entrevista - Colgate Profissional

Transcrição

entrevista - Colgate Profissional
C
.
D
.
ANO 1 Nº 5
S
M
I
L
E
A
CURITIBA
N
CONHEÇA A SEDE
DO IX CIOPAR
O
PALAVRA DA
ESPECIALISTA
1
DRA. MAGDA FERES
SANTA APOLÔNIA
N
A PADROEIRA
DOS DENTISTAS
º
CSI
5
A SÉRIE DE TV QUE
REVELA O TRABALHO
DA POLÍCIA CIENTÍFICA
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ENTREVISTA
UMA CONVERSA COM A
PROFA. DRA. MARISA MALTZ,
PRESIDENTE DA ABOPREV
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Carta do Presidente
Caro leitor,
É com muita satisfação que entregamos a nova edição da revista
C.D. Smile. O retorno que temos recebido tem sido muito positivo e
encorajador, e nos permite produzir uma publicação cada vez melhor.
Neste número, você conhecerá mais um trabalho premiado no
Prêmio Colgate Profissional, com o tema “Educando para a Saúde”.
Destacamos também a história da Associação Odonto-Criança, que
promove cuidados com a saúde bucal entre crianças e jovens de São
Paulo; e as trajetórias da Drª. Marisa Maltz, presidente da Associação
Brasileira de Odontologia de Promoção de Saúde, e da Drª. Magda
Feres, coordenadora de Pós-Graduação e Pesquisa em Odontologia da
Universidade de Guarulhos.
A título de curiosidade, esta edição traz a história de Santa Apolônia,
a padroeira dos dentistas, uma discussão sobre a polêmica em torno do
chamado “beijo técnico” e o trabalho da Polícia Científica que, entre
outras técnicas, utiliza a identificação de pessoas pela arcada dentária
em suas investigações.
Você ainda poderá conhecer algumas novidades da Colgate e as opções
de lazer da cidade de Curitiba, que sediará o IX Congresso Internacional
de Odontologia do Paraná.
Boa leitura!
Um abraço,
PETER DAM
Diretor-Presidente da
Colgate-Palmolive do Brasil
COLGATE PROFISSIONAL:
CADA VEZ MAIS PERTO DE VOCÊ
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EMPREENDIMENTOS, PROMOÇÕES ARTÍSTICAS E EDITORA LTDA.
Rua sarandi, 11 – CEP 01414-010 – São Paulo, SP
presidente
Arthur Carlos Briquet Junior
Ano 1 nº5
Carta do Editor
ATO DE FÉ
“Andar com fé eu vou”. O compositor, cantor e atual
ministro Gilberto Gil tem razão. É preciso ter fé, sim e
sempre, seja numa padroeira, como a virgem mártir
Santa Apolônia, padroeira dos dentistas, seja na
possibilidade de uma vida melhor e mais saudável
para todas as crianças deste Brasil de várias caras. É
imprescindível acreditar na força de um sorriso e na
irresistível sedução de um beijo, cinematográfico ou
não. É preciso se apaixonar por um ser, uma causa
ou uma profissão. Saborear com os olhos e o paladar
a irresistível cozinha italiana presente de norte a sul
do País. Saber que a beleza estética, principalmente
de um sorriso, é fundamental, como nos mostra o
cirurgião-dentista Oswaldo Scopin de Andrade.
Nesta edição da C.D. Smile você vai encontrar um
pouco disso tudo. Vale a pena ler também a sensível
carta para um recém-formado escrita pela cirurgiãdentista Juliana Melo Cortese e conhecer um pouco
sobre as experiências profissionais da professora e
doutora Marisa Maltz, atual presidente da Associação
Brasileira de Odontologia de Promoção de Saúde
(Aboprev). Há ainda o artigo da dentista Erica Souza,
segundo colocado no Prêmio Colgate Profissional, e a
palavra da especialista Magda Feres. E quem já está
se preparando para o IX Congresso Internacional de
Odontologia do Paraná (Ciopar) vai conhecer tudo
de melhor que a cidade de Curitiba, onde ele será
realizado, tem a oferecer.
Espero que vocês gostem.
Boa leitura!
Valter Marin de Camargo
Editor-Executivo
Expediente
Editor-Exe­­cutivo
Valter Marin de Camargo
Redator Chefe
Daniel Japiassu
Conselho Editorial
Peter Dam, Marcello Artacho, Ceci Moresco, Patricia Scolletta, Paula Tommasini, Ricardo
Grego, Flavio Namur, Fabiano Carvalho e professor-doutor Eduardo Saba-Chujfi
Editora de Arte
Heloisa Campos
Assistente de Arte
Mario de Almeida Mattos
Revisão
Rafael Musolino
Fotografia
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Colaboradores
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Maximo Etcheverría, Thiago Xavier (textos); Carlos Goldgrub (fotos)
Projeto Gráfico
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Elisa Azevedo
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Fátima Moreira
Impressão
Araguaia Gráfica e Editora Ltda
A Revista C.D. SMILE é produzida pela Artell Editora por
encomenda da Colgate-Palmolive, tem tiragem de 45.000
exemplares e é distribuída nacionalmente para um mailing exclusivo
de profissionais da área de Odontologia
Foto de Capa Getty Images
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sumário
10 novidentes
As notícias mais interessantes
e atuais do universo
Colgate-Palmolive
48
12 a mágica de um sorriso
As muitas faces de uma
poderosa arma de
sedução, carícia, humor
e até mesmo maldade
18 páginas vermelhas
A Profa. Dra. Marisa Maltz
fala sobre sua experiência
profissional e as atividades
da Associação Brasileira
de Odontologia de
Promoção de Saúde
(Aboprev), da qual
é presidente
26 conselho profisssional
A carta da cirurgiã-dentista
Juliana Melo Cortese para
os recém-formados em
Odontologia
28 prêmio
68
colgate profissional
O artigo da Dra.
Érica Souza, trabalho
segundo colocado no
1° Prêmio COLGATE
Profissional
32 palavra
de quem entende
A opinião da
Profa. Dra. Magda Feres
36 notícias da “ADA”
As boas novidades da
American Dental Association
para todos os dentistas
42 entidades
Um espaço aberto para
que as associações de
Odontologia de todo
o País abram a boca
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58
44 passo-a-passo
O cirurgião-dentista Oswaldo
Scopin relata um caso de
restauranção cerâmica
48 beijo técnico
Dez entre dez atores e atrizes
falam sobre o que é verdade
e o que é mentira nos beijos
que espocam no cinema
e nas novelas
52 na cena do crime
Seriados de TV como CSI
fazem crescer o interesse do
público pelo trabalho dos
agentes da Polícia Científica
58 responsabilidade social
O magnífico trabalho
da Associação OdontoCriança (AOC)
64 apolônia, a padroeira
74
Ela é reverenciada por
todos aqueles que sofrem
de dor de dente e acabou
se transformando na
padroeira dos dentistas
68 turismo
Curitiba: a bela sede
do IX Congresso
Internacional de Odontologia
do Paraná (Ciopar)
74 gastronomia
De norte a sul, e não
apenas nas cosmopolitas
capitais, o Brasil celebra,
com muito gosto, os sabores
da culinária italiana
80 lazer
Os melhores lançamentos
em livros, CDs e DVDs
82 só rindo
Uma última boa dica
para doutores e pacientes
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Novidentes
Creme dental
COLGATE Max
Fresh Citrus
A linha de géis dentais COLGATE Max Fresh acaba de ganhar uma nova variante: o
COLGATE Max Fresh Citrus Mint. A combinação inédita de sabores cítricos na versão
gel com cristais refrescantes proporciona hálito fresco e proteção dos dentes. O novo
COLGATE Max Fresh Citrus Mint está à venda em supermercados, farmácias e drogarias
de todo o Brasil em embalagens de 90g.
Creme dental
COLGATE Total
Professional Clean
A nova variante da linha COLGATE
Total 12 chega ao mercado para
prolongar os efeitos da limpeza feita no
consultório do dentista. Esse benefício é
oferecido devido às suas micropartículas
limpadoras. Sua fórmula contém
Triclosan, Gantrez e Sílica Hidratada,
que promovem uma redução de até
98% no acúmulo da placa bacteriana,
38% maior poder de limpeza versus
os cremes dentais comuns, além de
prevenir 12 problemas de saúde bucal
por até 12 horas. O COLGATE Total
Professional Clean já está à venda em
embalagens de 100g.
COLGATE Plax
Sem Álcool
É ideal para quem deseja proteção
sem o ardor causado pelo álcool. Com
fórmula sem corante, o COLGATE Plax
Sem Álcool conta com as características
da já consagrada linha COLGATE
Plax: oferece 12 horas de
proteção e hálito fresco; e
ajuda a combater os germes
que causam a gengivite, a
placa bacteriana e o mau
hálito. O produto também
ajuda a reduzir as
cáries em até 71% e
a formação da placa,
protegendo e limpando
onde a escova não
alcança. O novo COLGATE
Plax Sem Álcool está à
venda em drogarias,
supermercados,
farmácias e casas
dentais, em embalagens
de 250ml e 1 litro com
100 copos e válvula
dosadora.
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Nova esCova
ColGate
ProFessioNal
extra CleaN
A COLGATE Professional Extra Clean
foi desenvolvida com a ajuda de
dentistas para atender a todas
as suas necessidades: cabo duplo
componente, cabeça ultra compacta,
cerdas macias e retas, limpador de
língua e duas pontas limpadoras.
A nova escova COLGATE
Professional Extra Clean promove
uma limpeza efetiva dos dentes e
ajuda a remover a placa bacteriana
e as bactérias que provocam o mau
hálito. O lançamento está à venda
em supermercados, farmácias,
drogarias e, em breve, estará
disponível para personalização.
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pequenos prazeres
FOTOS DIVULGAÇÃO
POR IVONE SANTOS
A mágica de um
SORRISO
Sorriso, abrigo de emoções. Sorriso, arma de sedução. Sorriso,
exposição da alma. Do humor. Da contradição. Da tradução de palavras
que fogem ou que, no momento do sorriso, perdem qualquer utilidade.
Sorriso para o bem, carícia calorosa, essencial... Sorriso para o mal,
lâmina fria de preciso corte irônico. Sorriso, esse poderoso!
H
Herdamos o sorriso dos primatas. E nossos antepassados
souberam transformar um
primitivo sinal de agressão
– arreganhar os dentes para
advertir possíveis adversários –
em afável cordialidade. Assim,
o sorriso começou a criar e
fortalecer laços sociais. O sorriso é um traço comum a todas
as culturas de todos os tempos.
Em A Expressão das Emoções
nos Homens e nos Animais
(1872), Charles Darwin classifica o sorriso e o riso entre os
movimentos expressivos inatos.
Sorriso universal.
Quanta expressão
cabe em um bom
sorriso? O mais
sutil abre espaço
para um universo
como resposta
Quantas expressões cabem
em um sorriso? O mais sutil
deles abre espaço para um
universo como resposta. Enigmático, triste, ambíguo, terno,
cativante, distante, complacente, malicioso... Mona Lisa
se revela no mistério indecifrável de um sorriso codificado pelo gênio de Leonardo Da
Vinci. Eterna questão a provocar o sorriso da dúvida...
Quem nunca rabiscou um
círculo e colocou nele dois
tracinhos verticais e uma curva embaixo para formar uma
carinha sorridente? Ou não
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vive a usá-lo no computador,
em forma de emoticom? Nem
o designer Harvey Ball, quando criou o Smiley, em 1963
– aquele, do famoso button
amarelo –, imaginava a força
que um sorriso poderia ter.
Difundido em toda parte,
Smiley tem feito muita gente
sorrir, principalmente depois
que a Fundação World Smile
surgiu para direcionar o lucro
do licenciamento do ícone
para entidades de ajuda a
crianças necessitadas. Sorriso
dos inocentes.
Provado está que o sorriso
ajuda a preservar a saúde
física e psíquica, atuando na
prevenção de doenças. Estudos
demonstram que quem sorri
leva vantagem na sintetização
das beta-endorfinas, de alta
potência analgésica, que dão
sensação de prazer, felicidade e leveza ao organismo. O
ato de sorrir relaxa músculos
e vasos sanguíneos, ajuda a
normalizar a pressão arterial e protege contra infartos
e AVCs. É capaz, ainda, de
ativar nosso sistema imunológico, aumentando a resistência
a diversos vírus e bactérias.
Além de reações químicas, o
sorriso promove uma benéfica
ginástica facial ao movimentar
cerca de 20 músculos, evitar
rugas e combater o aspecto
de cansaço. Mas, atenção:
tudo isso só vale para sorrisos
com boas e sinceras intenções.
Sorriso saudável.
“Bem, eu já vi muito gato
sem sorriso”, pensou Alice.
“Mas, um sorriso sem gato! É
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pequenos prazeres
a coisa mais curiosa que já vi
em toda a minha vida!...” É o
que observa a desorientada
Alice para o zombeteiro gato
de Cheshire, quando este
desaparece e deixa visível o
inabalável sorriso de orelha a
orelha, na passagem de Alice
no País das Maravilhas, de
Lewis Carrol. Literária e literalmente, um sorriso no ar...
Se é sinal de comunicação universal e de não-agressividade
global, o sorriso bem sabe ser
intimista. Um olhar conquista,
mas um sorriso encanta e arrebata. Na amizade, é imagem
de companheirismo, confidên-
“Eu já vi gato sem
sorriso”, pensou
Alice. “Mas, um
sorriso sem gato!
É a coisa mais
curiosa que já vi”
cia, sinceridade e transparência. No amor, ele é todo flerte,
afeição, convite à intimidade e
disposição. Diz a frase que viaja pela cultura da Internet: “O
sorriso é a manifestação dos
lábios quando os olhos encontram o que o coração procura!”
Sorriso da satisfação.
Smile, canção que Charlie
Chaplin criou (com letra de John
Turner e Geoffrey Parsons) para
a cena final de Tempos Modernos (1936), em muito colabora
para que o filme seja a obraprima que é. Mas foi Nat King
Cole que imortalizou a balada,
em 1945. Renovada em inúmec.d. smile|15
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pequenos prazeres
ras regravações, um dos mais
famosos standards americanos
canta o sorriso como receita que
faz a vida valer a pena:
Sorria, apesar do coração doído
Sorria, mesmo se ele estiver partido
E, quando houver nuvens no céu,
você vai ultrapassá-las
Se sorrir além do temor e da mágoa
Smile though your heart is aching
Sorria e talvez amanhã
Smile even though its breaking
Verá o sol brilhar para você
When there are clouds in the sky,
Ilumine seu rosto com alegria
you’ll get by
Esconda qualquer traço de tristeza
If you smile through your fear
Mesmo que uma lágrima esteja
and sorrow
bem próxima
Smile and maybe tomorrow
Essa é a hora de continuar tentando
You’ll see the sun come shining
Sorria, qual é a utilidade de chorar?
through for you
Light up your face with gladness
Hide every trace of sadness
Although a tear may be ever so near
Thats the time you must keep on trying
Smile, whats the use of crying?
You’ll find that life is still worthwhile
If you just smile
O sorriso é a
manifestação dos
lábios quando os
olhos encontram
o que o coração
procura!
Você vai achar que a vida ainda vale
a pena
Se você apenas sorrir
E mais não é necessário,
além de sorrir. Sorriso de
despedida.
C.D.
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Marisa Maltz
Uma mulher de
muitos talentos
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entrevista
fotos carlos goldgrub
POR valter marin de camargo
Nesta entrevista exclusiva para
CD Smile, Marisa Maltz, professora
titular do Departamento de Odontologia
Preventiva e Social e coordenadora
do Comitê de Ética da Faculdade de
Odontologia da Universidade Federal
do Rio Grande do Sul, fala um pouco
sobre sua formação profissional,
os caminhos da área odontológica
no Brasil e como é ser presidente
da Associação Brasileira de
Odontologia de Promoção de Saúde
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A
A professora e doutora Marisa Maltz é casada com o
arquiteto Benamy Turkienicz e
mãe de três filhos: Eric, com
25 anos, e os gêmeos André
e Ilan, de 23. Graduada
na Universidade Federal do
Rio Grande do Sul (UFRGS)
em 1973, ela concluiu seu
Mestrado em Odontologia
Preventiva e Social na mesma
universidade, em 1976.
Durante o mestrado fez
especialização em Odontopediatria e, em 1977, iniciou o
doutorado na Faculdade de
Odontologia da Universidade
de Gotemburgo, na Suécia.
Após um ano de aperfeiçoamento em Odontopediatria,
sob orientação do professor
Bengt Magnusson, começou,
em 1978, o doutorado na
área de Cariologia, orientada pelo professor Bo Krasse.
“Na Suécia, foi tudo muito
rápido e intenso: o aprendizado do idioma, a vivência
de uma cultura completamente diferente da nossa, a
mudança de paradigmas no
que diz respeito ao tratamento da cárie. Uma das marcas
dessa intensidade é o fato de
ter sido simultânea ao nascimento do meu primeiro filho,
Eric, em 16 de dezembro de
1981, e a defesa da tese,
dois dias depois”, conta.
A volta para o Brasil não
aliviou o ritmo. Marisa assumiu seu cargo de professora
na Faculdade de Odontologia da Universidade Federal
do Rio Grande do Sul, mas,
poucos meses depois, seu
marido recebeu um convite
para lecionar na UnB (Universidade de Brasília). Ela
resolveu mandar um currículo
O tratamento
da cárie era
baseado no
reparo da lesão,
e a prevenção era
padronizada
para a capital federal e foi
contratada. Ficou em Brasília
por cinco anos até voltar à
sua Porto Alegre.
Fale um pouco sobre
tudo o que aprendeu na
sua experiência aqui e
fora do Brasil e como
esse aprendizado influenciou na sua carreira.
Várias pessoas foram fun-
damentais na minha formação profissional. No Brasil,
meu mestre foi José Oscar
Schneider Santos, professor
de Microbiologia Bucal da
Faculdade de Odontologia
da UFRGS. Com a mudança curricular da década de
70, ele passou a lecionar no
Departamento de Odontologia Preventiva e Social. Foi
orientador do meu mestrado e
responsável pelo meu interesse em pesquisa. Um outro
grande incentivador foi Paulo
Louro, professor de Microbiologia Bucal da Faculdade
de Odontologia de UFRGS,
que, na década de 70,
passou também a lecionar
no Departamento de Odontologia Preventiva e Social.
Como diretor da Faculdade
de Odontologia, ele teve a
visão estratégica da importância de capacitar o corpo
docente. Foi dele o incentivo
para o meu doutorado fora
do Brasil. No exterior, Bo
Krasse me orientou no doutorado. Professor de referência
internacional na área de
Cariologia, cativante e extremamente criativo, sempre teve
uma visão muito avançada da
Odontologia. Como pesquisa-
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entrevista
dor-junior, participou da pesquisa seminal quando falamos
da relação entre dieta e cárie
(Estudo de Vipeholm). Foi um
dos responsáveis pela pesquisa inicial da relação entre
bactérias cariogênicas e cárie
e das possibilidades de uso
deste conhecimento. Na clínica, aprendi com o professor
Krasse como a pesquisa pode
qualificar o ensino de graduação, a extensão e, certamente, a pós-graduação. Na década de 70, nas faculdades
de Odontologia do Brasil, a
doença cárie era tratada em
duas disciplinas: na Odontologia Preventiva aprendíamos a prevenir a doença e,
na Dentística, a restaurar o
dente. O tratamento da cárie
era quase exclusivamente
baseado no reparo da lesão
já estabelecida; a prevenção
era padronizada, todos os
indivíduos recebiam o mesmo
tratamento preventivo. No
Departamento de Cariologia
da Faculdade de Odontologia de Gotemburgo, onde Bo
Krasse era o professor (Chefe
de Departamento), aprendi a
diagnosticar e tratar a cárie
não como cavidade e sim
como doença, como também
a diagnosticar a atividade de
doença do paciente e a tratálo de acordo com essa atividade. Voltando para o Brasil,
assumi a regência da disciplina de Odontologia Preventiva
que desenvolvia a prevenção
padronizada para os escolares (instrução de higiene,
aplicação tópica de flúor,
controle de dieta cariogênica,
aplicação de selantes). Realizamos modificações estruturais na disciplina, tornando-a
O objetivo da
Odontologia é
contribuir para
a melhoria da
qualidade de vida
da população
pioneira, no Brasil, no tratamento da cárie como doença.
Passamos a ensinar os alunos
a diagnosticar e a controlar a
doença cárie do paciente. O
tratamento da lesão de cárie
através do tratamento restaurador (quando necessário)
foi integrado no tratamento
da doença que o paciente
apresentava. Atualmente, a
Faculdade de Odontologia da
UFRGS não mais disponibiliza
separadamente as disciplinas
de prevenção e de Dentística. Os conteúdos referentes
ao diagnóstico e controle do
processo da doença e, quando necessário, o tratamento
restaurador são ministrados
de forma integrada em área
única de conhecimento.
Tradicionalmente, no Brasil, a
Cariologia tem sido ministrada por professores vinculados
as disciplinas de Preventiva,
Microbiologia e Bioquímica.
Na UFRGS, estamos integrando esses conhecimentos com
a Dentística. Minha linha de
pesquisa concentra-se atualmente na compreensão e no
controle da doença cárie.
No mestrado, trabalhei com
o papel da higiene bucal no
controle de cárie e gengivite;
no doutorado, continuei a
estudar a doença cárie por
meio do controle do biofilme
dentário, trabalhando com
as bactérias cariogênicas
desse biofilme. Aqui no Brasil
tenho trabalhos no controle
do processo da doença cárie
(biofilme cariogênico, flúor) e
epidemiologia de cárie e fluorose. Uma linha de pesquisa
que desenvolvo desde 1997
é a de remoção de dentina
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entrevista
cariada. Temos trabalhos em
nível clínico, microbiológico e
ultra-estrutural, demonstrando
que a remoção incompleta de
dentina cariada e selamento
da cavidade resultam em
reação do complexo dentinopulpar, diminuição no número
de bactérias, ganho mineral
(remineralização da dentina
cariada) e controle da progressão da lesão de cárie.
Atualmente, coordeno um estudo multicêntrico, em quatro
diferentes regiões brasileiras
(Sul, Norte, Centro-Oeste e
Nordeste), onde comparamos
o tratamento expectante de
lesões profundas de cárie
com a remoção incompleta
de dentina cariada e restauração definitiva no serviço. O
resultado desse trabalho será
muito importante para a indicativa do tipo de tratamento
mais recomendável.
Como professora e pesquisadora, você acredita que a formação dos
novos profissionais da
Odontologia está de
acordo com as necessidades do mercado?
A Odontologia brasileira está
passando por um processo de
replanejamento de suas ações
e está propondo a formação
de um novo profissional: mais
generalista, menos especialista, voltado para a resolutividade e promoção da saúde,
envolvendo todos os ciclos de
vida, da gestante ao idoso.
Afinal, o objetivo da Odontologia é contribuir para a melhoria da qualidade de vida
da população brasileira. O
Ministério da Educação deliberou novas Diretrizes Curriculares Nacionais dos cursos de
graduação da área de saúde,
A universidade
brasileira passa
por um processo
de reforma
curricular muito
importante
estabelecendo uma integração
entre a Educação Superior e
a Saúde, objetivando a formação de profissionais com ênfase na promoção, prevenção,
recuperação e reabilitação da
saúde, de acordo com os princípios e diretrizes do Sistema
Único de Saúde (SUS). Desta
forma, a universidade brasilei-
ra está passando por um processo de reforma curricular de
integração das áreas e maior
envolvimento com os serviços
públicos de saúde. Isso deve
adequar ainda mais a formação dos novos profissionais da
Odontologia às necessidades
do mercado.
E quanto aos serviços de
prevenção e tratamento
prestado às populações
mais carentes?
Não podemos dizer que a saúde bucal dos brasileiros é excelente, longe disso. Entretanto,
nossos dados epidemiológicos
nos demonstram uma melhora
nos índices de saúde bucal. A
prevalência, por exemplo, de
cárie dentária nos últimos anos
tem decaído e temos índices
de saúde bucal da população
infantil semelhante ao de países
desenvolvidos. A política atual
de saúde bucal brasileira tem
estabelecido algumas estratégias importantes, com o objetivo de melhorar a saúde bucal
da nossa população, como o
apoio para a fluoretação da
água de abastecimento público, a criação de centros de
especialidades e a inclusão da
Odontologia nas equipes de
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entrevista
saúde da família. Falta muito
para termos uma saúde bucal
satisfatória para toda a população brasileira, mas, ultimamente, creio, vivenciamos avanços
significativos nessa direção.
Fale sobre a Aboprev.
Que ações já foram realizadas e quais os projetos para o futuro?
Quando voltei da Suécia,
em março de 1982, filiei-me
à Associação Brasileira de
Odontologia Preventiva (Aboprev, fundada em Jundiaí, São
Paulo, em 1981). O objetivo
da Associação era mudar o
modelo de tratamento odontológico: sair de uma Odontologia cirúrgico-restauradora
para uma Odontologia preventiva. A Aboprev atingiu logo
um nível nacional e constituiuse no primeiro fórum a discutir
o paradigma cirúrgico-restaurador versus o paradigma de
promoção de saúde. A Associação logo se deu conta da
necessidade de trocar o nome
para Associação Brasileira de
Odontologia de Promoção de
Saúde em vez de Odontologia
Preventiva. Nosso objetivo
era a promoção de saúde e
não simplesmente a discussão
de medidas de prevenção
de doenças bucais, já que a
prevenção é parte da Promoção de Saúde. A Aboprev tem
trabalhado como consultora
do Ministério da Saúde em
ações de promoção de saúde
e políticas de saúde e tem
sido fórum de importantes
discussões. Em 1995, promoveu, no Brasil, o 5° Congresso Mundial de Odontologia
Preventiva (World Congress on
Preventive Dentistry – WCPD).
Falta muito para
termos uma saúde
bucal satisfatória
para todo o povo
brasileiro. Mas
temos avançado
A Aboprev é também responsável pela mudança de
paradigmas na compreensão,
no diagnóstico e, conseqüentemente, no tratamento das doenças bucais, com ênfase nas
doenças cárie e periodontal
(as duas doenças bucais mais
prevalentes na população
brasileira). Temos uma revista
trianual e um portal (www.
aboprev.org.br) com informa-
ções sobre assuntos relacionados à promoção de saúde
bucal. Planejamos ampliar a
parceria com o Ministério da
Saúde, tornando a Associação
ainda mais participativa no
planejamento e nas ações de
promoção de saúde bucal em
âmbito nacional. A divulgação
de conhecimento de promoção
de saúde bucal, através da
atualização dos profissionais
da Odontologia, também
faz parte dos nossos planos
para a Aboprev.
No meio de tantas atribuições, você, com certeza, tem um ou vários
hobbies. Fale sobre eles.
Gosto de muita coisa... adoro
ler, gosto demais de uma
praia, de viajar, de confraternizar com amigos e com a
família. Recordo do que Bo
Krasse disse quando estava
para se aposentar: que o trabalho, para ele, era um
hobby. Feliz daquele que pode
trabalhar naquilo que gosta.
O meu trabalho, para mim,
também é um hobby. Adoro o
que faço. A pesquisa é algo
fascinante. E o contato com
alunos de graduação e pósgraduação é estimulante.
C.D.
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CARTA A UM RECÉM-FORMADO
POR Juliana Melo Cortese
as opções para os
novos
profissionais
A orientação de uma recém-formada
CD para quem está saindo da faculdade
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de perguntar e tirar dúvidas.
Não se esqueça de que todos
os dentistas, um dia, já foram
recém-formados e passaram
por situações semelhantes.
Hoje em dia os clientes são
muito mais informados e
exigentes. Não podemos ser
apenas mais um no mercado.
Temos de nos diferenciar, ter
o algo a mais. O resultado
certamente aparecerá.
O começo realmente é difícil.
Mesmo pra mim, que venho
de uma família de dentistas e
tive algumas facilidades, as
“Acho a troca
de experiências
com outros
profissionais
fundamental
para os novatos”
dúvidas, no início, eram comuns. No meu caso, comecei
fazendo estágios em algumas
áreas das quais gostava, até
resolver em qual me especializar. Enquanto fazia clínica
geral, aos poucos fui pegando confiança e montei meu
primeiro consultório. Após
um ano, fiz minha primeira
especialização em Dentística.
Depois de um tempo clinicando, iniciei minha segunda
especialização, em Ortodontia, e, atualmente, trabalho
na clínica juntamente com
meu pai e meu irmão, que são
ortodontistas e um exemplo
para mim.
Até hoje não parei de estudar
e ainda tenho muito a aprender. Mesmo se especializando, acho importante ter uma
noção geral das outras áreas.
Dificuldades aparecerão ao
longo da vida profissional,
não só na Odontologia mas
em qualquer outra profissão. Entretanto, com uma
boa base, essas dificuldades
serão resolvidas.
Finalmente, gostaria de dizer:
trate seu cliente como você gostaria de ser tratado. Seja sincero. E tenha certeza de que, com
dedicação e paciência, você
certamente terá sucesso.
FOTO istoCKPHoto.CoM
Q
Quando fui convidada para
escrever esta “carta ao
recém-formado” fiquei preocupada, pensando no que
poderia falar e em que poderia contribuir. Mas logo me
veio à lembrança os primeiros dias, logo após a euforia
da formatura e das férias.
Você acorda e pensa: o que
eu vou fazer agora? Montar
um consultório sozinho ou
com algum colega? Procurar
uma vaga em alguma clínica?
Fazer uma especialização,
um mestrado ou clínica geral?
Atender somente pacientes
particulares ou convênio
também? Seguir a carreira
acadêmica ou só clinicar?
Essas são apenas algumas dúvidas que passam na cabeça
de um recém-formado. É muito
difícil tomar tantas decisões,
porque nós estudamos para
“ser dentistas”, mas, além
disso, precisamos ser administradores para gerir uma clínica,
marketeiros para saber “vender” nosso trabalho, psicólogos para compreender nossos
clientes, entre outras coisas.
Por isso, acho muito importante para os que estão começando ter o máximo de contato
com outros profissionais. A troca de experiência é fundamental. Procure seus professores,
conheça outros profissionais,
freqüente cursos, participe de
alguma associação e mantenha-se sempre atualizado.
Não tenha medo ou vergonha
C.D.
Juliana Melo Cortese é formada pela
Unisa (1999), tem especialização em
Dentística Restauradora na Soesp (2001)
e está cursando Especialização em
Ortodontia na APCD Jardim Paulista.
Endereço: Rua Virgílio Várzea, 58
Itaim-Bibi, São Paulo (SP)
• e-mail: [email protected]
c.d. smile|27
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4/7/2007 10:56:01
PRÊMIO COLGATE
POR CLÁUDIA PINHO
VEM AÍ A 2ª EDIÇÃO DO
PRÊMIO COLGATE
PROFISSIONAL
A Colgate-Palmolive e a Associação Brasileira de Odontologia (ABO) já
preparam a próxima edição do Prêmio COLGATE Profissional, criado para
estimular a divulgação das boas práticas de prevenção na área de saúde
bucal. Os dentistas cadastrados no Conselho Regional de Odontologia (CRO)
e/ou no Conselho Federal de Odontologia (CFO) interessados em participar
do Prêmio poderão inscrever seus artigos ou textos sobre prevenção no site
www.colgateprofissional.com.br a partir de 15 de setembro de 2007
C
CONHEÇA, AGORA, O SEGUNDO TRABALHO COLOCADO no 1° Prêmio COLGATE
Profissional, escrito pela Dra.
Érica Souza.
“EDUCANDO PARA A SAÚDE”
Uma proposta lúdica de trabalho educativo
(relato de experiência)
OBJETIVO GERAL
Proporcionar aos alunos de 7 a
10 anos do Programa Segundo
Tempo, assistidos pelo SESC-DF,
a reflexão sobre autopercepção do corpo, bem como sobre
fatores de riscos modificáveis
como higiene, dieta, ativida-
de física, de modo a ampliar
conhecimentos sobre fatores
promotores de saúde.
ATORES ENVOLVIDOS
A atividade foi desenvolvida
pela cirurgiã-dentista, autora e realizadora dessa ação,
porém acredita-se que pode
Em seu projeto,
a Dra. Erica
Souza trabalhou
com crianças
dos 7 aos 10
anos do SESC-DF
ser realizada por quaisquer
profissionais da área da saúde
seja cirurgião-dentista, médico,
nutricionista, professor de educação física ou qualquer pessoa
com conhecimentos básicos de
educação em saúde. Lembrando da necessidade constante
de refletirmos sobre o papel do
conhecimento de cada área,
não diminuindo nem aumentando a importância de nenhuma
das disciplinas envolvidas, não
buscando o domínio de várias
áreas de saúde, mas a abertura de todas elas àquilo que as
atravessa e ultrapassa, objetivando a busca da estruturação
do pensar sistêmico.
28|.. 
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4/7/2007 23:17:26
Participaram da construção do
conhecimento, 50 crianças de
7 a 10 anos, alunos de escola
pública, os quais participam
do Programa Segundo Tempo
desenvolvido pelo Ministério
dos Esportes em parceria com
o SESC-DF. Tais crianças foram
selecionadas por apresentarem
baixa renda familiar dentre
outras características que as
expõem a situações de risco e
a condições de vulnerabilidade
social, como evasão escolar,
uso de drogas, criminalidade,
violência entre outras. O lugar
onde estudam e moram é a Vila
Estrutural, comunidade que se
originou ao lado de uma área
de depósito de lixo.
Durante três vezes na semana, no
contra-turno escolar, os 50 alunos
participantes do Programa recebem assistência médica, odontológica, nutricional, reforço escolar,
além de atividades esportivas,
lazer e cultura. Todas essas atividades são desenvolvidas pelos profissionais das mais variadas áreas
de atuação do SESC-DF, com a
finalidade de colaborar com os
objetivos do Programa, que são:
a inclusão social, bem-estar físico,
promoção da saúde e desenvolvimento humano e assegurar o
exercício da cidadania.
Cada área desenvolve um
elenco de atividades: a área
médica diagnostica doenças por
meio da realização de exames
clínicos, laboratoriais, e acuidade visual; na área nutricional
é realizada avaliação antropométrica e diante de alterações,
é feito aconselhamento nutricional; a área odontológica é
responsável por ações educativas/preventivas e tratamento
cirúrgico/restaurador; na área
de esporte/lazer e cultura há o
estímulo à prática de esportes,
a descoberta e incentivo ao
reconhecimento da cultura como
meio indispensável à vida do
homem. Permeando todas as
áreas citadas está a Educação
em Saúde, promovendo oficinas,
c.d. smile|29
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4/7/2007 10:57:37
prêmio colgate
cursos de capacitação e atividades que integrem os assuntos de
caráter comum a todas elas.
Por conta da variabilidade
de atuações, há a preocupação em desenvolver atividades que integrem tais áreas,
auxiliando na racionalização
da abordagem dos profissionais envolvidos, possibilitando
uma soma de esforços para
um bem comum, bem como
na otimização do tempo disponível e na melhor utilização
de recursos financeiros.
DESCRIÇÃO DA
PROPOSTA DE TRABALHO
A proposta de trabalho se
traduz em um boneco confeccionado em E.V.A. com
suas várias partes do corpo,
como cabelos, cabeça, olhos,
boca, dentes, corpo, braços,
pernas, coração, roupas e
acessórios, que podem ser
encaixadas como um quebracabeça. Todas as partes têm
suas características voltadas
para demonstrar saúde ou
doença, dependendo da visão
conceitual das crianças. Além
da apresentação objetiva das
peças, preocupou-se em tornar possível a demonstração
de características subjetivas,
como a presença de mau hálito, gosto por praticar esportes
ou por comer frutas, legumes
e verduras. Sendo tais características representadas por
balões (como nas histórias em
quadrinhos) contendo falas
sobre comportamentos, opiniões e sentimentos relativos à
doença ou saúde.
ASSUNTOS QUE PODEM
SER REFLETIDOS DE ACORDO COM AS ESCOLHAS
DAS CRIANÇAS:
NUTRIÇÃO – os assuntos
que podem ser trabalhados
são: a importância de uma
alimentação saudável, com
baixa ingestão de sal, açúcar
e gorduras, prevenindo assim
doenças do coração, obesidade e cárie, relacionando
a nutrição com dentes mais
fortes e saudáveis etc.
Discutir o assunto sobre ser
saudável é ser gordinho? Ser
magro significa doença?
HIGIENE – podem ser abordados os assuntos sobre a
higiene pessoal, como banho,
higiene das unhas, higiene
dos pés, higiene dos
cabelos e cuidados com
os nossos pertences, como
roupa e calçados.
ODONTOLOGIA – pode ser
abordado assunto relativo à
higiene bucal, como escovação dos dentes, higiene da
língua, prevenção de doenças
na gengiva.
Pode-se abordar também
sobre a troca dos dentes, tão
freqüente na idade de 7 a 10
O objetivo do
trabalho era
ensinar noções
de promoção
de saúde à
população
anos, sem esquecer de que é
um sinal de saúde, significando
que a criança está se desenvolvendo e se trata da perda
dos dentes de leite e que não
precisam ter vergonha.
Podem ser comentados os
cuidados com a prevenção de
traumas dentários e o que fazer
quando eles ocorrem.
Conforme a escolha, explicar
que ter dente amarelo não
significa que estamos doentes.
Falar que a cor dos dentes é
uma característica individual
assim como a cor dos olhos,
cabelos...
Possibilidade de abordar
assuntos relativos ao primeiro
molar permanente e afirmar
que esse dente precisa ter
uma atenção especial na
hora da higiene, pois ele não
será mais substituído e que
os dentes devem ser mantidos
por toda vida e não extraídos para ser utilizada uma
“dentadura”.
Enfatizar a relação entre a saúde bucal e a saúde do corpo.
ESPORTE – Pode-se refletir
sobre a importância dos
exercícios físicos para
se obter saúde.
MEDICINA – Além da
abordagem de todos os fatores promotores de saúde
já descritos, pode-se
chamar atenção para importância de enxergar bem para
aprender a ler e escrever,
por exemplo. E a utilização
de boné na prevenção do
câncer de pele.
30|c.d. smile
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4/7/2007 10:57:37
CONCLUSÃO
Quando se desenvolve atividades de Educação em Saúde, é
muito importante e desafiador
refletir sobre como o sujeito da
aprendizagem pensa sobre o
seu corpo, como ele se relaciona
com o processo saúde/doença
e sobre as condições ambientais
que interferem nessa relação. É
necessário refletir sobre as formas de pensar, sentir e agir dos
educandos para assim desenvolver estratégias de ensino-aprendizagem envolventes, interessantes e proveitosas para ambas as
partes, de modo que haja um
compartilhar de conhecimentos
para enriquecimento mútuo. A
proposta de trabalho do boneco EDUCANDO possibilitou
não somente essa interação de
saberes, mas a vivência coletiva
do diálogo, da expressão de
sentimentos, do respeito à condição de vida do outro, rompendo
com a tradicional passividade do
educando. O partilhar de informações tornou possível adequar
a abordagem dos temas discutidos de forma a respeitar as
dificuldades e limitações da vida
cotidiana das crianças.
Foi possível abordar temas
diversos de uma forma interligada, valorizando o pensar
sistêmico, que pode se traduzir em práticas preventivas de
maior impacto e relevância,
principalmente em relação
a doenças com fatores de
risco comuns, assim como os
fatores de proteção foram
discutidos de forma a permitir
a reflexão sobre a importância da saúde corporal como
um todo. Durante o período
do Programa foi possível
visualizar comportamentos
positivos frente ao processo
saúde/doença, porém em
momento algum se deixou de
considerar a multicausalidade
de tal processo, pois fatores
sócio-econômicos, culturais
e ambientais têm marcante
influência no seu desenvolvimento. Para isso torna-se
imprescindível a iniciativa do
É preciso refletir
sobre o pensar,
o sentir e o agir
para desenvolver
estratégias de
aprendizagem
poder público na melhoria
das condições de infraestrutura, moradia, trabalho,
segurança, educação, lazer
e saúde da comunidade onde
vivem as crianças atendidas.
Diante disso, acredita-se que o
trabalho desenvolvido no SESCDF é uma pequena contribuição,
mas a esperança de colher
frutos dessa contribuição é grande, assim como a capacidade
desses “pequenos indivíduos”
de presentear a todos os profissionais atuantes no Programa
Segundo Tempo com a sua companhia carinhosa, mágica e tão
valiosa, uma lição de vida para
qualquer ser humano.
C.D.
Saiba mais no site da Colgate:
www.colgateprofissional.com.br
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PRÊMIO COLGATE
POR CLÁUDIA PINHO
VEM AÍ A 2ª EDIÇÃO DO
PRÊMIO COLGATE
PROFISSIONAL
A Colgate-Palmolive e a Associação Brasileira de Odontologia (ABO) já
preparam a próxima edição do Prêmio COLGATE Profissional, criado para
estimular a divulgação das boas práticas de prevenção na área de saúde
bucal. Os dentistas cadastrados no Conselho Regional de Odontologia (CRO)
e/ou no Conselho Federal de Odontologia (CFO) interessados em participar
do Prêmio poderão inscrever seus artigos ou textos sobre prevenção no site
www.colgateprofissional.com.br a partir de 15 de setembro de 2007
C
CONHEÇA, AGORA, O SEGUNDO TRABALHO COLOCADO no 1° Prêmio COLGATE
Profissional, escrito pela Dra.
Érica Souza.
“EDUCANDO PARA A SAÚDE”
Uma proposta lúdica de trabalho educativo
(relato de experiência)
OBJETIVO GERAL
Proporcionar aos alunos de 7 a
10 anos do Programa Segundo
Tempo, assistidos pelo SESC-DF,
a reflexão sobre autopercepção do corpo, bem como sobre
fatores de riscos modificáveis
como higiene, dieta, ativida-
de física, de modo a ampliar
conhecimentos sobre fatores
promotores de saúde.
ATORES ENVOLVIDOS
A atividade foi desenvolvida
pela cirurgiã-dentista, autora e realizadora dessa ação,
porém acredita-se que pode
Em seu projeto,
a Dra. Erica
Souza trabalhou
com crianças
dos 7 aos 10
anos do SESC-DF
ser realizada por quaisquer
profissionais da área da saúde
seja cirurgião-dentista, médico,
nutricionista, professor de educação física ou qualquer pessoa
com conhecimentos básicos de
educação em saúde. Lembrando da necessidade constante
de refletirmos sobre o papel do
conhecimento de cada área,
não diminuindo nem aumentando a importância de nenhuma
das disciplinas envolvidas, não
buscando o domínio de várias
áreas de saúde, mas a abertura de todas elas àquilo que as
atravessa e ultrapassa, objetivando a busca da estruturação
do pensar sistêmico.
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Participaram da construção do
conhecimento, 50 crianças de
7 a 10 anos, alunos de escola
pública, os quais participam
do Programa Segundo Tempo
desenvolvido pelo Ministério
dos Esportes em parceria com
o SESC-DF. Tais crianças foram
selecionadas por apresentarem
baixa renda familiar dentre
outras características que as
expõem a situações de risco e
a condições de vulnerabilidade
social, como evasão escolar,
uso de drogas, criminalidade,
violência entre outras. O lugar
onde estudam e moram é a Vila
Estrutural, comunidade que se
originou ao lado de uma área
de depósito de lixo.
Durante três vezes na semana, no
contra-turno escolar, os 50 alunos
participantes do Programa recebem assistência médica, odontológica, nutricional, reforço escolar,
além de atividades esportivas,
lazer e cultura. Todas essas atividades são desenvolvidas pelos profissionais das mais variadas áreas
de atuação do SESC-DF, com a
finalidade de colaborar com os
objetivos do Programa, que são:
a inclusão social, bem-estar físico,
promoção da saúde e desenvolvimento humano e assegurar o
exercício da cidadania.
Cada área desenvolve um
elenco de atividades: a área
médica diagnostica doenças por
meio da realização de exames
clínicos, laboratoriais, e acuidade visual; na área nutricional
é realizada avaliação antropométrica e diante de alterações,
é feito aconselhamento nutricional; a área odontológica é
responsável por ações educativas/preventivas e tratamento
cirúrgico/restaurador; na área
de esporte/lazer e cultura há o
estímulo à prática de esportes,
a descoberta e incentivo ao
reconhecimento da cultura como
meio indispensável à vida do
homem. Permeando todas as
áreas citadas está a Educação
em Saúde, promovendo oficinas,
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cursos de capacitação e atividades que integrem os assuntos de
caráter comum a todas elas.
Por conta da variabilidade
de atuações, há a preocupação em desenvolver atividades que integrem tais áreas,
auxiliando na racionalização
da abordagem dos profissionais envolvidos, possibilitando
uma soma de esforços para
um bem comum, bem como
na otimização do tempo disponível e na melhor utilização
de recursos financeiros.
DESCRIÇÃO DA
PROPOSTA DE TRABALHO
A proposta de trabalho se
traduz em um boneco confeccionado em E.V.A. com
suas várias partes do corpo,
como cabelos, cabeça, olhos,
boca, dentes, corpo, braços,
pernas, coração, roupas e
acessórios, que podem ser
encaixadas como um quebracabeça. Todas as partes têm
suas características voltadas
para demonstrar saúde ou
doença, dependendo da visão
conceitual das crianças. Além
da apresentação objetiva das
peças, preocupou-se em tornar possível a demonstração
de características subjetivas,
como a presença de mau hálito, gosto por praticar esportes
ou por comer frutas, legumes
e verduras. Sendo tais características representadas por
balões (como nas histórias em
quadrinhos) contendo falas
sobre comportamentos, opiniões e sentimentos relativos à
doença ou saúde.
ASSUNTOS QUE PODEM
SER REFLETIDOS DE ACORDO COM AS ESCOLHAS
DAS CRIANÇAS:
NUTRIÇÃO – os assuntos
que podem ser trabalhados
são: a importância de uma
alimentação saudável, com
baixa ingestão de sal, açúcar
e gorduras, prevenindo assim
doenças do coração, obesidade e cárie, relacionando
a nutrição com dentes mais
fortes e saudáveis etc.
Discutir o assunto sobre ser
saudável é ser gordinho? Ser
magro significa doença?
HIGIENE – podem ser abordados os assuntos sobre a
higiene pessoal, como banho,
higiene das unhas, higiene
dos pés, higiene dos
cabelos e cuidados com
os nossos pertences, como
roupa e calçados.
ODONTOLOGIA – pode ser
abordado assunto relativo à
higiene bucal, como escovação dos dentes, higiene da
língua, prevenção de doenças
na gengiva.
Pode-se abordar também
sobre a troca dos dentes, tão
freqüente na idade de 7 a 10
O objetivo do
trabalho era
ensinar noções
de promoção
de saúde à
população
anos, sem esquecer de que é
um sinal de saúde, significando
que a criança está se desenvolvendo e se trata da perda
dos dentes de leite e que não
precisam ter vergonha.
Podem ser comentados os
cuidados com a prevenção de
traumas dentários e o que fazer
quando eles ocorrem.
Conforme a escolha, explicar
que ter dente amarelo não
significa que estamos doentes.
Falar que a cor dos dentes é
uma característica individual
assim como a cor dos olhos,
cabelos...
Possibilidade de abordar
assuntos relativos ao primeiro
molar permanente e afirmar
que esse dente precisa ter
uma atenção especial na
hora da higiene, pois ele não
será mais substituído e que
os dentes devem ser mantidos
por toda vida e não extraídos para ser utilizada uma
“dentadura”.
Enfatizar a relação entre a saúde bucal e a saúde do corpo.
ESPORTE – Pode-se refletir
sobre a importância dos
exercícios físicos para
se obter saúde.
MEDICINA – Além da
abordagem de todos os fatores promotores de saúde
já descritos, pode-se
chamar atenção para importância de enxergar bem para
aprender a ler e escrever,
por exemplo. E a utilização
de boné na prevenção do
câncer de pele.
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CONCLUSÃO
Quando se desenvolve atividades de Educação em Saúde, é
muito importante e desafiador
refletir sobre como o sujeito da
aprendizagem pensa sobre o
seu corpo, como ele se relaciona
com o processo saúde/doença
e sobre as condições ambientais
que interferem nessa relação. É
necessário refletir sobre as formas de pensar, sentir e agir dos
educandos para assim desenvolver estratégias de ensino-aprendizagem envolventes, interessantes e proveitosas para ambas as
partes, de modo que haja um
compartilhar de conhecimentos
para enriquecimento mútuo. A
proposta de trabalho do boneco EDUCANDO possibilitou
não somente essa interação de
saberes, mas a vivência coletiva
do diálogo, da expressão de
sentimentos, do respeito à condição de vida do outro, rompendo
com a tradicional passividade do
educando. O partilhar de informações tornou possível adequar
a abordagem dos temas discutidos de forma a respeitar as
dificuldades e limitações da vida
cotidiana das crianças.
Foi possível abordar temas
diversos de uma forma interligada, valorizando o pensar
sistêmico, que pode se traduzir em práticas preventivas de
maior impacto e relevância,
principalmente em relação
a doenças com fatores de
risco comuns, assim como os
fatores de proteção foram
discutidos de forma a permitir
a reflexão sobre a importância da saúde corporal como
um todo. Durante o período
do Programa foi possível
visualizar comportamentos
positivos frente ao processo
saúde/doença, porém em
momento algum se deixou de
considerar a multicausalidade
de tal processo, pois fatores
sócio-econômicos, culturais
e ambientais têm marcante
influência no seu desenvolvimento. Para isso torna-se
imprescindível a iniciativa do
É preciso refletir
sobre o pensar,
o sentir e o agir
para desenvolver
estratégias de
aprendizagem
poder público na melhoria
das condições de infraestrutura, moradia, trabalho,
segurança, educação, lazer
e saúde da comunidade onde
vivem as crianças atendidas.
Diante disso, acredita-se que o
trabalho desenvolvido no SESCDF é uma pequena contribuição,
mas a esperança de colher
frutos dessa contribuição é grande, assim como a capacidade
desses “pequenos indivíduos”
de presentear a todos os profissionais atuantes no Programa
Segundo Tempo com a sua companhia carinhosa, mágica e tão
valiosa, uma lição de vida para
qualquer ser humano.
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Saiba mais no site da Colgate:
www.colgateprofissional.com.br
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SÓ
RinDo
opinião
PoR Magda FERES
PALAVRA DO
ESPECIALISTA
E
PERSEGUIR UM
SONHO VALEU A PENA
Era segunda-feira, 19 de
fevereiro de 1996. Acabara
de terminar a primeira aula
da manhã. Enquanto todos
se levantavam naturalmente e
colocavam seus casacos ao se
dirigirem à saída, eu pensava:
“Não vou conseguir, definitivamente eu não vou conseguir”.
Havia assistido a duas horas
do curso de Biologia Molecular
da Harvard University (Boston,
EUA) sem sequer conseguir entender o que o professor havia
falado, tanto menos o conteúdo
daquela aula. Quatro anos mais
tarde, eu estaria com muitas daquelas pessoas, comemorando
nossa formatura, com poucas
lembranças de como havia sido
difícil o começo.
Sempre sonhei em ser cientista,
gostava de biologia e química.
Desde jovem queria descobrir
algo, fazer alguma diferença
no mundo. Coisas de cabeça
de adolescente, um turbilhão.
Sempre ouvi falar que, para
se alcançar o sucesso, são
necessárias duas coisas essenciais: paixão pelo que se faz e
muita “transpiração”. Ou, se
preferir, esforço além do seu
limite. Digamos que, no quesito
paixão, minha “relação” com
a Odontologia não foi o que se
possa chamar de “romântica”
desde o início. Confesso que,
várias vezes durante o curso
universitário, pensei ter escolhido a profissão errada. Quando
deparei com a Periodontia,
foi como se tivesse finalmente
me encontrado na Odontologia. Como tenho um perfil um
pouco, digamos, obsessivo,
acredito ter influenciado alguns
de meus melhores amigos e
amigas, que acabaram por se
tornar periodontistas nos anos
que se sucederam. Meus 20
anos de profissão foram quase
na totalidade dedicados à
Periodontia, sendo 10 anos de
clínica particular e docência e
outros 10 anos de pesquisa em
diagnóstico e tratamento das
Como tenho um
perfil um pouco
obsessivo, creio
ter influenciado
alguns de meus
amigos e amigas
infecções periodontais.
A ida para Boston para trabalhar com microbiologia oral
com os professores Sigmund
Socransky e Anne Haffajee,
pesquisadores do Forsyth Institute/Harvard University, foi um
objetivo perseguido por alguns
anos, um sonho que finalmente
se realizava. Naquela época,
em 1997, apesar da discussão
sobre diagnóstico e tratamento
das periodontites já durasse
mais de um século, muito ainda
havia para ser entendido sobre
as bactérias que colonizavam
as placas bacterianas supra e
subgengivais.
Apenas começávamos a ouvir
falar da aplicação, para a
cavidade oral, dos conceitos
de Costerton e colaboradores
sobre biofilme. Demorou um
tempo para todos entenderem
que placa bacteriana e biofilme dental eram apenas duas
nomenclaturas distintas para a
mesma estrutura.
Durante os quatro anos que
estive no laboratório tive a
oportunidade de conviver com
pesquisadores importantes
em um momento marcante
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foto divulgação
Fotomicrografias
de bactérias orais
da história da microbiologia
periodontal, quando o vasto
universo da biologia molecular
começava a ser desvendado na
Odontologia. O contato com
meus orientadores, além de
Max Goodson, Daniel Smith,
Martin Tauban, Bruce Paster,
Will Giannobile e outros, abriu
um novo horizonte e me ajudou a desenvolver o raciocínio
lógico e científico.
Tenho certeza
de que meus
orientadores
me ajudaram a
desenvolver o
raciocínio lógico
Comecei a trabalhar com a
técnica de diagnóstico microbiológico desenvolvida pelo
prof. Socransky, chamada Checkerboard DNA-DNA hybridization, que utilizava sondas de
DNA para identificação bacteriana. O método permitia gerar
uma quantidade tão grande de
informações que tínhamos cada
vez mais ânimo para aquela
parte da “transpiração”.
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opinião
Eu e duas amigas – Cristiane
Gonçalves, do Rio de Janeiro,
e Laurie Ann Ximenez-Fyvie, do
México – costumávamos passar
de 12 a 14 horas seguidas no
laboratório, diariamente, até
nos fins de semana. Parecia
pouco frente a tudo que queríamos descobrir e aprender. De
alguma forma, sentíamos-nos
responsáveis por levarmos o
máximo de informação possível
de volta a nossos países, que,
afinal, nos financiavam.
Passamos por momentos que
hoje considero históricos no
contexto da Periodontia. Em
1997, sentamos com algumas
pessoas em uma sala para
decidir as cores dos complexos
bacterianos da placa subgengival propostos por Socransky e
colaboradores no ano seguinte.
Esse artigo acabou se tornando,
rapidamente, uma das grandes referências mundiais sobre
o assunto. Em outra ocasião,
conversei sobre os primórdios
da pesquisa em Periodontia e
Cariologia com ninguém menos
do que Paul Keyes, um dos pais
da microbiologia oral.
Eu estudava o efeito de diferentes antibióticos sistêmicos no
tratamento de periodontite crônica e na resistência bacteriana aos vários agentes testados,
enquanto minha amiga Laurie
Ann estudava a composição
da placa dental supragengival.
Seus artigos viraram referência sobre o assunto, que tinha
ares de dèjavu. Era mais uma
comprovação do potencial e
da relevância da técnica de
diagnóstico que estávamos
aprendendo.
Em relação à minha linha de
pesquisa sobre antibióticos
sistêmicos, tive a oportunidade,
durante aqueles quatro anos,
de conhecer bem a literatura,
os mecanismos de ação dos
antibióticos e os mecanismos
de resistência bacteriana às
diferentes drogas, além de ter
conhecido e discutido o assunto
com pesquisadores importantes.
Na época, os principais nomes
nesta área eram os de Walter
Loesche e Van Winkelhoff, com
seu protocolo de combinação
do metronidazol e da amoxicilina para tratamento de infecções
associadas ao Aggregatibacter
actinomycetemomitans.
Van Winkelhoff acabou dando
opiniões sobre as dosagens de
alguns antibióticos que estávamos empregando na época.
Publicamos vários artigos sobre
esse tema, que por sinal segue
sendo um dos mais controversos da periodontia até hoje.
A tese de doutorado defendida em 1999, por um lado
era uma conquista, por outro
um peso, já que a partir deste
momento eu teria de caminhar
sozinha, passaria da condição
de orientada para orientadora.
A oportunidade
é fundamental
para que tudo
se acerte; nesse
sentido, acho que
fui premiada
Uma tarefa nada fácil, ainda
mais com o mundo desconhecido que havia à frente, a volta
para o Brasil e as oportunidades que, eventualmente, apareceriam (ou não).
De forma geral, essa fase pós
doutorado não é nada fácil, e
comigo não foi diferente: uma
enorme vontade de dar continuidade ao “mundo perfeito” dos últimos quatro anos,
protegida pelos maravilhosos
orientadores em um ambiente que exalava pesquisa por
todas a paredes. Foi preciso
muita calma e estratégia para
prosseguir. Certamente, uma
boa oportunidade é fundamental para que tudo se acerte e,
nesse sentido, considero que fui
premiada. Recebi uma proposta da Universidade Guarulhos
(UnG, São Paulo) para dar
continuidade à minha linha de
pesquisa. Aceitei e acabei por
deparar com pessoas que confiaram em mim e apostaram no
meu trabalho.
Eu e a Profa. Luciene de Figueiredo, que além de exímia
pesquisadora se tornaria uma
grande amiga, estabelecemos
um plano de ação cuidadosamente pensado. O primeiro
passo seria otimizar e estabelecer a técnica do Checkerboard
no nosso laboratório de microbiologia; depois, sedimentar o
grupo de pesquisa; e, finalmente, aprovar junto à Capes um
programa de pós-graduação,
primeiramente o mestrado,
depois o doutorado.
Não poderia deixar de men-
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cionar a grande ajuda inicial
que recebemos da pesquisadora e amiga Ana Paula
Colombo, do Rio de Janeiro,
principalmente na etapa de
implantação do método de
diagnóstico. Passo a passo os
planos foram se concretizando.
Certamente que contamos com
muito apoio institucional, paixão e “transpiração” pessoais
e de outros oito pesquisadores
talentosos, que compõem hoje
nosso grupo de pesquisa. Eu
diria que os pontos altos da
nossa jornada foram a aprovação do Mestrado Acadêmico,
em 2003, o apoio financeiro recebido pelos governos
brasileiro e americano para
colocarmos nossos estudos em
prática e a inauguração, em
2006, do nosso novo laboratório de pesquisa (Microbiologia,
Biologia Molecular e Imunologia) na UnG.
A implantação da técnica do
Checkerboard DNA-DNA
hybridization foi fundamental
para o andamento das nossas
pesquisas e tem permitido o
desenvolvimento de diversos
projetos de várias instituições
de ensino e pesquisa do Brasil
e de outros países da América
do Sul. Para nós, é motivo de
orgulho, ou melhor, uma sensação de dever cumprido.
Nossas pesquisas têm respondido a algumas perguntas e
gerado várias outras, como
não poderia deixar de ser. Fico
feliz por ter podido participar
de uma fase borbulhante da
pesquisa periodontal no mundo
e por ter conseguido prosseguir
nessa linha de pesquisa ao voltar para o Brasil. Acredito que,
nesse sentido, as pesquisas brasileiras, não somente em Periodontia, mas nas diversas áreas
da Odontologia, têm trazido
uma grande contribuição para
a comunidade científica internacional. Prova disso é o enorme
número de estudos brasileiros
publicados em revistas científicas de grande impacto.
O Brasil ocupa, atualmente, o
terceiro lugar em número de
trabalhos submetidos no maior
congresso mundial de pesquisa odontológica, o da IADR
(International Association for
Dental Research), ficando atrás
apenas dos EUA e do Japão.
Certamente que todas essas
pesquisas se revertem para
uma melhor prática clínica
odontológica no nosso País e
projeta a Odontologia brasileira no mundo. Isso demonstra
que, assim como eu, vários
sonharam… e tiveram sucesso.
Só agora percebo que esta é a
primeira vez que conto essa história. Se ela servir como estímulo
adicional para que uma pessoa
ao menos persiga seu sonho e
escreva sua própria história, essas
páginas já terão valido a pena.
C.D.
As pesquisas
brasileiras têm
contribuído para
a comunidade
científica
internacional
• Doutora em Biologia Oral pela
Harvard University
• Postdoctoral Research Fellowship em
Microbiologia Oral pelo Forsyth Institute
• Mestre em Periodontia pela Universidade
Federal do Rio de Janeiro
• Coordenadora de Pós-Graduação
e Pesquisa em Odontologia da
Universidade Guarulhos
• Pesquisadora e professora do
departamento de Periodontia e
Microbiologia Oral da Universidade
Guarulhos
• Pesquisadora afiliada do Departamento
de Periodontia do Forsyth Institute
• Pesquisadora do CNPq
• Membro da Sociedade Brasileira de
Periodontia (Sobrape)
• Membro da International Association
for Dental Research (IADR)
• Revisora das seguintes revistas
científicas: Journal of Clinical
Periodontology, Journal of Periodontology,
Archives of Oral Biology, Brazilian Journal
of Oral Microbiology e Brazilian Oral
Research, entre outras.
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What’s new
Seus pacientes vão adorar esta coletânea de notícias sobre
o mundo da Odontologia, com a assinatura da mais importante
entidade da área em todo o mundo
Estudo constata que o uso de chupeta pode
oferecer alguns benefícios para a saúde
Bebês que chupam chupeta podem usufruir de alguns
efeitos positivos para a saúde, segundo pesquisadores de
Odontologia. Um estudo na edição de janeiro/fevereiro do
General Dentistry mostra que bebês que chupam chupeta
na hora de dormir podem apresentar incidência reduzida
da Síndrome de Morte Súbita do Lactente.
“Bebês que recebem uma chupeta não dormem de maneira
tão profunda quanto aqueles que dormem sem chupeta”,
diz a Dra. Jane Soxman, autora do estudo e formada pelo
American Board of Pediatric Dentistry. “Chupar chupeta
possibilita ao bebê despertar de um sono profundo que
poderia resultar em parada respiratória. As chupetas
também aumentam a satisfação da sucção e constituem
uma fonte de conforto para os bebês”.
Pais, dentistas e médicos podem ter mais conhecimento do
lado negativo do uso da chupeta – incluindo a dificuldade
de fazer a criança descontinuar o uso, possíveis alterações
no alinhamento dos dentes e no formato da boca, possíveis
lacerações bucais e outros.
Um estudo no The Journal of the American Dental
Association verificou que crianças que continuam a chupar
o dedo ou a chupeta após os 2 anos de idade aumentam
seu risco de desenvolver protrusão dos dentes anteriores
e uma mordida incorreta com estreitamento da maxila em
relação à mandíbula, conhecida como mordida cruzada.
A American Dental Association recomenda que os pais
ofereçam ao bebê uma chupeta em vez de uma mamadeira
com suco, leite ou fórmula na hora de dormir para evitar a
cárie dentária na primeira infância; e também observa que
bebês que estão com os dentes irrompendo podem encontrar
alívio com o uso da chupeta. Sempre dê a seu bebê uma
chupeta limpa e nunca mergulhada em açúcar ou mel.
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Fumar pode provocar insucesso
dos implantes dentais
Se você acabou de fazer um implante, os pesquisadores
da área odontológica aconselham que não fume: fumar
aumenta o risco de insucesso do implante dental.
Pesquisadores espanhóis estudaram 66 pacientes que
receberam 165 implantes e acompanharam sua evolução
durante cinco anos. O índice de insucesso do implante
em fumantes foi de 15,8%, em comparação com apenas
1,4% nos não-fumantes.
“Pessoas que fumam apresentam risco maior de
infecção após cirurgia e podem apresentar cicatrização
mais lenta”, diz o Dr. Arturo Sanchez Perez,
pesquisador da Universidade de Murcia, Espanha.
“Quando um implante é colocado em um fumante, a
probabilidade de insucesso é maior”.
Os implantes são dispositivos manufaturados,
colocados cirurgicamente na maxila ou mandíbula,
onde funcionam como âncoras para reposição dos
dentes. Eles são feitos de titânio e outros materiais
compatíveis com o corpo humano.
A cirurgia de colocação do implante pode ser feita no
consultório odontológico ou em hospital, dependendo de
diversos fatores. Pode-se usar anestesia local ou geral.
Geralmente, são prescritas medicações contra a dor
e, quando necessário, antibióticos. Seu dentista irá lhe
fornecer instruções sobre dieta e higiene bucal.
Como os implantes requerem cirurgia, os pacientes
devem estar em boas condições de saúde, apresentar
gengivas saudáveis, possuir osso adequado para
suporte do implante e estar comprometidos com uma
higiene bucal meticulosa e visitas regulares ao dentista.
Se você está pensando em fazer implantes, uma
avaliação completa pelo dentista ajudará a determinar
se você seria um bom candidato.
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Ácido fólico pode prevenir fissura labial e palatal
Nova pesquisa mostra que mulheres que
tomam suplementos com ácido fólico durante
a gravidez podem reduzir substancialmente
as chances de o bebê nascer com fissura
labial ou palatal.
A ingestão diária de 0,4 mg de ácido fólico pode
reduzir em um terço o risco de o bebê apresentar
fissura labial isolada (com ou
sem fissura palatal).
Cerca de um em cada 750
bebês nasce com fissura
labial e/ou palatal nos
EUA. A fissura labial é
um defeito congênito em
que uma ou mais lesões se
formam no lábio superior.
A fissura palatal é uma
deformidade congênita que
resulta em falta de fusão do
palato mole e/ou duro, parcial
ou completa.
“Esses achados fornecem evidências
adicionais dos benefícios do ácido fólico
para as mulheres”, diz Allen J. Wilcox, M.D.,
PH.D., autor principal do estudo do National
Institute of Environmental Health Sciences.
“Já sabemos que o ácido fólico reduz o
risco de defeitos do tubo neural, incluindo
a espinha bífida”, diz o Dr. Wilcox. “Nossa
pesquisa sugere que o ácido fólico ajuda
também a prevenir fissuras faciais, outro
defeito comum no nascimento”.
O ácido fólico é uma vitamina B encontrada
em vegetais folhosos, frutas cítricas, feijões
e grãos integrais. É adicionado também à
farinha e outros alimentos fortificados e pode
ser tomado como suplemento vitamínico. A
quantidade recomendada para ingestão diária
para adultos é de 0,4 mg.
“A deficiência de ácido fólico provoca fissuras
faciais em animais de laboratório, portanto,
tivemos uma boa razão para nos concentrar
no ácido fólico em nosso estudo sobre
fissuras”, diz o Dr. Wilcox. “Essa foi uma de
nossas principais hipóteses”.
No estudo, pesquisadores examinaram a
associação entre fissuras faciais e a ingestão
materna de suplementos de ácido fólico,
mutivitaminas e folatos. Eles verificaram que
a suplementação de 0,4 mg ou mais por
dia reduzia o risco de fissura labial isolada
com ou sem fissura palatal em um terço, mas
não teve efeito aparente no risco de fissura
palatal isolada.
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Tratamentos com flúor no consultório odontológico
A cárie dentária é causada por bactérias produtoras de
ácido que se acumulam ao redor de dentes e gengivas, num
filme pegajoso e transparente chamado de “placa dentária”.
Sem uma boa higiene bucal diária e consultas regulares com
o dentista, os dentes ficam mais vulneráveis à cárie dentária.
Escovar os dentes duas vezes ao dia e limpar entre os
dentes com fio dental ou outro tipo de limpador interdental
pode ajudar a remover a placa dentária. Exames regulares
e limpezas profissionais também são importantes para
manter os dentes saudáveis.
Outra chave para a boa saúde bucal é o flúor, mineral que
ajuda a prevenir a cárie dentária e pode reparar os dentes
nos estágios bem iniciais e microscópicos da doença. O flúor
pode ser ministrado de duas maneiras: tópica ou sistêmica. O
flúor tópico é aplicado diretamente no esmalte dentário. Alguns
exemplos são os cremes dentais e as soluções para bochechos,
bem como os tratamentos feitos no consultório odontológico.
O flúor sistêmico é aquele que é ingerido. Exemplos incluem
a água fluoretada e suplementos com flúor. A redução
máxima da cárie dentária é alcançada quando o flúor é
recebido tanto por via tópica quanto sistêmica. Se você,
ou um membro da sua família, apresentar risco moderado
a alto de desenvolver cárie dentária, um tratamento
profissional com flúor pode ajudar. Os produtos com flúor
usados no consultório apresentam uma concentração muito
mais alta do que os cremes dentais ou enxaguatórios bucais
que podem ser adquiridos em lojas ou farmácias.
Os tratamentos profissionais com flúor geralmente requerem
apenas alguns minutos. O flúor pode estar na forma de
solução, gel, espuma ou verniz. Tipicamente, é aplicado
com um cotonete ou uma escova, ou é usado na forma de
bochecho ou colocado em uma moldeira que é mantida na
boca por alguns minutos.
Após o tratamento, você pode ser orientado para não
enxaguar a boca, comer ou beber por pelo menos 30
minutos, para permitir que os dentes absorvam o flúor para
ajudar a reparar áreas em que há ocorrências de cárie
dentária microscópica.
Dependendo do seu estado de saúde bucal, os tratamentos
com flúor podem ser recomendados a cada três, seis ou
12 meses. Seu dentista também pode recomendar medidas
preventivas adicionais caso você apresente risco moderado
a alto para desenvolvimento de cárie dentária. Essas
medidas podem incluir produtos terapêuticos de venda livre
ou sob prescrição, como soluções ou géis fluoretados para
bochecho, ou soluções antibacterianas para bochecho.
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Alguns alimentos podem ajudar a clarear seu sorriso
O que você está comendo pode prejudicar seu sorriso, mas há
alimentos e bebidas que podem ajudar a limpar seus dentes.
Se você tem problemas com manchas nos dentes, converse
com seu dentista sobre como melhorar seu sorriso.
Alguns alimentos e bebidas podem provocar manchas na
superfície dental. Café, refrigerantes escuros, vinho tinto e
framboesas deixam suas marcas rapidamente.
“Enquanto cuidados caseiros diários e a limpeza feita
regularmente pelo profissional são essenciais para manter
os dentes e as gengivas saudáveis, alguns alimentos podem
ajudar a remover manchas dos seus dentes”, diz o Prof.
Dr. Marty Zase, presidente da Academia Americana de
Odontologia Cosmética (American Academy of Cosmetic
Dentistry). “Alimentos como maçãs, pêras, aipo, cenouras,
couve-flor e pepino produzem saliva que combina com as
fibras naturais dos alimentos para, naturalmente, limpar os
dentes e remover as bactérias”.
Ingerir bebidas com canudo evita o contato das substancias
corantes com todos os dentes; e a escovação regular com
bicarbonato de sódio, cremes dentais branqueadores ou um
agente clareador também são eficazes.
Escovação e uso do fio dental removem a maioria das
manchas dentárias da superfície, mas, se a mancha for
persistente, experimente um sistema de clareamento.
Produtos para clareamento que alteram a cor natural dos
dentes se apresentam na forma de gel, fitas e kits para uso
profissional. Eles contêm peróxido, que ajuda na remoção
de manchas intrínsecas – nas camadas mais profundas do
dente – e nas extrínsecas, que ficam na superfície dentária.
Produtos branqueadores que removem somente as manchas
da superfície não contêm descolorantes e se apresentam
basicamente na forma de cremes dentais.
Há uma série de produtos que não necessitam de prescrição
e outros tratamentos feitos em consultório que se dedicam a
remover manchas visíveis dos dentes – fazendo com que eles
pareçam, e em alguns casos permaneçam, mais claros.
Converse com seu dentista sobre as melhores opções para o
seu caso, suas expectativas e os custos envolvidos.
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Cientistas traçam
a trajetória da
bactéria da cárie
dentária através
dos tempos
A Streptoccocus mutans, bactéria
associada com a cárie dentária, evoluiu
junto com seu hospedeiro humano,
em um vínculo evidente que pode ser
atribuído a um único ancestral comum
que viveu na África entre 100.000 e
200.000 anos atrás, de acordo com
relatos dos pesquisadores do New York
University College of Dentistry.
“Como os humanos migraram pelo
mundo e evoluíram em diferentes
raças e etnias que conhecemos hoje,
essa bactéria bucal evoluiu com eles
em um processo simultâneo chamado
coevulução”, explica o Prof. Dr. Page
Caufield, professor de Cariologia
e Tratamento Geral da Escola de
Odontologia da Universidade de Nova
York e líder do grupo de pesquisa.
O grupo da Universidade de Nova York
usou as mesmas impressões de DNA
e outros biomarcadores para traçar
a evolução do S. mutans da mesma
maneira que os cientistas usaram
anteriormente para traçar a evolução
humana até um único ancestral africano
comum, conhecido como “ancestral Eve”.
Eles colheram mais de 600 amostras da
bactéria, finalmente focando em cerca
de 60 variedades coletadas de chineses
e japoneses; africanos; afro-americanos
e hispânicos nos Estados Unidos;
caucasianos nos Estados Unidos, na
Suécia e na Austrália; e índios da
Amazônia no Brasil e na Guiana.
“É relativamente fácil traçar a evolução
do S. mutans, uma vez que ele se
reproduz por divisão celular simples”,
diz o Dr. Caufield. “Traçando a linhagem
do DNA dessas variedades, construímos
uma árvore genealógica com as
raízes na África e o galho principal se
estendendo para a Ásia. Uma segunda
ramificação, se estendendo da Ásia
de volta para a Europa, delineia a
migração de um pequeno grupo de
asiáticos que deu origem a pelo menos
um grupo dos atuais caucasianos.”
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comunidades
As associações
abrem a boca
Esta seção está aberta a informações e comunicados das entidades
representantes dos profissionais de Odontologia
ABFCOC – Academia Brasileira
de Fisiopatologia Crânio-Oro-Cervical
Fundada em 1992, a Academia Brasileira de Fisiopatologia CrânioOro-Cervical surgiu da necessidade de o Brasil estar no rol das grandes
nações que realizam pesquisas, estudos e intercâmbio nas áreas de Dor
Orofacial, DTM e das alterações de desenvolvimento e de equilíbrio
do Sistema Estomatognático, a exemplo das academias européia,
americana, australiana, asiática e ibero-latinoamericana.
Neste 15° ano de existência, a ABFCOC realizará sua XVI Reunião Científica Anual, de 21 a 24 de
agosto, no Resort Vila Galé Marés, Praia de Guarajuba, Bahia, com o tema científico “Osteologia Clínica”.
Para tal, foram convidados professores de renome internacional em suas áreas de atuação, como o
Prof. Dr. Mariano Rocabado (Chile), de “Fisioterapia e DTM”; o Prof. Dr. Vicente Jimenez (Espanha), de
“Carga Imediata e Oclusão”; Prof. Dr. Juan Carlos L. Noriega (México), de “Osteologia Clínica”; Prof. Dr.
Enzo Bartolucci (Itália), de “Posturologia”; a Profa. Dra. Wilma A. Simões, de “Ortopedia Funcional dos
Maxilares”; Prof. Dr. José Tadeu Siqueira, que falará sobre “Dor Orofacial/DTM no Tecido Ósseo”; Prof. Dr.
Luiz Roberto da Cunha Capella, de “Imageologia Óssea”; Prof. Dr. Matsuyoshi Mori, de “Interferometria
Holográfica”; Profa. Dra. Patrícia Valério, de “Estímulos Mecânicos no Tecido Ósseo”; Prof. Dr. Francisco
Todescan, de “Implantodontia”; Prof. Dr. Dalton Cardoso, do workshop “Aparelhos Ortopédicos
Funcionais”; e o Prof. Dr. Flávio Fava de Moraes, coordenador do simpósio final.
Venha desfrutar dias de intenso conhecimento, integração e amizade. Estamos
aguardando você em nosso evento.
Mais informações em nosso site: www.abfcoc.com.br
Pacote Turístico: [email protected] - (11) 3287-1082
Prof. Dr. Sérgio Nakazone Jr.
Presidente da ABFCOC 2006/2007
[email protected]
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passo-a-passo
PoR osWALDo scopiN DE ANDRADE E LUiZ ALVEs FERREiRA
LAMINADOS
CERÂMICOS:
ESTÉTICA
E FUNÇÃO
a
A principal vantagem quando se utilizam restaurações cerâmicas em dentes
anteriores é a estética. Entre outros
benefícios há também menor acúmulo
de placa, quando comparado às resinas
compostas, e longevidade clínica.
Entre os procedimentos estéticos, os
laminados cerâmicos se tornaram uma
estratégia restauradora segura, associando biocompatibilidade, resistência
ao desgaste, características ópticas
semelhantes à estrutura dental e estabilidade de cor e forma.
Muitos clínicos relatam que, comparativamente, as reconstruções anteriores em
resina composta às cerâmicas requerem
um desgaste maior da estrutura dental,
porém, com o desenvolvimento dos
procedimentos adesivos, das técnicas
laboratoriais e da execução planejada
da técnica, a utilização de laminados
cerâmicos tornou-se um procedimento
seguro e com longevidade clínica comprovada cientificamente.
Em estudos longitudinais recentes,
laminados cerâmicos obtiveram índice
de sucesso acima de 90% em 10 anos,
quando os mesmos eram fixados pela
técnica adesiva. Outro ponto importante
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para se obter sucesso é o correto
planejamento e execução, pois
o sucesso dessa modalidade
clínica depende da quantidade
de tecido dental sadio presente
no remanescente, isto é, o preparo deve preservar o máximo
possível de esmalte. Com o
laminado cimentado em dentes
preparados sobre dentina, os
índices de sucesso podem cair
para próximo dos 60%.
O planejamento para execução de um caso começa com
a avaliação das condições de
saúde geral e bucal do paciente, como análise do periodonto
e da oclusão.
A seqüência de execução de
um caso associando três laminados e uma coroa total será
descrita abaixo.
Inicialmente, são feitas fotografias extra-orais para auxílio de
diagnóstico na comunicação
com o laboratório e com o técnico em prótese dental (figuras
1 e 2). A seguir, nas fotos intraorais (figuras 3 e 4), é possível
visualizar a extensão das restaurações em resina composta
tanto por vestibular como por
palatina. Após a obtenção de
modelos iniciais (figura 5), é
realizado o enceramento de
diagnóstico (figura 6), baseado
nas fotografias iniciais respeitando a linha do sorriso e a
posição dos lábios.
O preparo é realizado a partir
de guias e baseado no enceramento para preservação de
esmalte que será vital para
a durabilidade clínica dos
laminados. Após a finalização
dos preparos, a moldagem foi
realizada com a técnica do fio
duplo com silicone de adição,
pois é um material que permite
a confecção de mais de um
modelo para os procedimentos
laboratoriais. Na figura 7 é
possível visualizar os preparos
para laminados nos dentes 11,
21, 22 e coroa total no 12.
A tomada de cor é feita com
auxílio de várias fotografias
digitais com câmera acoplada
com lente macro e flash com
dois pontos, que facilita a comunicação com o laboratório
– na figura 8, um exemplo de
uma das fotos.
Os elementos cerâmicos foram
confeccionados com Empress
Esthetic (Ivoclar Vivadent),
como visto na figura 9.
Após a prova estética, com
a aprovação da paciente, as
peças são condicionadas com
ácido hidrofluorídrico a 10%
por 60 segundos (figura 10).
A remoção é feita com jato
de água seguido da colocação das mesmas em cuba
ultrasônica em água destilada
por 5 minutos.
O elemento é seco e, na
seqüência, o silano é aplicado
por 90 segundos. O excesso
de solvente é removido com
jato de ar, seguido da aplicação de um adesivo hidrófobo.
A fixação (cimentação) foi
iniciada pelos centrais e foi
feita com um cimento resinoso
fotoativado. A figura 11 mostra
a peça do elemento 21 após
a fixação.
A fotoativação foi realizada
por pelo menos 80 segundos
por face em quatro direções
para todos os elementos.
O acabamento e o polimento
foram feitos com tiras de lixa e
borrachas próprias para resina
e cerâmica.
As fotografias 12 e 13 mostram os elementos 30 dias
após a cimentação e o resultado obtido.
Caso realizado no Curso de
Pós-Graduação em Odontologia Estética do Centro Universitário Senac/SP com auxílio dos
cirurgiões-dentistas Eduardo
Elias e Patrícia Pereira.
Em casos de dúvida, acesse:
www.kinascopinhirata.com.br
C.D.
Oswaldo Scopin de Andrade
Cirurgião-Dentista
• Mestre e Doutor em Prótese pela UNICAMP
• Pós-Graduação em Prótese e Oclusão pela
New York University – College of Dentistry
• Teaching Fellow do Departamento de
Odontologia Restauradora da New York
University – College of Dentistry
• Clinical Fellow – Straumann Clinic na
Universidade de Berna – Suíça
• Coordenador dos cursos de pós-graduação
Lato Sensu a nível de especialização em
Implantodontia e Odontologia Estética do
Centro Universitário Senac – São Paulo
• Professor do curso de especialização em
Dentística do CETAO – São Paulo
• Editor assistente da Revista
Dental Press de Estética
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“
V-J Day,Times Square, 1945
Alfred Eisenstaedt
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boca a boca
FOTOS DIVULGAÇÃO
POR IVONE SANTOS
BEIJO
TÉCNICO
NA REALIDADE,
QUASE FICÇÃO
Existe, não existe, é diferente, não é bem assim... vira e mexe,
dez entre dez atores e atrizes têm de responder à fatídica
pergunta: afinal, existe o tal de beijo técnico? E aí, entre o sim
e o não, moram todas as dúvidas, evasivas e teorias que não
deixam o tema se esgotar
“E
“Encontrei homens que não sabiam beijar.
E sempre tive tempo de ensiná-los”
Mae West
A tensão sensual se revela em
cada troca de olhar e ultrapassa
as falas carregadas de múltiplos sentidos. O envolvimento
dentro e fora da tela torna-se
evidente ao espectador: Brad
Pitt e Angelina Jolie não são ali
apenas Mr. and Mrs. Smith no
filme homônimo de 2004, basta
olhar aqueles beijos... Técnicos?
Um casamento e uma filhinha
depois provam o quanto. Corta!
Com certeza foi técnico o beijo
entre May Irvin e John C. Rice no
filme O Beijo. O ano era 1895
e o primeiro beijo do cinema – e
olha que não foi só uma encostadinha de duas bocas – deu
muito o que falar. Daí por diante
foram raras, muito raras, as histórias filmadas que prescindiram
do beijo, sempre um ápice do
“O beijo é algo
que você não
pode dar sem
tomar e não pode
tomar sem dar”
Anônimo
clima narrativo, que foi (e vem)
ficando cada vez menos técnico
e mais realista.
Na verdade, não existe beijo
técnico, no sentido de não ser
o beijo encenado realmente um
beijo. Talvez seja mais um problema de nomenclatura, pois técnico
aqui nem sempre quer dizer frio
ou desprovido de sentimentos
e emoções, ou as histórias não
seriam tão bem interpretadas
e contadas. Para definir esse
“recurso dramático”, fiquemos
com o beijo profissional, descrito
como a situação em que os atores
encostam os lábios e, sem usar
a língua, simulam o movimento
como se estivessem beijando de
verdade... usando a língua.
Sendo assim, ou não, a polêmica se casou com o beijo técnico
e estão juntos até hoje. O primeiro beijo da nossa televisão
foi entre Vida Alves e Walter
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Homem Aranha 2 (2004)
Tobey Maguire e
Kirsten Dunst
Foster, na novela Sua Vida Me
Pertence, de 1951. A atriz se
diz a inventora do beijo técnico entre nós, adotado para
trazer o glamour dos beijos de
Hollywood para a telinha. Mais
tarde, Vida foi mais pioneira
e corajosa ainda ao dar os
primeiros beijos homossexuais
do teatro, nas atrizes Laura
Cardoso e Geórgia Gomide.
Técnicos, evidentemente.
Hoje, enquanto Carolina Dieckman é convicta de que beijo
técnico não existe, Ângela Vieira
acredita que sim, embora já
tenha declarado que o beijo na
TV “evoluiu” ao tornar-se mais liberal. Mesmo assim, enxerga um
limite na empolgação para que
a estética não se torne duvidosa.
Em entrevistas, Antonio Fagundes
se declara adepto fiel do beijo
“O poder do
beijo é mais
forte que o
poder da
vontade”
Abigail Van Buren
técnico nos palcos; os de verdade
ficam só na vida real. E, para
Mel Lisboa, que se notabilizou
como a provocante ninfeta protagonista da minissérie Presença
de Anita, a questão do beijo
técnico é pura hipocrisia. Ao que
parece, a atriz não abre mão da
autenticidade, o que já a levou
a começar a fumar e, lógico, a
beijar para valer, ao convincentemente viver suas personagens.
A diferença ficaria entre “ter” de
beijar (no trabalho) e “querer”
beijar (por prazer).
Mas mesmo o mais frio e
encenado beijo técnico pode
trazer problemas aos amantes
de mentirinha. Que o diga
Richard Gere em recente confusão arrumada na Índia. Ao
dar uma de galã irresistível,
o galã irresistível pegou nos
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boca a boca
braços a atriz Shilpa Shetty,
simulou uma caída hollywoodiana e beijou a face da moça.
Mal sabia o pobre Ricky que
manifestações públicas – eles
participavam de um evento beneficente – de afeto e sexo são
um dos mais fortes tabus entre
os indianos. Pois é, vai explicar
a eles o que é beijo técnico...
Há ainda os que defendem o
beijo técnico por ser potencialmente mais seguro e saudável.
Afinal, beijar também significa
estar vulnerável à aquisição de
diversas doenças, desde uma
gengivite (que muito aumentou
com o hábito de “ficar”) até
coisa mais séria, como mononucleose (conhecida como “doença
do beijo”) e herpes. Nesse caso,
até vale abrir mão do prazer...
E os respeitáveis espectadores,
o que acham? Uma enquete realizada na Internet perguntava:
“Você acredita que os beijos de
novela, teatro e cinema são de
mentira?” A melhor resposta foi
dada por um internauta com outra pergunta: “Você acredita em
político honesto?”. E aproveita
para registrar os calientes beijos
entre Reynaldo Gianecchini e
Vera Fischer na novela Laços de
Família.
Indiscutível: do lado de cá do
palco, da telinha ou da telona
não dá para pensar em beijo
falso. E, para terminar com uma
cena clássica do cinema, que tal
Burt Lancaster e Deborah Kerr
beijando-se na praia, em A Um
Passo Da Eternidade no distante ano de 1953? No mínimo,
excitante. Tecnicamente falando,
bem entendido.
A Um Passo da Eternidade (1953)
Burt Lancaster e Deborah Kerr
E o Vento Levou... (1939)
Clark Gable e Vivien Leigh
C.D.
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comportamento
POR Marcos Guinoza
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FOTOS DiVuLGaÇÃo
Na cena
do
Seriados de TV
como CSI fazem
crescer o interesse
do público pelo
trabalho dos agentes
da Polícia Científica
CRIME
U
Um caso de homicídio citado em
reportagem do jornal Folha de
S.Paulo ilustra bem o trabalho da
Polícia Científica: “Na cômoda,
um doce Romeu-e-Julieta apresentava sinais de mordidas. Ao
lado, a vítima – uma senhora
idosa –, encontrada já morta.
Ela tinha, além de indícios de espancamento, pés e mãos amarrados, uma toalha embebida em
removedor para limpeza enfiada
na garganta e um saco plástico
amarrado em volta da cabeça”.
De acordo com a reportagem,
a análise da cena do crime foi
suficiente para que os peritos do
Instituto de Criminalística de São
Paulo identificassem o culpado.
“À primeira vista insignificante, a
goiabada com queijo foi fundamental: a mordida forneceu aos
peritos um molde de arcada dentária, que pôde ser comparado
com a arcada dos suspeitos”.
O programa CSI
é um fenômeno
de audiência, com
mais público que
Lost e Desperate
Housewives
A evidência levou à prisão de
um ex-empregado da vítima, que
confessou o homicídio.
Nos últimos anos, o importante
trabalho da Polícia Científica
ganhou popularidade com o sucesso da série CSI (Crime Scene
Investigation) e seus sucedâneos:
CSI: Miami e CSI: NY. Produzidos e apresentados pela emissora
norte-americana CBS, os programas mostram as investigações
dos peritos para solucionar os
mais diversos crimes. No Brasil,
as séries vão ao ar pelo canal
Sony e repetem a ótima audiência alcançada lá fora. Pesquisa
realizada em 20 países revelou
que CSI: Miami, em 2006, era
visto por um público estimado em
50 milhões de pessoas, à frente
de seriados famosos, como Lost e
Desperate Housewives.
Sabemos que a rotina dos peritos
brasileiros está bem longe do
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comportamento
glamour vivido na telinha pelos agentes de CSI. Na ficção,
como escreveu a colunista Bia
Abramo, também na Folha de
S.Paulo, os crimes mais hediondos têm respostas simples. “É
só ter o aparelho certo que as
evidências delatam criminoso e
modus operandi”. No Brasil, país
sem tradição nessa área e onde
70% dos casos de homicídio são
arquivados por precariedade nas
investigações, os investimentos
são minguados, as universidades
não oferecem especialização
em Medicina Legal, e os peritos
acabam improvisando, tendo de
aprender na prática os macetes
da profissão. Único no Brasil, o
modelo do Centro de Medicina
Legal (Cemel) de Ribeirão Preto,
no interior de São Paulo, é exce-
ção à regra. Inspirado no exemplo de Portugal, onde os IMLs
são coordenados por professores
universitários, o Cemel surgiu
da parceria entre a Secretaria
de Segurança Pública estadual
e a Universidade de São Paulo
(USP). Ao unir a prática policial
ao conhecimento acadêmico, os
especialistas do Cemel trabalham
como verdadeiros detetives e já
contam com tecnologias de ponta
para identificação de cadáveres e
ossadas humanas.
No Brasil, 70%
dos casos de
homicídio são
arquivados por
precariedade nas
investigações
ODONTOLOGIA LEGAL
Uma das principais técnicas
usadas pela Polícia Científica
para identificar cadáveres é a
observação da arcada dentária.
Assim como as impressões digitais, os dentes de cada pessoa
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são diferentes. Especialistas dizem que tal procedimento é tão
confiável quanto o exame de
DNA. Este, mais caro e conclusivo, é usado apenas em casos
de maior repercussão. Além de
preservarem por mais tempo o
material genético de uma ossada, os dentes são a estrutura
mais sólida do corpo humano,
capazes de resistir à carbonização em temperaturas de até
800ºC. E foi em um incêndio
ocorrido em 1849, numa ópera
em Viena, que a polícia contou,
pela primeira vez, com o auxílio
de dentistas para a identificação das vítimas.
Alguns anos depois, em Paris,
quase 200 pessoas morreram em
outro incêndio. Destas, 40 não
puderam ser reconhecidas. Entre
Assim como
as impressões
digitais, os dentes
de cada pessoa
também são
diferentes, únicos
elas a Duquesa D’Aleman e
a Condessa Villeneuve. Por
sugestão do doutor Albert
Hans, cônsul do Paraguai,
os dentistas das duas foram
chamados e, pela análise da
arcada dentária, conseguiram
identificá-las. Após estes e
outros casos semelhantes, em
1932 a Odontologia Legal foi
incluída no currículo mínimo
do curso de Odontologia.
A análise da arcada dentária, explicam os especialistas, é realizada pela comparação entre as películas
de raio X feitas pelo dentista
e as chapas dos dentes do
cadáver – tiradas exatamente do mesmo ângulo. Essas
imagens são sobrepostas e,
dessa maneira, avaliam-se
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comportamento
semelhanças no formato dos
dentes e eventuais restaurações. Qualquer informação na
ficha odontológica da pessoa
pode ajudar nessa comparação
– principalmente irregularidades, como dentes tortos, encavalados ou espaçados.
Por isso, os peritos avisam sobre
a importância de os dentistas
fazerem uma documentação
adequada de seus pacientes,
com prontuários completos e
precisos. No caso de o morto não ter deixado películas
de raio X, existe a alternativa
de usar uma foto em que ele
apareça sorrindo ou mostrando os dentes. Essa imagem é
ampliada e sobreposta a uma
filmagem frontal do crânio do
O Brasil está
engatinhando na
perícia criminal.
As exceções: o
instituto de DNA
do DF e o Cemel
cadáver, também para comparação do formato dos dentes.
Com algumas exceções, como o
Cemel de Ribeirão Preto e o Instituto de Pesquisa de DNA Forense
da Polícia Civil do Distrito Federal, o Brasil ainda está engatinhando na perícia criminal. Nos
Estados Unidos, por exemplo, a
sofisticação impressiona, com a
existência de um banco de dados
nacional no qual é arquivado o
DNA de criminosos. Se alguém
comete um delito violento e deixa
vestígios de DNA, o material vai
para esse banco. Caso o bandido
seja preso em qualquer um dos
50 estados norte-americanos por
cometer outro crime, é imediatamente identificado. Não à toa,
CSI é filmado por lá...
C.D.
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responsabilidade social
POR VALTER MARIN DE CAMARGO
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CRIANÇA
FOTOS: DIVULGACÃO
COISA DE
O futuro deste País está nas crianças e na
manutenção da mente e da saúde delas.
Aqui vai um exemplo de como cuidar, com
muito carinho, do nosso amanhã
a
A Associação Odonto-Criança (AOC) é uma organização da Sociedade Civil de
Interesse Público (OSCIP) que
desenvolve projetos sociais em
educação e Odontologia para
crianças e jovens carentes.
Ela existe desde 2000 e começou como simples consultório
desocupado e com o desejo
do Prof. Dr. Daniel Korytnicki
em cuidar da saúde bucal
e da educação e prevenção
de crianças de comunidades
carentes. Mas vamos deixar
que ele mesmo conte a história
na entrevista a seguir, feita
especialmente para CD Smile.
Fale um pouco sobre
a sua formação
profissional.
Sou uruguaio, formado em
Odontologia pela Universidade de Montevidéu e com
mestrado em Odontopediatria
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responsabilidade social
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pela Universidade de Michigan, nos EUA. No Brasil, fiz
doutorado na Universidade de
São Paulo (USP) na área de
Materiais Dentários e dei aula
por alguns anos na Universidade de Mogi das Cruzes.
Hoje dedico minha vida a um
consultório de odontopediatria
e ao trabalho na Associação
Odonto-Criança.
Como começou esse
trabalho de assistência,
que se transformou na
Odonto-Criança?
Não foi algo pensado ou planejado, do tipo “vou criar uma
associação voltada para crianças carentes”. Em 2000, com-
O Prof. Dr. Daniel
Korytnicki leva
saúde bucal a
menores carentes.
Um trabalho
fundamental
prei um novo consultório no
mesmo prédio onde já tinha
o meu e me mudei para lá.O
espaço anterior ficou livre e
ainda todo montado. Pensei
em vender, mas, enquanto isso
não acontecia, imaginei que
poderia oferecer algum tipo
de tratamento para crianças
carentes no local. Foi assim
que começou o trabalho. Fiz
contato com uma instituição
que cuidava de cem crianças
carentes, coloquei meu consultório à disposição e comecei a
trabalhar um dia por semana
de forma gratuita. Depois de
seis meses, já trabalhava com
três instituições, atendendo
por volta de 500 crianças e
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responsabilidade social
com mais três dentistas voluntários. Com o tempo, acabou
ficando inviável, já que era
quase impossível fazer uma
triagem adequada para sabermos quem realmente estava
mais necessitado.O número de
voluntários também aumentou
e decidimos, mais do que fazer
um trabalho curativo, também
fazer visitas às instituições.
Surgia, assim, a AOC. Entretanto, como o trabalho como
consultores necessitava de
grande energia e muito dinheiro para mantê-lo, passamos
por uma reestrutura: decidimos
fechar o consultório e começamos um trabalho unicamente
educativo com comunidades
carentes e instituições.
Como surgiram as ajudas externas?
Em outubro de 2003, a AOC
conseguiu a qualificação de
Organização da Socieda-
O número de
voluntários
aumentou e
decidimos
fazer visitas
às instituições
de Civil de Interesse Público
(OSCIP) junto ao Ministério
da Justiça. Em novembro
daquele ano, uma parceria
com o Instituto C&A permitiu
a realização do planejamento
estratégico junto ao Instituto Fonte e, em 2005, com o
apoio da Canadian International Women’s Society (CIWS),
foram iniciados os trabalhos
na Casa do Menor São José,
localizada no Jardim São Luís,
na periferia de São Paulo.
Nesse projeto são desenvolvidas duas frentes simultâneas
de trabalho: organização e
monitoramento de serviço clínico de assistência odontológica, no consultório já montado no local, e a realização de
eventos comunitários lúdicoeducativos para as crianças
e atividades educativas para
adultos e líderes comunitários.
O projeto presta assistência a
sete favelas próximas à ins-
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tituição, atendendo cerca de
3.000 famílias. Nesse mesmo
ano, a AOC firmou parceria
com a Associação Viva e
Deixe Viver, participando dos
eventos promovidos para as
crianças do Hospital Emílio
Ribas, coordenando as atividades de escovação supervisionada no Escovódromo
da Colgate. Esses eventos
são realizados na Páscoa, no
Dia das Crianças e no Natal
e deles participam aproximadamente 400 crianças.
No início de 2007, a AOC
iniciou um projeto de educação em saúde na Associação
dos Moradores da Vila ArcoÍris, localizada na região de
Grajaú, em parceria com a
Knorr-Bremse Brasil, financiadora das atividades desenvolvidas na instituição. Em todos
os eventos comunitários a
AOC conta com a colaboração da Colgate, que doa kits
educativos e de higiene bucal
para as crianças.
Desde 2006,
a AOC conta
com a ajuda de
estudantes de
faculdades
de São Paulo
E a parceria com as universidades?
Desde 2006 a AOC conta
com a ajuda de estudantes
de diferentes faculdades da
cidade de São Paulo. Alunos
da Unip, Unib e também do
curso de Técnico de Higiene
Dental (THD) do Senac participam de eventos comunitários nas atividades de escovação supervisionada, exame
clínico e orientação para
adultos. Em breve, alunos da
Universidade de São Paulo
(USP) também participarão
como voluntários.
C.D.
ESCLARECIMENTO
Por falha da reportagem, na edição nº 3
de C.D. Smile, a matéria “Todo dia é dia
de índio” deixou de citar o importante
projeto Huka Katu, desenvolvido pela
USP de Ribeirão Preto em conjunto com
Colgate e Unifesp no território do Xingu.
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história
POR beatriz portinari
Santa Apolônia na
visão do pintor
espanhol Francisco de
Zurbarán (1598-1664).
Óleo sobre tela do
século 17
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FOTOS DiVULGaÇÃo
APOLÔNIA,
A PADROEIRA
Ela é reverenciada por todos aqueles que sofrem de dor de dente
e acabou se transformando na padroeira dos dentistas.
Conheça algumas curiosidades sobre a história dessa virgem mártir
h
Houve um tempo, há muito
tempo atrás, em que as pessoas acreditavam que o sol
curava todas as enfermidades,
inclusive as infecções odontológicas. Os gregos adoravam
o Astro-Rei e tinham em Apolo
seu Deus Sol. Mas, o que tudo
isso tem a ver com Santa Apolônia? Calma, daqui a pouco
eu explico.
A história de Apolônia é triste,
na vida e na morte. Ela faz
parte de uma legião de jovens
virgens que foram sacrificadas
da forma mais cruel possível.
São muitas as versões sobre
sua morte, mas a que se tornou
mais conhecida se deu no
Muitas lendas
existem sobre a
santa, inclusive a
de que teria sido
assassinada pelo
próprio pai
ano de 246 da chamada Era
Cristã, na Alexandria (Egito),
quando os pagãos invadiram
as casas dos cristãos para
saquear e depredar. Não contentes com isso, ainda seqüestraram uma virgem, já com 40
anos, de nome Apolônia.
É aí que acontece a tragédia:
seus dentes foram arrancados com pedras afiadas;
seus seios, cortados; depois,
fizeram uma fogueira e ameaçaram jogá-la, caso não
blasfemasse. Apolônia pediu
que a deixassem livre por um
instante e seu pedido foi aceito. Solta, ela correu e se atirou
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história
Santa Apolônia
em obra de autor
desconhecido
por conta própria na fogueira.
Outras muitas lendas existem
sobre a santa, inclusive a de
que teria sido assassinada
pelo próprio pai. De qualquer
forma, sua vida e sua morte
ganharam tanta grandeza que
foi santificada pela igreja e,
mais tarde, surgiram várias
igrejas na Europa dedicadas
a ela. E mais: ela é invocada
nas dores de dente e acabou
se transformando na padroeira dos dentistas.
De Apolo a Apolônia
Explicando o que foi sugerido antes: na igreja católica,
Apolônia pode ser uma analogia a Apolo, o Deus Sol,
reverenciado pelos gregos. Os
cristãos, não podendo adorar
o Sol para acalmar suas dores
dentárias, por ser um deus pagão, criaram uma santa com
seu nome (Apolônia). Diz a
lenda que, em seu suplício, ela
pediu a Deus que todos que
sofressem de dores dentárias,
especialmente no dia 9 de fevereiro, quando foi instituído o
seu culto (o de Apolo é no dia
11 do mesmo mês), tivessem
suas dores acalmadas. E é isso
que acontece até hoje.
C.D.
Ela é invocada
nas dores de
dente e acabou
se transformando
na padroeira
dos dentistas
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Um dos mais belos e famosos
cartões-postais da cidade de
Curitiba: o Jardim Botânico
Fanchette Rischbieter
curitiba
Cidade
referência
De 2 a 4 de agosto de 2007 acontece o IX Congresso Internacional de
Odontologia do Paraná (Ciopar). Quem marcar presença, além de se
inteirar das novidades em pesquisas e tecnologia nas áreas odontológicas,
também vai conhecer Curitiba, uma das mais belas cidades do Sul do País
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Charmosa, absolutamente
correta em todos os sentidos e com muitas atrações
para quem a visita. Assim é
Curitiba, a capital do Estado
do Paraná, a única cidade
brasileira a entrar no século
21 como referência nacional
e internacional de planejamento urbano e qualidade
de vida. Em março de 2001,
uma pesquisa patrocinada
pelo ONU já a apontava
como a melhor capital do
Brasil pelo Índice de Condições de Vida (ICV). E mais:
com o mais eficiente sistema
de transporte coletivo do País.
Curitiba é uma metrópole
como outras, mas oferece,
além de excelente estrutura
a seus visitantes, 26 parques
e bosques, com 55 metros
quadrados de área verde por
habitante, o que a torna a
Capital Ecológica do Brasil.
Atrações não faltam. Olhos,
coração e saúde agradecem
a bela vista do Jardim Botânico Fanchette Rischbieter,
conhecido cartão-postal da
cidade. Ocupa uma área
aproximada de 245 mil
metros quadrados, com uma
estufa de 500 metros quadrados, referência nacional
e internacional, onde são
Um luxo que faz
de um singelo
banho uma
experiência
sensorial
FOTOS DIVULGAÇÃO
turismo
C
POR THIAGO XAVIER
Além da boa
estrutura,
Curitiba tem
26 parques à
disposição
do visitante
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Nesta página, o Museu Oscar
Niemeyer, conhecido como
“Museu do Olho”.
Lá está guardado um dos mais
expressivos acervos internacionais
de arquitetura, design e artes
visuais. Na página ao lado, o
Bosque do Alemão, com seu
pórtico que celebra a influência
germânica na capital paranaense
cultivadas plantas destinadas
ao estudo científico, como
também o Museu Botânico
Municipal, com amplo espaço
para exposições, pesquisa,
biblioteca e auditório.
Além desse magnífico espaço de cultura e lazer, a
cidade oferece experiências
ecológicas inesquecíveis e
divertidas, como o Passeio
Público, parque mais central
de Curitiba. Seu portão principal, cópia fiel do Portão do
A cidade oferece
experiências
ecológicas
inesquecíveis e
divertidas, como
o Passeio Público
Cemitério de Cães, de Paris,
leva a 69.285 metros de áreas verdes e várias atrações,
como as Ilhas dos Macacos,
das Garças, dos Amores
e da Ilusão, o aquário, o
viveiro da cascata, a Gruta
dos Amores, a ponte pênsil
e o palco flutuante, além das
gaiolas com pássaros das
mais diversas espécies.
Um pouco mais distante do
centro, vale a pena conhecer o antigo Bosque São
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turismo
Cristóvão, hoje importante
centro de confraternização
para a comunidade de Santa
Felicidade. Sob as arcadas
neo-românticas do Memorial
Italiano, que lembram as antigas construções romanas, são
realizadas festas típicas desde 1993. Mas existem várias
outras opções de bosques e
parques na cidade que valem
a pena ser descobertos.
No ponto mais alto de Curitiba, a Torre Panorâmica
Sob as arcadas
neo-românticas
do Memorial
Italiano são
realizadas
festas típicas
permite uma visão em 360
graus, a uma altura de 109,5
metros. Inaugurada em dezembro de 1991, funciona
como suporte da telefonia
celular da cidade e abriga
também o Museu do Telefone.
Lazer e arte
Um teatro de arame. É possível? Em Curitiba é. Uma
passarela elevada sobre um
lago de 7.200 m2 dá acesso
à Ópera de Arame, referênc.d. smile|71
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cia da moderna arquitetura
da cidade, e a uma cascata
de dez metros de altura.
Construído em uma pedreira
desativada, o palco ocupa
400 m2 e conta 1.998 lugares entre platéia e camarotes.
Projetado pelo arquiteto Domingos Bongestabs, é todo de
aço, coberto com policarbonato transparente. Uma experiência de arte inesquecível.
Museus também não faltam
em Curitiba, como o Museu
Oscar Niemeyer, inaugurado
em 2002 com o nome de Novo
Museu. Com a conclusão do
anexo, foi reinaugurado em 8
de Julho de 2003, com a denominação atual. É conhecido
como Museu do Olho, devido
A belíssima
Ópera de Arame
é referência
da moderna
arquitetura
de Curitiba
ao design de seu edifício.
Um outro símbolo de arte
e natureza é o Relógio das
Flores, presente que a cidade ganhou de joalheiros em
1972. É um verdadeiro jardim das horas que, ao longo
do ano, a cada mudança de
estação, floresce com cores
vivas e diferentes. Localizado
na Praça Garibaldi, o Relógio
tem oito metros de diâmetro e
funciona à base de emissão
vibrátil de quartzo. É acionado com impulsos eletrônicos
de um relógio-comando instalado na Igreja do Rosário.
Passeios, compras, boa
comida e diversão estão
garantidos dia e noite nos
120 metros de extensão,
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turismo
Na página ao lado, mais um
cartão-postal de Curitiba: a
Ópera de Arame, teatro de
forma circular, com estrutura
tubular, totalmente transparente,
no meio da cratera de uma
pedreira desativada, rodeado por
lagos, cascatas e uma vegetação
abundante. Nesta página, uma
vista aérea da cidade.
cobertos com estrutura metálica em arcos e vidro, da Rua
24 Horas, vizinha de grande
parte dos hotéis situados no
centro da cidade. Inaugurada em 1991, transformou-se
num dos principais pontos
de encontro de curitibanos e
turistas, com lojas diversas,
supermercado, bancos, cafés,
bares e restaurantes.
Aliás, a boa comida também é onipresente na
cidade, incluindo a deliciosa culinária paranaense.
Entre os mais típicos pratos,
destaque para o Barreado,
o Carneiro no Buraco, o
Castropeiro, o Pintado na
Telha, o Porco Rolete e o
Virado Lapeado.
serviço
IX Congresso Internacional de
Odontologia do Paraná (Ciopar)
Data: de 2 a 4 de agosto de 2007
Local: Estação Embratel
Convention Center
Tema: “Desafio da Odontologia:
Excelência Clínica e Inclusão Digital”
Informações: Tel.: (41) 3028-5839
Fax: (41) 3028-5824
E-mail: [email protected]
Site: www.ciopar.com.br
Para quem tem pouco tempo de visita à cidade, com
um passeio de duas horas e
meia de ônibus, percorrendo 44 quilômetros, a Linha
Turismo passa por 25 pontos
fundamentais de Curitiba. Ao
comprar a cartela, o usuário
recebe cinco tíquetes, que
permitem que ele desça quatro
vezes e volte ao ônibus para
terminar o trajeto. Os passeios
têm intervalo de meia hora
e saem da Praça Tiradentes,
mas o embarque pode ser
feito em qualquer uma das
paradas. A viagem custa por
volta de R$ 15 por pessoa.
Para quem tem mais tempo, a
Linha Turismo é, pelo menos,
um bom começo.
C.D.
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água na boca
ao sabor da
Bella Itália
FOTOS DIVULGAÇÃO
POR IVONE SANTOS
Nem o apelo regional, com sua
rica cesta de sabores típicos e
diferenciados, é capaz de negar
espaço a esta cozinha: de norte a
sul, e não apenas nas cosmopolitas
capitais, o Brasil celebra, com muito
gosto, a gastronomia italiana, como
prova nossa seleção de restaurantes.
Deguste e buon appetito!
na “tradizione”
da excelência
O Dom Giuseppe, considerado o melhor restaurante e a melhor cozinha italiana de Belém, foi assim
batizado em homenagem ao patriarca da família
Sicília estabelecida no Pará, amante de culinária
e automóveis. Em 1992, mamma Jussara, a esposa, inaugurou a casa que hoje faz sucesso sob as
ordens dos filhos, Angela e Fábio. Formado chef
master pelo Italian Culinary Institute for Foreigners e
pela Accademia Italiana della Cucina, Fábio Sicília
cuida pessoalmente de cada detalhe para confirmar
as marcas do lugar: ambiente confortável, bom
atendimento e cozinha de qualidade. Além da adega climatizada com mais de 100 rótulos de vinhos,
muitos representantes de safras especiais. Tudo para
agradar a quem aprecia a boa mesa italiana. Em
função desse objetivo, o cardápio é extenso e variado, das entradas às massas, carnes, aves, peixes,
sobremesas, incluindo boa seleção de pizzas.
Dom Giuseppe
Av. Conselheiro Furtado, 1.420, Belém (PA)
Tel.: (91) 4008-0001
Só jantar; fecha às terças-feiras
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no berço da “colonizacione”
Sob o comando do chef Evandro Comiotto, o Villa
di Villa se abriga no ambiente aconchegante, reservado e diferenciado de uma casa da década de 40,
em Caxias do Sul, um dos berços da colonização
italiana do Rio Grande do Sul. Sua cozinha segue
as rígidas doutrinas das culinárias clássica e moderna italiana, proposta advinda da formação em
vários e reconhecidos restaurantes do Vêneto. Em
recente reformulação, passou a dar especial atenção à oferta de uma completa enoteca, com mais de
400 rótulos de vinhos de diversos países, escolhidos
especialmente pela sommelier Renata Formolo Comiotto, esposa de Evandro. Já a cozinha foi totalmente projetada e planejada para dar suporte às
elaboradas receitas do chef, servidas a no máximo
25 clientes por noite. O ritual do jantar começa com
um couvert tipicamente italiano. Após, é servido o
prato-degustação Boas-Vindas do Chef. Depois seguem-se a entrada, o primeiro prato, o prato principal – boas sugestões são o Risoto de ragu de perdiz
com shitake e o Filé de vitela com ervas e nhoque
de pecorino trufado –, o pre-dessert e a sobremesa.
Para encerrar em alto estilo, café e a Piccola Pasticceria (pequenos biscoitos e doces).
Villa di Villa
Tr. Humberto I, 400 (6ª Légua), 7 km
Caxias do Sul (RS)
Tel.: (51) 3208-1130
Terça a sábado, das 19h30 às 23h30
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água na boca
velho sonho ítalo-mineiro
Com uma coleção de sete prêmios como melhor
restaurante italiano de Belo Horizonte, o Vecchio
Sogno é uma realização do chef Ivo Faria, formado
pelo Senac e pelo Centro Internacional de Glion, na
Suíça, que conquistou fama por meio da gastronomia italiana de qualidade aliada à inventividade.
No amplo e sofisticado ambiente (o restaurante
pode atender até 120 pessoas) é possível degustar
receitas como o Gamberi a la grappa (camarões
flambados no destilado italiano, ao molho de açafrão, acompanhado de ravióli de mussarela de búfala) ou a Tagliata de noce alla salsa toscana com
gratinato di gnocchi (capa de contrafilé fatiada com
pimenta-biquinho e acompanhada de nhoque gra-
tinado sobre espinafre) no prato principal; depois,
a sobremesa Telha crocante (massa de amêndoas
recheada com musse de frutas e sorvete de nozes).
Essas e muitas outras opções, renovadas a cada
quatro meses por Faria, podem ter sua execução
acompanhada na cozinha com parede de vidro. A
carta de vinhos tem cerca de 240 rótulos.
Vecchio Sogno
Rua Martim de Carvalho, 75 - Belo Horizonte (MG)
Tel.: (31) 3292-5251
Segunda a quinta, das 12h às 0h30h;
sexta e sábado, das 12h às 2h; domingo,
das 12h às 17h
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“venezia” no copa
Vindo direto do Hotel Cipriani & Palazzo Vendramini, em Veneza, o chef Francesco Carli trouxe o melhor da culinária do norte da Itália para
o principal restaurante do Copacabana Palace,
no Rio de Janeiro. Não só isso, mas todo o luxo
e o requinte também. O Hotel Cipriani, ou simplesmente “o Cipriani”, mais íntimo e condizente
com o espírito carioca, se destaca pelos pratos
confeccionados com produtos frescos, que valorizam seu sabor original. Até as massas são feitas
diariamente para manter esse compromisso. Uma
refeição no Cipriani tem tudo para se tornar
inesquecível, do ambiente luxuoso ao cardápio
de 35 pratos, além das diferentes sugestões diárias do chef, como o Risoto de abóbora perfumado ao alecrim, ou o Maccheroncini com tomate,
berinjela e atum fresco, por exemplo, idênticas
às preparadas no famoso irmão veneziano, ambos da renomada cadeia Orient-Express.
Copacabana Palace
Av. Atlântica, 1.702 – Rio de Janeiro (RJ)
Tel.: (21) 2548-7070
Diariamente para almoço e jantar.
Música de piano ao vivo.
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água na boca
embaixada “dei sapori”
O napolitano Rosario Tessier comanda as caçarolas da
Trattoria da Rosario (lembrando que, no italiano, “da”
quer dizer “do”) no Lago Sul, na Capital Federal. O
pequeno espaço gastronômico dispensa a sofisticação
de um restaurante, mas se revela mais elaborado que
uma cantina, notabilizando-se pela qualidade da matéria-prima na confecção de pratos simples e saborosos.
A receita caiu no gosto dos brasilienses e a trattoria é,
hoje, um ponto badalado. Com experiência adquirida
em vários restaurantes da cidade, além de formar cozinheiros, o sempre animado chef Rosario apresenta um
cardápio em que são destaques os antepastos (presunto
de parma, grana padano, carpacci, endívias, rúcula,
radicchio e queijo de cabra); as pastas secas italianas,
com molhos que variam de frutos do mar ao matriciana; e as massas frescas e os risotos. Mas os hits da
casa são a Bisteca de cordeiro com crosta de queijo de
cabra ao molho de vinagre balsâmico, acompanhado
de Risoto de funghi porcini e lâminas de grana padano, e o Ossobuco, unânime.
Trattoria da Rosario
SHIS QI 17, bloco H, loja 215, Fashion Park
Brasília (DF)
Tel.: (61) 3248-1672
Terça a quinta, das 12h à 0h; sexta e sábado,
das 12h à 1h; domingos, das 12h às 17h
um quê de mediterrâneo
Há mais de cinco anos a Trattoria di Morena é passagem obrigatória para quem visita Fernando de Noronha e
gosta da boa gastronomia. É que a chef Morena abdicou da óbvia comida de praia em favor da cozinha italiana mediterrânea, aproveitando o que ali se tem de melhor: peixes e frutos do mar. O ambiente simples e aconchegante (50 lugares), climatizado e decorado com quadros de motivos marinhos pintados pela própria Morena,
convida a iniciar com bruschettas ou antepasto speciale enquanto se aguarda um risoto – o Mediterrâneo, com
camarão, lagosta e peixe puxados no azeite e vinho branco, funghi, alcaparras, azeitonas pretas, alho, cebola e
molho pesto, é o carro-chefe. Mas há também massas, sempre em fartos pratos individuais. Feche a refeição com
uma sobremesa exclusiva, a Arraia dolce, feita com passa de caju e montada no formato do peixe. Tome um licor
de grappa e, se você for uma celebridade, faça pose para uma foto com Morena e junte-se a Sonia Braga, José
de Abreu, Arnaldo Jabor, Marcos Pasquim e outros famosos artistas, políticos e diplomatas na galeria do restaurante. A adega, climatizada, é bem guarnecida de vinhos
nacionais e também do Chile, de Portugal, da Itália, dos
EUA e da Argentina.
Trattoria di Morena
Rua Nice Cordeiro, 2.600 – Fernando de Noronha (PE)
Tel.: (81) 3619-1142
Segunda a sábado, das 19h às 22h30
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lazer
POR thiago xavier
um guia para o
trabalho e o lazer
Cirurgias Plásticas
Periodontais e
Periiplantares
Átlas Simplificado de
Propostas Técnicas
Prof. Dr. Eduardo Saba-Chujfi
O poeta Vinicius de Moraes disse um dia:
“As feias que me perdoem, mas beleza é
fundamental”. Isso tem a ver com toda a
arquitetura do corpo humano, inclusive,
e principalmente, o sorriso. Daí, também
vale dizer, parafraseando o poeta, que:
“Gengivas ou mucosas orais muito feias que
nos perdoem, mas beleza é fundamental”.
É com um tom bem humorado, mas não
menos científico, que o Dr. Eduardo SabaChujfi escreveu este livro que, mais do que
apenas de estética, também mostra como
as complicações periodontais podem estar
associadas às doenças auto-imunes, como
também ser agravadas por problemas
psicossomáticos e pelo fumo; além de
poder causar, por inalação da microbiota,
complicações respiratórias. Ou seja, as
infecções que acometem a boca estão em
sintonia direta não só com as alterações locais
como também à distância.
Condições médicas ideais devem ser
concordes com uma condição de saúde
periodontal equilibrada ou normal. Pode-se
até ousar dizer que “quem vê gengiva vê
coração”. As doenças periodontais podem
ser consideradas fator de risco para doenças cardíacas, dentre outras inúmeras alterações sistêmicas, tais como vasculares,
neurológicas, nefrológicas, ginecológicas, geriátricas e doenças endócrino-metabólicas.
O livro traz considerações de extrema importância para uma melhoria nos resultados clínicos de saúde, função e estética,
principalmente, valorizando a plástica, tão almejada pelos pacientes e profissionais de odontologia. Indispensável.
Autor: Prof. Dr. Eduardo Saba-Chujfi
Editora: Santos
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liVro
FOTOS DivULgaÇÃo
dVd
dVd
a arQuitetura da
feliCidade
Ponte Para
terabÍtia
O filme foi baseado no
livro escrito pela americana
Katherine Paterson. A autora
se inspirou em As Crônicas
de Nárnia para escrever uma
história que ajudasse seu filho
a superar um momento difícil,
em 1976. É dirigido por Gabor
Csupo, estreante em direção
de atores, mas que dirigiu as
animações Os Anjinhos em
Paris e Os Thornberrys – O
Filme. É uma produção sobre
e para crianças, mas que não
é infantil. Conta a história
de Leslie Burke (Anna Sophia
Robb), filha de escritores,
vista como estranha por seus
amigos – como acontece com
Jesse Aaron (Josh Hutcherson),
que tem habilidades para
o desenho. Diante de um
acidente, Jesse segue os
conselhos de Leslie para manter
a mente sempre aberta e decide
construir uma ponte para uma
terra de fantasia chamada
Terabítia.
Em seu novo livro, o filósofo
Alain de Botton, autor de
best-sellers como A Arte de
Viajar, Ensaios de Amor e
Como Proust Pode Mudar
sua Vida, mostra como as
pessoas são profundamente
influenciadas pela arquitetura
à sua volta, seja a do lar, a
do ambiente de trabalho ou
mesmo a das ruas. O estilo e a
aparência de cada construção
afetam, de alguma maneira,
o humor, a sensibilidade e
até a personalidade dos seres
humanos. Botton acredita
que o ambiente afeta as
pessoas de tal modo que não
seria exagero dizer que a
arquitetura é capaz de estragar
ou melhorar a vida afetiva ou
profissional de alguém. Será?
autor: Alain de Botton
editora: Rocco
hannibal:
a origem do mal
O filme conta a juventude
de Hannibal Lecter (Gaspar
Ulliel), personagem que ficou
famoso na interpretação de
Anthony Hopkins no filme
O Silêncio dos Inocentes
(1991). Tudo começa num
castelo da Lituânia durante
a Segunda Guerra Mundial,
onde a família Lecter vive
e do qual, por causa do
conflito, é obrigada a
fugir. Eles vão morar em
uma casa nos arredores e
são assassinados. Lecter
sobrevive, vai para um
orfanato e, mais tarde, foge
para a França, onde se
encontra com Lady Shikibu
(a chinesa Gong Li, de
Adeus Minha Concubina),
viúva de seu tio. Quando
começa a conhecer melhor
sua natureza, o personagem
sai em busca de vingança
aos assassinos de seus pais
e sua irmã.
distribuição: The Weinstein
distribuidora: Imagem Filmes
Company/MGM/Imagem Filme
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eventos
Encontre a Colgate nos
seguintes Congressos
• Congresso Internacional de Odontologia (Conclave)
Campinas –19 a 21 de julho de 2007
• XII Congresso Internacional
de Odontologia do Distrito Federal (ABO/DF)
Brasilia – 25 a 28 de julho de 2007
• IX Congresso Internacional de
Odontologia do Paraná (ABO/PR)
Curitiba – 2 a 4 de agosto de 2007
• 24ª Reunião da Sociedade Brasileira
de Pesquisa Odontológica (SBPqO)
Atibaia – 2 a 4 de setembro de 2007
• 18º Congresso Internacional de
Odontologia do Rio de Janeiro (ABO/RJ)
Rio de Janeiro – 1º a 4 de setembro de 2007
• 1º Congresso Internacional de
Periodontia da APCD/CIPE
São Paulo – 4 a 6 de outubro de 2007
• 3º Congresso Internacional de
Odontologia da ABO Nacional
Sergipe – 11 a 13 de outubro de 2007
Anúncio publicado em um jornal de 1937
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