FM-Sérvia _Setembro 2011
Transcrição
FM-Sérvia _Setembro 2011
Mercados informação global República da Sérvia Ficha de Mercado Setembro de 2011 aicep Portugal Global República da Sérvia – Ficha de Mercado (Setembro 2011) Índice 1. País em Ficha 03 2. Economia 04 2.1. Situação económica e Perspectivas 04 2.2. Comércio Internacional 07 2.3. Investimento 12 2.4. Turismo 14 3. Relações Económicas com Portugal 15 3.1. Comércio 15 3.2. Investimento 21 3.3. Turismo 22 4. Relações Internacionais e Regionais 22 5. Condições Legais de Acesso ao Mercado 23 5.1. Regime Geral de Importação 23 5.2. Regime de Investimento Estrangeiro 24 5.3. Quadro Legal 26 6. Informações Úteis 27 7. Endereços Diversos 29 8. Fontes de Informação 32 8.1. Informação Online aicep Portugal Global 32 8.2. Endereços de Internet 33 2 aicep Portugal Global República da Sérvia – Ficha de Mercado (Setembro 2011) 1. País em Ficha Área: População: Densidade populacional: Designação oficial: Forma de Estado: Chefe do Estado: Primeiro-Ministro: 2 77.474 km (excluindo o Kosovo) 7,3 milhões habitantes (1 Janeiro 2010, excluindo o Kosovo); 9,5 milhões de habitantes (incluindo o Kosovo, estimativa EIU) 2 94,2 hab./km (2010) República da Sérvia República Boris Tadic (eleito em Junho de 2004; reeleito em Fevereiro de 2008). As próximas eleições presidenciais estão revistas para 2013. Mirko Cvetkovic (eleito em Julho de 2008) Data da actual Constituição: Principais Partidos Políticos: 10 de Novembro de 2006 Governo: “Para uma Sérvia Europeia (ZES)”, coligação no poder constituída pelo Partido Democrático (DS), G17+, Partido Socialista da Sérvia (SPS), Partido dos Reformados Unidos da Sérvia (PUPS), Sérvia Unida (JS) e diversos membros do Parlamento representantes de minorias. Oposição: Partido Radical Sérvio (SRS); Partido Democrático da Sérvia (DSS); Partido Liberal Democrático (LDP); Partido Progressista Sérvio (SNS). As próximas legislativas e presidenciais estão previstas para o 1º semestre de 2012. Capital: Belgrado (1,6 milhões de habitantes, censo de 2002). Estima-se que a capital conte actualmente com mais de 2 milhões de habitantes. Novi Sad; Nis; Gragujevac; Leskovac; Subotica; Pristina. Outras cidades importantes: Religião: Predomina a ortodoxa (sérvios e montenegrinos), seguida da islâmica (muçulmanos e albaneses) e católica (húngaros e croatas). Sérvio (língua oficial), sendo reconhecidas também o albanês (Kosovo) e o húngaro (Vojvodina). Língua: Unidade monetária: Dinar sérvio (RSD) 1 EUR = 103,5 RSD (estimativa média 2010) 1 USD = 78,6 RSD (estimativa média 2010) 1 EUR = 101,5 RSD (fim Agosto 2011) Risco País: Risco político – B Risco de estrutura económica - B Risco país - B (AAA = risco menor; D = risco maior) Índice 5,80 (10 = máximo) Ranking geral: 63 (entre 82 países) “Ranking de negócios”: (EIU – Setembro 2011) Risco de crédito: 6 (1 = risco menor; 7 = risco maior) (COSEC - Setembro 2011) Grau de abertura e dimensão relativa do mercado: Fontes: Exp. + Imp.(Bens) / PIB = 61,2 (estimativa 2010) Imp. (Bens) / PIB = 38,1% (estimativa 2010) Imp./Imp. Mundial=0,1% (75º importador mundial em 2010) The Economist Intelligence Unit (EIU); Banco de Portugal; COSEC; OMC Ministério das Finanças da Sérvia ; Statistical Office of the Republico of Serbia 3 aicep Portugal Global República da Sérvia – Ficha de Mercado (Setembro 2011) 2. Economia 2.1. Situação Económica e Perspectivas No período de 2003-2007 a Sérvia registou um crescimento económico assinalável - o PIB cresceu a uma 1 taxa média de 5,7% ao ano - abrandando em 2008 (5,5%). Em 2009 o PIB sérvio contraiu 3,1% reflectindo o impacto da recessão da economia mundial. O reforço da disciplina fiscal incidiu negativamente sobre o consumo, enquanto que o aumento das dificuldades na obtenção de financiamento constringiu o investimento interno, provocando uma forte retracção da procura interna. Em 2010 registou-se uma recuperação da actividade económica do país, com o PIB a crescer 1,8%, graças essencialmente ao aumento das exportações. Tanto o consumo privado como público evoluíram negativamente, como resultado de uma política fiscal mais restritiva, um maior controlo das despesas públicas e um elevado nível de desemprego. Segundo as previsões do EIU - Economist Intelligence Unit, em 2011 deverá assistir-se a uma consolidação moderada do crescimento económico, de 2,8% do PIB, incentivado pelas exportações, acelerando nos dois anos seguintes, para 4% do PIB em 2012 e 4,5% em 2013. As últimas previsões do FMI (Setembro de 2011) são menos optimistas, apontando para crescimentos de 2% do PIB em 2012 e 3% em 2013. Em 2011 o consumo privado deverá praticamente estagnar (+0,2%), prevendo-se que aumente nos dois anos seguintes (+2% e +3%, respectivamente), embora a taxas menos significativas que as registadas antes da crise internacional (a politica orçamental restritiva e uma taxa de desemprego elevada continuarão a travar o consumo das famílias). O consumo público continuará a contrair (-1,5 em 2011, e -1% nos dois anos seguintes). O investimento será afectado no curto prazo, descendo moderadamente em 2011 (1,6%) prevendo-se que acelere em seguida (4% em 2012 e 2013), enquanto a captação de fluxos de investimento directo estrangeiro deverá acelerar com a privatização de empresas públicas. A taxa de inflação média, que vinha a diminuir nos três últimos anos, deverá em 2011 subir para um nível próximo dos 11,5% (em resultado sobretudo dos aumentos significativos dos preços dos bens alimentares e do petróleo no mercado internacional), descendo nos dois anos seguintes para taxas entre os 5% e 4%. O nível de desemprego atingiu em 2010 cerca de 17,2% da população activa, prevendo-se que diminua muito gradualmente a partir do corrente ano (16,7% em 2011 para 14,5% em 2013). 1 É de ter presente que o Montenegro pôs fim à União da Sérvia e Montenegro ao declarar formalmente a sua independência em Junho de 2006, passando então a existir oficialmente dois estados independentes: Sérvia e Montenegro. 4 aicep Portugal Global República da Sérvia – Ficha de Mercado (Setembro 2011) O saldo da balança corrente sérvia é estruturalmente deficitário, devido à falta de competitividade de alguns sectores de exportação e de uma oferta interna insuficiente. Em 2008 o défice da balança corrente ascendeu a 17,7% do PIB (em consequência principalmente do aumento acentuado da procura interna, resultante do incremento rápido dos salários e do crédito ao consumo, com impacto no aumento das importações e o forte aumento dos preços dos géneros alimentares e petróleo no mercado internacional). O factor que mais contribuiu para o défice da balança corrente foi o saldo da balança comercial e, em menor medida, o da balança de rendimentos. Na verdade, apenas a balança de transferências atenuou aquele saldo negativo, devido às remessas dos emigrantes. Em 2010, o défice da balança corrente contraiu significativamente para 2,8 mil milhões USD (-6,6% do PIB). Para o período 2011-2013 a tendência é para novo agravamento (-7,1% do PIB em 2011 para -8,2% em 2013). No entanto, o apoio financeiro nomeadamente da parte da UE e de organismos multilaterais, deverão permitir ao país assegurar os compromissos financeiros externos e compensar uma evolução mais incerta dos fluxos de investimento estrangeiro. Dado o impacto negativo grave da crise económico-financeira mundial na economia do país (a partir do último trimestre de 2008), a combinação de défices orçamental e da balança corrente elevados ameaçou seriamente o crescimento sustentado da economia sérvia, ao tornar muito mais difícil e caro o acesso ao financiamento externo, dificultando o cumprimento atempado do reembolso do serviço da dívida externa. O Governo sérvio negociou em Maio 2009 como o FMI um novo acordo stand-by (no valor de 2,9 mil milhões Euros, com a duração de dois anos). O acordo comprometeu as autoridades locais a implementarem uma politica fiscal mais dura e restritiva, incluindo importantes reduções da despesa pública, nomeadamente nas áreas do sistema de pensões, saúde e educação. Para fazer face à situação o Governo efectuou uma reforma da administração pública, assim como do sistema de pensões/segurança social, que implicou, entre outras medidas, o congelamento dos salários públicos e das pensões de reforma em 2009-2010. A consolidação fiscal permanece o principal desafio do país a médio prazo. É de referir que a estratégia fiscal no âmbito do acordo com o FMI previa a redução do défice fiscal de 4,8% do PIB em 2010 para 1% em 2015, o que deverá ser conseguido através de importantes ajustamentos do lado da despesa, a qual se prevê passe de 44% do PIB em 2009 para 38% em 2015, o que implicará fortes cortes dos gastos correntes. As previsões do EIU apontam para uma contracção anual do défice orçamental de 4,5% em 2010, para 4,1% em 2011, 3,1% em 2012 e 2,1% em 2013. Após o acordo stand-by assinado com o FMI ter expirado no passado mês de Abril, a Sérvia manifestou interesse em renovar o acordo. No final de Setembro, o FMI confirmou que foi acordado um novo acordo Stand-by Arrangement no montante de 1,1 mil milhões Euros, com duração de 18 meses, a utilizar pelas autoridades sérvias em caso de necessidade. 5 aicep Portugal Global República da Sérvia – Ficha de Mercado (Setembro 2011) Principais Indicadores Macroeconómicos Unidade População PIB a preços de mercado PIB a preços de mercado PIB per capita Milhões 2008 7,3 2009 2010 7,3 a b b 2011 2012 b 2013 a 7,3 7,3 7,2 7,2 9 2.833,4 3.023,3 3.329,8 3.591,4 3.890,3 4.210,6 6 10 USD 50.749 44.701 42.377 49.519 52.134 53.892 USD 6.920 6.120 a 5.820 6.820 7.200 7.460 10 RSD Crescimento real do PIB Var. % 5,5 -3,1 1,8 2,8 4,0 4,5 Consumo privado Var. % 7,9 -2,5 -1,8 0,2 2,0 3,0 Consumo público Var. % 1,6 -5,1 -2,4 -1,5 -1,0 -1,0 Formação bruta de capital fixo Var. % 1,9 -9,3 -0,1 1,6 4,0 4,0 16,6 17,2 c 16,7 15,9 14,5 6,3 c c 5,4 3,9 c -4,1 -3,1 -2,1 -2.791 c -3.496 -3.893 -4.423 -6,6 a -7,1 -7,5 -8,2 Taxa desemprego - média Taxa de inflação – média Saldo do sector público Balança corrente Balança corrente % % % do PIB 6 10 USD % do PIB 6 14,0 11,7 -2,2 8,4 -4,1 -9.006 -2.412 -17,7 a -5,4 -4,5 11,5 Dívida externa 10 USD 30.711 33.376 33.604 34.967 35.750 36.464 Dívida externa % do PIB 60,5 74,7 79,3 70,6 68,6 67,7 Taxa de câmbio – média 1 EUR = RSD 81,4 94,1 103,5 102,0 101,7 100,2 Taxa de câmbio – média 1 USD = RSD 55,8 67,6 78,6 72,5 74,6 78,1 Fonte: The Economist Intelligence Unit (EIU – Set. 2011) Notas: (a) Estimativas (b) Previsões (c) Actual Em termos de politica económica os principais objectivos do actual Governo passam pela dinamização do crescimento económico, aumento do emprego, melhoria do nível de vida e pelo apoio ao desenvolvimento regional integrado. Inclui igualmente a continuação do processo de privatizações de empresas públicas/estatais e dos sectores agrícolas e industriais, a liberalização do sector de serviços públicos e infraestruturas, a regulação dos monopólios, bem como a implementação de um importante plano de melhoria e desenvolvimento das infra-estruturas do país nas mais diversas áreas. Em termos de política externa, o processo de integração europeia permanece o principal objectivo das autoridades sérvias. O país submeteu em 22 de Dezembro de 2009 o pedido de candidatura à UE. Ao submeter a candidatura, visou-se também acelerar a activação do Acordo de Associação e Estabilização, o 2 qual só foi assinado pelo Parlamento Europeu em Janeiro de 2011 . 2 Embora na prática a Sérvia aplique unilateralmente este acordo desde Janeiro de 2009. 6 aicep Portugal Global República da Sérvia – Ficha de Mercado (Setembro 2011) O Governo espera obter até ao final do corrente ano um parecer positivo da UE quanto ao seu pedido de estatuto de candidato oficial, bem como a fixação da data para a abertura das negociações para adesão. A Comissão Europeia irá apresentar no próximo dia 12 de Outubro um relatório com a análise dos progressos realizados em termos de adaptação da legislação nacional ao acquis communautaire. Contudo, a intensificação do actual sentimento contra o prosseguimento do alargamento da UE, bem como as questões do estatuto do Kosovo, constituem alguns dos principais obstáculos que estão a comprometer o avanço do processo. Assim, diversos analistas consideram que, mesmo que o país seja convidado a tornar-se candidato, as negociações para adesão poderão ser prolongadas, bem como todo o processo de integração (não sendo previsível que ocorra antes do final desta década). Por outro lado, é de realçar que a Sérvia tem prosseguido uma política externa multipolar focalizada num conjunto de parceiros, com destaque para a Rússia (principal fornecedor de hidrocarburantes), EUA, China, Índia, países do Mediterrâneo e dos Balcãs. 3 Destaca-se, por último, que o mercado apresenta diversas oportunidades de negócio para as empresas portuguesas, em particular nos sectores prioritários para a reconstrução do país, sendo de referir entre outros - infra-estruturas, transportes, energia, meio ambiente, gestão de água, saúde, equipamento industrial diversos, telecomunicações, consultoria - os quais beneficiam de financiamento das autoridades locais e de diversos organismos de financiamento multilaterais (assistência UE/IPA, BEI, Banco Mundial, BERD, …), existindo igualmente uma procura crescente de produtos de bens de consumo. No âmbito dos financiamentos multilaterais, a Sérvia assinou recentemente, em Julho de 2011, um acordo com a UE que lhe permitirá receber 178,9 milhões de Euros no âmbito do IPA 2011 (Instrument for Pre-Accession Assistance), fundo que permitirá financiar 23 projectos em diversos sectores. 2.2. Comércio Internacional No contexto mundial, em 2010, a Sérvia posicionou-se no 83º lugar no ranking de exportadores (com 0,06% das exportações mundiais) e no 75º lugar no ranking de fornecedores (0,11% das importações). O país possui uma balança comercial tradicionalmente deficitária. No período 2004-2008, as exportações da Sérvia cresceram a uma taxa média de 28,1% ao ano, e as importações de 21,5%. É de realçar o dinamismo das exportações, que se ficou a dever, à combinação de diversos factores: processo de privatização e reestruturação num número significativo de indústrias, fluxos generosos de IDE, ratificação de acordos de livre comércio com os países da região, aumento rápido dos preços de alguns produtos no mercado internacional, bem como o acesso isento de direitos alfandegários aos mercados da UE para produtos alimentares e têxteis confeccionados. 3 Países que integram a CEFTA – Central European Free Trade Agreement - que representa um mercado de cerca de 30 milhões de consumidores. 7 aicep Portugal Global República da Sérvia – Ficha de Mercado (Setembro 2011) Em 2009 verificou-se uma forte quebra das trocas comerciais (-20% do lado das exportações e -26% das importações) que originou uma redução do défice comercial para 5,5 mil milhões de euros (-31% face ao ano anterior). Em 2010 as exportações sérvias subiram de novo para 7,4 mil milhões de euros (+24% comparativamente a 2009), aumento que se ficou a dever, em parte, à recuperação da procura externa e maior competitividade da oferta sérvia apoiada pela desvalorização da moeda. As importações situaram-se em 12,6 mil milhões de euros (+9,7% face ao ano anterior). O défice comercial contraiu 5,7% em 2010, situando-se em 5,2 mil milhões de euros, sendo de salientar que a taxa de cobertura foi de 58,5%, ou seja a mais elevada dos últimos cinco anos. As previsões do EIU para o período 2011-2013 apontam para um crescimento das exportações de bens da ordem dos 10% ao ano, enquanto as importações de bens deverão aumentar 6% em 2011, 8% em 2012 e 9% em 2013. No caso das importações de bens e serviços, as previsões são de crescimentos da ordem dos 6% em 2011-2012 e de 8% em 2013. Evolução da Balança Comercial 6 (10 EUR) 2006 2007 2008 2009 2010 Exportação 5.102,4 6.432,2 7.428,3 5.961,3 7.393,4 Importação 10.426,6 13.506,8 15.494,5 11.504,7 12.621,9 Saldo -5.360,2 -7.074,6 -8.066,2 -5.543,4 -5.228,5 48,9 47,6 47,9 51,8 58,6 Como exportador 85ª 87ª 83ª 82ª 83ª Como importador 71ª 72ª 70ª 74ª 75ª Coeficiente de cobertura (%) Posição no ranking mundial (a) Fontes: Ministério das Finanças da Sérvia (2006 - inclui dados comércio com Montenegro) Nota: a) OMC Relativamente aos parceiros comerciais, a UE27 reforçou em 2010 a sua posição, tendo representado 57% do total das exportações sérvias (+32,5% face ao valor de 2009) e 56% do total das importações do país (+8% em valor face a 2009). Esse aumento de posição da UE deu-se em detrimento das relações comerciais com a CEFTA (Central European Free Trade Agreement). Entre os principais clientes comunitários destacaram-se a Itália (passou à 1ª posição, com 11,4% do total das vendas sérvias ao exterior), a Alemanha (3ª posição, com uma quota de 10,3%) e a Roménia (5ª posição, com 6,6%). No ranking de fornecedores distinguiram-se, além da Alemanha (2ª posição, com 10,6% do total das compras ao exterior), a Itália (3ª posição, com 8,5%) e a Hungria (5ª posição, com 4,8%). 8 aicep Portugal Global República da Sérvia – Ficha de Mercado (Setembro 2011) Fora da UE, surgiram como principais clientes os países da ex-Jugoslávia, a República da Bósnia e Herzegovina (2º lugar, com uma quota de 11,1% em 2010), a República do Montenegro (4º lugar, com 8,2%) e a Rússia (6º lugar, com 5,5%). No ranking de fornecedores são de referir a Rússia (1º lugar, com 12,9%) e a China (4º lugar, com 7,2%). É de realçar que em 2010, segundo o Departamento de Estatísticas da Sérvia, os países da CEFTA absorveram 28,8% das vendas sérvias ao exterior e forneceram 8,7% das suas compras, registando, portanto, a Sérvia uma balança comercial largamente positiva com aquele grupo de países. Finalmente, como resulta dos dados acima expostos, há que realçar que os primeiros 5 mercados clientes concentram 48% do total das exportações sérvias no último ano, e os 5 primeiros mercados fornecedores 44% das importações sérvias. Principais Clientes 2008 Mercado Quota a 2009 Posição Quota 2010 b Posição Quota b Posição Itália 10,3 4ª 9,8 4ª 11,4 1ª R. da Bósnia e Herzegovina 12,2 1ª 12,1 1ª 11,1 2ª Alemanha 10,4 3ª 10,5 2ª 10,3 3ª R. do Montenegro 11,7 2ª 10,0 3ª 8,2 4ª Roménia 3,7 10ª 5,8 5ª 6,6 5ª Rússia 5,0 5ª 4,2 7ª 5,5 6ª Macedónia 4,5 7ª 5,1 6ª 4,9 7ª Eslovénia 4,5 6ª 4,1 8ª 4,3 8ª 54,2 -- 53,6 -- 57,3 -- União Europeia Fonte: (a) EIU (b) Departamento de Estatísticas da Sérvia 9 aicep Portugal Global República da Sérvia – Ficha de Mercado (Setembro 2011) Principais Fornecedores 2008 Mercado Quota a 2009 Posição Quota b 2010 Posição Quota b Posição Rússia 15,2 1ª 12,3 1ª 12,9 1ª Alemanha 11,8 2ª 12,2 2ª 10,6 2ª Itália 9,5 3ª 9,6 3ª 8,5 3ª China 8,0 4ª 7,1 4ª 7,2 4ª Hungria 3,5 5ª 4,0 5ª 4,8 5ª Roménia 2,7 10ª 3,3 8ª 3,6 6ª Bulgária 3,2 7ª 2,4 12ª 3,5 7ª R. da Bósnia e Herzegovina 2,8 9ª 2,8 10ª 3,3 8ª 53,0 -- 56,8 -- 56,0 -- União Europeia Fonte: (a) EIU (b) Departamento de Estatísticas da Sérvia O quadro seguinte evidencia a evolução da estrutura das exportações e importações sérvias no último ano: Principais Produtos Transaccionados – 2010 Exportações / Sector % Importações / Sector Produtos intermédios 37,7 Produtos intermédios 31,4 Bens de consumo não duradouros 29,8 Bens de equipamento 15,8 Bens de equipamento 16,3 Energia 17,9 12,6 Bens de consumo duradouros 5,0 Bens de consumo não duradouros Energia 4,5 Bens de consumo duradouros Outros 6,7 Outros Fonte: % 2,8 19,5 EIU/Departamento de Estatísticas da Sérvia São de realçar os seguintes aspectos: - O forte peso, em 2010, dos produtos intermédios na balança comercial: 38% do lado das exportações e 31% do lado das importações. - Com uma participação de 30% de bens de consumo não duradouros no valor global exportado, a economia sérvia reflecte uma indústria ligeira de forte tradição, enraizada em condições naturais favoráveis do país. Todavia, tais exportações são dominadas por produtos de valor acrescentado relativamente baixo (entre os quais produtos alimentares e bebidas, confecções e calçado). 10 aicep Portugal Global República da Sérvia – Ficha de Mercado (Setembro 2011) Há que ter em consideração que, ao contrário dos outros ex-países socialistas, que sofreram uma concentração inapropriada na indústria pesada, a ex-Jugoslávia contava já então com uma indústria ligeira relativamente diversificada. Antes da desintegração do país em 1991, os sectores de produtos químicos, têxteis, automóvel, mobiliário e de produtos alimentares eram os dominantes da economia. Por outro lado, foram precisamente os sectores da indústria pesada os que mais sofreram com o isolamento internacional da Sérvia e os bombardeamentos da NATO em 1999. - A 2ª posição dos bens de capital, com 16% do valor global das importações, responde aos desafios de reestruturação, diversificação e modernização da economia sérvia, tendo em vista torná-la mais competitiva e melhor posicioná-la na divisão internacional do trabalho; reflecte também uma abertura muito maior ao capital estrangeiro, patente nos últimos anos. - Com 18% do valor global importado, as importações de produtos energéticos (sobretudo, petróleo e seus derivados e gás natural e industrial) traduzem a escassez destes recursos naturais do país. Sem dúvida que os preços internacionais do petróleo têm um impacto considerável na factura de importação e sobre o nível dos preços domésticos, mostrando uma economia vulnerável ao aumento dos preços mundiais das commodities. - Relativamente à evolução das exportações em 2010 os aumentos mais significativos verificaram-se no grupo de produtos intermédios e energia (+37% e +22%, respectivamente face a 2009), enquanto os bens de consumo duradouro verificaram um aumento menos importante (+1,2% face a 2009). - Quanto à evolução das importações, em 2010, os grupos que registaram maior crescimento das compras ao exterior foram a energia (+25% face a 2009) e os bens intermédios (+12,3% face a 2009). É de destacar que diminuíram as compras de bens de equipamento (-9,7% face a 2009), bem como os bens de consumo duradouro (-2,9% face a 2009), tendo as compras de bens de consumo não duradouro praticamente estagnado. 11 aicep Portugal Global República da Sérvia – Ficha de Mercado (Setembro 2011) 10 Principais Grupos de Produtos (SITC) Exportados e Importados pela Sérvia – 2010 Exportações % Importações % Ferro e aço 9,8 Petróleo e produtos derivados do petróleo 9,0 Metais não ferrosos 7,1 Gás, natural e manufacturado 5,6 Maquinaria eléctrica e equipamentos 6,0 Metais não ferrosos 4,0 Cereais e produtos derivados 5,9 Maquinaria equipamentos eléctricos 3,8 Frutos e legumes 5,4 Ferro e aço 3,5 Têxtil e confecção 4,1 Veículos auto 3,4 Produtos manufacturados em metal 3,5 Maquinaria equipamento industrial diverso 2,9 Produtos manufacturados diversos 3,5 Plásticos, matéria-prima 2,6 Produtos em borracha 2,9 Equipamentos de telecomunicações 2,6 Petróleo e produtos derivados do petróleo 2,5 Papel, cartão, e artigos de pasta de papel 2,5 Fonte: SIEPA (classificação SITC) 2.3. Investimento Apesar de relativamente modesto, em termos absolutos, em comparação com os restantes ex-países socialistas, o IDE tem desempenhado um papel muito importante na reestruturação e modernização da economia sérvia. Para além disso, os fluxos de IDE representaram, nos últimos anos (em particular até 2008), também um papel relevante na cobertura do défice corrente, contribuindo para um crescimento económico mais dinâmico nos anos que antecederam a crise internacional. Com efeito, no período de 2004-2008, os fluxos de IDE representaram, em média, 8,3% do PIB, 61,8% do défice da balança corrente e 41,8% da formação bruta de capital fixo. Após a reforma económica de 2001, no seguimento do derrube do regime de Slobodan Milochevitch (a década perdida dos anos 90), a Sérvia tornou-se uma das economias mais atractivas da Europa Central e de Leste para os investidores estrangeiros, em contraste com o passado (no período de 1992-2000 atraiu apenas 1,4 mil milhões de USD de IDE acumulado, o que, em 2000, representava somente 16,7% do PIB e 135 USD per capita). Há que realçar que os vários desencontros e vicissitudes da política e situação da Sérvia no contexto internacional fizeram com que o país tenha, em média, atraído fluxos de IDE relativamente modestos em 4 comparação com as outras economias em transição . 4 Não obstante, no período de 2004-2006, a Sérvia terá absorvido, segundo a OCDE, os maiores investimentos de raiz no âmbito dos países do Sudeste da Europa. 12 aicep Portugal Global República da Sérvia – Ficha de Mercado (Setembro 2011) Segundo a Agência Sérvia de Promoção do Investimento e das Exportações (SIEPA), o valor acumulado do IDE no período 2001-2010 ascendeu a cerca de 20 mil milhões USD, do qual 70% oriundo da UE. Os dez 5 principais investidores nesse período foram: Áustria, Grécia, Alemanha e Holanda, e ainda Itália, Eslovénia, Federação Russa, França e o Luxemburgo. Em termos sectoriais, segundo o Banco Nacional da Sérvia, O IDE no período 2005-2010 foi dirigido essencialmente aos seguintes sectores: financeiro (5,8 mil milhões USD), indústria manufactureira (3,9 mil milhões USD), imobiliário (2,9 mil milhões USD), transportes, logística e comunicações (2,8 mil milhões USD), comércio grossista/retalho (2,4 mil milhões USD), indústria extractiva (587 milhões USD), construção (408 milhões USD), agricultura (155 milhões USD), Administração Pública e Segurança Social (101 milhões USD) e hotelaria/restauração (100 milhões USD). Em 2010 o montante de fluxos de IDE foi de 1,5 mil milhões de USD, o valor menos elevado registado nos últimos seis anos, o que espelha o forte impacto da crise económica-financeira mundial na economia sérvia. A maioria dos investimentos, a partir de 2000, foram acima de tudo, o resultado de privatizações ou aquisições levadas a cabo, como os da Philip Morris (Tabaco - EUA), Lukoil (Rússia), Holcim (Suíça), Alpha Bank (Grécia), Lafarge (cimento - França), Gasprom Neft (Energia – Rússia, adquiriu empresa petrolífera nacional NIS), Intesa Sanpaolo (banca - Itália), Stada (farmacêutico - Alemanha), Ab Inbev (alimentar Bélgica), Fondiaria (Itália) e Fiat (Itália - com empresa automóvel estatal Zastava formou a joint-venture Fiat Automobile Serbia). Em Março do corrente ano, o grupo Delhaize (retalho - Bélgica) anunciou a aquisição do importante grupo sérvio de retalho Delta Maxi Group, que possui uma rede de 450 lojas em cinco países do sudeste europeu. O número de investimentos de raiz é pequeno e as somas envolvidas menos significativas, com algumas excepções como, por exemplo, os investimentos realizados pela Mobilkom (telecomunicações - Áustria), Mercator (Eslovénia) e Ball Packaging (EUA). Em Janeiro de 2010 o Governo concedeu a segunda licença para telefone fixo à empresa Telenor (Telecomunicações - Noruega), terminando o monopólio da empresa estatal de telecomunicações TeleKom Srbija. E de referir que no período 2002-Julho 2010 foram privatizadas 2.425 empresas no montante de 2,7 mil milhões de euros. Contudo, permanecem por privatizar empresas públicas em sectores considerados estratégicos, como sejam a energia e transportes. 5 O valor do investimento referente, em particular, aos EUA, Bélgica, Dinamarca, Israel, é superior aos números oficiais, atendendo ao facto de ser efectuado, por vezes, através de filiais europeias (os dados divulgados pelo Banco Nacional da Sérvia tem por base o país de pagamento do investimento e não o país de origem). 13 aicep Portugal Global República da Sérvia – Ficha de Mercado (Setembro 2011) A manutenção de elevados níveis de fluxos de IDE requererá, a médio prazo, investimentos de raiz substanciais, bem como novos investimentos por parte das empresas de propriedade estrangeira, esgotadas que sejam as privatizações de grandes projectos. Segundo as previsões do EIU, a captação de IDE em 2011 poderá atingir valores da ordem dos 3 mil milhões de USD. Investimento Directo (106 USD) 2006 Investimento estrangeiro na Sérvia a Investimento da Sérvia no estrangeiro b 2007 2008 2009 2010 5.474 3.569 3.363 2.498 1.518 1.178 983 295 55 60 Posição no ranking mundial Fontes: Como receptor c n.d. n.d. 59º 70º 79ª Como emissor c n.d. n.d. 73º 83º 73ª (a) - SIEPA (b) - EIU (c) - UNCTAD Por último, é de referir que a Sérvia começa a exportar capitais, tendo os investimentos do país no estrangeiro tido como principal destino os países da ex-Jugoslávia. Nos últimos anos os principais países de destino do investimento sérvio foram o Montenegro, a Bósnia Herzegovina, a Holanda, a Suiça, a Turquia, e Chipre. 2.4. Turismo De acordo com os dados do Departamento de Estatística da Sérvia, verificou-se um aumento contínuo do número de turistas que visitaram a Sérvia em 2006 e 2007, tendência que se inverteu a partir de 2008. Também, em termos absolutos, as receitas geradas pelos fluxos turísticos mais que duplicaram entre 2006/2009, passando de 416,3 milhões de USD em 2006 (primeiro ano com dados disponíveis) para 865,4 milhões de USD em 2009. Em 2010 as receitas atingiram 798,0 milhões de USD. Em termos geográficos, e de acordo com os dados referentes aos primeiros 9 meses de 2010, a Alemanha representou o principal país emissor de turistas para a Sérvia (representando cerca de 134 mil chegadas), seguida da Eslovénia (47 mil), da Bósnia e Herzegovina (47 mil), do Montenegro (45 mil), da Croácia (32 mil) e da Itália (27 mil). No mesmo período, as cidades mais visitadas foram, por ordem de importância: Beograd, Vrnjacka Banja, Zlatibor e Novi Sad. Em média, a duração da estadia dos turistas estrangeiros no país é de cerca de 2 dias. 14 aicep Portugal Global República da Sérvia – Ficha de Mercado (Setembro 2011) O sector do turismo é actualmente ainda pouco importante para a economia Sérvia, embora as autoridades estejam a trabalhar no sentido do seu desenvolvimento. O Governo elaborou uma Estratégia para o Desenvolvimento Turístico que foi implementada em 2006 e que prevê um plano de acção a desenvolver até 2015, em que são definidas estratégias diferenciadas para quatro zonas do país: Vojvodina, Belgrado, região sudeste e sudoeste da Sérvia. Indicadores do Turismo 2006 3 Turistas (10 ) 3 Dormidas (10 ) 6 Receitas (10 USD) 2007 2008 2009 2010 a 469 696 646 645 683 1.015 1.476 1.399 1.470 nd 416,3 531,3 944,0 865,4 798,0 Fontes: Departamento de Estatísticas da Sérvia; Banco Nacional da Sérvia; WTO Nota: a) 2010 – dados WTO; nd – não disponível 3. Relações Económicas com Portugal 3.1. Comércio O Montenegro pôs fim à União da Sérvia e Montenegro ao declarar formalmente a sua independência em Junho de 2006, passando então a existir oficialmente dois estados independentes: Sérvia e Montenegro. Daí que se disponha de dados oficiais bilaterais luso-sérvios completos somente a partir de 2006. O mercado sérvio apresenta-se com uma importância pouco relevante para a economia portuguesa, quer como cliente (107ª posição em 2010) quer como fornecedor (104ª posição). Importância da Sérvia nos Fluxos Comerciais com Portugal 2006 2007 2008 2009 2010 Posição 120ª 109ª 82ª 99ª 107ª % 0,01 0,01 0,03 0,02 0,01 Posição 55ª 101ª 98ª 54ª 104ª % 0,08 0,01 0,02 0,11 0,01 Como cliente Como fornecedor Fonte: INE - Instituto Nacional de Estatística No período 2006-2010 o saldo da balança comercial luso-sérvia apresentou-se desfavorável a Portugal, tendo quer as exportações portuguesas para o mercado, quer as importações registado uma taxa de crescimento média anual de 65%. 15 aicep Portugal Global República da Sérvia – Ficha de Mercado (Setembro 2011) No cômputo geral e até ao final de 2008, verificou-se uma dinâmica ascendente continua das exportações, tendência que se inverteu em 2009, seguindo-se uma retoma do crescimento em 2010. As importações caracterizam-se por uma evolução marcadamente errática, tendo diminuído aproximadamente 75% de 2006 para 2008, atingindo um pico de 54,7 milhões de Euros em 2009. Em 2010, as vendas de Portugal para o mercado subiram para 5,3 milhões de Euros (o que representou um acréscimo de 11% face ao ano anterior), tendo as compras de Portugal à Sérvia diminuído drasticamente para 6,0 milhões de Euros. Essa evolução originou uma forte redução do défice comercial bilateral no último ano, que passou para 718 milhares de Euros, ou seja o valor mais baixo dos últimos cinco anos. A taxa de cobertura situou-se em 2010 em 88,1% (após 8,7% em 2009). Nos primeiros sete meses de 2011 as nossas vendas para o mercado atingiram 3,3 milhões de Euros (+18,8% comparando com o período homólogo de 2010) enquanto as importações ascenderam a 11,1 milhões de Euros (+136,3% face ao período homólogo de 2010), evolução que voltou a agravar o tradicional défice comercial. Evolução da Balança Comercial Bilateral a 3 (10 EUR) 2006 2007 Exportações 1.813 2.965 Importações 44.435 Saldo Coef. Cob. Fonte: Notas: 2008 2011 Jan/Julho Var % 10/11 64,9 2.798 3.323 18,8 6.031 65,2 4.706 11.120 136,3 -49.913 -718 -- -1.908 -7.797 -- 8,7% 88,1% -- 59,5% 29,9% -- 2010 9.991 4.785 5.313 7.825 11.180 54.698 -42.622 -4.860 -1.189 4,1% 37,9% 89,4% Var % 06/10 b 2010 Jan/Julho 2009 INE - Instituto Nacional de Estatística (a) Média aritmética das taxas de crescimento anuais no período 2006-2010; (b) Taxa de variação homóloga 2010-2011 2006 a 2009: Resultados definitivos; 2010 e 2011: Resultados preliminares Exportações por Produtos Em 2010, verificou-se uma menor concentração das exportações comparativamente a 2009 e 2008. Assim os cinco principais grupos de produtos - veículos e outro material de transporte; máquinas e aparelhos; pastas celulósicas e papel; vestuário; e plásticos e borracha - representaram 61% do total das nossas vendas para o mercado. É de salientar que: 16 aicep Portugal Global República da Sérvia – Ficha de Mercado (Setembro 2011) - Veículos e outro material de transporte – permaneceu o grupo mais exportado (22% do total em 2010, tendo chegado a representar 64% em 2008), registou um acréscimo acentuado de 18% face ao ano anterior (os veículos auto para transporte de mercadorias representaram 14% das vendas (+119% face a 2009) e os veículos para transporte de pessoas 7% (-39%)). - Máquinas e aparelhos – 2º grupo mais exportado, com uma quota de 13% (diminuiu 37% face a 2009), foi constituído principalmente por máquinas para trabalho de pasta de papel, papel cartão (4%,+13% face a 2009) e máquinas e aparelhos de impressão (2%, +107%). - Pastas celulósicas e papel – subiu para 3º grupo de produtos, com 12% das exportações (é de salientar que em 2009 representou apenas 0,3% das vendas para o mercado e, em 2006, 4,4%). O papel e cartão (8% do total) foi o produto mais representativo deste grupo. - Vestuário – desceu, no último ano, para 4º grupo mais exportado, com 7,8% do total (+1,2% face a 2009). - Plásticos e borracha – representou 6,1% do total exportado, registando um crescimento importante de 29% no último ano. - Segue-se um grupo de produtos com quotas entre 4% e 5% cada – produtos alimentares, calçado e metais comuns – tendo todos registado decréscimos, em valor absoluto, no último ano, de forma mais relevante no caso dos produtos alimentares (-18% face a 2009). - Por fim é de salientar três outros grupos de produtos que registaram, em 2010, aumentos muito notórios das suas vendas para o mercado – matérias têxteis, madeira e cortiça e produtos químicos – embora o peso respectivo na estrutura das vendas para o mercado seja menos importante (detêm cada quotas entre 2% e 3%). 17 aicep Portugal Global República da Sérvia – Ficha de Mercado (Setembro 2011) Exportações por Grupos de Produtos - 2010 3 (10 EUR) Veículos e outro mat. transporte 2006 % Tot 06 2009 % Tot 09 2010 % Tot 10 Var % 09/10 11 0,6 1.006 21,0 1.186 22,3 17,9 428 23,6 1.048 21,9 663 12,5 -36,8 79 4,4 13 0,3 653 12,3 § Vestuário 108 6,0 412 8,6 417 7,8 1,2 Plásticos e borracha 193 10,6 251 5,2 324 6,1 29,1 Produtos alimentares 169 9,3 303 6,3 250 4,7 -17,6 48 2,6 240 5,0 237 4,5 -1,2 Metais comuns 310 17,1 238 5,0 235 4,4 -1,1 Matérias têxteis 10 0,6 133 2,8 179 3,4 34,7 209 11,5 76 1,6 141 2,6 84,7 Minerais e minérios 19 1,1 330 6,9 124 2,3 -62,5 Produtos químicos 28 1,5 13 0,3 120 2,3 797,1 Peles e couros 0 0,0 19 0,4 39 0,7 110,0 Produtos agrícolas 0 0,0 0 0,0 14 0,3 § Instrumentos de óptica e precisão 1 0,1 19 0,4 5 0,1 -73,2 Combustíveis minerais 0 0,0 0 0,0 0 0,0 § 49 2,7 95 2,0 198 3,7 107,5 151 8,3 587 12,3 529 10,0 -9,9 1.813 100,0 4.785 100,0 5.313 100,0 11,0 Máquinas e aparelhos Pastas celulósicas e papel Calçado Madeira e cortiça Outros produtos Valores confidenciais Total Fonte: INE - Instituto Nacional de Estatística § - Coeficiente de variação >= 1000% ou valor zero no período anterior O quadro seguinte apresenta a evolução das exportações para o mercado nos primeiros sete meses de 2011. 18 aicep Portugal Global República da Sérvia – Ficha de Mercado (Setembro 2011) Exportações por Grupos de Produtos - Janeiro-Julho 2011 2010 Jan/Julho % Tot 10 2011 Jan/Julho % Tot 11 Máquinas e aparelhos 485 17,3 567 17,1 17,0 Veículos e outro mat. transporte 784 28,0 517 15,6 -34,1 Pastas celulósicas e papel 140 5,0 496 14,9 253,0 Metais comuns 145 5,2 348 10,5 140,0 Vestuário 251 9,0 204 6,1 -18,8 Plásticos e borracha 66 2,4 200 6,0 201,0 Produtos químicos 45 1,6 196 5,9 335,6 Matérias têxteis 54 1,9 145 4,4 169,3 1 0,0 136 4,1 § 208 7,4 118 3,5 -43,3 Calçado 70 2,5 117 3,5 66,3 Madeira e cortiça 61 2,2 109 3,3 80,6 Minerais e minérios 84 3,0 58 1,7 -31,3 Produtos agrícolas 0 0,0 40 1,2 § 32 1,2 29 0,9 -11,4 0 0,0 0 0,0 § 64 2,3 45 1,3 -30,0 308 11,0 0 0,0 -100,0 2.798 100,0 3.323 100,0 18,8 3 (10 EUR) Instrumentos de óptica e precisão Produtos alimentares Peles e couros Combustíveis minerais Outros produtos Valores confidenciais Total Fonte: Var % 10/11 INE - Instituto Nacional de Estatística § - Coeficiente de variação >= 1000% ou valor zero no período anterior De acordo com os dados do INE existiam 108 empresas portuguesas exportadoras para a Sérvia em 2010 (contra apenas 50 em 2006). Importações por Produtos As importações portuguesas provenientes da Sérvia acusaram em 2010 um grau de concentração bastante superior ao das exportações para aquele mercado. Com efeito nesse ano, cerca de 87% das compras corresponderam apenas a dois grupos de produtos: - Máquinas e aparelhos - (essencialmente máquinas e aparelhos de impressão e máquinas ferramentas para trabalho de metais) com um quota de 51% do valor global (aumentou 28% em comparação a 2009). 19 aicep Portugal Global República da Sérvia – Ficha de Mercado (Setembro 2011) - Metais comuns - (basicamente produtos laminados de ferro/aço não ligado) com 36% do total (-76% face a 2009). É de salientar que nos últimos anos havia sido registada uma concentração das importações num único grupo de produtos - agrícolas (essencialmente milho) - que chegou a representar 79% do total das compras do nosso país à Sérvia em 2009 e 93% em 2006. Seguiram-se os grupos – produtos alimentares (3% do total das importações em 2010), peles e couros (3%) e veículos e material de transporte (1%). Importações por Grupos de Produtos - 2010 3 (10 EUR) Máquinas e aparelhos 2006 % Tot 06 2009 % Tot 09 2010 % Tot 10 Var % 09/10 14 0,0 2.397 4,4 3.073 50,9 28,2 2.800 6,3 8.921 16,3 2.182 36,2 -75,5 Produtos alimentares 0 0,0 172 0,3 165 2,7 -4,3 Peles e couros 8 0,0 2 0,0 158 2,6 § Veículos e outro mat. transporte 0 0,0 0 0,0 62 1,0 § Vestuário 1 0,0 31 0,1 46 0,8 48,8 Plásticos e borracha 331 0,7 37 0,1 29 0,5 -21,5 Madeira e cortiça 130 0,3 0 0,0 4 0,1 § Instrumentos de óptica e precisão 3 0,0 1 0,0 1 0,0 118,0 Pastas celulósicas e papel 1 0,0 0 0,0 0 0,0 47,2 Calçado 0 0,0 29 0,1 0 0,0 -98,4 Produtos químicos 0 0,0 1 0,0 0 0,0 -71,8 Combustíveis minerais 0 0,0 0 0,0 0 0,0 § Minerais e minérios 0 0,0 0 0,0 0 0,0 § Matérias têxteis 0 0,0 0 0,0 0 0,0 § 41.089 92,5 43.104 78,8 0 0,0 -100,0 59 0,1 0 0,0 306 5,1 § 0 0,0 3 0,0 3 0,1 8,6 44.435 100,0 54.698 100,0 6.031 100,0 -89,0 Metais comuns Produtos agrícolas Outros produtos Valores confidenciais Total Fonte: INE - Instituto Nacional de Estatística § - Coeficiente de variação >= 1000% ou valor zero no período anterior Seguidamente apresenta-se a evolução das importações provenientes do mercado nos primeiros sete meses de 2011. 20 aicep Portugal Global República da Sérvia – Ficha de Mercado (Setembro 2011) Importações por Grupos de Produtos - Janeiro-Julho 2011 3 (10 EUR) Produtos agrícolas 2010 Jan/Julho % Tot 10 2011 Jan/Julho % Tot 11 Var % 10/11 0 0,0 8.063 72,5 § Máquinas e aparelhos 2.151 45,7 1.884 16,9 -12,4 Metais comuns 2.058 43,7 576 5,2 -72,0 29 0,6 325 2,9 § 0 0,0 89 0,8 § 102 2,2 80 0,7 -21,8 Veículos e outro mat. transporte 29 0,6 64 0,6 119,2 Vestuário 20 0,4 19 0,2 -5,2 Calçado 0 0,0 6 0,1 § Produtos químicos 0 0,0 4 0,0 § Pastas celulósicas e papel 0 0,0 4 0,0 § Instrumentos de óptica e precisão 1 0,0 3 0,0 99,3 Peles e couros 1 0,0 0 0,0 -71,1 Combustíveis minerais 0 0,0 0 0,0 § Minerais e minérios 0 0,0 0 0,0 § Madeira e cortiça 4 0,1 0 0,0 -100,0 306 6,5 3 0,0 -98,9 3 0,1 0 0,0 -100,0 4.706 100,0 11.120 100,0 136,3 Plásticos e borracha Matérias têxteis Produtos alimentares Outros produtos Valores confidenciais Total Fonte: INE - Instituto Nacional de Estatística § - Coeficiente de variação >= 1000% ou valor zero no período anterior Segundo os dados do INE existiam 28 empresas portuguesas realizando importações da Sérvia em 2010 (43 em 2006). 3.2. Investimento Não existem dados disponíveis relativos ao investimento da Sérvia em Portugal, nem português na Sérvia. São, no entanto, de mencionar duas empresas portuguesas com presença no mercado (em Belgrado): Cinclus - Planeamento e Gestão de Projectos, Sa e Rubicer - Comércio e Representação de Artigos Sanitários, Lda. Em Março de 2010 foi aprovado o Acordo sobre a Promoção e a Protecção Recíproca de Investimentos entre Portugal e a Sérvia. 21 aicep Portugal Global República da Sérvia – Ficha de Mercado (Setembro 2011) 3.3. Turismo Não existem dados disponíveis relativos à Sérvia como país emissor de turistas para Portugal. 4. Relações Internacionais e Regionais A Sérvia é membro da Câmara de Comércio Internacional (CCI), da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), e da Organização das Nações Unidas (ONU) e suas agências especializadas, de entre as quais se destacam o Banco Europeu de Reconstrução e Desenvolvimento (BERD), o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI). Integra, com estatuto de país observador, a Organização Mundial de Comércio (OMC); presentemente está em curso a análise do regime de comércio externo da Sérvia, através de grupo de trabalho específico do Conselho Geral. Ao nível regional este país faz parte do Conselho da Europa (a que presidiu em 2007), da Iniciativa JónicoAdriática (Adriatic-Ionian Initiative - ALL), da Associação Centro-Europeia de Comércio Livre (Central European Free Trade Agreement - CEFTA) e apresentou, a 22 de Dezembro de 2009, a sua candidatura de adesão à União Europeia (UE). O Conselho da Europa (http://www.coe.int/), a mais antiga organização política da Europa, foi criada em 1949 com o objectivo de promover a unidade e a cooperação no espaço europeu, desempenhando um papel relevante em questões relacionadas com a defesa dos direitos do homem e a democracia parlamentar. Actualmente, o Conselho da Europa conta com 47 membros. O seu instrumento mais importante de actuação é a adopção de convenções. A Iniciativa Jónico-Adriática (http://www.mvpei.hr/MVP.asp?pcpid=1254) foi lançada pela Itália e pela Grécia com o fito de reforçar a dimensão mediterrânica da União Europeia no quadro do Pacto de Estabilidade para o Sudeste da Europa, nomeadamente no que concerne, entre outras, às áreas dos transportes, do turismo, da cooperação técnica, da protecção ambiental, da saúde, da cultura e da educação. Fazem parte da ALL a Albânia, a Bósnia-Herzegovina, a Croácia, a Eslovénia, a Grécia, a Itália, o Montenegro e a Sérvia, com a participação da Comissão Europeia. Instituída em 1992, a Associação Centro-Europeia de Comércio Livre (CEFTA), integra desde 2006 (com a revisão do acordo inicial) 8 membros (Albânia, Bósnia e Herzegovina, Croácia, Kosovo, Macedónia, Moldávia, Montenegro e Sérvia); visando originariamente unir os seus países-membros em torno da sua recuperação económica e transição para o capitalismo, tem em vista, actualmente, possibilitar aos seus membros as condições socio-económicas necessárias à sua entrada na União Europeia (http://www.cefta2006.com/). 22 aicep Portugal Global República da Sérvia – Ficha de Mercado (Setembro 2011) Relativamente ao relacionamento da Sérvia com a União Europeia este rege-se por um conjunto variado de acordos bilaterais celebrados (ex.: facilitação de emissão de vistos; produtos têxteis; e serviços aéreos), destacando-se a Decisão n.º 213, de 2008, relativa aos princípios, prioridades e condições que figuram na Parceria Europeia com a Sérvia – (http://eur-lex.europa.eu/LexUriServ/LexUriServ.do?uri=OJ:L:2008:080:0046:0070:PT:PDF). De referir, ainda, que a 29 de Abril de 2008, as partes assinaram um Acordo de Associação e Estabilização e o respectivo acordo em matéria comercial, aguardando-se a ratificação por parte dos parlamentos dos Estados-membros (já ocorreu a ratificação da Sérvia, assim como a de Portugal, por exemplo). Mais informação pode ser consultada na página web do Portal Europa em: http://ec.europa.eu/enlargement/potential-candidate-countries/serbia/eu_serbia_relations_en.htm. 5. Condições Legais de Acesso ao Mercado 5.1. Regime Geral de Importação Na generalidade, a maioria dos produtos pode ser importada e exportada sem restrições, sistema designado localmente como “LB”. No entanto, a importação de certas mercadorias está sujeita à emissão de licenças especiais (denominadas dozvola), como sejam as armas, as munições ou as drogas. Há, por outro lado, bens que estão sujeitos a contingentes de importação, seja em razão do valor (RV), seja da quantidade (RK). Os bens importados estão submetidos a normas e requisitos técnicos presentes em várias disposições legais sérvias, como sejam a Lei do comércio, a Lei sobre as reservas de mercadorias, a Lei sobre o controlo de qualidades, a Lei sobre o controlo de preços ou a Lei anti-monopólios. Relativamente à qualidade dos produtos, nomeadamente os alimentares, existe também vasta regulamentação que estabelece as condições sanitárias que estes deverão respeitar. Por outro lado, quanto à rotulagem e embalagem são diversas as exigências a cumprir, como sejam a utilização da língua sérvia e as indicações do fabricante, país de origem, importador e descrição do produto. Na etiquetagem/rotulagem deverá estar igualmente presente a seguinte informação: denominação do produto (Naziv proizvoda); marca comercial (Trgovacko ime); nome e sede social do fabricante (Naziv i sediste proizvodjac); nome e sede social do importador (Naziv i sediste uvoznika); data de fabrico (Datum proizvodnje); e a composição do produto (Osnovne sirovine proizvoda). 23 aicep Portugal Global República da Sérvia – Ficha de Mercado (Setembro 2011) A Lei aduaneira (Carinski Zakon), aprovada em 1992, modificada em 2003, baseia-se na nomenclatura da Convenção Internacional para a Simplificação e Tarifas aduaneiras da União Europeia (podendo as informações ser consultadas na página do Ministério das Finanças sérvio - http://www.mfin.gov.rs/?change_lang=en). O actual normativo aduaneiro será harmonizado com as regras da Organização Mundial Aduaneira e com a Nomenclatura Combinada utilizada na União Europeia. No que respeita às exportações da UE para a Sérvia alguns produtos beneficiam (ao abrigo do Acordo de Associação e Estabilização) de um regime comercial preferencial (reduções ou isenções aduaneiras), desde que devidamente acompanhados do Certificado de Circulação de Mercadorias EUR.1 como prova da origem comunitária dos mesmos. Para além dos direitos alfandegários, os bens importados neste mercado estão também sujeitos ao Imposto sobre o Valor Acrescentado (taxa genérica de 18% aplicável sobre a maioria dos bens e serviços; taxa reduzida de 8%, para alimentos básicos, computadores, material escolar, entre outros) e a uma taxa de desalfandegamento. Sobre determinados produtos (ex.: tabaco, bebidas alcoólicas, café, produtos petrolíferos e veículos de luxo, barcos, aeronaves, armas e telecomunicações móveis) acrescem Impostos Especiais de Consumo. Os direitos aduaneiros e outras taxas aplicados na importação de cada produto na Sérvia podem ser consultados na página web Market Access Database, da responsabilidade da União Europeia – http://madb.europa.eu/mkaccdb2/indexPubli.htm (clicar em Applied Tariffs Database). A Sérvia possui actualmente seis zonas francas onde as operações de exportação e importação não estão sujeitas a tributação aduaneira (Pirot, Subotica, Zrenjanin, Kragujevac, Sabac e Novi Sad), estando mais três em implementação (Nis, Smederevo e Uzice) – Administration for Free Zones – http://www.usz.gov.rs/en.html / http://www.siepa.gov.rs/attach/free_zones_in_serbia.pdf. 5.2. Regime de Investimento Estrangeiro Com o objectivo de dinamizar o crescimento económico, aumentar o emprego, melhorar as condições de vida da população e apoiar o desenvolvimento regional, as autoridades sérvias estão a trabalhar no sentido da redução da inflação, diminuição do deficit da conta corrente do Estado, da finalização do processo de privatização das empresas públicas e dos sectores agrícola e industrial, para além da liberalização do sector dos serviços públicos e infra-estruturas. 24 aicep Portugal Global República da Sérvia – Ficha de Mercado (Setembro 2011) Outra das vertentes a ser desenvolvida é a da captação do investimento estrangeiro. A SIEPA – Serbia Investment and Export Promotion Agency (http://www.siepa.gov.rs/site/en/home/) é a entidade responsável pelo desenvolvimento da política de captação de investimento e de promoção das exportações. O investidor estrangeiro tem à sua disposição vários esquemas de incentivos gerais de carácter financeiro (em função dos postos de trabalho criados) e incentivos sob a forma de isenções fiscais e reembolsos. No que respeita às formalidades a cumprir para o estabelecimento, as empresas deverão proceder à sua inscrição junto da Serbian Business Registers Agency (SBRA) – http://www.apr.gov.rs/Default.aspx?alias=www.apr.gov.rs/eng, podendo adoptar uma das seguintes formas societárias: Joint Stock Company; Limited Liability Company (a mais comum); Limited Partnership; ou General Partnership; tratando-se de entidades bancárias, seguradora, empresa de leasing, escritório de representação ou filial, há também lugar a um registo específico. O regime de investimento estrangeiro sérvio garante a igualdade de tratamento entre investidores locais e estrangeiros, podendo estes investir em qualquer indústria e transferir livremente quaisquer valores ou outros bens, incluindo lucros e dividendos. Em certas situações (ex.: exploração de recursos naturais; e utilização de bens para execução de actividade de interesse público) o promotor externo deverá solicitar uma licença de concessão às autoridades competentes. Os projectos de investimento no país beneficiam de seguros contra riscos não comerciais, através das maiores seguradoras de investimento e exportação nacionais e internacionais, como a MIGA, OPIC, Hermes, COFACE, SACE, ECGD, Kontrollbank, entre outras. No que respeita aos incentivos o país disponibiliza vários apoios à promoção do investimento estrangeiro: aduaneiros; sectoriais (actividade industrial, serviços comerciais internacionais, investigação e desenvolvimento); e fiscais. Importa mencionar que está em vigor um novo pacote de incentivos aplicáveis aos projectos com vertente ecológica e/ou de aproveitamento de terrenos e instalações industriais abandonados, com excepção dos sectores do turismo, distribuição, hotelaria e agricultura, em que o valor dos mesmos varia, nomeadamente, em função do número de postos de trabalho criados. A lei laboral sérvia segue as regras standard na Europa e das convenções internacionais, podendo ser consultada na página do Ministry http://www.minrzs.gov.rs/cir/index.php?lang=en, of Survey Labour Serbia and Social – Policy – http://www.pregled- rs.com/content.php?id=23&lang=en e da Agency for Investment Promotion and Business Support in Central Serbia – http://www.invest-in-central-serbia.org/zakoni-e.htm. 25 aicep Portugal Global República da Sérvia – Ficha de Mercado (Setembro 2011) 5.3. Quadro Legal Regime de Importação • Customs Tariffs Law, de 2005 (com alterações posteriores) – Estabelece as tarifas aduaneiras aplicáveis na importação de mercadorias. Regime de Investimento Estrangeiro • Free Economic Zones, de 2006 – Regula o quadro legal das zonas francas. • Labor Law, de 2005 – Estabelece o quadro legal das relações laborais. • Value Added Tax Law, de 2004 (com alterações posteriores) – Define o regime jurídico do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA). • Law on Business Companies, de 2004 – Regula as diferentes formas de constituição de sociedades. • Law on Foreign Investment, de 2002 (alterada em 2003) – Define o quadro legal do investimento estrangeiro (formas que pode revestir, garantias e direitos dos promotores, incentivos e registo das operações). Os interessados podem aceder, nas seguintes páginas, aos textos legislativos mais relevantes do ordenamento jurídico sérvio: Survey Serbia (http://www.pregled-rs.com/products2.php?id=1&lang=en); Agency for Investment Promotion and Business Support in Central Serbia (http://www.invest-in-central-serbia.org/zakoni-e.htm); Legislation Serbia Lexadin (http://www.lexadin.nl/wlg/legis/nofr/eur/lxweser.htm). Acordos Relevantes • Resolução da Assembleia da República n.º 26/2011, de 24 de Fevereiro – Aprova o Acordo de Estabilização e de Associação entre as Comunidades Europeias e os seus Estados Membros e a República da Sérvia (incluindo Anexos, Protocolos e a Acta Final com Declarações). • Decreto n.º 01/2010, de 8 de Março – Aprova o Acordo sobre a Promoção e a Protecção Recíproca de Investimentos entre Portugal e a Sérvia. • Decreto n.º 10/2004, de 29 de Março – Aprova o Acordo sobre a Sucessão dos Tratados vigentes com a antiga República Socialista Federativa da Jugoslávia, entre Portugal, a Sérvia e o Montenegro. Para mais informação sobre mercados internacionais, consulte o Site da aicep Portugal Global, na página respectiva – http://www.portugalglobal.pt/PT/Internacionalizar/SobreMercadosExternos/Paginas/SobreMercadosExternos.aspx ou a “Livraria Digital” – http://www.portugalglobal.pt/PT/Biblioteca/Paginas/Homepage.aspx. 26 aicep Portugal Global República da Sérvia – Ficha de Mercado (Setembro 2011) 6. Informações Úteis Formalidades na Entrada As autoridades da Sérvia exigem passaporte válido, isentando os cidadãos da União Europeia de visto para estadas inferiores a 90 dias. Caso os visitantes estrangeiros não fiquem instalados em estabelecimentos hoteleiros, existe a obrigatoriedade de inscrição junto das autoridades policiais locais. Riscos de Crédito e Caução e do Investimento Nacional no Estrangeiro A COSEC – Companhia de Seguro de Créditos, S.A. gere, por conta do Estado português, a garantia de cobertura de riscos de crédito e caução e do investimento nacional no estrangeiro, originados por factos de natureza política, monetária e catastrófica. No contexto das Políticas de Cobertura para Mercados de Destino das Exportações Portuguesas, apólice individual, a cobertura para o mercado da Sérvia é a seguinte (Agosto 2011): • Curto Prazo – Caso a caso, numa base restritiva, privilegiando-se operações de pequeno montante. • Médio/Longo Prazo – Caso a caso, com exigência de garantia soberana ou bancária, para operações de pequeno montante. Indicações mais pormenorizadas sobre políticas e condições de cobertura podem ser obtidas junto da Direcção Internacional da COSEC. Hora Local Em relação a Portugal, a Sérvia tem mais uma hora no Inverno e mais 2 horas no Verão (de Março a Outubro). Horários de Funcionamento Os horários de funcionamento variam um pouco, consoante os serviços. Os dias de encerramento correspondem aos Sábados e Domingos. Os horários mais comuns são os seguintes: Serviços Públicos: 8h00 às 15h00 (2ª a 6ª feira). 27 aicep Portugal Global República da Sérvia – Ficha de Mercado (Setembro 2011) Bancos: 8h00 às 15h00 e das 10h00 às 19h00 (2ª a 6ª feira). Alguns bancos abrem, ainda, uma tarde por semana para facilitar todo o tipo de operações. Algumas agências estão abertas aos sábados, das 9h00 às 13h00. Empresas: 7h00 às 15h00 ou das 9h00 às 17h00 (2ª a 6ª feira). Comércio: 8h00 às 20h00 (2ª feira a sábado) No centro de Belgrado das 9h00 às 21h00 (incluindo sábados, em alguns casos) Aos domingos apenas os grandes Centros Comerciais estão abertos. Feriados 1 e 3 de Janeiro – Ano Novo 7 de Janeiro – Natal Ortodoxo 14 de Janeiro – Ano Novo Ortodoxo 15 de Fevereiro – Dia Nacional de Sérvia 24 de Abril – Dia de Páscoa 1 de Maio – Dia do Trabalhador 9 de Maio – Vitória de 1945 1 de Novembro – Dia de Todos os Santos 25 de Dezembro – Dia de Natal Feriados Móveis Páscoa Ortodoxa Corrente Eléctrica 220 volts AC, 50Hz Pesos e Medidas É utilizado o sistema métrico, normas europeias. 28 aicep Portugal Global República da Sérvia – Ficha de Mercado (Setembro 2011) 7. Endereços Diversos Em Portugal Embaixada da Sérvia em Lisboa Av. das Descobertas, 12 1400-092 Lisboa – Portugal Tel.: (+351) 213 015311 | Fax: (+351) 213015313 E-mail: [email protected] aicep Portugal Global O’ Porto Bessa Leite Complex Rua António Bessa Leite, 1430, 2.º 4150-074 Porto – Portugal Tel.: (+351) 226055300 | Fax: (+351) 226055399 E-mail: [email protected] | http://www.portugalglobal.pt aicep Portugal Global Av. 5 de Outubro, 101 1050-051 Lisboa – Portugal Tel.: (+351) 217909500 | Fax: (+351) 217909581 E-mail: [email protected] | http://www.portugalglobal.pt COSEC – Companhia de Seguro de Créditos, SA Direcção Internacional Av. da República, 58 1069-057 Lisboa – Portugal Tel.: (+351) 217913821 | Fax: (+351) 217913839 E-mail: [email protected] | http://www.cosec.pt Na Sérvia Embaixada de Portugal em Belgrado Vladimira Gacinovica 4 11040 Beograd – Serbia Tel.: (+381) 11 2662895 / 11 26 62894 | Fax: (+381) 11 26 62892 E-mail: [email protected] 29 aicep Portugal Global República da Sérvia – Ficha de Mercado (Setembro 2011) Portugal&WestBalkans Chamber of Commerce - PWBCC Vladimira Gacunovica 4 11040 Beograd - Serbia Tel.: (+381) 11 264 78 11 | Fax: (+381) 11 264 78 00 Email: [email protected] National Bank of Serbia 12 Kralja Petra. St 11 000 Beograd - Serbia Tel.: (+381) 11 3027100 | Fax: (+381) 11 3282 285 E-mail: [email protected] | www.nbs.rs Ministry of Economy and Regional Development C/. Bulevar kralja Aleksandra 15 11000 Beograd - Serbia Tel.: (+381) 11 285 5024 | Fax: (+381) 11 285-5096 E-mail: [email protected] | www.merr.gov.rs Ministry of Finance Kneza Milosa Street, 20 11000 Beograd – Serbia Tel.: (+381) 11 364 26 26 | Fax: (+381) 11 361 89 61 E-mail: [email protected] | http://www.mfin.gov.rs/?change_lang=en Ministry of Labour and Social Policy Nemanjina 22-24 11000 Beograd – Serbia Tel.: (+381) 11 3113432 | Fax: (+381) 11 3114 650 E-mail: [email protected] | www.minrzs.gov.rs Ministry of Environment and Spatial Planning Nemanjina str, 11 11000 Beograd – Serbia Tel.: (+381) 11 3617717 | Fax: (+381) 11 3617722 E-mail: [email protected] | www.ekoplan.gov.rs 30 aicep Portugal Global República da Sérvia – Ficha de Mercado (Setembro 2011) Ministry of Foreign Affairs Kneza Milosa 24-26 11000 Beograd – Serbia Tel.: (+381) 11 3616 333 / 3615 666 | Fax: (+381) 11 3618 366 E-mail: [email protected] | www.mfa.gov.rs National Tourism Organisation of Serbia Čika-Ljubina 8, 11000 PAK 104308 PO BOX 90 Beograd – Serbia Tel.: (+381) 11 6557100 I Fax: (+381) 11 2626 767 E-mail: [email protected] I www.serbia-tourism.org Statistical Office of the Republic of Serbia 5 Milana Rakica St 11000 Beograd - Serbia Tel.: (+381) 11 2412922 | Fax: (+381) 11 2411260 E-mail: [email protected]| www.stat.gov.rs SIEPA – Serbia Investment and Export Promotion Agency c/. Vlajkoviceva 5th floor 11000 Beograd - Serbia Tel.: (+381) 11 3398550 | Fax: (+381) 11 3398814 E-mail: [email protected] | http://www.siepa.gov.rs/site/en/home/ Chamber of Commerce of Serbia Resavska 13-15, Belgrade – Serbia Tel.: (+381) 3300900 http://www.pks.rs/en Belgrade Chamber of Commerce Kneza Miloša 12 11000 Belgrade - Serbia Tel.: (+381) 11 2641 355 I Fax: (+381) 11 2642 029 http://www.kombeg.org.rs/ 31 aicep Portugal Global República da Sérvia – Ficha de Mercado (Setembro 2011) Belgrade Stock Exchange (Beogradska berza a.d. Beograd) Omladinskih brigada 1 11070 Novi Beograd – Serbia Tel.: (+381) 11 311 53 28/311 73 11 I Fax: (+381) 11 311 42 86/2138 242 E-mail: [email protected] I http://www.belex.rs/ 8. Fontes de Informação 8.1. Informação Online aicep Portugal Global Documentos Específicos sobre a Sérvia • Título: “Sérvia – Relações Comerciais Bilaterais com a Sérvia 2006-2011 (Janeiro a Julho)” Edição: 09/2011 • Título: “Sérvia – País em Síntese” Edição: 08/2011 • Título: “Sérvia – Relações Económicas com Portugal” Edição: 04/2011 • Título: “Sérvia – Condições Legais de Acesso ao Mercado” Edição: 04/2011 • Título: “Sérvia – Informações e Endereços Úteis” Edição: 04/2011 • Título: “Sérvia – Acordo de Promoção e Protecção Recíproca de Investimentos” Edição: 03/2010 Documentos de Natureza Geral • Título: “Apoios Financeiros à Internacionalização – Guia Prático” Edição: 09/2010 • Título: “Acordos Bilaterais Celebrados por Portugal” Edição: 03/2010 32 aicep Portugal Global República da Sérvia – Ficha de Mercado (Setembro 2011) • Título: “Aspectos a Acautelar num Processo de IDPE” Edição: 04/2009 • Título: “Marcas e Desenhos ou Modelos – Regimes de Protecção” Edição: 02/2009 • Título: “Normalização e Certificação” Edição: 11/2008 • Título: “Como Participar em Feiras nos Mercados Externos” Edição: 08/2008 • Título: “Seguros de Créditos à Exportação” Edição: 06/2008 • Título: “Seguro de Investimento Directo Português no Estrangeiro” Edição: 06/2008 • Título: “Guia do Exportador” Edição: 02/2008 A Informação On-line pode ser consultada no site da aicep Portugal Global, na Livraria Digital em – http://www.portugalglobal.pt/PT/Biblioteca/Paginas/Homepage.aspx 8.2. Endereços de Internet • Administration for Free Zones – http://www.usz.gov.rs/en.html • Agency for Investment Promotion and Business Support in Central Serbia (CIPA) – http://www.invest-in-central-serbia.org/index-e.htm • Belgrade Chamber of Commerce – http://www.kombeg.org.rs/EIndex.aspx • Central European Free Trade Agreement (CEFTA) – http://www.cefta2006.com/en-index.php • Customs Administration – http://www.upravacarina.rs/en/Pages/default.aspx • Emportal (Latest Business News from Serbia) – http://www.emportal.rs/en/emg/concact/index.html 33 aicep Portugal Global República da Sérvia – Ficha de Mercado (Setembro 2011) • European Integration Office (SEIO) – http://www.seio.gov.rs/home.50.html • Doing Business in Serbia 2011 (World Bank Group) – http://www.doingbusiness.org/data/exploreeconomies/serbia/ • Institute of Comparative Law – http://www.comparativelaw.info/indexe.html • Legislation Serbia (Lexadin) – http://www.lexadin.nl/wlg/legis/nofr/eur/lxweser.htm • Market Access Database – http://madb.europa.eu/mkaccdb2/indexPubli.htm • Ministry of Economy and Regional Development – http://www.merr.gov.rs/en • Ministry of Finance – http://www.mfin.gov.rs/?change_lang=en • Ministry of Foreign Affairs – http://www.mfa.gov.rs/ • Ministry of Labour and Social Policy – http://www.minrzs.gov.rs/cir/index.php?lang=en • Ministry of Trade and Services – http://www.mtu.gov.rs/cms/ • National Bank of Serbia (NBS) – http://www.nbs.rs/internet/english/ • National Investment Plan (NIP) – http://www.mnip.gov.rs/Default.aspx • National Tourism Organization of Serbia – http://www.serbia.travel/ • Serbia Investment and Export Promotion Agency (SIEPA) – http://www.siepa.gov.rs/site/en/home/ • Serbian Business Registers Agency – http://www.apr.gov.rs/Default.aspx?alias=www.apr.gov.rs/eng • Serbian Government – http://www.srbija.gov.rs/?change_lang=en • Statistical Office – http://webrzs.stat.gov.rs/axd/en/Izbori/index.php?ind1=Pr&ind2=2200406 • Tax Administration – http://www.poreskauprava.gov.rs/ 34 Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, E.P.E. – Av. 5 de Outubro, 101, 1050-051 LISBOA Tel. Lisboa: + 351 217 909 500 Contact Centre: 808 214 214 [email protected] www.portugalglobal.pt Capital Social – 110 milhões de Euros • Matrícula CRC Porto Nº 1 • NIPC 506 320 120