respirearte - Living Inside

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CASA VOGUE 311 RESPIRE ARTE JULHO 2011
Nº 311
JULHO 2011
R$ 14,90
RESPIREARTE
WWW.CASAVOGUE.COM.BR
ABRIL 2011
CASAS DE COLECIONADORES,
AMBIENTES INSPIRADOS EM TELAS
DE MESTRES E AS PROMESSAS
ENTRE OS TALENTOS NACIONAIS
ESPECIAL TAPETES
CORES E GRAFISMOS
É VERÃO NO ADRIÁTICO
CROÁCIA E MONTENEGRO EM ALTA
OS REFÚGIOS DE FORNASETTI E MARINA ABRAMOVIC
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A FORÇA DE LYGIA CLARK E TADAO ANDO
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POP
ABSOLUTO
A estilistA lisA Perry vive numA cáPsulA futuristA em que o brAnco
e o Preto dos 60’s mesclAm-se com pop art de quAlidAde –
de WArhol A lichtenstein. o resultAdo dA coberturA em ny é ArrebAtAdor
Por Monica Mascia London | Fotos rinze Van Brug / LiVing inside / Photo dePartMents
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A obra Interior with
Built-in Bar (1991),
de Roy Lichtenstein,
destaca-se no living
branco, com sofá
de couro criado
por Tony Ingrao
e mesas de centro
de Yves Klein.
Almofadas do ateliê
de Lisa Perry
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Na galeria, Still Life
#26 (1963), à esq.,
de Tom Wesselmann;
junto da janela,
Rosa (1962),
de Martial Raysse;
e, à dir., Self Portrait
(1966), de Andy
Warhol. Na pág.
ao lado, outro ângulo
do living, com N.Y.
Birds for Oyvind
Fahlstrom (1964),
de Robert
Rauschenberg, e,
o fundo, Baby Ruth
(1965), de Mel Ramos
N
ão há dúvida de que o pop é o estilo eleito pela
exuberante e criativa Lisa Perry. A fashion designer
norte-americana é criadora e proprietária desta
cobertura palaciana em Manhattan, inspirada na
estética dos anos 1960, que se transformou em
um verdadeiro “museu” dedicado à pop art. Vive ali com o marido, Richard Perry, um dos mil homens mais ricos do mundo,
segundo a revista Forbes, de economia e finanças. O espaço é
usado como uma espécie de laboratório para examinar e reinterpretar a arte daquele período, além de reviver o interesse
por ela. Dona de uma boutique e loja de design recentemente
inaugurada em um prédio que já foi uma agência imponente do
Citibank, na avenida Madison, a poucos passos da Gagosian
Gallery, a estilista conquista uma reputação cada vez maior como conhecedora e colecionadora de arte.
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Acima, o corredor
exibe, à esq., Girl With
a Dish Rag (1962),
de Roy Lichtenstein,
e, à dir., Tettye
(1974-76), de Victor
Vasarely; ao lado,
o media room tem
cadeiras Rive Droite,
de Patrick Norget para
a Cappellini, com tecido
Pucci, além da escultura
Love (1966-99),
de Robert Indiana.
Na outra pág., abaixo,
o quarto com cabeceira
de Tony Ingrao
e tapete exclusivo
Mas como é sua moda? Lisa começou a criar, há cinco anos,
vestidos que evocavam André Courrèges, misturando o estilo
Holly Golightly, de Audrey Hepburn em Bonequinha de Luxo,
com imagens de pop art. Seu closet, aliás, é cheio de peças vintage daquele estilista francês, ao lado de modelos de Emilio Pucci
e Pierre Cardin. Entre as criações preferidas dela, há um vestido inspirado nas Campbell’s Soup Can, de Andy Warhol – um
original da série está pendurado na galeria de um dos quartos.
Seu amor pela moda é uma expressão única e dinâmica,
tanto quanto a paixão refletida no design de interiores da morada. Esse é um mundo concebido com a ajuda do arquiteto
David Piscuskas e do designer Tony Ingrao, que renovaram
o imóvel no coração do Upper East Side. “A ideia foi transformar o apartamento de estilo vitoriano em um espaço moderno,
com o mínimo de linhas e os interiores brancos”, declara Lisa.
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A obra Mouth 16
(1969), de Tom
Wesselmann, à esq.,
domina a sala
de jantar; à dir.,
obra Intake (1964),
de Bridget Riley.
Na outra pág., acima,
a passagem entre
a cozinha e o jantar;
e, abaixo, a cozinha
superequipada,
com mesa e cadeiras
de Eero Saarinen
No histórico edifício Sutton Place, as antigas portas de madeira do elevador abrem-se para o futuro. Tem-se a sensação de
entrar na atmosfera do clássico 2001: Uma Odisseia no Espaço, de
Stanley Kubrick, um espaço repleto de referências estilizadas
vindas de uma era de viagens espaciais. As diferentes partes da
cobertura são muito claras, em razão de grandes janelas e claraboias. A cor branca é o leitmotif: na sala de estar, o coração do
apartamento, o maxissofá de couro branco contrasta com as
cores brilhantes e vívidas das telas de Robert Rauschenberg e
Roy Lichtenstein penduradas nas paredes.
Em decorrência de toda essa claridade, a sala de jantar vai
em sentido contrário. Suas paredes foram tingidas de preto brilhante. Assim como no living, a monocromia é rompida pela
arte, nos lábios vermelhos de uma obra de Tom Wesselmann.
Além disso, ainda há o laranja das cadeiras ao redor da mesa de
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aço feita especialmente para o local. À noite, uma visão surrealista pode ser conferida pelas janelas: o reflexo daquele detalhe
icônico da beleza feminina, de Wesselmann, parece flutuar
acima da ponte do Queensboro, circundada pelo East River.
O dormitório também é branco, a começar pelo tapete
exclusivo, com círculos e quadrados, que combina com a cabeceira da cama, de 3 x 3 m, de vinil e acrílico da mesma cor, criada
por Tony Ingrao. O ambiente traz uma sensação flutuante. Já
as grandes dimensões do quarto de vestir de Lisa não chegam a
surpreender. Um canapé preto com listras brancas harmoniza-se com a parede alva em que está seu guarda-roupa. Ali dentro,
encontramos criações de moda que remetem à decoração de
seu apartamento. Ao ver Lisa caminhar pela cobertura repleta de arte, com um de seus vestidos hot pink, até parece que ela
acabou de sair de uma tela de Lichtenstein. n
Tradução: Jusmar Gomes
Diamond (19942005), de Jeff Koons,
é uma das obras
presentes no terraço.
Na pág. ao lado,
duas esculturas,
Tamon-Kun
e Zoucho-Kun (2003),
assinadas por
Takashi Murakami
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