obadias – 1 capítulo - Igreja Metodista Central de Londrina
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obadias – 1 capítulo - Igreja Metodista Central de Londrina
OBADIAS – 1 CAPÍTULO Propósito Este livro foi escrito: (1) para revelar a intensa ira de Deus contra os edomitas por terem se regozijado com o sofrimento de Judá; e (2) para entregar a palavra de juízo divino contra Edom. Obadias profetiza o resultado final da atuação de Deus: para os edomitas – destruição; para Israel, o povo de Deus – livramento no futuro dia do Senhor. Visão panorâmica O livro de Obadias possui duas seções principais. Na primeira (vv. 1-14), Deus expressa, através do profeta, sua ardente ira contra Edom, e exige deste uma prestação de contas por sua soberba originada de sua segurança geográfica, e por ter-se regozijado com a derrota de Judá. O juízo divino vem sobre eles; não há nenhuma esperança da comutação da pena; nenhum convite lhes é feito para se arrependerem e voltarem ao Senhor. Serão exterminados para sempre! (v. 10). A segunda seção (vv. 15-21) refere-se ao dia do Senhor, quando Edom será destruído juntamente com todos os inimigos de Deus, ao passo que o povo escolhido será salvo, e seu reino triunfará. Características especiais Quatro aspectos básicos caracterizam a profecia de Obadias. (1)É o livro mais breve do AT. (2) É um dos três profetas vocacionados por Deus a dirigirem sua mensagem quase que, exclusivamente, a uma nação gentia (os outros dois são Jonas e Naum). (3) Há muita semelhança entre Obadias e Jeremias 49:7-22. (4) O livro não é citado nem aludido no NT. - 1 – Obadias. Obadias foi um profeta de Judá que profetizou a respeito de juízo divino contra Edom. - 1 – A respeito de Edom. Os edomitas, vizinhos de Judá ao sul da fronteira, eram descendentes de Esaú (v. 6), irmão de Jacó. Assim sendo, tinham parentesco com Israel (v. 10). Apesar disso, Edom se tornara ferrenho inimigo do povo de Deus, e freqüentemente ajudava os exércitos que atacavam Israel. Devido a prolongada hostilidade de Edom, aliada ao ódio contra os israelitas, a ira divina viria sobre eles. - 3 – A soberba do teu coração. Os edomitas habitavam numa cordilheira rochosa. Na sua arrogância, consideravam segura a sua pátria, e orgulhavam-se de sua auto-suficiência e poder. Mesmo assim, Deus os abateria. A Bíblia ensina que o orgulho e a soberba levam o crente ao engano de si mesmo e, conseqüentemente, à queda (v. 4). Fazem também com que Deus se torne inimigo dos que assim vivem (v. 8). - 5, 6 – Se viessem a ti ladrões. Os edomitas estavam acostumados a despojar, roubar e matar outros povos. Agora, experimentariam o mesmo, porque Deus traria uma poderosa nação contra eles. - 10 – Exterminado para sempre. Obadias profetizava que os edomitas seriam completamente destruídos por causa de sua violência e crueldade (vv. 16, 18), ao passo que Judá seria restaurado, e o reino de Deus prevaleceria (vv. 17, 19, 21). Em 582 a.C., quatro anos após a destruição de Jerusalém, o povo edomita por pouco não é totalmente destruído pelos babilônicos. A partir daí, é forçado a viver no sul de Judá. Em 70 d.C., ano em que Roma destruiu Jerusalém, não mais se teve notícias dos filhos de Edom. - 11- 14 – Estiveste em frente dele. Edom recusou-se a ajudar a Israel, seu vizinho e parente, quando os israelitas achavam-se em angústia. Por isso, Deus castigaria Edom. Deus reivindica ao seu povo, alvo constante de sua ajuda e misericórdia, que seja também misericordioso para com o próximo em tempos de necessidade. A indiferença e o egocentrismo são evidências de que o amor e a graça de Deus não mais habitam no crente (I Jo. 3:15-17). - 15 – Assim se fará contigo. Obadias profetiza que Deus retribuiria a Edom e as demais nações consoante o tratamento que haviam dispensado ao próximo. Este mesmo princípio aplica-se aos crentes neotestamentários (ver Cl. 3:25). - 17 – 21 – No monte Sião haverá livramento. O monte Sião representa Jerusalém sob o antigo concerto, e a habitação celestial da igreja sob o novo concerto (Hb. 12:22-24). A Bíblia mostra que Israel e os demais fiéis seguidores de Deus estarão livres de seus inimigos, herdarão a terra e reinarão com Cristo. Isto se cumprirá depois do retorno de Jesus, o Messias, à terra, ocasião em que todo o mal será derrotado; então “o reino será do Senhor” (v. 21). Amém. A cidade de Jerusalém I Cr. 11:7, 8 – “E Davi habitou na fortaleza, pelo que se chamou a Cidade de Davi. E edificou a cidade ao redor, desde Milo até completar o circuito; e Joabe renovou o resto da cidade”. História da cidade de Jerusalém A primeira referência à cidade de Jerusalém é sem dúvida Gn. 14:18, onde Melquisedeque é citado como rei de Salém (Jerusalém; ver Gn. 14:18). Na época dos israelitas cruzarem o Jordão para entrarem na terra prometida, a cidade chamava-se “da banda dos jebuseus” (Js. 15:8) ou Jebus. Deixou de ser capturada durante a conquista de Canaã por Josué e permaneceu em mãos dos cananeus até o tempo em que Davi chegou ao reino. O exército de Davi tomou Jebus de assalto, e Davi fez dela a sua capital (II Sm. 5:5-7). Jerusalém serviu de capital política de Israel durante o reino unido e, posteriormente, do reino do Sul, Judá. Salomão, sucessor de Davi, edificou o templo do Senhor em Jerusalém (I Rs. 5-8), de modo que a cidade também tornou-se o centro religioso de adoração ao Deus do concerto. Por causa dos pecados de Israel, Nabucodonosor de Babilônia sitiou a cidade em 586 a.C. e finalmente a destruiu juntamente com o templo (II Rs. 25:1-11). Jerusalém permaneceu um montão de ruínas até o retorno dos judeus da Pérsia em 536 a.C. para reedificar tanto o templo quanto a cidade (Ed. 3:8-13). Já nas tempos do NT, Jerusalém voltará a ser o centro da vida política e religiosa dos judeus. Em 70 d.C., porém, depois de freqüentes rebeliões dos judeus contra o poder romano, a cidade e o templo voltaram a ser destruídos. Quando Davi fez de Jerusalém a sua capital, esta começou a receber vários outros nomes em consonância com a sua índole; nomes como: “Sião” (II Sm. 5:7); “a Cidade de Davi” (I Rs. 2:10); “santa cidade” (Ne. 11:1); “a Cidade de Deus” (Sl. 46:4); “cidade de justiça, cidade fiel” (Is. 1:26); “a cidade do Senhor” (Is. 60:14); “O Senhor Está Ali” (Ez. 48:35) e “a cidade de verdade” (Zc. 8:3). Alguns desses nomes são proféticos para a futura cidade de Jerusalém. O significado de Jerusalém para os israelitas. A cidade de Jerusalém tinha um significado especial para o povo de Deus do AT. (1) Quando Deus relembrou sua lei diante dos israelitas na fronteira de Canaã, profetizou através de Moisés que, a determinada altura no futuro, Ele escolheria um lugar “para ali pôr o seu nome” (Dt. 12:5, 11, 21). Esse lugar seria a cidade de Jerusalém (I Rs. 11:13) onde o templo do Deus vivo foi erigido; por isso, recebeu o nome de: “santa cidade”, a Cidade de Deus” e “a Cidade do Senhor”. Três vezes por ano, todo o homem em Israel devia ir a Jerusalém, para aparecer “perante o Senhor, teu Deus, no lugar que escolher, na Festa dos Pães Asmos, e nas Festas das Semanas, e nas Festas dos Tabernáculos” (Dt. 16:16). (2) Jerusalém era a cidade onde Deus revelava sua Palavra ao seu povo (Is. 2:3), era portanto, “do vale da Visão” (Is. 22:1). Era também, o lugar onde Deus reinava sobre seu povo Israel (Sl. 99:1, 2). Logo, quando os israelitas oravam, eram ordenados a orar “para a banda desta cidade” (I Rs. 8:44). As montanhas que cercavam Jerusalém simbolizavam o Senhor rodeando o seu povo com eterna proteção (Sl. 125:1, 2). Em essência, portanto, Jerusalém era um símbolo de tudo quanto Deus queria para o seu povo. Sempre que o povo de Deus se congregava em Jerusalém, todos deviam lembrar-se do poder soberano de Deus, da sua santidade, da sua fidelidade ao seu povo e do seu compromisso eterno de ser o seu Deus. (3) Quando o povo de Deus destruiu seu relacionamento com Ele por causa da sua idolatria e de não querer obedecer aos seus mandamentos o Senhor permitiu que os babilônios destruíssem Jerusalém, juntamente com o templo. Quando Deus permitiu a destruição desse antigo símbolo da sua presença constante entre os seus, estava dando a entender que Ele pessoalmente estava se retirando do seu povo. Noto que a promessa de Deus, de um “concerto eterno” com seu povo sempre dependia da condição prévia da obediência deles à sua vontade revelada. Dessa maneira, Deus estava advertindo o seu povo, daqueles tempos e de agora, que todos devem permanecer fiéis a Ele e obedientes à sua lei, se quiserem continuar a desfrutar de suas bênçãos e promessas. O significado de Jerusalém para a igreja cristã. A cidade de Jerusalém também era importante para a igreja cristã. (1) Jerusalém foi o lugar onde nasceu o cristianismo. Ali Jesus foi crucificado e ressuscitou dentre os mortos. Foi também em Jerusalém que o Cristo glorificado derramou o Espírito Santo sobre os seus discípulos no Pentecoste (At. 2). A partir daquela cidade, a mensagem do Evangelho de Jesus Cristo espalhou-se “até aos confins da terra” (At. 1:8). A igreja de Jerusalém foi a igreja-mãe de todas as igrejas, e a igreja ao qual pertenciam os apóstolos (At. 1:12-26). Ao surgir uma controvérsia se os gentios crentes em Jesus tinham de ser circuncidados, foi Jerusalém a cidade onde reuniu-se o primeiro concílio eclesiástico de importância para resolver o assunto (At. 15:1-3). (2) Os livros de NT reiteram boa parte do significado da Jerusalém do AT, mas com uma nova aplicação: de uma cidade terrena para uma cidade celestial. Noutras palavras, Jerusalém, como a cidade santa, já não estava aqui na terra mas no céu, onde Deus habita e Cristo reina à sua destra; de lá, Ele derrama as suas bênçãos; e de lá, Jesus voltará. Paulo fala a respeito de Jerusalém “que é de cima”, que é nossa mãe (Gl. 4:26). O livro de Hebreus indica que, ao virem a Cristo para receber a salvação, os crentes não chegaram a uma montanha terrestre, mas “ao monte de Sião, e à cidade do Deus vivo, à Jerusalém celestial” (Hb. 12:22). E, ao invés de preparar uma cidade na terra para os crentes Deus está preparando a nova Jerusalém, que um dia descerá “do céu, adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido” (Ap. 21:2). Naquele grande dia, as promessas do concerto serão plenamente cumpridas: “Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles e será o seu Deus” (Ap. 21:3), Deus e o Cordeiro reinarão para sempre e sempre no seu trono, nessa cidade santa (Ap. 22:3). (3) A cidade de Jerusalém terrestre ainda tem um papel futuro a desempenhar no reino milenar de Deus? Isaias em 65:17 do seu livro fala de “céus novos e nova terra” (Is. 65:17), e em seguida apresenta um “Mas” enfático sobre a grandeza da Jerusalém terrena, no versículo 18. o restante do cap. 65 trata das condições mileniais. Muitos crêem que quando Cristo voltar para estabelecer seu reino milenial (Ap. 20:1-6), Ele porá o seu trono na cidade de Jerusalém. Depois do julgamento do grande trono branco (Ap. 20:11-15), a Jerusalém celestial descerá à nova terra como a sede do reino eterno de Deus (ver Ap. 21:2). Aonde irei quando morrer? “Porque pra mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não são para comparar com a glória por vir a ser revelada em nós” (Rm. 8:18). Uma guarda imperial fantasmagórica de mais de sete mil soldados de argila em tamanho natural foi desencavada na China continental. Arqueólogos encontraram recentemente essas maciças estátuas de terracota, consideradas uma das descobertas mais espetaculares desta era. O exército real, postado em formação de batalha para proteger o túmulo do primeiro imperador chinês Shih Huang Ti, estava equipado com carruagens de guerra e armas de madeira e bronze. Seus cavalos, em arreios de ouro e prata, encontravam-se num fosso perto do túmulo. Nessa incrível descoberta, vemos a morte retratada como um campo de batalha. O imperador desejava garantir que seria protegido no outro mundo. O destino final do homem tem sido ponderado através dos tempos. Algumas pessoas aceitaram a tradição de seus ancestrais, outras se debateram com idéias conflitantes. Budistas e hindus acreditam que passarão por repetidos nascimentos, transmigrando de existência a existência; não há princípio e não há fim de uma vida contínua; eles se reencarnam em outros corpos. O taoísta trata a morte com indiferença; o esquecimento é um estado de ausência de ações. A crença islamita reconhece sete céus, lugares de prazer carnal e ventura espiritual. A cultura do índio americano fala do “campo de boas caçadas”. A maioria das pessoas que seguem a religião judaica crê num céu onde as boas ações praticadas na terra são recompensadas. O cristão tem firme esperança do céu devido ao que Cristo fez mediante sua morte e ressurreição. “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo que, segundo a sua muita misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, para uma herança incorruptível, sem mácula, imarcescível, reservada nos céus para vós outros” (I Pe. 1:3, 4). Ao mesmo tempo, há muitas coisas acerca do céu que não sabemos ao certo. “Porque agora vemos como em espelho, obscuramente, então veremos face a face; agora conheço em parte, então conhecerei como também sou conhecido” (I Co. 13:12). “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo. 3:16). Para você meditar Adversidade – Não há calamidade que se não convertam em bênçãos se o teu coração estiver ligado ao Meu. Se não lutares contra a adversidade, o seu poder de arruinar-te será destruído. As crises poderão fazer-te sofrer, ms o teu espírito será abençoado dentro delas. A Minha voz se comunica, no meio de cada situação, com o servo que se submete ao meu Espírito. O Meu amor se derrama, livremente, nas horas tristes, sobre as vidas a Mim devotadas. Eu não posso falhar. Eu não falharei a ninguém, desde quando confie e espere nas Minhas promessas. Quando a Minha paz estiver reinando num coração submisso, todos os males passam, como a neblina. Entrega-me cada problema insolúvel. Louva-me e regozija-te enquanto Eu estou operando em teu favor e para a Minha própria glória. I Ts. 5:18 A graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja com o vosso espírito. Amém. Leia a Bíblia.