Antonio Carlos Onofre - Gerenciamento da capacidade instalada
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Antonio Carlos Onofre - Gerenciamento da capacidade instalada
International Clinical Operations Board Gerenciamento da capacidade de próxima geração Colaboração para um fluxo de internação eficiente e clinicamente adequado RESEARCH AND INSIGHTS P E R FO R M A N C E T EC H N O LO G I E S TA L E N T D E V E LO P M E N T ii Gerenciamento de capacidade de próxima geração Equipe de Advisory Board Research Diretores do projeto William Tell Sruti Nataraja Consultores e contribuidores Keren Johnson Eric Fontana Erin Kennedy Margaret Wyche Sarah Calvert Diretor administrativo Andrew Rosen Designer líder Vanessa Shkuda Serviços criativos Lauren Walsh • Sarah Woodburn ADVERTÊNCIA JURÍDICA A Advisory Board Company tem dedicado esforços para verificar a exatidão das informações que fornece a seus membros. Este relatório se baseia em dados obtidos de várias fontes. No entanto, a The Advisory Board Company não pode garantir a precisão das informações fornecidas ou de qualquer análise feita com base em tais dados. Além disso, não é o ramo de negócio da Advisory Board Company prestar assistência jurídica, contábil, médica ou de outra categoria profissional, e seus relatórios não devem ser interpretados como recomendações profissionais. Em particular, membros não devem se basear em nenhum comentário jurídico deste relatório para tomar alguma ação, nem presumir que qualquer tática aqui descrita seria permissível por lei aplicável ou apropriada para uma determinada situação envolvendo um membro. Os membros são aconselhados a consultar os devidos profissionais especializados quanto a questões jurídicas, médicas, fiscais ou contábeis antes de implementar qualquer uma dessas táticas. Nem a Advisory Board Company, nem seus dirigentes, diretores, administradores, funcionários e agentes serão responsáveis por quaisquer reclamações, obrigações ou despesas relativas a: (a) quaisquer erros ou omissões neste relatório, sejam causados pela Advisory Board Company ou por qualquer de seus funcionários ou agentes, ou fontes ou terceiros, (b) qualquer recomendação ou ordem de classificação feita pela Advisory Board Company, ou (c) falha de membro e seus funcionários e agentes, em cumprir os termos aqui estabelecidos. A Advisory Board é uma marca registrada da The Advisory Board Company nos Estados Unidos e em outros países. Os membros não estão autorizados a usar esta marca, ou qualquer outra marca, nome do produto, nome do serviço, nome comercial e logotipo Advisory Board, sem o consentimento prévio por escrito da Advisory Board Company. 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A Advisory Board Company possui todos os direitos, títulos e interesses relativos a este relatório. Exceto como aqui declarado, nenhum direito, licença, permissão ou interesse de qualquer tipo constante deste Relatório se destina a ser dado ou transferido a um membro ou por este adquirido. Cada membro está autorizado a usar este Relatório apenas dentro do limite expressamente aqui autorizado. 2. Nenhum membro deve vender, licenciar ou republicar este Relatório. Nenhum membro deve divulgar ou permitir o uso deste Relatório por (a) qualquer de seus empregados ou agentes (exceto conforme indicado abaixo), ou (b) qualquer terceiro, devendo tomar precauções razoáveis para evitar qualquer divulgação ou uso do Relatório por tais pessoas. 3. Cada membro pode tornar este relatório disponível apenas para seus funcionários e agentes que (a) são registrados no programa de oficinas ou de associação dos quais este relatório é parte, (b) requerem acesso a este relatório a fim de aprenderem com base nas informações aqui descritas, e (c) concordam em não divulgar o presente relatório a outros funcionários, agentes ou terceiros. Cada membro deve usar, e deve garantir que seus empregados e agentes usem, este relatório somente para uso interno. Cada membro pode fazer um número limitado de cópias, apenas conforme adequado para uso por seus funcionários e agentes de acordo com os termos aqui descritos. 4. Nenhum membro pode retirar deste Relatório quaisquer marcas confidenciais, avisos de direitos autorais e outros símbolos comerciais similares. 5. Cada membro é responsável por qualquer violação das obrigações aqui indicadas por qualquer de seus empregados ou agentes. 6. Se um membro não estiver disposto a cumprir alguma das obrigações acima, tal membro deve devolver imediatamente este Relatório e todas suas cópias à Advisory Board Company. © 2013 The Advisory Board Company • 26502 iii Conteúdo Breve argumento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . iv Nossos sinceros agradecimentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . vi Preâmbulo: enfrentando pressões sem precedentes . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 I. Melhoria da visibilidade do leito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9 II. Agilização do tratamento inicial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .21 III. Incorporação de logísticas de alta de pacientes . . . . . . . . . . . . . . . .33 IV. Estímulo ao foco em longo prazo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .47 Epílogo: criação de um envolvimento mais amplo . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61 Apêndice . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69 © 2013 The Advisory Board Company • 26502 iv Gerenciamento de capacidade de próxima geração Breve argumento Problemas de capacidade se sobrepõem a operações e estratégias A crise econômica global criou um futuro financeiro incerto para as organizações de atendimento à saúde em todo o mundo. Devido às prováveis lacunas de orçamento entre a demanda por serviços de cuidados à saúde e os recursos financeiros disponíveis, uma necessidade essencial para muitos administradores hospitalares é passar a utilizar sua "capacidade virtual" para fornecer mais serviços com os mesmos, ou menos, recursos. Na verdade, muitos hospitais foram obrigados a interromper seus projetos de construção ou reduzir o número de leitos planejados. Esses cortes não poderiam vir em um momento mais desafiador, em que as previsões demográficas para as próximas décadas sugerem um aumento substancial da população idosa e, consequentemente, um aumento acentuado na utilização de leitos hospitalares. Um futuro ainda mais assustador População global com 60 anos ou mais Dias de assistência hospitalar nos EUA por 1.000 pessoas, por idade 1,929 2 J bilhões 2 bilhões População 2 milhões 700 milhões J 298 J 0 1950 2050 (E) 2009 1–64 65+ Vidas mais longas aumentam a quantidade de pessoas mais velhas “De todas as pessoas na história humana que chegaram à idade de 65 anos, metade delas vive agora.” Fred Pearce New Scientist Magazine Fonte UN Department of Economic and Social Affairs, “World Population Ageing 2009,” http://www.un.org/; US Census Bureau, “Census 2000, Table 174: Hospital Discharges and Days of Care,” http://www.census. gov; “The Shock of the Old: Fred Pearce, Welcome to the Elderly Age,” New Scientist Magazine, 2755 8.4.2010; entrevistas e análise da Advisory Board. © 2013 The Advisory Board Company • 26502 v Foco desta publicação Perante essas consequências, muitos hospitais têm colocado iniciativas que abordam o fluxo de pacientes internados como parte principal de suas agendas estratégicas e operacionais. O que muitos têm reconhecido é que a taxa lenta de movimentação de pacientes internados é frequentemente associada a processos de má qualidade em toda a sequência de internação. Enquanto muitos dos principais desafios e das melhores práticas não mudaram drasticamente com relação a anos anteriores, instituições progressistas estão adotando uma abordagem mais estratégica de “hospital como um todo”, tentando compreender melhor onde estão as oportunidades de rendimento mais significativas. Essa abordagem também busca formas de envolver todos os grupos, inclusive pacientes, na obtenção de alta qualidade e atendimento eficiente que não prejudiquem o acesso a serviços essenciais. Este relatório descreve estratégias e práticas recomendadas para as seguintes quatro áreas: • Melhoria da visibilidade do leito • Agilização do tratamento inicial • Incorporação de logísticas de alta de pacientes • Estímulo ao foco em longo prazo Novo foco na agilização do atendimento a pacientes internados Obstáculos críticos ao fluxo interno dos pacientes Iniciação vagarosa do atendimento Falhas nos processos de atendimento Práticas vagarosas para dar alta • Má • Não transparência • Atraso na coordenação recuperação dos leitos das logísticas devido à não • Processos clínicos para liberação adesão a práticas morosos do paciente recomendadas baseadas em • Envolvimento indícios inadequado do paciente e da • Prolongamento família do tempo de internação causado por eventos evitáveis (quedas, infecções) Incapacidade de manter aprimoramentos • Falta de dados para incentivar o progresso • Profissionais clínicos não envolvidos Fonte: © 2013 The Advisory Board Company • 26502 entrevistas e análise da Advisory Board. vi Gerenciamento de capacidade de próxima geração Nossos sinceros agradecimentos Conselheiros de nosso trabalho A Clinical Operations Board gostaria de agradecer às seguintes pessoas e instituições que doaram seu tempo e conhecimentos durante todo o processo de pesquisa. Dean Jones Dr. Jeff Greenwald Melanie Webber-Maybank Alfred Health Lisa O’Connor Cardiff and Vale NHS Trust Melbourne, VIC, Austrália Boston Medical Center Cardiff, Reino Unido Boston, MA, EUA Stefan Vanthuyne Anthony Thompson Algemeen Ziekenhuis Damiaan Oostende Dorothy Goulart Lista de verificação Brigham and Women’s Hospital Shropshire, Reino Unido Oostende, Bélgica Boston, MA, EUA Dr. Daniel De Coninck Michael Wilson Algemeen Ziekenhuis Sint-Lucas Brighton and Sussex University Hospitals NHS Trust Silas Nicholls Gante, Bélgica Clatterbridge Centre for Oncology NHS Foundation Trust Wirral, Reino Unido Brighton, Reino Unido Barbara Anspach Peter Kennedy Antelope Valley Hospital Medical Center Karen Carter Clinical Excellence Commission Bumrungrad International Hospital Sydney, NSW, Austrália Lancaster, CA, EUA Bangcoc, Tailândia Sue O’Keefe Mike Bundy Sue Hogan Conwy & Denbighshire NHS Trust Mildred Cocke Calvary Health Denbighshire, Reino Unido Carolina Lopez Canberra, ACT, Austrália Olga Manrique Ron Dunham Rhonda McGhee Tom Bennett Dr. Steve Meyerson Baptist Health South Florida Cambridge University Hospitals NHS Foundation Trust Coral Gables, FL, EUA Cambridgeshire, Reino Unido Counties Manukau District Health Board Auckland, Nova Zelândia Jim Breheny, M.D. Kathryn Bennett Mary Gordon Justin Greenwell Bloomington Hospital Canterbury District Health Board Suzanne Hawksley Bloomington, IN, EUA Christchurch, Nova Zelândia Epworth Freemasons East Melbourne, VIC, Austrália © 2013 The Advisory Board Company • 26502 vii Lauri O’Brien Eric Howell, MD Karen Ward Flinders Medical Center Johns Hopkins Bayview Medical Center Luton and Dunstable Hospital NHS Foundation Trust Baltimore, MD, EUA Bedfordshire, Reino Unido David Dawson Alistair Martin King’s College NHS Foundation Trust Maidstone and Tunbridge Wells NHS Trust Londres, Reino Unido Kent, Reino Unido Stuart Butt Dr. Jim Heffernan Kingston Hospital NHS Trust Massachusetts General Hospital Physicians Organization Melbourne, VIC, Austrália Roxanne Carrol Naomi Dwyer Ged Williams Gold Coast Health Services District Gold Coast, QLD, Austrália Sharon Piersson Hamilton Health Sciences Surrey, Reino Unido Hamilton, ON, Canadá Boston, MA, EUA John Langan Dr. Derek Bell Dr. Timothy Heymann Langan and Schroter Fiona Butler Surrey, Reino Unido Mater Health Services Imperial College Healthcare NHS Trust Londres, Reino Unido Dr. Robert Mallinson Brisbane, QLD, Austrália Paul Bradey Lean HealthCare Academy Lori Larson Yorkshire, Reino Unido Dennis M. Manning Karyl Tamme Ipswich Hospital NHS Trust Suffolk, Reino Unido Misty Goodman Rick Jackson Ben Sawyer Bob Schlotman Jackson Healthcare Michelle Beck Mayo Clinic Dr. Scott Brenner Rochester, MN, EUA Christine Eisenman Karen Harrison Richard Proctor Susan L. Lawrence McKesson Corporation Lehigh Valley Health Network São Francisco, CA, EUA Allentown, PA, Reino Unido Gerard Burns, MD Alpharetta, GA, EUA Karen Belaire Medstar Health London Health Sciences Center Colúmbia, MD, EUA London, ON, Canadá © 2013 The Advisory Board Company • 26502 viii Gerenciamento de capacidade de próxima geração Nossa sincera apreciação Conselheiros de nosso trabalho (cont.) A Clinical Operations Board gostaria de agradecer às seguintes pessoas e instituições que doaram seu tempo e conhecimentos durante todo o processo de pesquisa. Stephen Cornelissen, Chris O’Connor Jane Sawley Mercy Health Open Source Order Sets Royal Prince Alfred Hospital Richmond, VIC, Austrália Toronto, ON, Canadá Sydney, NSW, Austrália Dierdre Barr Kim Briesacher Richard Kirby Newham Healthcare NHS Trust Lori Weigard Londres, Reino Unido OSF Healthcare Sandwell and West Birmingham Hospitals NHS Trust Peoria, IL, EUA West Midlands, Reino Unido New South Wales Department of Health Jennette Bergstrom, RN, MSN Ian Malone Parker Adventist Hospital Southern Cross Healthcare North Sydney, NSW, Austrália Parker, CO, EUA Auckland, Nova Zelândia Dr. Gregor McNeill Chris Snyder, DO Lexie O’Shea Cherry West Peninsula Regional Medical Center Southland District Health Board Raj Verma Norfolk and Norwich University Hospitals NHS Foundation Trust Invercargill, Nova Zelândia Salisbury, MD, EUA Norwich, Reino Unido Steve Hall Lesley Long Lachlan Henderson Ann Farrar Kathy Read St. John of God Health Care Jeremy Rushmer Royal Adelaide Hospital Perth, WA, Austrália Ann Wright Adelaide, SA, Austrália Northumbria Healthcare NHS Trust Dianna Jefferson North Tyneside, Reino Unido David Probert St. Joseph Mercy Oakland Hospital Pontiac, MI, EUA Dr. Matthew Landler Royal Marsden NHS Foundation Trust Northwestern Medical Center Londres, Reino Unido L. Miin Alikhan Evanston, IL, EUA St. Michael’s Hospital Felicity Topp Mark Schumacher Royal Melbourne Hospital Northwestern Memorial Hospital Melbourne, VIC, Austrália Toronto, ON, Canadá Chicago, IL, EUA © 2013 The Advisory Board Company • 26502 ix Bob Bolas Bart ter Horst, Kelly Cooke Suffolk Mental Health Partnership NHS Trust Universitair Medisch Centrum Utrecht Mary Kate Fitzpatrick Suffolk, Reino Unido Utreque, Holanda Brooke Kelly Melva Lee Veerle Baekelandt Mary Ellen Riley Ross Penman Universitair Ziekenhuis Antwerpen Moran Wasson Antuérpia, Bélgica University of Pennsylvania Health System Sandra Jost Victoria Rich, PhD Filadélfia, PA, EUA Sydney Adventist Hospital Wahroonga, NSW, Austrália Philip Monnens Universitair Ziekenhuis Leuven Cheri Hunter Lovaina, Bélgica Pam Proctor, RN, MSN Lisa Romano Paul Gemmel University of Utah Hospital and Clinics TeleTracking Technologies Universiteit Gent Salt Lake City, UT, EUA Pittsburgh, PA, EUA Gante, Bélgica Chris Anderson Rodger Patience James McGowan John Burns Sang Do Shin Townsville Health Services University Hospital of Korea Townsville, QLD, Austrália Seul, Coreia do Sul Barbara Boyne Tim Atack TriHealth, Inc. University Hospitals Coventry and Warwickshire NHS Trust Cincinnati, OH, EUA Coventry, Reino Unido Patti Cochrane Trillium Health Services Christina Hammond Toronto, ON, Canadá University of Nottingham Division of Rehabilitation and Ageing Lori Crippen RN, MSN, CPUR Nottingham, Reino Unido Trinity Medical Center Rock Island, IL, EUA © 2013 The Advisory Board Company • 26502 University of Virginia Health System Charlottesville, VA, EUA Barb Liegel, BSN University of Wisconsin Hospital and Clinics Madison, WI, EUA Mary Ackenhusen Susan Seeman Vancouver Coastal Health, Vancouver, BC, Canadá x Gerenciamento de capacidade de próxima geração © 2013 The Advisory Board Company • 26502 1 Preâmbulo Enfrentando pressões sem precedentes © 2013 The Advisory Board Company • 26502 2 Gerenciamento de capacidade de próxima geração Preocupações com a capacidade de atendimento em função das mudanças demográficas Muitos especialistas acreditam que forças externas exigirão que a maioria dos hospitais, se não todos eles, ajam com relação à capacidade e fluxo de internação para assegurar que o atendimento dos pacientes corra sem problemas. Muitos hospitais já estão adicionando capacidade física e funcionários para conseguir administrar um aumento de demanda, mas continua em aberto a questão se eles serão capazes de atender às demandas com esses aumentos de capacidade. Com a diminuição de recursos financeiros após a crise econômica mundial, muitos hospitais serão pressionados a atender mais pacientes com os mesmos recursos, ou menos. Os fatores demográficos que impulsionam a demanda referente a pacientes são conhecidos há muito tempo, mas só recentemente se tornaram completamente evidentes para os hospitais. O fator mais importante é a população nascida após a II Guerra Mundial, o chamado "baby boom", que começou a fazer 65 anos em 2010. Este grupo é notável não só pela sua dimensão, mas também por sua longevidade, e eles se juntam a um número, já considerado grande, de pessoas com mais de 65 anos. Um relatório da revista New Scientist ressaltou que metade de todas as pessoas que passaram de 65 anos está viva atualmente. Conforme a população mais velha aumenta, seus dias em hospitais também devem aumentar drasticamente. O que enfrentamos Envelhecimento da população Inovação Mudança em padrões de doenças Crescimento da população Migração global Urbanização Um futuro ainda mais assustador População global com 60 anos ou mais Dias de assistência hospitalar nos EUA por 1.000 pessoas, por idade 1.929 2 bilhões J 2 bilhões J População 700 milhões J 200 milhões 1950 2009 298 0 2050 E 1–64 65+ Vidas mais longas aumentam a quantidade de pessoas mais velhas “De todas as pessoas na história humana que chegaram à idade de 65 anos, metade delas vive agora.” Fred Pearce New Scientist Magazine Fonte: UN Department of Economic and Social Affairs, “World Population Ageing 2009,” http://www.un.org/; US Census Bureau, “Census 2000, Table 174: Hospital Discharges and Days of Care,” http://www.census. gov; “The Shock of the Old: Fred Pearce, Welcome to the Elderly Age,” New Scientist Magazine, 2755 8.4.2010; entrevistas e análise da Advisory Board. © 2013 The Advisory Board Company • 26502 Preâmbulo: enfrentando pressões sem precedentes 3 Problemas de capacidade se sobrepõem a operações e estratégias As pressões demográficas enfrentadas pelos hospitais estão aparecendo em um momento em que muitos deles já estão ficando sem capacidade para acomodar pacientes. Em Glenmont Trust, pseudônimo de um hospital inglês, uma ocupação de 91% à meianoite normalmente aumenta para perto de 100% no meio-dia. Isto faz com que os administradores de leitos ajam de maneira reativa e se desesperem para conseguir admitir novos pacientes. Margem de erros zero Ocupação hospitalar, Glenmont Trust1 99% 91% Sempre no limite “Eu tento ter um leito disponível em cada enfermaria a todo momento. A gente faz mudanças, mas a demanda nunca parece se nivelar.” Gerente geral de serviços de emergência do Glenmont Trust Ocupação à meia-noite Ocupação ao meio-dia Trabalho em várias frentes Iniciativas de fluxo de internação nos Farragut Hospitals NHS Trust Pacientes de permanência longa Tempo médio da permanência Hora de liberação no dia Análise GDH Fazendo mais do que ficar patinando “Nossa meta é conseguir ter de 10 a 15 leitos livres, para obtermos um fluxo de internação ideal.Eu preferiria que minha equipe trabalhasse em questões de desenvolvimento do que gastasse seu tempo se preocupando onde está o próximo leito.” Diretor operacional dos Farragut Hospitals NHS Trust 1 Pseudônimo. © 2013 The Advisory Board Company • 26502 1 Com os administradores hospitalares tentando liberar leitos freneticamente, é imprescindível planejar estrategicamente a capacidade de internação de doentes. Nos hospitais Farragut, pseudônimo para um truste NHS no Reino Unido, iniciativas dedicadas a melhorar o fluxo de internação têm sido assunto principal nas agendas dos líderes de equipe, envolvendo projetos para reduzir o tempo de permanência de GHDs específicos, reduzir o número de pacientes de internação longa e dar altas logo de manhã de modo a ter mais leitos livres no meio do dia. Como observa o diretor operacional da Farragut, a meta é ter a todo momento uma margem de segurança em leitos disponíveis e assim aliviar estrangulamentos de capacidade de leitos. Além disso, ter leitos de reserva suficientes permitirá que a equipe executiva se concentre em outros itens estratégicos, como aprimoramento de serviços. Fonte: entrevistas e análise da Advisory Board. 4 Gerenciamento de capacidade de próxima geração Preocupações com a estagnação dos esforços de aprimoramento do fluxo de internação Os esforços recentes dos hospitais para aprimorar o fluxo de internação dos pacientes resultaram no declínio da permanência média ao longo do tempo. Os hospitais têm conseguido atender a mais pacientes com menos leitos do que eram requeridos uma geração atrás, principalmente devido à redução dos dias de internação. Contudo, a taxa de declínio do tempo de permanência tem diminuído nos últimos anos, fazendo com que muitos ponderem se há realmente muitas outras oportunidades para agilizar o fluxo de internação. Tempo de permanência se nivelando nos últimos anos Tempo médio de permanência em dias, EUA 7 19,3% de diminuição em tempo de permanência 5,7 J J J J J J J 4,6 4,6 4,6 J J J J J J J 0 1993 Mesmo com todo o progresso, ainda há desafios relacionados à internação. Na Austrália, por exemplo, um total de 40% dos leitos dos departamentos de emergência é ocupado por pacientes admitidos à espera de transferência para leitos de internação. Por sua vez, esta é a principal causa da superlotação dos departamentos de emergência e dos atrasos no atendimento, o que desagrada os pacientes, chama a atenção da mídia e, cada vez mais, coloca pressão política sobre esses departamentos. Ou seja, a superlotação dos departamentos de emergência devido à falta de leitos para pacientes internados é geralmente resultado do bloqueio de leitos para esses pacientes. Com vários estudos internacionais mostrando que entre 20 a 30% dos dias ocupados dos leitos são clinicamente impróprios, não é uma surpresa que os hospitais tenham dificuldade de encontrar leitos livres. Fonte: 2006 O código ainda não foi desvendado Porcentagem de leitos de emergência Porcentagem de dias de leito ocupados por pacientes à espera clinicamente impróprios de um leito de internação International Studies Austrália 40% 20%– 30% DRG Handbook 2008, Comparative Clinical & Financial Benchmarks, Ann Arbor, MI: Thomas Reuters, 2008; Rasmussen L, et al., “Appropriate Use of Hospital Days in Medical Wards,” Ugeskrift for Laeger 2006, 168: 25–29; Manzoli L, “Evaluation of the Appropriateness of Public Hospital Use Using AEP in the Abruzzo Region of Italy: Results by Hospital and Ward,” Innali di Igiene, 2008, 20: 365–387; Richardson D, “Access Block Point Prevalence Survey,” Australasian College of Emergency Medicine, 2008; entrevistas e análise da Advisory Board. © 2013 The Advisory Board Company • 26502 Preâmbulo: enfrentando pressões sem precedentes Iniciativas de internação espalhadas por toda a unidade Patologia: projeto enxuto para diminuir o tempo de retorno de testes Enfermaria de cardiologia: colocando ordens de alta ao lado dos leitos dos pacientes Emergência: iniciativa para criar rastreamento rápido Abordagem estratégica necessária para o sucesso “Nós conseguimos agilizar o fluxo de internação concentrando nossa atenção somente em práticas que estejam de acordo com as metas de longo prazo do hospital, adequando-as aos pontos fortes e de apoio dentro da organização.” Diretor, Fluxo de pacientes Hospital público, Toronto, Canadá Uma prática recomendada não é adotada em todo o hospital Padrões de alta de pacientes em hospital escola europeu Enfermaria de ortopedia Enfermaria médica geral 11h00 • Alto uso de listas de verificação e processos para liberação do paciente dentro do prazo • Práticas de alta de pacientes não padronizadas • Rodas dos médicos no início da manhã para dar alta aos pacientes • Rodas dos médicos no final da tarde Prática recomendada inconsciente “Enquanto o departamento de ortopedia é altamente protocolizado, com um processo de liberação de pacientes bem coordenado e sem problemas, resultando em permanências curtas, outras enfermarias são conhecidas por práticas que levam a permanências longas.” Muitos hospitais reconhecem que os problemas de fluxo de internação são criados por fatores desvinculados de departamento ou unidade em especial. Infelizmente, os hospitais têm dificuldade de fazer um progresso unificado no fluxo de internação como um todo. Mesmo com a adoção de iniciativas significativas, os resultados são geralmente limitados ou se esvaecem rapidamente. Uma das razões deste problema é a natureza compartimentada de muitos hospitais. Na melhor situação, uma melhora no fluxo de internação em um departamento pode resultar em aprendizado colaborativo ou compartilhado com outros departamentos. Em muitos casos, porém, o trabalho ocorre em áreas isoladas do hospital em vez de integrar uma estratégia mais abrangente. Como os procedimentos de internação frequentemente são compartimentados, é comum que o desempenho em fluxo de pacientes seja bom em algumas áreas dos hospitais e ruim em outras. Em um hospital escola europeu, dirigentes relatam que a enfermaria de ortopedia é um exemplo de prática recomendada: médicos e enfermeiros fazem extenso uso de listas de verificação e de outros processos para assegurar que os pacientes recebam alta dentro da programação. Como resultado, a maioria dos pacientes sai dentro do horário previsto e o fluxo de pacientes é otimizado para acomodar o aumento da demanda. Em contraste, a enfermaria médica do mesmo hospital não segue rotinas padronizadas e com frequência se torna o gargalo da instituição, com dias de pacientes internados que poderiam ter sido evitados. Diretor clínico de ortopedia Hospital escola europeu Fonte: © 2013 The Advisory Board Company • 26502 5 entrevistas e análise da Advisory Board. 6 Gerenciamento de capacidade de próxima geração Diminuição da tolerância a falhas operacionais Além de ter de sanar falhas operacionais, os hospitais vêm percebendo a necessidade de melhorar o fluxo de internação de acordo com os pontos de vista do paciente. Os dados de satisfação de pacientes compilados pela Press Ganey demonstram que longas esperas em departamentos de emergência estão diretamente relacionadas com um menor grau de satisfação. Considerando que muitos hospitais competem diretamente entre si em várias áreas, as instituições cada vez mais reconhecem que um mau desempenho em fluxo de internação pode colocá-las em desvantagem se os pacientes optarem por ir a outro local devido a vivências insatisfatórias. Ineficiência no atendimento das expectativas do paciente Satisfação geral do paciente de acordo com o tempo de permanência na emergência 89% J 88% J 85% J Porcentagem de pacientes satisfeitos 82% J 78% J <1 1–2 2–3 3–4 >4 Horas gastas no departamento de emergência Em que áreas os hospitais podem obter os maiores avanços para aprimorar o fluxo de internação? Embora haja várias oportunidades, inclusive erros e eventos adversos que levam a permanências mais longas, esta publicação se concentrará nas falhas dos processos de fluxo de pacientes. Em primeiro lugar, um início lento do atendimento. Isto se manifesta em demoras em transferir um paciente para um leito e o consequente atraso do início da administração do tratamento. Segundo: práticas morosas para dar alta, em que os pacientes permanecem no leito do hospital por mais tempo do que deveriam devido à má coordenação dos procedimentos logísticos necessários ou ao atraso na preparação dos pacientes para liberação. Mudança de foco para agilizar o fluxo de pacientes internados Obstáculos críticos ao fluxo interno dos pacientes Iniciação vagarosa do atendimento • Não transparência dos leitos • Processos clínicos morosos Falhas nos processos de atendimento Práticas vagarosas para dar alta • • Atraso na recuperação devido à não adesão a práticas recomendadas • baseadas em indícios • Prolongamento do tempo de internação causado por eventos evitáveis (quedas, infecções) Má coordenação das logísticas para liberação do paciente Envolvimento inadequado do paciente e da família Incapacidade de manter aprimoramentos • Falta de dados para incentivar o progresso • Profissionais clínicos não envolvidos Fonte: of Medicine, 2005, 50(5): 510–516; Press Ganey; “Emergency Department Pulse Report 2007,” disponível em: http://www.pressganey.com/galleries/default-fi le/ er-report.pdf, acessado em 6 de abril de 2009; Clinical entrevistas e análise da Advisory Board. © 2013 The Advisory Board Company • 26502 Preâmbulo: enfrentando pressões sem precedentes Fluxograma de estratégias e práticas recomendadas No fluxograma abaixo são apresentadas as práticas recomendadas identificadas pelo Clinical Operations Board como sendo as de maior impacto para aprimorar o gerenciamento da capacidade de um hospital. O fluxograma é divido em quatro seções correspondentes aos principais objetivos estratégicos: primeiro, estratégias para melhorar a visibilidade e disponibilidade dos leitos de pacientes; segundo, reformas para agilizar o atendimento dado a pacientes; terceiro, estratégias para aprimorar o processo de alta e assegurar que o leito fique disponível para o próximo paciente; e quarto, ideias para garantir o início e a manutenção de melhorias para um sucesso em longo prazo. Gerenciamento da capacidade da próxima geração Colaboração para um fluxo de internação eficiente e clinicamente adequado Início mais rápido do atendimento I II Melhoria da visibilidade do leito Agilização do tratamento inicial 1. Diagnóstico do coordenador de fluxo 4. Protocolos de acesso instantâneo 2. Sistema de gerenciamento de leitos “inteligente” 5. Unidade de observação orientada a fluxo de internação 3. Coordenação regional de leitos Além do primeiro dia: parâmetros de serviços em fins de semana Gerenciamento da capacidade de primeira geração Rumo à liberação do paciente Obtenção de resultados sustentáveis III IV Incorporação de logísticas de alta de pacientes 6. Data de alta bem visível Estímulo ao foco em longo prazo 7. Definição de agenda de pré-liberação 9. Priorização da iniciativa estratégica 8. Alerta de alta pendente aos departamentos auxiliares 10. Painel de gerenciamento de fluxo de internação 11. Apoio recíproco dos funcionários Relatório especial: a sala de altas Gerenciamento de capacidade de próxima geração • Capacidade gerenciada reativamente; principalmente “apaga incêndios” • Capacidade gerenciada proativamente; execução de estratégia geral ao hospital para melhorar acesso a atendimento • Fluxo de internação visto meramente como meio de cortar custos e/ou aumentar receita • Fluxo de internação visto como dimensão inerente à qualidade clínica • Problemas de fluxo de internação tratados em cada unidade com responsabilidades não definidas • Iniciativas de fluxo de internação por todo o hospital © 2013 The Advisory Board Company • 26502 • Fluxo de internação como preocupação de todo o hospital; cada funcionário tem responsabilidade definida • Metas das iniciativas de fluxo de internação estrategicamente definidas para obter máximo retorno sobre o investimento 7 8 Gerenciamento de capacidade de próxima geração © 2013 The Advisory Board Company • 26502 9 I. Melhoria da visibilidade do leito Devido a recursos limitados para gerenciar a demanda crescente de leitos, os hospitais com frequência dispõem de funcionários e sistemas dedicados a assegurar que cada leito vazio fique rapidamente disponível para o próximo paciente. As três práticas nesta seção têm o objetivo de melhorar a visibilidade do leito e o acesso a ele. © 2013 The Advisory Board Company • 26502 Prática 1: Diagnóstico do coordenador de fluxo Prática 2: Sistema de gerenciamento de leitos “inteligente” Prática 3: Coordenação regional de leitos 10 Gerenciamento de capacidade de próxima geração Coluna I: Melhoria da visibilidade do leito Considerando que a demanda por leitos frequentemente excede os leitos disponíveis, os hospitais precisam fazer uso total dos leitos. Mesmo os hospitais investiram significativamente em fluxo de internação continuam a enfrentar problemas que persistem. No Cheverly University Hospital, pseudônimo para uma instalação de 1.100 leitos na Europa Ocidental, o hospital têm a vantagem de ter tanto o sistema eletrônico de gerenciamento de leitos quanto coordenadores dedicados à administração do fluxo de pacientes. Contudo, apesar da tecnologia e infraestrutura, os pacientes admitidos continuavam a esperar no departamento de emergência por várias horas. Investigações detectaram que os enfermeiros costumavam atrasar a atualização do sistema eletrônico de gerenciamento de leitos. Como resultado, os leitos vazios não apareciam no sistema como desocupados. A história do Cheverly ensina um ponto bem conhecido, mas frequentemente esquecido: ter sistemas de informática e coordenadores específicos disponíveis pode não ser o suficiente. Esta seção fornece práticas para hospitais monitorarem e maximizarem a eficiência de coordenadores de fluxo, aumentarem o valor das ferramentas de suporte de informática, como gerenciamento de leitos e, por fim, irem além das quatro paredes do hospital para encontrar capacidade. 1 Pseudônimo. Enfrentando um “teto invisível” em leitos Resumo do caso Cheverly University Hospital 1 • Um hospital escola universitário com 1.100 leitos na Europa Ocidental • Reclamações sobre superlotação do departamento de emergência e impedimento de acesso Política de leitos Prática de leitos Ocupação de leitos 100% 70% • O enfermeiro da emergência liga para a central de admissões para perguntar se há leito livre • O sistema que mostra a situação dos leitos é atualizado pelos enfermeiros do departamento • O coordenador de leitos • Ao transportar os consulta o sistema na pacientes, os enfermeiros da emergência notam intranet, que mostra a situação de cada leito que há leitos vazios Ocupação relatada à central de internação Ocupação oficial Práticas essenciais para aprimorar a visibilidade dos leitos 1 Diagnóstico do coordenador de fluxo 2 Sistema de gerenciamento de leitos “inteligente” Fonte: 3 Coordenação regional de leitos entrevistas e análise da Advisory Board. © 2013 The Advisory Board Company • 26502 Melhoria da visibilidade do leito 11 Prática 1: Diagnóstico do coordenador de fluxo Coordenador de fluxo, uma estratégia comum Hospitais que dispõem de coordenadores de fluxo de pacientes n=31 Com coordenador de fl uxo 83% 17% Sem coordenador de fl uxo Um caminho complicado Esforços excessivos para um leito Chamadas de admissão… Coordenadores de fluxo de pacientes são um modelo comum para gerenciamento da capacidade de pacientes internados. Geralmente, uma pessoa ou uma equipe tem a responsabilidade de monitorar a entrada e saída de pacientes e de facilitar as decisões de colocação dos pacientes dia e noite. Infelizmente, nem todos os hospitais conseguem resultados satisfatórios com esse sistema. Enfermeiros informam… 1 5O com solicitação de leito Deve-se considerar carga de trabalho, determinar disponibilidade de leito 2 5O de novo para verificar Nenhum leito disponível 3 7L com solicitação de leito Nenhum leito disponível 4 Unidade cardíaca com solicitação de leito Nenhum leito disponível 5 6S com solicitação de leito Após 322 minutos, um paciente é internado; admissão deve ser reiniciada por uma nova solicitação do departamento de emergência O Greenbelt Hospital, pseudônimo de um hospital americano para executivos, reclamou que seus coordenadores de fluxo de pacientes ficam frequentemente contrariados pelas recusas das solicitações de leitos feitas às enfermarias. Fosse isso resultado de problemas com os coordenadores ou com as enfermarias, os líderes do Greenbelt perceberam que a situação exigia mudanças no modelo de avaliar o desempenho; os coordenadores de fluxo de pacientes por si só não estavam resolvendo a situação e o hospital estava enviando pacientes a outros hospitais 10% das vezes. Resumo do caso Greenbelt Hospital 1 • Um hospital de 800 leitos em uma cidade do centro-oeste americano • Impedimento excessivo de leitos faz com que o departamento de emergência envie 10% dos pacientes a outros hospitais e que os pacientes deixem o hospital sem atendimento em 20% das vezes • Práticas de designação de leitos ineficazes são identificadas como principal fonte dos atrasos 1 Pseudônimo. © 2013 The Advisory Board Company • 26502 Fonte: entrevistas e análise da Advisory Board. 12 Gerenciamento de capacidade de próxima geração Problemas recorrentes comprometem a eficiência Como o sucesso dos coordenadores de fluxo de pacientes (CFP) é afetado por vários fatores, uma ferramenta de diagnóstico é apresentada abaixo para que os hospitais a usem para avaliar e melhorar a eficácia dos CFPs. As perguntas para diagnóstico, os problemas comuns e as ações recomendadas abordam diferentes questões referentes a procedimentos de enfermarias, demora de acesso aos dados, características pessoais dos CFPs, falta de substitutos adequados, responsabilidades mal definidas e credibilidade do CFP no hospital. Sugere-se que hospitais que tenham CFPs façam essa avaliação a cada seis meses para assegurar que a designação de leitos funciona adequadamente, em especial se a função de CFP tem alta rotatividade. Ferramenta de diagnóstico para CFP Ações recomendadas Problemas comuns Perguntas para diagnóstico Cultura 1 As enfermarias controlam sua própria admissão de pacientes? A gerência evita intervir nas “batalhas de campo” relativas a designação de leitos para pacientes? Acesso a dados O CFP tem problemas de acesso em tempo real aos dados de designação de leitos? O CFP não tem a experiência clínica requerida, incluindo cerca de 5 anos de médica/ cirurgia ou UTI? Os funcionários de logística e os CFPs enfrentam problemas de comunicação com frequência? O CFP tem o respeito de seus colegas? • Enfermarias ignoram a autoridade do CFP • Acesso a informações não é em tempo real • Apoio gerencial inconsistente • Má comunicação entre CFP e funcionários de logística • Gerentes seniores conversam com os líderes clínicos e lhes outorgam autoridade para abordar e prevenir resistência nas unidades • Fornecer ferramentas de gerenciamento adequadas para controle dos leitos, além de acesso a dispositivos portáteis, tablets ou celulares Coordenador de fl uxo de pacientes. Características pessoais As habilidades de negociação e resolução de conflitos se tornaram parte das características necessárias à função? • Falta de diplomacia • Falta de atitude “deixa pra lá” • Incluir relacionamentos interprofi ssionais como categoria essencial durante a avaliação de desempenho do CFP Substituto adequado O CFP existente é a única pessoa capacitada e treinada para a função? A falta de um substituto apropriado para cobrir uma ausência inesperada do CFP é uma preocupação? Responsabilidades do CFP O CFP tem dificuldades de obter informações das unidades para poder designar leitos a pacientes? Os funcionários da enfermaria hesitam em confiar no CFP para fazer chamadas de designação de leitos corretas? • Falta de substituto designado ou funcionários intertreinados • Falha na coleta de informações nas rondas • Garantir que haja no mínimo duas alternativas, CFP treinado e disponível como substituto • Entrevistar os principais envolvidos para identificar impedimentos ao desempenho eficaz; • Baixa credibilidade junto aos funcionários das enfermarias • Monitorar os dados estatísticos de fluxo de pacientes, como tempo de “designação de leito x paciente no leito”, para a avaliação de desempenho do CFP • Assegurar que os funcionários de logística sejam responsabilizados pela comunicação rápida com o CFP Fonte: entrevistas e análise da Advisory Board. © 2013 The Advisory Board Company • 26502 Melhoria da visibilidade do leito Desenvolvendo as ferramentas e os apoios corretos Melhorias no Greenbelt Hospital Diretrizes de designação de leitos examinadas por profissionais clínicos • O CFP se reúne com as unidades/ enfermarias para determinar os melhores procedimentos para designação de leitos e desenvolver diretrizes claras para o processo Equipe de designação de leito coordenada • O CFP tem o apoio da equipe administrativa • Os protocolos de designação de leitos permitem a delegação das tarefas rotineiras • Diretrizes para superlotação desenvolvidas por meio de cuidadosas negociações com os profi ssionais clínicos 13 No caso do Greenbelt Hospital, os coordenadores de fluxo de pacientes foram incentivados a trabalhar com os profissionais clínicos e gerentes das enfermarias para criar diretrizes consensuais para designação de leitos com base nas condições clínicas. As diretrizes especificaram pacientes ideais para cada tipo de unidade, bem como alternativas de designação em situações de superlotação. Elas também tornaram muito mais viável a adição de funcionários de apoio administrativo para ajudar o CFP. Em contrapartida, os CFPs definiram padrões aceitos tanto pelos profissionais clínicos quanto pelos gerentes, permitindo ao CFP delegar designações rotineiras de leitos à equipe de apoio. Com isso, o CFP ficou livre para dar atenção a situações mais complexas. Veja no apêndice na página 70 o Exemplo de diretrizes para designação de leitos Mantendo presença (e credibilidade) no piso Resumo do caso Vanderbilt University Medical Center • Um hospital de 832 leitos em Nashville, Tennessee, EUA • O CFP participa de reuniões curtas diárias e rondas em todas as unidades para coletar informações em tempo real e agilizar as admissões e liberações de pacientes O CFP encontra leitos para admissão direta UTI 2O O CFP auxilia no planejamento de transferências entre unidades para a acomodação de pacientes cirúrgicos Um exemplo de participação mais atuante do CFP acontece no Vanderbilt University Medical Center. No Vanderbilt, o CFP, conhecido como o “rei das camas” é amplamente apoiado pelas diretrizes de designação de leitos e por uma equipe de apoio. O CFP passa a maior parte de seu tempo ajudando profissionais clínicos com decisões complexas de designação de leito, participando de reuniões curtas diárias e mantendo os líderes hospitalares informados sobre as necessidades de leitos em todo o hospital. Muito do seu valor é criado pela presença nas áreas de pacientes e por ter uma função consultiva. 2L Departamento de emergência Telemetria Coordenador de fluxo de pacientes O CFP informa os leitos recémvagos no painel de leitos Fonte: © 2013 The Advisory Board Company • 26502 entrevistas e análise da Advisory Board. 14 Gerenciamento de capacidade de próxima geração Prática 2: Sistema de gerenciamento de leitos “inteligente” Para o máximo de eficácia em sua função, os CFPs com frequência precisam de informações de ferramentas de apoio, como um sistema eletrônico de gerenciamento de leitos. Apesar de não serem à prova de falhas, como mostrado anteriormente, esses sistemas podem aumentar significativamente a visibilidade e a rotatividade dos leitos. Algumas das mais importantes melhorias proporcionadas pelos sistemas de gerenciamento de leitos inteligentes são: notificação de conclusão de limpeza da cama vaga; notificação pelos serviços de transporte de que o paciente saiu do quarto; e o painel eletrônico de leitos, que sintetiza todas as admissões e fornece uma visão geral dos leitos disponíveis no hospital. Esta é a tela de um sistema eletrônico de monitoramento de leitos. Essa tecnologia usa codificação de cores para distinguir três situações de leito: ocupado, disponível para aceitar novo paciente e precisa ser preparado para o próximo paciente. Em todos os casos, a atualização em tempo real é fundamental para o aproveitamento total do sistema. Além disso, as atualizações realizadas pelos funcionários via sistemas de telefone automatizados pode resolver o problema de não atualização dos sistemas em tempo real pelos enfermeiros das enfermarias. Equipe de apoio com situação dos leitos em tempo real Principais componentes dos sistemas de gerenciamento de leitos Notificação de limpeza de leitos Rastreamento dos serviços de transporte Painel eletrônico de leitos • Usado para rastrear a situação das solicitações de limpeza de leitos • Usado para designar e verificar a situação de solicitações de transporte • Oferece visão da disponibilidade de leitos em todo o hospital • Por telefone, o serviço de limpeza notifica o sistema de que uma tarefa foi iniciada ou concluída • Por telefone, o serviço de transporte notifica o sistema de que a tarefa foi concluída • Usado pelo centro de designação de pacientes para procurar e designar leitos para os devidos pacientes Aperfeiçoamento da rotatividade de leitos Monitoramento da situação dos leitos na tela Oferece visão rápida de todos os leitos do hospital Os códigos de cores indicam a situação de cada leito durante todo o processo de rotatividade, com dados imediatos à equipe de designação de pacientes. Fonte: TeleTracking Technologies, Inc., Pittsburgh, Pensilvânia (EUA); entrevistas e análise da Advisory Board. © 2013 The Advisory Board Company • 26502 Melhoria da visibilidade do leito Combinação de monitoramento de ocupação de leitos e planejamento de funcionários Painel Emendo CapPlan™ Os departamentos com alertas de situação de capacidade estão destacados Projeção de ocupação de leitos com os níveis de planejamento diário de funcionários 15 Considerando que os sistemas de gerenciamento de leitos são atualizados em tempo real e as atividades são marcadas com o horário de ocorrência, os hospitais estão usando cada vez essa tecnologia para medir e adaptar a utilização do hospital e dos funcionários com base em demandas passadas. Este é um exemplo do sistema Emendo CapPlan, que fornece a situação atual e a projeção de ocupação dos leitos com base em níveis históricos de atividades de pacientes internados. Isso pode ajudar o hospital a assegurar que os funcionários planejados para dar apoio à rotatividade de leitos serão suficientes para lidar com as flutuações esperadas. Rastreamento do tempo de permanência geral Otimização do retorno sobre o investimento “Verificações de valores” de tecnologia de fluxo Verificar Notificação de leito sujo Tempo de rotatividade de leito limpo Análise racional Exemplo de meta Assegura que o leito sujo de paciente que acabou de dar alta seja relatado no sistema, evitando a ocultação do leito 70% das chamadas feitas pelo transportador do paciente Promove resposta imediata à rotatividade do leito pelo serviço de limpeza, marca a conclusão da tarefa para reduzir o tempo ocioso do leito Tempo de resposta <20 minutos, tempo de limpeza <40 minutos, tempo total <60 minutos Tempo entre solicitação do leito e sua designação Mostra ineficiências através de carimbos de tempo discretos referentes à solicitação inicial colocados na designação do leito Pedido de designação: 15 minutos Tempo entre a designação do leito e a colocação do paciente no leito Verifica o desempenho do tempo de colocação Designação à colocação no leito: 30 minutos Eficiência de transporte Designação a um leito limpo: 15 minutos Tempo de resposta: 15 minutos Monitora produtividade e tempo de resposta dos transportadores Expedição por hora por transportador: 2,5–3 Apesar das melhorias e oportunidades criadas pelos sistemas de gerenciamento de leitos, essa tecnologia não resolve todos os problemas. Esses sistemas podem ser caros e requerem dedicação de tempo e comprometimento para implementação e funcionamento adequados. Portanto, é importante que qualquer sistema de gerenciamento de leitos seja implementado com base em um conjunto de valores, ou metas, para a tecnologia. Por exemplo: o software do sistema deve conter módulos que permitam a compilação automática de dados de desempenho, como se os leitos estão sendo limpos e recebendo um novo paciente rapidamente, e a emissão de relatórios referentes. Dados estatísticos de desempenho criam uma necessidade de tomada de ação, exigindo que os gerentes verifiquem se a tecnologia está realmente conduzindo às melhorias necessárias. Fonte: © 2013 The Advisory Board Company • 26502 Emendo Ltd., www.emendo.co.nz; entrevistas e análise da Advisory Board. 16 Gerenciamento de capacidade de próxima geração Prática 3: Coordenação regional de leitos Conforme os hospitais melhoram sua compreensão das capacidades de leitos, um número crescente deles tem explorado as oportunidades existentes além de suas próprias instalações. Como mostrado pelos dados de ocupação hospitalar gerados por estudos em duas grandes cidades, não é raro observar enormes variações de ocupação de leitos, mesmo em hospitais da mesma região. Embora isso possa estar relacionado a fatores específicos a cada hospital, como serviços disponíveis, alguns deles veem esta situação como uma oportunidade para coordenar e gerenciar a capacidade de admissão de pacientes de forma mais abrangente. Variações regionais de ocupações de leitos Taxas de ocupação hospitalar em uma grande cidade australiana Taxas de ocupação hospitalar em Washington, DC, EUA 87,8% 68% 98,6% 87% 67% 76,7% 86,4% 79% 87,4% 59% 79,9% 73% 79,1% 83,7% 78% 69,4% 75,1% 94,4% Na Coreia do Sul, por exemplo, o Seoul National University Hospital tem sofrido extrema falta de leitos e superlotação do departamento de emergência. Para ajudar a diminuir a demanda, o hospital começou a usar uma coordenação regional de leitos por meio de um banco de dados que fornece aos médicos da emergência informações sobre outros hospitais para os quais um paciente, que esteja estabilizado, possa ser transportado em segurança se não houver leitos disponíveis. Nesse modelo, é necessário obter o consentimento do paciente e os critérios de decisão excluem a transferência de determinados pacientes, mas a abordagem considera opções adicionais quando a superlotação do hospital está em nível extremo. 83% Departamento de emergência sobrecarregado aproveita a capacidade externa • Hospital cria banco de dados com as capacidades de outras instituições na região • Coordenador da emergência usa banco de dados para enviar pacientes a outras instituições de atendimento médico (com o consentimento do paciente) Resumo do caso Seoul National University Hospital, Coreia do Sul • Uma instalação pública urbana terciária com 1.625 leitos • Emergência superlotada compromete a qualidade de atendimento • Protocolo de transferência para outros hospitais da região implementado para aliviar a pressão na emergência Fontes: Australian Medical Association, “Your Hospital’s Health,” 26 de março de 2010, http:// www.yourhospitalshealth.com.au/; Siegel B, et al., “Creation and Piloting of a New Hospital Capacity Assessment Tool in a Major Urban Area,” Journal of Public Health, 2009, 123: 714–722; entrevistas e análise da Advisory Board. © 2013 The Advisory Board Company • 26502 Melhoria da visibilidade do leito Alívio na pressão por leitos Seoul National University Hospital Chegadas à emergência por dia Porcentagem de pacientes da emergência transferidos para outros hospitais 1 114 125 8.2% 2.9% Antes Com do protocolo o protocolo Antes Com do protocolo o protocolo 17 O Seoul National University Hospital continua a enfrentar uma crescente demanda de pacientes no departamento de emergência; contudo, ele tem conseguido acomodar a demanda mais do que duplicando a porcentagem de pacientes transferidos para outros hospitais de acordo com os protocolos regionais. Esta medida também reduziu o tempo de permanência de pacientes na enfermaria de emergência de 4,5 dias para 3,1 dias, o que é bem mais gerenciável. Tempo de permanência médio, paciente internado na enfermaria de emergência, dias 4.5 2 3.1 Antes Com do protocolo o protocolo Tecnologia de informática unificada proporciona transparência da capacidade regional Scripps Health, San Diego County Resumo do caso Scripps Health • Um grupo de cinco hospitais em San Diego, Califórnia, EUA • Observou níveis de ocupação acima de 95% em alguns hospitais e 65% em outros • Criou um painel eletrônico de leitos centralizado que coordena a admissão de pacientes em todos os cinco hospitais, iniciado em junho de 2010 Vendo um maior potencial para o sistema de designação de leitos regional, o hospital Scripps Healthcare na Califórnia decidiu ir além e criar um sistema unificado de tecnologia de informática. Como cinco dos hospitais Scripps migraram recentemente para o sistema de gerenciamento de leitos, esta padronização criou a oportunidade de centralizar o sistema todo em um único local. O Scripps prevê que a nova tecnologia permitirá que os níveis de ocupação, atualmente entre 69 a 95% entre as cinco instalações, sejam equalizados. Aproveitamento de todo o sistema “Uma emergência superlotada mostra que a organização não coordena os pacientes com eficiência. Se você não conseguir que todos os integrantes do sistema se envolvam, você não terá sucesso.” Michelle Tressler Diretora sênior de gerenciamento de projetos Scripps Health 1 p < 0,01 2 p < 0,01 © 2013 The Advisory Board Company • 26502 Fonte: Siegel B, et al., “Creation and Piloting of a New Hospital Capacity Assessment Tool in a Major Urban Area,” Journal of Public Health, 2009, 123: 714–722; McKinney M, “Watching the Big Board,” Hospitals and Health Networks, 9 de outubro de 2009; entrevistas e análise da Advisory Board. 18 Gerenciamento de capacidade de próxima geração © 2013 The Advisory Board Company • 26502 Melhoria da visibilidade do leito 19 O resumo das três primeiras práticas recomendadas para aprimoramento da visibilidade dos leitos encontra-se abaixo. Cada prática contém uma descrição sucinta seguida de uma revisão de seus pontos fortes e limitações. Embora essas práticas tenham o propósito de abordar os diferentes aspectos do fenômeno de “leito oculto”, cada uma requer diferentes níveis de investimento em recursos humanos e tecnológicos e deve ser associada a indicadores ou avaliações de gerenciamento de desempenho para assegurar que esteja agregando valor ao hospital. Devido à complexidade da coordenação regional de leitos envolvendo várias instalações, os hospitais podem ter a oportunidade de adotar esta prática somente em locais onde haja várias instituições servindo a uma grande população e uma considerável variação na taxa de ocupação. Resumo das práticas Prática Descrição Pontos fortes Diagnóstico do coordenador de fluxo Avaliação para determinar possíveis causas do mau desempenho do coordenador de fluxo de pacientes; identifica oportunidades de melhoria do sistema e/ou funções • Quando trabalham bem, os coordenadores de fluxo de pacientes podem influenciar positivamente a designação de leitos e o fluxo de internação • A satisfação dos funcionários aumenta quando as pessoas certas ocupam a função de coordenador de fluxo de pacientes Sistema de gerenciamento de leitos “inteligente” Sistema eletrônico de • Sistemas podem gerenciamento de leitos permitir identificação atualizado com os aspectos de leitos mais de gerenciamento de fluxo rapidamente do para rastrear rotatividade que os métodos de leitos e/ou previsão de tradicionais (ex.: demanda chamadas telefônicas para as enfermarias) • Fornece informações sobre desempenhos dos funcionários clínicos, de limpeza e de transporte Coordenação regional de leitos Sistema de TI ou de protocolos dedicado a prover visibilidade da disponibilidade de leitos em toda a região; permite que pacientes sejam transferidos para hospitais regionais mais adequados • Permite um uso mais eficaz da capacidade regional • Capacita os hospitais a admitirem somente os pacientes mais adequados ao nível de atendimento que oferecem Limitações • Pode ser necessária a intervenção de líderes seniores ao lidar com questões culturais subjetivas e de desempenho • O diagnóstico pode mostrar que é preciso contratar mais coordenadores de fluxo de pacientes • Custo de sistema de informática para gerenciamento de leitos pode ser caro demais para algumas instituições • Tecnologia requer também a supervisão da gerência para garantir que o valor está sendo agregado • Investimento significativo de tempo (e/ou tecnologia) requerido para determinar disponibilidade de leitos e protocolos de transferência • Requer considerável cooperação entre hospitais regionais ou do sistema, o que pode criar resistência entre os funcionários Fonte: © 2013 The Advisory Board Company • 26502 entrevistas e análise da Advisory Board. 20 Gerenciamento de capacidade de próxima geração © 2013 The Advisory Board Company • 26502 21 II. Agilização do tratamento inicial Uma vez admitido o paciente e colocado em um leito para paciente internado, é vital que o hospital assegure que o tratamento seja iniciado imediatamente para que o processo de recuperação comece e, se possível, o paciente receba alta no prazo esperado. As práticas mostradas nesta seção buscam dar apoio ao fluxo de internação fornecendo rapidamente tratamentos associados à permanência do paciente. © 2013 The Advisory Board Company • 26502 Prática 4: Protocolos de acesso instantâneo Prática 5: Unidade de observação orientada a fluxo de internação Relatório especial: Além do primeiro dia: parâmetros de serviços em fins de semana 22 Gerenciamento de capacidade de próxima geração Coluna II: Agilização do tratamento inicial Uma vez transferido para o leito, é fundamental que o paciente receba o tratamento determinado para garantir sua liberação dentro do prazo e, principalmente, para garantir a alta qualidade dos cuidados a ele administrados. Nos últimos 20 anos, os hospitais têm tido grande êxito em recuperações melhores e mais rápidas através da utilização de procedimentos e protocolos clínicos. Como mostrado neste gráfico, esses protocolos geralmente implicam na incorporação de sistemas e normas que apoiam o rápido início do tratamento, da reabilitação e da preparação para alta. Embora essas soluções exijam consenso clínico, elas apresentam excelentes oportunidades e infelizmente continuam subutilizadas em muitas organizações. Esta seção de melhores práticas se concentra primeiro em como melhorar o uso e adesão a procedimentos e protocolos clínicos através da remoção de barreiras de acesso e facilitação de sua adoção. Em seguida, a atenção se volta às unidades de observação, ou unidades de avaliação médica. Estas unidades já são uma parte importante da agilização do tratamento; o próximo nível será alcançado se elas conseguirem diminuir os dias de permanência de paciente internado, seja diretamente através da liberação ou iniciando o tratamento mais rapidamente. Um relatório especial em serviços de apoio em fins de semana oferece informações sobre como assegurar que o paciente progredirá nos sete dias da semana. Melhoria do cronograma de recuperação Cuidado não protocolizado Não está pronto para levantar Dia 1 Dia 2 Dia 3 Cirurgia Fisioterapia uma vez por dia Cirurgia Fisioterapia várias vezes por dia Cuidado protocolizado Dia 1 Dia 2 Paciente está totalmente recuperado, mas é muito tarde para receber alta no mesmo dia Casa Dia 4 Decisão Liberação de dar alta tomada muito tarde Dia 3 Casa Préoperatório Levanta-se (ou se senta com as pernas para fora da cama) Decisão de dar alta feita cedo no dia Liberação Tempo de permanência reduzido em um dia ou mais Rondas cedo no dia permitem que os pacientes recebam alta no mesmo dia em que é emitida a ordem Principais práticas para agilização do tratamento inicial 4 Protocolos de acesso instantâneo 5 Unidade de observação orientada a fluxo de internação Relatório especial Além do primeiro dia: parâmetros de serviços em fins de semana Fonte: entrevistas e análise da Advisory Board. © 2013 The Advisory Board Company • 26502 Agilização do tratamento inicial 23 Prática 4: Protocolos de acesso instantâneo Falta de padronização prejudica fluxo e qualidade de internação Resultados para pneumonia adquirida através da comunidade Porcentagem de pacientes recebendo profilaxias de TVP2 Tempo de permanência em dias 1 8,8 7,3 72% 22% Pacientes com procedimentos padronizados Pacientes com terapia convencional Pacientes com procedimentos padronizados Pacientes com terapia convencional Resumo do estudo Uma das principais causas de variações no tempo de permanência e nos resultados é o nível de adesão dos profissionais clínicos a diretrizes comprovadas. Pesquisadores do Winthrop University Hospital em Nova York encontraram níveis de qualidade e resultados substancialmente diferentes dependendo se os médicos usavam ou não requisições padronizadas. Em um estudo, o Winthrop descobriu que o tempo de permanência e o uso de profilaxias de TVP para pneumonia adquirida através da comunidade variaram grandemente com o uso de requisições padronizadas. Winthrop University Hospital • Um hospital escola com 591 leitos em Mineola, Nova York, EUA • Desenvolveu pedidos pré-impressos para pneumonia adquirida através da comunidade • Comparação de resultados e processos de atendimento entre pacientes com ordens padronizadas e pacientes com terapia convencional Uso de protocolos para melhorar a adesão a práticas comprovadas Admitir na unidade de observação de insuficiência cardíaca • Monitoramento • ECG contínuo e oximetria de pulso • Entrada e saída rigorosa, restrição de fl uido a 1.800 mL, dieta sem sal • Peso do paciente • Terapia (com base na condição do paciente e avaliação clínica) • Inibidor de ECA recomendado (se nesiritida, pode fi car no aguardo inicialmente) • Nitratos tópicos • Algoritmo de furosemida • Até o dobro da dosagem diária de 24 h, administrado como um bolo IV único (máximo de 180 mg) • Dobro da dose administrada previamente e repetir se não atingir a meta de 2 h de urina Criar de acordo com as condições • Desenvolvimento de protocolos para condições de alto volume • Potencialização das práticas clínicas recomendadas publicadas 1 p < 0,01 2 Trombose venosa profunda. © 2013 The Advisory Board Company • 26502 Chegar a um consenso Monitorar a aplicação • Colaboração com colaboradores clínicos essenciais (médicos da emergência, consultores, diretores clínicos) • Simplificação de processos e limitação de geração de documentos sempre que possível Fonte: • Diretores clínicos devem rever os dados para identificar questões de conformidade • Registro das opiniões dos profi ssionais clínicos para refinar e aperfeiçoar os processos Não é uma surpresa que muitos hospitais investiram tempo e recursos no desenvolvimento de protocolos e procedimentos comprovados. Normalmente, um grupo multidisciplinar se reúne para criar protocolos referentes a diagnósticos específicos de alto volume; isto exige que os profissionais clínicos cheguem a um consenso sobre o que constitui os tratamentos comprovados dentre os procedimentos e formulários do hospital. Concluída essa etapa, o hospital costuma estabelecer processos para medir e relatar o nível de adesão às diretrizes e o impacto na qualidade. No total, são necessárias várias horas para desenvolver os novos protocolos e várias horas para mantê-los e aprimorá-los. Fishbane S, et al., “The Impact of Standardized Order Sets and Intensive Clinical Case Management on Outcomes in Community-Acquired Pneumonia,” Archives of Internal Medicine, 2007, 167: 1664–1669; Peacock F, et al., “Heart Failure Observation Units: Optimizing Care,” Annals of Emergency Medicine, janeiro de 2006: 22–33; entrevistas e análise da Advisory Board. 24 Gerenciamento de capacidade de próxima geração Um dos resultados mais desestimulantes de qualquer iniciativa de protocolos clínicos é a indiferença ou a pouca utilização das ferramentas pelos profissionais clínicos. Adotando uma postura mais proativa com relação à prática de tornar rotineiro o uso dos protocolos, o Deanwood Hospital, pseudônimo para um hospital canadense, implementou uma solução baseada em TI e colocou 400 de suas requisições padronizadas, que cobrem cerca de 90% de todas as admissões, em um servidor que pode ser acessado imediatamente de qualquer computador do hospital. Fazer dos protocolos uma rotina 400 requisições padronizadas cobrem 90% das condições Bem indexado Acessível de qualquer computador do hospital Resumo do caso Deanwood Hospital 1 • Hospital público acadêmico secundário com 751 leitos no Canadá • Elaborou e implementou protocolos de tratamento para melhorar a qualidade • Taxa de adoção do protocolo superior a 95% • Tempo de permanência reduzido em 16%, de 5,84 para 4,88 dias Embora em Deanwood as entradas de requisições ainda não sejam computadorizadas, o sistema tenta reproduzir alguns dos melhores elementos de entrada computadorizada presentes no sistema em papel. Além de fornecer diretrizes de acesso instantâneo, o sistema do Deanwood preenche automaticamente o nome do paciente e seus dados no pedido final impresso. O Deanwood estima que esse processo aumentou a porcentagem de pacientes elegíveis gerenciados via requisição padronizada para acima de 95% em todo o hospital. Protocolos aceleram a administração do tratamento, facilitam o trabalho Dados detalhados do paciente são preenchidos automaticamente pelo sistema de registro John Smith 1600 Pennsylvania Avenue Washington, DC 20033 505-866-1112 Melhores práticas para a requisição incluídas automaticamente Facilidade de uso acelera a administração do tratamento, elimina erros humanos 1 Pseudônimo. Fonte: entrevistas e análise da Advisory Board. © 2013 The Advisory Board Company • 26502 Agilização do tratamento inicial 25 Prática 5: Unidade de observação orientada a fluxo de internação Unidades de observação: uma tática para descompressão Principal razão para desvio de ambulâncias, 20071 Membros do Advisory Board com uma unidade de observação, 2009 n=840 n=31 Falta de leitos para tratamento crítico 30% Superlotação do departamento de emergência 29% Falta de leitos para tratamento agudo Falta de leitos psiquiátricos Planeja ter uma unidade de observação 29% 28% 17% Falta de funcionários Falta de profissionais médicos especializados Com unidade de observação 43% 12% 7% Além da padronização em relação ao paradigma do paciente internado, muitos hospitais estão adotando novos modelos de tratamento para auxiliar o fluxo de internação. Um exemplo é o aumento do número de unidades de observação (ou unidades de avaliação médica). As unidades de observação servem como intermediárias entre o departamento de emergência e as enfermarias de pacientes internados. Frequentemente elas são usadas para aliviar a pressão por leitos que costuma causar longas esperas nos departamentos de emergência. Nos EUA, mais da metade dos hospitais têm uma unidade de observação ou planeja implementar uma. Sem unidade de observação 4% Aumento da eficiência A diminuição do tempo de permanência alivia a pressão por capacidade enfrentada pelo hospital Resumo do estudo Memorial Hermann Hospital • Um hospital escola urbano localizado em Houston, Texas, EUA • Estudo conduzido para determinar atendimento de primeira qualidade e local para tratamento de pacientes com dor torácica de risco intermediário • Comparou os benefícios de resultados regulares de pacientes internados entre a unidade de observação de pacientes internados existente e a unidade de observação na emergência recentemente estabelecida Tempo de permanência para dor torácica em dias 2,16 1,18 0,75 Internado Fonte: © 2013 The Advisory Board Company • 26502 O que muitos hospitais com unidades de observação notaram é que, enquanto a emergência não é o local ideal para um paciente passar mais do que 4 a 6 horas, frequentemente é preciso ter um local separado da enfermaria de internação para ele ficar antes da admissão. Depois de admitido à unidade de internação, geralmente o paciente vai permanecer no hospital por um período substancial. No Texas, o Memorial Hermann Hospital percebeu, por exemplo, que muitos de seus pacientes com dor torácica de risco intermediário na verdade não precisam ficar no hospital por mais que um dia. Uma unidade de observação pode avaliar efetiva e rapidamente o progresso desses pacientes como parte da estratégia de fluxo de internação do hospital como um todo. Na próxima página são mostradas características de vários tipos de unidades de observação. Observação Observação da Internação da emergência American Hospital Association, Taking the Pulse of America’s Hospitals, disponível em: http://www.aha.org/aha/content/2007/ PowerPoint/StateofHospitalsChartPack2007.ppt, acessado em 12 de março de 2009;Robinson D, et al., “A Comparison Trial for Stratifying Intermediate-Risk Chest Pain: Benefits of Emergency Department Observation Centers,” Preventive Cardiol, 2002, 23–30; Jibrin I, et al., “Maryland’s First Inpatient Chest Pain Short Stay Unit as an Alternative to Emergency Room-Based Observation Unit,” Critical Pathways in Cardiology, março de 2008: 35–42; Clinical entrevistas e análise da Advisory Board. 26 Gerenciamento de capacidade de próxima geração Características de unidades dedicadas Descrição Condições comuns Unidade de observação Unidade de decisão clínica Unidade de permanência curta • Unidade dedicada somente ao gerenciamento de pacientes considerados adequados para admissão médica aguda ou avaliação • Unidade que gerencia pacientes em observação, pacientes de exames clínicos estendidos na emergência e não adequados para enfermaria de pacientes em estado agudo, todos os demais pacientes adequados para permanência de um dia • Unidade dedicada ao tratamento de pacientes em observação e de condições com tempo de permanência típico de até 72 horas • Dor torácica, distúrbios gastrintestinais, asma • Dor torácica, asma, hiper/ hipoglicemia, pielonefrite, dor nas costas, hiperemese, cólica renal • Dor torácica, asma, hiper/ hipoglicemia, pielonefrite, dor nas costas, hiperemese, cólica renal, pós-operatório • Dor torácica, síncope, insuficiência cardíaca congestiva • Adjacente à emergência ou unidade separada • Adjacente à emergência ou unidade separada • Adjacente à emergência ou unidade separada • Geralmente adjacente ao departamento de emergência, pode ser unidade dedicada a pacientes internados • Médicos de emergência quando adjacente à emergência • Médicos de emergência quando adjacente à emergência • Médicos de emergência quando adjacente à emergência • Consultores quando geograficamente separada da emergência • Consultores quando geograficamente separada da emergência • Consultores são mais apropriados se o tempo de permanência aumenta, normalmente >36 horas • Médicos de emergência, cardiologistas (em caso de unidade de pacientes internados), enfermeiros diplomados, técnicos de enfermagem • Libera leitos do departamento de emergência/ pacientes internados para pacientes em admissão • Libera leitos do departamento de emergência/ pacientes internados para pacientes em admissão • Libera leitos do departamento de emergência/ pacientes internados para pacientes em admissão • Mantém a visibilidade dos pacientes em observação • Permite que sejam feitos exames adicionais em pacientes da emergência precisando de exames clínicos sem requerer internação • Permite aos médicos admitir pacientes de acordo com a meta de tempo de permanência Vantagens • Permite o monitoramento cerrado de pacientes em observação de acordo com os protocolos • Permite o monitoramento cerrado de pacientes em observação de acordo com os protocolos • Quando adjacente à emergência, há o risco de se tornar uma unidade de espera onde os pacientes da emergência são mantidos Desvantagens • A não aplicação estrita do critério de inclusão pode afetar negativamente as operações da unidade • Critérios de inclusão muito restritos podem resultar em leitos vazios e criar dificuldades para os funcionários Avaliação do Advisory Board • A unidade dedicada é uma opção viável para a maioria dos hospitais com volume significativo de pacientes elegíveis a observação • Unidade dedicada à observação e à liberação de casos de dor torácica de risco baixo e intermediário • Pode incluir procedimentos de recuperação eletivos e pacientes de ambulatório Localização Funcionários clínicos Unidade de dor torácica • Bom para mercados com grande população • Acelera a tomada de decisões clínicas para pacientes com dor torácica • Abre leitos da emergência para novos pacientes em admissão • Atende aos pacientes na “zona cinzenta”, entre a observação e a admissão • Unidades adjacentes à emergência têm o risco de serem tomadas por esta se não houver gerenciamento operacional rigoroso • Unidades adjacentes à emergência têm o risco de serem tomadas por esta se não houver gerenciamento operacional rigoroso • Pode servir como uma “local de aguardo” em vez de pressionar as unidades de pacientes internados a liberar leitos • Requer critérios rigorosos de inclusão/exclusão do departamento de emergência para evitar admissões impróprias na unidade de observação • Requer critérios rigorosos de inclusão/exclusão do departamento de emergência para evitar admissões impróprias na unidade de observação • Inflexibilidade em acomodar excesso de pacientes sem dor torácica • Configuração altamente eficaz para dispersar grandes volumes de pacientes com permanência de um dia ou em observação • Sistema flexível para englobar uma vasta gama de pacientes que requerem cuidados tipo observação • Monitoramento rápido e eficaz em situações com grande volume de pacientes, apesar de prejudicar outros grupos significativos que necessitam de observação Fonte: entrevistas e análise da Advisory Board. © 2013 The Advisory Board Company • 26502 Agilização do tratamento inicial Investimento pesado para melhorar o fluxo de pacientes Resumo do caso Woodley NHS Trust,1 Reino Unido • Um truste NHS de dois hospitais com UAMs2 em ambos os hospitais • Enfrentando aumento no volume de visitas ao departamento de emergência e de admissões • Acrescentou sete médicos consultores em tempo integral, em 2008, para servir nos UAMs Principais funções dos consultores das UAMs Avaliação rápida • Avaliação imediata de cada paciente após sua chegada à UAM • Requisitar diagnósticos e fazer acompanhamento em tempo real Orientação de clínicos gerais Seguimento do plano • Identificar se o paciente requer liberação, admissão de curta permanência ou admissão de longa permanência • Fornecer orientação por telefone a profissionais clínicos gerais buscando admissão direta do paciente em uma UAM • Trabalhar com o coordenador dos enfermeiros para determinar o próximo arranjo para o paciente e a data de alta programada • Oferecer orientação sobre alternativas para a admissão imediata à UAM Presença maior de consultores suporta ganhos (a um custo) Porcentagem de admissões médicas de emergência liberadas em ≤2 dias de permanência 60% Tempo de permanência no hospital em dias 5,5 50% 4,5 2008 2008 2009 (E) No Woodley Trust no Reino Unido, pseudônimo para um sistema com dois hospitais, unidades de avaliação médica de permanência curta (UAMs) servem aos dois hospitais. Diante de um aumento nítido na demanda, o Woodley reforçou essas unidades contratando sete médicos para trabalhar em período integral. O propósito do Woodley é que esses médicos se concentrem e gerenciem ativamente pacientes em condição de observação. Como mostrado, a responsabilidade dos médicos é avaliar rapidamente os pacientes, assegurar que os planos de tratamento sejam seguidos e oferecer orientação aos profissionais clínicos gerais sobre as exigências clínicas de admissão. No Woodley, o maior investimento em consultores para a UAM coincidiu com ganhos comprovados no fluxo de internação. A porcentagem de admissões médicas de emergência liberadas em dois dias ou menos aumentou de 50% para 60%, e o tempo de permanência geral desses pacientes diminuiu em um dia. Contudo, o Woodley alerta que essas melhorias exigiram um investimento substancial em adição de profissionais, o que mostra a importância de definir metas e objetivos estratégicos. 2009 (E) Objetivos em longo prazo “Nossa gastos aumentaram, mas no geral, pensamos que vale a pena trabalhar dessa maneira em longo prazo.” COO Woodley Trust 1 Pseudônimo. 2 Unidade de avaliação médica. © 2013 The Advisory Board Company • 26502 27 Fonte: entrevistas e análise da Advisory Board. 28 Gerenciamento de capacidade de próxima geração Para evitar que a unidade de observação seja um local de espera para um departamento de emergência superlotado, hospitais progressistas potencializam a presença dessas unidades e sua especialização clínica para reduzir o tempo geral de permanência ou até mesmo evitar admissões à enfermaria. O principal é assegurar que a unidade esteja se esforçando para melhorar a eficiência do fluxo de internação. No Lister Hospital, uma equipe multidisciplinar da UAM do hospital realiza reuniões diariamente para garantir que todos compreendem as metas do dia referentes ao fluxo de pacientes. Dentre as metas diárias está designar uma data de alta para cada paciente e dar alta a alguns pacientes todo dia, quando possível. Um segundo elemento para o sucesso de unidades de observação é fazer avaliações da qualidade dos cuidados administrados e dos resultados. Se a unidade de observação está sendo usada cada vez mais como uma alternativa para a admissão de pacientes internados, é importante assegurar que a qualidade do cuidado dado aos pacientes permaneça constante. A Leeds General Infirmary tem realizado avaliações para verificar se os tratamentos solicitados em sua UAM seguem as diretrizes baseadas em indícios. Do mesmo modo, o Flinders Medical Centre está monitorando as taxas de readmissão de pacientes que receberam alta em sua unidade de observação. Em ambos os casos, a lição garantir que as unidades de observação não se esqueçam de manter o nível de qualidade do atendimento. Fonte: Elemento 1: garantir que a unidade de observação busque um fluxo de internação eficiente Resumo do caso Lister Hospital, East and North Hertfordshire NHS Trust, Reino Unido • A unidade de admissões clínicas abriu em 2001 • Reuniões multidisciplinares para incentivar que as decisões sejam tomadas mais prontamente de modo a encurtar os tempos de permanência no hospital • Reuniões multidisciplinares nos dias de semana com a participação de médicos, enfermeiros e funcionários de fisioterapia, farmácia, cuidados intermediários, gerenciamento de leitos e planejamento de altas Metas de eficiência da equipe multidisciplinar da UAM Data esperada de alta para todos os pacientes Redução do uso de leitos cirúrgicos por pacientes médicos Altas diárias da UAM, incluindo fins de semana Liberação de leitos médicos e de cuidado de idosos Elemento 2: avaliar a qualidade dos cuidados e os resultados Porcentagem de tratamentos após procedimentos de base comprovada Taxa de readmissão em sete dias, pacientes médicos gerais 59% 31% 3,8% 3,7% 2003 2006 10% Base Práticas Indefinido comprovada aceitas Resumo do estudo Resumo do estudo Leeds General Infirmary, Leeds Teaching Hospital NHS Trust, Reino Unido Flinders Medical Centre • Unidade de observação recebendo de 6.000 a 7.000 pacientes por ano • Hospital universitário escola com 500 leitos em Adelaide, Sul da Austrália • Avaliação em retrospectiva de 132 decisões de tratamento para 108 pacientes selecionados aleatoriamente • Em 2004, estabeleceu uma unidade de avaliação aguda (UAA) com 16 leitos, com todos os funcionários necessários e funcionando em 2006 • Pares de tratamento-problema comparados com bancos de dados clínicos para determinar se a intervenção é respaldada por indício clínico • O estudo comparou os resultados dos pacientes médicos gerais agudos em 2003 (antes da UAA) e 2006 (com UAA) Gallegher A, “Multidisciplinary Meetings in Medical Admissions Units,” Nursing Times, 2004, 100(44): 34; Hardern RD, et al., “How Evidence Based Are Therapeutic Decisions Taken on a Medical Admissions Unit?” Emergency Medicine Journal, 2003: 20: 447–448; Li JYZ, et al., “Outcomes of Establishing an Acute Assessment Unit in the General Medical Service of a Tertiary Teaching Hospital,” Medical Journal of Australia, 2010, 192: 384-387; entrevistas e análise da Advisory Board. © 2013 The Advisory Board Company • 26502 Agilização do tratamento inicial 29 Relatório especial Além do primeiro dia: parâmetros de serviços em fins de semana Admissões em fins de semana em desvantagem no fluxo de internação Permanência média para admissões médicas em dias 1 Todos os pacientes 7,0 9,5 9,0 6,0 4,0 4,5 Angina Infecção Trombose venosa profunda Admitido Insuficiência na sexta-feira cardíaca congestiva Resumo do estudo Belfast City Hospital, Irlanda do Norte • Avaliação de 830 episódios de pacientes médicos gerais agudos no hospital escola Para agilizar ainda mais o atendimento dos pacientes, muitos hospitais estão verificando as provisões dos serviços de fim de semana para assegurar que os tratamentos dos pacientes e a disponibilidade dos leitos não sejam prejudicados pelo estancamento do processo de atendimento. Num estudo em um hospital na Irlanda do Norte, pesquisadores descobriram que a admissão ao hospital numa sexta-feira era um dos principais previsores de que a permanência do paciente seria longa. Considerando que há menos probabilidade de os médicos fazerem rondas e que os serviços auxiliares são limitados nos fins de semana, uma admissão nestes dias é um dos maiores fatores de risco à eficiência do fluxo de internação. • 14 consultores diferentes gerenciando pacientes Diagnóstico por imagens o mais cedo possível reduz os dias no hospital Tempo de permanência em dias RM 9,0 TC 9,6 2 8,8 3 7,8 Pacientes com imagem no dia –1 ou 0 Mais recentemente, um estudo no Massachusetts General Hospital identificou o impacto geral causado por diagnósticos e tratamentos feitos com atraso. Nesse estudo, pacientes que receberam diagnóstico por imagem em seu primeiro dia de admissão (ou antes da admissão) tiveram um tempo de permanência muito menor. Em outras palavras, a disponibilidade imediata de serviços clínicos nos sete dias da semana resulta em melhor uso da valiosa capacidade de leitos. Pacientes com imagem no dia 1 ou 2 Resumo do estudo Massachusetts General Hospital • Hospital escola universitário urbano em Boston, Massachusetts, EUA • Avaliou 10.005 admissões ao hospital com permanência ≥3 dias durante um ano e que incluíam pelo menos um diagnóstico por imagem • Data da primeira obtenção de imagem relativa à data de admissão registrada, em conjunto com o tempo de permanência residual de cada paciente 1 p= 0,0011 2 p= 0,008 3 p= 0,001 © 2013 The Advisory Board Company • 26502 Fonte: McMullan R, et al., “Resource Utilisation, Length of Hospital Stay, and Pattern of Investigation During Acute Hospital Admissions.” Post-Graduate Medicine, 2004, 80: 23-26; Battle J, et al., “Patients Imaged Early During Admission Demonstrate Reduced Length of Hospital Stay: A Retrospective Cohort Study of Patients Undergoing Cross-Sectional Imaging.” Journal of the American College of Radiology, 2010, 7: 269-276. 30 Gerenciamento de capacidade de próxima geração Embora o custo de operação de todos os serviços de um hospital 24 h por dia, 7 dias por semana, seja proibitivo para a maioria das organizações, algumas instituições estão descobrindo que adicionar somente alguns serviços geralmente resolve grande parte da redução de capacidade e da ineficiência na disponibilidade de leitos. Administradores do East Jefferson General Hospital em Louisiana, EUA, notaram que conseguiam cortar quase pela metade os dias evitáveis de pacientes ao incorporarem padrões para apoio a serviços auxiliares nos fins de semana. Para manter os excessos de custos a um mínimo, os executivos e médicos do hospital determinaram juntos quais serviços eram essenciais para o fluxo dos pacientes e a liberação destes nos fins de semana. Diminuição de dias evitáveis com apoio nos fins de semana Dias evitáveis por mês 386 Redução de 46% 208 Su Antes do apoio nos fins de semana Com o apoio nos fins de semana Resumo do caso East Jefferson General Hospital • Um hospital de 500 leitos em Metarie, Louisiana, EUA • Enfrentando redução de capacidade devido à falta de serviços nos fins de semana • Nova norma requer quer os departamentos de apoio auxiliar realizem testes de diagnóstico e certos procedimentos num prazo de oito horas • Esquemas flexíveis de funcionários por vários departamentos Os resultados das análises do East Jefferson estão mostrados aqui. Um pequeno número de serviços que diminuiu o tempo de permanência foi selecionado para estar disponível diariamente, incluindo determinados diagnósticos e serviços de reabilitação. Por outro lado, outros serviços não criaram impacto suficiente no fluxo de internação que justificasse disponibilizálos além dos dias de semana. Outros serviços ainda estão sendo avaliados e poderão ser adicionados aos serviços disponíveis nos fins de semana se representarem suficiente necessidade clínica e de fluxo de internação. Definindo a disponibilidade nos fins de semana 1 Serviço diário 2 Serviço de dia da semana • Ecocardiograma • Tomografia computadorizada • Ecocardiograma sob esforço • Fisioterapia • Todas as coletas de amostra, exames e relatórios de resultados, com determinadas exceções 3 • Mamografia Serviços dependentes de médicos • Testes de laboratórios específicos 4 Serviços dependentes do hospital ainda não decididos • Endoscopia • Serviços sociais/ planejamento de altas • Prova de esforço • Terapia ocupacional • Radioterapia • Terapia recreativa Fonte: Med-Al, Inc., Florida; Moore, JD, “Hospital Saves by Working Weekends,” Modern Healthcare, 11 de novembro de 1996: 83; entrevistas e análise da Advisory Board. © 2013 The Advisory Board Company • 26502 Agilização do tratamento inicial 31 Um resumo das práticas de agilização do tratamento inicial é mostrado abaixo. Em todos os casos, as práticas requerem o compromisso dos líderes seniores em padronizar os processos de tratamento e uma cultura entre os profissionais clínicos de aceitar e seguir protocolos comprovados. Resumo das práticas Prática Descrição Protocolos de acesso instantâneo Acesso fácil e conveniente a protocolos em computadores ou impressos em papel promovem a adesão à melhor prática, aceleram o tratamento e melhoram a qualidade Pontos fortes • Assegura que a melhora da eficiência não ocorre às custas da qualidade — promove as duas simultaneamente • Aplicável a praticamente qualquer organização • Facilidade de uso acelera a adoção do protocolo Unidade de observação orientada a fluxo de internação Unidade de observação estabelece procedimentos e metas para assegurar que os pacientes clínicos passem rapidamente às próximas etapas do tratamento • Ajuda a assegurar que o investimento em unidades de observação esteja resultando em um melhor fluxo de internação em comparação às práticas rotineiras • Programas avançados avaliam a qualidade dos tratamentos administrados e os resultados referentes aos pacientes Limitações • Se ainda não tiverem sido desenvolvidos, protocolos exigem considerável dedicação de tempo e esforço de profi ssionais da organização • Profi ssionais clínicos podem ressentir a regulação de suas práticas clínicas • Requer recursos para medir desempenho interno • Resultados de pacientes que receberam alta da unidade de observação podem ser afetados pela variedade de tratamentos fora da unidade Fonte: © 2013 The Advisory Board Company • 26502 entrevistas e análise da Advisory Board. 32 Gerenciamento de capacidade de próxima geração © 2013 The Advisory Board Company • 26502 33 III. Incorporação de logísticas de alta de pacientes Gargalos de capacidade de pacientes internados resultam geralmente do fato de pacientes que já poderiam ter deixado o hospital ainda estarem ocupando leitos. As práticas nesta seção buscam aumentar a eficiência do processo de alta hospitalar mantendo altos padrões de atendimento. © 2013 The Advisory Board Company • 26502 Prática 6: Data de alta bem visível Prática 7: Definição de agenda de pré-liberação Prática 8: Alerta de alta pendente aos departamentos auxiliares Relatório especial: A sala de altas 34 Gerenciamento de capacidade de próxima geração © 2013 The Advisory Board Company • 26502 Incorporação de logísticas de alta de pacientes 35 Coluna III: Incorporação de logísticas de alta de pacientes Reconhecimento de potencial em tempos de permanência mais baixos Leitos “efetivos” ganhos com a redução do tempo de permanência 1 Tamanho do hospital Redução do tempo de permanência 200 leitos 300 leitos 400 leitos 500 leitos 600 leitos 0,25 dia 8 12 16 20 25 0,50 dia 16 25 33 41 49 0,75 dia 25 37 49 61 74 1,00 dia 33 49 65 82 98 1,25 dias 41 61 82 102 123 1,50 dias 49 74 98 123 147 Para um hospital de 300 leitos, reduzir o tempo de permanência em um dia pode equivaler a adicionar 49 novos leitos à instalação Principais práticas no processo de alta Avaliação do progresso do paciente Dia estimado para a alta: Horário estimado: 17h00 21/4 Estado clínico Eliminação/dieta Anticoagulação Estado cardíaco Estado de recuperação Estado de medicamentos/equipamentos IV Foley Medicamentos para dor P.O. Necessidades de transporte e cuidados pós-agudo Transporte por ambulância/família Leito para tratamento pós-agudo (se necessário) Necessidade de equipamentos médicos1 6 Data de alta bem visível 7 Definição de agenda de pré-liberação Enquanto as duas primeiras seções deste relatório apresentaram ideias sobre como iniciar e executar mais rapidamente os processos de atendimento, a próxima seção examina como os hospitais podem liberar leitos dando altas a seus pacientes dentro do tempo programado ou antes deste. Como observado anteriormente, muitos dias de pacientes não são clinicamente necessários e não adicionam valor. Hospitais capazes de reduzir o tempo de permanência desses pacientes podem efetivamente adicionar leitos e melhorar sua capacidade de internação. Vale observar que os pacientes precisam estar realmente prontos para deixar o hospital para que seus leitos sejam liberados. Além disso, os pacientes precisam vagar seus leitos cedo o suficiente no dia da alta para que o hospital possa administrar a grande quantidade de pacientes que costumam chegar ao meio do dia provenientes de cirurgias ou do departamento de emergência. As três práticas nessa seção examinam meios específicos de assegurar a liberação do paciente no horário previsto. Um dos focos principais destas práticas é envolver a participação de todos os colaboradores para assegurar que os pacientes sem nenhuma razão clínica para estarem no hospital não permaneçam na unidade sem necessidade. Esta seção inclui também um relatório especial que pondera as vantagens e desvantagens de salas dedicadas à alta de pacientes. 8 Alerta de alta pendente aos departamentos auxiliares Relatório especial A sala de altas 1 Presume taxa de ocupação de 85% e tempo de permanência de 5,2 dias. © 2013 The Advisory Board Company • 26502 Fonte: entrevistas e análise da Advisory Board. 36 Gerenciamento de capacidade de próxima geração Prática 6: Data de alta bem visível Apesar de muitos hospitais terem uma norma para que os profissionais clínicos façam o mais rápido possível uma previsão do dia de alta após a admissão do paciente, essa informação nem sempre é divulgada ao paciente e a seus familiares. Como resultado, pesquisas têm demonstrado que metade de todos os atrasos no dia de alta é devido aos pacientes ou familiares não estarem prontos para partir. Infelizmente, se o paciente não é capaz de deixar o hospital no horário planejado, o leito não fica disponível para acomodar um novo paciente vindo de cirurgia ou do departamento de emergência. Colaboração do paciente necessária para assegurar alta no horário previsto Razões para atrasar a liberação1 Médicos requisitam serviços adicionais Paciente ou sua família não estão prontos Principais fatores para o atraso do paciente 18,5% Atrasos relacionados aos enfermeiros 10,0% 50,0% • Desconhecimento do horário de alta • Falta de transporte 13,5% Médico confi rma a alta tarde demais • Falta de uma pessoa para cuidar do paciente 8,0% Outros Para evitar a redução do número de leitos, que pode causar o atraso da admissão de pacientes por várias horas enquanto a liberação do leito é aguardada, alguns hospitais estão colocando o dia e horário previstos para a alta o mais visível possível ao paciente, seus familiares e à equipe de atendimento. Com todos atentos à meta, muitos atrasos e obstáculos em potencial podem ser evitados. Programando a saída Detalhes estratégicos Dia estimado para a alta: Horário estimado: 17h00 21/4 • Dia e horário estimados de alta definidos o mais rápido possível após a admissão do paciente • Permite a coordenação com funcionários multidisciplinares, família e paciente • Define uma meta final visível para conclusão do atendimento Todos os olhos na meta “Com o dia e o horário de alta estabelecidos, a equipe de atendimento trabalha no sentido contrário para orquestrar o processo de liberação do paciente, fazendo de tudo para atingir a meta.” Institute for Healthcare Improvement 1 n= 40 pacientes em hospital nos EUA. Fontes: Minichiello TM, et al., Effective Clinical Practice, 2001; Institution for Healthcare Improvement, “Try Scheduling Hospital Discharges,” disponível em: http://www.ihi.org/IHI/Topics/Flow/ PatientFlow/ImprovementStories/ImprovementTipTry SchedulingHospitalDischarges.htm, acessado em 15 de janeiro de 2010; entrevistas e análise da Advisory Board. © 2013 The Advisory Board Company • 26502 Incorporação de logísticas de alta de pacientes Coreografia de um processo confiável Resumo do caso Cardiff and Vale NHS Trust, Cardiff, País de Gales • Enfermaria de ortopedia no University Hospital Llandough • Fornece a data esperada de alta para todos os pacientes • Exibe um “Ticket Home” em local proeminente para incentivar a cooperação do paciente e seus familiares • Substituição total da bacia - 4 dias de pós-operatório TICKET HOME • Substituição total de joelho - 3 dias de pós-operatório Nome Consultor • Fusão espinhal- 4 dias de pósoperatório Fisioterapeuta Liberado Sim/Não Terapeuta ocupacional Liberado Sim/Não Outros dados Data da volta para casa – Data planejada para voltar para casa Receitas escritas Sim/Não Raio X tirado Sim/Não Necessidade de transporte Sim/Não Ferramentas de apoio Utilização proativa Uma equipe multidisciplinar define uma lista padronizada de tempos de permanência pós-cirurgia com base em médias anuais e experiência clínica A participação na previsão aumenta a probabilidade de conclusão da tarefa, definindo uma estrutura de responsabilidade pela tarefa Previsão bem visível O “Ticket Home” exibido no armário ao lado da cama do paciente fornece constante visibilidade da data-alvo, servindo como lembrete para os profissionais clínicos, paciente e familiares acerca das expectativas de alta Veja um “Ticket Home” no apêndice na página 73 Colhendo os resultados Pacientes liberados na data de alta prevista Satisfação dos pacientes com o processo de alta1 70% 72% 30% 33% 0% Antes Com do Ticket Home o Ticket Home Tempo de permanência médio de pós-operatório 7.4 3.8 Antes Com do Ticket Home o Ticket Home 1 “O processo de alta estava bem organizado e me senti preparado para voltar para casa.” © 2013 The Advisory Board Company • 26502 0% Discordo Discordo totalmente Concordo Concordo totalmente 37 Líderes clínicos do Cardiff and Vale NHS Trust no País de Gales inovaram sua versão de estabelecimento da data de alta. Com uma população de pacientes que frequentemente permanecia no hospital por um longo tempo, enfermeiros de uma enfermaria de cirurgias ortopédicas desenvolveram um processo confiável para prever as datas de alta usando protocolos padronizados de dias de permanência criados por uma equipe multidisciplinar. Adaptando os protocolos do hospital, os enfermeiros criaram o “Ticket Home” (“passagem de volta”) — colocada em evidência no armário ao lado da cama do paciente. O Ticket Home serve como lembrete visual aos pacientes, familiares e funcionários multidisciplinares dos passos que ainda precisam ser concluídos antes da liberação do paciente. Como o Ticket Home fica visível desde o primeiro dia da estada do paciente, as expectativas de alta são definidas bem cedo e asseguram que não haja surpresas de última hora que atrasem o processo de alta. Apoiada por protocolos clínicos eficazes, o Ticket Home comprovou ser uma excelente ferramenta para o Cardiff and Vale. Além dos bons resultados nos tempos de permanência observados, o hospital também recebeu comentários bem positivos dos pacientes em relação à sua satisfação com o processo. O interessante é que o Cardiff and Vale também relatou ter percebido uma mudança de cultura, não somente entre os funcionários, mas também entre os pacientes, sobre o valor de voltar para casa mais cedo. Manter a qualidade como fator principal “Queremos que o processo de alta seja eficaz, mas também queremos qualidade de serviços para nossos pacientes. Nós temos monitorado se estamos agindo corretamente em relação aos nossos pacientes, e é evidente que estamos.” Melanie Webber-Maybank, Gerente de enfermaria do Cardiff and Vale NHS Trust Fontes: Webber-Maybank M, et al., “Making Effective Use of Predicted Discharge Dates to Reduce the Length of Stay in Hospital,” Nursing Times, 21 de abril de 2009: 12–13; entrevistas e análise da Advisory Board. 38 Gerenciamento de capacidade de próxima geração Prática 7: Definição de agenda de pré-liberação Enquanto a preparação dos pacientes para o dia de saída é um elemento essencial na logística de alta hospitalar, é preciso também assegurar que os funcionários conheçam as atividades necessárias e estejam dedicados a completá-las. Para qualquer paciente em particular, há uma extensa lista de tarefas, muitas delas compostas de vários subprocessos. E infelizmente, devido a todas as questões agudas que aparecem no curso do dia, não é uma surpresa que algumas tarefas relativas ao processo de alta caiam para o final da lista e não sejam concluídas a tempo. Muitas partes móveis no processo de alta A alta é geralmente o último item na lista • Avaliação do estado clínico Necessário para a saída do paciente • Todos os medicamentos, requisições de exames diagnósticos Cuidado domiciliar/EMD1 providenciado Médicos • Planejamento da liberação Prontidão para a alta avaliada • Atividades de assistência rotineiras Admissão em • Monitoramento contínuo da condição TPA2 confirmada Testes de diagnóstico finais realizados, resultados analisados Enfermeiros Ordem de alta escrita Instruções de liberação fornecidas • Orientação do paciente, família • Planejamento da liberação • Massagem terapêutica, mobilização de articulações Família informada sobre o plano de assistência pós-hospitalar • Treinamento de habilidades motoras Transporte interno até a saída do hospital fornecido Fisioterapeutas Transporte para casa/ instituição de TPA Manter o foco nas tarefas referentes à alta do paciente ganha mais importância à medida que a população internada fica mais idosa ou clinicamente mais complexa. Profissionais clínicos no Geneva University Hospital na Suíça descobriram que 17% dos dias de hospital eram causados por atrasos não médicos na liberação dos pacientes. O hospital também determinou que muitos dos fatores que causaram atrasos poderiam ter sido identificados no início ou no meio da estada do paciente, o que oferecia a oportunidade de abordar possíveis problemas mais cedo. • Comunicação entre enfermeiros, paciente e familiares • Treinamento funcional • Orientação sobre gerenciamento do estado após a alta Ótimas oportunidades para agir cedo Porcentagem de dias de hospital resultantes de atrasos não médicos na liberação dos pacientes Principais fatores de previsão da necessidade de tratamento pós-agudo no dia 3 • Dependência para tomar banho • Dependência para transferir para cama/cadeira 17% • Falta de alguém em casa que preste os cuidados necessários • Incapacidade de autoadministrar a medicação antes da admissão Resumo do caso Geneva University Hospitals • Um hospital escola urbano de 1.100 leitos em Genebra, Suíça • Descobriu que os atrasos não médicos na alta de pacientes representavam 17% de todos os dias de hospital • Desenvolveu uma ferramenta de detecção para tentar prever a necessidade de tratamento pós-agudo • Pacientes avaliados no terceiro dia de internação; potencializou a identificação prematura para adiantar o processo de acomodação em tratamento pós-agudo. 1 Equipamento médico durável. 2 Tratamento pós-agudo. Fonte: Simonet, et al., “A Predictive Score to Identify Hospitalized Patients’ Risk of Discharge to a Post-Acute Care Facility,” BMC Health Services Research, 2008, 8: 154-163; entrevistas e análise da Advisory Board. © 2013 The Advisory Board Company • 26502 Incorporação de logísticas de alta de pacientes Ronda diária diminui as brechas • Equipe multidisciplinar de ronda liderada pelo gestor de serviços de saúde inclui médico, enfermeiro e assistente social • Analisa cada paciente em 60-09 segundos Resumo do caso 1 Takoma Health • Sistema de saúde regional com três hospitais para casos agudos no Canadá ❏ Qual é o estado clínico do paciente? ❏ Qual é o estado funcional do paciente? ❏ Qual é a meta para a data de alta? ❏ Qual é o plano para hoje? Após a confirmação da data de alta: ❏ Qual é o plano de alta confirmada? • Enfrentou problemas frequentes com atrasos do dia de alta • Introduziu reuniões diárias para avaliar todos os pacientes • Lista de verificação orientada à liberação assegura avaliação rápida e centrada em cada paciente 39 Para assegurar que questões de liberação e de logística referentes a cada paciente sejam tratadas, o Takoma Health, pseudônimo para um sistema de três hospitais no Canadá, criou equipes multidisciplinares que se reúnem diariamente em cada enfermaria para rever a situação do processo de alta e as tarefas pendentes de cada paciente. Essas equipes são responsáveis por assegurar o estabelecimento de uma data de alta para cada paciente e o seguimento por parte dos profissionais clínicos de um plano de liberação estipulado. As reuniões multidisciplinares são extremamente dinâmicas e levam de um a dois minutos discutindo cada paciente. Revisões consistentes e diárias asseguram que as tarefas e as responsabilidades para concluí-las estão sendo designadas. • Revisões constantes asseguram que nenhuma tarefa deixará de ser executada no prazo Garantindo o acompanhamento necessário Após cada reunião de liberação realizada nas enfermarias do Takoma, um coordenador registra em uma planilha simples as informações discutidas sobre cada paciente. A planilha pode ser acessada de qualquer computador na enfermaria e fornece aos enfermeiros e outros profissionais clínicos os dados sobre quais tarefas devem ser completadas antes da reunião do dia seguinte. • O coordenador insere em uma planilha as decisões diárias da equipe • Rastreia as tarefas para assegurar que sejam concluídas • Acesso geral por todos os profi ssionais clínicos — as tarefas podem ser facilmente vistas e priorizadas 1 Pseudônimo. © 2013 The Advisory Board Company • 26502 Fonte: entrevistas e análise da Advisory Board. 40 Gerenciamento de capacidade de próxima geração Após a implementação da agenda diária de liberações, o Takoma registrou uma média de mais de 80% de conformidade com os processos de alta definidos e designados durante as reuniões O hospital também observou um declínio de dois dias em média no tempo de permanência nas enfermarias onde o modelo está em uso. Grande parte dessa redução foi atribuída à redução de dias desnecessários entre os pacientes que ficavam internados por longo tempo. Além disso, profissionais clínicos do Takoma relataram que um fator extra é que simplesmente por ter a obrigação de todo dia revisar rápida e eficazmente os pacientes, a equipe fica pensando no que eles podem fazer durante o dia que possa ser relatado como progresso significativo na reunião do dia seguinte. Responsabilidade bem clara pelas tarefas leva ao sucesso Efeitos da definição de agenda de pré-liberação no Takoma Health Conformidade com todos os processos de alta 80% Tempo de permanência médio em dias • 40 leitos liberados 9,3 7,3 • Maior parte das reduções com pacientes de longa permanência 20% Antes 2 meses da implementação após a implementação • Readmissões recusadas Antes 2 meses da implementação após a implementação Fonte: entrevistas e análise da Advisory Board. © 2013 The Advisory Board Company • 26502 Incorporação de logísticas de alta de pacientes 41 Prática 8: Alerta de alta pendente aos departamentos auxiliares Quando “requisições de rotina” prejudicam a rotina Porcentagem de exames de imagem executados no dia da alta 38% 20% Hospital A Hospital B Medo de descontinuidade do tratamento “Eu percebo que muitos médicos requisitam exames para pacientes internados porque têm medo que os pacientes não continuem o tratamento depois de saírem do hospital. Eles se preocupam em ser responsabilizados pelo que possa acontecer.” Se por um lado a melhora da comunicação na enfermaria pode ajudar a dinamizar a liberação do paciente, muitos dos passos limitantes para a alta dentro do prazo previsto frequentemente ocorrem fora da enfermaria, em departamentos auxiliares como laboratório ou radiologia. Vários hospitais entrevistados no decorrer desta pesquisa notaram que as requisições finais de exames de laboratórios e diagnósticos por imagem ocorrem com frequência no dia da alta, o que resulta em várias horas gastas na espera dos resultados antes que o paciente seja liberado. Diretor, Radiologia Hospital dos EUA Remodelagem do fluxo de trabalho de radiologia Criação de um novo nível de requisição entre urgência e rotina Alta pendente Adicionada uma terceira prioridade para que os departamentos auxiliares saibam que pacientes estão com alta pendente Requisições de exame 1. Urgência 2. Urgência 3. Prioridade de alta 4. Prioridade de alta 5. Rotina As requisições de urgência ainda têm prioridade, mas os funcionários dos departamentos auxiliares passaram a diferenciar entre as requisições de alta pendente e as requisições de rotina © 2013 The Advisory Board Company • 26502 Em resposta a esse problema, alguns hospitais adotaram a prática de alerta de alta pendente aos departamentos auxiliares. Essa prática cria uma terceira categoria de prioridade no sistema de requisição de exames de laboratório e por imagens: “prioridade de alta”. Essa categoria indica altas pendentes que ficariam entre as prioridades de urgência e rotina. Embora as requisições de hemogramas ainda tenham prioridade, essa prática coloca em evidência os pacientes com liberação pendente e transfere as requisições de exame referentes a eles na frente da fila para requisições de rotina. Fonte: entrevistas e análise da Advisory Board. 42 Gerenciamento de capacidade de próxima geração O Hackensack University Medical Center em Nova Jersey se concentrou em melhorar o tempo de retorno dos resultados de exames auxiliares na tentativa de liberar leitos no hospital sempre superlotado. Adicionando alta pendente como uma terceira categoria em suas requisições a departamentos auxiliares, o hospital conseguiu reduzir o tempo de retorno dos testes em 35% para os pacientes em prioridade de alta. Com esta nova categoria sendo aplicada no último dia da estada, os pacientes que aguardavam resultados de exames puderam sair do hospital mais cedo, liberando os tão necessários leitos para os pacientes em admissão. Aviso de alta diminui tempo de retorno de exames Resumo do caso Hackensack University Medical Center • Um hospital de 594 leitos em Hackensack, Nova Jersey, EUA • Operava a 99% de sua capacidade, tendo em média 30 pacientes esperando por leitos • Concentrou esforços em resultados mais rápidos para exames de pacientes com alta pendente Tempo entre o envio da requisição e sua conclusão Horas 8,17 35% de diminuição 5,35 Tempo médio para completar a requisição varia de acordo com o número de requisições existentes de “urgência” Rotina O Fitzroy Hospital (pseudônimo) está adotando uma outra abordagem quanto às requisições de exames por imagem feitas no dia da alta. Em vez de se basear somente em priorizar as requisições de último dia, o Fitzroy está testando métodos em que o paciente completa os exames finais após sua liberação em centros de imagens fora do hospital. Embora isso reduza significativamente a capacidade requerida, profissionais clínicos se preocupam que os pacientes podem não comparecer às consultas após saírem do hospital. Os hospitais precisam considerar se a economia em capacidade resultante da liberação antecipada do paciente compensa os obstáculos criados de logística e qualidade. Prioridade de alta Exames pós-alta em consideração Tempo de retorno por estudo 1 Requisição de imagem concluída Fim do procedimento ao envio dos resultados TC de paciente internado 2 horas 3 horas RM de paciente internado 2 horas 3 horas Resumo do caso Fitzroy Hospital2 • Hospital de 350 leitos localizado no Centro-Oeste dos EUA • Exigência da gerência executiva para melhorar a eficiência e a adequação dos serviços de radiologia • Intervenção elaborada para incentivar o estudo da conversão de exames de baixa urgência de pré-alta para pós-alta 1 Modo. 2 Pseudônimo. Fonte: Matin A, et al., “Inpatient Radiology Utilization: Trends Over the Past Decade,” American Journal of Roentgenology, 2006, 186:7–11; Mendelson RM, Bairstow PJ “Imaging Pathways: Will They Be Well Trodden or Less Traveled?” Journal of the American College of Radiology, 2009, 6: 160–166; entrevistas e análise da Advisory Board. © 2013 The Advisory Board Company • 26502 Incorporação de logísticas de alta de pacientes 43 Relatório especial A sala de altas A sala de altas é uma tática comum para acelerar o fluxo... O grande desafio do grau de confiança dos profissionais clínicos quanto à liberação de pacientes de sua enfermaria confirma os debates existentes sobre o valor de se ter salas dedicadas a altas de pacientes. No nível mais básico, uma sala de altas oferece a oportunidade de liberar o paciente mais cedo da enfermaria no dia da alta para um local onde ele possa esperar pela documentação final e pelo transporte. Muitos hospitais adotaram e aprimoraram a prática nos últimos anos, adicionando mais mobiliário e funcionários às salas de altas já existentes. Resumo da tática • Espaço dedicado a uma “sala de altas” é colocado à disposição para pacientes que aguardam a finalização do processo de liberação ou o transporte • Confortavelmente mobiliada e com os funcionários adequados • Evita que pacientes prontos para alta continuem a ocupar os leitos dos próximos pacientes ... mas difícil de ser bem implementada Muitos colaboradores não são a favor das salas de alta “Estão me botando porta afora” “É trabalho extra para mim” “Meu paciente recebe “Será caro para menos atendimento na implementar e sala de altas” colocar funcionários à disposição” Apesar dessa opinião, as salas de altas não são comprovadamente uma panaceia. Algumas organizações receberam reclamações de pacientes dizendo que a sala de altas confundiu a eles e aos familiares, acostumados a fazer perguntas aos funcionários da enfermaria durante suas visitas. Profissionais clínicos também reclamaram que a sala de altas era uma inconveniência que perturbava o fluxo de trabalho. Além disso, gerentes hospitalares continuam a ponderar se o espaço e recursos utilizados para as salas de altas poderiam ser direcionados a outras áreas, principalmente se a sala está sendo subutilizada. Falhas criam cinismo “Estamos tentando desenvolver uma sala de altas pela terceira vez, mas estou cético — acho que não vai funcionar mais uma vez.” Enfermeiro gerente Hospital público australiano Fonte: © 2013 The Advisory Board Company • 26502 entrevistas e análise da Advisory Board. 44 Gerenciamento de capacidade de próxima geração Enquanto os hospitais consideram se devem implementar, continuar a usar ou abandonar as salas de altas, deve-se observar que, para funcionar, a sala de altas deve incluir a provisão de profissionais clínicos e móveis adequados. Muitos dos investimentos mostrados aqui para a atual geração de salas de altas comprovam que as populações de pacientes a serem servidas estão cada vez mais complexas, além de terem um crescente comportamento de consumismo. O espaço terá que ter características como móveis confortáveis, televisões e funcionários disponíveis para atender às necessidades dos pacientes. Além disso, é muito comum que os funcionários da sala de altas gastem bastante tempo explicando e orientando seus companheiros em outras áreas do hospital sobre o valor da sala, o que é uma despesa a mais. O fato é que as salas de altas podem preencher brechas em que o leito de internação é de extrema urgência para o próximo paciente, um fator que estimula muitos hospitais a mantê-las. Continua aberta a questão se a sala de altas poderia se tornar desnecessária se houvesse melhor planejamento do fluxo dos pacientes nas primeiras etapas de atendimento e se as famílias fossem informadas sobre o dia e a hora previstos para a alta. Requer recursos consideráveis para ter êxito Lista de inventário Custos de espaço/reforma Mobília confortável Vários funcionários em tempo integral, inclusive enfermeiros diplomados Televisões Serviço de refeições Serviços de farmácia Treinamento de funcionários para incentivar o uso Uma solução que não é barata “Tenho visto salas de altas que funcionam e outras que falham, e há vários recursos necessários para que elas funcionem: faça com que a sala seja bastante confortável, coloque os funcionários apropriados, um escritório, refeições e trate-a como uma unidade independente, e não como um lugar para despejar os pacientes.” Diretor operacional Hospital público australiano Tratar os sintomas e não o problema? Razões para usar a sala de altas • Espera por transporte • Espera para transferência para tratamento subagudo • Os resultados dos exames não estão prontos Possível solução para o sistema Melhor planejamento e coordenação antecipados com família, laboratório, farmácia, enfermeiros e médicos da preparação clínica para a alta • O prontuário de alta não está pronto • Espera por orientação sobre medicamento/alta Uma etapa adicional “Na verdade, se tudo funcionasse bem, nós não precisaríamos de uma sala de altas. No momento, elas representam uma etapa a mais no processo de alta, mas os pacientes geralmente não estão prontos para sair cedo do hospital no dia da liberação, por isso precisamos da sala para ajudar a liberar os leitos.” Enfermeiro gerente de unidade Hospital público australiano Fonte: entrevistas e análise da Advisory Board. © 2013 The Advisory Board Company • 26502 Incorporação de logísticas de alta de pacientes Esta tabela destaca os pontos fortes e as limitações associados a cada prática direcionada a auxiliar no êxito do processo de alta. Em suma, para manter os esforços de aprimoramento do fluxo de internação, é preciso implementar melhorias em todo o sistema hospitalar, e todos os departamentos devem atuantes no processo de liberação do paciente. Resumo das práticas Prática Descrição Data de alta bem visível • Gerentes de caso devem prever a data de alta dos pacientes admitidos, usando dados passados e/ou algoritmos para basear as previsões. Dia estimado para a alta: 21/4 Horário estimado: 17h00 • Um “Ticket Home” colocado ao lado do leito informa a data de alta prevista aos funcionários, pacientes e familiares Definição de agenda de préliberação Avaliação do progresso do paciente Estado clínico Eliminação/dieta Anticoagulação Estado cardíaco Estado de recuperação Estado de medicamentos/equipamentos IV Foley Medicamentos para dor P.O. Necessidades de transporte e cuidados pós-agudo Transporte por ambulância/família Leito para tratamento pós-agudo (se necessário) Necessidade de equipamentos médicos1 • Reuniões diárias multidisciplinares analisam cada paciente para assegurar que o tratamento seja executado o mais rápido possível e evitar que datas de alta de pacientes passem despercebidas • Sistema de monitoramento de tarefas define claramente o responsável pela execução de cada item Alerta de alta pendente aos departamentos auxiliares Requisições referentes a patologia, farmácia ou exames por imagens enviadas 24 horas antes do horário previsto para a alta do paciente recebem prioridade e são marcadas como categoria “alta pendente” Pontos fortes • Define metas claras para o tempo de permanência do paciente • Torna visível ao paciente e aos familiares a provável data de alta, permitindo que se programem com antecedência • O envolvimento com o processo de alta de cada paciente, de maneira proativa e logo após a admissão, acelera o processo de liberação final • Responsabilidade clara evita o “jogo de empurra” para altas demoradas e oferece acesso fácil a dados que ajudam a identificar áreas de atraso • Fornece aos departamentos de serviços auxiliares um lembrete para priorizar as tarefas que podem facilmente impedir a liberação de leitos • Permite que os profi ssionais clínicos recebam as informações referentes à alta potencial do paciente e ajam com base nelas Limitações • Difícil assegurar a precisão da previsão feita no início da estada • Não resolve ineficiências de processo inerentes à permanência no hospital • Reuniões requerem dedicação diária de tempo • É necessária uma considerável participação dos profi ssionais clínicos; pode não funcionar bem onde os médicos não são funcionários do hospital • Departamentos auxiliares podem oferecer resistência à ordem externa de priorização de seu trabalho, mesmo que o processo melhore o acesso ao atendimento Fonte: © 2013 The Advisory Board Company • 26502 entrevistas e análise da Advisory Board. 45 46 Gerenciamento de capacidade de próxima geração © 2013 The Advisory Board Company • 26502 47 IV. Estímulo ao foco em longo prazo Devido à exigência atual para melhorar drasticamente a capacidade efetiva e o fluxo de internação, os hospitais não têm condições financeiras de permitir que as iniciativas se dissipem após os ganhos iniciais. As práticas nessa seção têm por fim incentivar e manter em todo o hospital os processos em andamento dedicados à melhoria do fluxo de pacientes. © 2013 The Advisory Board Company • 26502 Prática 9: Priorização da iniciativa estratégica Prática 10: Painel de gerenciamento de fluxo de internação Prática 11: Apoio recíproco dos funcionários 48 Gerenciamento de capacidade de próxima geração Coluna IV: Estímulo ao foco em longo prazo Enquanto os hospitais tentam melhorar os fluxos de internação abordando todos os aspectos de atendimento hospitalar, uma preocupação em comum é se o impacto do trabalho realizado será ou não mantido durante os anos. Essa questão reflete o crescente ceticismo fora da indústria de atendimento à saúde, em que estudos demonstram que metodologias de aprimoramento, como Lean e Six Sigma, apresentam ganhos iniciais, como mostrado no gráfico, que declinam e falham no decorrer do tempo. É muito fácil perder os ganhos iniciais Resumo do estudo • Análise do ciclo de vida de sete iniciativas de aperfeiçoamento de desempenho usando Six Sigma, Lean ou outras metodologias em uma empresa aeroespacial • Pesquisadores descobriram que quase todas as iniciativas mostraram ganhos no início que decaíram aos níveis originais de desempenho depois de algum tempo Porcentagem de itens que passaram na primeira inspeção Expandindo Cedendo Falhando 100% 50% 6 12 18 24 30 36 42 Semanas Para superar o padrão típico de falha, os hospitais precisam desenvolver apoios de gerenciamento estratégico que ajudem a assegurar investimentos no fluxo de internação capazes de sustentar os resultados em longo prazo. As práticas nessa seção foram elaboradas para ajudar hospitais a priorizar investimentos em fluxo de internação, medir continuamente o desempenho e — o mais importante — envolver e apoiar os profissionais clínicos responsáveis diretamente pelo atendimento dos pacientes. Práticas essenciais para o sucesso em longo prazo Joias Difíceise altos 15 211 29 115 1637 115 29 1637 211 7 7 115 211 1637 29 211 1637 Fruta em galho baixo 1637 29 115 29 Derrubados 9 Priorização da iniciativa estratégica Fonte: 211 1637 10 Painel de gerenciamento de fluxo de internação 11 Apoio recíproco dos funcionários Chakravorty S, “Where Process Improvement Projects Go Wrong: Six Sigma and Other Programs Typically Show Early Progress, and Then Things Return to the Way They Were.” Wall Street Journal, 25 de janeiro de 2010; entrevistas e análise da Advisory Board. © 2013 The Advisory Board Company • 26502 Estímulo ao foco em longo prazo 49 Prática 9: Priorização da iniciativa estratégica O perigo da desigualdade de rigores e critérios Cronograma de proposta de sistema de TI Comissão de orçamento revê as informações Departamento de informática requisita novo sistema de TI clínico Plano de negócio Janeiro Sistema de informações clínicas Fevereiro Proposta do fornecedor Recebimento de propostas de fornecedores Cronograma de proposta para enfermaria de pacientes internados Líder do departamento propõe uma ideia para diminuir o tempo de processamento da alta Janeiro Fevereiro Coleta de dados e artigos de apoio Plano de negócio Março Líder do departamento apresenta suas ideais à equipe médica Plano de negócio Expansão da linha de serviços Expansão da linha de serviços Abril Plano de negócio completado e enviado à comissão de orçamento Não faltam propostas de melhoria do fluxo de internação Projetos recomendados 1. Investir em AAT1 Comissão de avaliação 2. Abrir unidade de decisões clínicas • Gerenciamento do caso 3. Contratar mais gerentes de casos • Enfermeiros • Grupo clínico • Executivos Com a crise econômica global, muitos hospitais estão funcionando com orçamentos inferiores ao esperado. Um dos maiores desafios é que os líderes de projeto precisam trabalhar muito para conseguirem financiar as iniciativas. Líderes de aprimoramento de desempenho do Sentara Health System, na Virgínia, notaram desapontados que projetos de alta repercussão, como sistemas de informática, costumam ser aprovados e financiados muito mais rapidamente do que outras iniciativas, mesmo se estas forem estrategicamente mais significativas. 4. Comprar software de painel de leitos 5. Adicionar mais leitos de telemetria • TI No final, o necessário para esta situação é uma melhor priorização e avaliação do retorno sobre o investimento esperado para qualquer iniciativa de fluxo de internação. Considerando a possibilidade de que vários departamentos do hospital compitam por um capital limitado, líderes incumbidos de melhorar o fluxo de internação precisam ponderar com cuidado cada um dos vários investimentos e aprimoramentos possíveis e definir as prioridades pertinentes. Onde começar? “No momento, temos 40 ideias diferentes para melhorar nosso fluxo de internação, mas sabemos que não podemos implementar todas elas.” Diretor operacional District Health Board da Nova Zelândia 1 Admissão, alta e transferência. © 2013 The Advisory Board Company • 26502 Fonte: Sentara Health System, Norfolk, VA (EUA); entrevistas e análise da Advisory Board. 50 Gerenciamento de capacidade de próxima geração No University of Utah Health System, executivos do hospital trabalharam para aumentar o rigor de suas alocações de capital e dos investimentos em aperfeiçoamento de desempenho. Eles alcançaram esse objetivo criando um sistema de pontuação para investimentos em fluxo de internação. Seu processo de cinco etapas foi elaborado para fazer uma análise abrangente de cada projeto e gerar uma lista com a classificação dos projetos. Os projetos são classificados de acordo com o impacto e viabilidade e colocados em duas matrizes, que geram uma pontuação geral para cada ideia. Adicionando rigor à seleção de iniciativas Resumo do caso University of Utah Um processo em cinco etapas • Um hospital de 346 leitos em Salt Lake City, Utah, EUA 1 Avalie cada iniciativa de acordo com oito critérios de impacto e dê uma pontuação (1–10) 2 Avalie cada iniciativa de acordo com sete critérios de viabilidade e dê uma pontuação (1–10) 3 Marque as pontuações obtidas nos passos 1 e 2 e calcule a classificação média para cada categoria • Apareceram vários projetos candidatos a recursos limitados e as propostas foram avaliadas de acordo com os critérios • Atenção dedicada a uma lista curta de projetos manejáveis e impactantes Combine as classificações do passo 3 para gerar coordenadas para cada proposta 4 Líderes de projeto avaliam os resultados; ajuste as classificações com base nos comentários do grupo e nas prioridades organizacionais 5 Critérios de priorização Veja as diretrizes para priorização de projetos no apêndice da página 74 Como mostrado no exemplo da matriz de classificação de propostas, a University of Utah descobriu que, neste tipo de comparação, algumas iniciativas se destacam naturalmente. A posição ideal de qualquer ideia é o quadrante superior direito, sendo fácil de implementar e capaz de gerar um grande benefício. Este tipo de estrutura ajuda o hospital a obter sucessos rápidos com recursos limitados e também a direcionar atenção a iniciativas de impacto mais abrangente e profundo. Escolha das iniciativas de maior impacto Classificação relativa das propostas “Difíceis e altos” “Joias” Difícil de resolver, alto retorno Fácil de resolver, alto retorno 10 Projeto de documentação para processo de alta “Controle de tráfego de atendimento” interno Impacto Iniciativa de protocolo de comunicação Farmácia para pacientes de ambulatório 1 “Derrubados” Difícil de resolver, baixo retorno “Fruta de galho baixo” 1 10 Fácil de resolver, baixo retorno Viabilidade Fonte: University of Utah Health System; entrevistas e análise da Advisory Board. © 2013 The Advisory Board Company • 26502 Estímulo ao foco em longo prazo 51 Prática 10: Painel de gerenciamento de fluxo de internação Rastrear somente o tempo de permanência significa perda de oportunidades Tempo de permanência médio, 2003 5,7 Desvios de ambulâncias 99 horas em desvios por ano; 108 pacientes levados para outros hospitais 4,4 Admissões desviadas 294 pacientes eletivos encaminhados para outros hospitais Minnesota (US) United Hospital Pacientes insatisfeitos 1.200 pacientes deixam o departamento de emergência sem atendimento Resumo do caso United Hospital • Um hospital de atendimento de casos agudos com 480 leitos, em St. Paul, Minnesota, EUA • Trata 40.000 pacientes de emergência e 25.000 internados por ano • Enfrentou alta taxa de desvio de ambulâncias apesar de ter um baixo tempo de permanência Uma vez que o hospital tenha feito um considerável investimento na melhoria do fluxo de internação, o próximo passo importante é medir o impacto e a sustentabilidade do investimento. Com frequência, o hospital é obrigado a avaliar os tipos de indicadores estatísticos que está usando e determinar se está fazendo as medições necessárias. Por exemplo: executivos do United Hospital em Minnesota, descobriram que seu tempo médio de permanência estava abaixo da média estadual; contudo, atrasos de liberação de leitos e outros gargalos continuavam sendo um problema sério, causando o desvio de pacientes para outros hospitais. O United acabou percebendo que outros tipos de indicadores, como o horário em que foi dada a alta, precisam ser colocados em um nível de urgência mais alto. • Acabou percebendo que estava com desempenho baixo no horário de alta Obter números, e não informação Muitos hospitais ficam sobrecarregados de dados, mas não conseguem discernir as informações importantes C CV Dashboard 2008 Dashboard Quality Q4 Falls with Injury Medication Errors Pressure Ulcer Prevalence Restraints Prevalence VAP Rate YTD Variance 4 9 16 28 6.64% 10 2.34% 5 10 25 3.00% 2.36% 300 3000 2.25% 3.46% 7.80% Finance HPPD 3.20% 1:1 Ratio Shifts 30 584 1.86% Overtime 40 408 0.89% 236 2.36% Agency 20 PTO 20 262 7.32% LOS 4.86 3.01 4.86% People RH Os indicadores estatísticos são tão essenciais para o hospital que, baseada neles, toda a equipe dedica-se a melhorar o desempenho Finanças THE S OC I S EON RG U F THORACIC YO S ET E st a b lis h e d 1 9 6 4 • Os indicadores estatísticos são essenciais para compreender o desempenho de cada departamento, mas não são uma prioridade para todo o hospital RN Turnover 18.63% 17.51% 13.67% First Year Turnover 13.46% 10.90% 6.38% Vacancy Rate 6.80% 7.98% 8.70% Total Turnover 11.36% 10.42% 9.80% Involuntary Turnover 4.08% 5.19% 3.86% Painel executivo Ficha informativa Contudo, a adição de mais indicadores estatísticos pode apresentar seus próprios obstáculos. Os hospitais costumam apresentar aos departamentos e funcionários enormes quantidades de dados relacionados a desempenho. Isto com frequência resulta em dados impossíveis de serem analisados ou de nenhum significado para quem os recebe. Para evitar essa armadilha, alguns hospitais criaram um “painel de fluxo de internação”, que combina elementos indicadores que podem ser usados pelos executivos com medições que podem levar a ações pelos gerentes de departamento. Relatórios de departamento Fonte: © 2013 The Advisory Board Company • 26502 entrevistas e análise da Advisory Board. 52 Gerenciamento de capacidade de próxima geração Os painéis de fluxo de internação mais eficazes contêm medições utilizáveis de uma vasta gama de indicadores referentes ao fluxo de pacientes. Embora nem todo indicador estatístico mostrado aqui (ou na lista completa contida no apêndice) seja viável ou prático para todas as organizações, os indicadores devem ser conhecidos e definidos e incluir metas para o departamento ou todo o hospital baseadas em referências externas ou metas internas definidas pelo próprio hospital. Indicadores estatísticos para diagnóstico de gargalos Categoria Liberações de pacientes Indicador estatístico Exemplo de meta Porcentagem de pacientes que receberam uma data de alta estimada Data de alta estimada designada ao paciente pelo menos 48 horas antes de ser liberado 90% Dias evitáveis Porcentagem de dias que os pacientes não precisavam estar no hospital ≤1,5% Dias em longa permanência Porcentagem de dias do tempo de permanência total que os pacientes ficaram hospitalizados para receber diagnóstico ≤10% Tempo de retorno na radiologia Do recebimento da requisição de um exame radiológico simples aos resultados prontos 30 a 60 minutos Tempo de retorno no laboratório Do recebimento da requisição de exames gerais de sangue aos resultados prontos 30 a 60 minutos Rotatividade dos leitos Da alta do paciente à cama limpa 60 minutos Da limpeza da cama à notificação ao controle de leitos Tempo para notificar a limpeza da cama ao controle de leitos 10 minutos Serviços auxiliares Limpeza do quarto Definição Veja o índice de indicadores de eficiência no apêndice da página 75 A decisão de inserir ou não um determinado indicador estatístico de fluxo de internação no painel deve-se basear nos testes da pressão causada pelos pontos fortes e fracos de cada indicador. As considerações mais importantes devem ser sempre se é possível agir com base nos dados, se os números serão confiáveis e como eles serão recebidos pelos funcionários por toda a organização. Teste da pressão exercida pelos indicadores Acessibilidade de dados Comunicabilidade do conceito 1. Este é um tipo de indicador estatístico que o hospital já está monitorando? 1. Este indicador estatístico é fácil de ser explicado e compreendido pelos líderes de departamento? 2. O sistema é capaz de calcular e produzir relatórios contendo os resultados desses indicadores? 2. Os gerentes em geral concordam com a definição do indicador estatístico? Frequência de monitoramento Aplicabilidade dos dados 1. Este indicador pode ser monitorado com a frequência necessária para possibilitar tomadas de ação apropriadas? 1. Este indicador destaca áreas do hospital que precisam ser aprimoradas? Confiabilidade dos dados Responsabilidade dos funcionários 1. Este indicador é calculado por um sistema automatizado (RME/AAT)? 1. Este indicador ajudará o desempenho dos funcionários em relação ao fluxo de internação? 2. Se não for, os dados registrados são comprovadamente exatos? 3. Os gerentes confiam nesses dados para tomadas de decisão? 2. Este indicador monitora processos do hospital que afetam o fluxo de internação? 2. Este indicador possibilitará a identificação de pessoas acima e abaixo do nível médio de desempenho? Veja a planilha de perguntas sobre diagnósticos estatísticos no apêndice da página 76 Fonte: entrevistas e análise da Advisory Board. © 2013 The Advisory Board Company • 26502 Estímulo ao foco em longo prazo Painel de indicadores estatísticos mostra resumo de desempenhos Indicador estatístico Desempenho real Meta Porcentagem de pacientes que receberam uma data de alta estimada 85% 90% Dias evitáveis 5% <1,5% Dias em longa permanência 14% <10% 50 minutos <60 minutos Tempo de retorno no laboratório Trajetória do indicador Direção desejada 53 Painéis de fluxo de internação também podem ser mais eficazes quando são orientados a tomadas de ação. No exemplo mostrado aqui, um painel mostra as metas e é codificado com cores ou símbolos quando o desempenho sai da faixa desejada. O painel pode chamar a atenção para questões de desempenho e alertar gerentes para que identifiquem e corrijam problemas logo que ocorrem, especialmente aqueles que se repetem após uma fase inicial de aprimoramento. Codificação de cores destaca áreas que precisam de atenção imediata Indicador da meta de desempenho Indicador de desempenho na faixa de cuidado Desempenho inaceitável; indicadores requerem atenção imediata Recompensa pelo desempenho da linha de frente Recompensa pelo desempenho • Todo mês, a unidade com melhor desempenho ganha pizzas no almoço • Incentiva competição amigável entre unidades orientada à qualidade Recompensa pelo aprimoramento • Almoço com pizza ganho pela unidade com o melhor aprimoramento em um indicador sem perder desempenho nos demais indicadores • Acessível a unidades de todos os níveis de desempenho Resumo do caso Rosslyn Hospital 1 • Hospital escola público com 550 leitos no Canadá • Instituiu programa de reconhecimento com base em indicadores estatísticos para incentivar melhoria de desempenho nas enfermarias • O reconhecimento levou em conta eficiência e qualidade • O programa foi dedicado a envolver os funcionários com os melhores e com os piores desempenhos, incentivando melhorias em todo o hospital Os painéis também podem ser usados para identificar rapidamente melhorias ocorridas em departamentos e recompensar os responsáveis. No Rosslyn Hospital, pseudônimo para um hospital público no Canadá, executivos têm usado os painéis de fluxo de internação para identificar departamentos que apresentaram ganhos substanciais no fluxo de pacientes. Uma prática comum é recompensar unidades com melhor desempenho ou aprimoramento através de um almoço com pizzas e de um reconhecimento formal no encontro anual do hospital. Esses eventos ajudam a aumentar a conscientização geral e incentivam um melhor desempenho. Reconhecimentos simples são altamente eficazes “Nunca subestime o poder de motivação de uma pizza grátis.” Diretor de desempenho corporativo, Rosslyn Hospital 1 Pseudônimo. © 2013 The Advisory Board Company • 26502 Fonte: entrevistas e análise da Advisory Board. 54 Gerenciamento de capacidade de próxima geração Prática 11: Apoio recíproco dos funcionários Enquanto os hospitais procuram criar sistemas de medição de desempenho com o objetivo de melhorar o fluxo de internação, eles também precisam garantir a participação e o envolvimento dos médicos. Como mostrou um estudo na University of Utah Health Sciences Center, médicos podem ser a causa mais comum de atrasos em altas. Isto pode ser devido aos médicos não estarem no hospital ou estarem atendendo outros pacientes quando é preciso tomar decisões importantes referentes à alta do paciente. Independente da causa, o hospital precisa encontrar meios de conectar os médicos à estratégia de melhoria do fluxo de internação. Os médicos são a principal causa no atraso de altas Atrasos no fluxo de internação por causa Outros Agendamento de exame 10% Atendimento clínico por médicos 13% 42% Consulta 14% 21% • Gerenciamento excessivamente conservador • Atrasos nas tomadas de decisão Planejamento da alta Resumo do caso University of Utah • Estudo em um hospital pediátrico terciário em Salt Lake City, Utah, EUA • Investigou o número de atrasos em atendimento de pacientes e as suas causas no período de um mês Mesmo que o hospital consiga a atenção dos médicos, não há garantia de que as iniciativas de fluxo de internação serão colocadas à frente de outras preocupações, como mostrado neste gráfico. Como resultado, certos hospitais estão adotando medidas proativas para se comunicarem mais com seus médicos sobre questões de fluxo de internação, e alguns deles chegam a oferecer várias formas de apoio recíproco ao médico que adotar determinadas mudanças na prática. Os interesses do hospital geralmente não estão em primeiro lugar O que nossos médicos querem? Como ajudar o hospital no gerenciamento da capacidade? Como executar mais procedimentos? Como melhorar Como posso o equilíbrio entre melhorar meus minha vida resultados? profissional e familiar Fonte: Que tecnologias posso acrescentar à minha prática? Srivastava, R., et al., “Delays in Discharge in a Tertiary Care Pediatric Hospital,” Journal of Hospital Medicine, 2009, 4:481; entrevistas e análise da Advisory Board © 2013 The Advisory Board Company • 26502 Estímulo ao foco em longo prazo 55 Exemplo 1: Fóruns de fluxo de internação concentrados nos profissionais clínicos Preencher a lacuna Solicitar a opinião dos médicos em fóruns abertos Liderança equilibrada Encontro coliderado por um representante dos médicos e pelo diretor operacional Apresentação concisa com concentração de dados Discussões de 20 minutos estruturadas em torno dos indicadores estatísticos que os médicos considerarem importantes1 Discussão aberta Diálogos francos abordam as preocupações dos médicos com relação aos processos hospitalares ineficientes Resumo do caso Peninsula Regional Medical Center • Um hospital com 370 leitos em Salisbury, Maryland, EUA • 95% dos médicos trabalhando por conta própria Um exemplo de suporte recíproco do hospital são os fóruns de fluxo de internação com enfoque nos profissionais clínicos. O Peninsula Regional Medical Center em Maryland observou que uma série de iniciativas de fluxo de pacientes não estava tendo êxito junto aos médicos. Executivos do hospital decidiram realizar um “encontro de fluxo de internação”, coliderado pelo diretor operacional do hospital e o médico coordenador da reforma do fluxo de internação. O encontro começou com uma apresentação centrada nos dados referentes a atrasos no fluxo de internação, seguida de uma discussão aberta com os médicos sobre como os processos hospitalares poderiam ser aprimorados de modo a acelerar o tratamento dos pacientes. • Médicos não cooperativos com as iniciativas de fluxo, assoberbados pelos processos hospitalares ineficientes fora do seu controle • Líderes envolveram os funcionários fazendo uma apresentação baseada em dados e se concentraram nas preocupações dos médicos Resolver primeiro as preocupações dos médicos Barreiras dos médicos em relação às melhorias Resultados de laboratório não prontos para as rondas matutinas Demora do retorno de exames de radiologia em mais do que um dia Coordenação de leitos não disponível 24 h por dia 1 Soluções discretas do hospital Reestruturação dos processos de laboratório possibilitaram rondas matutinas a partir das 8h00. Investimento em sistema de RV2 levou a uma redução de 76% em TDR3 Mudança de cobertura da coordenação de leitos de 12 h em 5 dias por semana para 24 h em 7 por semana Taxas de desvio no departamento de emergência, taxas de pacientes recebendo alta sem serem checados pelo médico, tendências de tempo de permanência, admissões diárias médias. 2 Reconhecimento de voz. 3 Tempo de retorno. © 2013 The Advisory Board Company • 26502 Os funcionários médicos do hospital Peninsula Regional identificaram vários obstáculos à eficiência do fluxo de internação, como um longo tempo de retorno para exames de patologia e radiologia e coordenação inadequada de leitos. O hospital abordou cada uma dessas preocupações com soluções específicas, o que gerou confiança e criou a base para aumentar a participação dos médicos em subsequentes iniciativas de fluxo de internação. Fontes: Snyder C, et al., “Managing in a Period of High Demand: Partnering in Throughput Reform,” 19 de março de 2007; entrevistas e análise da Advisory Board. 56 Gerenciamento de capacidade de próxima geração Exemplo 2: Estudo-piloto com envolvimento dos médicos Uma vez atingido um alto nível de confiança e capacidade de resposta, o próximo passo importante é assegurar que os médicos aceitem o motivo fundamental e o valor clínico de novas iniciativas de fluxo de internação. Isto é especialmente importante para iniciativas que requerem que os médicos modifiquem padrões utilizados em suas práticas. No St. Joseph Hospital, no Colorado, muitas altas atrasavam porque os médicos dos pacientes a serem liberados estavam fazendo rondas na unidade de tratamento intensivo antes de cuidarem das altas nas enfermarias. Para superar esse problema, alguns médicos foram selecionados para participar de um estudo-piloto para verificar o impacto de se fazer primeiro a ronda dos pacientes com alta pendente. Os resultados do estudo-piloto do St. Joseph Hospital corroboraram a mudança na prática; pacientes das enfermarias podem ser examinados e liberados mais cedo no dia sem que haja mudança significativa nos resultados observados para os pacientes da unidade de tratamento intensivo. Após a implementação da mudança, a porcentagem de pacientes com alta pendente avaliados no início da manhã passou de 30 para 80%, e a porcentagem de pacientes liberados antes do meiodia mais que duplicou. O St. Joseph atribui a maior parte de seu sucesso à credibilidade gerada com a condução de uma auditoria de qualidade da mudança. Aceitação por meio de estudo-piloto concentrado em dados Resumo do caso St. Joseph Hospital • Um hospital de 400 leitos localizado em Denver, Colorado, EUA • Enfrentou problemas significativos resultantes de rondas de pacientes com alta pendente feita muito tarde; os médicos faziam as rondas dos pacientes da UTI primeiro; forte resistência à mudança da prática • Estudo-piloto conduzido para avaliar o impacto de se fazer primeiro a ronda dos pacientes com alta pendente 1 Seleção pré-determinada dos indicadores estatísticos Equipe de líderes selecionou os indicadores estatísticos para verificar o impacto de se fazer primeiro a ronda dos pacientes com alta pendente 2 3 Lançamento do estudo-piloto Apresentação dos resultados O médico coordenador do estudo apresentou os dados aos demais colegas demonstrando o sucesso da iniciativa Piloto lançado em uma unidade médica, progresso monitorado através de indicadores estatísticos Análise dos resultados do esforço Ronda com base em altas pendentes Altas antes do meio-dia 80% 40%–50% 27% 30% 16%–22% Antes do Depois estudo-piloto do estudo-piloto Antes do estudo piloto, no hospital todo Depois do estudo-piloto, no hospital todo Antes do estudo-piloto, em unidades específicas Resumo do impacto da iniciativa Resultado Taxa de desvio Resultados clínicos Ronda com base em altas pendentes Diminuiu Não mudou Fonte: entrevistas e análise da Advisory Board. © 2013 The Advisory Board Company • 26502 Estímulo ao foco em longo prazo 57 Exemplo 3: Auditoria de redundâncias em formulários de alta Emparelhamento de documentação Resumo do caso St. Joseph Hospital • Um hospital de 400 leitos localizado em Denver, Colorado, EUA • Reconheceu o grande tempo gasto para preencher os formulários de alta como resultado da duplicação de várias seções • Dedicou-se extensivamente a remodelar os formulários para melhorar a qualidade e remover redundâncias Revisão dos documentos de alta Consulta a especialistas externos • Médicos, enfermeiros chefes e gerentes de caso se reuniram para analisar os formulários • Formulários que não • Almoço com requerem preenchimento representantes de atendimento à saúde por médico foram da comunidade local transferidos para enfermeiros ou gerentes gerou a ideia de de caso um fórum dedicado a aperfeiçoar as • Folhas de instruções documentações de para pacientes foram todas as instalações modificadas para incluir e compreender os caixas de seleção em vez requisitos para acelerar de respostas livres, para a transferência de reduzir a quantidade de pacientes trabalho dos enfermeiros • Pedidos duplicados de informações foram consolidados; oportunidades observadas para automatizar a documentação Distribuição do trabalho Consolidação de formulários liberou tempo para os profissionais clínicos Número total de formulários de alta Tempo para preencher os formulários de alta Em minutos 13 40 Pré-implementação 4 20 Pós-implementação Filtro para informações essenciais Motivo da hospitalização Instruções para o paciente e familiares Sintomas e constatações significativos Lista de medicamentos abrangente e reconciliada Procedimentos e tratamentos administrados Lista de problemas médicos agudos, resultados de exames pendentes Estado do paciente na alta Dando continuidade à estratégia de diminuir os atrasos de alta, o St. Joseph Hospital conduziu também uma análise do tempo gasto por médicos e enfermeiros no preenchimento da documentação de liberação do paciente. A investigação concluiu que os profissionais clínicos preenchiam 13 formulários de alta diferentes para cada paciente, muitos deles com informações duplicadas já fornecidas em outros formulários. O St. Joseph aproveitou a oportunidade para dinamizar a atividade e consultou vários departamentos do hospital e instituições externas sobre ideias de como eliminar documentos desnecessários. Além de filtrar as informações contidas nos formulários de alta mantendo somente as mais importantes, os administradores conseguiram também reduzir o número de formulários de 13 para 4 — uma diminuição de 70%. Isto resultou numa redução de 50% no número de minutos necessários para os médicos e enfermeiros preencherem os formulários de alta para cada paciente. As medidas adotadas provaram ser um grande fator de satisfação para os funcionários do hospital, aumentando seu interesse e envolvimento em outras iniciativas de dinamização de processos de atendimento. Obtenção da assinatura do médico Veja a lista de verificação para resumo de alta no apêndice da página 77 Fonte: © 2013 The Advisory Board Company • 26502 Louden K. “Creating a Better Discharge Summary: Is Standardization the Answer,”, março de 2009; American College of Physicians Hospitalist, disponível em: http://www.acphospitalist. org/archives/2009/03/discharge.htm, entrevistas e análise da Advisory Board. 58 Gerenciamento de capacidade de próxima geração © 2013 The Advisory Board Company • 26502 Estímulo ao foco em longo prazo 59 Um resumo das práticas para alcançar sustentabilidade em longo prazo é mostrado abaixo. As práticas nessa seção diferem bastante entre si, mas, se aplicadas juntas, criam um modelo para uma estratégia mais abrangente de fluxo de internação e promovem uma cultura de eficiência em todo o hospital. Resumo das práticas Prática Descrição Priorização da iniciativa estratégica Difíceis e altos Joias Ao alcance da mão Pontos fortes Limitações Método claro para classificar e selecionar iniciativas com base em prioridades organizacionais; as iniciativas são comparadas entre si de acordo com seu provável custo e eficácia • Sistema de classificação fácil de • Utiliza a lista anterior de usar baseado em pontuações iniciativas em potencial presentes na organização • Abre discussões sobre iniciativas O hospital desenvolve um painel de desempenho com indicadores estatísticos de alto valor para o fluxo de internação e usa as informações para identificar oportunidades e reconhecer ou recompensar desempenhos departamentais • O desenvolvimento de painéis altamente visíveis com indicadores capazes de gerar ações corretivas minimiza o problema de o hospital ficar enterrado em dados não usáveis ou em medições estatísticas amplas demais, como somente o tempo de permanência que tenham compatibilidade em longo prazo com a organização • Os métodos de cálculo do retorno sobre o investimento são qualitativos Derrubados Painel de gerenciamento de fluxo de internação 15 211 29 115 1637 115 29 1637 211 7 7 115 211 1637 29 1637 29 211 1637 115 29 211 1637 • Painéis podem sugerir medidas que acionem tomadas de ação ou dados de outros departamentos internos que identifiquem níveis ideais de desempenho Apoio recíproco dos funcionários Envolve médicos no processo de implementação de iniciativas de fluxo de internação, investindo significativamente em sua participação nos projetos, resolvendo primeiro suas preocupações e facilitando a execução de suas tarefas • Concentra-se em áreas normalmente negligenciadas para conseguir o envolvimento dos médicos, tornando-os parte integral de todas as novas iniciativas de fluxo de internação • Coleta e análise de dados de alto valor requerem trabalho adicional e mais tempo de gerenciamento, mesmo em sistemas totalmente automatizados • As medidas sugeridas para o fluxo de internação precisam ser aplicadas no sistema de atendimento aos pacientes internados para que possam se tornar eficazes • Falta de indícios quantitativos da eficácia da tática • Eficácia da prática depende das habilidades dos líderes • Três estudos de caso oferecem uma variedade de táticas adaptáveis a diferentes iniciativas Fonte: entrevistas e análise da Advisory Board. © 2013 The Advisory Board Company • 26502 60 Gerenciamento de capacidade de próxima geração © 2013 The Advisory Board Company • 26502 61 Epílogo Criação de um envolvimento mais amplo © 2013 The Advisory Board Company • 26502 62 Gerenciamento de capacidade de próxima geração Lição 1: Todo mundo com a mão na massa Na conclusão deste estudo sobre gerenciamento de capacidade chega a quatro lições aprendidas por meio da pesquisa e de entrevistas com os líderes hospitalares responsáveis pelo fluxo de internação. O primeiro pilar estratégico identificado em programas com abordagens progressistas em gerenciamento de capacidade é ter realmente uma atitude “todo mundo com a mão na massa”. Desde os executivos até os médicos, enfermeiros e funcionários auxiliares, é preciso que seu trabalho tenha de ser conduzido paralelamente a iniciativas estratégicas e operacionais para redução de tempo de permanência, atrasos de altas e outros sinais de ineficiência de atendimento. Parte de suas responsabilidades deve ser também conseguir a participação dos pacientes e familiares para que estejam prontos para a alta no prazo especificado, de maneira que a satisfação do paciente e a qualidade do atendimento não sejam afetadas. Sucesso depende do apoio de todas as partes envolvidas Executivos seniores • Envolvem funcionários na reforma do fluxo de internação • Aprovam formalmente e dão respaldo às metas • Asseguram que os recursos apropriados sejam dedicados ao fluxo de pacientes Médicos Pacientes/famílias • Participam em projetos-piloto • Participam de discussões com os gerentes de caso relativas à data de alta • Identificam proativamente problemas com a atual estratégia, sugerem possíveis soluções • Fazem as perguntas necessárias referentes a consultas e medicamentos de acompanhamento • Agem como consultores para ajudar no gerenciamento do caso com iniciativas eficientes • Fornecem respostas sobre a adequação e eficácia das estratégias de atendimento existentes Apoio dos funcionários Enfermeiros e gerentes de caso • Identificam proativamente oportunidades para liberar leitos • Educam os profi ssionais clínicos sobre a correta designação de estado • Atendem às requisições de transporte sem atrasos • Coordenam o processo de alta com plano claro com responsabilidades • Sugerem melhorias nos processos de comunicações interdepartamentais • Elevam a qualidade da abordagem de atendimento para populações específicas de pacientes Laboratório/radiologia • Asseguram o retorno rápido dos resultados • Buscam oportunidades para melhorar o processo sempre que possível • Trabalham para conseguir uma utilização dinâmica baseada em princípios Fonte: entrevistas e análise da Advisory Board. © 2013 The Advisory Board Company • 26502 Epílogo: Criação de um envolvimento mais amplo 63 Lição 2: Incentivo à cooperação proativa Baseada primeiramente em qualidade de atendimento Funcionários que compreendem as consequências de um fluxo de internação ruim Atraso no tempo crítico de atendimento Funcionários assegurando que os padrões de atendimento permaneçam altos Taxas de readmissão Taxas de infecção/quedas Aumento do desvio de ambulâncias Conformidade com diretrizes clínicas Aumento em mortalidade/ complicações no hospital Prontidão de paciente/familiares para alta Pacientes que deixam o hospital sem serem examinados Satisfação dos pacientes e funcionários Má percepção do hospital pelos funcionários e pacientes Comprometido a manter o sistema em movimento A mecânica do fluxo de internação Empurra Empurra Estamos devidamente equipados para enviar resultados à UTI? Estamos devidamente equipados para transferir resultados aos médicos? ? LAB RESULTS O OS D LTAD RESU ATÓRIO R O L AB Um segundo princípio organizacional para cooperação proativa é ter uma cultura de funcionários comprometidos em manter em movimento os sistemas de atendimento aos pacientes. Como mostrado nesta ilustração, hospitais eficazes usam sistemas de “empurra” e de “puxa” nas várias partes do hospital para conseguir dar apoio ao fluxo de internação. Um gargalo comum entre departamentos é o atraso nas comunicações, o que geralmente pode ser superado examinando-se como as informações são transmitidas. Resultados dos exames de laboratório entregues ao médico Resultados de exames recebidos na UTI Exames de laboratório realizados Os hospitais conseguem o alinhamento necessário entre os funcionários incentivando cooperação proativa no fluxo de internação. Um princípio unificador para todas as iniciativas de fluxo de pacientes deve ser a melhoria da qualidade clínica. Os funcionários precisam compreender que atrasos ou gargalos no fluxo de internação acabam impedindo o acesso a cuidados médicos de outros pacientes que chegam ao hospital. Do mesmo modo, deve-se assegurar aos funcionários que as iniciativas do hospital dedicadas a melhorar o fluxo de internação sejam acompanhadas de avaliações de qualidade. Essas iniciativas devem garantir que outros indicadores de qualidade, como taxas de readmissão ou satisfação dos pacientes, não sofram com o desejo desordenado de aperfeiçoar o fluxo de internação mais rapidamente. Puxa Puxa Estamos devidamente equipados para acessar os resultados do laboratório? A agenda do médico está programada para receber resultados o mais rápido possível? Fonte: © 2013 The Advisory Board Company • 26502 entrevistas e análise da Advisory Board. 64 Gerenciamento de capacidade de próxima geração Lição 3: Pensando além da alta Dado o escrutínio em torno dos custos e do valor geral dos serviços hospitalares, as organizações devem também estar preparadas para terem maior responsabilidade sobre o estado dos pacientes depois de liberados do hospital. O Boston Medical Center em Massachusetts reconheceu que sua taxa de readmissão de 28 dias, pouco acima de 20%, sinalizava que o hospital falhava na preparação dos pacientes para alta. O hospital determinou quais fatores de risco clínicos e sociais eram os mais fortes previsores de readmissão. Isto levou à contratação de representantes de alta, cuja missão específica é trabalhar com esses pacientes de alto risco antes de serem enviados para casa. A qualidade não termina quando o paciente deixa o hospital Previsores importantes de readmissão Nível educacional inferior ao ensino médio Incapacitado Solteiro Baixa renda Representante de alta Utilização anterior de hospital Resumo do caso Boston Medical Center • Um hospital de 575 leitos em Boston, Massachusetts, EUA • Reconheceu que tinha uma taxa de readmissão de 20%, um valor alto que indicava um mau processo de alta • Desenvolveu um modelo para identificar pacientes com o maior risco de readmissão dentro de 30 dias • Lançou o projeto RED (reengenharia de alta) para preparar melhor os pacientes para a alta O Boston Medical Center também renovou as ferramentas usadas para educar os pacientes para a alta. Este é um excerto do plano de atendimento pós-hospital, intitulado Projeto RED - Reengenharia de alta. O hospital automatizou e dinamizou a educação dos pacientes com instruções completas impressas que dão uma orientação clara sobre os próximos passos em sua jornada de atendimento pós-agudo. Projeto RED — Plano de atendimento pós-hospital Veja o Plano de atendimento pós-hospital no apêndice da página 78 Fonte: Greenwald J, “Understanding and Re-Engineering the Hospital Discharge Towards Safety and Accountability,” Boston Medical Center, 2006 © 2013 The Advisory Board Company • 26502 Epílogo: Criação de um envolvimento mais amplo Discharge Avatar educa os pacientes para a alta “Louise,” a representante virtual do paciente Distribuição do tempo de entrega do protocolo de alta CRÉDITO DE IMAGEM: KULBAKOPHOTO.COM 81 minutos no total 37% Enfermeiro ao vivo Representante virtual do paciente 63% Reduz em 30 minutos por paciente a carga de trabalho do enfermeiro com a liberação 65 Outra recente inovação no processo de alta do BMC é o desenvolvimento do programa computadorizado “Discharge Avatar”, que instrui o paciente e seus familiares e faz perguntas para confirmar se compreenderam as instruções de alta. Se o paciente não entende alguma parte das instruções, o sistema avatar mostra novamente as informações ao paciente. Os pacientes relatam alta satisfação com a ferramenta e os funcionários se beneficiam do tempo economizado ao delegarem ao programa mais de um terço do tempo requerido para transmitir as instruções. Resumo do caso — Representante virtual do paciente • Desenvolvido por pesquisadores da Boston University e da Northeastern University para dinamizar a entrega de protocolos de alta • O sistema simula uma conversa interativa frente a frente sobre instruções pós-alta Pacientes mais informados evitam readmissão Visitou o médico geral ≤30 dias após a hospitalização1 62% Hospitalizações por paciente ≤30 dias após a alta2 0,45 0,31 44% Pacientes de atendimento usual Pacientes do projeto RED 1 Defi nida como a soma de passagens pela emergência e admissões em hospitais P= 0,009. 2 p=<0,001 © 2013 The Advisory Board Company • 26502 Pacientes de atendimento usual Fonte: O tempo economizado está também resultando em outros benefícios na continuidade do atendimento. Um estudo recente constatou que os pacientes que receberam as instruções através do novo sistema tinham uma maior taxa de visita a seu médico geral dentro de 30 dias após a alta. Além disso, esses pacientes tinham também muito menos probabilidade de retornar ao hospital, seja para passar pela emergência ou para readmissão, dentro dos 30 dias após a alta Pacientes do projeto RED Louden K, “Creating a Better Discharge Summary: Is Standardization the Answer,”, março de 2009; American College of Physicians Hospitalist, disponível em: http:// www.acphospitalist.org/archives/2009/03/discharge.htm, acessado em 30 de março de 2009; Jack B, et al., “A Reengineered Hospital Discharge Program to Decrease Hospitalization,” Annals of Internal Medicine, 2009, 150: 178–187; entrevistas e análise da Advisory Board. 66 Gerenciamento de capacidade de próxima geração © 2013 The Advisory Board Company • 26502 Epílogo: Criação de um envolvimento mais amplo 67 Lição 4: Consideração de uma proposição de valor mais amplo Mudança de atendimento episódico para contínuo Contínuo Valor Baseado na residência Independente Baseado no hospital Serviços médicos, cirúrgicos e de diagnóstico dentro das instalações do hospital Clínicas, cirurgias e diagnósticos fora do hospital Atendimento residencial de próxima geração, hospital em casa Gerenciamento de doenças crônicas, monitoramento 24 h por dia, 7 dias por semana Uma última lição que os hospitais devem reconhecer como uma das mais fortes proposições a longo prazo é sua habilidade não só de evitar readmissões, mas principalmente de minimizar a necessidade de admissões. À medida que os hospitais desenvolvem conexões, eletrônicas ou de outros tipos com um atendimento mais contínuo, sua experiência, funcionários e instalações são usados cada vez mais para gerenciar os pacientes tanto dentro quanto fora do hospital. De fato, para muitos pacientes e administradores, isso representa o futuro ideal para a prestação de serviços de atendimento à saúde. Distância do hospital Contornando a admissão do paciente Lista de verificação de sintomas S N Atendimento básico na residência Dificuldade em respirar? Alterações no peso? Sinais de edema? Hospital at Home Avaliação do paciente Provedor de última instância “O fato é que os administradores de hospital — ao olharmos para o caminho que estamos seguindo — terão de aceitar que uma admissão ao hospital, exceto para casos como apendicite aguda ou trauma, corresponderá a uma falha do sistema.” Os modelos de atendimento de pacientes mais inovadores possibilitam que a admissão do paciente ao hospital seja evitada. Um exemplo usado em vários países é o Hospital at Home, no qual os serviços de atendimento agudo são fornecidos sem a infraestrutura de um hospital tradicional. Inovações em atendimento residencial e por clínicos gerais também anunciam usos mais sofisticados de tecnologias clínicas e de informação, que em outros tempos eram exclusivas de hospitais tradicionais. Tais inovações chamam a atenção para as oportunidades emergentes para desenvolver modelos de atendimento de próxima geração que redefinam os processos de cuidados médicos e gerenciem a capacidade evitando admissões de pacientes. Denis Cortese, MD Presidente e diretor executivo, Mayo Clinic Fonte: © 2013 The Advisory Board Company • 26502 Molpus J, “The State of the CEO,” HealthLeaders, abril de 2007: 1; entrevistas e análise da Advisory Board. 68 Gerenciamento de capacidade de próxima geração © 2013 The Advisory Board Company • 26502 69 IV. Estímulo ao foco em longo prazo © 2013 The Advisory Board Company • 26502 Ferramenta 1: Exemplo de diretrizes para designação de leitos Ferramenta 2: Ticket Home Ferramenta 3: Diretrizes para priorização de projetos Ferramenta 4: Índice de indicadores de eficiência Ferramenta 5: Planilha de perguntas sobre diagnósticos estatísticos Ferramenta 6: Lista de verificação para resumo de alta Ferramenta 7: Plano de atendimento pós-hospitalar 70 Gerenciamento de capacidade de próxima geração Ferramenta 1: Exemplo de diretrizes para designação de leitos Exemplo de diretrizes para designação de leitos Unidade 5 Oeste Telefone 5-4590 523 – 545 Tipo básico do paciente Excedente para Telemetria médica 7O com permissão • Insuficiência cardíaca primária com/sem telemetria • Pneumonia • Telemetria médica (A-fib / CAD) • Excedente com ICC Medicação: • Requisição para manutenção de Flolan (epoprostenol sódico) • Tikosyn (dofetilida) – pode ser iniciado ou reiniciado 4 Leste 5-4470 401 - 421 Telemetria cirúrgica • Médico • Pós-cirurgia cardíaca • Não infeccioso • Pós-cirurgia vascular • Pós-cirurgia geral • Bariátrica • Traqueostomia – antiga ou >7 dias pós-operatório Medicação / gotejamento IV: • 5 mcg dopamina, nitroglicerina na mesma taxa por 24 horas, amiodarona, Cardizem (diltiazem) • Tikosyn (dofetilida) – pode ser iniciado ou reiniciado 4 Leste 5-7470 Telemetria cirúrgica Semiintensiva • Não infeccioso, AP-t (sem bainhas) 410: 1 - 6 • Pós-cirurgia vascular • Pós-cirurgia cardíaca • Pós-cirurgia geral Medicação / gotejamento IV: • Ajuste de dose, Cardizem (diltiazem), Levo (norepinefrina), Neo (neossinefrina), nitroglicerina, hidralazina, labetalol • Tikosyn (dofetilida) – pode ser iniciado ou reiniciado 5 Leste 5-4570 Telemetria médica • Médico • C/P, estado pós-IM, arritmia, DCA, IM estável 501 - 518 Medicação / gotejamento IV: • Tikosyn (dofetilida) – pode ser iniciado ou reiniciado 4 Oeste 5-4490 422 – 442 Telemetria pós-intervenção • Telemetria médica • SEP • Médico • Marca-passos Pressão negativa 30, 31, 34, 41, 42 • CDIA • Dispositivos • Pacientes com síncope • Paciente grávida/com arritmia • Traqueostomia – antiga ou >7 dias pós-cirurgia Medicação / gotejamento IV: • Tikosyn (dofetilida) – pode ser iniciado ou reiniciado 5 Norte 547 – 566 5-4580 Unidade ECA • 4N - excedente • Paciente >70 anos • AIT, AVC estável • Mudança no estado mental, delírios, quedas, fraqueza, declínio funcional, deficiência • NÃO trauma • Paciente da equipe Med (sem limite de idade) Fonte: entrevistas e análise da Advisory Board. © 2013 The Advisory Board Company • 26502 Apêndice 71 Exemplo de diretrizes para designação de leitos (cont.) Unidade 2 Leste Telefone 5-4270 201 – 219 Tipo básico do paciente Excedente para Cirúrgico/médico • Feminino • Mulheres • Ginecologia: cirurgia, médica, oncologia, urologia • Ginecologia: cirurgia, médica, oncologia, urologia • Perinatal (não monitorado) • Pós-parto • Perinatal (não monitorado) • Pós-parto T2 5-3323 1 – 26 UTI cirúrgica • UTI médica • Trauma primário • 4 Norte excedente de unidade semiintensiva • SO crítica • Monitoramento neurológico de PIC Pressão negativa 2-7, 22-25 • AVC hemorrágico • Código azul de cirurgia • Traqueostomia - nova ou outra • Tem que passar por consulta na UTI Medicação / gotejamento IV: • Tikosyn (dofetilida) – sem mudanças na dosagem • Qualquer gotejamento IV T3 5-7330 1 – 26 Pressão negativa 2-7, 22-25 • Equipe de AVC • 4 Norte - unidade semi-intensiva • Pacientes em ventilação mecânica de longa duração • 4 Norte - médico • Traqueostomia - nova ou outra • 7 Oeste excedente UTI médica Medicação / gotejamento IV: • Tikosyn (dofetilida) – pode ser iniciado ou reiniciado • Qualquer gotejamento IV UTIVCS 5-3554 1 – 16 • Cirurgia vascular • UTI / UTC – não infeccioso • Cirurgia torácica • Vascular • Balão intra-aórtico • Balão • Traqueostomia - nova ou outra • Excedente de telemetria Cirurgia cardíaca - torácica Medicação / gotejamento IV: • Qualquer gotejamento IV UTPA excedente 5-4290 12 – 21 Tele 15 – 21 • Não infeccioso • Sem sangramento GI ativo • Não bariátrica • Não cardiotorácica • Não neurocirurgia • De preferência sem adaptador de ventilação • Sem trauma • Nenhum paciente problemático Fonte: © 2013 The Advisory Board Company • 26502 entrevistas e análise da Advisory Board. 72 Gerenciamento de capacidade de próxima geração Exemplo de diretrizes para designação de leitos (cont.) Unidade 4 Norte Telefone 5-4480 Tipo básico do paciente Médico – Neurologia • AVC, AIT, ACV, lesão na cabeça, tumor cerebral, convulsão, cefaleia, vertigem, fratura EM, distúrbio do sistema nervoso 446 – 463 • Trauma • Cirurgia das costas Excedente para • Excedente de cirurgia médica • Trauma • Neurologia • Excedente de ortopedia • Traqueostomia – antiga ou >7 dias pós-operatório 4 Norte semiintensiva 5-6232 457: 1 - 6 7 Oeste 5-4790 • Todas as acima • Todas as acima • Neurologia semi-intensiva, deve ter neurologista ou consulta de neurologia • AVC não monitorado Médico – Respiratório • Médico 726 – 745 • Pneumonia, DPOC, asma, falência respiratória, deficiência respiratória, derrame pleural, tuberculose, isolação respiratória Ventilação: 26 – 29 e 38 – 41 • Com ventilação — somente traqueostomia, sem tubos endotraqueais • Traqueostomia - nova ou outra Pressão negativa: 31 - 44 7 Leste Medicação: • Requisição para manutenção de Flolan (epoprosterol sódico) 5-4770 701 – 716 6 Oeste 5-4290 623 – 645 • Câncer, quimioterapia, leucemia, radiação, neutropenia • Estado médico não infeccioso, tratamento paliativo, estado final Cirúrgico • Trauma • Tem que ter avaliação de recuperação e ser aceito para admissão • Médico Médico - Oncologia • Traqueostomia – antiga ou >7 dias pós-operatório 6 Leste 601 – 621 54670 Cirúrgico – Renal • Cirurgia geral • Cirurgia renal • Médico • Diálise – renal e peritoneal • Urologia • Plástica • Celulite • Enxerto de pele • Traqueostomia – antiga ou >7 dias pós-operatório Fonte: entrevistas e análise da Advisory Board. © 2013 The Advisory Board Company • 26502 Apêndice 73 Ferramenta 2: Ticket Home Ticket Home Nome Consultor Fisioterapeuta Liberado Sim/Não Terapeuta ocupacional Liberado Sim/Não Outros dados Data planejada para voltar para casa Data da volta para casa – Receitas escritas Sim/Não Raio X tirado Sim/Não Necessidade de transporte Sim/Não Fonte: © 2013 The Advisory Board Company • 26502 Cardiff and Vale NHS Trust, Reino Unido. 74 Gerenciamento de capacidade de próxima geração Ferramenta 3: Diretrizes para priorização de projetos Proposta de processo de “controle de tráfego de atendimento” interno Exemplo de planilha Data de priorização: Escala 1–10: 1 = Baixo/difícil 10 = Alto/fácil Pontuação mais alta = classificação como prioridade maior Critérios de viabilidade Pontuação Facilidade de implementação Critérios de impacto Pontuação Impacto no fluxo de internação Mais do que um dia de permanência 7–10 5 Algumas horas a um dia de permanência 5–6 2 Algumas horas de permanência ou menos 0–4 Desvantagens Impacto financeiro Poucas ou pequenas desvantagens8–10 US$ 1 milhão ou mais Algumas desvantagens 3–7 Muitas ou grandes desvantagens 8 7–10 US$ 100 mil a US$ 1 milhão 4–6 Até US$ 100 mil 0–3 3 0–2 Impacto em outros processos (multiplicador) Viabilidade de estudo Medidas já existem 7–10 Requer adoção de medidas, mas não funcionários em tempo integral 3–6 5 Afeta a maioria dos processos 7–10 Afeta mais de 2 processos, mas não a maioria 4–6 Afeta de 1 a 2 processos 0-3 9 Requer funcionários em tempo integral 0–2 Magnitude Afeta a maioria dos serviços 7–10 Afeta mais de 2 serviços, mas não a maioria 4–6 Afeta de 1 a 2 serviços/ departamentos 0–3 Sustentabilidade (habilidade de conexão) Impacto na qualidade do atendimento do paciente 7 Nível de melhoria de desempenho necessário 7 Capacidade de aceitação interna 7 Média Coordenadas 4 1 Nível de visibilidade 1 Importância para os pacientes 1 Impacto para os funcionários 5 Impacto para os médicos 6 40 31 5,7 3,9 6 4 Fonte: University of Utah, Salt Lake City, Utah, EUA. © 2013 The Advisory Board Company • 26502 Apêndice 75 Ferramenta 4: Índice de indicadores de eficiência Indicadores estatísticos para diagnóstico de gargalos Categoria Pacientes do departamento de emergência Admissões Indicador estatístico Exemplo de meta Definição Tempo de permanência total Tempo total do paciente na emergência 156 minutos Tempo de permanência de pacientes liberados para voltar para casa Tempo do paciente na emergência até a liberação para casa 141 minutos Tempo de permanência dos pacientes admitidos Tempo do paciente na emergência até sua admissão a um leito de paciente internado (ou da unidade de curta permanência) Pacientes que deixaram o hospital sem serem examinados Porcentagem de pacientes que deixam a emergência sem serem vistos por um médico Horas de desvio de ambulância Horas mensais em média de desvio de ambulâncias 9,29 horas Requisições de designação de leito Tempo entre a requisição do leito pela emergência e o horário em que o paciente é instalado efetivamente no leito 30 minutos Designação do leito à instalação do paciente no leito Tempo entre o horário em que é feita a designação do leito até o horário em que o paciente é efetivamente colocado na cama 30 minutos Proporção entre gerente de caso e pacientes Número de gerentes de caso comparados com o número de pacientes 1:20–40 Ocupação de leitos ao meio-dia Censo feito ao meio-dia contando os leitos com pacientes internados ≤90% Índice de eficiência de ocupação Censo da meia-noite dividido pelo censo do meio-dia 0,85 Tempo entre a requisição do transportador e a remoção do paciente Tempo que leva para o transportador buscar o paciente 15 minutos Requisições de transporte por hora Número de transportes requisitados por hora para cada transportador 2,5–3,0 requisições por hora Porcentagem de pacientes que receberam uma data de alta estimada Porcentagem de pacientes que receberam uma previsão da data de alta pelo menos 48 horas antes de serem liberados Precisão de altas pendentes Precisão das requisições referentes a alta pendente Dias evitáveis Porcentagem de dias que os pacientes não precisavam estar no hospital ≤1,5% Dias em longa permanência Porcentagem de dias do tempo de permanência total que os pacientes ficaram hospitalizados para receber diagnóstico ≤10% Média anual de rotatividade de leitos Número de pacientes ocupando um leito no período de um ano Tempo de retorno na radiologia Do recebimento da requisição de um exame radiológico simples aos resultados prontos 30 a 60 minutos Tempo de retorno no laboratório Do recebimento da requisição de exames gerais de sangue aos resultados prontos 30 a 60 minutos Requisições classificadas como alta pendente Porcentagem de requisições para departamentos auxiliares que foram emitidas com uma data de alta pendente N/D Rotatividade dos leitos Da alta do paciente à cama limpa 60 minutos Da limpeza da cama à notificação ao controle de leitos Tempo para notificar a limpeza da cama ao controle de leitos 10 minutos Conformidade com a norma de notificação de leito sujo Partida do paciente e necessidade de limpeza de leito informados ao gerenciamento de leitos Transportes Liberações de pacientes Serviços auxiliares Limpeza do quarto Fonte: © 2013 The Advisory Board Company • 26502 <240 minutos 0,55% 90% 80%–90% 61 >70% entrevistas e análise da Advisory Board. 76 Gerenciamento de capacidade de próxima geração Ferramenta 5: Planilha de perguntas sobre diagnósticos estatísticos Observação sobre o uso As perguntas abaixo foram elaboradas para ajudar as organizações a decidirem quais indicadores métricos de eficiência utilizar. As perguntas devem ser aplicadas a cada indicador estatístico em consideração. Uma maioria de respostas “Não” em qualquer categoria sugere que o indicador não deve ser utilizado, devendo ser eliminado. Acessibilidade a dados _____________________________________________________________________________________ Sim Não 1. Este é um tipo de indicador estatístico que o hospital já está monitorando? 2. O sistema é capaz de calcular e produzir relatórios contendo os resultados desses indicadores? 3. Alguém é capaz de coletar esses dados eficazmente? Frequência de monitoramento 1. Este indicador pode ser monitorado com a frequência necessária para possibilitar tomadas de ação apropriadas? 2. Este indicador estatístico pode ser monitorado mais de uma vez por ano? Confiabilidade dos dados 1. Este indicador é calculado por um sistema automatizado (RME/AAT)? 2. Se não for, os dados registrados são comprovadamente exatos? 3. Os gerentes confiam nesses dados para tomadas de decisão? Comunicabilidade do conceito 1. Este indicador estatístico é fácil de ser explicado e compreendido pelos líderes de departamento? 2. Os gerentes em geral concordam com a definição do indicador estatístico? Aplicabilidade dos dados 1. Este indicador destaca áreas do hospital que precisam ser aprimoradas? 2. Este indicador monitora processos do hospital que afetam o fluxo de internação? 3. Este indicador está diretamente relacionado às metas de eficiência da instituição? Responsabilidade dos funcionários 1. Este indicador ajudará o desempenho dos funcionários em relação ao fluxo de internação? 2. Este indicador possibilitará a identificação de pessoas acima e abaixo do nível médio de desempenho? 3. É possível incorporar metas ou referências externas a este indicador? Fonte: entrevistas e análise da Advisory Board. © 2013 The Advisory Board Company • 26502 Apêndice 77 Ferramenta 6: Lista de verificação para resumo de alta Principais elementos de um resumo de alta Elemento-chave Concluído Problema que levou à hospitalização Principais constatações e resultados de exames Diagnóstico final (principal e secundário) Sumário da estada no hospital Condições na alta Destino após a alta Medicação na alta Consultas de acompanhamento e plano de gerenciamento proposto Problemas previstos e intervenções sugeridas Trabalhos e exames de laboratório pendentes Recomendações de consultores em subespecialidades Documentação de instruções dadas ao paciente Nome e telefone 24 h para os registros médicos do hospital Fonte: © 2013 The Advisory Board Company • 26502 American College of Physicians Hospitalist, disponível em: http://www. acphospitalist.org/archives/2009/03/discharge.htm, acessado em 30 de março de 2009; entrevistas e análise da Advisory Board. 78 Gerenciamento de capacidade de próxima geração Ferramenta 7: Plano de atendimento pós-hospitalar Plano de atendimento pós-hospitalar Fonte: American College of Physicians Hospitalist, disponível em: http://www. acphospitalist.org/archives/2009/03/discharge.htm, acessado em 30 de março de 2009; entrevistas e análise da Advisory Board. © 2013 The Advisory Board Company • 26502 Apêndice Plano de atendimento pós-hospitalar (cont.) Fonte: © 2013 The Advisory Board Company • 26502 Greenwald J, “Understanding and Re-Engineering the Hospital Discharge Towards Safety and Accountability,” Boston Medical Center, 2006. 79 80 Gerenciamento de capacidade de próxima geração © 2013 The Advisory Board Company • 26502 ©2013 The Advisory Board Company advisory.com 2445 M Street NW Washington DC 20037 P +1 202.266.5600 F +1 202.266.5700 19 Eastbourne Terrace Paddington, London W2 6LG, UK P +44 (0) 203.626.0230 F +44 (0) 203.626.0101 advisory.com