reflexões sobre o crescimento

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reflexões sobre o crescimento
economia
reflexões sobre
o crescimento
SEMINÁRIO LIDE reúne o ministro Guido Mantega, o presidente
do Banco Central, Henrique Meirelles, e 300 CEO’s para
discutir a superação econômica de 2009 e projetar 2010
O ministro da Fazenda, Guido Mantega: “O LIDE teve importância
fundamental para o resgate da confiança na economia brasileira”
O
Plateia de 300 CEO’s no Seminário Econômico LIDE: troca dinâmica de informações
2 - LIDE
ministro da Fazenda, Guido Mantega, não poderia
ter sido mais claro e objetivo. Na abertura do Seminário LIDE ECONÔMICO de fevereiro, que também contou com
exposição do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles,
ele fez questão de agradecer ao
Grupo de Líderes Empresariais pelo papel desempenhado
pelas empresas associadas na recuperação da economia brasileira diante da crise mundial. “Quero registrar a importância fundamental para o restabelecimento
do clima de confiança na nossa
economia que foi desempenhado pelos empresários que fazem
parte do LIDE”, disse Mantega,
diante de uma plateia de mais de
300 CEO’s, reunidos no salão de
conferências do hotel Caesar Park,
em São Paulo. “Essa atitude positiva e proativa foi crucial porque,
como sabemos, a primeira coisa
que vai embora numa crise é a
confiança”. O Seminário LIDE
ECONÔMICO atraiu a presença
de mais de uma centena de jornalistas, dos principais veículos
de comunicação do país.
Na mesa debatedora, um representativo grupo de CEO‘s deu sua
contribuição ao evento com intervenções a respeito do desempenho
de suas empresas e setores ao longo
de 2009. Fizeram parte da mesa o
presidente da Nestlé no Brasil, Ivan
Zurita, o presidente do Grupo Pão
de Açúcar, Abilio Diniz, o presidente da Philip Morris, Amâncio Sampaio, o presidente da Rede Record,
Alexandre Raposo, o presidente da
Whirlpool, José Aurélio Drummond
Jr., o presidente da Tetra Pak, Paulo
LIDE - 3
economia
“A crise global mostrou
para todo o mundo que a
capacidade de adaptação
do empreendedor
brasileiro fez a diferença”,
afirmou Henrique Meirelles
4 - LIDE
Nigro, o presidente do Terra, Paulo
Castro, o senador Aloizio Mercadante
(PT-SP) e o presidente da Doria Associados e do LIDE, João Doria Jr. “Temos em comum a intenção de ajudar o Brasil a crescer”, disse Doria.
Sem exceção, todos os empresários relataram um ano de forte atividade. “Em 2009, passamos a ocupar a segunda posição em vendas
mundiais, atrás apenas dos Estados
Unidos”, contou Ivan Zurita. “Nas
minhas reuniões com o board mundial da Casino, o Brasil não é mais
visto como problema, mas como
solução”, relatou Abilio Diniz, do
Grupo Pão de Açúcar. “Um dos setores mais sensíveis da economia,
posso dizer que as vendas de em-
balagens estão num ciclo de alta
muito favorável”, acentuou Paulo
Nigro, da Tetra Pak. “O Brasil está
prestes a se tornar o terceiro maior
mercado de computadores do mundo”, lembrou Paulo Castro, do Terra. “Essa situação é emblemática
das condições objetivas que a sociedade brasileira apresenta para
crescer ainda mais”.
O ministro Guido Mantega
destacou a coragem do empresariado nacional no enfrentamento
da crise mundial, especialmente
em seu início, na virada de 2008
para 2009. “Num momento daqueles, a maioria teria se encolhido, mas no Brasil foi diferente, com as empresas agindo com
Us ra serepre stisqui
dolorem facepera Ullaute
Pores a dit etur, sunt dem.
Pa diaerum fugiae placeri
Brasil criará mais empregos no Mundo
% de crescimento
Crescimento acima de 8%
Crescimento entre 5% e 8%
6.0 3.03.0
Espanha
3.0 10.0
14.0
Alemanha
18.0
Itália
França
14.0
5.0
7.0
11.0
7.0
20.0
Holanda
México
29.0
Japão
17.0
Rússia
11.0
10.0 3.0
13.0
10.0
20.0
Mundo
23.0
8.0
7.0
9.0
7.0
7.0
25.0
Estados
Unidos
Reino
Unido
14.0
9.0
30.0
Austrália
Canadá
Coreia
18.0
30.0
15.0
19.0
10.0
7.0
15.0
3.0
17.0
23.0
China
13.0
23.0
Índia
27.0
7.0
17.0
13.0
23.0
27.0
Crescimento acima de 5%
Brasil
coragem e confiança”. Mantega
lembrou que o Índice de Confiança
na Indústria (ICI) apresentou uma
curva de elevação ao longo do ano
passado, saindo de 95 em fevereiro para chegar aos 113 em dezembro. “Isso demonstra que os senhores confiaram na ação do governo
e souberam aproveitar as oportunidades que buscamos criar pelo
incentivo do consumo”, frisou. Ele
traçou um panorama bastante favorável para o crescimento econômico em 2010 e nos próximos
anos. “O otimismo é tanto que o
mercado já está ultrapassando o
ministro da Fazenda”, comparou,
com bom humor. Mantega referiu-se às projeções para o crescimento do PIB neste ano, que para
alguns especialistas pode chegar
à casa dos 6%. “A minha estima-
* 13º pesquisa de consultoria com 1198 líderes empresariais de mais de 50 países realizada para o Fórum Econômico Mundial
Fonte: PricewaterhouseCoopers Elaboração: Ministério da Fazenda
tiva é de crescermos entre 5% e
5,5%, mas já tem gente falando
até em 6,5%”, contou. “Tomara
que eles estejam certos”.
A demanda do mercado interno,
de acordo com a exposição do ministro Guido Mantega, continuará
a ser o principal motor do desen-
O evento foi mediado
pelo presidente do
LIDE, João Doria Jr.
“Nós todos temos em
comum a intenção de
ajudar o Brasil a crescer”
LIDE - 5
economia
6 - LIDE
Índice de Confiança da Indústria
Dez 09
109.6
Nov 09
100,7
Out 09
103,6
Set 09
100,2
Ago 09
95,7
Jul 09
90,6
Jun 09
87,0
Mai 09
82,6
Abr 09
78,0
Mar 09
76,2
Fev 09
Jan 09
74,1
75,7
Fonte: FGV
113,4
Com ajuste sazonal
Dez 08
“Posso dizer que as vendas de embalagens estão
num ciclo de alta muito favorável”, afirmou o
presidente da Tetra Pak, Paulo Nigro (à dir., ao lado
do presidente da Philip Morris, Amâncio Sampaio)
“Em 2009, passamos a ocupar a segunda
posição em vendas mundiais, atrás apenas dos
Estados Unidos”, contou o líder da Nestlé,
Ivan Zurita (à dir., ao lado de Henrique Meirelles)
81,7
volvimento econômico brasileiro.
No telão, ele mostrou números que
apontavam uma retração de 6,6%
nas vendas de varejo nos Estados
Unidos e de 5,3% no Japão, entre
janeiro e novembro de 2009. No
Brasil, ao contrário, os indicadores
do Ministério da Fazenda revelaram
no mesmo período um crescimento
de 5,5% no comércio varejista. No
setor automobilístico, sublinhou o
ministro, o país deu um show, chegando a um crescimento nas vendas de 12,6% entre 2008 e 2009,
com 3,1 milhões de unidades novas compradas pelo público no ano
passado. Com esses dados, Mantega projetou um cenário muito positivo para as indústrias brasileiras.
Diante de uma retração na produ-
de crescimento econômico, o presidente do BC convidou os CEO‘s
integrantes do LIDE a renovarem o
que chamou de Pacto de Sustentabilidade. “O primeiro passo neste
sentido é blindar a economia dos
efeitos das eleições presidenciais”,
indicou. “Nós, do governo, iremos
manter o nosso compromisso com
a solidez fiscal e monetária”, continuou. “Do lado empresarial, acredito que os senhores devam manter o desempenho normal de suas
companhias, não aceitar provocações, não acreditar em distorções e
tomar muito cuidado com o canto
das sereias”. Para Henrique Meirelles, o empresariado deve exigir bons compromissos dos candidatos, independentemente da filiação partidária. “O importante é
preservarmos o compromisso com
a manutenção dos fundamentos
da economia e as políticas bemsucedidas de crescimento”, concluiu, sob aplausos.
n
Nov 08
“Nas minhas reuniões
com o board mundial da
Casino, o Brasil não é mais
visto como problema, mas
como solução”, relatou o
presidente do Grupo
Pão de Açúcar, Abilio Diniz
(à dir., ao lado do senador
Aloizio Mercadante )
ção industrial de 5,3% em 2009, o
ministro acredita num índice positivo de 7% em 2010. “Vocês já estão recuperando o terreno perdido
com a crise”, afirmou, sendo muito aplaudido.
O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, ocupou
a tribuna exibindo um largo sorriso. “O pacto do bem, a favor do
Brasil, do qual os senhores tomaram parte, deu certo”, afirmou. “A
crise global mostrou para todo o
mundo que a capacidade de adaptação do empreendedor brasileiro
fez a diferença”. Igualmente apresentando uma série de gráficos a
respeito do desempenho da economia em 2009, Meirelles demonstrou que as empresas nacionais se
tornaram mais eficientes. “O Brasil
potência já é uma realidade”, anotou. “Nosso mercado interno será
de 1 trilhão de reais já em 2012, o
que é um feito espetacular”.
Para manter e acelerar a curva
Elaboração: Ministério da Fazenda
LIDE - 7

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