Visualizar/Abrir

Transcrição

Visualizar/Abrir
AN NO VII
© o n tin ^ o
í ’5
d e $ c v e z e iz o
d e
N U M . 359
19 12
QRGàM BA® A590CIAÇQBS CATHOÍ.ICAS DU Y I Ü
ts. P A U L O
D IL IG IT E
II O M I N E S
que não convertes estas pedras em
pão para applacares a fome que
COM A P P R O V A Ç Ã O
E C C L K S IA S T IC A
te devora V A soberba e am bição:
V ês todo os reinos do mundo, vês
-» E X P E D I E N T E * *
o brilho que os c e r c a ; não de­
pende senão de ti o ser senhor
« A F e d e r a ç ã o » será d'elles. A apostasia : S im , eu te
p u b lic a d a a o s d o m i n ­ darei todas estas cousas, mas com
condição de que te prostrarás dian­
g os pela m a n h ã .
te de mim para me adorares. A s ­
sim fallou Satanaz. O meu S alv a ­
A s s i g n a t u r a : P o r a n n o ,61000
dor, vós que sois o Santo dos San
P a g a m e n t o a d e a n ta d o
tos, porque perm ittisfes a c d em o­
nio que vos tentasse ? F izestel o
para proporcionar-nos um pod ero­
PRIMEIRO DOMINGO DA QÜ ARESM A so m otivo de consalação, quando
som os experim entados e atorm en­
EVAN G ELH O 1)0 DIA
tados pelas tentações ; fizestel o pa­
ra merecer-nos as graças de que
. N’aquelle te m p o , (\) foi Jesus necessitam os para com baterm os as
c o n d u z id o pelo E sp irito S anto nossas tentações ; fizestel-o para
(2) ao d eserto (3J, para alli ser ensinar-nos os verd ad eiros m eios
tentado pelo d e m o n io ; e q u a n ­ de trium phar das nossas tentações.
do j e j n o u q uarenta dias
e O ’ meu S alvad or ! gravai-m e no
quarenta
n oites,
teve fom e fundo da alma, em caracteres in(4).E ntão o tentador (ò ) aproxi deleveis, estas bellas palavras com
mando-&e (6) lhe d sse :Se és o que afugentastes o tentador -.«Está
Fillio de D eus,m a nda q u e estes escripto : A d orarás o Sen hor teu
pedras se con v erta m em pào.(7) Deus, e só a elle serviràs». A h !
Mas Jesus lhes resp on d e u : Está Senhor, quando o inim igo nos le­
escrip to : O h o m e m não vive va ao peccado, busca induzir-nos
sò de pão, mas de toda a pa­ não s ç á sensualidade, soberba e
lavra que sahe da b o c c a de am bição, mas tambem a uma es
Deus. (8) E n tão o d e m o n io o pecie de idolatria, pois que nos
transportou á cid a d e santa (9), im pelie a dar às creaturas a p r e ­
e t e n d o - o p o s to n o alto d o ferencia sohre vó s, a preferir-n os
te m p lo (10,) lhe d is s e : Se tu a vós, satisfazendo as nossas pai
és o Filho de Deus, deita-te xões em prejuízo da vossa vonta­
a b a ix o ; pois está escrip to : de. O ’ meu S a lv a d o r ! fazei com
Elle m an dou a o s seus anjos que eu repilla sem pre com horror
q u e tenham cuid&do de ti, e as suas crim inosas su ggestões, d i­
elles te levarão entre as m ãos zendo lhe, a exem plo vosso : « R e ­
para q u e o teu pé n ã o tope tira-te, S a ta n a z ; pois està e s c r ip ­
iTalguma pedra. R e s p o n d e u - l h e to , A d orarás o Senhor teu D eus,
J esu s : Está ta m bem es cr ip to : e só a elle servirás.»
N ão tentaras f l l ) a o S e n h o r
T en d o exhau rid o o dem onio to ­
teu Deus. O d e m o n io o trans­ dos os seus artifícios contra o d i­
p o rtou d e p o is a uma m o n ta ­
vino S alvad or, se re tiro u , diz o
n ha mui elevada ; e m o s t r a n - E va n g elh o , e logo os anjos se aU a n d o -l h e d\alli t o d o s o s rei­
proxim aram de Jesus e o serviram .
n os d o m u n d o (12) c o m toda
Q uando nós estam os na tentação,
a sua gloria, lhe disse : D a r- servim os de espectáculo a D eus,
te -e i todas estas cou sa s, se, aos anjos e aos homens. S e su cp ros tra n d o te, me a d orares.M as cum birm os, tornam o nos jo g u e te d®
Jesus lhe disse : R e tir a -te , S a - dem onio, e opprobrio do m undo ;
tanaz (\2), pois e s ta ’ e s c r ip to : se trium pham os, os anjos se ap res­
A d o r a r á s o S e n h o r teu D eu s,e sam a felicitar -nos, e nos cobrim os
só a elle serviràs. E n tão o d e ­ de gloria. Mas para isto é neces­
m o n io o d eix o u , e log o os a n ­ sário ^braçar nos inviolavelm ente á
j o s se a p r o x im a r a m e o s er­ lei d o Senhor, e, a exem plo de
viram (13).
Jesus C h risto, nunca d iscorrer so ­
bre a lei com o te n ta d o r : isto éR E F L E X Õ E S P R A T IC A S
Q uando os prophetas exh o rta- me ordenaao, isto é-me prohibido,
vam o antigo povo á penitencia, scrituni est, tal é a unica resp o s­
ta que devem os dar a todas as
prescreviam lhe o jeju m . A Ig re ja
obra do mesmo m odo a nosso res­ su ggestões do inim igo da salvação.
peito : prescreve nos que o b serve­
( 1 ) «Pelo E sp irito Santo», isto
m os durante o santo tem po da
Q uaresm a a abstinência e o jejum . é, por um m ovim ento interior do
M as ao im pôr-nos esta lei, nos E sp irito S an to que acabava de
descer sobre elle, sob a form a d ’ um ostra a Ig re ja o que os p ro p h e­
ma pomba.
tas não podiam mostrar ao antigo
(2) «E ste deserto entendia-se
p o vo, o exem plo cUum D eus feito
hom em , que jejuou quarenta dias desde o rio Jordão ate’ ao terri­
tório de Jericó, d ’um lado, e até
e quarenta noites. Q u e im pressão
não deve causar-nos este exem plo, ao mai M o rto , do outro. C ham a­
sobre tudo se considerarm os que vam -lh e R uban, e com o andar
não foi p >r si, que foi por nós, dos tem pos, deram -lhe o nom e de
pela nossa salvação, que jejuou a- Q uarentena, para com m em orar o
quelle divino Salvad or ! Quem po­ espaço de tem po que alli esteve
deria abster se do jejum por espi­ Jesus C hristo.
rito de soberba e por desprezo da
(3) «T eve fom e*, isto é, excitou
lei, depois que um D eus se d i­ n’ elle a necessidade da fome ; faz
gnou subm etter-se a essa ob ser­ cessar o m ilagre que im pedira que
vância ? D e que indisculpavel fra­ a sentisse até então,
queza *nãí> seria tornar-se culpado
(4) Q uando Jesus C h risto sahiu
o dispensar se da abstinência e do do Jordão, Onde acabava de b ap jejum , sem necessidade real, só tisal-o S. João, ou v iu se uma voz
com receio do que estas santas pa- vinda do céo que disse : «Este é
ticas possam ter algum tanto peno­ meu F ilh o m uito am ado». O d e­
so á natureza V Mas não soffreu m onio, que ouviu está vo z, receou
Jesus C hristo a fome no deserto, que Jesus C hristo fosse effectivae a sêde na cruz ?
mente o F ilh o de D eus e Deus
D epois de ter jejuado quarenta
tambem, qne tinha vindo ao m undo
dias e quarenta noites, teve Jesus para destruir o seu im pério. Por
fom e, necessidade que tinham ex- isso o seguiu do Jordão ao deser­
periu '•ntando M oysés e E lias, que to, com o intuito de saber quem
igualm ente haviam jeju ad o por e s­ elle era.
paço de quarenta dias. C rendo en­
(5 ) O dem onio apresentou-se a
tão o demonio que Jesus não era Jesus sob fórma humana.
mais que homem, procurou fazel-o
(6 ) Porque te deixas atorm entar
cahir em algum peccado, e atre­
pela fome ? S e és o F ilh o de D eus,
veu-se a em pregar para còm elle
manda que estas pedras se conos tres g tn e ro s de tentação a que vertam em pão, para aplacares a
havia feito succum bir nossos pri - fome que soffres.
prim eiros paes, a glutoneria.a sob er­
(7 ) Q u er dizer, que a palavra
ba e a am bição, e até mesmo a om nipotente de D eus pode dar
apostasia. A glutoneria : S e tu és ao homem outros alim entos, d iv e r ­
0 P ilho de D eus, lhe disse, por­
sos d o pão, pois que no deserto
«A F E D E R A Ç Ã O »
ET
IN T E R F J C IT K
E R H O U f is
sustentava D eu s os israelitas com
o manà.
(8) Jerusalem, cham ada a cida*
de santa, por cau^a do seu tem plo.
[9 ) E n tre os ju d eu s, todos os
tectos dos edifícios eram chatos, e
para que n ’elles se podesse andar
sem perigo, eram cercados d'um a
pequena balaustrada 011 parapeito.
(10^ T en tar a D eus, é expôr se
sem necessidade a um perigo,con*
tando com a sua protecção ; D eus
nol a recusa.
( 1 1 Q u er d izer que o dem onio,
virando-se para differentes lados,
indicava a Jesus C hristo a situação
dos diversos reinos da terra e lhe
fazia a enum eração das sua rique­
zas.
11 «Satanaz» é palavra hebrai*
ca, que significa «inim igo». Chama-se assim ao dem onio, porque é
inim igo de D eus e dos homens
12 O s anjos, que tiuham sid o
testem unhas dos com batés de J e­
sus C hristo e da sua victoria, se
aproxim aram delle e lhe serviram
de com er.
ASSIM SE COM EGA
F o l g a m o s em registrar o m o ­
v im e n to in ic ia d o r d ’ uma c o m ­
pre liensão nítida d o s ca th olicos
b ra sileiros, a resp eito d o s ina­
d iá v e is e im prescin d ív eis d e v e res, q u e c o m o taes, ob rig a m
nas c irc u m s ta n c ia s presentes.
H o ra é j á d e s a h i r d o m a ra sm o
a trop À ia d or q u e a n n iq u ila as
n o s sa s ju s t í s s im a s asp irações
d e c a th o lic o s e patriotas.
C o n . i n t e l l ig e n c i a e b ô a v o n ­
ta d e , p o d e m o s a o s p o u c o s ir
d e fin in d o a n o s s a p o s iç ã o c o m o
e n t i d a d e s o c ia l ; a m a is r a c i o ­
n a lm e n t e
a c e ita d a e a
m a is
g e r a lm e n t e
r e c o n h e c id a , p a ra
f a z e r v a le r o s n o s s o s itic iis c u t iv e is d ir e it o s , n o m e d i a n i s m o
o r g â n ic o d a s in s titu iç õ e s v ig e n ­
t e s d o p a iz . E m v ã o n o s f o r j a ­
rem os a
i 11 u s ã o , d e q u e
os
in im ig o s d a
E g r c ja C a th o lic a
p o r c o n s id e r a ç ã o e e s c r u p u lo s
d e c o n s c i ê n c i a , d e i& u r - n o s - â o
fr u ir e m p a z e so c e g o , as g a r a n ­
t ia s q u e a lei b a s ic a n o s c o n ­
ced e, p ara
e x e r c e r liv r e m e n t e
o n osso
c u lt o e s a t is f a z e r a s
n e c e s s id a d e s d a n o s s a c o n s c ie u
cia.
Elles se c o n d u z ir ã o se m p r e
atten tos a o s seu s fins ; o res­
peito q u e ás nossas cren ça s e
ás n o s s a s p ess oa s p oss a m ter,
d epen d erá da força q u e lhes
o p p o n h a m o s co n tr a s ta n d o os
seus in tu ito s e o b r i g a n d o - o s a
m odificar os c o m p r o m is s o s a d ­
q u irid o s co m as seitas a n t icatholicas.
Essa co m p r e h e u s ã o está p ru ­
d entem en te definida 110 m o v i­
m en to p atrio tico d o s c a th o lic o s
r io -g r a n d e n s e s q ue, interpre­
ta n do fielm ente o s d esejos e
a d v er tên cia s d o P o n tífic e R o ­
m a n o P io X , aos c a th o lic o s de
d iv er s o s paizes 110 q u e diz res­
peito a eleições de rep resen ta n ­
tes da n ação ; n ão p o d e n d o por
de p ro m p to fo rm a r uma p h a lange e d ev id a m en te c o n s e g u ir
um triu m p h o co m p le to , fo rm a ­
ram por iniciativa e m ed ia çã o
d o C ir cu lo C a th o lic o de P o i t c A legre. co m os ca n d id a to s á
represen tação n acional,um c o m ­
p ro m iss o de equidade e ju s t iç a
a fim de s alvagu ardar o s d irei­
tos das in stitu ições c a lh o lic a s
e o s interesses relig ios os do
paiz.
C o n stitu ída uma c o m m is s à o
para e n ten d er sc com os d ois
p restig iosos ch efes q u e dirigem
a politica do R i o G ran d e do
Sul, 0 Dr. B org es d e M edeiros
e C on selh eiro Maciel, tiveram
a satisfação de o u vir de a m b os ,
n ão só que a p p rov a v a m a p r o ­
posta d o s ca th o lic o s, mas que
em p en ha va m sua palavra de
re c o m m e n d a r a os seus ca n u id atos a o b s e r v â n c ia 110 q u e
respeita ao d esejo d o s p r o p o ­
nentes.
(S to .
A cjo stin lio >
O s p o n t o s q u e por si só eq ü i­
valem a um program m a, a pre­
s en tad os pela C o m missão, e
s ob r e os q u a es os d e p u ta d o s e
s en a d ores d ev em votar sem pre
c o n tr a r ia m e n te são o s s e g u in ­
tes :
1.0 S o b r e o p ro je c to de lei
in stitu in d o o d iv o r c io «a v ín ­
culo» q u e annualrnente é a pre­
s en ta d o á Caraara ;
2.0 a em en d a orçam entaria
su pp ressiva da le g a ç ã o brasi­
leira j u n t o á Sa n ta Sé A p o s ­
tólica ;
3.0 to d o e q u a lq u er p rojecto
ou a c to d o p od e r e x e c u tiv o que
tiver p or fim exp olia r a Egreja
e as o rd e n s re ligio sá s d os seus
legítim os b e n s ;
4.0 to d o e q u a lq u e r p roje cto
de lei ou a cto d o p oder ex e ­
cu tivo q u e tiver p or fim res­
tringir, a a c ç ã o livre da E gre­
ja, garantida pela C o n s titu içã o ;
5.0 to d o e q u a lq u e r p ro je c to
de lei ou a cto d o p od e r e x e c u ­
tivo c o n t i a r i o s á lib erd ad e de
en sino.
R e q u e r id o s o s ca n d id a tos a
em iU ir a sua o p in iã o s o b r e a
p ergunta apresentada, tod os
re sp on deram c o m inteira c o n
f o rm id a d e, m e n o s o festejado
parlam entar s r.M o a cyr que não
se d ig n ou dar resposta.
A C o m m is s ã o , em vista da
sua excelle n té gestã o, d eclarou
q u e o s ca th o lic o s po liam votar
n os ca n d id a to s da s^u s y m p a thia, f a z e n d o reserva onobre o
sr. Moacyr.
Eis o ca m in h o.
,1
A b a n c a d a rio-grandens^, por
h onra da
sua palavra, de fe n ­
derá os direitos da le ga lid a d e
na Catnara ; e, si 11a legislatura
a nterior p or iniciativa p rópria
votou con tra a su p p re s s ã o da
l e g a ç ã o j u n t o a o V aticano, terá
tPoia cm d ia n te um d u p lo m o ­
tivo para o p p o r - s e a q u a lq u er
ten ta tiv a nesse s en tid o
E’ de esperar q u e nos dem ais
E stad os d o Brasil, cuja p o líti­
ca em face da a u to n o m ia de
q u e g o z a m tc.n um a grande
força local in d iscu tív el os c a th o lic o s d a n d o - s e con ta da si•nação incerta em que se acham ,
p jo o u ie u i , segu i.id o 0 ca m in h o
d( R io G ran d e d ò Sul, ren ovar
perante o s seus representantes
ao C o n g r e s s o nacional, o c o m ­
p r o m i s s o de respeitar, g a r a n ­
tido a sua existen cia c o m o é
de lei, tu d o aqu illo q u e tem
rela çã o coru a sua fé e os d ie­
ta mes da sua con sciên cia.
0 acto d o s ca th o lic o s d o R io
G ran d e d o Sul é um bom pas­
so 110 se n tid o de c o n s e r v a r a
co r d ia lid a d e e h a rm on ia e x is ­
tentes, p re v e n in d o p ara 0 fu ­
turo su rprezas que p od em p r o ­
d uzir a g it a ç õ e s e sobresa ltos.
O c o m e ç o foi b om , é mister
co n tin u a r .
B. I.
BELLO QE8TO
N oticia a im pren sa de Juiz
d e F óra q ue 0 sr. F r a n c is c o
A u g u s t o de S o u z a L im a, um
d o s mais illustrad os e corape'
tentes ‘pro fess o res do Granbery, instituto protesta nte de
en sin o q ue fu n c cio n a naqueh
la cidade, acaba de ren u n cia r
a seita m eth odista q ue d om in a
aquelle es ta b elec im en to e v o l ­
tar ao g r e m io da religião c a ­
tholica, da qual em infeliz m o ­
m en to se afastara para a b r a ­
çar 0 protestantism o.
N esse bello gesto e nobre
a cto a co m p a n h o u o toda sua
familia q u e se havia tran sviad o.
c o m 0 seu chefe.
Eis a d e claração que o 111us*
tre p rofess or cem feito pela
im prensa :
D E C L A R A Ç Ã O N EC E SSÁ R IA
L e v o ao c o n h e c im e n to de
m eu s a m ig o s e parentes q ue,
de livre e es p on ta n ea von ta de,
me desliguei d o G ra n b ery e
da seita metUodista p o r oflicio
B R A S I L
d irigid o a o dr. J. \Y. T a r b o u r ,
110 dia 9 deste.
Juiz de Fóra, 12 de feverei­
ro de 1912.
Os liosp ita es le iq o s na F rança
Ha m uito os jornaes rfrancezes
reclamam contra a incrivel d eso r­
dem que reina nos hospitae.i intei­
ramente laicJsados. A g o ra é um
m edico, e dos mais insuspeitos, o
sr. Severin Icard que em seu li­
vro : A constatação de obito nas
enferm arias— faz revelações hor::pilantes.
O prim eiro enferm eiro que che­
ga pode affirmar que a morte «
total e o corp o é transportado .nr
mediatamente para uma mesa de
secções, onde o abrem com um
grande go lp e de bisturi. TVem o
chefe do serviço nem o interno
verificam a realidade do cb ito . O
dr. Icard vae mais lcn g e , cita lios*
pitaes, onde para ganharem tem po,
os enferm eiros começam a amorta"
lhar os m oribundos quando elles
entram em agonia. E ste m edico
viu um menino cujo coração ainda
bateu sobre a mesa de . autópsia
duas horas depois de ser declarado
seu obito. N o H otel D ieu unr co ­
lérico acordou sob o cultello do
cirurgião que lhe abria o ventre.
N inguém se preoccupa com prazos
legaes para autópsia e secção e o
sabio doutor avalia em d ez por
cento o num ero dos infelizes que
são m ortos pelo escalpelo dos o p e­
rários... e em vin te por cento 0
num ero dos enferm os que são e n ­
terrados viv o s e que acordam en­
tre as quatro taboas do caixão. E
não é catholico o sr. Icard / pois
com o rem edio á autópsia e ao sepultam ento de pessoas vivas, elle
aconselha a seus coliegas que ap"
pli 'uem
aos presum idos m ortos
uma injecção de estrichinina em
dose considerável ou melhor que
lhes traspassem o coração com uma
agulha bem larga ... A ssim estarão
seguros de quaquer reclam ação “ de
ultima hora**,
Q uando se levantará o povo
francez, para expulsar dos asylos
da dor a horda de selv ag en s que
ali substituíram as irmãs de cari­
dade ?
V IC T O R IA C A T H O L IC A
O novo parlam ento alletnão, r e ­
centem ente eleito, realizou' a sua
prim eira sessão. T ra to u se da con s­
tituição da sua mesa, problema
im portante, onde previam ente se
affirmaria a força dos diversos aggrupam entos p a rtid a ro s.
O ra, para a presidência do Reichstag, foi eleito um deputado ca ­
tholico, do C entro, o sr. Spanh,
q ue teve mais 21 vo tos que o seu
com petidor, o socialista Babel. E s­
tá pois o C en tro C atholico em m aio­
ria no parlam ento d ’ uma nação of"
ficialmente protestan te,— o que não
deixa de ser curioso, sob todos es
pontos de vista.
—
um m t !■
--------
0 poder occullo
Em p r e v e n ç ã o de s u c c e s s o s
q ne a m eaçam para mais ced o
ou mais tarde, p orém q u e tal­
vez não estejam m u ito longe,
oon llagar o paiz cora violentas
p e rs e g u iç õ e s religiosas, d a m o s
c o n h e c im e n t o s aos n o s s o s le i ­
tores das d is p o s içõ e s tom adas
na ultima a ssem b léa da F e d e ­
ra çã o M a çon ica da raça latina
realizada ha p o u c o em Paris.
Nessa reunião, o n d e h o u v e
representantes da França, Itnlia,
Hespanha, Portugal, Bélgica, e
das R e p u b lica s d o C e n tro e
Sul A m erican as, tom aram se as
d eliberações s e g u in te s :
1.0 Persistir em m udar o re­
gi meu m o n a rch ico p elo rep u ­
blicano, nas n ações da ruça la­
tina que ainda co n s e rv a m a queJla instituição, va le n d o se
para isso de t o d o s o s m eios
q u e a F e d e ra çã o d is p õ e n o ter­
reno da força.
2.0 Estreitar os U ç o s de u n iã o
A FEPFRAÇAO
c o m as s o c ie d a d e s operarias,
e s ta b e le c e n d o em t o d o s o s paiz es «aa raça, uma c o n j u n c ç ã o
c o m o a q u e existe entre s o cia ­
listas* e re p u b lica n o s na Hespanha.
3.0 T r a b a lb a r para que nos
p aizes da raça latina o n d e a
R e p u b li c a está instituída, m u i­
to es p ecia lm en te, na A m erica,
o s g o v e r n o s se s o b r e p o n h a m a
t o d a influencia clerical, d e p o n ­
d o , si tanto fôr n ecessário, os
presidentes que a isso se recu ­
sarem.
4.0 C o n v id a r o s m a ç o n s das
ou tras raças, a q u e form em
F e d e ra çõ e s cora a da raça la­
tina, afim de ch eg ar desse m o d o
a o im pério universal d o s p o v o s
livres.
De t o d o 3 o s p o n t o s d e lib e ­
ra d o s deram c o n h e c im e n to a
t o d o s o s O iie n le s d a maçonaria, fe d er a d os ou n ão, pedindolhes que* co a d ju v e m o s seus
fins, e n ão e s q u e ç a m a o b r i g a ­
ç ã o q u e tem de am parar a t o ­
d o s aqu elles m a ç o n s q u e re c la ­
m a m o seu auxilio, si as circu m s ta n cia s o s obrigassem a
ca h ir nas m ã os da tyrannia.
Esta ultim a a d v e r tê n cia é
m u ito significativa, pois de
m o n s tia q u e preparam algum a
as&uada, e querem estar pre­
ven idos.
P e io q u e respeita ao Brasil,
p o u c o ou nada tem q u e fazer
a m a çon a ria na vida politica,
p o is j á fez tudo. S e p a r o u a
E greja d o E s t a d o ; seeularizou
o s c e m i t e r i o s ; estatuiu o en sin o
leigo e o ca sa m en to civil c o m o
u n ic o l e g a l ; laicizon to d o s os
s e r v i ç o s p ú b lic o s, p ro m u lg o u ,
em s u m ir a , um system a c o m ­
p le to d e e d u c a ç ã o puram ente
c t ji l , suffleiente para form ar o
* c i d a d ã o b ra sileiro com p leta íneute irreligioso.
Mas, si na vida politica pou* c o p o d e adiantar, na vida social
a m a çon a ria certa m en te intenta
v io lê n c ia s e p erturbações.
P o r uma c o r r e s p o n d ê n c ia da
E uropa, s a b e m o s q u e o grãoraeste da m a çon a ria luzitana,
M agalh ães L im a , cu ja visita ao
B rasil já for coram un icada, fi
c o u in c u m b i d o na referida reu­
n iã o, de vir aqui p r o m o v e r um
m o v i m e n t o u n iform e de c o m ­
b ate á re a cç ã o e ã o clericalisrao!
Ora, é c e r to q u e a m a ç o n a ­
ria n ã o v ê i m p o s s i v e l o d e s e n ­
v o lv im e n to e m p re cresscente
d o espirito religio s o e:n nossa
Patria, a o a m p a ro q u e lhe c o n ­
ce d e a lei basica da C onstitui
ção. N ã o será, por isso, descritetio&o' prever que, c o n h e c e n ­
d o se o p oder que d e facto
exerce a m a çon a ria em toda
p a ite, sem lim itações nem res­
p on s a b ilid a d es, p o rq u e rara vez
sab e á superficie o n d e se a
p o ss a analysar, es ta m os a m e a ­
ç a d o s d e coir m oçõe9 intestinas,
e em vesperas d e su rp rezas
d esa grad av eis q u e p o d e m d e ­
gen erar em p ers eg u iç ões reli
giosas'.
D a m o s o b r a d o de alerta a
t o d o s o s ca tiiolicos b ia sile iros,
ã fim de q u e se acautelem c o n ­
tra c e r to s m o v i m e n t o s ten d en ­
c io s o s , q u e e n v o lv e m em si a
p ertu r b a çã o social, e a ruina
m oral e religiosa da nossa q u e ­
rida Pátria.
em um anno, nem qualquer que a
E greja consente professar. T u d o ,
quanto pode ob scurecer a intelligencia ou entravar a vontade d ep a­
ra-o numa lon ga aprendisagem em
que é m inistrada ao pretendente
instrucção com pleta dos deveres
da nova vid a que aspira abraçar
e da qual vae tendo com prehensâo
perfeita, nitida e clara, de maneira
que finda essa aprendisagem , o p re­
tendente está em condições de cons­
ciente e livrem ente m anifestar a
sua vontade retractando-a, ou ractificando o seu pedido. Pertencer
a uma O rdem para quem crê é
honra sem egual, graça especial de
D eus, e està no interesse vital da
m
» M »
—
-----------E g reja , só adm ittir nella quem tem
vocação.
A ssim para as Irmans receberem
com o postulante a uma m oça, é
L IB E R A E S ... L IB E R A L Ò E S
indispensável previa licença por
escripto de seus Paes, e, para vestir
L o u v o r grande era antes ch a ­
o habito ha de ser ella prim eiro
m a r-se um h o m e m liberal, que
exam inada pelo B ispo c u seu d ele­
era o m e s m o q u e g e n e r o s o e
gad o sobre sua livre vontade. Para
m u ito d a d o r e d e sp re n d id o 110
profissão é indispensável além de
uso d o s seu9 bens.
n ovo exam e pelo B ispo ou seu d e ­
H o je o ch a m a r-se elle ou
legad o, que tenham deccorrido os
ch a m a rem -lh e liberal, d e facto,
annos m arcados pelas regras da
é a g g r a v o e vituperio, ainda
C on grega ção a que vae pertencer.
q u e elle o to m e c o m o elogio.
C om o, pois, podiam , de repente,
C o m o ha in s tr u m e n to s para
inesperadam ente, e sem conheci­
caçar as aves, pescar os peixes,
m ento de seus paes, professar ?
algem ar as mãos, assim ha a r Nem m entir sabem 1...
ra z o a d o s fallazes e palavras
A verdade é outra e bem diversa.
traiçoeiras para e n v is c a r v o n ­
P or expressa e livra vontads de
tades, offuscar e n ten d im en tos
seus P aes,estão as duas m oças no
e perverter c o r a ç õ e s e ga n h ar
C o llegio das Irm ans Franciscanas,
alm as para uma causa ruim e
com toda liberdade para receberem
detestável.
as visitas de seu Pae, que é fervo ­
Ora a palavra liberal foi uma
roso crente e que declarou ter muito
H E S P A K E â
dessas palavras traiçoeiras,qu e
go sto com a realisaçâo dos desejos
A nova Confraria de Irm ãos da
mais gen te en g a n ou e está énde suas filhas de se consagrarem a
B oa Im prensa, fundada pelo revm o
ga n a n d o, ha m ais de um sé­
D eu s na O rdem Franciscana, quan­
P . José D ueso, m issionário do C o ­
culo. E bem se deixa ver, no
do chegarem a edade precisa. T am ­
uso e a b u s o de tã o insignifi­ ração de M a r a e d irector de Íris
bém um pretendente a© casamento
cante sigtial das n o s sa s ideias, de P a z , conta já 1 9 1 5 coros de da m ais velha das dua* m oças,
a miséria e fraqueza humana, hom ens, 1655 de senhoras, ou se­ apenas soube que ella não queria
que tão facilm en te é illudida e ja, um total de 3570, tendo cada casar-se, nenhuma difficuldade oparrastada para 0 erro e d e s - côro 12 ou mais associados.
poz.
À província de M adrid conta
varios por gen te sem c o n s c i ê n ­
Q uando as duas moças souberam
cia nem sciencia, que assim 465 côros, a de V iscaia 377. z de da noticia das m entiras reccorreram
N avarra 265, Barcelona 247, L o sabe illudir seus sin.ilhantes.
a seu Pae para telegrap h ar fazendo
gron o 18 2 , S evilha 149 , S aragoça
Quanta d esv erg on h a , iramunconhecer a verd ad e e para P orto
1 4 1 , G uipuscoa 1 3 7 , ect.
d icie e parasitism o repellente
A le g re nesse sentido elle telegra'
T em o s dado conta de alguns
não c a p e i ^ e e n co b re esta co*
phou.
m o c a p a ^ ^ pedinte andrajosa, valiosos donat;vo s para a grande
E m toda essa indignação da p o %
cruzada da imprensa catholica con­
este p a jd m ã o liberal ou liber­
pulação
mais culta de S . Leopoldo
tra as hostes da im piedadè e da
d a d e ! íapenas uma verd ad e se encontra.
descrença que pelo papel im pres­
Hómfcns, que se e n v e r g o n h a ­
H ontem , com o hoje, e como sem ­
so pretende avas«alar e paganisar
riam
apparecer em p u b lic o
pre, não cançam , e mesmo gro ssei­
o m undo christão.
co m um ra s gã osin h o n o fato
ramente, vão m entindo, calumnian*
Um forte recurso chegou no
ou co m um salpico de lam a no
d
o , inventando, os m aiores absurdos,
mez de dezem bro ultim o a* caixa
rosto, n ão se e n v e r g o n h a m de
visando crear um a athm osphera de
da G rande O b ra ; uma pessoa des­
tom ar em seus la b ios essa p a ­
suspejção, de prevenção, de odio
lavra, significadora de tantos conhecida en tregou , de uma assen ­ contra a E g reja , para esm agaha.
desv a rios d o en ten d im en to e tada, a respeitável somma de 24.000 Mas com o disse Jesus, vin te séculos
pesetas ou 20 contos de réis.
de tantas lib e rd a d es da von
E ’ ainda pouco para a m agni­ o proclam am , as port s do inferno
t a d e ; e até fazem gola de
tude da em preza, mas será esta não prevalecerão contra a E greja.
se ch a m a rem liberaes. Malda­
exem plo um forte estim ulo p a :a o s
de ou ign oran cia, irreflexão e
Vida R elig io sa
ra os catholicos que têm recurso?
in con sc iên c ia é o q u e ella de
de fortuna e não acabam de comZelador
modelo — Um catholico
facto s i g n i f i c a ; m as p h a n la prehender a necessidade absoluta de AAjva Y o r k tornou-se propasia n d o e tr a n s fo r m a n d o -lh e 0
de sustentar a boa im prensa.
gandista do «M ensageiro do S ag ra
h o m e m 0 u n ico freio á furia
das p aixõ es — a religião com
as suas m axim as d og m a s, e n ­
sin a m en tos, premio9 e castigos,
sacra m en tos — e a co n s e q u e n
cia natural é estar se a form ar
coàii uma s ocied a d e de a lh eu s
e impios, uma so cie d a d e de
crim in osos.
A b r a m o s o lh o s o s g o v e r n a n ­
tes de cá. Se n ão se q u izer se­
guir ô triste e x em p lo da F r a n ­
ça, ensin e se nas escolas com
o a, b, c, com a gram m atica,
ele., etc., 0 ca te cism o. S ó ha a
ganhar em lionradez e h o n e s ­
tidade. .
Inimigos da Religião
sentido, to m a m - n a c o m o sy.u
n o n im o de h o m b rid a d e, cara­
cter e d ign id a d e h u m an a !
T a l fa scin a çã o e delirio se
a p o d e i o u da gen te nescia que
a tudo se foi applicando a pala­
vra liberal : h om em liberal, es
cola liberal, p rin cíp ios liberaes,
estad o liberal, diario liberal; j u n ­
ta liberal, clero (!) liberal, ave
n i i a da Liberdade (ia ter a
uma Penitenciaria \) ptiarmacia liberal até sa p ata ria liberal.
A
e-ta sa p ata ria liberal e
á tal A v en id a da Liberdade,
q u e vae terminai
á grande
prisão,
é q u e q uad ra
bem
o tal palavrão, p o rq u e
são
C r i m in a li d a d e
o p t im o s s y m b o lo s d o que elle
A escola sem D eu s está p r o ­ significa.
d u z in d o em França o s effeites
Em q u e con siste, co m effeito
naturaes d o seu ensino. Os o system a ou princípios libec r im e s pra ticad os p or j o v e n s raes% Em p rocla m ar soberan a ,
v ã o cr e s ce n d o a s s u s t a d o ra m e n ­ em ancipada e ind e p en d en te a
te e e x c e d e m o s co m m e ttid o s razão, d e m o d o q u e possa crer.
p o r h o m e n s j á feitos. Nas es­ ju lg a r ou sentir c q u e lhe dá
tatísticas d o a n n o passado lê se ua vontade, sem resp eito a
o segu in te resu m o :
Jesus Ghristo, mestre soberan o,
— P o r 100.000 francezes e n ­ misei i c o r d io s o R evelador das
trad os na m aioridade 10 foram verd a d es religiosas a o s h u m a­
j u l g a d o s por crim es e d ion d os, nos infelizes e d e c a í d o s : em
2 por h o m ic íd io s ; 116 por fe­ re c on h e cer em moralmente livre
rim e n to s e es p a n ca m en tos ; 115 a vontade d o h o m e m , c o m li­
p o r roubo*» ; p o r 100.000 fran­ berdade de, sem lei, sem n o r ­
ce z e s de 16 a 20 ann< s 16 foram ma e sem freio, fazer 0 que
j u l g a d o s p or crim es e d io n d o s , q u iz er e c o m o quizer, sem ter
3 h o m ic íd io s ; 165 por ferim en­ co n ta a lgu m a co m a von ta de
to s e e s p a n ca m e n to s ; 234 por e m a n da m en to de Deus, seu
i o u b o s . No e s p a ç o de 5 a n n o s cr ea d or e su p rem o Senhor.
h o u v e um a u g m e n to de jo v e n s
P or ou tra s palavras, negam
c r im in o s o s de 20 p o r 100. E' os direitos s o b e r a n o s e inalie­
realm en te triste ver a j u v e n ­ náveis de Deus s o b r e o m u n do,
tu d e i r á frente deste cam inhar q u e é obra su a , s o b r e a S o c i e ­
d e s e n fre a d o da crim in a lida de 1 dade, s o b i e as leis, s o b r e 0
E stes d a d o s a ssu sta d ores de­ g o v ern o e s o b r e a m o r a l ; ou,
viam abrir os o l h o s d o s g o v e r ­ se se quizer c o n c e d e m eguaes
n o s : m a 6 n ão ha p eores ceg os direitos a o d ia b o q u e a Deus,
d o q u e aqu elles q u e não q u e ­ q u a n to a os in d ivíd u o s, ás fa­
rem ver. O o d i o sa ta n ico d os mílias e ás nações, na legisla­
g o v e rn a n te s francezes con tra çã o , n o en sin o e no g o v e r n o
D eu s e con lra a Egreja tira ao doe p ovos.
Esta é a genuina a p p lica çã o
d os princípios liberaes. Q ual é
o p h a rm a c e u tic o e até o sap a­
teiro q u e taes n eced a d es diga,
se está em seu j u i z o ? E c o m tu d o lá tèera a sua taboleta
liberal, q u e tu d o isso vem
a
dizer, q u e faz reclam o a os taes
prin cipios liberaes, ca u s a d o re s
de q u a n tos males m oraes h oje
perturbam e agitam o s h om en s
110 m u n d o.
S ã o innuraeros os e r r o s e
desvarios q u e c o m este palavrão
se p rotegeram e a cob erta ra m .
Qu antas vezes se proferiu ou
escreveu, foi para capear um
desatino, para d efen d er uma
injustiça, para p rop a g a r uma
falsidade,
para disfarçar um
r o u b o ; qiara despojar, illudir,
enganar, e d esn ortear seres q u e
se d izem hom ens, q u e q u a n to
mais illudidos estão m ais e
m elhor ju lg a m sel-o.
- - “ A liberdade, disse um
m a çã o gra u d o, está em estarm os
nós p or cim a e elles (reaccionarios) p o r baixo
A o m e n os tinha este liberalão
o raerito da franqueza. O s o u ­
tros alem de en g a n a d ore s são
a s tu c io s o s e e n c o b e r to s .
Q u a n t o s h o m e n s de entendi­
m entos palhaços q u e tão facil­
mente são de vã os palavrões
lu d ib r io e in stru m en to c e g o .e se
crêem gran d es e illu strad o s,
p orq u e lêem sem saberem o
q u e lêem !
M.
------
MlI•
!■I
-------
\cm sabem mentir
S o b a ep igrap h e — Indignação
poupular — a «A N oticia* d o R io
publicou um telegram m a de P orto
A le g re com m unicando que a popu
laçâo m ais culta de S
L eopoldo
estava indignada com 0 facto de um
fazendeiro
depois de ter perdido
uma filha, que, na vespera de casarse, professára na Com panhia de J e­
sus, perdera inesperadam ente outra
arrastada pelas F reiras do C ollegio
e o professor na mesma Com panhia,
e por mais que pedisse, nem ao
menos concedia fallar-lhea !
A m entira é patente, em erge dos
proprios term os em que foi vasada.
O facto, tal com o foi narrado, é
sim plesm ente im possível.
T a l noticia revela odio indomável
a extra vazar no term o perd er e a
justificar a ignorancia com pleta que
manifesta. S i mais intelligente e
culto fora, o inform ante por certo
não com m etteria o desaso de passar
semelhante telegram m a.
O s factos não se passaram e nem
podiam se passar com o foram communicados.
A s duas m oças, ás quaes allude
o telegram m a, estão com effeito, no
C o llegio S . José, mas r.ão são nem
mesmo postulantes, e,
portanto,
não podiam tomar o habito e ainda
menos professar.
A E greja, para adm issão numa
O rdem , acto de extrem a importaneia, im põe, com o é de sim ples
intuição, condições que, por sua
natureza, asseguram o fim que v i­
sam, qual o de restringir a entrada
na O rdem aos que realm ente tem
vocação para essa vid a d e sacrifí­
cios, de abnegação, de heroism o,
de santidade. N ão é num dia, nem
do C oração», que se publica em
inglez, nesta cidade.
Em m uitas occasiões já tem en ­
viado a’ adm inistração da revista
longas listas de assignaturas. Sua
ultima carta, nos d iz o «M ensagei­
ro» am ericano d o m ez de N ovem ­
bro, continha os nomes de 272
novos assignantes.
E is um zelador que vera ’ , por
certo, realisar-se em sua pessoa a
consoladora promessa : aquelles que
propagarem esta devoção, terão
seu nome inscript® no meu C oração
e delle nunca sera apagad o.
(N . B. — O «M ensageiro* do
S ag ra d o C oração de Jesus» que
se publica em N ova Y o rk , em in­
glez, conta
160.000 assignantes).
Zelador a modelo— O mesmo «Men­
sageiro* fala de uma zeladora que,
no decurso de anno e m eio, alis‘
tou no «A p ostolad o da Oração»
2056 associados, e quasi tod ?s ho­
mens. C ad a semana ella faz uma
visita ao gran d e hospital de Phi*
ladelphia.
Q uando v ê , nos jard in s ou nas
salas, um g ru p o de homens con­
versando entre si, approxim a-se
delles levando brochuras, rosários,
escapularios. Sob retud o lhes fala
do offereeim ento ao S ag ra d o C o ra ­
ção e lhes esplica, d este m odo, o
prim eiro grao do «Apostalado».
Pede-lhes os nomes para os ins­
crever na 1 ga. D epois os convida
a c h e g a r s e aos sacram entos. A s ­
sim ella alistou ha pouco um h o ­
mem que, ha quarenta annos, ti­
nha d eixado de confessar-se e que,
depois de alistado no «A postolado
da O ração», voltou a pratica dos
sacram entos.
O AI boi*
Tem os em mãos o n.o 1 1 d esta
explendida revista catholica que se
publica na C apital F ed eral.
C aptivaram -nos ex tra o rd in a ria ­
mente as palavras de affecto d iri­
g id a s ao nosso m odesto tem an ario
A F ed era çã o , pelo que aqui d e i­
xam os con sign ad os os nossos a g ra ­
decim entos.
O num ero que tem os em m ãos,
eom o sem pre, vem repleto.d e bons
cscriptos e optim as illustrações.
Em r e v i s t a
U m a com panhia m aritim a de Ca*
lifoinia acaba de in augurar, para
uso dos “ touristes/* d o Pacifico,
um gen ero de barcos encantadores
E ’ o ‘ glass bottom b o a t/ ‘ em bar­
cação cujo porão é form ado de
paredes de vid ro espesso, mas
perfeitam ente transparente.
O s viajantes vêm assim a agua
do oceano a uma profundidade de
mais de d ez m etros, o que lhes
dá a illusâo dos subm arinos.
A p reciam os cardum es de peixes
em seu hum ido elem ento, os m ean­
dros caprichosos das algas e m es­
mo a configuração do solo.
E ’ um n ovo m odo de passear
que será provavelm ente ad optad o
pòr toda parte para m axim o pra­
zer do passageiro.
*
* #
E stà se fazendo na Inglaterra
uma activissim a propagan da, á fa­
vo r de uma util innovaçâo na arte
culinaria.
T ra ta 's e de abolir caçarolas e
frigid eiras, para substituil-as com
simples folha de papel.
Q u ereis preparar nm assado ?
Bastará en volver a carne ou o
frango em um saquinho de papel,
convenientem ente preparado e pol o
no forno da estufa a g a z até que
tenha attin gid o o m ais alto grá u
de calor.
Q u ereis preparar um estufado ?
N ão é preciso senão accrescen tar á carne on acessario condim en­
to no saquinho de papel, fechar
este herm etieam ente e proced er do
mesrn© m odo que com o assado : as­
sim tam bem com o p eixe, caças,
etc.
E ste system a foi inventado por
um cozinheiro francez, m uito c o ­
nhecido em L ond res, e é em pre­
ga d o em um hotel de primeira o r ­
dem. A flirm a que o system a por
elle inventado tem a vantagem inapreciavel da rap id ez, da sim plici­
dade e da economia.
A carne cosida no envolucro de
papel, leva menos tem po a co sinhar, e portanto consom e inenos
gaz ou m enos cavâo, segun do a
qualidade a e forno usado, e ao
mesmo tem po não e x ig e uma co n ti­
nua vigilan cia da parte de quem
cosinha.
A econom ia em com bustível é
pelo m enos de quarenta e o ito por
cento, e em quanto que ao mesmo
tem po no m esm o forno pod e se
cosinhar carne, peixe ou caças de
varias qualidades, sem que o cheio
ro ou sabor soffra o effeito tão
detestável d o torresm o. Emfim o s
creados gosarão do beneficio in a preciavcl de não terem mais fr i­
gid eiras ou caçarolas para lav ar e
polir interna e externam ente. A in da
as despesas da m anutenção e re n o ­
vação do arsenal de cosinha serão
tão notavelm ente redusidas que os
fabricantes d estes artig o s soffrerâo
prejuízos. O papel preparado para
tal fim é im perm eável não tanto
para a agua mas sobretudo para a
go rd ura. Uma im portante firma que
negocia em generos com estíveis, em
L cn d res e no resto da Inglaterra,
iniciou a fabricaçao em gran d e e s­
cala do papel desejado, e o ven d e
por preço m uito reduzido. Calculase que uma familia nac devera dispender m ais de trinta centesim os
por semana para p rover-se da quan­
tidade necessaria para todos os
pratos.
*
_* *
Em Falfriapicena, d iz um tele­
gram m a do /ornai do Commercio,
um proprietário rural, de nom e
C on cetti, quando procedia a exca •
vações numa vinha, encontrou d i­
versos vasos de terra-eotta, con ­
tendo 7-400 moedas de prata e
600 cobre do tem po d a s im pera­
dores A lex a n d re, S ev ero , G iord ano, G allieno e outros. S u p p õe-se
que se trata de dinheiro enviado
ao chefe militar daquella região pa­
ra pagar os ordenados aos solda­
dos.
F oi tudo transportado para o
museu de A n cona.
**
*
O sr. Oussand inventou um m o ­
do facil de prod uzir luz inteiram ente
fria. A sua lam pada electrica consta
duma ampola de vid ro ordinaria
com um filamento m etálico, que se
torna incandescente por uma corren*
V
A FEDERAÇAO
te p r o d u z ia numa pequena pilha e
interrom pida periodicam ente por um
com m utador. E sta corren te descon
tinua causa no filamento pulsações
que o tornam luminoso só em quanto
dura cada pulsação. S ão porém tào
rapidas as successivas illuminações
do filiamento, que na retina do
ob servad or se produz a im pressão
duma luz absolutam ente fixa. Além
disso, o fillamento em cada inter­
rupção da corrente perde o calor
ad ou irid o no curto periodo d o tra­
balho. A ssim se pód e com m unicar
à lam pada uma corrente de tensão
inferior à norm al, sem se produzir
no filamento um aquecim ento con­
tinuo que o volatisaria.
*.
*
*
O d elegad o do M inistério da
A g ric u ltu ra no A cre, em seu rela­
tó rio ha poucos dias apresentado,
faz d iversas considerações sobre a
im portância e necessidade do p r o ­
jecto de lei que estabelece em toda a
R epublica o serviço florestal doA cre.
Inform a ainda que a fauna da
região acreana, até ha pouco ri­
quíssim a em variadoa especimens,
tende a desaparecer, ceifada pela
carabina dos serin gueiros.
O s preços correntes de alguns
m edicam entos e artig o s de comm ercio naquella zona do extrem o
norte são c s s e g u in te s : m agnésia
fluida, vid ro 1 2 $ ; vinho D ésiles,
frasco, 25$ ; agua ingleza, frasco,
1 5 $ : pilulas de B ristol, taurinas,
E aston , vid ro, 14$
e
1 5 $ ; kola
M onavon, vid ro , 1 5 S ; aguardente,
garrafa, 6$ ; vinho do P orto, g a r ­
rafa, 1 5 $ ; sabonete, 10$; um v i­
dro de essencia nacional, 40$; um
p a r de chinelos de liga , 10$; uma
bacia de z>nco, ioo^ o oo.
Isto dà ideia da vida no A cre,
a qual, apesar de fartam ente re­
m u n erad a, não é convid ativa.
AO COMMERCIO DE Y T U ’
A resolução tomada pele com m ercio desta cidade de não receber
m ais m oeda de cób re é m uito p re­
ju d icial á pobreza, que se v ê pri­
vada, em gra n d e parte, dos a u xilios
da caridade publica, com o passo a
dem onstrar. T en d o em vista o gran ­
de numero de pobres que percorrem
as ruas da cidade no dia de sabbado,
para dar a cada um a pequena quan­
tia de 100 reis seria necessário que
cada familia reservass'» uma verba
de cinco a seis mil reis por mez
só para este fim. O ra isto é im ­
possível a maior parte das familias
ituanas, principalm ente numa epocha
com o esta em que a lueta pela vida
se torna cada vez m ais renhida.
D em ais com o era edificante ver o
pobre operário repartir com a po­
breza uma parcella dos seus suores,
dando um vintem ao pobre que lhe
estendia as mãos. A g o ra se v ê na
dura necessidade de lhe d izer —
não posso, não tenho para dar-lhe.
E esses cégos, inválidos, d ecrepitos
se acharão, em b reve, a braços c«m
a m iséria mais horrenda. M as p o ­
deriam retorq u irm e,ah i está o A sylo ,
que vão a b rig a r-se á som bra dessa
casa. A n tes d« tudo cum pre res
ponder que 0 A sy lo não dispõe
ainda de recursos sufficientes para
receber tanta gente. A lém disto
m uitos são casados, e portanto não
podem ir para o A sy lo .
H a pouco
esteve em casa um
pobre m endigo, lam entando esse
estado de cousas : «N ão sei com o
está para ser, os negociantes não
querem m ais receber dinheiro de
cóbre» ! O pouco lucro que os n e­
gocian tes poderiam auferir com essa
com binação, será grandem ente com
pensado com as bençams do céo e
com as lagrim as dos pobres, si logo
deixarem de executal-a diante das
razões aqui expendidas. E ' ad agio
m uito a n tig o , — mais vale quem
D eu s ajuda do que quem cedo ma­
d ru g a — . D e que serve a fa d ig a rem -se tanto com estas coisinhas
de tão pouca im portância, si D eus
q u e é a causa das causas, lhes ccrtar
a vasa dos melhores negocios, dos
m ais m agníficos lucros ? Dem ais
porque rom per com esse costum e
tantas vezes secular dos pobres de
Y tú sahirem a esm olar no dia de
sabbado ? O s nossos antepassados
nos legaram esse bello costum e que
faz honra a Y tú , devem os conserva l-o . A caridade é o grande dis
tinctivo das nações catholicas. Na
poderosa In glaterra os pobres m or­
rem á miséria e á fo m e ! Londres
a mais populosa cidade do mundo
é o fóco da maior m iséria e pobreza !
E os pobres não podem m endigar
yelas ruas ; p orq ue a lei não lhes
perm itle. Q uando a policia os sur
prehende esm olando, são lo g o p re­
sos. N ão se tire, pois, o que faz a
honra e glo ria de Y tú .
f.e A
ntonio
B
ueno de
C
amarüo
BOM JE SU S
C o n g re g a ç ã o das F ilh as de Maria
D e confoim idade com a disposiçâo do R evm o. S r. P. Su perior
a v iso a tod as as co n g rega d as que
a reunião m ensal ter» ’ lu ga r no
dia 2 de M arço as 5, i[2 horas da
tarde.
A Secretaria
U N o dia 22, o sr. Benedicto B renha R ib eiro, intelligente estudante
de M edicina.
A senhorita G ertru d es de S a m ­
paio Barros.
D ia 24, o sr. A n ton io Benedicto
de Vasconcellos.
D ia 25, o sr. P ersio Pereira Men­
des.
A rte s de ro u b a r
A a u c to rid a d e militar de Ná­
p oles d epois de m in u c io s a s in ­
vestiga ções ch e g ou á c o n c l u ­
são de q ue o m inistério da
guerra estava p a ga n d o in d e v i­
C in zas
da men te s o m m a s e n o rm e s pelo s b o is q u e o s f o r n e c e d o r e s
R ealisa-se hoje, na egreja da O r ­ e n viav am para as tropas ita*
dem T erceira de S . F ran cisco da
lianas em Africa.
Penitencia, ás 5 horas da tarde
A fraude f a z ia s e , p orem .co m
sahirá d 'a li, a procissão de C in ­ toda a habilidade, sem q u e os
zas, que
percorrerá as ruas da o l h o s a b e r to s d os officias mi­
Palm a, C arm o e D ireita.
litares a p u d essem adivinhar.
A entrada haverá serm ão e b en O s b o is c o m p r a d o s eram p a ­
çam .
g o s c o n fo r m e o peso q u e ti­
vessem n o a cto da ven da e
L e ilã o
um a um era p u c h a d o para
H oje, após a Procissão de C inzas,
cim a da balança. 0 e m p r e g a ­
ttr à lu g a r no adro da E g reja de
d o de s e r v iç o lia a marcação^
S . Benedicto, um leilão cm benefi­
o*olticial co n íir m a v a a leitura
cio das obras dessa E g re ja .
e passava d o c o n ta d o r para a
A com m issão das obras, pede o
m ã o d o fo r n e c e d o r o e stip u la ’
com parecim ento das exm as. fam ilias
d o por c a d a k il o .
para m aior realce do leilão.
A q u i o ro u b o .
O n d e está a m an ha ?
C r n p o E sco la r
Os fa r n e c e d o re s , antes de
D este estabelecim ento de ensino, pezar o s b ò is faziara-no» c o ­
foi dispensada a ped ido, a adjunmer grande q u a n tid a d e de for­
cta, tx m a . sra. d . A nna E liza V a z
ragem secca e m u ito salgada.
P ir fo , sendo disign ad a para n'ella
O s p o b r e s a n im a es d e v o ra d o s
ter exercício, a escola m ixta da es­
p or uma sede ardente, bebiam
tação de D . C atharina.
litros e litros de agua.
D tá ta escola, para o gru p o , foi
E ra esta agua servida c o m
trarsierid a a professora, exm a. sra.
a videz n o s ta n q u es das fon tes
d. Carm ella M aria L aura V ilta , que
p u b licas que o m inistério da
amanhã d everá prestar com prom isso
guerra p a gou p or b om preço
e entrar em exercício.
c o m o s e fo s s e ca rn e fresca da
N a quinta feirã assumiu o ex er­ m elh or qdalidade.
cício do c a rg o , o professor F elicio
O u tros v e n d e d o r e s faziam e n ­
M arm o, transferido do S a lto , para
golir d oses de c h u m b o a os b ois
o gru p o desta cidade.
q u e h aviam d e vender. Este
c h u m b o passava ta m b em por
carne de vaca m u ito tenra e
F a lle o im en to
s a b oros a .
N a capital, no S an atorio Santa
O n d e não ha Deus, a honra*
C atharina onde se achava em t r a ­
d e z jd e p r e s s a se e s q u e c e. R o u ­
tam ento, falleceu o distin cto m oço
ba-se de to d o s o s m o d o s e p o r
sr. João R a va ch e Junior, filho do
to d o s o s p r o c e s s o s .
d r. João R avach e e cunhado do
0 d ia b o, ainda q u e esperto,
p rofessor A n d ré R o d rig u e s d ’ A ldeixa se m p r e a ponta d o rabo
ckm in e prim o da exm a. sra. d.
p or e s c o n d e r . O c h u m b o e n ­
L u iza R avach e, aqui resid en te.
co n tra d o nas en tra n h a s das
rezes foi o tio da m eada que
Na c id a d e e em viarjem
a ca b o u co m aquella vil e x p l o ­
r a ç ã o _________
E stiveram na cidad e os c lé rig o s
NOTAS E NOTICIAS
Arm ando G u errazzi e O rlan do Motta ; e senhores A n ton ino Cintra,
residente em X arqu ed a ; L au ro F n gle r de V asconcellos e A v e lin o P a l­
ma de A n d rad e, alum nos da E scola
de Com m ercio A lv a re s Penteado.
— Em visita a sua ver.eranda
avó em ais parentes, segu iu para o
A m p aro, o sem inaristajoão da S ilva
Couto.
Serão C h n stãj de. Faclo ou 3(5 De Nome
T e c a o sino convidan do a’ missa
dom inical.
L ig e ira chuva com eça a cahir.
" C o m esta ch u varad a então irei
a m issa, arriscando-m e a estragar a
minha roupa ?“ exclam a o pai de
fam ilia.
" E eu, d iz a dona de casa, expor
mu ei ao p erig o de apanhar uma
C o n flicto
forte constipação ?
. N o lu gar denom inado L ag ea d o ,
" O h , mamãe, ad verte a filha," ho­
do bairro d o G uaratapendava, des­
je é dom ingo, e na doutrina o u vi
te m unicípio, por m otivo futil, os
que tem os ob rigação de assistir a
indivíduos F ra n cisco Pernam buco
m issa".
e S a lv a d o r de A lm eid a, tiverrm
"C ala-te, queres por ventura ensi­
uma altercação, vindo as vias de
nar a teus p a e s" ?
facto, F ran cisco atiro u S alvad or,
C h ega a noite.
que recebeu a carga no pulm ão
A chuva tem cahida durante to ­
esquerdo, atravessando-o.
d o o dia.
O ofíendido foi para aqui trasido
‘ Q u e pena, d iz a mãe, chover
em em estado g r a v e , e após feito
justam ente hoje, 110 dia do baile,
o corpo de delicto, recolhido na
a que nos con vid aram ''.
Santa Casa, com gu ia d o dr. D e Mas então, mamãe, deixarem os
lehado de P olicia.
de ir ?•*
F o i aberto inquérito a respeito.
O ra minha filha, tu já estaes 11a
idade, de casar e não podes faltar
ao divertim ento de hoje1'.
" E ’ verdade, nota, o pae, quan­
E ste v e na cidade algu ns dias,
tendo hontem segu id o para a villa tos sacrificios temos de fazer pelos
nossos filhos !"
de Pirapóra, o jo ve n e illustre sa ­
E lá vão elles.....................................
cerdo te revm o. padre V enerando
A
chuvinha de manhã |fees ser­
N alini, que ali pela prim eira vez
viu de pretexto para n£fc assistir
celeb iaiá .
D urante a sua perm anência nesta á m issa; a chuvarada da noite não
cidade, onde veio cum prir votos, foi capaz de retel os dum d iv e rti­
celebrou na C apella dos Hospital mento.
( D o Ram alhete de F lo res)
dos M orpheticos, na eg reja de S.
Beneclicto e na M a tr iz ; e, pelo seu
trato aflavel e m aneiras distinctas,
conquistou aqui m uitas am izades.
N a sua vÍ2gem a Pirapóra, foi
acom panhado pelos clérig o s A rth u r
H o m e n a g e m ao B ar âo
L eite de Sou za, O rlando M otta e
do R i o B ra n c o
sem inarista José M aria M onteiro.
Secção Escolar
CARTEIKA SOCIAL
(R ep rod u çã o da exp lica çã o feita
pela nossa p ro fesso ra )
O inesquecível B arão d o R io
B t a n c o , 110 dia 10 d o corrente,
A N N IV E R S A R IO S
foi a rreb a ta d o a o s aféctos e
F izeram annos :
ca rin h o s da familia pela im pla­
N o dia 14, o menino C aio M ario( cável morte, d e ix a n d o a Patria
de F reitas S am paio, filho d o sr. enlutada.
A u g u sto F erra z d e Sam paio, pre­
Nesta cid ad e de Itu a n o ti­
feito municipal.
cia ca u s ou uma d o lo r o s a im ­
N o dia 16, o menino Antonio, pressão q u e se m anifestou no
filhe do sr. A n ton io da C osta C oim ­ s em blan te de todos.
bra.
Im m ediata m en te a Gamara
Municipal, em sinal de pezar, um m on s tro de q u e de um e n ­
m a n d o u h astear a Bandeira te h u m a n o ? Pois bem, es 9a
N acion al en volta em crepe, s en ­ molestin, oriu n d a de males s y d o im itada pelas repartições pluli ticos, p e r s e g u iu -m e 1 p o r
algu n s a n n os , t r a z e n d o -m e por
publicas.
O G ru p o E scolar «C e s a r io alguns a n n o s sem pre em d e s ­
M ota» s u sp en d e u as aulas d u ­ co n s o lo , até q u e o E lix ir de
rante tres dias e o s ca n to s d u ­ Nogueira, Salsa, Caroba e G u ya ‘
co, veio tornar me perfeitam en ­
rante um mês.
P o r o rd em d o Snr. D irector te cu rad o.
A m inha saude, Sr. Silveira,
t o d o s o s p r ofess or es em suas
classes, e xp lica ra m a causa do d evoa-a á sua p r e p a r a ç ã o ; ésta é a v erda d e ; sei q u e ella
lu t o nacional.
E m breves p a h v r a s vou re­ n ã o precisa de e l o g io s m eu s ;
s u m i r a p releçã o da m inha p r o ­ entretanto, á gr a tid ã o antes de
fessora d o 4.* a no, D. a n g e lin a tu d o. P eç o-lh e licença para p u ­
blicar esta c a r t a ; q u e r o tornar
C ocoiin i.
D i s s e - n o s ela q u e o B a r ã o p ublico, a o longe, o q u a n to , é
d o R i o B ra n co era um patriota p r o d ig io s o o seu E L I X I R .
d e v o t a d o e s in c ero ; trabalhava
De Vmce. att. am. e cria d o
sem pre para o b te r 0 engrandeEmyddio X a v i e r d e S o u z a
cim en to d o Brasil.
Era natural d o R i o de Ja­
n eiro e n ascera a o s 20 de A bril Vende-s© naa boas pharmaeias #
drogarias desta cidade
d e 1845.
O B arão d o R io B ra n co le^
P elotas,28 de M arço de 1883.
vacio p elo seu a rd en te p a tr io ­
Casa Matriz— P E L O T A S — Rio
tism o c o l o c o u o Brasil na altura G r a n d k d o S u l — Caixa Postal 66
d e potên cia d e primeira ordem .
Deposito geral e Casa filial— Roa
E ’ a esse ilustre p erson agem
Conselheiro Sairaiva. 14 e t 6 .
q u e o B rasil d e v e o a u m en to
C A IX A POSTAL 148
d o seu lerritorio sem q u e dessas
Rio de Janeiro
co n q u is ta s h o u v e s s e d e rr a m a ­
m e n to de san gu e ; sua a cçã o
Fistulas, feridas de mau c a ­
foi sem pre de paz c harmania.
racter, c u r a rap id a c o m o p o ­
A França e a R e p u b li c a Ar­
gen tin a d ispu ta va m a p o s s e de d e r o s o d e p u r a tiv o «Elivir de
e x ten s os e ric o s territórios : — N ogu eira». V e n d e - 9 e em todas
O A m a p á a o N orte d o P a rá e as pharmaeias.
o das M issões e o de Palm as,
a Oeste d e Sta. Catarina, s e n d o
v e n c e d o r o Brasil, d e v id o ao
gran d e lalen to d o B en em erito
A
R
m
m
c
i
o
s
Brasileiro.
Em 1902 o Dr. R o d r ig u e s A l ­
ves — p resid en te da R e p u b l i ­
ca — c o n v id o u o B a r ã o d o R io
B r a n c o para o ca rg o de m in is­
tro das R e la ç õ e s Externas.
v e n d e se u m a explerr
A c h a v a - s e ele nessa é p o ca
em B erlim — A lem a n h a — co- ’ dida casa, mui to b e m
mo m in is tio p len ip ole n cia rio, e localisada, de construa ce ita n d o o c o n v it e foi ele m ui­
cção solida e elegante,
to bem j-ecebido no R io do
Janeiro, e assum iu aqu elle ca r­ sendo u m a das melho*
res desta cidade.
g o a 15 de n o v e m b r o de 1902
Im ed ia ta m en te tratou de in­
P a r a informações n a
c o r p o r a r a o Brasil o o p n le n lo
rua Dir eita 55, c o m F.
lerritorio d o A cre, a o Sul d o
Cintra.
A m a z o n a s, m ediante uma p e rmuta de territórios e o p aga­
m en to de 2 .000.000 de libras
A s mães de familia pevem dar
esterlinas em duas prestações. a Lom brigueira d o P h arm aceu tiA lém d e rein corp ora r a o B r a ­ co Chim íco S ilv eira, a seus filhos
sil o s territórios d o A cre, d o para livral os das terríveis lom brigas
A m a p á e das M issões, o b e n e merito estadista estabeleceu d e ­
finitivam ente os lim ites d o B i a sil c o n s e r v a n d o sem pre a paz
e a m iz a d e co m as R e p u b lica s
visinhas.
C edeu e s p o n ta n e a m en te á
R e p u b lic a d o U ruguay em 1908,
parte d o territorio fluvial bra­
sileiro na L a g ô a Mirim e no
C o m longa pra­
J agu arão.
tica, p re p ar a a M uito trabalhou pará a a b o ­
lu m n a s pa ra a e s ­
liç ã o d o s escravos, e sem e x a ­
cola n o r m a l elec*
gero p o d e m o s afirmar q u e o
B a r ã o d o Rio B r a n c o foi 0
c io th eo ri ca e p r a
«in te g r a d o r da Patria*
e «o
t i c a m e n te : franm a ior estadista bra sileiro», m o ­
cez,inglez, italia­
tivo p elo q ua l 0 Brasil deve
no.
org u lh a r-se d e ter s id o o b erço
P i a n o pelo m e d e tã o G ran d e H o m e m .
Q u e relíquia s a c ro s a n ta d e ­
tho do do Co n se rv e m o s gu a rd ar em n o s s o s c o ­
vatorio de S?ão
ra ções a im ag em d o B a r ã o do
Paulo.
R i o B r a n c o desse A p o s t o l o d o
T r a ti-s e a ru a da
B em , da P az e da Justiça, cu jo
Pa lm a, n um eró 22 2
n o m e em caracteres de o u ro,
ficará gra v a d a nas p aginas da
n ossa h istoria ilu m ina ndo-a pe­
lo seu fulgurante talento e pa­
triotism o.
C o leg a s , h o n r e m o s ta m b em
T em seu attestado na vo z do
os restos inortaes d o in e s q u e ­
povo o gran d e depurativo do sangue
cível patriota !
CASA A VENDA
PROFESSORA
A ngeliua
F rancisco
4.° ano
Itu 15 de fevereiro d e 1912.
«E lixir de N ogu eira» ,
m aceutico S I L V E I R A .
do
phar*
SecçãoLivre
CAUSAVA HORROR!
C u r a maravilhosa)!!
lllo m S r .J o â c da Silva Silveira
A m ig o e Sr.
A gra tid ã o antes de tudo
E stou cu r a d o co m a sua fa m o ­
sa p rep aração E lix ir de AA>gu eira , Salsa, Caroba 0 Cuaijnco.
Q u em desta terra n ão me c o ­
n heceu c o m a p h is io n o m ia h o r ­
rorosa, s u p p o n d e - s e até que
eu e r a
m o r p h e lic o V Quem
muitas vezes, a o e i n b a r c ã r n o s
b o n d s , o n d e sou em p reg ad o,
n ão lamentaria a m in ha sorte,
a o v er -m e co m o ro s to e as
o re lh a 3 (pae mais pareciam de
JED ALH AS
e
v e r o t • nicas, d e S ã o B e n e dicto, S.
B e n to, SS. C o r a ç ã o d e Jesus e
d e Maria, D i v i n o E sp irito S a n ­
to, S. Luzia, N . S. da A p p a r e c i d a e muitas outras in v oca ções.
C ru zes d e prata, etc.
Na
C A S A E C C L E T IC A
R u a da Palm a, 4 6
O «Elixir de N ogueira» d o
P h a rm a ce u tico S I L V E I R A cura
q u a lq u er ferida, p or mais a n ­
tiga q u e seja. Vende-se em tod o
0 Brasil.
A FJEDF.RAÇAO
D E N T I X Ç Ã O
MO 0PU5CU10
C JW IK A IV Ç A S
M a t r i c a r i a F. D u t r a
SOBRE A
commühag
D A S
0 «E lixir de N ogu eira» d o
P h a rm a e cu tico S I L V E I R A cura
q u a lq u e r ferida, por mais a n ­
tiga q u e seja. V en de-se em to d o
0 Brasil.
freqüentk
ti a :*
A ch a -se á venda nesta typographia por 200 réis o
exem plar o opusculo d o Revmo P adre A n ton io B u en o d e
C am argo sobre a com raunhão freqüente. E ’ um liv rinho que todos os catholicos
e d evotos devem ter, a fim
de conhecerem as grand es e
estupendas van tagen s da communhao freqüente e qu oti­
diana.
S ua E xcia. R evd m a. o Snr.
A rceb isp o M etropolitano, d e­
sejando prom over o mais pos­
sível a diffusao desse livrinho, tlém de o approvar e
recom m endar,
conc e d e
a
indulgência de io o dias na
form a costum ada da E greja
ás pessoas que o lerem .C on ­
tem um capitulo sobre a v i­
sita ao Santíssim o Sacram en­
to, a oração e a festa de
C o rp o de D eus, tudo isto
com o m eio para augm entar
nos fieis o am or a Jesus nes­
te augusto Sacram ento. T ra z
tambem orações para antes e
depois da comm unhão ; de
m odo que os pobres que não
podem ga sta r quatro ou cin ­
co mil reis para com prar um
manual onde se encontrem
estas orações, com a insignificante quantia de 200 reis
têm um livrin h o em que pó
dem p rep arar-se para a com ­
munhão e dar depois a a c ­
ção de graças.
-,CJ L3 CJ
b P n
A
U N IÃ O
S É D E : S.
•j
E sta com panhia, que m aiores garantia offerece a seus m utuários, tem em andam entos :
T R E S
S E R IE S
J )E P E C T J L I O S ,
distribuin do m ensalm ente, pelo sorteio da L o teria da
C ap ital F ederal d o dia 10 d e cad a mez, ou da vespe'
ra, quan d o esse d ia seja d om in go ou feriad o :
T r e z prêm ios em dinheiro, Jc
10:0008000
T rez
»
»
»
»
2:oo$ooo
Q uin ze bonificações de duas anniiidades.
N esta serie p agará o m utuário 108000 de joia
e 5$ooo de m ensalidade, até o dia 30 de cada mez.
e
PAULISTA
B en to , 70 —
C A IX A *
X < 0
cüL
> x
Uma S E R I E C U M T J L A T I V A , d istribuin ­
do mensalmente, pelo sorteio da L oteria F ederal
do dia 9 de cada m ez, ou da vespera, quando es­
te seja dom ingo ou feriado :
Um prem io em dinheiro, de
20:000^000
C in co
»
»
»
*
2008000
»
»
»
»
»
ioo$ ooo
777
Distribue m e n s a lm e n t e u m p re m io e m p r e d i o o u
e m dinheiro até 10 oooSooo.
UM FREMIO E-Mt DINHEIRO ATÉ
rrf-T3Cn -■»
C O M P A R E C IA C O B ÍS T H Ü C T O R A
E DE C R E D IT O P O F V L A R
R IO D E J a N E I R O
P A U L O — R ua S ã o
LatM Udli]
UNIÃO MUTU a
Deposito gera l do fab rica n te : D R O G A R IA P A C H E C O
Rua dos ^ndradas N s. 59 e 5 5 .
u t u U tU IMtU LiJíU
d51JiEiraBlJiBrU361JB6rU^BUiBir3Eir3&lfB51í3&
De 3 raezes a 3 anuos é que as 'Creanças Jevem usar a
M A T R IC A R IA de F . D u t r a . Todas as mães de fam ília que de­
rem a M A T R IC A R IA aos seus filhos durante este periodo podem
ficar tranquillas que a deutição se fará sem 0 menor incidente.
Excellente remédio ínoffonsivo para a deutição das creançãs
e cuja efficacia é attestada por mais de *200 médicos brasileiros,
este medicamente faz desapparecer os soffrimentòs das creanciuhas,
tornando-as tranquillas, evita as desordens do estomago, corrige
as evacuações, cura a febre, as cólicas, a insomnia e todas as
perturbações da dentiçào.
A s creanças que usam a M A T R IC A R IA não criam vermes
e tornam-se alegres ; fortes e sadias.
E n c o n t r a - s e e m todau as P h a r m a e i a s
D r o g a r i a s da C a p i t a e do Interior
Fistulas, feridas de mau c a ­
racter, cura rapida coTn o p o ­
d e ro s o d e p u r a tiv o «Elivir de
N ogu eira». V e n d e - s e em todas
as pharmaeias.
2Jao$oao
Cinco bonificações de 120S900
66 A U N I Ã O P A U L I S T A 44 é um a S o c ie d a d e
P a r a in scr ipçõ es e maior es in­
m utualita qiie tem por fim, entre ou tros , p r o p o r c io n a r um CAformações, c o m o a g e n t e nesta
P I T A L ou uma C A S A de m oradia a o s seus mutualistas.
O s m utualistas p agarão a q ua n tia de c in c o mil reis m e n ­
cidade.
salm ente e c o n c o r r e r ã o a um sorteio m en sal q u e se realizará
C IN T K A
s e m p r e no dia 15 de cada mez, ou na vesp era q u a n d o o dia
15 de cada mez, ou na vespera q u a n d o o dia 15 fôr feria d o.
A 09 m u lua listas q u e co n c o r r e r e m a 12o s o rte io s e que não
forem s ortea d os , 66A U X I A O P A U L I S T A 44 resti*
tuirá a im p ortâ n cia total das su as m en salid ad es a c r e s c id o s d os
j u r o s d e 5 °y0 q u e serão c r e d ita d o s annualmente. E ’ um seguro
de vida m od e sto q u e se p r o p o r c io n a a o s m utualistas q ue n ão ú-Ld íl j
forem s ortea d os .
E m c a s o de fa llecim e n lo d o mutualista. o s seus h e rd e i­
ros o p t a r ã o : ou pela restitu ição integral das m en salid ad es já
pagas até essa data, ou pela c o n tin u a ç ã o da sua respectiva a p ó ­
lice, vaiídada em n o m e de um d ’ellcs, c o m t o d o s o s d ireitos
02501450
L
I
1
E
N
T
0
S
A
a ella inherentes. 0 mutualista q u e pagar a d ia ta d a m en te t o ­ A
O d is tin c to clin ico Dr. J o a ­
das as m ensalidades de um a n u o terá direito ao d e s c o n to de 10 °|0.
quim R . s g a d o diz que, para
Gomo se vê 0 mutualista d s <4U J V I A O P A U L I S "
0 m e lh o r para as c r ia n ç a s e
ú lceras syphilittcas n ão ha m e ­ T A m em caso nenhum, independente de sua vontade, perde­ A L I i V E E E f T O V E Q E T 4 E
p e ss o a s debilitadas
d ic a m e n to q u e dê re su ltad os rá as quantias que n’ ella empregar. S ó as perderá quando deli­
beradamente deixar de contribuir com as suas mensalidades.
E ncontra-se a venda no arm azém de A n ton io Guilherme de Almeidam ais fa v o r a v e is do que 0 g r a n ­
In screvei-vos, pois, assim c o m o os v o s s o s filhos, n* " U N I A O
X *U A D E S A N T A
R I T A
IV . 0 7
A
de d c p u r a tiv o d o s a n g u e E L I ­
P A U L I S T A / q u e n ão v o s arrependereis.
X I R DE N O G U E I R A , d o pharP residente Dr. A d o l p h o B otelh o de A breu S a m p a io
D ireclor J u ríd ico eS ecretario Dr. E stevam A de O liveira
in a c e u tic o -c h im ic o J o ã o da Sil­
T em seu attestad o na
v o z do
A s mães de familia pevem d a r
Thezonreiro Dr. J osé Virgílio Malta C a r d o s o
va Silveira.
povo o gra n d e d ep u rativo do sangue a Lombrigttéira. d o P h arm aceu tiP eçam p ro sp o cto s © © scía orcim en tôs :io A q en to
A firma deste h u m an itarío
«E lixir de N ogu eira» , do phar- co-Chim ico S .lveira , a seus filhos
Depois dislo mais nada
clin ico estaJ rec on h ecid a
(5P i t . c | i í i o
Vende-se nas boas pharmaeias
drogarias desta cidade
0 Ó e ^ tj-
Y
A l1
m aceutico S I L V E I R A .
para livrai os das terríveis lom brigas
e
Casa Matriz— P E L O T A S — Rio
S u l — Caixa Postal 6 6
Deposito geral e Casa filial— Raa
Conselheiro Sairaiva. 14 e 1 6 .
G
c B z a n à ã o
ra n d e do
A PREVIDÊNCIA
C A IXA POSTAL 148
Rio de Janeiro
C A I X A
P A U L I S T A
D E
P E N S o E S
Q u a iq u er pessoa
p ó d e a ssociar se para rece ber uma p en sã o de l : 2 o o $ o o o ou l : 8 o o $ o o o no m a xim o depoisde l o ou 15 a n n o s , p a g a n d o a pen as 5 $ o o o o u 285 oo P o r m ez
P R ANGE LI NO CINTRA
PEÇAM OS PROSPECTOS ------
T r a t a d e i p a p e is d e easam enr
to s c i v il © r e lig io s o .
In v en tá ­
r io s , j a s t i f i e a ç ü o , t u t e lla s , e tc .
R e q u e r p a r a q u a lq u e r r e p a r t i ­
ç ã o p u b lic a .
In cu m b e -s e d a co m p ra e v e n ­
d a d e iin in o v e is .
P o d e ser p roeu rad o a ru a da
P a lm a , -*6; o u D ir e ir a , 2 7 .
t H
B
S
JU RAH ÁS
anto
N
T I M
EM
ome
EM
4
A N N O S 69.514 C
F U N D O DE P E N S Õ E S E R E E M B O L S O : 3.G5o:o23$S83.
— »G A P IT A L SU BSG RIPTO 2 7.7 9 5 :* 2 o $ o o o «« C aixa P aulista de Pensões»sêdc r. 15
de N ov. 91.36 A SobradoS. P A U L O
A(j6flt6 60Q Ytll III do
V E R G IL IO
CDDED6CJB íl, 1 9 o
N E R Y BRAN DÃO
Ageucia gera l no R io de Janeiro : —
Avenida Central n. p>, f r im .
anda
"
J6ir?iEirgEiraEirgEirB5irdmfngiraEirgETfdi&unsiDGii^GirBmjBSTLgiFnmELTeiiaETraffLraBTrastrarjaEUdiTLrs&iraEL?
(5)
A H erança
N ÍO
IN S G R I P T O S
^O OO OOO OO OOO OO OO OOO OO OOO OO OOO OO OO OOO OO OOO OO OO OOO OO OOO OO OOO OO OO OOO OD O OOO OO OOO OO OO OOü O O O O O O O O O O O O O O O O Oo OO OO OOO OO OO OOOo IlP
YTÚ
P O
S0C103
de
VÃO
D
PELO
eus
Julia era um p o u c o m e n ti­
rosa, e para ser a cred itad a por
sua m ãe e sua irmã via-se o b r i ­
g a d a a fazer gran des p ro testos
q u a n d o dizia a lgu m a verdade,
u q u e raras vezes succedia.
Em a lgu m a s o cc a s iõe s, pena
Usada por ver q u e n ão a a c r e ­
ditavam, ch eg ou a dizer : Juro
m a m ãe ; poréiu esta tinha gran
de h orror a o s ju r a m e n to s e
rep reh en d ia a co m severidade.
Neste dia as d u a s meninas
estavam c o z e n d o d efronte de
sua mãe, q u e bordava.
Havia m u ito que estavam
caladas, q u a n d o Julia deu um
suspiro.
— Mamãe, d ó e m e a ca b eça ,
disse Julia. ■
— Já estás ca n ça d a de tra­
b a l h a r ? pergu n tou C arm en rin ­
do.
— N ão, não, mas d ó c m e a
ca b eça .
— V a m os , v a m o s , ainda não
são lioras de ires brincar, disse
a mãe.
— P orém , mamãe, afíirraóv o s q ue m e d ó e a cabeça.
Julia co m cffeito estava um
p o u c o cór a d a , p orém sua mãe
q u e estava a c o s tu m a d a a o u v i l a mentir, disse, a b a n a n d o a
ca b eça :
— N ao acredito.
— Mam ãe, j u r o q u e me d óe
a ca b e ça , d isse Julia d e s e s p e ­
rada ; porém lo g o se arrependeu
d o q u e dissera, e a b a ix o u a
cabeça te m e n d o 0 en fa d o de sua
mãe
— H oje não lias de c o m e r á
mesa, disse-lhe a m ã e ; á tarde
n ão hab de ir a o passeio ; não
q u ero em m in h a c o m p a n h i a uma
menina q u e a cada instante
offen de a D e u s ; já te disse mil
vezes q u e Deus p ro h ib e q u e se
ju r e em vã o p elo seu san to n o ­
me.
— Mamãe, p e rd o a i a Julia,
q u e não tornará a ju rar, disse
C a r m e n ; n ão é verdade, Julia,
q ue não tornarás a f a z e l-o ?
Julia fez um ge s to atlirina­
tivo.
— Anda, disse lhe C arm en em
voz baixa, beija a m ão á mamãe
e pede-lhe perdão.
Julia por um instante íicou
im m ovel e en v e r g o n h a d a , mas
finaknente levantou-se, e fez o
q u e lh* aconselhára a irmã.
— Por esta vez perdôo-te,
disse sua m ãe,m as -para outra
hei de castigar-te sem c o m p a i ­
xão.
N ’ãquelle m o m e n to bateram
á porta, e a criada foi dizer que
era uma rapariga que queria fal
lar á senhora.
Luizá levantou se, e foi para
ou tra sala, p orém , c h e g a n d o a
porta p a io u c o m m o v i d a , o s si­
n os da igreja p ró x im a d o b r a ­
vam; e Luiza, desde q ue perdera
o marido, n ão podia ou vir sem
se co.iim over, esse to q u e fú n e ­
bre.
•
Y
Assim q u e viu L u iza, a ra ­
pariga q u e se a p p r o x im a v a ,
lan çou se lhes a o s pés.
— Marianna ! excla m ou L u i ­
za, re c o n h e c e n d o a cria d a de
sua tia. E m inha t i a ? p e r g u n ­
tou.
— A h ! minha sen hora, está
no céo ! O s s in o s d o b r a m por
ella.
Luiza, o u v in d o estas palavras
d eixou -se ca h ir em uma c a d e i ­
ra ; sem pre amára sua tia *;om
a m a ior ternura, * u n ic a m en te
a p aixã o q u e lhe inspirava
T h e o d o r o , p ôde afastaha de seu
lado.
— P er d ã o , m inha senhora,
disse a rapariga, d epo is que
Luiza d e s a fo g o u em a m a r g o
pranto a d or que a opprim ia :
perdão, por n ã o vos ter a v is a d o
c o m o era meu dever, d o estad o
em q u e se a ch ava vossa tia !
C on fesso-o, porém, c o m a alma
penetrada de dôr, d e ix e u m e
enganar por seu s o b r in h o A l­
fredo, 0 qual me d ava muito
d in h eiro para q u e eu en gan asse
a sen hora a respeito d i v o s s a
sorte e para q ue n ão vos pro*
ourasse c o m o desejava.
— O h ! c o m o esse h o m e m é
m á o ! disse Luiza, su (foca da
pelo pranto.
— T o d a v ia n ão sab e is t u d o
de q u e elle é capaz c o n t i n u o u
M a r ia n n a ; h on tem á n ou te,
q u a n d o c o m e ç o u a a g o n ia de
minha ama, eu fui c o m a o u tra
criada le v a r -lh e toda a rou pa
e alfaias, c o n f o r m e nos tin h a
o r d e n a d o ; p e r g u n t o u - n o s si a
sen h ora tinha ficado s ó , re s p o n d e m o s - lh e q u e sim e desappareceu ; d ’ahi a p o u c o voltou
co m um co fr e de ferro que coll o c o u s o b r e uma mesa.
— A q u i estão, e x c la m o u l o u ­
c o de alegria, aqui estão, d e n h o
deste cofre, to d a s as riquezas
de m inha t i a ; as r iq u ez a s q u e
ella. m esm a sem me c o n h e c e r ,
me en ca rregou de
en treg a r
Luiza.
( C ontinúa)
a