Anais - União Latino-Americana de Tecnologia
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Anais - União Latino-Americana de Tecnologia
I ERIC I ENCONTRO REGIONAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA Faculdade ULT - União Latino-Americana de Tecnologia 24 a 26 de Outubro de 2012 Faculdade União Latino-Americana de Tecnologia - Jaguariaiva I ERIC UNIÃO LATINO-AMERICANA DE TECNOLOGIA Diretor Geral José Carlos de Carvalho Secretária Geral Sandra Mendes de Souza Coordenações de Curso Daniella Cristina Magossi – Engenharia Florestal Erivelton César Stroparo - Biocombustíveis Rosangela Lascosk Massinhan Direito Os Anais do I Encontro Regional de Iniciação Científica Da União Latino-Americana De Tecnologia foi licenciado com uma Licença Creative Commons 3.0 não adaptada. União Latino-Americana de Tecnologia. Biblioteca Central Anais do I Encontro Regional de Iniciação Científica. Jaguariaiva, 2012. ISSN 1808-8910. 1.Anais. 2. Iniciação científica. CDD : 001.4 Ficha catalográfica elaborada pela ULT /Biblioteca Central Depósito legal na Biblioteca Nacional União Latino-Americana de Tecnologia Rua Santa Catarina, 04 84200-000 – Jaguariaíva– Paraná Fone/fax: (43) 3535-2830 e-mail: [email protected] I Encontro Regional de Iniciação Científica da União-Latino Americana de Tecnologia EQUIPE ORGANIZADORA HELIO FERNANDO DE OLIVEIRA JUNIOR DANIELLA CRISTINA MAGOSSI ERIVELTON CÉSAR STROPARO ROSANGELA LASCOSK MASSINHAN COMISSÃO CIENTÍFICA ADRIANA SANTANNA ALAN MIRANDA DIRCEIA ANTUNES DE OLIVEIRA EDDY CLEBER DALSSOTO FELIPE MARTINS DE OLIVEIRA GEVERSON LUCAS SCHUBBER JEFFERSON MASSINHAN KASSIMA KARINA GIGLIOLLA ALMEIRA ROCHA LEONARDO VON LINSINGEN LILIAN CRISTINA LOPES SCHUBER MARCOS VINICIUS MARTINS BOSSACO RODRIGO SIMIONATO STANLEY MAGNO DE OLIVEIRA MELO VITOR CESAR MIESSA COELHO I Encontro Regional de Iniciação Científica da União-Latino Americana de Tecnologia INSTITUCIONAL A Faculdade Jaguariaíva iniciou suas atividades em fevereiro de 2003 com os cursos de Engenharia Florestal e Turismo, sendo uma turma de cada curso no período noturno. Em 15 de abril de 2003, o Ministério da Educação autorizou o funcionamento do curso de Direito e em junho de 2009 o curso de Turismo teve sua primeira turma reconhecida pelo MEC, deixando de ser ofertado desde então. No mês seguinte houve o reconhecimento do curso de Engenharia Florestal e em outubro de 2010 foi a vez do curso de Direito ter o reconhecimento do MEC. Em 2011 a Faculdade Jaguaráíva inovou mais uma vez ao estabelecer parceria com a ULT – União Latino-Americana de Tecnologia e continuou oferecendo cursos modernos e garantindo a qualidade no ensino. A ULT acredita que a partir de uma sólida formação, os alunos podem concentrar sua área de interesse nas disciplinas que melhor atendam aos seus objetivos particulares de atuação profissional. A qualificação do corpo docente é um grande diferencial da ULT. Os professores são profissionais respeitados, com ampla experiência profissional e acadêmica. Ao decidir ingressar na ULT, o estudante terá o apoio de uma estrutura avançada e projetada para facilitar o acesso ao conhecimento e proporcionar o melhor ensino de nível superior. E mais recentemente, iniciando com o curso Tecnólogo em Biocombust Ao concluir o curso, o aluno levará da ULT o conhecimento teórico e prático em dia com as demandas de sua área, o prestígio e o bom relacionamento com o mercado, além de uma formação profissional de qualidade. I Encontro Regional de Iniciação Científica da União-Latino Americana de Tecnologia APRESENTAÇÃO A Faculdade União Latino-Americana de Tecnologia, por meio da Coordenação de Iniciação Científica e Extensão, com apoio dos Departamentos de Engenharia Florestal, Direito e Biocombustíveis, e de outras instituições e empresas, promoverá de 24 a 26 de Outubro de 2012, o I Encontro Regional de Iniciação Científica. O I ERIC é um evento significativo para o fortalecimento da iniciação científica e pesquisa na região. Espera-se que seus resultados reflitam de forma positiva tanto na região como no Estado. Este evento que pretende consolidar-se como uma das reuniões científicas da área de Iniciação Científica no estado do Paraná, deverá receber um número expressivo de inscritos entre professores, pesquisadores, estudantes e profissionais de diversos segmentos do conhecimento. A qualidade das palestras, apresentações de trabalhos, além da presença de renomados profissionais e pesquisadores, serão características marcantes deste evento que contribuirá decisivamente para o desenvolvimento científico da nossa região. Considerando a sua importância não apenas para o meio acadêmico, como para o município de Jaguariaíva e região, esperamos contar com sua participação. I Encontro Regional de Iniciação Científica Comissão Organizadora do I ERIC I Encontro Regional de Iniciação Científica da União-Latino Americana de Tecnologia SUMÁRIO ESTADO DA ARTE DAS PESQUISAS SOBRE MICROPROPAGAÇÃO DE ESPÉCIES FLORESTAIS FRUTÍFERAS. ................................................................................................................ 10 COMPORTAMENTO DO BUFFER DE Pinus taeda L. (Pinaceae) EM DIFERENTES IDADES. ... 12 ANÁLISE COMPARATIVA NA DETERMINAÇÃO ALTIMÉTRICA EM DUAS DIFERENTES ÁREAS DE ESTUDO UTILIZANDO TOPOGRAFIA CONVENCIONAL E SISTEMAS GLOBAIS DE NAVEGAÇÃO POR SATÉLITE ............................................................................................................. 15 MONITORAMENTO DE UM FRAGMENTO DE VEGETAÇÃO FLORESTAL NO PARQUE AMBIENTAL DR. RUY CUNHA, JAGUARIAÍVA – PARANÁ. ............................................................ 18 RESISTÊNCIA DE MADEIRA DE Tectona grandis l.f. A FUNGOS XILÓFAGOS EM SIMULADOR DE CAMPO. ............................................................................................................................................ 23 AVALIAÇÃO DO PODER CALORÍFICO DE DIFERENTES BIOMASSAS EM EMPRESAS PAPELEIRAS .......................................................................................................................................... 25 EFEITO DE DIFERENTES SUBSTRATOS NO CRESCIMENTO EM VIVEIRO DE Eucalyptus urocam (E. urophylla. S. T. Blake x E. camaldulensis. Dehnh). ......................................................... 27 ANÁLISE IN VITRO DO EFEITO DO EXTRATO HIDROALCOÓLICO DE Tectona grandis Linn. (Verbenaceae) OBTIDO DIFERENTES CONDIÇÕES DE TERMOTRATAMENTO E IN NATURA SOBRE O FUNGO Agrocybes perfecta (Rick) Singer ........................................................................ 30 HERBÁRIO DA FACULDADE ULT – FACULDADE UNIÃO LATINO-AMERICANA DE TECNOLOGIA (FJAR) ........................................................................................................................... 32 AVALIAÇÃO NA QUALIDADE DA CELULOSE FAZENDO COMPARATIVO ENTRE PROCESSO KRAFT CONVENCIONAL E PROCESSO KRAFT COM ADIÇÃO DE ANTRAQUINONA .............. 34 OTIMIZAÇÃO DA TRANSFERÊNCIA DE CALOR NO COLCHÃO DE MDF ANTERIOR A FASE DE PRENSAGEM (MEDIUM DENSITY FIBERBOARD) .................................................................... 37 ANÁLISE DAS ESPÉCIES ARBÓREAS UTILIZADAS PELAS AVES COMO SUBSTRATO PARA A CONSTRUÇÃO DOS NINHOS NO PARQUE ESTADUAL DO CERRADO. ................................ 41 PRODUÇÃO DE ÁLCOOL DE BATATA-DOCE E OTIMIZAÇÃO DO PROCESSO DE HIDRÓLISE VIA ENZIMAS PURIFICADAS ............................................................................................................... 45 CRIAÇÃO DE UM SIG UTILIZANDO UM SOFTWARE LIVRE E OUTRO DE BAIXO CUSTO PARA O PRODUTOR FLORESTAL ..................................................................................................... 47 ESTUDO COMPARATIVO DO CRESCIMENTO ENTRE 4 ESPÉCIES DE Eucalyptus (Myrtaceae). ............................................................................................................................................ 50 DEFORMAÇÃO CÔNCAVA (ENCANOAMENTO) NO PROCESSO DE FABRICAÇÃO DE MOLDURAS FLAT JAMBS.................................................................................................................... 51 A INTER-RELAÇÃO DA MATA CILAR COM O MEIO ........................................................................ 53 I Encontro Regional de Iniciação Científica da União-Latino Americana de Tecnologia ANÁLISE QUANTITATIVA DE DADOS PARA AJUSTE ESTATÍSTICO DE RELAÇÃO HIPSOMÉTRICA PARA UM POVOAMENTO DE Pinus elliottii NA REGIÃO DE ITAPIRAPUÃ PAULISTA – SP...................................................................................................................................... 55 USO DO FATOR DE FORMA NO AJUSTE DE EQUAÇÕES DE ESTIMATIVA DE VOLUME INDIVIDUAL ............................................................................................................................................ 59 AÇÃO DO FUNGO XILÓFAGO Agrocybes perfecta (Rick) E A INFLUÊNCIA DE TERMOTRATAMENTO NA ANATOMIA DOS ELEMENTOS TRAQUEAIS E FIBRAS DE Tectona grandis Linn. (Verbenaceae) ................................................................................................................. 62 WPC – WOOD PLASTIC COMPOSITE NO USO DE VIGAS ESTRUTURAIS ................................ 64 ESTADO DA ARTE NA DAS PESQUISA EM ANATOMIA VEGETAL NO BRASIL. ....................... 66 AVALIAÇÃO DA PRODUÇÃO DE ÓLEO A PARTIR DE MICROALGAS EM AMBIENTE NORMAL E SOB CONDIÇÕES DE STRESS ....................................................................................................... 69 TRANSFORMAÇÃO DE METRO ESTÉREO (ST) DE MADEIRA PARA ENERGIA EM TON. ...... 71 TRATAMENTO DE EFLUENTES LÍQUIDOS DA INDÚSTRIA DE PAPEL IMPRENSA EMPREGANDO OZÔNIO. ..................................................................................................................... 73 AVALIAÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA DE POVOAMENTO DE Eucaliptus grandis NA FAZENDA SANTO INÁCIO – RIVERSUL/SP ...................................................................................... 76 ANÁLISE DOS RESULTADOS DE TESTES DE TRAÇÃO PERPENDICULAR DE MDF COM DIFERENTES DENSIDADES E TEORES DE RESINA. .................................................................... 83 REVISÃO DE CONCEITOS SOBRE FATORES HUMANOS E CONDIÇÕES DE TRABALHO NA ÁREA FLORESTAL ................................................................................................................................ 85 VIABILIDADE ECONÔMICA DE UMA ÁREA DE PRODUÇÃO DE SEMENTES DE Eucalyptus dunnii Maiden (Myrtaceae) .................................................................................................................... 87 Percepção de jovens e adolescentes com relação ao Marketing Ambiental e “Greenwashing”. .... 90 CONTRIBUIÇÃO ESPECIAL OU PARAFISCAL COMO CONTRIBUIÇÃO CORPORATIVA À OAB .................................................................................................................................................................. 97 O DIREITO PENAL SIMBÓLICO COMO UM RESULTADO DO IRRACIONALISMO PÓSMODERNO ATRAVÉS DA BIOÉTICA NA SOCIEDADE BRASILEIRA URBANIZADA ................ 103 I Encontro Regional de Iniciação Científica da União-Latino Americana de Tecnologia RESUMOS I Encontro Regional de Iniciação Científica da União-Latino Americana de Tecnologia ESTADO DA ARTE DAS PESQUISAS SOBRE MICROPROPAGAÇÃO DE ESPÉCIES FLORESTAIS FRUTÍFERAS. Sabrina da CUNHA CAMPOS, Hélio Fernando de OLIVEIRA JUNIOR. Faculdade ULT – União LatinoAmericana de Tecnologia. E-Mail: [email protected] Resumo: O artigo caracteriza a técnica de cultura de tecidos in vitro como forma de propagação de espécies florestais frutíferas pois, como o Brasil possui destaque na produção de frutas no mundo, ficando atrás apenas da China e da Índia, necessitando de grandes produções, a micropropagação torna-se muito favorecida, considerando que uma das suas inúmeras vantagens é a possibilidade de multiplicar grandes quantidades de uma espécie numa área reduzida, o que pode aumentar ainda mais o destaque brasileiro no comércio mundial de frutas. O objetivo deste trabalho foi tornar público uma analise bibliográfica, tal como o estado da arte das pesquisas sobre micropropagação de espécies florestais frutíferas, realizadas no período de 1989 a 2011, disponíveis no Banco de Teses da Capes. Foram analisadas 625 estudos sobre micropropagação, onde 81 possuíam frutíferas como seu tema principal. Palavras Chave: Micropropagação. Frutíferas. Estado da Arte Introdução A cultura de tecidos é um conjunto de técnicas e metodologias que utilizam fragmentos de tecidos vivos, chamados explantes, com o objetivo de produzir órgãos, como brotos, raízes ou embriões somáticos que regeneram uma planta completa em um meio de cultivo nutritivo e em condições assépticas e favoráveis (CARVALHO,1999). A micropropagação é indiscutivelmente a técnica de cultura de tecidos mais usada atualmente devido as suas inúmeras vantagens, como a possibilidade de multiplicar grandes quantidades de plantas em uma área reduzida e a redução do tempo de multiplicação dos tecidos.(LAMEIRA, LEMOS, MENEZES, PINTO, 2000). Como o Brasil, depois da China e da Índia, é o maior produtor de frutas no mundo (BASTOS, MELLO, OLIVEIRA, PINTO, RIBEIRO,2010), o uso da micropropagação para a produção de frutíferas é de extrema importância, o que é provado pelas inúmeras pesquisas realizadas sobre o assunto. Com isso, o presente trabalho tem como objetivo analisar a bibliografia contida no Banco de Teses da Capes em relação à micropropagação de espécies florestais frutíferas. Material e Métodos O trabalho caracteriza-se como uma análise bibliográfica realizada a partir da leitura dos resumos de teses e dissertações encontradas no Banco de Teses da Capes. Com o assunto micropropagação, foram encontrados e analisados 625 e, os que possuíam o tema relacionado à micropropagação de espécies florestais frutíferas foram dispostos num banco de dados. Resultados e Discussão Através das analises realizadas nos resumos, foram encontrados 61 dissertações de mestrado e 20 teses de doutorado, totalizando 81 estudos relacionados à micropropagação de espécies florestais frutíferas que foram defendidas no período de 1989 a 2011, com destaque para as pesquisas relacionadas à macieira (Malus sp) que contou com 17 estudos, sendo 13 dissertações e 4 teses. Conclusões A conclusão do trabalho está em andamento. I Encontro Regional de Iniciação Científica da União-Latino Americana de Tecnologia Referências LAMEIRA, O.A.; LEMOS, O.F.; MENEZES, I.C. de; PINTO, J.E.B.P. Cultura de tecidos (manual). Belém: Embrapa Amazônia Oriental, 2000. 41p. (Embrapa Amazônia Oriental. Documentos, 66). CARVALHO, J.M.F.C. Técnicas de micropropagação. Campina Grande: EMBRAPA-CNPA, 1999. 39p. (Embrapa CNPA. Documento, 64). RIBEIRO, J. M.; BASTOS, D. C.; MELO, N. F. de; OLIVEIRA, E. A. G. de; PINTO, M. dos S. T. Produção de mudas micropropagadas de videira, maguenira e goiabeira. Petrolina: Embrapa Semiárido, 2010. 21p. ( Embrapa Semiárido, Documento, 232). VASCO, A. P.; ZAKRZEVSKI, S. B. B. O ESTADO DA ARTE DAS PESQUISAS SOBRE PERCEPÇÃO AMBIENTAL NO BRASIL. Erechim: Perspectiva, 2010. p.17-28. v.34, n.125. I Encontro Regional de Iniciação Científica 11 COMPORTAMENTO DO BUFFER DE Pinus taeda L. (Pinaceae) EM DIFERENTES IDADES. Rurian Ribeiro de MELO. Daniella Cristina MAGOSSI. União Latino Americana de Tecnologia, Jaguariaiva, Engenharia Florestal. E-Mail: [email protected]. Resumo: Esta pesquisa está em fase de análise e retrata no cenário fabril produtores de painéis, celulose e papel, o comportamento da condição de tamponamento de Pinus taeda L. em cinco diferentes idades que circundam as mesmas utilizadas durante estes processos produtivos, mostrando como se apurar estes resultados a partir da metodologia de análise, e suas vantagens buscando assim conhecer esta variável bem como as variações de qualidade que estão correlacionadas com esta capacidade química da madeira que pode interferir diretamente na qualidade do produto final, fazendo com que os produtores possam obter conhecimento e domínio sobre o processo refletindo na sua atividade fabril e empresarial. A condição de tamponamento também conhecida como Buffer é pouco conhecida, portanto este objetiva conhecer esta capacidade química através de análises laboratoriais. Esta capacidade têm ligação direta ao processo natural de decomposição devido aumento de ácido orgânico que reflete diretamente no potencial hidrogenioiônico que afeta a capacidade tamponante, podendo refletir em variações nos processos produtivos podendo afetar a qualidade do produto. Palavras Chave: Tamponamento. Processo. Qualidade. Introdução A capacidade tamponante de uma solução tampão é, qualitativamente, a habilidade desta solução de resistir a mudanças de pH frente a adições de um ácido ou de uma base. Quantitativamente, a capacidade tampão de uma solução é definida como a quantidade de matéria de um ácido forte ou uma base forte necessária para que 1,00 L de solução tampão apresente uma mudança de uma unidade no pH (Skoog et al., 1996). A razão fundamental de uma solução tampão resistir a mudanças de pH resulta do fato de que íons hidroxônio ou hidroxila quando adicionados a este tipo de solução, reagem quantitativamente com as espécies básicas e ácidas presentes, originando o ácido fraco e a base fraca, respectivamente. Intuitivamente, é fácil constatar que quanto maior a concentração das espécies do tampão, maior será a quantidade de íons hidroxônio ou íons hidroxila necessários para a conversão completa dessas espécies a ácidos fracos e bases fracas. Ao final desta conversão, a razão entre a espécie predominante e a de menor quantidade do tampão torna-se elevada e a solução deixa de ser um tampão. A solução feita através da análise de buffer da madeira resulta numa solução com ácidos fracos que possuem capacidade de equilibrar o pH da solução em meio a um ácido forte. O ácido é classificado como forte ou fraco pela sua capacidade de troca iônica pela liberação de hidrogênio na solução. Sendo que o ácido forte possui a capacidade de liberar íons H+ baixando o pH da solução. O acido fraco também libera íons H+ porém tem a capacidade de manter o equilíbrio do pH da solução até um ponto de saturação. Sendo que a partir disso a acidez da solução não é mais equilibrada. I Encontro Regional de Iniciação Científica da União-Latino Americana de Tecnologia Em processos fabris a questão ainda é pouco conhecida, porém é de grande importância, pois a partir dos resultados desta pode se indicar a capacidade de absorver variações de pH no decorrer do processo podendo então se ter maior controle. Em produções madeireiras geralmente de painéis onde se utilizam resinas a base de uréia, melamina, e fenol formol o pH é uma variável importante pois possui relação direta com o tempo de cura da resina sendo que quanto menor o pH menor será o tempo de cura. Em processos de produção de painéis em prensas continuas os problemas podem ser estender a sobrecura também chamada de pré cura que é caracterizada pela quebra dos polímeros devido a rápida reação química resultando em menores resultados de resistência o que é o fator primordial para a produção e qualidade do produto. Em produções de celulose e papel o pH da madeira é uma variável que pode influenciar na instabilidade da fibra, resultando diretamente no produto final devido problemas de uniformização e homogeneidade da fibra quanto ao tamanho da parede celular influenciando diretamente na resistência e estabilidade do produto onde quanto menor o pH, mais enrijecida a fibra e quanto menor o pH a fibra incha facilitando a desfiblilação melhorando assim entrelaçamento entre as fibras melhorando o acabamento superficial assim como a resistência do papel. Sendo assim esta condição de tamponamento alia-se ao processo como uma fonte de equilíbrio. A madeira é consideravelmente resistente a ação de solventes e de substâncias químicas. Não se conhece qualquer solvente capaz de dissolver a madeira sem que ocorra um ataque químico. Em parte tal característica é decorrente da complexa estrutura química da madeira: a aplicação de um solvente ou a reação com uma substância química que pode ter efeito em alguns dos componentes químicos da madeira pode não ter qualquer ação sobre os demais constituintes. A diferença de comportamento da lignina e dos polissacarídeos evidencia esta característica, permitindo até a sua separação. A madeira não é atacada em temperatura ambiente por solventes neutros e água fria, os quais solubilizam somente substâncias extrativas. Esta extração é relativamente rápida se a madeira for reduzida a pequenos pedaços, e a quantidade de substâncias extraídas não aumenta de forma significativa depois de certo tempo, mesmo utilizando-se novas quantidades do solvente. A quantidade de substância extraída pela água I Encontro Regional de Iniciação Científica aumenta significativamente com a elevação da temperatura. Tal fato decorre do aumento de acidez causada pela hidrólise dos grupos acetila formando ácido acético. O pH do extrato chega a 3,5 ~ 4,5. Então praticamente ocorre uma extração com ácido fraco e aparecem produtos de hidrólise tanto de polissacarídeos como de lignina. Ao contrário do que ocorre com a água fria, a quantidade de substâncias extraídas com água quente aumenta com o aumento do tempo de extração. O Buffer é uma análise que têm a finalidade de medir a quantidade em ml de ácido forte titulado em uma solução com CT (capacidade tamponante). Logo a quantidade de acido gasta resulta na faixa de absorção de variações e de sustentar o equilíbrio da solução. Teoricamente quanto ao pH da madeira a quanto mais velha, maior quantidade de ácido orgânico devido a degradação do material e as demais condições de envelhecimento. Logo tendo menor pH resultando em uma menor faixa de absorção de variação pois o limite de saturação é dada a uma faixa padrão. As madeiras mais jovens possuem uma maior capacidade de tamponamento, pois o processo de degradação é pequeno. Logo a condição de absorver variações de ph é maior. Material e Métodos Os ensaios serão realizados com 20 amostras de cavaco de Pinus taeda L. de 5, 8, 14, 18 e 22 anos para cada idade coletadas de um povoamento homogêneo com as mesmas condições de sitio. Logo para estas será adotada a metodologia específica para Ph: Então os dados serão base para elaboração de Indicadores Utilizar como suporte pesquisas bibliográficas e artigos específicos relacionados à área para a indicação dos efeitos e variações desta variável. Resultados e Discussão O material apresenta-se em fase de análise. Agradecimentos A todos os envolvidos que auxiliam e participam para esta fase de aprendizado. Referências Condições de tamponamento disponível em: http://www.grupoocka.com.br/index.php?option=c om_content&view=article&id=85&Itemid=66 13 http://www.scielo.br/pdf/qn/v23n3/2828.pdf http://ipef.br/publicacoes/scientia/nr10/cap05.pdf http://www.revistaret.com.br/ojs2.2.3/index.php/ret/article/view/16 http://www.ipef.br/publicacoes/ctecnica/nr068.pdf Química da madeira disponível em: http://www.madeira.ufpr.br/disciplinasklock/quimic adamadeira/quimicadamadeira.pdf pH e condutividade disponível em: http://pt.scribd.com/doc/47215033/A-importanciada-medicoes-de-pH-e-condutividade-para-aindustria-de-celulose-e-papel-Luiz-Antonio I Encontro Regional de Iniciação Científica 14 ANÁLISE COMPARATIVA NA DETERMINAÇÃO ALTIMÉTRICA EM DUAS DIFERENTES ÁREAS DE ESTUDO UTILIZANDO TOPOGRAFIA CONVENCIONAL E SISTEMAS GLOBAIS DE NAVEGAÇÃO POR SATÉLITE Rubens BASSANI NETO, Daniela Cristina MAGOSSI.. Faculdade União Latino-Americana Tecnológica, Campus Jaguariaíva, Engenharia Florestal. E-Mail: [email protected] Resumo: O estudo altimétrico de um terreno planimétricamente conhecido subsidia a área de engenharia em geral para diversos estudos. Qualquer novo empreendimento necessita preliminarmente de uma planta planialtimétrica, para assim auxiliar nas tomadas de decisões sobre este novo empreendimento. Os equipamentos de topografia possuem algumas limitações, por isso os receptores GNSS estão cada vez mais sendo utilizados com finalidade topográfica. Para se utilizar de métodos geodésicos para determinação altimétrica deve-se conhecer a ondulação geoidal do local em estudo. Nos dias atuais onde a concorrência é muito grande, o estudo para executar um trabalho com maior qualidade, produtividade e por consequência um menor custo, tem grande relevância. Este estudo teve como objetivo comparar a qualidade, a produtividade e o menor custo entre o método de topografia convencional e o método geodésico com receptores GNSS em área sem e com cobertura vegetal. Neste estudo foram implantados 20 pontos nas duas áreas estudadas e em cada área foi executado o nivelamento geométrico com o nível automático (topografia convencional) e o levantamento altimétrico com o receptor GNSS com dois tempos de ocupação 5 e 30 minutos. Foi cronometrado o tempo de cada levantamento em cada área para avaliar a produtividade e posteriormente os custos. O estudo ainda está sendo realizado, portanto não foi possível obter os resultados e as conclusões. Palavras Chave: Altimetria. Topografia convencional. GNSS. Introdução O estudo altimétrico de um terreno planimétricamente conhecido subsidia a área de engenharia em geral para diversos estudos. Para Espartel (1977) todo e qualquer empreendimento, seja nas construções civis, nas áreas florestais, na área de hidráulica (estudo de barragens), ou similares, tem que necessariamente ser precedido por uma planta planialtimétrica, a qual direcionará as tomadas de decisões referentes à implantação do empreendimento. Segundo Weber Corseuil e Dias Robaina (2003), equipamentos de topografia convencional possuem algumas dificuldades, como a intervisibilidade entre os pontos, automação e eficiência na coleta de dados, e transporte simultâneo de coordenadas tridimensionais (X, Y, Z) a qualquer período do dia. Com base nessa problemática os Sistemas Globais de Navegação por Satélites (GNSS – Global Navigation Satellite Systems) vem sendo muito utilizados na área da geodésica com finalidade topográfica, pois eles minimizam ou anulam todas essas dificuldades existentes nos equipamentos de topografia convencional. Como todo equipamento possui suas limitações, de acordo com Antunes (1995), a característica de intervisibilidade com os satélites dificulta a operacionalidade e a eficácia do sistema em zonas urbanas e de vegetação alta. Quando irá utilizar-se receptor GNSS na determinação altimétrica, surge a dúvida de qual é o tempo necessário para que os resultados obtidos I Encontro Regional de Iniciação Científica da União-Latino Americana de Tecnologia sejam precisos, podendo assim substituir de forma correta os equipamentos de topografia convencional. Segundo o IBGE (2012) quando uma altitude é obtida utilizando métodos geodésicos deve-se conhecer a ondulação geoidal (diferença entre a superfície do geóide e do elipsóide) para aquele local de trabalho, pois as altitudes determinadas utilizando equipamentos geodésicos estão relacionadas a um elipsoide de referência e não ao nível médio do mar. Nos dias atuais onde a concorrência é muito grande, o estudo para executar um trabalho com maior qualidade, produtividade e por consequência um menor custo, tem grande relevância. Portando este estudo pauta-se em desenvolver um estudo comparativo para determinação altimétrica utilizando os Sistemas Globais de Navegação por Satélite (GPS e GLONASS), com dois tempos de ocupação e topografia convencional, em duas diferentes áreas de estudo, sendo uma sem cobertura vegetal, ou seja, área aberta e outra com cobertura vegetal. Material e Métodos Foi escolhido uma área sem nenhuma influência de cobertura vegetal e uma com cobertura vegetal, sendo esta um reflorestamento de pinus com espaçamento de 3 x 2m, sendo ambas localizadas próximas a sede do município de Arapoti-PR. Após o reconhecimento das áreas de estudos, foram implantados aleatoriamente, em cada área, 10 piquetes de madeira, com equidistâncias de aproximadamente 20m entre eles. O ponto de apoio básico planialtimétrico utilizado como referência foi um marco de concreto implantado na sede da empresa Topssani, localizado na Rua Francisco Luiz Esteves nº 206 no Bairro Jardim Bosque, na cidade de Arapoti-PR. Através deste ponto de apoio básico foram rastreados, utilizando o receptor GNSS Hiper, da marca Topcon, com dupla-frequência, dois piquetes de madeira, próximos às áreas em estudo, os quais foram os pontos de apoio topográficos altimétricos utilizados como referência local. Na sequência foi executado o duplonivelamento geométrico com o nível automático de precisão da marca Ruide, modelo RL20, nos pontos implantados em cada área em estudo, tendo como referência os pontos de apoio topográficos altimétricos. A metodologia empregada do duplo nivelamento se caracterizou como imprescindível pelo grau de precisão, portanto foi utilizada como testemunha para análise comparativa com os I Encontro Regional de Iniciação Científica resultados obtidos no levantamento posterior com o receptor GNSS. Para o nivelamento geométrico dos pontos materializados utilizando o nível, foi seguido todas as especificações estabelecidas pela NBR 13.133. O nivelamento foi executado conforme a classe IIN. O levantamento altimétrico utilizando o receptor GNSS teve como recomendações as nomas do IBGE e também a norma escrita pelo INCRA. Tanto o nivelamento geométrico utilizando o duplo-nivelamento quanto o levantamento altimétrico com o receptor GNSS foi cronometrado o tempo gasto para posterior análise da produtividade e do custo para cada levantamento. O resultado do nivelamento geométrico foi obtido utilizando o programa posição da Manfra & Cia Ltda, versão 3.5.0.3 e o resultado dos dados coletados pelo receptor GNSS foi obtido através do processamento dos dados utilizando o programa Topcon Tools, da empresa Topcon Positioninig Systems, versão 7.5.1. Resultados e Discussão Ainda não foi possível obter os resultados deste trabalho, pois o estudo ainda está sendo analisado. Agradecimentos A Deus. Ao meu pai Rubens Ferraz Bassani. Aos meus colegas de turma. A empresa Topssani serviços topográficos. Referências ANTUNES, C. Levantamentos Topográficos: Apontamentos de Topografia. Lisboa: Faculdade de Ciências: Universidade de Lisboa, 2010. ESPARTEL, L. Curso de Topografia. 5. ed. Porto Alegre: Globo, 1977.655 p. CORSEUIL, C.W.; ROBAINA, A.D. Determinação altimétrica através do sistema de posicionamento global. Mira, Santa Maria, v.33, n.5, 2003. IBGE. Especificações e Normas Gerais para Levantamentos GPS: versão preliminar. Rio de Janeiro: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 1993. NBR 13.133. Execução de Levantamentos Topográficos. Rio de Janeiro. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 1994. 16 INCRA. Norma Georreferenciamento Brasília, 2010. de I Encontro Regional de Iniciação Científica Técnica Imóveis para Rurais. 17 MONITORAMENTO DE UM FRAGMENTO DE VEGETAÇÃO FLORESTAL NO PARQUE AMBIENTAL DR. RUY CUNHA, JAGUARIAÍVA – PARANÁ. Rafael GONÇALVES. Osmael PORTELA. Faculdade ULT- União Latino-America de Tecnologia, Engenharia Florestal. E-Mail: [email protected]. Resumo: O Parque Ambiental Dr. Ruy Cunha foi reinaugurado em 2010 com objetivo de preservação do patrimônio histórico, educação ambiental, lazer e estudo cientifico. O Estado do Paraná apresenta a paisagem muito fragmento devido ao modelo de desenvolvimento adotado, os estudos de recuperação de área degrada são fundamentais para embasar ações conservacionistas. O presente estudo visa complementar os estudos da monografia do João Paulo Salles devido o período de estudo curto, onde os dados obtidos e somado este trabalho servirá pra futuras atividades para a sustentabilidade para a área. Onde o presente estudo visa analisar o incremento da Estrutura Horizontal de um trecho de floresta Ombrófila Mista em um intervalo de 24 meses a partir do trabalho realizado no local anteriormente. Bem como levantar e analisar as espécies do banco de sementes no Parque Ambiental Dr. Ruy Cunha. Esta pesquisa possui caráter de monitorar a estrutura horizontal, qualitativo e quantitativo, classificando como sendo de natureza exploratória. A estrutura horizontal permite a determinação da densidade, dominância frequência e importância das espécies na floresta e analisa o estágio e desenvolvimento desta floresta com base na distribuição das espécies nos diferentes estratos. A área da pesquisa apresenta um total de 10,42 ha onde foram amostradas nove (09) parcelas de 200 m², totalizando uma área de 1800 m², Todas as parcelas foram georreferenciadas na extremidade superior esquerda, para monitoramento, as unidades amostrais foram locadas de forma aleatória e dentro da parcela permanente de forma sistemática. A quantidade de parcelas amostradas foi determinada pela curva coletora, desenvolvida através do Software Mata Nativa 3, desenvolvido pela Cientec. O uso da curva do coletor é determinado para a suficiência amostral em estudos Fitossociológico sendo uma técnica usual. Palavras Chave: Fitossociologia. Monitoramento de fragmento florestal. Banco de semente. Introdução Parque Ambiental Dr. Ruy Cunha está localizado em Jaguariaíva que vem do Tupi, “Tyaguariahibá” rio da onça brava esta denominada e referência ao rio da Jaguariaíva que corta o município, que consta em antigos mapas cartográficos criados a partir do século XVII, nomeados pelos paulistas que utilizava a rota dos tropeiros que cruzavam os campos gerais utilizadas por muares e extensas e com isso necessitava de descanso para a tropa e tropeiros, com o passado do tempo vem à necessidade e interesse da criação e preservação do parque onde conta a historia do surgimento da cidade de extrema importância para a população no ano de 2003, I Encontro Regional de Iniciação Científica da União-Latino Americana de Tecnologia o parque foi inaugurado e nomeado Parque Ambiental Dr. Ruy Cunha pela Lei Nº 1564/2003 de 03 setembro de 2003. Com interesse de conscientização, estudo cientifica e preservação do patrimônio histórico da criação do município. (IBGE 2012). O Paraná apresenta a maior extensão desta formação, onde e constituída por araucária angustifólia (Bertol.) O. kuntze, isso ajudo para o intenso desmatamento da cobertura florestal do estado do Paraná. O Brasil por ser considerar a ocorrência dos diversos biomas: Floresta pluvial (Amazônica e Atlântica) a Floresta temperada quente, a Floresta Estacional (Semi-decidual e Decidual) o Cerrado e Caatinga, Campos e Pantanal, sendo que a localização geográfica destes biomas, segundo RIBEIRO E WALTER (1993), é condicionada, predominantemente por fatores climático e edáficos. Nas regiões sul e sudeste, as florestas tropicais vêm sofrendo um aumento constante de intensidade, frequência e tamanho das perturbações antrópicas, mas, muitas vezes, é possível recuperar a cobertura florestal através da regeneração natural (Viana 1987). O manejo deve utilizar uma ferramenta básica a Levantamento Fitossociológico que tem por objetivo a quantificação da composição florística, estrutura, funcionamento, dinâmica e distribuição de uma determinada vegetação, utilizando o levantamento de parcela múltipla, que consiste em estabelecer várias parcelas em vários locais da comunidade vegetal. O levantamento floristicos e Fitossociológico tem fornecido informações importantes para a compreensão dos padrões biogeográficos e subsidiado a determinação de áreas prioritárias para a conservação (FELFILI, 2000). Inventario florestal e toda a atividade tem por objetivo quantificação e qualificação da floresta (fauna e flora, etc.), tendo em vista a produção de madeira e outros produtos de conservação ambiental, utilizado técnicas estatísticas de amostragem, e de estrema importância à conservação da biodiversidade, adotar técnica apropriada à recuperação (JOÃO PAULO SALLES). Os fragmentos florestais remanescentes são definidos como qualquer área de vegetação natural, interrompida por barreiras antrópicas ou naturais capazes de diminuir significativamente o fluxo de animais, pólen e/ou sementes (VIANA, 1990). Parcela Permanente tem sido largamente usada para estudar o comportamento de florestas manejadas com relação a sua composição, crescimento, ingresso de novas plantas e mortalidade (Chiew and Garcia 1989; Primack et al. 1989; Rai 1989; Silva et al. 1996). Embora necessitem de algum investimento que demandem muito tempo e esforço a campo para a instalação e medição, as parcelas permanentes constituem a mais importante ferramenta para estudos do manejo florestal e da ecologia, pois são, e continuarão sendo por muito tempo, um dos principais pilares sobre o qual nosso entendimento de florestas tropicais é construído (Sheil, 1995). Segundo LONGHI et al. (2000) para caracterização arbórea de uma determinada área, e necessário reconhecer as espécies presentes no local e fazer uma avaliação da estrutura horizontal da floresta como objetivo verificar o seu desenvolvimento. A estrutura horizontal permite a determinação da densidade, dominância frequência e importância das espécies na floresta e analisa I Encontro Regional de Iniciação Científica da União-Latino Americana de Tecnologia o estágio e desenvolvimento desta floresta com base na distribuição das espécies nos diferentes estratos. Material e Métodos A região de Jaguariaíva, pelo censo do IBGE 2012, mostra o município de Jaguariaíva situado na Zona Fisiográfica dos Campos Gerais, limitando ao sul com os municípios de Piraí do Sul e Cerro Azul; ao norte como o município de Arapoti e Wenceslau Braz; a leste, com o município de Sengés. Possui uma população total de 32.606 habitantes em uma área de 1.453 km2. Os Biomas que cobrem o município são os de Cerrado e Mata Atlântica. ““A cidade de Jaguariaíva está localizada em uma colina formada na confluência dos rios Capivari e Jaguariaíva, na margem esquerda deste, encontra-se na posição geográfica de 24º14’49” de latitude Sul e 49º42’23” de longitude Oeste de Greenwich. A altitude é de 840 metros na sede municipal. O clima é salubre e agradável, principalmente na região dos Campos (João Paulo Salles). O principal acidente geográfico do município é o rio Jaguariaíva, que corre na direção de sul para norte, servindo de limite com o município de Sengés. Segue-se o rio Capivari, que corre, também, na direção de sul para norte. Ambos não apresentam condições de navegabilidade, principalmente pela sequencia de cachoeiras que se forma, nos seus cursos (IBGE, 2012). Segundo NIMER et. al. (1979), a região é compreendida pelos municípios de Arapoti, Jaguariaíva e Sengés, localizada na porção centrooriental do estado do Paraná, apresenta características típicas de regiões com climas subtropicais, sendo relevantes os seguintes dados: a) Temperatura máxima média de 29 ºC e mínima média de 16 ºC possui pluviosidade média de 1600 mm e umidade relativa do ar de 35 %; e b) Esta região é compreendida pelo clima subtropical apresenta duas variações na classificação de Koeppen, Cfa e Cfb. O subtropical Cfa é de verões quentes e chuvas bem distribuídas, que podem atingir 2000 mm por ano, e a temperatura média anual de 19 ºC e o clima subtropical cfb, com verões amenos, tem chuvas bem distribuídas no ano, algo em torno de 1500 mm e temperaturas médias anuais em torno dos 17 ºC. De acordo com MAACK (1981), região ocorre no segundo planalto, de domínio dos sedimentos paleozoicos e mesozoicos não perturbados por movimentos orogênicos, suavemente inclinados para Oeste, Sudoeste e Noroeste. Devido a esta inclinação, formam-se paisagens típicas de escarpas com as testas voltadas para Leste. São característicos os arenitos grosseiros da formação Furnas (BIGARELLA et al., 1966 & SCHNEIDER et al., 1974), sobre os quais a formação Ponta Grossa sobrepõe-se concordantemente com seus sedimentos de granulação fina (SALAMUNI, 1969 & KAUL, 1990). Na região afloram ainda rochas sedimentares da formação Itararé (SCHOBBENHAUS et al., 1984). Geomorficamente a superfície quase sempre se constitui de formas arredondadas (BIGARELLA et al., 1966), exceto pelo encaixamento característico da rede de drenagem (HERMANN & ROSA, 1990). Coleta de dados O levantamento de campo foi efetuado nos meses de janeiro a outubro de 2012, com as realocações das parcelas e coletas de dados e numeração das arvores e coleta das exsicatas pra herbário do parque Ambiental Dr. Ruy Cunha. (Autorização Municipal – Oficio 130/2010, onde foi concedida a permissão pela Prefeitura do município para entrada e realização das coletas a campo). A área para a instalação das parcelas foi determinada através da análise dos fragmentos incorporados ao Parque Ambiental Dr. Ruy Cunha, localizado na Rua Porto Velho, próximo ao Rio Jaguariaíva, conforme as coordenadas. As mesmas foram escolhidas com base na distribuição do método de amostragem aleatório simples e seu posicionamento de forma sistemáticas, sempre os quadrantes 3 e 4 direcionados ao Norte, e no seu interior de forma sistemática, sendo uma estrutura de amostragem mista, e georreferenciadas nas extremidade inferior direita, totalizando 09 parcelas, as quais foram subdivididas em 4 quadrantes. O quadrante 1 com coleta de banco de semente , e no quadrante 4 levantamento da regeneração natural. Para sua delimitação foi realizada na forma de esquadrejamento. Suas extremidades foram demarcadas com estacas de 1,5m de altura, aproximadamente 40 cm fixado no solo, permanecendo 1,1m de altura e com ponteiras branco-vermelhas para melhor visualização I Encontro Regional de Iniciação Científica da União-Latino Americana de Tecnologia delimitada com fio de algodão e numeradas as arvores com o código do mata nativa 3. Para a realização do levantamento fitossociológico foram utilizadas parcelas retangulares com dimensões padronizadas em 200m² (20 x 10m), as quais foram distribuídas aleatoriamente no campo e georreferenciadas com GPS modelo B1 Coletor BT. O levantamento foi executado por quadrantes, anotando-se o posicionamento de cada indivíduo dentro das parcelas. Foram coletadas amostras para produção de exsicatas de todas as espécies para identificação no herbário da ULT – Faculdade Jaguariaíva (JOÃO PAULO SALLES). Resultados e Discussão A área da pesquisa apresenta um total de 10,42 ha onde foram amostradas nove (09) parcelas de 200 m², totalizando uma área de 1800 m² Figura 01. As unidades amostrais foram locadas de forma aleatória e dentro da parcela de forma sistemática, sendo que os indivíduos com CAP maior que 15 cm. Figura 1. Localização das parcelas. O uso da curva do coletor é determinado para a suficiência amostral em estudos fitossociológico sendo uma técnica usual. Conclusões O presente trabalho esta em fase de campo até o momento. Agradecimentos Aos meus familiares principalmente aos meus pais e irmão pelo apoio, compreensão e dedicação. Ao Prof. Leonardo Von Linsingen, Osmael Portela, Daniella Mangossi e todos os demais Professores pela dedicação nas correções e orientações neste período de aprendizado. Aos meus colegas que ajudaram a realizar o trabalho de conclusão de curso Leandro dos Santos, Anderson, Juarez Borges, Carlos Fagundes Filho, João Paulo Salles, Tony Andrey Bichinshy Teixeira. E muitas novas amizades nesses cinco anos se criaram, e nunca esquecereis dona Marineia Simões, Antonio Assis Simões, Roselaine Simões, Paulo e sua família e todos do restaurante minas. A turma de 2008 nessa caminha de cinco anos que não foram fáceis dias de dificuldade e alegria, principalmente Franciele Toledo Moreira e Pricila Pizzol pela sua paciência e amizades que nunca esquecereis. Fonte: Google Earth, adaptado pelo JOÃO PAULO SALLES, 2010. A quantidade de parcelas amostradas foi determinada pela curva coletora, desenvolvida através do Software Mata Nativa 3, desenvolvido pela Cientec. A empresa Trópico Assessoria Ambiental, pela oportunidade de aprendizagem e pelo companheirismo de todos, em especial a Leon Sfeir Von Linsingen Junior, Leonardo Von Linsingen, Tony Andrey Bichinsky Teixeira, Anderson Walczak, Leandro dos Santos e Viviane...... I Encontro Regional de Iniciação Científica da União-Latino Americana de Tecnologia A todas as pessoas que fizeram parte de alguma forma, direta e indireta para minha formação acadêmica a todos o meu muito obrigado a todos. áreas degradadas. In: Simpósio sobre Ecossistemas da Costa Sul e Sudeste Brasileira: Sintese dos conhecimentos. São Paulo: ACIESP, 1:20 -39.1897. Referências FELFILI, J.M.; Silva Júnior, M.C.; Rezende, A.V.; Machado, B.W.T.; Silva, P.E.N. & Hay, J.D. 1993. Análise comparativa da florística e fitossociologia da vegetação arbórea do cerrado sensu stricto na Chapada Pratinha, Brasil. Acta botanica Brasilica 6 (2): 2746.2000. LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. 5.ed. v.1. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 1992. LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. 3.ed. v.2. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 1992. ISERNHAGEN, I.; SILVA, S.M. & GALVÃO, F. A fitossociologia florestal no Paraná. 2001. GALVÃO, F. Métodos de levantamentos fitossociológicos. In: Curso A vegetação natural do estado do Paraná. Curitiba: IPARDES_CTD, 1994. WALTER, B.M.T. 1993. Técnicas de coleta de material botânico arbóreo. Brasília. Embrapa – Cenargen. (EMBRAPA – CENARGEN, Documentos, 15). VIANA, V.M. Ecologia de populações florestais colonizadas e recuperação de MANUAL DE PARCELA PERMANENTE <http://redeflor.net/pdf/artigos/Manual_Par celas_Permanentes.pdf> Disponível 24 de Setembro de 2012. IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Manual Técnico da Vegetação Brasileira. Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Rio de Janeiro, 1992. 92p. SALLES, J. P., Levantamento Fitossociológico Para Fins de Monitoramento em um Fragmento de Vegetação Florestal no Parque Ambiental DR. Ruy Cunha, JAGUARIAÍA, PARANÁ, BRASIL. FACULDADE DE ULT – FAJAR – 2010. I Encontro Regional de Iniciação Científica da União-Latino Americana de Tecnologia RESISTÊNCIA DE MADEIRA DE Tectona grandis l.f. A FUNGOS XILÓFAGOS EM SIMULADOR DE CAMPO. Rafael L. BARBOSA, Hélio Fernando de OLIVEIRA JUNIOR. FaculdadeULT - União Latina Americana de Tecnologias, Jaguariaiva, Engenharia florestal, [email protected] Resumo: Teca uma das madeiras mais conhecidas no mundo, de origem asiática é uma árvore exótica no Brasil tendo um alto valor comercial, por ser uma madeira de grande durabilidade, leveza e resistência ao ataque de térmitas e fungos, é uma madeira que apresenta boa trabalhabilidade e com ausência de rachaduras, o valor comercial da madeira de teca pode superar espécie como o mogno (Swietenia macrophylla) muito conhecida no mercado nacional e internacional, os plantios de teca vem crescendo significativamente nos estados brasileiro por ser uma espécie que se adapta facilmente nas regiões tropicais. O trabalho tem como objetivo analisar a resistência natural da madeira de tectona grandis l.f a resistência a varias classes de fungos em simulação a campo, tendo como estudo principal analisar a bioterioração do lenho por fungos apodrece dores. Palavras Chave: Tectona grandis. Fungos. Apodrecedores Introdução Teca (tectona grandis) da família Verbenaceae, uma das madeiras mais conhecidas no mundo, uma espécie de origem Asiática, exótica no Brasil sendo uma espécie de grande valor comercial, por ser uma madeira de grande durabilidade, leveza, fácil de ser trabalhada e com ausência de rachaduras e principalmente com uma grande resistência ao ataque de térmitas e fungos. Segundo KEIDING (1985), as plantações de teca tiveram inicio em 1971, na região de Cáceres estado do Mato Grosso, implantados pela empresa Cáceres Florestal S.A., onde as condições climáticas são semelhantes às dos países de origem da espécie. Essa empresa constatou que a região oferecia excelentes condições para o seu cultivo, que demonstrou bom crescimento, boa adaptação às condições climáticas locais, o solo de melhor fertilidade e os tratos silviculturas mais adequados e intensos contribuíram para reduzir o ciclo de produção de 80 anos, na região de origem da teca, para apenas 25 anos, na região de Cáceres-MT, além de produzir uma madeira que alcançava bons preços no mercado internacional (CACERES FLORESTAL S.A., 2012). O valor comercial da teca no Brasil e no mercado internacional pode superar espécies nativas como o mogno (Swietenia macrophylla king), por ser uma madeira de fácil trabalhabilidade, e com boas características físico-mecânicas e funcionais, e principalmente por ser uma espécie de fácil manejo em povoamentos florestais, que tem despertado a seu cultivo nas regiões tropicais do Brasil, sendo adequada para composição de parques e grandes jardins, destacando-se como ornamental pelo florescimento exuberante. LORENZO (2010). Franco Raymundo (2010) afirma que o termotratamento da madeira de teca confere a ela características únicas como resistência a água, resistência ao tempo, mudança na coloração e cheiro característico, estabilidade dimensional e resistência ao ataque de agentes xilófagos. É um processo de melhoramento da madeira onde utilizase apenas umidade, calor e pressão ao longo do processo de tratamento, este método isenta totalmente a madeira de preservantes químicos. I Encontro Regional de Iniciação Científica da União-Latino Americana de Tecnologia Madeiras termotratadas não apresentam riscos de contaminação ao solo nem ao meio ambiente. Segundo Santos (1992) a madeira sob ataque de fungos apresenta alterações na composição química, modificação da cor natural, redução da resistência mecânica, diminuição de massa, aumento da permeabilidade, redução da capacidade acústica, aumento da inflamabilidade, diminuição do poder calorífica e maior propensão ao ataque de insetos, comprometendo sua qualidade e inviabilizando sua utilização para fins tecnológicos. Este trabalho tem como objetivo principal avaliar a resistência natural da madeira de Tectona grandis a varias classes de fungos em simuladores de campo, analisando a bioterioração o lenho por fungos apodrecedores e relacionar a resistência da madeira natural com a resistência da madeira termotratada de espécies em estudo. Material e Métodos Para realização do trabalho foram elaborados corpos de prova de Tectona grandis l.f, nas medidas de 2,3x2,3x0,7, sendo três tipos de tratamentos sendo natural, 140° e 160° em seguida pesado cada um dos corpos de prova e colocado em estufa para secagem até atingir o peso constante. Como o trabalho é verificar o ataque de fungos xilófagos simulando o ataque a campo, com isso foi feita coletas de solo natural de três locais sendo solo de cobertura de floresta nativa, solo de reflorestamento de Pinus e solo de reflorestamento de eucalypto. Levando ao laboratório e calcular a capacidade de absorção de agua para cada tipo de solo. Após ser verificado a quantidade de agua os solos pode absorver, é pego vidros e colocado 100g de solo cada área, e sendo feita a separação de 30 unidades dos corpo de prova, e dividindo nos três tipos de solo coletados, enterrando 2/3 do tamanho das amostras, e colocado no shelf life (estufa de Germinação), tento uma temperatura constante de 27° C com 75 % de umidade relativa, deixando por no mínimo 30 dias corrido. Após 30 dias e feito a retirada do shelf life e feita a limpeza e em seguida feita a secagem dos corpos de prova e para uma nova pesagem até atingir um peso constante. Agradecimentos Agradeço primeiramente a Deus por estar ao meu lado nessa longa caminhada de minha vida, por estar junto nos momentos mais difícil por onde passei. Agradeço a meus familiares por me incentivar e apoiar na horas que mais precisei desta longa caminhada. Referências LORENZI, H.; SOUZA, H.M.; TORRES, M.A.V.;BACHER, L.B.; Árvores Exóticas no Brasil: madeireiras, ornamentais e aromáticas. Nova Odessa – São Paulo: Instituto Plantarum, p. 368, 2003; RAYMUNDO, R.F.. Análise da resistência biológica em madeira de Tectona grandis l.f. in natura e termo-tratada. Jaguariaiva – Paraná: Faculdade Jaguariaíva – ULT FAJAR 2010; REVISTA DA MADEIRA - EDIÇÃO N°118 FEVEREIRO DE 2009 http://www.remade.com.br/br/revistadamadeira _materia.php?num=1360&subject=E mais&title=Características da Teca 2012 Resultados e Discussão O material encontra-se em fase de teste no Shelf life por um tempo mínimo de 30 dias, não tendo um resultado conclusivo do objetivo do trabalho. I Encontro Regional de Iniciação Científica 24 AVALIAÇÃO DO PODER CALORÍFICO DE DIFERENTES BIOMASSAS EM EMPRESAS PAPELEIRAS João Paulo Prestes KOPPEN. Erivelton César STROPARO. Faculdade ULT Jaguariaíva (União Latino-Americana de Tecnologia), Tecnologia em Biocombustíveis. E-Mail [email protected] Resumo: Tratando-se de indústria de papel utiliza-se como material de queima biomassas de custos relativamente baratos, porém que agridem o meio ambiente. Por este motivo decidiu-se testar amostras de lama orgânica. Este trabalho tem por objetivo testar o poder calorífico de lama orgânica e possíveis misturas como cavaco e casca de toras, visando utilização destes materiais como combustível na caldeira de empresas papeleiras. Palavras Chave: Cavaco. Poder calorífico, Biomass.. Introdução O cavaco é considerado, atualmente, o combustível mais adequado para a produção de energia na indústria, pois seu custo de aquisição é baixo, apresenta menor risco ambiental, não contribui para o efeito estufa e suas cinzas são menos agressivas ao meio ambiente. Além disso, é um recurso renovável, obtido a partir de toras de madeira 1. Sendo assim para a biomassa atingir um elevado ponto no que diz respeito ao seu poder calorífico é necessário que esta por sua vez, tenha um baixo percentual de umidade o que a levará a um maior rendimento na queima, seja em caldeiras ou fornos2. A partir de então na geração de energia nas empresas tem sido implantado um processo que baseia-se na mistura da biomassa juntamente com lama orgânica. Com isso o que antes era um problema, uma agressão ao meio ambiente torna-se uma solução capaz de reduzir o custo, produzir insumos para fertilização de solos e gerar energia. Objetivos Objetivo Geral: Mostrar a perca de umidade da biomassa para melhor rendimento em caldeiras ou fornos, na mistura com lama orgânica. Objeivos Específicos: - Ser capaz de diminuir o impacto ambiental; - Obter melhores resultados no que diz respeito ao custo da empresa; - Especificar o processo de geração de energia a partir de diferentes biomassas. Material e Métodos Serão utilizadas amostras de lama orgânica, que em seguida serão misturas com diferentes biomassas. I Encontro Regional de Iniciação Científica da União-Latino Americana de Tecnologia No processo é feita a coleta de amostras. Essas amostras chegam à empresa para serem depositadas no pátio. A partir de então é realizada a análise de umidade de cada fornecedor tercerizado. Posteriormente, o maquinista faz o processo de remontagem das amostras até que possam ser utilizadas, pois já terão formado um Mix de cavaco de terceiro que também será analisado sua umidade quando estiver entrando na caldeira. 3.Disponível em: http://www.jornaldiadia.com.br/index.php/tempe ratura-e-meio-ambiente/103689-saneamentobasicogeracao-de-energia-a-partir-do-lodo-de esgotos-e-alternativa-sustentavel. Acesso em 17/10/2012 Para o processo atingir o ponto esperado que seja a geração de energia, será considerado o percentual de umidade dos componentes. Para isso a influência dos fenômenos da natureza poderá alterar ou mascarar os resultados. Resultados Esperados - Determinar a melhor biomassa visando elevados rendimentos de combustão; Tornar viável economicamente e ambientalmente a utilização da lama orgânica como material combustível na indústria de papel; Agradecimentos A ULT – União Latino Americana Tecnologia. . Referências 1. Disponível em: http://www.revistareferencia.com.br/index2.php ?principal=ver_conteudo.php&uid=237&edi. Acesso em 15/10/2012. 2. Disponível em: http://www.ekoplus.com.br/biomassa/cavaco/. Acesso em 17/10/2012. I Encontro Regional de Iniciação Científica 26 EFEITO DE DIFERENTES SUBSTRATOS NO CRESCIMENTO EM VIVEIRO DE Eucalyptus urocam (E. urophylla. S. T. Blake x E. camaldulensis. Dehnh). Jariane Cecília ANHAIA; Marcos BASSACO, ULT ( União Latino-Americana de Tecnologia), Jaguaríaiva, Engenharia Florestal. E-mail: [email protected] Resumo: Este trabalho tem como objetivo avaliar a qualidade de mudas e Eucalyptus urocam (E.urophylla S. T. Blake. x E. camaldulensis. Dehnh) a partir de miniestacas em diferentes substratos. O experimento foi realizado em um viveiro de mudas florestais no período de 30 de agosto à 30 de novembro de 2011, utilizando o delineamento inteiramente casualizado (DIC) no fatorial 1 x 7 com quatro repetições, sendo cada repetição constituída de trinta e duas mudas. Foi analisada a altura da parte aérea, o diâmetro do colo e o número de folhas. Os resultados obtidos a partir das analises estatísticas não apresentaram diferença significativa entre os substratos, sendo assim todos são passiveis para produção de mudas. Palavras Chave: Eucalyptus. Substratos. Produção de mudas. Introdução O gênero Eucalyptus abrange um grupo de plantas com mais de 600 espécies, variando de pequenos arbustos até as mais altas árvores, quase todas nativa da Austrália. Os plantios de Eucaliptos em larga escala eram produzidos por meio de sementes não melhoradas, o que na maioria das vezes resulta em má qualidade do povoamento e desuniformidade do material. Atualmente a maioria das empresas florestais está optando por produção comercial de eucalipto por meio de propagação vegetativa, obtendo melhoria na produtividade, garantindo povoamentos homogêneos, maior rendimento da floresta e melhor adaptação dos clones as condições climáticas da região a ser implantada a floresta. Além de possuir uma excelente qualidade genética um material também necessita de meios operacionais para produção de mudas, sendo assim são vários os esforços realizados para melhorar a qualidade. Dentre os fatores que influenciam na qualidade de produção de mudas está o substrato O Substrato para plantas é todo o material utilizado como meio de crescimento. Pode ser constituído por um único material ou por uma mistura. Deste modo o substrato usado para produção de mudas tem por finalidade garantir o desenvolvimento da planta com boa qualidade, em curto período de tempo e baixo custo. (CUNHA et.al., 2006). Gonçalves et al.(2000) afirma que as seguintes características são eficazes para um bom substrato: boa estrutura para sustentar as sementes ou estacas durante a germinação ou enraizamento; boa porosidade ; boa capacidade de retenção e drenagem de água; boa uniformidade em sua composição; isento de microrganismos patogênicos. I Encontro Regional de Iniciação Científica da União-Latino Americana de Tecnologia Material e Métodos O trabalho foi desenvolvido em um Viveiro de mudas florestais no município de Arapoti, no estado do Paraná. O experimento foi conduzido no período de 30 de agosto à 30 de novembro de 2011. O presente experimento foi realizado por meio de miniestaquia do híbrido de Eucalyptus urocam (E.urophylla.S.T.Blake x E.camaldulensis. Dehnh), coletadas em um mini jardim clonal. Foram utilizados os seguintes substratos: fibra de coco, casca de pinus compostada, vermiculita expandida e palha de arroz. O delineamento utilizado foi inteiramente casualizado (DIC) no esquema fatorial de 1x7, de modo que foram divididos em sete tratamentos com cinco repetições, sendo cada repetição composta por 32 mudas: T1- Fibra de coco (100%); T2 -Fibra de coco (50%) + Casca de Pinus Compostada (30%) + Vermiculita expandida (10%) + Palha de arroz carbonizada (10%); T3- Casca de Pinus (86%) + Vermiculita (14%); T4- Casca de Pinus (43%) + vermiculita (7%) + Fibra de Coco (50%); T5- Casca de Pinus (100%); T6- Fibra de Coco (50%) + Casca de Pinus (50%); T7- Casca de Pinus (35%) + Vermiculita (15%) + Fibra de Coco (50%). Os substratos foram adubados com Osmocote na formulação (19-6-10) com a dosagem de 1g/L de substrato. As mudas foram armazenadas em casa de vegetação por aproximadamente 30 dias. Após a retirada as mudas da casa de vegetação foram realizadas as avaliações com 30, 60 e 90, avaliando altura da planta, número de folhas e diâmetro do colo, bem como a pesagem da massa seca e úmida das mudas aos 90 dias. De forma que esse material foi seco em uma estufa com temperaturas de 60 C°, por 2 dias. Resultados e Discussão No teste de Tukey os tratamentos obtiveram resultados semelhantes, não deferindo estatisticamente entre si nas analises verificada até o momento conforme descrito na tabela 1. Tabela 1: Alturas nos diferentes tratamentos. TRATAMENTO T1- Fibra de coco (100%) T2 -Fibra de coco (50%) + Casca de Pinus Compostada (30%) + Vermiculita expandida (10%) + 30 DIAS 60 DIAS 90 DIAS 12,85 19,97 30,05 13,03 20,08 31,07 Palha de arroz carbonizada (10%) T3- Casca de Pinus (86%) + Vermiculita (14%) 12,97 19,08 29, 04 T4- Casca de Pinus (43%) + vermiculita (7%) + Fibra de Coco (50%) 11,74 18,55 29,16 T5- Casca de Pinus (100%) 12,94 19,63 29,13 T6- Fibra de Coco (50%) + Casca de Pinus (50%) 13,18 19,72 27,97 T7- Casca de Pinus (35%) + Vermiculita (15%) + Fibra de Coco (50%). 13,01 19,87 29,27 Fonte: O autor. Conclusões De modo que os substratos avaliados não obtiveram diferença significativa entre os tratamentos, conclui se que todos são passiveis para produção de mudas florestais, nas analises estudadas até o momento. Agradecimentos A Deus, acima de tudo por sempre estar presente em nossas vidas. A minha família e a meu namorado pela compreensão que tiveram comigo durante esta jornada. Aos professores Marcos Bassaco e Homero pela vasta contribuição e experiência, passadas para o desenvolvimento deste trabalho, bem como no decorrer das atividades. A todos os meus colegas de turma pela amizade e companheirismo. Em especial a atendente de laboratório da ULT, Eliane Carvalho pelo auxilio nas práticas obtidas. Referências ALFENAS, A.C.; ZAUZA, E. A. V.; MAFIA, R. G.;ASSIS, T. F. de. Clonagem e Doenças do Eucalipto. Viçosa: UFV, 2009, p 106. CARNEIRO, J.G.A. Produção e controle de qualidade de mudas florestais. Curitiba: Universidade Federal do Paraná: Campos dos Goytacazes: Universidade Estadual do Norte Fluminense, 1995. I Encontro Regional de Iniciação Científica da União-Latino Americana de Tecnologia FONSECA, E.P. Efeito de diferentes substratos na produção de mudas de Eucalyptus grandis W.Hill ex Maiden em “Win-strip”. 1988. 81f. Dissertação (Mestrado em Ciência Florestal) Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, 1988. GOMES, J.M e PAIVA, H. N. Propagação Assexuada série didática. Editora UFV, Viçosa, MG; 2011. OLIVIER, S; LIRA, A. B. P; REIS JUNIOR, O. V; GONÇALVES, A. N MONTEIRO, R. Influencia de diferentes substratos no crescimento inicial de Eucalyptus urophylla S. T. Blake. FertiBio, 2008 SANTOS, B. C e Longhi, S. J, Efeito do volume de tubetes e tipos de substratos na qualidade de mudas de Cryptomeria japonica (L.F.) D. Don. Ciência Florestal, v. 10, n. 2, 2000. WENDLING, I. Substratos, Adubação e Irrigação na produção de mudas. Editora Aprenda Fácil, UFV, Viçosa, MG; 2002. I Encontro Regional de Iniciação Científica da União-Latino Americana de Tecnologia ANÁLISE IN VITRO DO EFEITO DO EXTRATO HIDROALCOÓLICO DE Tectona grandis Linn. (Verbenaceae) OBTIDO DIFERENTES CONDIÇÕES DE TERMOTRATAMENTO E IN NATURA SOBRE O FUNGO Agrocybes perfecta (Rick) Singer Hélio Fernando de OLIVEIRA JUNIOR; Guilherme SANTOS ROSA; Ananda BRAGA SANTOS. Faculdade ULT – União latino Americana de Tecnologia. E-Mail: [email protected] Introdução A Segundo a literatura, a espécie Tectona grandis é naturalmente resistente ao ataque de fungos xilófagos, pela presença de tectoquinona. Em 2010 FRANCO RAYMUNDO, observou uma má resistência ao ataque do fungo (Agrocybes c.f. perfecta) na teca termotratada a 140 °C, o autor colocou como hipótese a presença de tectoquinona, assim, justifica-se a necessidade de comprovação dessa hipótese quanto ao fato de que os fungos são os maiores responsáveis pela degradação das madeiras, atingindo principalmente suas estruturas celulares. Dessa forma será possível colaborar para os processos de preservação da madeira Tectona grandis. Material e Métodos Os testes foram acondicionados em laboratório, num ambiente isolado com temperatura constante (BOD), durante aproximadamente 35 dias. Após esse processo o material (placas) foi retirado para serem feitas as análises. Entre as amostras analisadas, utilizaram-se extratos hidroalcoólicos “in natura”, 140 °C, 160 °C , também foram utilizados resíduos termotratados a 140 °C e 160 °C, antibiótico e testemunha Resultados e Discussões Para o primeiro experimento foram realizados 6 tratamentos, e cada um deles com 10 repetições. Analisando os testes de antibiose, notou-se que o período de 15 dias de experimento foi suficiente para a ação efetiva do fungo sobre os extratos hidrialcoólicos, resíduos e testemunha, contribuindo para avaliação dos resultados. Das repetições feitas por tratamento, todas mostraram o desenvolvimento do fungo, sem inibição por parte dos extratos Para o segundo experimento foram realizados 14 tratamentos, e cada um deles com 10 repetições. A seguir são mostrados os resultados dos testes de antibiose sob diferentes condições de termotratamento e “in natura”, utilizando os extratos hidroalcoólicos, resíduos, testemunha, antibiótico e infiltrações de extratos hidroalcoólicos, resíduos, testemunha e antibiótico, frente ao fungo (Agrocybe c.f. perfecta). No segundo experimento obtivemos os seguintes resultados: O período de 20 dias de experimento foi suficiente para a avaliação dos resultados, demonstrando ação do fungo sobre os extratos hidrialcoólicos, resíduos, testemunha e antibiótico (Figura 2 e Figura 3). Dos 14 tratamentos, os únicos que mostraram inibição ou resistência ao desenvolvimento do fungo foram os tratamentos feitos com antibiótico (ex. figura 2 e figura 3 – letra G), sendo identificado a ação de antibiose entre o antibiótico (Cetoconazol) e o Agrocybes c.f. perfecta. Conclusões Nas condições desse estudo demonstrou que estes extratos não tiveram efeito sobre o fungo Agrocybes c.f. perfecta, pois os únicos tratamentos que apresentaram resistência ao fungo foram os feitos com o antibiótico (Cetoconazol), demonstrando a relação de antibiose. Referências LAMEIRA, O.A.; LEMOS, O.F.; MENEZES, I.C. de; PINTO, J.E.B.P. Cultura de tecidos (manual). Belém: Embrapa Amazônia Oriental, I Encontro Regional de Iniciação Científica da União-Latino Americana de Tecnologia 2000. 41p. (Embrapa Documentos, 66). Amazônia Oriental. CARVALHO, J.M.F.C. Técnicas de micropropagação. Campina Grande: EMBRAPA-CNPA, 1999. 39p. (Embrapa CNPA. Documento, 64). RIBEIRO, J. M.; BASTOS, D. C.; MELO, N. F. de; OLIVEIRA, E. A. G. de; PINTO, M. dos S. T. Produção de mudas micropropagadas de videira, maguenira e goiabeira. Petrolina: Embrapa Semiárido, 2010. 21p. ( Embrapa Semiárido, Documento, 232). VASCO, A. P.; ZAKRZEVSKI, S. B. B. O ESTADO DA ARTE DAS PESQUISAS SOBRE PERCEPÇÃO AMBIENTAL NO BRASIL. Erechim: Perspectiva, 2010. p.17-28. v.34, n.125. I Encontro Regional de Iniciação Científica 31 HERBÁRIO DA FACULDADE ULT – FACULDADE UNIÃO LATINOAMERICANA DE TECNOLOGIA (FJAR) Helio Fernando OLIVEIRA JUNIOR; João Arthur TIKLER SOUSA; Mariana IZABEL CONTIERO. Jaguariaíva, Engenharia Florestal, E-Mail: [email protected]. Resumo: O Herbário da Faculdade União Latino-Americana de Tecnologia foi fundado em 2004, Os principais objetivos de sua implantação/organização foram constituir se numa coleção de referência para a flora da Meso-Região do Norte Pioneiro do Paraná e como ferramenta para o ensino de Botânica nos cursos de graduação e pós-graduação. Palavras Chave: Herbário. Jaguariaíva, FJAR. Introdução Os herbários consistem em uma importante fonte de informação sobre plantas, as amostras armazenadas são utilizadas, principalmente, para taxonomistas conhecerem e descreverem táxons, bem como para subsidiar ao processo de identificação. Profissionais de diversas áreas consultam o acervo dos herbários, a fim de obter dados para seus trabalhos. O Herbário da Faculdade União Latino-Americana de Tecnologia foi fundado em 2004, pertencente ao Departamento de Engenharia Florestal, esta localizada no município Jaguariaíva, Pr. Material e Métodos As plantas são armazenadas em caixas plásticas, seguindo indicações do Herbário do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, após devido preparo e identificação. Utiliza-se como sistema de classificação o APG III. O Sistema escolhido para a indexação das espécies foi o BRAHMS (Botanical Research And Herbarium Management System), o qual foi desenvolvido no Instituto de Plantas da Universidade de Oxford. Resultados e Discussão O herbário encontra-se em estado de incorporação de materiais sendo que ate o momento estamos com 1161 exemplares. Encontrase ainda agregado ao herbário, a xiloteca e a laminoteca. I Encontro Regional de Iniciação Científica da União-Latino Americana de Tecnologia Figura 1. Incorporação de novas exsicatas. Figura 2. Separando por Família. Conclusões O Herbário da Faculdade ULT (FJAR) auxilia os acadêmicos de Engenharia Florestal e Técnológico em Bicombustíveis ao reconhecimento morfológico e taxonômico de espécies vegetais, e ainda como referencial base para trabalhos de pesquisas. Agradecimentos À Eng. Ananda Braga, pelo apoio e habilidade que nos orientou na organização do herbário. À SBB (Sociedade Botânica do Brasil), pelo reconhecimento do herbário FJAR. À Faculdade ULT (União Latino-Americana de Tecnologia), pelo incentivo a pesquisa e ao espaço cedido. I Encontro Regional de Iniciação Científica 33 AVALIAÇÃO NA QUALIDADE DA CELULOSE FAZENDO COMPARATIVO ENTRE PROCESSO KRAFT CONVENCIONAL E PROCESSO KRAFT COM ADIÇÃO DE ANTRAQUINONA Franciele Ap° Moreira TOLEDO; Daniella Cristina MAGOSSI. União Latino-Americana de Tecnologia – ULT, Jaguariaíva, Engenharia Florestal. E-mail: [email protected] Resumo: Neste trabalho foi avaliada a importância da Antraquinona como aditivo na polpação Kraft, os testes foram feitos com cavacos de Eucalyptus Saligna com 15 anos de idade, visando avaliar os efeitos da Antraquinona na deslignificação da polpa celulósica. Foram feitos dois cozimentos com quatro repetições cada, um no processo Kraft convencional e o outro com adição da Antraquinona como aditivo no processo Kraft. A carga alcalina utilizada foi de 15%, com sulfidez de 30% e carga de antraquinona de 0,05% (base madeira seca). As amostras foram analisadas em laboratório onde foram determinados N° kappa, Viscosidade e Rendimento. Verificou-se que nessa combinação de sulfidez, alcalinidade, e Antraquinona os resultados não foram favoráveis para o efeito principal da Antraquinona que é de proteger as fibras e aumentar a Viscosidade e por conseqüência aumentar o rendimento, mas foi favorável ao grau de deslignificação. Para um melhor resultado o trabalho está passando por reajustes no preparo dos cozimentos. Palavras Chave: Papel Kraft. Antraquinona. Deslignificação Introdução O Brasil tem se mostrado como um grande produtor de celulose vem ganhando cada vez mais espaço no mercado internacional pelas suas práticas sustentáveis neste setor, sendo que a totalidade da sua produção em celulose de florestas plantadas de pínus e eucalipto. Hoje ostenta a 4ª posição no ranking dos maiores produtores de celulose e já é o 11º principal produtor de papel do globo, segundo a Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa), possuindo fábricas modernas que estão, cada vez mais, procurando avanços tecnológicos. No processo de produção de polpa de celulose, são utilizados vários tipos de processos para a separação das fibras, a deslignificação mais rápida e eficiente é o resultado mais procurado pelas empresas que procuram processos de ciclos curtos com sensível economia de energia e mantendo a qualidade da polpa. Outro fator que também está sendo levado em consideração pelas empresas é a redução de gases poluentes na atmosfera causadas pelo uso do Enxofre. Um dos principais processos na transformação de madeira em polpa celulósica é o Processo Kraft de polpação que foi desenvolvido em 1879 por Dahl. Processo que utiliza sulfeto de sódio e hidróxido de sódio. Desde seu desenvolvimento diversas modificações vêm sendo implantadas de forma a melhorar sua eficiência, uma substância que demonstro um bom desempenho como aditivo no processo Kraft foi a Antraquinona. I Encontro Regional de Iniciação Científica da União-Latino Americana de Tecnologia A Antraquinona é um composto de fórmula (C14H8O2), essa substancia é conhecida desde o final da década 70 quando começou a ser investigada quanto a sua ação como catalisadora para a fabricação de celulose. Segundo o conhecimento atual, a aplicação da antraquinona como aditivo em cozimento sulfato tem dois efeitos positivos. A antraquinona aumenta a velocidade da deslignificação e simultaneamente protege os carboidratos celulósicos. Material e Métodos Na realização deste trabalho foram utilizados cavacos de Eucalyptus Saligna com 15 anos de idade. Os cavacos foram classificados manualmente com amplitude média de 3 cm de largura, por 5 mm espessura, por 2,5 cm de comprimento. Depois de classificados os cavacos foram separados em 8 amostras de 400 g. Para verificação do teor de umidade contido nos cavacos foi retirada uma amostra de 100g colocadas em estufa a 105 ± 3 °C até atingir peso constante, esse resultado determina o percentual de água introduzido no processo. Utilizou-se o produto comercial Sidercel AQ liquida, fornecida pela empresa Siderquímica. As deslignificações foram realizadas em uma autoclave eletrônica desenvolvida para trabalhos de cozimento de cavacos em laboratório de pesquisa e controle das indústrias de celulose e papel, dotado de uma câmara digestora com capacidade média de 20 litros, projetada para trabalhar com pressões de até 12 kgf / cm2. Trabalhou-se com dois tipos de cozimento, Processo Kraft Convencional e Processo Kraft com adição de Antraquinona, foram realizadas 4 repetições de cada cozimento. Os cozimentos foram conduzidos sob as seguintes condições: - Carga alcalina – base Soda (NaOH): 15 % (base madeira seca em estufa) - Sulfidez: 30% - Antraquinona: 0,05 % (base madeira seca) - Relação licor/madeira: 4:1 I Encontro Regional de Iniciação Científica - Temperatura máxima de cozimento: entre 170º C a 175° C em média. - Pressão de operação: Entre 6 e 7 kgf/cm2 - Relação tempo/temperatura (Fator H): 900 - para cada cozimento foram utilizadas amostras de 400 g de cavaco. Depois de feito os cozimentos a polpa foi lavada em água corrente por meia hora e depois levada para análise em laboratório. Resultados e Discussão Os resultados obtidos notou-se que apesar do Kraft com sulfidez a 30% e alcalinidade a 15% com adição de Antraquinona de 0,05% apresentar n° kappa menor , a viscosidade e o rendimento apresentaram valor menor. Tabela 1: Analises realizada TRATAMENTO VISCOSIDADE N° KAPPA RENDIMENTO DEPURADO KRAFT 9,37 8,42 42,07 KRAFT-AQ 13,52 10,02 43,5 Fonte: A autora Os resultados apresentados são matemáticos e serão posteriormente analisados estatisticamente, utilizando o teste de Tukey a 95% de confiabilidade. Levando em consideração a função da Antraquinona os resultados não foram favoráveis. Segundo GOMIDE & OLIVEIRA (1979) a Antraquinona no processo kraft tem por principal objetivo a oxidação dos carboidratos e a hidrólise das ligações éter da lignina. Promove a estabilização em relação às reações de despolimerização terminal. Essa estabilização resulta em proteção dos carboidratos contra reações de degradação e solubilização, consequentemente causa um aumento de rendimento. Isso pode ter sido por conseqüência do poder catalisador da Antraquinona que aumento a capacidade dos reagentes contidos no processo, sendo que ambos os cozimentos tiveram as mesmas condições. Para um melhor resultado este trabalho está sendo reajustado Conclusões 35 O processo kraft convencional apresentou melhor resultado em relação a viscosidade e rendimento depurado, mas em relação ao n° kappa (deslignificação) apresentou um resultado negativo. Esse resultado não foi satisfatório ao ideal do trabalho realizado, que está sendo reajustadas e novamente feitas as discussões ao resultado. Agradecimentos Os autores agradecem a colaboração á Empresa Iguaçú Celulose Papel, e a Empresa Siderquímica pelo apoio recebido e a todos que participaram da realização deste trabalho. Referências FERREIRA, G. W. Qualidade da celulose kraftantraquinona de Eucalyptus dunnii Maiden plantado em cinco espaçamentos em relação ao Eucalyptus grandis Hill ex Maiden e Eucalyptus saligna Smith. 1996. 128 p. Dissertação (Mestrado em Ciências Florestais) – Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria. SILVA JÚNIOR, F. G. Polpação kraft do eucalipto com adição de antraquinona, polissulfetos e surfactante. 1997. 185 p. Tese de Doutorado (Engenharia Química) – Universidade federal de Campinas –UNICAMP. I Encontro Regional de Iniciação Científica 36 OTIMIZAÇÃO DA TRANSFERÊNCIA DE CALOR NO COLCHÃO DE MDF ANTERIOR A FASE DE PRENSAGEM (MEDIUM DENSITY FIBERBOARD) Anderson Clayton ADÃO; Staley Magno de Oliveira MELLO. União Latina Americano de Tecnologia, aguariaíva, Engenharia Florestal. E-Mail: [email protected]. Resumo: Este trabalho tem como objetivo demonstrar as vantagens produtivas na utilização de adição de água no colchão de MDF (MEDIUM DENSITY FIBERBOARD) ou chapa de média densidade o presente trabalho demonstra além de comparativos de taxa de produtiva com a pulverização de água em diferentes dosagens e sem adição de pulverização de água, a interferência na Qualidade do Painel sendo comparações de perfil de densidade, ou seja, a distribuição da fibra analisado por testes no interior do painel por aparelho de raio x tipo DA-X, conforme (ABNT NBR 15316-1) e comparações entre resultados de tração perpendicular analisados por amostras em diferentes dosagens de pulverização conforme (ABNT NRB 15316-3) Em seguida demonstrado as conclusões que pode-se constatar que a pulverização de água antes da fase de prensagem é fundamental para se obter uma taxa de produção competitiva no Mercado Mundial de fabricação de Painéis de Madeira. Palavras-chave: MDF. Otimizar transferência de Calor. Umedecimento do colchão de fibras. Introdução Os painéis de Fibra de média densidade conhecido mundialmente como MDF (MEDIUM DENSITY FIBERBOARD) tornou-se disponível no mercado na década de 80 sendo importado do Chile e Argentina (ELEOTÉRIO, 2000). No Brasil foi teve a sua primeira Fábrica em 1997, ocorrendo, desde então, um expressivo crescimento de consumo, evidenciando a aceitação do produto pelo mercado e atraindo novos investidores para Fabricação de MDF. A primeira Fábrica no Brasil de MDF foi a Duratex em Agudos (SP) 1997 e depois no ano de 2000 e 2001 teve o inicio de produção da Fábrica da Tafisa em Piên (PR), a Macisa em Ponta Grossa (PR) e Placas do Paraná Jaguariaíva (PR) (REMADE,2007). No processo de produção de MDF desde o seu inicio em 1997 foi se otimizando para buscar melhores resultados na linha de produção, e com o crescimento de produção no Brasil a competitividade ao longo dos anos aumentou-se consideravelmente, com isso as Empresas procuram buscar o seu diferencial nas linhas de produção, ou seja, melhorias e recursos Tecnológicos para otimizar o processo de fabricação, para manter a qualidade e o custo estável do produto. O Crescimento produtivo foi possível pelas novas Tecnologias para atender as demandas de mercado, um deles se destaca como o surgimento de prensas continuas que elevaram consideravelmente a taxa produtiva. Os estudos para aumentar a produtividade com aplicação de novas tecnologias foi se aprofundando e utilizando de conceito físico e termodinâmico nos principais equipamentos da linha produtiva, I Encontro Regional de Iniciação Científica da União-Latino Americana de Tecnologia um deles a prensagem uma das fases mais importantes do processo de fabricação de MDF aonde ocorre uma relação entre 02 variáveis fundamentais para produção sendo elas (Pressão, Temperatura) estas variáveis estão relacionadas a espessura desejada de fabricação, a solidificação da resina, determinação de densidade do painel, qualidade e taxa produtiva propriamente dita. Neste contexto geral o estudo tem por finalidade principal, analisar a adição de água pulverizada no colchão de MDF antes da fase de prensagem sendo um fator importante para se obter um alto gradiente de transferência de calor, ou seja, com maior velocidade de solidificação da resina no miolo do painel durante a prensagem. Com o aumento de gradiente de transferência de calor em prensa continua pode obter-se a solidificação de resina em menor tempo ou seja aceleração da formação do painel antes do final da extensão linear da prensa. Na prensagem do MDF a quente quanto mais elevado for o teor de umidade, maior será a transferência de calor e mais rápido será a solidificação da Resina em 100°C,desta forma pode se obter uma relação fundamental na Fabricação do MDF, pois a otimização da transferência de calor proporciona a maior velocidade de prensagem e consequentemente maior ganho de produção. No entanto podemos constatar que a umidade muito elevada prejudica a qualidade do painel, esse fato ocorre em função do fluxo de vapor causado pelo excesso de umidade gerando bolhas e rompimento da camada interna do painel, contrapartida a umidade muito seca do colchão pode dificultar a transferência de calor e a consequência deste fato pode ser a densidade não uniforme do painel, aspereza e a baixa compactação das partículas pela dificuldade do fluxo de resina. Nota se que o umedecimento do colchão de fibras de aglomerado e MDF é comum para as empresas de painéis de fibra de madeira, com o objetivo de aumentar a transferência de calor, com isso o ganho de velocidade de produção, uma melhor superfície do painel pois a pulverização forma a densificação das fibras de forma acelerada provocando uma maior lisura nas faces do painel, todos os resultados obtidos pela aplicação desta tecnologia pode ser constatada através da taxa produtiva e analises de laboratório como testes de tração perpendicular e analises de perfil de densidade. As analises após a execução de prensagem do painel pode ser constatada através de amostras de perfil e tração perpendicular, são demonstrativos de qualidade assegurada e oportunidade de intervenção no processo produtivo, sendo alterações de parâmetros para conseguir uma melhor performance. O perfil de densidade é uma analise interna do painel de MDF que pode avaliar a distribuição de fibra no centro e na face do painel por densitometria de raio x, é na face que deve se exercer uma maior densidade para que o painel ofereça uma resistência e uma lisura aceitável, sendo necessário este acabamento para uso de pinturas e revestimento com maior facilidade. A tração perpendicular é a resistência do painel interna propriamente dita, este teste nas Empresas de MDF é fundamental na associação do custo do produto, através do resultado pode se atuar no processo para diminuir ou aumentar madeira e resina, principais matérias primas que elevam o custo de produção. Material e Métodos Os ensaios foram realizados em painéis de espessuras de 15 mm e fibras 100% de pinus taeda sp sendo 08 amostras de corpo de prova I Encontro Regional de Iniciação Científica da União-Latino Americana de Tecnologia para cada dosagem diferente de pulverização, nestes testes foram avaliados a aceleração da solidificação da resina durante a prensagem e ganho de taxa de produção, também foi avaliado e comparado os testes de tração perpendicular para as diferentes dosagens conforme Norma ABNT NBR 15316-3 e ainda comparações de ensaios de densidade conforme ABNT NRB 15316-1, as dosagens de spray utilizada sobre a superfície do colchão de MDF foi de 55 ml/m², 60 ml/m², 65 ml/m² e também avaliado sem a dosagem de spray. Resultados e Discussão Comparando os resultados obtidos podemos avaliar que o umedecimento das fibras antes da fase de prensagem tem interferência direta na produção de painéis de fibra de madeira. A não utilização desta tecnologia pode acarretar na redução de 21% da capacidade produtiva e impactar diretamente no custo variável de produção, no entanto avaliando o resultado abaixo para a produção de 15 mm Standart podemos dizer que a dosagem correta de nebulização é de 4 ml/mm de espessura na linha de formação para a superfície superior e inferior. Figura 1: Nebulização colchão superior superfície do Fonte: O autor A nebulização da superfície inferior ocorre diretamente na tela de transporte, as gotículas ficam sobre a transportadora e as fibras se formam sobre esta película de água. Tabela 1. Média de testes obtidos para cada dosagem de spray. Média 0 ml/m² 55 ml/m² 60 ml/m² 65 ml/m² Tração 6,7 kgf/cm² 6,6 kgf/cm² 7,2 kgf/cm² 6,9 kgf/cm² Densidade 670 kg/m³ 675 kg/m³ 700 kg/m³ 698 kg/m³ Velocidade 15 m/min 19 m/min 19 m/min 19 m/ min Fonte: O autor Conclusões Fonte: O autor Figura 2: Nebulização colchão inferior superfície do A utilização de pulverização sobre o colchão de fibras de MDF (MEDIUM DENSITY FIBERBOARD) é fundamental para a otimização da transferência de calor e por consequência o ganho produtivo pela velocidade apresentada de consolidação da resina durante a fase de prensagem, proporciona maior lisura sobre o painel pela união das fibras e com isso ganha maior acabamento no final da linha, com isso reduz o consumo de lixas no Acabamento final do painel, e proporciona a homogeneidade do painel pelo ganho de densidade média no núcleo e na face. I Encontro Regional de Iniciação Científica da União-Latino Americana de Tecnologia A sua dosagem deve ser acompanhada para não ocorrer exageros, pois a aceleração da cura da resina causa a quebra de ligamento da solidificação da resina e com isso reduz a tração de ligamento das fibras. Agradecimentos Agradeço a Empresa Arauco do Brasil e Gestores que me auxiliarão na execução deste trabalho, aos Mestres de ensino que me orientarão em todos os aspectos fundamentais de ensino. Referências ELEOTÉRIO, J. R. Propriedades físicas e mecânicas de painéis MDF de diferentes densidades e teores de resina. 2000. 120f. (Mestrado em Engenharia Florestal) – Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, Piracicaba, 2000. TORQUATO, L. P. Caracterização dos painéis MDF comerciais produzidos no Brasil. Curitiba, 2008. 93 p. Dissertação (Mestrado em Ciências Florestais) – Setor de Ciências Agrárias, Universidade Federal do Paraná. IWAKIRI, S. Painéis de madeira reconstituída. FUPEF. Curitiba, 2005. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15316: Chapas de fibras de média densidade – parte 1: Terminologia. Rio de Janeiro, 2006. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15316: Chapas de fibras de média densidade – parte 3: Métodos de ensaio. Rio de Janeiro, 2006. REVISTA DA MADEIRA - EDIÇÃO N°103 MARÇO DE 2007 disponível em: http://www.remade.com.br/br/revistadamadeir a_materia.php?num=1054&subject=Pain%E9i s&title=Pinus%20e%20eucalipto%20para%20 produ%E7%E3o%20de%20pain%E9is I Encontro Regional de Iniciação Científica da União-Latino Americana de Tecnologia ANÁLISE DAS ESPÉCIES ARBÓREAS UTILIZADAS PELAS AVES COMO SUBSTRATO PARA A CONSTRUÇÃO DOS NINHOS NO PARQUE ESTADUAL DO CERRADO. Tony Andrey BICHINSKI TEIXEIRA; Leonardo VON LINSINGEN. União Latino-Americana Tecnológica, Campus Jaguariaíva, Engenharia Florestal. E-Mail [email protected] Resumo: O cerrado é a segunda maior formação vegetacional do Brasil. Sua ocorrência na região sul do país limita-se a pequenos fragmentos isolados no Estado do Paraná, o maior deles convertido em unidade de conservação, o Parque Estadual do Cerrado. Estudos sobre a biodiversidade do cerrado ainda são escassos e o isolamento de alguns fragmentos não permite generalizar os estudos relacionados ao bioma em outras localidades. A baixa quantidade de dados referentes à reprodução das aves também torna este trabalho relevante tanto do ponto de vista botânico como biológico. O estudo visou identificar as espécies vegetais arbóreas mais utilizadas pela avifauna na construção dos ninhos e avaliar quais foram as mais importantes. Foram medidos neste estudo a altura das árvores e o DAC (Diâmetro Altura do Colo) e os ninhos foram encontrados através da busca ativa e pela busca de indícios reprodutivos. Foram identificadas 18 espécies vegetais utilizadas como suporte e 21 espécies de aves que as utilizaram como substrato. Palavras Chave: Unidades de Conservação. Cerrado. Nidificação. Introdução As Unidades de Conservação (UCs) são áreas do território brasileiro destinadas à preservação dos diversos ecossistemas naturais, sendo instituídas sob regime especial de administração pelo poder público municipal, estadual e federal. Os Parques Estaduais pertencem a uma categoria de unidades de conservação criados com a finalidade de preservar a biodiversidade, os recursos hídricos, as formações geológicas, além de preservar os valores culturais, históricos e arqueológicos. O cerrado é a segunda maior formação vegetacional do Brasil. O solo é deficiente de nutrientes, rico em ferro e alumínio o que reflete diretamente na vegetação, composta por árvores baixas de troncos retorcidos resistentes ao fogo, com folhas espessadas e raízes profundas. A ocorrência do cerrado na região sul do país limita-se a pequenos fragmentos isolados no Estado do Paraná As aves são animais vertebrados que apresentam características morfológicas peculiares como a presença de penas, ossos pneumáticos e bico córneo. A maioria das espécies constroem ninhos para depositar seus ovos, utilizando as árvores como substrato, sobretudo as espécies que habitam ecossistemas florestais e semi-florestais. Material e Métodos O Parque Estadual do Cerrado fica localizado no município de Jaguariaíva - PR e está dividido em diversos subtipos vegetacionais que seguem a classificação proposta pelo IAP (2002). O local da amostragem encontra-se em uma área onde o subtipo vegetacional predominante é o campo cerrado alterado. As espécies arbóreas tiveram as suas medidas aferidas com o auxílio de trena de 5m. para a obtenção da altura e paquímetro de precisão, para a obtenção do diâmetro das espécies a 10 cm de altura acima do colo. Esta metodologia justifica-se pelo fato das espécies vegetais típicas do cerrado I Encontro Regional de Iniciação Científica da União-Latino Americana de Tecnologia apresentarem uma tortuosidade característica com muitas bifurcações que dificultam e prejudicam a aferição do DAP. As plantas que não puderam ser identificadas imediatamente foram coletadas, secas e levadas ao Museu Botânico de Curitiba, para sua identificação e posterior tombamento. A busca pelos ninhos baseou-se na metodologia proposta por GRESSLER (2008) onde os ninhos são encontrados através da busca ativa em locais de provável nidificação. Alguns autores como MARINI et al. (2009) sugerem ainda, uma observação do comportamento das aves que indique a presença de um ninho como o carregando de material para a sua construção ou alimento para os filhotes bem como comportamentos de despiste. Foram considerados somente ninhos ativos. Os ninhos encontrados foram georreferenciados com o auxílio de GPS e marcados com uma fita fixada a 5m. do ninho no sentido Norte para posterior localização. Resultados e Discussão Foram identificadas 18 espécies vegetais arbóreas utilizadas pela avifauna como suporte para os ninhos no tipo vegetacional campo cerrado alterado (Tabela 1). Dentre as espécies mais utilizadas como substrato estão: Calyptranthes concinna, Anadenanthera peregrina, Trembleya parviflora e Copaifera langsdorffii, sendo que destas somente Anadenanthera peregrina é típica do ambiente savânico (LINSINGEN et al., 2006). Outras espécies típicas deste ambiente também foram utilizadas como substrato, porém, em menor escala. Tabela 1: Lista das espécies vegetais arbóreas utilizadas como suporte para os ninhos das aves em campo cerrado alterado. Espécie nº Ninhos % Calyptranthes concinna 9 21,95 Anadenanthera peregrina 5 12,18 Trembleya parviflora 5 12,18 I Encontro Regional de Iniciação Científica Copaifera langsdorffii 4 9,76 Vochysia tucanorum 3 7,33 Couepia grandiflora 2 4,88 Myrtaceae 1 2 4,88 Prunus sellowii 1 2,44 Rhamnus sphaerosperma 1 2,44 NI 1 2,44 Miconia ligustroides 1 2,44 Myrtaceae 2 1 2,44 Kielmeyerea coriacea 1 2,44 Periandra mediterranea 1 2,44 Gordonia fruticosa 1 2,44 Roupala brasiliensis 1 2,44 Qualea sp. 1 2,44 Acosmium subelegans 1 2,44 Fonte: O autor Dentre as 21 espécies de aves observadas nidificando neste ambiente (Tabela 2) nenhuma é endêmica do bioma cerrado, porém, a saíra-cara-suja (Tangara cayana) encontra-se ameaçada de extinção segundo o Livro Vermelho Paranaense das Espécies Ameaçadas (MIKICH & BERNILS, 2004). Tabela 2: Lista das espécies de aves que tiveram seus ninhos encontrados durante o estudo. Espécies Nome popular 42 Columbina talpacoti rolinha Zenaida auriculata amargosinha Leptotila verreauxi juriti Thamnophilus caerulescens choca-da-mata Synallaxis spixi joão-teneném Figura 1. Ninho com dois filhotes de saíra-cara-suja (Tangara cayana) construído sobre um pau-detucano (Vochysia tucanorum) entremeado de cipós. Euscarthmus meloryphus barulhento Elaenia flavogaster guaracava-de-barrigaamarela Elaenia chiriquensis chibum Elaenia obscura tucão Serpophaga subcristata alegrinho Myiophobus fasciatus filipe Fonte: O autor Conclusões Mimus saturninus Os dados parciais permitiram concluir que as espécies típicas do bioma cerrado não são as principais espécies utilizadas como suporte para os juruviara ninhos das aves no subtipo vegetacional campo cerrado alterado. Embora espécies arbóreas típicas corruíra do cerrado como Couepia grandiflora, Kielmeyerea coriacea e Acosmium subelegans também tenham sabiá-barranco sido usadas como substrato, as espécies oriundas de outras formações vegetacionais como Copaifera sabiá-de-peito-branco langsdorffii, Calyptranthes concinna e Trembleya parviflora foram às espécies que abrigaram a maior sabiá-do-campo quantidade de ninhos. Saltator similis trinca-ferro Agradecimentos Lanio cucullatus tico-tico-rei Tangara sayaca sanhaço-cinzento Tangara cayana saíra-cara-suja A João Maria de Jesus. Aos amigos Carlos Alberto Fagundes Filho (Japira) e Rafael Gonçalves (Gonça). A Trópico Assessoria Ambiental. A Arci Lopes Teixeira (Ferrinho) e a Luiza Regina Bichinski. Schistochlamys ruficollis bico-de-veludo Vireo olivaceus Troglodytes musculus Turdus leucomelas Turdus amaurochalinus Fonte: O autor Os ninhos (Figura 1) variaram quanto a sua altura no substrato, fator este já esperado devido o estudo abranger uma grande quantidade de espécies de aves. I Encontro Regional de Iniciação Científica Referências GRESSLER, D.M. 2008. Biologia e sucesso reprodutivo de Sicalis citrina PELZELN, 1870 (Aves: Emberizidae) no Distrito Federal. (Tese de Mestrado) Universidade de Brasília, Brasília, 77 p. INSTITUTO AMBIENTAL DO PARANÁ – IAP.2002. Plano de manejo do Parque Estadual do Cerrado. Curitiba. 1-459. LINSINGEN, L.; SONEHARA, J. S.; UHLMANN, A.; CERVI, A. 2006.Composição 43 florística do Parque Estadual do Cerrado de Jaguariaíva, Paraná, Brasil. Acta Biologica Paranaense v. 35 (3-4): 197-232. MARINI, M.Â., LOBO, Y., LOPES, L.E., FRANÇA, L.F. & PAIVA, L.V. 2009. Breeding biology of Tyrannus savana (Aves, Tyrannidae) in cerrado of Central Brazil. Biota Neotropica. Disponível em: http://www.biotaneotropica.org.br. Acessado em: 02/07/2012. MIKICH, S. B. & BÉRNILS, R.S. Livro Vermelho de Fauna Ameaçada no Estado do Paraná. Disponível em:>http:// www.pr.gov.br/iap. Acessado em: 09/08/2012. I Encontro Regional de Iniciação Científica 44 I Encontro Regional de Iniciação Científica da Faculdade União Latino-Americana de Tecnologia PRODUÇÃO DE ÁLCOOL DE BATATA-DOCE E OTIMIZAÇÃO DO PROCESSO DE HIDRÓLISE VIA ENZIMAS PURIFICADAS Malu Maria WEIGERT; Maria Eduarda SOARES SANTOS; Erivelton César STROPARO. Jaguariaiva, Tecnologia em Biocombustíveis. E-Mail: [email protected], Resumo: A batata-doce [Ipomoea batatas (L) Lam] apresenta-se como uma excelente fonte de biomassa para produção de álcool combustível, associada a baixo custo de produção e rusticidade, porém inviável economicamente devido a altos custos em seu processo de hidrólise. Este trabalho visa a produção de etanol com ênfase no processo de hidrólise. Serão selecionados três cultivares de batata-doce para o processo. Serão testadas variadas combinações de alfaamilase e amiloglicosidase visando maior rendimento e menor custo de produção. Posteriormente, realizar-se-á o processo de fermentação para obtenção do álcool seguidamente a analises de quantificação e qualificação do mesmo frente à algumas normas ANP. Palavras Chave: Hidrólise. Ipomoea batatas. Enzimas purificadas. Introdução A matriz energética continua calcada no elemento propulsor de emissão de poluentes, baseado no uso intensivo de recursos fósseis e não renováveis. Atualmente, a busca por fontes alternativas de energia vem tomando força gradativamente, por meio de pesquisas e do desenvolvimento tecnológico1. Basicamente, a alternativa energética, reside na agricultura, a qual oferece uma amplitude de matérias-primas adequadas à produção de biocombustíveis como o etanol e o biodiesel. Se tratando de etanol, várias culturas destacam-se, sendo que no Brasil a cana-de-açúcar domina amplamente o mercado, porém surgem algumas restrições, tais como, o não desenvolvimento em áreas de temperaturas mais baixas, somente um ciclo anual, dentre outros 2. A batata-doce surge como uma alternativa, que pode vir a somar na produção de etanol brasileira. Para isso deve-se ressaltar as principais características positivas da utilização desta amilácea, tais como: curto ciclo de desenvolvimento (4-5 meses), rusticidade no campo, adaptada às condições tropicais, alto rendimento por tonelada de matéria prima, e aproveitamento do co-produto resultante da fermentação na alimentação animal (concentra cerca de 23% de proteína em sua constituição1). Porém, o grande gargalo da utilização desta matéria prima está no processo de hidrólise, haja vista que a maior concentração de carboidratos encontra-se na forma amilácea, que necessita de processos específicos para a conversão do amido em açúcares redutores para em seguida ocorrer a fase fermentativa que originará o etanol 3. Durante este processo, são necessárias elevadas temperaturas de reação, a qual vem a gerar elevados custos, tornado-o menos vantajoso em relação ao processo da cana, por exemplo. Porém, estudos revelam que enzimas específicas realizam a conversão do amido açúcares facilmente. Portanto, este trabalho tem por objetivo testar variadas combinações de enzimas visando o maior rendimento possível de açúcares ao final da hidrolise para posteriormente a obtenção de Bioetanol de excelente qualidade. Material e Métodos Serão utilizados quatro cultivares de batata-doce provenientes do banco de Germoplasma da UEPG, essas serão Lívia, Duda, I Encontro Regional de Iniciação Científica da União-Latino Americana de Tecnologia I Encontro Regional de Iniciação Científica da Faculdade União Latino-Americana de Tecnologia Júlia e, com teores contrastantes de amido. O material selecionado passará por um processo de secagem e moagem, visando a formação de uma farinha, a qual integrará, na presença de água, o mosto que virá ser hidrolisado. Para o processo serão utilizadas concentrações variadas de alfa-amilase e amiloglicosidase as quais corresponderão de 0;50;100;200;300 microlitros. Os experimentos serão realizados em tubos de ensaio, com variações de temperatura na faixa de 20 a 80ºC, em intervalos de 10ºC. Ao final do processo de hidrólise, serão quantificados os teores de açúcares redutores por meio do método ADNS6. Posteriormente, as amostras passarão pelo processo de destilação, visando a separação álcool gerado. Por cromatografia gasosa, será determinado o tipo de álcool de cada cultivar, juntamente com seus respectivo percentual. O método utilizado será ASTM D550. Por fim, serão analisados parâmetros físico-químicos, tais como, pH, condutividade e massa especifica, afim de visar se o álcool produzido será destinado à combustão ou para álcool fino. Os métodos seguem as normas ANP. Resultados Esperados - Determinar melhor combinação das enzimas, visando melhor rendimento em termos de hidrólise; - Obter álcool a partir de batata-doce de excelente qualidade; - Qualificar o álcool frente as normas ANP. . Agradecimentos A ULT - União Latino Americana de Tecnologia e Universidade Estadual de Ponto Grossa. Referências 1 SILVEIRA; M.A. Álcool Combustível - Série Indústria em Perspectiva. Batata-doce: Uma Nova Alternativa para a Produção de Etanol. v. 1. p. 109-122. Brasília 2008. 2 FELTRAN; J.C.; VALLE; T.L. Batata-doce (Ipomoea batatas (L) Lam): Matéria-prima alternativa para a produção de etanol. 2009. 3 GIRARD; F.; FALLOT; A.Review of existing and emerging technologies for the production of biofuels in developing countries. Energy for sustainable development, v 10. p. 92-108. 2006. 4 SILVA, R.N.; MONTEIRO, V.N.; ALCANFOR,J.D.X.; ASSIS, E. M.; ASQUEIRI, E.R. Comparação de métodos para determinação de açúcares redutores e totais de mel. Ciência e Tecnologia de Alimentos. V.23. n°3. Campinas-SP. Setembro 2003. 5 ANP – Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis. Dados estatísticos, Brasília 2005. Disponível em: www.anp.gov.br/ Acesso: 10 de junho de 2010. 6 MILLER, G. L. Use of dinitrosalicylle acid for determination of reducing sugar. Anal. Chem. 11, 426-428, 1959 I Encontro Regional de Iniciação Científica da União-Latino Americana de Tecnologia I Encontro Regional de Iniciação Científica da Faculdade União Latino-Americana de Tecnologia CRIAÇÃO DE UM SIG UTILIZANDO UM SOFTWARE LIVRE E OUTRO DE BAIXO CUSTO PARA O PRODUTOR FLORESTAL Mauricio da ROSA RIBEIRO; Felipe MARTINS DE OLIVEIRA. Faculdade União Latino-Americana de Tecnologia, curso de Engenharia Florestal, E-Mail: [email protected] RESUMO: Este trabalho mostra a utilização de softwares de baixo custo e fácil manipulação destinada a SIG (Sistemas de Informações Geográficas), onde este recurso integra informações de diversas áreas em um mapa digital permitindo uma melhor visualização da propriedade rural, um maior rendimento nas atividades a serem desenvolvidas e também permite a criação de uma gama de informações formando um grande banco de dados histórico da propriedade. O principal motivo pelo desenvolvimento deste sistema é a facilidade de esses softwares serem manipulados e com baixo custo para o produtor e também a comparação de precisão do trabalho realizado a campo com uma vetorização realizada com base em imagens. Palavras chave: SIG. Banco de dados. Software livre Introdução Os Sistemas de Informações Geográficas (SIG) são ferramentas eficientes para integrar diferentes formatos e tipos de informações, proporcionando ao mesmo tempo um poderoso conjunto de procedimentos para análise dos dados. Um SIG agrupa, unifica e integra a informação. Torna-a disponível de uma forma que ninguém teve acesso anteriormente, e coloca a informação antiga em um novo contexto (DANGERMOND, 1987). Com o avanço da tecnologia voltada às ciências agrárias, no ramo da silvicultura, surgiu a necessidade da criação de um Sistema de Informações Geográficas objetivando o aumento do controle dos reflorestamentos. Desta forma, visa-se uma maior produtividade e diminuição de custos ao longo do cultivo. O SIG permite uma melhor compreensão das inter-relações entre níveis de informações e, consequentemente, facilita o processo de tomada de decisão em planejamento ordenado e gestão dos recursos florestais (BORGES, 1996). Os SIGs favorecem a tomada de decisões rápidas com eficiência. Dessa forma, pode-se determinar o potencial volumétrico ou de biomassa a ser explorado, determinar as condições da fragmentação de habitat e a perda da diversidade, determinar o impacto da degradação florestal e seus efeitos nas condições hidrológicas, edáficas e climáticas. Para isso ter um bom resultado basta ter um banco de dados atualizado e preciso. O Sistema de Informação Geográfica separa a informação em diferentes camadas temáticas e armazena-as independentemente, permitindo trabalhar com elas de modo rápido e simples, permitindo ao operador ou utilizador a possibilidade de relacionar a informação existente através da posição e topologia dos objetos, com o fim de gerar nova informação. Material e Métodos O trabalho de pesquisa de campo foi realizado a coleta de dados em relação ao uso e ocupação da propriedade, onde contem todos os cursos d’água, vegetação nativa em diferentes estágios de regeneração, áreas com espécies exóticas, áreas com agriculturas. Esses dados foram delimitados com a utilização de um equipamento GPS geodésico pós processado com precisão de 0,5m (Figura 1). I Encontro Regional de Iniciação Científica da União-Latino Americana de Tecnologia I Encontro Regional de Iniciação Científica da Faculdade União Latino-Americana de Tecnologia Em seguida foi criado uma tabela utilizando o Microsoft Excel® com dados de todas as classes de uso como: idade da vegetação, DAP (diâmetro altura do peito) médio dos talhões, custo para a implantação da floresta, tratos culturais já realizados, tratos culturais a serem realizados, comparação de inventários anteriores de produção, prestadores de serviço em cada talhão e outros. Após a criação da tabela foi separo os dados por talhões, onde foi cada talhão recebeu um nome favorecendo a sua identificação. Com essa identificação e os dados obtidos a campo foi utilizado o Software Google Earth® para a importação da tabela com os dados de cada talhão. Esse software permite integração de dados com imagem permitindo a criação de um SIG, pelo fato de o usuário poder adicionar informações georreferenciadas de uma determinada cultura. Com a utilização do Microsoft Excel® juntamente com seus recursos didático, ficou bastante acessível à busca por informações da propriedade favorecendo assim um maior controle das atividades desenvolvidas. Já a utilização do software Google Earth® para a visualização dos dados da tabela favorece um melhor entendimento dos dados, tendo em vista que o produtor pode visualizar seus dados georreferenciados. A criação do banco de dados da propriedade com a junção dos dados obtidos de órgãos públicos (Figura 3) ajuda na tomada de decisões como, por exemplo, de qual espécie implantar em um determinado tipo de solo na propriedade. Figura 3. Banco de dados e imagem vetorizada. Figura 1. Equipamento GPS utilizado para coleta de dados Foi utilizado para integrar o banco de dados informações regionais fornecidos por órgãos públicos como o IBGE, IAP e ITCG. Uma das informações mais importantes adquiridas para a integração foi um mapa de solos na escala 1:50.000 As informações que também integram esse mapa são: vegetação característica, origem do solo, subordem, textura, e outras (Figura 2). Figura 2. Cada cor corresponde a um tipo de solo Conclusões O levantamento realizado permitiu uma coleta de dados onde possui grandes informações muito importantes para a construção de um histórico da propriedade, portanto a utilização do SIG é de fato um segmento oriundo da quebra das barreiras tecnológicas chegando com uma grande vantagem aos proprietário rurais que tiverem acesso a esse sistema com softwares de baixo custo. Agradecimentos Ao Laboratório de Informações Geográficas e Ambientais - LIGA, da Fundação ABC, por fornecer os equipamentos e softwares para a criação do SIG. Referências Resultados e Discussão I Encontro Regional de Iniciação Científica BORGES, J.G. Sistemas de apoio à decisão em planejamento em recursos naturais e 48 I Encontro Regional de Iniciação Científica da Faculdade União Latino-Americana de Tecnologia ambiente. Revista Florestal, Lisboa, 1996, v.9, n.3, p.37-44. NOBRE, S.R.; RODRIGUEZ, L.C.E.; SILVEIRA, L.E.S.; SIMÕES, G.D.O.; Componentes Básicos de um Modelo Relacional de Dados para a Gestão Florestal. Silva Lusitânia, Lisboa, 2004, v.12, v. especial, p.103- 117. PARTIDÁRIO, M.R. Introdução ao ordenamento de terra. Lisboa: Universidade Aberta, 1990, p.210. I Encontro Regional de Iniciação Científica 49 ESTUDO COMPARATIVO DO CRESCIMENTO ENTRE 4 ESPÉCIES DE Eucalyptus (Myrtaceae). Afonso Celso Marinho BALDRATI; Vitor Cesar MIESSA COELHO Faculdade ULT – União LatinoAmericana de Tecnologia. E-mail: [email protected] Resumo: No presente trabalho o autor avalia o melhor rendimento entre as espécies de Eucalyptus nas terras arenosas na região de Jaguariaíva-Pr. Em função do aumento da demanda por Eucalyptus das indústrias e madeireiras e poucas pesquisas científicas na região de Jaguariaíva. Pretende este trabalho demonstrar entre quatro espécies de Eucalyptus quais se destacam em crescimento em m³/ha/ano sendo elas; Eucalyptus benthamii; E.dunnii; E.urograndis e E.urocan. Palavras Chave: Eucalytus .Reflorestamento. Crescimento. Introdução Com aumento da demanda por Eucalyptus das indústrias e madeireiras na região do município de Jaguariaíva – Pr. Torna-se evidente que precisamos identificar as espécies de Eucalyptus que obtém os melhores crescimento em m³/há/ano,t para energia como para mo velaria Material e Métodos O ensaio foi instalado no Município de Jaguariaíva-Pr, a 24°16’18’’ de latitude S, e 49°38’44’’ de longitude W. Foram introduzidas 4 espécies/procedências de Eucalyptus. O experimento conta com 4 tratamentos e 4 repetições disposta em blocos casualizados de 48m x 20m . Espaçamento de plantio: 3,0mx2, 0m=6m²/planta As parcelas são constituídas de 40 plantas ( 10x4 ) Área de 1 parcela:20,0m x 12,0m=240m² Área de 1 bloco:240,0m² x 4 =960 m² (Are total: 960 m² x 4 =3840 m² Resultados e Discussão Até o presente momento foi escolhido o local, efetuada análise de solo, operação de riper, efetuado plantio, adubação, readubação com 90 dias. I Encontro Regional de Iniciação Científica da União-Latino Americana de Tecnologia Conclusões Ainda não é possível inferir conclusões. DEFORMAÇÃO CÔNCAVA (ENCANOAMENTO) NO PROCESSO DE FABRICAÇÃO DE MOLDURAS FLAT JAMBS. Alexandre Junior ROSA DA LUZ, Faculdade União Latino-Americana de Tecnologia, curso de Engenharia Florestal, [email protected] Resumo: Devido à demanda de mercado as empresas estão se adequando as condições de mercado para a evolução da sua qualidade de seus produtos. Este trabalho visa a melhor trabalhabilidade e tratabilidade da madeira no processo de fabricação de molduras cujo problema está associado ao encanoamento no qual o trabalho está visando uma melhor secagem e consequentemente o tabicamento e carregamento da madeira dentro das estufas aonde serão analisados os lotes de madeira antes de ser seca e analisar o resultado da madeira ao sair da estufa com alterações no programa de secagem e também um acompanhamento da tabicamento no setor serraria e analisar a porcentagem de rachadura no setor seguinte para tirar uma base da qualidade da madeira para um produto final de qualidade Palavras Chave: Secagem. Encanoamento. Molduras. Introdução Segundo a Associaação brasileira de indústrias madeireiras processadas mecanicamente encanoamento é uma deformação que acontece na hora do gradeamento da madeira e também na hora da secagem é diferença de contração entre as faces da peça a madeira contrai mais na face tangencial que na radial ocasionando o encanoamento. www.abimci.com.br O seguinte trabalho está sendo realizado devido a anomalias encontradas na fabricação de molduras no qual o problema é oriundo de uma secagem má conduzida . No qual o problema em questão se trata de encanoamento È gerado quando ocorre secagem mais rápida de uma face ou quando uma face se contrai mais que a outra, mesmo com secagem uniforme, devido ao plano em que foi feito o corte da peça de madeira (radial ou tangencial esse problema pode ocorrer devido ao mau carregamento dentro da estufa ou até mesmo o mau gradeamento); A madeira deve ser seca para agregar valor econômico e resistência mecânica para o seu uso final. A secagem ajuda ao combate ao ataque de fungos que podem prejudicar a estrutura da madeira. Material e Métodos As analises serão realizadas na empresa Braspine madeira Ltda. CNPJ 01.203.549/0002-27. Empresa do gênero madeireiro com uma produção de 200 containers por mês de molduras. A analise será realizada em estufas com capacidades de 170 m³ contendo no total 8 estufas. O Seguinte estudo será baseado nas curvas de secagem no tabicamento ao sair do setor serraria é no carregamento da madeira dentro das estufas. Será elaborado um treinamento com os operadores de secagem e operadores de Empilhadeira que carregam as estufas, através de LUP’s e normas técnicas que serão apresentados para todos os setores envolvidos. I Encontro Regional de Iniciação Científica da União-Latino Americana de Tecnologia Agradecimentos À Empresa Braspine Madeiras Ltda pelo consentimento e autorização para a realização desse trabalho e também pelo consentimento de poder está fazendo estágio elaborado. Referências BAKER, W.J. How wood dries. Madison: Forest Products Laboratory, 1956. 9p. (Report, 1642). Figura 1. Teste no carregamento da estufa. BRANDÃO, A.T.O. Determinação de metodologia para a indicação de programas de secagem de madeiras. Piracicaba, 1989. 100p. Dissertação (Mestrado) – Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, Universidade de São Paulo. INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS. Divisão de Madeiras. Madeira: o que é e como pode ser processada e utilizada. São Paulo: ABPM, 1985. 189p. (Boletim ABPM, 36). Figura 2. Madeira com encanoamento. Resultados e Discussão Espera-se com esses resultados obter uma melhor qualidade da madeira diminuindo a incidência de encanoamento e melhorando a trabalhabilidade e rentabilidade da madeira na produção de molduras estabelecendo padrões de qualidade que satisfação os nossos colaboradores na fabricação e o mais importante à confiabilidade dos nossos clientes em receber um produto de qualidade. Conclusões Ainda não há conclusões finais sobre esse trabalho. I Encontro Regional de Iniciação Científica 52 A INTER-RELAÇÃO DA MATA CILAR COM O MEIO Ricardo VIERA RIBEIRO; Leonardo VON LINSINGEN. Faculdade ULT – União Latino-Americana de Tecnologia. RESUMO – Este trabalho teve como objetivo demonstrar que a mata ciliar possui uma função maior que somente proteção. Ela inter-relaciona todo o ecossistema tornando-o um só. Devido a este fato, dificilmente consegue-se estudar um só elemento ou uma parte deste ecossistema, visto a inter-dependência (direta ou indireta) desses ecossistemas, sendo assim, conclui-se que além de inter-ligados eles são interdependentes, formando um ciclo vital. Palavras Chave: Mata ciliar. Ecossistema. Inter-relação Introdução As matas ciliares constituem-se, reconhecidamente, em um elemento básico de proteção dos recursos hídricos, apresentando diversos benefícios tanto do ponto de vista utilitarista, em relação direta ao ser humano, quanto do ponto de vista efetivamente ecológico, para a preservação do equilíbrio ambiental e, conseqüentemente, da biodiversidade. As matas ciliares guardam íntima relação com a quantidade e o comportamento da água existente nos sistemas hidrográficos, controlando por um lado a vazão e por outro a estabilidade dos fluxos hídricos (FRANCO, 2005). Dentre os benefícios proporcionados ao meio ambiente por esta vegetação, tem merecido destaque o controle à erosão nas margens dos rios e córregos; a redução dos efeitos de enchentes; manutenção da quantidade e qualidade das águas (ARAÚJO et al., 2004; ARCOVA e CICCO, 1999); filtragem de resíduos de produtos químicos como agrotóxicos e fertilizantes (MARTINS, 2001; MARTINS, 2007); servir de habitat para diferentes espécies animais contribuindo para a manutenção da biodiversidade da fauna local (SANTOS et al., 2008). Este trabalho tem sua importância devido a que o desenvolvimento urbano tem aumentado gradualmente e invadido estas áreas, destruindo assim todo um ecossistema, isto se dá por que caso uma parte de um ecossistema seja afetado, todo o restante sofrera. Todo meio quando estudado nota-se que estes funcionam como uma máquina com engrenagens cada qual desenvolve um papel de importância significante sendo indispensável todo e qualquer forma de vida ali existentes. Este trabalho teve por objetivo demonstrar como a mata ciliar interage com meio, e o papel que ela desenvolve nas margens dos rios como: corredor ecológico, filtro natural, retentor de resíduos, escora das barrancas pelo seu sistema radicular, interação do ambiente terrestre e o aquático os transformando em um só, ciclagem de nutrientes. Material e Métodos Este trabalho consiste em um revisão bibliográfica, com utilização de recursos multimail e acesso a I Encontro Regional de Iniciação Científica da União-Latino Americana de Tecnologia base de dados, utilizando das seguintes palavras chaves: Mata ciliar. Ecossistema. Inter-relação. Com base na revisão bibliográfica os assuntos foram sendo compilados e organizados de forma a comparar resultados. Resultados e Discussão A importância desse trabalho é demonstrar que a mata ciliar é responsável pela estabilidade e uniformidade do ciclo vital que gira ao redor das águas e que esses fatores são inter dependentes, diretamente ou indiretamente, de forma que caso qualquer parte deste ciclo seja afetado todo o restante sofrera conseqüências de uma forma ou de outra. Conclusões Conclui-se que a mata ciliar é diretamente responsável pela estabilidade e uniformidade do ciclo vital que gira ao redor das águas e que esses são inter dependentes, Agradecimentos Gostaria de agradecer primeiramente a Deus por me permitir o acesso a toda minha educação desde a pré-escola até a faculdade. Aos meus pais que me ajudaram muito por toda essa minha trajetória de estudo. A todos meus amigos que sempre me ajudaram em todos os trabalhos. Referências ARAUJO, M. M.; LONGHI, S. J.; BARROS, P. L. C.; BRNA, D. A.: Caracterização Da chuva de sementes, banco de sementes do solo e banco de plântulas em Floresta Estacional Decidual Ripária Cachoeira do Sul, RS, Brasil. Scientia Florestalis. N.66, P.128-141, Dez.2004. FRANCO, J. G. O.: Direito ambiental matas ciliares: conteúdo jurídico e biodiversidade. Curitiba: Juruá, 2005. 192 p. diretamente ou indiretamente, de forma que caso qualquer parte deste ciclo seja afetado todo o restante sofrera conseqüências de uma forma ou de outra. Nota-se também que estas matas fazem a ligação dos meios aquáticos e terrestres tornando-os um só ecossistema, e tem um papel também para a fauna terrestre vital para sua sobrevivência e propagação das espécies que utilizam estas áreas para se locomover atrás de alimentos e para se acasalarem, e também fazem a ligação de uma área a outra. A recomposição de matas ciliares estão ordenadas pela lei 4.771/65, que, de acordo com o código florestal, no artigo 2°, que estabelece ao longo dos rios ou dos rios ou de qualquer curso d’ água é obrigatória a presença de vegetação. A faixa de mata ciliar varia de acordo com a metragem do curso d’ água de uma margem a outra. I Encontro Regional de Iniciação Científica 54 ANÁLISE QUANTITATIVA DE DADOS PARA AJUSTE ESTATÍSTICO DE RELAÇÃO HIPSOMÉTRICA PARA UM POVOAMENTO DE Pinus elliottii NA REGIÃO DE ITAPIRAPUÃ PAULISTA – SP Pricila Maria de PIZZOL, Vitor Cezar Miessa COELHO, União Latino-Americana De Tecnologia – ULT, Jaguariaiva, Engenharia Florestal, [email protected] Resumo: A cultura do Pinus vem se modificando em termos de espécies, procedências e clones, e aumentando suas áreas de plantio, formas de manejo (preparo de solo, adubação, espaçamento e desbastes). Com isso tornou-se viável para empresas florestais desenvolverem métodos para analisar o crescimento e o potencial da produção de povoamentos de Pinus para estimar sua produção em volume da madeira e estratégias de comercialização. Em inventários florestais é comum medir a variável diâmetro altura do peito (DAP) de todas as árvores da parcela e a altura apenas em algumas delas. Com essas variáveis é possível obter um conjunto de dados que geram uma equação matemática mais conhecida com relação hipsométrica. Com esses dados é possível estimar as alturas que não foram medidas a campo, reduzindo assim custos durante a coleta de dados e garantindo um inventario florestal mais preciso rápido e com baixo custo. Porem o presente trabalho tem como objetivo determinar quantitativamente o conjunto mínimo de dados necessários para o ajuste estatístico de relação hipsométrica em povoamento de Pinus elliiottii, dado pelo Coeficiente de Determinação (R²) a fim de se estimar a variável altura nas parcelas que não foram mensuradas, reduzindo significativamente o custo no processo de medição, para isso foram locadas 64 unidades amostrais de 400m² cada (20,0m x 20,0m) aleatoriamente em todos os talhões. Foram medidos os diâmetros de todas as árvores e cerca de 28% das alturas nas 64 unidades amostrais com esse conjunto de dados foram testados 6 modelos matemáticos para a escolha da melhor equação com base nos seguintes critérios estatísticos: erro padrão em porcentagem, coeficiente de determinação ajustado e análise gráfica de resíduos. Palavras Chave: Pinus elliottii. Coeficiente de Determinação (R²). Relação Hipsométrica I Encontro Regional de Iniciação Científica da União-Latino Americana de Tecnologia Introdução O Pinus vem sendo uma das espécies mais plantadas na região sul e sudeste. Os Plantios mais extensos são de Pinus taeda L. e Pinus elliottii Engelm, por serem tolerantes às baixas temperaturas e ao plantio em solos rasos e pouco produtivos para a agricultura e são usadas em larga escala nas indústrias. Com isso, a cultura do Pinus vem se modificando em termos de espécies, procedências e clones, e aumentando suas áreas de plantio, formas de manejo (preparo de solo, adubação, espaçamento e desbastes). Os plantios de Pinus são efetivamente produtores de multi-produtos, como a produção de madeira para fibras (celulose, chapa de MDF), para serraria (diferente bitolas), produtos sólidos, resíduos, que vêm sendo utilizados como biomassa ou substratos orgânicos. (MOURA, 2011). Com isso tornou-se viável para empresas florestais desenvolverem métodos para analisar o crescimento e o potencial da produção de povoamentos de Pinus para estimar sua produção em volume da madeira e estratégias de comercialização. Em inventários florestais, a variável diâmetro à altura do peito (DAP) é facilmente medida para todas as árvores; a altura total, no entanto obtida de modo indireto através de instrumentos apropriados, fornece resultados apurados, porém não econômicos, devido ao tempo gasto. Portanto, é comum a medição do diâmetro de todas as árvores das parcelas e a altura apenas em algumas delas. Com estas variáveis é possível obter um conjunto de dados que geram uma equação matemática mais conhecida com relação hipsométrica. Com esses dados é possível estimar as alturas que não foram medidas a campo. Com finalidade de reduzir custos durante a coleta dos dados no inventario florestal. As equações hipsométricas estão sendo utilizadas com maior freqüência garantindo um inventario florestal mais preciso rápido e com baixo custo. Porém o uso incorreto pode acarretar a erros consideráveis no inventario florestal. No entanto, o número de medições de altura a ser coletado para gerar a curva em função do diâmetro para estimar a altura das demais, obtendo certo nível de precisão que não é muito definido. A escolha da melhor equação é dada pelos seguintes critérios estatísticos: erro padrão em porcentagem, coeficiente de determinação ajustado e análise gráfica de resíduos. (MOURA, 2011) Material e Métodos Foi realizada uma visita prévia na área com intuito de fazer um diagnostico da qualidade dos povoamentos, mapas da área e planejamento das condições de trabalho. Com as informações levantadas na área, foi concluído que o processo de amostragem indicado para esse povoamento é a Amostragem Inteiramente Casualizada, pois os povoamentos apresentam um grau de homogeneidade elevado, seja em lotação/ha, diâmetros e alturas. Esse estudo foi realizado na Fazenda Paiquerê que está situada no município de Itapirapuã Paulista, estado de São Paulo. A área da Fazenda possui cerca de 295,0ha de florestas de Pinus elliottii. E tem como objetivo principal de manejo das florestas a produção de resina. O povoamento foi plantado nos anos de 2000 e 2001. O espaçamento predominante é de 3,0m x 2,0m, perfazendo uma lotação de 1.667 árvores por hectare. Algumas pequenas áreas foram plantadas com espaçamentos I Encontro Regional de Iniciação Científica da União-Latino Americana de Tecnologia diferenciados: 4,0m x 4,0m, 3,0m x 4,0m e 5,0m x 5,0m, com duas e três mudas por cova. Foram locadas 64 unidades amostrais de 400m² cada (20,0m x 20,0m) aleatoriamente em todos os talhões. Foram medidos os diâmetros de todas as árvores e cerca de 28% das alturas nas 64 unidades amostrais. Foram avaliados 6 modelos matemáticos, sendo todos os modelos tradicionais encontrados na literatura florestal, citados por vários pesquisadores. Foram realizados os cálculos que indicaram a equação que apresentou o melhor ajuste para esse conjunto de dados. Utilizou – se como critério de seleção de melhores ajustes a análise gráfica dos resíduos, coeficiente de determinação ajustado (R² ajust), F tabelar e o F calculado e o erro padrão da estimativa em porcentagem (Syx%). Sendo o coeficiente de determinação ajustado (R²ajust) o fator determinante para a escolha da melhor equação, pois através do mesmo pode-se analisar qual melhor equação matemática que se ajustou para a estimativa das alturas do povoamento para este conjunto de dados. Resultados e Discussão Através de dados obtidos foram testados 6 modelos matemáticos que geraram o seguinte quadro de ajuste: Tabela 1. Quadro de Ajustes Quadro Resumo de Dados Equações Curtis Trorey R²aju st 30,74029 93 36,89388 11 Sxy% 7,719916 2 7,368990 9 Henrykson Equa I Curtis ln Equa III 34,4384196 40,014 61 32,072 92 39,305 61 7,5109866 7,2948 37 7,6315 72 7,3308 02 Fcalc 18,30980 15 12,40033 16 21,4860584 14,007 91 19,414 51 13,628 17 Ftab 0,000122 4 0,000075 6 0,0000412 2,96E05 8,32E05 3,68E05 Coef B0 16,23823 33 11,86150 98 -2,1587467 3,6574 7 2,8385 63 3,4699 8 Coef B1 76,97705 0,310370 9 4,8568613 33,911 3 -6,5053 1,6485 09 Coef B2 0,016677 3 220,17 48 20,835 57 Fonte: autores. Ao analisar os critérios estatísticos, foi escolhido a EQUA I a que apresentou os melhores indicadores de ajuste: Erro Padrão da Estimativa (Sxy%) 7,29 – abaixo de 10% Coeficiente de Determinação (R²ajust%) 40,01% - deve encontrar-se próximo de 100. Após a escolha da melhor equação está sendo acrescentados dados sucessivamente até certa estabilização do Coeficiente de Determinação ajustado (R²ajust). Por esta razão esse trabalho continua em analise. Agradecimentos Á Deus, os meus pais, amigos e aos colegas de turma pelo companheirismo e amizade. E a todos que de forma direta ou indiretamente me incentivam para realização deste trabalho. Referências MOURA, R. A. P. ANÁLISE QUANTITATIVA DE DADOS PARA AJUSTE ESTATÍSTICO DE RELAÇÃO HIPSOMÉTRICA PARA UM POVOAMENTO DE Pinus elliottIi NA REGIÃO DE ITAPIRAPUÃ PAULISTA – SP, Jaguariaiva, 2011. CALDEIRA, M. V. W.; SCHUMACHER, M. V.; SCHEEREN, L. W.; BARICHELLO, L. R.; WATZLAWICK, L. F.; RELAÇÃO HIPSOMETRICA PARA ACACIA MEARNSII I Encontro Regional de Iniciação Científica da União-Latino Americana de Tecnologia COM DIFERENTES IDADES. Bol. Pesq. Fl., Colombo, n. 45, jul./ dez.2002 p.57-58. FLORIANO, E. P.; MÜLLER, I.; FINGER, C. A. G.; SCHNEIDER, P. R.; AJUSTE E SELEÇÃO DE MODELOS TRADICIONAIS PARA SÉRIE TEMPORAL DE DADOS DE ALTURA DE ÁRVORES Ciência Florestal, Santa Maria,2006. I Encontro Regional de Iniciação Científica da União-Latino Americana de Tecnologia USO DO FATOR DE FORMA NO AJUSTE DE EQUAÇÕES DE ESTIMATIVA DE VOLUME INDIVIDUAL Rafael PANICHEK, Vitor C. M. COELHO, União Latina Americana de Tecnologia , Jaguariaíva, Engenharia Florestal, E-mail: [email protected] Resumo: Este trabalho foi realizado com o objetivo de analisar o fator de forma como variável independente no ajuste de equações de volume individual. Foram utilizadas 3 equações, que foram ajustadas para fim de comparação e depois novamente ajustadas acrescidas do fator de forma. Houve a observação de melhoria de acordo com os parâmetros utilizados. Palavras Chave: Equação de volume individual. Fator de forma. Ajuste de equações. Introdução A atividade florestal tem como uma de suas principais ferramentas o conhecimento do estoque atual e futuro de madeira de uma determinada floresta. Segundo Franco et. al (1997), através desses estoques é possível planejar a colheita florestal, decidir sobre a compra e venda de terras e analisar o crescimento de uma floresta ao longo dos anos, dentro de diferentes sítios e regimes de desbaste. A determinação do volume de uma única árvore é uma tarefa relativamente simples, uma vez que suas variáveis de forma isolada são facilmente mensuráveis. Entretanto se trata de trabalho não muito prático, uma vez que é necessário o abate da árvore para a mensuração. Assim é o uso de métodos de estimativa, que tentam determinar o volume da arvore através de outras variáveis, o método mais usado para obtenção do volume. A aplicação do fator de forma é uma alternativa, à cubagem de uma árvore de um povoamento. A razão entre o volume real e o volume do cilindro à altura do DAP, convenciona-se como fator de forma. Segundo Netto (2006) este é o mais antigo processo para se estimar o volume, e foi concebido, valendo-se do princípio geométrico da rotação dos corpos. Entretanto o fator de forma sozinho pode levar a erros de estimativa, já que não é um fator que explique por completo o volume. Hoje a determinação do volume de uma árvore, se dá principalmente pelo uso de equações de volume. Com dados coletados previamente a campo através do inventário florestal, podemos ajustar uma equação que explica o volume de uma árvore, em função de seu diâmetro, altura e forma (AHRENS, 1983). A qualidade da estimativa do volume depende principalmente do melhor ajuste de uma equação que explique-o. Comumente se usa o diâmetro a altura do peito (DAP) e a altura como fatores determinantes no ajuste de uma equação que melhor explique o volume. Este trabalho tem por objetivo testar o fator de forma como variável independente, além do usual DAP e altura, para realizar o ajuste de equações de volume individual. Material e Métodos O trabalho foi desenvolvido a partir de dados coletados em uma floresta de Eucalyptus grandis com 4 anos de idade situada no município de Arapoti-PR. Os dados de DAP, volume, altura e fator de forma, foram obtidos a partir da cubagem rigorosa por Smalian das árvores centro de classe do inventário florestal, resultando num total de 107 árvores cubadas. A partir desses dados foi testado o grau de correlação por Pearson entre a variável dependente volume, e as variáveis independentes: DAP, altura e fator de forma. Para os ajustes de equações foram utilizados 3 modelos clássicos (Tabela 1), que foram ajustados para efeito de comparação, e depois novamente ajustadas acrescidos do fator de forma como variável independente. I Encontro Regional de Iniciação Científica da União-Latino Americana de Tecnologia Para a análise dos resultados obtidos e melhor entendimento dos mesmos, foram utilizados os seguintes parâmetros: análise gráfica dos resíduos, que demonstra a distribuição do resíduo das estimativas; coeficiente de determinação ajustado (R²ajust), que expressa quantidade de variação da variável dependente que é explicada pelas variáveis independentes. Quanto mais próximo de 1 (ou 100%) for o valor de R², melhor terá sido o ajuste; erro padrão da estimativa em percentagem (Sxy%), que mede a dispersão média entre os valores observados e estimados ao longo da linha da regressão; teste de Fisher, indica se há significância no ajuste a determinado nível de probabilidade, por meio da comparação do valor de F calculado com o valor de F tabelado. Quando o valor de F calculado é maior que o F tabelado, a regressão é significativa ao nível de probabilidade desejada. Tabela 1. Equações testadas: Variáveis Autor VolumeAltura 0,8496 Volume-ff -0,4743 Os resultados obtidos nos ajustes realizados estão expressos a seguir pelas tabelas comparativas (Tabela 3, 4 e 5) entre cada equação ajustada, com e sem o fator de forma, de acordo com os parâmetros já estabelecidos, e pelos gráficos (Gráficos 1,2 e 3) de dispersão do resíduo, também comparando os resultados entre a equação com e sem o fator de forma. Tabela 3. Comparativo de ajuste: equação Husch. Husch Husch (+ff) R²ajust% 98,68752 99,51500 Sxy% 21,73102 12,00211 7971,33920 10875,89788 7,53E-101 1,69E-121 F Funções F de significação log V = β0 + β1log d d Husch log V = β0 + β1log d + β3logff Gráfico 1. Comparativo de ajuste: equação Husch. V = β0 + β1d²h Spurr V = β0 + β1d²h + β2ff d, h V = β0 + β1d² + β2d²h + β3h State V = β0 + β1d² + β2d²h + β3h + β4ff Resultados e Discussão A tabela abaixo mostra os resultados da correlação de Pearson entre as variáveis analizadas Tabela 2. Correlação entre a variável dependente volume, e as variáveis independentes Relações Tabela 4. Comparativo de ajuste: equação Spurr. Coeficiente de Correlação Spurr de Person Volume-DAP I Encontro Regional de Iniciação Científica 0,9623 Spurr (+ff) R²ajust% 98,97900391 99,17316351 Sxy% 8,586755264 7,727283792 60 F 10277,01818 6357,973508 F de significação 1,4129E-106 1,8865E-109 Gráfico 2. Comparativo de ajuste: equação Spurr. Conclusões Pela análise das correlações, pode-se observar que existe uma correlação negativa entre o volume e o fator de forma. Para as equações testadas, observou-se na análise gráfica dos resíduos uma melhora na distribuição nas equações acrescidas do fator de forma. Os indicadores R²ajtust%, Sxy% e teste de Fisher obtiveram melhoras em todos os casos comparados. Os dados testados se referem a um único povoamento, sendo recomendado testes em outras amostras para uma verificação dos resultados. Referências FRANCO, J.F.; SCOLFORO, J. R. S.; MELLO, J. M.; OLIVEIRA, A. D. Eficiência dos Métodos para Estimativa Volumétrica de Eucalyptus camaldulensis. Lavras – MG, 1997. Tabela 5. Comparativo de ajuste: equação State. State State (+ff) R²ajust% 99,17905346 99,32567639 Sxy% 7,699712035 F 361,0025016 3904,363892 F de significação 3,93205E-52 6,97832557 NETTO, S. P. Estimativas Volumétricas de Arvores Individuais - Síntese Teórica. Revista Floresta, 2006. AHRENS, S. Importância da distribuição de resíduos de regressão na seleção de equações de volume - Silvicultura, São Paulo, 1983. 1,36E-110 Gráfico 3. Comparativo de ajuste: equação State. I Encontro Regional de Iniciação Científica 61 AÇÃO DO FUNGO XILÓFAGO Agrocybes perfecta (Rick) E A INFLUÊNCIA DE TERMOTRATAMENTO NA ANATOMIA DOS ELEMENTOS TRAQUEAIS E FIBRAS DE Tectona grandis Linn. (Verbenaceae) Ananda BRAGA SANTOS; Hélio Fernando de OLIVEIRA JUNIOR. Faculdade ULT – União latino Americana de Tecnologia. E-Mail: [email protected] Palavras-Chave: : Anatomia da madeira. Elementos traqueais. Biodegradação. Introdução A madeira por ser originária de um sistema biológico complexo, apresenta um material de extrema variabilidade. Suas propriedades físicas e mecânicas variam significativamente entre espécies, entre árvores de uma mesma espécie e entre diferentes partes de uma mesma árvores, tal como no sentido medula-casca e base topo (SOUZA, 2010), podem também variar estruturalmente conforme o tratamento empregado na preservação da mesma, bem como em relação ao ataque de fungos xilófagos. A Segundo a literatura, a espécie Tectona grandis é naturalmente resistente ao ataque de fungos xilófagos, pela presença de tectoquinona. Em 2010 FRANCO RAYMUNDO, observou uma má resistência ao ataque do fungo (Agrocybes c.f. perfecta) na teca termotratada a 140 °C, o autor colocou como hipótese a presença de tectoquinona, assim, justifica-se a necessidade de comprovação dessa hipótese quanto ao fato de que os fungos são os maiores responsáveis pela degradação das madeiras, atingindo principalmente suas estruturas celulares. O conhecimento da anatomia da madeira é imprescindível no entendimento da preservação e utilização de madeiras, segundo a literatura, a espécie Tectona grandis é naturalmente resistente ao ataque de fungos xilófagos, pela presença de tectoquinona. O objetivo deste trabalho foi de avaliar e comparar as características anatômicas de T. grandis “in natura” e termotratada em duas condições de temperaturas e posteriormente submetidos ao ataque de fungo xilófago Agrocybe perfecta. Material e Métodos Foram avaliados anatomicamente os elementos traqueais e fibras. As amostras foram preparadas seguindo o método de Franklin e após a dissociação das amostras foram confeccionadas lâminas histológicas para análise do material em microscópio óptico. Entre as amostras analisadas, utilizaram-se a madeira de T. grandis “in natura”, termotratadas a 140°C e 160°C, dentre as amostras foi possível identificar as características anatômicas dos elementos traqueais e as alterações estruturais ocasionadas pelos diferentes termotratamentos, e a degradação destes pela inoculação de fungos. Resultados e Discussões O conhecimento dos tipos celulares que constituem o lenho, assim como sua organização e peculiaridades estruturais é de fundamental importância, pois permitem compreender o comportamento da estrutura anatômica durante os diferentes estágios de crescimento e desenvolvimento do indivíduo, assim como a interferência de fatores ambientais. Os elementos de vaso quando analisados apenas do ponto de vista do termotratamento (sem teste biológico) apresentaram valores significativos para o comprimento a 160°C igual a 0,26885000 mm, evidenciando que a 160°C os elementos de vaso sofrem redução do seu comprimento devido a alta temperatura empregada neste processo. I Encontro Regional de Iniciação Científica da União-Latino Americana de Tecnologia Quando analisados do ponto de vista do teste biológico o termotratamento que obteve a maior degradação do EV foi a 160°C obtendo diminuição na largura do vaso, caracterizando desta forma a degradação da parede celular. As fibras quando analisados apenas do ponto de vista do termotratamento (sem teste biológico) apresentaram valores significativos para largura nos diferentes termotratamentos, evidenciando que as mesmas sofrem redução da sua largura devido às altas temperaturas empregadas neste processo. Quando analisadas do ponto de vista do teste biológico elas não variam significativamente no comprimento e nem na largura, este fato pode ocorrer possivelemente pelo tempo de aplicação de teste biológico, que pode ter sido insuficiente, ou então, porque o fungo Agrocybe cf. perfecta num primeiro momento degrade os elementos de vaso por estes se tratarem de estruturas mais delicadas do que as fibras, pois a presença da placa de perfuração acarreta numa região desprovida de parede primária e secundária, tornando esta estrutura mais vulnerável ao ataque de fungos xilófagos. Conclusões T. grandis nas condições desse estudo demonstrou a decomposição da parede celular, contrariando a literatura que identifica a presença de tectoquinona como agente antimicótico na espécie em estudo. Ainda nas condições desse estudo demonstrou que o termotratamento provoca alterações nos diâmetros e largura dos elementos de vaso e fibras. Referências <http://www.ipef.br/identificacao/tectona.grand is.asp.> Acesso em: 26 de Junho de 2011; JUDD, W.S. et al.Sistemática vegetal: Um enfoque filogenético. 3.ed. Porto Alegre: Art.Med, 612p., 2009; LOPES, J. H. & MELO-DE-PINA, G. F. Análise morfométrica dos elementos traqueais em quatro espécies de Portulaca (Portulacaceae). Acta Botanica. Brasilica. Vol. 22(3): p. 607-613, 2007; MADY, F. T. M. Técnicas para Microscopia da Madeira. EDUA, Manaus, 2007; MARANHO, L. T., GALVÃO, F., MUÑIZ, G. I. B., KUNIYOSHI, Y. S. PREUSSLER, K. H. Variação dimensional das traqueídes ao longo do caule de Podocarpus lambertii Klotzsch ex Endl., Podocarpaceae. Acta Botanica Brasilica, vol. 20(3): p. 633-640. 2006; RILLING, E, Alfredo G. Eng. Industrial Madeireiro e Diretor Técnico. Madeira Modificada Com Calor TMT (Thermally Modified Timber) < http://www.twbrazil.com.br/artigos/tmt_5.pdf>, Acessado em: 13 de Maio de 2011; VALERO, U. W. Relación entre anatomía y propiedades físico-mecánicas de la especie Tectona grandis proveniente de los llanos occidentales de Venezuela. <http://www.una.ac.cr/inis/docs/teca/temas/Sty lesValero1.pdf> Acessado em 26 de Junho de 2011; IPEF, Tectona grandis (Teca). Piracicaba. Disponível em: I Encontro Regional de Iniciação Científica da União-Latino Americana de Tecnologia WPC – WOOD PLASTIC COMPOSITE NO USO DE VIGAS ESTRUTURAIS Homero Nanni RINALDI NETO. Professor da Faculdade ULT (União Latino-Americana de Tecnologia) - Engenharia Florestal – Estruturas de Madeira. E-mail: [email protected] Resumo: Este trabalho utilizou serragem de madeira de Eucalyptus e resina plástica PEBD reciclada, na proporção de 20% madeira e 80% resina plástica, sendo o material extrusado em uma extrusora monorrosca de 75mm de diâmetro. Os testes de resistências serão realizados em prensas de ensaios de compressão e os dados serão comparados com a norma NBR 7190/97, com a finalidade de provar que o compósito é tão resistente quanto a madeira, porém com mais vantagens. . Palavras Chave: WPC. Vigas. Estruturas. Introdução O setor madeireiro sempre teve uma preocupação em eliminar os resíduos gerados pelo processo, tais como cavaco, serragem e pó de serragem. O primeiro é largamente utilizado em caldeiras para geração de energia, porém os outros dois são materiais finos, que tornam-se desinteressantes para geração de energia, restando pouca utilidade. Uma das soluções de uso desses resíduos é a produção de compósito plásticomadeira. Segundo STARK, WHITE e CLEMONS (1997), os compósitos plásticomadeira ou WPC (wood-plastic composites) estão se tornando o material mais importante dentro do processo da reciclagem. Os compósitos são misturas de resinas plásticas e neste caso madeira, sendo normalmente utilizado o pó de serragem ou a serragem de madeira. Existem outros tipos de compósitos com finalidade estrutural, tais como mistura com fibra de vidro e outros minerais, porém o custo destes materiais torna-se inviáveis. Em relação à madeira, o compósito plástico-madeira tem algumas vantagens, tais como não rachar, não empenar, exigir pouca manutenção ( Brandt e Fridley, 2003), além de melhorar o desempenho mecânico de plásticos convencionais e as fibras da madeira aumentam a rigidez dos compósitos. Segundo Koenig e Sypkens (2002), existe uma perspectiva de aumento de uso dos compósitos plástico-madeira, pois podese obter produtos com propriedades superiores ao plástico e a madeira. O objetivo deste estudo será analisar os compósitos plástico-madeira quanto ao uso estrutural em vigas de estruturas de telhado. Os objetivos específicos serão: Verificar as propriedades mecânicas do compósito plástico-madeira e comparar os dados obtidos com os valores de referencia da norma NBR 7190/97. Material e Métodos Os materiais que serão utilizados são serragem de Madeira de Eucalyptus que foi gerado por diversas indústrias locais e foi fornecido por uma empresa do município de Jaguariaíva Paraná que comercializa este produtos. Quanto à resina plastica será PEBD, polietileno de baixa densidade, sendo este material reciclado. A mistura utilizada será de 20% de Madeira e o restante de resina plástica, I Encontro Regional de Iniciação Científica da União-Latino Americana de Tecnologia respeitando um teor de umidade da Madeira em torno de 8%. A extrusora que será utilizada para produzir este material será uma extrusora monorrosca de 75mm de diâmetro emprestada por uma empresa local. Os testes de resistência mecânica utilizarão prensas para ensaios de compressão, sendo os parâmetros de ensaios os mesmos adotados para ensaios em Madeira, Segundo NBR 7190/97. Resultados e Esperados Os resultados obtidos com os ensaios dos compósitos de plástico-madeira deverão ser comparados com os dados informados na NBR 7190/97. A expectativa é que os resultados sejam favoráveis ao compósito, pois somente com estes dados conseguiremos ampliar a área de utilização deste material, não restringindo apenas ao uso decorativo, ou ao uso de materiais para composição de acabamentos de piso. Referências Wood and Fiber Science, v.35, n.1,p.135-147, 2003. KOENIG, K. M.; SYPKENS, C. W. Wood-plastic composites for market share. Wood and Wood Products, v.107, n.5, p.49-58, 2002. STARK, N. M.; WHITE, R. H.; CLEMONS, C. M. Heat release rate of wood-plastic composites. Sampe Journal, v.33, n.5, p.26-31, 1997. FEIRA E CONGRESSO INTERNACIONAIS DE COMPOSITES, POLIURETANO E PLÁSTICOS DE ENGENHARIA. Compósitos. Disponível em: <http://www.feiplar.com.br/materiais/pdf/comp osites.pdf> Acesso em: 02 out. 2012. YAMAJI, F. M. Produção de compósitos plástico-madeira a partir de resíduos da indústria madeireira, 2004 MADEIRA COMPOSTA E GEOLAM.Compósitos. Disponível em: http://www.geolam.com/media/pdf/PT/PT_FA Q.pdf Acesso em: 02 out. 2012. BRANDT, C. W.; FRIDLEY, K. J. Effect of load rate on flexural properties of wood-plastic composites. I Encontro Regional de Iniciação Científica da União-Latino Americana de Tecnologia ESTADO DA ARTE NA DAS PESQUISA EM ANATOMIA VEGETAL NO BRASIL. Wérica Gonçalves Padilha SCHRÖDER, Helio Fernando de OLIVEIRA JUNIOR. Faculdade ULT – União Latino-Americana de Tecnologia, Jaguariaiva, Pr. E-Mail: [email protected] Resumo: contendo uma breve introdução, justificativa, objetivos, metodologia, resultados. : A produção acadêmica desenvolvida pelos discentes dos Programas de Pós Graduação (PPG) Stricto Sensu, brasileiros sobre anatomia Vegetal na área de ciências Biológicas no período de 1987 a 2011 é caracterizada no artigo. O Estado da arte classifica-se como um estudo bibliográfico, o qual foi realizado a partir de resumos de teses e dissertações que estavam disponíveis no Banco de Teses Capes e identificadas e analisadas. No período investigado identificou-se 381 trabalhos acadêmicos entre dissertações de Mestrado e teses de Doutorado. Palavras Chave: Anatomia vegetal. Pesquisa bibliográfica. Estado daArte. Introdução A estrutura interna dos vegetais é estudada pela Anatomia Vegetal que é uma disciplina da Botânica com longa tradição, a qual faz o estudo comparativo de células, tecidos e órgãos vegetais Em anatomia aplicam-se observações criticas e extensivas as quais resultam na compilação, codificação e análise de dados descritivos utilizando métodos das ciências experimentais. A anatomia vegetal possui relevante destaque nas Ciências Agrárias, pois permite o conhecimento da estrutura dos vegetais os quais são de extrema importância para nas diversas atividades humanas. A contribuição do Brasil na pesquisa aplicada a anatomia vegetal apresenta-se interessante embora os materiais bibliográficos encontrem-se pulverizados nas diferentes áreas de pesquisa. No Brasil e em outros países nos últimos quinze anos, tem se produzido um conjunto significativo de pesquisas conhecidas pela denominação “estado da arte” ou estado do conhecimento”, que é um estudo bibliográfico sobre as produções de determinado tema. Não há no país a produção de pesquisa do estado de arte sobre Anatomia Vegetal portanto esta faz-se necessária devido a crescente produção de conhecimento sobre o tema. As tendências de pesquisas sobre Anatomia Vegetal desenvolvidas junto aos programas de Pós- Graduação (PPG) Stricto Sensu brasileiros no período de 1987 a 2011 caracterizam -se neste artigo, que possui como objetivo uma investigação das produções sobre Anatomia Vegetal nos últimos vinte e cinco anos. I Encontro Regional de Iniciação Científica da União-Latino Americana de Tecnologia Material e Métodos O trabalho caracteriza-se como estudo bibliográfico, a pesquisa se desenvolveu a partir da leitura e análise dos resumos das dissertações e teses produzidas junto aos PPG, Stricto Sensu, brasileiros, nas áreas de Ciências Biológicas sobre anatomia Vegetal, identificada junto ao Banco de Teses da Capes, disponível no site www.capes.gov.br, seguindo as seguintes etapas: 1ª Etapa - mapeamento da produção acadêmica sobre Anatomia Vegetal: identificação das dissertações e teses que tratam a respeito o tema Anatomia Vegetal como objeto de pesquisa, dos PPG Stricto Sensu brasileiros que pesquisam sobre esse tema. No estudo inclui as pesquisas que são aquelas que apresentam a expressão Anatomia Vegetal no título ou nas palavraschave. 2ª Etapa - elaborar um Banco de Dados: ler sistematicamente os resumos, identificando os trabalhos que, indicam efetivamente uma inserção no campo de pesquisa em Anatomia Vegetal e elaborar um Banco de Dados para sistematizar e possibilitar um olhar sobre o que se pesquisa na área, identificando elementos centrais para análise (título, autor, área de conhecimento, curso, nível da produção,resumo, metodologia, espécie utilizada e palavra chave). 3ª Etapa - análise de conteúdo dos resultados: realizada a partir do Banco de Dados, que possibilita identificar, caracterizar, quantificar possíveis tendências consolidadas a partir das pesquisas sobre Anatomia Vegetal, produzidas junto aos PPG Stricto Sensu brasileiros. Teses Capes, identificou a existência de 381 trabalhos acadêmicos entre dissertações de Mestrado e teses de Doutorado defendidos no período de 1987 a 2011. Conclusões A pesquisa de estudos sobre Anatomia Vegetal possibilitou a percepção da vasta produção acadêmica sobre o assunto. Destacar, avaliar, caracterizar, quantificar e identificar conhecimento produzido sobre Anatomia Vegetal em um período especifico e apresentar seu resultados não é uma tarefa muito fácil. A considerar-se a crescente contingência de pesquisas cientificas realizadas no Brasil. Em razão disso não se apresenta o produto final e sim a etapa inicial visto que as outras etapas exigem maior espaço de tempo e dedicação, o que possibilita a direção para que novas pesquisas sobre anatomia Vegetal possam ser realizadas. Agradecimentos Alunos do 2º periodo em 2012 do curso de Engenharia Florestal. Referências VASCO, A. P. ZAKRZEVSKI, S. B. B.O ESTADO DA ARTE DAS PESQUISAS SOBRE PERCEPÇÃO AMBIENTAL NO BRASIL disponível em : < http://www.uricer.edu.br/new/site/pdfs/perspec tiva/125_71.pdf> Acesso em :01 ago. 2012 Resultados e Discussão AGUIAR, T.V., SANT’ANNA-SANTOS, B.F.3, AZEVEDO, A.A. e FERREIRA, R.S. ANATI QUANTI: software de análises quantitativas para estudos em anatomia vegetal Disponível em: < http://www.scielo.br/scielo.php?pid=s010083582007000400001&script=sci_arttext>. Acesso em: 09 set. 2012. Através da análise dos resumos de teses e dissertações disponíveis no Banco de Silva L. M. , Alquini Y. e Cavallet J. V. é Interrelações entre a anatomia vegetal e a I Encontro Regional de Iniciação Científica da União-Latino Americana de Tecnologia produção vegetal Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/abb/v19n1/v19n1a17. pdf>. Acesso em: 09 set. 2012. NORMA SANDRA DE ALMEIDA FERREIRA AS PESQUISAS DENOMINADAS “ESTADO DA ARTE” Disponível em: <http://www.fe.unicamp.br/alle/textos/NSAFAsPesquisasDenominadasEstadodaArte.pdf>. Acesso em: 18 set. 2012. I Encontro Regional de Iniciação Científica da União-Latino Americana de Tecnologia AVALIAÇÃO DA PRODUÇÃO DE ÓLEO A PARTIR DE MICROALGAS EM AMBIENTE NORMAL E SOB CONDIÇÕES DE STRESS Rodrigo TODD; Luis Gustavo BELASQUE; Ariane Ap. de LIMA, Erivelton STROPARO.. Faculdade ULT – União Latino-Americana de Tecnologia, Jaguariaiva, Tecnologia em Biocombustíveis. E-Mail: [email protected] Resumo: A matriz energética mundial continua baseada nas fontes fosseis. Devido aos inúmeros danos provocados ao meio ambiente, a busca por fontes renováveis de energia aumenta gradativamente. O biodiesel obtido por microalgas vem sendo apontado como um grande promissor nesta área, haja vista que pode-se obter níveis elevados desta matéria prima em pequenas áreas de cultivo. Este trabalho visa a produção de microalgas tanto em condições normais quanto em condições de stress com o objetivo de aumentar a produtividade de óleo. Palavras Chave: Algas, Microacroalgas, Biodiesel. Introdução A demanda de energia no planeta vem crescendo de forma acelerada, em função do aumento da população mundial é de consumo per capita, em especial nos países desenvolvidos. Porem a maior fonte energética é proveniente de origem fóssil. A queima dos combustíveis gerados ocasiona, de forma significativa em agressões ao meio ambiente, tais como, aquecimento global, efeito estufa dentre outros1. Estudos mostram que os biocombustíveis, tais como o biodiesel, pode contribuir significativamente, para a redução parcial destes problemas ambientais. A produção de biodiesel a partir de microalgas vem se destacando no mercado, devido ao seu grande potencial na produção de óleo, matéria prima para produção do biodiesel. Enquanto a soja produz 0,2 a 0,4 toneladas de óleo por hectare, pinhão-manso de 1 a 6 toneladas de óleo por hectare e o dendê cerca de 3 a 6 toneladas de óleo por hectare, segundo pesquisas, a alga pode geral cerca de 100 mil litros de óleo em um hectare 2. Devido a esta e outras vantagens, este trabalho tem por meta, produzir microalgas em laboratório a fim de testar os rendimentos em termos de óleo tanto em meio convencional quanto em meio de stress. Objetivos Objetivo Geral Produzir óleo a partir de micro-alga em condições controladas Objetivo Específico - Produzir grandes quantidades de óleo em meio de stress; - Extrair com eficiência o óleo gerado tanto em meio de stress quanto em meio natural; I Encontro Regional de Iniciação Científica da União-Latino Americana de Tecnologia - Obter óleo de excelente qualidade visando a produção futura de biodiesel - Verificar diferença significativa na produção de óleo no meio em stress; - Obter altos rendimentos em termos de extração do óleo. Material e Métodos A matéria prima para o estudo foi coletada em uma represa no município de Carnlópoles-PR. Dois meios de cultura serão testados, sendo que ambos com nutrição adequada, oxigenação constante, em um período de sete dias. Em 2 galões de 20 litros serão colocados aproximadamente 100g de microalga, sendo que em um deles a temperatura será adequada segundo a literatura e outro será submetido à elevação da temperatura com o objetivo de desenvolver o stress da alga. Posteriormente, serão avaliados parâmetros, tais como, massa produzida e seguidamente da extração do óleo produzido nos dois meio de cultura. Resultados Esperados - Espera-se um bom desenvolvimento e adaptação da micro-alga nos meio propostos; Agradecimentos A ULT –União Latino Americano de Tecnologia Referências 1 - GOLDEMBERG, J. Meio ambiente no século 21. Especialistas falam da questão ambiental nas suas áreas do conhecimento. 4° Ed. CampinasOS, 2008. 2 - NEWMAN,S. Com funbciona o biodiesel de algas. Beverly Hills, Californio. United States. Disponivel em: HTTP://carros.hsw.uol.com.br/biodiesel-dealgas4.htm. Acesso em 18 out. 2012. I Encontro Regional de Iniciação Científica da União-Latino Americana de Tecnologia TRANSFORMAÇÃO DE METRO ESTÉREO (ST) DE MADEIRA PARA ENERGIA EM TON. John Lenon de Jesus CARDOSO CORDEIRO; Vitor Cesar MIESSA COELHO, Faculdade União Latino-Americana de Tecnologia, curso de Engenharia Florestal, E-Mail [email protected]. Resumo: Este trabalho analisou como estava sendo executada a forma de receber as cargas de madeira para energia qual é o processo de medidas das mesmas e tem como objetivo mostrar através da conversão de metro estéreo (st) para toneladas de a madeira obter redução de custo como um todo, ganho de tempo nas operações de medidas e tornar convencional a maneira de receber madeira para energia na indústria. Palavras Chave: Transformar. Metro estéro. Energiaem ton . Introdução A biomassa é uma das fontes para produção de energia com maior potencial de crescimento nos próximos anos. Tanto no mercado internacional quanto no interno, ela é considerada uma das principais alternativas para a diversificação da matriz energética e a consequente redução da dependência dos combustíveis fósseis. Dela é possível obter energia elétrica e combustível, como o diesel e o etanol, cujo consumo é crescente em substituição aos derivados de petróleo como o óleo diesel e a gasolina, uma das maneiras de se obter energia é através do consumo de madeira (lenha). O volume de madeira expresso em metro estéreo (m st) algumas vezes necessita ser convertido em Metro cúbico. No Brasil, o estéreo vem sendo utilizado desde os tempos coloniais para a comercialização de lenha, mas ele também foi adotado ha mais de 40 anos quando se iniciou a comercialização da madeira de eucalipto para fins industriais. Atualmente, ele e a unidade utilizada para comercialização de quase todo tipo de madeira, desde a lenha que as padarias ou restaurantes compram em pequenas quantidades, ate a madeira para produção industrial comercializada pelas grandes indústrias. Tecnicamente, um estéreo e igual ao volume de uma pilha de madeira de um metro cúbico e, portanto, compreende a madeira propriamente dita e os espaços vazios entre as toras. O estéreo não faz nenhuma restrição às dimensões das toras ou da pilha montada, nem ainda ao método de empilhamento e, por isso, e de medição rápida no campo e permite a fácil visualização da produção de madeira após o abate das arvores. Estas foram, provavelmente, as principais razoes para o seu estabelecimento como forma tradicional de comercialização de madeira e de pagamento no campo do trabalho de colheita florestal. Material e Métodos A pesquisa esta sendo realizada da seguinte forma, Ao chegar à empresa é anotado o nome da empresa prestadora de serviço de transporte, sua placa, procedência e o nome do condutor, passando por uma balança que é utilizada para a pesagem de grão agrícola que é o foco da renda da empresa. Onde é retirado seu peso bruto. Toda a carga será retirada a umidade que a I Encontro Regional de Iniciação Científica da União-Latino Americana de Tecnologia madeira esta no dia o mesmo segue para uma área onde a empresa disponibiliza um funcionário para a medição da carga do caminhão que é executado da seguinte forma e retirado medida do comprimento da madeira sobre a carroceria onde ela se encontra alocada após é retirado da mesma forma a largura da madeira seguindo de três alturas do produto de cada lado da carga do caminhão após vai ser feito a seguinte conta soma das alturas divido por numero de alturas multiplicado pela a largura e o resultado dividido por o comprimento. E por fim e anotado a placa do caminhão e nome do motorista esta medida é marcada em um broco com quatro vias sendo uma delas entregue ao motorista, todos os comprovantes são assinado pelo motorista e o conferente das medidas. Seguindo desse processo o caminhão terá o destino para o descarregamento que pode ser no consumo final ou para o pátio de estocagem da mesma. Após a descarga da madeira, o caminhão segue para a balança novamente onde Será retirada sua tara e calculado o peso da carga liquida que o mesmo estaria transportando. Figura 1. Maneira de execução para medida em estéreo. Agradecimentos A empresa Cooperativa Agropecuária Castrolanda e a empresa Cordeiro Madeiras por disponibilizar equipamentos equipe de corte e transporte para a execução do trabalho. Referências METRVM uma publicação on-line do Laboratório de Métodos Quantitativos do Departamento de Ciências Florestais, ESALQ, Universidade de São Paulo, 2/outubro/2002. BARROSO, R. A. Consumo de Lenha e produção de resíduos de madeira no Setor Comercial e Industrial 2007. I Encontro Regional de Iniciação Científica da União-Latino Americana de Tecnologia TRATAMENTO DE EFLUENTES LÍQUIDOS DA INDÚSTRIA DE PAPEL IMPRENSA EMPREGANDO OZÔNIO. Jian Carlos VARELA, Stanley Magno de Oliveira MELO, União Latino Americana de Tecnologia – ULT, Jaguariaíva, Engenharia Floresta. E-Mail: [email protected] Resumo: O principal objetivo do presente trabalho foi à utilização do ozônio no tratamento de efluentes líquidos de uma indústria de papel imprensa, considerando o ozônio com concentração de 0,73 g.L-1 e tempo de exposição de 90 minutos. As amostras coletadas foram analisadas no laboratório, onde as variáveis estudadas foram à remoção do DQO, fenóis totais, turbidez, sulfetos e a cor. O presente trabalho está passando por reajustes para conclusões finais, mais parcialmente é possível notar que no ponto de vista técnico o processo de ozônização em efluentes líquidos industriais é altamente viável na remoção das variáveis citadas acima. Palavras Chave: Efluentes. Ozônização. Introdução Com o crescimento da industrialização e a necessidade da equalização dos processos produtivos do setor papeleiro, surgiu- se a necessidade da utilização das águas dos corpos hídricos em grande escala, para suprir a demanda de tais produtos à sociedade e esta grande quantidade de água utilizada, expressa a média em torno de trinta e cinco metros cúbicos de água por tonelada de polpa gerada. A contrapartida esta grande utilização gera elevadas quantidades de resíduos e efluentes, os quais não devem ser dispostos novamente nos cursos naturais sem devido tratamento, pois irão impactar nocivamente ao meio ambiente inibindo o seu desenvolvimento da Fauna e Flora. Para que haja total controle desses resíduos gerados, faz-se necessário a monitoração e o tratamento de tal forma que seja possível ao meio ambiente a sua assimilação. Pode-se dizer que a reutilização de toda essa água utilizada no processo seria uma grande forme de geração mínima de efluentes, mais por outro lado, este procedimento de reutilização e recirculação pode tornar-se um grande vilão dentro do processo produtivo, atravéz de desgastes em equipamentos e baixo rendimento devido a inúmeros ciclos podendo gerar contaminantes ao processo, corrosão às tubulações, incrustrações e proliferação de bactérias contidas nessas incrustrações, afetando a confiabilidade das unidades da indústria e consequentemente a produção. Hoje em todas as empresas existe uma área destinada ao tratamento desses efluentes, o qual chama-se de Estação de Tratamento de Efluentes, que em sua maioria empregam processos físicos-químicos e operações associadas ou separadas como a coagulação, floculação, flotação, sedimentação, filtação, oxidação, na busca dos parâmetros de qualidade, estabelecidas pelos orgãos fiscalizadores. Indústrias do setor, vem focando progressivamente em investimentos em melhorias de qualidade ambiental, visando a redução da carga poluente e volume de I Encontro Regional de Iniciação Científica da União-Latino Americana de Tecnologia efluentes lançados nos corpos aquáticos receptores, de onde é retirada toda a água utilizada no processo industrial. Neste contexto, o presente trabalho aborda a oxidação para degradação dos compostos recalcitrantes, de difícil remoção por processos biológicos com a utilização do processo de Ozonização (POA), o qual tem se mostrado bastante eficiênte na descoloração de efluentes e na oxidação de compostos refratários. Methods (1998), fenóis totais foi determinada pelo método colorimétrico de Folin-Ciocaulteu, proposto por SCALBERT et al. (1989), sulfetos foi determinado pelo método titulométrico descrito pelo STANDARD METHODS (2005) e utilizou-se para leitura da cor aparente um Espectrofotômetro (DR/2010, HACH) em 455 nm, calibrado com padrões de platina / cobalto (método 8025 – manual HACH). Resultados e Discussão O efluente produzido na indústria de papel imprensa possui alta concentração de Material e Métodos material orgânico, tanto na forma dissolvida, Na realização deste trabalho, foi utilizado efluente líquido de uma empresa que produz papel imprensa, o qual foi coletado em uma Estação de Tratamento de Efluentes. Os experimentos foram realizados com a utilização de alguns componentes básicos, tais como: gerador de ozônio, concentrador de oxigênio molecular, e uma câmara de ozônização. O oxigênio molecular (O2) foi obtido através de um concentrador de oxigênio, o qual transforma o oxigênio atmosférico em oxigênio molecular, que irá alimentar o gerador de ozônio posteriormente. Através de descargas elétricas conhecidas como Efeito Corona, o gerador de ozônio irá transformar o oxigênio molecular em ozônio propriamente dito que irá abastecer a câmara de ozônização. Tal câmara consiste em um recipiente cilíndrico de vidro com 75 cm, o qual foi acondicionado 6000 ml de efluente, que através de micro-bolhas de ozônio introduzidas na parte inferior da câmara de ozônio para que haja a reação de oxidação. Este efluente foi submetido à ação do ozônio por 90 minutos, sendo coletado 100 ml a cada 15 minutos para realização de testes laboratoriais e acompanhamento das características do efluente em função do tempo. Para a caracterização físico-química do efluente foi utilizado a Demanda Química de Oxigênio (DQO)que foram desenvolvidas segundo o procedimento do Standard quanto em suspensão coloidal. O efluente em questão é recalcitrante biodegradabilidade, e e que de baixa pode ser representada pela relação DQO/DBO. Através dos obtidos, pode-se resultados observar parciais que para as variáveis analisadas, o processo demonstrou uma significativa remoção de DQO, fenóis totais, sulfetos, turbidez e cor. O processo de ozonização é viável do ponto de vista técnico para o tratamento do efluente da indústria papeleira em questão, apresentando uma ótima eficiência na remoção das variais acima. Referências ALMEIDA, E., ASSALIN, M. R., ROSA, M. A., DURAN, N. 2004, efluentes industriais oxidativos na Universidade I Encontro Regional de Iniciação Científica da União-Latino Americana de Tecnologia “Tratamento por presença Estadual de de processos de ozônio” Campinas, CP6154; Campinas – SP; Quim Nova, Vol. avaliação 27, Nº. 5, 818-824, 2004. coagulantes naturais, radiação ultravioleta BASSANI, F., “Monitoramento do lixiviado do da tratabilidade com (UV) e Ozônio”. Dissertação de Mestrado. DEQ/UEM, 2010. aterro controlado de Maringá, Paraná, e I Encontro Regional de Iniciação Científica da União-Latino Americana de Tecnologia AVALIAÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA DE POVOAMENTO DE Eucaliptus grandis NA FAZENDA SANTO INÁCIO – RIVERSUL/SP Carlos Umberto GRZYBOWSKI; Vitor César MIESSA COELHO. Faculdade ULT –União LatinoAmericana de Tecnologia – Engenharia Florestal Resumo: O Eucalyptus originário da Austrália, com mais de 600 espécies que compõem o gênero, apresentou uma excelente adaptabilidade ao clima brasileiro, atingindo grandes índices de produtividade. Essa adaptação foi maior na região sudeste, onde atualmente estão concentradas as maiores florestas de Eucalyptus. Muito utilizado atualmente na indústria de celulose, carvão vegetal e também na Construção Civil. Apesar da alta adaptabilidade, o Eucalyptus é muito suscetível aos fatores bióticos e abióticos. Os abióticos como temperatura, solo, etc. Já os bióticos como as doenças do cancro do Eucalyptus por exemplo. Algumas doenças na cultura de Eucalyptus tem sido de grande estudo pela grande influencia que exercem nas florestas atualmente. Para avaliar o nível de produção de um povoamento de Eucalyptus em uma Fazenda no município de Riversul/SP, utilizou-se então o inventário florestal, com o objetivo de avaliar qualitativamente e quantitativamente o comportamento desse povoamento de Eucalyptus, além disso, também o inventario visou avaliar as causas da mortalidade das mudas. Os resultados do inventario mostram que o nível de falhas atingiu quase 20%, dentre as causas dessa falha estão o plantio malfeito, mato competição, mudas de baixo padrão além do ataque de fungos como o cancro do Eucalyptus. Já a mortalidade de mudas atingiu 11% e dentre as causas estão tombamento de árvores, ação do vento, árvores quebradas e árvores mortas pós-plantio. Palavras Chave: Avaliação, Eucalyptus, Inventário. Introdução Com origem na Indonésia e na Austrália, o Eucalipto é uma das principais fontes de matéria-prima para produção de celulose. Pertence juntamente com mais de 600 espécies ao gênero Eucalyptus. No clima brasileiro o eucalipto conseguiu encontrar excelentes condições para se desenvolver, com um crescimento mais acentuado que no seu país de origem, alcançado um fator primordial, ou seja, – ALTA PRODUTIVIDADE. Sua utilização na indústria de papel começou no século XX, hoje em dia as florestas de eucaaslipto cobrem quase 5 milhões de hectares plantados no país. Em torno de 81,2% da área plantada dessa espécie é utilizada na indústria de celulose. Seu uso é vasto, além da celulose, da madeira utilizada na indústria moveleira, do carvão vegetal, também tem seu uso abrangente na construção civil. Os maciços florestais estão concentrados mais nas regiões sul e sudeste do país. Essas florestas garantem o fornecimento de matéria para prima para diversos ramos da indústria, como indústrias de papel, serrarias, e grandes siderúrgicas. Mesmo havendo uma crescente demanda por matéria-prima do eucalipto em relação a outros tipos de matérias-primas I Encontro Regional de Iniciação Científica da União-Latino Americana de Tecnologia como as das florestas nativas, segundo estudos a sua área de plantio ainda tem de ser aumentada consideravelmente para atender a demanda cada vez maior. Analisando isso se observa a crescente importância do gênero eucalipto, com capacidade suficiente para atender todas as demandas dos segmentos da indústria. Entretanto, o eucalipto é uma cultura mais exigente, sendo altamente suscetível a danos por baixas temperaturas, ainda mais por fortes geadas. Dessa forma a região sudeste por ser uma região com menor probabilidade de temperaturas negativas, associadas a uma fertilidade natural dos solos e uma melhor distribuição das chuvas, fazem com que essa região seja uma das preferidas quando se trata de plantios comerciais. Isso se confirma pelos números, quando cerca de 70% da área plantada de eucalipto no país se encontra na região sudeste, com forte predominância para mudas clonais. Na mesma linha de crescimento no que se refere à utilização de mudas clonais, estão as regiões sul, centro-oeste, norte e nordeste. O eucalipto sofre ataque de patógenos em toda a sua existência, desde a fase do viveiro até a sua fase final. Os problemas são diversos, ocorrendo sem distinção de local, época do ano e espécie. Algumas doenças são bem conhecidas quando do cultivo do eucalipto, como por exemplo: tombamento de Mudas, podridão de raízes, mofo cinzento, cancro, ferrugem, além de doenças foliares. Algumas doenças estudadas atualmente na cultura de eucalipto são importantes pela intensidade e pela frequência com que têm sido verificadas. Existem diversas origens para as doenças no cultivo de eucalipto, as abióticas, por exemplo, decorrem de diferentes fatores externos e estressantes do ambiente. Durante ou após a ação desse fator estressante do ambiente, as árvores tornam suscetíveis ao ataque de doenças. Independe do agente causal, a diagnose feita deve ser correta para que evite a continuação da propagação das doenças na cultura. Material e Métodos Foi realizada uma visita prévia à área com o objetivo de fazer o diagnóstico da qualidade do povoamento, aferição dos mapas da área e planejamento das condições de trabalho. O imóvel fica localizado no município de Riversul, Estado de São Paulo, a propriedade possui uma área total de 552,71 hectares, sendo 378,03 hectares de florestas de Eucalyptus e Pinus. Com as informações previamente levantadas, foi concluído que o processo de amostragem indicado seria a Amostragem Inteiramente Casualizada do tipo Amostragem de Sucessivos Inícios Aleatórios, já que o povoamento apresenta certa heterogeneidade em diâmetros e alturas. Foram locadas aleatoriamente, mas abrangendo todos os talhões, 60 unidades amostrais de 280 m² cada uma (20,0m x 14,0m). Nessas unidades amostrais foram feitas as anotações que se referiam a árvores: I Encontro Regional de Iniciação Científica da União-Latino Americana de Tecnologia MORTAS: total de árvores mortas da unidade amostral TOMBADAS: árvores que morreram por tombamento QUEBRADAS: árvores que morreram em função de quebras do fuste PLANTIO: árvores plantadas e morreram ainda na fase pós-plantio. 19 48 14 29,2% 5 10,4% 40% 20 49 7 14,3% 6 12,2% 27% 21 53 14 26,4% 4 7,5% 34% 22 49 15 30,6% 6 12,2% 43% 23 51 18 35,3% 5 9,8% 45% 24 51 5 9,8% 5 9,8% 20% 25 51 7 13,7% 12 23,5% 37% 26 57 14 24,6% 9 15,8% 40% Resultados e Discussão Em virtude da expressiva condição de heterogeneidade do povoamento, foi realizado um estudo da sobrevivência e mortalidade. O quadro abaixo mostra os percentuais, segundo cada unidade amostral. Tabela 1. Índice de Mortalidade e Sobrevivência MORTALIDADE E SOBREVIVÊNCIA ua n Falhas %Falhas Mortas %Mortas Σ 1 49 4 8,2% 3 6,1% 14% 27 50 15 30,0% 9 18,0% 48% 2 52 2 3,8% 4 7,7% 12% 28 53 11 20,8% 7 13,2% 34% 3 46 1 2,2% 10 21,7% 24% 29 52 3 5,8% 2 3,8% 10% 4 49 3 6,1% 6 12,2% 18% 30 52 8 15,4% 8 15,4% 31% 5 47 1 2,1% 8 17,0% 19% 31 49 1 2,0% 6 12,2% 14% 6 46 3 6,5% 4 8,7% 15% 32 51 3 5,9% 4 7,8% 14% 7 51 15 29,4% 5 9,8% 39% 33 50 6 12,0% 7 14,0% 26% 8 49 7 14,3% 7 14,3% 29% 34 49 14 28,6% 7 14,3% 43% 9 48 10 20,8% 4 8,3% 29% 35 50 6 12,0% 6 12,0% 24% 10 49 5 10,2% 4 8,2% 18% 36 52 16 30,8% 1 1,9% 33% 11 51 4 7,8% 7 13,7% 22% 37 51 11 21,6% 5 9,8% 31% 12 47 10 21,3% 3 6,4% 28% 38 50 7 14,0% 7 14,0% 28% 13 53 8 15,1% 4 7,5% 23% 39 52 16 30,8% 2 3,8% 35% 14 46 10 21,7% 7 15,2% 37% 40 48 7 14,6% 4 8,3% 23% 15 54 18 33,3% 7 13,0% 46% 41 50 14 28,0% 6 12,0% 40% 16 49 21 42,9% 2 4,1% 47% 42 52 18 34,6% 3 5,8% 40% 17 50 13 26,0% 10 20,0% 46% 43 20 7 35,0% 6 30,0% 65% 18 51 15 29,4% 5 9,8% 39% 44 52 11 21,2% 2 3,8% 25% I Encontro Regional de Iniciação Científica da União-Latino Americana de Tecnologia 45 53 10 18,9% 8 15,1% 34% 46 52 14 26,9% 1 1,9% 29% UA Mortas Tombada Quebrada Plantio 47 45 9 20,0% 5 11,1% 31% 1 3 0 0 3 48 54 16 29,6% 4 7,4% 37% 2 4 3 0 1 49 45 3 6,7% 8 17,8% 24% 3 10 4 0 6 50 49 13 26,5% 10 20,4% 47% 4 6 2 0 4 51 52 10 19,2% 10 19,2% 38% 5 8 1 0 7 52 51 5 9,8% 3 5,9% 16% 6 4 3 1 0 53 51 13 25,5% 3 5,9% 31% 7 5 1 0 4 54 50 18 36,0% 4 8,0% 44% 8 7 1 0 6 55 45 7 15,6% 2 4,4% 20% 9 4 2 0 2 56 44 10 22,7% 5 11,4% 34% 10 4 2 0 2 57 48 13 27,1% 3 6,3% 33% 11 7 4 0 3 58 49 15 30,6% 5 10,2% 41% 12 3 1 0 2 59 46 11 23,9% 3 6,5% 30% 13 4 0 0 4 60 50 16 32,0% 2 4,0% 36% 14 7 0 0 7 5,3 11,0% 31,3% 15 7 1 0 6 16 2 0 0 2 17 10 1 0 9 18 5 0 0 5 19 5 1 3 1 20 6 4 0 2 21 4 0 0 4 22 6 0 0 6 23 5 0 1 4 24 5 0 0 5 MÉDIA 20,3% Segundo as médias finais, o percentual de falhas atingiu 20,3%. Esse percentual está muito acima do aceitável, de 10%. As árvores mortas totalizaram 11,0% do povoamento. Em função dessa alta taxa de mortalidade, foi realizado um estudo para determinar as possíveis causas. CAUSAS DA MORTALIDADE Tabela 2. Causas da Mortalidade. I Encontro Regional de Iniciação Científica da União-Latino Americana de Tecnologia 25 12 1 4 7 51 10 2 4 4 26 9 0 1 8 52 3 1 0 2 27 9 1 0 8 53 3 0 3 0 28 7 0 0 7 54 4 0 0 4 29 2 0 0 2 55 2 0 0 2 30 8 0 0 8 56 5 1 0 4 31 6 0 0 6 57 3 0 0 3 32 4 0 0 4 58 5 0 0 5 33 7 0 1 6 59 3 0 0 3 34 7 0 0 7 60 2 1 0 1 35 6 0 0 6 36 1 0 0 1 37 5 1 1 3 38 7 0 0 7 39 2 0 0 2 40 4 0 0 4 41 6 2 0 4 42 3 1 0 2 43 6 0 0 6 44 2 0 0 2 45 8 1 1 6 46 1 0 0 1 MORTAS: total de árvores mortas da unidade amostral TOMBADAS: tombamento árvores QUEBRADA: árvores que função de quebras do fuste 0 0 5 48 4 0 4 0 49 8 2 4 2 50 10 4 1 morreram por morreram em PLANTIO: árvores plantadas e morreram ainda na fase pós-plantio. Feito esse levantamento por unidade amostral, o conjunto de informações foi resumido na Tabela 3, conforme abaixo: Tabela 3. Resumo das Mortalidades Causas Mortalidade (%) 47 5 que 5 I Encontro Regional de Iniciação Científica da União-Latino Americana de Tecnologia Tombadas 1,7 Quebradas 0,9 Plantio/Pós 8,5 TOTAL 11,0 5. 1. Árvores Tombadas O total de árvores tombadas do povoamento chega a 1,7%. Esse tombamento ocorre de forma irregular ao longo da área plantada. As possíveis causas são: a) Fungo Cryphonectria cubensis (Bruner) – Cancro do Eucalipto Esse fungo é característico dos solos de matas nativas do Brasil. Ele ataca o eucalipto a partir do segundo mês de vida, podendo matar árvores adultas. A sua ação ocorre pelo estrangulamento do colo da planta (região de transição entre a raiz e o tronco). Uma vez ocorrido o estrangulamento, a árvore tomba. Não existe nenhum tipo de tratamento para essa doença. b) Ação do vento Nos locais mais altos da fazenda, foi detectado o tombamento de árvores com exposição do sistema radicular, sem nenhum outro tipo de lesão aparente. O gênero Eucalyptus tem a característica de apresentar sistema radicular superficial, o que o torna mais suscetível a esse tipo de ocorrência. A única explicação plausível é a ação do vento sobre as áreas mais altas da fazenda. 5.3. Árvores Mortas no Pós-Plantio Há também a mortalidade por causas relacionadas com plantio da floresta. Essa causa totaliza cerca de, 8,5% do total da mortalidade. Foram computadas nesse item, as árvores que apresentavam características de pegamento inicial, crescimento e depois a sua morte. Possivelmente essa mortalidade ocorreu pelos sucessivos replantios. A muda replantada, não terá a mesma condição de crescimento que as mudas do plantio regular. Essa muda do replantio padecerá pela competição com as demais, porque o povoamento já está estabelecido, então além do estresse pelo pegamento, ainda há condições adversas de competição com as outras mudas que já estão estabelecidas e com as ervas daninhas. A muda do replantio acaba por ficar menor e com o tempo, as mudas do plantio formam um dossel (formação homogênea de copas da floresta), impedindo a entrada de luz para as árvores menores em altura. Com o tempo essas árvores menores morrem por falta de luz. Conclusões 5.2. Árvores Quebradas As conclusões foram as seguintes: As árvores quebradas, totalizam cerca de 0,9% do total do povoamento. Neste trabalho foram realizadas várias amostras, tais amostras contemplaram toda a heterogeneidade que a floresta apresentou. Diante disso os resultados obtidos como I Encontro Regional de Iniciação Científica da União-Latino Americana de Tecnologia falhas no plantio, árvores mortas, árvores tombadas e o que realmente ficou de plantio puderam ser vistos. seja, grande número de falhas, de árvores mortas por operações incorretas na hora do plantio e também por qualidade da muda. Se tratando do número de falhas atingiu um volume alto, ou seja, faltou após o período de plantio um acompanhamento mais detalhado, isso evitaria o grande número de falhas encontradas. Da analise qualitativa podemos perceber uma grande heterogeneidade na floresta, um dos motivos causados é a grande diferença na concentração de nutrientes no solo. A correção seria uma análise mais detalhada de nutrientes no solo por talhões, dessa forma, os problemas de nutrição seriam resolvidos e consequentemente a floresta cresceria num ritmo só e não em ritmos diferentes em diferentes partes da floresta. Já para as árvores tombadas uma possível causa encontrada foi a doença do cancro do Eucalyptus, essa doença ocorre por causa de um técnica errada na hora do plantio, causando afogamento do coleto. O correto plantio e o acompanhamento resolveria tal problema. Esse inventário analisou um número expressivo de árvores mortas no período de pós-plantio, a causa disso foi o excesso de replantios. Todas as causas analisadas até o presente momento nos remetem ao plantio incorreto, a falta de acompanhamento do plantio, além de mudas de qualidade inferior e um dos fatores mais importantes que é o manejo correto do solo. Referências AUER, C.G. A ocorrência do cancro do eucalipto no Estado do Paraná e de Santa Catarina. Boletim de Pesquisa Florestal, Colombo, n.32/33, p.8185, jan./dez. 1996; SILVA, H. D. da; BELLOTE, A. F. J.; FERREIRA, C. A. Sistemas de plantio. In: SILVA, H. D. (Org.). Cultivo do eucalipto. Colombo: Embrapa Florestas, 2003; A análise quantitativa realizado nessa floresta demonstrou o real estado dela, ou I Encontro Regional de Iniciação Científica da União-Latino Americana de Tecnologia ANÁLISE DOS RESULTADOS DE TESTES DE TRAÇÃO PERPENDICULAR DE MDF COM DIFERENTES DENSIDADES E TEORES DE RESINA. José Ricardo MARQUES DE ALMEIDA; STANLEY MAGNO, Faculdade ULT – União Latino-Americana de Tecnologia, Curso Engenharia Florestal, E-mail [email protected]. Resumo: MDF "Medium Density Fiberboard" ou seja "Chapa de Fibras de Madeira de Média Densidade". Trata-se de um produto derivado da madeira, é uma chapa fabricada a partir da aglutinação de fibras de madeira juntamente com resinas sintéticas e ação conjunta de temperatura e pressão. Nos processos industriais a uma constante busca pela otimização e excelência de qualidade, o seguinte trabalho busca demonstrar qual combinação de resina sintética e densidade do painel tem melhores características físicas e mecânicas. Este trabalho tem como objetivo demonstrar o desempenho do MDF produzido com três teores de resina sintética, sendo 7%, 8% e 9%, juntamente com diferentes densidades, sendo 680 Kg/m³, 690 Kg/m³, 700 Kg/m³ e 710 Kg/m³. Palavras Chave: Densidade. Teores de resina. MDF. Introdução A utilização de produtos de madeira ou seus derivados apresenta uma série de vantagens em relação a outros materiais de construção. A madeira é material renovável, disponível abundantemente biodegradável ou durável dependendo do tratamento, reciclável e imobiliza carbono em sua estrutura proveniente da atmosfera. "Medium Density Fiberboard", ou seja, "Chapa de Fibras de Madeira de Média Densidade". Trata-se de um produto derivado da madeira, é uma chapa fabricada a partir da aglutinação de fibras de madeira juntamente com resinas sintéticas e ação conjunta de temperatura e pressão, para a obtenção das fibras, a madeira é cortada em pequenos cavacos que, em seguida, são desfibradas por equipamentos denominados desfibradores. Este produto começou a ser fabricado no início dos anos 60 nos Estados Unidos. Em meados da década de 70, chegou a Europa, quando passou a ser produzido na antiga Republica Democrática Alemã. No Brasil, o MDF começou a ser fabricado em 1997, pela fábrica da Duratex, em Agudos (São Paulo). Em seguida outras unidades começaram a operar, Tafisa 1998, Masisa 2001, e Placas do Paraná 2001. A partir daí outras unidades foram se instalando. Material e Métodos Matéria-prima Madeira de Pinus Utilizado fibras provenientes de cavaco de madeira de Pinus taeda. A origem dos cavacos utilizados são de árvores da região da cidade de Jaguariaíva Estado do Paraná. Resina sintética O adesivo empregado foi, resina à base de uréiaformaldeído. Emulsão de parafina Métodos Adição de adesivos I Encontro Regional de Iniciação Científica da União-Latino Americana de Tecnologia A emulsão de parafina foi adicionada na entrada do desfibrador de cavacos, equipamento que transforma os cavacos em fibras, logo na saída do desfibrador foi dosado resina sintética. Formação do colchão de fibras O colchão de fibras foi formado em uma formadora continua com determinação do peso da fibra em Kg/m². 2 690 10 3 700 10 4 710 10 5 680 10 690 10 7 700 10 8 710 10 9 680 10 690 10 11 700 10 12 710 10 6 8 Ciclo de pré-prensagem Realizado uma pré-prensagem do colchão de fibras com objetivo de reduzir a espessura e retirada de ar. 10 Ciclo de prensagem O colchão de fibras foi prensado em uma prensa continua com 40 pórticos de pressão medindo 27 metros de comprimento. 9 Retirada dos corpos-de-prova A cada 1 hora foi retirada uma amostra de MDF com as dimensões 15x130x2790mm a qual foi usado para fazer ensaios de tração perpendicular. Agradecimentos Aos familiares, professores e amigos que de alguma forma me apoiaram e ajudaram neste trabalho. Resultados e Discussão Foi realizado 3 tratamentos utilizando resina sintética a base de uréia-formaldeído, nas seguintes proporções 7%, 8% e 9%, e 4 repetições de densidade 680 Kg/m³, 690 Kg/m³, 700 Kg/m³ e 710 Kg/m³. Tabela 01. Tratamentos para ensaios de tração perpendicular de MDF. Teor resina Densidade nº de Tratamento % Kg/m³ amostras 1 7 680 10 Referências ABIPA – Dados apresentados pela Associação Brasileira da Indústria de Painéis de Madeira, 2000. ELEOTÉRIO, J. R. Propriedades físicas e mecânicas de painéis de MDF de diferentes densidades e teores de resina. Dissertação de Mestrado. Piracicaba, 2000. Revista Matéria, v. 9, n. 1, pp. 29 – 40, 2004 http://www.materia.coppe.ufrj.br/sarra/artigos/artigo 10592 CASTRO, E. M. Processo de produção mecânica de MDF. Dissertação de Mestrado. Interunidades em Ciência e Engenharia de Materiais. São Carlos, 2000. I Encontro Regional de Iniciação Científica da União-Latino Americana de Tecnologia REVISÃO DE CONCEITOS SOBRE FATORES HUMANOS E CONDIÇÕES DE TRABALHO NA ÁREA FLORESTAL Autor: Eliel Alves, Orientador: Prof. MSc. Felipe Martins de Oliveira, União Latino-Americana de tecnologia, curso de Engenharia Florestal, [email protected], Bolsista do Fies. Resumo: Devido às crescentes demandas de produtos e serviços no contexto produtivo em uma economia de larga escala, o entendimento das relações decorrentes da utilização de sistemas de trabalho, se torna cada vez mais necessário para caracterizar a mão-de-obra e as condições gerais de trabalho, em uma empresa é preciso conhecer os fatores humanos de seus trabalhadores, assim como a opinião deles a respeito do trabalho, das condições de saúde, alimentação, treinamento e segurança, etc. Se conseguirmos melhorar esses aspectos dentro das empresas, poderemos, com certeza, criar um bom relacionamento e uma boa qualidade de vida que resultarão um melhor ambiente de trabalho e, consequentemente, numa maior produtividade, sem deixar que questões de insucesso passem a existir em uma organização. Palavras Chave: Fatores humanos, condições de trabalho, qualidade de vida. Introdução Segundo a International Ergonomics Association, Fatores Humanos é o conjunto de ciências que estudam todos os elementos que contribuem com a relação interativa do homem, em um dado ambiente, com os diversos sistemas que o cercam e que são determinantes na sua dinâmica, eficiência e eficácia. O estudo dos fatores humanos consiste em um levantamento do trabalhador na empresa, analisando se variáveis como: tempo na empresa, tempo na função, estado civil, número de filhos, idade, escolaridade, origem, religiosidade, variáveis antropométricas, etc, enquanto as condições gerais de trabalho na empresa são fatores que influenciam diretamente a satisfação do trabalhador, a produtividade e a manutenção do sistema ser humano-máquina em funcionamento. O conhecimento dessas condições de vida e busca constante de sua melhoria influencia diretamente a satisfação do trabalhador, levando ao aumento da produtividade e da qualidade do trabalho. A mão-de-obra é um componente essencial para o trabalho florestal, notadamente nas atividades de elevada exigência física, como as operações de colheita, realizadas de forma manual ou semimecanizada, onde se faz uso intensivo de mão-de-obra. O conhecimento desses fatores é fundamental para que a área de trabalho, o seu arranjo, os equipamentos e as ferramentas sejam bem adaptados às capacidades psicofisiológicas, antropométricas e biomecânicas do trabalhador. Para atingir um bom desempenho, deve-se procurar adaptar o trabalho às características do trabalhador, buscando reduzir a sobrecarga física, a fadiga, o absenteísmo, os erros, os acidentes de trabalho e propiciando maior conforto, satisfação no trabalho e bem-estar social. O corte de árvores com motosserra permite que se atinja produtividade individual relativamente elevada, com baixo investimento inicial, além de poder ser feito em locais de difícil acesso. A derrubada é considerada uma atividade perigosa, podendo o risco ser maior se houver incidência de cipós e sub-bosque. A movimentação de toras na preextração é uma atividade pesada e que sobrecarrega a coluna lombar, podendo ocasionar lombalgias no trabalhador. O desgalhamento, por sua vez, é uma atividade perigosa, pois a motosserra é operada em sua rotação máxima, estando sujeita a resvalos e podendo atingir o I Encontro Regional de Iniciação Científica da União-Latino Americana de Tecnologia operador. Com os estudos que serão realizados sobre as relações do trabalho em colheita florestal, busca-se uma revisão criteriosa sob o enfoque de fatores humanos. Logo, para contribuir com um melhor entendimento sobre o tema, este estudo objetiva revisar os fatores humanos relacionados em pesquisas sobre sistemas de trabalho fixo. Além disso, os estudos serão classificados apresentando os principais fatores associados com os sistemas de trabalho, inclusive com a identificação daqueles que encontraram correlações estatisticamente significativas. Através da observação do percentual que utilizam determinados fatores será possível inferir sobre seus impactos em cada tipo de atividade executada. Material e Métodos As entrevistas serão realizadas através de questionários aplicados individualmente aos operadores que trabalham com motosserra na colheita florestal de Pinus na Empresa (Sfal) Sengés florestadora e agrícola ltda, no município de Jaguariaíva, localizada na região do Norte Pioneiro do Estado do Paraná. Figura 1. Operador em plena atividade de desgalhamento. Conclusões Ainda não há conclusões. Agradecimentos À Empresa Sengés Florestadora e Agrícola Ltda (SFAL) pelo consentimento e autorização para a realização de pesquisa junto a seus colaboradores e também pelo suporte logístico. Resultados e Discussão Espera-se com esses resultados obter maior eficiência e rendimento no trabalho, estabelecendo critérios para alcançar níveis satisfatórios de segurança e conforto no trabalho, reduzindo o número de acidente e absenteísmo na Empresa. Devido a fatores diversos que serão analisados através desse questionário de entrevista, buscar-se a detectar as possíveis falhas e corrigi-las. Referências SANT’ANNA, C.M. Fatores humanos relacionados com a produtividade do operador de motosserra no corte florestal. Viçosa, 1992. 142 f Dissertação (Mestrado em Ciência Florestal) – Departamento de Engenharia Florestal Universidade Federal de Viçosa. FIEDLER, N. C. Análise de posturas e esforços despendidos em operação de colheita florestal no litoral do estado da Bahia. 1998. 103 p. Tese (Doutorado em Ciência Florestal) – Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, MG. I Encontro Regional de Iniciação Científica da União-Latino Americana de Tecnologia VIABILIDADE ECONÔMICA DE UMA ÁREA DE PRODUÇÃO DE SEMENTES DE Eucalyptus dunnii Maiden (Myrtaceae) Paulo César da SILVA; Felipe Martins de OLIVEIRA, Faculdade União Latino-Americana de Tecnologia, curso de Engenharia Florestal, [email protected], bolsista do ProUni. Resumo: Atualmente, a pesquisa científica está bastante avançada no uso da clonagem de eucalipto, utilizando diversas espécies destinadas a plantios comerciais. Esses resultados vêm apontando maior eficiência para eucaliptos tropicais onde as adaptações aos processos de clonagem são visivelmente melhor do que às espécies destinadas ao clima subtropical/temperado. Sendo assim o uso de sementes para a produção de mudas, desempenha e certamente desempenhará por muito tempo papel relevante no estabelecimento de plantações comerciais de eucaliptos no Brasil. Desta forma, esta pesquisa visa demostrar a viabilidade econômica da produção de sementes de E. dunnii, usando os indicadores TIR e VPL nesta avaliação. Pela análise dos indicadores, o projeto mostrou-se viável economicamente no momento presente, bem como em uma simulação futura. Palavras Chave: Produção de sementes, viabilidade econômica, APS. Introdução O eucalipto (Eucalyptus spp) deriva do grego: eu (=bem) e kalipto (=cobrir) referendando-se à estrutura globular arredondada de seu fruto, caracterizada pela tampa que protege as suas sementes. O eucalipto pertence à família das Mirtáceas e é nativo da Austrália, onde cobre 90% da área do país, formando densos maciços florestais nativos. (REMADE, 2001). No Brasil o eucalipto dunnii é considerado uma espécie promissora para a região onde há a ocorrência de geadas, mais precisamente sul do Brasil. Como características da espécie a mesma apresenta ótimo desenvolvimento e forma de fuste retilíneo, apesar de existir várias áreas de produção de sementes e pomares ainda assim não é suficiente para atender a demanda existente (HIGA et al., 2001). Porém, um dos problemas encontrados é a falta de sementes. Segundo Graça (1987), um fator agravante que contribui para essa falta é a baixa produção, que frequentemente é associada à escassez de florescimento da espécie. Entretanto, com a contribuição do uso de métodos de melhoramento genético, podemos obter ganhos sob o ponto de vista quantitativo e qualitativo, explorando assim a variabilidade natural da espécie. Pois, segundo Mora et al. (1981), com a produção de sementes há a possibilidade de recombinação, com isso criar novos genótipos, além de promover a perpetuação da espécie. No campo econômico podemos salientar que, em um projeto, dispõe-se da aplicação de um capital, ou seja, investimento, com o claro objetivo de obter receita. Desta forma, a análise de sua viabilidade econômica I Encontro Regional de Iniciação Científica da União-Latino Americana de Tecnologia pode ser feita por alguns indicadores, como a taxa interna de retorno - TIR, o valor presente líquido - VPL e o fluxo de caixa, o qual analisa e registra os custos e a receita ao longo do projeto. No setor florestal, segundo Silva et al. (2005), os investimentos são em grande escala e mais concentrados na implantação e sempre a longo prazo e se tornam justificados quando o retorno financeiro está de acordo com os objetivos. O presente trabalho teve como objetivo apontar a viabilidade econômica de uma Área de Produção de Semente - APS, com Eucalyptus dunnii, analisando os indicadores de viabilidade TIR e VPL. formação de copa e espaçamento. Estas árvores eliminadas geraram madeira destinada à serraria. Com estas intervenções que aconteceram nos anos 15 e 16 do projeto, restaram para a produção de semente propriamente dita cerca de 30 árvores matrizes por hectare, divididas em quatro talhões, onde seguiram um rodizio de coleta (Figura 1) de quatro em quatro anos, possibilitando a regeneração da copa após poda ocasionada pela retirada dos frutos. Para a análise econômica foram considerados todos os custos e receitas obtidos ao longo do projeto, e analisados com relação à sua taxa interna de retorno (TIR) e ao seu valor presente líquido (VPL). Para tabulação e análise dos dados foi utilizado o software Microsoft Excel©. Material e Métodos Foi realizada implantação de 39 ha de floresta com a espécie Eucalyptus dunnii de procedência New South Wales (Austrália), em espaçamento 2m x 2,5m, gerando uma população de 2000 plantas por hectare. A área em que foi executado o projeto está localizada na região de Castro, estado do Paraná, onde o clima predominante possui verões quentes e úmidos e invernos de clima frio e seco, podendo ter de 10 a 25 geadas por ano com índice pluviométrico em torno de 1200 mm anuais e altitude de 900 m. (WREGE et alii,. 2004). O povoamento possui 17 anos, e sua data de plantio foi setembro de 1995. Foram realizadas três intervenções. Durante os intervalos entre intervenções houve apenas operações de manutenção e condução da rebrota na condição de sub-bosque. A primeira intervenção foi feita aos 7 anos, retirando 85% das árvores e destinando-as para energia. Paralelamente, foi realizada uma seleção nas árvores remanescentes. A segunda intervenção foi realizada aos 14 anos, onde foi retirada a madeira proveniente da rebrota, destinando-a também para energia. Neste momento foi efetuada a eliminação das cepas por meio de aplicação de herbicida logo após o corte restando, com isso, cerca de 300 árvores. A terceira seleção foi realizada nos dois anos seguintes, utilizando como critérios de eliminação bifurcação, tortuosidade, menor desenvolvimento, Figura 1. Coleta dos frutos para beneficiamento. Resultados e Discussão Com a avaliação dos indicadores de viabilidade econômica TIR e VPL, pôde-se observar que o projeto apresentou indicadores que o tornaram viável. Também foi simulada a sequência do projeto considerando coletar e comercializar 20 Kg. de semente/ano a um valor de mercado de R$ 3.000,00/Kg, considerando os demais custos inerentes de manutenção e operações. Os valores obtidos tanto para o projeto atual, como para a simulação, podem ser vistos na Tabela 1. I Encontro Regional de Iniciação Científica da União-Latino Americana de Tecnologia Tabela 1. VPL e TIR observados no presente estudo, para o momento atual e para a simulação futura. VPL (R$) TIR (%) Projeto atual 852.857,00 28 Simulação futura 165.478,00 31 Cabe ressaltar que os custos mudam para a simulação, visto que não há operações como implantação, seleção, entre outros, bem como não há renda oriunda do corte de alguns indivíduos. Mesmo assim, o projeto continua rentável. Conclusões O projeto analisado pelos indicadores TIR e VPL se mostrou viável economicamente, tanto para o povoamento atual, como para a projeção de viabilidade futura. Considerando o cenário proposto, o projeto demonstrou ser uma atividade produtiva rentável. Referências HIGA, A.R. et alii, Efeito da poda da copa na produção de semente de Eucalyptus dunnii, Colombo-Pr, boletim de pequisas n 43, UFPR, 2001, 99-106p. GRAÇA, M.E.C, Avaliação do florescimento e do potencial de produção de semente do Eucaluptus dunnii MAID no Brasil. Colombo-Pr, boletim de pesquisas florestais n 14, Embrapa, 1087, 1-12 p. MORA, A.L. et alii. Aspectos da produção de sementes de espécies florestais. 2 ed. IPF Sér. Téc., Piracicaba, 1981, 01 p. SILVA, M.L.;JACOVINE, L.A.G;VALVERDE, S.R. Economia Florestal. Viçosa: UFV, 2005. 2 ed. 178 p. WREGE, M. S.et alii, Ocorrência da primeira geada de outono e última de primavera no Estado do Paraná. Revista Brasileira de Agrometeorologia, Santa Maria, v. 12, n. 1, p. 143-150, 2004. Agradecimentos À Cooperativa Agropecuária Castrolanda pelo fornecimento dos dados e da estrutura para o desenvolvimento deste trabalho. REVISTA DA MADEIRA. Curitiba: Lettech, v. 59, set., 2001. 27 p. I Encontro Regional de Iniciação Científica da União-Latino Americana de Tecnologia Percepção de jovens e adolescentes com relação ao Marketing Ambiental e “Greenwashing”. Harisson Luiz PIRES PEREIRA, Helio Fernando de OLIVEIRA JÚNIOR. Faculdade ULT – União LatinoAmericana de Tecnologia, Jaguariaiva E-Mail: [email protected] Resumo: Este trabalho apresenta uma prática de Educação Ambiental que visa avaliar a percepção de jovens e adolescentes a respeito do marketing ambiental e ao marketing ambiental enganoso conhecido como “Greenwashing”, e também a mudança nesta percepção após uma aula prática de Educação ambiental abordando principalmente estes temas. O objetivo principal é avaliar o quão estes jovens e adolescentes estão atentos aos apelos de cunho ecológico utilizado por marcas e empresas para promover vendas e também sua aptidão em discernir quais propagandas possuem teor enganoso. E posteriormente avaliar a diferença nesta percepção após a aula prática de educação ambiental. Palavras Chave: Educação Ambiental, Marketing. Greenwashing. Introdução O aumento de informações sobre a problemática ambiental e a ênfase que a mídia de uma forma geral tem dado sobre as previsões quase “apocalípticas” com relação ao futuro do planeta causam comoção em boa parte da sociedade. As pessoas impactadas com os problemas ambientais buscam comportar-se de uma forma mais natural, diminuindo seu consumismo, adotando práticas sustentáveis e em alguns casos realizando atividades que ajudam realmente a natureza, plantando árvores, participando de campanhas de conscientização ambiental, entre outras práticas. Esta crescente preocupação com as condições ambientais e com os impactos causados pela ação do ser humano gera um grupo de consumidores com necessidades e preferências por produtos ecologicamente corretos ou com menor impacto ambiental possível assim como empresas que possuam uma política de responsabilidade ambiental e social, isso vem de encontro com a descrição de Ottmann (1993), que diz que o marketing ambiental ou marketing verde é a maneira de comunicar os benefícios de produtos ambientalmente mais saudáveis ao público alvo de interesse do produtor, ele também defende que embora qualidade, preço e conveniência predominem nas decisões de compra, um quarto atributo que seria a compatibilidade ambiental (a qualidade “verde” do produto), vem se tornando rapidamente um fator de preferência na escolha do mesmo. A busca por esse tipo de produto movimenta um mercado promissor, que já está presente no mundo todo e ainda tem muito a crescer, o mercado dos produtos “verdes” ou com um impacto ambiental menor. Porém visando ocupar este mercado muitas empresas I Encontro Regional de Iniciação Científica da União-Latino Americana de Tecnologia vêm adotando práticas tendenciosas, abusivas e até imorais, onde utilizam propagandas enganosas de práticas ambientais que não são coerentes com a verdade, ou minimizando seus impactos ambientais com ações pouco relevantes ao meio ambiente, essas práticas são conhecidas pelo termo “Greenwashing”. Este termo foi descrito como uma “Desinformação disseminada por uma organização para apresentar uma imagem pública ambientalmente responsável; ou uma imagem pública de responsabilidade ambiental declarada por uma organização que é percebida como sem fundamentos ou intencionalmente enganosa, (Peroni 2011). . Devido ao grande número de empresas e marcas que utilizam o marketing ambiental para alavancar suas vendas e expandir seus negócios e paralelo a isso o número crescente de empresas praticantes do “Greenwashing” surgiu a necessidade de avaliar a percepção de jovens e adolescentes com relação a estas diferenças e buscou-se também entender a efetividade de uma aula prática de educação ambiental voltada a estas questões em otimizar esta percepção caso ela se mostrasse deficiente. Material e Métodos Para uma identificação dos grupos de alunos mais fácil e rápida, estes serão divididos em letras para os grupos testados A, B e C, e em números 1 e 2 para os que auxiliaram no teste sendo estes dois grupos da mesma turma. Com relação às etapas, estas foram classificadas como Pré-teste (I), Aula prática, e Teste (II). A primeira medida tomada foi a preparação dos 16 alunos do Projeto Pescar da Associação Kurumi turma de 2012. Para participar do experimento, eles receberam aulas teóricas de marketing empresarial e a importância do marketing ambiental principalmente dando ênfase ao setor florestal e madeireiro que estão mais ambientados devido às empresas mantenedoras do projeto social que estão matriculados. As aulas específicas sobre marketing ambiental totalizaram uma carga horária de 10 horas sendo divididas em 3 horas teóricas e 7 horas práticas. Durante as aulas práticas os alunos foram divididos em duas equipes (grupos 1 e 2) e cada equipe teve que montar uma micro-empresa fictícia, uma utilizando o marketing ambiental de forma correta e consciente e a outra utilizando o “greenwashing”. Ambas as empresas disputariam o mesmo nicho de mercado e ofertariam os mesmos produtos, (os alunos optaram por produtos como roupas e acessórios). O objetivo principal de cada empresa seria atrair investidores para a sua marca, e os investidores seriam os alunos do Projeto Jovem Aprendiz do 2º e 3º módulo e os alunos do Curso técnico Madeireiro. Os alunos desta primeira etapa receberam um teste idêntico ao que foi aplicado para os alunos dos grupos A, B e C apenas para comparação, uma vez que estes alunos receberam aulas de educação ambiental durante todo o ano letivo neste projeto. Para os grupos A, B e C, (principais alvos deste trabalho) foi apresentado um Préteste para avaliar a percepção destes alunos com relação aos temas antes de qualquer intervenção de um orientador, contando apenas com uma rápida explicação do que significa I Encontro Regional de Iniciação Científica da União-Latino Americana de Tecnologia Marketing Ambiental e qual a diferença com relação ao Greenwashing. O teste I consiste em uma série de propagandas retiradas dos sites oficiais das empresas, as propagandas foram selecionadas pelos grupos 1 e 2, estas continham características como apelo ambiental, incorporação de elementos que elucidassem uma preocupação com a natureza, selos de certificação e logotipos de ongs que promovem a preservação do meio ambiente, entre outros apelos ecológicos. Para avaliar estas questões de forma segura foi utilizado como recurso a empregabilidade de termos segundo as normas do ISO 14021 que é uma extensão da série ISSO 14000 que especifíca os requisitos de autodeclarações ambientais, incluindo textos, símbolos e gráficos, impressos ou não assim como propagandas vinculadas na internet (ISO14021, 2004). Essa norma define vários termos usados na rotulagem ambiental, delimitando para tanto sua interpretação. As principais normas utilizadas para este trabalho foram: Aspecto ambiental: Elemento das atividades, produtos ou serviços de uma organização que pode interagir com o meio ambiente (ISO14021, 2004). Declaração Ambiental: Texto, símbolo ou gráfico que indica um aspecto ambiental de um produto, de um componente ou de uma embalagem (ISO14021, 2004). Verificação da Declaração Ambiental: Confirmação da validade de uma declaração ambiental utilizando critérios e procedimentos específicos predeterminados, assegurando a confiabilidade dos dados (ISO14021, 2004). Texto Explicativo: Qualquer explicação que seja necessária ou fornecida para que uma declaração ambiental possa ser adequadamente compreendida por um comprador, um comprador em potencial ou um usuário do produto (ISO14021, 2004). Identificação Ambiental: Palavras, números ou símbolos usados para designar a composição dos componentes de um produto ou uma embalagem (ISO14021, 2004). Autodeclaração Ambiental: Declaração ambiental feita por fabricantes, importadores, distribuidores varejistas ou qualquer pessoa, sem certificação de terceira parte independente, que tenha a probabilidade de se beneficiar da referida declaração (ISO14021, 2004). Objetivos das Autodeclarações Ambientais: A meta geral dos rótulos e declarações ambientais é, por meio da comunicação de informações precisas, verificáveis e não enganosas sobre aspectos ambientais do produto, estimular a demanda e o fornecimento dos produtos que causem menos impacto sobre o meio ambiente, estimulando, desse modo, o potencial para uma melhoria ambiental contínua orientada para o mercado (ISO14021, 2004). Foi considerado Greenwashing todas as propagandas que de certa forma infringissem estas normas. As imagens contendo as propagandas eram mostradas e os alunos marcavam um X na figura correspondente indicando se avaliavam aquilo como Marketing Ambiental I Encontro Regional de Iniciação Científica da União-Latino Americana de Tecnologia ou Greenwashing. Foi solicitado aos alunos que não conversassem entre si para evitar que pudessem induzir um ao outro a modificar suas respostas. Após encerrarem o Teste (I) iniciou-se uma rápida palestra sobre estes temas com cerca de 30 minutos de duração onde os alunos puderam sanar suas dúvidas e se familiarizar ainda mais com os assuntos abordados, nesta palestra eles ficaram a par também de como estava sendo realizada a pesquisa em que eles estavam participando. Em seguida os alunos dos grupos 1 e 2 apresentaram suas empresas fictícias, suas marcas e produtos com duração de 15 minutos para cada apresentação e mais 5 minutos para perguntas, este tempo poderia ser prorrogado de acordo com o interesse e número de questionamentos dos alunos avaliados. Para que a interação com as apresentações se tornasse mais dinâmica e atrativa, foi estipulado que cada aluno fizesse um cheque nominal fictício no valor de mil reais, e ao final das apresentações eles deveriam investir este valor em uma das marcas apresentadas. Foi sugerido que eles avaliassem as questões econômicas, sociais e principalmente ambientais, analisando se os princípios ecológicos desta empresa tinham fundamento, ou não, e em seguida investissem naquela que lhes agradassem e apresentassem uma preocupação real com relação ao meio ambiente. Uma semana após realizados o teste (I), os alunos dos grupos A, B e C repetirão este teste, para avaliar se houve alguma mudança em seu julgamento com relação as mesmas propagandas, esta etapa foi denominada teste (II), posteriormente a isto será realizado comparações entre os dois testes realizados por cada aluno, e serão também analisados o grau de percepção divididos em variáveis prédeterminadas como idade, sexo e escolaridade. Resultados e Discussão Embora este trabalho ainda esteja em fase de coleta de dados e as análises estatísticas ainda não terem sido realizadas é possível pontuar algumas questões. Quando perguntados sobre o que era Marketing Ambiental a maioria mencionou já ter ouvido sobre o tema, mas que não recordavam-se com clareza do que se tratava, já com relação ao termo Greenwashing nenhum aluno dos que já participaram do experimento manifestou algum conhecimento com relação ao significado e todos afirmaram nunca ter ouvido falar. Durante as apresentações foi possível notar através das perguntas e expressões utilizadas que os alunos estavam se familiarizando e também adquirindo uma certa preocupação com o fato de poderem ser enganados por uma das equipes com suas marcas fictícias, logo estes começaram a realizar uma série de perguntas contundentes referentes as atividades sociais e ambientais de cada empresa representada. O que demonstra ainda que de forma superficial certa efetividade na maneira em que o assunto foi abordado. Outra mudança que pode ser facilmente identificada foi com relação aos alunos dos grupos 1 e 2 que em várias situações se depararam casualmente com propagandas que continham algum tipo de apelo ambiental e logo já comentavam entre si que se tratava de marketing ambiental e em algumas ocasiões julgavam determinado I Encontro Regional de Iniciação Científica da União-Latino Americana de Tecnologia anúncio como Greenwashing. Este tipo de comportamento é satisfatório, pois demonstra um aumento significativo na percepção destes alunos, e com isso espera-se que os alunos dos grupos A, B e C apresentem esta mesma mudança. Figura 2. Pesquisador, Alunos dos grupos (1 e 2) Orientadora pedagógica e professores participantes agradecendo aos alunos do 3º módulo do Projeto Jovem Aprendiz (Grupo B) pela participação no experimento. Conclusões Figura 1. Alunos do Projeto Pescar (Grupo 1) apresentando uma de suas empresas fictícias para os alunos do 3º módulo do Projeto Jovem Aprendiz. O conhecimento dos consumidores com relação à natureza das afirmações de certas marcas sobre suas responsabilidades ambientais apresentadas em suas propagandas é essencial, pois evita que estes adquiram produtos que venham a enganar seus princípios ecologicamente corretos. Os jovens de uma maneira geral são bombardeados com produtos que se dizem “verdes”, e devido a isso é de grande importância de que estes tenham conhecimento das principais diferenças entre propagandas coerentes e propagandas mentirosas. Logo, práticas pedagógicas de cunho ambiental servem como ferramenta para promover este conhecimento e desenvolver um pensamento crítico com relação a estas questões. Agradecimentos Figura 2. Alunos do 2º módulo do Projeto Jovem Aprendiz (Grupo A) realizando o Teste (I). Agradeço primeiramente a minha família, principalmente a meu pai, Luiz Carlos Pereira que desde criança sempre me incentivou a gostar de ciências, e a tudo que envolvia a natureza e os animais. À minha esposa pela paciência ao ouvir minhas ideias e por seu carinho ao fazer ponderações sobre determinados aspectos deste trabalho. I Encontro Regional de Iniciação Científica da União-Latino Americana de Tecnologia Ao meu orientador Hélio Fernando de Oliveira Jr, que sempre que pode está me dando dicas e ouvindo minhas teorias sobre tudo. Também agradeço a orientadora pedagógica do Projeto Pescar, Olívia Maria Campos e ao articulador do projeto Márcio Machado Gonçalves, pelo grande apoio e incentivo que eles tem me dado em meu trabalho, pelo envolvimento e fundamental ajuda neste a experimento, assim como a prof . Marisa o Aparecida Almeida Ribas e o prof Luiz Antonio de Souza, que viabilizaram a participação dos Alunos do Projeto Jovem Aprendiz. Além de meus alunos: Alison, Romaine, Bruno Almeida, Bruno Maurício, Wesley, Gilmar, David, Bruna, Rullyane, Kevillyn, Regiane, Francielly, Izamara, Ezequiel, Marilaine e Leonardo. Pois sem a participação deles seria impossível realizar este projeto. A todos estes, meu muito obrigado! Referências OTTMAN, Jacquelyn A.. Gestão de Marketing: Marketing Verde – Desafios e Oportunidades para a Nova Era do Marketing 1ª edição São Paulo: Makron Books do Brasil Editora Ltda,1994 NAZÁRIO, Pedro Valentim. Greenwashing: Uma análise do conhecimento dos atendentes de serviços de atendimento ao cliente sobre a característica "verde" do produto. Porto AlegreRS, 2011. PERONI, Bruno Oliva. Administração Marketing: Pintando de Verde: Uma avaliação Crítica das Declarações Ambientais de Produtos de Limpeza no Brasil. Apud Pedro Valentim Nazário . Associação Brasileira de Normas técnicas (ABNT) ISO 14021 apud Pedro Valentim Nazário. [email protected] I Encontro Regional de Iniciação Científica da União-Latino Americana de Tecnologia ARTIGOS I Encontro Regional de Iniciação Científica da União-Latino Americana de Tecnologia CONTRIBUIÇÃO ESPECIAL OU PARAFISCAL COMO CONTRIBUIÇÃO CORPORATIVA À OAB Marcus Vinicius de OLIVEIRA RIBEIRO. União Latino-Americana de Tecnologia, Polo Jaguariaíva, Direito, [email protected]. Resumo: O estudo do Direito é um processo pesado, progressivo e acumulativo, entretanto instigador quando se depara com paradigmas fruto de minucioso estudo. Existem vários tipos de Contribuições na doutrina que abrange o Direito Tributário Brasileiro. Esta é uma das discussões que circulam sobre a chamada Contribuição Especial, também chamada de Contribuição Parafiscal. No presente trabalho o método de pesquisa qualitativo foi o utilizado que se traduz em um método descritivo em que as informações obtidas bibliograficamente podem ser quantificáveis sendo os dados analisados indutivamente levando a interpretação dos fenômenos e a atribuição de significados. Para alguns, esta não passa de uma Contribuição Social Genérica como no caso da Contribuição Corporativa à OAB. Para outros nem chega a ser um tributo. Analisando e abrangendo sua finalidade, natureza jurídica e características foi possível assim realocar esta espécie de contribuição e definir a que instituto ela pertence, traduzindo-se como uma Contribuição Especial, já que a lei é branda quanto a este entendimento. Palavras Chave: Direito Tributário. Contribuições Especiais. Parafiscalidade. Imposto. Taxa Tributária. OAB. Introdução Seu grupo sempre foi alvo de indagações Muito se escreve sobre as contribuições na por ser o tipo de tributo que oscila em seu doutrina com o escopo de iluminar aos olhos de entendimento, entre ser taxa ou imposto, curiosos cientistas sua natureza jurídica e qual diferindo de suas irmãs pela sua curiosa seu real fato gerador e características. característica Tanto se discute o assunto, que se faz em aparente relevo as divergências entre doutrinador Eduardo Parafiscalidade(Sabbag,2009). Prevê a Carta Magna citando em seu artigo 150, parágrafo 6º: “tributo ou contribuição”, doutrinadores e jurisprudência. O chamada Sabbag(2009) confirma tal situação em seu texto discursando criando ali uma aparente separação feita pelo legislador constituinte.(Brasil, 1988) sobre as contribuições mesmo estando a As chamadas Contribuições diferenciam-se competência para instituição de tributos em no que tange sua finalidade. Lembrando que no relação caso as contribuições Constituição Federal. expressa na dos impostos já é o bastante o acontecimento do fato gerador para que I Encontro Regional de Iniciação Científica da União-Latino Americana de Tecnologia advenha a obrigação tributária. Entretanto nas No presente trabalho o método de pesquisa Contribuições, observa-se o benefício em qualitativo bibliográfico foi o utilizado que se conjunto com o fato descrito na norma. traduz em um método descritivo em que as Neste artigo o foco se faz pela espécie de Contribuição chamada de especial e sua relação parafiscal com a autarquia da ordem dos Advogados do Brasil. informações obtidas bibliograficamente podem ser quantificáveis sendo os dados analisados indutivamente levando a interpretação dos fenômenos e a atribuição de significados. Resultados e Discussão No decorrer do curso de Direito percebe-se como fatos e atos sociais ocorrem e como refletem no mundo do Direito, e assim, com o crescimento do conhecimento técnico é possível observar como a sociedade pode ser mutável e discute sobre as omissões da lei. Suscitando Contribuição sobre a ideia finalística de nota-se Segundo Sabbag(2009) a Parafiscalidade é um fenômeno próprio de certas contribuições em que há a presença de uma entidade política criadora do tributo e, paralelamente a presença de uma entidade parafiscal que arrecada e fiscaliza o tributo. Citando como exemplo a uma anuidade paga pelo engenheiro ao CREA para uma que esteja habilitado a exercer suas atribuições subjetividade quanto a forma de se analisar e entender tal conceito e assim entendimentos diversos levam a escolha de tal tema que engloba desde o tributo até a aplicação efetiva do instituto. como tal, caracterizando aí a o parafisco. A parafiscalidade seria uma modalidade nova em se tratando de finanças públicas, sendo fruto de um Estado intervencionista relatado na historia visando utilizar receitas Destarte, inflamando discussões como esta será possível um dia chegar ao um equilíbrio entre o papel da justiça, a ética de tributo e a conscientização da sociedade diante do nosso sistema em que o problema se mostra na aplicabilidade correta da lei bem como sua interpretação representantes, e a e atuação não o de “quantum” seus públicas por meios indiretos.(LIPPERT,1996) As causas da Contribuições Parafiscais são diversas, mas entre elas é um liame em comum. Todas elas objetivam arrecadar recursos para suprir as incumbências devido a fatos políticos, sociais e do a econômicos.(LIPPERT,1996) de coersitividade, esquecendo-se da figura do Estes fatos exigiram Estado contribuinte e também esquecendo-se do necessidade de administrar e aplicar seus cunho funcional da lei. recursos para ações imediatas que não se Material e Métodos I Encontro Regional de Iniciação Científica faziam de acordo com as normas padrões que não previam tais novos caminhos no que tange 98 a elaboração e execução orçamentária. Assim, Deste modo, Moraes(1987) vem constituir o fez-se necessário a criação de novos grupos, conceito de Contribuição Especial como sendo com relação aos antigos para aumentar e suprir [...]pois o tributo cuja a obrigação possui por as deficiências que pediam eficiência. Criou-se fato gerador uma atividade social do Estado ou então de entidade, que tenha seu cargo o exercício a Administração Pública Indireta.(LIPPERT,1996) de funções públicas, efetivas ou potenciais, dirigidas a grupos sociais.” A figura das Contribuições Parafiscais, Especiais, ou somente Contribuições, tem seu advento a partir de então. A primeira vez que a palavra foi no ano de 1947 em “inventaire Schuman” pretendendo suprir a ideia da recuperação econômica e social da França pós 2ª Guerra Mundial. “Para” seria uma preposição traduzida como “perto” ou “ao lado” induzindo ao raciocínio do significado “fora dos quadros de receitas tributárias tradicionais do Estado”. (LIPPERT,1996) de 1988(BRASIL,1988), exclusivamente instituir as Contribuições Sociais. Entretanto no artigo 195 estabelece as feições básicas da seguridade social atribuindo seu custeio possibilitando ser direto e indireto pelos recursos do Estado, DF e dos Municípios. O parágrafo primeiro dispõe que as receitas destes supracitados entes destinadas à seguridade social constarão nos respectivos orçamentos embora não integrem o orçamento da União, traduzindo-se em Contribuições Parafiscais no sentido clássico, sendo esta Relata-se que o Estado, pela história tem na concepção moderna resultante de um leque de finalidades Constituição atribui em seu artigo 149 que compete a união parafiscalidade, ou “parafiscalité” foi utilizada, novas A e precisões políticas.É compelido a manter dois sistemas de finanças públicas: o fiscal com seu fim político e o parafiscal com a finalidade econômica e social. Constituindo assim a sede de necessidades localizada fora do orçamento da União. (LIPPERT,1996) Coelho(2004) conceitua Contribuição Especial como a Contribuição que [...] ora é coetânea ao pagamento do tributo, ora é diferida, mas implica sempre uma atuação do Estado [...] seja qual for a atuação [...] em pró dos órgãos de econômicas que fizeram surgir as contribuições classe Parafiscais e estas localizadas nos grupos previdenciárias) ela necessariamente está voltada (interventivas, sociais ou sociais- (referibilidade) à satisfação de algumas necessidades sociais de modo que o fortalecimento político específicas dos contribuintes “(PAUSEN,2004). das organizações classistas teve por corolário o desenvolvimento parafiscal.(MORAES, 1987) da finança Podemos vincular seus dizeres à situação da anuidade corporativa, ao passo que [...] o contribuinte tem como contra partida (signalagma) a defesa dos seus interesses e I Encontro Regional de Iniciação Científica 99 prerrogativas de classe e a regulamentação de imprescindível suas atividades [...] (COELHO,2004) (POMOCENO,2008) Não se confunde com Contribuição Social, por esta ser em prol fins Sociais e da para a sua validade. Leandro Paulsen(2004) alerta: “... não se deve confundir a finalidade que caracteriza Seguridade Social(COELHO,2004) (art. 195, I, a contribuição [...] a finalidade é requisito inafastável II e seguintes), sendo a Contribuição Especial para a caracterização da Contribuição [...]. Não tem uma contribuição Corporativa que abrange as contribuições sindicais e profissões regulamentadas e para órgãos de classe. (BRASIL,1966) Mesmo a Parafiscal Contribuição Não é taxa porque não remunera serviços uma disponibiliza algo aos segundo Contribuição de Melhoria por obviamente não “Contribuição existir valorização de imóvel por obra pública. conhecida, como nem contribuintes. Também não é considerada em que não tem amparo pela Carta Magna em seu artigo 195, como no caso do PIS, sendo revelada indutivamente pelas características diferenciadas que possue. (SABBAG,2009) A taxa caracteriza-se por ter o fato gerador vinculado a uma atividade estatal ligada diretamente ao sujeito passivo da relação tributária, vínculo tal que também existe na alude as características Contribuição. espécies dizendo que: “o fato de a União atuar diretamente ou através de Logo, existe a para diferir situação de as duas que na Contribuição é indiretamente relata ao sujeito carrega passivo enquanto que a taxa esta relacionada importância. De qualquer modo, a atuação está direta atividade estatal e o contribuinte diretamente. instrumentalidade (INSS, OAB) não e indireta (parafiscalidade), revelam os fins queridos pela Constituição validando a tributação (validação finalística).” Logo, Imposto e esta podem coincidir.” ou Especial Social Genérica” constrange-se pela situação Coelho(2004) entretanto o fato gerador e a base de cálculo de cobrados, sendo Pomoceno(2008) receita vinculada a nenhuma finalidade específica, o estudo (LIPPERT,1996) Sabbag(2009) se confirma que as “[...] caracteriza as Contribuições Especiais [...] pelo [...] produto de Contribuições Especiais sejam realmente uma suas arrecadações [...] espécie de tributo o qual difere das outras carreado para financiar atividades de interesse espécies pela Constituição Federal por sua público, beneficiando certo grupo, e direta ou característica principal que é a destinação a indiretamente o contribuinte.” que se dá ao produto da arrecadação a uma finalidade do Estado, e tal vínculo se torna Segundo Lippert(1996) devendo [...] constitui-se ser por critérios os elementos: a) caráter compulsório da exigência (o que configura uma das I Encontro Regional de Iniciação Científica 100 semelhanças com impostos e taxas); b) a não ou de respectivo órgão estatal, objetivando integração da respectiva receita no orçamento atingir certos grupos sociais, beneficiando do Estado; c) a destinação do produto de sua individual, indireta ou diretamente integrando o arrecadação para o custeio de grupos, setores orçamento através de dotações globais sendo ou categorias sociais; e d) administração de fiscalizadas pelo Tribunal de Contas da União, suas receitas por entidades descentralizadas ou pelo órgão de controle da execução inclusive estatais delegadas do Estado. orçamentária. Becker(1963) argumenta em sua obra que as Contribuições Parafiscais não possuíam a condição de natureza jurídica “sui generis”, ou seja, não única em sua espécie, tampouco natureza mista, entretanto, em alguns casos, serem meramente simples impostos com destinação decidida. a natureza jurídica do tributo, a destinação, maior ou menor proporcionalidade na base de cálculo, bem como a posição do sujeito passivo em relação à pressuposição de incidência do mesmo.(LIPPERT,1996) É da União a competência para instituir o valor sobre as contribuições, interesses de no que categorias tange profissionais os e econômicas, se destinam custear pessoas jurídicas de Direito Público ou Privado tendo por finalidade fiscalizar e regulamentar por natureza o exercício de certas atividades, bem Entendia que não exerce qualquer influência sobre Tais Contribuições Especiais como representar categorias profissionais e econômicas. (POMOCENO, 2008) Isto é o que define o valor pecuniário que se expressa no pagamento por Advogados e Estagiários para a Ordem dos Advogados do Brasil, bem como, por médicos ao Conselho Regional de Medicinal e etc. LIPPERT,(1996) afirma que: segundo a Constituição (BRASIL,1988). Os Estados, Distrito Federal e Municípios podem “Contribuições de Intervenção de Categorias Profissionais, destinadas ao custeio das atividades instituir contribuições para arrecadar receita de órgãos e classe sindicais, profissionais ou para suprir as necessidades dos sistemas de econômicas, previdência e assistência social de seus servidores.(LIPPERT,1996) incluindo-se neste grupo as contribuições sindicais e as Contribuições destinadas à Ordem dos Advogados do Brasil e aos Conselhos Regionais de Contabilidade, dos Engenheiros, Arquitetos, Contadores, Agrônomos, etc.” Como já suscitado neste trabalho, esta espécie de contribuição tem a característica de ser um tributo finalístico. Lippert (1996) alude se existente o fato gerador das Contribuições Especiais, será relacionado à atividade Estatal I Encontro Regional de Iniciação Científica Assim configura-se a contribuição paga à OAB como Contribuições Especial de Intervenção de Categorias Profissionais destinada a custeio de Autarquia Arrecadadora e fiscalizadora da Administração Estatal Indireta. 101 Conclusões Não se discute o destino do valor pago em forma de Contribuição Especial pelos Contribuintes, mas sim a vinculação entre entidade representativa custeada e quem paga horas que resultaram no presente trabalho aos meus pais e amigos. À coordenadora do curso de Direito da ULT, Rosângela Lascosk por nos incentivar e possibilitar o evento do I ERIC onde pudemos demonstrar nossa capacidade de iniciação científica e demonstrar a comunidade norte pioneira a qualidade do curso de nossa querida instituição. E por fim à Deus. o valor. Referências É dotada de Parafiscalidade e seus sujeitos ativos são as entidades representativas e não a União, mesmo a esta tendo Competência. ATALIBA, Geraldo. Hipótese de Incidência Tributária. 5. Ed. São Paulo : Malheiros, 1980, p. 171. BRASIL, Constituição Federal de 1988. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília,1998. Mesmo a norma jurídica omitindo-se sobre a BRASIL, Código Tributário Nacional de 1966. definição das Contribuições Especiais, esta é Código Tributário Nacional Brasileiro. Brasília, 1966. um tributo pago para financiar um sistema de BECKER, Alfredo Augusto. Teoria Geral do Direito determinado grupo com o intuito de ter a Tributário. SARAIVA : São Paulo, 1963, pag. 349. qualificação de fazer parte e integra o sistema COELHO, Sacha Calmon Navarro. Revista Internacional de Direito Tributário. V.1, n. 1. Belo Horizonte – Jan/Jun, 2004, p. 363-381. LIPPERT, Franz August Gernot. As Contribuições Parafiscais No Direito Brasileiro. Revista da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre: UFRGS, v. 12, p. 121-126, 1996. MORAES, Bernardo Ribeiro de. Compêndio de Direito Tributário. 3. Ed. FORENSE : Rio de Janeiro, 1987, pag. 623. POMOCENO, Patrícia Ferreira. Contribuições Especiais. Publicado em 01/09/08. Acesso em 03/09/12 às 18:04, link: www.aprendatributario.com.br/?p=73 PAULSEN, Leandro. Direito Tributário : Constituição e Código Tributário à Luz da Doutrina e da Jurisprudência. 6. Ed. Ver. E atual. Porto Alegre : Livraria do Advogado do Advogado, 2004. SABBAG, Eduardo. Manual de Direito Tributário. São Paulo : SARAIVA, 2009, p. 449 e ss. tributário brasileiro formando um quarto gênero de tributo, diferindo dos impostos, taxas e contribuições de melhorias. Tem sua origem por uma tendência histórica generalizada não apenas para facilitar o bom andamento da máquina estatal devido suas mutações, mas também por qualificar o atendimento às exigências da justiça fiscal, estando os contribuintes sempre relacionados ao “fato gerador finalístico” beneficiando-se direta ou indiretamente. Configura-se por ser o valor recolhido pela Autarquia arrecadadora e fiscalizadora da OAB, Contribuição Especial ou Parafiscal. Agradecimentos Agradeço ao Professor Hélio Fernando Oliveira Junior pela atenção às indagações e pelo belo trabalho que tem feito com imenso e profundo olhar científico para com os acadêmicos e à instituição. Agradeço ao aconchego e paz do lar, que me possibilitaram o mergulho profundo em incessantes I Encontro Regional de Iniciação Científica 102 O DIREITO PENAL SIMBÓLICO COMO UM RESULTADO DO IRRACIONALISMO PÓS-MODERNO ATRAVÉS DA BIOÉTICA NA SOCIEDADE BRASILEIRA URBANIZADA Marcus Vinicius de OLIVEIRA RIBEIRO. União Latino-Americana de Tecnologia, Polo Jaguariaíva, Direito, [email protected]. Resumo: Este trabalho mostra que o Direito Penal Simbólico é um fenômeno que nasce no sentimento de urgência que manifesta o Estado quando a indevida aplicação das normas penais, face às poucas políticas de prevenção da criminalidade, mostra as consequências de efeitos colaterais indesejáveis, ao crime, à violência e todo quadro social que geralmente se inserem estes dois elementos. Resume-se, em prática, sua aparição em uma onda propagandística, manipuladora dirigida geralmente às massas populares surgindo o simbolismo através das edições de leis em resposta ao clamor público toda vez que um fato crime choca o país. Simbolismo tal que muitas vezes é usado como instrumento para oportunistas políticos para benefício próprio, transformando-se em uma arma perigosa. Palavras Chave: Norma Incriminadora Simbólica. Simbolismo do Direito Penal. Segurança Nacional. Falsa Garantia de Segurança. Legislador Socorrista. Lei Penal. Introdução Este artigo tem como escopo suscitar uma falta de percepção destituir princípios de uma ciência regrada? uma discussão para medrar o conhecimento Destarte, cria-se o mito, o qual Aranha sobre este fenômeno chamado Direito Penal Simbólico e encetar a percepção crítica à luz dos estudos contemporâneos pelo olhar da Bioética na sociedade brasileira urbanizada. (1993) esclarece tão bem em seu livro em que diz ser a mente humana naturalmente inquiridora. Mas como saber ou perceber a verdade? Qual sinal para distinguirmos a Pensa, a sociedade, ser o Direito Penal verdade do erro? o “super-homem” dos ordenamentos jurídicos, Para Descartes o critério da verdade é a que possui o condão de criar uma panaceia para os males simplesmente editando algumas leis penais propondo sanções mais severas, bem como, dificuldades às garantias dos “infratores”. (CABETTE & NAHUR, 2008) Como saber se estas medidas são corretas? É correta evidência. Ainda há aqueles que buscam a verdade com o intuito de aprender na incoerência de argumentos, técnica chamada de “método socrático”. Mas a evidência se faz clara quando há escândalos tomando conta de nossos noticiários, inundando nossas casas I Encontro Regional de Iniciação Científica da União-Latino Americana de Tecnologia Resultados e Discussão com influências políticas muito bem planejadas. O conceito de Cezar Roberto Bitencourt (ARANHA, 1993) (2003, p.2) leciona que: “Direito Penal é um O fato é de que as pessoas que erigem a sociedade acostumaram-se a viver mecanicamente, perdendo a percepção de fatos e a capacidade inquiridora, critérios suscitados acima se impulsionando conjunto de normas jurídicas que tem por objeto a determinação de infrações de natureza penal e suas sanções correspondentes- penas e medidas de segurança.” ao vivendo A norma penal se manifesta a vontade somente para si como elucidou o psicanalista do Estado na definição dos fatos puníveis e Freud. (NEGRI, 2011) suas respectivas sanções. Caracterizam-se por autoritarismo contra si mesmo, sua imperatividade. Tem como objetivo a tutela Mediante isso, forma-se a projeção ilusória de algo que se espera vir como um dos bens jurídicos, aplicando penas, medidas de segurança e etc. (CUNHA,2006) milagre, uma glória pela massa populacional Pelo vivendo no piloto automático, seguindo ideias já Direito Penal ter essa precedentemente talhadas a força, atitudes característica normativa é possível identificar a equivocadas, como se todos bebessem da característica dogmática, que por si só não é mesma sendo negativa desde que aplicável e eficaz em considerada esta uma fonte de verdade real. relação a casos individuais que diariamente se (ANDRIOLA, et. Al. 2006) apresentam a ele, pois somente adquire seu fonte da mídia televisiva, significado funcional e político profundo quando A sociedade é tão influenciável que essa falsa sensação de segurança, muitas vezes, é posta acima da moral sedimentando inserida no âmbito do sistema de controle penal da modernidade, no interior do qual devem ser analisadas suas funções.(ANDRADE, 1994) um sentimento secular maquiavélico, ou seja, um sentimento onde os fins justificam os meios. (KOYRÉ, 1982) Callegari e Giacomolli (2010) abrem seu Material e Métodos prólogo afirmando que quando pensamos O método utilizado para pesquisa para sobre o Direito Penal, principalmente na pena fundamentar o presente artigo foi de pesquisa em si, surge um problema entre este poder qualitativo bibliográfico que traduz informações relacionado com a Soberania do Estado com obtidas bibliograficamente sendo os dados os analisados a preponderar sempre sobre o ilícito caminhando interpretação dos fenômenos e a atribuição de por critérios de proporcionalidade e impetração significados. em um Estado Democrático de Direito e a indutivamente I Encontro Regional de Iniciação Científica levando direitos humanos. A norma deve 104 essência do ser humano ser preservado como Afirma ainda que a eliminação e a pessoa, como cidadão e não como um ser relativização descaracterizam o ser humano irracional, alimentando não importando o tamanho e uma possível relativização gravidade de sua conduta ilícita, este deverá terrorista, repressiva de ideias, de autores e ser punido como um transgressor da lei penal, fatos. como indivíduo infrator, não como combatente. Portanto é aceitável de que haja a Meliá (2010) diferencia a sua visão do possibilidade de a dogmática assumir-se em problema de Gunther (2010), pelo simples uma conotação negativa diferente de onde se diagnóstico citando a postura de outros países deve aplicar o Direito Penal. Esta dogmática é sobre a discussão política às medidas de que se manifesta em formas retóricas do exceção, como por exemplo, os Estados Estado com efeitos práticos e nulos ou Unidos da América que ao não se importar com insignificantes através de edição de leis sem a aparência jurídica liberam a tortura em se um critério rigoroso que garanta sua efetiva e tratando de terrorismo o que leva a considerar coerente aplicação. (ANDRADE, 1994) tal conduta “guerra” tratando como inimigo o sujeito que não segue parâmetros e padrões Constitucionais criando assim o que Gunther (2010) diz ser algo novo, não melhorado tampouco mutado. Os autores Por um lapso instintivo, sinônimo da “falta de percepção” citada na Introdução deste artigo, podemos perceber que em casos como assassinato de Isabela Nardoni a sociedade sobrepõe Callegari justiça acima da moral Giacomolli desconsiderando sua inerência com a mesma, (2010) ainda fazem uma divisão entre o colocando os direitos fundamentais a serviço resultado ao da segurança. Ideia qual se torna uma arma “Direito Penal do Inimigo”, o simbolismo do nas mãos da sociedade. Se por vontade de Direito Penal e o Punitivismo Expansionista, todos no calor do clamor da massa voltaríamos uma à época da vingança privada. O Estado desta fenômenos mistura de e a naturais devido conservadorismo e o liberalismo Penal. Lucidam ainda que ao tratar o indivíduo como paradigma do Direito Penal do Inimigo, com tal irracionalidade diz que a intervenção do Estado através do Direito Penal possui limites expressos na Carta Magna (BRASIL, 1989) tornando assim a legitimidade do Direito Penal maneira age coagido, tornando sua soberania e poder em um remédio, eis o efeito placebo que ignora uma das teorias existentes a Teoria Social de Canotilho (1998) que afirma a necessidade de uma intervenção pública para garanti-los de forma a ser não um limite mas uma finalidade do Estado possibilitando a participação efetiva (status activus). existente, pois, respeita então os princípios que regem todo o ordenamento jurídico. I Encontro Regional de Iniciação Científica 105 Antônio Carlos Santoro Filho (2002) por um punitivismo exacerbado. facilmente um tipo de onda propagandista manobrada (principalmente especialmente com o escopo de atingir as anseios por justiça. Acostumou-se a combater massas populares e principalmente aqueles os sintomas e não as reais causas, como por que estão preocupados distrair-se dos graves exemplo problemas sociais e econômicos na tentativa Desarmamento. (ROMANHOL, 2010) no pela quando mídia) caso do o é descreve o Direito Penal Simbólico como sendo de fechar os olhos aos reais problemas observado Isso cria, poder pseudo- Estatuto do “um menino de rua é mais do que um ser constituindo entre outros, os principais fatores descalço, magro, ameaçador e mal vestido. É a acrescem a criminalidade. prova da carência de cidadania de todo um país, onde uma imensa quantidade de garantias não sai do papel da Constituição...” (DIMENSTEIN, O jornalismo policial foi disseminado 2009) em horários nobres da televisão disputando preferência nacional induzindo visões moralistas e conceitos estereotipados em que se aproveita a emoção de punir (Miopia Social) criminalizando condutas. A mídia aceita e propaga o paradigma da criminologia positivista tendo como base a investigação das causas da criminalidade e na ideologia do criminoso nato. Fomenta nos maniqueísta telespectadores do mundo uma visão consolidando a chamada “imprensa marrom” degustada por uma sociedade idônea. Muda-se então a finalidade verdadeira do Direito Penal que ao invés de predeterminar penas e prevenir, serve de instrumento de solução para as desigualdades sociais. Tal fato se faz óbvio, pois, claramente é mais fácil por parte do Estado criar leis do que promover políticas públicas na distribuição área da educação, de renda e melhor exclusão os a dicotomia apresentada por Dimenstein (2009) em uma pesquisa da UNESCO (órgão das Nações Unidas para a educação, ciência e cultura) realizada em Outubro de 2004, revela que mais da metade dos jovens do Brasil não estão preocupados com política. O levantamento, feito entre junho e julho com 10.010 pessoas entre 15 e 29 anos nos 26 Estados brasileiros e no Distrito Federal, mostra que 63% dos jovens tem nenhum ou pouco interesse nas eleições municipais. De acordo com a Zero Hora, a pesquisa Juventudes Brasileiras de 2010 mostra que dois terços dos 47 milhões de jovens brasileiros não veem sua geração se preocupar com política partidária. Mesmo embora, há um descaso com o uso do sufrágio para eleger seus legisladores, em contra senso, cobra e pressiona-os à assistência punitivista. social.(CLEINMAN, 2001) Aponta-se Eis fenômenos inter- relacionados, casos-símbolos são orientados I Encontro Regional de Iniciação Científica O movimento lei e ordem é outro exemplo de modo a acreditar que tudo está sob controle e que o legislador é atento. Este 106 caminho fica claro quando a lei penal em vez onde nós não cometemos crimes e que não de prevenir crimes e garantir segurança, somos criminosos, que o criminoso é o outro. preceitos Situação qual fazem parte dos básicos qual tem seu advento de princípios deste instituto, torna-se ícone do estigmatização de uma classe social que será glorioso e correto caminho trilhado pelo Estado. combatida Resume-se em uma ideia de movimento de fenômeno o qual alerta Zafarone como um repressão máxima implantados em países infeliz resultado de Direito Penal. (SEREJO, como a Europa, Inglaterra, França e Holanda 2010) e marginalizada. Este é um com traços aos movimentos norte-americanos do “Tolerância Zero”, instalando programas “A idéia central é dar uma resposta ao fenômeno sociais com participação da população à da criminalidade com acréscimo de medidas atividade policial para diminuir a criminalidade. repressivas decorrentes de leis penais. Nas duas (NETO, 2005) últimas décadas crimes atrozes são apresentados pelo mas media e por muitos Fenômenos consequentes se resumem políticos como uma ocorrência terrível, geradora na segurança e a lei apontando a doutrina de insegurança e consequência do tratamento benigno dispensado pela lei aos criminosos, que, fenômenos consequentes quanto ao fato da por isso, não lhe têm respeito. O remédio segurança e a mantem-se em meios pelos milagroso outro não é senão a ideologia da repressão, fulcrada no velho regime punitivo — quais os cidadãos buscam seus objetivos retributivo, que recebe o nome de Movimento da coletivos e individuais, tornando-se fins em si Lei mesmos. Fato qual as estruturas de poder pensamento partem do pressuposto dicotômico e da Ordem. Os defensores deste de que a sociedade está dividida em homens podem se aproveitar e extrair direitos e bons e maus. A violência destes só poderá ser garantias individuais, muitas vezes com a pena controlada do próprio povo a que ele se submete. O fato é, imponham longas penas privativas de liberdade, através de leis severas, que quando não a morte. Estes seriam os únicos as penas podem se elevar a proporções meios irracionais mas o nível de criminalidade e crescente, a única forma de intimidação e de controle efetivo da criminalidade neutralização violência não necessariamente diminui. dos criminosos. Seria mais, permitiria fazer justiça às vítimas e aos “homens de bem”, ou seja, àqueles que não cometem “A política de tolerância zero é cruel e desumana. delitos.” (SHECAIRA, 2009, p.165) Os socialmente etiquetados sempre foram os clientes preferenciais da polícia e, com o aval dos governantes, nunca se matou, prendeu e torturou Sob o tantos negros, pobres e latinos. A máquina distanciamento estatal repressora é eficientíssima quando se iluminista trata de prender e arrebentar hipossuficientes.” prisma da utiliza visão como da de Bioética um amparo o mundo soluções deterministas, sociológicas sobre uma Teologia (LOPES,2001, p.1) . Holística que nutre um maniqueísmo em que se Quanto ao tabu a população se submete a uma simbologia, criando um tabu I Encontro Regional de Iniciação Científica idealiza vivermos uma guerra entre Deus e o Diabo traduzindo-se em um mecanicismo 107 luciferiano torturando dentre engrenagens os a seus pedidos formulando projetos de lei agressores. A fé cega da razão na ciência que expressa sem respeitar os alicerces e as elucida David Ehrenfeld advinda de uma demais leis do ordenamento jurídico cria o rigor redução da razão por uma descridibilidade no excessivo das penas editadas ou estabelece o científico pelo apego ao empirismo. Eis a rigor de novas normas impostas trazendo a fumaça ineficácia ou efeito diminuído não esperado da para ocultar as verdadeiras determinantes do processo de desumanização lei. que vivemos hodiernamente, não só no que tange leis e punições mas como o homem vê e assiste o meio ambiente. (ILARIO,2001) A sociedade vive um pessoas como liberalismo se É claramente notável que este fenômeno é suscetível a ser utilizado como extremado causado por um relativismo ético descartando Conclusões fossem embalagens. instrumento político por oportunistas acarretando a alterações pontuais na lei penal. A situação contemporânea sobre o Direito Penal é crítica. Como Chico Buarque alude em trecho de sua música “Cálice” composto nos tempos da Ditadura Militar, a Figura 1.Esquema Analítico da Formação do Fenômeno Direito Penal Simbólico qual se tipifica a este caso: “De tão gorda a porca já não anda, de muito usada a faca já não corta...” Necessário é, que o legislador que sua função em glória é tutelar os bens jurídicos dos quais fazem parte os princípios básicos e direitos fundamentais. Se assim for, esta imagem utópica de “fazedor de leis” não enterra a eficácia do sistema penal. Submeter a reflexão bioética revitalizando a importância A Figura 1 representa a progressão do surgimento desde sua priori no crime, passando pela repercussão da mídia causando humana e resgatando a essência dos princípios que fora a priori do nosso conhecimento. (ILÁRIO,2001) o clamor da massa populacional influenciada Somente desta maneira, por um milagre por esta, assim pressionando o Estado por é que então a violência, desigualdade, a temor à criminalidade. Consequentemente o pobreza, o analfabetismo, o abandono da Legislador como representante do povo atende saúde e da educação pública caminharia para I Encontro Regional de Iniciação Científica 108 a resolução, pois afinal, estaríamos obrigados por este sistema imperativo e positivista a ser feliz e cairia por terra este “pileque” homérico por parte deste fenômeno utópico chamado Direito Penal Simbólico um Estado fictício que finge resolver o problema com soluções fáceis, e a sociedade chora as mortes clamando por uma justiça que governos tendem ignorar. É o uso do Direito com marcas da ideologia estatal. No final das contas quem vai ter a responsabilidade de despertar o “homem moderno” que está dentro de nós, é a própria Agradeço ao Professor Hélio Fernando Oliveira Junior pela atenção às indagações e pelo belo trabalho que tem feito com imenso e profundo olhar científico para com os acadêmicos e à instituição. Agradeço ao aconchego e paz do lar, que me possibilitaram o mergulho profundo em incessantes horas que resultaram no presente trabalho aos meus pais e amigos. À coordenadora do curso de Direito da ULT, Rosângela Lascosk por nos incentivar e possibilitar o evento do I ERIC onde pudemos demonstrar nossa capacidade de iniciação científica e demonstrar à comunidade Norte Pioneira a qualidade do curso de nossa querida instituição. E por fim à Deus. Referências ARANHA, Lúcia de Arruda. Introdução à filosofia : Filosofando. EDITORA MODERNA. 2º Ed, São Paulo, 1993, pg 67. sociedade. O Poder vem do povo, da ideia coletiva, o Estado nasce de nossa projeção da necessidade de seguir algo. A ideia de paz é inerente ao que temos que ter em mente. A paz não se resume na ausência de guerra, pois temos nos dias de hoje o que se chama de ANDRIOLA, Cristiany Gomes; BANDEIRA A, Wagner. Opinião De Docentes Acerca Da Relação Entre Programas Televisivos E Violência Infantil Em Ambientes Educacionais. Linguagens, Educação e Sociedade - Teresina, Ano 11, n. 15, jul./dez. 2006 "violência passiva", a paz é a justiça social. Em relevo, o desnecessário apelo às normas extremamente punitivas e sim o retorno a razão. Espera-se que a voz milenar do filósofo e matemático Pitágoras faça despertar este homem - "Eduquemos nossas crianças para que não tenhamos que punir os adultos de amanhã" (SOARES, 1983) Uma única arma pode ser usada de várias maneiras, e a instrução é a melhor delas nesta guerra que dissolve o homem na pósmodernidade. Agradecimentos I Encontro Regional de Iniciação Científica ANDRADE, Vera Regina Pereira de. Dogmática E Controle Penal: Em Busca Da “Segurança Jurídica” Prometida. In: Teoria do Direito e do Estado, Rocha, Leonel Severo (Org.), Sérgio Fabris Editor, Porto Alegre, 1994. CLEINMAN, Betch. Mídia, Crime e Responsabilidade. Revista de Estudos Criminais 1, p. 97-100 – 2001. BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado De Direito Penal. 8. ed. 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