Ovoointernacionaldeumafanfarracarioca

Transcrição

Ovoointernacionaldeumafanfarracarioca
Orquestra Voadora
A Orquestra Voadora:
Brass band misturando Samba, Rock , Pop, Jazz, Afrobeat,
Funk, Pop, Frevo, Maracatu . . .
Formação da banda: 15 músicos
4 trompetes, 4 trombones, 1 sax barítono,
1 tuba, 2 caixas, 1 surdo e 2 alfaias
Participações em Festivais:
Viradão Carioca 2011 e 2010, Virada Cultural de São Paulo 2011, Brasilidade
na Rua 2010 (RJ), Festival SENSACIONAL BH 2012 (MG), Corredor da Folia
de Juiz de Fora 2012 (MG), Anjos do Picadeiro 2011 (RJ), Rider Weekends
2012 (RJ), Vale Open Air 2010 (RJ).
Principais casas de show:
Fundição Progresso, Circo Voador, Teatro Rival e Studio RJ - Rio de Janeiro
Studio SP, Sesc Pompeia e Studio Emme - São Paulo
Cultural Bar - Juiz de Fora
A Orquestra Voadora e seu bloco no carnaval de rua do Rio de Janeiro
2009: 3.000 pessoas
2010: 15.000 pessoas
2011: 25.000 pessoas
2012: 50.000 pessoas
WEBSITE : http://www.orquestravoadora.com.br
FAN PAGE : http://www.facebook.com/Voosdaorquestra
A Orquestra Voadora vem despontando como uma grande revelação
na cena cultural brasileira. A brass band, nascida em 2008 a partir do
encontro de músicos do carnaval de rua do Rio de Janeiro, deixa sua
marca por onde passa. Ritmos do Brasil e do mundo, como samba,
maracatu, afrobeat, rock, funk, jazz foram transportados para o
universo da rua, adaptados a uma formação de banda em que não
há guitarras ou baixo, somente metais e percussão. O resultado é
explosivo. A energia contagiante do público, lado a lado da banda, e a
força do som fazem de cada show uma experiência única.
Suas apresentações são sinônimo de casa cheia no Rio, São Paulo
e BH. Tem uma atuação ativa nas redes sociais com mais de 14 mil
amigos no Facebook, 3 mil seguidores no Twitter e 30 mil acessos
em seu site. Em seu último desfile de carnaval, o bloco da OV
arrastou mais de 50 mil pessoas. Já dividiu o palco com grandes
nomes da MPB como Pedro Luís e a Parede, Bebel Gilberto, Otto,
Teresa Cristina, Wilson Simoninha e Pitty. Ano passado a banda foi
indicada ao Prêmio de Cultura da Secretaria de Cultura do Estado do
Rio de Janeiro na categoria Música Popular e também se destacou
como ponto alto da cerimônia do Premio de Cultura da Revista Bravo.
2012 é um grande ano para a OV. Contemplada em Edital de
Intercâmbio do Minc, esteve em turnê na Europa no período
de março a abril, passando por Paris, Lisboa, Porto, Barcelona,
Toulouse, Montpellier e Bruxelas. E, em novembro, lança o tão
aguardado disco. Todo esse crescimento vem acontecendo de
forma muito natural. Afinal, para uma banda formada nas ruas do
carnaval do Rio, espontaneidade e liberdade são os sentimentos
evocados pela música do grupo.
lá, estático, repetindo tudo. Um papagaio felino. Papagato. É sacaneado por um cão. E podemos esbofeteá-lo à vontade. Ele permanece ali, não sai de sua
posição. Tem direito a bocejos, nunca a gracejos.
Pois, cantei-lhe algumas canções, mandei-o à
merda um sem-número de vezes, emiti gargalhadas
e ruídos sem qualquer sentido, e ele reproduziu cada sílaba, fielmente, com movimentos labiais bastante críveis e a prosódia perfeita.
Na trilha de Tom, acabei descobrindo “Talking
John”, uma bactéria falante. John é mais livre. Ele
se movimenta pela tela e, se lhe damos um biscoito, ele se duplica, e assim por diante, disseminando-se até não caberem mais bactérias no retângulo mágico. As tonalidades das vozes diferem, de modo que, se canto, por exemplo, os tris-
nho. Dias Gomes. Teleteatro. Ionesco em horário
nobre. Um absurdo. Dá pra acreditar?
Quando acabava a programação, uma música
triste tocava e o locutor anunciava a pausa até que
no dia seguinte acordássemos para “um novo dia,
uma nova vida”. E vinha o colorbar. Ficava para
morrer. O que seria de mim depois disso? Como suportar a estática? Bom, a puberdade acabou me ensinando que havia as revistas de sacanagem e o Cony me passou uns volumes de Dostoievsky.
Aliás, baixei, no aplicativo iBooks, um só livro: “O
idiota”, do autor russo, em inglês. Não que eu vá
relê-lo no iPad. Talvez estivesse só querendo pasJornal
O título.
Globo, 22
sar um recado a mim mesmo
através do
Clipping
O GLOBO
18
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CARNAVAL
●
AZUL MAGENTA AMARELO PRETO
PÁGINA 18 - Edição: 22/02/2012 - Impresso: 21/02/2012 — 22: 05 h
CARNAVAL 2012
Quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012
O GLOBO
.
CARNAVAL DE RUA
Luiz Ackermann
Luiz Ackermann
de fevereiro de 2012
ARTISTAS circenses
com pernas de pau
desfilaram à frente
dos cem músicos com
E-mail: [email protected]
sopros e percussão
que formam a
Jornal O Globo, 18 de fevereiro de 2012
Orquestra Voadora
O voo internacional de uma fanfarra carioca
Orquestra Voadora, que toca hoje na Lapa e desfila terça no Aterro, prepara turnê europeia e finaliza seu primeiro CD
Guito Moreto
William Helal Filho
[email protected]
N
inguém no calçadão
do Arpoador estranhou muito quando
um grupo de músicos
vestidos de palhaços apareceu
andando em direção ao Parque
Garota de Ipanema, onde aconteceria a sessão de fotos para
esta reportagem. Afinal, gente
fantasiada carregando instrumentos é cena comum numa
quarta-feira antes do carnaval.
Minutos depois, já entre um clique e outro do fotógrafo, os artistas começaram a levar um
som, para alegrar os ares daquele fim de tarde e dar “movimento” às imagens. Não demorou até aparecer uma pequena
plateia ao redor.
Foi assim, atraídas pela música, que as pessoas lotaram os
primeiros ensaios da Orquestra
Voadora nos jardins do Museu
de Arte Moderna (MAM), em
2008. A partir daí, a banda fez
shows incendiários e arrastou
multidões em seus desfiles de
carnaval. O grupo, que toca hoje
na Fundição Progresso, junto
com o bloco do Sargento Pimenta, espera mais de 30 mil foliões
para seu cortejo anual, terça-feira, no Aterro do Flamengo.
Criando versões envenenadas para hits como “Top top”,
dos Mutantes, e “Beat it”, de Michael Jackson, a Orquestra se
tornou um dos grupos mais celebrados da festa dos blocos e,
em março, faz sua primeira turnê internacional. Os 15 músicos
querem levar para a Europa a
nova cara do carnaval.
— A maioria dos gringos ainda pensa que o carnaval carioca
é o samba da Sapucaí. A gente
quer divulgar a festa das ruas do
Rio na Europa — comenta o
trompetista Tiago de Castro. —
Mas também estamos indo para
absorver. O Brasil tem tradição
de bandas de marchinhas e dobrados, mas a Europa é o centro
cultural das fanfarras, que mistu-
“
A ORQUESTRA VOADORA: misturando música pop e regional, o grupo surgido em 2008 virou um dos mais celebrados no carnaval de rua do Rio
Os desfiles
aumentaram
em progressão
geométrica. No
primeiro, em 2009,
eram cerca de três
mil pessoas. Ano
passado, foram
mais de 20 mil
André Ramos, saxofonista
ram pop e regional, como a gente. É uma tradição do Leste Europeu que se espalhou pelo continente. Nas ruas de Paris, você
esbarra com isso o tempo todo.
Viajar num grupo de 15 pessoas é uma operação complicada. Só as passagens da turnê, bancadas pelo Ministério
da Cultura por meio de um edital, custaram R$ 44 mil. O roteiro, de um mês, inclui França, Portugal e Espanha.
Além de trombones, trompetes, tambores e afins, o conjunto
leva na mala algumas cópias “demo” do seu primeiro CD. Gravado nos estúdios Toca do Bandido e Audio Rebel, o disco está
sendo finalizado e deve ser lançado ainda neste semestre. O arsenal tem quatro faixas da própria Orquestra e oito releituras
de hinos da música pop, como
“Amor”, dos Secos e Molhados,
“Todos estão surdos”, de Roberto Carlos, “Expensive shit” (Fela
Kuti) e “Know your enemy”, do
Rage Against The Machine.
— Queríamos gravar “Sossego”, mas desistimos porque todo mundo botou o maior terror,
dizendo que os herdeiros do
Tim Maia são cheios de restrições e não deixariam — explica
Tiago. — Vamos levar algumas
cópias não finalizadas para a
Europa. O álbum vai ser nosso
cartão de visitas, uma maneira
de divulgar nosso trabalho e
conseguir mais shows.
Uma das preocupações no estúdio foi capturar o clima das
ruas no CD. A Orquestra é formada por músicos escolados na
folia do asfalto. Todos os anos,
eles se encontravam para tocar
em blocos como Cordão do Boi
Tolo, Songoro Cosongo e Céu na
Terra. Em 2008, alguém teve a
ideia de continuar fazendo música, fora do carnaval, e sem ficar restritos a sambas e marchinhas. A vontade era mesmo
criar uma versão carioca das
fanfarras europeias. Quando começaram os ensaios nos jardins
do MAM, em 2008, Stevie Wonder, Kool & The Gang e Michael
Jackson foram alguns dos primeiros jogados no caldeirão.
— Escolhemos os jardins do
MAM como base porque estávamos procurando um lugar
legal e que abrigasse a nossa
banda. As pessoas foram surgindo sem divulgação. Em
pouco tempo, o ensaio virou
um programa do final da tarde
de domingo — recorda-se o saxofonista André Ramos. — Os
desfiles também aumentaram
em progressão geométrica. No
primeiro, em 2009, eram cerca
de três mil pessoas. Ano passado, foram mais de 20 mil.
A Orquestra Voadora é formada por Daniel Paiva, Sérgio Genovencio, Tiago e Vicente Quintela (trompetes); Carlos Molina,
Juliano Pires, Leonardo Campos
e Márcio Sobrosa (trombones);
André (sax barítono); Tim Malik
(tuba); André Fioroti, Hugo Prazeres, Lula Mattos, Marcelo Azevedo e Pedro Araújo (percussão). A maioria deles ainda toca
em outros blocos, mesmo que
sem compromisso — até porque, se todos saírem do Boi Tolo, por exemplo, o cordão corre
o risco de acabar.
Agenda abarrotada
Os ensaios de domingo também continuam acontecendo, a
não ser que haja show no mesmo dia. Em temporada de carnaval, a agenda da banda fica abarrotada. Na última quarta-feira,
eles se apresentaram no Studio
RJ; hoje, tocam na Fundição Progresso, na Lapa. E terça-feira é o
dia do desfile no Aterro. Já na
sexta, a banda volta ao Studio RJ
e, sábado que vem, dá um rasante no Circo Voador.
— O desfile é diferente de
um show fechado. No cortejo,
a banda tem uns 60 instrumentistas. A música é menos sofisticada, mas ganha muito mais
pressão — descreve Tiago.
Sempre fantasiados, os integrantes da Orquestra estarão
no Aterro, às 14h, com suas melhores perucas e narizes de palhaço novinhos, tocando o hino
da banda e vários outros hits.
— Nosso figurino tem referências circenses e de carnaval. No
desfile, o cuidado é sempre
maior. A gente vai, antes, ao
Mercadão de Madureira ou à
Saara procurar adereços. Tudo
muito colorido. É a nossa festa
— exalta André Ramos. ■
FOLIÕES enfrentaram o sol forte para curtir o desfile da Orquestra Voadora no Aterro
Sinfonia de
ritmos
no Aterro
FOLIÕES usam adereços
no Carmelitas para
reclamar da falta do
bonde de Santa Teresa,
Acidente com
bondinho de
Santa Teresa é
lembrado em
dois desfiles
O
desfile da Orquestra
Voadora reuniu 50 mil
pessoas ontem à tarde, no Aterro do Flamengo, segundo estimativas da
Riotur. O bloco, que se caracteriza por executar versões próprias
de músicas de diversos gêneros
com instrumentos de sopro e percussão, saiu por volta das
14h30m da pista sentido Centro
do Aterro, em frente ao Palácio do
Catete, e terminou o cortejo na altura do Museu de Arte Moderna
(MAM), às 18h.
Com cem músicos na banda,
que tinha o som amplificado por
um trio elétrico, a Orquestra
Voadora animou os foliões sob
sol forte com um repertório que
incluía desde Michael Jackson,
Stevie Wonder e o nigeriano Fela
Kuti até sambas, marchas e outros gêneros brasileiros, de Roberto Carlos a Raul Seixas. O
bloco também levou para o
Aterro um grupo de 50 artistas
circenses com pernas de pau,
malabaristas, dançarinos e até
um engolidor de fogo.
Este foi o quarto carnaval da Orquestra Voadora, que pela terceira
vez desfilou no Aterro. O parque
está se tornando um reduto dos
desfiles de blocos com a política
da prefeitura de não autorizar
mais novos blocos na Zona Sul. No
domingo, o Bangalafumenga se
apresentou no local e, na segunda,
foi a vez do Sargento Pimenta, que
reuniu cerca de 60 mil pessoas.
A Orquestra Voadora, que nasceu no bairro de Santa Teresa, levou para o Aterro um protesto pela ausência do bondinho do bairro, suspenso desde o acidente do
ano passado. O trio elétrico foi caracterizado com a frente do tradicional bonde. O Carmelitas foi outro bloco a lembrar o acidente de
Santa Teresa durante seu desfile,
ontem, pelas ruas do bairro.
O Carmelitas homenageou, nas
camisetas da bateria, o motorneiro Nelson Correa da Silva,
morto no acidente, e atraiu dez
mil pessoas em seu segundo des-
que teve o serviço
suspenso após o
acidente do ano passado
Jorge William
Jorge William
Jorge William
file neste carnaval.
— Sempre tivemos bonde. Se é
preciso gastar, gaste, mas não podemos ficar sem — reclamou Paulo
Saad, organizador do Carmelitas.
Luiz Ackermann
INSTRUMENTOS de sopro marcam a música da Orquestra de Voadora
BATERIA homenageia motorneiro morto no acidente do bonde
HOMENAGEM à falecida cantora Amy Winehouse no Carmelitas
Tribuna de Minas, 29 de maio de 2011
Jornal O Globo, 9 de março de 2011
Revista Razão Social, jornal O Globo, 7 de dezembro de 2010
Pra ver a Orquestra passar
Revista Rio Show, jornal O Globo, 20 de maio de 2011
Divulgação
Músicosquerem
tocaremcoretos
paraalegrar
espaçosurbanos
vazios
Amelia Gonzalez
[email protected]
Quem tem o hábito de passear pelos jardins do Museu
de Arte Moderna do Rio nas
tardes de domingo já conhece
o pessoal da Orquestra Voadora. Trata-se de uma banda
com 15 instrumentistas que
querem fazer da rua, seu palco. Artistas que entendem
que a música une as pessoas,
é uma expressão universal. E
sua ambição não pode ser
mais oportuna no momento
especial que a cidade está vivendo: eles querem ocupar
com sua arte os espaços urbanos que hoje estão vazios,
sem vida, pouco iluminados,
ideal para atitudes criminosas. Um jeito de ajudar o poder público a dar uma lufada
de ânimo no Rio de Janeiro e,
assim, dar mais sustentabilidade para os projetos que já
vêm tentando estimular a parte da cidade que ainda está
(ou recém saiu) das mãos da
bandidagem.
Pesquisando daqui, conversando dali, os músicos da
Orquestra chegaram à conclusão de que os coretos podem
ser seu palco principal. Afinal,
têm a seu favor o fato de que
os instrumentos que tocam
não necessitam de nenhum
tratamento acústico para chegarem perto de quem os ouve.
Trombone, trompete, caixas,
surdo, alfaias e tuba são de
MEMBROS DA Orquestra Voadora acreditam que a música pode ajudar os moradores do Rio
um tempo em que ainda não
se imaginava que a tecnologia
fosse capaz de criar equipamentos tão eficazes para amplificar o som.
---- A gente não precisa de
eletricidade, por isso podemos ficar mais per to das
pessoas --- disse Leonardo
Campos, trompetista --- Na
verdade, quando começamos, há cerca de três anos,
nós nem tínhamos ideia
realmente do que queríamos fazer. A gente sempre
se encontrava nos blocos de
carnaval e fomos marcando
de nos reunir. Aí percebemos que era possível tocar
em qualquer lugar, qualquer
buraco: é só ter espaço para
passar a trompa. E tem muito coreto abandonado pela
cidade. São Cristóvão, Praça da Harmonia, até na Praça São Salvador, que recentemente foi reurbanizada,
mas o coreto está lá meio
Terça-feira, 7 de dezembro de 2010 ● O GLOBO
sem ter função.
Para concretizar essa ideia,
no entanto, é preciso passar
pelo poder público, que nem
sempre os ajuda. Bárbara Bono, produtora da banda, conta que é difícil conseguir autorização da Prefeitura para levar os rapazes para a rua:
--- As experiências que temos com o poder público são
desgastantes, o que se vê é
que os órgãos não se comunicam, fica tudo meio bagunçado. Uma vez a Guarda Municipal tentou vetar porque nós
não tínhamos pedido banheiro público, mas isso não é função da própria Prefeitura?
Qualquer tipo de problema vira um grande empecilho e aí a
gente acaba desistindo — disse ela.
Leonardo Campos, no entanto, faz questão de ressaltar
que quando ensaiam no MAM,
seu local predileto, têm todo
o apoio dos policiais e guar-
das de lá:
--- São educadíssimos, estão sempre presentes, porém
com descrição e transmitindo
segurança — jamais oprimindo. Quando chegam mais perto, é para nos assistir e já teve
até um PM saxofonista que
ensaiou conosco. Nota 10 para eles — disse ele.
A diferença entre a Orquestra Voadora e os grandes blocos de carnaval, que sempre
têm autorização para tocar, é
uma só: aos rapazes do som
acústico falta patrocínio. E
eles bem gostariam de ter
uma ajudinha extra para sua
turnê pelos coretos:
---- A orquestra toma quase
todo o nosso tempo livre, mas
somos profissionais que trabalham com outras coisas.
Além de músicos, aqui no grupo tem publicitário, até astrofísico. Se tivermos patrocínio,
provavelmente vamos conseguir nos concentrar mais no
nosso projeto – disse Leo.
A contrapartida do público
eles têm, é garantida. Tem
gente que já sabe as datas dos
shows e acompanha sempre.
A regra é: não tem como ficar
parado ou triste ouvindo a Orquestra. O repertório é bem
eclético, vai desde música
africana, MPB com influência
americana, até música balcânica (da Romênia, da Hungria...), as chamadas fanfarras
ciocarlia.
--- É interessante como as
pessoas se identificam, a música vincula e une, é uma expressão universal. É exatamente isso o que estamos perseguindo. Uma das sensações
mais gostosas é chegar a um
lugar que estava silencioso e
triste e transformá-lo com
nossa música – disse o colombiano Carlos Molina, que toca
trombone.
Foi assim quando eles foram convidados para tocar na
Favela da Maré, há cerca de
um mês. Quando chegaram ao
local, tinha acabado de acontecer um tiroteio entre policiais e bandidos, e havia pouca gente na rua. Os músicos
não tiveram dúvida: saíram
pelos becos e ruelas tocando,
fazendo fanfarra, e logo as
pessoas foram se aglomerando em volta. Uma convocação
da arte:
--- A música é como esponja, sabe? Vai absorvendo, não
tem como não se sentir impactado — resume Carlos.
A Orquestra Voadora tem
ainda alguns projetos sociais.
Recentemente, tornou-se parceira da ONG Doutores da Alegria e faz shows em hospitais,
sobretudo de crianças, para
alegrar os pacientes.
ORQUESTRA VOADORA :
21-9626-2799
Razão Social ● 7
Revista Época, dezembro de 2010
Revista Bilboard, fevereiro de 2010
Revista Bravo, outubro de 2011