Introdução à GPI - aware-p

Master Class
A gestão patrimonial de infraestruturas e o DL 194/2009:
uma oportunidade para a consultoria portuguesa
Introdução à GPI
Programa
•  Introdução à gestão patrimonial de infraestruturas
(GPI) de serviços urbanos de água: principais
desafios
•  Um novo paradigma para a consultoria portuguesa:
da obra à gestão, do plano diretor ao plano de GPI
•  A metodologia AWARE-P: uma oportunidade para
fazer a diferença
•  Demonstração e exemplos práticos •  Discussão e perspetivas futuras: mercado, formação
e credenciação, regulação regulamentação técnica.
Formação AWARE-­‐P Programa
•  Abertura e apresentação dos presentes; exercício preliminar
•  Introdução à gestão patrimonial de infraestruturas
(GPI) de serviços urbanos de água: principais
desafios
•  Um novo paradigma para a consultoria portuguesa:
da obra à gestão, do plano diretor ao plano de GPI
•  A metodologia AWARE-P: uma oportunidade para
fazer a diferença
•  Demonstração e exemplos práticos •  Discussão e perspetivas futuras: mercado, formação
e credenciação, regulação regulamentação técnica.
Formação AWARE-­‐P Abertura e apresentação dos
presentes
•  Objetivo da sessão
•  Apresentações
•  Breve exercício
Formação AWARE-­‐P Exercício preliminar
•  Que relações entre os vértices?
Consultoria GPI DL194 Sistema de avaliação de qualidade de serviço Formação AWARE-­‐P Exercício preliminar (10 mins)
Gestão Patrimonial de Infraestruturas
(GPI)
“Asset Management (AM)”
O que é?
ou
O que não é?
(dê tantas respostas quantas quiser)
Formação AWARE-­‐P Introdução à
2012-03-15
Gestão Patrimonial de
Infraestruturas (GPI)
O que é a GPI -­‐ visões 0picas •  Cobertura e qualidade do serviço •  Acessibilidade económica do serviço •  (infraestruturas enterradas, sem visibilidade) PolíDcos eleitos •  Cobertura e qualidade do serviço •  Acessibilidade económica do serviço •  (infraestruturas enterradas, sem visibilidade) •  Planeamento financeiro •  Exposição financeira da empresa ao risco Gestores de negócio e financeiros •  Cobertura e qualidade do serviço •  Acessibilidade económica do serviço •  (infraestruturas enterradas, sem visibilidade) •  Planeamento financeiro •  Exposição financeira da empresa ao risco Engenheiros civis / hidráulicos • 
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• 
Análise e dimensionamento Planos directores dos sistemas Construção Operação opDmizada Risco: confiabilidade hidráulica •  Cobertura e qualidade do serviço •  Acessibilidade económica do serviço •  (infraestruturas enterradas, sem visibilidade) •  Planeamento financeiro •  Exposição financeira da empresa ao risco Engenheiros de manutenção • 
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• 
Análise e dimensionamento Planos directores dos sistemas Construção Operação opNmizada Risco: confiabilidade hidráulica •  Infraestrutura = soma de aDvos individuais •  Risco: baseado na condição Qsica Acresce que estamos perante
infraestruturas…
•  …que não são substituíveis por inteiro –  O serviço deve ser assegurado permanentemente
–  A reabilitação é “peça a peça” •  …que têm vidas indefinidas
–  Vale falar de “ciclo de vida” dos componentes individuais, mas não
da infraestrutura Formação AWARE-­‐P (adapt. Burns et al., 1999) •  …essenciais para fornecer um serviço público específico
Ativos infraestruturais
•  Infraestruturas de rede:
–  Causa e efeito de deficiências podem ter localizações distintas
–  Não é viável atribuir níveis de serviço aos componentes
individuais da rede
•  Infraestruturas urbanas de água:
–  Monopólios naturais
–  Maioritariamente enterradas (baixa visibilidade social) Formação AWARE-­‐P GPI: requisitos para uma
implementação bem sucedida
•  Adoção de visões globais
•  Gestão adequada das necessidades e
expectativas dos utilizadores
•  Alinhamento entre níveis de decisão –
estratégico / tático / operacional
•  Perceção da diferença entre GPI e a gestão de
outros ativos Formação AWARE-­‐P Estratégico
Tático
Operacional
Informação
Engenharia
Gestão
Dimensões de análise
Níveis de planeamento e decisão
A GPI como um cubo
Gestores de informação Engenheiros de manutenção Gestores de negócio e financeiros Engenheiros civis e hidráulicos GPI não é:
•  Uma aplicação de software
•  Tecnologias de engenharia
•  Algo que possa ser contratado
a a “chave-na-mão” a um
consultor
•  Uma solução do tipo “tamanho
único” Formação AWARE-­‐P Porquê a GPI?
•  Promover níveis adequados de serviço; •  Reforçar a fiabilidade do serviço no longo prazo; •  Melhorar o uso sustentável da água e energia; •  Gerir o risco do serviço, tendo em conta as
necessidades dos utilizadores e a aceitação do risco; •  Prolongar a vida útil dos ativos existentes; •  Melhorar o investimento e a eficiência operacional; Formação AWARE-­‐P Imagine-se um diretor de
planeamento & reabilitação
•  Objetivo estratégico fundamental para a EG:
melhorar a utilização sustentável da água e da
energia, reduzindo a pegada de carbono
•  Nas nossas redes: –  taxas de falhas indesejáveis; –  elevados custos de energia devido ao bombeamento; –  abastecimento de água: perdas elevadas; pressão / falta de
capacidade nas horas de pico em alguns sectores;
–  águas residuais: inundações / descargas em alguns sectores,
mesmo na ocorrência de precipitações moderadas.
Formação AWARE-­‐P Questões inevitáveis:
•  Como podemos agir? •  Como podemos provar que as nossas decisões
respondem ao objetivo estratégico estabelecido? •  Como podemos quantificar o impacto de nossas
decisões e ações? Formação AWARE-­‐P Prática tradicional de GP
•  Provavelmente começar com um cadastro atualizado
e fiável da infraestrutura existente
–  Compilar o maior número possível de registos fiáveis sobre a
sua condição e histórico de falhas. •  Tentar identificar os locais onde existem problemas
de pressão, inundações e descargas
–  olhar também para o consumo de energia e eficiência da
bomba. •  Avaliar a importância relativa de cada componente. •  Combinar essa informação e definir prioridades de
intervenção de acordo com as restrições
orçamentais. Formação AWARE-­‐P Prática tradicional de GP
(cont)
Isto contribuiria para responder à primeira
pergunta. •  Como podemos agir? O que poderia ser feito sobre as outras duas? •  Como podemos provar que as nossas decisões
respondem ao objetivo estratégico estabelecido? •  Como podemos quantificar o impacto de nossas
decisões e ações?
Formação AWARE-­‐P Estes são os tipos de problemas para os quais a
abordagem proposta foi desenvolvida para
responder, de uma forma estruturada, alinhada e
transparente. Formação AWARE-­‐P Uma abordagem integrada de
GPI
Ajuda a responder às perguntas:
•  Quem somos nós & que serviço oferecemos? •  Que infraestruturas possuímos/ operamos? •  Onde queremos estar no longo prazo?
•  Como chegamos lá?
Formação AWARE-­‐P Níveis de planeamento e decisão
Nível estratégico
Nível tático
Nível operacional
Escala
Âmbito
Tipo de
ação
1 ano
Horizonte temporal 3-5 anos
15-20 anos
Formação AWARE-­‐P Em cada nível
•  Um ciclo estruturado PDCA
do nível acima
Revisão
Objetivos > critérios de avaliação >
métricas > metas
Diagnóstico
Produção do Plano
Implementação do Plano
p/ nível abaixo
Monitorização do Plano
Formação AWARE-­‐P Uma palavra sobre…
do nível acima
•  Objetivos
–  (e.g. sustentabilidade ambiental)
Revisão
Objetivos > critérios de
avaliação > métricas > metas
Diagnóstico
Produção do Plano
Implementação do Plano
p/ nível
abaixo
Monitorização do Plano
•  Critérios
–  (e.g. eficiência na utilização da água)
•  Métricas
–  (e.g. perdas reais por ramal)
•  Metas
–  (e.g. 100 l/dia/ramal)
Formação AWARE-­‐P Um exemplo…
Objetivo: Adequação do serviço prestado aos utilizadores
Critério: Qualidade do serviço prestado aos utilizadores
Métricas: Valor atual Meta 2017 3,0
0,5
30
100
AR03 – Ocorrência de inundações
n.º/(100 km de colector x ano)
AR04 – Resposta a reclamações e sugestões
%
Formação AWARE-­‐P Objetivo...
...critério...
...métrica...
...meta.
Em cada nível
do nível acima
Revisão
Objetivos > critérios de avaliação >
métricas > metas
Diagnóstico
Produção do Plano
Implementação do Plano
p/ nível abaixo
Monitorização do Plano
Formação AWARE-­‐P Através dos níveis decisionais…
Estratégico
alinhamento
Tático
liderança
envolvimento
capacitação Operacional
feedback
Voltando ao nosso caso…
O que teríamos feito de diferente?
1.  Clarificar a nossa compreensão da visão,
objetivos, metas e estratégias da organização e
mantê-los como direção a seguir no longo
prazo
- nossa compreensão – e a compreensão da
Administração
2.  A partir daí e com base em nosso
conhecimento da infraestrutura e do seu
desempenho, definir os nossos próprios
objetivos e metas táticos Formação AWARE-­‐P Resolução do problema
3.  Começar com uma vista global dos nossos sistemas 4.  Seguida por uma avaliação ao nível do subsistema 5.  E, finalmente, uma análise componente-acomponente
Poderíamos ter tido um diagnóstico mais claro e sido
conduzidos a projetos alternativos que são globalmente
mais eficazes.
Formação AWARE-­‐P definir objecNvos critérios métricas metas statu-­‐quo formular modelar diagnosNcar avaliar para cada alternaNva formular modelar diagnosNcar avaliar Formação AWARE-­‐P Será a rede ideal?
•  Poderíamos também ter entendido que o layout
atual e os diâmetros não são os ideais.
•  Talvez algumas mudanças quer estruturais quer
não estruturais, desde que bem concebidas,
tivessem uma prioridade maior do que utilizar
todo o orçamento numa substituição like-forlike dos componentes em má condição. Formação AWARE-­‐P O caminho para um melhor
sistema
•  A condição dos componentes e a sua
importância relativa ainda poderiam informar
sobre as alternativas em consideração
–  esses componentes que mais necessitam de
substituição ainda poderiam ter sido substituídos…
•  …mas com uma visão mais ampla de um
caminho para um melhor sistema, em vez de
uma coleção de partes melhores. Formação AWARE-­‐P Decisão
•  Avaliação sistemática e comparação de
alternativas •  para os cenários relevantes, •  com base em métricas e metas pré-selecionadas, teria facilitado a comunicação e negociação entre as partes
interessadas internas e externas.
Formação AWARE-­‐P Uma palavra sobre cenários e
alternativas
•  Cenário: conjunto de factores condicionantes
não controláveis pelo decisor
–  Ex.: evolução demográfica, económica, legal, política,
…
•  Alternativa: opção considerada no processo de
decisão –  Ex.: renovar ou substituir uma instalação de
tratamento; gerir/reduzir o consumo ou aumentar a
oferta
Formação AWARE-­‐P Para cada métrica…
Para cada métrica…
Para cada métrica…
Ou para cada alternativa…
Ou para cada alternativa…
Ou para cada alternativa…
Ou ainda todo o conjunto
Finalmente
•  As decisões serão menos subjetivas e mais
facilmente quantificadas perante a
Administração ou políticos eleitos.
•  O seu impacto nos objetivos corporativos serão
melhor avaliados. •  A entidade gestora será capaz de melhorar a
monitorização dos resultados, aprender com
eles e agir em conformidade.
Formação AWARE-­‐P Um novo paradigma para a
consultoria portuguesa:
da obra à gestão, do plano diretor ao
plano de GPI
2012-03-23
Serviços públicos de água
•  Final da fase de expansão (obra)
•  Ênfase actual e futura: garantir a gestão
sustentável das infraestruturas que suportam a
prestação de um serviço de qualidade.
Formação AWARE-­‐P Importância da GPI em
Portugal
•  Existem muitas infra-estruturas em estado de
conservação e funcionamento deficientes, a
necessitar investimento
•  Tem-se investido muito em novas infra-estruturas.
Novos investimentos =
novos compromissos a longo prazo
Formação AWARE-­‐P Abordagens corretas de GPI
•  Conduzem ao melhor equilíbrio entre
desempenho, custo e risco, no longo prazo.
•  Processo organizacional, articulando os níveis
estratégico, tático e operacional em torno de
objetivos e metas alinhados.
Formação AWARE-­‐P Pensar os sistemas
•  Cada vez menos é necessário projetar sistemas
novos
•  O desafio é cada vez mais encontrar soluções
técnicas de evolução para as patologias dos
sistemas existentes:
– 
– 
– 
– 
– 
– 
– 
Deficiente estruturação;
Sub- ou sobre-capacidade;
Redundância excessiva / insuficiente;
Ineficiência energética;
Insuficiente/ineficaz setorização;
Falta de flexibilidade operacional;
Ineficaz gestão de armazenamento; etc…
Formação AWARE-­‐P Planeamento tático
•  Não basta pensar em substituir/ reparar
(eternizando deficiências estruturais e
desajustes à evolução da ocupação)
•  Maioria dos redes merecem planos de evolução
mais cuidados
•  Qualidade das soluções técnicas fará cada vez
mais a diferença
Formação AWARE-­‐P Um exemplo expressivo
•  Cidade do centro da Europa
•  Necessidade de não desperdiçar recursos
•  Alinhar ações de curto prazo com necessidades
de longo prazo
Formação AWARE-­‐P Consultoria
•  Todos os agentes – donos de obra, consultores,
utilizador final – beneficiarão da promoção de
critérios de exigência de qualidade.
•  GPI e enquadramentos como o DL194/2009
podem ser decisivos nesse passo
Formação AWARE-­‐P Programa de GPI – em que
consiste?
DL 194 / 209: (Artigo 7.º Entidade gestora dos serviços e
modelos de gestão)
5 — As enNdades gestoras que sirvam mais de 30 000 habitantes devem promover e manter: a) Um sistema de garanNa de qualidade do serviço prestado aos uNlizadores; b) Um sistema de gestão patrimonial de infrastruturas; c) Um sistema de gestão de segurança; d) Um sistema de gestão ambiental; e) Um sistema de gestão da segurança e saúde no trabalho. Formação AWARE-­‐P Outros fatores de oportunidade
No país:
•  Alargamento da regulação a todas as EG
•  Índice de conhecimento infraestrutural
•  Requisitos de informação dos DL 194 e 195 de
2009
•  Condições de acesso a fundos estruturais
•  A iniciativa iGPI
Formação AWARE-­‐P Outros fatores de oportunidade
Internacionalmente:
•  Portugal com posição privilegiada em termos de
conhecimentos técnicos e científicos de GPI
(AWARE-P, TRUST, IWA SAM, IWA OMN) –  A consultoria portuguesa pode criar um fator
diferenciador na sua oferta
•  A PPA
Formação AWARE-­‐P Metodologia e software
AWARE-P
•  Uma metodologia abrangente de GPI
•  Um software destinado a suportar o
planeamento e a tomada de decisão
Formação AWARE-­‐P Visita guiada pelo software
AWARE-P
2012-03-15
Discussão
2012-03-15
Tópicos
•  Mercado •  Evolução do objeto da consultaria de
engenharia •  Fatores diferenciadores:
–  Domínio dos conhecimentos de GPI
–  O software AWARE para apoio direto à consultoria de
engenharia
–  O AWARE-P como linguagem normalizada de
comunicação
•  Formação e credenciação
•  Regulação regulamentação técnica
Formação AWARE-­‐P www.aware-p.org
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