análise do óleo essencial de própolis do rio grande do sul (brasil)
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análise do óleo essencial de própolis do rio grande do sul (brasil)
PROBIC/ FAPERGS ANÁLISE DO ÓLEO ESSENCIAL DE PRÓPOLIS DO RIO GRANDE DO SUL (BRASIL) Paola Raquel Luchtenberg1*, Fabiana Agostini1, Luciane Corbellini Rufatto1, Sidnei Moura e Silva1 1Laboratório de Biotecnologia de Produtos Naturais e Sintéticos - Universidade de Caxias do Sul - Rua Franscisco Getúlio Vargas, 1130 - CEP 95001-970, Caxias do Sul - RS, Brasil. PRÓPOLIS *[email protected] INTRODUÇÃO A busca, na biodiversidade, por recursos genéticos e bioquímicos que possam ser transformados ou que contenham moléculas bioativas com potencial atividade terapêutica tem sido alvo de intensas investigações. Embora muitas pesquisas contemplem principalmente a atividade biológica de produtos vegetais, outras substâncias, como a própolis, tem apresentado ampla relevância, atraindo, portanto, interesse no seu estudo. A própolis é uma substância resinosa produzida pelas abelhas a partir de diversas partes das plantas (broto, botões florais, exsudatos resinosos). Esses constituintes são biotransformados pela adição de cera e pela ação da enzima 13-glicosidase, produzida nas glândulas salivares das abelhas, que a depositam nas colmeias, onde tem papel importante para vedar frestas, recobrir o corpo de animais mortos e protegê-la contra proliferação de microrganismos. Sua coloração é dependente da origem botânica e pode variar desde amarelo-esverdeada, passando por várias tonalidades de marrom até preta. Inúmeras atividades já foram atribuídas à própolis como antitumoral, cicatrizante, anestésica, anti-inflamatória, antioxidante, etc. Mas, reconhecidamente, a mais relevante é a antimicrobiana, devido à presença de compostos fenólicos, entre eles os flavonoides, ácidos fenólicos e seus ésteres. A sua composição química é muito complexa e varia de acordo com a região, planta fornecedora de resina e espécie de abelha coletora, refletindo na diversidade de atividades biológicas. O óleo essencial é um dos importantes compostos presentes na própolis, porém, poucos estudos são encontrados na literatura com relação ao mesmo. OBJETIVO O presente trabalho foi realizado com o objetivo de analisar o rendimento e a composição química do óleo essencial de uma própolis obtida na cidade de Garibaldi/RS. METODOLOGIA Análise da composição química do óleo essencial por GC/FID e GC/MS Hidrodestilação em Clevenger (1 h) 100g de própolis RESULTADOS E DISCUSSÕES Gráfico 1. Compostos químicos identificados no óleo essencial da própolis * Rendimento do óleo essencial da própolis: 0,199 mL/100 g * Componentes majoritários: alfa-pineno (29,092%), benzoato de benzila (14,429%), beta-terpineno (10,632%), terpinen-4-ol (9,020%) Figura 1. Cromatograma do óleo essencial CONSIDERAÇÕES FINAIS Com estes resultados preliminares é possível observar que o óleo essencial possui compostos importantes, os quais podem estar relacionados com as diversas atividades biológicas apresentadas pela própolis. Sendo assim, estudos relacionados a atividade farmacológica do óleo essencial de própolis são necessários. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS LUSTOSA S.R. et al. (2008). Revista Brasileira de Farmacognosia 18(3): 447-454. MATSUO A.L. et al. (2011). Biochem and Biophysic Res Communic 411, 449-454. PINTO L.M.A. et al. (2011). Revista Eletrônica de Farmácia Vol. VIII (3), 76 -100. SALATINO A. et al. (2005). Evid Based Complement Alternat Med, 2(1): 33-38. AGRADECIMENTOS CAPES, FAPERGS, UCS, LBIOP