BOLETIM PECUARIO
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BOLETIM PECUARIO
• MINISTÉRIO DA MIN1STERE SECRETARIA; ['DE ECONOMIA DE L'ÉCONOM1H ESTADO SECRÉTARIAT D'ÉTAT DIRECÇÃO GERAL DIRECT10N GÉNÉRALE DA AGRICULTURA DE L'AGRICULTURE DOS SERViÇOS DES SERVICES 4.a PECUÁRIOS VÉTÉRINA1RES REPARTIÇÃO 4' BUREAU 4 1965 ANO XXXIII , BOLETIM PECUARIO BULLETIN VÉTÉRINAIRE . SUMARIO SOMMA1RB o PORCO ALENTEJANO Le pore Teófilo «Alenteiano» Lopes Frazão SUBSÍDIO PARA O ESTUDO DA ESPÉCIE ASININA NACIONAL Espéce asine nationate C. M. Barreiros Nunes Duarte SUBSÍDIO PARA O ESTUDO DO GADO MUAR Mulets C. M. Barreiros Nuues Duar te RAÇA TURINA OU HOLANDO-PORTUGUESA Raee booine José cttotando-Portuguesa» A. Carrilho MACARLO, Ralo LDA. SUBSIDIO P ARA O ESTUDO DA ESPECIE ASININA NACIONAL Por CARLOS M. B. NUNES DUARTE ORIGEM Sobre a origem dos asininos actuais há duas teorias. Uma defendida por Keller que sustenta haver dois ancestrais, um originário da Síria e da Arábia e outro oriundo da Somália. Darwin admite um agriotipo comum, o asno selvagem da estepe que viveu em África nas zonas altas do Nilo, na Sornália e Etiópia, conhecido pelo nome de onagro. É esta última que tem maior número de adeptos de entre os quais citamos o naturalista espanhol A. Cabrera que diz: «o plebeu borrico tem uma genealogia muito mais limpa que o nobre cavalo, o qual é poliiilético, ou seja descendente de três antecessores diferentes, domesticados por diferentes povos.» Embora no ocidente o cavalo tenha sido utilizado primeiro burro, no oriente sucedeu o contrário. de Gizé, que surgem os primeiros Ele aparece juntamente É nas gravuras que o das pirâmides vestígios dar domesticação do asno. com o gado vacum e ovelhas nos desenhos que representam a vida do povo que viveu no Egipto no ano de 3000 antes de, Cristo. O aparecimento do cavalo só se verifica 1500 anos depois. É curioso verificar que a primeira aplicação que deram ao burro foi o emprego da sua carne na alimentação. Ainda hoje o oélebre salsichão de Lião tem entre os seus constituintes carne de burrinho de leite. Embora rior à a domesticação desta espécie date de época muito ante- do cavalo, a sua difusão no mundo tem sido muito menor que a deste, pois o burro é desconhecido Indochina, Insulíndia, Austrália nos países do norte da Europa, e só há relativamente poucos anos entrou na América do Norte. Em consequência da situação geográfica e por muitas vicissitudes históricas, uma das primeiras áreas de expansão foi o sul da Europa - 39- onde encontrou condições ecológicas e meios de exploração Então com o andar dos tempos, diferentes. o gado asnal que no princípio da sua domesticação era um animal pequeno, com um metro de altura, passou a alcançar estaturas peias de solos férteis. É na Península Guadalquivir, fertilidade superiores Ibérica, a 1,30 metros nas regiões euro- principalmente que os asininos adquirem nos aluviões do Ebro maior e volume, não só pela das regiões, mas ainda pelos cuidados de que era revestida a sua exploração, absolutamente justificada pelo interesse na produ- ção de híbridos, a qual data já de muitos anos A. C., lutando-se sempre com a dificuldade da pequena estatura tém no jumento comum actual. do burro primitivo que se man- Na espécie asinina as diferenças étnicas são menos acentuadas do que em qualquer outra e, por isso, há poucas raças e, dentro destas, os caracteres diferenciais são fundamentalmente Sanson faz a distinção em Dolicocéfalos Aos Dolicocéfalos portanto correspondem os mais próximos o perfil e a alçada. e Braquicéfalos. os asininos de pequena da forma originária estatura, aos quais chamou o Equus asinus ajricanus. Aos Braquioéfalos pertencem os animais de maior massa que apa- receram no sul da Europa mercê do clima, natureza do solo, alimen- tação e métodos diferentes de exploração e selecção; factores que segundo os zootecnistas, tiveram influência decisiva na maior estatura destes animais que Sanson designa por Equus asinus europeus. -A Espanha há muitos anos tem dedicado especial atenção à criação e melhoramento da Catalunha, deste último tipo, principalmente Andaluzia, Zamora e Lião. Em França são célebres os burros A Itália, a seguir à Espanha, população asnal. A raça Espanhola interesse nas províncias na indústria da Catalunha mulateira, de Poitou. é a nação que conta com maior foi e é a que despertou não só na Europa, América para onde foram exportados reprodutores maior mas também igualados. Sobre esta raça diz o Dr. Juan de Castro y Valero, catedrático Zootecnia da Escola Central de Veterinária -40 - na por preços jamais de-Madrid : «', :.os de selectos exemplares da regiao Catalã tipicamente a primitiva raça Europea de Sanson, cujo centro de formação, de apreciação e de irradiação ou dispersão o imortal Zootecnista francês coloca nas terras do centro hispânico que circundam as ilhas Baleares, havendo-se estendido depois esta raça asnal para o Nordeste (Itália), Oeste (Salamanca, Zamora, Lião, etc.) e Noroeste (Gasconha e Poitou ).» Ainda a propósito das raças asininas, Dechambre diz: «A espécie asinina é muito menos polimorfa que a do cavalo, as variações são menos acentuadas e as raças menos numerosas.» o mesmo autor faz a seguinte classificação: mediolíneas, Raças hipermétricas - eumétricas Raça Poitou e de perfil recto Raça comum brevilíneas elipométricas hipermétricas - Raça do Egipto longilíneas Raças eumétricas de perfil convexo Raça da Gasconha e Catalunha Raças do Norte de brevilíneas, elipométricas Africa e da Europa meridional Na população asmma de Portugal as raças mais ou menos disseminadas encontram-se vestígios de todas por todas as regiões. Naturalmente sente-se uma maior influência das raças espanholas e do tipo africano, perfeitamente explicável pelas relações geográficas e políticas existentes entre o nosso país, a Espanha e o norte de Africa. - 41- EFECTIVO Segundo o arrolamento geral de gado e animais de capoeira tuado em 15 de Dezembro de 1955, o efectivo asinino era de 232497 cabeças, e estava assim distribuído: Viana do Castelo 332 Braga . Vila Real . 47 1820 Bragança . Guarda . 30867 23671 . 15937 Viseu . Porto . 7158 723 Aveiro . 582 Coimbra . 9338 27260 Branco Leiria . Lisboa Santarém . . 22808 Setúbal . 5066 14062 Portalegre . Évora . 9278 6895 Beja . 14412 Faro . 972 Os efectivos lamentos, no continente . Castelo asininos, no Continente, efec- segundo os últimos arro- eram os seguintes: 1934 1940 268 434 asininos 239798 » 1955 232497 O efectivo da espécie asinina revela acentuada » tendência para dimi- nuir. O burro tem sido substituído em número considerável pela bicicleta, micro-motores, auto-bombas e outros mecanizados que a indústria tem posto ao serviço do homem. No entanto, o seu elevado número ponderância extraordinária justifica perfeitamente dos seus _serviços .corno .auxiliar -42 - a predo lavra- dor, do ganadeiro, do pastor, do comerciante e de todos os que necessitam de dispor de um meio de transporte económico, paciente e seguro. Por outro lado, o tipo europeu de grande estatura e peso, apesar de todo o progresso da mecanização da lavoura, não perdeu nada da sua enorme importância na produção de híbridos, o que é justificável pelo acréscimo arrolamentos que se verifica na produção de muares, segundo os atrás citados. 1934 1940 121 799 muares 122832 » 1955 127354 » nISTRIBUIÇÃO GEOGRÁiFICA, MÉTODOS DE EXPLORAÇÃO E ALIMENTAÇÃO Os asininos são animais originários de climas quentes e secos e de difícil adaptação a baixas temperaturas. Não admira portanto que, num país de clima temperado como o nosso, esta espécie seja explorada em todos os distritos. A sua distribuição geográfica é muito desigual e não há factores concretos que a determinem. A natureza das culturas, com predominância do sequeiro, as regiões montanhosas de difíceis comunicações e a necessidade do comércio rural inter-regional, parecem explicar de alguma maneira as variantes dos efectivos desta espécie nas diferentes regiões. O burro é um poderoso auxiliar do proletariado rural, sendo nesta camada social que se encontra o maior número dos seus donos. Como neste meio o nível de vida é baixo, ele sofre as consequências dessa circunstância. Pratica os trabalhos mais rudes, sujeito a maus tratos e a uma alimentação insuficiente e regateada, sem perder a energia e rusticidade próprias da espécie. Vive normalmente isolado porque os possuidores raramente têm um número superior a dois animais. O seu regímen alimentar é geralmente misto. Quando há pastagem nos vaIados, baldios ou montes, lá - 45- está o burrinho preso à corda a aproveitá-la. No estábulo come palha de trigo, centeio ou milho conforme a região, raras vezes feno, e um pouco de verde nos meses em que o há com abundância. Os concentrados não contam na alimentação desta espécie. Regime alimentar de asininos em algumas regiões: BRAGANÇA Primavera - pastagem no lameiro e palhas. Verão - pastagem no lameiro e 1 a 2 litros de centeio em grão ou farinado nos dias de serviço mais intenso. Outono - pastagem no lameiro e palhas. Inverno - pastagem no lameiro e palhas no estábulo. LEIRIA Palha de milho e outras, feno, ervas e desperdícios Raramente de horta. concentrados - um pouco de milho. FARO Palhas e pastos. Concentrados muito trabalho. aveia e fava em partes iguais, mas só quando há FINS DE EXPLORAÇÃO Embora a reprodução destes animais se faça sem método nem cuidado, os donos não fazem beneficiar as suas fêmeas regularmente, porque não lhes interessa a criação. Esta viria prejudicar o rendimento no trabalho e a cria não tem valor suficiente para o compensar. Quando a natureza do serviço é de molde a não ser prejudicado pela gestação e amamentação, então a burra acumula a função repro.dutora. Como curiosidade, não resistimos à tentação de transcrever há vinte séculos Columela disse sobre a espécie asinina: -44- o que este animal vil e comum, como querem a maior parte dos autores das coisas do campo, que quando se trata de comprar e manter bestas de carga, é ele logo que se pretende adquirir, e com razão, porque se pode manter mesmo que seja em um campo que careça de pastagem, pois se contenta com pouca forragem e com qualquer que seja. Alimenta-se com folhas de árvores, matas espinhosas, rama de salgueiro ou com sarmentos. Com a palha que abunda em quase todos os países ainda se põe gordo. Aguenta muito bem a incúria dum borriqueiro e não menos os golpes de escassez; é mais difícil de perder as forças do que qualquer outro animal; como resiste sobremaneira ao trabalho e à fome reage da mesma maneira às doenças. Este animal, cujo mantimento é de tão pouco custo, emprega-se em muitíssimos trabalhos e muito preciosos, maiores do que corresponde ao seu valor, pois não só rompe com arados ligeiros a terra franca como é a da Bélica e a de toda a Líbia, assim como tira os carros quando não têm demasiado peso. Muitas vezes também, como diz o mais célebre de todos os poetas, Vergílio, o condutor de um burrico, pesada o carrega de frutas ordinárias, e ao voltar da cidade traz uma pedra de moinho picada sobre ele, ou uma oarga de pez negro. Toda a fazenda de campo se serve do burrico como do instrumento mais necessârio.» « ••• Passaram terável. vinte séculos e a vida do pobre burro mantém-se inal- Na população asinina do continente, como atrás foi dito, encontra-se os dois tipos da classificação de Sanson, o africano e o europeu. O primeiro disseminado por todo o país e o segundo localizado no distrito de Bragança eem toda a zona ao sul do Tejo, principalmente distritos de Portalegre, Évora, Beja e Faro. nos Os moldes gerais de exploração deste tipo não são diferentes daquele que já foi descrito. Apenas a sua utilização é mais moderada rude. Os donos dedicam obter o maior número especial interesse à reprodução de crias sempre na esperança e menos e procuram de conseguirem um bom reprodutor masculino que logo fica bastante valorizado na indústria mulateira. Quando aparece um produto destes ele é alvo de todos os cuidados alimentares, higiénicos e sanitários com as normas seguidas para os não distinguidos. -45- que contrastam Também é frequente utilizarem as burras na produção de híbridos. Esta prática é seguida normalmente pelos ganhôes, pastores e mais ganadeiros que não dispõem de condições necessárias para suportar encargos que a criação asinina do tipo europeu acarreta. os I CARACTER1STICAS d o tipo dominante é ojumento de raça comum, Equus asinus ajricanus, com alçada entre 1 e 1,10 metros; de cor cinzento ou ruço, ventrilavado; cabeça grande, fronte estreita, orelhas compridas e divergentes; pescoço direito; peito estreito e costelas chatas; linha dorso-lombar . " horizontal, por vezes arqueada e proeminente; descaída, coneiforme : membros ventre volumoso; garupa curtos e delgados, de canelas secas e acurvilhadas (Le Portugal au Point de Vue Agricole). Nas .regiões já atrás assinaladas aparece '0 tipo europeu (Equus asinus europeus). Animais mestiços de uma morfologia mal definida, cujos caracteres são uma mistura variável das diferentes raças (Catalã, Andaluza, Zamorana, principalmente) e tipo africano. Do registo de fêmeas feito pela Estação de Fomento Alto Alentejo extraímos biométricos as seguintes médias, referentes de 202 burras do distrito de Portalegre e 14 da região de Beja: Altura no garrote . 1;385 Altura no meio dorso Altura à entrada da garupa . . 1,353 1,413 Altura na base da cauda . 1,265 1,385 " Comprimento do tronco Altura do tórax : : : :. ; . Largura do tórax Altura' dó esterno ao solo . . Largura . do peito Largura anterior da garupa Largura bicoxo-fernural " - 46- : Pecuário do aos elementos 0,615 0,445 0,770" : 0,334 0,431 . 0,392 I Largura bi-isquiática . Comprimento da garupa . 0,221 0,429 Comprimento da cabeça . 0,584 Comprimento Comprimento da região frontal da face . . 0,272 0,281 Altura do olecrânio . 0,841 Perímetro torácico .. , . 1,505 Perímetro do ante-braço . 0,296 Perímetro do joelho . 0,277 Perímetro da canela . 0,175. Largura da fronte (entre as órbitras) 0,156 PRECOCIDAlDE Apesar dos maus tratos (( da deficiente alimentação asininos são de uma precocidade bastante apreciável. que sofrem, os As fêmeas entram pela primeira vez em cio dos 15 aos 18 meses e é também a Partir serviços. desta idade que normalmente começam. a prestar FERTILIDAlDE As. fêmeas asininas são uníparas, é de 21 dias em média a duração do ciclo estral, o cio dura ,em média 8 dias. As burras, tal como as éguas, apresentam um período explica a baixa percentagem pré-ovulatório muito variável" o que de concepções. O tempo de gestação anda à volta de 380 dias, havendo, no entanto, gestações de 360 e outras de 420 dias. A baixa fertilidade dos equídeos é já proverbial, mas nos asininos ela.é maior não só pelas razões fisiológioas apontadas, mas ainda devido à falta de cuidados de que se. reveste a sua exploração. A, agravar estas circunstâncias, há ainda a crendice errada de que as burras subalimentadas parem produtos masculinos. Esta ideia está mais radicada nos donos das fêmeas de tipo europeu que têm sempre como ambição obter um burro mulateiro. Pode, portanto, concluir-se que a fome e os estados são grandes responsáveis pela baixa fertilidade -47- carenciais da espécie asinina .. PRODUÇÃO DE TRABALHO Diz Santos Aran: «Os serviços prestados pela espécie asinina são numerosos e impor[antes que dificilmente se podem recordar todos. Na casa do agricultor ele é o auxiliar mais importante na agricultura e nas variadas necessidades domésticas; conduz as ferramentas nas cangalhas e, às vezes, o dono sobre os seus lombos; transporta lenha, água, forragem e alimentos; leva grão ao moinho, produtos ao mercado, tira água à nora, conduz o sacerdote para dizer missa, utiliza-se para ir avisar o médico ou o veterinário e comprar medicamentos; serve de brinquedo para as crianças, trabalha intensamente com carga a dorso ou engatado transportando produtos diversos tanto nas altas montanhas como nas projundas minas; transporta com a segurança do seu passo os velhos. Enfim, também leva o bardo, a roupa, provisões dos pastores e é o companheiro inseparável dos ciganos que sulcam o mundo inteiro.» Santos Aran continuando diz ainda: «Tudo contribui para tornar penosa a sua vida, raras vezes estreia arreios à sua medida ou um carro de proporções em relação com o seu tamanho. A coalheiro serviu para outro animal maior ou mais pequeno; a corda, que oprime e fere, em vez de correias bem dispostas. Em consequência disto aparecem as feridas, as lesões, as fracturas, etc. Dos seus cascos nem se ocupam. Por vezes, sobretudo nas épocas de trabalho intensivo no campo, sementeira, colheita, vindima, etc., trabalha horas e mais horas sem descanso até ficar esgotado. Tão especiais e úteis são os serviços do asno, que não 5'e têm sentido afectados pelos progressos da mecãnica.» Embora Santos Aran descreva os métodos de utilização em Espanha, não hesitamos em fazer a sua transcrição do jumento por corresponder perfeitamente à vida desta espécie no nosso país. Devido à variedade do trabalho que produz não é fácil estabelecer uma média do número de dias anuais de utilização e do valor desse trabalho. Segundo elementos colhidos no 3.° Serviço - Inquérito e Carta Pecuária - calcula-se como média 150 geiras anuais com o valor de 10$00 cada. - 48- MELHORAMENTO A multiplicação destes animais nunca foi regulamentada, nem teve entre os possuidores ,de burros o interesse que é geral nas outras espécies. As medidas de fomento têm sido portanto quase nulas. Mesmo no tipo europeu as fêmeas são geralmente beneficiadas garanhões de inferior qualidade. por Quando os há bons são geralmente reservados para hibridação e os donos não consentem o contacto com burras, porque negar-se-iam imediatamente a cobrir éguas. Os Serviços Oficiais têm adoptado medidas de fomento em relação a esta espécie com o fim de melhorar os efectivos asininos de algumas regiões do País que se mostram mais favoráveis à criação do Equus asinus europeus. Assim, fizeram-se importações da Catalunha de reprodutores masculinos e femininos que se estão a reproduzir regularmente na Estação de Fomento P-ecuário do Alto Alentejo cujos produtos são distribuídos à lavoura, uns para hibridação, evitando ou diminuindo as importações frequentes que se faziam, outros para a multiplicação directa. Criaram-se postos de produção asinina dotados com garanhões de pura raça catalã onde são beneficiadas burras que se identificaram e registaram para controlo da descendência que, por sua vez, é sujeita a controlo biométrico e inscrição num livro que irá dar origem ao respectivo livro zootécnico. Novembro, 1959 RESUMÉ L'Auter s'occupe de l'origine ,et, de l'évolution historique de la espece asine, apprécie, sous divers points de vue, les effectifs respectifs, cite les rnodalités de rnultiplication et d'élevage pratiquées, en indiquant les régions correspondantes, fait la déscription des caractéristiques morpho-fonctionelles et réfere Ies rnéthodes d'amélioration de cette .espéce. SUMMARY The Autor tells us about the origin and the historic developrnent of the breeding asinine and appraises the effectives, relates the geographic areas and livestock and giving us a clear description of the morphologic and functional characteristics, , At last he refers to the already and future methodes, in order, to materialize the development of the livestock. BIBLIOGRAFIA BERNARDO LIMA -- Equídeos. CUENCA, C. LUrZ- Zootecnia DECHAMBRE, P. - Traité de Zootéchnie. FAELLI, F. - Razas Bovinas, Equinas, Porcinas, Ovinas y Caprinas. GALLIER, A.- Les Equídés Domestiques. KRONAOHER, C. - Zootenia. RIGE, V. A.- Cria y Mejora dei Ganado. SANTOS ARAN- Cabalos, Mulas, Asnos. ARROLAMENTOS GERAIS DE GADOS DE 1934-1940 -1955. LE ~ORTUGAL AU POINT DE VUE AGRIOOLE. GANADERM - TI.O 181 RELATóRIOS do 3.° Serviço «Inquérito e Carta Pecuária» do Serviço de Reconhecimento Agrário». Parelhas Parelha de Mulas de Mulas "- 51- Burro 'africano Burro africano (parelha) - 52- Burro Europeu Burro Europeu (parelha) - 53-