PREVENÇÃO DA LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA NO BRASIL

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PREVENÇÃO DA LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA NO BRASIL
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PREVENÇÃO DA LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA NO BRASIL
Ribeiro,V.M.
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INTRODUÇÃO
A leishmaniose visceral canina (LVC) ocorre no Brasil como importante doença parasitária,
devido sua manifestação clínica, transmissibilidade e potencial zoonótico (RIBEIRO, 2007).
Após a descoberta da LVC na Tunísia, os cães tem sido considerados como importantes
reservatórios para Leishmania infantum(NICOLLE & COMTE, 1908).Adler& Theodore (1932),
descreveram a coprevalência e similaridade da doença no homem e no cão na região do
Mediterrâneo. Eles concluíram que a Leishmania tropica era o agente causal da leishmaniose
cutânea (LC) em cães e humanos. Em 1955, o parasitismo cutâneo em cães, raposas e no
homem foi demonstrado no Brasil (DEANE & DEANE, 1955). Alguns anos depois, a importância
dos cães como reservatórios foi estabelecida, quando se demonstrou que 75% de 16 cães, em
comparação com 29% de 14 homens com leishmaniose visceral (LV), infectaram Lutzomyia
longipalpis (DEANE & DEANE, 1962). Desde então, vários estudos têm implicado o
envolvimento de cães na transmissão da LV. Esses estudos têm confirmado a presença de cães
soropositivos nas áreas endêmicas de Kalazar (BETTINI & GRADONI, 1986; SHAW & LAINSON,
1987). Contudo, a evidência da infecção nesses dois hospedeiros não permite estabelecer
plenamente relação causal entre eles. Mas, como resultado dessa literatura, os programas de
controle da LV, às vezes, incluem a eliminação ou tratamento de cães infectados. Os
programas de controle podem também incluir tratamento de casos humanos, controle do
vetor, ou eliminação de outros reservatórios (ASHFORD et al., 1998).
Nos últimos 20 anos tem sido registrado aumento do número de casos de LV tanto no Brasil
como em diversos países da Ásia, África, Américas e Europa. O aumento da incidência da LV
está associado às modificações do meio ambiente, à migração, ao processo desordenado de
urbanização e aos fatores de risco individuais como a AIDS e desnutrição (ANSTEAD et al.,
2001; DESJEUX, 2001). Os programas de controle no Brasil têm-se centrado sobre a eliminação
em massa de cães soropositivos. No entanto, dados nacionais da ocorrência da doença nas
últimas décadas mostram que o abate generalizado de cães soropositivos não reduziu o
número de casos humanos e levou a reavaliação da política de controle da doença no Brasil
(VIEIRA & COELHO, 1998; COSTA & VIEIRA, 2001). A expansão da doença canina e humana no
Brasil a despeito das medidas de controle implementadas, a discordância social da política de
saúde pública em eliminar todos os cães sororeagentes contra LV e a inexistência de práticas
efetivas e duradouras de prevenção da doença canina e controle do vetor serão aqui
refletidas.
A LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA NO BRASIL
O Cão como Reservatório
O papel do cão como reservatório de Leishmanias foi primeiro descrito em 1908 na Tunísia
(NICOLLE & COMTE, 1908). No Brasil, o cão doméstico tem sido incriminado como o principal
reservatório de L. infantume o parasitismo cutâneo nessa espécie foi demonstrado por Deane
& Deane (1955). Esses autores, demonstraram o parasitimo cutâneo também em raposas e
homens com LV. A importância dos cães tem sido justificada pela sua elevada susceptibilidade
à infecção, a elevada freqüência de parasitismo cutâneo e, principalmente, devido a sua
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estreita relação com o homem (ASHFORD, 1996). O parasitismo cutâneo em cães com LV
mensurado através de xenodiagnóstico, revelou índices de 75% de infecção em L. longipalpis
que alimentaram em 16 cães doentes e 29% de 14 homens doentes. Esses resultados
demonstraram que embora o homem possa atuar como reservatório de L. infantum, os cães
são mais importantes na cadeia epidemiológica da doença (DEANE & DEANE, 1955; DEANE &
DEANE, 1962). Outros trabalhos, que avaliaram a taxa de infecciosidade de cães com LV
demonstraram que os cães assintomáticos possuem menor capacidade infectante para
flebótomos. Através de xenodiagnósticos para medir a capacidade infectante de cães,
naturalmente infectados, com L. infantum para L. longipalpis, foi demonstrado que animais
assintomáticos não infectaram flebótomos e os oligosintomáticos foram pouco infectantes.
Entretanto, os sintomáticos foram capazes de infectar grande número de L. longipalpis com
grande intensidade.Nesse estudo, também foi demonstrado que a pele da orelha é mais
intensamente parasitada que a do abdome(TRAVI et al., 2001). Da Costa-Val et al. (2007),
encontraram maiores taxas de infectividade para L. longipalpis em cães sintomáticos quando
comparados aos oligo e assintomáticos. Michalsky et al. (2007), demonstraram que as taxas de
infecção de L. longipalpis alimentados em cães assintomáticos, oligosintomáticos e
sintomáticos, foi respectivamente, 5,4%, 5,1% e 28,4%. Esses resultados indicaram que cães
sintomáticos foram quatro vezes mais infectantes para L. longipalpis que os assintomáticos ou
oligosintomáticos. Verçosa et al. (2008), verificaram que seis de nove cães sintomáticos (54%)
infectaram L. longipalpis enquanto nenhum de cinco cães assintomáticos foi infectante.
Baseado na idéia de que poderia se interromper a transmissão do agente com a retirada dos
cães através da sua eliminação, as autoridades de saúde pública do Brasil focam o controle da
doença na eliminação de cães soropositivos e/ou doentes.
Eliminação Canina
O Manual de controle de LV que dispõe sobre a vigilância e controle da LV, determina que cães
sororeagentes nos exames de ELISA e/ou Reação de Imunofluorescencia Indireta (RIFI) com
título igual ou superior 1:40, sintomáticos ou não, devem ser eliminados (BRASIL, 2006). Essa
estratégia, apesar de sistematicamente utilizada, tem apresentado resultados controversos,
tornando-a, entre todos os métodos propostos para controle da doença, o mais controverso e
o menos aceito pela sociedade (OLIVEIRA et al., 2008). Diversas publicações têm demonstrado
que o impacto da eliminação dos cães no controle da LV não alcança resultados que a
justifiquem operacionalmente. Segundo Costa & Vieira (2001), o programa de eliminação de
cães domésticos apresenta o menor suporte técnico-científico entre as estratégias do
programa de controle da LV no Brasil. Dye (1996), através de estudos matemáticos concluiu
que, em escala de importância, a eliminação de cães soropositivos é a que ocupa a menor
importância e deveria ser a terceira medida adotada. Trabalhos realizados no Brasil com
intervenções controladas no reservatório canino não puderam concluir pela eficiência desta
ação. Dietze et al. (1997), estudando a eficácia da eliminação de cães soropositivos no controle
da LV, selecionaram duas áreas, uma com eliminação canina e outra não. Os autores
concluíram que durante o período de estudo, um ano, não houve diferença estatística na
propagação do calazar entre as áreas estudadas. Os autores desse trabalho relataram que, no
Brasil, durante os anos de 1990 a 1994, quase cinco milhões de cães foram examinados e mais
de 80.000 eliminados. Nesse período, entretanto, a doença humana aumentou em quase
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100%. Ashford et al. (1998), utilizando o método de eliminação de cães soropositivos para LV,
verificaram que esta medida em curto e médio prazo é insuficiente para o controle completo
da infecção nos cães e que em médio e longo prazo, dois a quatro anos, não alcançou
resultados estatísticos significativos quanto comparado a áreas sem intervenção na população
canina. Dessa forma, os resultados encontrados por estes autores não demonstraram
benefício na prática da eliminação de cães soropositivos sobre a prevalência da doença canina
e incidência da doença humana. Courtenay et al. (2002), estudando a infecciosidade de 50
cães sentinelas expostos à infecção natural por L. chagasi na ilha de Marajó, Brasil, concluíram
que o programa de eliminação de cães falha devido à alta incidência da infecção e
infecciosidade dos cães, à insensibilidade dos testes diagnósticos para detectar cães
infecciosos e ao tempo entre o diagnóstico e a eliminação dos cães. A dificuldade em realizar
diagnósticos sorológicos seguros foi analisada por Alves & Bevilacqua (2004). Nesse estudo, os
autores, através de análises estatísticas, constatam elevada confiança no resultado negativo de
um animal, não sendo verdade tal assertiva para um cão que apresentasse resultado positivo
para LV pela RIFI. Daí, como implicações práticas nas atividades de controle da LVC em Belo
Horizonte, Minas Gerais, o programa público de controle da LV, no período de 1993 a 1997,
sacrificou 12924 animais falso positivos e deixou de sacrificar 2003 animais falso negativos. No
mesmo sentido, Ribeiro et al. (2009b), demonstraram discordância entre resultados de exames
sorológicos em cães, quando realizados por instituições que utilizam kits oficiais comparados a
um laboratório de referência. Os resultados discordantes nos exames de RIFI alcançaram 45%
do total de exames.
A expansão da LV no Rio de Janeiro, foi demonstrada por Silva et al. (2005), apesar das ações
de controle implementadas pela Fundação Nacional de Saúde (FUNASA). Estes autores
ressaltam que o insucesso das medidas se deve aos seguintes fatores: teste sorológico
baseado na técnica da imunofluorescência (IFA), irregularidade dos inquéritos sorológicos e
falta de treinamento das equipes que as executam. De acordo com esse estudo, os inquéritos
sorológicos deveriam ser realizados bimestralmente, especial atenção deveria ser dada aos
cães sintomáticos, uma vez que eles são os mais infecciosos para os flebótomos e o teste de
maior eficiência para seleção dos cães infectados seria o western blot (SILVA et al., 2005).
Moreira et al. (2004) e Moreira et al. (2005), concluíram que o programa de eliminação canina
não reduziu a incidência da LV mesmo com utilização de protocolos otimizados, como testes
sorológicos com maior sensibilidade (ELISA), diminuição do intervalo entre o diagnóstico e a
remoção dos cães soropositivos e seleção da população canina exposta à infecção. Os autores
concluíram que os prováveis fatores que levaram à ineficiência das medidas incluem a
incapacidade dos métodos diagnósticos em identificar todos os cães infectados, a reposição
imediata dos cães eliminados por filhotes suscetíveis ou por cães já infectados e a possível
existência de outros reservatórios. Pereira et al. (2005),avaliaram a eficiência da eliminação de
cães soropositivos para o controle da LV no Brasil e concluíram que a eliminação canina, como
medida isolada de controle, não contribuiu para controlar a infecção canina pela L. (L.) chagasi
e, conseqüentemente, também não para a humana. Nunes et al. (2005), estudando a eficácia
da eliminação de cães soropositivos no controle da LV, concluíram que esta medida deveria ser
reavaliada, uma vez que a taxa de reposição canina é alta, sendo comum a reposição com um
cão positivo e também o fato de que o tempo necessário para a infecção dos cães é curto. Os
autores concluíram que a eliminação canina, como medida única, é de pobre eficácia para o
controle da LV. Andrade et al. (2007), verificaram que a reposição de cães eliminados em área
endêmica de LV foi de 44,5%, principalmente devido a necessidade de companhia ou guarda.
O principal motivo para não reposição foi o temor da LV. Os autores concluíram que a
eliminação de cães que deveria servir como instrumento para diminuir a ocorrência da LVC,
parece influenciar mais na estrutura da população canina do que no seu tamanho, e as
implicações epidemiológicas resultantes de uma população canina mais jovem podem ser
graves. Por isso, programas de posse responsável, com enfoque na qualidade de vida dos
animais, seriam mais interessantes que os adotados atualmente. Nunes et al.
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(2008),estudando área endêmica de LVC, concluíram que a eliminação canina e a taxa de
reposição foram elevados, aumentando a população de cães, predominando animais jovens
que são mais susceptíveis a várias doenças infectocontagiosas e parasitarias, além do LVC. A
substituição por um cão soropositivo foi comum e a metade da população se tornou
soropositiva em um período de 2,5 anos, sugerindo a manutenção da infecção. Para os autores
a estratégia de eliminação canina como controle da LVC deve ser reavaliada. Além dos
questionamentos técnicos envolvendo a prática da eliminação em massa de cães
soropositivos, soma-se a discordância social, manifestada na voz e sofrimento de proprietários.
Este fenômeno foi descrito por Feijão et al. (2001), quando relataram o constrangimento
provocado por essa medida nos profissionais ligados ao poder público e responsáveis pelo
controle da LV, quando da busca do cão positivo para eliminação. Este momento, entendido
como de forte componente emocional, significa, dada a importância do cão no ambiente
familiar, a determinação da sentença de morte para um membro da família. Esse aspecto,
ante o fenômeno da urbanização gera acentuada reação da sociedade contra esse método de
controle, provocando ações judiciais entre o cidadão e o poder público.De Souza et al. (2008),
compararam o efeito de medidas no controle da LV. Foram avaliadas a pulverização com
inseticida piretróide, pulverização com inseticida piretróide mais abate de cães soropositivos e
a não intervenção. As intervenções foram mantidas por dois anos. Os resultados foram
registrados anualmente e a aplicação do inseticida foi realizada a cada seis meses. Embora os
autores tenham observado redução na incidência nos grupos submetidos às intervenções, não
foram verificadas diferenças estatísticas e a redução foi mais observada depois de dois anos de
intervenção. Outro fenômeno, observado por Arias et al. (1996), gerado pela ausência de
alternativas, foi a remoção dos cães pelos seus proprietários para outros ambientes, às vezes
não atingidos pela doença, gerando, desta forma, focos de dispersão do agente.Romero&
Boelaert (2010),após revisão detalhada de varias publicações,concluíram que a eliminação
canina é a intervenção menos aceita pela sociedade, por óbvias razões, e tem baixa eficiência,
devido a alta taxa de reposição dos cães infectados com filhotes susceptíveis.Apesar de todos
esses aspectos e da controversa medida de eliminação canina, as autoridades de saúde pública
do Brasil insistem em priorizar essa medida para seu programa de controle da LV. Essa atitude
tem se justificado segundo Maia-Elkhoury et al. (2008), pois a despeito de ser controversa,
tem-se mostrado como medida de maior custo benefício para reduzir a incidência humana. Os
autores não consideraram que o ônus social dessa medida não pode ser mensurado
economicamente, mas gera conseqüências graves no convívio e valores sociais. Agrava-se
ainda que as autoridades de saúde pública do Brasil procuram obrigar os proprietários dos
cães soropositivos a eliminá-los independentemente de sua condição infectante ou não.
Por isso, ações judiciais têm sido colocadas por cidadãos brasileiros e obtido sucesso na
manutenção da vida de cães. Essas evidências apontam para a necessidade de se discutir a
postura ética dos agentes atuais dos serviços de controle da doença, tanto na exagerada busca
de eliminar os cães, quanto na manutenção de instrumentos diagnósticos com resultados não
confiáveis.
Outros Reservatórios
A existência de outros reservatórios naturais de L. infantum tem sido apresentada.Deane&
Deane (1962), identificaram, no Brasil, quatro espécies devertebrados com LV: homem, cão,
gato e a raposa Lycalopex vetulus. Essa possibilidade, que inclui o próprio homem como
reservatório, foi discutida por Dietze et al. (1997). Sherlock et al. (1984), relataram, pela
primeira vez nas Américas, a infecção natural em um mamífero não canídeo, o Didelphis
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albiventris, na Bahia.Cabrera et al. (2003), no Rio de Janeiro, demonstraram alta prevalência
de gambás (D. marsupialis) infectados pela L. chagasi (29%) e concluíram que a presença
destes animais no peridomicílio aumentava o risco da infecção canina em 2,6 vezes. Silva et al.
(2005a) estudando 111 gambás (Didelphis) e dois ratos (Rattus rattus) da área urbana de Belo
Horizonte, verificaram que a soroprevalência variou entre 8,1% (Método DAT) a 21,6%
(Método IFAT). Através da análise de 74 amostras de Didelphis e duas de R. rattus com PCR,
duas de D. marsupialis (2,7%) e uma de R. rattus (50%) continham DNA de L. chagasi/L.
infantum. Os autores alertam para o potencial papel destes animais como reservatórios dos
protozoários nessa área urbana do Brasil. Gomes Neto (2006), registra, na Bahia, em D.
albiventris, soroprevalência de 26,7% e 64,7% de positividade pela PCR em 15 e 17 animais
examinados respectivamente. A prevalência encontrada na população canina foi de 15,6%.
Esse estudo também apontou para a não diminuição da prevalência canina encontrada em
2003 apesar das medidas adotadas na região, entre elas a eliminação canina, para o controle
da doença. Savani et al. (2004), descreveram o primeiro caso do Brasil e das Américas de
leishmaniose visceral felina (LVF) e apontaram na direção de que os gatos domésticos possam
atuar como reservatório de L. infantum. Silva et al. (2008), reportaram 25% de soroprevalencia
em gatos de área endêmica de LV no Rio de Janeiro. Os autores sugeriram que, conforme já
citado por outros autores, os gatos podem ser considerados como alternativa de hospedeiros
domésticos deL. infantum e deveriam ser incluídos nas investigações sorológicas realizadas em
áreas endêmicas. Rabelo et al. (2008), encontraram pela primeira vez na região metropolitana
de Belo Horizonte, Minas Gerais, gatos naturalmente infectados por L. infantum.
Até o momento nenhuma iniciativa de controle foi tomada em relação às evidencias da
existência de outros reservatórios. Nas áreas de maior ocorrência de outras espécies
relacionadas como reservatórios infectantes de flebotomíneos não existe nenhuma medida
diferenciada de controle. O discurso de eliminação canina tem sido universal no país e se
ampara, às vezes, no discurso de igualdade social. Esse argumento defende que se o cão da
comunidade pobre deve ser recolhido para eliminação, o cão do cidadão em melhor condição
financeira não deve ter direito ao tratamento, pois isso seria injusto socialmente.
O Vetor - Controle
O controle do vetor L. longipalpis parece ser o ponto convergente nas propostas de controle
da LV. Os pesquisadores, no decorrer dos anos, indicam que esta pode ser a mais importante
medida a ser adotada para o controle da LV. Vale a pena ressaltar que o grande avanço na luta
contra o vetor baseia-se nos resultados referentes ao uso do colar impregnado de
deltametrina a 4% que, indiscutivelmente é uma medida de proteção individual a ser adotada
em cães de áreas endêmicas, evitando que os flebótomos se aproximem dos cães e, caso se
aproximem, não sobrevivam. Outras formulações inseticidas são apresentadas e representam
opções ao colar impregnado com deltametrina a 4%. Dye (1996), apresentou estudo
estatístico dos resultados das ações contra a LV no Brasil. O combate ao vetor foi
estatisticamente a medida de maior eficácia para o controle da doença. Os métodos de
controle do vetor utilizados em pequenas cidades, baseados na borrifação peri e
intradomiciliar, sucumbem nas grandes cidades pela dificuldade operacional e custos elevados.
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Entretanto, sua eficácia é relatada por Costa et al. (2005), que em áreas urbanas de nove
municípios com surgimento de casos humanos de LV, intensificaram as ações de controle
vetorial com alpha-cipermetrina associada às medidas de diagnóstico e tratamento dos casos
humanos e educação em saúde. O trabalho foi acompanhado durante dois anos e os
resultados demonstraram significativa redução do número de casos humanos (54,7%). Os
autores concluíram que a estratégia de maior controle vetorial pelo controle químico, junto
com as atividades de melhor atendimento médico da população e educação em saúde,
resultou em acentuada redução no número de casos humanos da doença. A exeqüibilidade do
controle vetorial em grandes centros urbanos através da aplicação de inseticidas ambientais
parece ser operacionalmente fadada ao fracasso. Isto se deve à necessidade de sua contínua
manutenção e ao mesmo tempo a sua adaptação às variações climáticas, como as ocasiões das
chuvas. Estas dificuldades geraram pesquisas que demonstraram medidas de controle vetorial
eficientes centradas nos cães, principais reservatórios. Estudos envolvendo a utilização de
colares impregnados com deltametrina a 4% demonstraram efeitos letal e repelente em
flebótomíneos, tornando-se, atualmente, a mais importante ferramenta de controle vetorial
centrada nos cães (KILLICK-KENDRICK et al.,1997; DAVID et al., 2001; GAVGANI et al., 2002;
MAROLI et al., 2001; RIBEIRO et al., 2005; MIRÓ et al., 2007). Estudos comparativos entre as
medidas de eliminação de cães soropositivos e a colocação de colares inseticidas nos cães,
demonstraram que a utilização dos colares como medida de controle, ofereceu melhores
resultados que a eliminação canina, salientando-se ainda o benefício de gerar menor trauma
social, conforme já discutido anteriormente (GAVGANI et al., 2002; REITHINGER et al., 2004).
David et al. (2001), concluíram que os colares impregnados com deltametrina 4% podem
proteger os cães contra picadas de flebótomos por até oito meses e que eles podem ser úteis
no controle da LV humana e canina. Camargo-Neves et al. (2005), analisaram,
preliminarmente, a eficácia do uso dos colares inseticidas impregnados com deltametrina 4%
associada à eliminação de cães soropositivos em área urbana, e verificaram redução da
prevalência da doença canina e dos casos humanos. Os autores afirmaram que a redução
observada ocorreu provavelmente devido à diminuição da força de infecção sobre os cães, o
que resultou em menor chance da infecção do vetor por causa da barreira imposta pelo
constante uso do colar inseticida. Concluíram que a despeito do colar inseticida ser uma
medida de proteção individual, para a saúde pública ele somente será factível se aplicado de
forma completa e por longo prazo. Reinthinger et al. (2001), compararam a suscetibilidade de
flebótomos a diferentes inseticidas aplicados em cães e concluíram que os colares
impregnados com deltametrina a 4% apresentaram os melhores resultados e deveriam ser
recomendados aos proprietários de cães. A permetrina e o fenthion, segundo os autores,
também apresentaram bons resultados.
Mencke et al. (2005) e Miró et al. (2007),
demonstraram, em condições controladas, que o efeito repelente de uma solução “spot-on”
de imidacloprid / permetrina contra L. longipalpis excedia a margem de 90% por três semanas
após a aplicação. Segundo Romero& Boelaert (2010), as intervenções de controle do vetor são
melhor aceitas pelas populações afetadas e modelos matemáticos sugerem eficácia
encorajadora, mas consideram a necessidade de estudos mais amplos para melhor
conhecimento da sazonalidade e comportamento do vetor, para definição dos melhores
momentos da intervenções.
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Vacinas contra LVC
As pesquisas e desenvolvimento de vacinas caninas e humanas contra LV necessitam ser
priorizadas (ROMERO & BOELAERT, 2010). Conforme o estudo apresentado por Dye (1996),
uma vacina eficiente seria o gol para o controle da doença. No Brasil existem duas vacinas
contra LVC registradas no Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. As vacinas
caninas contra LV registradas no Brasil têm efeito protetor para os cães, mas nenhuma delas
foram propriamente avaliadas como medida de controle contra a LV humana (PARRA et al.
2007; FERNANDES et al. 2008).Essa avaliação deve ser feita através de ensaios de campo com
populações caninas relevantes e deve incluir aspectos como a infectividade do cão para o
flebótomo vetor, bem como aspectos relacionados à doença humana, como infecções
sintomáticas e assintomáticas, como forma de obter estimativas precisas do efeito da vacina
nas taxas de transmissão (ROMERO & BOELAERT, 2010).Resultados promissores têm sido
publicados com o uso da vacina Fucose Manose Ligante (FML) demonstrando seu efeito
protetor contra a doença (92-95%) e sua eficácia vacinal (76-80%) (DA SILVA et al., 2000;
BORJA-CABRERA et al., 2002). Em outro estudo dessa mesma vacina, Nogueira et al.
(2005),demonstraram o efeito protetor e bloqueador da transmissão em cães vacinados em
área endêmica em São Paulo. Saraiva et al. (2006), demonstraram que anticorpos de animais
vacinados com vacina FML (Leishmune®) preveniram o desenvolvimento do parasito no inseto
vetor, interrompendo seu ciclo epidemiológico. Esses resultados demonstraram a capacidade
da vacina FML como bloqueadora da transmissão em 79,3% após 12 meses da vacinação. Em
outro estudo foi observado em duas cidades do Brasil, Araçatuba e Belo Horizonte, onde a
vacina Leishmune® tem sido usada desde 2004, o decréscimo na incidência canina e humana
de LV com direta correlação ao aumento do número de cães vacinados. Esses resultados
confirmam o efeito aditivo da vacinação dos cães no controle da LV com a eliminação canina,
reduzindo o reservatório do parasito, protegendo os cães e nesse caminho reduzindo o risco
de transmissão para humanos (PALATNIK-DE-SOUZA et al., 2009). O efeito imunogênico
protetor da vacina Leishmune® foi também demonstrado em cães vacinados em estudos
realizados em diferentes áreas endêmicas do Brasil (LIMA et al., 2007; ARAÚJO et al., 2008;
ARAÚJO et al., 2009).
As vacinas contra LVC têm sido usadas regularmente pelos clínicos veterinários do Brasil. O uso
de ambas é indicado para cães a partir de quatro meses de idade, saudáveis, com exames
prévios que demonstrem ausência de infecção por L. infantum. É aplicada em três doses, pela
via subcutânea, com intervalos de 21 dias. O primeiro reforço é dado um ano após a primeira
dose e mantém-se com aplicações anuais. Nenhuma das duas vacinas foram testadas para uso
em saúde pública pelas autoridades competentes.
Tratamento da LVC
No tratamento de cães infectatos a vacina FML (Leishmune) tem apresentado resultados que
demonstram seu potencial imunoterapeutico. A vacina Leishmune® usada em dupla
concentração de saponina reduziu os sinais clínicos e a evidencia do parasito, modulando a
evolução da infecção e o potencial de infecciosidade para flebótomos. Além disso, demonstrou
ser segura e bem tolerada pelos cães (SANTOS et al. 2007).O efeito terapêutico com a
utilização da imunoterapia, utilizando a vacina Leishmune® em dupla concentração, também
foi verificado em outros trabalhos (BORJA-CABRERA et al. 2004; RIBEIRO et al. 2009). BorjaCabrera et al. (2010), utilizaram a imunoterapia com Leishmune® enriquecida associada à
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quimioterapia com alopurinol ou anfotericina b e alopurinol e demonstraram que nessas
condições obtiveram não somente remissão dos sinais clínicos, mas também aboliram a
infecção latente, curando os cães. Por outro lado, sabemos também que o tratamento canino
possui muitas opções e a cada dia novas perpectivas são abertas para esse fim. O desafio do
tratamento canino está em obter a condição permanente de não infecciosidade dos cães, além
de sua cura clínica. Os trabalhos registrados no Brasil sobre o tratamento canino
demonstraram intensa redução ou negativação da presença de formas amastigotas na pele de
cães tratados (NOGUEIRA, 2007; RIBEIRO, 2007; SILVA, 2007; RIBEIRO et al. 2009; RIBEIRO et
al. 2009a).Esses resultados estimulam os clínicos veterinários a tratarem seus pacientes
conforme a literatura cientifica apresenta. No Brasil, os clínicos veterinários discordam da
postura dos agentes de saúde quando querem obrigar os cidadãos a matarem seus cães, não
permitindo que os animais sejam tratados conforme orientação da Organização Panamericana
de Saúde (OPAS, 2005), quando considera que em situações especiais o tratamento canino
pode ser realizado, não sendo, entretanto, uma medida de controle. Os expertos nessa ocasião
recomendaram que em animais submetidos ao tratamento sejam incorporadas medidas que
impeçam o contato do cão em tratamento com o inseto vetor. Estas medidas deverão ser
cientificamente avaliadas e validadas em evitar o risco de que o animal em tratamento seja
fonte de infecção para o vetor e para as pessoas (OPAS, 2005).
Considerações e Conclusões
Entendemos que as medidas de rotina a serem desenvolvidas pelos clínicos veterinários
devem se amparar nas pesquisas científicas. Conforme Ribeiro (2006), não foi documentado
em nenhum dos casos de cães submetidos a tratamento, dentro dos protocolos e cuidados
recomendados, que tenha havido ocorrência na mesma residência de um caso humano de LV.
Refletimos que a ocorrência de casos humanos liga-se ao aumento da força de transmissão
pelo número excessivo de reservatórios não tratados e, sobretudo, de vetores no foco. Não
existe de forma uniforme no país campanha sistemática de orientação popular de controle do
vetor através do uso de colares inseticidas ou inseticidas tópicos nos cães, controle do
ambiente com manejo mecânico e químico e adequado manejo dos cães nos horários de
alimentação dos flebótomos (RIBEIRO, 2007). A orientação ainda é centrada no sacrifício dos
cães, o que ao nosso ver é a sedimentação do equívoco. Acreditamos que o serviço público
deve estar intimamente aliado à iniciativa privada. É importante que os profissionais médico
veterinários sejam alertados da época de maior transmissão vetorial, durante e logo após a
estação chuvosa. Os médicos veterinários podem acentuar neste período as recomendações
junto aos proprietários para aplicação dos inseticidas nos cães domiciliados. Nesta ocasião
torna-se mais difícil e menos eficiente a borrifação peridomiciliar. Dessa forma, conforme a
OPAS (2006), um cão devidamente protegido da aproximação do vetor pelos métodos já
reconhecidos e sob terapêutica supervisionada por médico veterinário, evitam o risco de que o
animal em tratamento seja fonte de infecção para o vetor e para as pessoas. O impacto sobre
a saúde pública pode ser visto sob os aspectos de que a comunidade privada veterinária pode
se tornar ferramenta útil na educação para saúde de proprietários de cães, orientando na
prevenção de novos casos e na possibilidade de transmissão. A rede de informações da doença
poderá ter incorporada além da notificação dos casos de cães infectados, aqueles submetidos
a tratamento.
Concluímos que o clinico veterinário procura prevenir a infecção e a doença nos cães através
da vacinação, medidas de controle contra o vetor centradas no cão e no ambiente em que o
cão vive. Muito se tem ainda a discutir e refletir sobre o tratamento da LVC e mais seguros
métodos diagnósticos a fim de evitar resultados falso positivos ou negativos (ALVES &
BEVILACQUA, 2004). O que não podemos esquecer é que devemos nos pautar na defesa da
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vida. Como é reconhecido, o cão faz parte de muitas famílias e, no contexto atual em que as
pesquisas não indicam que os métodos têm sido eficientes, é anti-ético não consentir que os
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