os analistas apontam
frequentes, necessitando de apoio social
como suporte dalguns mitos e falácias
e psiquiátrico sistemático, par aguentar o
Torna-se pois, urgente recolher,
que nos envolvem:
que nos confrontamos.
peso da solidão e o medo da vida a viver.
séria e consistente documentação sobre
‹ -HS[HTUVZYLMLYvUJPHZTL-
Cada vez há mais formas de marginali-
a antropologia libertada e libertadora, pela
[HMxZPJHZ fundamentais e fundamentadas
dade e de evasão, recorrendo a todo o
aplicação numa praxis coerente entre
como suporte duma coerente escala de
tipo de drogas e contraindo e difundindo
pensar, programar, discernir, ponderar,
valores orientadores da vida pessoal e so-
doenças mortais. É frequente e denso o
decidir e agir correctamente, de modo
cial;
sentimento de abandono e solidão, pro-
consistente.
‹ 5qVKPZWVTVZKLWYVWVZ[HZ
vocando situações de medo ou revolta,
A liberdade, enquanto capaci-
t[PJHZ e morais realistas, correctamente
que inibem uma correcta forma de pen-
dade actual, objectiva e subjectiva de se
estruturadas, com objectividade e estabi-
samento e coordenação de sentimentos e
autodeterminar, exige ponderada e fun-
lidade, capazes de darem sentido e co-
relacionamento recíproco, a começar pela
damentada capacidade de discernir, ver,
erência aos comportamentos pessoais e
fundamental instituição familiar.
ponderar, decidir e agir bem e a tempo e
sociais;
‹ :VIYL]P]LZL U\T NYHUKL
O pessimismo, a falta de autocon-
horas. É preciso que a todos seja propor-
ÄHUsHZHKPHUH]PKHH]P]LYLVTLKVKL
cionada a situação avaliativa e cautelosa
WHYHWVKLYJVUÄYTHYZLUVLZMVYsVV\KL
a uma escala de valores: a informação é
cia, pouca solidariedade, fuga à dor, muito
fazer agulha para servir os outros como
superior a nossa capacidade assimilativa
enjoada e adiada, tentando fugir à respon-
eles precisarem e nós formos capazes.
L H]HSPH[P]H KV ZPNUPÄJHKV L PTWHJ[V KHZ
sabilidade.
Na sociedade e nos grupos inter-
(WYVISLTm[PJHKLTVNYmÄJHt
mesmas.
médios, é urgente que todos tenham voz,
O ambiente social estimula o ma-
WLY[\YIHKVYH Com efeito, a população
vez e capacidade de emitir opinião fun-
terialismo do lucro fácil e o hedonismo
mundial aproxima-se rapidamente dos
damentada. A participação na promoção
permissivo de experimentar e desfrutar
seis mil milhões de pessoas e de modo
do Bem Comum, exige que se viva, pelo
tudo e já, sem medir as consequências
desequilibrado entre continentes desen-
menos, o espírito de fraternidade afectiva
para si e para os outros, a médio e lon-
volvidos e os em eventual processo de
LZVSPKHYPLKHKLJVTWSLTLU[HYLLÄJHa
go prazo, em estilo de aventura inconse-
desenvolvimento. Por isso mesmo quase
quente.
um bilião de pessoas é considerada gente
A política e a dinâmica actual tendem a valorizar e a apreciar desmedida-
O relativismo moral é evidente: o
pobre, estando em expansão, visto que
mente o que é “pequeno”, “leve”, “provi-
único absoluto tornou-se o relativo, a pura
aumenta anualmente em cerca de vinte
sório” e “descomprometido”, perdendo
subjectividade, o imediatismo e o consu-
e cinco milhões. Na distribuição da geo-
de vista as grandes questões: quem sou?
mismo: ter tudo, o melhor e já, como se
NYHÄHKHMVTLHZaVUHZY\YHPZHN\LU[HT
donde venho? para onde vou? como ser
fosse uma inevitável epidemia. Olha-se
mais de metade dos pobres. Mas, com
com, por e para os outros de modo cor-
para o que parece interessante e menos
o movimento de deslocamento massivo
recto?
o “porquê” e o “para quê”.
para as cidades, a pobreza urbana tende-
0UZPZ[LZLWVPZUHZ\WLYÄJPHSPKH-
O indiferentismo penetra por toda
rá a aumentar e a sua forma é efectiva-
de, no pragmatismo e até no provisório,
a parte, e aceita-se o abuso das drogas,
mente mais agressiva. Mais ainda: cons-
trivial, inútil, fútil e permissivo, no “tanto
leves e pesadas, a marginalidade e o “vi-
tata-se que uns noventa e cinco milhões
vale” ou “como lhe apetecer”, sem objec-
ver de noite” e evadir-se de dia. Desta
de crianças, com menos de quinze anos,
tivo interesse pelo “porquê” das opções
posição resvala-se para o pragmatismo e
estão submetidas a duro trabalho manual
que deveriam resultar do ver, discernir,
o relativismo insensato, evitando os com-
para sobreviverem e auxiliarem a minorar
YLÅLJ[PYKLJPKPYWHYHHNPYILTLH[LTWVL
promissos, rejeitam-se normas e obriga-
a pobreza da própria família. E número
horas. É que a nossa vocação fundamen-
ções estáveis.
idêntico de crianças desfavorecidas so-
tal é de felicidade, de desvendar enigmas
A neutralidade apresenta-se até
brevivem, vegetam como “crianças de
e confrontar-se com os “mistérios” que
como uma conduta moral inteligente e
rua”, sem eira nem beira, nem família, nem
UVZ OHIP[HT L LU]VS]LT i UH ]PH ÄSVZ}-
indulgente, levando à abstenção de emitir
referências familiares, afectivas ou éticas.
ÄJH WVt[PJH L JVU[LTWSH[P]H X\L [LTVZ
juízos e convicções fundamentadas em
As estatísticas indicam que mais
a “chave” do possível dês velamento ou
valores objectivos. Deixa-se a cada um
de cento e vinte e cinco milhões estão de-
“aleteia”.
as suas opiniões e opções, independen-
sempregados e outros tantos em subem-
As conquistas tecnológicas e as
temente dos “porquês” das escolhas. A
prego. Entre nós, o desemprego, símbolo
KLZJVILY[HZ JPLU[xÄJHZ UVTLHKHTLU[L
cultura ambiental resvala para a “moral”
da falência da política social, já anda pelos
nos domínios da informática e da biologia,
de: sem gorduras, sem calorias, sem co-
dez ou onze por cento.
fornecem informações de quase impossí-
lesterol, sem açúcar… por causa de uma
vel avaliação crítica e selectiva, porque se
certa concepção estética. A nova utopia
HJLU[\HTZL a pobreza aumenta, a
torna impossível a síntese e a referência
tornou-se uma apatia, sem transcendên-
marginalidade, a violência e a droga são
Ano VII . n.º28 . Trimestral . Setembro 2012
6Z
21
KLZLX\PSxIYPVZ
ZVJPHPZ
22
Obra Diocesana de Promoção Social
fruto da exclusão social. Nisto tudo o ca-
descobrir os porquês da vida, ou seja,
vazio intelectual, moral e estético. É que
pitalismo selvagem concorre para a desu-
como ser capaz de verdade, liberdade e
a verdade ontológica, lógica e moral, é
manização do relacionamento humano e
sentido.
substituída pela perspectiva utilitária, os
A pessoa normal e sadia busca a
valores tornam-se mutáveis combinações
verdade objectiva da lógica e vive a liber-
com os possíveis, relativos e provisórios
impede a auto-actualização integrada e
sadia.
6 OLKVUPZTV WLYTPZZP]V e
dade responsável, recorrendo a critérios
consensos democráticos, cuja funda-
sem referências tornou-se um modo de
razoáveis e testados com garantia de ver-
mentação são as opiniões circunstanciais,
ZLZP[\HYU\TLZ[PSVKL]PKHPUZPNUPÄJHU[L!
dade. Na experiência da vida pode depa-
conduzidas pela publicidade massiva e a
rar com o imprevisto, hesitar, enganar-se e
manipulação insistente e depuradora. A
até desorientar-se provisoriamente.
permissividade, o hedonismo, o consu-
A situação que estamos a passar
ou a sofrer, segundo alguns analistas, é
fruto do pós-modernismo, do pós-indus-
Mas é pois uma situação provisó-
mismo, a frivolidade, a marginalização
trial, uma certa retoma do positivismo
ria, visto que a necessidade de certezas
dos mais frágeis e o vazio moral resultam,
balofo e num contexto de queda dos re-
fundamentadas, é uma exigência ética
UH[\YHSTLU[LK\THÄSVZVÄHKV]HaPVLKV
gimes totalitários.
constante que brota do mais fundo da es-
nada.
A ciência, a técnica e a arte ec-
trutura humana, sempre inquieta na busca
Não vemos hipótese dum huma-
lética desenvolvem-se num contexto he-
das origens, do destino e os “porquês” da
nismo sadio, coerente e promotor de vida
donista, materialista e permissivo. Sem
vida.
JVTZLU[PKVZLTYLJVYYLYH\THÄSVZVÄH
valores e códigos de referências bem
Presentemente sofre-se uma si-
realista da transcendência, com efeitos
KLÄUPKVZ PUZPZ[LZL UHZ KP]LYZHZ MVYTHZ
tuação de desorientação, refugiando-se
ordenadores na imanência pessoal e so-
requintadas de prazer. A vida parece ter
ilusoriamente nas várias formas de drogas
cial, enquanto objectivamente fundamen-
]HSVYLZPNUPÄJHKVJVUZVHU[LH]HYPLKHKL
químicas, psíquicas e sensoriais.
ta a verdade, o sentido e a vida democrá-
profundidade e estabilidade dos prazeres
sensoriais e narcísicos.
É urgente encaminhar a inteligên-
tica. Todos devem ter voz e vez, liberdade
cia para o desenvolvimento integral do ser
e a possível responsabilidade e com reais
6JVUZ\TPZTV entra na dinâmi-
e da vida humana para, com certeza e ri-
VWVY[\UPKHKLZ WHYH ZL HÄYTHYLT WLSH
ca hedonista de gastar e consumir, como
NVYH]HUsHYJVUÄHKHLLZJSHYLJPKHTLU[L
]PKH WYVÄZZPVUHS JVTWL[LU[L UVZ LTWL-
se fosse a nova expressão de liberdade. O
nos caminhos da vida.
nhamentos sociais e políticos, na prática
X\LZPNUPÄJHX\L¸YLZ[YPsqV¹WHYLJLULNH-
É urgente decifrar a verdade do
da solidariedade, própria das sociedades
próprio ser pessoal, a autenticidade da
abertas e consistentes porque conduzi-
Esta atitude adormece a inteligên-
realidade envolvente e a coerência nas
das com referências a valores estáveis: a
cia crítica, mata a metafísica e desagua
circunstâncias. Só assim nos vamos tor-
verdade, a justiça e o amor. Nela propor-
no nada, no vazio, do ingénuo relativismo
nando livres e felizes, com atitude realis-
ciona-se a cada um o que for conveniente
ético que indevidamente se denomina to-
[H L JVUÄHU[L UV M\[\YV ZLT YLJVYYLY n
e possível para se realizar e deve exigir-se
lerância e ética dos consensos, ou seja, a
violência, às cadeias e ao policiamento
a participação no Bem Comum, segundo
consumação da incoerência como norma
repressivo.
as capacidades de cada um. Ninguém
ção da liberdade e do apetecer.
7LSV X\L ÄJH YLMLYPKV \T JLY[V
deve ser preferido ou preterido, ultrapas-
A pessoa só se realiza se for des-
pragmatismo tende a tornar-se pois, uma
sa-se o inútil e fútil e desenvolve-se a soli-
perta para a totalidade de ser animal ra-
¸ÄSVZVÄHKLJVU]LUPvUJPH¹X\L[LU[HYLK\-
dariedade festiva.
cional, social, ético e estético, capaz de
zir ao mínimo, a angustiante neurose de
de vida.
( ZP[\HsqV WVY[\N\LZH HJ[\HS
t pelo menos, interrogante.
Depois de mais de trinta décadas
protegido pelas “falsas notas” distribuídas
tropológico de Nietzsche, assim como o
pelo Ministério.
fatalismo de Shopenhauer.
de mudança de regime, as promessas
(\TLU[V KL PUZLN\YHUsH L
Precisamos de sensata imagina-
estão por cumprir em muitas das suas
JYPTPUHSPKHKL envolvendo roubo, vio-
ção criadora e o exercício efectivo do livre
perspectivas.
lência, abuso de drogas pesadas e a mor-
arbítrio para esclarecidamente ver, enten-
te violenta, mesmo entre familiares e em
der, discernir, ponderar, escolher, optar e
aceleração.
ser coerente e persistente nos modos de
Apontaria alguns dos problemas
X\LHÅPNLTHJVT\UPKHKLZVJPHS!
generalizada
*YPZL LJVU}TPJH NLULYHSPaH-
viver segundo a recta razão, aberta ao ab-
como modo de estar na vida social e, es-
KH faltando habitação adequada, em-
soluto e criticamente avaliativa do relativo,
pecialmente, mas não só, no funcionalis-
prego, assistência social e sanitária com
de modo a bem distinguir o que é evidente
mo estatal, tentando sacar o máximo de
Z\ÄJPLU[LX\HSPKHKLLJVU[PU\PKHKL
e urgente, o que é da ordem do opinável,
Mediocridade
proventos com o mínimo de esforço, com
7HYLJL KPS\PYZL V ZLU[PKV KH
de modo a descobrir e estabelecer uma
frequentes “baixas” mentirosas e fugindo
WHY[PJPWHsqVYLZWVUZm]LSLZVSPKmYPH
escala de valores promotora da feliz rea-
aos impostos, sobrecarregando injusta-
aumenta a falta de respeito pela liberda-
lização das pessoas de modo solidário e
mente os cidadãos honestos.
de e diferença recíprocas. A vida torna-se
complementar.
)HP_H MLY[PSPKHKL tendo o País
agressiva, sofre-se de insegurança afec-
vivido mais duma década com saldo bio-
tiva e social e vivemos envolvidos pelo
lógico negativo, visto que o número de
medo.
Havia que:
Descobrir que a autêntica auto-realização exige uma perspectiva de eternidade na vivência dos valores culturais,
ÄSOVZ WVY JHZHS ZL ZP[\H UH TtKPH LZ[H-
/mMHS[HKL\UPKHKLLJVU]LY-
[xZ[PJHPUMLYPVYHÄSOVLTLPV,KLMHJ[VZ}
NvUJPHJVUZLUZ\HS sobre os processos
com a média de três seria possível renovar
de desenvolver a comunidade nacional
A consciência do permanente es-
S‚KPJVZLZ[t[PJVZLJPLU[xÄJVZ
com tensões entre tradição e inovação,
coamento do tempo deve despertar-nos
com
caindo-se no espontaneísmo, nomeada-
WHYH\UPÄJHYH]PKHWLSVZLY]PsVVHTVYL
frequentes separações, divórcios e se-
mente nos domínios da educação em que
a solidariedade atenta e persistente, evi-
gundas núpcias, de que resulta o fenó-
parece que se vive uma crise mortal.
tando a marginalização.
a comunidade.
0UZ[HIPSPKHKL
MHTPSPHY
TLUV KVZ ÄSOVZ TVUV V\ WS\YPWHYLU[HPZ
Nota-se recuo nas convicções
Há que descobrir a ligação entre
e respectivas funestas consequências
\UPÄJHKVYHZ L VZ JVTWYVTPZZVZ ZVSPKm-
tradição e projecto e a fundamentação e
KL JVUÅP[\HSPKHKL HMLJ[P]H WY}WYPH KVZ
rios, designadamente na fenomenologia
ordem dos valores, orientadores da vida
meio-irmãos e respectivo contexto familiar
YLSPNPVZHJVTKLZHNYLNHsqVÅ\[\HsqVL
pessoal e social.
LX\x]VJV i X\L VZ ÄSOVZ KLP_HT KL [LY
a emergência de seitas agressivas e ex-
A relação entre direitos e deveres,
uma autêntica família porque estão com
ploradoras da ignorância e insegurança
e a respectiva ordenação, deve partir do
os “namorados” da mãe ou do pai.
popular.
conceito e exercício da liberdade e da
*YPZLJ\S[\YHSNLUtYPJHnome-
A alternativa saudável deveria
responsabilidade, fundamentadas numa
adamente nos domínios do ensino em
induzir uma ética e esperança funda-
HU[YVWVSVNPH LUNSVIHU[L \UPÄJHKH LZ[t-
que frequentemente prevalece a mediocri-
mentadas na esclarecida aceitação do
tica e ética que inclui o conhecimento do
dade e incompetência docente e por bai-
Transcendente. Efectivamente a clarivi-
“porquê” e o “para quê” da vida e respec-
xa motivação dos discentes, envolvidos
dente decisão racional exigiria que fosse
tivas consequências para a vida a viver
WLSV HTIPLU[L KV SH_PZTV VÄJPHSTLU[L
ultrapassado o difundido imanentismo an-
solidariamente.
Ano VII . n.º28 . Trimestral . Setembro 2012
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Obra Diocesana de Promoção Social
João Miguel Pratas
Director do Economato, Logística e Manutenção
Nutricionista
Mónica Taipa de Carvalho
Directora dos Recursos Humanos e Jurídicos
Advogada
Férias com Obra 2012
Pelo terceiro ano, a Obra Diocesana de Promoção Social promoveu, em
que iniciaram o seu período de férias
parceria com a Múltipla Escolha, a atividade “Férias com Obra”. Foi um mês muito
com uma divertida e salutar camarada-
ZPNUPÄJH[P]VWHYHHZJYPHUsHZKH0UZ[P[\PsqVWYVJ\YHUKV[VYUmSHZUVM\[\YVJPKH-
gem, repleta de animação e exercício
dãos bem formados e conscienciosos.
físico.
Mais uma vez este sucesso só foi possível devido ao enorme empenho e
Ao longo do mês de Julho, as
experiência de toda a equipa envolvida – monitores, educadoras de infância e aju-
iniciativas foram imensas. As compo-
dantes de ação educativa.
nentes lúdicas, recreativas e desporti-
Este campo de férias contou com a presença de cerca de 1000 crianças,
vas conjugaram-se em dias que incluí-
‹+PHYHKPJHS¶LZJHSHKHYHWWLS
ram, entre outros:
‹+PHVSxTWPJV¶JVYYPKHZKL]LSVJPKHKLSHUsHTLU[VZZHS[VLTHS[\YHZHS[V
slide, zarabatana e tiro com arco.
‹ +PH ^VYRZOVW ¶ T‚ZPJH L
em comprimento, estafetas.
‹+PHKHWPZJPUH¶HKHW[HsqVHVTLPVHX\m[PJVIYPUJHKLPYHZUHmN\H
dança.
‹ +PH 6TUPRPU ¶ \T SLX\L KL
‹ +PH KH WYHPH ¶ IHUOV UV THY Z\YM L IVK`IVHYK JVUZ[Y\sLZ UH HYLPH
novas e inovadoras atividades desporti-
futebol de praia.
‹+PHT\S[PKLZWVY[VZ¶M\[LIVSIHZX\L[LIVSHUKLIVS]VSLPIVSY\NI`L
]HZLU[YLHZX\HPZRPUIHSSL\UPOVJRL`
‹+PHKVZPUZ\Åm]LPZ
frisbee.
Ano VII . n.º28 . Trimestral . Setembro 2012
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Obra Diocesana de Promoção Social
Para as crianças da creche, as atividades foram devidamente adaptadas à sua faixa etária, merecendo destaque as
seguintes:
‹ 0UZ\Åm]LPZ
‹ 7PZJPUHKLIVSHZLWPZJPUHKLmN\H
‹ +PHKVJPULTHKPHKHT‚ZPJHLKPHZLUZVYPHS
As Férias com Obra proporcionaram a estas crianças dias plenos de contacto com a natureza, com muito convívio e
alegria.
Depoimentos
¸(KVYLPHWYHPH6HUVWHZZH-
¸-VYHT \THZ MtYPHZ T\P[V
¸(U[LZ KL PYTVZ WHYH H WPZ-
KVHWYLUKPHMHaLYZ\YMLLZ[LHUVQm
IVHZ ,Z[L HUV ]VS[LP H NHUOHY VZ
JPUHÄaLTVZ\TWPJUPJ-VP\TKPH
JVUZLN\PÄJHYLTWtUHWYHUJOH¹
QVNVZKLM\[LIVS9LWL[PVZSPKL]m-
LZWL[HJ\SHY (KVYLP L H TPUOH PYTq
YPHZ]LaLZ¹
THPZWLX\LUH[HTItT¹
Fábio Rodrigues (9 anos)
...............
¸.VZ[LPT\P[VKVKPHKVWHYX\LLKLLZ[HYJVTHZTPUOHZHTPNHZ¹
Érica Teixeira (4 anos)
João Maria Vasconcelos (10 anos)
Constança Figueiredo (8 anos)
...............
...............
¸6X\LTHPZNVZ[LPMVPKHWPZ-
¸.VZ[LPKHWYHPHLKVTHY-Pa
JPUH L [HTItT KVZ ZHS[VZ X\L KLP
\TJHZ[LSVUHHYLPHJVTVZTL\ZHTP-
UVJHZ[LSVBPUZ\Åm]LSD¹
NVZ8\LYPH]PYTHPZ]LaLZnWYHPH¹
Luana Pinto (6 anos)
Ano VII . n.º28 . Trimestral . Setembro 2012
Luís Miguel Costa (5 anos)
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Obra Diocesana de Promoção Social
Maria Teresa de Souza-Cardoso
Educadora de Infância
Caminhando
O Ano da Fé
,Z[mÄUHSTLU[LHHWYV_PTHYZLVKPHKL6\[\IYVKH[HX\LTHYJHVPUxJPVKV(UVKH-t
O seu logótipo apresenta uma barca, “a imagem da Igreja”, cujo mastro é uma
cruz com as velas enfunadas e o trigrama IHS, símbolo do nome de Jesus.
O Santo Padre, Bento XVI, convida toda a humanidade “para uma autêntica
e renovada conversão ao Senhor, único Salvador do mundo, para que todos possam
redescobrir o caminho da fé para fazer brilhar, com evidência sempre maior, a alegria
e o renovado entusiasmo do encontro com Cristo. Teremos oportunidade de confessar a fé no Senhor Ressuscitado nas nossas catedrais e nas igrejas do mundo inteiro,
nas nossas casas e no meio das nossas famílias, para que cada um sinta fortemente
a exigência de conhecer melhor e de transmitir às gerações futuras a fé de sempre”.
i\YNLU[LYLKLZJVIYPYVJHTPUOVKHMt Como nos refere o presidente
do Conselho Pontifício para a Nova Evangelização o Arcebispo D. Rino Fisichella “ a
crise de fé é expressão dramática de uma crise antropológica que deixou o homem
entregue a si mesmo. O Ano da Fé quer ser um caminho que a comunidade cristã
oferece aos que vivem com nostalgia de Deus e com o desejo de O encontrar de
novo. 6 T\UKV KL OVQL [LT MVTL KL [LZ[LT\UOHZ Sente necessidade vital
delas porque procura coerência e lealdade”.
No mundo imbuído pela cultura pós-moderna, os cristãos terão oportunidaKLKLYLÅLJ[PYZVIYLHZZ\HZJYLUsHZLHZZ\HZJVU]PJsLZ
No mundo actual, onde grassa o desemprego e escasseiam os recursos
para uma vida digna, nota-se claramente a crescente crise da família. Muitos casaTLU[VZT\P[HZ]LaLZHSPJLYsHKVZKLMVYTHZ\WLYÄJPHSJHTPUOHTWHYHVKP]}YJPV
VZWHPZJHKH]La[vTTLUVZ[LTWVWHYHVZÄSOVZX\LZLYLM\NPHTLTL_JLZZVZ
situações frequentes quando Deus e a fé não existem no seio das famílias. A crise
KL]HSVYLZKL]HSVYLZ]LYKHKLPYVZJVTVVHTVYHLZWLYHUsHHJHYPKHKLL
HMtVIYPNHUVZHYLWLUZHYVX\qVPTWVY[HU[LtJVUZ[Y\PYLHSPJLYsHYYLSHJPVUHTLU[VZZ}SPKVZUHMHTxSPHUHLZJVSHUHJVT\UPKHKL
A OBRA DIOCESANA DE PROMOÇÃO SOCIAL com plena consciência destes factos e da importância que o seu papel representa, junto das famílias, das crianças, dos idosos e da comunidade em geral, apresenta para este
ano lectivo de 2012/2013, para o Ano da Fé, como seu Projecto Educativo:
¸;LTWV(WYLUKPaHNLT*PKHKHUPH¹
Atenta a que na sociedade actual não é permitido ter tempo, verdadeiro
tempo livre, para parar, para pensar, para meditar, acredita que é cada vez mais
importante dar tempo ao tempo, reiniciando toda uma aprendizagem de valores,
de valores verdadeiros e bem desenvolvidos, que os conduzam à vivencia de uma
cidadania plena, para a consciencialização da relação recíproca entre direitos e
deveres. Este conjunto de valores, não sendo inatos, são antes adquiridos proporcionando o desenvolvimento ético e moral das crianças que interiorizam de forma
clara, as noções de certo e errado, de bem e de mal.
5H6IYH+PVJLZHUH[VKVZZLZLU[LTJVYLZWVUZm]LPZLHZZ\TLTUV JSHYHTLU[L WLSV KLZLU]VS]PTLU[V TVYHS PU[LSLJ[\HS L O\THUV
KHZ JYPHUsHZ H[YH]tZ KL L_LTWSVZ
KL JVTWVY[HTLU[VZ L H[P[\KLZ
WYVWVYJPVUHUKV H [VKVZ \T HTIPLU[L OHYTVUPVZV L ZLN\YV MH]VYm]LSH\TKLZLU]VS]PTLU[VZH\Km]LSLWYVMxJ\VVYPLU[HUKVVZWHYHH
PTWVY[oUJPH KVZ ]LYKHKLPYVZ ]HSVYLZHVSVUNVKHZ\H]PKH
E nada mais oportuno do que
ter a enquadrar todo este projecto, que
é de importância fundamental, pois
constitui o primeiro passo para uma caminhada enquadrada pela família e pela
comunidade, o Ano da Fé.
Testemunhos da vida dos Santos,
particularmente dos Santos portugueses,
autênticas escolas de verdadeiros valores e testemunhas de fé inabalável, serão
apresentados, pois são verdadeiras pontes entre os homens e Deus. E ainda há
bem pouco tempo a Igreja passou a contar com mais um Santo, Nuno Alvares Pereira, canonizado pelo Santo Padre Bento
XVI, como :5\UVKL:HU[H4HYPH que
pela fé consagrou a sua vida a Cristo,
tudo distribuindo pelos pobres para viver
em simplicidade evangélica, aguardando
a chegada do Senhor.
Ano VII . n.º28 . Trimestral . Setembro 2012
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30
Obra Diocesana de Promoção Social
Cada uma das vidas concretas dos nossos Santos mostra a vitória de Deus,
que a todos oferece a Santidade.
Serão também de realçar as inúmeras relações entre Fé e Arte, a que o
mundo contemporâneo é tão sensível – está já anunciada a edição de um CD de
Joao Gil e Luis Represas, “ Missa brevis” com textos em latim, iniciativa musical que
marcará também o nosso Ano da Fé.
Será também um instrumento precioso o “Compendio do Catecismo da
0NYLQH *H[}SPJH¹ X\L :: )LU[V ?=0 HWYV]V\ SVNV UV PUxJPV KV ZL\ WVU[PÄJHKV
tornando o Catecismo mais acessível para todos, que será devidamente partilhado
com as famílias, “Sendo a primeira vivência comunitária que geralmente temos,
a família pode e deve ser também a primeira experiência eclesial, ou ‘ Igreja doméstica’, porque nela cada membro, a seu modo, exerce o sacerdócio baptismal,
contribuindo para fazer da família uma comunidade de graça e de oração, escola
KL]PY[\KLZO\THUHZLJYPZ[qZS\NHYKVWYPTLPYVHU‚UJPVKHMtHVZÄSOVZ¸*VTpendio, 350). A família é, sem dúvida, o primeiro lugar onde se vê e se ensina a fé,
a responsabilidade e o amor para com os outros.
(MHTxSPHKL]LZLY\TH]LYKHKLPYHLZJVSHKLHTVYLV(UVKH-tt
\THL_JLSLU[LVWVY[\UPKHKLWHYHHMVY[HSLJLY
Responsáveis pela educação das crianças, pais e educadores deverão
desde cedo realizar um conjunto de actividades que promovam o conceito de fé,
de paz e de amor junto dos mais pequenos.
(6IYH+PVJLZHUHQ\U[HTLU[LJVTHZMHTxSPHZLHJVT\UPKHKLLTWLUOHZLMVY[LTLU[LUVZL\KPHHKPHWHYHX\L[VKHZHZJYPHUsHZHKX\PYHT PU[LYPVYPaLT L ]P]HT ]HSVYLZ LZWPYP[\HPZ TVYHPZ L Jx]PJVZ, tendo em
vista a sua plena inserção na sociedade como ser autónomo e solidário. :LTWYL
JVTHSLNYPHJVTLU[\ZPHZTVLUHMLSPJPKHKLKHUVZZHMt
O católico tocado pela fé é uma das provas e evidências mais fortes da
existência de Deus, vivendo a sua fé com toda a sua alma, com todo o seu coração,
com todo o seu entendimento.
(6IYH+PVJLZHUHKL7YVTVsqV:VJPHSHJLP[HKLJVYHsqV[YHUZIVYKHU[LKLHSLNYPHLLU[\ZPHZTVVJVU]P[LKV:HU[V7HKYLWHYH]P]LYLTWSLUP[\KLLZ[L(UVJVTV\TLZWLJPHS¸[LTWVKLNYHsH¹PS\TPUHKVWLSH3\a
KL1LZ\Z*YPZ[VLZLTWYLJVTHKL]VsqVLZWLJPHSH4HYPHX\LZLTWYLUVZ
LUZPUHL[YHUZTP[LHMVYsHLHILSLaHKH-t
Conselho de Administração
Louvor e Reconhecimento
À
Direcção da Obra Diocesana
5HX\HSPKHKLKLÄSOVKL-PSVTLUH*HIYLYHTVYHKVYHLT3VYKLSVKV6\YVUV7VY[V]LUOVWVYLZ[H]PHKHYVTL\
testemunho do esmero e dedicação inexcedível, na prestação de serviços que a Obra Diocesana, neste caso do Centro Social
Rainha D. Leonor, com a notável orientação da Dra. Isabel Cristina, soube prestar durante os últimos anos a minha Mãe, hoje
com 90 anos, portadora da doença de Alzheimer e agora acamada desde o início do ano.
Vivi no Porto, com meus Pais, desde 1949 e desde 1953 em Lordelo. Hoje, habito em Paço de Arcos, e ia ver minha
Mãe todos os meses durante os dias que me era possível.
+LZKLVWHZZHKVKPHKL1\UOVW\KL[YHaLYHTPUOH4qLWHYH3PZIVHWHYHHJHZHKV(Y[PZ[HVUKLÄUHSTLU[L[L]L
S\NHYHW}ZKVaLHUVZKLHZZVJPHKHnLZWLYHKL]HNH0UMLSPaTLU[LTPUOH4qLLZ[mJVUÄUHKHH\THJHTHLWV\JVHJVYKVKm
ao que se passa à sua volta. Cá, tenho a garantia de uma assistência de toda a espécie, que em casa, no Porto, era impossível
de conseguir, mesmo com a assistência que a Obra Diocesana proporcionava e um sistema que consegui montar à volta de
minha Mãe.
Ainda são só passados quinze dias e já tenho saudades de quem ia a nossa casa dar o apoio, que minha Mãe carecia.
Não vou nomear, especialmente ninguém da Obra, com receio de falhar alguém, o que seria imperdoável, mas posso dizer que
todas as meninas, directa ou indirectamente, o senhor enfermeiro e o Mário (que me é fácil na medida em que são os únicos
OVTLUZJVTX\LTJVU]P]PMVYHTPUL_JLKx]LPZLTH[LUsLZLWYVÄZZPVUHSPZTV8\LYVWVPZSV\]HYVWYVJLKPTLU[V de que
minha Mãe foi alvo em todo o tempo que dependeu da Obra.
É pela existência de um Instituição como esta, já tão rara nos tempos que passam, que nos permite acreditar que ainda
vale a pena viver no País que somos.
Bem haja à Obra Diocesana de Promoção Social, Centro Social Rainha D. Leonor, quem lá trabalha e à Doutora Isabel
Cristina que sempre tão bem nos atendeu.
Reconhecido, respeitosamente
1VqV7LKYV(YLa-LYUHUKLa*HIYLYH
Exmo. Senhor
JOÃO CABRERA
Bom dia!
Em resposta ao email recebido, Quinta-feira, 12 de Julho, e dirigido à Direcção da Obra Diocesana de Promoção Social, em meu nome, como Presidente do Conselho de Administração (CA), e em nome dos outros elementos que o compõem,
o nosso obrigado pelas palavras proferidas. Elas traduzem reconhecimento e elogio ao serviço prestado à sua mãe, Exma.
Senhora D. Filomena Cabrera.
iIHZ[HU[LNYH[PÄJHU[LYLNPZ[HYLZ[LZ[LZ[LT\UOVZWVPZ]vTHVLUJVU[YVKVSLTHLJ\S[\YHX\LZLTWYLKLMLUKLTVZL
inculcamos nos nossos Colaboradores.
A qualidade que queremos evidenciar, pelas práticas efectivadas, envolve os principais substratos a uma dinâmica
vocacionada para proporcionar o bem-estar, nos diferentes aspectos, dos clientes que nos procuram.
Ficamos felizes pelo Exmo. Senhor João Cabrera ter encontrado a solução mais adequada e desejada ao caso de sua
Exma. mãe e formulamos votos para que continue a encarar a provação com realismo, conformismo e esperança.
Aceite com amizade, os nossos cordiais e respeitosos cumprimentos
(TtYPJV1*9PILPYV7YLZPKLU[LKV*(
Ano VII . n.º28 . Trimestral . Setembro 2012
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Obra Diocesana de Promoção Social
Emanuel Cunha
Coodenador do Centro Social São João de Deus
A acção faz a obra
Valorizando todo o trabalho
X\LLZ[L7HP[HU[VHWYLJPH
mato, Logística e Manutenção da Obra
desenvolvido, desde o nascimen-
Prontamente, a Educadora de
Diocesana, que a apresentou superior-
[V KHZ Z\HZ ÄSOHZ WLSH LX\PWH KL
Infância transmitiu ao Coordenador de
mente, junto do Conselho de Administra-
Infância do Centro Social de São
Centro a admirável disponibilidade des-
ção. Este órgão recebeu com exaltação
1VqVKL+L\ZVYLZWVUZm]LSWLSHZ
te Pai para uma iniciativa, que poderia
e entusiasmo a pretensão apresentada
clientes, Sérgio Manuel Ferreira da
ajudar a melhorar o aspecto exterior
sobre a proposta dos trabalhos voluntá-
*VZ[HL_WZQ\U[VKH,K\JHKVYHKL
do Centro, bastante deteriorado e com
rios de remodelação exterior do Centro
Social de São João de Deus.
0UMoUJPHPU[LY]LUPLU[LHKPZWVUPIPSP-
sinais evidentes dos problemas passa-
KHKL KL JHYmJ[LY ]VS\U[mYPV WHYH
dos durante os anos de existência do
O Conselho de Administração,
WVKLY WPU[HY V L_[LYPVY KV *LU[YV
Bairro de São João de Deus, como os
bastante satisfeito e encantado, per-
X\LYLUKV JVU[YPI\PY HJ[P]HTLU[L
KP]LYZVZNYHÄ[LZL_PIPKVZUVZT\YVZKL
mitiu ainda a disponibilização de tudo
WHYH X\L V TLZTV NHUOHZZL \TH
todo o Centro.
o que fosse necessário para que esta
UV]HPTHNLTL_[LYPVYJVTVYLÅL_V
A exposição foi reencaminhada,
remodelação se concretizasse, de for-
KH X\HSPKHKL KL ZLY]PsV WYLZ[HKV
no imediato, para o Director de Econo-
ma a valorizar e optimizar o voluntariado
humano manifestado.
Centro um novo aspecto, alargado aos
portante e bem elaborado aludiu Qua-
As capacidades de mobilização
LZWHsVZ L_[LYPVYLZ VUKL [HTItT ÄaL-
lidade e todas as pessoas, que directa
LYLHSPaHsqVKV7HP:tYNPV*VZ[HÄaLYHT
ram questão de intervir para que toda a
ou mesmo indirectamente e de forma
acrescentar ofertas, tais como tintas,
zona envolvente do Centro possa ser um
;YHUZWHYLU[L concorreram para que
materiais adstritos à pintura, disponibili-
complemento à remodelação efectuada.
o Centro Social de São João de Deus
apresente hoje uma nova Identidade.
zação temporária gratuita de andaimes,
A oportunidade e a determina-
máquina de pressão para lavagem de
ção dos voluntários permitem retirar
Neste momento os trabalhos
WHYLKLZ L HÄUZ NYHJPVZHTLU[L JLKPKH
\THPTWVY[HU[LYLÅL_qV! a de ensinar
encontram-se em fase de conclusão e o
pelo Núcleo da G.N.R. do Carmo).
X\L U\TH HJsqV KLZ[HZ ZL WVKLT
HNYHKLJPTLU[VWVY[qVUVIYLHJsqV
Ainda mais importante, este En-
KLZLU]VS]LY ]HSVYLZ [qV PTWVY[HU-
ZLYmWLSHWHY[LKV*LU[YV:VJPHSKL
carregado de Educação conseguiu sen-
[LZ JVTV H /\TPSKHKL H :PTWSPJP-
:qV1VqVKL+L\ZPUVS]PKm]LS
sibilizar e mobilizar outras pessoas, bem
KHKL H *PKHKHUPH¯ VZ X\HPZ TV-
como amigos, que abraçaram esta ad-
]LT[VKH\THJVT\UPKHKL
Porém, o Centro Social de São
João de Deus agradecerá, diariamen-
mirável actividade com responsabilida-
Da mesma forma e evocando os
[LJVTVWYVÄZZPVUHSPZTVLKLKPJHsqV
de e, sem comprometimento monetário,
valores da Obra Diocesana de Promo-
dos seus colaboradores, sabendo e
efectivaram o desejado, convergindo
ção Social, diariamente presentes nos
HWYLUKLUKV JVT LZ[H (JsqV KL
esforços e vontades num envolvimento
doze Centros, assistiu-se durante esta
HTVY KL \T 7HP, que existem muitas
cooperativo.
remodelação à *VVWLYHsqV evidencia-
descobertas a serem feitas e, principal-
Sérgio Manuel Ferreira da
da por todos os elementos partícipes,
mente muitos objectivos, que queremos
*VZ[H(UxIHS1VHX\PT*VZ[H;LP_LP-
que quiseram contribuir com ,TWL-
cumprir e superar, sabendo que depois
ra, Carlos Manuel Rodrigues Rocha
nhamento e 9LZWVUZHIPSPKHKL, as-
deste grande passo, nos sentimos com
L(\N\Z[V1VZt=PLPYH;LP_LPYH foram
sumindo o *VTWYVTPZZV de renovar
o dever e ainda com muito mais ener-
os voluntários, que estiveram presentes,
um espaço, onde a 7LYZVUHSPaHsqV de
gia para todas e quaisquer acções que
praticamente todos os dias, conseguin-
cada interveniente contribuiu para a Ino-
possamos levar a efeito. MÃOS – À –
do em muito pouco tempo devolver ao
]HsqV. A execução do trabalho, tão im-
OBRA!
Ano VII . n.º28 . Trimestral . Setembro 2012
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Obra Diocesana de Promoção Social
João Miguel Pratas
Director do Economato, Logística e Manutenção
Nutricionista
Mónica Taipa de Carvalho
Directora dos Recursos Humanos e Jurídicos
Advogada
Dia do Idoso
No dia 1 de Outubro comemora-se o Dia Internacional do Idoso. Naque-
ta de utentes dos Centros Sociais da Instituição, bem como dos colaboradores que
diariamente zelam pelo seu bem-estar.
la que é já uma tradição assumida pelo
Os cânticos da celebração foram entoados pelo Grupo Coral da Obra Dio-
Conselho de Administração, neste dia
cesana, constituído por sessenta seniores da Instituição e dirigido pelo Senhor Diá-
toda a Obra se reúne para homenagear
cono Freitas Soares.
os mais idosos. Como já vem sendo há-
Numa cerimónia pautada pela devoção a Santa Teresinha do Menino Jesus,
bito, Sua Excelência Reverendíssima D.
concelebraram os Cónegos Amadeu Ferreira da Silva e Fernando Milheiro Leite, o
Manuel Clemente, Bispo do Porto, pre-
Monsenhor Virgílio Resende, o Frei César Pereira Pinto e o Padre Artur Jorge Soares.
sidiu a uma Eucaristia na Sé Catedral da
Após a celebração, foi possível testemunhar a satisfação no rosto dos mais
nossa cidade, que se encontrava reple-
de 400 idosos, que entretanto se dirigiram aos respectivos Centros Sociais para
gratuidade e empenho demonstrado na
usufruírem de um almoço-convívio.
D. Manuel Clemente e os restantes convidados almoçaram no Centro Social
preparação do Grupo Coral.
Na sua intervenção, o Presi-
de Rainha D. Leonor, que, este ano, foi escolhido para acolher o nosso Patrono.
O almoço, que decorreu sempre num clima de alegria e partilha, iniciou-
dente do Conselho de Administração,
-se com a leitura de uma oração dedicada aos idosos. Uma intervenção musical a
Senhor Américo Ribeiro, enalteceu a
cargo das crianças da sala dos 5 anos permitiu valorizar e apreciar o convívio inter-
vivacidade daqueles para quem a Obra
-geracional.
Diocesana é a razão da sua existência
Neste momento, o Diácono Freitas Soares foi homenageado pelo Conselho
de Administração através da oferta de uma imagem de Nossa Senhora em cristal
e agradeceu a presença de D. Manuel
Clemente.
Este convívio terminou com
– ex-libris da Instituição – num gesto de reconhecimento por toda a dedicação,
Ano VII . n.º28 . Trimestral . Setembro 2012
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Obra Diocesana de Promoção Social
=LSOPUOVZ
De vós nos veio o prazer
do presente que hoje somos
De vós nos vem o saber e o quanto falta aprender
do passado que já fomos
Desse passado que a vida não esquece na distância
outros dois momentos marcantes – a
Passado que foi meu berço e cama da minha infância
oferta de uma lembrança elaborada pe-
Falai do tempo da guerra, do suor, trabalho e fome
los idosos ao Senhor Bispo do Porto e
da raiva surda que encerra o fazer nascer da terra
a declamação do poema “Velhinhos”.
o pão que nunca se come
Esta poesia foi escrita propositadamente para este dia pelo Senhor Fernando
Falai-me das vossas fugas, da alegria e do desgosto
Campos de Castro, amigo da Instituição
que foi a mãe dessas rugas cavadas no vosso rosto
LÄSOVKLKVPZ\[LU[LZKV*LU[YV:VJPHS
+PaLPTLKHX\LSHZ[HYKLZ[qVZVaPUOHZLZLTÄT
de Rainha D. Leonor.
onde inventais numa sesta
todo o tempo que vos resta sobre um banco de jardim
Mostrai a quem vos desdenha
a esses montes de ingratos que só amam coisas fúteis
que os velhos não se desprezam
como se fossem farrapos, como se fossem inúteis
Dizei que não vos merece
nem vos prendem ilusões ao País que vos esquece
e que se lembra de vós apenas nas eleições
Sei que viveis de lembranças
e que prezais a verdade
Sei que vos sobram esperanças
pois sois de novo crianças apenas com mais idade
Vós sois o livro, a memória
Vós sois com toda a certeza, o alicerce da história
o mar, a terra, a glória desta Pátria Portuguesa
Por tudo isto vos canto
Por todos vós sou feliz
Por isso vos quero tanto, velhinhos do meu País
-LYUHUKV*HTWVZKL*HZ[YV
Luísa Maria Lhano Preto
Coordenadora do Centro Social do Lagarteiro
Vítor Baía visitou a Obra Diocesana
No dia 28 de Setembro, a Obra
– participaram nesta receção com a canção “Os Abraços” e com um pequeno apon-
Diocesana de Promoção Social, concre-
tamento de dança. Como gesto de agradecimento, todos participaram na realização
tamente o seu Centro Social do Lagar-
de uma tela, que posteriormente oferecerão à Fundação Vítor Baía.
teiro, recebeu a visita da Fundação Vítor
Baía, na pessoa do seu Presidente, o ex-futebolista Vítor Baía.
( ]PZP[H [L]L JVTV ÄUHSPKHKL H
entrega de um donativo às crianças dos
Esta iniciativa veio ao encontro do projeto educativo da Obra Diocesana para
o presente ano letivo, cujo tema é ¸;LTWV(WYLUKPaHNLTL*PKHKHUPH¹.
É de louvar que, nos tempos que correm, em que o país atravessa bastantes
KPÄJ\SKHKLZL_PZ[HTPUZ[P[\PsLZLM\UKHsLZX\LJVU[PU\HTHHWVPHYV[YHIHSOVZVcial com populações carenciadas.
5 anos e CATL, como incentivo e apoio
A Obra Diocesana, representada pelo Senhor Américo Ribeiro, Presidente
ao seu desenvolvimento pessoal e es-
do Conselho de Administração, retribuiu o gesto com um sincero agradecimento.
colar. O antigo guarda-redes da Seleção
Acarinhou esta parceira, que se desenvolve já há vários anos, e abriu portas para a
Portuguesa e do Futebol Clube do Porto
sua continuação, materializada em iniciativas futuras.
distribuiu 45 conjuntos constituídos por
uma mochila Adidas, vários livros escolares e diverso material didático.
As crianças de todas as respostas sociais – creche, pré-escolar e CATL
Foi uma tarde diferente, que fez sorrir as nossas crianças. Para a história,
ÄJHTHSN\UZKVZZL\Z[LZ[LT\UOVZ!
“Vamos jogar futebol para o ringue.” – Verónica
“És o melhor guarda-redes do mundo.” – José Pedro
¸6IYPNHKVHZTVJOPSHZZqVÄ_LZ¹¶]mYPHZJYPHUsHZ
Ano VII . n.º28 . Trimestral . Setembro 2012
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Obra Diocesana de Promoção Social
espaço
solidario
mensagens recebidas sobre o novo
Exmo. Senhor
TORNA-TE FELIZ, SERVINDO!
Exmo. Senhor
Américo Joaquim Costa Ribeiro e Exma. Senhora Dra. Mónica Taipa de Carvalho, Digníssimos Directores da Obra Diocesana de
Promoção Social
Com um sorriso aberto, acolhedor e discreto
para todos e sempre segundo a sua situação.
Presidente do Conselho de Administração da
Obra Diocesana de Promoção Social
Pela saudação empática e delicada a todos
os que vais encontrando na roda da vida.
Os melhores cumprimentos.
ASSUNTO: AGRADECIMENTO.
Com uma palavra de simpatia para os desolados, tristes sós e marginalizados.
Digníssimos e Prestigiados Directores,
Quero agradecer a presença da Obra Diocesana nas instalações da nossa Paróquia.
Venho por este meio, muito reconhecidamente, prestar uma grande homenagem, a quem
por intuição e por ser seu timbre, faz bem a
quem precisa da vossa prestigiada ajuda e
solidariedade social.
7VY\THH[P[\KLKLLÄJHaLHSLNYLWHY[PJPWHção para com os que necessitam da ajuda
imediata.
Por uma atenção discreta e acolhedora para os
desgarrados e descrentes da amizade sincera.
*VTHSN\THZKPÄJ\SKHKLZKLHKHW[HsqVPUPJPHS
foi para nós um elemento muito positivo pela
presença das crianças, trabalhadores e familiares, e pelo sinal de que a Paróquia e a Obra são
dois braços de um mesmo serviço è pessoa
humana na linha do Evangelho de Jesus.
Agradeço, desde já, todo o apoio que me deram no acompanhamento da minha doença e
no apoio também ao meu lar familiar.
Pela disponibilidade sensata para escutar,
ouvir e entender os que não se entendem a
si mesmos.
Nenhum discurso poderia dizer isto melhor
do que a vossa presença, que conteve a visita
do Bispo D. Pio.
Também aproveito desde já, para agradecer
a todo o pessoal da Obra, que Vexas dirigem
muito bem e, em especial ao Senhor Dr. Leandro, da forma como me recebe e me apoia.
Com um claro gesto de perdão e reconciliação
para quem te ofendeu, com ou sem razão.
Agradeço ainda a contribuição económica
para os serviços pastorais da Paróquia: de Se[LTIYVHÄTKL1\SOVKL(NVZ[V
foram… Muito obrigado, estamos dispostos a
dar o apoio que precisarem. Disponham.
Desde já, mais uma vez, agradeço do fundo
do coração, todo o apoio da Nossa Obra Diocesana, da qual, o nosso Presidente Américo
Ribeiro é o grande obreiro. BEM HAJA!!!
Estou sempre ao dispor da Nossa Obra Diocesana para tudo o que for preciso.
,Z[PT\SHHLZWLYHUsHHX\LTKLZJVUÄHUKV
de tudo e de todos, desespera do Pai.
Desperta a alegria de viver em paz a quem
ZLTLPHH[YPZ[LaHLWYV]VJHJVUÅP[VZ
Ensina a escutar a Deus e os outros pela reHJsqVHJVSOLKVYHLJVUÄHU[LJOVYHUKVJVT
os que choram e alegrando-te com os alegres.
-YLP)LYUHYKV+VTPUNVZVW
BEM HAJAM PELO BEM QUE FAZEM EM
PROL DA SOLIDARIEDADE SOCIAL.
Muito Atentamente, apresento os meus cumprimentos
4HYPH3xKPH4HYX\LZKH*VZ[H-VUZLJH
Amigo Senhor Américo,
Um abraço grande e continue a dar-se na elaboração do Espaço Solidário. Vale a pena.
Precisamos dele e de toda a imprensa escrita
neste mundo virtual.
Há muita gente que gosta de ler e pensar
diante do escrito quando revelador de
tanta aposta pelos outros.
E os conteúdos são de qualidade e revelam
por um lado esforços invisíveis para os manter e, por outro. uma resistência e luta cheias
de esperança.
Como diz um pensador: “o esforço chama
os melhores” e estamos vivendo tempos que
pedem este sereno, forte e persistente esforço pelo Bem comum.
Um abraço grande e coragem neste caminho
em que estamos todos juntos sabendo e sentindo que este é o segredo da fecundidade
dos nossos empreendimentos.
0YTm4HYPH(TtSPH*VZ[H*65-/0*
Exmo. Senhor
Américo Joaquim Costa Ribeiro
Presidente do Conselho de Administração da
Obra Diocesana de Promoção Social
Encarrega-me o Senhor Primeiro-Ministro de
acusar a recepção da carta dessa Instituição,
data de 16 de Julho, e de agradecer a V. Exª.
A Revista “Espaço Solidário” – Ano VII, nº.
27 da Obra Diocesana de Promoção Social
(ODPS), que amavelmente lhe fez chegar e
que mereceu a melhor atenção.
67mYVJV-LYUHUKV4PSOLPYV
Exmo. Senhor
AMÉRICO JOAQUIM COSTA RIBEIRO
Presidente do Conselho de Administração da
Obra Diocesana de Promoção Social
Tenho a honra de acusar a recepção da carta de V.Exa., data de 16 de Julho de 2012,
dirigida a Sua Excelência O Presidente da
República, enviando o exemplar do nº. 27,
ANO VII, da Revista “Espaço Siolidário”, que
se agradece.
Cumpre-me informar que o assunto mereceu
a melhor atenção.
Com os melhores cumprimentos
+H]PK1\Z[PUV+Y¶(ZZLZZVYWHYHVZ(ZZ\U[VZ
:VJPHPZKH*HZH*P]PSKV7YLZPKLU[LKH9LW‚ISPJH
Com os melhores cumprimentos
+YH,SZH-YHUJPZJV¶(ZZLZZVYPH(KTPUPZ[YH[P]H
KV*OLMLKV.HIPUL[LKV7YPTLPYV4PUPZ[YV
Exmo. Senhor
Presidente do Conselho de Administração da
Obra Diocesana de Promoção Social
Agradeço a gentileza do envio da publicação
“Espaço Solidário” – Edição nº. 27 – e venho
deste modo felicitar V.Exªs. pelo excelente
trabalho desenvolvido.
Caríssimos Amigos,
Faço seguir hoje, 23-VII-2012 o cheque da
CGD com a minha partilha, um pouquinho
mais reduzida por razões que já expus à
Exma. Direcção.
Ora colunas acrescidas e vida mais difícil…
Muito agradecida pela Revista Espaço Solidário.
Muito me ajuda na solidão em que vivo.
Minhas saudações para todos.
Desejo tudo de Bom!
Aproveito a oportunidade para enviar os
meus melhores cumprimentos
Com consideração, meus respeitosos cumprimentos
7YVMLZZVY+V\[VY(U[}UPV9LUKHZ
4HYPH;LYLZH+PHZ;LP_LPYHKL4VYHPZ7YVMLZZVYH
9LP[VYKH<UP]LYZPKHKL5V]HKL3PZIVH
O Padre Ramiro Ferreira Pinto cumprimenta,
Exmo. Senhor
Poucas palavras gastam para dizer tudo:
Dá os parabéns pela actuação da Obra Diocesana de Promoção Social e junta uma pequena ajuda de 50,00 €.
Presidente do Conselho de Administração da
Obra Diocesana de Promoção Social
Não posso mais…!!!
Encarrega-me Sua Excelência o Ministro da
Solidariedade e da Segurança Social de acusar a recepção da carta datada de 16.07.2012
e agradecer a V.Exª. o envio da Revista “Espaço Solidário”.
É pouco porque são muitos os pedidos de ajuda.
Respeitosamente
7HKYL9HTPYV-LYYLPYH7PU[V
-LYYHKHS¶-0²,:
Com os melhores cumprimentos
Aceitem, por favor… a pequena partilha com
amor.
Toda a minha consideração pela Obra Diocesana de Promoção Social.
Agradeço a Revista de Julho.
Fraternalmente,
4HYPH;LYLZH+PHZ;LP_LPYHKL4VYHPZ
.HIYPLS6Z}YPVKL)HYYVZ+Y¶*OLMLKV.HIPUL[L
7YVMLZZVYH(WVZLU[HKH
Amigos em crescendo!
Donativos de 10. Julho a 30. Setembro . 2012
Descrição
Contribuição
Casa Agrícola António Santos Lopes Herds., Lda.
96,00 €
100,00 €
MBA - Marketing e Brindes, Lda.
322,48 €
25,00 €
MMSC
150,00 €
25,00 €
MTDTM
130,00 €
120,00 €
EMMSB
GROSB
250,00 €
1.000,00 €
Junta de Freguesia de Paranhos
Maria dos Anjos Pereira Pacheco, Enf.ª
Contribuição
Maria Fátima F D S Proença Padez, Dra.
DAMC
José Santos e Laura, Lda.
Descrição
Ramiro Ferreira Pinto, Pe.
50,00 €
Rufino Marques Ribeiro
125,00 €
20,00 €
Liga dos Amigos da Obra Diocesana
Já se fez Amigo da Liga?
Contribua com um Donativo
Pode ser Mensal, Anual ou Único
Envie por cheque à ordem de
OBRA DIOCESANA DE PROMOÇÃO SOCIAL
ou através do NIB - 007900002541938010118
Sabia que o seu donativo é dedutível no IRS
(Decreto-Lei 442-A/88, art. 56º., nº.2, alínea B e nº. 1 RC (artº. 40º., nº. 3)
Obrigado!
Ano VII . n.º28 . Trimestral . Setembro 2012
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