m capa outubro 2003
Transcrição
m capa outubro 2003
Capa Titelbericht Agribu SÔNIA SALGUEIRO brasileiro no topo do mundo Opção Brasil Imagens As estatísticas não param de ser superadas. Tanto na agricultura quanto na pecuária, o Brasil colhe fartura e excelência. As exportações deverão chegar a US$ 28 bilhões este ano, um crescimento de 37% sobre 2002 10 Maior produtor do planeta de cana-deaçúcar, de café e de suco de laranja, e o segundo em soja, atrás apenas dos Estados Unidos. Também é o número dois na produção de carne bovina e está entre os três principais fornecedores de carnes suína, de frango e de peru. Com tantas credenciais, o Brasil ainda consegue se superar. Dono de um rebanho de 170 milhões de bovinos, o maior do mundo, o País ultrapassou nos últimos meses a Austrália no ranking de maiores exportadores de carne bovina e, na queda de braço com os norte-americanos, abocanhou este ano o título de principal exportador de soja. “Temos uma participação no mercado internacional de 3% na agricultura e commodities agrícolas e há perspectiva de crescimento em quase todos os setores”, destaca o Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Roberto Rodrigues. Segundo estatísticas da Associação Brasileira do Agribusiness (Abag), o agronegócio responde por 27% do Produto Interno Bruto (PIB) do País, por 37% dos empregos e por 40% das exportações locais. “O Brasil está mostrando uma competência fantástica”, afirma Carlo Lovatelli, Presidente da Abag e também da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Ve- getais (Abiove). “O carro-chefe ainda é a soja, mas outras culturas e produtos estão crescendo.” Recordes e diversificação – O último levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), vinculada ao Mapa, indica que a produção nacional de grãos totalizará 122,38 milhões de toneladas na safra 2002-2003, um avanço de 26,5% sobre as 96,76 milhões de toneladas colhidas na safra passada. A soja é a maior responsável pela safra recorde deste ano, tendo registrado, sozinha, uma produção de 52 milhões de toneladas, ou 42% do total. Essa performance foi 24% superior à da safra 2001-2002. Mas outras culturas estão se destacando. A produção de milho cresceu 34% e a safra de trigo é 76% maior que a anterior, mostra a Conab. O trigo, aliás, tem proporcionado boa economia de divisas ao País, anota Getúlio Pernambuco, Chefe do Departamento Econômico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). “Até pouco tempo atrás, éramos os maiores importadores de trigo do mundo”, diz ele. “Em meados da década passada, importávamos cerca de 80% do nosso consumo”, ilustra Fernando Homem de Melo, Professor Titular da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo (FEAUSP). Neste ano a safra de 5,12 milhões de toneladas cobrirá, praticamente, metade do consumo nacional, estimado em 10,7 milhões de toneladas de trigo, reduzindo a importação da commodity. BRASIL-ALEMANHA siness SÔNIA SALGUEIRO Brasilianisches Agrobusiness an der Weltspitze Die Statistiken werden immer besser. In Ackerbau und Viehzucht verzeichnet Brasilien Überschüsse und Rekordergebnisse. Die Exporte werden dieses Jahr vermutlich US$ 28 Mrd. erreichen, 37% mehr als im Jahr 2002. Brasilien ist weltweit der größte Produzent von Zukkerrohr, Kaffee und Orangensaft und – nach den USA – zweitgrößter Hersteller von Soja. Auch bei Rindfleisch steht das Land auf Platz zwei, bei Schweinefleisch, Huhn und Truthahn auf Platz drei. Und es wird noch besser. Mit einem Rinderbestand von 170 Mio. Tieren, der größten Herde der Welt, hat das Land in den letzten Monaten Australien im Ranking der Rindfleischexporteure überholt und lief außerdem in diesem Jahr den USA den Rang als größter Sojaexporteur ab. „Wir haben in der Landwirtschaft und bei den Agrarrohstoffen einen Weltmarktanteil von 3%, und in fast allen Bereichen bestehen Wachstumsaussichten“, betont der Minister für Landwirtschaft, Viehzucht und Versorgung, Roberto Rodrigues. Laut Zahlen des Brasilianischen Agrobusinessverbands ABAG ist das Agrobusiness für 27% des brasilianischen Bruttoinlandsprodukts (BIP) verantwortlich, für 37% der Arbeitsplätze und 40% der Exporte. „Brasilien zeigt eine fantastische Kompetenz“, bestätigt Carlo Lovatelli, Präsident der ABAG und des Brasilianischen Verbandes der Pflanzenölindustrie (ABIOVE). „Flaggschiff ist immer noch Soja, aber auch andere Kulturen und Produkte weisen Wachstum auf.“ OUTUBRO 2003 11 Opção Brasil Imagens Capa Titelbericht Ministro Roberto Rodrigues: confiança no desempenho do agribusiness brasileiro Minister Roberto Rodrigues: Vertrauen in die Leistung des brasilianischen Agrobusiness Exportações - O crescimento contínuo da produção agrícola e pecuária está gerando bons dividendos ao Brasil no comércio internacional. De janeiro a julho as vendas externas do agribusiness totalizaram US$ 16,2 bilhões, uma alta de 32% sobre o mesmo período do ano passado. Isso representa uma participação de 41,5% nas exportações totais do País. Além disso, o superávit do agronegócio evoluiu 40,3%, indo de US$ 9,6 bilhões para US$ 13,4 bilhões entre os dois períodos analisados. Nas contas da CNA, o setor fechará o ano com exportações de US$ 28 bilhões, ante os US$ 20,4 bilhões de 2002. “O saldo comercial deve ficar na casa dos US$ 24 bilhões, um superávit 38% superior ao de 2002”, prevê o Presidente da entidade, Antonio Ernesto de Salvo. O complexo soja continuará dando sua contribuição. De janeiro a julho, grão, farelo e óleo de soja já geraram divisas de US$ 4,47 bilhões ao País (76% acima de idêntico período de 2002). Até o final do ano, prevê Lovatelli, da Abag e Abiove, as exportações do setor chegarão aos US$ 8 bilhões, saltando provavelmente para US$ 9 bilhões no próximo exercício. Isso abre boas perspectivas para o Brasil, que é muito competitivo em soja. Enquanto nossa produtividade é de 2,85 toneladas por hectare, a dos EUA é de 2,54. Além disso, o clima tem dado uma ajuda extra aos produtores locais. Em sua última previsão de safra, por causa 12 123,38 MILHÕES DE TONELADAS DE GRÃOS É A SAFRA BRASILEIRA DE 2002-2003 BRASILIANISCHE ERNTE 2002-2003 BRACHTE 123,38 MIO. TONNEN GETREIDE da seca, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) rebaixou de 78 milhões para 71 milhões de toneladas a previsão da safra norte-americana de soja para o período 2003-2004. Produtividade até na pecuária Clima, água e sol em abundância ajudam, mas é a produtividade que tem desempatado o jogo a favor da agricultura brasileira. “De 1990 a 2003, nossa área plantada cresceu 12% e a produção aumentou 140%”, informa João de Almeida Sampaio Filho, Presidente da Sociedade Rural Brasileira. “Enquanto o mundo desenvolvido baseia sua competitividade em protecionismos e subsídios, aqui ela é baseada em produtividade”, compara o professor Homem de Melo, da USP. O mesmo vale para a pecuária, garante Sampaio Filho. “Antes se abatia o boi com quatro ou cinco anos. Hoje Divulgação Opção Brasil Imagens Rekordernten und Diversifizierung - Nach der letzten Erhebung der staatlichen Versorgungsgesellschaft CONAB, die an das Landwirtschaftsministerium angeschlossen ist, wird die Getreideproduktion in der Ernte 2002-2003 insgesamt 122,38 Mio. Tonnen erreichen, 26,5% mehr als die 96,76 Mio. Tonnen der letzten Ernte. Dieser Rekord ist hauptsächlich der Sojaernte zu verdanken, die mit 52 Mio. Tonnen –24% mehr als in der Ernte 2001-2002 – 42% der Gesamternte ausmachte. Aber auch bei anderen Kulturen wurden Erfolge verzeichnet. Die Maisproduktion ist um 34% gestiegen, die Weizenernte war 76% höher als im letzten Erntejahr, so die Daten der CONAB. Weizen hat es dem Land übrigens ermöglicht, viele Devisen einzusparen, bemerkt Getúlio Pernambuco, Leiter der Wirtschaftsabteilung des Landwirtschaftsdachverbands CNA. „Bis vor kurzem waren wir der weltweit größte Weizenimporteur“, so Pernambuco. „Mitte der 90er Jahr haben wir etwa 80% unseres Weizenverbrauchs importiert“, bestätigt Fernando Homem de Melo, Professor an der Wirtschaftsfakultät der Universität São Paulo (FEAUSP). In diesem Jahr wird die Ernte von 5,12 Mio. Tonnen fast die Hälfte des Verbrauchs decken, der auf 10,7 Mio. Tonnen geschätzt wird. Die Importe werden also zurückgehen. BRASIL-ALEMANHA Capa Titelbericht em dia, aos 24 meses”, compara. Esse ganho de produtividade faz o País superar outros grandes produtores mundiais, como a Austrália, no quesito exportação. A conquista de novos mercados também tem ajudado. Recentemente o País fez seu primeiro embarque de 400 toneladas de carne bovina para a Argélia, país com potencial para absorver 100 mil toneladas do produto. Os fabricantes de carne bovina também acabam de ingressar na China, mercado que consome miudezas desprezadas internamente, como tendão e bucho. O próximo passo, informa Marcus Vinicius Pratini de Moraes, exMinistro da Agricultura e hoje presidindo a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), é vender carne in natura aos Estados Unidos, país onde o Brasil só pode comercializar carne industrializada. A carne bovina nacional segue para 103 países. No ano passado, os fornecimentos externos geraram divisas de US$ 1,08 bi- lhão. Para este ano, a previsão é de exportações de US$ 1,5 bilhão. Pratini de Moraes credita o avanço à prioridade que a iniciativa privada e os órgãos de governo têm dado à vigilância sanitária. “O Brasil também passou a ser mais agressivo na defesa de seus mercados”, acrescenta ele. Entraves na logística - Apesar dos progressos do agronegócio, ainda há alguns obstáculos a serem vencidos. O maior empecilho é de origem logística. Há problemas de armazenagem, as rodovias estão em péssimo estado, faltam ferrovias e o escoamento da mercadoria é difícil. “Perde-se muito dinheiro com infra-estrutura”, comenta Amaryllis Romano, Economista da Tendências Consultoria Integrada. A situação é mais crítica no Centrooeste e no Norte, segundo o professor Homem de Melo, da USP. “Nas regiões Sul e Sudeste a estrutura é razoavelmente bem consolidada, mas a expansão da fronteira agrícola rumo ao Norte agravou a deficiência logística.” E as soluções têm que vir rápido, avisa Carlo Lovatelli, da Abag e da Abiove. “Se não forem tomadas providências no curtíssimo prazo, teremos problemas sérios já a partir do ano que vem”, prevê. Segundo o dirigente, a previsão é de que, até 2010, cerca de 55 milhões de toneladas de grãos serão adicionadas à safra agrícola brasileira. “Grande parte desse crescimento virá do Centro-oeste e, se não se consertar estradas e não se estimular o transporte multimodal, teremos dificuldades”. Lovatelli lembra que 72% da safra brasileira é transportada por via rodoviária e que a velocidade média dos caminhões caiu 40% nos últimos três anos. Com isso, argumenta ele, o País perde competitividade, especialmente frente a países como os EUA, onde 70% dos grãos são transportados por trens. O presidente da Abiove dá uma idéia do tamanho dessas perdas: “Nós somos 22% mais competitivos no campo do que os Estados Unidos, mas quando a nossa soja chega ao porto de Roterdã (Holanda), nossa competitividade cai para 7%”. Pelos cálculos de Lovatelli, as melhorias logísticas mais urgentes exigiriam um investimento de R$ 6 bilhões nos próximos 12 a 18 meses. Agência Estado A maior parte da safra brasileira - 72% - é transportada por via rodoviária Der größte Teil der Ernte - 72% wird mit Lastwagen transportiert 14 BRASIL-ALEMANHA konnte Brasilien in die USA nur industriell verarbeitetes Fleisch exportieren. Brasilianisches Rindfleisch wird in 103 Länder exportiert. Im vergangenen Jahr erreichten die Exporte einen Wert von US$ 1,08 Mrd. In diesem Jahr werden US$ 1,5 Mrd. erwartet. Pratini de Moraes schreibt diesen Fortschritt der Tatsache zu, dass sowohl die Privatwirtschaft als auch Regierungsbehörden der Hygieneüberwachung Priorität einräumen. „Brasilien verteidigt seine Märkte inzwischen entschiedener“, fügt er hinzu. Engpässe in der Logistik - Trotz der Fortschritte im Agrobusiness gilt es, noch einige Hindernisse zu überwinden, und zwar besonders in der Logistik. Es gibt Probleme in der Lagerung, die Straßen sind in äußerst schlechtem Zustand, das Schienenetz ist unzureichend ausgebaut und die Warenbeförderung schwierig „Durch die Infrastruktur geht viel Geld verloren“, so Amaryllis Romano, Volkswirt bei der Unternehmensberatung Tendências Consultoria Integrada. Besonders schlecht sieht es laut Prof. Homem de Melo von der USP im Mittleren Westen und im Norden aus. „Im Süden und Südosten ist die Infrastruktur noch recht gut, aber mit der Erschließung Divulgação Produktivität auch in der Viehzucht - Das Klima sowie ausreichend Wasser und Sonne haben ihren Beitrag geleistet; aber die Produktivität hat den Ausschlag zugunsten Brasiliens gegeben. „Von 1990 bis 2003 ist unsere Anbaufläche um 12% gewachsen, während die Produktivität um 140% gestiegen ist“, erklärt João de Almeida Sampaio Filho, Präsident der Brasilianischen Agrargesellschaft (Sociedade Rural Brasileira). „Während die Industrieländer ihre Wettbewerbsfähigkeit auf Protektionismus und Subventionen gründen, basiert sie hier auf Produktivität“, so Prof. Homem de Melo von der USP. Dasselbe gilt für die Viehzucht, versichert Sampaio Filho. „Früher wurden Rinder im Alter von vier oder fünf Jahren geschlachtet. Heute sind es zwei Jahre“, vergleicht er. Dieser Produktivitätszuwachs ermöglicht es, dass Brasilien andere große Hersteller, wie z.B. Australien, bei den Exporten überholt. Die Eroberung neuer Märkte war ebenfalls von Vorteil. Vor kurzem hat Brasilien die ersten 400 Tonnen Rindfleisch nach Algerien geliefert, ein Land mit einem Konsumpotential von 100.000 Tonnen pro Jahr. Die Rindfleischproduzenten haben auch gerade den chinesischen Markt gewonnen, auf dem Eingeweide (z.B. Mägen) und Sehnen konsumiert werden, die sich in Brasilien keiner Beliebtheit erfreuen. Der nächste Schritt, erklärt Marcus Vinicius Pratini de Moraes, ehemaliger Landwirtschaftsminister und heute Präsident des Verbandes der Fleischexporteure (ABIEC), ist der Verkauf von Fleisch in natura in die Vereinigten Staaten. Bisher Opção Brasil Imagens Export - Das zunehmende Wachstum in Agrarproduktion und Viehzucht sorgt für gute Einnahmen aus dem Welthandel. Die Agrarexporte von Januar bis Juli beliefen sich auf US$ 16,2 Mrd., 32% mehr als im selben Vorjahreszeitraum. Der Anteil des Agrobusiness an den Gesamtexporten Brasiliens liegt bei 41,5%. Der Überschuss im Agrobusiness ist in der Zeit um 40,3%, von US$ 9,6 Mrd. auf US$ 13,4 Mrd., gestiegen. Nach Berechnungen der CNA wird der Sektor das Jahr mit Exporten im Wert von US$ 28 Mrd. abschließen, im Vergleich zu US$ 20,4 Mrd. im Jahr 2002. „Der Handelssaldo wird vermutlich bei US$ 24 Mrd. liegen, ein um 38% höherer Überschuss als im Jahr 2002“, so CNAPräsident Antonio Ernesto de Salvo. Soja wird weiterhin zu den Exporten beitragen. Von Januar bis Juli haben Sojabohnen, Sojaöl und Sojaschrot bereits US$ 4,47 Mrd. Devisen ins Land gebracht (76% mehr als im selben Vorjahreszeitraum). Bis zum Jahresende rechnet Lovatelli von der ABAG und der ABIOVE mit Exporten im Wert von US$ 8 Mrd., im nächsten Jahr werden es seiner Voraussicht nach US$ 9 Mrd. Das eröffnet gute Perspektiven für Brasilien, denn die Sojaproduktion ist sehr wettbewerbsfähig. Die Produktivität liegt bei 2,85 Tonnen pro Hektar, während es in den USA nur 2,54 Tonnen sind. Außerdem ist das Klima für die brasilianischen Produzenten günstig. Das USLandwirtschaftministerium hat aufgrund der Trockenheit die Ernteprognosen für Soja von 78 auf 71 Mio. Tonnen im Zeitraum 2003-2004 nach unten korrigiert. Pratini de Moraes: carne bovina brasileira chega a 103 países Pratini de Moraes: Brasilianisches Rindfleisch wird in 103 Länder exportiert OUTUBRO 2003 15 Capa Titelbericht FRUTAS, FLORES E MADEIRAS TÊM POTENCIAL INEXPLORADO von Land immer weiter nördlich entstehen zunehmend Engpässe in der Logistik.“ Und Lösungen müssen schnell gefunden werden, rät Lovatelli von ABAG und ABIOVE. „Wenn nicht sehr bald Vorkehrungen getroffen werden, stehen wir spätestens nächstes Jahr vor großen Problemen“, so seine Einschätzung. Bis 2010 werde erwartet, dass sich die Getreideernte um etwa 55 Mio. Tonnen erhöhe. „Ein Großteil davon kommt aus dem Mittleren Westen, und wenn die Straßen nicht repariert und Anreize für den Ausbau aller Verkehrsträger gegeben werden, bekommen wir Schwierigkeiten.“ Lovatelli erinnert daran, dass 72% der brasilianischen Ernte per Lastwagen transportiert werden, und dass die Durchschnittsgeschwindigkeit der Lkw in den letzten drei Jahren um 40% zurückgegangen sei. Damit verliere das Land an Wettbewerbsfähigkeit, besonders im Vergleich zu Ländern wie den USA, wo 70% des Getreides auf der Schiene transportiert werden. Der ABIOVE-Präsident nennt einige Zahlen: „Auf dem Feld sind wir um 22% wettbewerbsfähiger als die USA; aber bis unsere Sojaexporte den Hafen von Rotterdam erreichen, ist unsere Wettbewerbsfähigkeit auf 7% zurückgegangen.“ Nach Lovatellis Berechnungen erfordern die dringendsten Verbesserungen in der Logistik Investitionen von R$ 6 Mrd. in den nächsten 12 bis 18 Monaten. OBST, BLUMEN UND HOLZ BIETEN NOCH UNGENUTZTES POTENTIAL conta que um documento básico elaborado no México será analisado ponto por ponto para ser defendido em dezembro próximo, quando deve ocorrer, em Genebra, o primeiro encontro que dará seqüência à rodada. Potenciais - Ao mesmo tempo em que apara essas arestas externas, o governo e os produtores seguem apostando que o País pode explorar melhor áreas hoje ainda sub-aproveitadas. “Temos alguns produtos que têm uma participação tímida no mercado mundial”, reconhece o Ministro Roberto Rodrigues. Um desses segmentos, diz ele, é o de frutas tropicais. “O Vale do São Francisco dá para fazer dois Chiles, mas Opção Brasil Imagens Barreiras e negociações internacionais - Outro grande entrave ao maior desenvolvimento do agronegócio brasileiro são os subsídios e o protecionismo dos países desenvolvidos. “Há barreiras de todos os tipos, como picos tarifários, barreiras sanitárias e instituição de cotas, especialmente por parte dos países ricos”, diz Salvo, da CNA. Comenta-se que os subsídios à agricultura dados pelas grandes potências, principalmente Estados Unidos e União Européia, chegam a US$ 1 bilhão por dia. “Isso é uma pedra no sapato do agronegócio brasileiro”, diz Lovatelli, da Abag, para quem a recente criação do G-22, liderado pelo Brasil, tem tudo para reverter esse estado de coisas. “O grupo tem como principal objetivo lutar pelo fim dos subsídios às exportações, além de melhorar as condições de acesso a mercado”, confirma o Ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues. O G-22 foi lançado na última rodada de negociações da Organização Mundial do Comércio (OMC), realizada no mês passado em Cancún (México). Não se chegou a qualquer conclusão quanto às negociações agrícolas, mas, de acordo com o ministro, o saldo foi positivo por mostrar ao mundo que os países em desenvolvimento não aceitam que a agricultura fique de fora das discussões da OMC. Rodrigues 170 milhões de bovinos: o Brasil é dono do maior rebanho do mundo 170 Mio. Rinder: Brasilien hat die größte Herde der Welt 16 Hindernisse und internationale Verhandlungen - Ein weiteres großes Entwicklungshindernis für das brasilianische Agrobusiness sind die Subventionen und der Protektionismus der Industrieländer. „Es gibt Schranken aller Art, darunter tarifäre Handelsschranken, Hygieneauflagen und Einfuhrquoten, besonders bei den reichen Ländern”, so Salvo von der CNA. Die Agrarsubventionen der Wirtschaftsmächte, besonders der USA und der Europäischen Union, werden auf insgesamt US$ 1 Mrd. pro Tag geschätzt. „Das ist ein Hemmschuh für das brasilianische Agrobusiness“, so Lovatelli von der ABAG. Die jüngst erfolgte Gründung der von Brasilien geleiteten G-22 hält er für eine vielversprechende Möglichkeit, die Situation zu ändern. „Hauptziel der Gruppe ist es, den Exportsubventionen ein Ende zu setzen und den MarktBRASIL-ALEMANHA Capa Titelbericht hoje o Chile exporta acima de US$ 1,2 bilhão por ano de frutas, enquanto o Brasil exporta pouco mais de US$ 250 milhões”, compara. Na opinião de Sampaio Filho, da Sociedade Rural Brasileira, a pecuária de corte bovina também tem muito a crescer, assim como os setores de flores e de madeiras. Ele ilustra dizendo que, no País, as árvores crescem bem mais rápido do que em outros países. “ A Teca, por exemplo, leva 150 anos para chegar à época de corte na Oceania, de onde é originária.“Aqui, em 20 a 25 anos ela está perfeita para o corte.” As perspectivas do agronegócio são muito boas daqui para a frente. “Temos condições de adicionar 5% de produção ao ano, porque ainda temos muita área no Centro-oeste e no Norte”, considera a economista Amaryllis Romano, da Tendências Consultoria Integrada. Também o Professor Homem de Melo, da USP, acha que é possível crescer de 4% a 5% por ano, dependendo do acesso aos mercados, de a economia brasileira voltar a crescer e, é claro, dos investimentos em infra-estrutura. Mais otimista, Lovatelli, da Abag, acha que, pelo menos no médio prazo, o aumento pode ser maior. “O agronegócio tem tudo para se expandir cerca de 10% nos próximos três anos.” zugang zu erleichtern“; erklärt Landwirtschaftsminister Roberto Rodrigues. Die G-22 wurde während der letzten Verhandlungsrunde der Welthandelsorganisation (WHO) gegründet, die vergangenen Monat in Cancún, Mexiko, stattfand. Bezüglich der Agrarverhandlungen wurde noch kein gemeinsamer Standpunkt definiert, aber, so der Minister, die Entwicklungsländer haben deutlich gemacht, dass sie das Außer-Acht-Lassen der Landwirtschaft bei den WHO-Verhandlungen nicht länger hinnehmen werden. Rodrigues berichtet, ein in Mexiko ausgearbeitetes Grundlagendokument werde Punkt für Punkt analysiert, um es im Dezember, wenn die Verhandlungsrunde in Genf fortgesetzt wird, vorzulegen. Potential - Neben den Bemühungen, genannte Hindernisse aus dem Weg zu räumen, setzen Regierung und Produzenten weiterhin darauf, noch suboptimal genutzte Bereiche besser auszubauen. „Einige unserer Produkte haben noch einen sehr kleinen Weltmarktanteil“, gibt Landwirtschaftsminister Rodrigues zu. Dazu zählen auch die Tropenfrüchte. „Im São-Franciso-Tal wird doppelt so viel geerntet wie in Chile, aber Chile exportiert Obst im Wert von über US$ 1,2 Mrd. pro Jahr, Brasilien kaum mehr als US$ 250 Mio.“, so sein Vergleich. Nach Ansicht von Sampaio Filho von der Brasilianischen Agrargesellschaft zeigen sich starke Wachstumstendenzen in der Rinderzucht sowie bei Blumen und Hölzern. Er erklärt, in Brasilien wüchsen die Bäume wesentlich schneller als in anderen Ländern: „Teakholzbäume beispielweise können in Ozeanien, ihrem Ursprungsland, erst nach 150 Jahren gefällt werden. Hier genügen 20 bis 25 Jahre.“ Die Zukunftsaussichten für das Agrobusiness sind bestens. „Wir können die Produktion um 5% jährlich erhöhen, denn wir haben noch viel Fläche im Mittleren Westen und im Norden“, erklärt Amaryllis Romano von Tendências Consultoria Integrada. Auch Prof. Homem de Melo von der USP hält ein jährliches Wachstum von 4% bis 5% für möglich, abhängig vom Marktzugang, vom Wirtschaftswachstum im Allgemeinen und natürlich von den Investitionen in die Infrastruktur. Lovetelli von der ABAG gibt sich optimistischer und erwartet mittelfristig ein höheres Wachstum. „Das Agrobusiness erfüllt alle Voraussetzungen, um in den nächsten drei Jahren um etwa 10% zu wachsen.“ Variação nas exportações do principais produtos do agronegócio brasileiro / Agrarexporte Produtos / Produkte Jan-Jul 2002 Jan-Jul 2003 Variação / Veränderung (%) Complexo soja / Soja 2.533,1 4.472,6 76,6 Madeiras e subprodutos / Holz und Nebenprodukte 2.261,2 3.007,2 33,0 Complexo carnes / Fleisch 1.626,6 2.078,4 27,8 Café / Kaffee 647,3 813,0 25,6 Suco de laranja / Orangensaft 519,6 634,6 22,1 Algodão / Baumwolle 427,6 519,1 21,4 Peixes e crustáceos / Fische und Krustentiere 192,3 238,8 24,1 90,1 173,4 92,4 102,2 146,0 42,9 12.272,2 16.214,4 32,1 Cacau e preparações / Kakao und Kakaoprodukte Frutas / Obst Total do Agronegócio* / Agrobusiness insgesamt* (em US$ milhões / in Mio. US$) Fonte: CNA, com dados básicos da Secex/Mdic Quelle: CNA, Basisdaten vom Außenhandelssekretariat im Ministerium für Entwicklung, Industrie und Außenhandel – SECEX/MDIC 18 *O valor total do agronegócio inclui: couros e peleteria, açúcar e álcool, fumo, algodão, peixes e crustáceos e milho BRASIL-ALEMANHA