NESTA EDIÇÃO Confira a opinião dos nossos

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NESTA EDIÇÃO Confira a opinião dos nossos
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NESTA EDIÇÃO
Ribeirão Preto/SP
Confira a opinião dos nossos colunistas
Dr.Yussif Ali Mere Jr
Presidente da Federação e do Sindicato
dos Hospitais,Clínicas e Laboratórios do
Estado de São Paulo (FEHOESP e SINDHOSP) e do SINDRibeirão.
“Repensando o planeta”, pág. 18
Dr. Irineu Grinberg
Ex-presidente da Sociedade
Brasileira de Análises Clínicas
“Pensar o futuro”, pág. 10
Dr. Paulo Cesar Naoum
Diretor da Academia de Ciência e
Tecnologia de São José do
Rio Preto-SP
“Segurando a Pipeta.
É preciso repensar a biomedicina”,
pág. 14
Ligia Maria Mussolino Camargo
Sócia da empresa Décio Camargo Ltda,
professora de Língua Portuguesa.
Ocupa a cadeira nº 24 da
Academia Santarritense
de Letras.
“Um Rio chamado Francisco”, pág. 14
FMRP-USP tem nova
direção: a primeira
mulher no cargo em
64 anos
Dr. Dácio Eduardo Leandro Campos
Presidente do CRBM-1º Região
Diretor da FAAP-Ribeirão Preto-SP
“A boa formação, pág. 18
Maria de Lourdes Pires Nascimento
MD, Hematologista, Universidade Federal da
Bahia / UFBa, MD
“Séries de interpretações dos exames básicos
para avaliação da defesa e oxigenação SÉRIE 1: PLAQUETAS”, pág. 20
Pedro Silvano Gunther
Diretor da Hotsoft
“A magia do conflito”, pág. 22
Receba o LABORNEWS, atualize seu endereço. Para arquivo digital,
encaminhe seu email para [email protected]
www.labornews.com.br | [email protected] 16 3629-2119 | 99793-9304
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É a endocrinologista Dra Margaret de Castro, que
considera sua nomeação como fruto do reconhecimento
pelo trabalho que realiza, em sua área, desde 1988.
Ela também foi eleita pelos pesquisadores de todo o
país como membro do Comitê de Assessoramento de
Medicina. Seu vice-diretor é o ginecologista dr Rui
Alberto Ferriani. Ambos foram empossados em seus
cargos no último dia 15 de julho.
Matéria Reproduzida/ RS
O Laboratório Central do Estado (IPB-Lacen),
da Fundação Estadual de Produção e Pesquisa em
Saúde (Fepps), isolou e identificou cepa inédita de
meningite no Rio Grande do Sul. Trata-se de uma
variação da bactéria Neisseria meningitidis, causadora da maior parte dos casos de meningite diagnosticados no estado e no país. Essa bactéria é classificada por grupos. As mais freqüentes são dos grupos
B, C, W e Y, já o Grupo X tem pouca circulação.
Esse novo tipo de meningite bacteriana foi identificado pela primeira vez no Rio Grande do Sul em
uma criança de três anos.
O trabalho de investigação foi feito pelo corpo
técnico da seção de bacteriologia, coordenada por
Loeci Natalina Timm, que atua na vigilância laboratorial de casos suspeitos de meningite no Rio Grande do Sul. Os últimos relatos do Grupo X foram no
ano 2000 em Minas Gerais, em 2012 na Argentina e
em 2013 em São Paulo e na Argentina novamente.
A confirmação dos resultados teve a colaboração
do Laboratório de Referência Nacional, o Instituto
Adolfo Lutz IAL/SP. “Essa descoberta é muito importante para a saúde pública, pois identificar uma
nova cepa permite que a vigilância epidemiológica
atue no monitoramento e acompanhamento de novos grupos circulantes”, explicou Loeci Timm.
Conforme o diretor Fernando Kappke, o Lacen é
o laboratório de referência estadual em saúde pública, sendo importante informar a todos os serviços de
Foto: Governo do Estado
Laboratório Central do Estado identifica
bactéria inédita no RS
saúde que o fluxo de encaminhamento de
amostras ocorre pela Vigilância em Saúde: estadual e municipais. Os resultados
são disponibilizados no menor intervalo
de tempo possível, através do Sistema Gerenciador de Ambiente Laboratorial GAL,
com acesso via WEB, 24 horas, nos setes
dias da semana.
o mercado atual
Inovapar agrega módulo de Estoque à sua
solução de gestão laboratorial
Rastreabilidade e geração de relatórios são algumas das funcionalidades que auxiliam o
laboratório a fazer um correto planejamento de demanda
O armazenamento de grandes volumes de materiais ocupa áreas importantes em
um laboratório clínico, além de gerar desperdício, o que pode se tornar o gargalo
silencioso da saúde financeira da instituição. Pensando nisso, a Inovapar Soluções,
empresa de consultoria e soluções em software para a área da saúde, passa a oferecer
o módulo de Estoque agregado ao sistema de informações laboratoriais Motion LIS,
desenvolvido pela Touch Health.
O novo módulo tem como objetivo otimizar o investimento do laboratório em armazenamento de materiais, auxiliando no processo de decisão. Para isso, a solução
monitora todas as movimentações e faz o cálculo para sugerir um fluxo de compra. O
sistema considera a quantidade de produtos em estoque e os alertas de estoque mínimo.
O módulo ainda permite o controle, tanto no método FIFO (first in, first out)
quanto no FEFO (first expire, first out), por lote ou identificação unitária, através da
identificação por códigos de barras, com alerta de vencimento. O controle da movimentação por centro de custo, da transferência de insumos do estoque para o centro de
custo solicitante e entre centros de custo também é feito através da solução.
Uma das principais características do Motion LIS é a rastreabilidade total das
amostras dos exames e seu módulo de Estoque também conta com essa rastreabilidade para o controle total dos materiais, desde o recebimento até o consumo no centro
de custo solicitante, o que permite gerar indicadores e relatórios, como o número de
exames realizados x consumo de materiais x volume de compras.
Atualmente, está em desenvolvimento a integração com os equipamentos analíticos, para possibilitar um controle automático do consumo de reagentes e insumos.
Hoje, esse controle é possível, porém de forma semi-automatizada, na qual a informação é inserida no sistema através do escaneamento do código de barras do kit ou
insumo utilizado.
Além do módulo de Estoque dentro do Motion LIS, a Inovapar e a Touch Health
também disponibilizam para o setor de saúde o LoIS, uma plataforma modular para
a gestão simples e eficiente de estoques de centros logísticos, hospitais, farmácias de
alto custo, negócios com operações distribuídas e empresas que queiram gerenciar o
próprio estoque. Totalmente web, sua arquitetura modular permite adaptar o LoIS a
diferentes tipos e tamanhos de negócios, podendo até mesmo se integrar a uma infraestrutura já existente de gestão de estoque.
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Alerta
SBPC/ML esclarece conceitos equivocados sobre
exames laboratoriais
Em carta ao ministro da Saúde, Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial
explica informações incorretas sobre laudos não retirados por exemplo
A Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML) enviou, no dia 19/07, carta ao Ministro
da Saúde, Ricardo José Magalhães Barros, com o intuito de esclarecer conceitos e posicionamentos equivocados, por parte de
autoridades representativas do setor de Saúde, sobre a relação
entre os exames laboratoriais e a sua suposta utilização em excesso.
A SBPC/ML não nega que há necessidade de melhorias para
o uso racional de procedimentos médicos no país, mas os motivos
para isso são bem mais amplos do que as justificativas frequentes
e, muitas vezes, infundadas relatadas por agentes do setor.
Há menções, por exemplo, sobre o grande número de laudos que não são retirados e que supostamente acarretariam um
aumento nos custos da saúde. Entretanto, não há dados que
comprovem a informação e, segundo estatísticas da SBPC/ML,
o número de exames realizados e não retirados em laboratórios
clínicos associados não ultrapassam 5% dos procedimentos realizados.
Além disso, os resultados críticos e determinados exames
são comumente informados ao médico por telefone e/ou internet (procedimento padrão nos laboratórios clínicos), ou seja,
sem a necessidade do laudo impresso. “Acreditamos que esse
percentual é aceitável e não é causa dos desperdícios em saúde, como comumente divulgado e citado por profissionais do
setor”, disse o presidente da SBPC/ML, Alex Galoro, em carta
ao Ministro.
Os gastos em saúde com as práticas da Medicina Laboratorial, segundo dados de literatura científica, não ultrapassam 3%
do total de gastos em saúde, em contrapartida, a especialidade
médica responde por 70% das decisões clínicas do país.
Outra afirmação bastante divulgada, porém incorreta, é que
exames laboratoriais com resultado normal são desnecessários.
A Sociedade ressalta que esses exames também são importantes para excluir uma determinada hipótese diagnóstica. Exames
como a dosagem da glicemia, para o diagnóstico de diabetes;
sorologia, para HIV; e do PSA, para o câncer de próstata, apresentam frequentemente resultados normais, mas são extremamente necessários. O exame seria desnecessário se o seu resultado não interferisse na conduta clínica, independentemente de
ser normal ou alterado.
Falar em excesso de exames é diferente de abordar o evidente crescimento do número de exames per capita realizados
pela população brasileira, especialmente no sistema privado de
saúde. Alguns fatores respondem por este aumento, como a incorporação de novas tecnologias em saúde, com introdução de
novos testes para diagnóstico de patologias anteriormente não
diagnosticadas; o envelhecimento da população, o que acarreta
maior prevalência de doenças crônicas e, consequentemente,
maior número de procedimentos para monitoramento desses
pacientes; e, finalmente, o advento da medicina preventiva, que
leva a um maior número de pessoas saudáveis a realizarem exames laboratoriais com o objetivo de detecção precoce de pato-
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logias ou, mesmo, para impedir seu desenvolvimento.
Diante deste contexto, a discussão de melhorias no uso de
procedimentos médicos se faz urgente e alguns aspectos precisam ser considerados: uso apropriado (o exame certo para o
paciente certo no momento certo); o uso excessivo (mais testes
que o necessário); a falta do exame que deveria ter sido pedido;
o uso obsoleto de metodologias e exames ainda disponíveis tanto na esfera pública quanto privada; a subutilização, seja pela
ausência de determinados procedimentos no Rol da ANS e em
tabelas vigentes, ou por desconhecimento técnico dos profissionais que os solicitam e encaminham seus pacientes aos laboratórios clínicos.
Uma mudança estrutural que contribuiria para otimizar a
utilização dos recursos, segundo a carta da SBPC/ML, seria a
aproximação dos Patologistas Clínicos de outros especialistas.
Os Patologistas Clínicos são profissionais habilitados para participar das indicações e interpretações laboratoriais em conjunto com os demais especialistas.
No modelo assistencial atual, não há ingerência dos profissionais de laboratórios sobre os pedidos médicos, distanciando
as práticas clínicas das evidências laboratoriais e contribuindo
para a utilização com menor racionalidade. Da mesma forma,
a falta de protocolos e diretrizes clínicas, a pequena aderência
às diretrizes existentes e a baixa importância e tempo dedicados
na graduação médica, para a Patologia Clínica, contribuem para
este distanciamento e uso inadequado dos exames laboratoriais.
A SBPC/ML realiza um trabalho contínuo de conscientização sobre a importância dos exames laboratoriais e a necessidade do seu uso adequado, e tem a certeza que, quando os exames
são bem indicados e corretamente interpretados, eles ajudam
a evitar a solicitação de procedimentos mais complexos, invasivos e mais caros; contribuem fortemente para a viabilidade
financeira do setor; e, principalmente, aumentam a segurança
dos pacientes.
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Wagner Maricondi Jr.
Diretor Supply Chain Grupo Maricondi
Ligia Maria M. Camargo
Sócia da empresa Décio Camargo Ltda.
Carlos Tochio Mori Jr.
Hotsoft Informática Ltda.
Acredito que não temos soluções no curto prazo para a saúde no Brasil.
Umas vez que não houver uma transformação na nossa política e a corrupção for estancada, não poderemos nos tranquilizar. A falta de repasse do governo federal abala toda a estrutura
pública nacional, pois o efeito é em cascata.
Mesmo quem tem plano de saúde, carece de atendimento
qualificado. Há um colapso na rede de planos de saúde, uma
vez que estes acabam suportando toda uma estrutura corrupta,
onde muitos médicos e prestadores de serviços superfaturam as
demandas em benefício próprio, que por sua vez glosam serviços prestados para levantamento de capital. Se não houver uma
regulamentação por parte dos órgãos competentes, como a ANS
(Agência Nacional de Saúde), a saúde brasileira está fadada ao
fracasso. O modelo Americano implica na co-participação do
usuário, o qual mitiga o risco e divide a responsabilidade. Porém, como estruturar o mesmo modelo no nosso país com a
distribuição de renda existente?
Percebam que o ciclo é vicioso, onde só enxergaremos
uma luz no fim do túnel, a partir do momento em que os
poderes públicos e privados agirem de forma honesta, prestando contas à sociedade. Enquanto aqueles que detém o
poder, usarem-no em prol de si, não poderemos dizer que
a saúde no Brasil terá soluções no curto prazo. A cultura
brasileira do “quem pode mais chora menos” precisa ser
extinguida da mentalidade da sociedade. A lição de casa
começa na educação do povo; se não há fomento na educação, não poderemos olhar o futuro com bons olhos. Sempre
tem alguém que vai dizer: mas o Brasil tem muito a crescer
e a oferecer, é um país de oportunidades. Sim, concordo,
mas a oportunidade não pode ser desbravada pelo malandro e sim, por pessoas que acreditem no país onde vivem
e que queiram colocá-lo no ranking dos países de primeiro
mundo.
Dirigindo a empresa “Décio Camargo Produtos e Equipamentos Laboratoriais Ltda” há quase quarenta anos, considero
difícil fazer previsões, especialmente em uma área tão complexa como a da Saúde.
Mas, os empresários de Medicina Diagnóstica, especialmente aqueles cujas empresas são de pequeno e médio porte, têm tido fôlego suficiente para lutar, para se reinventar a
cada dia, a cada nova lei absurda, a cada plano econômico
esdrúxulo.
Mas, agora a situação ficou séria demais e nossos dirigentes têm de encontrar soluções reais para a crise enfrentada pela
Medicina, em especial pela Medicina Diagnóstica, que é nosso
ramo, rever a tabela do SUS (Sistema Único de Saúde) seria
um bom começo.
Mas, mesmo tendo enfrentado tantas dificuldades,
acredito com todas minhas forças no novo governo. Acredito que fará um governo mais honesto, com menos demagogia e com os pés no chão. Assim setores prioritários
como Saúde, Educação e Segurança poderão ter uma assistência e uma remuneração melhor e alguma segurança.
Isso, a meu ver, poderá colocar o Brasil nos eixos novamente, mas para que isso ocorra nós, cidadãos brasileiros, temos de lutar pelos nossos direitos, temos de fazer valer suas
reivindicações
Para indicar soluções precisamos primeiro nomear os problemas.
Quais são os problemas da saúde no
Brasil? A resposta mais simples é a
falta de verba, tanto para as despesas
correntes como para investimentos.
Mas não é a mais correta. O que falta é gestão competente e responsável dos recursos financeiros, materiais e humanos. A solução virá com
a reforma e moralização da política,
valorização da educação e muita informação.
Sérgio Luiz Benvenuto
Atlas Diagnóstica
“....Os empresários e profissionais do setor
de medicina diagnóstica, como eu, não podem
mais esperar por mudanças efetivas e eficazes,
pois estão há meses (quiçá anos) absorvemos
as graves consequências da desaceleração econômica. O momento é de grande expectativa,
principalmente na solução dos altos custos, sem
repasse . Já fizemos ajustes internos e agora queremos novas oportunidades de mercado e suas
respostas reais, com a possibilidade de chegarmos a um patamar compatível, com o trabalho,
o investimento, a sólida presença e a perspectiva
de um futuro promissor..”
Adavium Medical
Nova marca de sua divisão
de diagnósticos
A Adavium Medical anuncia a nova marca de sua divisão de diagnósticos: Vyttra
Diagnósticos. Resultado da unificação das empresas Imunotech, Hemogram e Alka,
que juntas possuem mais de 80 anos de mercado, a Vyttra Diagnósticos é a maior
empresa brasileira em reagentes e equipamentos para o mercado de diagnóstico in
vitro.
“Consolidamos na Vyttra Diagnósticos um portfólio amplo, constituído por
múltiplas marcas, o que nos assegura a capacidade única de oferecer soluções que
atendam às necessidades de cada um de nossos clientes, independentemente de seu
perfil, porte ou localização. Nosso objetivo é proporcionar aos nossos clientes, além
de excelência clínica, melhores resultados para seus negócios”, ressalta Claudia
Goulart, presidente da Vyttra Diagnósticos e COO da Adavium Medical.
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Opinião
Pensar o futuro
IRINEU GRINBERG,
EX-PRESIDENTE DA SOCIEDADE
BRASILEIRA DE ANÁLISES
CLÍNICAS
[email protected]
Vale a pena refletir, e pensarmos juntos: Como podemos
enxergar o futuro dos pequenos e médios Laboratórios de
Análises Clínicas em relação a tudo que vem ocorrendo?
Para que sejam criadas algumas linhas de raciocínio é
importante citar algumas ocorrências remotas e recentes,
fundamentais a todas elas:
- Tabelas públicas, leia-se SUS congeladas há mais de
22 anos.
- Políticas agressivas ou verticalizadas por parte de
várias operadoras.
- Tributos crescentes e cada vez mais extorsivos.
- Onerações das folhas de pagamento.
- Exigências regulatórias da ANVISA e das VISAS
municipais e estaduais objetivando o incremento da
qualidade - tudo muito bom e necessário, entretanto
incompatíveis com a rentabilidade atual dos
estabelecimentos laboratoriais.
- Procedimentos ou analitos totalmente deficitários
onde não existe nenhuma alternativa que não passe pelo
envio dos materiais aos laboratórios de apoio, na sua
maioria concorrentes diretos dos pequenos e médios
Laboratórios.
- Pressões, também justificáveis dos nossos pacientes/
clientes, por eficiência, rapidez e avançadas tecnologias.
Afinal de contas, quem necessita de Laboratório está
doente, acredita que está ou vivenciando um momento
psico-emocional difícil. Portanto merecem toda a atenção
em segurança, acolhimento e assistência.
- Rápida obsolescência dos equipamentos, algumas
vezes, apenas por pressão dos nossos fornecedores. Nesta
mesma linha, quem pode mais, obtém maiores vantagens,
veja-se todas as experiências antigas e atuais de compras
unificadas.
- Incremento de novas e avançadas tecnologias, e neste
capítulo é válido relembrar o muito recente episódio da
Theranus, que apesar de não ter dado certo, durante algum
tempo revolucionou o mercado laboratorial nos Estados
Unidos.
Foram citados apenas nove itens que isoladamente
podem tirar o sono de qualquer proprietário ou
administrador de Laboratórios de Análises Clínicas.
Evidentemente existem outros pontos, mais específicos de
cada empresa, tais como aluguéis, linhas de financiamento,
passivos trabalhistas entre tantos outros.
Diante do exposto, apenas uma décima situação nos é
favorável:
Os procedimentos laboratoriais são os responsáveis
por 70% dos diagnósticos clínicos e por 90% dos critérios
terapêuticos, de cura ou alta hospitalar! Isto também é do
mais amplo conhecimento de todos, o que por si só já é
suficiente para garantir a perenidade do Laboratório como
instituição.
Portanto, não existem dúvidas de que os exames
laboratoriais perdurarão, que a aplicabilidade é para
sempre, cada vez mais necessária e que Medicina de
qualidade andará sempre ao lado do Laboratório de boa
resolutividade.
Outro dado fundamental é que os pequenos e médios
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laboratórios executam metade da demanda dos testes
laboratoriais no país e se considerado o que for remetido
aos estabelecimentos de apoio, este percentual será
aumentado para 70%.
Os Laboratórios de Análises Clínicas constituem um
campo inesgotável de trabalho, cada vez mais necessário
e crescente.
Entretanto, diante das variáveis citadas anteriormente,
o modelo atual de trabalho do setor necessita ser repensado.
Com urgência. Sem perda de tempo.
Soluções existem. Estão em nossas mãos. Devemos
pensar juntos em inovações técnicas, gerenciais e de
mercado que possam amenizar a crise, restabelecendo
lucratividade, credibilidade e procurando baratear os gastos
em saúde, uma das maiores queixas dos administradores
públicos e privados.
No 43° Congresso Brasileiro de Análises
Clínicas - CBAC, realizado em junho último em
São Paulo, ocorreu a segunda edição do Fórum de
Proprietários de Laboratórios. A SBAC, em parceria
com o Departamento de Laboratórios da Confederação
Nacional da Saúde (CNS), apresentou como principais
pautas a ação judicial, a nível nacional, de desequilíbrio
econômico contra a tabela SUS, a implantação de novas
e modernas metodologias compatíveis com laboratórios
de pequenos e médios portes, revisão da RDC 302
da ANVISA e realização de exames laboratoriais em
Farmácias.
Dos 780 proprietários de Laboratórios inscritos no
Congresso, apenas 80 estiveram presentes, um indicador
inequívoco de falta de sentimento de unidade do setor e
desinteresse pelo futuro.
Mas o que temos como absoluta certeza é que a solução
não passa pelo individualismo.
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o mercado atual
A acidose láctica pode ocorrer em dois perfis clínicos característicos. No primeiro, ocorre a diminuição de oxigenação
tecidual (hipoxia), resultante de choques, hipovolemia e insuficiência ventricular esquerda. No segundo perfil (metabólico),
ocorre associação a doenças como diabetes mellitus, neoplasias, doenças hepáticas ou então está relacionado a drogas e/ou
toxinas como etanol, metanol e o salicilato. A acidose láctica
também pode ocorrer na falência renal, na leucemia e na deficiência de tiamina. Portanto, as determinações de lactato são
importantes para avaliação do status ácido-base sanguíneo e
tratamento da acidose láctica (acidez anormal do sangue).
No Líquido Cefalorraquidiano (LCR) os níveis de lactato
estão aumentados na meningite bacteriana, na hipocapnia, hidrocefalia, abscessos cerebrais, isquemia cerebral e outras condições clínicas associadas à oxigenação reduzida do cérebro e/
ou aumento da pressão intracraniana.
Lactato
Na coleta sanguínea, como lactato é produzido pela glicólise nas hemácias, o sangue deve ser colhido na presença de
fluoreto, obtendo se assim o plasma fluoretado, e centrifugado
rapidamente. Apenas após estes cuidados, o lactato ficará estável 14 dias se armazenado de 2 a 8 ºC. Ainda, como há presença
de lactato na saliva humana, deve se utilizar máscara e evitar
conversar próximo ao local de ensaio e proceder com rigorosa
higienização dos materiais de laboratório.
O reagente Lactato da Biotécnica segue a metodologia
Trinder (Lactato Oxidase / Peroxidase) e apresenta-se na forma MONOREAGENTE pronto para uso e contém Calibrador e
Controle inclusos no kit.
Bibliografia
1 - Burtis CA, Ashwood ER, editors. Tietz Textbook of
Clinical Chemistry, 2ª ed. Philadelphia. PA: WB Saunders;
Sistema automatizado VSG
VACUETTE®
Análise da Velocidade de Sedimentação Globular mais rápida e segura
O exame de análise VSG (Velocidade de Hemossedimentação ou Sedimentação) continua sendo um dos testes laboratoriais mais solicitados pelos médicos para identificar processo
inflamatório. Aliado ao baixo custo devido a simplicidade técnica, é a melhor opção custo-benefício.
No sistema manual, uma vez coletada a amostra, a análise
é realizada através de uma pipeta graduada que é inserida no
tubo na posição vertical e após o período de uma hora é possível
determinar a distância percorrida pelas hemácias sedimentadas.
No entanto, como essa análise é feita por pessoas, há possibilidade de acontecer divergências na interpretação. Pensando
nisso a Greiner Bio-One disponibiliza o sistema automatizado
para análise VSG VACUETTE® que garante resultados precisos e confiáveis. Funciona com o uso de sensores infravermelhos que garantem melhor reprodutibilidade, confira mais
vantagens abaixo:
• Método de Westergren e resultado em mm/h
• Sed Rate Screener (SRS) 20/II e 100/II
• Com 20 ou 100 canais de medição
• Tempo reduzido para liberação dos resultados
• Conexão para leitor de código de barras e interfaceamento
com o sistema do laboratório
• Capacidade de 40 ou 200 análises/hora
• Impressora térmica integrada
• Leitura randômica
Os equipamentos seguem as recomendações do International Council for Standardization in Haematology (ICSH) que
adota como referência o Método de Westergren. Como o sistema é fechado não há necessidade de transferência nem contato
com a amostra. O procedimento é realizado diretamente nos
tubos de coleta de sangue a vácuo VSG VACUETTE®.
A Greiner Bio-One Brasil oferece dois modelos de leitores
para VSG, com capacidades analíticas diferentes. O Sed Rate
Screener 100/II VACUETTE®, com capacidade para 100 tubos, ideal para laboratórios de grande e médio porte e o Sed
Rate Screener 20/II VACUETTE®, com capacidade para 20
tubos, criado para pequenos laboratórios ou consultórios médicos.
Apesar de não diagnosticar doenças, a análise VSG é um
exame importante capaz de indicar alterações no organismo
tanto para as reações inflamatórias como também monitorar
tratamentos. O aumento da velocidade de sedimentação pode
revelar artrite reumatóide, doenças da tiróide, tuberculose e
gravidez, enquanto níveis inferiores aos normais podem ocorrer, por exemplo, em anemia falciforme, insuficiência cardíaca
congestiva ou baixa quantidade de proteína plasmática devido
a doença hepática ou renal.
www.gbo.com
Diágnóstico rápido de Infarto
Agudo do Miocárdio com Elecsys®
Troponin T-high sensitive
A Roche Diagnóstica tem investido no desenvolvimento
de novos parâmetros que ajudem o médico no diagnóstico e
manejo de pacientes em cardiologia, assim como em estudos
clínicos que possam apoiar os médicos na correta interpretação dos resultados gerados. Recentemente foi publicado
o estudo multicêntrico “Multicenter Evaluation of a 0-Hour/1-Hour Algorithm in the Diagnosis of Myocardial Infarction with High-Sensitivity Cardiac Troponin T”(1), com o
principal objetivo de validar de forma prospectiva a acurácia
diagnóstica do algoritmo de 0-h/1-h recentemente desenvolvido, utilizando a troponina T cardíaca de alta sensibilidade
(hs-cTnT) para a rápida confirmação ou exclusão do infarto
agudo do miocárdio. O estudo, que contou com o apoio da
Roche, foi incorporado como referência na nova Diretriz da
Sociedade Europeia de Cardiologia (2015). A Diretriz médica já está disponível e pode ser acessada para download pelo
link: http://eurheartj.oxfordjournals.org/content/37/3/267. O
novo algoritmo de 1 hora, comparado ao algoritmo convencional de 3 / 6 h (2-4):
•Leva a uma detecção precoce do IAM
•Permite a inclusão ou exclusão do IAM para mais de 75%
do paciente dentro de 1h
•A nova diretriz européia recomenda que seja utilizado
esse algoritmo (“diagnóstico acelerado”) sempre que o teste
hs-cTn, com valores de cut-off validados, estiver disponivel
(1, 5 -7)
Referências Bibliográficas:
1.Roffi, M. et al.(2016). Eur Heart J 37(3), 267– 315.
2.Bandstein, N. et al. (2014). J Am Coll Cardiol 63(23),
2569 –78.
3.Body, R. et al. (2015). Clin Chem 61(7), 983 – 9.
4.Rubini-Giménez, M. et al. (2013). Int J Cardiol 168(4),
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5.Reichlin, T. et al. (2012). Arch Intern Med 172(16), 1211
– 8.
6.Reichlin, T. et al. (2015). CMAJ 187(8), E243 – 52.
7.Mueller, C. et al. (2016). Ann Emerg Med, doi: 10.1016/j.
annemergmed. 2015.11.013 [Epub ahead of print].
Código: ERDL601
Registro Anvisa nº 10287410818
©2016 Roche – Julho/2016
1994: 975.
2 - Noll F. Metods of Enzymaic Analysis. 2ª ed. Bergmeyer
HU, ed. New York, NY: Academic Press Inc 1974: 1475.
3 - Shimojo N et al, Clin. Chem. 1989; 35(9): 1992 – 1994.
4 - Mascini M et al, Clin. Chem. 1991; 37(11): 1978 – 1980.
Marcelo Saraiva Rocha
w.biotecnica.ind.br
[email protected]
+55 (35) 3214-4646
SANGUE
OCULTO FECAL
sem dieta do
paciente?
WAMA
DIAGNÓSTICA
A presença de sangue nas fezes pode ser uma manifestação precoce de câncer no trato gastrointestinal e é freqüentemente procurada em pacientes de anemia por deficiência de ferro. Portanto, a detecção de sangue nas fezes é
uma importante parte do diagnóstico e acompanhamento.
O Imuno-RÁPIDO SANGUE OCULTO da WAMA
Diagnóstica auxilia na detecção do câncer gastrointestinal
e pólipos adenomatosos sangrantes através da identificação
de pacientes para posterior investigação (colonoscopia).
O Imuno-RÁPIDO SANGUE OCULTO da WAMA
Diagnóstica é um teste imunocromatográfico que utiliza
uma combinação de anticorpo monoclonal marcado e anticorpo policional anti-hemoglobina humana de fase sólida,
com ótima sensibilidade e especialidade.
Por ser um teste que utiliza anticorpo mono e policlonal
anti-hemoglobina humana, o Imuno-RÁPIDO SANGUE
OCULTO da WAMA Diagnóstica não necessita de dieta do
paciente para coleta da amostra.
Além da alta sensibilidade e especificidade, o Imuno-RÁPIDO SANGUE OCULTO da WAMA Diagnóstica
também se tornou muito usado devido à facilidade de execução e rapidez na obtenção dos resultados, que são apresentados de forma clara, diminuindo erros de interpretação.
Outro ponto importante do kit Imuno-RÁPIDO SANGUE OCULTO da WAMA Diagnóstica é o baixo investimento para implantação, devido sua simplicidade de manipulação e leitura dos resultados.
Eficiência e rapidez e qualidade nos resultados estão
presentes neste teste, como toda linha de testes rápidos da
WAMA Diagnóstica.
www.roche.com.br
www.wamadiagnostica.com.br/produtos/urivision-720/
www.wamadiagnostica.com.br
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13
Opinião
SEGURANDO A PIPETA
É preciso repensar a Biomedicina
Prof. Dr. Paulo Cesar Naoum
Professor Titular pela UNESP
Diretor da Academia de Ciência e Tecnologia
Acadêmico da ARLC
[email protected]
Próximo de chegar aos 50 anos de existência
formal, é preciso repensar a grade curricular dos
cursos de biomedicina no Brasil. Reconhecidamente, os profissionais graduados em biomedicina
têm, de forma geral, correspondido com competência suas diversas atividades. No entanto, a incrível
proliferação dos cursos de biomedicina no Brasil,
que ocorreu a partir dos anos 90 do século passado,
ofereceu ao mercado de trabalho um excedente de
profissionais que continua se somando para fazer o
“mesmo do mesmo”.
Como se sabe, os profissionais biomédicos têm
um amplo leque de atividades notadamente nas diferentes áreas das análises laboratoriais. Produzem
e interpretam testes, bem como prestam informações científicas e esclarecem resultados de novos
testes para os médicos que deles necessitam para
realizarem diagnósticos de seus pacientes. Mas em
50 anos muitos testes se tornaram automatizados e,
consequentemente, muitos profissionais biomédicos perderam o emprego.
Opinião
Apenas para justificar o título deste artigo,
proponho comparar o exercício da biomedicina
apenas na área de hematologia, área em que atuo
há mais de quatro décadas. Biomédicos hematologistas que exercem funções profissionais em hospitais da Inglaterra, França e Estados Unidos da
América, por exemplo, têm importantes funções
extra - laboratoriais no atendimento aos chamados
de emergências em acidentes que causam perda de
sangue em acidentados, em cuidados auxiliares
em unidades de pediatria e em oncologia, principalmente para pacientes que perdem sangue por
hemólises inexplicáveis, entre outras situações.
Ou seja, atuam como profissionais de saúde em
situações de excepcionalidades para auxiliarem
em resoluções de problemas que, na ausência de
médicos, propõe formas de encaminhamento para
os serviços especializados.
Os biomédicos que as empresas de serviços médicos contratam nesses países são aqueles que têm
bons conhecimentos de organização laboratorial,
possuam bases técnicas em programas de automação laboratorial e saibam atuar como profissionais
de saúde em situações de excepcionalidade.
O valor de mercado do biomédico nos países citados, entretanto, os tornam mais competitivos se
souberem prestar atendimentos de urgências laboratoriais para diversos tipos de exames. Mais recentemente, em todo o mundo, inclusive no Brasil,
biomédicos com bons conhecimentos científicos
e tecnológicos das principais análises moleculares, notadamente as direcionadas para diagnósticos
dos tipos mais prevalentes de câncer, talassemias
maior, doenças hemorrágicas, doenças trombóticas
e diabetes, principalmente, obtém vagas de trabalho
em instituições de qualidade.
Outra novidade se refere às clínicas médicas que
possuem diversidades de especialidades afins, por
exemplo, cardiologia, medicina vascular e endocrinologia, requisitam biomédicos que saibam sintetizar artigos científicos, preparar artigos científicos
para apresentação em congresso, entre outras formas de prestação de serviços especializados.
O Brasil, apesar de toda a bagunça corrupta
promovida por grupos políticos, sindicais e empresariais que se organizaram para este fim ao longo
dos últimos quinze anos, ainda tem em suas pessoas
honestas, competentes e idealistas a esperança em
manter centros médicos e científicos num patamar
de respeitabilidade e competência, muitos dos quais
precisam de biomédicos com as proficiências acima
relatadas.
Nesse sentido, os cursos de biomedicina precisam ser repensados na formação de seus profissionais com a qualidade que hoje se requer, em contraposição àqueles que ainda repetem formulas de
ensino de cinquenta anos atrás, ou seja, do século
passado.
Um Rio chamado Francisco
Ligia Maria Mussolino
Camargo
Sócia da empresa Décio
Camargo Ltda, professora
de Língua Portuguesa.
Ocupa a cadeira nº 24 da
Academia
Santarritense de Letras
[email protected]
Falar de um Rio é falar de VIDA, é falar da existência do ser humano na TERRA, assim falar de rios
brasileiros é falar do POVO brasileiro.
O Brasil é o país que possui a maior biodiversidade
do planeta, sendo que biodiversidade é a diversidade da
natureza, ela fala da riqueza e da variedade do mundo
natural.
O Brasil tem inumeráveis Bacias Hidrográficas, que
compreendem o rio e seus afluentes, assim temos a Bacia do rio São Francisco, do Amazonas, do Tietê entre
muitas outras.
Infelizmente muitos desses rios, estão com suas margens e seus afluentes devastados, poluídos, alguns quase mortos.
É isso que vimos acontecer, por exemplo, com o
rio São Francisco, na novela das vinte horas “ Velho
Chico”. Rio São Francisco, Velho Chico, Rio da Integração Nacional são alguns de seus nomes. Lembro-me, ainda no curso primário, de minhas incansáveis
mestras ensinando-nos sobre Rios brasileiros e seus
afluentes.
Sempre me preocupei com a natureza, é triste ver
o rio São Francisco sendo devastado, a “Cachoeira de
Paulo Afonso” com diversas barragens para produzir
energia e deixar a Natureza sem opção. E agora a transposição do rio.
Assistindo à novela “Velho Chico”, que é apenas uma ficção, uma imitação da realidade, vejo
que ela atinge seus objetivos ao levar-nos os reais
problemas que acontecem ao rio São Francisco, a
ponto de o rio tornar-se também um personagem
da novela.
Algumas características físicas do Rio da Integração
Nacional, que recebe este nome porque integra cinco
estados (Mina Gerais, Bahia, Pernambuco, Sergipe e
Alagoas) e passa por 521 municípios. Sua extensão é
de 2811 Km, com 1371 km navegáveis. Uma riqueza
imensurável capaz de interligar esses estados. Tem ainda cento e setenta afluentes, sendo um enorme potencial
para a economia, para a cultura e para a sociedade como
um todo.
O plano de transposição do rio São Francisco é um
projeto de deslocamento de parte das águas do rio São
Francisco. É um projeto polêmico, possuindo muitos
pontos negativos e outros positivos, positivo haverá
água suficiente para o povo que vive nas áreas áridas e
semi- áridas do Nordeste. Negativos: Impacto ambiental causado pela transposição e o racionamento de água.
Existem dúvidas se a obra será bem sucedida, ela pode
representar a morte do rio, que já possui problemas suficientes.
De acordo com ambientalistas e cientistas a melhor
maneira e a menos agressiva para minimizar a seca nas
regiões do Nordeste brasileiro seria a construção de poços para captação de água de lençol freático, além de
14
reservatórios para coleta da água da chuva. Constituem
métodos mais baratos, beneficiam diretamente a população e não agridem o rio, o qual já se encontra deteriorado.
O projeto visa à construção de 720 mil metros
de canais que irão transferir água do São Francisco
para abastecer açudes e rios que desaparecem na
seca.
Em São Paulo também existe um plano para
transposição do rio Itapanhaú, afim alimentar o
Tietê, este plano não dimensiona o impacto dessa decisão, que atingirá parte importante da Mata
Atlântica.
Existe possibilidade de recuperação desses
rios? Especialmente do rio São Francisco? Os
estudiosos e pesquisadores, a Ciência dizem que
sim. Mas, até que ponto iria esta recuperação?
Será uma recuperação total, com a volta da pureza
e cristalinidade das águas, com as margens e os
afluentes recuperados, e com a volta da fauna e
da flora, que existiam antigamente? É muito difícil acreditar. O projeto de revitalização do rio São
Francisco pouco avançou, o tratamento efetivo do
esgoto industrial e urbano das cidades que beiram
o rio deveria ser prioridade número um da revitalização e nada foi feito.
Nós, brasileiros, precisamos conhecer os recursos
naturais nossa biodiversidade. Meio- ambiente deveria
ser matéria do currículo escolar.
No rio São Francisco meu preito de amor e respeito a todos rios brasileiros e aos povos ribeirinhos!
15
ABHH alerta
Sangue de cordão umbilical não é seguro de saúde
A Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH), entidade sem fins
lucrativos cuja missão é representar a comunidade de
profissionais da área de Hematologia, Hemoterapia e
Terapia Celular, manifesta por meio de nota oficial
sua preocupação quanto ao armazenamento do sangue
de cordão umbilical para uso autólogo (células-tronco
do sangue de cordão do próprio indivíduo transfundido para ele mesmo), em casos que não haja indicação
médica.
Não existe justificativa para armazenar o sangue de
cordão umbilical para uso autólogo. No Brasil, os bancos privados de sangue de cordão têm alimentado um
comércio baseado em propaganda enganosa, uma vez
que vendem a ideia de que com esse ato é possível garantir qualidade de vida e salvamento em casos de doenças no futuro. Sangue de cordão não é seguro de vida.
A leucemia, por exemplo, principal causa de câncer em crianças, é a mais citada como argumentação
dos bancos privados junto aos pais, como forma de
prevenção à saúde. Mas a utilização do próprio sangue de cordão para o transplante desta criança será
inútil.
Trabalhos na literatura médica demonstram que a
carga genética para a leucemia já se encontra presente
desde o nascimento.
Portanto, em vez de a família pagar a taxa para
coletar as células durante o parto, seu congelamento
e manutenção, ela pode, se precisar no futuro, acionar
a rede pública para realizar o transplante com células
de outro doador - já que a compatibilidade necessária
para o transplante de células-tronco do sangue de cordão umbilical é menor do que a requerida pelo transplante de medula óssea.
No Brasil não há regulamentação para o uso do
sangue de cordão umbilical e placentário para fins
terapêuticos. A Comunidade Europeia é contra o armazenamento privado, sendo a prática proibida em
muitos de seus países. Enquanto isso, os bancos privados de sangue de cordão umbilical brasileiros mudaram a estratégia. Agora querem convencer que o
congelamento é necessário porque, no futuro, este
sangue pode se utilizado em Medicina Regenerativa.
A utilização de sangue de cordão, apesar de ser
uma excelente fonte de obtenção de células-tronco,
neste tipo de terapia celular ainda se encontra em fase
experimental e não deve ser realizada cobrança para
estas coletas, já que não há respaldo científico, nem
indicações clínicas precisas que deem suporte para
este tipo de procedimento. Para se ter uma ideia, o
sangue ainda conserva suas propriedades até 20 anos
após a coleta, após esse período a “qualidade” desse
sangue é reduzida.
O país já possui bancos de armazenamento de sangue de cordão umbilical e placentário públicos, como
a Rede BrasilCord, lançada pelo Ministério da Saúde
em 2004, para o atendimento de pacientes que necessitam de células-tronco e que aguardam transplante
de medula óssea.
O material é coletado por equipes treinadas, em
maternidades conveniadas aos bancos públicos, sob
rígidos critérios de seleção de gestantes. As mães assinam um termo de consentimento informado para
efetivar a doação aos bancos públicos. Além disso,
para ser aceita como doadora de sangue de cordão a
mãe passa por uma anamnese semelhante ao doador
de sangue, além de uma investigação sobre doenças
familiares e maternas, que possam inviabilizar a utilização da bolsa.
Atenciosamente,
Diretoria da Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Célula
16
17
Repensando o planeta
Opinião
Yussif Ali Mere Jr
Presidente da Federação e do Sindicato
dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios
do Estado de São Paulo (FEHOESP e
SINDHOSP) e do SINDRibeirão
[email protected]
Foi em 1987 que o conceito de sustentabilidade, da forma
como é entendido hoje, surgiu e começou a ser disseminado
pelo mundo. A ideia nasceu de um estudo encomendado pela
Organização das Nações Unidas (ONU) a então primeira-ministra da Noruega, Gro Brundtland. O trabalho foi publicado
sob o nome “Relatório Brundtland”, ou “Our Common Future”,
e ficou mundialmente conhecido por definir que ser sustentável
é conseguir prover as necessidades das gerações presentes sem
comprometer a capacidade das gerações futuras em garantir
suas próprias necessidades.
Na saúde, a definição se encaixa como uma luva, porque é
inerente à atividade da saúde. Não há bem-estar sem preservação de um ambiente saudável, em todos os sentidos. A falta de
sustentabilidade na natureza, por exemplo, afeta diretamente a
saúde das pessoas. A poluição é uma das mais evidentes: estudo
de 2014 revelou que mais de 135 mil pessoas morreram de doenças causadas pela má qualidade do ar, somente em São Paulo
e Rio de Janeiro, nos seis anos anteriores à pesquisa. Até 2030,
mesmo com redução da poluição do ar em 5%, haverá aproximadamente 250 mil óbitos e um gasto público em internações
estimado em mais de R$ 1,5 bilhão. Os dados são do Instituto
Saúde e Sustentabilidade.
Isto é, viver mal e de maneira desorganizada afeta a saúde,
o meio ambiente, a qualidade de vida, e o bolso. Está tudo interligado, e não temos como fugir do conceito global da saúde
contemporânea.
As instituições de saúde não podem mais atuar isoladas,
como se cumprissem apenas um único papel na sociedade:
o de tratar doenças. Precisam pensar no entorno, na maneira
como prestam assistência e no impacto que causam ao fazê-lo. Estudos realizados na Europa, por exemplo, dão conta
de que um paciente internado gera três vezes mais lixo do
que uma pessoa em sua residência, vivendo em condições
normais.
No Brasil, já existem instituições atuando sob este olhar integral, que implantaram relatórios de sustentabilidade em suas
organizações, tornando públicas as suas informações. Mas é
preciso intensificar este trabalho, a fim de se preservar as gerações futuras, e os recursos finitos. Não apenas os naturais,
mas também os financeiros. Não há dinheiro suficiente para se
oferecer tudo a todos, especialmente se mantivermos o ciclo de
cuidados perdulário que temos hoje.
A boa formação
Dr. Dácio Eduardo Leandro Campos
Presidente do CRBM - 1ª Região
Diretor da FAAP - Ribeirão Preto-SP
[email protected]
Oferecer programas especiais de formação pedagógica inicial e continuada, com vistas à formação de docentes para a
educação superior, sobretudo nas áreas de interesse da saúde, de
acordo com as demandas de âmbito local e regional, e também
oferecer programas de extensão é agora o principal objetivo da
biomedicina.
O modelo de ensino que temos hoje já não prende tanto a
atenção de nossos acadêmicos e estudos indicam que após uma
aula de determinado tema, esta aula, após passadas 72 horas de
ministrada, resta apenas 10% do conteúdo dado absorvido pelo
acadêmico. De certo a dinâmica da vida moderna com todos
os aparatos tecnológicos para obtenção da informação colabora
para a mudança do perfil dos acadêmicos.
Para que esta mudança ocorra temos que investir na qualificação dos docentes oferecendo novas possibilidades de
acesso à tecnologia, colocando em contato o docente com os
especialistas em cada área que podem colaborar apontando as
falhas encontradas no mercado de trabalho quando o profissional não teve acesso a informações importantes ou aprendizado pratico condizente com o que se encontra no mercado e
assim alterar alguns métodos e conteúdo e agregar informação
nova aos assuntos abordados da mesma maneira ao longo de
anos de docência. Somos insistentes em informar aos acadêmicos da biomedicina em nossas palestras institucionais sobre
a biomedicina e os avanços tecnológicos que a visão de que
a profissão começa quando se tem o diploma na mão não é
mais viável.
A profissão começa no primeiro dia de aula, uma vez que
durante o curso de graduação é de extrema importância ampliar
os horizontes para fora da sala de aula e observar o mercado,
as tendências e iniciar um processo de formatação profissional.
18
É comum observar jovens profissionais que ainda não conseguiram o primeiro emprego e na maioria destes casos notamos
que este jovem profissional pecou no momento de planejar seu
futuro ou não teve o incentivo necessário para buscar o conhecimento. A biomedicina está trabalhando nas várias comissões
formadas para modificar este cenário e o principal objetivo é a
formação para o exercício da profissão, com o aprendizado de
saberes ligados aos diversos exercícios do trabalho, tanto para
os acadêmicos quanto para profissionais que buscam ampliar
suas qualificações.
Nos cursos de capacitação e aprimoramento promovidos
pelas entidades biomédicas a associação brasileira de biomedicina e os conselhos o principal objetivo é ofertar educação
profissional e tecnológica, como processo educativo e investigativo, fomentar a produção cultural, o empreendedorismo e o
cooperativismo e podemos constatar que há muito a trabalhar
para conseguirmos nosso objetivo. Estamos trabalhando arduamente por isso e temos a certeza que o sucesso de nossas ações
virão em um futuro próximo.
Saudações biomédicas
19
Opinião
Séries de interpretações dos exames básicos
para avaliação da defesa e oxigenação
Maria de Lourdes Pires Nascimento, MD lise dos eritrócitos, favorecendo a contagem das PlaqueHematologista, Universidade Federal da
Bahia / UFBa, MD
[email protected]
A) PLAQUETAS: TROMBOCITOPOIESE, AVALIAÇÕES MANUAL E POR AUTOMAÇÃO
As Plaquetas ou Trombócitos são células anucleadas, produzidas na medula óssea a partir de uma célula precursora hematopoiética denominada Megacariócito. A célula precursora
das Plaquetas surge de uma célula tronco da medula óssea –
STEM CELL – sendo esta a mesma célula que também dá origem as Hemácias e aos Leucócitos (14, 28).
Trombocitopoiese
Durante a geração das Plaquetas, ou seja a Trombocitopoiese,
cada Megacariócito maduro no final das transformações geram entre 10 a 20 Proplaquetas, que por sua vez após todos os processos
de transformações geram entre 1.000 a 3.000 Plaquetas. Por dia os
adultos produzem 1 x 1011 Plaquetas, um número que pode ser
aumentado até 10 vezes se aumentar a demanda (11, 17).
As Plaquetas são produzidas pela estimulação da Trombopoietina, uma glicoproteína, que é sintetizada principalmente
no fígado e no rim. A Trombopoietina estimula a produção das
Plaquetas em um nível 10 vezes acima do valor basal, sem afetar os valores sanguíneos das Hemácias e dos Leucócitos (11,
16, 18, 22).
Avaliação Manual e Automação
As Plaquetas, quando observadas através da Microscopia
Ótica no esfregaço de sangue periférico, apresentam uma aparência simples, onde se mostram como fragmentos citoplasmáticos de aspecto granular. Entretanto a observação através da
Microscopia Eletrônica as Plaquetas possuem diversas formas
discoides e complexas, em consequencia de suas estruturas internas que estão divididas em quatro zonas (1, 15).
Durante muitos anos o Método Manual desenvolvido
por Brecher e Cronkite em 1953 (6) foi considerado o
único para a Contagem de Plaquetas, sendo complementado através da observação morfológica por microscopia
ótica que eram feitas em Esfregaços Sanguíneos corados.
Através das Metodologias Manuais, nem sempre se
podia obter outras informações das Plaquetas, por causa das variações dos volumes e das formas, das altas
capacidades de adesividade e da agregação plaquetária,
além da facilidade de se desintegrarem. Estes fatos muitas vezes dificultavam a identificação das Plaquetas, que
poderiam ser confundidas com artefatos.
Pelos motivos citados anteriormente surgiram diversas Metodologias Manuais: Método Direto, que utiliza
a Câmara de Neubauer, Método de Fonio com sulfato
de magnésio, Método de Fonio modificado que usa anticoagulante de EDTA, Método de Barbara H. O’Connor,
Método de Nosanchuk, Chang & Bennett, Método de Rees-Ecker, Método Alternativo de Estimativa Plaquetária
em Lâmina (9, 20, 25, 27).
Nos dias atuais a Técnica Manual é usada em pequenos laboratórios com poucos recursos tecnológicos, ou
em casos extraordinários para confirmação da contagem
automatizada. Usa-se sangue com anticoagulante EDTA
que é diluído em uma solução de oxalato de amônia para
tas, pela microscopia em contraste de fase. Entretanto
as técnicas manuais são demoradas, subjetivas e com
elevados níveis de imprecisão, por causa da variação
nos resultados, muitas vezes quando a mesma amostra
é analisada por mais de um observador (7, 13). Mesmo
quando as análises das Metodologias Manuais são feitas cuidadosamente, os resultados podem ser enganosos,
principalmente em relação as estimativas dos Volumes
Plaquetários (4, 8).
Com a evolução tecnológica, que ocorreu nos últimos
30 anos, a Contagem Manual de Plaquetas foi substituída pela Contagem Automatizada em amostras de sangue
colhidas com anticoagulante EDTA. Com o advento dos
contadores hematológicos automatizados passaram a ser
rotina, na execução dos Hemogramas, no mínimo, a Contagem das Plaquetas. Na dependência do tipo de modelo
do equipamento hematológico, também encontramos um
conjunto de parâmetros plaquetários, que constituem o
Plaquetograma.
O número total de Plaquetas contadas nos equipamentos automáticos está em torno de 20.000 células (são
duas avaliações de 10.000 Plaquetas), fornecendo um resultado mais fidedigno do que as Metodologias Manuais,
que geralmente contavam no máximo 100 células. Avaliação Plaquetária por Automação é feita pelo Método da
Impedância Elétrica, em equipamento específico denominado Contador Automático de Células Hematológicas,
que possui canais de contagem permitindo diferenciar as
células sanguíneas através dos seus respectivos volumes,
sendo capaz de discriminar as Plaquetas dos Eritrócitos
(5, 7).
Durante as analises dos contadores hematológicos
automatizados, as células de um determinado volume
sanguíneo, passam por um orifício específico que é capaz de identificar, agrupar e separar quem são as Hemácias, os Leucócitos e as Plaquetas. Cada Plaqueta (que
foi separada) ao passar pelo orifício gera a emissão de
um pulso cuja avaliação, estará informando o “tamanho”
do seu volume e a contagem de quantas plaquetas passaram.
A partir das informações obtidas, automaticamente
no próprio equipamento, são feitos determinados cálculos, surgindo os resultados que constituem os exames do
Plaquetograma: Contagem de Plaquetas (Plt /mm3), Volume Médio das Plaquetas ou Volume Plaquetário Médio
(VPM uu3), Índice de Variação dos Volumes Plaquetários ou PDW (Platelet size Distribution Width), Plaquetócrito (Pct %) e o Histograma Plaquetário.
Questões em Relação a Automação nos Resultados
dos Plaquetogramas: Em relação a contagem plaquetária dos equipamentos automáticos, surgiram os seguintes
questionamentos (2, 7):
- Interferência na contagem das Plaquetas da presença de partículas com volumes semelhantes aos das Plaquetas, tais como fragmentos de Eritrócitos, Micrócitos
(Hemácias muito pequenas), que poderiam estar sendo
contados como Plaquetas grandes e ou Complexos Imunológicos.
- Algumas Macroplaquetas e ou Plaquetas Gigantes,
por causa do aumento do volume, poderiam ser identificadas como Eritrócitos pequenos.
Através de trabalhos científicos, estes questionamentos não foram confirmados, porque:
a) Uma Hemácia muito pequena tem volumes que
estão, no mínimo em torno de 30 uu3, e uma Plaqueta
muito grande terá no máximo 20uu3 (23).
b) Em um mesmo sangue antes e depois de ter sido
hemolisado a contagem das Plaquetas //mm3 tiveram
resultados semelhantes, entretanto o número de Hemácias//mm3, teve os seus valores bem diminuídos após o
sangue ter sido hemolisado (24).
Diversos analisadores hematológicos possuem um
método adicional – Citometria de Fluxo – para a Contagem de Plaquetas, que é um método óptico com uso do
laser e que discrimina as Plaquetas dos Eritrócitos, fragmentos de células, macroplaquetas, plaquetas imaturas,
complexos imunológicos e restos celulares. Este método
permite avaliação do volume e conteúdo das células, melhorando a acurácia da contagem de Plaquetas (3, 7, 25,
26, 29).
Vários trabalhos científicos referem que as análises
dos diversos equipamentos para as avaliações plaquetárias por automação, possuem resultados confiáveis e
equivalentes (10, 12, 30, 31). É importante que existam
análises plaquetárias exatas principalmente em casos
com diminuições e ou aumentos dos números de Plaquetas (trombocitopenias e trombocitoses), pois estes casos
20
podem estar associados a doenças graves (19, 27).
Estudo Morfológico das Plaquetas: Em condições
especiais, o Estudo Morfológico das Plaquetas ainda
pode ser executado para se confirmar ou excluir determinadas situações, quando se duvida de alguns resultados nos Plaquetogramas, tais como (21):
- Plaquetas que apresentam anisocitose excessiva,
fato que estará associado ao valor elevado do PDW.
- Presença de muitas Microplaquetas ou de Macroplaquetas, situações que são suspeitadas quando os valores de VPM uu3 estão muito abaixo e ou acima da faixa
de valor normal.
- Na presença de Anomalias Genéticas Hereditárias,
que são situações raras, cujos aspectos morfológicos diferentes estão sendo responsáveis pelo funcionamento
deficiente das Plaquetas no processo de Hemóstase.
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31) Van der Meer PF, Dijkstra-Tiekstra MJ, Mahon A, et al. Counting platelets in platelet concentrates on hematology analyzers: a multicenter comparative study. Transfusion. 49 (1): 81-90, 2009.
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Opinião
A magia do conflito
Pedro Silvano Gunther
[email protected]
Há exatos 20 anos eu estava em Denver, no Congresso
da CLMA (Clinical Laboratory Management Association).
A palestra de abertura, intitulada “The Magic of Conflict”,
foi ministrada por Thomas Crum, um praticante de Aikido
que adaptou os conceitos dessa milenar arte marcial à vida
contemporânea. O livro que ele escreveu sobre o assunto
ainda hoje é um sucesso de vendas e pode ser encontrado
na Amazon.
O que disse Thomas Crum naquele dia? Começou
descrevendo a jornada típica de um gerente de laboratório.
Início de manhã com a recepção lotada de pacientes em
jejum, inquietos. Clima tenso. Logo começam a surgir os
problemas. Dificuldade para colher sangue de um paciente,
queda de um tubo de material já coletado, convênio não
cobre procedimento, e por aí vai. Quem lê esta crônica
conhece melhor do que eu as dificuldades que acompanham
a rotina de qualquer laboratório. Assim como em outros
segmentos de negócios e mesmo na nossa vida particular,
estamos sempre recebendo “socos”.
O curioso é que ele estava vestido de lutador de Aikido e
aí fez uma comparação com o boxe. De que forma devemos
reagir às agressões? Segurar o problema no peito? Levar o
soco “na cara”? Ou antever o golpe, desviá-lo e aproveitar a
própria força do oponente para derrubá-lo?
Segundo Crum, um conflito é uma dança de energia e
se você aceitá-lo, de modo a superá-lo, o aprendizado e o
crescimento acontecem naturalmente. Obviamente, falar é
mais fácil do que fazer. Mas o simples fato de entender essa
lógica já nos alivia e abre uma nova perspectiva. Para os que
quiserem aprofundar-se no tema, o livro descreve técnicas e
fornece exemplos.
Fica claro que a nossa qualidade de vida depende
não do que acontece conosco mas do que fazemos com
o que acontece conosco. Não fugir do problema, não
negar o conflito. Usar sua energia para dar um passo
à frente.
Thomas Crum, vestido de lutador de aikido,
proferindo a palestra.
Prevenção
Uso de vitamina C não previne gripes e resfriados
Com a queda na temperatura nos estados das regiões
Sul e Sudeste do Brasil, é comum que a população
seja acometida por gripes e resfriados e para prevenção, muitos fazem uso diário de cápsulas efervescentes de vitamina C, que são vendidas indiscriminadamente em farmácias e sem necessidade de prescrição
médica. Porém, não há evidência científica que comprove que o uso do nutriente previna o surgimento de infecções como gripe (incluindo o H1N1) e resfriados. O
apontamento é da Sociedade Brasileira de Medicina de
Família e Comunidade (SBMFC), a partir de revisão sistemática do Cochrane Database of Systematic Reviews.
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19º Encontro Nacional
de Biomedicina
2016
AGOSTO
10º Congresso Paulista de Infectologia
50º Congresso Brasileiro de Patologia
Clínica Medicina Laboratorial
Data- 24 a 27
Local-Mendes Convention Center - Santos-/SP
www.infectologiapaulista.org.br/
2º Congresso Brasileiro de Informática
Laboratorial
VII CONGRESSO SUL MINEIRO DE
LABORATÓRIOS CLÍNICOS
O evento será no Centro de Convenções SulAmérica,
no Rio de Janeiro, de 27 a 30 de setembro de 2016.
Mais informações: www.cbpcml.org.br
Data- 26 a 28/08
Local-Centro de Convenções do
Hotel Guanabara-São Lourenço/MG
Informações: www.afarbica.com.br
[email protected]
23º Congresso da ALAPAC/ML
NOVEMBRO
XV Congresso Brasileiro
de Controle de Infecção
e Epidemiologia
Data- 9 a 12 / Minascentro-Belo Horizonte/MG
www.controledeinfecao2016.com.br
OUTUBRO
SETEMBRO
62° CONGRESSO BRASILEIRO DE
GENÉTICA
11 a 14 de setembro de 2016 - Caxambu-MG
21 a 23 de outubro - Botucatu-SP
Mais informações: www.enbm.com.br
email: [email protected]
Tel: (14) 3880-0857
XV Congresso Brasileiro de Biomedicina e o III Congresso Internacional
de Biomedicina
De 19 a 22 de outubro de 2016
Local: Parque de Eventos da
FUNDAPARQUE
Bento Gonçalves/RS.
Inf: www.xvbbiomedicina.com.br
[email protected]
EM
Novembro
2017
O evento acontecerá na sede da AMRIGS, em Porto Alegre.
Informações: (51) 9388 0060, e-mail [email protected] ou www.las.org.br
Anuncie: www.labornews.com.br [email protected]
16 3629-2119 | 99793-9304
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