UNIVERSIDADE DO PORTO FACULDADE DE BELAS ARTES Com
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UNIVERSIDADE DO PORTO FACULDADE DE BELAS ARTES Com
UNIVERSIDADE DO PORTO FA C U L D A D E D E B E L A S A R T E S Design da Imagem Daniel Martins Com base na exposição “Invasão da Casa Andersen” construí uma micro narrativa que nasce da metáfora do conhecido jogo da Piñata. O jogo funciona como um paralelo à procura e descoberta no escuro que tal como na exposição, cria uma outra forma de senti-la e “vê-la”. Esta relação humano/piñata é também uma interpretação da morte e taxidermia dos animais expostos - a exposição do animal morto como elemento de conhecimento e/ou divertimento. No entanto, esta é invisível, não pela razão de o ser, mas por não haver motivos para não o ser, ou seja, ela existe metaforicamente e basta, reforçar a ideia de piñata não creio que trouxesse mais valor, antes pelo contrário. Torna-se evidente a sua presença pela ação que decorre e indumentária. MICRO NARRATIVA Invasão da Casa Andersen 14_11_2013 O espaço limpo remete ao irreal, a outra dimensão, a algo trans cendente e intemporal, que é basicamente isso que esta narrativa tenta transmitir: um paralelo/metáfora sobreposto a algo real. Um espaço desprovido de identidade, um animal/objecto metafórico e o silêncio (que contrasta com o caos do ambiente em jogo) aumenta a atenção do espectador na forma como percepciona o decorrer da ação e deve ser visto como uma espécie de videoarte, algo de certa forma contemplativo. A longa duração da ação, a simplicidade visual e os momentos “vazios” do plano acentuam essa mesma ideia de contemplação desejada que o espectador atingisse. Outra interpretação possível é o ser Humano aliado aos maus tratos dos animais e violência. Apesar de os animais expostos terem morrido supostamente de morte natural, é sempre tema para questões, discussões e interpretações pela dúvida que causa e também pelo processo em si de “embalsamar” seres vivos que não é aceite de igual forma por todos. Dito isto, creio que como obra finalizada consegue ser autónoma, sem considerar a sua proveniência conceptual e portanto ser inter pretada de diferentes formas pelo espectador, deixada ao seu critério.