Parece uma Amazônia

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Parece uma Amazônia
Países do Hemisfério Norte superam o Brasil na produção de animais da
fauna brasileira
- A
Marcelo Bortoloti
Revista Veja - 05/09/2007
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Qual é o habitat de jibóias, papagaios e sagüis? As selvas de clima tropical das Américas do Sul e
Central seria a resposta mais correta. Esses bichos, no entanto, estão se tornando habitantes da
Europa, sendo cada vez mais comum encontrá-los na Inglaterra, na Holanda e na Alemanha.
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Nas últimas décadas, os países do Hemisfério Norte transformaram-se em grandes criadores legais de
animais de espécies originárias de locais como a Amazônia e o Pantanal. A lista inclui também as
araras, os iguanas e os periquitos. O que impressiona é que a reprodução em cativeiro dessas espécies
naqueles países já é maior do que no Brasil.
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A Inglaterra, com temperatura média de 5 graus nos meses de inverno, produz e exporta legalmente
quase dez vezes mais sagüis do que o Brasil. A Holanda tornou-se a terra dos papagaios, e de lá saem
legalmente vinte vezes mais desses bichos do que do Brasil.
Os animais da fauna brasileira engordam o mercado mundial de pets, que movimenta 56 bilhões de
dólares por ano - mas quem lucra com isso são os criadores europeus e americanos.
O que está por trás do desenvolvimento dessas criações é um avanço tecnológico notável. Foi possível
produzir animais exóticos em larga escala no Hemisfério Norte após anos de estudos sobre como
esses bichos se alimentam, se reproduzem e quais a temperatura e o tamanho ideal de viveiro para
cada espécie.
DIVULGAÇÃO
No caso de araras e papagaios, uma das principais revoluções foi a
produção em laboratório de um tipo de secreção normalmente expelida
pelas aves adultas, que serve de alimento aos filhotes nos primeiros quatro
dias de vida.
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Com isso, além de se fazer a incubação artificial, tornou-se possível
alimentar os filhotes artificialmente. Os cativeiros hoje são gerenciados por
computador e têm aparelhos como raio X e ultra-som para acompanhar a
gestação. Isso tudo permitiu um ganho de escala que ajudou a reduzir os
preços.
A arara -vermelha: um dos
animais produzidos em larga
escala na Europa
Nos últimos dez anos, os criadores profissionais começaram a oferecer
espécies legalizadas a preços competitivos, mais saudáveis e mais dóceis
do que as que são encontradas livres na natureza.
Hoje, enquanto no Brasil uma jibóia custa 900 reais no mercado legal, lá fora o mesmo bicho é vendido
pelo equivalente a 60 reais. Um iguana legalizado custa 1.200 reais no Brasil, enquanto nos Estados
Unidos o preço é de aproximadamente 80 reais.
O mercado de aves de companhia cresceu muito na Europa, hoje um grande produtor. Os grandes
criatórios estão na Holanda, na Alemanha e na Áustria. "É mais fácil arrumar um papagaio ou uma
arara aqui na Europa do que mandá-los vir do Brasil", disse a VEJA Pedro Oliveira, criador de aves
tropicais na cidade do Porto, em Portugal.
DIVULGAÇÃO
Não são apenas os produtores que lucram com esse mercado. Há uma
indústria de acessórios que permite a qualquer morador da Suécia, por
exemplo, criar uma arara ou um papagaio como se estivesse em plena
Amazônia.
No caso das aves, existem gaiolas climatizadas e uma série de vitaminas,
substratos e rações compatíveis com o padrão alimentar de cada espécie.
Para os répteis, é possível comprar ambientes artificiais com pedras
aquecidas e plataformas vibratórias para dar a impressão de que a comida
está andando.
Papagaio -verdadeiro: é mais fácil
achar alguns bichos do Brasil em
lojas da Europa e dos EUA sem
cair na mão de traficantes
Lojas especializadas vendem camundongos para alimentar cobras, além de
grilos, baratas e larvas de besouro para as aves. A Fluker's Crickets Farm,
nos Estados Unidos, comercializa em média 20 milhões de grilos vivos por
mês e faz entregas até pelo correio.
As lojas de animais de estimação americanas, além de uma enorme variedade de répteis, mamíferos e
aves do mundo inteiro, oferecem espécies trabalhadas geneticamente para sofrer mutações que as
tornam mais atraentes. Um exemplo é o peixe-neon, originário do Brasil. Lá fora, ele é produzido em
cores diferentes das encontradas na natureza ou com as nadadeiras bem maiores.
DIVULGAÇÃO
Essas variedades abastecem um mercado
fabuloso. Nos EUA, 71 milhões de lares
possuem animais de estimação. No Brasil, a
legislação permite a criação de animais
silvestres em cativeiro. Faltam criadores bem
preparados. "A cadeia de produção nacional
não tem logística nem produção em série para
abastecer o mercado. Faltam qualidade e
quantidade", diz Francisco Tavares, da diretoria
de fauna do Ibama.
Criatório de animais silvestres na Espanha
Não existe por aqui nada parecido com o que
há lá fora. Oitocentos e cinqüenta produtores
comerciais estão cadastrados no Ibama. E
muitos usam a criação como fachada para "esquentar" os animais. Ou seja, retiram os bichos da fauna
silvestre e os registram como se tivessem nascido em cativeiro. Com isso, eles podem ser
comercializados legalmente.
Também não existe tecnologia nacional para esse tipo de produção. "Mesmo para criarmos espécies
nacionais, temos de importar tecnologia da Europa", diz Paulo Machado, diretor da Aves Vale Verde,
que tem 800 pássaros para reprodução.
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O Brasil ainda está engatinhando na criação de animais silvestres para comercialização.
Animais capturados nas matas brasileiras são levados para o Hemisfério Norte desde a época do
descobrimento. A prática só virou crime em 1967, com a criação da Lei de Proteção à Fauna.
Mesmo assim, traficantes de animais continuam enviando ilegalmente à Europa e aos Estados Unidos
milhares de araras, jibóias, papagaios e sagüis. Hoje, o tráfico de animais silvestres movimenta 20
bilhões de dólares por ano no mundo todo. Por isso mesmo, a produção em cativeiro é uma fonte
alternativa, que ajuda a atender à demanda.
Desde 1975, a Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas da Fauna e Flora
Silvestres (Cites, da sigla em inglês) controla a exportação de animais em 172 países. Segundo a
instituição, cerca de 270.000 bichos vivos são comercializados legalmente todos os anos. O dado não
inclui o que é vendido internamente em cada país.
Nem as exportações entre os países da União Européia. A produção pode ser, portanto, muito maior. A
continuar assim, não está distante o dia em que a maior parte dos papagaios do planeta vai falar mais
inglês do que português.
FAUNA GLOBALIZADA
A produção de animais da fauna brasileira em cativeiros avança de tal forma que, entre 2000 e 2006, a
Holanda exportou vinte vezes mais papagaios que o Brasil. Observe a comparação entre exportações
brasileiras e de alguns dos maiores produtores do mundo, em seis anos, em espécies comercializadas.
Araras
Estados Unidos: 683
Brasil: 52
Papagaios
Holanda: 2213
Brasil:100
Sagüis
Inglaterra:520
Brasil: 61
Jibóias
Repúlica Checa: 12531
Brasil: 6
Iguanas
Estados Unidos: 13456
Brasil: 0
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