Introd eletrônica de potência
Transcrição
Introd eletrônica de potência
INTRODUÇÃO O controle do fluxo de energia elétrica entre dois ou mais sistemas elétricos distintos sempre foi uma das grandes preocupações dos engenheiros eletricistas ao longo da história da engenharia elétrica. Para realizar tal controle, sempre foram procurados métodos que permitissem rendimentos elevados, visto que normalmente eles são empregados no tratamento de potências elevadas. Por isto foram concebidos interruptores tradicionalmente empregados, como: Relés, Contactores, Reatores com núcleo saturáveis, Retificadores a arco, Tiratrons, etc. Todos, com exceção dos reatores com núcleos saturados, são interruptores comandados. Além disso, todos, incluindo o reator saturado, são não-dissipativos. Desde a sua origem, portanto, foi se delineando um princípio básico para o controle da energia elétrica: Os dispositivos de controle são interruptores. A necessidade de interruptores mais eficientes, compactos e rápidos levou ao desenvolvimento de interruptores eletrônicos. Assim, nos anos 60 foi desenvolvido o tiristor nos laboratórios da General Electric nos Estados Unidos. O tiristor foi indubitavelmente um componente que mudou a trajetória da engenharia e das atividades industriais desde então, repercutindo profundamente em todas as atividades humanas, sobretudo as de natureza produtiva. Milhares de produtos, equipamentos, processos e técnicas foram concebidos e criados. Juntamente com o tiristor nasceu a Eletrônica de Potência, como hoje é conhecida como ciência. A Eletrônica de Potência pode ser definida como uma ciência aplicada dedicada ao estudo dos conversores estáticos de energia elétrica. Um conversor estático pode ser definido como um sistema, constituído por elementos passivos (resistores, capacitores e indutores) e elementos ativos (interruptores), tais como diodos, tiristores, transistores, GTO’s, Triacs, associados segundo uma lei pré-estabelecida. Introdução 2 Os conversores realizam o tratamento eletrônico da energia elétrica. São empregados para o controle do fluxo da energia elétrica entre dois ou mais sistemas elétricos. As principais funções realizadas pelos conversores estáticos estão representadas na figura 1. E1 = Retificador ( v 1 , f1 ) Conversor Indireto de Freqüência Chopper Conversor Indireto de Tensão = E2 Inversor Conversor Direto de Freqüência (v 2 , f 2 ) Fig. 1 - Principais funções dos conversores estáticos. Pode-se citar algumas dentre as várias aplicações dos conversores estáticos: a) Fontes estabilizadas. b) Controle dos motores de corrente contínua. c) Controle de motores de corrente alternada (síncronos, de indução e a relutância). d) Conversores para soldagem. e) Aquecimento indutivo. f) Alimentação de segurança. g) Alimentação de emergência. h) Carregadores de bateria. i) Retificadores para eletroquímica. j) Transmissão em corrente contínua. k) Interligação de sistemas de energia elétrica de freqüências diferentes. Do ponto de vista de especializações, a Eletrônica de Potência pode ser dividida do modo apresentado a seguir: Eletrônica de Potência Introdução 3 a) Eletrônica de Potência Básica Trata dos conversores a comutação natural, tensões inferiores a 2KV, correntes inferiores a 1000A e freqüências inferiores a 1KHz. b) Comutação Forçada Trata dos conversores a comutação forçada, como por exemplo os inversores autônomos a tiristor. c) Altas Correntes Trata dos conversores que operam com correntes superiores a 1000A. d) Altas Tensões Trata dos conversores que operam com tensões superiores a 2KV. e) Altas Potências Trata dos conversores que operam com tensões superiores a 2KV e correntes superiores a 1000A. f) Altas Freqüências Trata dos conversores que operam com freqüências superiores a 1KHz. g) Minimização de Custos Trata das aplicações destinadas ao mercado consumidor geral, onde o custo é de importância decisiva. h) Minimização de Peso e Volume Trata do desenvolvimento adaptado às aplicações aeronáuticas e aeroespaciais, onde a redução do peso e do volume constitui a restrição básica. i) Técnicas Especiais de Controle Dedica-se ao estudo de técnicas especiais de controle de conversores, para aplicações particulares, tais como fontes chaveadas. j) Filtragem Trata do controle das harmônicas de tensão ou corrente introduzidas pelos conversores, nas fontes ou nas cargas. O estudo das interferências radioelétricas provocadas pelos conversores faz parte desse domínio. Como regra geral, a dificuldade na realização de um conversor aumenta na medida em que aumentam a tensão, a corrente e a freqüência. Eletrônica de Potência
Documentos relacionados
reator de núcleo saturável
d) Conversores para soldagem. e) Aquecimento indutivo. f) Alimentação de segurança. g) Alimentação de emergência. h) Carregadores de bateria. i) Retificadores para eletroquímica. j) Transmissão em ...
Leia maisProjeto: “Conversores CC-CC elevadores de tensão, não
Projeto: “Conversores CC-CC elevadores de tensão, não-isolados, com ganhos estáticos elevados” RESUMO Este projeto prevê o estudo comparativo e o desenvolvimento de conversores com característica e...
Leia mais