INSTRUÇÕES DE COLHEITA A – EXTRACÇÃO SANGUÍNEA A

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INSTRUÇÕES DE COLHEITA A – EXTRACÇÃO SANGUÍNEA A
INSTRUÇÕES DE COLHEITA
A – EXTRACÇÃO SANGUÍNEA
A punção deve realizar-se em condições estéreis, evitando a estase venosa motivado por uma extracção
demasiado prolongada e uma pressão excessiva do garrote. Algumas determinações requerem a extracção
sem estase venosa, sob indicação da lista de análises.
Recolher o sangue obtido para o tubo adequado, consoante o análise solicitada, misturando suavemente
por inversão.
A hemólise e a lipémia da amostra, podem interferir em maior ou menor medida com a determinação
efectuda (uma extracção difícil ou qualquer movimento brusco podem originar hemólise).
Sangue total: Recolher o sangue extraído no tubo com o anticoagulante correspondente (*) (ver lista de
análises) e misturar suavemente por inversão.
(*) Se a lista de análises não especifica anticoagulante, pode usar-se qualquer dos usuais (EDTA).
Plasma: Recolher o sangue extraído no tubo com o anticoagulante correspondente (ver lista de análises) e
misturar suavemente por inversão.
Nota: No caso da colheita ser para estudo da coagulação (plasma citrato) o volume tem que ser
obrigatoriamente até ao traço do tubo.
Soro: Recolher o sangue extraído para um tubo sem anticoagulante.
Soro sem aditivo: Recolher o sangue por método clássico (seringa e agulha) para um tubo sem activadores
de coagulação, solicitado ao Laboratório Central.
B – URINA
Urina: Se não se especifica na lista de análises, a amostra pode ser colhida numa micção ao acaso. A
amostra deve ser enviada assim que possível ao laboratório.
Urina (Bacteriológica): Recolher num frasco esterilizado, após lavagem dos órgãos genitais externos com
água abundante e sem secar, a primeira urina da manhã, rejeitando o primeiro jacto ( recolher jacto
intermédio da micção ).
*Condições de conservação: refrigerada. Enviar assim que possível a amostra ao laboratório.
Urina de 24 horas: Ao levantar-se pela manhã, urinar e desprezar esta urina; a partir deste momento,
recolher num recipiente adequado toda a urina até ao dia seguinte à mesma hora (incluindo esta).
*Condições de conservação: variam consoante a análise solicitada, e especificam-se na lista de análises.
Enviar assim que possível a amostra ao laboratório.
C - FEZES
Estudo de gordura nas fezes: Recolher 3 amostras de fezes de 3 dejecções diferentes consecutivas em 3
frascos esterilizados (encher só a quantidade da colher).
*Condições de conservação: refrigerada. . Enviar assim que possível a amostra ao laboratório.
Parasitas nas fezes:
INSTRUÇÕES DE COLHEITA
Geral. Recolher fezes recentes num frasco esterilizado, evitando contaminação com urina ou outras
secreções (colher só a quantidade da colher). Previamente o doente deve evitar antidiarreicos, supositórios
ou laxantes à base de óleo.
*Condições de conservação: refrigerada. Enviar assim que possível a amostra ao laboratório.
1 Amostras de Helmintas adultos: Os helmintas ou os proglótides das ténias podem ser eliminados com
ou sem fezes. Enviar ao laboratório o helminta ou proglótide depois de separado do material fecal, num
frasco com solução salina ou água, por outro lado as fezes recentes num frasco esterilizado.
*Condições de conservação: refrigerada. Enviar assim que possível a amostra ao laboratório.
2 Outros (Bacteriológico ou coprocultura; Adenovirus e/ou Rotavirus; sangue oculto; etc ): Recolher
fezes recentes num frasco esterilizado (colher só a quantidade da colher).
*Condições de conservação: refrigerada. Enviar assim que possível a amostra ao laboratório.
D – FLUIDOS DE VIAS RESPIRATÓRIAS
Expectoração: De manhã, ao levantar, deve enxaguar-se previamente a boca com água, expectorar
profundamente e recolher a amostra para um frasco esterilizado.
*Condições de conservação: à temperatura ambiente. Se só for solicitado o estudo de micobactérias (BK)
pode refrigerar-se. Enviar assim que possível a amostra ao laboratório.
Outros ( Broncoaspirado, lavado bronco-alveolar, aspirado gástrico, etc.): Recolher a amostra num
frasco esterilizado.
*Condições de conservação: temperatura ambiente, se só for solicitado o estudo de micobactérias (BK)
pode refrigerar-se. Enviar assim que possível a amostra ao laboratório.
E – ESPERMA
1. Espermograma: Recolher todo o volume de amostra obtida por masturbação para um frasco
esterilizado.
1.1 Estudo de fertilidade:
- O doente deve manter abstinência sexual nos 3 dias anteriores à recolha da amostra.
- Após a obtenção do esperma, este deve chegar até 2 horas ao laboratório para uma correcta
valorização.
1.2 Estudo pós-vasectomia:
- não são necessários os requisitos anteriores.
*Condições de conservação: temperatura ambiente.
2 Outros ( Cultura, bioquímica, etc. ): Recolher a amostra obtida por masturbação para um frasco
esterilizado.
*Condições de conservação: temperatura ambiente, excepto para as determinações bioquímicas em que a
amostra deve ser refrigerada. Enviar assim que possível a amostra ao laboratório.
INSTRUÇÕES DE COLHEITA
F – HEMOCULTURA: a extracção sanguínea deve realizar-se em condições extremas de esterilidade,
recolhendo o sangue em frascos aeróbios e anaeróbios.
- Obter o sangue antes da administração do tratamento e de preferência durante os períodos febris.
- Para descartar contaminação é conveniente obter 2 ou 3 amostras de sangue separadas dentro de um
prazo curto de tempo (0,5 a 1 hora ).
( Desta maneira, se duas ou mais amostras são positivas para um mesmo microorganismo, o resultado é
positivo ).
- Desinfectar adequadamente a pele no sítio eleito para a punção com álcool a 70%, durante 1 minuto,
obrigatoriamente. Deixar evaporar.
- Introduzir o sangue ( 5 ml em cada frasco ) injectando nos frascos aeróbio e anaeróbio: previamente devese desinfectar a rolha de borracha dos frascos com e álcool a 70% e flamejar a agulha da seringa antes de
injectar o sangue em cada frasco.
- Misturar invertendo suavemente os frascos.
*Condições de conservação: estufa a 37ºC ( não refrigerar ), sendo importante enviar a mostra ao
laboratório o mais rápidamente possível.
G – CABELO, PELE E UNHAS: MICOSES
1 Couro cabeludo e cabelo:
- Examinar o doente e procurar pelada de cabelo, cabelos quebrados ou lesões no couro cabeludo.
- Obter escamas, crostas, partes do cabelo afectado ou material do bordo das lesões
- Colocar o material numa caixa de Petri e fechá-la.
2 Raspado de lesões da pele, crostas ou escamas:
- Raspar o bordo da lesão com uma lâmina de bisturi estéril e recolher o material raspado; se a epiderme
está um pouco desprendida, recolher porções desta.
- Colocar o material numa caixa de Petri e fechá-la.
3 Raspado, cortes e fragmentos de unhas:
- Raspar as lesões ou a zona afectada com uma lâmina de bisturi estéril e recolher o material raspado;
também se devem cortar pedaços de unhas afectadas e recolher os detritos de debaixo da unha.
- Colocar o material numa caixa de Petri e fechá-la.
*Condições de conservação: temperatura ambiente. Enviar assim que possível a amostra ao laboratório.
H – EXSUDADOS
1 ADN Virus Herpes / Virus papiloma humano: Recolher a amostra com zaragatoa de alginato de cálcio
sem meio de transporte, aplicado sobre a zona de suspeita da lesão.
*Condições de conservação: refrigerada. Enviar assim que possível a amostra ao laboratório.
INSTRUÇÕES DE COLHEITA
2 Culturas: Recolher a amostra mediante zaragatoa com meio de transporte.
*Condições de conservação: temperatura ambiente. Enviar assim que possível a amostra ao laboratório
2.1 Exsudado conjuntival: Aplicar a zaragatoa no fundo do saco lacrimal.
2.2 Exsudados faringo amigdalino: Fazer com que o doente abra bem a boca e baixar a língua com uma
espátula, aplicar a zaragatoa na faringe posterior, evitando o contacto com as paredes laterais da cavidade
bucal.
2.3 Exsudado nasal: Introduzir a zaragatoa na fossa nasal até encontrar a resistência e fazê-la rodar na
mucosa nasal.
2.4 Exsudado do ouvido: Após lavagem do canal auditivo externo com soro fisiológico, aplicar a
zaragatoa o mais profundamente possível .
2.5 Exsudado vaginal: Introduzir a zaragatoa na vagina tão profundamente quanto possível e fazê-lo rodar
esperando uns segundos para que a secreção seja absorvida.
No caso de pesquisa de Clhamydia trachomatis, utilizar zaragatoa e meio de transporte adequados, fazendo
a colheita por raspagem endocervical.
2.6 Exsudado uretral: Após um periodo mínimo de 1 hora desde a última micção por parte do doente (
para evitar contaminação ), introduzir a zaragatoa na uretra uns 2-4 cm e fazê-la rodar suavemente.
No caso de pesquisa de Clhamydia trachomatis, utilizar zaragatoa e meio de transporte adequados, fazendo
a colheita por raspagem uretral.
2.7 Exsudado duma ferida: Antes de qualquer tratamento ou desinfecção.

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