Gastroenterologia

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Gastroenterologia
CCV
COORDENADORIA
DE CONCURSOS
RESIDÊNCIA MÉDICA 2013
CADERNO-QUESTIONÁRIO
ESPECIALIDADE: Gastroenterologia (R3) Área de
Atuação Endoscopia Digestiva
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PRÉ-REQUISITO: GASTROENTEROLOGIA
Data: 20 de janeiro de 2013.
Duração: 04 horas
Coloque, de imediato, o seu número de inscrição e o número de sua sala
nos retângulos abaixo.
Inscrição
Sala
01. Homem de 67 anos apresenta disfagia para sólidos e líquidos há 4 meses. Perdeu 10 kg neste período
(peso habitual 65 kg). Nega pirose ou dor abdominal. O esofagograma mostra leve dilatação esofágica,
contrações simultâneas do corpo esofágico e junção esôfago-gástrica afilada. À endoscopia, a mucosa
esofágica é normal, e a região cárdica (na junção esôfago-gástrica, à retrovisão) apresenta-se aumentada
de volume. A manometria esofágica mostra aperistalse, sem a avaliação do esfíncter inferior, porque a
sonda não passou para o estômago. Qual das alternativas abaixo indica a conduta mais apropriada neste
momento?
A) Ecoendoscopia.
B) Miotomia a Heller.
C) Injeção de toxina botulínica.
D) Dilatação da cardia por endoscopia.
E) Manometria esofágica de alta resolução.
02. Uma mulher de 55 anos apresenta tosse seca persistente e rouquidão intermitente há 3 meses. Nega febre
ou sintomas digestivos. Apresentou um acidente vascular cerebral isquêmico há 1 ano e usa warfarina. A
laringoscopia mostrou enantema da região interaritenoide e das pregas vocais posteriormente. A
tomografia do tórax e a endoscopia digestiva alta foram normais. Faz uso de omeprazol 20 mg uma vez ao
dia há 2 meses sem melhora dos sintomas. Qual das alternativas abaixo seria mais apropriada neste
momento?
A) Fundoplicatura a Nissen.
B) Esomeprazol 40 mg uma vez ao dia.
C) Omeprazol 40 mg duas vezes ao dia.
D) Pantoprazol 40 mg duas vezes ao dia.
E) Associação da domperidona ao omeprazol.
03. Uma mulher de 19 anos apresenta dor abdominal e vômitos desde a infância. Há 2 anos refere pirose e há
6 meses apresenta disfagia intermitente e dor retroesternal. Há dois meses apresentou impactação
alimentar no esôfago necessitando terapia endoscópica. Usa esomeprazol em dose ótima com pouca
melhora do quadro. Relata asma brônquica desde a infância e alergia à proteína do leite e trigo. Que
exame seria melhor para o diagnóstico desta doença?
A) Biópsia esofágica.
B) Esofagograma.
C) Manometria esofágica.
D) RAST para alérgenos alimentares.
E) Testes cutâneos para alérgenos alimentares.
04. Um homem de 65 anos, fumante, apresenta pirose há mais de 20 anos. Realizou sua primeira endoscopia
digestiva, que mostrou esofagite erosiva grau A de Los Angeles, hérnia hiatal de 2 cm, segmento de
metaplasia intestinal de 3 cm no esôfago distal com displasia de baixo grau. Qual a conduta mais adequada?
A) Endoscopia a cada 2 anos.
B) Ressecção cirúrgica da metaplasia.
C) Endoscopia a cada 3 meses por 2 anos.
D) Mucosectomia endoscópica do segmento metaplásico.
E) Endoscopia dentro de 6 e 12 meses, e anualmente a seguir.
05. Um homem de 35 anos apresenta hiperceratose palmar e plantar, uma condição autossômica dominante e
queilite angular. Aos 45 anos, ele estará sujeito a qual risco dentre os seguintes?
A) 5% de risco para câncer retal.
B) 10% de risco para adenocarcinoma do esôfago.
C) 35% de risco para adenocarcinoma do estômago.
D) 40% de risco para adenocarcinoma do cólon.
E) 50% de risco para câncer espinocelular do esôfago.
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06. Paciente 39 anos, portador de diabetes mellitus tipo 1 em insulinoterapia há 12 anos, vem há cerca de 3
meses apresentando vários episódios de hipoglicemia. Quando questionado especificamente sobre
sintomas digestivos, ele refere empachamento pós-prandial náuseas e vômitos. Em relação ao
diagnóstico desse caso, assinale a alternativa correta.
A) A gastroparesia diabética ocorre geralmente após 10 anos de doença controlada.
B) Numa minoria dos pacientes, a gastroparesia é uma complicação inicial do Diabetes Mellitus.
C) Quadros de hiperglicemia geralmente se associam com bradigastria e retardo do esvaziamento gástrico.
D) A presença de hipoglicemia no caso acima não se correlaciona com retardo no esvaziamento gástrico.
E) Os pacientes com gastroparesia diabética geralmente não apresentam quadro de neuropatia periférica.
07. A endoscopia digestiva alta é o método de escolha para o diagnóstico da doença ulcerosa péptica.
Entretanto, devido ao custo do equipamento e à grande demanda de pacientes, existe uma limitação para
utilização de maneira indiscriminada deste método. Baseado nisso, existe a necessidade de discriminar
melhor o paciente antes da endoscopia. Para tanto, foram definidos fatores de alarme para os pacientes com
suspeita de doença ulcerosa péptica. Sobre os fatores de alarme para úlcera péptica, assinale a alternativa
correta.
A) Ganho de peso.
B) Náusea recorrente.
C) História familiar de neoplasia.
D) Anemia ferropriva sem causa definida.
E) Idade maior que 35 anos com quadro inicial de dispepsia.
08. Paciente de 45 anos, gênero feminino, apresenta quadro de hiperparatireoidismo, úlceras gastroduodenais
de repetição, diarreia recorrente, gastrina sérica aumentada e uma massa pancreática na tomografia
computadorizada. Procurou médico especializado, que suspeitou de neoplasia endrócrina múltipla (NEM).
Baseado no caso acima, qual seria a neoplasia endócrina múltipla mais provável da paciente?
A) MEN –I
B) MEN- Ia
C) MEN- Ib
D) MEN- IIa
E) MEN- IIb
09. Paciente de 45 anos, ex-jogador de futebol profissional, apresenta quadro de parestesia em membros
inferiores, sendo encaminhado para a neurologia, que, após exames de rotina, detecta um nível diminuído
de vitamina B12. O paciente já vinha em uso de omeprazol há cerca de 1 ano, por quadro dispéptico. Foi
encaminhado para o gastroenterologista para avaliar a presença de gastrite atrófica autoimune. Baseado
no caso acima, assinale a alternativa que mais corresponde ao exame que deveria ser solicitado para o
diagnóstico do paciente, neste momento.
A) pHmetria de 24 horas.
B) Dosagem de gastrina.
C) Teste de secreção gástrica ácida.
D) Endoscopia digestiva alta e pesquisa de Helicobacter pylori.
E) Anticorpo contra a célula parietal e/ou contra o fator intrínseco.
10. Paciente de 50 anos, gênero masculino, procurou atendimento médico, para avaliação anual. Refere ser
portador de doença do refluxo gastro-esofágico em uso de omeprazol há cerca de 10 anos. Refere que, na
última endoscopia realizada há 1 ano, ele apresentou pólipos gástricos, que foram retirados, e o
anatomopatológico mostrou serem pólipos de glândulas fúndicas. Refere ainda ser portador de gastrite
crônica, de metaplasia intestinal completa e Helicobacter pylori. Encontra-se bastante ansioso, pois o seu
pai acaba de ser diagnosticado com uma neoplasia gástrica. Baseado no caso acima, assinale a alternativa
que melhor orienta o paciente em relação às condições pré-malignas associadas ao tumor gástrico.
A) A presença da metaplasia intestinal completa não aumenta o risco de neoplasia gástrica.
B) O risco de malignização dos pólipos gástricos de glândulas fúndicas ocorre em 60% dos casos.
C) Estudos prospectivos mostraram que a evolução de displasia de baixo grau para neoplasia ocorre em
70% dos casos.
D) Não existe associação entre o aumento da incidência de pólipos de glândulas fúndicas e o aumento da
utilização de inibidores da bomba de prótons.
E) A gastrite atrófica de antro, decorrente da infecção pelo Helicobacter pylori, está associada a um
maior risco de neoplasia que a infecção multifocal.
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11. Um homem de 27 anos, estudante de medicina, residente em Fortaleza-CE, iniciou quadro de adinamia
há 1 mês. Há duas semanas apresenta diarreia com sangue vivo, em pequeno volume, 3 a 4 vezes ao dia.
Ao exame, está pálido 2+/4+, afebril, e com leve dor à palpação profunda do quadrante inferior esquerdo
do abdome. Usa omeprazol para pirose há 2 anos. Exames laboratoriais: hematócrito 32%, hemoglobina
10 g/dl, velocidade de hemossedimentação 80. Qual o diagnóstico mais provável?
A) Disenteria amebiana.
B) Retocolite ulcerativa.
C) Infecção por Shigela.
D) Colite por C. difficile.
E) Infecção por E. coli O157:H7.
12. Uma mulher de 34 anos, do lar, iniciou quadro de febre, dor abdominal, mialgia, cefaleia e adinamia há 3
meses. Após 2 dias, apresentou diarreia aquosa, 8-10 evacuações por dia, com persistência de dor
abdominal intensa no quadrante inferior direito, que cedeu espontaneamente após 1 semana. Há 7 dias
apresentou fraqueza nos membros inferiores que evoluiu para paralisia flácida e arreflexia, com baixa
celularidade e alta concentração de albumina no líquor. Qual a etiologia mais provável da síndrome diarreica?
A) E. coli O157:H7.
B) Campilobacter.
C) Salmonela.
D) C. parvum.
E) Shigela.
13. Uma mulher de 41 anos, casada, queixa-se de distensão abdominal, que melhora com eliminação de
gases. Não apresenta constipação. A duração e o volume do fluxo menstrual são normais. Exame físico
normal. Exames laboratoriais: ferritina sérica 7 ng/ml (normal: 12-150), hematócrito 32%, hemoglobina
10,2 g/dl, VCM 71 FL. A pesquisa de sangue oculto nas fezes foi negativa. Qual dos exames abaixo
seria mais adequado como rastreamento diagnóstico?
A) Antigliadina IgG.
B) Antiendomísio IgA.
C) Biópsia do duodeno distal.
D) Teste de tolerância a lactose.
E) Antitransglutaminase tecidual IgA.
14. Um homem de 22 anos, com diabetes tipo 1, se queixa de diarreia intermitente, sem sangue ou muco, que
ocorre minutos após ingestão de pizza, pão, macarrão. Exames laboratorias (no sangue): hematócrito
47%, hemoglobina 14 g/dl, albumina 4,6 g/dl, anti-endomísio IgA reagente, anti-transglutaminase
tecidual IgA não reagente. Biópsia de delgado mostra 5 linfócitos intraepiteliais/100 enterócitos, moderado
infiltrado de eosinófilos na lâmina própria, vilosidades preservadas. Qual o diagnóstico mais provável?
A) Alergia a trigo.
B) Doença Celíaca.
C) Intolerância a lactose.
D) Sensibilidade ao glúten.
E) Gastroenterite eosinofílica.
15. Uma paciente do gênero feminino, 65 anos, com
diabetes tipo 2 há 20 anos, sofre com diarreia crônica,
intermitente, e perda ponderal. Realizou um teste
respiratório onde se mediu a concentração de
hidrogênio no ar expirado após a ingestão oral de 10g
de lactulose, cujo resultado está representado no
gráfico ao lado. Este teste é sugestivo de que condição
clínica?
A) Trânsito orocecal rápido.
B) Intolerância a dissacarídeo.
C) Pancreatite crônica com mal-absorção.
D) Supercrescimento bacteriano no delgado.
E) Diarreia por neuropatia autonômica diabética.
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16. Paciente de 40 anos, gênero feminino, vem apresentando há mais de 10 anos, quadros de dor abdominal no
mesogastro, associado com constipação intestinal (1 evacuacão a cada 4 dias). Informa que a dor melhora
bastante quando consegue evacuar bem. Procurou atendimento médico e, após exames de sangue e
endoscópicos, definiu-se que a paciente era portadora de síndrome do intestino irritável. Baseado no caso
acima, assinale a alternativa correta em relação ao tratamento da síndrome do intestino irritável.
A) Os antidepressivos tricíclicos estão mais indicados na síndrome do intestino irritável com constipação.
B) Na anamnese, é importante avaliar a presença de doenças psiquiátricas associadas ou trauma/perda
não superada.
C) O tratamento psicológico e a terapia cognitiva comportamental não são úteis para os pacientes com
síndrome do intestino irritável.
D) Não existe metanálise que confirmem que os antiespasmódicos anticolinérgicos são superiores ao
placebo para o tratamento da síndrome do intestino irritável.
E) Os laxativos osmóticos geralmente são eficazes em diminuir a distensão abdominal e a dor abdominal
em pacientes com síndrome do intestino irritável com constipação.
17. Paciente de 51 anos, gênero masculino, procurou gastroenterologista devido ter realizado colonoscopia
para screening de neoplasia colônica no ano passado. Lembra claramente que foi retirado um pólipo, mas
não sabe o tipo histológico. Procura atendimento para orientação em relação ao seguimento pós-polipectomia.
Baseado no caso acima, qual a melhor orientação para o paciente?
A) Caso o pólipo seja hiperplásico e no reto, a próxima colonoscopia deve ser realizada em 20 anos.
B) Caso o pólipo tenha sido séssil e retirado em pedaços (piece meal), a próxima colonoscopia deve ser
realizada em 2- 3 anos.
C) Caso o pólipo seja adenomatoso, com aspecto viloso e maior que 1 cm, a próxima colonoscopia deve
ser realizada em 1 ano.
D) Caso o pólipo seja único, menor que 1 cm, adenomatoso com displasia de baixo grau, a próxima
colonoscopia deve ser realizada em 5- 10 anos.
E) Caso o paciente tenha suspeita de ser portador de HNPCC (Hereditary Nonpoliposis Colorectal
Cancer), a próxima colonoscopia deve ser realizada em 2 a 6 meses.
18. Paciente de 29 anos, gênero masculino, apresentou dor tipo “rasgando”, após defecação associada com
sangramento retal de pequena intensidade. Procurou médico, tendo sido observada a presença de uma
fissura anal. Baseado no caso acima, assinale a alternativa correta.
A) A fissura anal em 90% dos casos apresenta-se na posição anterior.
B) O aumento da ingesta de fibras não está indicado nos casos de fissura anal.
C) O trauma à defecação não é um fator envolvido com a formação da fissura anal.
D) A esfincterectomia anal lateral não deve ser mais utilizada nestes pacientes portadores de fissura anal crônica.
E) O toque retal no paciente na vigência de uma fissura deve ser evitado, pois causa muita dor e aumenta
o espasmo.
19. Um homem de 65 anos apresenta dor epigástrica em barra, recorrente, que piora com alimentação, há 6
meses. Refere icterícia há 1 semana. Nega febre. O fator antinuclear e o fator reumatoide são reagentes.
A tomografia computadorizada do abdome mostra um pâncreas difusamente aumentado de volume, “em
salsicha”. Uma colangiopancreatografia revelou colangite esclerosante e múltiplas estenoses do ducto de
Wirsung. Que exame poderia acrescentar informação extra e mais específica para o diagnóstico?
A) IgG4 sérico.
B) Lipase sérica.
C) Triglicerídeos séricos.
D) Anticorpo antimúsculo liso.
E) Ressonância nuclear magnética do abdome.
20. Um homem de 49 anos apresenta dor epigástrica irradiando para o dorso há 4 meses, perda ponderal de 10 kg
neste período (peso habitual 76kg), colelitíase, diabetes de início recente, diarreia e esteatorreia. O ultrasom
mostra uma lesão nodular de 5 cm na cabeça pancreática. Qual o diagnóstico mais coerente com este quadro?
A) Adenocarcinoma do pâncreas.
B) Somatostatinoma.
C) Glucagonoma.
D) Insulinoma.
E) VIPoma.
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21. O corte tomográfico seguinte é mais indicativo de que condição clínica, em um homem de 52 anos,
etilista crônico?
A) Câncer do pâncreas.
B) Necrose pancreática.
C) Pancreatite crônica.
D) Abscesso pancreático.
E) Pseudocisto do pâncreas.
22. Um adulto de 38 anos refere pancreatite de repetição desde a adolescência, faz uso de insulina para
diabetes há 1 ano, realizou uma densitometria óssea que mostrou osteopenia, e é infértil. A tomografia
computadorizada do tórax mostra segmento do pulmão direito com bronquiectasias e faixas de fibrose.
Um irmão faleceu na infância com pneumonias de repetição. Qual o diagnóstico mais provável dentre os
seguintes?
A) Fibrose cística.
B) Pancreatite hereditária.
C) Diabetes mellitus tipo 1.
D) Fibrose pulmonar idiopática.
E) Síndrome de Kartegener (discinesia ciliar primária).
23. Uma mulher jovem apresenta dor epigástrica recorrente com náuseas e vômitos. Procura atenção médica
com nova crise há 24 horas e as ALT e AST estão 4 vezes o normal, as bilirrubinas totais 3,5 mg/dl, a
amilase 650 UI/L, o ultrassom mostra colelitíase com espessamento da parede vesicular. Recebe
analgesia e hidratação venosa em regime de internamento hospitalar com resolução dos sintomas. Qual
deveria ser o tratamento subsequente desta paciente?
A) Colecistectomia apenas.
B) Papilotomia endoscópica.
C) Litotripsia extracorpórea.
D) CPRE seguida de colecistectomia.
E) Colecistectomia seguida de CPRE.
24. Uma mulher de 45 anos apresenta múltiplos segmentos de estenoses com dilatações proximais na árvore
biliar intra-hepática, bilateralmente. Considerando que esta condição é uma doença primária, que doença
NÃO se associa com este quadro?
A) Diabetes mellitus.
B) Retocolite ulcerativa.
C) Tireoidite autoimune.
D) Pancreatite autoimune.
E) Cirrose biliar primária.
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25. Um homem de 25 anos tem uma história de episódios repetitivos de dor abdominal, febre e calafrios. Há
um ano foi internado por abscesso hepático. A colangiorresonância mostra múltiplas dilatações císticas das
vias biliares intra-hepáticas, com litíase intra-hepática. Qual a classificação correta desta doença biliar cística?
A) Toldani tipo I.
B) Toldani tipo II.
C) Toldani tipo III.
D) Toldani tipo IV.
E) Toldani tipo V.
26. Uma mulher de 32 anos apresentou 6 episódios de dor epigástrica nos últimos 6 meses, de instalação
insidiosa, com 30 a 60 minutos de duração, associada a náuseas, necessitando analgesia venosa, que não
melhora com evacuação, mudança postural ou omeprazol. A endoscopia digestiva alta é normal, e o
ultrassom abdominal mostra vesícula normal com colédoco de 8 mm. As concentrações séricas de AST e
de ALT se elevaram nos últimos três episódios, com amilase e lipase normais. A colangiorressonância e
ecoendoscopia não mostraram cálculos ou estenoses biliares. Este quadro é mais compatível com qual
doença?
A) Distúrbio funcional do esfíncter de Oddi pancreático.
B) Distúrbio funcional do esfíncter de Oddi biliar.
C) Distúrbio funcional da vesícula biliar.
D) Dispepsia funcional.
E) Coledocolitíase.
27. Paciente de 26 anos, solteiro, comerciante, natural e procedente de Fortaleza, procurou cuidados com
quadro de adinamia, anorexia, náuseas, um pouco de prurido, colúria e hipocolia fecal há 2 a 4 semanas.
Bebe 4 a 6 unidades de álcool por semana, faz uso esporádico de Paracetamol. Refere que há 2 anos teve
quadro parecido, porém não fez investigação, uma vez que o médico falou que era uma “hepatite
simples”. Ao exame, mostrou-se orientado, afebril, ictérico +/4+. Auscultas cardíaca e pulmonar:
normais. Abdome: plano, indolor, hepatimetria 17 cm, borda romba, Traube ocupado. IMC: 23 kg/m 2.
Realizou exames: AST: 250 UI/L, ALT: 350 UI/L, INR: 1,4, proteína total 7 g/dl; globulina: 4g/dl;
bilirrubina total 3 mg/dl, bilirrubina direta 2 mg/dl. Anti-HAV IgG(+) e anti-HAV IgM (-), anti-HCV (-),
HBsAg (+), anti-HBc IgG (+), anti-HBc IgM (-); FAN, anti-LKM1, antimúsculo liso e anti-mitocôndria
negativos; ceruloplasmina 80 (normal: 20 a 60). Qual a causa mais provável da condição acima?
A) Hepatite alcoólica.
B) Doença de Wilson.
C) Hepatite aguda pelo vírus B.
D) Hepatite aguda medicamentosa.
E) Hepatite crônica agudizada por vírus B.
28. O fígado tem papel central no metabolismo de diversos fármacos e, embora a incidência de drogas
induzindo lesões hepáticas (DILH) com as medicações atuais seja baixa (isto é, 1 em 10.000 a 1 em
100.000 pacientes-ano), cerca de 20 a 40% dos casos de insuficiência hepática aguda decorrem de
DILH. Em relação as DILH, assinale a alternativa correta.
A) A lesão induzida pelo uso do halotano é por toxicidade direta.
B) A lesão induzida pelo uso do acetominofeno é imunoalérgica.
C) A hepatotoxicidade da isoniazida é por lesão idiossincrásica.
D) No esquema atual contra tuberculose, a pirazinamida não induz hepatotoxicidade.
E) A lesão associada ao uso do metotrexato geralmente ocorre nas primeiras duas semanas de administração.
29. A cirrose biliar primária (CBP) é um distúrbio autoimune que cursa com envolvimento hepático crônico
podendo evoluir para cirrose e necessidade de transplante hepático nos casos mais graves. Assinale a
alternativa mais correta em relação à CBP.
A) Predominam elevação nas enzimas AST e ALT.
B) Fadiga e prurido são os sintomas mais frequentes.
C) Hipocolesterolemia é um achado frequente na CBP.
D) O anti-LKM1 positivo e elevação de gama GT e FA definem o diagnóstico.
E) Os principais sintomas/sinais estão relacionados à colangite em decorrência da dilatação de pequenos
ductos.
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30. A infecção pelo vírus B pode ocorrer por transmissão vertical, sexual ou parenteral e evolui de forma
aguda (hepatite aguda ou forma fulminante) ou crônica (portador crônico, fase de imunotolerância,
hepatite crônica, cirrose e carcinoma hepatocelular). Em relação à persistência do HBsAg por mais de 6
meses, assinale a alternativa correta.
A) A fase de imunotolerância caracteriza-se por carga viral baixa, anti-HBe reagente e níveis elevados de
ALT e AST e os pacientes devem ser tratados.
B) O portador crônico inativo do vírus B caracteriza-se por carga viral abaixo de 2.000 UI, HBeAg
reagente, ALT e AST elevadas e deve ser tratado.
C) O portador crônico inativo do vírus B caracteriza-se por carga viral abaixo de 2.000 UI, anti-HBe
reagente, ALT e AST normais e, para ele, não é indicado tratamento.
D) Tanto o portador crônico inativo do vírus B quanto o indivíduo na fase de imunotolerância são os que
melhor respondem ao tratamento atual, à base de interferon ou análogos núcleos(t)ídeos.
E) A fase de imunotolerância caracteriza-se por carga viral muito elevada, HBeAg reagente, ALT e AST
persistentemente elevados e os pacientes respondem bem ao tratamento.
31. Mulher de 42 anos, casada, branca, do lar, natural e procedente de Fortaleza, procurou cuidados
profissionais com quadro de indisposição, artralgias, anorexia, fadiga e prurido no corpo há 3 meses.
Relata perda de 3 kg no período, embora com apetite preservado. Hábitos intestinais normais. Não fuma,
não bebe. Ao exame: ictérica +/4+, normocorada, orientada. Auscultas cardíaca e pulmonar: normais
Abdome: plano, simétrico, hepatimetria 17 cm, borda romba, consistência firme, espaço de Traube
ocupado, sem macicez móvel. Apresenta eritema palmar e algumas aranhas vasculares no dorso.
Extremidades sem edema, sem flapping. Realizou exames: AST: 400 UI/l, ALT: 300 UI/l; FA: 240 UI/l
(nl até 60), INR: 1,4; plaquetas: 130.000/mm3, bilirrubina total: 4 mg/dl, bilirrubina direta:3 mg/dl,
gamaGT: 160 UI/l (nl até 40), proteínas totais 8 g/dl, albumina: 3 g/dl, FAN, HBsAg, anti-HBc IgG e
IgM, anti-HCV negativos; anti-HBs (+), anti-HAV IgG (+), índice saturação transferrina: 30%, anti-músculo
liso:1:160; anti-mitocôndria 1:360. Ultrassom abdominal: alteração na textura hepática, sem ascite, sem
dilatação de via biliar, veia porta 12,5 mm, veia esplênica 10 mm, baço 14 cm, sem varizes esplênicas.
Biópsia hepática percutânea: hepatite de interfase moderada, infiltração portal e periportal linfocitária,
agressão florida dos ductos biliares. Qual o diagnóstico mais provável?
A) Cirrose biliar primária.
B) Hepatite autoimune tipo 2.
C) Hepatite B oculta associado a hepatite autoimune tipo 1.
D) Síndrome de overlap entre hepatite autoimune e cirrose biliar primária.
E) Síndrome de overlap entre hepatite autoimune e colangite esclerosante primária.
32. Homem de 60 anos, casado, bancário, natural e procedente de Fortaleza, com adinamia e fadiga há pelo
menos 12 meses, seguidas de poliúria, artralgias, procurou cuidados médicos, achando que estava com
anemia. Ao exame: orientado, afebril, anictérico, IMC 23 kg/m2. Auscultas cardíaca e pulmonar:
normais, PA 110 x70 mm Hg. Abdome: fígado palpável 4 cm abaixo RCD, hepatimetria 16 cm, baço 2
cm abaixo RCE, sem ascite, sem edema de membros inferiores, sem adenomegalias. Não bebe, nega uso
de medicamento, filho único. Exames: hemograma completo: hematócrito 58%, hemoglobina: 18 g/dl,
leucócitos 3.600/mm3, diferencial normal, plaquetas: 45.000/mm3, INR: 1,8, ALT: 120 UI/l, AST: 140 UI/l,
glicemia 240 mg/dl, proteínas totais 7 g/dl, albumina: 3,5 g/dl, anti-HCV, HBsAg negativos, anti-HBs
reagente, anti-HBc IgG negativo, FAN e antimúsculo liso negativos, colesterol e triglicerídeos normais;
hemoglobina glicada 8%, ferritina 1.400 ng/ml (nl até 350), índice de saturação de transferrina: 75%.
Esofagogastroduodenoscopia – varizes de médio calibre. Qual a melhor conduta ou diagnóstico?
A) O mais provável é síndrome metabólica associada à Diabete Melito, devendo-se realizar biópsia hepática.
B) Deve-se prosseguir a investigação, solicitando pesquisa das mutações para doença de Wilson e
pesquisa de anel de Kayser-Fleischer.
C) Deve-se prosseguir a investigação e avaliar depósito de ferro hepático através de ressonância nuclear
magnética de abdome e pesquisa das mutações do gene da hemocromatose hereditária.
D) Deve-se prosseguir a investigação e avaliar depósito de ferro hepático através de tomografia de
abdome sem contraste e pesquisa das mutações do gene da hemocromatose hereditária.
E) Deve-se prosseguir a investigação e avaliar depósito de ferro através de biópsia hepática para poder
definir o diagnóstico, independente da pesquisa das mutações do gene da hemocromatose hereditária.
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33. Jovem de 16 anos, estudante, natural e procedente de Icó, procurou atendimento acompanhado da mãe,
encontrava-se assintomático, mas trazia os seguintes exames AST 120 UI/l e ALT 160 UI/l, anti-HAV
IgG reagente e anti-HAV IgM negativo, HBsAg, anti-HBc IgG e IgM, anti-HCV negativos e anti-HBs
positivo. Não fazia uso de medicação, não bebia. História familiar: 2 irmãos faleceram de doença
hepática aos 20 e 21 anos. Pais consanguíneos, um primo de 20 anos tem uma doença neurológica, que
cursa com tremores, em tratamento há 2 anos. Ao exame: anictérico, afebril, normocorado, orientado.
Auscultas cardíaca e pulmonar: normais. Abdome: plano, simétrico, hepatimetria 17 cm, borda romba,
espaço de Traube livre. Sem tremores, sem flapping. Com base nesses dados, assinale a alternativa correta.
A) Possivelmente ainda reflexo de hepatite A, forma arrastada e apenas acompanhamento a cada 3 meses
sem medicação.
B) Uma hipótese seria doença de Wilson e deveríamos dosar ceruloplasmina, cobre urinário e pesquisa
do anel de Kayser-Fleischer.
C) Uma hipótese seria doença de Wilson e deveríamos fazer biopsia hepática e pesquisa das mutações do
gene para doença de Wilson.
D) Deveria fazer pesquisa de deficiência de alfa-1-antitripsina pelo histórico familiar e deveríamos dosar
alfa-1-antitripsina no sangue.
E) Deveria fazer pesquisa de doença autoimune pelo histórico familiar ou a pesquisa das mutações do
gene da hemocromatose hereditária.
34. A doença hepática induzida pelo uso prolongado do álcool continua sendo um problema de saúde em
todo o mundo, variando na sua prevalência de acordo com alguns fatores nutricionais, genéticos,
ambientais. Em relação à doença hepática induzida pelo álcool, assinale a alternativa correta.
A) A pentoxifilina estaria indicada na hepatite alcoólica grave, sobretudo se com disfunção renal.
B) Embora seja mais prevalente nas mulheres, os homens são mais susceptíveis à ação do álcool.
C) A obesidade funciona como um fator protetor nos indivíduos com lesão hepática induzida pelo álcool.
D) Como a lesão induzida pelo álcool é crônica, uma vez instalada, a abstinência alcoólica não interfere
na sobrevida dos pacientes.
E) Nos pacientes com hepatite alcoólica grave (índice de Maddrey> 32 ou encefalopatia), o uso de
corticoide por tempo indefinido estaria indicado.
35. A doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA ou NASH) tem sido cada vez mais diagnosticada,
tornando-se uma das causas mais frequentes de doença hepática em todo o mundo e podendo evoluir
inclusive para carcinoma hepatocelular. Assinale a alternativa correta de acordo com diretrizes
americanas para estudo das doenças hepáticas (AASLD) 2012.
A) O ácido ursodesoxicólico (Ursacol) deve ser utilizado como droga de primeira linha nos pacientes
com DHGNA.
B) Vitamina E na dose de 800 mg ao dia em paciente com NASH, diabético, cirrótico deve ser utilizada
como droga de primeira linha neste grupo.
C) A metformina é aceita como medicação de primeira linha no tratamento da DHGNA, uma vez que
melhora os parâmetros de inflamação e fibrose.
D) As estatinas não podem ser utilizadas para tratar a dislipidemia nos pacientes com DHGNA, pois
apresentam maior risco de desenvolver hepatotoxicidade.
E) Vitamina E na dose de 800 mg ao dia em paciente com NASH confirmado na biopsia hepática, não
diabético, melhora a histologia hepática e deve ser utilizada como droga de primeira linha.
36. Os abscessos hepáticos são de origem bacteriana ou parasitária em mais de 95% dos casos. Embora
tenha-se reduzido a mortalidade com o uso adequado de antibiótico e drenagem percutânea, ainda
apresentam elevada morbimortalidade se não detectados e tratados adequadamente. Em relação aos
abscessos hepáticos, assinale a alternativa correta.
A) Na maioria dos casos, a flora constituída é mista: germes gram-positivos e anaeróbios.
B) A via hematogênica é a principal origem dos abscessos bacterianos no fígado nos dias atuais.
C) Na maioria dos casos, a flora constituída é mista: germes gram-negativos entéricos e anaeróbios.
D) A via ascendente (biliar) tem pouca importância nos dias atuais como origem dos abscessos hepáticos
piogênicos.
E) Nos pacientes diabéticos com abscesso hepático e que desenvolvem endoftalmia, o principal germe é
Yersínia enterocolítica.
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37. Na avaliação das doenças hepáticas, além dos dados obtidos na história, do exame clínico, dos exames
complementares e de imagem, a biópsia hepática é necessária em várias situações, sendo importante não
apenas na definição etiológica mas também no estadiamento. Alguns achados são encontrados mais
frequentemente em uma determinada etiologia. Assinale a alternativa correta relativamente a achados
em exames histológicos de biópsia hepática.
A) O achado de hepatócitos em roseta é sugestivo de colangite esclerosante primária.
B) O achado de corpúsculo hialino de Mallory é patognomônico de hepatite alcoólica.
C) O achado histológico de hepatócito em vidro fosco é comum em hepatite crônica pelo vírus C.
D) O achado de inclusões eosinofílicas PAS positiva e diástase resistente sugere deficiência de alfa-1antitripsina.
E) O achado de granuloma não caseoso ao redor de ducto biliares é encontrado principalmente na
colangite esclerosante primária.
38. Assinale a alternativa correta sobre mesotelioma peritoneal.
A) A média de tempo de sobrevida é de apenas 6 meses.
B) A maioria dos mesoteliomas peritoneais são benignos.
C) O diagnóstico entre mesotelioma e carcinomatose peritoneal é fácil.
D) A maioria dos mesoteliomas são no mesentério e uma minoria na pleura.
E) O diagnóstico geralmente é feito durante a paracentese, não sendo necessário a laparoscopia.
39. Em relação às complicações da cirurgia bariátrica, é correto afirmar:
A) pode ocorrer deficiência de vitamina B12 pela diminuição da produção de fator intrínseco.
B) raramente o paciente apresenta sintomas de refluxo e regurgitação, sobretudo os pacientes com banda
elástica.
C) não existem relatos de casos de obstrução intestinal associado com pós-operatório de cirurgia
bariátrica.
D) não se observa aumento da incidência de litíase biliar, associado com a perda de peso, pós-cirurgia
bariátrica.
E) as úlceras marginais estão presente na maioria dos pacientes, não estando relacionadas ao uso de antiinflamatórios não esteroidais.
40. Paciente de 19 anos, gênero masculino, começou a apresentar odinofagia, perda de peso e episódios de
disfagia. Como antecedente, refere relações homossexuais com coito anal, sem preservativo. Refere ser
usuário de crack. Procurou o atendimento médico, tendo sido solicitado um anti HIV 1 e 2 que foram
positivos. Em relação ao quadro de disfagia e odinofagia do paciente, é correto afirmar:
A) A coinfecção CMV e Cândida é incomum em pacientes HIV positivos.
B) A ausência de candidíase oral descarta a possibilidade de candidíase esofágica em pacientes com AIDS.
C) A esofagite herpética pelo vírus tipo 2 é uma causa infrequente de odinofagia e disfagia em pacientes
com AIDS.
D) O CMV é o agente patogênico mais prevalente no paciente com AIDS e a principal causa de
odinofagia e disfagia no paciente HIV positivo.
E) Mesmo após a inclusão da terapia antirretroviral altamente ativa para o tratamento da AIDS, não
houve uma redução dos casos de odinofagia e disfagia nos pacientes portadores do HIV.
41. Como um importante diagnóstico diferencial da colite por ameba, temos a disenteria bacteriana. Existem
algumas características clínicas que diferem os dois quadros e que podem ser utilizadas na abordagem
clínica do paciente. Assinale a alternativa correta sobre o diagnóstico diferencial entre colite amebiana e
disenteria bacteriana.
A) A perda de peso é incomum na colite amebiana.
B) Dor abdominal não é um achado comum na colite amebiana.
C) A presença de febre é um achado comum na colite amebiana.
D) A duração dos sintomas na colite amebiana geralmente é de mais de 7 dias.
E) A presença de sangue nas fezes é um achado mais comum na disenteria bacteriana que na colite
amebiana.
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42. Assinale a alternativa correta sobre o tratamento farmacológico das infecções por helmintos.
A) Ascaridíase deve ser tratado com albendazol por 3 dias.
B) A ivermectina é um fármaco efetivo para o tratamento da estrongiloidíase.
C) O praziquantel é efetivo para o tratamento da Taenia solium, mas não da Taenia sarginata.
D) Praziquantel não é efetivo para o tratamento da fibrose periportal associada à infecção pelo Schistoma
mansoni.
E) O tratamento do Ancylostoma duodenal deve ser realizado preferencialmente com mebendazol, pois
apresenta menos efeitos colaterais que o albendazol.
43. Assinale a alternativa correta em relação às lesões cutâneas relacionadas a doenças no trato gastrintestinal.
A) A acrodematite enteropática está associada à baixa ingestão de zinco.
B) O pioderma gangrenoso está associado diretamente à atividade da doença inflamatória intestinal.
C) São manifestações iniciais das doenças hepáticas a presença de aranhas vasculares e eritema palmar.
D) Eritema nodoso é uma manifestação pouco comum na doença inflamatória intestinal, sendo mais
encontrado em homens.
E) A síndrome de Peutz-Jeghers é uma síndrome autossômica dominante que se caracteriza pela presença de
hamartomas no trato gastrintestinal e hiperpigmentação mucocutânea.
44. A forma de apresentação mais comum da colite isquêmica é:
A) colite fulminante universal.
B) estenose do cólon esquerdo proximal.
C) colopatia reversível com hemorragia na submucosa e mucosa.
D) colite crônica erosiva do cólon direito.
E) perfuração de alça intestinal.
45. Em relação aos efeitos colaterais dos aminossalicilatos, é correto afirmar:
A) a cefaleia não depende da dose da medicação.
B) a agranulositose depende da dose da medicação.
C) a hepatite não depende da dose da medicação.
D) a infertilidade masculina depende da dose da medicação.
E) a presença de náusea, vômitos e dispepsia não se relaciona com a dose.
46. Um homem de 49 anos apresenta eritema migratório necrolítico há 10 meses, resistente ao tratamento.
Há 4 meses apresentou um episódio de trombose venosa profunda nos membros inferiores. Perdeu 15 kg
neste período (peso habitual 70kg). Ao exame, está emagrecido, pálido, com glossite e queilite. A
glicemia pós-prandial é de 240 mg/dl, hematócrito 29%, hemoglobina 9,6 g/dl e a velocidade de
hemossedimentação é de 90mm. O ultrassom mostra uma lesão nodular de 4,5 cm no corpo pancreático.
Qual o diagnóstico mais coerente com este quadro?
A) Adenocarcinoma do pâncreas.
B) Somatostatinoma.
C) Glucagonoma.
D) Insulinoma.
E) VIPoma.
47. Um paciente desnutrido com retocolite ulcerativa grave e megacólon tóxico é encaminhado para cirurgia
de urgência. A albumina sérica é de 2,1 g/dl. Qual a melhor alternativa cirúrgica na urgência?
A) Proctocolectomia imediata.
B) Colectomia esquerda imediata.
C) Colectomia abdominal imediata.
D) Colectomia total após correção da albumina.
E) Proctocolectomia após correção da albumina.
48. Qual a complicação mais frequente do shunt portosistêmico intra-hepático transjugular (TIPS)?
A) Septicemia.
B) Insuficiência cardíaca.
C) Hemólise intravascular.
D) Hemorragia intraperitoneal.
E) Encarceramento de hérnia umbilical.
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49. Qual dos fatores seguintes NÃO está associado a uma maior taxa de progressão para cirrose na hepatite C?
A) Tabagismo.
B) Gênero masculino.
C) Raça afrodescendente.
D) Infecção em idade superior a 40 anos.
E) Coinfecção com o vírus da imunodeficiência humana.
50. Um homem etilista, com hipoalbuminemia, eritema palmar, ginecomastia, ascite e edema de membros
inferiores, é admitido na emergência por desorientação há 24 horas e com Glasgow de 10 na avaliação
inicial. Os familiares relatam que o paciente sofreu uma queda da própria altura há duas semanas e
negam episódios semelhantes anteriores. A ressonância nuclear magnética do encéfalo mostra apenas
hipersinal em T1, bilateral, no globo pálido. Esta alteração na ressonância está associada a qual das
condições abaixo?
A) Edema cerebral.
B) Depósito de ferro.
C) Hemorragia intratecal.
D) Depósito de manganês.
E) Hemorragia intracerebral.
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