Guia de Informações Médicas

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Guia de Informações Médicas
Guia de
Informações
Médicas
SUPERVISÃO
Antônio Britto
S O B R E A I N T E R FA R M A
Presidente-executivo da Interfarma
Interfarma
COORDENAÇÃO-GER AL
Associação da Indústria
Farmacêutica de Pesquisa
Diretoria de Assuntos Regulatórios da
Interfarma
Fundada em 1990, a Interfarma é uma entidade
ELABORAÇÃO
setorial, sem fins lucrativos, que representa
Membros do Grupo de Informações
Médicas da Interfarma
empresas e pesquisadores nacionais ou estrangeiros
responsáveis pela inovação em saúde no Brasil.
APOIO
Diretoria de Comunicação da
Interfarma
Estes agentes buscam, por meio da inovação,
promover e incentivar o desenvolvimento da
PROJETO GR ÁFICO
indústria de pesquisa científica e tecnológica no País
Nebraska Composição Gráfica
voltada para a produção de insumos farmacêuticos,
matérias-primas, medicamentos e produtos para a
saúde humana.
Atualmente, a Interfarma possui 55 laboratórios
associados, que hoje, são responsáveis pela
venda de 80% dos medicamentos de referência
do mercado e por 33% dos genéricos, no canal
Rua Verbo Divino, 1.488 – 7º andar – Cj. 7A
Chácara Santo Antônio – São Paulo – SP
CEP: 04719-904
Tel.: (55 11) 5180-3499
Fax: (55 11) 5183-4247
farmácia.
Além do conceito de inovação, a Interfarma
promove a interação e o estreitamento das
relações com os diversos agentes, principalmente
w w w.i nte r fa r ma .o rg.b r
com as autoridades de saúde no sentido de
discutir, de maneira ampla e transparente, temas
como pesquisa clínica, acesso à saúde, ambiente
regulatório, biotecnologia, ética e combate à
www.youtube/inovacaoesaude
informalidade que são, no nosso entendimento,
www.facebook/inovacaoesaude
fundamentais para aprimorar o debate em torno da
www.twitter.com/inovacaoesaude
saúde pública no País.
2
Índice
12
ANEXO I
Níveis de Evidências
13
ANEXO II
Indexação, Publicação e Bases de Dados
13Indexação
4Preâmbulo
13 Tipos de Publicações Científicas
a.Anais de Congressos
5Definições
b.Artigos Científicos (jornais e revistas)
c. Monografia, dissertação e tese
d.Relatório
CAPÍTULO 1
Atividade Principal
6
e.Resenha Crítica
14 Sobre Base de Dados
a.Onde encontrar informações no Brasil
CAPÍTULO 2
Respostas aos Questionamentos
Científicos
8
15 Fator de Impacto
16
10
CAPÍTULO 3
Informações Médicas e sua Interface
com Áreas Internas da Companhia
Farmacêutica
ANEXO III
Exemplos de Materiais de Informações
Médicas
16 Confecção de Cartas Médicas
16 Confecção e/ou Distribuição de
apresentações/aulas médicas
CAPÍTULO 4
Participação em Eventos Científicos
11
16 Confecção de FAQs (Frequently Asked
Questions)
17
3
REFERÊNCIAS
A indústria farmacêutica está constantemente em
busca de inovações que se transformam em opções
terapêuticas para os crescentes desafios da saúde
pública, dando dinamismo a um setor que a todo
o momento recicla seus conceitos e abre novos
horizontes para pacientes e profissionais da saúde.
Preâmbulo
Alinhados com as legítimas expectativas da
sociedade brasileira, diversos profissionais da saúde
têm buscado junto às indústrias farmacêuticas
informações técnico-científicas sobre produtos e
doenças associadas, a fim de compor subsídios para
a prática clínica. Desta forma, este guia tem como
objetivo abordar os principais tópicos da área de
Informações Médicas, departamento da indústria
farmacêutica responsável por garantir unificação/
alinhamento de respostas aos questionamentos
científicos e espontâneos da comunidade científica,
permitindo, assim, a discussão científica equilibrada,
atualizada e não tendenciosa entre a empresa e o
profissional de saúde.
4
Definições
Para as definições de profissional da saúde, por favor,
considere as contidas na Resolução CNS nº 287/98.
Recomenda-se fortemente que o departamento
de Informações Médicas, devido ao seu caráter
científico e não tendencioso, esteja totalmente
desvinculada da área comercial, podendo estar
dentro da estrutura técnico-científica (área médica,
pesquisa e desenvolvimento etc.) das companhias
farmacêuticas, de forma a não existir conflito de
interesse entre as áreas.
• Questionamentos espontâneos (“unsolicited
requests”): são questionamentos científicos feitos
espontaneamente por profissionais da saúde e
consumidores à companhia farmacêutica, direta ou
indiretamente por intermédio de funcionários da
empresa.
• Bula: documento legal sanitário que contém
informações técnico-científicas e orientadoras
sobre os medicamentos para o seu uso racional.
• Questionamentos não espontâneos (“solicited
requests”): são os questionamentos induzidos
de alguma forma por funcionário da companhia
farmacêutica, seja da área Comercial, seja da área
Médica.
• Informação on label: informação aprovada pela
Anvisa em registro ou pós-registro ou que seja
consistente ou complementar com os dados
aprovados, não trazendo informações divergentes
das aprovadas pela Agência. Essas informações
são reconhecidas pela Agência por possuírem
comprovações técnico-científicas de eficácia e
segurança para uso pela população.
• Departamento de Informações Médicas:
departamento da empresa que, em abordagem
reativa, possui como função principal o
atendimento aos questionamentos espontâneos de
profissionais de saúde sobre produtos e doenças
associadas, de acordo com os procedimentos
internos de cada empresa. A área de Informações
Médicas pode apresentar abordagem proativa
dentro da empresa, em suporte a diferentes
áreas. A nomenclatura do departamento pode
diferir entre as companhias farmacêuticas, já
que o nome é uma decisão interna da empresa.
• Informação off label: qualquer informação não
consistente com as aprovadas pela Anvisa no ato
do registro ou pós-registro, incluindo, mas não se
limitando às indicações em investigação, uso em
população não aprovada ou forma de uso não
prevista no registro.
5
c a p í t u l o
u m
Atividade Principal
de acordo com seus procedimentos internos. O envio
da notificação de atendimento aos funcionários
da área comercial é facultativo às companhias
farmacêuticas, de acordo com procedimentos
internos. Funcionários da área comercial podem
ter acesso ao conteúdo das respostas de
questionamentos espontâneos não públicos, de
acordo com os procedimentos internos das empresas
ou podem ser somente notificados sobre qual tipo
de informação foi enviada (ex: artigo científico, carta
médica).
Em geral, a atividade principal do departamento
de Informações Médicas é responder aos
questionamentos espontâneos. Esse tipo de
questionamento pode ser realizado de duas
maneiras:
Questionamentos
não públicos
São questionamentos enviados ao departamento
responsável de Informações Médicas por meio de
diferentes canais de contato (por exemplo, mas
não se limitando a telefone, e-mail, fax, correios,
formulário de solicitação) ou por intermédio de
funcionários da empresa.
O envolvimento da área médica na resposta
aos questionamentos espontâneos off label é
permitido. Somente funcionários do departamento
de Informações Médicas devem estar envolvidos
na entrega do conteúdo das respostas aos
questionamentos não públicos contendo
informações off label.
Em caso de questionamentos não públicos recebidos
por intermédio de funcionários da área comercial da
companhia farmacêutica, a empresa é responsável
pela comprovação da espontaneidade da solicitação,
6
Caso o questionamento seja feito através de websites
restritos a profissionais de saúde e visto por um
grande número de pessoas, a resposta à solicitação
pode ser direcionada para a empresa detentora do
website/fórum ou então postada no próprio local, a
fim de que todos os participantes do website/fórum
possam vê-la (apenas nos casos de questionamentos
on label). No caso de questionamentos off label, a
resposta deve ser enviada somente ao solicitante.
Questionamentos públicos
É importante reforçar que, caso o representante
apenas divulgue o serviço de Informações Médicas
sem induzir o profissional da saúde a solicitar
especificamente alguma informação, isso não é
considerado um questionamento não espontâneo.
Por exemplo, o propagandista entrega um cartão
sobre os canais de contato da área de Informações
Médicas e informa que, caso o profissional da saúde
tenha alguma dúvida científica, ele poderá entrar
em contato através dos canais. Essa dúvida científica
seria caracterizada como um questionamento
espontâneo.
São aqueles questionamentos espontâneos
realizados durante um fórum científico público e
que podem ser direcionados tanto a uma empresa
especificamente quanto aos participantes do evento.
Por exemplo, durante uma palestra, um profissional
de saúde questiona algo sobre um produto ao
funcionário da empresa, porém o questionamento
é ouvido por outros participantes. Essa solicitação é
caracterizada como pública. Igualmente, a resposta
dada pode ser pública (em caso de questionamentos
on label e off label), de acordo com o definido
internamente em cada empresa farmacêutica.
Em fóruns científicos, com presença controlada e
destinada exclusivamente a profissionais de saúde,
onde há possibilidade de discussão de informações
off label, de forma a fazer clara separação entre
promoção e troca científica, recomenda-se que
ao prover a resposta, seja divulgado claramente
o caráter off label do questionamento e que a
participação de funcionários da área comercial seja
limitada.
Todos os questionamentos endereçados ao
departamento de Informações Médicas devem ser
registrados através de um banco de dados que possa
ser rastreado, de forma a manter o histórico das
solicitações. Além do questionamento endereçado,
os registros devem conter a resposta enviada ao
solicitante.
As demais atividades de suporte às áreas internas da
companhia serão abordadas no Capítulo 3.
7
c a p í t u l o
d o i s
Respostas aos
Questionamentos
Científicos
Recomendações Gerais
Desta forma, a decisão da conduta terapêutica recai
sobre o profissional de saúde solicitante.
Caráter não Promocional e Informativo
Audiência
As respostas aos questionamentos científicos
devem ser baseadas em informações técnicocientíficas atualizadas (citadas ou fornecidas total ou
parcialmente, de acordo com os procedimentos de
cada companhia), equilibradas em seu teor, precisas
quantos aos benefícios e malefícios do tratamento
questionado, sem caráter promocional e em referência
específica ao assunto questionado. Recomenda-se
que o processo interno de aprovação de respostas
aos questionamentos científicos não envolva a área
comercial da empresa.
Questionamentos sobre informações técnicocientíficas devem ser respondidos apenas aos
profissionais de saúde. Recomenda-se que para esses
casos solicite-se o número de inscrição no Conselho
de Classe.
O atendimento a estudantes da área de saúde é
facultativo às companhias farmacêuticas, de acordo
com procedimentos internos, desde que seja
somente referente a informações on label.
As respostas aos questionamentos científicos
fornecidas pelo departamento de Informações Médicas
não representam necessariamente o posicionamento
e/ou recomendação da companhia farmacêutica sobre
determinada questão, mas representam as informações
científicas atualizadas disponíveis na literatura e/ou
base de dados da empresa sobre o tema questionado.
Níveis de Evidências e
Informações não Publicadas
De acordo com a Resolução ANVISA RDC 96/2008,
sempre que possível, recomenda-se a utilização
de informações citadas em publicações com níveis
de evidências I e II (Anexo 1). Todavia, frente à
8
Questionamentos sobre Comparação
entre Produtos
inexistência e/ou disponibilidade reduzida de
informações publicadas em estudos de níveis de
evidências I e II, o departamento de Informações
Médicas deve enviar o material disponível
ao solicitante, considerando sempre revistas
indexadas. Informações internas da empresa
(data on file) poderão ser utilizadas em resposta
aos questionamentos científicos. No entanto,
recomenda-se que sejam utilizadas somente quando
estes não puderem ser respondidos por evidências
publicadas.
Caso o questionamento seja relacionado a dados
comparativos de diferentes produtos, é recomendado
enviar informações extraídas de estudos veiculados em
publicações científicas, preferencialmente com níveis
de evidências I ou II. Na falta de estudos disponíveis
que comparem diretamente os medicamentos, é
possível também enviar revisões sistemáticas ou
estudos que descrevam as características gerais de
fármacos da mesma classe terapêutica ou utilizados
para a mesma indicação. Informações fornecidas sobre
comparações entre produtos devem ser baseadas em
uma análise objetiva das evidências já publicadas.
Tipos de Materiais
O formato das respostas aos questionamentos
científicos varia de acordo com os procedimentos
internos de cada companhia farmacêutica, podendo
ser, mas não se limitando, às cartas Médicas, artigos
científicos, apresentações/aulas científicas etc.
Questionamentos Off Label
De acordo com a solicitação, a empresa deve responder
de forma específica aos questionamentos espontâneos
off label, explicitando esta condição e informando qual
é a indicação que consta em bula aprovada pela Anvisa,
caso aplicável. É imprescindível que o departamento
de Informações Médicas reforce que a companhia
farmacêutica não recomenda o uso de seus produtos
fora das especificações descritas em bula aprovada pela
Anvisa.
É importante que a empresa informe que o material
enviado destina-se ao uso individual, sendo vedada
a reprodução, repasse e/ou atividades comerciais
envolvendo os materiais, como revenda de artigos,
uma vez que a lei de direitos autorais é respeitada
pela companhia farmacêutica.
Questionamentos sobre produtos de
outra Companhia/Concorrente
Questionamentos Referentes a Eventos
Adversos/Reclamação Técnica
Caso o questionamento seja relacionado a produto
de outra companhia, recomenda-se que o solicitante
seja orientado a entrar em contato com o fabricante
do produto concorrente para obtenção das
informações solicitadas.
O departamento de Informações Médicas deve
seguir os critérios de reporte de Farmacovigilância
e Reclamação Técnica, de acordo com as políticas
internas de cada companhia.
9
c a p í t u l o
t r ê s
Informações Médicas
e sua Interface com
Áreas Internas da
Companhia Farmacêutica
Este capítulo objetiva citar as atividades com parceiros
internos do departamento de Informações Médicas,
mas não se destina a esgotar as interações do mesmo
com outras áreas.
SAC pode ser o primeiro nível de atendimento do
departamento de Informações Médicas.
No caso de recebimento de questionamentos
científicos através do SAC, é recomendado que sejam
seguidos os procedimentos internos para coleta de
informações gerais sobre a solicitação e solicitante
e, se necessário, endereçá-los ao segundo nível de
atendimento. No caso de contato de funcionários
da área comercial junto ao SAC, recomenda-se
que o SAC siga os procedimentos internos de cada
companhia para comprovação da solicitação indireta
do profissional de saúde e a espontaneidade nos
questionamentos, garantindo que esta comprovação
seja documentada.
Interface com o Serviço de
Atendimento ao Cliente (SAC)
O Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC) é
um dos canais de comunicação das companhias
farmacêuticas, sendo a principal forma de recebimento
de questionamentos técnico-científicos. De acordo
com a estrutura de cada companhia farmacêutica, o
10
Interface com Áreas da
Companhia (equipe Comercial,
Médica e Regulatória)
c a p í t u l o
q u a t r o
Participação
em Eventos
Científicos
Em suporte às áreas Comercial, Médica e
Regulatória, o departamento de Informações
Médicas pode atuar de acordo com os
procedimentos internos de cada companhia
farmacêutica em:
• Revisão/Aprovação de materiais promocionais
e não promocionais;
Escopo
• Condução de pesquisa bibliográfica em
resposta às requisições de órgãos regulatórios;
Objetivando atender aos questionamentos
de profissionais de saúde, o departamento de
Informações Médicas pode participar de eventos
envolvendo profissionais de saúde, incluindo,
mas não se limitando, a congressos nacionais ou
regionais e Simpósios Satélite.
• Mapeamento das principais publicações
sobre produtos, concorrentes e patologias
associadas;
• Ministrar treinamentos para as áreas Médica e
Comercial;
Entre outras atividades relacionadas a
Informações Médicas.
Recomendações sobre Estande
Recomenda-se que haja clara distinção entre
o estande da área comercial e o destinado ao
departamento de Informações Médicas, de
acordo com os procedimentos internos de cada
companhia farmacêutica. A área destinada ao
departamento de Informações Médicas não
deve conter logomarca de produtos ou qualquer
referência comercial.
Interface com Farmacovigilância
Além do citado no capítulo 2, item
"Questionamentos Referentes a Eventos
Adversos/Reclamação Técnica", em suporte
à Farmacovigilância e de acordo com
procedimentos internos de cada companhia,
o departamento de Informações Médicas
pode conduzir pesquisas bibliográficas para
monitoramento de eventos adversos em
literatura.
A divulgação dos contatos do departamento de
Informações Médicas no estande é permitida.
11
a n e x o
I
Níveis de
Evidências
A referência completa para localização da tabela de
Níveis de Evidências, bem como um glossário dos
termos utilizados para as classificações podem ser
acessados no site da OCEBM (http://www.cebm.net/
ocebm-levels-of-evidence/).
Para a classificação de Níveis de Evidências,
recomenda-se a utilização da Oxford Centre for
Evidence-Based Medicine (OCEBM).
Oxford Centre for Evidence-Based Medicine 2011 Levels of Evidence
Question
Step 1 (Level 1*)
Step 2 (Level 2*)
Step 3 (Level 3*)
Step 4 (Level 4*)
Step 5 (Level 5)
How common is the problem?
Local and current random sample
surveys (or censuses)
Systematic review of surveys
that allow matching to local
circumstances**
Local non-random sample**
Case-series**
n/a
Is this diagnostic or monitoring
test accurate? (Diagnosis)
Systematic review of cross
sectional studies with
consistently applied reference
standard and blinding
Individual cross sectional
studies with consistently
applied reference standard
and blinding
Non-consecutive studies, or
studies without consistently
applied reference standards**
Case-control studies, or
“poor or non-independent
reference standard**
Mechanismbased reasoning
What will happen if we do not
add a therapy? (Prognosis)
Systematic review of inception
cohort studies
Inception cohort studies
Cohort study or control arm of
randomized trial*
Case-series or casecontrol
studies, or poor quality
prognostic cohort study**
n/a
Does this intervention help?
(Treatment Benefits)
Systematic review of randomized
trials or n-of-1 trials
Randomized trial or
observational study with
dramatic effect
Non-randomized controlled
cohort/follow-up study**
Case-series, case-control
studies, or historically
controlled studies**
Mechanismbased reasoning
What are the COMMON harms?
(Treatment Harms)
Systematic review of randomized
trials, systematic review of
nested case-control studies,
nof- 1 trial with the patient you
are raising the question about,
or observational study with
dramatic effect
Individual randomized
trial or (exceptionally)
observational study with
dramatic effect
Case-series, case-control,
or historically controlled
studies**
Mechanismbased reasoning
What are the RARE harms?
(Treatment Harms)
Systematic review of randomized
trials or n-of-1 trial
Randomized trial or
(exceptionally) observational
study with dramatic effect
Non-randomized controlled
cohort/follow-up study
(post-marketing surveillance)
provided there are sufficient
numbers to rule out a common
harm. (For long-term harms
the duration of follow-up must
be sufficient.)**
Is this (early detection) test
worthwhile? (Screening)
Systematic review of randomized
trials
Randomized trial
Non -randomized controlled
cohort/follow-up study**
Case-series, case-control,
or historically controlled
studies**
Mechanismbased reasoning
* Level may be graded down on the basis of study quality, imprecision, indirectness (study PICO does not match questions PICO), because of inconsistency between studies, or because the absolute effect size is very small; Level
may be graded up if there is a large or very large effect size.
** As always, a systematic review is generally better than an individual study.
How to cite the Levels of Evidence Table. OCEBM Levels of Evidence Working Group*. "The Oxford 2011 Levels of Evidence". Oxford Centre for Evidence-Based Medicine. http://www.cebm.net/index.aspx?o=5653
* OCEBM Table of Evidence Working Group = Jeremy Howick, Iain Chalmers (James Lind Library), Paul Glasziou, Trish Greenhalgh, Carl Heneghan, Alessandro Liberati, Ivan Moschetti, Bob Phillips, Hazel Thornton, Olive Goddard and
Mary Hodgkinson
12
a n e x o
I I
Indexação, Publicação
e Bases de Dados
Indexação
Tipos de Publicações Científicas
A indexação remete à verificação prévia e análise
de um material para que seus elementos principais
sejam destacados e possibilite que este se torne um
material passível de identificação e busca.
É possível classificar as publicações científicas da
seguinte maneira:
Ao dizer que uma revista é indexada é entendido
que ela faz parte de uma base de dados que possui
critérios para avaliação e indexação. Levando em
consideração que a base de dados é um produto,
a instituição mantenedora é quem estabelece
tais critérios. Há vários critérios que vão desde a
originalidade do conteúdo (ou seja, a revista não
pode conter republicações, o conteúdo tem que ser
original) até a normatização.
c. Monografia, dissertação e tese;
a. Anais de Congressos
b. Artigos Científicos (jornais e revistas)
d. Relatório;
e. Resenha Crítica.
É recomendado que, quando solicitada a utilização
de uma fonte de informação primária, averigue-se
se a mesma já não está publicada em sua forma
completa (artigos científicos).
Assim, para Informações Médicas, a indexação ou o
material indexado consiste em artigos científicos e/
ou revistas científicas que estão alocadas (indexadas)
em bases de dados que possuam regras para
aceitação de revistas em seu escopo.
13
Sobre Base de Dados
As bases de dados, especificamente, são a
seleção de parte ou do total de outra coleção de
dados, constituídas no mínimo por um arquivo, e
concebidas para determinado fim ou para um dado
sistema de processamento de dados.
É interessante ressaltar que há bases que não
possuem critérios de avaliação seguros, aceitando
quaisquer tipos de revistas. As bases de dados mais
importantes estão localizadas em universidades/
centros acadêmicos como Bethesda (NLM),
Philadelphia (ISI), Amsterdam (Elsevier), Ipswitch
(EBSCO), Geneva (WHO), Moscow (RAS), Shiraz (ISC),
Warsaw (IC), entre outros.
Onde encontrar informações no Brasil:
Principais mantenedores:
No Brasil, a BVS (Biblioteca Virtual em Saúde - http://
www.bireme.br/php/index.php) é uma base de
dados que agrega outras bases de dados e realiza
buscas simultaneamente em todas elas, trazendo
os resultados de várias fontes por vez. Em seu
escopo de literatura científica e técnica, a BVS possui
informações sobre:
• Thomson Reuters
• Ciências da Saúde Geral
• Wolters Kluwer
• Portal de Evidências
• NLM – National Library of Medicine Databases.
• Áreas Especializadas
• Elsevier – Excerpta Medica/Embase, Scopus, Scirus.
• Organismos Internacionais
•EBESCO
• LIS – Localizador de Informação em Saúde
• DOAJ - Directory of Open Access Journals - Base de
Dados de publicações periódicas (todos os títulos
possuem acesso livre ao texto integral)
• DeCS – Terminologia em Saúde
Além do próprio Ministério da Saúde, as entidades de
classes são fontes de informações confiáveis.
14
É possível obter o fator de impacto de uma revista a
partir do Journal Citation Reports (JCR), publicação
anual do Instituto de Informação Científica, uma
divisão da Thomson Reuters. Outro sistema de
avaliação internacional é o SJR – SCOPUS SCImago
Journal & Country Rank: http://www.scimagojr.com/
index.php
Fator de Impacto (FI)
Fator de Impacto (FI) avalia o número de citações
atribuídas pela comunidade científica aos artigos de
periódicos. O FI não está relacionado aos Níveis de
Evidências.
No Brasil, há um sistema parecido chamado Qualis
(http://www.capes.gov.br/avaliacao/qualis), que
avalia as revistas mais importantes dentro de cada
área.
É uma medida que reflete a média do número de
citações dos artigos publicados em determinada
revista. Em um determinado ano, o FI de uma revista
é a média do número de citações por artigo de todos
os artigos publicados naquela revista nos últimos dois
anos.
Os estratos vão de A a C com subdivisões. De A a B2,
as revistas apresentam também associação com fator
de impacto como abaixo:
• A1- Fator de Impacto igual ou superior a 3,800
Segue o exemplo de como calcular o Fator de Impacto
de 2013:
• A2- Fator de Impacto entre 3,799 e 2,500
A = o número de vezes que os artigos publicados
em 2011 e 2012 por aquela revista foram citados em
revistas indexadas durante 2013
• B2- Fator de Impacto entre 1,299 e 0,001
B = o número total de "itens citáveis" publicados por
aquela revista em 2011 e 2012 ("itens citáveis" não são
apenas artigos, mas também revisões, notas, etc.).
• B5 – Periódicos em outros indicadores
Fator de Impacto (FI) de 2013 =
• B1- Fator de Impacto entre 2,499 e 1,300
• B3 – Periódicos no Pubmed
• B4 – Periódicos no Scielo
A
B
15
a n e x o
I I I
Exemplos de Materiais
de Informações Médicas
Confecção e/ou Distribuição de
apresentações/aulas médicas
Este anexo objetiva citar alguns dos materiais
confeccionados pelo departamento de Informações
Médicas, mas não se destina a esgotá-los.
As informações das apresentações/aulas médicas
devem ser devidamente referenciadas, permitindo
que a audiência localize a fonte da informação.
Também são necessárias a verificação de direitos
autorais e inclusão de disclaimers apropriados com
o uso do material (por exemplo, disclaimer off label,
“Declaração de Conflito de Interesses” etc.).
Confecção de Cartas Médicas
Confeccionada a partir de materiais científicos, é
uma compilação das principais informações sobre
produtos e/ou moléculas em estudo. Responde às
perguntas específicas oriundas dos profissionais
de saúde, conforme definição no capítulo 1. Esses
documentos devem se pautar no conceito da
Medicina Baseada em Evidências, considerando
os Níveis de Evidências (ANEXO 1), e devem ser
devidamente referenciados, permitindo assim a
localização da fonte da informação.
Confecção de FAQs (Frequently
Asked Questions)
Ferramenta destinada a responder questionamentos
específicos, referentes a estudos clínicos, eventos
adversos e/ou temas associados por parte de
profissionais de saúde e/ou público em geral.
Normalmente, é desenvolvida em formato de
“Perguntas e Respostas” para prover respostas verbais
ao solicitante; entretanto, dependendo do assunto
abordado e/ou público-alvo, pode ser uma resposta
por escrito.
16
Referências
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FDA. Guidance for Industry – Responding to
Masic I. Review of most important biomedical
de 2008 que dispõe sobre a propaganda,
Unsolicited Requests for Off-Label Information
databases for searching biomedical scientific
publicidade, informação e outras práticas
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literature. Donald School J Ultrasound Obstet
cujo objetivo seja a divulgação ou promoção
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Oxford (EN): University of Oxford, Oxford Centre
são reconhecidas por todos os Estados Partes
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BRASIL. Resolução nº 287, de 8 de outubro de
Campello, BS. Encontros Científicos. In:
científicos: um guia para bibliotecários e
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