Baixar este arquivo PDF - Revista Eletrônica Unicruz

CONSUMO SUSTENTÁVEL: UM ESTUDO SOBRE OS HABITOS SUSTENTAVEIS
DOS JOVENS DO MUNICÍPIO DE CRUZ ALTA
KASHIWAYA, Juliana Norie de Bairros1; PAZ, Juliano2; MÜLLER, Luís Fernando
Alvares3; SANTOS, Rozali Araújo dos4
Resumo
Este trabalho surgiu com a preocupação da preservação do meio ambiente, o consumo
consciente e a educação ambiental, importantes para um futuro com sustentabilidade. Na
busca de atender as necessidades atuais utilizando os recursos naturais, mas preservando-os
para as futuras gerações, é importante analisar se o tema sustentabilidade vem sendo
explorado pelas escolas e para isto foi questionado aos jovens com faixa etária de 10 a 15
anos em idade escolar do município de Cruz Alta, sobre os hábitos e modo de vida, descarte
do lixo e economia de água e energia. O exposto trabalho teve como metodologia de pesquisa
quantitativa e descritiva pelo qual trouxe uma visão ampla do referido assunto. A pesquisa
demonstrou que os jovens tem conhecimento sobre a sustentabilidade e o que ela representa, e
que a educação ambiental que vem de dentro das escolas instrui os alunos sobre a necessidade
de reciclar o lixo, economizar água, alimentação mais saudável com produtos naturais e um
consumo mais consciente, estes são os primeiros passos para a utilização racional dos
recursos garantindo um futuro mais sustentável.
Palavras-chaves: Consumo, sustentabilidade, educação ambiental.
Abstract
This paper arose out of concern the preservation of the environment, consumer awareness and
environmental education, important for future sustainability. In seeking to meet the current
needs using natural resources while preserving them for future generations, it is important to
analyze the sustainability issue has been explored by schools and it was asked to youth aged
10-15 years old school of Cruz Alta, on the habits and way of life, waste disposal and water
and energy savings. The work was exposed as a research methodology in which quantitative
and descriptive brought a broad view of this subject. Research has shown that young people
have knowledge about sustainability and what it represents, and that environmental education
that comes from within schools instruct students about the need to recycle waste, conserve
water, more healthy diet with natural products and consumer more aware, these are the first
steps for the rational use of resources ensuring a more sustainable future.
Keywords: consumption, sustainability, environmental education.
1
Graduanda em Administração- Universidade de Cruz Alta- UNICRUZ- [email protected]
Graduando em Administração- Universidade de Cruz Alta- UNICRUZ
3
Graduando em Administração- Universidade de Cruz Alta- UNICRUZ
4
Mestre em Administração- Professora da Universidade de Cruz Alta- UNICRZ- [email protected]
2
Revista Interdisciplinar de Ensino, Pesquisa e Extensão vol. 2 n°1
Introdução
No ambiente de transformações em que o ser humano está inserido, decorrente, entre
outros fatores, das catástrofes ambientes e escassez de recursos, cada vez mais os
consumidores tem-se conscientizado da necessidade de fazer compras socialmente
responsáveis. E tal fato tem causado mudanças no mercado consumidor. Ebreo e Vining
(2001) ponderam que, as soluções para os problemas da degradação ambiental no planeta
requerem também ações no âmbito individual ou domestico.
Desta forma existe a necessidade de se trabalhar a questão de consumo para que se
possa alcançar os aspectos de desenvolvimento sustentável, assim a ideia de consumo
sustentável surge como um fator basilar para o desenvolvimento sustentável. (DINATO;
NASCIMENTO, 2003).
No entanto no Brasil, por exemplo, apenas um em cada três consumidores preocupase em realizar ações como separar o lixo para reciclagem, comprar produtos orgânicos e/ou
feitos com material reciclado, evitar desperdícios de água e energia, entre outros
comportamentos ecologicamente conscientes (INSTITUTO AKATU, 2007, RIBEIRO;
VEIGA, 2011).
Por isso é importante aprofundar as pesquisas sobre o consumo consciente visando
estratégias que influenciem os consumidores indiferentes ou pouco sensíveis às questões
ambientais, para que eles também passem a agir de maneira a reduzir os impactos negativos
de suas ações cotidianas (RIBEIRO; VEIGA, 2011). Nesse novo contexto, Portilho (2005)
indica que o consumo não é afetado somente por aqueles que são consumidores no sentido
econômico, mas também por aqueles que em suas ações, mesmo que indiretamente, moldam a
procura e compra de bens e serviços.
Assim, em virtude desta nova prática de consumo, estruturada sob a perspectiva do
desenvolvimento sustentável, e que envolve um conjunto de fatores preponderantes como:
informações, consciência, atitude, responsabilidades e valores (EDDINE; VETORAZZI;
FREITAS, 2008), este estudo tem o objetivo de identificar se os jovens em idade escolar são
conscientes e sustentáveis de acordo com o seu modo de consumir e seus os hábitos, para
tanto estes dados foram extraídos em suas escolas, pois este é o local onde os jovens passam
boa parte do tempo e adquirem conhecimento. Para esta pesquisa foram escolhidos os jovens
Revista Interdisciplinar de Ensino, Pesquisa e Extensão vol. 2 n°1
em virtude de eles representarem o futuro e sendo eles que mais utilizarão os recursos
futuramente. Foram selecionadas jovens entre 10 e 15 anos, pois nesta idade os jovens já
possuem um maior conhecimento sobre marcas e propaganda, tendo uma maior decisão de
compra.
Visando atingir os objetivos da pesquisa este trabalho apresenta caráter quantitativo e
descritivo e esta estruturado da seguinte forma: primeiramente o referencial teórico, a
metodologia, a análise dos resultados, as conclusões finais e por fim as referências.
Referencial teórico
Este tópico apresenta a sustentabilidade e o desenvolvimento sustentável, conceitos
de consumo e o consumo sustentável e a educação ambiental.
Sustentabilidade e desenvolvimento sustentável
Sustentabilidade é economizar os recursos naturais utilizados para atender as
necessidades dos indivíduos, evitando o desperdício para que não prejudique as necessidades
das gerações futuras, sendo ecologicamente correto, economicamente viável, socialmente
justo e culturalmente diverso. É também praticar bons hábitos e controlar o consumo
excessivo, reciclar e diminuir os resíduos e poluentes, compreender para onde vai tudo o que
produzimos e descartamos e de onde vem tudo o que consumimos para melhor preservar o
meio ambiente. O desenvolvimento sustentável é definido como o atendimento das
necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem
as suas próprias necessidades (WCED, 1991, p. 46).
Desenvolvimento sustentável significa obter crescimento econômico necessário,
garantindo a preservação do meio ambiente e o desenvolvimento social para o presente e
gerações futuras. Portanto, para que ocorra o desenvolvimento sustentável é necessário que
haja uma harmonização entre o desenvolvimento econômico, a preservação do meio
ambiente, a justiça social, a qualidade de vida e o uso racional dos recursos da natureza. A
sustentabilidade só é alcançada se a sociedade basear suas decisões nesses pilares, sem
priorizar um em detrimento do outro (OLIVEIRA et al., 2013, p. 2).
A sustentabilidade passou a ser um assunto muito corriqueiro nos últimos anos, tem
estado mais presente no cotidiano das pessoas, criando uma nova visão do mundo em que
vivemos. Isso ocorre em razão do desenvolvimento da indústria e do crescimento dos padrões
Revista Interdisciplinar de Ensino, Pesquisa e Extensão vol. 2 n°1
de consumo que têm levado o homem a refletir sobre as consequências de seu modo de vida
(OLIVEIRA et al., 2013, p. 2).
Kneipp (2012) coloca que as dimensões da sustentabilidade estão intrínsecas e que a
gestão para a sustentabilidade com base nas dimensões econômica, social e ambiental possui
como premissa possibilitar ganhos para a empresa, sociedade e meio ambiente, sendo que ao
considerar a sociedade pode-se falar em consumo sustentável.
Consumo e consumo sustentável
Para que o consumo sustentável possa ser praticado, Gonçalves-Dias e Moura (2007)
e Jackson (2004, 2007) indicam ser necessária uma adequação dos padrões de consumo à
nova realidade social, entendendo que a partir da redução no consumo de boa parte dos
materiais, bem como um redirecionamento das práticas até então desenvolvidas facilitam seu
alcance, uma mudança torna-se possível, além disso, Capelini (2007), coloca que para
estimular o consumo sustentável é essencial conhecer as características do consumidor.
Consumo é a fase final do processo produtivo, é a atividade de adquirir bens ou
serviços pelas pessoas com a finalidade de utilizar seus benefícios, mas é preciso consumir
conscientemente, pois a maneira de utilizar ou descartar os bens ou serviços adquiridos
podem impactar o meio ambiente. O consumo consciente é a atividade de adquirir bens
materiais ou utilizar os recursos naturais de maneira a não ultrapassar as necessidades, pensar
na sustentabilidade dos recursos naturais também é pensar nas gerações futuras para que
possam utilizar todos os recursos que o planeta oferece sem a falta deles ou a necessidade de
racionamentos. A compreensão de que os modelos de consumo e de produtividade exercem
intensa influência nos meios naturais, é fundamental para entender tanto os conceitos como a
relação entre meio ambiente e sustentabilidade (FERREIRA et al., 2012, p. 678).
O consumo sustentável está relacionado com o nosso comportamento enquanto
compradores e utilizadores de produtos e com a forma como eliminamos os resíduos. Para se
tornar um consumidor sustentável basta ter atenção a pequenos gestos no seu dia-a-dia que
podem fazer toda a diferença. Muitos dos produtos que utilizamos diariamente apresentam um
impacto significativo sobre o ambiente, desde os materiais e energia utilizados para os
produzir, os resíduos que criam durante a sua produção e quando se tornam obsoletos. Para
Revista Interdisciplinar de Ensino, Pesquisa e Extensão vol. 2 n°1
atender o consumo sustentável implica na redução de consumo, desta forma, consumo
sustentável não é uma quantidade específica, mas um padrão de consumo bem diferente para
todos os níveis de renda pessoal em países do mundo todo. (LOPES et al., 2007, p. 5). Neste
sentido deve ser uma prioridade tornar a produção de bens e serviços e o consumo
sustentáveis para minimizar o desperdício e a quantidade de resíduos produzida. Consumir e
produzir de forma sustentável significa utilizar os recursos naturais e a energia com mais
eficiência e reduzir os impactes negativos sobre o ambiente, desta forma será possível
satisfazer as nossas necessidades sem comprometer as gerações futuras.
Nesse sentido, o comportamento do consumidor consciente dos problemas
ambientais tem sido analisado não somente por meio da conduta de compra, reciclagem ou
eliminação do produto, mas também por meio dos modos que refletem o consumidor
ecológico consciente com atitudes ativas e positivas, pois acredita-se que o consumidor
consciente busca o equilíbrio entre a sua satisfação pessoal e a sustentabilidade do planeta, o
consumidor consciente também busca disseminar o conceito e a prática do consumo
consciente, fazendo com que pequenos gestos de consumo realizados por um número muito
grande de pessoas promovam grandes transformações (FRAJ; MARTINEZ, 2006; GORNI,
GOMES, DREHER, 2011).
Ribeiro e Veiga (2011) ressaltam que a preocupação em investigar quem é o
consumidor de produtos ecologicamente responsáveis, quais são suas características e como a
consciência ambiental dos indivíduos vem mudando ao longo do tempo, identificar e analisar
os valores, atitudes e comportamentos dos consumidores ecologicamente conscientes, e
influenciá-los efetivamente. Visto que não haverá desenvolvimento sustentável pela simples
mudança dos modos de produção e consumo se persistir a mesma maneira de olhar e tratar à
natureza, ou seja, apenas como recurso, já que estas mudanças não são factíveis se não se
realizam alterações, ao mesmo tempo, nos níveis ecológico, econômico e sociocultural, os
modelos culturais, que incluem estilos de vida e padrões de consumo, devem ser
transformados.
Consumo sustentável representa o consumo de bens e serviços com respeito aos
recursos naturais, de forma que garanta o atendimento das necessidades das presentes
gerações sem comprometer as gerações futuras. A sustentabilidade esta diretamente ligada a
Revista Interdisciplinar de Ensino, Pesquisa e Extensão vol. 2 n°1
compra e uso dos bens e serviços que atendam às necessidades básicas das pessoas em
conjunto com a minimização do desperdício. A presença massiva de produtos verdes não é
garantia de uma sociedade sustentável se os padrões de consumo e estilo de vida não
mudarem (LOPES et al., 2007, p. 8).
Os consumidores conscientes buscam os produtos que tenham sua produção por meio
sustentável, que não tenham desperdício de matéria prima e de consumo desnecessário de
meios de produção como gastos com água e luz em demasia. O desenvolvimento sustentável
pode ser compreendido como aquele que atende às necessidades das gerações atuais sem
comprometer a possibilidade das futuras gerações de atenderem às suas próprias necessidades
(WCED, 1987 apud OLIVEIRA et al., 2013, p. 5).
A efetivação do consumo sustentável depende da conscientização dos indivíduos da
importância de tornarem-se consumidores responsáveis começando desde quando são jovens
e estão absorvendo informações que levarão para o resto da vida. Como boa parte do
comportamento de compra de um indivíduo é aprendida durante sua infância, torna-se
relevante compreender como o público infantil consome produtos direcionados a seu
segmento e como ele processa e retém as diversas investidas de empresas e familiares na
compra de um novo produto (DANTAS et al., 2013, p. 1).
Educação Ambiental
Para que no futuro os recursos sejam utilizados sem escassez, a educação das
crianças de hoje depende de alterações em seu comportamento. Ensinar as crianças para o
consumo consciente é o que devemos buscar para o desenvolvimento sustentável, abordando a
educação ambiental como ferramenta eficaz de mudança, tendo em vista que para se ter
qualidade de vida conservar e preservar o meio ambiente é preciso (LOPES et al., 2009 p. 2).
As crianças precisam aprender hábitos saudáveis e consumir com consciência e o começo
deste aprendizado pode ser na escola.
Essa conscientização deve ser despertada cada vez mais cedo, no ambiente escolar,
via educação ambiental. Atualmente as escolas estão começando a dar uma grande
importância ao assunto. Com educação didática para estimular o interesse das crianças em
período escolar, para olharem ao seu redor, mostrando que elas são parte importante na
sociedade e também responsáveis na proteção do meio ambiente por meio de pequenos atos
Revista Interdisciplinar de Ensino, Pesquisa e Extensão vol. 2 n°1
sustentáveis e o consumo consciente que visa o bem comum. O objetivo da educação
ambiental que é contribuir para a conservação da biodiversidade, mediante processos
educativos que promovam a melhoria do meio ambiente e da qualidade de vida (TOALDO;
ADRIANE, 2010).
A prática da educação ambiental é uma importante ferramenta de orientação para a
tomada de consciência dos indivíduos frente aos problemas ambientais, por isso sua prática se
faz importante para solucionar o problema do acúmulo de resíduos sólidos, como o lixo.
Neste sentido, a educação ambiental adquire um sentido estratégico na condução do processo
de transição para uma sociedade sustentável (TOALDO; ADRIANE, 2010).
De acordo com o art. 225 da Constituição Federal do Brasil (1988), todos têm direito
ao meio ambiente equilibrado, essencial à qualidade de vida, sendo dever de defendê-lo e
preservá-lo para as presentes e futuras gerações (LOPES et al., 2009 p. 4).
E a Política Nacional de Educação Ambiental (1999), versa que a educação
ambiental são os processos onde são construídos valores sociais, conhecimentos, habilidades,
atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, essencial à qualidade
de vida e sua sustentabilidade (LOPES et al., 2009 p. 4).
Segundo Kindel (2006 apud LOPES et al., 2009 p. 8), o objetivo e ensinar e
conscientizar alunos de várias faixas etárias de idade, o porquê da reciclagem, do
reaproveitamento do lixo, a necessidade de consumir sem exageros conscientemente sabendo
que é lixo os resíduos produzidos a partir deste consumo, é importante transmitir estes valores
desde crianças para que possam se tornar em uma geração mais sustentável.
Metodologia
Para o presente trabalho a abordagem metodológica adotada foi de caráter
quantitativo e descritivo. Para Richardson (1999) o método quantitativo é caracterizado pelo
emprego da quantificação nas modalidades de coleta de informação e no tratamento delas,
utilizando técnicas estatísticas enquanto a pesquisa descritiva tem como objetivo observar,
registrar e analisar as características, fatores ou variáveis que se relacionam com o fenômeno
ou processo. Busca conhecer as diversas situações e relações que ocorrem na vida social,
Revista Interdisciplinar de Ensino, Pesquisa e Extensão vol. 2 n°1
política, econômica e demais aspectos do comportamento humano (CERVO; BERVIAN,
2005).
A população alvo do presente estudo foram os jovens em idade escolar de 10 a 15
anos da cidade de Cruz Alta, a amostragem ocorreu de forma aleatória simples, pois cada
elemento da população estudada teve a mesma probabilidade, de ser selecionado para formar
a amostra (GIL, 2011) e a população da amostra foi de no mínimo 280 indivíduos.
Como instrumento de coleta de dados foi utilizado um questionário estruturado.
Lakatos e Marconi (2007) definem questionário como um instrumento constituído por uma
série de perguntas, que devem ser respondido por escrito sem a presença do entrevistador.
Para Gil (2011), questionários são utilizados como técnica de investigação composta por
questões submetidas a pessoas com o propósito de obter informações. Os dados da pesquisa
foram coletados por meio de um único questionário com alternativas para a escolha, cujos
objetivos eram obter informações dos jovens sobre seus hábitos e consumos sustentáveis.
A análise dos dados foi feita com base em estatística descritiva com o auxilio do
Excel 2007 e o programa SPSS Statistics 20, usando frequência e percentuais.
Análise e discussão de resultados
Gráfico 01: Escolas
Para esta análise foi aplicado um questionário em 284 alunos em 14 escolas no
município de Cruz Alta, totalizando uma média de 20 alunos por escola.
Revista Interdisciplinar de Ensino, Pesquisa e Extensão vol. 2 n°1
Gráfico 02: Idade
Foram pesquisados alunos com faixa etária entre 10 e 15 anos, sendo 14,8% com 10
anos, 18% com 11 anos, 12,7% com 12 anos, 21,5% com 13 anos, 19% com 14 anos e 10,9%
com 15 anos.
Gráfico 03: Sexo
Com as turmas das escolas possuindo alunos de ambos os sexos, os alunos foram
escolhidos aleatoriamente, resultando em 48,2% do sexo masculino e 49,6% do sexo
feminino.
Revista Interdisciplinar de Ensino, Pesquisa e Extensão vol. 2 n°1
Gráfico 04: Sustentabilidade
Para um consumo mais consciente, é importante a conscientização dos jovens sobre a
sustentabilidade, 55,3% tem conhecimento sobre sustentabilidade e 42,6% desconhecem o
tema. (DANTAS et al., 2013)
Gráfico 05: Conceito de sustentabilidade
O conceito de sustentabilidade é atender as necessidades do presente sem
comprometer as gerações futuras de atender suas próprias necessidades, para os alunos o
conceito de sustentabilidade é 3,9% separar o lixo, 15,8% separar o lixo e economizar água,
50,7% utilizar os recursos da natureza mas preservando o meio ambiente e 1,1% ser
vegetariano. (WCED, 1991)
Revista Interdisciplinar de Ensino, Pesquisa e Extensão vol. 2 n°1
Gráfico 06: Economia de energia
Sobre a economia de energia e desligar a luz ao sair de um ambiente, 89,4%
desligam a luz e 9,5% não desligam a luz.
Gráfico 07: Banho
O consumo consciente visa reduzir de maneira gradativa os impactos negativos das
ações cotidianas, o tempo do banho é um dos principais itens que consome mais energia e
água, sendo 56,3% até 15 minutos de banho, 28,2% até 25 minutos e 14,8% acima de 26
minutos. (RIBEIRO; VEIGA, 2011)
Revista Interdisciplinar de Ensino, Pesquisa e Extensão vol. 2 n°1
Gráfico 08: Economia de água
Quanto ao desperdício de água ao escovar os dentes, 84,5% fecham a torneira e
14,1% não fecham a torneira.
Gráfico 09: Coleta seletiva
O consumo sustentável busca minimizar o desperdício e a quantidade de resíduos
produzidos, com as novas lixeiras de coleta seletiva do município de Cruz Alta, 63% já
utilizam e 34,5% não utilizaram. (LOPES et al., 2007).
Gráfico 10: Desperdício de água
Revista Interdisciplinar de Ensino, Pesquisa e Extensão vol. 2 n°1
Na visão dos jovens a mangueira para lavar calçada e carro gasta mais água com
55,3%, a torneira para lavar louça 1,8%, o chuveiro 14,8%, a lavadora de roupa 8,5% e não
souberam responder 15,8%.
Gráfico 11: Desperdício de energia elétrica
Evitar desperdícios de água e energia são comportamentos ecologicamente
conscientes, e maior consumo de energia elétrica para os alunos é de 18% para o chuveiro,
15,8% para a geladeira, 17,6% para a televisão, 27,1% para o ar condicionado e 12,3% não
souberam responder. (INSTITUTO AKATU, 2007, RIBEIRO; VEIGA, 2011).
Gráfico 12: Cuidado com a natureza
Para ter uma qualidade de vida é preciso conservar e preservar o meio ambiente, em
relação a preocupação com a natureza, 38% cuidam das plantas e árvores ao seu redor, 45,1%
ás vezes cuidam e 15,8% não cuidam. (LOPES et al., 2009)
Revista Interdisciplinar de Ensino, Pesquisa e Extensão vol. 2 n°1
Gráfico 13: Educação ambiental
A educação ambiental contribui para a conservação da biodiversidade, mediante
processos educativos, referente aos alunos ouvirem sobre economizar água e preservar a
natureza, 41,5% na escola, 14,1% em casa, 13,4% na televisão, 4,2% nunca ouviram falar
sobre o tema e 23,9% ouviram sobre o tema na escola, em casa e na televisão. (TOALDO;
ADRIANE, 2010)
Gráfico 14: Preocupação com o futuro
Referente à preocupação dos jovens com o futuro, 18% se preocupam com o
aquecimento global, 19,7% com a falta de água, 14,8% com a violência, 1,8% com o trabalho,
8,8% com a fome, 16,2% com as drogas, 9,9% com a educação e 7,7% se preocupam com o
meio ambiente.
Revista Interdisciplinar de Ensino, Pesquisa e Extensão vol. 2 n°1
Considerações finais
A pesquisa atingiu seu objetivo, pois demonstrou que os jovens tem conhecimento
sobre a sustentabilidade e o que ela representa, a educação ambiental que vem de dentro das
escolas instrui os alunos sobre a necessidade de reciclar o lixo, economizar água, alimentação
mais saudável com produtos naturais e um consumo mais consciente, estes são os primeiros
passos para a utilização racional dos recursos garantindo um futuro mais sustentável.
Referente às limitações da pesquisa, as escolas foram escolhidas de acordo com a
facilidade de acesso e buscando atingir a quantidade mínima de alunos para a aplicação dos
questionários, e apesar da escolha das escolas ter sido em diversas áreas da cidade para obter
respostas variadas de classes econômicas distintas, em médias as respostas foram as mesmas,
também devido aos alunos se locomovem de diferentes bairros para estudar em determinada
escola, não permanecendo somente na sua região. Outra limitação foi que algumas respostas
dos questionários ficaram padronizadas devido á falta de informação dos alunos sobre a
sustentabilidade e suas respostas foram de acordo com a orientação do professor, e outras
repostas, devido a falta de interesse dos alunos em responder por não saber a importância da
pesquisa.
Referências
CAPELINI, M. Potencialidade e aplicação da prevenção de resíduos de embalagens:
abordagem sobre o projeto do produto e o consumo. TESE. Escola de Engenharia de São
Carlos da Universidade de São Paulo. Universidade de São Paulo, 2007.
CERVO, A. L.; BERVIAN, P. A. Metodologia Científica. São Paulo: Pearson, 2005.
Consumismo infantil na contramão da sustentabilidade. Disponível em: <www.mma. gov.br>.
Acesso em Junho, 2014.
DANTAS, S. S.; JAEGER, J.; CRUZ, C. B.; SILVA, H. S.; BERGAMI, R. D. Brinquedos,
Brincadeiras, Tecnologia, Dinheiro... O que as Crianças de Baixa e Alta Renda Preferem
Atualmente no Dia das Crianças? São Paulo: XVI SEMEAD Seminários em
Administração, 2013.
FERREIRA, D. D. M.; ROSA, C. A.; BORBA, J. A. Panorama e potencialidades para
publicação de artigos científicos na área ambiental. Rio de Janeiro: Administração: Ensino
e Pesquisa, 2012.
Revista Interdisciplinar de Ensino, Pesquisa e Extensão vol. 2 n°1
GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas, 2011.
GORNI, P. M.; GOMES, G.; DREHER, M. T. Consciência ambiental e gênero: os
universitários e o consumo sustentável. SIMPOI, 2011.
KNEIPP, J. M. Gestão para a sustentabilidade e Desempenho em empresas do setor
mineral. Santa Maria: UFSM, 2012.
LOPES, S.; GONÇALVES-DIAS, F.; MOURAS, C. Consumo Sustentável: Muito Além do
Consumo “Verde”. Rio de Janeiro: XXXI Encontro da ANPAD, 2007.
LOPES, W.; BISPO, W.; CARVALHO, J. Educação Ambiental nas Escolas: Uma
Estratégia de Mudança Efetiva. Tocantins: Faculdade Católica do Tocantins, 2009.
OLIVEIRA, E. W. M.; CLAUDINO-DA-SILVA, J.; GIBELATO, I. R.; GONÇALVES, M.
F.; MUNCK, L. Economia Sustentável: uma Inovação Possível? Como? São Paulo: XVI
SEMEAD Seminários em Administração, 2013.
PORTILHO, M. F. F. Sustentabilidade Ambiental, consumo e cidadania. São Paulo:
Cortez, 2005.
RIBEIRO, J. A; VEIGA, R. T. Proposição de uma escala de consumo sustentável Juliane de
Almeida. R. Adm., São Paulo, v.46, n.1, p.45-60, jan./fev./mar. 2011
RICHARDSON, R. J. Pesquisa social: métodos e técnicas. São Paulo: Atlas, 1999.
TOALDO, A. M. A educação ambiental como instrumento para a concretização do
desenvolvimento sustentável. In: Âmbito Jurídico, Rio Grande, 2011. Disponível em:
<www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=9171
>. Acesso em Junho, 2014.
Revista Interdisciplinar de Ensino, Pesquisa e Extensão vol. 2 n°1