em defesa do profissional e da profissão farmacêutica
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em defesa do profissional e da profissão farmacêutica
Órgão Oficial do Sindicato dos Farmacêuticos do Estado de Minas Gerais - nº 70 - Agosto de 2010 - Filiado à CUT e à Fenafar EM DEFESA DO PROFISSIONAL E DA PROFISSÃO FARMACÊUTICA página 3 •Entrevista: Ângela Amaral Secretária de Saúde de Itaúna página 4 e 5 •Perplexidade e indignação página 6 •3° Simpósio Nacional de Assistência Farmacêutica será realizado em BH 2 Editorial EXPEDIENTE DIRETORIA EXECUTIVA DO SINFARMIG As eleições gerais estão mais uma vez chegando e, de novo, somos todos chamados a cumprir importante e insubstituível papel de cidadãos e cidadãs no processo eleitoral. Serão escolhidos deputados federais e estaduais, senadores, governadores, o Presidente da República e seu vice para os próximos quatro anos. Nós farmacêuticos, profissionais de saúde, temos responsabilidade de ficarmos atentos às candidaturas que se apresentam. Temos que conhecer suas propostas para que de forma tranquila e consciente, possamos escolher e defender o voto para candidatos que representem avanços para toda a sociedade. Com esse intuito, o SINFARMIG, em parceria com outras entidades da saúde, irá promover no dia 09 de setembro, debate sobre a saúde em Minas Gerais com os candidatos ao CCT – FARMÁCIA HOSPITALAR O SINFARMIG acionou a Delegacia Regional do Trabalho (DRT/MG) após a negação do sindicato patronal em reajustar, de forma justa, os salários dos farmacêuticos de hospitais e unidades de saúde. A patronal ofereceu apenas 4%, valor irrisório, já que a categoria está há quatro anos sem reajuste salarial. Uma contra-proposta foi feita solicitando 5,3% de aumento e alteração da data-base para 1º de março. Ambas negadas. A assessoria jurídica do SINFARMIG está preparando ação para que a Justiça Trabalhista intervenha na negociação, através de dissídio coletivo. governo do Estado. Esse debate é uma excelente oportunidade de conhecermos um pouco mais sobre os propósitos dos candidatos para o setor da saúde, e assim contribuir com o processo eleitoral em nosso Estado. Neste mês de agosto, também vamos debater os rumos da Assistência Farmacêutica no Brasil, tanto no setor público quanto no privado, bem como a questão das patentes em medicamentos e o acesso da população. Esses debates fazem parte da programação do 3º Simpósio Nacional de Assistência Farmacêutica que acontecerá em Belo Horizonte. Este tem sido um ano de muitas lutas para o SINFARMIG. Felizmente estamos conquistando mais avanços e menos retrocessos, a exemplo das negociações coletivas de trabalho e as ações individuais na justiça do trabalho, em que o sindicato vem ganhando a totalidade das ações. Sabemos, no entanto que, além de cumprir o papel de sindicato em defesa individual e coletiva de nossa categoria, somos movidos pelo sentimento de justiça social, da defesa do direito de acesso à saúde pública, ao uso racional dos medicamentos, à liberdade, à educação de qualidade, ao trabalho digno, entre outras lutas. Nós farmacêuticos que lutamos por avanços em nosso país e temos a compreensão de que em um momento tão importante como esse de eleições é necessário à consolidação do processo democrático. É nosso dever participar e contribuir para as melhorias que se fazem urgentes e necessárias. Não basta sonhar o sonho impossível é preciso lutar para torná-lo realidade. Abraços, DIRETORIA DO SINFARMIG CASA NOVA CC T – FARMÁCIAS, DROGARIAS E DISTRIBUIDORAS Após a homologação da CCT, os empregadores devem atualizar os valores dos pisos salariais dos profissionais. Com o reajuste de 4,7% os novos valores são: 20h – R$ 1.232,50 30h – R$ 1.848,75 40h – R$ 2.465,00 44h – R$ 2.711,50 A partir de janeiro de 2011, o SINFARMIG estará funcionando em novo endereço. Um espaço totalmente reformado e preparado para receber melhor os farmacêuticos de todo o Estado. Aguardem! SINFARMIG (Rua Tamóios, 462 – 12º andar – Centro – Belo Horizonte/MG). •Secretaria de Administração e Finanças Efetivos: Rilke Novato Públio Waltovânio Cordeiro de Vasconcelos Luciana Silami Carvalho Suplentes: Christianne Maria Nunes Jácome •Secretaria de Organização Política Efetivos: Waldirce Inêz de Souza Sebastião Fortunato de Faria Filho Suplente: José Aparecido Vidal •Secretaria de Comunicação e Assuntos Culturais Efetivos: Ricardo Ribeiro Júnia Dark Vieira Lelis Suplentes: Valdisnei Honório Alves da Silva CONSELHO FISCAL Efetivos: Sandra Quintão Brant Silvana Maria Corrêa Mafra Boson Flávia Moreno Santos REPRESENTANTES REGIONAIS •Regional Sul de Minas Michele Borges Cruz •Regional Norte de Minas Marcelo Maia Ruas •Regional Leste de Minas Christine Macedo Lauar •Regional Triângulo Mineiro Leles José de Lima •Regional Vale do Aço Simone Furtado dos Santos •Regional Oeste de Minas Albano Rubens do Valle Verona •Regional Alto Paranaíba José Humberto dos Santos PRINCÍPIO ATIVO Publicação do Sindicato dos Farmacêuticos do Estado de Minas Gerais – Sinfarmig – Rua Guajajaras, 176 – Loja 178 – Centro Belo Horizonte/MG CEP: 30180-100 Fone: (31) 3212-1157 Fax: (31) 3212-1936 www.sinfarmig.org.br [email protected] Redação e fotos: Sílvia Amâncio- 12573 JP/MG Programação visual Rômulo Garcias Tiragem 12.000 exemplares Impressão: Editora FAPI 3 ESPAÇO ATIVO E N T R E V I S T A RENATA REIS, ADVOGADA, MEMBRO DO GRUPO DE TRABALHO SOBRE PROPRIEDADE INTELECTUAL DA REDE BRASILEIRA PELA INTEGRAÇÃO DOS POVOS (GTPI/REBRIP) E MEMBRO DO NÚCLEO DE PROJETOS DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA INTERDISCIPLINAR DE AIDS (ABIA) A luta pelo acesso a medicamentos antiretrovirais começa pela quebra das patentes. Uma batalha difícil de ser vencida. Enquanto isso, pacientes em todo o mundo vítimas do vírus HIV padecem pela burocracia dos governos e pela ambição desmedida da indústria farmacêutica. Nessa entrevista, concedida no 3º Simpósio Nacional de Assistência Farmacêutica, Renata Reis fala um pouco sobre patentes, a postura do governo brasileiro e a atuação de entidades gias de enfrentamento e cuidados relativos ao HIV/AIDS). PA: O que mais te chamou atenção no evento? RR: Entre as diversas manifestações que ocorreram por lá uma chamou atenção, foi o repúdio às ações da União Européia em reter medicamentos genéricos legítimos em trânsito por portos europeus. Como o que aconteceu esse ano, em que uma carga de medicamentos genéricos da Índia em direção ao Brasil, foi apreendida em um porto na Holanda, com justificativa de que seriam falsificados. PA: O que são medicamentos de primeira linha indicados para os soropositivos? Para ela, o tratamento dado aos portadores RR: O tratamento de primeira linha é aquele com o qual o paciente começa sua terapia. Geralmente são medicamentos dos quais não se apresenta resistência, pois o organismo é virgem de tratamento. Esses medicamentos, por serem mais antigos, em muitos casos não estão sob patentes em diversos países. do HIV no mundo é desumano. PA: E se estivessem... Princípio Ativo: Fale um pouco sobre a 18º Conferência Internacional de AIDS, da qual você participou esse ano em Viena, Áustria. RR: O fato de estarem em domínio público, permite que versões genéricas desses medicamentos sejam produzidas em outros países. Assim, como haveria concorrência no mercado, os preços cairiam muito ao logo dos anos e facilitaria o acesso da população. não governamentais para facilitar o acesso às novas drogas para tratamento da AIDS. Renata Reis: A Conferência foi proveitosa em diversos sentidos. Em primeiro lugar, para mostrar que o movimento AIDS ainda é muito poderoso e que ainda existe mobilização. Ele está engajado em questões de propriedade intelectual e a crescente preocupação com o acesso a tratamentos e com a manutenção das conquistas já alcançadas. PA: É um espaço democrático de ideias e propostas para sanar o problema da AIDS? RR: A Conferência é um espaço importante para buscar novas articulações, trocar experiências, ouvir e apresentar trabalhos. E também é um espaço de rever ativistas de outros países e reforçar nossos laços de cooperação sul-sul (modelo de cooperação entre países com intercâmbio de informações e estraté- PA: E os de segunda linha? RR: Os medicamentos de segunda linha são recomendados quando ocorre o que se chama “falha terapêutica”, em decorrência de o vírus ter desenvolvido resistência ao tratamento. São medicamentos mais caros, pois geralmente estão protegidos por patentes e estão sendo explorados por apenas um ou dois fornecedores. Eles praticam qualquer preço. PA: Fale um pouco sobre as Patentes Pipeline. RR: As chamadas Patentes Pipeline foram incorporadas à legislação brasileira de propriedade industrial (Lei 9.279/96) em seus arts 230 e 231. Esse mecanismo funcionou como uma espécie de patente de revalidação, da seguinte maneira: para os campos tecnológicos que não eram protegidos no Brasil antes da nova Lei, os titulares de patentes depositadas no exterior poderiam, entre 1996 e 1997, solicitar a proteção no Brasil. Se as patentes fossem concedidas no exterior, elas seriam reconhecidas no Brasil, conforme a decisão do escritório do país de origem do depósito, apenas com um exame formal do Instituto Nacional de Propriedade Industrial - INPI. PA: Como o Governo brasileiro se comporta em relação a essas patentes? RR: Existem algumas coisas graves na adoção desse mecanismo. O Brasil revalidou análises de países estrangeiros, abrindo mão de sua própria soberania em analisar os requisitos de patenteabilidade à luz do dever constitucional, de observar os interesses do país. Um dos requisitos de patenteabilidade é a novidade (no sentido de inédito). Portanto as informações sobre a tecnologia alvo da proteção não podem estar públicas de nenhuma maneira para que uma patente seja concedida no Brasil. PA: Há alguma vitória desse mecanismo de patente? RR: Sim. É importante destacar que através desse mecanismo diversos medicamentos importantes para a saúde pública foram patenteados, como o Glivec (Leucemia) e Efavirenz (AIDS), entre muitos outros. PA: E a justiça brasileira? Há alguma ação judicial para reverter essa situação em relação às patentes? RR: Atualmente, as Patentes Pipeline estão tendo sua constitucionalidade questionada no Superior Tribunal Federal (STF), por meio da Ação Indireta de Inconstitucionalidade – ADIN nº 4234. Essa ação foi fruto de uma iniciativa das organizações que compõem o Grupo de Trabalho sobre Propriedade Intelectual (GTPI)**. PA: Qual a importância de eventos que pautam a discussão do acesso a medicamento e a melhoria do Sistema Único de Saúde - SUS, como foi o 3º Simpósio Nacional de Assistência Farmacêutica? RR: É sempre importante estar em espaços onde podemos discutir temas como esses. Os debates foram extremamente ricos, sobretudo porque reuniram em uma mesma mesa representantes do INPI e da ANVISA, órgãos que analisam patentes de medicamentos no Brasil. Além disso, a presença em peso de profissionais e estudantes de Farmácia é um ganho extraordinário, pois o tema tem relação direta com a área, mas ainda é pouco explorado nos cursos e no serviço de saúde como um todo. 4 EXISTE LIBERDADE DE EXPRESSÃO? Demissões injustificadas, perseguições e descumprimento às leis trabalhistas no CRF-MG U m direito constitucional que a todo momento é alvo de perseguições e contestações judiciais. Será que existe mesmo liberdade de expressão ou somente um pseudo argumento de que vivemos em um país livre das mordaças impostas, outrora, pela Ditadura Militar? Em ano de eleições presidenciais fomos os antagonistas de um espetáculo teatral promovido por alguns candidatos e pela cobertura midiática do pleito. Seja na televisão, nas mídias eletrônicas ou nas páginas dos principais jornais do país, diariamente recebemos informações duvidosas, discursos sem conteúdo e outras “tiriricagens”. O simples ato de expressar ideias, opiniões ou conceitos pode se tornar bastante incômodo e, em muitos casos, alvo de processos criminais. Quando uma entidade se posiciona sobre um dado assunto, seja ele polêmico ou não, ela está usufruindo da liberdade de expressão, garantida em nossa Carta Magna, e até chamando para uma discussão democrática sobre o tema. Os pós e os contras estão sendo expostos e fatos comprovados estão vindo à tona, o que para alguns não é nem um pouco interessante e beira a ameaça. Porém, vivemos em tempos em que a Justiça é acionada a interferir e uma entidade, após se posicionar é questionada e obrigada a retratar-se, o mesmo que voltar atrás e desmentir seu posicionamento. Na edição de nº 70 do informativo Princípio Ativo, na matéria intitulada “Perplexidade e Indignação”, o SINFARMIG mais uma vez, tornou público as demissões injustificadas praticadas pelo Conselho Regional de Farmácia de Minas Gerias (CRF-MG) e, como de praxe, foi acionado pela justiça criminal. E tem sido assim a cada nova edição do informativo Princípio Ativo, canal de comunicação entre o sindicato e os profissionais farmacêuticos de todo o Estado. A entidade sindical e seus diretores individualmente são intimados pelo Poder Judiciário para explicar “o que queríamos dizer com tal matéria e/ou artigo”, em ações judiciais impetradas pelo CRF-MG. Ora, o que queremos dizer é o que está nas páginas de nosso jornal. É a nossa opinião, não leviana, e sim baseada em denúncias, que chegam até nós, trazidas pelos farmacêuticos e outros profissionais que foram arduamente prejudicados e tiveram seus nomes e carreiras jogadas no lixo. Profissionais que não perderam apenas um emprego, mas também sua dignidade. Estamos voltando aos tempos de ditadura, época em que até pensar ao contrário era crime, com pena de sofrer violências, abusos, cassação de direitos e até a pena capital. O papel de um sindicato é lutar pela classe que ele representa e denunciar irregularidades que atentem contra a profissão, principalmente diante de atos ilícitos e de má fé. Devemos impor nossa representatividade política de classe profissional, confraternizar com os iguais e acima de tudo ser independente, autônomo e combativo. Calar-se perante tal situação tem nome, é omissão e precariza ainda mais as condições de trabalhos de nossa clas- CAPÍTULO V DA COMUNICAÇÃO SOCIAL Art. 220. A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição. § 1º - Nenhuma lei conterá dispositivo que possa constituir embaraço à plena liberdade de informação jornalística em qualquer veículo de comunicação social, observado o disposto no art. 5º, IV, V, X, XIII e XIV. § 2º - É vedada toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística. (Trecho da Constituição Federal de 1988) se. A banalização e o desrespeito ao direito de informar violam o direito constitucional sobre o livre exercício do pensamento e opinião. Nos tempos de chumbo que o Brasil viveu muitos se sacrificaram para que nós desfrutássemos dessa liberdade. Não obstante, processos criminais contra a opinião ocupam e oneram ainda mais o sistema judiciário brasileiro, que poderia atuar de fato em casos mais importantes e que mereçam julgamento. Desta forma, o Judiciário está sendo usado para acuar e intimidar a diretoria do SINFARMIG no esclarecimento dos fatos e na defesa dos interesses trabalhadores farmacêuticos. Esse ideal que dizimou muitas vidas está sendo hoje posto à prova, estamos com uma meia mordaça em nossa boca. Nosso canal de informação com a categoria que representamos – os farmacêuticos – está sendo calado por aqueles que não querem ouvir a verdade e ter suas ações questionadas. Iremos insistir que a liberdade de expressão deve sim ser respeitada. Chega de mordaças, de falácias, de falso moralismo. Continuaremos aqui, amigo farmacêutico e farmacêutica, a publicar nossas opiniões, nosso posicionamento firme a favor daquilo que defendemos e que nossa profissão precisa ser alicerçada: ética, dignidade e coerência. Por isso nossa perplexidade e indignação! 5 TRANSFORMAÇÕES NO MUNDO DO TRABALHO* Waltovânio Cordeiro de Vasconcelos Falar sobre a Transformação no Mundo do Trabalho, em especial no Setor de Saúde é uma tarefa difícil para nós trabalhadores da saúde, pois a grande maioria ainda tem dificuldade de acesso a uma metodologia apropriada, seja pela labuta do dia a dia ou por não conseguir frequentar um curso de educação continuada ou de pós-graduação. Por outro lado, torna-se fácil, pois alguns de nós estamos vivenciando e participando dessas transformações nos últimos 50 anos, mais especificamente os últimos 20 anos com o advento do Sistema Único de Saúde - SUS. Os trabalhadores que representam a bancada sindical na Mesa Nacional de Negociação Permanente do SUS (MNNP/ SUS), a partir de sua reestruturação em 2003 pelo Presidente Luís Inácio Lula da Silva, pautam a formulação e discussão de políticas de gestão do trabalho e educação em saúde para o SUS. Precarização do Trabalho no SUS O momento de criação e implantação do SUS dá-se justamente no período de crise econômica mundial, refletida no Brasil com declínio da atividade industrial, inflação galopante, baixo nível de profissionalização da força de trabalho e se traduz numa lentidão na regulamentação e implementação do SUS, principalmente pelos baixos recursos destinados à saúde, atitude que infelizmente foi seguida por todos os governos posteriores. Assim, surgem estranhas modalidades de contratação pelo SUS e que obriga a convivência de trabalhadores com diferentes vínculos empregatícios num mesmo local de trabalho, com salários e benefícios diferentes para o desempenho, muitas vezes, da mesma função. Desta forma temos o regime estatutário, previsto na Constituição Federal para o Servidor Público, o celetista por emprego público, trabalhadores sem contratos (ou com garantias verbais de políticos), o RPA (trabalhador autônomo), contratos temporários em regime celetista, terceirização, contratos por cooperativas, fundações estatais, dentre outras. Algumas dessas modalidades de contratações não respondem às necessidades do SUS, uma vez que têm gerado a precarização do trabalho para os trabalhadores da saúde e, consequentemente, a desresponsabilização pelas ações de saúde à partir das terceirizações. Para os trabalhadores, o conceito de precarização do trabalho engloba, não somente a falta de condições para o exercício profissional, como infra-estrutura, ambiente adequados, boa saúde, como também aquele caracterizado como déficit ou ausência de direitos da proteção social, decorrente de uma instabilidade de vínculo, como a ausência de concurso público para gerar a estabilidade no regime estatutário. Por que os trabalhadores públicos admitem o ingresso no SUS através do concurso público? Porque é a forma constitucional, legal, e que dá segurança, tanto para o trabalhador quanto para o usuário do serviço público, em que ambos não terão a interrupção do trabalho ou serviço prestado. Isso é segurança! É necessário aprofundar as discussões sobre as medidas de desprecarização do trabalho no SUS e reativar os trabalhos do Comitê Nacional e Interinstitucional de Desprecarização do Trabalho no SUS. São vários trabalhadores e trabalhadoras, que nos cobram um posicionamento em relação ao seu vínculo precário e, principalmente, as garantias de sua aposentadoria. É o caso dos trabalhadores do Hospital Público Orestes Diniz, da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), na Colônia Santa Isabel, em Betim/MG, que há quase 20 anos têm contrato temporário de trabalho. Plano de Cargos Carreiras e Salários (PCCS) Em muitos municípios e Estados da União, trabalhadores do SUS ainda não têm um Plano de Cargos Carreira e Salários (PCCS), que lhes garantam a valorização do trabalho e o seu desenvolvimento profissional, numa perspectiva de carreira e segurança até a aposentadoria. A implantação do PCCS é uma necessidade para o fortalecimento da política de gestão do trabalho no SUS. A falta de uma carreira, baixos salários, o difícil acesso a Unidades de Saúde, a violência urbana, dentre outros fatores, têm dificultado a fixação de trabalhadores de saúde em municípios, seja por dificuldades de contratação pela região não ser atrativa para os profissionais, seja decorrente de dificuldades financeiras. A instituição da carreira nacional é uma possibilidade que já vem sendo discutida há alguns anos em vários fóruns de gestores e trabalhadores, e por ser uma política importante de Estado e estratégica para o SUS, precisa de uma discussão mais aprofundada com o conjunto dos trabalhadores, através de suas entidades sindicais, e não restrita apenas a algumas categorias profissionais de nível superior. Acredito que o movimento sindical do trabalhador da saúde já é suficientemente maduro e sabe quais são as verdadeiras necessidade do SUS, com respeito a gestão do trabalho. Portanto, hoje é necessário propor uma saída jurídica para essa dificuldade de ascensão profissional na carreira para os trabalhadores do SUS. Formação Profissional Se por um lado a expansão do ensino superior com a abertura de vagas em Universidades Públicas, e principalmente a explosão de vagas nas faculdades privadas, promoveu a facilidade de formação em cursos de graduação na área da saúde, por outro, lado trouxe uma nova configuração para o mercado de trabalho, transformando-o completamente. A formação desenfreada e descontrolada de profissionais de saúde pelas escolas privadas, que em muitas vezes preza o interesse pelo lucro e não na formação de qualidade (Machado, 2007), tem aumentado a cada semestre o número de profissionais no Brasil. Hoje, temos uma acirrada competi- ção por ocupações no mercado de trabalho que obviamente gera um achatamento dos salários dos trabalhadores. Isso acontece tanto na graduação quanto no ensino médio profissionalizante. Fora a área de Medicina que tem um grande poder de pressão “nas instâncias gestoras da educação para frear a abertura de novos cursos” e cobrar qualidade dos já existentes (Fiocruz – 2006), as demais áreas da saúde veem, a cada ano, aumentando os cursos de graduação como enfermagem, odontologia, fisioterapia, nutrição, assistência social e a farmácia, dentre outras, de forma desordenada e mal distribuída pelas regiões brasileiras. Discutir a qualidade da formação desses profissionais e se essa formação tem o olhar para o SUS e perfil profissional que responde às necessidades epidemiológicas da população, já não é novidade. O que necessitamos saber é de qual será o limite de formação de profissionais de saúde de que o SUS necessita, até porque há investimento de dinheiro público pelo governo federal nessa formação através de vários programas governamentais. E de que forma haverá a absorção dessa mão de obra para o SUS com o arcabouço jurídico-tributário que prevalece hoje na administração pública? Os trabalhadores de saúde e a população brasileira já não podem mais conviver com a realidade do SUS, uma grande política pública de inclusão social, e as limitações impostas pela Lei de Responsabilidade Fiscal, que dificulta a gestão eficaz do trabalho e produz de certa forma a precarização do trabalhador, não lhe proporcionando perspectivas de carreira e até impossibilitando a ampliação do quadro de servidores num eventual aumento da demanda por serviços de saúde. Um grande desafio a ser enfrentado pela gestão do trabalho, nos três entes federados, é consolidar o Sistema Nacional de Negociação Permanente do SUS e fortalecer as Mesas de Negociação já implantadas, como um importante instrumento de gestão, e a sensibilização dos gestores e trabalhadores da saúde, através de suas representações sindicais, para a implantação de Mesas de Negociação nos municípios e Estados, onde ainda não existem. Não podemos mais viver com essa realidade. Avaliar a Lei de Responsabilidade Fiscal e os impactos na consolidação do SUS é urgente e isso pode ser feito por iniciativa dos trabalhadores da saúde em cada município do país. 6 RESPONSABILIDADE SOCIAL SINFARMIG DOA MOVEIS PARA ONG DE REGIÃO CARENTE DA CAPITAL Mobiliário será usado para aulas de idiomas e espaço de leitura Como parte das ações de responsabilidade social de sua atual diretoria, o SINFARMIG doou para o Centro de Convivência Casa Azul, cadeiras escolares para composição de sua biblioteca, que abriga espaço de leitura, aulas e eventos de integração com a comunidade. A Organização Não Governamental (ONG), localizada na Vila Embaúbas, região oeste de Belo Horizonte, presta vários serviços e agora tem um espaço para receber adequadamente os moradores. Para os diretores do SINFARMIG Albano Verona e Luciana Silami, que acompanharam diretamente a entrega do mobiliário, a doação de cadeiras e mesas foi motivada para adequação do espaço no Sindicato, já que em breve ele estará funcionando em novo endereço (Ver página 00) e pela importância em ajudar comunidades carentes. “Ficamos felizes e realizados em contribuir de alguma forma com a Casa Azul, que presta um grande serviço aos moradores da Vila Embaúbas, transformando a realidade de crianças e adolescentes”. A escolha da Casa Azul se deu pela necessidade de abrigar com mais conforto as dezenas de crianças e adolescentes que por lá passam diariamente. Para Idalgisa Maria Silva, coordenadora da ONG, a doação desses móveis foi muito importante e veio em boa hora, já que os antigos estavam em péssimas condições de uso. Como tudo começou O Centro de Convivência Casa Azul foi criado em 1998, com o objetivo de oferecer à comunidade um espaço de recreação, conhecimento e auxílio na educação de crianças e adolescentes carentes. Entre os serviços oferecidos estão aulas de idioma, digitação, informática, acompanhamento escolar, além de uma biblioteca com centenas de livros para consulta. Isso só é possível devido à parceria com empresas e voluntários, que fazem diferença na vida dessas pessoas e ajudam no custeio de despesas como água, energia elétrica, internet, material escolar e lanche para a garotada. Segundo Idalgisa, atualmente a Casa Azul conta com cinco voluntários fixos, incluindo o atual presidente, o líder comunitário Luiz Carlos Cordeiro e, eventualmente, aparecem outros voluntários que querem contribuir de alguma forma. “São pessoas que podem doar seu tempo e seu talento para ensinar à nossa comunidade, como artistas plásticos e artesãos. Já tivemos voluntários que ficaram com a gente por dois anos”, diz. Através da boa vontade e disposição em ajudar, a Casa Azul firmou parceria com uma escola de idiomas que oferece cursos de inglês durante todo o ano, com direito a certificado no final das aulas. “Com nossa rede de amigos e parceiros estamos melhorado a realidade dessas crianças e as preparando para o mercado de trabalho. Muitos dos que passaram por aqui conseguiram bons empregos”, afirma a coordenadora. Por dia, cerca de 40 crianças e adolescentes passam pela Casa Azul, em dois períodos (manhã e tarde) em busca de auxílio escolar, brincadeiras e jogos. Ainda de acordo com a coordenadora, os adultos da comunidade veem sempre em busca de informações sobre um novo curso, em especial pintura e artesanato, e auxílio jurídico, oferecido por um jovem advogado voluntário, nos sábados, a cada 15 dias. Números A Vila Embaúbas tem cerca de 650 moradias que abrigam mais de 3000 pessoas, sendo que 36% são de crianças e adolescentes entre 0 e 17 anos. A Casa Azul é mantida finaceiramente apenas por doações, sem ajuda de entidades governamentais. Entre as grandes urgências da ONG estão a compra de uma nova máquina de xerox (a atual não tem mais concerto) e a bancada de madeira que sustenta os computadores, que está bem deteriorada. Para ser voluntário ou fazer doações basta entrar em contato pelo telefone (31) 33120055 e agendar uma visita para conhecer o espaço. 7 FIQUE POR DENTRO JURÍDICO APOSENTADORIA ESPECIAL: O QUE VOCÊ DEVE SABER A aposentadoria especial é um benefício devido ao segurado empregado, trabalhador avulso e ao contribuinte individual se filiado à cooperativa de trabalho, que exerce atividade que prejudique sua saúde ou integridade física, por no mínimo 15 (quinze) anos. Sua finalidade é reparar financeiramente o segurado que teve sua integridade física exposta em razão de seu trabalho penoso, insalubre e, em alguns casos, perigoso. A aposentadoria especial se assemelha a aposentadoria por tempo de contribuição, contudo tal tempo é reduzido para preservar a integridade física e a saúde do trabalhador em face do agente nocivo ao qual ele se encontra exposto. Assim como na aposentadoria por tempo de contribuição também exige uma carência mínima de 180 (cento e oitenta) contribuições mensais, de maneira que este é o número mínimo de contribuições que o segurado deve verter para o sistema para fazer jus ao benefício. É importante ressaltar que a lei nº. 9.032/95 de 28 de abril trouxe a necessidade da exposição efetiva, de forma habitual e permanente, aos agentes agressivos. O intuito da lei foi coibir casos em que categorias inteiras eram beneficiadas pela aposentadoria especial, sem que todos seus integrantes tenham sido efetivamente prejudicados pela exposição aos agentes nocivos. Mas para caracterização da atividade especial, não é necessário que a atividade insalubre seja a atividade principal do empregador, basta que se caracterize como tal. A classificação dos agentes nocivos, e de suas associações, físicas, biológicas, químicas e o respectivo tempo de exposição necessário para concessão da aposentadoria especial estão descritos no anexo IV do Decreto 3.048/99. Ressalta-se que a lista constante no referido anexo IV não é taxativa, apenas enumerativa (exemplificativa), cabendo perícia judicial para constatar que a atividade exercida se caracteriza como insalubre, penosa ou perigosa. Mesmo a aposentadoria especial não exigindo idade mínima para sua concessão, assemelha-se também à aposentadoria por idade. Isto porque, ambas tem como data de início de recebimento do benefício a data do efetivo requerimento e não a data em que se implementaram as condições, como por exemplo os vinte ou vinte e cinco anos de atividade especial. Porém as semelhanças param por aqui, pois, embora não seja vedado o retorno ao trabalho, ao aposentado por tempo de contribuição especial não é permitido continuar a trabalhar na mesma atividade em que se aposentou e, principalmente, é vedado o exercício de qualquer das atividades listadas no referido Anexo IV do Decreto nº 3.048/99. Ocorrendo a continuidade no trabalho em que se aposentou ou dos listados no anexo IV a aposentadoria será cancelada não havendo vedação legal para ser requerida novamente, em outro momento, sem qualquer prejuízo ou ganho financeiro. Mas se a continuidade se deu em outra atividade, que não aquela em que se aposentou ou qualquer das descritas no Anexo IV do Decreto nº 3.048/99, até 29 de maio de 1998, data da media provisória convertida em lei posteriormente, pode haver a conversão do tempo especial, usado para aposentadoria, em tempo comum. Ao se converter o tempo comum em especial, este tem um aumento e pode proporcionar ao aposentado uma aposentadoria maior, a depender de sua idade atual e tempo de contribuição total, tendo em vista o fator previdenciário. Feitos os devidos cálculos e verificada a possibilidade de aumento em seu benefício pode o aposentado por tempo especial que continuou a trabalhar em outra atividade não insalubre ajuizar uma ação judicial, chamada de desaposentação, para conseguir o referido aumento. As ações de desaposentação têm tido êxito no Superior Tribunal de Justiça, instância judicial máxima para julgamento de questões não constitucionais e encontram amparo na legislação. Ao contrário do que alguns pensam no curso da ação judicial de desaposentação, o benefício da aposentadoria será mantido, podendo ao final ser majorado. Flávia Pinheiro de Paula Advogada do PREV-VOLTA Mais informações: (31) 3503-5929 | 0800-722 6682 ANVISA EXIGE RETENÇÃO DE RECEITA PARA VENDA DE ANTIMICROBIANOS Medida reforça o uso racional de medicamentos entre a população Com o objetivo de combater a automedicação e promover a campanha sobre o uso racional de medicamentos, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), por meio da RDC nº 44/2010 tornou obrigatória (a partir de 28 de novembro) a retenção de receitas para venda de medicamentos antimicrobianos em todo o país. A medida, além de reduzir o consumo indiscriminado dos antibióticos é uma solução para evitar o desenvolvimento de mecanismos de resistência pelos microrganismos, frente a essa importante classe de medicamentos. A resolução da Anvisa coincidiu com a proliferação em ambiente hospitalar da “superbactéria” Klebsiella pneumoniae carbapenemase, altamente resistente aos medicamentos e uma resposta natural do micro organismo pelo uso abusivo e sem critérios de antimicrobianos. O SINFARMIG, em nota divulgada à imprensa apoiou a resolução da Agência Reguladora, orientando que os farmacêuticos devem realizar o controle eletrônico ou registro manual dos antibióticos, isolados ou em associações, da mesma forma que já fazem com os medicamentos controlados. A determinação da Anvisa já era prevista desde a publicação em junho deste ano da consulta pública nº 58/2010 – sobre prescrição e comercialização de antibióticos -, dando indícios de que as novas regras entrariam em vigor. Controle Com as novas regras, todos os antimicrobianos registrados na Anvisa estão sujeitos à retenção da receita e posterior realização de controle por parte do farmacêutico responsável técnico pelo estabelecimento de dispensação, através do Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC). Assim, a primeira via deve ficar na farmácia e a segunda devolvida ao paciente, devidamente carimbada para comprovação do atendimento. Ainda de acordo com a RDC nº 44/2010, o prazo de validade das receitas passam a ser de dez dias, após a emissão da mesma. Educar a população No Brasil, o consumo “por conta própria” de antibióticos é um grande entrave para deter o avanço de superbactérias. O erro, muitas vezes, começa ainda na prescrição médica e o paciente reforça essa situação quando não administra adequadamente o medicamento, suspendendo seu uso antes do tempo e guardando os comprimidos restantes para uso posterior. Dados da Anvisa mostram que de todos os medicamentos vendidos em farmácias e drogarias, 40% são de antibióticos. Até setembro de 2010, as cifras da venda de antibióticos superaram R$ 1 bilhão. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 50% dos antibióticos são usados sem prescrição médica e metade dos pacientes usam o medicamento apenas no primeiro dia de tratamento. Mais de 90 substâncias, entre elas as mais consumidas pela população como: amoxicilina, azitromicina, cefalexina e sulfametoxazol (isoladas ou em associações) devem ser comercializadas com restrições. (Acesse a lista completa completas das substâncias no site do SINFARMIG >> www.sinfarmig. org.br). 8 SINDICATO ATIVO SINFARMIG PARTICIPA DE EVENTO DO CNS MERCADO DE TRABALHO NO INTERIOR O diretor do SINFARMIG, Waltovânio Cordeiro de Vasconcelos participou nos dias 18 e 19 de agosto em Brasília, do Seminário Profissões de Saúde: Interdisciplinaridade e Necessidades Sociais do SUS, realizado pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS). O objetivo do evento foi discutir a regulamentação profissional na área da saúde no Brasil. Entre os dias 04 e 06 de outubro foi realizada a IV Jornada Acadêmica de Farmácia da Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde (Univiçosa). A convite da faculdade, a diretora Luciana Silami Carvalho falou sobre os desafios do mercado de trabalho para farmacêuticos no interior. CONSULTA PÚBLICA Nº 05/10 DO CFF EM DEBATE TRANSGÊNICOS E BIOTECNOLOGIA 3ª SEMANA ACADÊMICA DE FARMÁCIA DA UNIPAC/GV A Consulta Pública nº 05/10 proposta pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF), foi o tema da mesa redonda promovida pelo Diretório Acadêmico de Farmácia da UFMG. Para debater o assunto, o diretor do SINFARMIG Rilke Novato Públio e outros convidados falaram sobre as atribuições dos farmacêuticos nos órgãos de Vigilância Sanitária. Em debate promovido pelo Movimento das Donas de Casa e Consumidores de Minas Gerais (MDC/MG) sobre alimentos transgênicos e biotecnologia, o SINFARMIG foi um convidados, representado pelos diretores Sebastião Fortunato de Faria Filho e Luciana Silami Carvalho, que falou aos presentes sobre o uso da transgenia em produtos de origem animal, como o leite hidrolisado, modificado industrialmente com baixo teor de lactose, sem perder as proteínas do cálcio. Com o tema “O Farmacêutico: profissional do passado, presente e futuro” os alunos do curso de Farmácia da Universidade Presidente Antônio Carlos (UNIPAC), unidade Governador Valadares, participaram de mesa redonda com profissionais e entidades da área. O diretor Rilke Novato Públio ministrou palestra sobre o futuro da profissão e o uso das novas tecnologias que auxiliam os farmacêuticos nas práticas diárias. SINFARMIG E ENEFAR CCT - FARMACÊUTICOS EM INDÚSTRIAS Estreitando os laços com os futuros farmacêuticos, o diretor Waltovânio Cordeiro de Vasconcelos participou de reunião com membros da Executiva Nacional dos Estudantes de Farmácia (Enefar). A reunião foi uma prévia para o Fórum de Organização da Nova gestão da entidade em Ouro Preto, no mês de setembro. SINDICATO PRESENTE NO SUL DE MINAS A Faculdade de Ciências da Saúde de Campos Gerais (FACICA), realizou no mês de outubro a I Jornada Acadêmica do Curso de Farmácia. O Diretor Albano Verona ministrou palestra para cerda de 80 alunos sobre o mercado de trabalho para farmacêuticos. DEBATE COM CANDIDATOS AO GOVERNO DE MG O SINFARMIG, em parceria como o Centro Brasileiro de Estudos em Saúde (Cebes), promoveu no mês de setembro, debate com os candidatos ao Governo do Estado. O encontro foi uma oportunidade para saber das propostas de cada candidato para a área da saúde de Minas Gerais. Os diretores Rilke Novato Públio e Sebastião Fortunato de Faria Filho foram os representantes dos farmacêuticos no evento. A Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) de farmacêuticos que atuam em indústrias será homologada pelo Ministério do Trabalho. O reajuste foi de 6,5% para salários até R$ 5.000,00 e um valor fixo de R$ 357,50 para os profissionais que recebem acima de R$ 5.000,00. O valor do reajuste foi superior ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que foi de 5,3% em março de 2010, data-base da categoria. O aumento deve ser pago retroativo à 1º de março. Fechamento autorizado. Pode ser aberto pela ECT Impresso Especial 9912205401-DR/MG SINFARMIG CORREIOS SINFARMIG – Rua Guajajaras, 176 – Loja 178 – Centro Belo Horizonte/MG - CEP: 30180-100